Podcasts about biodiversidade

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Latest podcast episodes about biodiversidade

Radar Agro
Black Jaguar Foundation planta futuro com propósito | Domingão do Carlão

Radar Agro

Play Episode Listen Later May 11, 2025 29:38


Domingão do Carlão conversa com Ben Valks, empresário holandês, escritor e fundador da Black Jaguar Foundation, direto da Agrishow, em Ribeirão Preto.Na entrevista, Ben contou sua trajetória de vida marcada por propósito e coragem. Fundador da Black Jaguar Foundation, ele lidera um dos maiores projetos de reflorestamento do mundo, com foco na recuperação do Corredor de Biodiversidade do Araguaia, iniciativa que conecta produção agropecuária com responsabilidade ambiental em larga escala.Com visão global e atuação local, Ben mostrou como o agro pode, e deve, caminhar lado a lado com a preservação. Uma conversa que inspira e prova que o Brasil está no centro das soluções para os grandes desafios ambientais do planeta.Mais um encontro poderoso no Domingão do Carlão, direto de onde a sustentabilidade deixa de ser discurso e vira ação.Conheça a Employer - Tudo do RH:https://bit.ly/EmployerNoDomingaoFacebook: https://www.facebook.com/Employer.RHInstagram: https://www.instagram.com/rhemployer/YouTube: https://www.youtube.com/EmployerTudodoRH

Biosfera Podcast
Biodiversidade vs Prospeção mineira

Biosfera Podcast

Play Episode Listen Later May 6, 2025 19:46


O montado de sobro e azinho alberga uma heterogeneidade de espécies, que podem ficar ameaçadas pela indústria mineira. Há um novo pedido de prospeção na região de Montemor-o-Novo com interesse nos depósitos de ouro. António Mira do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora opõe-se a estes trabalhos de pesquisa, com receio de que a extração acabe por avançar no território. Neste episódio do podcast Biosfera saiba os impactos da contaminação mineira no solo e nas linhas de água.

Agro Resenha Podcast
ARP#386 - Pecuária na Amazônia

Agro Resenha Podcast

Play Episode Listen Later Apr 27, 2025 42:37


Neste episódio, conversamos com Salim Jacaúna, engenheiro agrônomo e professor na Universidade Federal do Pará sobre a pecuária na Amazônia. Salim compartilha sua trajetória e expertise, abordando as particularidades da região, o crescimento do rebanho, os desafios ambientais e fundiários, e a importância da sustentabilidade. Descubra como a pecuária na Amazônia, com sua tradição centenária, se equilibra com a preservação ambiental e vislumbra um futuro promissor, impulsionada pela produção de grãos e novas tecnologias. Acompanhe essa conversa rica em informações e perspectivas sobre o agronegócio brasileiro e o desenvolvimento da Amazônia. PARCEIROS DESTE EPISÓDIO Este episódio foi trazido até você pela SCADIAgro! A SCADIAgro trabalha diariamente com o compromisso de garantir aos produtores rurais as informações que tornem a gestão econômica e fiscal de suas propriedades mais sustentável e eficiente. Com mais de 30 anos no mercado, a empresa desenvolve soluções de gestão para produtores rurais espalhados pelo Brasil através de seu software. SCADIAgro: Simplificando a Gestão para o Produtor Rural Site: https://scadiagro.com.br/Podcast Gestão Rural: https://open.spotify.com/show/7cSnKbi7Ad3bcZV9nExfMi?si=766354cb313f4785Instagram: https://www.instagram.com/scadiagro/LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/scadiagroYouTube: https://www.youtube.com/channel/UCQxErIaU0zBkCAmFqkMohcQ Este episódio também foi trazido até você pela Nutripura Nutrição e Pastagem! A Nutripura, que tem como base valores como honestidade, qualidade e inovação nos produtos e excelência no atendimento, atua há mais de 20 anos no segmento pecuário, oferecendo os melhores produtos e serviços aos pecuaristas. Fique ligado nos artigos que saem no Blog Canivete e no podcast CaniveteCast! Com certeza é o melhor conteúdo sobre pecuária que você irá encontrar na internet. Nutripura: O produto certo, na hora certa. Site: http://www.nutripura.com.brBlog Canivete: https://www.nutripura.com.br/pub/blog-canivete/Instagram: https://www.instagram.com/nutripura/Facebook: https://www.facebook.com/Nutripura/LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/nutripura/YouTube: https://www.youtube.com/user/TvNutripura INTERAJA COM O AGRO RESENHAInstagram: http://www.instagram.com/agroresenhaTwitter: http://www.twitter.com/agroresenhaFacebook: http://www.facebook.com/agroresenhaYouTube: https://www.youtube.com/agroresenhaCanal do Telegram: https://t.me/agroresenhaCanal do WhatsApp: https://bit.ly/arp-zap-01 E-MAILSe você tem alguma sugestão de pauta, reclamação ou dúvida envie um e-mail para contato@agroresenha.com.br QUERO PATROCINARSe você deseja posicionar sua marca junto ao Agro Resenha Podcast, envie um e-mail para comercial@elodigital.net.br ACOMPANHE A REDE AGROCASTInstagram: https://www.instagram.com/redeagrocast/Facebook: https://www.facebook.com/redeagrocast/Twitter: https://twitter.com/redeagrocast FICHA TÉCNICAApresentação: Paulo OzakiProdução: Agro ResenhaConvidado: Salim JacaúnaEdição: Senhor A - https://editorsenhor-a.com.brSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Agrocast
ARP#386 - Pecuária na Amazônia

Agrocast

Play Episode Listen Later Apr 27, 2025 42:37


Neste episódio, conversamos com Salim Jacaúna, engenheiro agrônomo e professor na Universidade Federal do Pará sobre a pecuária na Amazônia. Salim compartilha sua trajetória e expertise, abordando as particularidades da região, o crescimento do rebanho, os desafios ambientais e fundiários, e a importância da sustentabilidade. Descubra como a pecuária na Amazônia, com sua tradição centenária, se equilibra com a preservação ambiental e vislumbra um futuro promissor, impulsionada pela produção de grãos e novas tecnologias. Acompanhe essa conversa rica em informações e perspectivas sobre o agronegócio brasileiro e o desenvolvimento da Amazônia. PARCEIROS DESTE EPISÓDIO Este episódio foi trazido até você pela SCADIAgro! A SCADIAgro trabalha diariamente com o compromisso de garantir aos produtores rurais as informações que tornem a gestão econômica e fiscal de suas propriedades mais sustentável e eficiente. Com mais de 30 anos no mercado, a empresa desenvolve soluções de gestão para produtores rurais espalhados pelo Brasil através de seu software. SCADIAgro: Simplificando a Gestão para o Produtor Rural Site: https://scadiagro.com.br/Podcast Gestão Rural: https://open.spotify.com/show/7cSnKbi7Ad3bcZV9nExfMi?si=766354cb313f4785Instagram: https://www.instagram.com/scadiagro/LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/scadiagroYouTube: https://www.youtube.com/channel/UCQxErIaU0zBkCAmFqkMohcQ Este episódio também foi trazido até você pela Nutripura Nutrição e Pastagem! A Nutripura, que tem como base valores como honestidade, qualidade e inovação nos produtos e excelência no atendimento, atua há mais de 20 anos no segmento pecuário, oferecendo os melhores produtos e serviços aos pecuaristas. Fique ligado nos artigos que saem no Blog Canivete e no podcast CaniveteCast! Com certeza é o melhor conteúdo sobre pecuária que você irá encontrar na internet. Nutripura: O produto certo, na hora certa. Site: http://www.nutripura.com.brBlog Canivete: https://www.nutripura.com.br/pub/blog-canivete/Instagram: https://www.instagram.com/nutripura/Facebook: https://www.facebook.com/Nutripura/LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/nutripura/YouTube: https://www.youtube.com/user/TvNutripura INTERAJA COM O AGRO RESENHAInstagram: http://www.instagram.com/agroresenhaTwitter: http://www.twitter.com/agroresenhaFacebook: http://www.facebook.com/agroresenhaYouTube: https://www.youtube.com/agroresenhaCanal do Telegram: https://t.me/agroresenhaCanal do WhatsApp: https://bit.ly/arp-zap-01 E-MAILSe você tem alguma sugestão de pauta, reclamação ou dúvida envie um e-mail para contato@agroresenha.com.br QUERO PATROCINARSe você deseja posicionar sua marca junto ao Agro Resenha Podcast, envie um e-mail para comercial@elodigital.net.br ACOMPANHE A REDE AGROCASTInstagram: https://www.instagram.com/redeagrocast/Facebook: https://www.facebook.com/redeagrocast/Twitter: https://twitter.com/redeagrocast FICHA TÉCNICAApresentação: Paulo OzakiProdução: Agro ResenhaConvidado: Salim JacaúnaEdição: Senhor A - https://editorsenhor-a.com.brSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Podcast aborda as origens e as transformações do futebol de várzea no Brasil. E mais: queda de letalidade; mancha de floresta; inteligência artificial

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Cadê o motorista?

