POPULARITY
O pianista português João Costa Ferreira lança o seu mais recente disco, José Vianna da Motta, Poemas Pianísticos, vol 2, no próximo dia 26 de Outubro, em Portugal. Nos nossos estúdios, João Costa Ferreira destacou a importância de reabilitar o património musical português e partilha o "meticuloso processo de edição inerente à gravação" deste disco. O álbum é composto por 12 obras inéditas de José Vianna da Motta que o compositor escreveu entre os seus 5 e os 14 anos. RFI: Antes de falarmos da relação que tem com a obra de José Vianna da Motta, vamos falar da peça"Resignação", uma peça escrita para ser tocada com a mão esquerda. Apesar de existir um vasto repertório clássico de obras para a mão esquerda, continua a ser curioso ver um pianista a tocar apenas com a mão esquerda. De onde é que vem esta tradição ?João Costa Ferreira: Há toda uma tradição, sobretudo no século XX, quando vários compositores célebres como Ravel ou Prokofiev compuseram obras para o pianista Paul Wittgenstein. A partir daí começou a surgir mais reportório. Mas antes da primeira metade do século do século XX, já havia este repertório composto apenas para a mão esquerda e as razões são diversas: podia estar relacionado com alguma lesão física no braço direito, podia estar apenas relacionado como um desafio composicional. No caso do Vianna da Motta, não conheço a razão que o levou a compor esta obra "Resignação". O título em si carrega algo de negativo, portanto, é possível, e é apenas uma hipótese, que possa estar associado a algum problema que ele teve com o braço direito. O que, por exemplo, é possível de notar quando lemos os diários dele. Embora ele só tenha começado a escrever os diários depois de compor esta peça. Durante muitos anos, durante quatro ou cinco anos, ele refere-se - por mais de 30 vezes - a dores nos dedos e por uma dessas vezes refere-se ao dedo mindinho da mão direita. Pode ser apenas uma hipótese, que ele possa de facto ter tido um problema no braço direito, mas não é de descartar essa possibilidade, até porque nos diários que eu estava a referir, escritos entre 1884 e 1890, ele escreve sobre sobre essa lesão na mão direita. Em 1907 e 1908 encontramos também cartas que ele escreveu a Margarethe Lemke, onde ele continua a insistir sobre problemas que ele tem nas mãos. Portanto, esse problema era recorrente.Há desafios técnicos para tocar esta peça? Normalmente, a melodia é tocada pela mão direita e o acompanhamento pela mão esquerda. Há uma complexidade técnica quando se toca apenas com uma mão?Sim, há uma complexidade associada a isso. O repertório para piano é composto no sentido de conferir à mão esquerda a melodia e o acompanhamento à mão direita. Isto é uma regra geral. Obviamente que há muitas excepções e no caso do repertório para a mão esquerda, acaba por ser muitas vezes o polegar que tem a função de produzir a melodia, uma vez que é ele que está próximo dos agudos, embora muitas vezes a melodia esteja nos graves, nem que seja para imitar um instrumento grave, como o violoncelo, por exemplo. Isso, de facto, traz um desafio que é diferente, uma vez que é confiada a uma mão apenas duas funções diferentes, isto é, o acompanhamento e a melodia.Isso muda a dinâmica da interpretação?Sim, de certeza. Quando temos que tocar um baixo muito grave e a seguir uma melodia é diferente de tocar com as duas mãos porque podíamos tocar ao mesmo tempo. Quando se trata de tocar com uma mão apenas, temos que fazer aquilo que nós chamamos arpejos, isto é, tocar primeiro baixo e depois tocar o agudo. E isso acaba até por ter repercussões na expressão musical, acaba por ser diferente do ponto de vista estritamente técnico, mas também do ponto de vista musical. Acaba por ter consequências que muitas vezes são consequências, aliás, que eu diria automaticamente positivas porque num arpejado há uma conotação da expressão associada.Lança o seu mais recente disco, José Vianna da Motta, Poemas Pianísticos, vol 2. O que é que o motiva a continuar a aprofundar a obra de José Viana da Motta e a publicar este segundo volume?Já tinha publicado um primeiro volume e não podia deixar de publicar um segundo. Este foi um receio que tive durante muito tempo. Será que um dia vai haver um segundo volume? É estranho haver apenas um primeiro volume. Era para mim uma vontade muito grande de publicar este segundo volume. O que é interessante no meu ponto de vista, do ponto de vista da reabilitação do património musical português, que é o trabalho que eu tenho vindo a fazer em torno da obra de Vianna da Motta e não só, mas sobretudo de Vianna da Motta. O interessante na publicação deste volume é que dá a conhecer mais 12 obras inéditas, que eram inéditas até há bem pouco tempo. Comecei primeiro por uma fase de revisão dos manuscritos e edição musical porque as obras nem sequer estavam publicadas e nenhuma delas estava gravada. Há a edição musical e depois a edição discográfica que é, aliás, feita para também dar a ouvir esta música a um público mais alargado porque nem toda a gente sabe ler música e pode ler uma música e tocá-la ao piano. Vejo isto como uma missão e estas 12 obras vêm também mostrar até que ponto Vianna da Motta era uma criança prodígio, fora de série, porque são obras compostas entre os seus cinco e os 14 anos, mas que não parecem nada terem sido compostas em tão tenra idade. É um trabalho do qual eu me orgulho muito, na verdade, e que espero que venha a mostrar uma faceta de Viana da Motta. Uma faceta estonteante, inacreditável. Mais uma faceta de Viana da Motta que valoriza o pianista que ele foi, mas também o compositor.O critério para a escolha destas 12 peças foi o facto de terem sido escritas neste período entre os cinco anos e os 14 anos. Hoje parece difícil perceber como é que uma criança de cinco anos consegue compor uma obra como algumas destas que integram este álbum...Sim, isso explica a razão pela qual, quando o pai do Vianna da Motta o levou à corte para tocar perante o Dom Fernando II e a condessa d'Edla, a família real não hesitou