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No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta sexta-feira (25/04/2025): O governo suspendeu os descontos feitos por associações e sindicatos em aposentadorias e pensões pagas mensalmente pelo INSS. A decisão ocorreu um dia após a PF e a CGU deflagrarem a Operação Sem Desconto, sobre desvios que podem ter chegado a R$ 8 bilhões. A ação levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Ele assinou um documento em março do ano passado eximindo o órgão de responsabilidade sobre os descontos indevidos. O texto trazia ainda medidas que se mostraram ineficazes na contenção de irregularidades. As fraudes dispararam na gestão dele. Procurado para explicar a instrução normativa de março de 2024, o INSS não comentou. E mais: Política: Motta adia análise de urgência da anistia; PL e Novo ficam isolados Economia: Dívida pública deve alcançar R$ 10 tri Metrópole: PM de SP compra coletes à prova de balas de modelo reprovado em 1º teste Internacional: Trump critica Putin após ataque a Kiev, mas não muda proposta de paz See omnystudio.com/listener for privacy information.
KP escreve que posição de Trump sobre a Crimeia vai obrigar países europeus a uma decisão: "continuar do lado de Kiev ou mudar para o lado de Washington". E diz que essa rutura vai enfraquecer a NATO.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos ouvido no Ministério Público após denúncia de que doentes em tratamento de hemodiálise morreram. Privinvest autorizada pela justiça britânica a recorrer da sentença sobre o caso das "dívidas ocultas" que condenou o grupo a indemnizar Moçambique e especialista fala em revés. Trump critica Zelensky por não reconhecer soberania russa da Crimeia.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta quarta-feira (23/04/2025): Documento preliminar de fiscalização feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou “risco da prática de arranjos heterodoxos” na gestão das contas públicas pelo governo, informa Alvaro Gribel. Quatro “achados” chamaram atenção dos técnicos: o não recolhimento de receitas à conta única da União, o uso de fundos privados ou entidades para execução de políticas públicas, o uso de fundos públicos para concessão de crédito e a falta de transparência na gestão de fundos públicos e privados. “As práticas identificadas nos quatro achados preliminares representam ameaças à integridade, transparência e sustentabilidade do regime fiscal brasileiro”, diz o relatório, que será apresentado hoje em audiência pública. Para os auditores, a proliferação de “mecanismos extraorçamentários” pode ensejar a “perda de credibilidade nas contas públicas e riscos à sustentabilidade da dívida pública, o que tem condão de provocar desvalorização da moeda nacional, aumento da inflação, fuga de investidores e outros efeitos práticos na vida dos cidadãos”. E mais: Metrópole: Papa Francisco será sepultado sábado; funeral terá autoridades de 200 países Política: 1ª Turma do STF torna réus os acusados de ‘gerenciar’ plano golpista Economia: Para Galípolo, não há ‘bala de prata’ para política monetária Internacional: EUA propõem reconhecer Crimeia como russa para destravar negociaçãoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Fiéis vão poder prestar suas homenagens ao Papa Francisco na Basílica de São Pedro até sábado, quando o funeral está marcado. E mais:- Líderes mundiais confirmam presença na Missa Exequial- Zelensky não aceita a anexação da Crimeia pela Rússia e descartar sua adesão à OTAN e esfria negociações para um cessar-fogo- Ataque na Caxemira mata dezenas de turistas- Tidjane Thiam, ex-CEO do Credit Suisse, foi declarado inelegível para as eleições presidenciais da Costa do Marfim porque já teve dupla nacionalidade e perdeu o direito à cidadania marfinense Sigam a gente nas redes sociais Instagram mundo_180_segundos e Linkedin Mundo em 180 Segundos Acompanhem os episódio ao vivo Youtube, Instagram ou Linkedin Fale conosco através do mundo180segundos@gmail.com
As delegações norte-americana e russa estiveram esta terça-feira, 18 de Fevereiro, reunidas em Riad, capital da Arábia Saudita, a discutir sobre o destino da Ucrânia, sem presença ucraniana. "A política externa de Donald Trump rompe com o internacionalismo liberal que guiou os Estados Unidos da América (EUA) nos últimos 125 anos", lembra a professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, Maria Ferreira, sublinhando que "Trump não reconhece a União Europeia como potência regional preferindo favorecer regimes autocráticos". RFI: De que forma olha para esta recente postura de Donald Trump em relação à Rússia, para o futuro da geopolítica internacional. Este pode ser um ponto de viragem nas relações entre os Estados Unidos e a Rússia. O que está a acontecer entre a Rússia e os Estados Unidos?Está a acontecer o total romper de expectativas em relação à política externa norte-americana. Nas Relações Internacionais, há uma diferença entre anarquia e anomia. Até aqui, existia anarquia internacional, mas havia algumas expectativas em relação ao comportamento dos Estados. O que Donald Trump está a fazer é pôr fim ao internacionalismo liberal que guiou a política externa norte-americana nos últimos 125 anos, desde Theodore Roosevelt. E está a substituir o internacionalismo liberal pela adopção de um realismo absolutamente ofensivo que se baseia na ideia de que os Estados, mesmo as democracias, têm um direito natural à expansão geográfica. Colocando-se ao lado de Putin, Donald Trump solidifica a sua aliança de autocracias, legitima a sua pretensão à Gronelândia, quebrando com aquelas que foram as premissas da política externa norte-americana desde o início do século, ou seja, com as constantes linhas de força da política externa norte-americana nos últimos 125 anos.O que Trump está a mostrar é que só reconhece grandes potências no plano internacional e a União Europeia não é considerada como uma potência regional na Europa. Até porque, como o vice-presidente dos Estados Unidos afirmou em Munique, a Europa não se encaixa na visão ideológica da administração Trump, que favorece autocracias e não democracias. Trump, no fundo, o que quer é um espaço pós-soviético nas mãos de Vladimir Putin. Faz lembrar a citação de Tucídides: "Os fortes fazem o que querem, e os fracos sofrem o que têm que sofrer".Mas há também aqui a questão da China. A prioridade de Trump será, a seu ver, conter a China, que apoia a Rússia e não a resolução da questão ucraniana?Não me parece. Parece-me que, neste momento, e antes de se tratar da questão chinesa, Donald Trump está muito interessado em criar um conflito na Europa pela hegemonia regional, e os Estados Unidos estão a favorecer a Rússia à custa da União Europeia e da Ucrânia. Aliás, existe aquilo a que Thomas Gomart, director do Instituto Francês de Relações Internacionais, descreve como uma espécie de convergência ideológica entre Washington e Moscovo. E, portanto, há aqui uma espécie de prenda estratégica que foi dada a Vladimir Putin, mesmo sem qualquer concessão por parte de Moscovo em relação ao futuro da Ucrânia. O problema é que a União Europeia se encontra profundamente dividida. Este modus operandi das reuniões que excluem os Estados europeus e incluem outros mostra essa profunda divisão da Europa, que acontece porque poucos Estados europeus querem efectivamente enviar tropas para a Ucrânia, designadamente da Polónia ou Alemanha. Portanto, há aqui uma falta de posição da União Europeia quanto às garantias de segurança que podem ser dadas à Ucrânia. Face a esta acção e esta convergência ideológica entre a Rússia e os Estados Unidos, que, para quem acompanha as relações internacionais há muitas décadas, é absolutamente inusitada.O que ganha a Rússia com esta aproximação, o facto de os Aliados europeus não enviarem tropas, por exemplo, para a Ucrânia?A Rússia quer criar no espaço pós-soviético, e é preciso dizer que, para a Rússia, o espaço pós-soviético inclui, por exemplo, os Estados bálticos, que já são membros da União Europeia e da NATO. Quer criar no espaço pós-soviético uma espécie de zona tampão, que, na retórica de Putin, iria proteger a Rússia de um eventual ataque da NATO, que, desde o fim da Guerra Fria, tem-se naturalmente expandido para leste, porque os Estados veem a NATO como o único mecanismo de segurança colectiva que podem ter face a uma Rússia que nunca se democratizou e que manteve as suas tendências autocráticas.Portanto, o que Putin faz é criar um inimigo no Ocidente e legitimar, através de diversas estratégias discursivas, a ideia de que a NATO continua a ser um perigo para a autonomia territorial russa e legitima, assim, a vontade de criar um espaço de segurança alargado na Ucrânia e que vai atingir outros Estados, os Estados do espaço pós-soviético. Isto é, no fundo, um conflito pela hegemonia regional da Europa, um conflito ideológico entre o modelo democrático, simbolizado pela União Europeia, e o modelo autocrático, simbolizado