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Mar 28, 2025 66:41


Podcast mostra como caminhões autônomos já operam em ambientes experimentais e discute os obstáculos para que ganhem as estradas. E mais: criação de peixes; cervídeos ameaçados; comprometimento cognitivo

Online – Revista Pesquisa Fapesp
O mundo digital impacta o meio ambiente

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Mar 21, 2025 67:03


Podcast discute estratégias para reduzir o consumo de energia e água e as emissões de carbono gerados por sistemas computacionais. E mais: floresta madura, sensoriamento, polpa dentária

Meio Ambiente
Fluxos de marés na Amazônia dariam dimensão “gigantesca" a acidente com petróleo, diz renomado cientista

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Mar 13, 2025 41:29


Faz mais de 30 anos que o antropólogo Eduardo Bronzidio pesquisa as interações entre os humanos e o ambiente na Amazônia. Seus estudos junto a comunidades indígenas e ribeirinhas, mas também urbanas, nas cidades amazônicas, acabam de ser reconhecidos pelo mais importante prêmio internacional para as ciências ambientais, o Tyler Prize. Lúcia Müzell, da RFI em ParisPela primeira vez desde a sua criação, em 1973, o "Nobel ambiental” é atribuído a cientistas latino-americanos – Bronzidio dividiu a premiação com a ecóloga argentina Sandra Días. "A gente tenta trazer a realidade que é vivida no chão por essas populações. Não só suas contribuições, mostrando o valor dos seus conhecimentos, o valor das suas atividades e tecnologias para a economia regional e a conservação da região. Mas também trazer os problemas que enfrentam, suas carências, as pressões que sofrem”, salienta o brasileiro.E é com preocupação que o cientista, professor da Unicamp e da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, vê o andamento do projeto do governo federal de abrir uma nova frente de exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. Em entrevista à RFI, Bronzidio constata que, assim como em Brasília, o plano desperta paixões contraditórias na região. "A reação das pessoas é aquela que a gente encontra em muitas situações parecidas, onde se cria uma polarização entre, por exemplo, meio ambiente e emprego. Acaba criando divisões e simplificações do problema. É uma tática muito antiga de avançar esse tipo de agenda, na qual se colocam dicotomias que na verdade são simplificações de um problema maior, pela carência da região e a insolvência, na verdade, dos municípios”, afirma. Como antropólogo, entretanto, é a configuração natural da Amazônia que mais o preocupa, frente à possibilidade de um acidente que leve a derramamento de óleo no Delta do Amazonas. Ele explica que a pluma do rio alcança a costa do Pará, Maranhão e Amapá e sobe para as Guianas, com um forte sistema de marés que invade, diariamente, territórios adentro. “A vida nessa região é regrada por maré. É um esquema de pulsação ali onde eu fico imaginando que a escala de um desastre de derramamento de óleo de explosão da exploração, como aconteceu no Golfo do México”, afirma. “Ela pode ter uma distribuição numa escala gigantesca por causa desse fluxo de maré. Então, eu tenho a preocupação em particular pelo tipo de risco, que é muito diferente dos tipos de risco que se tem em outras plataformas costeiras isoladas”, indica.Eduardo Bronzidio foi copresidente do relatório de Avaliação Global sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos do IPBES, da ONU. O documento foi um dos que embasou o acordo de Kunming-Montreal de preservação da Biodiversidade, com metas para 2030.Leia abaixo os principais trechos da entrevista. A sua vitória a este prêmio ilustra uma mudança de paradigma: dois pesquisadores latino americanos vencem pela primeira vez o Tyler Prize. Você fez carreira compreendendo e interpretando os conhecimentos dos povos tradicionais da Amazônia. Indiretamente, ribeirinhos e os indígenas são também vencedores? Os conhecimentos deles são de fato mais reconhecidos pela ciência mundial?Eu espero que todos se sintam reconhecidos, porque o que a gente tenta fazer, ao longo de 30 e poucos anos, é trazer a realidade vivida no chão por essas populações. Não só suas contribuições para uma região como a Amazônia, e também a nível global, mas os problemas que enfrentam, suas carências, as pressões que sofrem. Então, eu espero que isso se reflita também e que muitos se sintam agraciados com parte desse prêmio, porque muito do que aprendi vem deles. Uma das suas áreas de estudo é como os povos tradicionais cuidam, produzem, vivem na Amazônia sem destruí-la. O desenvolvimento de uma bioeconomia amazônica é central, inclusive para ajudar a preservar esse imenso território, e será levada pelo Brasil na COP30 em Belém. É possível e é desejável dar escala às produções locais?Eu acho que, por um lado, já existe uma escala dessa sociobioeconomia, porém ela é estatisticamente invisível. Nós temos um problema de contabilidade, de realmente compreender quem faz a economia da região, quem produz alimentos, dá emprego, maneja e protege as florestas. Quem está produzindo uma infinidade, trazendo uma infinidade da biodiversidade regional para populações da região, nacional e internacionalmente. A gente precisa reconhecer essas escalas, dar apoio para que elas se mantenham. A maneira que eu vejo isso é como que a gente pode ajudar a consolidar e avançar o que já é feito, nos lugares onde acontecem, e fazer com que eles tenham também uma sustentabilidade econômica. Hoje, um dos maiores problemas das economias, mesmo as mais bem sucedidas – seja no açaí e de outros frutos como cacau, seja no manejo pesqueiro ou manejo sustentável de florestas – é que elas geram produtos que têm imenso valor, porém, elas têm a menor fatia do rendimento econômico. Conseguir abrir caminhos de mercados na região e fora da região, onde o rendimento se torne mais para onde está sendo produzido, para as comunidades, para os municípios, é tão importante quanto a escala que ela pode ganhar, do ponto de vista de extensão.O que torna essa economia local invisível? São as camadas que existem entre esses produtores e onde vão parar as produções deles? Eu acho que tem várias questões históricas, sociais, culturais e econômicas que constroem essa invisibilidade. Uma é no reconhecimento dessas populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas e produtores de pequena escala como agentes ativos da economia regional.Muitas vezes, a gente fala e pensa como se fossem anacrônicos, como se fossem tecnologias que estão aí ainda resistindo, mas que deveriam ter ficado para trás. A gente tem uma visão de inclusão e de transformação social que, na verdade, exclui essas populações dessa trajetória do desenvolvimento, que é tão arraigada na maneira que a gente pensa na economia e no desenvolvimento nacional. Elas são populações ativas, estão contribuindo, produzindo alimentos e todo tipo de recurso para exportação, mas não necessariamente são vistas como esses atores ativos que são.O outro aspecto é a invisibilidade estatística. Nós não temos nem bons dados, nem categorias apropriadas para realmente saber entender a escala dessas economias. Eu digo escala em termos de manejo, do produto que geram e em termos dos empregos. Essa deficiência acaba invisibilizando muito dessa economia que está acontecendo na floresta. A gente não sabe realmente o peso dela e isso acaba tendo outras implicações. Ao visibilizar, não se pensa em políticas públicas que realmente possam alavancar essa economia já existente. Também se tem carência de extensão rural, carência logística, dependência de intermediários. Você tem uma série de problemas que tira a riqueza que elas produzem das áreas, das pessoas e das localidades onde são produzidas.Essas economias geram economias bilionárias, porém, elas passam em uma outra parte da invisibilidade. Elas passam por cadeias informais fragmentadas, entre mãos de produtores, intermediários, corporações, uma série de condições subjacentes a essa não-visibilidade. Sobre esse aspecto que você mencionou da carência logística, muitas organizações ambientalistas buscam combater projetos nesse sentido, porque alegam que redes criminosas que atuam por ali também vão acabar se beneficiando – talvez até mais do que as comunidades locais. Você concorda? Logística é um tema difícil, porque já motiva visões e emoções na cabeça das pessoas que estão geralmente ligados a obras grandes, de impacto, ou a grandes setores. Essa é uma maneira de logística, mas a gente não precisa de logística só dessa maneira. Se a gente pega os últimos 30 anos, você vê um avanço muito grande numa série de passos: o reconhecimento territorial de populações indígenas, áreas de uso sustentável de reservas extrativistas, reforma agrária. Você tem um grande avanço no sentido de consolidar áreas com direitos onde se manejam, se constroem essas economias.Se teve, num primeiro momento, muito investimento nos sistemas produtivos, como um modelo de desenvolvimento. Isso avançou bastante. Porém, com o tempo, foi se vendo que esses avanços acabam sendo limitados por questão de gestão e de acesso a mercado. A gente conseguiu muitos avanços na área de produção, de manejo sustentável, de restauração. Conseguiu bastante avanço na parte de organização social, de formação de associações de cooperativas, e progressivamente avanços na área de acesso ao mercado.Hoje, o que a gente tem notado trabalhando em várias partes da região, com comunidades que estão baseadas na produção de frutos ou produtos essenciais à floresta, como óleos, madeira, produtos da pesca, é que a conta não fecha. Você tem um produto valiosíssimo, que tem um mercado que paga muito e é um produto inclusivo, onde populações locais, mulheres, homens, associações, cooperativas estão produzindo, mas você tem entre esses dois uma deficiência muito grande.Todos esses esforços de sustentar esses territórios, que têm sido tão importantes na região para bloquear o desmatamento, manter a saúde dos rios e da floresta, acabam, sim, sendo desafiados nesse momento. O custo de produção acaba sendo alto pelas questões de contexto local. O custo de comercialização acaba sendo altíssimo e, dependendo de intermediário, também por essas carências.E aí você também tem uma falta de outras logísticas que permitem alcançar mercados intermediários, por exemplo, de armazenamento, câmara fria. Então, eu acho que é realmente uma área onde precisa se colocar esforço.Nós documentamos centenas de milhares de iniciativas locais nos últimos anos, e isso só foi a ponta do iceberg. Tem milhares de iniciativas na região que estão ali, avançando, mas precisam de um apoio mais consolidado na parte de acesso ao mercado, na parte de crédito, na parte de extensão rural também.Na Europa, mas não só, existe a ideia de que a Amazônia deveria ser um santuário do mundo, pela sua floresta abundante, sua riqueza biodiversa. Mas a gente sabe que isso não vai acontecer – pelo contrário, sem um plano de desenvolvimento, atividades ilegais e predadoras da floresta proliferam. A visão da região como um santuário não é só europeia. No Brasil também é parte das ideias. Eu acho que a gente tem um legado histórico de imaginários da Amazônia e eles continuam sendo muito mais fortes do que a realidade da Amazônia. Você tem vários imaginários que vêm desde o Eldorado ao imaginário do pulmão do mundo. O imaginário da cesta de commodities que vai alavancar o desenvolvimento nacional, o do agro tecnológico, de uma grande monocultura regional exportando commodities para o mundo.A região tem vários imaginários que são ainda predominantes, de como a gente vê a região e a sua população. Eles escondem uma realidade e, ao escondê-la, fica muito difícil você pensar em caminhos de desenvolvimento, porque é uma