em financiar os estudos de Vianna da Motta no antigo Conservatório Real de Lisboa e depois até mais tarde, quando ele partiu para Berlim, em 1882, também no Conservatório ele continua a beneficiar do mecenato e foi sempre muito acompanhado pela família real. Era de facto uma criança excepcional, mesmo no seu tempo, muito embora talvez na altura as crianças chegassem a um grau de maturidade mais cedo. Mas mesmo assim, para ter tido tanta atenção por parte da família real, durante tantos anos, é porque de facto se tratava, apesar de tudo, de uma criança excepcional, mesmo no seu tempo.Quando procura o repertório de Vianna da Motta, onde é que se encontram as partituras?O espólio de Vianna da Motta encontra-se na Biblioteca Nacional de Portugal. Foi lá que eu trabalhei a maior parte do tempo na realização do meu doutoramento em Musicologia na Sorbonne Université. O trabalho que apresento agora é fruto de cerca de dez anos de investigação, embora já tenha havida outros discos, editado partituras. Foi na Biblioteca Nacional de Portugal, onde a maior parte das coisas de Vianna da Motta estão, que eu encontrei estas obras. Foi uma descoberta no sentido musical porque eram obras que estavam lá, às quais as pessoas tinham acesso e podiam abrir o livro, mas se calhar o interesse não foi despertado para que elas experimentassem ao piano e vissem qual era o interesse musical. Foi o que eu descobri. Foi compreender o interesse musical e trazê-las à luz do dia.E qual é então, portanto, o interesse musical? O facto destas obras serem inéditas, a complexidade ou até mesmo imagino, os desafios da interpretação?Eu não posso nunca deixar de ficar deslumbrado pelo facto de serem obras que exigem uma grande capacidade técnica e musical, tendo em conta a idade que ele tinha quando compôs. Do ponto de vista da revolução ou de algo que ele tenha trazido à música: ele compôs já tarde no seu tempo, num estilo romântico que era um estilo muito próprio da primeira metade do século XIX; a música de Vianna da Motta, mas, como aliás, a maior parte da música dos compositores da época, não foi uma música que permitiu uma revolução na história da música. Mesmo no final do século XIX, já havia compositores que estavam a experimentar outras linguagens musicais, enquanto Viana da Motta ficou sempre muito agarrado ao romantismo do início do século. Talvez isso explique uma porque é que a sua obra tem vindo a ser esquecida ou praticamente ignorada.Porque é tardia?Sim, exactamente. Mas se nós formos a pensar noutros compositores românticos que até no século XX compuseram, embora com traços impressionistas, traços mais modernos e que acabaram por ficar muito célebres. O próprio amigo dele, o Ferruccio Busoni, é pianista e compositor italiano. Viana da Motta tem três fases criativas. Esta série discográfica é dedicada à primeira fase criativa, que é as obras de infância. A terceira e última fase criativa de Vianna da Motta é a fase nacionalista, isto é, da música de carácter nacional.A fase mais conhecida...Sim, é mais conhecida e nesse sentido Vianna da Motta terá tido um papel importante para aquilo que foi a evolução da história da música em Portugal. Embora já nos outros países em toda a Europa já se fizesse isso, isto e os compositores inspiravam-se imenso, sobretudo na música popular portuguesa, introduziam nas suas obras. Vianna da Motta foi, nesse aspecto, um pioneiro em Portugal e ele foi importante para abrir portas para que se desenvolvessem escolas de composição em Portugal. Escolas no sentido estético que abriram portas a Luís Freitas Branco ou Fernando Lopes Graça, Francisco Lacerda. Para a composição de obras inspiradas no folclore ou na música popular portuguesa. Tendo em conta o conjunto geral da obra de Vianna da Motta, é inegável a importância que ele teve para a história da música em Portugal.As obras de infância são mais uma espécie de reprodução daquilo que já se fazia em termos de danças; danças de salão, valsas, polacas, mazurcas, mas também muitas marchas. O primeiro disco, tinha sobretudo polacas, mazurcas que este disco já não tem e esses géneros musicais foram substituídos aqui por marchas, mas também tem valsas e músicas inspiradas em temas de óperas, por exemplo, que era algo que se fazia muito na época e obras que reflectem, aliás, o quotidiano de Vianna da Motta na vida lisbonense. Temos duas obras, por exemplo, neste disco, inspiradas no universo hípico, nas primeiras corridas de cavalos que tiveram lugar no antigo Jockey Club de Lisboa, que é onde hoje se encontra o Hipódromo do Campo Grande, por exemplo. Mesmo a própria gaité que é um galop, um galope, uma dança também frenética, também é inspirada nesse universo hípico dos cavalos.Estas obras são importantes porque, por um lado, embora não sejam revolucionárias, e eu insisto, houve muito poucas obras a serem revolucionárias na época. Para além de serem estonteantes, tendo em conta a idade dele, reflectem aquilo que ele era capaz de fazer e o quotidiano lisbonense que ele frequentava.De que forma é que este segundo volume se diferencia do primeiro?Para além do facto de já não ter as danças, as polcas, mazurcas, a marcha é mais a música de rua. Tem também uma fantasia inspirada numa ópera que o primeiro volume não tinha. Tinha, sim, uma obra dramática também nesse sentido, mas que era inspirada numa catástrofe que aconteceu na região de Múrcia, no sul de Espanha. E tem uma obra também incrível que é a última faixa As Variações sobre um tema original - ele compôs um tema e a partir dele escreveu várias variações. Isto é o mesmo tema, mas com outra decoração, com outra decoração que revela muitas capacidades, não apenas do ponto de vista composicional, mas pianístico, uma vez que ele tocava as obras que compunha, é por isso que eu falo da questão pianística. Ele compunha as obras ao piano. Essa obra, por exemplo, revela várias capacidades, uma vez que cada uma das 13 variações exige algo do ponto de vista técnico muito, muito diferente. Seja arpejos, seja acordes, seja oitavas. É como