pela Rússia. E quando, nos Estados Unidos, acontece o impensável, ou seja, temos uma administração mais autocrática ou ideologicamente muito conservadora, muito próxima dos valores da extrema-direita, é claro que essa convergência ideológica, que seria impensável há dez anos entre Washington e Moscovo, agora parece real.Qual seria a estratégia de Trump para garantir um cessar-fogo eficaz entre a Rússia e a Ucrânia? Isto é uma ilusão? Ele está disposto a fazer concessões territoriais para enfraquecer a Europa, como a entrega da Crimeia ou do Donbass à Rússia para garantir uma suposta paz. É realista esperar, nesta altura, que a Rússia se comprometa a não invadir novos territórios e deixar de ser uma ameaça concreta?Não. Eu penso que aquilo que Trump pretende é fortalecer a Rússia. E aqui, a questão da relação com a China não é despiciente, porque, criando uma potência regional no espaço euro-asiático, de certa forma vai criar um rival geopolítico capaz de enfrentar a China. Infelizmente, para a Ucrânia e para a União Europeia, aquilo que Putin vai provavelmente fazer está como está a fazer com Israel em relação à Palestina e à Faixa de Gaza: satisfazer as pretensões territoriais de Vladimir Putin. Quais são elas? Nós não sabemos, neste momento, e nesse sentido, fortalecer a Rússia como pilar da segurança na Europa e como contrapoder no espaço euro-asiático.Donald Trump retoma a estratégia de pivot para a Ásia que tinha sido iniciada por Barack Obama. De que forma é que esta estratégia do pivot para a Ásiapode ter impacto na posição dos Estados Unidos em relação à Europa, e concretamente, porque estamos a falar disso? Da Ucrânia?As estratégias de Barack Obama e Donald Trump divergem ideologicamente. Barack Obama nunca quis criar na Europa Central e de Leste uma potência regional com tendências claramente autocráticas. Barack Obama sempre teve uma excelente relação com os líderes da União Europeia. Portanto, o que nós agora estamos a assistir é a uma mudança de sinal ideológico nos Estados Unidos e ao empoderamento de um novo pivot no espaço europeu e asiático, que é claramente um pivot autocrático. Aquilo que várias administrações norte-americanas tentaram ao longo do período que se seguiu ao fim da Guerra Fria foi tentar contribuir para a democratização da Rússia. E eu penso que Barack Obama ainda teve algumas ilusões em relação às intenções ofensivas de Putin. Donald Trump não tem qualquer ilusão quanto a essas intenções ofensivas, até porque reparemos que ele tem intenções ofensivas em relação a outros territórios na Europa.Portanto, o objetivo não é tentar contribuir para a mudança do regime na Rússia, criando um pivot regional mais democrático do que autocrático. O objetivo é afirmar a ideia neorrealista ofensiva de que mesmo as democracias, tal como as autocracias, têm o mesmo direito à expansão natural do seu território, se isso satisfizer os seus interesses. E, portanto, os Estados mais fracos ficam na mão desta ideia ofensiva de que Estados como a Rússia ou os Estados Unidos têm este direito natural, essa legitimidade natural, à sua expansão geográfica, o que coloca em questão todos os pilares da segurança colectiva, regional e universal que foram definidos após a Segunda Guerra Mundial.Para defender essas questões de segurança, como e quem pode travar as intenções ofensivas, quer dos Estados Unidos, quer da Rússia? Como não existe um superestado nas relações internacionais. Neste momento, a Europa não consegue emergir nem como uma potência militar, nem sequer como uma potência moral que, de alguma forma, pudesse ser um contraponto normativo, quer ao modelo autocrático de Trump, quer ao modelo autocrático de Vladimir Putin. Não estou a ver como é que alguém ou alguma força pode ser um contraponto a esta vontade ofensiva e a esta hegemonia universal e regional, russa e norte-americana.É muito interessante que, nos últimos dias, estamos a assistir à degradação da saúde do Papa Francisco. O Papa Francisco tem sido aquilo que a União Europeia não consegue ser em relação à guerra na Ucrânia e à interação entre Putin e Trump. Ou seja, o Papa Francisco tem sido a voz moral da Europa e do mundo. Se ele desaparecer nos próximos dias, vai-se calar provavelmente a única voz normativa de oposição e de contra-discurso a esta estratégia de poder pelo poder e esta estratégia ofensiva de duas grandes potências.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo’, confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo’ desta quinta-feira (13/02/2025): Após conversa por telefone com o russo Vladimir Putin, Donald Trump disse que começou a negociar o fim da guerra na Ucrânia. O gesto sinaliza mudança na relação dos EUA com a Rússia. Trump escreveu em sua rede social que ele e Putin haviam “concordado em trabalhar juntos”. Horas antes, o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, havia dito que restabelecer a fronteira pré-guerra entre Ucrânia e Rússia é meta “irrealista”. A conversa com Putin ocorreu antes de Trump telefonar para Volodmir Zelenski, presidente ucraniano, e de fazer qualquer aceno para os aliados europeus. Essa movimentação do presidente americano arrefeceu a esperança da Ucrânia de garantir sua entrada na Otan e de restaurar as fronteiras de antes da anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014. E mais: Economia: Por petróleo, Lula pressiona o Ibama Política: Lei antidesmate da UE faz Tarcísio cobrar posição do governo Lula Metrópole: TCU cede e libera os pagamentos da bolsa Pé-de-Meia fora do Orçamento Caderno 2; Maria Bethânia comemora hoje 60 anos de sua participação no show ‘Opinião’, ao lado de Zé Kéti e João do Vale. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Trump tem uma estratégia de desmantelamento do Estado? Estarão Xi e Putin felizes? Que impactos terá o fim dos apoios às ajudas internacionais? A questão das tarifas é uma estratégia de negociação? Qual é o alinhamento com Netanyahu? O Gaza Resort está decidido? E Taiwan também não tem vistas bonitas? E a Crimeia? Onde está a resistência Democrata? O Partido Republicano morreu? Relativiza-se o que é grave?
Contra todas as expectativas, com analistas a anteverem dias de incerteza quanto aos resultados das presidenciais de ontem nos Estados Unidos, o candidato republicano Donald Trump venceu o escrutínio com um resultado nítido, acima do patamar simbólico dos 270 grandes eleitores necessários para garantir a vitória face à candidata democrata Kamala Harris. Quatro anos depois de sair da Casa Branca em atmosfera de insurreição, após o assalto ao Capitólio, Donald Trump regressa vitorioso para quatro anos na presidência da República. Quatro anos durante os quais, já disse que pretende operar uma série de reformas a nível da administração do seu país e da sua economia, sendo que ele anuncia igualmente uma inflexão da sua política externa, nomeadamente no que tange à Ucrânia, ao Médio Oriente, ou ainda à questão do meio ambiente.Aspectos que abordamos com Álvaro Vasconcelos, antigo director do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia, com quem começamos por analisar a dimensão da vitória de Trump, inclusivamente com os votos de camadas da sociedade que habitualmente votam nos democratas.RFI: Como se pode explicar que Trump tenha beneficiado nomeadamente dos votos de camadas da sociedade como os afro-americanos, o eleitorado latino e as mulheres?Álvaro Vasconcelos: As primeiras análises mostram que os afro-descendentes, em particular as mulheres, votaram por Kamala Harris em larga maioria. O Trump progrediu no sector dos afro-descendentes e progrediu porque eles também são vítimas da inflação. Também há muitos afro-americanos que são sexistas, que vêem com preocupação o aumento dos direitos das mulheres. Nós estamos a assistir àquilo que eu tenho chamado uma "contra-revolução cultural", ou seja, todos aqueles direitos que foram conquistados desde a Segunda Guerra Mundial, em particular desde os anos 70, da igualdade dos direitos reprodutivos das mulheres, o direito ao aborto. Todas essas conquistas extraordinárias que desconstruíram a sociedade patriarcal afectam as convicções, as tradições, a identidade, de homens que não são necessariamente todos brancos. Também os afro-americanos sentem essa transformação da sociedade. Também foram educados numa sociedade patriarcal. E quando a inflação e o covid -porque lembremos que Biden foi presidente também ainda com o covid- quando o convite e a inflação atingem esse sector da sociedade, eles sentem-se reforçados na sua oposição àqueles que, estando no poder, defendem direitos que eles consideram que diminuem os seus direitos. O que é extraordinário é que o Trump aparece ao lado de Elon Musk, como um candidato libertário, aliás, como a Milei na Argentina, ou a extrema-direita europeia, até em França. Fala-se de liberdade de expressão. E qual é a liberdade de expressão? é a liberdade para ser racista, para ser sexista. E tudo isso, acho eu, explica que não basta ser negro para votar contra o racismo.RFI: Um dos projectos de Donald Trump é reformar completamente aquilo que ele chama de 'Deep State'. Mudar todas aquelas camadas intermédias da administração americana. Para já, isto é concretizável? E o que é que isso pode implicar?