ideia de desenvolvimento regional que é feita distante da realidade. É uma ideia que não vai nem refletir os ensejos da população local, nem lidar com os problemas de lá.Leia tambémFloresta desmatada para abrir avenida: obras em Belém para a COP30 falham na sustentabilidadeO problema, por exemplo, do imaginário do santuário, da floresta intocável, é que nem leva em consideração os milênios de manejo e domesticação daquela floresta por populações, que hoje transferem essa floresta rica para a gente. Rica em muitas espécies domesticadas que geram riqueza no mundo inteiro, mas esse imaginário desconsidera a cultura da floresta amazônica, e também desconsidera a escala de degradação que se atingiu na Amazônia e que, dependendo de onde você olha, você vai achar até 50% da região numa escala degradada.Eu acho que a gente precisa repensar o que é um santuário, no sentido de valorizar a floresta que está lá: manter a saúde do ecossistema de rios saudáveis, florestas saudáveis e populações saudáveis.Que caminhos você vê para um desenvolvimento sustentável da região amazônica, inclusive das áreas urbanas que, em sua maioria, são marcadas por uma pobreza grande, déficits importantes de infraestruturas mínimas para as populações? A primeira questão para a gente ver o futuro da Amazônia é encarar a realidade dela. É encarar que os nossos imaginários não representam essa realidade. Só assim a gente pode pensar num desenvolvimento sustentado que começa a lidar com os problemas da região.A outra é que para pensar o futuro da região, a gente primeiro tem que encarar a coevolução das várias frentes de desenvolvimento que hoje estão criando fricções umas com as outras, e a realidade urbana que se evoluiu nesses últimos 30 anos. Não dá para pensar em desenvolvimento regional isolando da transformação da paisagem rural, indígena e da paisagem urbana.Desde os anos 1990, você tem um enorme avanço na região, que é reconhecimento de direitos territoriais, de populações indígenas, populações rurais tradicionais e rurais em geral, em áreas indígenas, reservas extrativistas, áreas de uso sustentável e algumas áreas protegidas. Só no Brasil são mais ou menos 45% da região que estão nessas áreas. Foi um avanço gigante, que serviu para controlar o desmatamento e para garantir o direito das populações da região.Esse modelo, que eu chamo modelo de nível único, de nível territorial, chegou num limite para partes da região, porque essas áreas que são muito bem governadas por dentro, pelas comunidades que estão lá, estão sendo erodidas por fora. Hoje você tem toda a parte sul da bacia, uma situação de formação de ilhas de biodiversidade, de diversidade cultural, onde o sistema bem sucedido de governança interna não pode lidar com os problemas externos.Em todas aquelas ótimas florestas protegidas, aquele limite bem claro onde o desmatamento começa, você tem ilhas protegidas que estão recebendo de fora poluição de pesticida, rios sedimentados, mercúrio, fumaça, fogo que escapa e entra nessas áreas, além do crime organizado e da economia ilegal, que saiu do controle na região nos últimos anos.Então, para pensar o desenvolvimento regional, temos que pensar no desenvolvimento para conectividade, onde a saúde ambiental da região está dependendo muito mais de atores dentro de uma reserva do que uma ponte social, que se cria entre diferentes atores para que se mantenha a conectividade da paisagem e dos rios, e se controle a distribuição dos impactos da região.Teria que pensar um desenvolvimento que encara essa realidade e tenta criar um contrato comum, que hoje nós não temos. Você tem a polarização de populações indígenas tradicionais, do agro e outras populações, e do outro lado, toda a questão urbana.Que tipo de cidades precisamos visar na Amazônia para preservá-la? A região, do ponto de vista urbano, hoje é completamente diferente do que era há 20 ou 30 anos. Não só você tem uma grande expansão de novas áreas urbanas a partir da Constituição de 1988, mas teve uma transformação na maneira de articulação dessas áreas.Nós fizemos uma análise publicada há muitos anos sobre a articulação urbana da região nos anos 2000, na qual a gente mostra que era uma urbanização desarticulada: você tinha centros urbanos regionais que tinham suas áreas satélites e formam uma rede urbana de um centro maior até as vilas rurais. Hoje em dia, já tem uma articulação em boa parte da bacia entre esses grupos de centros urbanos. Criou-se uma conexão por estradas e outros mecanismos, e essa rede continua se expandindo. Ela está articulando toda a ocupação regional e a distribuição dos impactos na região. Então, temos que pensar de uma maneira conjunta entre as áreas mais protegidas, diferentes tipos de áreas com diferentes grupos indígenas.Essas áreas agrárias e as áreas urbanas estão conectadas. O impacto que sai de uma está indo para outra. E dentro de todos esses imaginários que a gente está falando da Amazônia, um que não cabe em lugar nenhum é o urbano. Ele acaba sendo o mais invisível e é onde os maiores problemas, de certa maneira, estão.Você já trabalhou a questão da possibilidade de exploração de petróleo na Foz do Amazonas? Como as comunidades locais e urbanas percebem esse projeto? Com medo ou entusiasmo? É visto como uma ameaça ou uma oportunidade?Eu nunca trabalhei diretamente com a questão de óleo na região. Acompanhei por um tempo que eu tive alunos trabalhando no Equador, inclusive em comunidade indígena. Lá tem uma história muito impactante do óleo. Eu acho que a gente precisa lembrar dessas histórias de outras regiões que foram impactadas pelo mesmo processo que está acontecendo agora, para a gente pensar nas implicações de óleo para Amazônia.A reação das pessoas que eu tenho acesso é aquela que a gente encontra em muitas situações parecidas, onde se cria uma polarização entre, por exemplo, meio ambiente e emprego, ou as necessidades básicas de um município. É uma maneira de levar essas questões que acaba criando divisões e simplificações do problema. Eu acho que isso tem acontecido bastante na região. É uma tática muito antiga de avançar esse tipo de agenda, na qual se colocam dicotomias que na verdade são simplificações de um problema maior, pela carência da região e pela insolvência dos municípios.Tem muitas dúvidas também. As pessoas estão vendo projetos de milagres e desenvolvimento há 50 anos. As pessoas não são tão inocentes de que essas grandes ideias farão um milagre, resolvam problemas que são estruturais na região. Então, é um momento difícil. Eu me sinto bastante preocupado com esse tipo de investimento, porque é uma energia enorme para investir em mais emissões, para investir em exploração de óleo, quando a gente tem a oportunidade de pensar em alternativas e outros caminhos e realmente enfrentar a mudança climática com o corte de emissões. Sobretudo para alguém como você, que conhece tão bem os outros potenciais invisíveis da Amazônia, como você mencionava. Exatamente, toda a economia que tem e que pode ser alavancada para gerar uma grande economia, que não é gerada. Hoje, as riquezas bilionárias das regiões passam por cima dos municípios. Não se consegue captar imposto, não se consegue processar e agregar valor nos lugares onde elas são produzidas.Agora, o que me preocupa são os riscos potenciais associados a vazamento e outros problemas, que a gente vê tão frequentemente em tanto lugares. Nesse tipo de contexto, como é aquela região do Delta do Amazonas e aquela plataforma costeira, é uma região muito particular por causa da pluma do rio e do alcance que ela tem. Ela pega todo o Salgado, da costa paraense para costa maranhense, pega toda a região costeira do Amapá e sobe para as Guianas. Ela é uma pluma de uma influência gigantesca no contexto regional continental.Nessa pluma você também tem um sistema de maré dos mais fortes que existem. A vida nessa região é regrada por maré. É uma vida onde, duas vezes por dia, a maré entra e sobe dois metros, senão três metros. A maré entra na região tanto pelo Canal Norte como pelo Canal Sul, embaixo do Marajó, o Tocantins e outros rios, e adentra até atrás do Marajó.É um esquema de pulsação que eu fico imaginando que a escala de um desastre de derramamento de óleo, de explosão da exploração, como aconteceu no Golfo do México, pode ter uma distribuição gigantesca por causa desse fluxo de maré. Ela vai impactar não só grandes regiões de manguezais na costa do Amapá e na costa do Salgado, que são viveiros da ecologia pesqueira da região, como vai se penetrar ali por todas as cidades, igarapés e rios, onde as pessoas dependem da água para tudo e onde toda a economia funciona em torno da água.Eu tenho a preocupação em particular pelo tipo de risco, que é muito diferente dos tipos de risco que se tem em outras plataformas costeiras isoladas, por exemplo. Eu acho que ali na região você tem esse risco acentuado.Você, como antropólogo, tem acompanhado o aumento dessas pressões humanas sobre a Amazônia e os seus recursos nas últimas décadas. Em paralelo, as pesquisas climáticas sobre o ponto de não retorno da floresta alertam sobre o grande risco que ela já corre. Que futuro você visualiza para a Amazônia? Consegue olhar para frente com otimismo?Eu tento ter pelo menos o que eu chamo de otimismo crítico. Eu tenho um olhar otimista na floresta porque eu trabalho no chão, com comunidades, com associações, com cooperativas e com organizações que estão lá lutando e fazendo a diferença, e conseguindo resultados no dia a dia. Eu nem me sinto numa posição de não ter esperança.Quando pessoas que estão enfrentando situações muito difíceis, muito mais carentes, estão lá buscando soluções e buscando caminhos para a região, eu me sinto privilegiado de poder ver, acompanhar e participar. E isso me dá essa energia, me dá um encorajamento de que, sim, nós temos soluções para Amazônia.As soluções já estão lá. Em muitos casos, a gente precisa abrir a copa da floresta, ver essas soluções e dar força para que elas ganhem mais escala, que saiam daqueles, em muitos casos, nichos isolados, numa paisagem cercada de tudo que é contrário, para ser parte dominante dessas paisagens.Sobre o ponto biofísico de inflexão, é uma realidade que está se aproximando muito rapidamente da região, que vem dessa coevolução de forças ocupando a paisagem e que hoje estão tendo fricções umas com as outras. Acontece que esse processo de ocupação foi não só criando áreas abertas imensas, quebrando a chamada bomba d'água da floresta e do clima da Amazônia. Isso volta ao ponto que eu estava falando, da importância de a gente pensar numa Amazônia pela conectividade. É restaurando áreas, e eu acho que a gente tem que privilegiar a conectividade dos rios e a saúde deles, que conectam esses vários sistemas de uso e governança da terra, buscando restaurar a fragmentação da floresta também.Tem oportunidades de se buscar uma restauração mais produtiva. A improdutividade da maioria dos pastos da região é o dominante na região. Boa parte dos 60% de áreas desmatadas que estão em pasto são extremamente improdutivas. A gente recentemente fez uma análise desses pastos, onde a produtividade por hectare chega a ser uma cabeça por hectare, às vezes menos. As melhores estão em 1,4 ou 1,5 por hectare. São terras extremamente improdutivas que têm valor como terra, e que também podem ser sujeitos a transições que a levem a ser mais produtivas.Também precisa que se regenere áreas, que se cumpra a lei de áreas de preservação permanente. Tem muitos caminhos que podem reconciliar esses esforços, mas eu acho que antes de tudo, a gente precisa garantir os avanços que foram feitos: garantir a integridade das áreas indígenas, das reservas extrativistas, das áreas protegidas, das áreas de usos sustentáveis, que hoje estão extremamente ameaçadas.