se ele ali explorasse as diferentes dificuldades técnicas que ele acharia que seriam necessárias a desenvolver. Até pode ser visto quase como aquilo que nós chamamos um estudo para piano, isto é, uma obra composta para desenvolver um determinado tipo de jogo, de forma de tocar.Há também uma faixa que se chama Praia das Conchas, Praia das Conchas e uma praia que se situa no distrito de Lobata, na ilha de São Tomé em São Tomé e Príncipe, onde Viana da Motta nasce e vive há alguns anos. Viana da Motta vai guardar memórias que consegue depois transpor na sua música.A Praia das Conchas é a única obra que o Viana da Motta compôs, inspirado no local do nascimento que é São Tomé. É uma obra que é uma quadrilha de contradanças, portanto origem popular da dança, em que ele escreve cinco danças e cada uma delas tem o nome de uma outra praia: a praia Mutamba. Há duas praias que eu não encontrei o nome que é Praia Soares, Praia do Sal. Sei que há muitas salinas no norte, mas são tudo praias ali perto da praia, porque há a praia, Mutamba, a praia do mouro também, acho que hoje é a praia dos Tamarindos. E depois há duas praias que eu não consegui encontrar. Andei à procura nos mapas e não consegui encontrar. Pode acontecer que estes nomes não existissem na época, que eram falados pela população local apenas e que nunca tinham sido registados. Vianna da Motta terá não lembrado das praias, uma vez que ele saiu de São Tomé muito cedo, mas penso que terá sido o pai. Na minha opinião, terá sido o pai a falar daquelas praias que ele provavelmente frequentava quando morava em São Tomé e Príncipe. E foi a partir daí que o Viana da Motta compôs estas cinco danças, inspiradas nas praias que eu acredito que sejam todas as praias no norte temos que encontrar a Praia Soares e a Praia do Sal.Como é que correu o processo de gravação deste disco; a elaboração, a escolha das peças, o estudo das obras seleccionadas e depois a gravação?Este é um objecto pequeníssimo e por trás dele está todo um trabalho absolutamente estonteante. Foram três anos de trabalho, sem contar, obviamente, com os dez anos que eu falei há bocadinho de investigação do doutoramento, os outros discos que eu gravei antes disto. Obviamente que isto também é um bocado fruto desse trabalho. Não foi tudo feito em três anos, mas entre o lançamento do primeiro volume desta série discográfica e este agora, passaram-se praticamente três ou quatro anos. Durante esse tempo houve tanta edição musical, a tal revisão dos manuscritos, que foi essencial porque há manuscritos que estão num estado muito difícil de descodificar, partes que estão rasgadas, um pedaço que está aqui, outro pedaço que está ali.E o que é que se faz nessas situações?É preciso compreender e conhecendo a linguagem da composição de Vianna da Motta. É importante para saber também avaliar e tentar perceber aquilo que ele queria. Conhecer a própria linguagem de Vianna da Motta, a linguagem romântica e trabalhar a partir daí, encontrando a forma como o Vianna da Motta imaginou e concebeu a sua obra. Não há assim tantos pedaços rasgados e perdidos. Apesar de tudo são desafios porque antes de tomar uma decisão é preciso ter mesmo a certeza daquilo que se está a fazer. Muitas vezes não se tratava de pedaços perdidos, mas, por exemplo, numa mesma página, várias versões escritas uma por cima das outras. Era preciso perceber cronologicamente aquilo que aconteceu. E muitas vezes havia indícios. Havia uma coisa feita a caneta, outra coisa feita a lápis, por exemplo, coisas feitas com canetas diferentes ou, aliás, com pontas de canetas diferentes. Houve esse trabalho quase de detective que faz parte do meu trabalho como investigador que foi a edição musical e a publicação. Depois a gravação em estúdio, foram cerca de 20 horas em estúdio. Foi um mês a fazer uma pré montagem de 8 horas todos os dias, a trabalhar numa pré-montagem apenas. Depois foram mais uns cinco ou seis dias de montagem. E depois as ilustrações que também não posso esquecer, uma ilustração para cada uma das faixas feitas pela artista portuguesa Mariana Miserável, que é o nome artístico de Mariana Santos e pôs todo o trabalho também do design gráfico e a produção, encontrar financiamentos junto de várias entidades. Tudo isto é um trabalho colossal, de facto, e que explica a razão pela qual só quatro anos depois de ter lançado o primeiro volume, é que lança agora este segundo.Talvez um próximo volume dedicado à fase mais conhecida de Vianna da Motta, a música mais nacionalista?Já lancei um dedicado às cinco rapsódias portuguesas, que se inspiram em 17 temas populares portugueses. Creio que dessa fase, como disse há pouco e muito bem, é a fase mais conhecida do Viana da Motta, ou já muitas coisas foram gravadas, aliás praticamente tudo. Tenho mais interesse para já em acabar as obras desta fase. E a haver um próximo disco, será um terceiro volume dedicado também à obra de infância, mas o qual terá não apenas obras para piano solo, mas também música de câmara.Nesta fase criativa, portanto, até aos 14 anos, até 1882, que é o período em que ele vai para Berlim e depois muda completamente a sua estética. Nesta fase criativa existe ainda todo um vasto repertório para piano solo, mas obras bastante grandes e exigentes do ponto de vista técnico e físico, mas também música de câmara. Tem piano para seis mãos, ou seja, três pessoas ao piano a tocar uma mesma obra, inspirada numa obra do compositor Meyerbeer, Robert le Diable. Tem também uma grande sonata para piano e flauta. Tenho a partitura a descobrir uma vez mais no sentido musical: abrir a partitura, tocar e tentar perceber porque é muitas vezes aí que se encontra e que reside a descoberta. A haver um terceiro volume, será um volume com uma ou duas obras ainda de piano solo e o resto é música de câmara.
Kein Wiener Musikveranstalter denkt daran, auch nur ein Werk des einst für das Musikleben der Stadt so bedeutenden Komponisten Franz Schmidt aufs Programm zu setzen, auch die Philharmoniker nicht, deren Solocellist Schmidt einmal war.