Álvaro Vasconcelos: Isso é o que torna ainda mais inquietante esta segunda vitória de Trump. É que da primeira vez que Trump foi eleito, Trump tinha que lidar com um Partido Republicano que, no essencial, era tradicional. Nem era trumpista. Trump era um candidato anti-sistema, anti-sectores poderosos do Partido Republicano e que foram contrapoderes em relação a Trump, inclusive na sua própria administração. Lembre-se que o vice-presidente de Trump, o Mike Pence, um conservador, opôs-se ao que o Trump tentou a 6 de Janeiro (de 2021), quando perdeu as eleições, o assalto ao Capitólio, e o chefe do gabinete de Trump deu uma entrevista recentemente a dizer que Trump era um fascista. Ou, portanto, os sectores do Partido Republicano com quem Trump teve que se relacionar em 2016 eram sectores do Partido Republicano que não eram trumpistas. Hoje, Trump domina o Partido Republicano e vai ter uma maioria no Senado e na Câmara dos Representantes. Portanto, já mudou uma série de juízes do Supremo. Possivelmente ainda irá mudar mais. Tem como programa transformar a administração americana, ou seja, colocar homens "leais" em todos os lados. Ou seja, o projecto de Trump é um projecto autocrático e o projecto de transformar a América, uma grande democracia e uma das primeiras democracias do mundo, numa autocracia tem um conjunto de condições, com apoio em sectores dos oligarcas americanos. Hoje existe uma autêntica oligarquia também nos Estados Unidos. Tem apoio desses oligarcas e, portanto, estamos numa situação extremamente perigosa. RFI: E lá está, mencionou que, de facto, Donald Trump poderia também ter a maioria no Senado e também uma posição muito confortável na Câmara dos Representantes. Isto significa que, no fundo, restam poucas protecções a nível do Estado e a nível da lei nos Estados Unidos para travar eventuais projectos autocráticos de Donald Trump. Álvaro Vasconcelos: O que é que resta é a sociedade civil, o movimento das mulheres, o movimento anti-racista, uma sociedade civil muito forte, como constatámos mesmo nestas eleições. A capacidade de mobilização dos apoiantes do Partido Democrata, dos apoiantes de Kamala Harris, era muito maior que os de Trump, os indivíduos que iam as bocas das urnas tentar orientar o voto no sentido favorável ao Trump, por exemplo, na Pensilvânia -que foi um estado fundamental para a vitória de Trump- esses indivíduos eram pagos por Musk. Não eram activistas da sociedade civil. A campanha democrata era baseada num número impressionante de activistas. Portanto, a sociedade civil americana é uma sociedade civil muito forte. Eu diria mesmo que é a sociedade civil mais forte do mundo, em termos de activismo, de associações, de capacidade de mobilização. Lembre-se da Marcha das Mulheres depois da vitória de Trump em 2016: um milhão de mulheres nas ruas de Washington. Há uma grande capacidade. Lembremos o movimento Black Lives Matter. Têm uma capacidade enorme de mobilização da sociedade civil americana. É aí que está alguma capacidade de oposição a Trump. RFI: Um dos projectos de Trump é baixar os impostos e também aumentar os direitos aduaneiros para os produtos importados, o que pode significar, a nível interno, menos serviços públicos, e a nível externo, uma economia também bastante mais fragilizada para os parceiros dos Estados Unidos e, nomeadamente a União Europeia.Álvaro Vasconcelos: Sem dúvida, Trump é um proteccionista e um nacionalista. É algo que nós ainda não falamos. Mas Trump é, em primeiro lugar, um nacionalista. "Make America Great Again" é um slogan nacionalista. O que Trump está a dizer aos americanos? Está a dizer "nós podemos ser de novo a nação hegemónica, a nação que não tem rival e, sobretudo, que não tem rival na China e na União Europeia". Mas hoje Trump considera a China um adversário muito mais poderoso do que a União Europeia, que tem mostrado, de facto, alguma incapacidade para se afirmar do ponto de vista político. E neste momento também está fragilizada com a subida da extrema-direita em muitos países europeus e, portanto, a política económica de Trump vai ser uma política económica que vai ser terrível para os sectores mais pobres da América, que vão perder parte da pouca protecção social que têm e vai agravar as desigualdades, com a facilidade que vai dar aos oligarcas americanos. Mas vai fazer uma guerra comercial terrível, nomeadamente contra a China, mas também contra a União Europeia. No fundo, a questão que hoje se coloca à Europa é uma questão existencial, porque tem a guerra da Ucrânia de um lado, tem o Trump do outro, que deixará de apoiar a Ucrânia, certamente. Mas sobretudo, terá um Trump claramente antieuropeu e procurando enfraquecer a União Europeia e enfraquecer as democracias europeias. E, portanto, estamos num momento, digamos, quase que existencial para a União Europeia. Eu diria existencial mesmo que, no fundo, haja uma esperança. Mas os dados não mostram que seja esse o caminho provável, que a União Europeia irá acordar. Hoje também há enormes fracturas na União Europeia, inclusive no campo democrático. É o momento de nos unirmos para enfrentarmos a ameaça existencial que Trump representa para a União Europeia.RFI: Mencionou, nomeadamente, o conflito na Ucrânia. Donald Trump não esconde qual é a sua posição relativamente ao conflito na Ucrânia: deixar de ajudar Kiev e fazer as pazes com a Rússia muito rapidamente.Álvaro Vasconcelos: Sem dúvida que Trump é um amigo de Putin. Tem uma relação boa com Putin há muitos anos. Putin apoiou a sua campanha eleitoral de 2016. Segundo a imprensa americana, também nesta campanha eleitoral houve uma série de acções de desinformação na Geórgia e de supostos ataques à bomba que eram notícias completamente falsas que tiveram a sua origem na Rússia. Trump quer que a guerra na Ucrânia acabe, já que ele não quer fazer nenhum esforço do ponto de vista económico ou militar para apoiar os ucranianos e acabar já a considerar que a Rússia, os territórios que já conquistou, devem ficar sob controlo russo e obrigar os ucranianos a um acordo de paz que termine a guerra com uma parte do território ucraniano conquistado pelos russos. E nem estou a falar da Crimeia ou dos territórios que a Rússia já tinha conquistado em 2014. Estou a falar do que conquistou no Donbass, nos últimos anos. E depois a Rússia irá consolidando a sua posição ali e logo veremos o que se passa a seguir, porque tudo isto é muito imprevisível.RFI: Está a pensar nomeadamente na Moldova e na Geórgia?Álvaro Vasconcelos: Hoje, se eu fosse moldavo ou georgiano, estaria altamente inquieto com a facilidade com que Putin vai poder, de facto, transformar a situação política interior desses países, apoiando os partidos que lhes são próximos e fazendo, no caso da Moldova e da Geórgia, uma extraordinária pressão exterior.RFI: Outro dossier que espera também Donald Trump a nível das relações externas é o dossier do Médio Oriente. Netanyahu já felicitou Donald Trump. Ele, de facto, tem motivos para celebrar?Álvaro Vasconcelos: Sim. Netanyahu agora terá todo o apoio de Trump para o seu projecto do "Grande Israel". Nós devemos dizer que esse foi um grande fracasso da administração Biden: o de não ter sido capaz de travar Israel e de apoiar os palestinianos como deveria. Depois do 7 de Outubro, a administração americana colocou-se, aliás como muitos líderes europeus e Estados europeus, ao lado de Israel, na indignação do 7 de Outubro. Mas depois daquilo que se passou em Gaza, do assassinato em massa de palestinianos, de um processo de limpeza étnica que leva ao genocídio dos palestinianos em Gaza e também do que se passa na Cisjordânia, a administração americana foi incapaz de travar Netanyahu. Sabemos que Biden dizia a Netanyahu que ele devia conter-se, que ele devia chegar a um acordo com o Hamas para a libertação dos reféns e para um cessar-fogo, mas nunca utilizou o instrumento, o único instrumento verdadeiramente poderoso que os Estados Unidos têm sobre Israel, que é acabar com a venda de armas a Israel. Isso nunca fez. E nunca fez por razões também de política interna, porque o lobby evangélico nos Estados Unidos, que é poderosíssimo e que dá um grande apoio a Trump, é o lobby mais poderoso pró-Israel. É muito mais poderoso do que o lobby judaico, onde há muitas correntes liberais que se opõem a Netanyahu e gostariam que Netanyahu caísse. Se Kamala Harris tivesse ganho as eleições, Netanyahu não teria em Kamala Harris uma pessoa de que é próximo. Pelo contrário, ela é uma pessoa que considera que Netanyahu é de extrema-direita e que era preciso contê-lo. Também não sabemos até onde é que ela iria nessa contenção, mas sabemos que teríamos um mundo diferente, em que as possibilidades de haver alguma coisa contra o Estado de Israel, nomeadamente contra Netanyahu, era muito mais forte. Hoje nada disso acontece. Pelo contrário, Trump e Netanyahu são da mesma corrente política, são da mesma ideologia e da mesma barbaridade na violência contra o outro e a mesma desumanização dos palestinianos. Nem mesmo as questões humanitárias estarão na agenda. E Trump terá uma capacidade maior de ligação às ditaduras do Golfo e do Médio Oriente. Porque aqui a maior parte dos países árabes do Médio Oriente são ditaduras que gostariam de terem uma boa relação com o Estado de Israel, mesmo com Netanyahu, apesar do que se passa na Palestina. Portanto, Netanyahu hoje tem o caminho aberto para a criação do "Grande Israel", o que é evidentemente uma tragédia para os palestinianos, uma tragédia para a defesa dos direitos humanos e uma tragédia, evidentemente, para todos nós, que acreditamos no direito dos palestinianos a viverem em liberdade e em dignidade.RFI: Outro aspecto que não mencionamos até agora é a questão do meio ambiente. Donald Trump já disse que tenciona impulsionar as energias fósseis, o que significa, como no primeiro mandato, um recuo em termos de defesa do meio ambiente.