Convidado
Instituto de Engenharia e Ciências do Mar: projecto de catalogação da biodiversidade de Cabo Verde

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 7, 2025 11:47


O BioCatalog do Instituto de Engenharia e Ciências do Mar, da Universidade Técnica do Atlântico é um projecto de catalogação da biodiversidade de Cabo Verde e visa coleccionar todos os espécimes existentes no arquipélago. O BioCatalog é coordenado pelo Professor e Investigador especializado em Biologia Marinha, com Doutoramento em Biodiversidade, Genética e Evolução, Evandro Lopes. À RFI, o professor universitário explicou em que consiste, o projecto de catalogação da biodiversidade de Cabo Verde que pretende contribuir para implementação de um Museu de História Natural do país“O projecto BioCatalog é financiado pelo Fundo do Ambiente de Cabo Verde. Foi submetido pelo Centro de Observação e Investigação Ambiental, que é um centro de biólogos que está dentro da UTA. A partir daí, sediamos o projecto dentro da UTA para dar vazão à investigação científica que nós estamos a desempenhar desde há muitos anos. E o projecto visa coleccionar todos os espécimes e dar aquele carácter mais científico de identificação da biodiversidade de Cabo Verde e partilha da informação sobre a distribuição, localização e número de espécies que nós temos em Cabo Verde”.  O biólogo, Evandro Lopes, adiantou que o projecto de catalogação da biodiversidade de Cabo Verde surgiu de uma necessidade do país ter um espaço de caracter museológico para acondicionar as amostras recolhidas“O BioCatalog foi criado por uma necessidade. Muitos investigadores que vinham para Cabo Verde faziam a colecta e depois não tinham onde colocar as amostras. Também nós que trabalhamos no campo, muitas vezes não tínhamos onde colocar as amostras. Então surgiu com uma necessidade de ter um espaço com um carácter museológico para que nós possamos condicionar as amostras e que possam ser utilizadas para teses, para doutoramento, mestrado, outros cientistas que possam nos usufruir esse material” sendo que “o projecto começou com espécies marinhas, seguimos para espécimes terrestres, com roedores, neste momento estamos à volta de 700 espécimes, mas em termos de tecidos já estamos para mais de 3 mil amostras de tecidos, porque nós coleccionamos, tanto os tecidos como espécime,s e espécimes muito grandes, tipo atuns. Nós temos gatos, coelhos, muitas vezes não dá para colocar todos os espécimes num museu basicamente, mas colocamos também um tecido de cada um. Todos os espécimes que temos aqui em colecção são só espécimes que encontramos sem Cabo Verde, isso não quer dizer que nós temos espécimes que não possam estar em outro local, por exemplo, nós estamos num ecossistema muito interessante que é a Macaronésia, e dentro da Macaronésia tem muitas espécies que estão, por exemplo, em Madeira, Açores, e que chegam até a Cabo Verde”. As amostras foram todas recolhidas de Santo Antão a Fogo. Neste momento, os investigadores recolham amostras na ilha Brava e nos ilhéus Rombos. Evandro Lopes explicou que há perspetiva de transformar o BioCatalog num museu com a construção do novo campus da UTA para receber espécimes maiores “como tubarão ou uma lula gigante”e mostrar tudo o espólio existente atualmente.O primeiro espécime do projecto de catalogação da biodiversidade do Instituto de Engenharia e Ciências do Mar, da Universidade Técnica do Atlântico é o Lagarto Gigante - Chioninia coctei, uma espécie de réptil endémica de Cabo Verde que se extinguiu no século XX e que foi restituído ao país em Setembro de 2017 pelo Príncipe Alberto II do Mónaco e, desde então, permaneceu sob a tutela da Presidência da República, na cidade da Praia, mas que o actual Chefe de Estado, José Maria Neves, entregou no mês passado à Colecção BioCatalog da UTA.O espaço que recebe visita durante a semana de curiosos, estudantes ou investigadores, mas “para usar o espécime para fazer algum estudo deve ser feito um requerimento e damos apoios pode fazer a sua análise, depois o espécime continua aqui no laboratório” explicou Evandro Lopes que adiantou que há  amostras  repetidas temporalmente e repetidas geograficamente “Repetidas geograficamente, nós estamos a pensar uma amostra de uma espécie que foi capturada em São Vicente, muitas vezes tem alguma diferença genética com uma espécie que foi capturada na Ilha de Santiago, então a ideia é ter toda a diferenciação genética e a diferenciação fenotípica também a nível do arquipélago. A ideia é ter pelo menos uma espécie de cada local; mas também, nós muitas vezes temos espécimes que nós colectamos temporalmente, muitas vezes apanhamos um espécime num ano e, depois no outro ano, vamos apanhar outra vez e por aí adiante. Nós estamos a falar, por exemplo, de invertebrados que a nível genético muitas vezes podem alterar ano para ano, nós podemos ter a diferenciação genética. Até a nível dos peixes, para ver o stock, nós temos de apanhar todos os anos para ver como é que está a evoluir a diversidade genética, porque tem uma relação directa com a sobrepesca, a diversidade genética aumenta quando a pesca diminui, por exemplo, então há muito mais informação quando nós apanhamos muitos indivíduos do que quando apanhamos somente um”.O projecto Biocatalog nasceu a partir do Centro de Observação e Investigação Ambiental do ISECMAR -  Instituto de Engenharia e Ciências do Mar da Universidade Técnica do Atlântico que tem a sua sede na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente. Centro que segundo o director do Biocatalog dá vazão a projectos direccionados a associações, visto que a universidade não consegue aceder a fundos direccionados às organizações não governamentais. O biólogo, Evandro Lopes disse ainda que o projecto de catalogação da biodiversidade de Cabo Verde consegue boas parcerias com universidades internacionais.“A nível internacional o projecto é visto com bons olhos e nós temos parcerias principalmente com Portugal – universidades do Porto e do  Algarve e outras universidades europeias como de La Laguna, Las Palmas de Gran Canária, de Barcelona, de Vigo e de Mónaco.  A Universidade Nova de Lisboa (Portugal) já está muito interessada em enviar alguma coisa aqui também para o BioCatalog  para manter o projecto, dar mais visibilidade ao projecto”.Em Janeiro deste ano, o biólogo Evandro Lopes, Professor e Investigador do Instituto de Engenharia e Ciências do Mar da Universidade Técnica do Atlântico (ISECMAR-UTA), conquistou o prémio Cabo Verde Global Scientific Prize promovido pela Secretaria de Estado do Ensino Superior que reconhece projectos de investigação liderados por investigadores cabo-verdianos, tanto no país como na diáspora.O prémio foi atribuído ao projecto Biocatalog que tem como principal objectivo sistematizar informações e criar condições para uma partilha democrática e equitativa do conhecimento sobre a biodiversidade do arquipélago.

Economia do Futuro
COP Bio 2.0: detalhes do acordo e próximos passos

Economia do Futuro

Play Episode Listen Later Mar 6, 2025 25:32


Mobilizar 200 bilhões de dólares por ano para preservar e recuperar a biodiversidade em países em desenvolvimento até 2030 e o acordo para a criação de um “arranjo permanente” para o financiamento da biodiversidade: essas foram as principais manchetes da COP 16 da biodiversidade, que terminou em Roma no fim de fevereiro.  Numa época em que o multilateralismo está em crise, um consenso entre mais de 150 países merece ser comemorado. Mas ainda há muito a ser feito até que essas definições saiam do papel. O pano de fundo das negociações são as metas ambiciosas do Marco Global da Biodiversidade, com as quais os países já se comprometeram. Um dos objetivos é proteger 30% do meio ambiente terrestre e marinho até 2030 - mas, até agora, poucos começaram a se mobilizar para que isso seja atingido. Neste episódio, eu converso com Giuliane Bertaglia, pesquisadora na consultoria Agroicone que acompanhou, em Roma, o desenrolar da COP. Ela conta o que aconteceu por lá e quais são os próximos passos.Support the show

Rádio BandNews BH
Importância da biodiversidade

Rádio BandNews BH

Play Episode Listen Later Mar 5, 2025 2:11


Importância da biodiversidade by Rádio BandNews BH

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Os negócios do conhecimento

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Feb 28, 2025 73:17


Podcast discute os impactos e as demandas de startups brasileiras de forte base científica, as deep techs. E mais: vida selvagem; saúde mental; resistência à insulina