Paul Wittgenstein et Maurice Ravel se sont associés pour créer le Concerto pour la main gauche qui fût un énorme succès, même si des querelles motivées par des motifs pécuniaires ont entaché cette bonne ententeMention légales : Vos données de connexion, dont votre adresse IP, sont traités par Radio Classique, responsable de traitement, sur la base de son intérêt légitime, par l'intermédiaire de son sous-traitant Ausha, à des fins de réalisation de statistiques agréées et de lutte contre la fraude. Ces données sont supprimées en temps réel pour la finalité statistique et sous cinq mois à compter de la collecte à des fins de lutte contre la fraude. Pour plus d'informations sur les traitements réalisés par Radio Classique et exercer vos droits, consultez notre Politique de confidentialité.Hébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
SynopsisComing of age in the first half of the 20th century were two exceptionally talented children of the wealthy Austrian steel magnate Karl Wittgenstein: Ludwig Wittgenstein became a famous philosopher and Paul Wittgenstein a concert pianist.Paul served in the Austrian army in World War I, and, for a concert pianist, suffered a horrific injury: the loss of his right arm. Undaunted, he rebuilt his career by commissioning and performing works for piano left-hand. The family fortune enabled him to commission the leading composers of his day, including Richard Strauss, Maurice Ravel and Sergei Prokofiev.Unfortunately, even the Wittgenstein fortune couldn't protect the family from the racial laws of Nazi Germany, given the family's Jewish heritage. In 1938, he left for the United States after Austria's Anschluss with the German Reich.In America, he commissioned a concert work from young British expatriate Benjamin Britten, also living in America at the time, and gave the premiere performance of Britten's Diversions for piano left-hand and orchestra on today's date in 1942, with the Philadelphia Orchestra under Eugene Ormandy. Wittgenstein later confessed that of all his commissions, Britten's work came the closest to fulfilling his needs and wishes.Music Played in Today's ProgramBenjamin Britten (1913-1976) Diversions; Peter Donohoe, piano; City of Birmingham Symphony; Simon Rattle, cond. EMI 54270
‘Alleen de linkerhand' Op deze dag, 23 augustus 1914, werd Paul Wittgenstein in zijn rechterarm geschoten. Daarmee kwam er geen einde aan zijn carrière als concertpianist. Met een ijzeren wil trainde hij zijn linkerhand en vroeg allerlei componisten om voor hem te componeren: voor zijn linkerhand. Franz Schmidt Kwintet in A; III. Scherzo. Molto vivace Folke Nauta, piano Prisma Strijktrio Lars Wouters van den Oudenweijer, klarinet (album: Left Hand Legacy, vol.1)
C’est dans la poche ! Le podcast de l’Auditorium-Orchestre national de Lyon
๏ Épisode 63 ๏ Dans ce nouvel épisode, Charlotte Landru-Chandès profite du célèbre Concerto pour la main gauche de Maurice Ravel pour nous parler de son dédicataire le pianiste Paul Wittgenstein. Amputé de son bras droit pendant la Grande guerre, le pianiste se promet malgré son handicap de continuer à jouer de sa seule main gauche. Musicien très exigeant, il passe commande à de nombreux compositeurs dont Ravel, avec lequel les relations s'enveniment rapidement. La création du Concerto pour la main gauche à Vienne le 5 janvier 1932 par le pianiste cristallisent les tensions avec le compositeur. ▂
In deze uitzending komen we nog eens terug op het project rond de 'erfenis' van pianist Paul Wittgenstein, door Folke Nauta, Lars Wouters van den Oudenweijer en het Prisma Strijktrio - komend week is het officiële presentatieconcert in Amsterdam. En er ligt weer een enorme stapel prachtige nieuwe uitgaven op ons te wachten - dat wordt nog lastig kiezen! 23.04 CD Slavic Rhapsody (Brilliant Classics 96737) Bohuslav Martinu: Suite no. 1 voor Strijkorkest - Poco Allegro - Moderato Ciconia Consort olv Dick van Gasteren 6'09” 23.13 CD Slavic Rhapsody (Brilliant Classics 96737) Bedrich Smetana: Rybár (De Visser) Ciconia Consort olv Dick van Gasteren 4'18” 23.19 CD Left hand legacy vol. 1 (Cobra 0087) Franz Schmidt: Kwintet in A - II Intermezzo. Lento Folke Nauta [piano] 7'34” 23.29 CD Left hand legacy vol. 1 (Cobra 0087) Hans Gál: Quartet in A - II Presto e leggiero Folke Nauta [piano]; Prisma Trio: Janneke van Prooijen [viool]; Elisabeth Smalt [altviool]; Michiel Weidner [cello] 6'44” 23.39 CD Jacob Obrecht Missa Maria Zart (Challenge Classics CC 72933) anoniem: Maria Zart Cappella Pratensis olv Stratton Bull 1'22” CD Jacob Obrecht Missa Maria Zart (Challenge Classics CC 72933) Pfabinschswantz: Maria Zart Cappella Pratensis olv Stratton Bull 2'05” CD Jacob Obrecht Missa Maria Zart (Challenge Classics CC 72933) Jacob Obrecht: Missa Maria Zart - Agnus Dei Cappella Pratensis olv Stratton Bull 8'52” 23.52 CD Subaqueous Silence (ECM 2675) Ayumi Tanaka: Subaqueous Silence Ayumi Tanaka Trio 6'37”
Un día como hoy, 3 de marzo: Acontece: 1585: en Vicenza (península itálica) se inaugura el Teatro Olímpico, diseñado por el arquitecto Andrea Palladio. 1875: en el Ópera-Comique de París (Francia), se estrena la ópera Carmen, del compositor Georges Bizet. Nace: 1756: William Godwin, escritor y periodista británico (f. 1836). 1847: Alexander Graham Bell, inventor y físico británico, nacionalizado estadounidense (f. 1922). 1878: Edward Thomas, escritor británico (f. 1917). Fallece: 1766: Nicola Porpora, compositor italiano (n. 1686). 1792: Robert Adam, arquitecto y político escocés (n. 1728). 1961: Paul Wittgenstein, pianista austriaco (n. 1887). 1996: Marguerite Durás, escritora y directora francesa (n. 1914). Conducido por Joel Almaguer Una producción de Sala Prisma Podcast. 2023
Pianist Folke Nauta, klarinettist Lars Wouters van den Oudenweijer en het Prisma Strijktrio brengen de jarenlang verborgen gebleven erfenis van Paul Wittgenstein aan het licht: een schatkamer vol kamermuziek waarin de piano-linkerhand kan schitteren. Paul Wittgenstein was de pianist voor wie Maurice Ravel het beroemde Pianoconcert voor de linkerhand schreef. Minder bekend is dat de pianist tal van componisten opdracht gaf tot het schrijven van werk. Nu, eindelijk, gaan de archieven open. De eerste CD is er, met werken van Ernest Walker, Josef Labor en Hans Gál. En verder in deze uitzending: improvisaties van pianist Marnix van de Poll. 23.04 CD Wild Port of Europe (V-Flow 06) Eric Vloeimans: Bever Eric Vloeimans [trompet]; Jörg Brinkmann [cello] 1'42” CD Wild Port of Europe (V-Flow 06) Eric Vloeimans: Bezinning Eric Vloeimans [trompet]; Jörg Brinkmann [cello] 1'32” 23.08 CD Left hand legacy vol. 1 (Cobra 0087) Hans Gál: Quartet in A - IV Molto Vivace Folke Nauta [piano]; Prisma Trio 6'17” 23.20 CD Left hand legacy vol. 1 (Cobra 0087) Ernest Walker (1870-1949): Variations on an original theme (1939) voor piano linkerhand, klarinet, viool, altviool en cello Folke Nauta [piano]; Lars Wouters van den Oudenweijer [klarinet]; Prisma Trio: Janneke van Prooijen [viool]; Elisabeth Smalt [altviool]; Michiel Weidner [cello] 11'36” 23.33 eigen opname Marnix van de Poll: Rust in de beweging Marnix van de Poll [piano] 5'17” eigen opname Marnix van de Poll: Memory of Bach Marnix van de Poll [piano] 4'57” 23.48 CD Complete Songs vol. 4 (Brilliant Classics 96066) Nikolaï Medtner: Songs After Goethe (12), Op. 15 - VI Vor Gericht Ekaterina Levental [sopraan]; Frank Peters [piano] 3'09” 23.55 CD Lost and found (Pentatone PTC 5186 988) Bill Evans: Peace piece Sean Shibe [gitaar] 6'42”
Um pouco da fascinante história de Paul Wittgenstein, o pianista da mão esquerda.See omnystudio.com/listener for privacy information.