Álvaro Vasconcelos: Está a fazer, no fundo, a lista de todas as tragédias anunciadas, ou seja, do mundo apocalíptico em que nós parecemos estar a entrar. Porque se olharmos para a questão ambiental, com o aumento das temperaturas médias, nos últimos 16 meses, de um grau e meio, que era aquilo que os Acordos de Paris apontavam para se tentar prevenir que acontecesse apenas em 2050, percebemos como é urgente tratar da questão climática, como é urgente ter uma política global. E não pode ser só a política europeia ou americana, mas uma política global que faça do clima estável um património comum da humanidade. Ou seja, que se comece não só a cumprir o Acordo de Paris, mas de facto, a ir mais longe com o Acordo de Paris, que é começar a retirar CO2 na atmosfera. Ora, tudo isso é contrário à visão que o Trump tem da economia americana e do lugar da América no mundo. Passa exactamente como ele dizia na campanha por "furar, furar, furar", ou seja, abrir mais poços de petróleo sempre que for possível. Portanto, não só a nível interno americano, a transição energética que começou com Biden estará em sério risco, como a nível internacional, não há dúvidas nenhumas de que a administração Trump não irá favorecer respostas multilaterais para a questão ambiental. E isso, evidentemente, coloca-nos noutro domínio: no domínio apocalíptico. Evidentemente que nós hoje não podemos cair no pessimismo absoluto e temos que pensar como sair deste futuro tão sombrio que nos parece que será o nosso, o nosso sobretudo, o dos nossos filhos e dos nossos netos. Evidentemente que há caminhos para ir. É bom que a gente converse sobre eles também, mas evidentemente que neste momento é um momento de enorme preocupação.RFI: Relativamente à África, no seu primeiro mandato, Donald Trump não teve propriamente uma política externa dirigida ao continente africano. A seu ver, que consequências é que esta eleição pode ter para o continente africano?Álvaro Vasconcelos: É difícil dizer porque, de facto, não é uma prioridade da administração Trump. Também não foi uma grande prioridade da administração Biden e não tem sido uma grande prioridade das instituições americanas. E na competição com a China, certamente que a África aparecerá no radar da administração Trump. O que é que significa para a administração Trump? Significa que os autocratas em África podem ser parceiros importantes porque ele olha para o mundo pela visão da autocracia, pela visão dos homens fortes que impõem a sua vontade à população. E o que pensa Trump? Infelizmente, penso que há cada vez mais gente para quem é o caminho para o desenvolvimento económico e, portanto, o modelo a que podemos chamar o "modelo chinês", que vai ser o modelo de Trump. E isso é interessante. Trump revê-se no "modelo chinês" do ponto de vista político. Para o desenvolvimento económico, olhará para África, possivelmente, olhando para os ditadores africano, como olha para os ditadores do Médio Oriente, da Arábia Saudita em particular, como um aliado preferencial. O que significa para a África? Pensemos, por exemplo, no que se passa neste momento em Moçambique, com grandes manifestações pela democracia, depois do roubo terrível que foram as eleições e o assassinato de uma série de opositores. Temos assistido a enormes manifestações pela democracia em Moçambique. Elas não terão nenhum eco em Washington. E se nos lembrarmos que quando Bolsonaro tentou um golpe, depois de ter perdido as eleições e que Biden interveio para dizer imediatamente que Lula tinha ganho as eleições, com Trump isso não acontecerá. Não acontecerá na América Latina, como não acontecerá em África, como não acontecerá em lado nenhum.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo', confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo' desta quinta-feira (26/09/2024): Em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU ontem, o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, questionou o interesse brasileiro na resolução da guerra na Ucrânia. Ele fazia referência a um plano do Brasil e da China para encerrar o conflito, divulgado em maio. “Quando a dupla China e Brasil tenta convencer outros a apoiá-los, na Europa, na África, propondo uma alternativa a uma paz plena e justa, surge a pergunta: qual é o verdadeiro interesse deles? Todos precisam entender que não obterão mais poder às custas da Ucrânia”, disse. Para uma negociação, a Ucrânia exige a retirada total das tropas dos seus territórios, incluindo a Crimeia – tomada pelos russos em 2014. A Rússia exige que Kiev abandone sua candidatura à Otan e se retire das quatro províncias que ocupou no leste. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu: “Se ele (Zelenski) fosse esperto diria que a solução é diplomática e não militar”. E mais: Internacional: Brasileiro de 15 anos morre em meio a combates no Líbano Economia: Com juros subsidiados, BNDES libera verba recorde para inovação Metrópole: 15 Estados aderem a regras federais para câmera em uniforme da polícia Política: Tabata resiste a pressão para apoiar Boulos em eventual segundo turnoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Alguns destaques do Jornal da Manhã dessa terça-feira (25): Mato Grosso do Sul decreta emergência em municípios afetados por incêndios no Pantanal. Marina Silva diz que a situação no Pantanal é uma das piores já vistas e culpa ações humanas. STF retoma hoje julgamento sobre o porte de maconha para uso pessoal. INSS fará até 800 mil perícias até o final do ano para cancelar benefícios indevidos. Lula se reúne com Fernando Henrique Cardoso em São Paulo. ANAC anuncia hoje regras para passageiros indisciplinados. Alexandre de Moraes, atendendo uma ação de inconstitucionalidade protocolada pelo PT, dá 10 dias para o governo de São Paulo explicar escolas cívico-militares. Desembargador teria recebido 1 milhão de reais por ‘habeas corpus' para traficante. Julian Assange, fundador do WikiLeaks, deixa a prisão. Rússia convoca embaixadora dos EUA após acusar Washington de participar de ataque ucraniano na Crimeia. Essas notícias e muito mais você confere nessa edição do Jornal da Manhã.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Com conflitos a pulular nas diferentes regiões do mundo, a pergunta impõe-se: há ética na guerra? «É bom que haja», diz-nos João Pereira Coutinho. Mas como?Neste episódio, discutem-se as condições que é preciso reunir para que uma guerra se possa considerar justa. Mas se acha que dificilmente pode haver consenso quanto ao tema, acertou.João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso discutem a tensa relação entre a democracia e a guerra, numa viagem que nos leva da Crimeia do século XIX à Ucrânia do século XXI, passando pela Revolução do 25 de abril.Fala-se de desinformação e de propaganda, já que é também na arena da opinião pública que se determinam vencedores e vencidos (veja-se o caso da Guerra do Vietname).E como julgar quem pratica crimes de guerra? Estará o direito internacional munido das ferramentas necessárias para responsabilizar quem vai longe demais?Junte-se à dupla nesta reflexão sobre aquele que está, rapidamente, a tornar-se o tema do nosso tempo.REFERÊNCIAS ÚTEISJoslyn N. Barnhardt e Robert F. Trager. «The Suffragist Peace: How Women Shape the Politics of War» (Oxford University Press, 2023)Francis Fukuyama. «O Fim da História e o Último Homem» (Gradiva, 1999)Robert Kagan. «The Return of History and the End of Dreams» (Alfred Knopf, 2008)Margaret MacMillan. «Guerra: Como Moldou a História da Humanidade» (Temas e Debates, 2021)Michael Walzer. «Just and Unjust Wars: A Moral Argument with Historical Illustrations» (Basic Books, 2015)Lev Tolstoy. «Guerra e Paz» (Presença, 2 vols., 2022)Kurt Vonnegut «Matadouro Cinco» (Alfaguara, 2022)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil.