Convidado
COP16: Preservação da biodiversidade é crucial para o futuro de África

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 26, 2025 6:18


A 16.ª Conferência da Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade, suspensa em 2024 na Colômbia por falta de quórum, retomou esta terça-feira, 25 de Fevereiro em Roma, com foco no financiamento da proteção da natureza. A comissária da Agricultura e do Ambiente da União Africana, Josefa Sacko, descreve os desafios do continente africano na conferência sobre biodiversidade, destacando a importância da preservação da biodiversidade para a segurança alimentar. RFI: Quais são os desafios desta reunião em Roma para o continente africano? Josefa Sacko: Neste momento, conseguimos elaborar a nossa estratégia sobre a biodiversidade. Essa estratégia foi adoptada no ano passado e está sendo popularizada. O segundo ponto é a mobilização de recursos financeiros para podermos implementar a estratégia.Em que consiste essa estratégia?A importância dessa estratégia é a conservação da nossa biodiversidade, tanto a vida na Terra como nos oceanos. Temos os recursos naturais que precisamos preservar, e esses recursos naturais também nos servem para a nossa subsistência. A preservação da biodiversidade é muito importante para nós no continente africano.Porque a biodiversidade é importante para a segurança alimentar e para a transformação dos sistemas agroalimentares?Sim, é muito importante porque vivemos dos nossos recursos naturais e, se fizermos a conservação e a preservação desses recursos naturais, não teremos problemas de segurança alimentar, pois isso contribui para a segurança alimentar no continente.Quais podem ser as implicações se não se chegar a um consenso sobre a criação de um novo fundo para a biodiversidade?Não estamos apenas a falar de financiamento, mas a nível do nosso continente, estamos empenhados para que haja mobilização doméstica para a conservação da biodiversidade. Não dependemos muito do exterior, mas assumimos as nossas responsabilidades e continuamos a preservar a nossa biodiversidade, pois também é uma garantia para o futuro da África e das futuras gerações, bem como a nível mundial.Será que os países africanos, mas não só, os países em desenvolvimento, por exemplo, na América Latina, vão conseguir pressionar de forma eficaz para que sejam criados novos mecanismos financeiros?Eu acredito que sim. Essa é a importância desses encontros e desse tipo de diálogo entre as partes. Portanto, deve haver sensibilidade. Temos que olhar para a sustentabilidade do ser humano e do planeta. São questões que não podemos ignorar. São extremamente importantes e prioritárias para nós, principalmente no continente africano, uma vez que estamos a perder a nossa biodiversidade devido à urbanização, à industrialização e também à agricultura, com práticas agrárias que não são sustentáveis.Esta questão da degradação ambiental preocupa-a?Preocupa-nos muito. A degradação ambiental preocupa-nos muito, porque o nosso continente, felizmente ou infelizmente, não é um dos grandes poluidores. No entanto, estamos a sofrer bastante com o problema das alterações climáticas e a perda da nossa biodiversidade. Os impactos são realmente muito grandes, e acreditamos que as soluções não podem ser tomadas de forma isolada. Todos temos que colaborar. Precisamos de uma plataforma de colaboração para encontrar formas de preservar a nossa biodiversidade.Diz que o continente africano não é poluidor, mas sofre com asconsequências das alterações climáticas. Isso vê-se, por exemplo, nos países afro-lusófonos, como Moçambique, que tem sido devastado por ciclones.Sim, para nós isso é muito importante. Como se vê em Moçambique. A nível do nosso departamento, temos Moçambique como um campeão da redução das catástrofes naturais. O novo Presidente, com quem tive um encontro sobre essa situação na semana passada, está a trabalhar para mobilizar mais recursos, a fim de mitigar os efeitos das alterações climáticas, como as inundações, as secas e os ciclones.O sul de Angola sofr também com a seca...Sim, a seca no sul de Angola. Moçambique também enfrenta secas. No Corno de África também há seca. Portanto, muitos países no sul de Angola e na SADC estão afectados pela seca, como a Namíbia e Botsuana.As discussões em Roma marcam o primeiro encontro internacional deste ano dedicado ao meio ambiente e acontece  num contexto internacional complicado. Os Estados Unidos não são membros da Convenção sobre Diversidade Biológica, e o Presidente Trump não se pode retirar do Acordo de Kunming-Montreal da mesma forma que saiu do Acordo Climático de Paris. No entanto, os Estados Unidos participam das discussões da convenção como observador e financia vários programas de biodiversidade. Este contexto internacional pode também afectar as questões ambientais?Sim, isso vai afectar, certamente. Temos os nossos planos de adaptação e mitigação para resolver esses problemas. No entanto, com a decisão dos Estados Unidos de se retirar da agenda ambiental, isso terá, sem dúvida, um grande impacto na implementação dos nossos programas.

ONU News
Em Roma, COP16 retoma negociações sobre proteção da biodiversidade

ONU News

Play Episode Listen Later Feb 24, 2025 2:11


Encontro prossegue com conversações suspensas ano passado em Cali, na Colômbia; países estarão focados em garantir mecanismos de financiamento para conservar espécies animais e vegetais; especialistas ressaltam precedente positivo de fundo criado para compartilhar benefícios do uso de informações genéticas. 

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Imersão no continente gelado

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Feb 14, 2025 70:21


Podcast mostra iniciativas de cientistas para ampliar e disseminar o conhecimento sobre a Antártida. E mais: patrimônio em risco; a lagarta e a formiga; mapeamento por GPS

Meio Ambiente
Proteção ambiental está no foco de projetos financiados no mundo pela USAID, que Trump quer fechar

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 5:43


A Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento (USAID, na sigla em inglês) está na mira da extrema direita americana e mergulhou em um mar de incertezas milhares de projetos ambientais espalhados pelo mundo, financiados pelo organismo. A cooperação com organizações brasileiras é histórica e ajudou a desenvolver o conhecimento sobre a Amazônia. Coube ao bilionário Elon Musk, antigo crítico da agência, anunciar que ela iria “fechar”. Na segunda-feira, os empregados da USAID receberam ordens por e-mail para não comparecerem aos seus escritórios. Antes, o presidente Donald Trump havia declarado que a entidade era administrada "por um bando de lunáticos extremistas” e avisou que os funcionários seriam “demitidos”.A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional é uma entidade independente criada por um ato do Congresso americano, no auge da Guerra Fria, em 1961. Por décadas, foi um importante instrumento de soft power americano na América Latina e acusado de influenciar diretamente a política interna dos países beneficiados.Nas últimas décadas, entretanto, passou a priorizar parcerias com organizações internacionais e não diretamente com governos. Como os Estados Unidos são o maior provedor de ajuda humanitária e de desenvolvimento do mundo, a ideia de que a agência possa fechar traz consequências devastadoras para organizações e para os países mais pobres, em áreas diversas como educação, saúde, governança ou proteção de minorias.Orçamento maior do que muitos PIBsO orçamento anual do organismo é maior do que o PIB de muitos destes países beneficiados: US$ 40 bilhões. A USAID emprega cerca de 10.000 pessoas, dois terços delas no exterior.Cada vez mais, os projetos pelo mundo têm a preservação ambiental e a sustentabilidade como um pilar. “Existem programas diretamente dedicados às mudanças climáticas, ou seja, dinheiro que financia medidas de mitigação e adaptação em países em desenvolvimento. Mas além desses projetos específicos, quase todos os programas da USAID — por exemplo, aqueles dedicados à segurança alimentar ou à saúde global — têm um componente climático, simplesmente porque os efeitos do aquecimento global influenciam os resultados desses projetos”, salienta o diretor nos Estados Unidos do Instituto Ambiental de Estocolmo Ed Carr, ex-funcionário da USAID, em entrevista à redação de Meio Ambiente da RFI.“Quando a USAID tenta melhorar a resiliência de agricultores africanos, diante das mudanças climáticas, essa também é uma forma de proteger o sistema alimentar global. Interromper este programa terá, portanto, um impacto indireto em cada um de nós”, afirma Carr. “O governo Trump deixou claro que está mirando programas de mudança climática em particular, porque acredita que o dinheiro não está sendo bem gasto. Portanto, o que fica claro é que os programas de mudança climática serão alvos específicos, independentemente do resultado da situação atual que vemos na USAID.”Projetos no BrasilNo Brasil, a cooperação com a agência começou há 50 anos e, desde 2013, os projetos na Amazônia ganham destaque.  A Parceria para Conservação da Biodiversidade na Amazônia é um exemplo, ao trazer uma abordagem holística, aliando proteção ambiental com capacitação das comunidades locais e inclusão social.O site do projeto no Brasil agora está fora do ar, a exemplo de pelo menos 350 outros endereços ligados à USAID no mundo, conforme contagem da agência de notícias AFP. A agência ressalta que é “impossível” saber quando exatamente eles foram desativados e se foi por ordem expressa do presidente americano.Outras organizações brasileiras que desenvolvem projetos financiados pela USAID são o Instituto Socioambiental (ISA), o Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN), Instituto Ouro Verde (IOV), a WWF-Brasil e o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).Leia tambémCorte de ajuda dos EUA em programas contra Aids pode levar mundo de volta à década de 80, alerta OMS

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Finanças solidárias

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Jan 31, 2025 69:00


Podcast discute o alcance de bancos comunitários e moedas sociais existentes no país. E mais: boca de corneta; ciência cidadã; papelão com amido

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Contra a desigualdade e a discriminação

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Jan 17, 2025 72:36


Podcast mostra como universidades buscam melhorar a integração de alunos pretos e pardos e ampliar suas chances de sucesso acadêmico. E mais: peixe das nuvens; fazenda experimental; vibrações

Conversas que Inspiram
EP 42 | Reserva Caruara: educação ambiental e conservação da biodiversidade

Conversas que Inspiram

Play Episode Listen Later Jan 8, 2025 11:16


Neste episódio especial do Conversas que Inspiram, você vai conhecer um pouco do trabalho realizado na Reserva Caruara. Quem nos conta a história do local é o Caio Cunha, gerente da reserva.  A partir deste mês de janeiro, a Anglo American inicia um convênio para execução do Programa de Conservação da Biodiversidade e Educação Ambiental da Reserva Caruara, que visa, entre outras ações, a educação ambiental e a preservação e conservação do ecossistema de restinga e das tartarugas marinhas.

Papo Cloud Podcast
Papo Cloud 327 - Tecnologia e Natureza: O Futuro da Beleza Sustentável - Cris Dios - Laces and Hair

Papo Cloud Podcast

Play Episode Listen Later Jan 5, 2025 33:16


Neste episódio, mergulhamos no universo da beleza limpa, uma abordagem inovadora que une sustentabilidade, tecnologia e consumo consciente. Nossa convidada compartilha sua jornada de mais de 40 anos no mercado de cosméticos sustentáveis, explorando como o conhecimento ancestral aliado à ciência moderna está transformando o setor. Discutimos o impacto das escolhas diárias no meio ambiente, na saúde e no futuro do planeta, além dos desafios enfrentados pelos pequenos e médios produtores nesse mercado em ascensão. Descubra como o consumo pode ser um ato político e como a tecnologia da natureza pode revolucionar o conceito de bem-estar e beleza. Veja a entrevistahttps://www.youtube.com/@PapoCloud/videos Conheça a MIT Technology Reviewhttps://bit.ly/MITPapoCloud Entre no grupo Papo Cloud Makers Dicas de entrevistas na área de TI - Shark IT Podcast Roteiro do episódio em:papo.cloud/327 Instagram / Twitter: @papocloudE-mail: contato@papo.cloud Ficha técnicaDireção e Produção: Vinicius PerrottEdição: Senhor A - InstagramSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Da saúde vulnerável às cotas trans

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Dec 13, 2024 63:06


Podcast aborda o interesse crescente da academia em investigar os problemas enfrentados por transgêneros e travestis e buscar soluções para eles. E mais: audição, árvores, dieta

Programa Bem Viver
Sementes da Caatinga: projeto aposta na biodiversidade para enfrentar a desertificação

Programa Bem Viver

Play Episode Listen Later Dec 9, 2024 59:58


“A crise climática nos diz que ou restauramos nossos biomas – Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa – ou estamos fadados enquanto humanidade.” O alerta é de Alexandre Pires, diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, durante entrevista coletiva na 10ª edição do EnconASA – Encontro Nacional da […] O post Sementes da Caatinga: projeto aposta na biodiversidade para enfrentar a desertificação apareceu primeiro em Rádio Brasil de Fato.