We duiken deze week in de rol van Turkije binnen de NAVO. De Turkse president Erdoğan krijgt enorm veel kritiek vanwege zijn beslissing om toetreding van Zweden en Finland vooralsnog te blokkeren. Met enige regelmaat zijn er geluiden te horen dat Turkije misschien wel uit de NAVO gezet moet worden. Waarom is Turkije toch zo belangrijk voor de NAVO? En is Erdoğan echt principieel tegen toetreding van de twee landen, of is het een verkiezingsstunt richting de verkiezingen later dit jaar? We bespreken het met niemand minder dan geopolitiek analist & Turkije-kenner Isa Yusibov! Fragmenten uit aflevering: - Jaïr Ferwerda op zoek naar het Indonesische restaurant waar Rutte en Macron gaan (https://www.evajinek.nl/video/fragmenten/video/5362716/jair-zocht-uit-waar-rutte-macron-uit-eten-heeft-genomen) - Analyse van de Financial Times over het subsidieplan van de Europese Commissie (https://www.ft.com/content/85b55126-e1e6-4b2c-8bb2-753d3cafcbe5) - De sombere voorspellingen van het IMF over het Verenigd Koninkrijk (https://www.theguardian.com/business/2023/jan/31/britain-only-g7-economy-expected-shrink-2023-imf) - Koop hier je kaartje voor de VPRO-dag ‘Schokeffecten' op 17 februari in Tivoli Vredenburg. We nemen live een aflevering van Europa Draait Door op met niemand minder dan Hubert Smeets te gast! (https://podcast.npo.nl/admin/feed/366/feeditem/- https:/www.vpro.nl/evenementen/2023/Schokeffecten.-E-n-jaar-na-de-Russische-invasie-in-Oekra-ne.html#Schokeffecten.%20Eén%20jaar%20na%20de%20Russische%20invasie%20in%20Oekraïne.) - Paul Wittgenstein performs Ravel's Piano Concerto for the Left Hand (https://www.youtube.com/watch?v=Qz3sf3WWo7U)
Synopsis On today's date in 1932, Maurice Ravel's Concerto for Piano Left Hand received its public premiere in Vienna. It was one of several concertos for piano left hand commissioned by Paul Wittgenstein, a wealthy Austrian pianist who lost his right arm during the First World War. Wittgenstein also commissioned concertos from Richard Strauss, Prokofiev, Korngold, and Britten. In the fall of 1931, Ravel presented Wittgenstein with the score of his new concerto, and together they gave it a private read-through with Ravel playing the orchestra part on one piano, and Wittgenstein the solo part on another. At first Wittgenstein was not impressed and offended Ravel by suggesting a few changes, which Ravel flatly refused to make. “Only after I had studied the concerto carefully,” said Wittgenstein , ”did I realize what a great work it was.” Wittgenstein performed the premiere with the Vienna Symphony led by Robert Heger. A few days later, on January 14th that same year, Ravel himself conducted the premiere of his other Piano Concerto, this one written for the two hands of French pianist Marguerite Long. In stark contrast to the brooding Concerto for Wittgenstein, the Concerto for Long is light-hearted, with a blues-y slow movement inspired by the Harlem jazz sampled by Ravel during a visit to New York in 1928. Music Played in Today's Program Maurice Ravel (1875-1937) Piano Concerto in D (for the Left Hand) Leon Fleisher, piano; Baltimore Symphony; Sergui Commissiona, conductor. Philips 456 775 Piano Concerto in G Krystian Zimerman, piano; Cleveland Orchestra; Pierre Boulez, conductor. DG 449 213
Nicholas McCarthy was born in the 1990s without a right hand. Paul Wittgenstein lost his in World War I—and then left behind a musical treasure trove that would change Nicholas' life. Listen to our collaboration with the hit podcast Snap Judgement.
En Historias Minimas de hot Pablo Durio nos cuenta sobre Paul Wittgenstein, el hermano de Ludwing.
Paul Harvey - Paul Wittgenstein
En este capítulo hablamos de: Ojos de vidrio, Patas de palo, Circuncisiones, Paul Wittgenstein, Gangrenas, Y más sobre prótesis y miembros perdidos.
Obwohl selbst brillanter Pianist schreibt Ravel erst mit 54 sein erstes Klavierkonzert. Paul Wittgenstein hat ihn darum gebeten. Der Pianist hat im ersten Weltkrieg seinen rechten Arm verloren. Ravel komponiert für ihn 1929 sein vielleicht faszinierendstes Werk. (Autor: Ben Süverkrüp)
DOG GONE CALM, Vol. 1 FULL ALBUM ON ALL STREAMING CHANNELS:Click to listen on your favorite streaming appJOIN THE DOG GONE CALM CLUB WAITLIST:http://doggonecalmclub.comLEFT HAND LEMONADE LIVE:Digital DownloadMUSIC ON THIS EPISODE:Schubert Serenade, Bach Sicilienne arranged by Paul Wittgenstein, Schumann Child Sleeping from KinderszenenYOUR TREAT AT MYZENPET.COM:5 Simple Ways to Upgrade Your Dog Friendly Sound Environment (without spending a dime)TRAINING TIPS AND VOLUME SUGGESTIONS:myzenpet.com/traning-tips/DOGTV:Promo code for a FREE month of DogTV (Promo code LISADOGTV will automatically be applied) Lisa's segment from Your Dog's New NormalLisa's segment from Prime Your Dog for July 4th (at 8:45)OTHER LINKS:Instagram: @My_Zen_Pet @LisaSpectorPianoFacebook: My Zen Pet LisaSpectorPianistPodcast Website: MyZenPet.com/podcastLisa Spector's Website: LisaSpector.comClubhouse: @lisaspectorYouTube: LisaSpector
Cuentan que, en cierta ocasión, Paul Wittgenstein, hermano de Ludwig Wittgenstein, autor del Tractatus, se encontraba practicando sus ejercicios de piano a una mano, porque solo tenía una, cuando, repentinamente, los interrumpió para golpear la pared que daba a los aposentos de Ludwig, que se encontraba en silencio escribiendo.“ ¡ Cómo pretendes que toque el piano con tu escepticismo metiéndose por debajo de la puerta ! “, le gritó.