A Suíça acolhe este sábado e domingo a Conferência para a Paz na Ucrânia, que junta representantes de mais de 90 países e organizações internacionais. A Ucrânia quer manter uma ofensiva diplomática para que ninguém se esqueça do que está a acontecer em Kiev. "Os resultados serão sobretudo no sentido de obter uma foto de família em torno do apoio à Ucrânia", aponta a especialista em Relações internacionais da Universidade do Minho, Sandra Dias Fernandes. RFI: Cerca de 90 países e organizações internacionais marcam presença na cimeira para a paz na Ucrânia que decorre este fim-de-semana em Bürgenstock, na Suíça. A Rússia não foi convidada e a China decidiu não participar na cimeira. O que se pode esperar?Sandra Dias Fernandes: Os resultados esperados são todos muito indirectos porque primeiro estão dois grandes ausentes a Rússia e a China. A Rússia porque não foi convidada e a China porque declinou o convite. Além disso, o objectivo de ter uma representatividade muito ampla em termos daquilo que se chama sul global também não foi alcançado. Ou seja, cerca de metade destas delegações são europeias. Os resultados são indirectos e serão sobretudo no sentido de obter uma fotografia de família em torno do apoio à Ucrânia. Uma fotografia de coligação, digamos assim, ou de um certo alinhamento mais amplo do que a coligação restrita que implica a Europa, a NATO e os Estados Unidos da América. E, sobretudo, provar que existe em torno da causa ucraniana uma perspectiva de médio longo prazo.Zelensky acaba de fazer uma grande turnê em que encontrou os grandes dirigentes do mundo inteiro, em vários formatos, sendo o mais recente o que encerrou esta sexta-feira no G7, na Itália. Com esses encontros e a consolidação de acordos bilaterais, de empréstimos, de promessas de ajuda - e também os Estados Unidos, tendo na passada quarta-feira aprovado uma nova bateria de sancções, até bastante mais abrangentes do que as anteriores contra russos - faz com que esta Conferência para a Paz tenha sobretudo um contexto de preliminares; criar condições preliminares a uma eventual discussão mais séria, em que, obviamente, os russos têm de estar envolvidos em qualquer discussão de cessar-fogo.Falou da ausência de grandes protagonistas na geopolítica global como é o caso da China, que é o principal comprador de petróleo da Rússia, que ajuda a alimentar a economia de guerra de Moscovo, mas também a ausência do Presidente brasileiro Lula da Silva, que disse que não ia estar presente, uma vez que esta conferência de paz sem uma parte do conflito não faz sentido?Por parte do Presidente Lula da Silva há, de facto, uma relação muito fria com o presidente Zelensky. Desde o início da guerra, nas primeiras semanas depois da guerra ter começado em 2022, Lula da Silva disse que nesta guerra havia dois culpados e Zelensky era um deles. Há aqui um grande frio na relação interpessoal entre Lula da Silva e Zelensly, mas de sublinhar que o Brasil não deixa de estar representado. [Lula da Silva] Indicou que iria enviar um observador, portanto um diplomata brasileiro que iria servir de observador na conferência, mantendo, apesar de tudo, um canal aberto.A China é obviamente mais problemática porque o alcance das conversações que vão ter lugar este sábado e domingo só é possível se a China estiver envolvida. O alcance é sempre muito difícil de ser mais abrangente, mais real, mais substantivo sem a China, que é de facto um dos países ou a única superpotência aliada da Rússia e que consegue pressionar a Rússia. Até porque há fortes interdependências que são desvantajosas para a Rússia e que colocam a Rússia numa posição de poder menos forte face ao parceiro chinês.Para haver paz é preciso que a Rússia saia de todos os territórios ocupados, inclusive da Crimeia, disse Zelensky. Putin diz estar disposto a um cessar-fogo quase imediato no caso da Ucrânia sair, por sua vez, de territórios como Zaporizhia, Kherson, Donetsk e Luhansk, mas Zelensky não aceita a sugestão repetida de Putin. O impasse continua?Estas duas posições negociais são neste momento irreconciliáveis. O Zelensky diz, por um lado, que um dos termos da paz é a recuperação da integridade territorial completa da Ucrânia, ou seja, pré 2014. O que a Rússia diz é que uma das condições para começar a negociar é que seja aceite que as cinco regiões especiais, que é assim que os russos chamam essas regiões, sejam reconhecidas como russas. Isto é um ponto de facto irreconciliável neste momento entre os dois actores.Nesta Conferência para a Paz na Suíça, a Ucrâna está a tentar fazer com que saia uma declaração que mostre os pontos de consenso alargado a nível mundial, para além da Europa e dos Estados Unidos da América. Nesses pontos de consenso não está a questão territorial, mas sim a questão da segurança energética e nuclear, a questão da livre circulação no Mar Negro, para que possa haver escoamento de cereais, nós sabemos que a Rússia e a Ucrânia têm um grande monopólio na exportação de cereais, que são fundamentais, nomeadamente para países como o Egipto, que aliás, é um dos grandes ausentes também desta Conferência para a Paz. O último ponto que [Zelensky] gostaria que ficasse na declaração conjunta, é a continuidade da pressão para que as crianças ucranianas que foram deportadas para a Rússia sejam devolvidas à Ucrânia. Estima-se que cerca de 20.000 crianças tenham sido forçadas a deixar a Ucrânia para serem "acolhidas", é o termo utilizado pela Rússia, por famílias russas.Mas há também a questão das ameaças nucleares?O que está em cima da mesa não é tanto as ameaças nuclear. É a segurança nuclear, ou seja, que precisamente cesse devido aos ataques russos e a presença russa na região de Zaporizhia, que é uma das maiores centrais nucleares europeias, que cesse de pairar o espectro de uma catástrofe nuclear devido a uma bomba que exploda, a uma má manutenção da central, que este contexto de guerra de facto coloca um problema nuclear - que nem sequer vem da questão militar, mas vem da questão da energia nuclear civil. É essa dimensão de segurança nuclear que está em causa nesta cimeira.
Uma narrativa que é transversal a todas a unidades do poder político russo, contam-se mais de 70 ameças nucleares desde 2023. Os EUA estão a tentar reagir, mas têm sido “desajeitados” no seu discurso. As imagens de George W. Bush e Putin a dançarem com bailarinas tradicionais russas já vão longe, assim como a ideia de paz perpétua, em 2008. A posição exata dos americanos neste momento é a de legitimar qualquer acto da Ucrânia, desde que em legítima defesa. Na opinião de José Milhazes, a “Casa Branca todos os dias muda de opinião”, e a Rússica “continua a usar os mesmos métodos de intimidação da política antiga”. A China, à custa da Rússia, “quer ganhar dinheiro e dividir a UE e os EUA”. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Matéria publicada neste domingo, 7, pelo Washington Post, afirma que Donald Trump discutiu privadamente um plano controverso para encerrar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.A estratégia sugerida inclui pressionar a Ucrânia a ceder a Crimeia e a região de Donbas à Rússia, um movimento que contrasta fortemente com a política adotada pelo atual presidente Joe Biden, que tem se concentrado em contrariar a agressão russa e fornecer apoio militar a Kiev.Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante: https://bit.ly/planosdeassinatura Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp. Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais. https://whatsapp.com/channel/0029Va2S... Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast. Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
100 anos do fim do califado otomano! No Podnext dessa semana, nossos hosts Gustavo Rebello (@gu_rebel) e JP Miguel (@jp_miguel) batem um papo com Luiz Felipe Herdy (@herdylf) sobre esse marco que contribuiu para moldar muito dos cenários de confusão pelo mundo, como a Crimeia, os Balcãs, Armênia e o Curdistão que ainda não existe. A personalidade da semana fica por conta Hungria, e a Tabata Bohlen (@TabataBohlen) inicia uma série sobre dengue no bloco a ciencia é delas! Tudo isso, além é claro da agenda da semana e das dicas culturais! Lembrando sempre que mandem sugestões, críticas, para contato@opodnext.com, ou ainda no SUBSTACK: opodnext.substack.com onde você também encontra informações sobre como assinar o Podnext Confidencial, para nos apoiar e ter acesso ao conteúdo extra que ficou de fora do programa, chat exclusivo do Telegram, assista gravações AO VIVO e muito mais! LEMBRANDO QUE agora o PODNEXT TEM ZAP, anote aí o número, +1 352-871-5797 pra vc mandar mensagem de voz e talvez aparecer no programa! Se você desejar, pode contribuir quando e se puder também fazendo um PIX para contato@opodnext.com --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podnext-podcast/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podnext-podcast/support
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo', confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo' desta terça-feira (19/03/2024): O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem aos seus ministros que o governo está aquém do prometido e que 2023 foi ano de “recuperação”, mas há muito por fazer. Em reunião realizada após pesquisas indicarem queda da popularidade de sua gestão, Lula voltou a alimentar a polarização com o seu antecessor. Jair Bolsonaro (PL) foi tema de boa parte do discurso do petista na abertura do encontro com os 38 ministros. A retomada foi a oportunidade para os ataques a Bolsonaro, a quem Lula classificou como “covardão”. O petista afirmou que o País “correu sério risco de ter um golpe” após as eleições de 2022. Para aliados de Bolsonaro, Lula ataca o adversário político para tentar reverter a queda de popularidade de seu governo. E mais: Economia: Economia aquecida traz dúvida sobre ritmo de queda de juros Metrópole: Com 51 distritos em epidemia, SP entra em emergência para dengue Internacional: Putin anuncia ferrovia em área da Ucrânia anexada, parte da ‘Nova Rússia' Esportes: Nova Iguaçu surpreende e chega à final inédita com futebol forte e vibrante Caderno 2: Rock in Rio anuncia shows de Cyndi Lauper e Mariah CareySee omnystudio.com/listener for privacy information.