Embarque na Viagem
Gastronomia com biodiversidade local

Embarque na Viagem

Play Episode Listen Later Dec 5, 2024 1:19


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PROGRAMA DE QUINTA
A indústria da moda e seus impactos na biodiversidade: entrevista com Yamê Reis, coordenadora no IED-RIO e fundadora do Rio Ethical Fashion

PROGRAMA DE QUINTA

Play Episode Listen Later Dec 5, 2024 50:49


Preparem-se para um papo especial sobre a indústria da moda e seus impactos na biodiversidade, esse é o tema novo episódio do Programa de Quinta! Para guiar essa discussão crucial, convidamos Yamê Reis, renomada especialista em moda sustentável. Com uma trajetória impressionante que abrange desde a academia até a vanguarda da moda ética e sustentável, Yamê, é mestre em Sociologia e Política, Bacharel em Sociologia, especialista em Sustentabilidade, tendo também MBA em Gestão Estratégica em Negócios de Moda. É membro Consultora convidada da Comissão de Direito da Moda, é coordenadora de cursos de Moda no IED Rio. Está à frente da Agência Moda Verde, é autora do livro: “O Agronegócio do Algodão: sustentabilidade e meio ambiente”. E ainda, é a idealizadora e fundadora do Rio Ethical Fashion, o primeiro evento internacional de Moda Sustentável no Brasil. Com toda essa formação e visão do mercado da moda e da sustentabilidade, a nossa conversa foi incrível! Junte-se a nós para ouvir Yamê Reis desvendar os resultados da COP de Biodiversidade e da COP 29 e discutir como a indústria da moda pode trilhar um caminho mais sustentável, mitigando seus impactos e contribuindo para a regeneração do planeta. O link do episódio está na bio e também nos stories. Não perca! #modasustentável #sustentabilidade #biodiversidade #spotify #programadequinta

Rádio UFRJ - Sementes da Ciência
A luta pela valorização das abelhas nativas

Rádio UFRJ - Sementes da Ciência

Play Episode Listen Later Dec 3, 2024 6:25


O projeto de extensão InovAbelha, do Departamento de Produtos Naturais e Alimentos da Faculdade de Farmácia da UFRJ, promove a conscientização sobre esses insetos (que não têm ferrão) e seus produtos, como mel, própolis e geoprópolis. O objetivo é incentivar o desenvolvimento sustentável por meio da exploração responsável dos recursos meliponícolas. Conversamos com Igor Rodrigues, coordenador do projeto e do Laboratório de Investigação de Substâncias Bioativas, sobre a importância da preservação dessas espécies essenciais para a manutenção da biodiversidade do planeta.Produção e apresentação: Louise FilliesEdição: Vinícius Piedade

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Capacidade para inovar em IA

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Nov 8, 2024 74:03


Podcast discute estratégias brasileiras para gerar conhecimento e aplicações em inteligência artificial. E mais: vendedores ambulantes; miniaturização; higiene do sono

Jornal da USP
Alimentação e Sustentabilidade #35: COP Biodiversidade

Jornal da USP

Play Episode Listen Later Nov 4, 2024 5:31


Segundo Isabel Garcia Drigo, a diversidade de espécies da flora e da fauna no ambiente agropecuário é fundamental para uma produção viável

Economia do Futuro
A COP que terminou no limbo

Economia do Futuro

Play Episode Listen Later Nov 4, 2024 27:05


A COP 16, a décima sexta Conferência da Biodiversidade da ONU, terminou em uma espécie de limbo. As negociações, que se estenderam madrugada adentro na sexta-feira, foram suspensas pela presidente da COP e ministra da sustentabilidade da Colômbia, Susana Muhamad, na manhã do último sábado.Como resultado, não há um texto final, e os países permanecem distantes de um acordo — especialmente no que se refere aos US$ 200 bilhões necessários para cumprir as metas estabelecidas pelo Marco Global da Biodiversidade, definido na COP anterior.Neste episódio, eu converso com Ilana Cardial, repórter do Reset, que passou as últimas duas semanas acompanhando as negociações de perto em Cali, na Colômbia. * Para entrar em contato, meu email é podcast@economiadofuturo.com** Veja a cobertura do Reset soBre a COP 16 aqui: www.capitalreset.com Support the show

Meio Ambiente
Como a COP16 da Biodiversidade busca compensar a ‘biopirataria digital'

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Oct 31, 2024 6:37


A 16ª Conferência da ONU sobre a Diversidade Biológica se encaminha para o fim nesta sexta-feira (1º) em Cali, na Colômbia, com um impasse sobre a delicada questão da repartição dos benefícios genéticos da natureza. Os países megadiversos, como o Brasil, insistem para a criação de mecanismos justos de compensação pelo uso desses recursos naturais – com os quais multinacionais agroalimentares, farmacêuticas ou cosméticas fazem fortunas, principalmente nos países desenvolvidos. Lúcia Müzell, da RFI em ParisA solução não poderia ser simples para um problema que, com o avanço das tecnologias, se tornou ainda mais complexo. O sequenciamento genético digital (DSI, na sigla em inglês) de plantas, animais e microrganismos, postos à disposição da comunidade científica, agora dispensa que eles sejam extraídos diretamente da natureza para serem utilizados pelas diferentes indústrias e pela academia, em pesquisas científicas.“Se, antes, existia a prática de biopirataria de ir a um país como o Brasil e pegar uma determinada semente, como aconteceu bastante no passado, e levá-la para um outro país, desenvolver um novo produto e patenteá-lo, hoje isso não acontece mais”, explica a advogada Bruna Maia, que desenvolve uma tese sobre este assunto na universidade Panthéon-Assas, em Paris, e é consultora jurídica da 3Bio, especializada em regulação internacional de biotecnologia.“Hoje, os cientistas codificam o genoma de toda essa semente, de uma planta, um animal ou, muitas vezes, um microrganismo, que eles armazenam em nuvens em depositários internacionais e, para desenvolver novos produtos, as empresas simplesmente usam esse sequenciamento genético. Muitas empresas do agronegócio, como Syngenta ou Bayer, fazem uso intensivo disso e não precisam mais de recursos físicos”, complementa Maia. “Elas não precisam mais de uma semente de tomate: precisam simplesmente do código genético da variedade dele e desenvolvem novas, que podem ser, por exemplo, resistentes à seca.”Novas regras para atualizar Protocolo de NagoyaOs três principais bancos de dados ficam na Inglaterra, no Japão e nos Estados Unidos. Esta configuração obriga as 193 nações signatárias da Convenção sobre a Diversidade Biológica, assinada em 1992, a encontrarem novas formas de retribuir os países que abrigam e conservam estes valiosos recursos na natureza.A repartição dos benefícios está prevista no Protocolo de Nagoya, de 2010, mas o documento se aplica apenas ao material genético físico. Na última COP, em 2022, ao assinarem o primeiro Marco Global da Biodiversidade, os países concordaram com a criação de um mecanismo multilateral para a repartição dos benefícios, “incluindo um fundo global”. Até agora, entretanto, as discussões em Cali não chegaram a um consenso.Sobre a mesa, encontram-se alternativas como a instauração de uma taxa de até 1% sobre o valor de varejo destes produtos, ou um percentual inferior sobre os lucros anuais das multinacionais que utilizam sequenciamentos genéticos da natureza. Também está em aberto como esta compensação seria efetivada: se por meio de projetos específicos de proteção da biodiversidade ou por financiamento direto aos países detentores das riquezas.  Pressa por decisão O tema é prioritário para as nações florestais, como a anfitriã, Colômbia, o Brasil, que abriga a maior área de floresta tropical e a maior biodiversidade do mundo, mas também os países africanos e do sudeste asiático. A negociação envolve, ainda, as comunidades locais e indígenas, que preservam muitos destes recursos.“A negociação de DSI está muitíssimo intensa. Tive acesso ao último rascunho de acordo, mas eles já incluíram uma nova possibilidade – o que mostra que está ficando cada vez mais complexo”, nota Bruna Maia. “É difícil ter uma decisão até sexta, mas, ao mesmo tempo, percebo que existe uma vontade política muito grande para que saia algum resultado nesta COP. O meu medo é que saia uma decisão, porém não seja a melhor possível, principalmente para os países detentores de biodiversidade. De sair qualquer coisa, só porque querem decidir alguma coisa”, salienta a especialista.Um dos argumentos dos lobbies industriais e alguns países ricos para não compensar financeiramente os países florestais é que são eles próprios que sustentam a existência dos bancos de dados genéticos, para o benefício de toda a comunidade internacional. Outros, como a Suíça ou o Japão, têm batalhado para que a repartição dos benefícios seja voluntária, uma alternativa amplamente rejeitada pelos países em desenvolvimento.

Economia do Futuro
Cobertura Especial das COPs

Economia do Futuro

Play Episode Listen Later Oct 31, 2024 1:14


Olá, eu estou passando aqui no seu feed hoje, quinta-feira, o dia em que você normalmente encontraria um episódio novo, para avisar que o ritmo de publicações no Economia do Futuro está mudando temporariamente. Vai começar a cobertura especial das COPs, as Conferências das Nações Unidas, que eu faço, como sempre, em parceria com o Reset. Na segunda-feira, dia 4 de novembro, você encontrará aqui um episódio com a Ilana Cardeal, repórter do Reset, analisando os resultados da COP 16, da Biodiversidade, direto de Cali, na Colômbia. E na segunda- feira seguinte, dia 11, começa a cobertura da COP 29, a Conferência Clima. O Sérgio Teixeira, que você já conhece, estará em Baku, no Azerbaijão. Ele vai entrar no seu feed algumas vezes, normalmente às segundas, até o fim da conferência.  Então é isso, fica de olho no seu feed que a agenda internacional do clima esquenta bastante agora no fim do ano. Essas conferências da ONU são decisivas para definir as ambições humanas para reagir às mudanças climáticas. Até lá! Support the show

Um dia no Mundo
A Biodiversidade

Um dia no Mundo

Play Episode Listen Later Oct 30, 2024 5:30


Como é que está a vida na natureza?