Hoy en Anónimo IV nos sumergimos en la historia de uno de los inventos fundamentales del entretenimiento musical del s. XX. Conoceremos sus orígenes y las disputas abiertas sobre su invención. Además, en "5x8" hablaremos de música y lagos y en "Los Lunes al Do" Erea nos hablará de la figura de Paul Wittgenstein.
Suhrkamp espresso mal anders: Für diese Spezialfolge haben wir unsere Lektorinnen und Lektoren und unseren Verleger Jonathan Landgrebe gebeten, heimliche und weniger heimliche Klassiker vorzustellen, die man unbedingt gelesen haben sollte. Wir haben tief in die Schatztruhe gegriffen, fast in Vergessenheit geratene Meisterwerke gefunden und sicherlich auch den einen oder anderen großen Klassiker, der schon bekannt sein dürfte. Die Jahre von Annie Ernaux ist ein moderner Klassiker, der 2008 erstmals in Frankreich erschien. In dem Buch erkundet die große französische Autorin das eigene Selbst und stellt dabei anhand von Fotografien, Liedzeilen und Werbeanzeigen bestimmte Episoden aus ihrem Leben in einen gesamtgesellschaftlichen Zusammenhang. Auf der Plaça del Diamant von Mercè Rodoreda ist ein Klassiker der katalanischen Literatur, in dem die Lebensgeschichte der jungen Frau Colometa geschildert wird, die im Spanischen Bürgerkrieg ihren Mann verliert und dadurch gezwungen ist, ihr Leben in die eigene Hand zu nehmen. Im Dezember 1991 erkrankte Isabel Allendes Tochter Paula schwer und fiel ins Koma. Das Schicksal ihrer Tochter wurde für lsabel Allende zur schwersten Prüfung ihres Lebens. Um die Hoffnung nicht zu verlieren, schrieb sie, der Tochter zur Erinnerung um sich selbst zur Tröstung, mit Paula ihr persönlichstes und intimstes Buch. In Eine Jugend erzählt Patrick Modiano die Geschichte eines jungen Paares Mitte der sechziger Jahre. Nachdem beide auf schwere Zeiten zurückblicken, in denen sie von Menschen ausgenutzt wurden, fassen sie eine Entscheidung, die ihr ganzes Leben verändern wird. Ein Baum wächst in Brooklyn von Betty Smith erschien 1943 in den USA und eroberte die Bestsellerlisten im Sturm. Der Roman über ein Mädchen, das gegen alle Hindernisse anliest, ist eine Geschichte erfüllt von Lebenslust und Kraft, beseelt von der Euphorie über das Sein. Der historische Roman Die Verlobten von Alessandro Manzoni, erstmals erschienen im Jahr 1827, erzählt vor dem Hintergrund einer politisch bewegten Zeit die Geschichte eines Liebespaars im Jahr 1630 in Mailand, deren Heirat durch Intrigen, Kriege, Aufstände und die Pest über Jahre verhindert wird. In Wittgensteins Neffe schildert Thomas Bernhard auf ungewohnt warmherzige Weise die Freundschaft zu Paul Wittgenstein und führt dabei seine Autobiographie, die Beschreibung seiner Kindheit und Jugend in fünf Bänden, weiter in die Jahre 1967 bis 1979. 1984, der dystopische Klassiker von George Orwell, in dem er das düstere Szenario eines totalitären Überwachungsstaats zeichnet, wurde von Eike Schönfeld in ein neues und zeitgemäßes Deutsch übersetzt. Tante Julia und der Schreibkünstler gilt als einer der berühmtesten Romane der lateinamerikanischen Literatur. Nobelpreisträger Mario Vargas Llosa erzählt in dem Buch eine rasante Liebes- und Gesellschaftskomödie voll lebensklugem Witz. In Die Autonauten auf der Kosmobahn beschreiben Carol Dunlop und ihr Mann Julio Cortázar, die zu dem Zeitpunkt bereits sterbenskrank sind, ihre letzte Reise mit dem VW-Bus von Paris nach Marseille. Stadt der Engel, das letzte große Buch der 2011 verstorbenen Christa Wolf, erzählt in einer Art autobiographischer Prosa von einem Menschenleben, das drei deutschen Staats- und Gesellschaftsformen standhält, von einer Auseinandersetzung mit der eigenen Geschichte und von der Kunst, sich zu erinnern. Die Bücher der Folge: Annie Ernaux, Die Jahre: http://shrk.vg/DieJahre-P Mercè Rodoreda, Auf der Plaça del Diamant: http://shrk.vg/PlacaDelDiamant-P Isabel Allende, Paula: http://shrk.vg/Paula-P Patrick Modiano, Eine Jugend: http://shrk.vg/EineJugend-P Betty Smith, Ein Baum wächst in Brooklyn: http://shrk.vg/BaumBrooklyn-P Alessandro Manzoni, Die Verlobten: http://shrk.vg/DieVerlobten-P Thomas Bernhard, Wittgensteins Neffe: http://shrk.vg/WittgensteinsNeffe-P George Orwell, 1984: http://shrk.vg/1984-P Mario Vargas Llosa, Tante Julia und der Schreibkünstler: http://shrk.vg/TanteJulia-P Carol Dunlop und Julio Cortázar, Die Autonauten auf der Kosmobahn: http://shrk.vg/Autonauten-P Christa Wolf, Stadt der Engel: http://shrk.vg/StadtDerEngel-P
Un día como hoy, 3 de marzo: Acontece: 1585: en Vicenza (península itálica) se inaugura el Teatro Olímpico, diseñado por el arquitecto Andrea Palladio. 1875: en el Ópera-Comique de París (Francia), se estrena la ópera Carmen, del compositor Georges Bizet. Nace: 1756: William Godwin, escritor y periodista británico (f. 1836). 1847: Alexander Graham Bell, inventor y físico británico, nacionalizado estadounidense (f. 1922). 1878: Edward Thomas, escritor británico (f. 1917). Fallece: 1766: Nicola Porpora, compositor italiano (n. 1686). 1792: Robert Adam, arquitecto y político escocés (n. 1728). 1961: Paul Wittgenstein, pianista austriaco (n. 1887). 1996: Marguerite Durás, escritora y directora francesa (n. 1914). Una producción de Sala Prisma Podcast. 2021
Hace unos meses, David Antón y Pau Hernández se embarcaron en un arduo viaje: observar y analizar los conciertos de piano a lo largo de la historia. En aquella ocasión (T2 x 08) se habló en este podcast de Beethoven y Chopin, de manera que hoy se reemprende esa tarea partiendo desde el Romanticismo Tardío (Concierto nº1 de Tchaikovsky) para terminar en el complejo siglo XX (Concierto en Sol Mayor de Ravel). Este análisis de dos obras fundamentales nos lleva a hablar de los Rubinstein, americanos en París y txistus, todo para desembocar en unas Figarinanzas en el que un chistoso Fígaro nos da 5 nuevas pistas que esconden una nueva incógnita. Para finalizar, Pau Hernández comanda unos PauCálogos Musicales en los que Paul Wittgenstein es el protagonista, con sus excentricidades, sus batallitas y su mano. Esperamos que, como siempre, disfrutéis de este programa. Gracias por seguirnos y a por más ¡CONOCIMIENTOS MUSICALES!