A falta de energia em vários bairros do centro de São Paulo, ainda provoca transtornos para comerciantes e moradores da região. Segundo a concessionária responsável pelo fornecimento de energia em São Paulo, uma ocorrência na rede subterrânea que atende a região de Higienópolis é o que provocou a falta de abastecimento. Veja também: Putin comemora dez anos da anexação da Crimeia.
Moçambique: Venâncio Mondlane, da RENAMO, recorre de uma justiça que não confia para afastar o líder do seu partido. Um paradoxo? Portugal: Sociedade civil peocupada com ascenção da direita, principalmente no que toca às políticas de imigração. Agricultores do centro de Moçambique apostam em culturas de rendimento e resilientes à seca, face aos efeitos climáticos.
No dia 24 de fevereiro de 2022, a Rússia iniciou uma invasão à Ucrânia citando a necessidade de “proteger” os russos étnicos, na versão do país, vítimas de um “genocídio” praticado pela país vizinho. Atualmente, cerca de 18% do território ucraniano permanece sob ocupação russa, incluindo a península da Crimeia, anexada em março de 2014, e grande parte das regiões de Donetsk e Luhansk, no leste. A Ucrânia perdeu recentemente o controle da cidade de Adviidka, que fica em um local considerado estratégico no leste do país. Ela foi capturada pelas forças russas após uma batalha de quatro meses, na qual os russos usaram todo o seu poderio militar para avançar sobre a região. Por causa disso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a vitória de seu país sobre a Rússia "depende" do apoio do Ocidente e declarou ter "certeza" de que os Estados Unidos aprovarão o pacote de ajuda militar atualmente bloqueado. Esse pacote será de 60 bilhões de dólares (299 bilhões de reais), atualmente bloqueado no Congresso em Washington pelos deputados republicanos. No Reino Unido e na Europa, a possibilidade de que a guerra ultrapasse as fronteiras da Ucrânia segue ganhando destaque recentemente. No mesmo sentido, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm se mobilizado para quando isso acontecer. Após o início da guerra, a Otan cresceu e conta agora com 31 membros, entre eles, a Finlândia, que faz fronteira direta com a Rússia. Afinal, qual é o futuro da guerra entre Rússia e Ucrânia? Como Estados Unidos e União Européia vão reagir daqui pra frente? No ‘Estadão Notícias' de hoje, vamos conversar sobre o assunto com Christopher Mendonça, professor de Relações Internacionais do IBMEC de Belo Horizonte. O ‘Estadão Notícias' está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência. Apresentação: Emanuel Bomfim Produção/Edição: Gustavo Lopes, Gabriela Forte e Gabriel Alegreti Sonorização/Montagem: Moacir BiasiSee omnystudio.com/listener for privacy information.
A guerra na Ucrânia completa 2 anos no próximo dia 24 e até o momento não há indícios de que o conflito deve terminar tão cedo. Na semana, os ucranianos disseram ter atacado um navio russo na Crimeia. Já a Rússia fez dois bombardeios em cidades da Ucrânia. Quanto tempo mais o conflito deve durar? Confira a análise do professor de relações internacionais do Ibmec, Carlo Cauti.
Lívia Franco destaca as "dinâmicas de cansaço" da guerra que agora tem critérios exigentes. O Major-General João Vieira lembra que o conflito começou há 10 anos com a questão do Donbass e Crimeia.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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O alinhamento de interesses russos e venezuelanos se dá desde a era Hugo Chávez, mas chegou a seu estágio mais avançado nos últimos dias. As ameaças de Nicolás Maduro para anexar a região de Essequibo, território da Guiana, seguem o mesmo roteiro da anexação russa da Crimeia. Ameaças que podem colaborar como forma de diversionismo em relação ao apoio dos Estados Unidos aos ucranianos diante da invasão russa. Ainda este ano, o autocrata venezuelano vai a Moscou visitar Vladimir Putin. Para explicar os interesses russos na região, tradicional zona de influência americana, Natuza Nery entrevista Vicente Ferraro, cientista político e pesquisador do Laboratório de Estudos da Ásia da USP, com foco em Rússia e Eurásia. Neste episódio: - Vicente faz a retrospectiva da relação entre os dois países e explica por que a partir dos anos 2010 houve uma aproximação ainda maior: “A Rússia começa aquilo que é chamado de projeção para um exterior distante”. Desde então, Putin faz da Venezuela seu “principal instrumento geopolítico na América Latina”; - Ele aponta que o objetivo maior da Rússia é criar “uma divisão mais forte na política externa dos EUA” com o surgimento de um novo foco de tensão - o que beneficiaria os russos na guerra da Ucrânia; - O cientista político analisa como Putin e Maduro usam o “nacionalismo” e a presença de “inimigos externos” para conquistar apoio popular – o venezuelano deve enfrentar eleições presidenciais em 2024, e o russo anunciou recentemente que deve tentar mais um mandato à frente do Kremlin; - Vicente avalia o pedido de ajuda da Guiana aos americanos – que já realizaram exercícios militares dentro do território guianense – e afirma que o Brasil deve apresentar uma “posição mais enfática, pelas vias diplomáticas, mas nenhuma pressão militar”.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo', confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo' desta sexta-feira (15/09/2023): Os três primeiros réus julgados pelo 8 de Janeiro foram condenados ontem pelo STF por golpe de Estado e abolição violenta do estado democrático de direito, entre outros crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República. Foram as primeiras sentenças da história do País por esses crimes, incluídos no Código Penal em 2021. Aécio Lúcio Costa Pereira, de 51 anos, e Matheus Lima de Carvalho Lázaro, de 24 anos, foram sentenciados a 17 anos de reclusão. A Thiago de Assis Mathar, de 43 anos, coube uma pena de 14 anos. Eles terão ainda de pagar multas. A discussão sobre a ocorrência de crime de golpe de Estado opôs o relator, Alexandre de Moraes, ao revisor, Kassio Nunes Marques, e ao ministro André Mendonça. A maioria dos ministros apoiou o entendimento jurídico de Moraes, de que os réus cometeram crimes praticados por multidão, em que não é necessário individualizar condutas. E mais: Política: Projeto aprovado encurta pena a candidatos inelegíveis Economia: Novo PAC pode empacar em falta de mão de obra qualificada Internacional: Ucrânia adota nova estratégia e ataca Crimeia para minar logística russa Metrópole: Contra desmate do Cerrado, governo quer novas áreas de conservação Esportes: Brasil só tem Ederson entre os melhores do mundo Caderno 2: Almodóvar resgata amor entre caubóis em novo curta See omnystudio.com/listener for privacy information.
Este domingo, Vlodimir Zelensky, decidiu demitir o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, e substituí-lo por Rustem Umerov, líder proeminente da comunidade tártara da Crimeia.A posição de Reznikov, um advogado de 56 anos nomeado ministro pouco tempo antes do início da invasão, fragilizou-se nos últimos tempos. O governante foi acusado de estar envolvido num esquema de corrupção no Ministério da Defesa, relacionado com a aquisição de bens alimentares e equipamentos para as Forças Armadas a preços acima do valor de mercado.Mas numa altura em que são notícia alegados avanços das tropas ucranianas na linha de defesa russa mais a sul, que sinal é que Zelensky quer enviar, tanto à União Europeia como ao povo ucraniano?E o que evoluções podemos esperar deste conflito que parece continuar a não ter um fim à vista?Neste P24, conversammos com Sandra Fernandes, professora da Universidade do Minho e especialista em Relações Internacionais.Siga o podcast P24 e receba cada episódio logo de manhã no Spotify, na Apple Podcasts, no SoundCloud ou noutras aplicações para podcasts.Conheça os podcasts da Rede PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, prometeu neste sábado que Moscou revidará o ataque ucraniano contra um navio petroleiro russo no Estreito de Kerch. “O regime de Kiev sem ser condenado por países ocidentais e organizações internacionais, está aplicando ativamente novos métodos terroristas, desta vez nas águas do Mar Negro”, disse. Zakharova afirmou que as “ações bárbaras” não ficarão “sem resposta e os seus autores e perpetradores serão inevitavelmente punidos”. Pela segunda vez no mesmo dia, a Ucrânia atacou um navio russo no mar Negro com um drone carregado de explosivos. A investida perto da ponte que liga a Crimeia à região russa de Krasnodar. Apoie o jornalismo independente. Assine o combo O Antagonista + Crusoé: https://assine.oantagonista.com/ Siga O Antagonista nas redes sociais e cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.uol.com.br | www.crusoe.uol.com.br
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo', confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo' desta quinta-feira (20/07/2023): O ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou que um projeto de lei para tributar os fundos de investimento exclusivos, que têm poucos cotistas e movimentam valores muito altos, será enviado ao Congresso pelo governo. A proposta estará em um pacote de medidas econômicas que será remetido ao Legislativo em agosto, incluindo o Orçamento da União. Em 2017, o ex-presidente Michel Temer editou medida provisória com o mesmo objetivo, mas o tema enfrentou resistência do Congresso. Na terça-feira, o governo conseguiu acordo com a Câmara para começar a tributar apostas esportivas online. E mais: Política: Universidade condenada por fake news liderou evento com Moraes Metrópole: Projeto de levar Cracolândia para o Bom Retiro preocupa o bairro Internacional: Rússia fecha o Mar Negro e cotação do trigo sobe Esportes: Disputa pela Bola de Ouro na Copa do Mundo feminina tem várias candidatas Caderno 2: No escurinho do cinema. Com seu petSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo', confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo' desta terça-feira (18/07/2023): Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) – uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB) – aponta que a economia brasileira teve forte retração em maio. A queda foi de 2%, já descontados os efeitos sazonais. Abril havia registrado alta de 0,81%. O fim das safras de soja e milho, que empurraram para cima os índices nos primeiros meses do ano, é apontado como fator que mais influenciou a queda. Economistas e analistas de mercado demonstraram surpresa com o IBC-Br. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o resultado era “esperado”, diante do patamar “muito elevado” do juro real no País. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, também criticou os juros, que chamou de “escandalosos”. Apesar do recuo em maio, o IBC-Br acumula alta de 3,43% em 12 meses. E mais: Política: Exército quer comprar drones camicases iguais aos usados na Ucrânia Metrópole: O espetáculo das baleias jubarte no litoral norte de São Paulo Internacional: Ponte é destruída e Kremlin cancela acordo que permitia exportação de grãos Esportes: O adeus ao atacante Palhinha, ídolo do Corinthians Caderno 2: Morre João Donato, mestre do jazz, do samba e da bossa nova See omnystudio.com/listener for privacy information.
O governo ucraniano assumiu responsabilidade pelo ataque que derrubou ponte por onde russos transportam suprimentos para a guerra. Destruição ocorre no dia em que Putin se recusa a prosseguir com o acordo que permitia a escoação de grãos para o resto do mundo. Ouça também: pai e filha depredam hospital, agridem médica e levam uma paciente à morte no Rio de Janeiro Apresentação: Ricardo GouveiaProdução e o roteiro: Ricardo Gouveia, Ramana Rech, Nicole Fusco, Camila Olivo e Andrea Ramos Bueno.Edição de áudio e sonorização: Cláudio Cuca
Na entrevista coletiva após reunião com o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, Lula foi questionado pela imprensa espanhola sobre quem tem a soberania sobre a Crimeia e o Donbas, dois territórios da Ucrânia invadidos e anexados pela Rússia em 2014 e 2022, respectivamente. Lula, que vinha igualando Rússia e Ucrânia no conflito, se esquivou. “Não cabe a mim decidir de quem é a Crimeia”, disse. “Quando você sentar em uma mesa de discussão, você pode discutir qualquer coisa, até a Crimeia, mas não sou eu quem vai discutir isso, serão os russos e ucranianos”. A comunidade internacional reconhece, em sua maioria, que ambos os territórios são de fato pertencentes à Ucrânia. Mais cedo, Lula falou em criar um “G20 da Paz” para mediar o conflito entre os dois países. LEIA NA CRUSOÉ: A nova alfinetada dos europeus em Lula sobre a Ucrânia Inscreva-se e receba a newsletter: https://bit.ly/2Gl9AdL Confira mais notícias em nosso site: https://oantagonista.uol.com.br/ https://crusoe.uol.com.br/ Acompanhe nossas redes sociais: https://www.fb.com/oantagonista https://www.twitter.com/o_antagonista https://www.instagram.com/o_antagonista https://www.tiktok.com/@oantagonista_oficial No Youtube deixe seu like e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/c/OAntagonista
O Brasil goleou a Coreia do Sul por 4 a 1 e se classifica para as quartas de final da Copa do Mundo. O relator do orçamento de 2023, senador Marcelo Castro, disse que a PEC da Transição terá dois anos de Bolsa Família fora do teto. A Justiça determinou saída imediata de lojistas que ocupam o viaduto Otávio Rocha, no Centro Histórico de Porto Alegre. Um incêndio destruiu duas casas na manhã de hoje no Morro Santa Tereza, zona sul de Porto Alegre. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, visitou a ponte da Crimeia em sua primeira ida à península anexada desde o início da ofensiva na Ucrânia. Mais notícias em gzh.com.br
Neste episódio do E Tem Mais, Carol Nogueira apresenta um balanço dos últimos desdobramentos da ofensiva militar da Rússia na Ucrânia e da escalada da tensão internacional causada pelo conflito. Os gestos e declarações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sinalizam uma nova fase de ações militares no país vizinho e provocam reações das forças ucranianas e de potências do Ocidente. A mais recente ofensiva russa foi ampliada após importantes triunfos da Ucrânia, incluindo um ataque no início deste mês que destruiu parcialmente a única ponte que ligava a Rússia ao território da Crimeia. Os ucranianos também protestam contra o anúncio pelo governo russo da anexação dos territórios de Kherson e Zaporizhia, ao sul, e das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk. Juntas, essas áreas representam cerca de 15% do território atual da Ucrânia. Na semana passada, a Assembleia-Geral da ONU condenou, por ampla maioria, a decisão da Rússia e exigiu que ela seja revertida. Para traçar um panorama dos impactos da guerra na Ucrânia na geopolítica mundial, participam deste episódio o analista de política da CNN Lourival Sant'Anna e o pesquisador de relações internacionais Arthur Moura, especialista em Rússia e Ucrânia. Com apresentação de Carol Nogueira, este podcast é produzido pela Maremoto para a CNN Brasil. Você também pode ouvir o E Tem Mais no site da CNN Brasil. E aproveite para conhecer os nossos outros programas em áudio. Acesse: cnnbrasil.com.br/podcasts.
A explosão de um caminhão-bomba na ponte que liga o território russo à península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, foi a senha para um ataque como não se via desde as primeiras semanas da invasão, em fevereiro. Mísseis atingiram as maiores cidades ucranianas, entre elas a capital, Kiev, matando ao menos 14 pessoas e ferindo quase uma centena. Boa parte desses lugares ficou sem energia. O incidente ainda mal esclarecido na ponte Kerch e a “resposta vigorosa” de Vladimir Putin inauguram “um novo momento da guerra”, afirma Daniel Sousa, comentarista da GloboNews e criador do podcast Petit Journal. Em conversa com Renata Lo Prete, ele rememora como se chegou a esse ponto. E destaca, entre os eventos recentes, a anexação formal pelos russos de províncias no leste e a recuperação de territórios pelo país invadido. “Foi um ressurgir da Ucrânia na guerra”, afirma Daniel, que é também professor de economia do Ibmec. Agora, a perspectiva é de “absoluta indefinição”: nos dois lados da fronteira, soam alertas de que grupos radicais podem ganhar espaço e forçar ações ainda mais violentas. Pressões internas e externas “fragilizam” a situação de Putin, que promete reagir de forma ainda mais brutal - até mesmo com armas nucleares táticas - diante de novas hostilidades. “Seria o cruzamento de uma linha vermelha, que colocaria todo o mundo em perigo”.
O Ibovespa fechou a segunda-feira (10) em queda de 0,37%, aos 115.940,64 pontos, após oscilar entre 115.261,12 e 116.840,61. Neste fechamento do primeiro terço do mês, o índice acumula ganho de 5,37% em outubro, colocando o do ano a 10,61%. O índice prosseguiu em realização moderada de lucros neste começo de semana, em ajuste iniciado na última sexta-feira após sequência de cinco ganhos diários. Não muito moderado pelo feriado parcial nesta segunda-feira em Nova York, onde não houve negócios no mercado de Treasuries no Dia de Colombo, o giro financeiro ficou em R$ 25,6 bilhões na B3. A cautela externa continua a prevalecer, agravada agora por nova escalada de ataques russos à Ucrânia, que atingiu nesta segunda-feira a capital, Kiev, em retaliação à destruição, no sábado, de ponte que ligava o território russo à Crimeia, uma ligação que era considerada símbolo da anexação da península em 2014. Na agenda econômica, a semana reserva nova leitura sobre a inflação ao consumidor nos Estados Unidos e a ata do Federal Reserve, além do início de nova temporada de balanços trimestrais, o que ajuda a entender o compasso de espera visto nesta segunda-feira.
A semana começa com os mercados em campo negativo, à medida que repercutem as movimentações dos últimos três dias ao redor do mundo. Desde sexta-feira (7), os dados de emprego dos Estados Unidos têm causado uma ruga de preocupação nos investidores, já que a leitura é que o mercado de trabalho norte-americano permanece aquecido -- em mais um episódio da máxima "dado bom é ruim para os mercados". Isso porque, com a demanda por produtos se mantendo elevada, os preços devem seguir o mesmo caminho, varrendo as esperanças de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pudesse moderar a alta de juros para conter a inflação. A escalada de tensões entre Rússia e Ucrânia no fim de semana também implica em um cenário mais arriscado. No sábado, a única ponte que liga a Rússia à Crimeia foi bombardeada e, em resposta, Moscou enviou mísseis à Kiev nesta segunda, na maior demonstração de força e intensidade desde o começo da guerra. Já na Ásia, Xangai e Hong Kong fecharam em forte baixa, puxadas pelas quedas nas ações de gigantes de tecnologia e fabricantes de chips. O movimento decorre do anúncio do governo Biden na sexta-feira, que comunicou mais medidas de controle de exportações dos EUA para a China. No Brasil as eleições presidenciais seguem dominando o debate público à medida que as tensões entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) se acirram, deixando os setores privado, industrial e produtivo em alerta. Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.
Rússia volta a bombardear várias cidades ucranianas. E analista teme prolongamento do conflito. Em Moçambique: Tomada de posse do novo diretor-geral do STAE continua em “banho-maria”. Em Angola: MISA repudia detenções de jornalistas.
Chegou ao seu feed mais um episódio do Bate-Papo do Petit Journal, trazendo os temas mais importantes da política internacional e da economia. E nesse feriadão, a dupla de costume™ trouxe à tona o impacto da guerra na economia russa, com os prognósticos de volta ao patamar pré-guerra, além do questionamento de Putin acerca do destino das exportações de grãos ucranianos. Falamos ainda sobre a reunião da Organização de Cooperação de Xangai, que vai ocorrer em Samarcanda, na semana que vem; sobre o papel do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, no 7 de Setembro; e sobre a Ucrânia assumindo a responsabilidade pelos ataques recentes à Crimeia. Hoje também é a estreia do quadro Rio Claro, sobre planejamento financeiro. Quer uma reunião de consultoria com especialistas em finanças, que podem te ajudar na gestão do seu patrimônio? Acesse www.rioclaro.com.br/petitjournal Vem com a gente! Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: https://app.picpay.com/user/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado! Para patrocínios e outras parcerias, entre em contato conosco pelo e-mail: contato@petitjournal.com.br Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!
Domingão é dia de Bate-Papo do Petit Journal, com um tema de grande destaque: o atentado contra Alexandr Dugin, que vitimou sua filha, Darya Dugin. Além disso, falamos hoje também sobre a nova manutenção no Nord Stream I, os ataques contra a Rússia na Crimeia, a atuação de Denis Rodman na tentativa de libertar Brittney Griner, a prioridade de transporte de carvão na Alemanha, a descriminalização da cocaína na Colômbia e a grana do petróleo aumentando no Oriente Médio. Bora?! Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: picpay.me/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!
O Bate-Papo 338 chegou ao seu feed trazendo alegria e diversão mas também crise e guerra. Os professores Daniel Sousa e Tanguy Baghdadi falam sobre como a guerra da Rússia com a Ucrânia vem se financiando autonomamente, com o aumento da receita russa de venda de energia. Além disso, falamos sobre as fake news em Angola, a situação na Crimeia, a preocupação chinesa com a queda da taxa de natalidade, os exercícios militares de Taiwan a situação econômica da Argentina, a Polônia com freios e a Itália dando o seu melhor na caça aos oligarcas russos. Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: picpay.me/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!
Chegou o mais novo episódio do Petit Journal, com o 337º Bate-Papo, com os assuntos mais importantes da política internacional e da economia nas últimas horas. Hoje os professores Tanguy Baghdadi e Daniel Sousa falam sobre novas explosões na Crimeia; a participação (fake) do Brasil nas eleições em Angola; o nearshoring chinês; o teste de míssil balístico intercontinental dos EUA; e a situação da Alemanha hoje, além dos quadros fixos da Polônia sem freio e da caça aos oligarcas russos. Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: picpay.me/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!
A dupla de costume, Tanguy Baghdadi e Daniel Sousa, volta ao seu feed com as notícias mais importantes das últimas 24 horas na política internacional e na economia, com a pauta bombástica do dia: o que causou a explosão de ontem na base aérea russa na Crimeia? Além disso, falamos sobre a difícil situação energética da Europa, do calote ucraniano, do suposto plano para assassinar John Bolton, além da Polônia sem freio e dos oligarcas russos abrindo espaço para os brasileiro esquiarem na França. Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: picpay.me/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!
Os professores Daniel Sousa e Tanguy Baghdadi voltam ao seu feed para tratar dos assuntos mais importantes da Política Internacional e da Economia nas últimas 24 horas, e falam sobre o assunto que mobilizou as atenções nos EUA hoje: os documentos jogados por Trump na privada. (Sim, é real) Além disso, falamos sobre o incentivo à produção de chips nos EUA; ao acidente na Crimeia que levou preocupação ao mundo; ao lançamento de um satélite por Rússia e Irã; ao corte no fluxo de petróleo russo para o leste europeu; o tédio de Macron; as previsões da OCDE; as ameaças polonesas; e a apreensão do avião de um oligarca pelos EUA no… Cazaquistão! Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: picpay.me/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!
Chegou ao seu feed o Bate-Papo de número 291, com a pauta recheada de temas de economia e política internacional das últimas 24 horas. Hoje os professores Daniel Sousa e Tanguy Baghdadi falam sobre a Cúpula das Américas, com as ausências notáveis do encontro; sobre os encontros entre representantes da Turquia com Maduro e com Sergei Lavrov; as platitudes da OCDE; a integração entre a Crimeia e a Ucrânia continental; os recados poloneses à Rússia; e a busca dos EUA pelos iates de oligarcas russos. Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? Link: picpay.me/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!
No momento em que Vladimir Putin dá sinais de redimensionar suas ambições na Ucrânia, vale a pena olhar para o conflito que se desenrola há 8 anos no leste do país, com saldo de mais de 14 mil mortos. Seu palco são as províncias separatistas de Donetsk e Luhansk, que Putin declarou “independentes” pouco antes da invasão de 24 de fevereiro. Ligadas à vizinha Rússia por laços estreitos que precedem a formação da extinta União Soviética, no início do século passado, elas foram “isoladas do mundo” e “pararam no tempo” como resultado da guerra civil, explica neste episódio Fabrício Vitorino, mestre em cultura russa e jornalista do g1 Santa Catarina. Renata Lo Prete conversa também com Felipe Loureiro, coordenador do curso de Relações Internacionais da USP, para entender o papel de Donbass (região onde ficam as duas províncias) na pauta de negociações por um cessar-fogo. Ele aponta os bombardeios à capital, Kiev, nesta quarta-feira como evidência de que Moscou não quer paz. Mas avalia que as dificuldades encontradas até aqui podem mesmo levar Putin a abandonar “demandas maximalistas” e se concentrar em retirar da Ucrânia o leste e a “ponte terrestre” que liga a região à Crimeia, anexada pelos russos em 2014.
Afastamentos voluntários e compulsórios. Apresentações suspensas. Obras e autores cancelados. Tudo isso se vê em resposta à invasão, num boicote tão ou mais global que o das sanções econômicas, capaz de descartar inclusive artistas que, em seu tempo, foram perseguidos exatamente por se opor ao autoritarismo e a aventuras militares. Neste episódio, Renata Lo Prete recebe o jornalista e tradutor Irineu Franco Perpétuo, autor de “Como Ler os Russos” (Todavia), para entender o que se perde com esse movimento. Ele começa por falar de Liev Tolstói, o pacifista que escreveu “Guerra e Paz” e “Contos de Sebastopol” - este baseado em sua experiência na Guerra da Crimeia (1853-1856). Ainda nos clássicos, trata de nomes que por si só representam o entrelaçamento histórico dos países agora em conflito - como Gogol, nascido no que foi o Império Russo e hoje é uma cidade ucraniana. Nesse sentido, Irineu aponta como especialmente emblemático o caso da Nobel de Literatura em 2015 Svetlana Alexijevich, cidadã bielorrussa nascida na Ucrânia e que escreve em russo (“Vozes de Tchernóbil” e “A Guerra Não Tem Rosto de Mulher”, entre outros). Música e cinema também fazem parte desta conversa sobre o lugar da arte em tempos de guerra.
Desde o início da guerra na Ucrânia, que completou oito dias nesta quinta-feira (3), civis têm sido convocados pelo governo para resistir ao enorme poderio militar do país de Vladimir Putin. O “Durma com essa” trata do papel dos combatentes civis no momento atual e nos conflitos que opõem Rússia e Ucrânia desde a crise da Crimeia em 2014. O programa também traz a participação do redator Marcelo Roubicek, que fala sobre o impacto da guerra no mercado de commodities, do repórter especial João Paulo Charleaux, que comenta o segundo dia de negociações entre ucranianos e russos, e da editora-executiva da Gama Revista Isabelle Moreira Lima, que dá dicas culturais na nova seção “Achamos que vale”, inspirada na newsletter homônima que você pode assinar clicando aqui: https://gamarevista.uol.com.br/assinar-newsletter/.