ONU News
Conheça as cinco principais negociações da COP16, em Cáli, na Colômbia

ONU News

Play Episode Listen Later Oct 28, 2024 1:49


Conferência da Biodiversidade reúne mais de 190 países; secretário-geral da ONU discursa na abertura da sessão de alto-nível do evento; acordos são focados em proteção do meio ambiente, financiamento e monitoramento de ações, recursos genéticos e valorização dos povos indígenas. 

ONU News
Colômbia sedia a cúpula mundial da biodiversidade COP16

ONU News

Play Episode Listen Later Oct 18, 2024 2:03


Evento reunirá mais de 15 mil participantes, incluindo 12 chefes de Estado e 103 ministros; temas centrais serão financiamento para evitar perda da fauna e da flora e cumprimento do Quadro Global para a Biodiversidade Kunming-Montreal; 20% dos países apresentaram planos nacionais relacionados à estratégia.

Online – Revista Pesquisa Fapesp
As pedras no caminho das mulheres na política

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Oct 18, 2024 62:53


Podcast discute as causas da baixa representatividade feminina em cargos eletivos no Brasil. E mais: bactérias; semiárido, simulações

Economia do Futuro
COP da Biodiversidade, comércio ilegal de madeira no Brasil e os bastidores da lei anti-desmatamento: uma conversa com o Reset

Economia do Futuro

Play Episode Listen Later Oct 17, 2024 24:20


Esta é a minha conversa mensal com o Reset. Aqui, trazemos para você a análise das principais notícias sobre o clima no Brasil e no mundo.Neste episódio, falamos sobre: a expectativa para a COP da biodiversidade em Cali, na Colômbia; o crescimento da extração ilegal de madeira no Brasil e como isso impacta o comércio legal da commodity; o fim da era do carvão na terra da Revolução Industrial; e o adiamento da lei anti-desmatamento na Europa.Leia o Reset: capitalreset.uol.com.brSupport the show

Meio Ambiente
Recursos genéticos e financiamento de acordo histórico são foco da COP16 da Biodiversidade

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Oct 17, 2024 24:02


Setenta por cento dos ecossistemas do planeta já estão degradados, o que ameaça a sobrevivência de 1 milhão de espécies. Para reverter essa tendência, representantes de 196 países voltam a se reunir para negociar a implementação do histórico Marco Global da Biodiversidade, aprovado há dois anos. Lúcia Müzell, da RFI em ParisA 16ª Conferência da Biodiversidade da ONU acontece em Cali, na Colômbia, a partir de segunda-feira (21), durante duas semanas. Será a primeira reunião de cúpula desde a assinatura do tratado, que estabeleceu 23 objetivos a serem cumpridos até 2030 para o mundo reverter a perda da natureza, ameaçada pelo aquecimento global, a poluição, a agricultura e a pesca intensivas e outras intervenções humanas. Neste prazo, os países concordaram em proteger no mínimo 30% dos seus territórios.“Alguns países têm muita biodiversidade e outros têm pouquíssima. Isso dá um sabor diferente aos trabalhos da convenção, porque se você cria metas de conservação muito ambiciosas, quem vai ter que arcar são os países em desenvolvimento. A contraparte para essas metas ambiciosas é ter também ambição em financiamento”, afirma o diplomata Gustavo de Britto Freire Pacheco, coordenador da equipe de negociadores do Ministério das Relações Exteriores do Brasil na COP 16.Em 2022, o acordo de Kunming-Montreal determinou que um financiamento de US$ 20 bilhões por ano deveria ser disponibilizado até 2025 para os países em desenvolvimento, e US$ 30 bilhões anuais até 2030. Dois anos depois, “não estamos sequer perto disso”, garante Pacheco.“Essa é uma situação muito preocupante. Vai ser uma COP importante porque vai definir os rumos da implementação do marco global. Na prática, a gente já vai estar negociando o que a gente combinou na COP15, ou seja, como vai ser implementado aquilo que a gente combinou”, indica.Leia tambémDesequilíbrios na Antártida impactam no clima e ameaçam biodiversidade marinha até no BrasilPreservar custa caroO Brasil é uma das partes mais interessadas nos diálogos de Cali porque faz parte dos 17 países megadiversos do planeta, com cerca de 20% do número total de espécies da Terra nos seus territórios.A redução do desmatamento, por exemplo, custa centenas de milhões de dólares ao Brasil por ano – e os recursos recebidos do exterior estão longe de cobrirem as necessidades específicas da proteção da biodiversidade. Para preencher o buraco financeiro, os países têm apostado, em paralelo, no desenvolvimento de mecanismos de financiamento inovador, como o Fundo Tropical Floresta Para Sempre.“Justamente porque o Brasil está investindo tantos recursos domésticos para reduzir o desmatamento e tantos recursos, inclusive humanos, tempo e energia, em desenvolver mecanismos financeiros inovadores, é que nós nos sentimos muito autorizados a cobrar que os países desenvolvidos façam a sua parte, porque eles não estão fazendo”, salienta Pacheco, à RFI. “Parte do pacote político que levou à aprovação do Marco Global da Biodiversidade foi a criação de um fundo para a implementação dele. Ele foi criado há mais de um ano, e passados 15 meses da sua criação, a situação concreta é que nós temos menos de US$ 200 milhões efetivamente disponíveis.”  Distribuição dos benefícios dos recursos genéticos abrigados na naturezaOutro tema prioritário para o Brasil, dono da maior área de floresta tropical e a maior biodiversidade do mundo, é o acesso aos benefícios dos seus recursos genéticos. A repartição justa e equitativa desses benefícios está prevista no Protocolo de Nagoya, assinado em 2010. Mas o avanço da tecnologia tornou as regras do texto obsoletas: as pesquisas científicas e o desenvolvimento de novos produtos pela indústria farmacêutica e cosmética não necessariamente precisam ser feitas in natura.  O sequenciamento genético de substâncias animais ou vegetais é cada vez mais realizado à distância pelos laboratórios, com uso de inteligência artificial, e disponibilizado para o conjunto da comunidade científica. Os prêmios Nobel de Medicina e Química deste ano acabam de recompensar cientistas que exploram esse universo, cujo valor econômico potencial é alto e o futuro, ainda desconhecido.“O avanço da tecnologia coloca a necessidade de nós desenvolvermos novas regras para garantir que o uso dos recursos genéticos, agora predominantemente na sua forma digital, gere benefícios e esses benefícios sejam repartidos de forma justa, principalmente com os países onde está concentrada a maior parte da biodiversidade”, sublinha o diplomata brasileiro.A negociação promete ser complexa e envolve também as comunidades locais e indígenas, que preservam estes recursos. A solução pode não ser atingida já na conferência de Cali.O Marco Global da Biodiversidade – equivalente ao Acordo de Paris sobre o Clima – inclui ainda metas como a restauração de 30% das áreas degradadas, a redução pela metade do uso de agrotóxicos e da introdução de espécies exóticas invasoras, que perturbam os ecossistemas.

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Por uma agricultura de baixo carbono

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Oct 11, 2024 62:29


Podcast aborda a mobilização de pesquisadores para diminuir as emissões de CO2 no campo. E mais: simulação computacional; modulação cardíaca; sensoriamento remoto

Meio Ambiente
Desequilíbrios na Antártida impactam no clima e ameaçam biodiversidade marinha até no Brasil