Coming of age in the first half of the 20th century were two exceptionally talented children of the wealthy Austrian steel magnate Karl Wittgenstein: Ludwig Wittgenstein became a famous philosopher and Paul Wittgenstein a concert pianist. Paul served in the Austrian army in World War I, and, for a concert pianist, suffered a horrific injury: the loss of his right arm. Undaunted, he rebuilt his career by commissioning and performing works for piano left-hand. The family fortune enabled him to commission the leading composers of his day, including Richard Strauss, Maurice Ravel, and Sergei Prokofiev. Unfortunately, even the Wittgenstein fortune couldn’t protect the family from the racial laws of Nazi Germany, given the family’s Jewish heritage, and, in 1938, Paul Wittgenstein left for the United States after Austria’s “Anschluss” with the German Reich. In America, Paul Wittgenstein commissioned a concert work from a young British expatriate named Benjamin Britten, also living in America at the time, and gave the premiere performance of Britten’s “Diversions” for piano left-hand and orchestra on today’s date in 1942, with the Philadelphia Orchestra under Eugene Ormandy. Wittgenstein later confessed that of all his commissions, Britten’s work came the closest to fulfilling his needs and wishes.
Coming of age in the first half of the 20th century were two exceptionally talented children of the wealthy Austrian steel magnate Karl Wittgenstein: Ludwig Wittgenstein became a famous philosopher and Paul Wittgenstein a concert pianist. Paul served in the Austrian army in World War I, and, for a concert pianist, suffered a horrific injury: the loss of his right arm. Undaunted, he rebuilt his career by commissioning and performing works for piano left-hand. The family fortune enabled him to commission the leading composers of his day, including Richard Strauss, Maurice Ravel, and Sergei Prokofiev. Unfortunately, even the Wittgenstein fortune couldn’t protect the family from the racial laws of Nazi Germany, given the family’s Jewish heritage, and, in 1938, Paul Wittgenstein left for the United States after Austria’s “Anschluss” with the German Reich. In America, Paul Wittgenstein commissioned a concert work from a young British expatriate named Benjamin Britten, also living in America at the time, and gave the premiere performance of Britten’s “Diversions” for piano left-hand and orchestra on today’s date in 1942, with the Philadelphia Orchestra under Eugene Ormandy. Wittgenstein later confessed that of all his commissions, Britten’s work came the closest to fulfilling his needs and wishes.
Esta semana extraemos el jazz del libro "Ravel" de Jean Echenoz, editado por Anagrama... el jazz de Ravel y Ravel en jazz... un libro que, por otra parte, vale la pena sólo por leer un par de anécdotas: la del estreno de la obra para mano izquierda de Paul Wittgenstein y la de Gershwin con Ravel... buenas canciones... escúchalo!
Der Wiener Paul Wittgenstein war kein Pianist wie viele andere auch: Er hatte nämlich nur einen Arm! Wie es dazu kam und wie er trotz des Handicaps spielen konnte, das erfahren Sie in dieser Ausgabe von ZOOM.
Irene Suchy (*1960 in Wien), hat Studien der Musikwissenschaft und Germanistik in Wien und Tokyo absolviert. Sie ist Musikredakteurin bei Radio Ö1, Ausstellungsmacherin, Moderatorin, Dramaturgin und Lehrbeauftragte an internationalen Universitäten. Sie hat Publikationen herausgebracht zur neueren Musikgeschichte, über Paul Wittgenstein, Otto M. Zykan und Friedrich Gulda, zur Geschichte der abendländischen Musik in Japan, zu NS-Verfolgten und zur NS-Musikexilgeschichte, zu feministischer Musikologie. Und 2013 erschien in der Edition Ausblick Henzes Utopie. Jugend. Musik. Fest. in der Bibliothek der Provinz der Gedichtband Litanei gottloser Gebete. Bearbeitung für das Literatur Radio Hörbahn: Katharina Glück und Uwe Kullnick
durée : 00:25:00 - Ravel, Concerto pour la main gauche - par : Anne-Charlotte Rémond - Composé pour le pianiste Paul Wittgenstein, qui avait perdu son bras droit à la guerre, le Concerto pour la main gauche de Ravel demeure l'une des oeuvres les plus tragiques de Ravel, mais aussi l'une de ses plus célébrées pour ses multiples tours de force. - réalisé par : Max James
Varje olycklig familj är olycklig på sitt eget vis. Men få har varit så olyckliga som familjen Wittgenstein. Ändå lyckades Ludwig Wittgenstein bli en av 1900-talets mest mytomspunna filosofer.Musik: Maurice Ravels Pianokonsert för vänsterhanden (skriven till Paul Wittgenstein) framförd av Shintaro Kawahara.Bild: Porträtt från när Ludwig Wittgenstein får arbetsstipendium från Trinity College 1929/Wikimedia Commons. See acast.com/privacy for privacy and opt-out information.
tekst, regie: Roeland Hofman met: Martijn Nieuwerf, Tobias Nierop, Isabelle Houdtzagers, Billy de Walle een productie van Theater Bellevue 'Intelligente komische thriller' ★★★★ Scènes over de theatervoorstelling De eenarmige concertpianist Paul Wittgenstein gelooft heilig in de verheffende waarden van muziek en kunst. Met iedereen die het hier niet mee eens is heeft hij zeer weinig geduld...
En este nuevo episodio de UN CLASICO, conoceremos a PAUL WITTGENSTEIN, y tendremos un mano a mano con uno de los más prometedores jóvenes pianistas del S.XX que tuvo que ir a combatir a la primera guerra mundial en la cual perdió su brazo derecho.
En este nuevo episodio de UN CLASICO, conoceremos a PAUL WITTGENSTEIN, y tendremos un mano a mano con uno de los más prometedores jóvenes pianistas del S.XX que tuvo que ir a combatir a la primera guerra mundial en la cual perdió su brazo derecho.
De grenzen van de klassieke muziek worden opgezocht in de Late Night Show van Vrije Geluiden, waarin vanavond Paul Wittgenstein een rol speelt, net als de onlangs overleden Giya Kantsjeli, en niet in de laatste plaats de 'Von Trapp Family van de 21e eeuw': Diamanda La Berge Dramm, Anne La Berge en David Dramm. Met muziek etn Enrique Granados, Paul Hindemith, Sergei Prokofjev, Giya Kancheli, Diamanda La Berge Dramm, en Alex Weiser.
Es ist die Suggestivkraft des Erzählens, die Eva Gesine Baur zum Schreiben gebracht hat. Den Menschen im Krieg den Frieden vermitteln und im Unglück das Glück. Ihre Leidenschaft aber gehört der Musik. Kein Wunder, dass sie hauptsächlich über musikalische Themen schreibt. Wie jetzt zum Beispiel. Ihr neuer Roman «Der Klavierschüler» beschreibt eine kurze Zeit im Leben des grossen Pianisten Vladimir Horowitz, in der der junge Starpianist eine leidenschaftliche Liebesaffäre mit seinem noch jüngeren Schüler hat und nicht weiss, wie er mit dieser ihn bedrohenden Situation umgehen soll. Sich für die Liebe entscheiden trotz aller Gefahr? Oder für die Karriere? Doch dieser Roman ist nur der neueste einer ganzen Reihe von Büchern, die Eva Gesine Baur unter dem Namen Lea Singer über Musiker geschrieben hat. So gibt es bereits Romane über Frédéric Chopin und Emanuel Schikaneder, über Paul Wittgenstein und andere. Und natürlich auch über den, dessen Musik sie als ihre Lebensmusik bezeichnet. Wolfgang Amadé Mozart. Über all ihre Musik und Musiker, über ihren tiefen Bezug zur Musik und über die Art und Weise, wie sie die Musik zu Literatur macht, erzählt Eva Gesine Baur/Lea Singer in «Musik für einen Gast» Gastgeber Michael Luisier.
Pianospelen zonder handen is best moeilijk. Met één hand is het al bijna onmogelijk, al kwam Paul Wittgenstein er een heel eind mee. De pianist - en oudere broer van de beroemde filosoof Ludwig Wittgenstein - verloor zijn rechterarm in de loopgraven van de Eerste Wereldoorlog. Hij zette zich met enige verbetenheid aan het trainen van zijn linkerarm en kon dankzij het familiefortuin een paar beroemde componisten pianowerk laten schrijven, speciaal voor de linkerhand. Hij had er matig succes mee, al worden die werken nog steeds gespeeld. In De Verschrikkelijke Wittgenstein, een lunchtheatervoorstelling in het Amsterdamse Theater Bellevue, zien we Paul Wittgenstein terug in 1951, wanneer hij werkt als pianoleraar bij rijke New Yorkers. Regisseur en schrijver Roeland Hofman gebruikt deze situatie als uitgangspunt voor een bizar uurtje toneel waarin bloed vloeit. Acteur Martijn Nieuwerf speelt de getroebleerde eenarmige pianoleraar in de van hem bekende, ontwapenende stijl. Naast hem zien we Isabelle Houdtzagers Billy de Walle als twee over het paard getilde vroegpubers en Tobias Nierop als de butler die niet genoemd is naar de wereldberoemde econoom Stiglitz, al zou dat zomaar kunnen. Het stuk is overigens buitengewoon grappig. Ik ging een inspeelvoorstelling kijken, en vroeg regisseur Hofman en titelrolspeler Nieuwerf naar de achtergronden. De voorstelling gaat aanstaande zondag in première en is dan tot en met 26 te zien in Theater Bellevue, Amsterdam, steeds om half een 's middags. Inlchtingen: http://theaterbellevue.nl/wittgenstein. Meer van Cultuurpers? Word lid.
In deze editie van Atelier Amsterdam neemt regisseur Roeland Hofman ons mee in de wereld van Paul Wittgenstein, de oudere broer van de bekende filosoof. Het rijke leven van deze eenarmige concertpianist diende als grote inspiratiebron bij het maken van zijn nieuwe voorstelling. Emma Louise Diest gaat met hem in gesprek over ‘De Verschrikkelijke Wittgenstein’.
Paul Wittgenstein war kein Pianist wie viele andere auch: Er hatte nämlich nur einen Arm. Wie es dazu kam, wie er trotz des Handicaps spielen konnte und später trotz seiner jüdischen Abstammung während des Dritten Reichs zu Ruhm gelangte - das erzählt unser Zoom.
Heeft linkshandigheid invloed op de manier waarop we muziek maken? Zijn er instrumenten voor linkshandigen en wat als je door blessure of handicap maar met één hand kunt spelen? Sopraan Francis van Broekhuizen vertelt over beroemde linkshandige musici en laat muziek horen die speciaal voor de linkerhand geschreven is. Zoals de muziek voor saxofonist Ties Mellema, die een ernstige blessure aan zijn rechterhand opliep. En natuurlijk de pianowerken voor concertpianist Paul Wittgenstein die in de eerste wereldoorlog zijn rechterhand verloor.
Irene Suchy ist zu Gast bei Henry. Der stellt diese Woche ein Werk von Erich Wolfgang Korngold vor, die Suite für 2 Violinen, Cello und Klavier für die linke Hand allein, op. 23. Wir treten aber ausnahmsweise nicht in die Welt des Komponisten, sondern die des Interpreten. Die linke Hand in der Werkbezeichnung gehört nämlich Paul Wittgenstein, geboren 1887 in Wien, gestorben 1961 in Manhasset, New York. Er wurde in eine absurd reiche – und dysfunktionale – Wiener Mäzenatenfamilie hineingeboren, ist der Bruder des Philosophen Ludwig Wittgenstein, verlor einen Arm im Krieg, blieb ein großer Pianist und wurde Produzent. Henry taucht im Podcast in seine Lebensgeschichte ein. Alle Links zur Folge wie immer in unseren erweiterten Shownotes: http://bit.ly/2dJUs7v
Tag med i Koncerthuset og hør blandt andet Ravels klaverkoncert skrevet til pianisten Paul Wittgenstein, som mistede en arm i 1. Verdenskrig. Jennifer Higdon: Blue Cathedral (kan desværre ikke høres on demand) Ravel: Klaverkoncert for venstre hånd. Rakhmaninov: Symfoniske danse. Bertrand Chamayou, klaver. DR SymfoniOrkestret. Dirigent: Stephane Denève. Vært: Peter Filtenborg.