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Oct 10, 2024 14:08


A notícia de que a cobertura vegetal do continente antártico se acelerou a um ritmo surpreendente nas últimas décadas chama a atenção para os desequilíbrios em curso no polo sul, até então mais poupado das mudanças climáticas. O que acontece na Antártida, entretanto, tem consequências em todo o planeta – em especial para a regulação do clima e a preservação da biodiversidade marinha. Lúcia Müzell, da RFI em ParisImagens de satélite do continente gelado indicam que as superfícies rochosas da península antártica, ao norte, se tornaram 14 vezes mais verdes nos últimos 35 anos, graças à multiplicação de musgos e líquens, tipos de fungos vegetais. A ampliação das áreas verdes é um símbolo do aquecimento da temperatura na região, nos últimos 60 anos.Nas zonas mais expostas, a alta da temperatura pode atingir 0,34°C por década até o fim deste século. As conclusões dos cientistas da Universidade de Exeter foram publicadas na revista científica britânica Nature Geoscience.A proteção da "Amazônia branca", como apelidou o ativista ambiental brasileiro José Truda Palazzo, está há muito tempo no radar dos defensores de animais como baleias e focas, diretamente atingidos pela crise climática. A redução das emissões de gases de efeito estufa é fundamental para conter o aquecimento global e o derretimento do gelo no continente, mas ele lembra que a biodiversidade marinha em si é um elemento importante para o equilíbrio do clima na Terra."As baleias são a grande sentinela das mudanças que vêm ocorrendo nos oceanos em função do impacto humano. As pesquisas estão mostrando que elas são extremamente importantes no ciclo do carbono dos oceanos, não só por absorverem carbono nos corpos enormes delas, como por fazerem com que haja uma ciclagem de nutrientes capazes de ampliar a capacidade dos oceanos de absorver carbono”, salienta Palazzo, que acompanha há muitos anos as negociações internacionais sobre estes assuntos, como observador.Pesca do krill e criação de novas áreas protegidasNa próxima semana, a Convenção para os Recursos Vivos Marinhos Antárticos volta a se reunir e vai discutir duas pautas prioritárias para a preservação dos seus ecossistemas: a criação de novas áreas protegidas na península antártica e a maior regulação da pesca do krill, crustáceo que se encontra na base da cadeia alimentar na região e que é, ele próprio, uma fonte natural de absorção de CO2.A Rússia e a China têm barrado avanços nestes dois temas. "A frota pesqueira global da China também está se beneficiando do crescimento da pesca antártica, principalmente do krill, mas a China tem se mostrado mais aberta ao diálogo do que a Rússia. Nós esperamos que o Brasil possa envolver os nossos atores políticos, inclusive o presidente Lula, e construir um protagonismo climático voltado também para a conservação da Antártida, a partir das parcerias que mantêm com esses dois países”, indica o ambientalista.“A proteção da Antártida é a nova fronteira importante da proteção das nossas baleias e do ambiente marinho no Brasil, já que os mares austrais se conectam com o brasileiro e o alimentam", salienta Truda Palazzo.Diminuição das placas de geloPela sua posição geográfica e a rotação da Terra, a Antártida até então era mais protegida dos impactos da mudança do clima do que o polo norte, onde seus efeitos são sentidos a uma velocidade seis vezes superior ao restante do mundo. Entretanto, nos últimos anos e em especial desde 2023, as medições das placas de gelo apontam um fenômeno preocupante: dois anos consecutivos de redução surpreendente das suas extensões, que chegou a 3 milhões de quilômetros quadrados a menos de gelo, em pleno inverno austral.“Há fenômenos cruzados entre a atmosfera, o gelo e o oceano. Os três evoluem ao mesmo tempo e não sabemos ainda qual está causando o quê. Parece haver mudanças na estrutura vertical dos oceanos, ou seja, nos movimentos ascendentes e descendentes embaixo das camadas de gelo. Essa alteração poderia explicar um excesso de calor vindo do oceano em direção ao gelo, que está sendo bastante impactado desde 2016”, ressalta Martin Vancoppenolle, pesquisador do Laboratório de Oceanografia e do Clima junto ao respeitado Centro National de Pesquisas Científicas (CNRS), onde é especializado nas interações entre o gelo, o oceano e o clima.“Várias pistas estão sendo consideradas para explicar essa redução recente. A da nossa equipe é que as placas estão ficando mais finas, o que leva ao seu derretimento mais intenso e mais precoce", diz o cientista.Importância do geloO continente gelado modifica o balanço energético do planeta, ao refletir os raios solares e, assim, contribuir para limitar o aquecimento da Terra. Os ciclos de formação e derretimento das placas de gelo também são essenciais para a circulação oceânica, outro componente do clima terrestre.A comunidade científica ainda não dispõe de dados suficientes para atribuir a redução recente das placas de gelo às mudanças climáticas – a extensão delas sempre foi variável.“O derretimento do gelo não é irreversível, até que se prove o contrário. Se voltarmos a níveis de CO2 na atmosfera abaixo dos que temos hoje, em princípio não há razão de ele não se reconstruir rapidamente, porque ele tem no máximo alguns anos de idade, ou seja, é relativamente fácil para ele se recompor, à condição que faça suficientemente frio. Ele é muito diferente das calotas continentais, que precisam de dezenas de milhares de anos para se construir", explica Vancoppenolle.Uma das principais funções das placas de gelo é justamente proteger as calotas polares, formadas por água doce e cujo derretimento causam a elevação do nível do mar.

Deixa Que Eu Conto
Um canto para o rio

Deixa Que Eu Conto

Play Episode Listen Later Sep 30, 2024 33:07


Esta é uma história bonita, inspirada na vida do Rio Doce que passa pelos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. No quadro eco-mundo e eco-letramento saberemos mais sobre Biodiversidade. •⁠ ⁠Coordenação: Carolina Velho (Oficial de Educação Infantil do UNICEF no Brasil) e Erondina Silva (Oficial de Educação do UNICEF no Brasil) •⁠ ⁠Produção, criação de conteúdo, roteiro e locução: Mafuane Oliveira e Samara Rosa •⁠ Músicos: Vinicius Medrado, Lucas Brogiolo, Alysson Bruno, Leandro Medina, Diego Ribas e Cia Olho d´agua. •⁠ Edição final: Lucas Brogiolo e Fernando Cavallaro •⁠ ⁠Revisão técnica: Rhaisa Pael (Especialista em Educação Infantil) e Diana Salles (Consultora de Educação Ambiental)

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Manobra para resfriar o planeta

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Sep 13, 2024 70:26


Podcast discute potenciais riscos e benefícios de linha de pesquisa que propõe injetar partículas na atmosfera para amenizar a temperatura da Terra. E mais: bifungites; algoritmo; medições

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Doenças que brotam do cárcere

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Aug 30, 2024 68:06


Podcast discute como a insalubridade dos presídios brasileiros amplifica a disseminação de moléstias infecciosas no país. E mais: microbiota da pele; fonte de canabinoides; projetos disruptivos

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Pantanal em combustão

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Aug 23, 2024 65:39


Podcast discute as causas do recorde de incêndios no bioma no primeiro semestre e as consequências do fogo na biodiversidade. E mais: vida no acostamento; calamidade indígena; bem-estar animal

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Combate à desinformação científica

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Aug 16, 2024 73:05


Podcast aborda a mobilização de pesquisadores para enfrentar fake news sobre vacinas e temas relacionados à ciência. E mais: Antropoceno; vibrações; desmatamento

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Como enfrentar o bullying e a violência nas escolas

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Aug 3, 2024 68:53


Podcast discute iniciativas de pesquisadores para estimular a convivência pacífica no ambiente escolar. E mais: ferroadas; briófitas; resíduos

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Cuidado e empatia com os bichos

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later Jul 19, 2024 64:40


Podcast discute os avanços da ciência do bem-estar animal, área interdisciplinar que busca dar qualidade de vida a espécies usadas ou consumidas pelos homens. E mais: herpetologia, horticultura, currículos

Durma com essa
Os planos de Lula para o meio ambiente em meio à greve do setor

Durma com essa

Play Episode Listen Later Jun 5, 2024 14:25


O governo federal anunciou nesta quarta-feira (5) uma série de medidas voltadas para área ambiental em evento que comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente. As ações foram divulgadas em meio à paralisação dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) que começou em janeiro deste ano. O Durma com Essa explica os anúncios para a área e o quadro atual da mobilização dos trabalhadores ambientais. O programa também tem a participação de Julia de Moraes Almeida, do Movimento Pessoas à Frente, falando sobre a equidade de gênero nas lideranças públicas. Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

Online – Revista Pesquisa Fapesp
Ruídos na comunicação

Online – Revista Pesquisa Fapesp

Play Episode Listen Later May 24, 2024


Podcast aborda os entraves para publicar artigos científicos enfrentados por pesquisadores que não têm o inglês como língua materna. E mais: voo em Marte; flor exótica; circulação oceânica

DesAbraçando Árvores
#110: Mauro Galetti: um naturalista no Antropoceno

DesAbraçando Árvores

Play Episode Listen Later Mar 24, 2024 72:04


Howdy! Estamos de volta com um episódio inédito com uma entrevista SENSACIONAL com o grande cientista, Prof. Dr. Mauro Galetti! Mauro Galetti é um renomado cientista brasileiro, reconhecido internacionalmente por suas contribuições significativas no campo da ecologia e biodiversidade. Sua trajetória acadêmica e profissional é marcada por uma busca incessante pelo entendimento dos impactos humanos na fauna e nos ecossistemas naturais. Graduou-se em Biologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em 1991, dando início a uma jornada que o levaria a se destacar como uma das principais mentes científicas do país. Logo após sua graduação, em 1992, concluiu o mestrado em Ecologia também pela UNICAMP, consolidando sua base acadêmica. Sua busca por conhecimento o levou além das fronteiras brasileiras, rumo à Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde obteve seu Ph.D. em Ciências Biológicas entre os anos de 1992 e 1996. Como pós-doc, ainda em Cambridge, teve a oportunidade de trabalhar na Ilha de Bornéu, na Indonésia, enriquecendo sua experiência com a biodiversidade global. Retornou ao Brasil como bolsista Jovem Pesquisador da FAPESP, iniciando uma fase prolífica em sua carreira científica. Sua expertise e paixão pela pesquisa o levaram a colaborar com instituições de renome mundial, como o Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) em Sevilha, Espanha, e o Center for Latin American Studies na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Ao longo dos anos, Mauro Galetti demonstrou sua versatilidade como pesquisador, atuando como professor visitante em universidades ao redor do mundo, incluindo a Aarhus Universitet, na Dinamarca, e a Universidade de Miami, nos Estados Unidos, onde exerceu o cargo de professor associado e diretor do Gifford Arboretum. Em sua terra natal, contribuiu significativamente para o avanço da pesquisa científica como um dos diretores do Centro de Dinâmica da Biodiversidade e Mudanças Climáticas (CEPID) e como curador do maior banco de dados de biodiversidade da Mata Atlântica, o Atlantic Data Papers. Como bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e um dos cientistas brasileiros mais citados na área de Ecologia e Evolução, Mauro Galetti tem deixado uma marca indelével no cenário científico nacional e internacional. Sua influência vai além das publicações em periódicos renomados, estendendo-se às suas palestras como keynote speaker em diversas universidades ao redor do mundo. Além de sua atuação como pesquisador, Galetti é também um dedicado divulgador científico, tendo participado de programas de TV, podcasts e contribuído para jornais, compartilhando sua paixão pela natureza e pelo conhecimento científico. Em 2023, lançou seu primeiro livro, "Um Naturalista no Antropoceno", uma obra que reflete não apenas sua formação como biólogo, mas também suas experiências em alguns dos lugares mais selvagens do planeta, destacando sua preocupação com os desafios ambientais enfrentados pela humanidade neste século. Mauro Galetti continua a ser uma figura proeminente no campo da ecologia e biodiversidade, inspirando estudantes e colegas com seu compromisso inabalável com a ciência e sua incansável busca por respostas para os desafios ambientais do nosso tempo. Baixe o ebook ou compre a edição impressa do livro "Um naturalista no Antropoceno: um biólogo em busca do selvagem": https://editoraunesp.com.br/catalogo/9786557144541,um-naturalista-no-antropoceno Siga o perfil do Prof. Mauro nas redes sociais: @dr.mauro_galetti Dá uma força para manter o DesAbraçando online e com episódios no cronograma contribuindo financeiramente com nosso projeto: O DesAbraçando é um projeto independente e conta com o apoio dos ouvintes para se manter online e pagar a edição de áudio. Se você curte o projeto, considere apoiar financeiramente. Você pode contribuir a partir de R$ 1,00 no www.apoia.se/desabrace Segue a gente lá nas redes sociais: