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Pergunta Simples
O que nos torna humanos num mundo de máquinas? Albano Jerónimo

Pergunta Simples

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 54:43


O Corpo, o Erro e a Imaginação: Uma Conversa Aberta Sobre o Que Nos Torna Humanos Há conversas que não vivem apenas na superfície; conversas que abrem espaço para respirar, repensar e reorganizar o que levamos por dentro. A conversa de Jorge Correia com um dos atores mais intensos e inquietos da ficção portuguesa é uma dessas. Ao longo de quase uma hora, falámos de corpo, erro, infância, imaginação, afeto, tecnologia, masculinidade e do que significa estar vivo com alguma atenção. O episódio gira em torno de uma ideia simples, mas transformadora: a vida é uma negociação permanente entre o que sentimos e o que conseguimos colocar no mundo. E é isso que o convidado pratica — no teatro, no cinema, e na forma como se relaciona com os outros. Essa reflexão nos leva a perguntar: O que nos torna ainda humanos num mundo de máquinas? Albano Jerónimo O corpo como primeiro lugar de comunicação Uma das ideias que atravessa toda a conversa é o papel do corpo — não como acessório do trabalho, mas como a sua raiz. É através da respiração, do gesto, da postura e do ritmo que se organiza a verdade de uma cena. Antes da palavra, antes da técnica, antes da intenção, está o corpo. O que nos torna ainda humanos num mundo de máquinas? Albano Jerónimo Fala-se disso com uma clareza rara: o corpo não mente, não adorna, não otimiza. O corpo não tem discurso — tem presença. E na era da comunicação acelerada, onde tudo é mediado por filtros, algoritmos e versões de nós mesmos, esta é uma ideia que nos devolve ao essencial. Comunicar não é impressionar; é estar presente. O erro como método e como espaço seguro A segunda grande linha desta conversa é o erro — não como desgraça, mas como ferramenta. E aqui há um ponto forte: ao contrário da ideia dominante de que falhar é perigoso ou condenável, o convidado assume o erro como ponto de partida. É no erro que se descobrem novas possibilidades, que se afinam gestos, que se encontra o tom certo. O erro é uma espécie de laboratório emocional. E esta visão não se aplica só à arte. É também um modelo de liderança. No teatro e nas equipas, defende que o ensaio deve ser um lugar onde se pode falhar sem medo — porque a criatividade só existe quando não estamos a proteger-nos o tempo todo. Criar espaço para o erro é criar espaço para a coragem. Infância pobre, imaginação rica A conversa revisita ainda as origens do convidado — um contexto de escassez que se transformou numa máquina de imaginação. Um tapete laranja, bonecos de bolo de anos, uma casa pequena que exigia inventar mundos alternativos. “Há quem estude para aprender a imaginar. Há quem imagine para sobreviver.” Esta frase resume bem o impacto da infância na sua forma de estar. A imaginação não é um escape — é uma estrutura vital. E quando mais tarde se interpretam personagens duras, frágeis ou moralmente difíceis, não se parte de conceitos abstratos; parte-se dessa memória de observar o mundo com atenção e curiosidade. Entrar num personagem é entrar num corpo que podia ter sido o nosso. A relação com a tecnologia e o palco: carne.exe e o confronto com a Inteligência Artificial Uma das partes mais inesperadas e ricas da conversa é a reflexão sobre a peça carne.exe, em que o convidado contracena com um agente de inteligência artificial criado especificamente para o espetáculo. Uma “presença” que responde, improvisa e interage — mas que não sente, não cheira, não erra. A conversa revela uma inquietação legítima: o que acontece ao humano quando se retira o corpo da equação? Quando a imaginação é substituída pela otimização? Quando a falha desaparece? Há uma frase que se tornou icónica: “Uma máquina pode descrever um cheiro… mas não o sente.” É aqui que a arte se torna também crítica do seu tempo: o perigo não está na tecnologia em si, mas na possibilidade de nos esquecermos do que nos diferencia dela. Masculinidade, vulnerabilidade e o lado feminino O episódio toca ainda num tema essencial: as masculinidades contemporâneas. Fala-se de dúvidas, fragilidades, contradições — de como fomos educados para esconder sentimentos e de como isso nos limita. E há uma admissão honesta e importante: a presença de um lado feminino forte — não no sentido identitário, mas sensorial. Esse lado que observa, que cuida, que escuta, que sente. É talvez a parte mais desarmante da conversa: a vulnerabilidade não diminui; amplia. A sensibilidade não fragiliza; afina. A mãe, a sobrevivência e aquilo que nos organiza por dentro Um dos momentos mais humanos surge quando se fala da mãe — do que ela ensinou, do que ficou, do que ainda ressoa. A conversa entra aqui num registo íntimo, afetivo, não sentimentalista, mas cheio de verdade. É um lembrete de que, por muito que avancemos na vida, há sempre uma pergunta que nos organiza: como é que sobrevivi até aqui e quem me segurou? Cuidar dos outros: uma ética para a vida e para o palco A conversa termina com uma ideia simples e luminosa: cuidar é uma forma de estar no mundo. Cuidar do colega, da equipa, do público, de quem está ao nosso lado. Não é um gesto heroico; é uma prática diária. E é a base de qualquer comunicação que queira ser mais do que um conjunto de palavras. Albano Jerónimo está em cena entre 12 e 14 de dezembro, no CAM – Gulbenkian, com o espetáculo carne.exe, de Carincur e João Pedro Fonseca, onde contracena com AROA, um agente de inteligência artificial desenvolvido especificamente para a peça. O projeto explora as fronteiras entre corpo, tecnologia, imaginação e presença — um prolongamento direto dos temas que atravessam esta conversa. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Por vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre a comunicação hoje com o ator e encenador albane Jerónimo, alguém que procura o erro para se fertilizar, que acha que tudo começa no corpo, numa respiração, no momento. 0:29 Albano Jerónimo, que fala neste programa, não é só o ator, é uma pessoa que aparece ora com uma simplicidade radical, ora com uma complexidade e a profundidade que nos obriga a seguir atrás. 0:51 Hoje vamos falar do corpo, da imaginação, do erro, do cuidado, do afeto e dessa coisa difícil que é ser pessoa. Porque, sejamos honestos, há dias em que não sabemos comunicar, não sabemos ouvir, não sabemos lidar, connosco e mesmo assim continuamos a tentar. 1:06 É isso que nos salva, é isso que nos torna humanos. O convidado de hoje viu exatamente nesse território onde as palavras às vezes não chegam para ele. Tudo começa numa frase, num gesto, num olhar, numa respiração, na forma como se ocupa um espaço, como se sente o chão. 1:22 Há quem passe anos a tentar treinar a dicção, mas ele comunica da maneira como está e isso, muitas vezes explica mais do que qualquer discurso. Ao longo desta conversa, percebe que o trabalho dele não é só interpretar personagens, é observar o mundo como quem escuta. 1:37 É absorver o que acontece à volta e devolver sem couraça, sem esconder o que é frágil. E no meio disto tudo, há ali sempre um cuidado discreto, uma preocupação em não ferir, em não atropelar, em não roubar espaço ao outro. Ele fala muito de afeto, não como romantismo, mas como ética, e percebe se que para ele comunicar é isso, é cuidar. 1:58 E depois há o erro, o tema que atravessa toda a conversa. Há quem fuja dele e ele corre na direção contrária. Ele procura o erro. Não porque queira provocar, mas porque percebeu que é no erro que acontece qualquer coisa. O erro obriga nos a parar, a ajustar, a aprender outra vez. 2:15 É o momento em que a máscara cai e vemos quem somos e, no fundo, é o lugar onde ficamos mais próximos uns dos outros. Ele diz isso como a simplicidade desarmante, falhar não é cair. Falhar é encontrar. Quer sempre experimentar coisas diferentes. Agora, por exemplo, está a criar uma peça a carne ponto EXEA, peça onde contracena com uma inteligência artificial criada só para estar em palco com ele. 2:40 E aqui abre se uma porta grande, o que é a presença, o que é a relação, o que é que um corpo humano consegue fazer? Ele disse uma frase que me ficou na cabeça, uma máquina pode escrever e bem, um cheiro, mas não o consegue sentir. E percebemos que este confronto com a inteligência artificial. 2:55 Não é só teatro, é uma reflexão sobre o mundo que estamos a construir, onde tudo é rápido, mas muito pouco sentido. Falamos também de masculinidade, não a do peito feito, mas a das dúvidas e contradições. E aqui acontece uma coisa bonita. E ela admite, sem qualquer agitação, que tem um lado feminino muito forte, que contracena quase a tal masculinidade e que a sensibilidade feminina e masculina é uma ferramenta. 3:18 Ainda é uma ameaça. No fim, falamos deste tempo em que vivemos, da pressa da polarização. Do cansaço e de empatia. E eu aprendi 3 coisas principais. A primeira é que comunicar começa no corpo, antes da palavra. Há sempre uma respiração que diz tudo. Um gesto aparece no corpo antes de aparecer dentro da nossa cabeça. 3:37 A segunda? É que o erro não É o Fim, é o princípio, é o lugar onde crescemos e onde nos encontramos com os outros também da comunicação. E a terceira é que a sensibilidade não é um luxo, é uma forma de sobreviver, sim, mas muitas vezes é a única forma de percebermos quem temos à frente. 3:54 Se esta conversa o fizer, aprendar um pouco ou simplesmente respirar fundo já valeu a pena. Viva Albano Jerónimo. Apresentar te é sempre um desafio ou fácil ator? Canhoto, estamos aqui 2 canhotos, portanto já estamos aqui. 4:13 Como é que tu te apresentas? Quando, quando, quando quando aparece alguém que não te que não te conhece, EE tu chegas lá e dizes. Eu, eu sou o Albano. Normalmente nós definimos sempre pela pela profissão, habitualmente não é? Não sei com não sei se é da idade, mas digo o meu nome, Albano. 4:29 Digo que sou pai, sou irmão, sou amigo e que calha ser também ator e às vezes encenador. E às vezes encenador, já gostas mais de ser ator ou encenador, imagino que. São zonas diferentes, zonas de comunicação diferentes. 4:47 Ser ator tenho o privilégio de ser ator e consigo estar por dentro, de certa forma, do processo, junto dos corpos dos atores ou de quem eu convidar para fazer um determinado trabalho e teres uma perspetiva de todo que é construíres um objeto artístico. 5:03 Que é outra perspetiva. Isso enquanto encenador, enquanto encenador, o trabalho do encenador é muito o estimular que os atores façam uma determinada coisa. Como é que funciona o processo mesmo porcas e parafusos, como eu costumo dizer. É, é. É um pouco no sentido em que, no fundo, eu tenho que gerir escutas e sensibilidades em torno de uma determinada zona de ação, ou um momento específico, ou um texto. 5:28 E então, para mim, passa muito por uma gestão quase pessoal. E emocional e obviamente, muito técnica também, muitas vezes. Como a técnica quer dizer o quê diz isto desta maneira dá mais ênfase que eu ou não é preciso, porque tu quer dizer, quando trabalhas com profissionais, eu lembro me sempre mal comparado com com os treinadores de futebol. 5:47 Estava sempre a pensar no Mourinho, por exemplo, que é não se ensina nada um jogador de futebol profissional de topo. Suspeito que no caso de 1/01/1 ator profissional de topo, também há muito pouca coisa que se possa ensinar em termos técnicos ou não. De certa forma, acho que podemos sempre aprender qualquer coisa uns com os outros. 6:05 Mas é um bocado a imagem do pastor. O pastor não muda AA ovelha, por mais que se esforce, e nessa uma teimosa sim, também se apanha. Mas no fundo, aquilo que eu tenho, a minha função central como encenador, é, é, é escolher o pasto onde as ovelhas podem comer. 6:23 E nessa lógica também me permite ter um afastamento e divertir me. Ter uma perspetiva, uma posição de tal forma afastada que me permite olhar e divertir me com esse processo todo. És uma espécie de primeiro espectador. Sim, e sou. 6:39 Tento sempre criar uma zona confortável, uma zona de segurança, uma zona segura de trabalho, onde nós estamos aqui é uma espécie de comunhão em torno de uma coisa concreta. E então isso é uma zona segura. É um safe SPACE, como se costuma dizer, o. Que é que é o que é que é o espaço seguro? Ou ou podemos, ou, pelo contrário, o que é que é um espaço inseguro? 6:57 É um espaço onde tu podes um inseguro. É um espaço onde tu existes com limitações, pelo menos aquilo que eu pretendo no teatro nacional 21, que é a estrutura profissional que eu tenho e não só eu. A Claudia lucaschew e o Francisco Leon tentamos sempre desenvolver zonas de Liberdade, zonas onde tu podes existir, contudo, em pleno, ou seja, com erros, porque é isso que nos interessa. 7:18 No fundo, é quase trazer à superfície. Essas falhas, porque é isso que nos torna de facto mais interessantes. E depois o erro é para aperfeiçoar e para apagar ou para assumir? Não sei como é que eu. Acho um bocadinho disso tudo, mas tendencialmente é para assumir, porque o erro. Eu costumo costumo dizer que o erro é o nosso melhor amigo de facto, porque é o momento onde tu deixas de pensar e te conectas com o momento. 7:40 Não há cá, digamos, preconceitos de qualquer coisa, ideias feitas à partida. Há um erro, há uma falha. Paras a narrativa, a tua própria. E então estás em conexão total com o momento e, de certa forma, na falha. 7:55 Existe uma proximidade com o espectador, com esta coisa de estarmos vivos. A falha tira te essas defesas, dá te corpo. A vulnerabilidade, sem dúvida, então, mas para um ator como tu, com, com, com a capacidade, com o talento e com os anos que tens de profissão, esta ideia de de de falhar não é uma coisa que te perturba. 8:15 Não é mesmo o oposto, eu quero falhar. Eu tento sempre muito, falhar muito, porque é aí que eu me sinto numa espécie de de vertigem qualquer, neste Salto de fé que é um bocado. Aquilo que nós fazemos também é uma vertigem qualquer próxima do corpo. 8:33 EE fazer coisas que eu desconheço, no fundo é pôr me a jeito numa escuta ativa, para aquilo que eu não sei. E fazes isso de uma forma deliberada. Sim, faço como trabalhando imenso, sei lá, no caso específico de um filme, decorar, quando digo decorar é mesmo decorar total a totalidade do guião, as minhas dessas, as tuas deixas para depois em plateau, eu poder destruir tudo e não pensar no texto. 9:03 O texto é o corpo. Portanto, é é mais ou menos como quando nós estamos a conduzir um carro pela primeira vez, em que temos que pensar nas mudanças e nos pedais e fins. O que tu estás a dizer é que tu absorves o texto, o teu e da das outras, da da, da, dos outros atores com quem tu estás a contracenar, para depois ter a Liberdade de dançar sobre sobre esse texto. 9:21 Precisamente. E aí vem o erro. E o erro é o momento de descoberta as pessoas, não sei porque há uma tendência de associar o erro. Não é o erro, é uma coisa má. Na vida, no dia a dia, digo, obviamente há casos e casos, não é? 9:38 Mas o erro é sem dúvida nenhuma a coisa mais interessante, então, nomeadamente nos tempos que hoje correm com tecnologias onde com instagrams, onde temos uma espécie de best of das nossas pessoas e tudo é perfeito. Tudo é bonito, o ângulo perfeito, a luz perfeita. 9:55 O erro é urgente. É trazer me quase um elogio do erro ou o elogio da falha acho que é mesmo necessário. Há uma plasticidade falsa nesse nesse mundo perfeito. Com certeza, há umas personas todos nós representamos. Quando saímos de casa, dizemos, OK, eu sou esta persona e, portanto, vou, vou fazer, vou fazer uma coisa qualquer, mas isso é uma coisa. 10:16 Provavelmente intuitiva, uma inconsciente sequer inconsciente, não é? Sim, sim, sim. Bom, tu com esta vontade de te pores a jeito, porque na realidade eu acho que é quando eu te olho como espectador, eu vejo te como o comunicador que se põe a jeito que é. Ele meteu, se ele meteu, se noutra alhada é sempre aquilo que eu estou à pena, estou bom. 10:34 Princípio. Ele meteu se noutra alhada, como é que como é que ele se vai desenrascar disso? EEE quando quando nós combinamos esta esta conversa? Um passarinho disse me que tu estavas a fazer a montar uma peça AA encenar uma a ensinar não. Neste caso, tu vais ser o ator da peça em que decidiste falar com uma máquina, ó diabo, tu és o novo kasparov. 10:57 Neste caso, na sua versão, o homem vai bater a máquina, não é porque kasparov foi aquele que tentou, tentou, na realidade conseguiu. Depois há dúvidas sobre se havia alguma batota naquela máquina na primeira vez que a máquina bateu kasparov. O que é que se fala com uma máquina? 11:14 É um é um projeto, um espetáculo, uma performance. O que for do coletivo zabra, o coletivo zabra já agora faço aqui uma nota que é é um coletivo que eu gosto imenso do trabalho que tem feito, nomeadamente numa zona experimental de vídeo de som. 11:30 Tem objetos artísticos muito interessantes, na minha ótica, onde são sempre muito próximos da filosofia de uma perspetiva existencialista. Juntando isso com uma tecnologia que eu acho isso Superinteressante, aqui há uma otimização desse discurso onde o homem versus máquina surge em cena e, de facto, foi desenvolvido um modelo de inteligência artificial. 11:50 Estamos a falar do espetáculo carne, ponto EXE, que vai estrear agora na gulbenkian, a 1213 e 14, no centro, no cam, no centro de artes modernas, só 3 dias, só 3 dias e já está esgotado. É verdade, mas isto para te dizer o que é que é este diálogo? 12:06 Onde é que nós nos situamos? E é um projeto experimental, nunca feito até hoje em Portugal, pelo menos que eu saiba onde nos colocamos, digamos, frente a frente com uma máquina. O que é que prevalece, o quais é, quais é que são as valências de uma inteligência artificial versus uma inteligência humana? 12:25 E vamos jogar um bocadinho o nosso diálogo por aí com uma dose de improvisação total. Eu posso dizer literalmente o que quero. Perguntar o que quiser à máquina e a máquina vai me responder literalmente o que ela quiser. Quer dizer que tu não vais fazer um ensaio em que as tuas falas estão definidas e a máquina também tem falas definidas? 12:43 Não, não queres este livro? É tudo livre? É tudo livre? Sim. Eu. Não quero estragar o espetáculo, mas o que é que tu perguntas à máquina? O que é que tu queres saber da máquina? Vou deixar isso à consideração do espectador, convido vos sim a irem à sala, mas as? Pessoas vão poder também também ajudar te nesta nesta conversa com a máquina. 13:01 Não sei. Podemos abrir aqui agora essa caixa de Pandora. Podemos abrir aqui 111 espécie de sugestões de perguntas que as pessoas achariam interessantes para para perguntar à máquina. Eu acho que isso é um grande exercício. Como é? Como é que tu te dás com os com os chat GPTS cá da vida? Eu tento não usar ou não uso de todo. 13:17 Eventualmente usei uma vez para desenvolver. Lá está um guião, numa questão dramatúrgica e de possibilidades várias. Então, e se esta personagem fosse assim? Então e se esta trama fosse, ele não tivesse uma relação com esta pessoa, fosse com outra, para perceber as ramificações de um possível outro, guião à volta daquilo que me é dado, não é? 13:36 Assusta te essa ideia. Achas que te que te pode retirar criatividade ou que nos pode pode nos transformar todos no fundo, na linguagem da máquina? Susta me um bocadinho, porque se perde aqui não só a questão do erro que falávamos há pouco, esta otimização do ser humano não é perde. 13:53 Se aqui um bocadinho, é como a caligrafia. Nós hoje em dia já muito pouca gente escreve EE, esse exercício da caligrafia é absolutamente fundamental, não só te define enquanto pessoa através do tipo de letra que tu usas, como escreves da forma como escreves. Então aquilo que eu tenho de certa forma pena ou receio, se quiseres, é que se perca um bocadinho esta. 14:15 Este este usa esta experimentação de se ser humano que é das coisas mais fascinantes que existe, que está intimamente porque ligado com a questão do erro que falávamos há pouco também. Olha, e outra coisa que é profundamente humana é, é a relação tal e qual relação entre pessoas, a relação entre atores que tu estavas a dizer, mas tu neste aqui tens que te relacionar com com aroan, que é que é o nome da precisamente, que é o nome. 14:38 Não sei se lhe posso chamar personagem, não sei o que é que lhe posso chamar. Como é que tu te relacionas lá está com uma máquina, sabendo que a máquina não tem inteligência? Chamo lhe inteligência artificial, mas não tem uma inteligência, não tem seguramente uma sensibilidade, é um modelo. 14:55 Como é que é essa relação? É uma descoberta também em tempo real. Nós estamos estamos a ensaiar, mas existe uma espécie de diálogo com uma ideia de quase de de de uma biblioteca de uma Alexandria. Imagina como é que tu falas com uma coisa destas? 15:12 Sendo que nós temos corpo, o corpo de uma aroa é outra coisa. Digamos que a minha realidade é o meu corpo, como é que eu contraponho a uma realidade toda ela? Informática, de certa forma quase bélica. Como é que tu começas um diálogo em setas, uma conversa, um imaginário, com uma máquina? 15:33 Então um bocadinho estes limites até receios que nós hoje temos. Há pessoas, muitos. Conhecidos e amigos que eu tenho que têm um certo receio desta evolução quase de bruto. Não é brutal, é? Não é. É cavalar da da tecnologia, ou seja, que nos está a colocar numa zona que nós ainda não sabemos qual é. 15:53 Então, o espetáculo também se propõe um pouco AAAA mexer a trazer à superfície estas questões. Porque é uma fala sem rede no fundo não é porque a máquina lá está por um lado, é muito rápida, por outro lado é muito dócil, vai, vai sempre tentar encontrar uma solução, nem que a tenha que inventar ou ou alucinar. 16:09 E nós começamos a perder o controlo de perceber onde é que está ali a Fronteira entre entre a verdade ou ou ou entre o que é que em em que é que nós podemos explorar melhor a máquina ou ou em que é que a gente devia dizer não, obrigado, máquina, eu agora vou escrever aqui o meu texto à mão. Sim, mas que digamos que há uma tendência para ir diminuindo. 16:28 O papel de estarmos aqui vivos não é da tua criatividade, da tua, digamos, o teu trabalho intelectual, emocional. Uma máquina não tem cheiro. Quanto muito pode descrever um cheiro? Esse cheiro é queimado, não é bom. 16:44 Exato. Agora nós podemos sentir esse cheiro. A própria máquina não sente esse cheiro, é queimado, pode detetar, uma falha qualquer. Algures. Portanto, é um bocadinho este diálogo entre aquilo que tu de facto valorizas no fundo, aquilo que me tem dado. Assim, de uma forma muito resumida e não querendo levantar o véu, é que o privilégio das coisas simples e a importância que elas têm no teu dia a dia e. 17:08 Isso é uma necessidade para ti? Sem dúvida, sem dúvida é, é vital. Olha, eu tinha. Eu estava a falar do corpo. EE num dos tópicos desta conversa, tinha tinha escrito aqui o corpo. Que quando te vejo como instrumento político, poético e comunicacional, o teu corpo fala antes da voz, antes de tu dizeres qualquer coisa num palco ou num 7 filmagens. 17:30 É pá, eu espero que sim, porque estou. Eu estou estava aqui a pensar no estávamos a falar bocadinho do do Arruda, da da da série rabo de peixe. Aquele Arruda ainda não disse nada. EEE isso. EE só. Eu estou a olhar a tua testa AA boca. 17:48 E eu já disse, eu não quero, eu não quero encontrar esta pessoa à noite. Quer dizer, porque ele quer dizer, fiquei estendido. Não, não sei o que é que acontece, como é que se compõe isso, como é que se faz isso? Como é que tu usas isso? Como é que tu usas o teu corpo? Acho que é um pouco isso que estavas a dizer há bocado, que é o corpo tem que falar. E a memória do corpo é algo que não engano. 18:06 É um pouco como a memória dos sapatos. Os sapatos nunca mentem. Podes ter uma máscara, mas os teus sapatos? Vão te denunciar no andar que tu tens. Portanto, o corpo imprime uma impressão digital no chão, que se traduz num sapato à partida. 18:22 Portanto, eu tento sempre que o corpo seja um bocadinho. Essa alavanca tem tudo que passar pelo corpo, por mais cerebral que seja um trabalho mais intelectual que seja, mas o corpo tem que lá estar, porque a minha realidade é o meu corpo, não é dentro dessa lógica que falei há pouco. 18:37 E então? Respondendo de outra forma, a melhor definição de um ator que eu ouvi foi esta que é um ator, é um cerco que respira e só isto. E então o respirar vem do corpo, passa pelo teu corpo. 18:54 E se te focares nesses impulsos primários que eu acho que aquilo que eu faço é um elogio, é uma espécie quase Bárbara de existir aos impulsos básicos de vida, de vida, de existência. Procuro sempre que o corpo venha sempre em primeiro lugar, até às vezes faço um exercício que é, como é que eu poderia comunicar isto sem palavras, porque o corpo tem que lá estar primeiro, porque atrás vem tudo. 19:19 Eu posso não saber o meu texto, mas se eu adquirir esta posição que agora adquiri, se calhar aqui neste gesto está associado a 11 solilóquio e eu não sabia. E eu, AI verdade está aqui, esta é a parte que eu ponho aqui a mão, pois é. Um exemplo básico, mas a verdade é que o corpo tem que ser a alavanca de tudo, para mim, pelo menos. 19:37 Que instintos básicos são esses? Quais são esses, essa paleta de cores que tu trabalhas? São os sentidos básicos. É uma coisa meio de sobrevivência. Eu venho do meio pobre também. Importante referir isto neste sentido, e sempre me habituei a gerir aquilo que tinha e não aquilo que gostaria de ter. 19:57 Então, para mim, pequenas coisas eram mundos. Como é que é? Foi essa tua experiência na tua infância? Sim, sim, eu lembro me perfeitamente. Eu brincava imenso no tapete laranja que tinha em casa, que tinha os cantos arredondados, era um tapete assim mesmo, pequeno, e via aqueles bonecos de futebol que vinham nos bolos de anos. 20:13 E pelos tubotios. Exatamente. E eu tinha uma série deles e passava horas, mas horas mesmo, a jogar naquele tapete. E aquilo para mim era o mundo sem fim. Pegando nesse exemplo. Eu amplio para o meu dia a dia e tento que a minha vida seja exatamente que exista diariamente em pequenos mundos, onde um plano apertado em cinema para mim é o mundo muitos atores sentem se enclausurados. 20:37 Mas não. Isto aqui é tão pequenino que eu posso viver nisto tudo. Não é arriscado esses planos de lá? Está da tua cara muito fechado. Não ampliando o conceito também de saber o lugar que tu ocupas, que é muito importante na vida. Num plano apertado em cinema, também é saber o lugar onde tu existes e os olhos são uma arma absolutamente brutal. 20:58 Eu posso ter um olhar aqui contigo, mas se abaixar, sei lá, umas pálpebras. Até metade do meu olhar já é outra coisa. E. Denuncia nos logo porque nós conseguimos ler. Automaticamente qualquer um de nós lê o outro de uma forma parece que viemos com essa programação. No fundo, está a fazer me a dizer, tu vens? De um meio economicamente pobre agarraste a que, mestres, onde é que, onde é que, como é que como é que tu transformaste no fundo, essa escassez em abundância? 21:25 À minha mãe, aos meus irmãos, à capacidade de trabalho, ao conceito de família, ao amor EEA, importância do outro se quiseres em comunidade. 21:41 Como é que tu sobrevives? O que te disse, o que te disse à tua mãe? O que te disse à tua? Mãe disse me muitas coisas, mas destaco aquilo que disse há pouco, saber o lugar que tu ocupas. Se queres alguma coisa, tens de trabalhar para ela. E se não te respeitares a ti, ninguém te vai respeitar. 21:59 Portanto, são princípios que eu hoje ainda uso e tento passar à às minhas filhas e ao meu filho. Olha como é que se constrói? E eu acho que tu és um bom exemplo disso. EE, há bocado estavas a falar da vulnerabilidade e da falha num tempo em que estamos a discutir ou a reorganizar um bocadinho o universo feminino e masculino. 22:18 EE todas as diversidades que cabem aqui, nesta, nesta paleta, como é que se constrói diferentes masculinidades corporais, se quisermos? Onde tu tens que demonstrar isso, lá está desde a fragilidade até à violência, desde a intensidade até à suavidade. 22:39 Eu acho que vêm todas do meu lado feminino. Do teu lado feminino? Sim, eu tenho um lado feminino, tu sentes te. Feminino. Sim, muitas vezes sim. E acho que é dos lados mais interessantes que eu tenho. Pode vir da minha mãe, pode vir do convívio com a minha mulher, com as minhas filhas, dos meus colegas, os meus amigos, colegas atores, o que seja. 22:56 Mas eu sou um homem feminino. Gosto de pensar em mim dentro dessa lógica do sentir ou de absorver aquilo que está à minha volta, porque não gosto de reduzir aquilo que faço ao meu corpo masculino, biologicamente falando. 23:13 Gosto de ampliar o meu espetro de entendimento das coisas e de mim próprio, através do meu ser feminino. Acho que é muito mais fértil, se calhar. Dando te outro exemplo, o meu trabalho é político. No que diz respeito à minha atitude pessoal, tenho obviamente, as minhas tendências ou preferências ou crenças, o que seja. 23:35 Mas o que é interessante não é fechar. Me outro exemplo, eu não fecho. Eu não gosto de pensar em personagens. Acho que me fecha o leque de possibilidades. Eu fecho sozinho quê? Em momentos, momentos que imagina, entrava agora aqui um homem com uma metralhadora neste estúdio. 23:51 A forma como tu reagias ao mesmo acontecimento é que te poderia eventualmente definir como uma possível pessoa ou possível personalidade, portanto, uma vez mais, é no sentido de abrir o meu leque de opressões, aumentar o meu alfabeto de comunicação. E estás sempre a tentar fazer isto. Tento, tento, porque eu gosto muito de viver. 24:10 EEE ficar fechado numa só leitura, no só corpo, numa só pele. Aqui me cria me aqui uma espécie de toiro toiro enraivecido, citando aqui Martin score César. Lá está, mas é curioso tu a definires te como eu quero ir à procura do meu eu feminino, mas o teu corpo e até muito da tua atuação, da tua fórmula, da tua, da tua marca na nos trabalhos que fazes eu eu defino desde já como um, como um ator profundamente masculino também nessa afirmação. 24:40 Nem que seja pelo contraste. Ir buscar o meu lado feminino para fazer o oposto. E dá para misturar? Completamente, completamente. Eu gosto dessa desse menu de degustação, desse melting POT que pode ser por estarmos aqui. 25:00 E acho que é também importante. Por outro lado, hoje em dia, quando se fala em conceitos como masculinidade tóxica, por exemplo, acho muito pertinente e interessante que se fale. Que há homens que não têm receio de assumir uma certa fragilidade, um certo lado feminino, um certo espectro de sensibilidade de outro. 25:23 Porque acho que é importante uma vez mais um homem esta ideia de que homem macho, alfa, branco, o que seja, acho que tudo tão redutor ao mesmo tempo. Foi uma armadilha que nos montaram. Há várias armadilhas sociais que nos catalogam de determinada forma e que nos marcam os comportamentos, quer dizer. 25:43 As mulheres levaram a fatura. Pior não é? Quer dizer, é isso, mas, mas provavelmente agora, nos últimos anos e tempos, as coisas estão estão a mover se mas o que tu estás a dizer é que para os homens também é uma fatura, que é que é uma menor? Permissão de de de estar também nesse espectro da familiaridade. 25:59 Sim, acho que sim. Se não, vejamos os últimos exemplos que temos de jovens vários jovens AA terem opiniões extremadas, nomeadamente de direita, não só de direita, mas também de esquerda, mas os vários casos agora, recentemente no Instagram, 111 espécie de associação, eu não quero dizer o nome de propósito, mas que se pauta exatamente por valores ultramasculinos. 26:19 O que é que é isso? Repressão feminina total, portanto, acho que. Na base de tudo isto, uma das coisas que existe, não tenho dúvidas, é o receio. É o receio de existir de outra forma, porque o que é que há depois deste desta embalagem de masculina tóxica, forte, super bombada, proteína style. 26:39 O que é que há? Não sabem? E então eu proponho exatamente a fazer um exercício oposto, não tenho a coragem de tirar essas máscaras de. De não corresponder a um estereótipo, o. Que torna cada vez mais difícil. Lá está estava estava a falar da polaridade da polarização. 26:56 Não, não citando, eu também estou contigo. Acho que há coisas que a gente não deve citar que é para não as propagar. Acho que é. Acho que é uma boa, uma boa estratégia. Aliás, agora que o quando o Nuno markl ficou doente e houve. Algumas probabilidades, uma em particular, mas houve outras que tenta porque perceberam obviamente o carrinho que isso dava de popularidade e fizeram uma declaração profundamente imbecil e infeliz EEE, eu e eu apanho Montes de amigos meus, pessoas de quem eu gosto, a dizer, já viste o que está a acontecer? 27:24 E eu alguns ligo e diz, e tu já viste o que é que estás a fazer quando estás AAA propagar na tua rede aquilo que é uma coisa imbecil, quer dizer, mostra vasos de flores, quer dizer, é preferível quem estás a fazer uma coisa, é a melhor gato a tocar piano, será a fazer qualquer coisa. Menos, menos dar esse esse Lastro a é o que está a acontecer. 27:42 Como é que num mundo tão polarizado e onde tudo está a ficar muito extremado, à esquerda e à direita, mas não só com as pessoas todas cheias de grandes certezas. Oo papel da arte, isto é, quando tu arriscas coisas no Na Na arte, o que é que levas como reação? 27:58 OK, os teus fãs obviamente vão aparecer a dizer que tu és extraordinário e o fel levas com muito fel. Nas re erguesinas, sim, eu espero que sim. Eu costumo dizer que um bom espetáculo é quando algum algum espectador sai, porque acho que um objeto artístico não tem que forçosamente agradar a todos. 28:19 Aliás, até sou da opinião que se não agradar a todos é mais interessante, porque isso significa, entre muitas outras coisas, que está a provocar aqui alguma reação, que alguém está em desacordo, completo e não gosta de tal forma que sai de uma sala de espetáculos. Eu acho isso extremamente interessante e útil. Porque estamos a apelar a um espectador emancipado no sentido em que ele tem que se chegar à frente com uma atitude, tem que tomar uma decisão sobre aquilo que está a haver. 28:41 E se sair, a gente diz, OK, esta pessoa teve esta opinião, não está a gostar disto? Ótimo. O que 11 dos objetivos daquilo que eu faço é que, de facto, aquilo que se constrói, trabalha com todo o amor e profissionalismo e por aí fora, que provoque reações e que as pessoas tenham a coragem de se inscrever nessa reação, nesse gesto que é preciso ter coragem também para se inscrever numa ação tão. 29:03 Barulhenta, como sair de uma sala? Portanto, que a arte surge, surge para exatamente estimular uma atitude em quem recebe, seja ela qual for, seja ela qual for. Eu gosto imenso de fazer espetáculos onde estão escolas, por exemplo. A maior parte dos meus colegas detesta fazer espetáculos. 29:21 As. Crianças são cruéis, não é? Elas são muito viscerais e muito dizem te logo. O que é que pensam sobre aquilo? Eu adoro isso, adoro isso porque não há filtros no sentido em que é um espectador super justo, porque nos coloca ali. Perante aquilo que estamos a fazer de forma justa, muitas vezes cruel e desnecessária e grata até ou gratuita. 29:40 Mas o que é interessante aqui, uma vez mais, é que estamos AA estimular uma reação, um pensamento sobre e acho que uma das funções da arte é, sem dúvida, estimular o pensamento, o pensamento crítico, o pensamento pessoal, questionas te no fundo. Estamos a perder esse essa veia do do pensamento crítico, sem dúvida. 30:00 Porque há uma, há uma higienização, há uma ingenuidade de tudo, do gosto, do sentir. Esta educação do gosto dá muito trabalho. E a cultura tem um papel fundamental nessa nessa perspetiva sobre as coisas e o mundo, não só sobre os objetos artísticos, mas sobre a vida, sobre tudo. 30:16 E a cultura vem exatamente para estimular essa capacidade de reação, de ter a coragem de dizer, não me tocou, não acho interessante porque no fundo, é que há uma ausência de pensamento crítico. E de discurso em si, posso dizer, não gosto nada daquela pessoa XYEZE. 30:35 Porquê vemos isso em debates políticos, quando se prende e se vive em chavões, vamos mandar fora do país determinadas pessoas, mas porquê? Desenvolva com que base baseie, se em quê factos, números, venha. 30:51 Temos OINE que é tão útil muitas vezes, mas. Nós está, mas depois entramos numa discussão que é uma discussão de propaganda e uma discussão de. Naturalista barata, não. É sim, e é. E é o aquele chavão. E eu ponho aquele chavão repetindo a mentira 1000 vezes. Se calhar ela transforma se numa numa verdade EE esta até estamos todos a discutir coisas sem ter esse cuidado até de ir verificar se aquela fonte faz sentido ou se aquela declaração faz sentido. 31:15 Mas, em princípio, se essas coisas deveriam ser até. Relativamente fáceis de parar. A minha sensação é que estamos todos cansados, não é? E quando ficamos frustrados com determinada coisa, uma boa solução populista, apesar de mentirosa, se calhar é aquela que a gente se agarra, porque porque estamos a sentir que que não conseguimos fazer nada. 31:35 No fundo, não. É, acho que uma das coisas que este desenvolvimento agora fala de uma forma geral, não é do desenvolvimento da tecnologia, não querendo empacotar tudo no mesmo saco. Mas as redes sociais, por exemplo, acho que contribuem para, de certa forma, a nossa empatia. 31:52 Está cansada? O algoritmo me deu cabo disto. Acho que é um pouco isso. Acho que estamos um bocadinho anestesiados. Estamos cansados. Ouve lá, temos uma revista que eu costumo comprar, que tinha uma publicação, um número muito interessante que. Exatamente dentro desta lógica que estamos a falar aqui da imagem do cansaço, que isso já deposita numa espécie de anestesíaco geral, que era uma edição sem fotografias e no lugar da fotografia tinha a descrição daquilo que estaria lá, e isso provoca te isso, só esse simples mecanismo. 32:23 Quase um irritante, não é? É irritante, mas é. Foi muito interessante porque, de facto, estimula o teu exercício de imaginar e não sei hoje em dia o que é que é mais horrível. Tu imaginas uma imagem concreta ou imaginares dentro do teu horror. Da tua história, cultura e educação, o que seja imaginares o possível horror através daquela descrição. 32:40 Portanto, no fundo, acho que temos que baralhar aqui o jogo e voltar a dar e ter a clara noção que, de facto, a empatia e os mecanismos de comunicação, de receção, de escutas são outros. O tempo é outro. Sim, porque se nós estivermos num mercado ou se estivermos num num não quer dizer num jogo de futebol, se calhar é um péssimo exemplo. 32:58 Mas Nenhum de Nós, ou a maioria de nós não diz as barbaridades que a gente lê. Nas caixas de comentários dos instagrams e dos facebooks quer dizer de pessoas que estão a dizer coisas completamente horríveis, verdadeiramente um insulto aos outros. Sem dúvida são montras de de disfarce, não é? 33:18 As pessoas escondem se atrás dessas matrículas. Tecnológicas para existirem de formas completamente grotescas. E aproveitam e aproveitam isso no tempo em que nós deixamos praticamente de ir ao cinema. Eixos que aparece uma série chamada rabo de peixe, filmada nos Açores, que para mim 11 série absolutamente fabulosa. 33:42 Onde tu entras? Desempenhando um tal de Arruda. Não sei se podemos descrever te nessa série como o pequeno meliante, o pequeno traficante OOOO pequeno mal, mas na realidade que sabe mais do que os outros no dia em que aparece droga, em que aparece cocaína em rabo de peixe, uma das freguesias mais mais pobres do do país e faz se o rabo de peixe, essa série, o que é que esta série teve de tão? 34:13 Extraordinário. Acho que a história em si é de facto, logo o ponto de partida é é absolutamente brutal e único, não é Na Na Na freguesia mais pobre da Europa, rabo de peixe da Acosta, fardos e fardos de cocaína e logo isso logo só esta. 34:30 Este enquadramento já é suficiente quase e depois passa se nos Açores não é Açores uma ilha que também é muito importante, pelo menos para mim, foi na construção desta deste possível Arruda. Tudo isto acho que traz à superfície para mim, no final do dia, o que é que tu fazes para sobreviver? 34:53 E que mecanismos são esses? E a que é que tu te agarras? E o que é que é mais fácil? O que é que tu optas por um bocado? Se tens a coragem ou não de quebrar os moldes de educação com que tu cresceste. É uma discussão moral interna. Eu acho que também passa por aí, sem dúvida nenhuma. 35:09 Que é uma vida desgraçada. E o que é que a gente faz para sobreviver? O que é que o que é que tens que fazer qualquer coisa? Eu acho que sem dúvida, se queres sobreviver, sim, claro, tens que fazer qualquer coisa e às vezes não é a coisa mais correta de todo, não é? Mas acho que o que é que faz de rap de peixe? 35:26 Acho que é o facto de ser isto que já mencionei ser feito em Portugal. A Geografia também, para mim é absolutamente fundamental. E depois tem esta questão que é universal, que é esta esta necessidade de te reinventares e de repente toma lá fartos de cocaína, o que é que tu fazes com isto? 35:47 Tem o teu euromilhões em cocaína. É para muitas pessoas, alguns sabiam ou muito pouca gente sabia quando de facto, chegou à ilha. E depois, toda a forma como o conceito, a ideia, o conhecimento se propaga é super fascinante para mim. Como é para mim é das coisas mais interessantes. 36:04 Como é que o conceito de que que é isto? Ah, isto é uma caneca, dá para beber coisas, Ah, dá para beber isto já não sabia. E isto e esta descoberta para mim é das coisas mais fascinantes. Eu acho que é das coisas mais inocentes, que eu acho que prende o espectador. Portanto, houve 11. No fundo, uma aprendizagem em rede que é mostrada nessa série. 36:21 Que é, eu não sei se isto é farinha para fazer bolos. Isto é uma coisa que nos vai aditivar a vida ou que vai matar alguém, porque depois também ouve esses esses fenómenos. Como é que se faz a composição desse mauzão, desse, desse Arruda, que contrasta muito com o personagem principal da série, mas nem tanto EE que e que aparece ali um bocadinho, como entre, por um lado, o ameaçador, por outro lado, Oo protetor e acolhedor. 36:46 Quer dizer, há ali, há ali muitos sentimentos que que aparecem no meio de no meio desta desta série. Então, como é que se cria? Eu tento sempre criar algo incompleto, algo que necessita de público. A Sério? Sim, tento sempre criar objetos coxos, objetos que carecem de um outro olhar para serem confirmados de alguma forma como. 37:07 É que é isso? Ou seja, o que é interessante para mim é quando tens 111 personagem ou um ou uma pessoa ou uma ideia de de uma pessoa que é o Arruda e que é 11 aliante como disseste 11 dealer um pequeno dealer. Interessa te só fazer isso ou interessa te que seja, de facto um ser incompleto, que tenha, que tenha essa capacidade de proteger a família, que é perfeitamente legítimo, que goste genuinamente da da sua filha à sua maneira, ou seja, que não seja declaradamente mau. 37:36 Acho que isso tão pouco interessante, uma vez mais, é tão redutor. Então temos que criar coisas incompletas, coisas abrangentes e nessa abrangência, detetas falhas. E é exatamente aí que eu, que eu trabalho, eu tento sempre criar. Objetos que é pá, que que carecem, que estão mal se quiseres ou que estão com falhas ou com rachas e que precisam de alguém para ficar completo, precisa do teu olhar para tu absorveres aquilo que viste do rabo de peixe e de certa forma sintetizar este Arruda. 38:08 Isso cria uma dinâmica de comunicação, sem dúvida. Sem dúvida. E a próxima? Esse sim e aproxima e aproxima das pessoas. Acho que Humaniza de certa forma. Porque a minha pergunta é, porque é que eu gosto deste mau? É um bocado isso. Não era suposto, não é? Quer dizer, então, mas ele é assim. Ele faz bullying ao resto dos seus amigos e ali à comunidade, ele trafica. 38:29 Em princípio, eu devia pôr te uma Cruz em cima e dizer por amor da Santa. Quer dizer, tira, tira me esta pessoa daqui, mas não, a gente tem essa empatia em relação a. Essa não há nada mais fascinante do que isso. Como é que tu tens empatia por um ser abjeto? E isso é fascinante. Como é que tu é quase grotesco? 38:46 E eu acho que é isso. Isso é que é fascinante. Acho que isso revela em parte, a matéria daquilo que nós somos feitos esta quase quase absurda em que vivemos, esta vida com que que é violentíssima? Como é que tu tens empatia por um ser violento? Eu acho isso fascinante em. 39:02 Princípio eu não devia acontecer. Pois. Mas, mas empatia, imagina? Tens um arco incrível para seres altamente violento ou altamente brutal. E isso é que eu acho que é interessante. É fascinante teres numa mesma cena, uma empatia com o público, uma comicidade até se quiseres e de repente acabares essa cena com uma violência Extrema. 39:21 Acho isso super fascinante, porque isso é que é destabilizador para mim enquanto espectador, é uma coisa que não é óbvia. Olha como é que foi a construção da série? Porque tu tu contracenas com? Atores muito jovens que que lá estão e que e que são, quer dizer, e para mim, ainda mais surpreendentes, porque não porque não conhecia o trabalho deles. 39:38 É tão simples como isso é pura ignorância. Mas como é que, como é que tu os ajudas? Como é que tu? Como é que tu? Há muitas cenas em que, em que se sente claramente que tu és o motor daquele. Provavelmente o realizador obviamente escolhe te também por isso. Como é que tu, como é que tu os ajudas? 39:54 Como é que tu, como é que tu os ajudas? Ou como é que tu lhes dás cabo da cena, não faço a mínima ideia se se tu, nesse afã de criar um desequilíbrio que crie comunicação, se os se os se os questionas, se os, se os, se os passas, eletricidade. 40:09 Não, não faço a mínima ideia. Como é que? Como é que é esse movimento? A melhor forma de os ajudar é é ser o mais competente possível. Na minha, na minha função, é a melhor forma que eu posso ter. Eu, eu não. Eu não sou muito de. De dar conselhos, porque não me coloco nessa posição. Obviamente, se alguém me perguntar alguma coisa, estarei sempre cá para isso. 40:27 Mas a melhor forma de os ajudar é eu ser altamente competitivo numa forma saudável. Ser competitivo, literalmente. Eu vou fazer isto muito bem. Se quiseres agora não, eu vou trabalhar tanto. Eu vou trabalhar tanto que eu parto sempre do princípio que eles sabem mais do que eu, isto de uma forma transversal no cinema, teatro, televisão. 40:48 Quem está ao meu lado, à minha volta, sabe mais do que eu. Portanto, eu, para os acompanhar, tenho que trabalhar muito e trabalho, de facto, muito, para quando for a jogo ter alguma coisa a dizer. E se eu for, se eu tiver focado naquilo que trabalhei e acho que o meu desempenho vai ser fiel àquilo que eu trabalhei, acho que é. 41:07 Estou a ser justo, não estou cá como bolshet para ninguém. E é a melhor forma de eu ser colega ou de dar na ideia de conselhos se quiseres. Portanto, não é uma ideia paternalista nesta tua relação com eles. De todo eu vou ser bom, vou trabalhar para ser muito bom e para que este produto seja extraordinário. 41:22 Exatamente isto é, deve criar uma pressão do catano em em em atores mais jovens e que estão a começar a sua carreira ou não. Eu espero que sim. É é difícil contracenar contigo. Eu acho que não. Eu sou muito lá está. Eu trabalho muito numa escuta e eu quero muito quem está ao meu lado. 41:41 Que que esteja no seu, na sua melhor versão, e então eu vou fazer tudo para que isso aconteça. Somos melhores, os outros são melhores também. Sem dúvida nenhuma isso eu espero sempre que os meus colegas sejam muito bons mesmo. E digo muito bons de propósito, sejam mesmo bons naquilo que sejam atores iluminados em estado de graça, porque é a única forma de eu também me quase educar, de de melhorar, de me potenciar naquilo que faço. 42:07 Porque se não for assim, é mesmo desinteressante aquilo que eu faço. Portanto, tu tens um poder secreto verdadeiramente, não é que acabas de confessar aqui que é na realidade, esse é o teu segredo, é conseguir potenciar no outro. Esse esse vislumbre de excelência é, é, é, é não conceder, não dar qualquer concessão a que o nível tem que ser muito elevado. 42:28 É pá sim, numa premissa de que eles sabem mais do que eu. Isso é o contrário da inveja portuguesa? Ah, eu não tenho nada disso, não tenho nada disso. Acho que isso é uma coisa que não não faz parte do meu alfabeto. Acho isso um sentimento horrível de transportar. 42:43 Não te acrescenta rigorosamente nada e sempre experiência. E o ego, o que é que tu fazes ao ego? O ego está sempre de férias. Tu não, tu és vaidoso. Eu olho para ti, quer dizer, tu pela pela maneira como estás. Como tu és vaidoso ou não? 42:58 Ou ou queres um desmentir já. Obrigado. Pela maneira como te cuidas, pela maneira, pela maneira como entraste no estúdio, pela. Maneira, palavra certa, cuidar. E a minha mãe sempre dizia uma das coisas que a minha mãe dizia não me ensinei há pouco, que é o afeto, o afeto, afeto, o afeto tens dúvidas, afeto e eu parto sempre deste princípio. 43:21 Eu não sei como é que as pessoas estão à minha volta e acho que a narrativa da vida muda quando tu és confrontado com a dor, não é? Portanto, ao saboreares essa experiência da dor, tu, o corpo, a realidade das outras pessoas, daquilo que tu desconheces do estrangeiro, ganha outra sensibilidade em ti. 43:41 Portanto, eu tenho sempre que cuidar das pessoas que estão à minha volta. E digo isto de uma forma transversal e de. Eliminar a sala, porque quando tu entraste aqui no estúdio, tu cruzaste com 34 pessoas e todas as pessoas com quem tu te cruzaste sorriram. É das melhores coisas que me podem dizer porque. 44:00 O meu trabalho passa por aí se quiseres a minha vida passa por aí, que é nesse cuidar do dia a dia de todas as pessoas. E sinceramente, se eu tiver se acabar um dia de trabalho e tiver feito 2 ou 3 pessoas, quebrar a narrativa do seu dia, já tenho o dia a ganho. 44:19 E digo te isto com todo o carinho e com toda a sensibilidade, porque é isso, cuidar, cuidar daquilo que tu desconheces é tão importante e isto é tão importante. EE, ou seja, no fundo, ainda a pergunta que fizeste há pouco em relação aos meus colegas e aquilo que eu faço é através do afeto. 44:39 Esta palavra é mesmo muito importante todos os dias. Cultivar isso em ti é uma espécie de nutrição? Sem dúvida, é a nutrição interessante para mim é essa foi assim que me relacionei com o Augusto Fraga, foi assim que me relacionei com o André schenkowski, que é uma peça absolutamente fundamental para a temporada, um que não esteve na segunda, segunda temporada, nem na terceira. 45:00 Foi assim que eu me é assim que eu me. Ou seja, no fundo, como é que eu posso ser fiel a uma visão de um realizador, de um encenador, o que seja de um colega meu, se eu não cuidar dessa pessoa, se eu, porque através do cuidar eu consigo entrar melhor nessa pessoa, consigo confiar, porque estamos a falar daqui de uma coisa que é basilar, que é a confiança que tu estabeleces com alguém. 45:23 Nem sempre isso é possível. Trabalhas lá fora, não estabeleces, às vezes, muita relação com quem te dirige ou por aí fora. Mas eu tento sempre deixar aberto esse canal da confiança, porque quanto mais eu confiar, mais consigo espreguiçar me naquilo que é a tua ideia sobre um texto. 45:41 Como é que tu lidas com as tuas neuras? É pá que é o contrário disso, não é que é o contrário da da nutrição. Quer dizer, quando tu estiveres solar, quando tu estiveres presente, quando tu acreditas que mudas a vida dos outros, Eu Acredito que tu estás em expansão, mas imagino o dia em que tu acordas ou que tu vais deitar. 46:00 EEE, tu EEEEE, te drenaram energia. E eu tenho muitas vezes essa sensação de quando a gente está com algumas pessoas que por alguma razão não interessa, mas que que que a única coisa que fizeram na nossa vida durante aquele dia foi drenar a nossa energia. EEE geralmente, e essa é a boa notícia, é que são são pessoas que são que que nem sequer são muito significativas para nós. 46:22 O que ainda é mais ainda me leva AO que é que como é que tu? Como é que o que é que tu fazes? Fechas te na conchinha? Não. Começas AAAA restaurar te. Já houve tempos em que me fechava, mas acho que me fechava por inexperiência ou por medo, e depois acho que está intimamente ligado com com esta coisa que te falei há pouco, da dor. 46:43 A dor acho que te devolve o corpo e devolve te o corpo. Numa consciência do agora. E nessa lógica, como é que eu vou gerindo estas estas coisas? Eu tento o facto de ser pai também te limpa muito a porcaria, porque os teus filhos são, podes vir e chegar a casa, todo partido, mas um filho é uma realidade tão forte, pelo menos para mim, e contagiosa. 47:11 Totalmente, que te obriga rapidamente AA ser altamente seletivo. E o hiper foco aí vem. Ou seja, o que é que é o que é que é completamente adereço, o que não é relevante. Tu tiras automaticamente tu limpas. Então tento exercitar me nessa autogestão, em tentar perceber o que é que de facto importa e aí filtrar aquilo que eu posso capitalizar em prol do meu trabalho, em prol do meu dia a dia. 47:37 E tento que não contamine muito aqui outras coisas, porque acho que é pouco interessante. E a no dia seguinte seguramente desaparece. Olha, nós estamos praticamente AA puxar, mas eu quero falar do estamos em tempo de ruído e para mim é muito interessante. E ri me muito a ver a série do Bruno Nogueira, onde tu, onde tu apareces que é? 47:54 Na realidade, é um conjunto de Sketch, mas que é completamente distópico. Em primeiro lugar, nós, quer dizer, estamos num mundo completamente em que é proibido rir. Não sei se é distopia ou se a realidade já está mais próxima. Aquilo é completamente louco, é completamente incongruente, é completamente absurdo e é absolutamente mágico. 48:15 Ali, eu tenho a certeza, apanho as minhas fichas, que houve ali uma comunhão geral na naquela, naquela tribo. Sem dúvida, é uma tribo falaste bem todas essas esses adjetivos que usaste para definir este ruído. 48:30 É, é. Passa tudo por aí que disseste, mas a confiança, a forma como nos conhecemos. A relação que temos já de vários anos, acho que tem ganho ali outra expressão, a expressão através de uma coisa que nos une ainda mais, que é aquilo que fazemos, o amor que sentimos por aquilo que fazemos, juntamente com aquela ideia de de Recreio, não é que é um Recreio? 48:52 Aquilo é um Recreio mesmo, não é? Portanto, vocês devem se ter rido à brava para fazer aquelas coisas. É muito livre, é muito solto e o Bruno tem essa, tem essa característica que é criar objetos soltos, livres, onde? A diferença existe e não só existe como eu. 49:08 É o motor central de tudo isto é o que nos alimenta é sermos tão diferentes e ali encontrarmos 11 ilha onde podemos coexistir em prol de quem está em casa. O que é que aquilo, o que a narrativa é, que aquilo tem de de de especial é, é, quer dizer, porque é que aquela aquela série, por um lado é deprimente, é opressiva. 49:29 Por outro lado, lembro me sempre da Rita cabaço com a mandar calar os os seus entrevistados já completamente fora assim. Quer dizer, há há ali coisas aquilo está escrito, aquelas coisas todas ou ou vocês têm têm essa possibilidade e capacidade de reinterpretar aquilo. Temos a capacidade de ajustar, mas obviamente 9590 a 95%. 49:50 Aquilo que lá está é escrito, como é óbvio, mas tentamos sempre expandir um bocadinho também, não fechar aquilo ao momento. Sei lá as exigências de um decore às vezes, mas há um momento como tu estás, como o meu colega está, como é que eu reajo a uma roupa que eu tenho e depois passas por processos de criação? 50:07 Make up guarda roupa que também são camadas de criatividade. Como é que tu no final desse bolo? Consegues existir, então, nesse momento ajustas sempre uma coisa à outra. Consegues sempre ir levar ou ir levar o discurso e ver onde é que, onde é que se tentar de ver, onde é que o público pode agarrar, o que é que se pode? 50:24 Eu espero que seja elevar. Porque? Porque muitas vezes muita coisa que sugere não é, não é, não é interessante, ponto. Mas sim, tentamos sempre potenciar aquilo que lá está, que por si só ganha. E depois aquilo, aquilo consegue, obviamente consegue, claro, respirar. 50:42 Mesmo nas coisas profundamente obsessivas. Quer dizer, porque há há momentos em que a gente sente até quase quase vergonha alheia, não é? Estamos a ver aqui uma coisa até até se pôr assim, uma Mona cara e outras. E outros momentos em que há momentos de expansão e que nós é é mais fácil fazer rir ou fazer chorar. Então a perguntar, me mais mais clichê do mundo, mas. 50:58 Não, não é. Não é o meu percurso todo. Estou. Estou mais habituado a fazer coisas ditas dramáticas ou sérias, ou o que seja. Mas a comédia também é séria, mas mais dramáticas. A comédia tem sido 111, registo que eu tenho vindo a descobrir nos últimos anos, sobretudo EE. 51:16 Eu acho que é igualmente difícil. Ainda não tenho experiência suficiente para te responder de forma clara que o drama, por assim dizer, é mais difícil que a comédia. Aquilo que eu sei é que exige existências diferentes. Numa zona cómica ou numa zona mais dita dramática, mas o cómico e o trágico está sempre muito junto. 51:37 O dramático está sempre junto com o com o cómico e a comédia com o trágico, portanto. Podemos nos rir de uma de uma boa desgraça? Claro. Então não é essa das coisas mais fantásticas que a evita nos dá. Portanto, não te consigo dar uma resposta certa, porque para mim, está tudo num Horizonte comum. 51:53 Há, há. Há uma atmosfera que se toca inevitavelmente. Olha o que é que tu nos podes oferecer a nós? Cidadãos comuns que ainda por cima não temos como ferramenta a comunicação. Não somos atores para na nossa vida aprender um bocadinho dessa tua arte para comunicarmos melhor. 52:12 É pá. Posso partilhar? Aquilo que eu fui aprendendo ao longo da vida? Nunca tomarem nada como garantido. Não há nada que seja garantido, pelo menos para mim. Acetuando o amor pelos meus filhos, acho que. 52:28 Para já na experiência que eu tenho digo te isto, daqui a uns anos pode ser diferente, mas para já digo te isto não tomar nada como garantido, não te levares a Sério saber o lugar que tu ocupas e esta ideia do pastor que eu te falei ao início. Isto aplica se a muitas coisas, nomeadamente a filhos, por exemplo, os filhos. 52:47 Se tu olhares para eles como ovelhas de um rebanho que não consegues mudar, não consegues, fazer com que pronto uma ovelha seja outra ovelha seja um cão, não dá. Portanto, a única facto, a única coisa que podes fazer é, de facto, escolher o pasto onde elas vão comer. E isso isto para focar o quê? 53:03 Esta posição de de curtires, de apreciares, o crescimento, a vida a acontecer. Ou seja, no fundo, o que é que eu te estou a dizer? Não se esqueçam que viver é uma coisa boa. Às vezes, no stress do dia a dia, isto é tão complicado uma pessoa parar e meteres isto na tua cabeça. 53:23 Mas sim. Eu falo por mim às vezes, não tenho essa capacidade, mas de facto, estar aqui há um prazer nas pequenas coisas e de facto, viver é um privilégio. E é quase uma espécie de não sendo religioso, um milagre. No final desta conversa, fica claro que o trabalho do Albano Jerónimo está encorado numa ideia simples, compreender o mundo através do corpo e da relação com os outros. 53:45 Falamos de infância, da construção de personagens. De direção de atores e desse novo território, um duro humano contracena com inteligência artificial. A forma como ele articula estes temas mostra um criador atento às mudanças do seu tempo, mas firme na importância do que não se pode digitalizar. 54:03 Há um tópico principal desta conversa, que é o erro, não como falha, mas como método. O Albano Jerónimo descreve o erro como um lugar de descoberta, onde se ajusta, se afina e se encontra. Uma voz acerta para cada momento. Até para a semana.

Enterrados no Jardim
As listas, os algoritmos e os espantalhos. Uma conversa com Patrícia Soares Martins

Enterrados no Jardim

Play Episode Listen Later Dec 14, 2024 258:53


Mais tarde, talvez façamos outra leitura do que significaram estes ensaios, como se em nós buscássemos o inimaginável, uma hipótese de romper com a cadência que nos leva a sentir que os dias se sucedem no sentido de uma constante subtracção. Talvez um dia as derivas que acumulámos possam permitir outra leitura, como um esforço que fizemos para nos mantermos num estado de perfeita disponibilidade de forma a que um tempo que sufocava entre impossibilidades por fim se oferecesse margem para romper com esta música desgastante que nos cerca e nos domina até ao enjoo. Nem há quem nos belisque, e é tão raro ouvir articulada com uma respiração nervosa e vibrante alguma conjugação de palavras que seja capaz de nos perturbar ou sacudir. Muitas vezes esbarramos com nós próprios, cumprimentamo-nos com menos que um aceno, um olhar que nos poupa àquelas palavras que, de tão circunstanciais, quase dão cabo de nós, e parece que estamos de volta a algum desses convívios cada vez mais desnecessários e onde temos dificuldade em saber quantos somos, e porquê este infeliz número, de tal modo que receamos estar a subdividirmo-nos... Não seremos meras réplicas, sequelas num enredo sem saída?, e parece-nos que cada tipo aqui presente, chegando a sua vez, tem o cuidado de dizer apenas o que for mais previsível, de fazer unicamente os mais breves comentários banais e de aparentar ter aceitado aquele convite formal e passado porventura meio dia em viagem para vir dizer ou ouvir tão-só o que não seja de todo consequente. Nem sei se não li já isto algures. O Breton diz que, em matéria de revolta, nenhum de nós deveria precisar de antepassados. Mas este é o ponto que parece mais difícil, antes mesmo de as coisas sucederem, de os acontecimentos se precipitarem, quando ainda parecia que estava ao nosso alcance desencadear alguma ruptura decisiva. Alguns, mais tarde, irão fantasiar-se nos seus relatos ao ponto de dizer que, por estes dias, viviam já como se retirados do mundo. Em breve irá emergir toda uma literatura de auto-exoneração, mas ser-nos-á difícil acompanhar essas inversões, a dizermos alguma coisa a seu respeito, se nos parecia que o objectivo de cada um deles foi nada dizer ou fazer que seja digno de nota. "A vida de algumas pessoas pode ser tão sucintamente resumida que não passa de uma porta que bate ou de alguém que tosse numa rua escura a meio da noite", notava Bradbury. "Olha-se pela janela, a rua está vazia. Quem quer que tenha tossido já desapareceu." A consciência parece ter-se tornado mais um dos aspectos do negócio. Fomos perdendo o chão, nós para quem essa foi a nossa primeira leitura. Foi com esse olhar perdido que aprendemos as primeiras letras. Era uma espécie de deficiência que nos defendia da coisa seguinte. Íamos, mas sempre como por acaso, como se por distracção ou empurrados. Talvez venha a ser possível fazer uma história dos diferentes caminhos que levam à literatura, desde logo uma história que passe bem longe do mercado. Uma narrativa sobre gente que se despenhou ou precisou desesperadamente virar-se para outras épocas, outros lugares. Mas uns anos mais tarde, quando viemos à superfície, éramos nós os grandes iletrados, não percebíamos patavina da realidade em que estávamos metidos. As filas continuam a avançar, continuam a não ter fim. Caminhamos na sonolência de mundos contrários, como diria o outro. Cada vez teríamos mais dificuldade em reconhecermo-nos mesmo se esbarrássemos contra nós próprios num destes ajuntamentos. Vamos sendo corpos sem eco, isto numa sociedade em que, há mínima perturbação, se é alvo de um processo, disciplinar ou não, e muitas vezes o pior é não ser clara a natureza. Até podem obrigar-nos a aguardar aqui ou ali enquanto nos martirizamos apenas para acabarmos o dia levando para casa a notícia de que fomos promovidos. Mas nem para nós é muito certo aquilo em que andamos metidos. É difícil chegar aos 35 ou aos 40 anos se se for demasiado directo, sem que isso se torne para nós um motivo constante de luta. Começamos a ser interrompidos e interrogados, e ficamos a dever explicações a meio mundo. Talvez, por isso, tantos se preservem na absoluta sensaboria dos ditos e expressões que não levam a coisa nenhuma. "Todo o bom raciocínio ofende", como notou Stendhal, sublinhado por Beauvoir, que prossegue a ideia, adiantando que, perante uma opinião peremptória, uma verdade definitiva, as pessoas amedrontam-se. "Tal é vaidoso, egoísta, mau, cúpido; enunciar-vos-ão com complacência os seus defeitos; mas se vós concluís: 'É um homem mau', o vosso interlocutor protesta: 'Eu não disse isso'; e acrescenta, talvez: 'Apesar de tudo, o fundo é bom'. Assim, o homem aceita ser pintado com pequenas pinceladas cruéis, mas, se o forçais a recuar para contemplar o seu retrato em corpo inteiro, fraqueja, não quer resumir, não quer concluir (...) repugna-lhe tomar partido: Deus sabe até que consequências poderia arrastá-lo uma lógica muito rigorosa; agrada-lhe ouvir-se falar, sentir-se pensar (...) mas com a condição de os seus pensamentos não o comprometerem, de permanecerem numa penumbra propícia. De facto, os homens não acreditam no que dizem, e é isso o que lhes permite saltar com desembaraço de um plano de verdade para outro"... E se acreditassem? Sem a busca de um alto grau de exigência as palavras são menos do que nada. Tornam-se uma das piores formas de sujeira. Algures, Blanchot anotava: "Todo o escritor que, pelo acto em si de escrever, não é conduzido a pensar: 'Eu sou a revolução'... na realidade, não escreveu nada." Neste episódio, e com o ruído azucrinante dos balanços de final de ano que logo se convertem em listas de sugestões para consumos natalícios, pudemos contar com a atenção e o exercício reflexivo de Patrícia Soares Martins que, depois de uma década como crítica literária nas páginas do Expresso, e um longo percurso a dar aulas na Faculdade de Letras, não perdeu o entusiasmo pelos textos e autores que persistem como grandes instigadores, mesmo se não esconde um certo desânimo num momento em que, mais do que se proibirem ou queimarem livros, o verdadeiro crime contra a literatura, e aquele contra o qual somos impotentes, é a não leitura dos livros. "Esse crime, uma pessoa paga-o com toda a sua vida; se o criminoso é uma nação, paga-o com a sua história", vincava Brodsky.

Convidado
Francisco Fanhais e os tempos da gravação de “Grândola Vila Morena”

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 12, 2024 26:53


Francisco Fanhais assumiu a música como uma forma de resistência à ditadura portuguesa e diz que “apanhou o comboio dos cantores que lutavam contra o regime”. Em 1971, esteve com José Afonso, José Mário Branco e Carlos Correia no Château d'Hérouville a gravar a música que ainda hoje é o emblema da "Revolução dos Cravos": “Grândola Vila Morena”. Francisco Fanhais recorda-nos esse tempo. Nos 50 anos do 25 de Abril, a RFI publica entrevistas a vários resistentes ao Estado Novo. Neste programa, ouvimos Francisco Fanhais, presidente da Associação José Afonso, uma das vozes da música de intervenção portuguesa e que também foi aderente da LUAR, a Liga de União e de Acção Revolucionária. Francisco Fanhais foi um padre incómodo, assumidamente contra a guerra colonial, que não se calava. Nem na missa, nem nas aulas de religião e moral e muito menos nos discos que fez em Portugal: “Cantilena”, em 1969, e “Canções da Cidade Nova”, em 1970. Foi impedido de dar aulas, suspenso das funções de padre e, muitas vezes, impedido de cantar. Por isso, exilou-se em Paris entre 1971 e 1974. Foi para França à boleia com Zeca Afonso em Abril de 1971, participou em concertos para despertar consciências, esteve na LUAR, uma das organizações de luta armada contra a ditadura portuguesa, e só pôde voltar para Portugal depois da "Revolução dos Cravos".Algures entre Outubro e Novembro de 1971, às três da manhã, no Château d'Hérouville, acompanhou José Afonso, José Mário Branco e Carlos Correia na gravação dos passos que marcam o ritmo da música “Grândola Vila Morena”. Os quatro davam os famosos passos em cima de gravilha e tiveram de o fazer de madrugada para evitar o barulho dos carros ou outros ruídos que surgissem durante o dia. Horas mais tarde, gravavam a música que ficaria para a história e que foi a senha definitiva para o golpe militar que derrubou a ditadura portuguesa a 25 de Abril de 1974.RFI: Recorde-nos como decorreu a gravação de “Grândola Vila Morena”, em 1971, em França.Francisco Fanhais, Presidente da Associação José Afonso: Foi gravado em Hérouville. Estávamos os quatro a fazer os passos. O José Mário Branco, que era o director musical da gravação do “Cantigas do Maio”, o Zeca Afonso, o Carlos Correia, que era quem na altura acompanhava o José Afonso na viola, e eu. Estávamos os quatro então a fazer esses passos no estúdio que era no Château d'Hérouville.E pronto, “O povo é quem mais ordena”. Era a letra do poema que o Zeca tinha composto em 1964, de homenagem à Sociedade Filarmónica Fraternidade Operária e Grandolense. O Zeca tinha lá ido cantar, no dia 17 de Maio de 1964, e gostou muito do ambiente vivido nessa colectividade. E em homenagem a esse espectáculo que ele lá fez e à colectividade fez uns versos. Basicamente, foi o poema que ele compôs de homenagem à Sociedade Filarmónica Fraternidade Operária Grandolense. “O povo é quem mais ordena” e os militares… Imagino que teria sido talvez por causa deste verso - sou eu a imaginar porque se estivesse na pele deles era por estes versos que eu escolheria a música. Tinha sido uma música cantada um mês antes, num espectáculo público no Coliseu dos Recreios que passou à censura. Não repararam naquela. E então, por todas essas razões, foi a música escolhida para o sinal último musical para o desencadear das operações militares do 25 de Abril. Passou à meia-noite e vinte e assim que eles ouviram - todos aqueles que estavam de norte a sul, os militares implicados no Movimento das Forças Armadas para derrubar o fascismo - assim que ouviram na rádio, que era a única maneira de terem contacto de norte a sul era através de uma rádio que se ouvisse no país inteiro, não é? Não podiam telefonar, obviamente, porque estavam os telefones vigiados. Então, à meia-noite e vinte, quando o segundo sinal apareceu - o primeiro tinha sido o Paulo de Carvalho a dizer “E depois do adeus” -  quando eles ouviram aquilo, cada um foi cumprir o papel que lhe estava destinado na folha de serviço para desencadear as operações do 25 de Abril. Mas foi ao som dos passos de pessoas que não são da tropa, neste caso, mas que se ligou bem com o que se estava a passar a nível militar.Também são os seus passos que ouvimos no início da música, portanto, os seus passos são também, entre aspas, os primeiros passos da Revolução dos Cravos? Materializados na música pode ser, mas os passos mais importantes foram dados por aqueles que, estando na guerra, sentiram a injustiça e o anacronismo que significava uma guerra colonial. Portanto, como a única maneira que havia de mudar o regime era pela força das armas - porque o regime tinha as armas, mas para o mudar tinha que haver também armas - quem tinha as armas eram aqueles que estavam na tropa e que, portanto, discordavam, estavam cansados de tanta guerra, uma guerra que levava 40 por cento do Orçamento do Estado, não é?Mas também quem tinha outro tipo de armas eram os que estavam fora a lutar contra essa guerra…Juntando umas armas às outras, digamos assim, fez-se o 25 de Abril, mas se não fosse a força dos militares... Cantar não é talvez suficiente, diz o primeiro verso de um poema do Manuel Alegre que se chama “Apresentação”.  Cantar não era suficiente, portanto, tinha que vir alguém que, com as armas, convencesse que as coisas tinham que mudar.O que é que o Francisco Fanhais, enquanto participante na “Grândola Vila Morena” sentiu quando foi a música que, entre aspas, derrubou o regime? Fico muito contente. Não tenho mérito nenhum em terem sido os militares a escolher aquilo, mas fico contente e tenho um certo orgulho por saber que naquela música estão lá os meus passos e está lá a minha voz também, juntamente com a voz dos amigos que muito prezo. Mas sempre que oiço aquilo, vem-me à memória muita coisa e vem-me à memória a força com que nós cantámos aquilo, a força que nós imprimimos à “Grândola”, ao som, aos passos. E depois a dinâmica toda que envolveu a gravação do Cantigas do Maio, etc, o “Coro da Primavera”, vem-me à memória toda essa gravação, mas não posso deixar de recordar e de sentir com muita emoção essa alegria de saber que aqueles passos que nós demos foram um contributo musical e cultural para o desencadear do mais importante que foi o derrube do fascismo. Cantar não é suficiente, mas, como diz o poeta sul-americano “um grão não enche o celeiro mas ajuda companheiro”. E é isso que nos faz continuar. Porquê? Porque como diz o poema do Manuel Alegre que eu citei há bocadinho, que começa “Cantar não é talvez suficiente” e depois continua “Não porque não acendam de repente as noites tuas palavras irmãs do fogo, mas só porque as palavras são apenas chama e vento. E, contudo, canção. Só cantando por vezes se resiste, só cantando se pode incomodar quem à vileza do silêncio nos obriga”. Etc, etc. Continua o poema e depois, no fim, “Já disse: planto espadas e transformo destinos. E para isso basta-me tocar os sinos que cada homem tem no coração". E a música ajuda a tocar os sinos que cada homem tem no coração.Como é que se tornou cantor de música de intervenção e um padre resistente ao fascismo? Um padre, além de ser padre, é também, e basicamente e antes de tudo, um cidadão. E quando um cidadão vê os problemas que se passam à sua volta, não pode deixar de reagir. Em nome de quê? Em nome do ser humano que tem direito à justiça e à liberdade e à fraternidade e a tudo isso, não é? Portanto, se isso pertence ou faz parte do cidadão que quer ser cidadão vertical e de corpo inteiro, um padre que quer ser cidadão de corpo inteiro tem mais razões ainda para intervir e poder ser actuante na transformação do mundo. Porquê? Porque além de todas as outras razões que um cidadão que quer ser cidadão a sério tem, tem também todo aquele apelo que lhe vem do Evangelho. E, por isso, quando Jesus Cristo fala das injustiças e quando Jesus Cristo enaltece os humildes e rebaixa os ricos e os poderosos, etc, isso é uma mensagem muito forte que vem também ao encontro da outra mensagem interior de um cidadão que quer ser interveniente no seu tempo. Ao aperceber-me de todos os problemas que havia em Portugal, sobretudo o mais grave de todos, a guerra colonial, toda a situação que se vivia de falta de liberdade, de ditadura, de fascismo, de censura, da PIDE, tudo isso, uma pessoa não pode deixar de intervir, não pode deixar de se revoltar contra essa situação. E isso aconteceu-me a mim, como aconteceu a muitos outros colegas meus. Eu não estava isolado nisto, como não estavam isolados uma quantidade enorme de cristãos para quem o Evangelho era mais uma razão para não fecharem os olhos à realidade à sua volta. Portanto, eu, que sempre gostei de cantar, era natural que me exprimisse melhor através das músicas e através das canções, através dos textos, das letras, etc. E foi isso, de facto, que aconteceu.E descobriu a música de intervenção de Zeca Afonso…Para mim, o impulso máximo, não único, mas o máximo, o maior de todos foi justamente por ter-me cruzado um dia com a música do José Afonso, que foi em 1963. Eu ainda era estudante, estava no seminário e um padre amigo mostrou-me uma vez um disco pequenino onde vinha a música do José Afonso. Estávamos no seminário, estávamos em 63 e ele disse-me: “Tu vais ouvir esta música e vais gostar, de certeza, mas uma recomendação que eu te faço é que oiças baixinho, porque não se sabe quem é que pode estar a ouvir mesmo no seminário. Esse foi o meu primeiro encontro estritamente musical com o José Afonso em 63.Mais tarde encontrei-o pessoalmente e desse encontro nasceu uma amizade que durou para o resto da vida. Porquê? Porque eu comecei a pensar: “Como eu gostava de cantar como este homem canta. Gostava de cantar as letras, as músicas, a força, a voz, etc. E foi para mim um estímulo muito grande. E foi através dele que eu depois passei a integrar o grupo dos cantores que usavam a sua voz e a viola, os seus poemas para denunciar as injustiças que nessa altura vivíamos em Portugal.Começou a cantar e as suas músicas começam a ser ouvidas com alguma atenção pela PIDE... Sim. As nossas músicas, sobretudo no primeiro período daquela Primavera Marcelista, passavam um pouco mais nas malhas da censura, mas, a certa altura, a música e as sessões em que nós participávamos passaram a assumir uma proporção tal que era impossível que escapassem à censura e à vigilância da PIDE. Portanto, éramos proibidos de cantar e quando não éramos proibidos de cantar totalmente só podíamos cantar as músicas que a censura visasse. E, às vezes, acontecia o absurdo de, numa música, eles cortarem uma quadra ou outra e dizerem “Esta pode cantar, aquela não pode, esta pode, aquela não pode”. Foi a partir desse momento e, sobretudo, a partir de 1969, quando eu fui a um programa de televisão que havia em Portugal que era o Zip Zip e que foi pela mão do José Afonso que eu fui a esse programa porque ele estava impedido de participar nesse programa, a censura não deixava, mas tentou que outros que cantavam pudessem lá ir. Foi o meu caso. Não fui o único que ele apresentou ao Raúl Solnado que era um dos organizadores do programa, ele apresentou outros também. E foi a partir daí, portanto, 1969, que adquiri uma dimensão um bocado mais pública, mais evidente e passei a ser convidado para cantar um pouco por todo o lado, com consequências na minha vida prática de padre porque havia pessoas que tinham muita influência junto da Igreja e que se foram queixar daquilo que eu cantava, das posições que tomava, das críticas que eu fazia, das homilias em que denunciava as injustiças da guerra colonial, etc, etc. Eu era professor de moral no Liceu do Barreiro, cantava e era coadjutor na paróquia do Barreiro e essas três actividades foram-me completamente vedadas. Estive proibido de dar aulas no Liceu do Barreiro porque nas minhas aulas de religião e de moral, nós com os miúdos falávamos de tudo e até de religião! Estava proibido de exercer as minhas funções de padre, fiquei suspenso das minhas funções de padre e estava proibido de cantar como estavam todos os outros colegas meus, cuja participação e cuja actividade musical estava muito condicionada pela censura.Por estar proibido de cantar, de ser padre, de dar aulas, decidiu vir para França?Foi exactamente isso. Comecei a pensar: “Que rumo é que eu vou dar à vida?” Vim para França e escrevi até a um amigo que vivia em Estrasburgo, pedindo-lhe se me arranjava qualquer coisa para eu poder subsistir e ganhar para a bucha, como se costuma dizer. Ele não me respondeu e, mais tarde percebi porquê. Já depois do 25 de Abril, ao ir à Torre do Tombo ver o meu dossier da PIDE, estava lá a carta que eu lhe tinha escrito. Infelizmente era o corrente nessa época da ditadura e da censura, da repressão. E vim para cá para mudar de ares, enfim, para ver que rumo é que havia de dar à vida. Mas depois assumi, já estando cá, outros compromissos políticos mais radicais. Passei a integrar a organização política da LUAR e, a partir daí, era um bocado complicado, difícil mesmo, se não impossível, voltar a Portugal legalmente. Entretanto, uns amigos meus foram presos em Novembro de 73 e eu percebi que não era efectivamente a melhor altura para voltar a Portugal, tanto mais que depois a polícia me tinha procurado lá em minha casa, onde pensavam que eu estava, que era a casa da minha mãe, em Benfica, em Lisboa., mas eu não estava lá. Só voltei quando aconteceu o 25 de Abril. Fui no dia 29, cheguei lá no dia 30.Quando chegou a Paris, além da actividade na LUAR, pôde, finalmente, cantar livremente?Sim. Eu, quando cheguei, a primeira pessoa com quem contactei, tirando os amigos em casa de quem fiquei,  mas das pessoas ligadas à música, a primeira pessoa com quem eu contactei foi com o Zé Mário e disse-lhe: “Olha, estou cá, não venho aqui para passar férias, gostava de fazer cá aquilo que não posso fazer em Portugal. Portanto, se achares que é oportuno, em sessões que às vezes se organizam de associações de portugueses, se achares que é oportuna e que pode ser necessária e que pode ser integrada a minha participação, eu estou à disposição”. E era isso que acontecia muitas vezes. O Zé Mário comunicava-me: “Tal dia temos uma sessão, estás livre?”. E eu sempre que podia, estava a fazer justamente aquilo que eu não podia fazer em Portugal e que gostava de fazer  que era cantar para os emigrantes, essencialmente para os emigrantes, além de depois ter participado também noutras actividades, tanto políticas como culturais mais vastas. Participação num ou noutro programa na televisão francesa, como o Mosaïque, que era um programa centrado na divulgação das actividades da emigração e participei em duas emissões desse programa.Como era a reacção das pessoas aos concertos?As reacções das pessoas eram muito diversas. Vamos lá ver. Há associações de portugueses em França e dependia muito de quem estava à frente dessas associações de imprimir às manifestações colectivas, culturais, desportivas, etc, um certo cunho também que não fosse exclusivamente para a diversão pura e simples das sardinhadas, do futebol, dos ranchos folclóricos, etc. Tentavam justamente contribuir com o seu dinamismo e com o seu empenho político em dar aos emigrantes qualquer coisa mais para além daquilo que é o mais banal que se lhes dê, que é o fado e o folclore.E conseguia que a cantiga fosse uma arma, como diria o José Mário Branco?Nessas alturas, o nosso objectivo, através das músicas e através daquilo que dizíamos, era contribuir para que na emigração se estabelecesse uma outra dimensão política que não fosse exclusivamente ligada ao interesse perfeitamente legítimo das pessoas realizarem economicamente a sua vida. E contribuir para abrir um pouco os olhos para a situação que se vivia em Portugal, da qual muitas vezes as pessoas, se calhar até legitimamente, queriam esquecer o mais possível porque a vida de sofrimento lá em Portugal era tão grande, tão grande, tão grande, que o que queriam era deixar para trás, não é?Tentávamos contrariar um pouco e fazer um contra-vapor, dizendo que afinal o país precisa do empenho de todos, que as reservas dos emigrantes vão para lá, mas a gente não pode ser só mandar dinheiro e ter lá uma vida feliz, que temos que pensar um pouco colectivamente, etc, etc. As reacções eram diversas. Havia gente para quem isso dizia qualquer coisa, enfim, penso que podemos contribuir para abrirem os olhos para um outro tipo de realidade, uma outra dimensão da emigração. Mas havia outras pessoas que não ligavam nenhuma a isso. Eu lembro-me, uma vez, estava com o Zeca a cantar, o Zeca a falar de todas estas situações, mesmo depois do 25 de Abril, dizendo o que se tinha passado em Portugal, a Revolução, o ambiente que se vivia em Portugal, etc, etc. E estava um emigrante português encostado a uma coluna a ouvir aquilo e, se calhar, não estava a concordar nada ou estava-se perfeitamente nas tintas para aquilo que o Zeca estava a dizer e disse com um ar muito enfastiado: “Eh pá, canta-me um fado!” Eu olhei para o Zeca, o Zeca olhou para mim e ficámos os dois, assim como quem diz, “Eh pa, anda a gente aqui assim a dar o corpo ao manifesto, a tentar dar qualquer coisa mais do que o simples 'Fátima, folclore e futebol' e parece que é tempo perdido!” Mas não era, temos que insistir. As reacções das pessoas eram diversas. A força e a animação que punham na participação com que cantavam significava que aquilo que nós estávamos a sentir, estávamos a conseguir passar-lhes essa sensação.E a mensagem.E a mensagem.A “Cantata da Paz” é uma das músicas que marcou uma geração. Quais foram, para si, as suas músicas mais marcantes? Esta música, “Cantata da Paz”, está associada a um episódio que é o seguinte. A primeira vez foi cantada foi numa igreja, na passagem de ano de 1968 para 1969. O dia 1 de Janeiro é o Dia da Paz. Estávamos em Lisboa e houve uma cerimónia oficial na Igreja de São Domingos para celebrar o Dia Mundial da Paz. Estava o Cardeal Cerejeira, que era o bispo de Lisboa na altura, as autoridades civis e militares também. Isso foi numa igreja e para grande escândalo de um grupo de cristãos que lá estávamos, não houve uma única referência - num país em guerra - não houve uma única referência à situação que se vivia na guerra colonial. O que para nós era extremamente escandaloso e inaceitável.Então, no fim da cerimónia, houve um grupo de pessoas que fomos falar com o bispo e disseram: “Nós agora vamos continuar a vigília à nossa maneira" e fizemos a ocupação da Igreja de São Domingos. Estivemos lá até às cinco da manhã. Eram cerca de 150 pessoas cantando, rezando porque somos cristãos, lendo cartas de soldados e de pessoas que estavam na guerra, testemunhos directos em primeira mão, falando em tribuna livre, cada um falava e dizia o que lhe ia na alma sobre a guerra colonial e sobre essa vigília que estávamos a celebrar. Estava lá muita gente conhecida na altura, entre elas a autora da “Cantata da Paz” que é a Sophia de Mello Breyner. Foi aí que pela primeira vez, foi cantado o “Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”. É um refrão simples de fixar. Eu continuo sempre a cantá-lo e é aquele a que as pessoas mais aderem.Falou da Sophia de Mello Breyner. Há uma canção sua que também é incontornável: “Porque”.“Porque os outros se mascaram e tu não”, essa eu gosto sempre de cantar também. Nessa altura, uma que foi muito conhecida também é o poema do Sebastião da Gama, “Cortaram as asas ao rouxinol”. É um poema que se chama “Cantilena”. Depois disso, canto coisas minhas, canto coisas do José Afonso. Gosto muito de cantar “Menino do Bairro Negro” sempre porque foi a primeiríssima música que eu ouvi do Zeca e traz-me à memória situações vividas em que conheci famílias com crianças que não puderam continuar a estudar porque não tinham dinheiro, mas eram inteligentes.Estou-me a lembrar de um episódio nessa fase em que estava proibido dessas três coisas. Apoiei momentaneamente, episodicamente, a Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos. Uma vez, com mais duas pessoas amigas, fomos visitar uma senhora que morava numa barraca ao pé da Costa da Caparica. O marido estava preso em Peniche e a senhora trabalhava a noite inteira a coser à máquina com um candeeiro de petróleo ao lado porque não havia luz eléctrica na barraca. Trabalhava para uma fábrica de camisas e ela tinha dois filhos: uma miúda com dez anos que estava na quarta classe e um miúdo que tinha seis ou sete anos. E perguntámos à senhora se quando a miúda acabasse a quarta classe, a miúda ia continuar a estudar. E ela disse-nos: “Como é que vocês querem que eu ponha a minha filha a estudar se aquilo que eu ganho aqui a noite inteira a coser a máquina mal me dá para pagar a renda da barraca? Para ir ver o meu marido todos os domingos a Peniche para que ele não se sinta abandonado pela família, para que ele continue firme nas suas convicções, para a alimentação dos miúdos, para os trazer limpinhos, asseados, etc. O dinheiro não dá para tudo. Quando ela acabar a quarta classe, ela vem trabalhar comigo para arredondar o orçamento familiar”. Os irmãos estavam a brincar em cima da cama, uma sala pequena, uma barraca pequena e pensávamos que eles estavam alheios à conversa. E qual não foi o nosso espanto quando a miúda, ao ouvir a mãe dizer “Como é que vocês querem que eu a ponha a estudar? O dinheiro não chega para tudo”, ela dá um grito em cima da cama a dizer “Oh mãe, mas eu sou inteligente!” Isso foi uma coisa que me marcou para o resto da vida porque eu nunca ouvi ninguém tão pequenino a gritar por justiça como essa miúda. Nunca ouvi ninguém. São situações que as pessoas sentiam na sua vida, como pessoas e como colectivo, como nação, como país, como um pássaro a quem cortaram as asas e o bico.Eram mensagens muito claras contra o fascismo e contra a guerra colonial…Sim, sim, sim. Um dia eu estava a cantar esta no Alentejo, a “Cortaram as asas ao rouxinol” e no fim estava lá um homem: “Oh amigo, podes ter a certeza de uma coisa: é que não há aqui ninguém que não tenha percebido o que é que tu querias dizer!”

Rádio Cruz de Malta FM 89,9
Lauro Müller recebe nesta quinta-feira o projeto cultural Biblioteca Humana Algures

Rádio Cruz de Malta FM 89,9

Play Episode Listen Later Jan 18, 2024 14:01


Lauro Müller recebe na manhã desta quinta-feira (18) o projeto Biblioteca Humana Algures e a kombi cultural, o projeto já passou por dezenas de cidades da região Sul e parte agora para a Serra Catarinense. Entre os meses de janeiro e fevereiro, o projeto irá percorrer 20 pequenos municípios catarinenses. Utilizando a contação de histórias para compartilhar experiências reais, o projeto é do Coletivo Cultura Algures e foi aprovado pelo Programa de Incentivo à Cultura da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e incentivado pela Celesc. A Biblioteca Humana é montada em praças públicas em torno da kombi cultural e recebe o público para leituras e contação de histórias pelos próprios participantes. Já aconteceram apresentações em São João do Sul, Santa Rosa do Sul, Sombrio, Balneário Arroio do Silva e Balneário Rincão, Içara e Treviso. E nesta quinta-feira, das 10h às 12h ocorre em Lauro Müller, na Praça Henrique Lage. Em entrevista ao Cruz de Malta Notícias, a produtora cultural, Grazi Calazans, falou sobre o funcionamento do projeto Biblioteca Humana Algures. Ouça abaixo a íntegra da entrevista:

Pilha de Livros
48. Algures numa estação de serviço

Pilha de Livros

Play Episode Listen Later Aug 4, 2023 8:57


Os dias nem sempre correm como planeado e hoje acabei a gravar o episódio numa estação de serviço. Não posso falar do Eça (como tinha planeado), mas falo das razões para ter uma dieta variada de livros. Espero que goste — e bom fim-de-semana! This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit www.pilhadelivros.pt

Uaréva!
Podcast Uarévaa #363: Adão Negro, Shazam 2 e futuro da DC no cinema

Uaréva!

Play Episode Listen Later Apr 13, 2023 114:46


Marcelo, Moura e Rafael (o Algures) comentam sobre os filmes Adão Negro e Shazam: Fúria dos Deuses e ainda as tretas nos bastidores das produções e qual será o futuro da DC nos cinemas. Vitrine: Thyago Moura. Críticas, elogios ou sugestões: contato@uareva.com. Redes Sociais: @Uarevaa. Agradecimentos: Algures (Padrinho Defensor) e Aline Aparecida Matias (Madrinha Vingadora). Seja nosso apoiador/a: http://www.catarse.me/podcastuareva.

nuance2
Poesia de Tinder e LGBTransfobia | Pedro Craveiro | nuance 89

nuance2

Play Episode Listen Later Jul 24, 2022 111:24


Pedro Craveiro @pedro.m.craveiro , poetinha do povo, foi do LIDL de Custóias para a Universidade da Califórnia. Algures pelo caminho, aprendeu a ensinar e ganhou paciência para conversar com duas mentes itinerantes durante 4h - aqui fica a primeira parte._ _ _To Die in LA, de Pedro Craveirono princípio era o verbobreathe it in and breathe it outtodos os distritos em alerta amareloe os teus joelhos eram a minha casaesse era o tempo em que o teu cabelofixava o ralo do chuveiroe eu reclamava             a mãe não pode ver cabelos no ralono princípio era o medode amar-te por inteirosem esquecer-te na metadetodas as manhãs esperava-te à janelae repetia, como te quero maiscedo entendi que o medo por prisãoera a certeza dos nossos flancostu sabias como me convencere trazias sempre um livro para doisquantos poemas te escreviuma tarde, recordo-me agora, perguntastese a minha poesia mudaria o mundoé claro que nãono princípio era a poesiaem cada casaco achava um isqueiro teuem cada café o teu sabornum maço de marlboro os dias mais ásperos._ _ _(0:00) Preliminares(2:58) Poesia de Tinder: o difícil é ser simples (23:37) Poetinha do Povo(35:42) Lidar com o Preconceito(43:44) Tornar-se Queer(1:14:50) Ricardo Araújo Pereira e a transfobia(1:29:57) Manual para lidar com o tio racista(1:38:46) Nós somos os conservadores do FuturoAos 50 patronos mostramos as extremidadeshttps://www.patreon.com/nuancepodcastJunta-te ao nosso DISCORD: https://discord.gg/jhsHPww5FJPASTAMOS NOS SEGUINTES PRADOSInstagram:http://www.instagram.com/nuancepodcasthttp://www.instagram.com/by.castrohttp://www.instagram.com/holdennevermorehttp://www.instagram.com/luisamadobessahttps://www.tiktok.com/@nuancepodcast

Créditos Finais
Podcast Créditos Finais #98 – Eternos! Diferente, porém igual

Créditos Finais

Play Episode Listen Later Dec 20, 2021 89:11


Nesse podcast Jon e Ualbes se unem ao Algures do Melhores do Mundom, Reinecken do segundo corte e SubterraneanRose para debaterem sobre o Eternos!

Uaréva!
Podcast Uarévaa #347: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Uaréva!

Play Episode Listen Later Oct 17, 2021 114:18


Marcelo, Moura e Algures comentam sobre o filme místico da Marvel Studios. Vitrine: Thyago Moura. Críticas, elogios ou sugestões: contato@uareva.com. Redes Sociais: @Uarevaa. Agradecimentos: Bruno Felipe Costa (Padrinho Campeão), Algures (Padrinho Defensor), Aline Aparecida Matias (Madrinha Vingadora) e Rodrigo P. Freire (Padrinho Vingador). Seja nosso apoiador/a: http://www.catarse.me/podcastuareva.

Visual+mente
Eles Vivem feat. Algures | V+M #172

Visual+mente

Play Episode Listen Later Oct 6, 2021 130:30


Neste episódio conversamos sobre a obra de John Carpenter: Eles Vivem com a presença de Rafael Algures. Support this podcast

Uaréva!
Podcast Uarévaa #346: Superman e Lois

Uaréva!

Play Episode Listen Later Sep 12, 2021 146:29


Marcelo, Moura e Algures comentam sobre a série da família Kent na CW. Vitrine: Thyago Moura. Críticas, elogios ou sugestões: contato@uareva.com. Redes Sociais: @Uarevaa. Agradecimentos: Bruno Felipe Costa (Padrinho Campeão), Algures (Padrinho Defensor), Aline Aparecida Matias (Madrinha Vingadora) e Rodrigo P. Freire (Padrinho Vingador). Seja nosso apoiador/a: http://www.catarse.me/podcastuareva.

as ABOVE so BELOW
6 GLASSES OF WATER- PREVISÕES SETEMBRO- EP.105

as ABOVE so BELOW

Play Episode Listen Later Aug 30, 2021 33:40


How do I master The perfect day? Six glasses of water Seven phone calls If you leave it alone It might just happen I can decide What I give But it's not up to me What I get given Unthinkable surprises About to happen_ Bjork 6 da virginiana Urânia, a musa da Astrologia da matemática, do foco e da ciência rege todo o mês de Setembro. Algures no tempo e no espaço caos será ordem e a ordem será entropia de novo; a diferença será o foco com que viveremos este mês. De acordo com uma citação perdida algures, ter foco significa dizer que não. Controlar, digerir, orientar e estruturar serão os verbos mais pensados bem como comparar e exigir quando Vénus e Marte estiverem em posicionamentos intensos mas desconfortáveis na primeira quinzena do mês. Uma lua nova às escuras enviar-nos-á para um sono de beleza do qual continuaremos a precisar até à Lua Cheia e sonhadora de Peixes e que graças a uma linhagem de planetas geracionais retrógrados, irá impor disciplina de empatia e encontro. O equinócio a 22 estabelece finalmente o equilibrio de Balança com dias que são na mesma medida que a noite e nos segue com Mercúrio retrógrado, prontos a reencontrar mais receptores kármicos caso lições prévias não tenham sido digeridas de vez. Esquadro, régua, lista das compras, lençóis lavados, copo de água e fibras em riste. Cuidemos de nós para cuidarmos dos outros. Agora sim, over n'out --- Send in a voice message: https://anchor.fm/margarida-rodrigues2/message

Uaréva!
Podcast Uarévaa #341: Ninguém Lembra Dessa Série 3

Uaréva!

Play Episode Listen Later Jun 5, 2021 98:50


Marcelo, Moura e Algures relembram seriados esquecidos. Vitrine: Thyago Moura. Críticas, elogios ou sugestões: contato@uareva.com. Redes Sociais: @Uarevaa. Agradecimentos: Bruno Felipe Costa (Padrinho Campeão), Aline Aparecida Matias (Madrinha Defensora) e Rodrigo P. Freire (Padrinho Defensor). Seja nosso apoiador/a: http://www.catarse.me/podcastuareva.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #625: MdMonas entrevista Lucas Werneck + Miracleman + Cruella + gorila assassino + Lois & Clark + Soco na cara do Michael Douglas

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Jun 4, 2021 388:08


Primeiro bloco: MDMonas conversam com o desenhista Lucas Werneck (@LukasWerneck), sua carreira e trabalhos com Marvel, DC, Boom Studios e principalmente Rampage Jackson. Segundo bloco: MdMoments com os melhores momentos das HQs Terceiro bloco: Recadinhos, comentários e Estatísticas mdM. Segue a ata feita pelo Lojinha e Nerd Reverso: Vida acadêmica do Algures, Viagem no tempo, … The post Podcast MdM #625: MdMonas entrevista Lucas Werneck + Miracleman + Cruella + gorila assassino + Lois & Clark + Soco na cara do Michael Douglas appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #625: MdMonas entrevista Lucas Werneck + Miracleman + Cruella + gorila assassino + Lois & Clark + Soco na cara do Michael Douglas

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Jun 4, 2021 388:08


Primeiro bloco: MDMonas conversam com o desenhista Lucas Werneck (@LukasWerneck), sua carreira e trabalhos com Marvel, DC, Boom Studios e principalmente Rampage Jackson. Segundo bloco: MdMoments com os melhores momentos das HQs Terceiro bloco: Recadinhos, comentários e Estatísticas mdM. Segue a ata feita pelo Lojinha e Nerd Reverso: Vida acadêmica do Algures, Viagem no tempo, … The post Podcast MdM #625: MdMonas entrevista Lucas Werneck + Miracleman + Cruella + gorila assassino + Lois & Clark + Soco na cara do Michael Douglas appeared first on Melhores do Mundo.

Anita no Trabalho
Episódio #16 Temporada 6: Pode a Anita viver sem redes sociais?

Anita no Trabalho

Play Episode Listen Later May 6, 2021 52:11


Bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, mal… A relação da Anita com as redes sociais perdeu há já algum tempo o encanto romântico e excitante de quando se conheceram. Algures no tempo a relação desvirtuou-se e deixou de haver confiança. À medida que a distância e a desconfiança foram crescendo, em proporcional medida à imposição e necessidade que … The post Episódio #16 Temporada 6: Pode a Anita viver sem redes sociais? appeared first on Anita no Trabalho.

Domingos
4. Mais-ou-menos-Grande Prémio de Portugal?

Domingos

Play Episode Listen Later May 5, 2021 56:13


Houve espectáculo. Houve emoção. Houve momentos épicos de batalha entre os melhores pilotos do Mundo. Algures, mas não este Domingo em Portimão. Ainda assim a Beatriz, o Tiago e o João espremem todo o sumo dessa clementina com problemas de desenvolvimento que foi o Grande Prémio de Portugal, adicionando duas colheres de Fórmula E (“E” de “Então que palermice vem a ser esta?!”) e três cubos de Porsches aos piões em Eau Rouge.Junta-te ao nosso campeonato de Fantasy F1!https://fantasy.formula1.com/league/58058?ftm=shareCódigo de acesso: 1e662ac442Esbardalhanço da semana: https://youtu.be/FEdDXsEame8

Fumaça
Ep.7: Vampiros | Série “Exército de Precários”

Fumaça

Play Episode Listen Later Feb 25, 2021 95:27


Algures, talvez haja uma empresa de segurança privada em Portugal a cumprir a Lei. Em dois anos de investigação, não a encontrámos. Este é o sétimo episódio da série “Exército de Precários”, uma investigação de dois anos sobre a segurança privada em Portugal. As pessoas que fazem parte da comunidade Fumaça já podem ouvir o oitavo e último episódio, para além da entrevista “extra” que o acompanha. Com este sétimo episódio, deixamo-vos a nossa conversa com Maria Fernanda Campos, subinspetora-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho. A número dois da ACT falou-nos da dificuldade em fiscalizar o universo da segurança privada no país e reconhecer os abusos laborais praticados pelas empresas. Se queres ouvir esta entrevista e receber mais cedo o episódio final desta série, faz uma contribuição recorrente em www.fumaca.pt/contribuir, ajudando o Fumaça a ser o primeiro projeto de jornalismo português totalmente financiado pelas pessoas. Lê a transcrição completa aqui: https://fumaca.pt/seguranca-privada-exercito-precarios-vampiros/ Ajuda-nos a ser o primeiro projeto de jornalismo português totalmente financiado pelas pessoas: https://www.fumaca.pt/contribuir See omnystudio.com/listener for privacy information.

XÁ VI Melhor
XÁ VI Melhor #29 - Moscas e café

XÁ VI Melhor

Play Episode Listen Later Oct 10, 2020 43:59


Como é que é? No ep. desta semana debato comigo mesmo a importância das moscas para a humanidade e... café. Sei o que estão a pensar e sim, estava sem temas, e sim, continuo todo excitadinho para jogar FIFA (ihihihih). Algures pelo inicio revelo também um ódio de estimação muito particular que tenho e que pode, ou não, estar relacionado com apanhar objetos de forma não convencional. Escutem, bebam café e respeitem as bases para copos.

AOSPRIMATASPODCAST

Poema @aosprimatas

poema algures
Solta o Javali
Solta o Javali #34 – Um sketch nada de mais

Solta o Javali

Play Episode Listen Later Feb 25, 2020 1:31


Algures por este mundo fora, nasceu um podcast muito fraquinho que, para o criador do mesmo, é “uma espécie de crítica irónica tanto à atual sociedade do imediato sem tempo […] O conteúdo Solta o Javali #34 – Um sketch nada de mais aparece primeiro em Engenharia Rádio.

Usabilidoido: Podcast
Design de Experiências Musicais

Usabilidoido: Podcast

Play Episode Listen Later Jul 1, 2019


Música é uma forma de arte que proporciona experiências de vários tipos. Experiências musicais podem ser projetadas como performances emergentes através de um design expansivo. O Design de Experiências Musicais é aplicável a shows, festas, raves, baladas e flashmobs. Esta oficina desenvolve um pequeno projeto de exemplo, que consiste em uma experiência de música ampliada baseada na estimulação sincronizada de som e tato.Slides Áudio Gravação realizada no 14o. Algures, semana acadêmica dos estudantes de design da UTFPR. Design de Experiências Musicais [MP3] 27 min Foto Referência Comente este post

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #522: Quando deixamos de achar o Bátema foda pra achar ele um merda #OperacaoBatman80

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later May 31, 2019 195:49


Salve nerdaiada maldita!!! Hoje os intrépidos MdMs Hell, Change, Lojinha, Leo Finocchi, Dea Melo, Dri Melo, Julia Matos, Felipe 5 Horas e Algures recebem os chégas Carlos Vazquez e André Pansera da Mansão Wayne pro podcast da #OperacaoBatman80 que comemora os 80 anos da Morcegona!!! Venha conosco pra saber como foi que conhecemos o Bátema … The post Podcast MdM #522: Quando deixamos de achar o Bátema foda pra achar ele um merda #OperacaoBatman80 appeared first on Melhores do Mundo.

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Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #522: Quando deixamos de achar o Bátema foda pra achar ele um merda #OperacaoBatman80

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later May 31, 2019 195:49


Salve nerdaiada maldita!!! Hoje os intrépidos MdMs Hell, Change, Lojinha, Leo Finocchi, Dea Melo, Dri Melo, Julia Matos, Felipe 5 Horas e Algures recebem os chégas Carlos Vazquez e André Pansera da Mansão Wayne pro podcast da #OperacaoBatman80 que comemora os 80 anos da Morcegona!!! Venha conosco pra saber como foi que conhecemos o Bátema … The post Podcast MdM #522: Quando deixamos de achar o Bátema foda pra achar ele um merda #OperacaoBatman80 appeared first on Melhores do Mundo.

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Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #480 A volta da Roleta Histórica e as perguntas do Garotinho!

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Aug 24, 2018 198:19


Salve nerds malditos… No podcast de hoje os intrépidos MdMs Hell, Nerd Reverso, Julia, Lojinha, Felipe 5h, Algures e Nasic se reúnem pra debater os fatos históricos, nascimentos e falecimentos de notáveis ocorridos no decorrer do continuum espaço-tempo dessa semana… Parece complicado né/ mas é só o veeeelho MdM de guerra falando merda sobre assuntos … The post Podcast MdM #480 A volta da Roleta Histórica e as perguntas do Garotinho! appeared first on Melhores do Mundo.

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Podcast MdM #480 A volta da Roleta Histórica e as perguntas do Garotinho!

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Aug 24, 2018 198:19


Salve nerds malditos… No podcast de hoje os intrépidos MdMs Hell, Nerd Reverso, Julia, Lojinha, Felipe 5h, Algures e Nasic se reúnem pra debater os fatos históricos, nascimentos e falecimentos de notáveis ocorridos no decorrer do continuum espaço-tempo dessa semana… Parece complicado né/ mas é só o veeeelho MdM de guerra falando merda sobre assuntos … The post Podcast MdM #480 A volta da Roleta Histórica e as perguntas do Garotinho! appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Bate-Papo MdM: Pantera Negra é um filmão

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Feb 20, 2018 110:13


Salve nerdaiada maldita… O MdM reune os intrépidos Hell, Nerd Reverso, Poderoso Porco, Algures, Maximus e Lojinha para discorrerem acerca do novo filme do Marvel Studios, Pantera Negra… Serpa que depois do hype todo o filme correspondeu às expectativas? E as polêmicas? E a representatividade? Será que o vilão está errado mesmo? O teor político … The post Bate-Papo MdM: Pantera Negra é um filmão (mas será que o MdM consegue falar mal mesmo assim?) appeared first on Melhores do Mundo.

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Bate-Papo MdM: Pantera Negra é um filmão

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Play Episode Listen Later Feb 20, 2018 110:13


Salve nerdaiada maldita… O MdM reune os intrépidos Hell, Nerd Reverso, Poderoso Porco, Algures, Maximus e Lojinha para discorrerem acerca do novo filme do Marvel Studios, Pantera Negra… Serpa que depois do hype todo o filme correspondeu às expectativas? E as polêmicas? E a representatividade? Será que o vilão está errado mesmo? O teor político … The post Bate-Papo MdM: Pantera Negra é um filmão (mas será que o MdM consegue falar mal mesmo assim?) appeared first on Melhores do Mundo.

Com o Humor Não Se Brinca
Episódio 38 - RAP e António Prata

Com o Humor Não Se Brinca

Play Episode Listen Later Feb 16, 2018


Hora de mais um episódio especial. Hoje, temos para vós a bela troca de ideias entre Ricardo Araújo Pereira e o cronista brasileiro António Prata. Isto, claro, com a promessa de que, na próxima semana, regressamos às entrevistas - e que entrevistas! (Desculpem, mas temos andado ocupados a preparar-vos umas surpresas daquelas.) Algures neste episódio, revelamos o próximo convidado, portanto ouçam tudinho com atenção. 

Até tenho amigos que são
Episódio bónus, não numerado

Até tenho amigos que são

Play Episode Listen Later Dec 27, 2017


Hoje, como não há episódio normal, há um bónus, um extra do Patreon do final de Novembro de 2016, com perguntas dos patronos ao Pedro Santo, A Voz de uma Geração™. Por isso, tem um som pior do que o dos últimos tempos. Algures ao início há um corte porque por alguma razão o cartão […]

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #421 DESindicações! O que nós lemos, jogamos e assistimos e NÃO RECOMENDAMOS pra vocês!

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Jun 30, 2017 212:50


Salve nerdaiada maldita… No pod de hoje os intrépidos MdMs Hell, Change, Nerd Reverso, Lojinha, Catena, Algures e Maximus recebem os MdMs honorários Adriana Melo, Marcio Fiorito e Fernando Caruso para falarmos sobre HQs, filmes, séries e jogos que vimos recentemente e NÃO INDICAMOS pra vocês, em mais de 4 horas de muita cagação de … The post Podcast MdM #421 DESindicações! O que nós lemos, jogamos e assistimos e NÃO RECOMENDAMOS pra vocês! appeared first on Melhores do Mundo.

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Play Episode Listen Later Jun 30, 2017 212:50


Salve nerdaiada maldita… No pod de hoje os intrépidos MdMs Hell, Change, Nerd Reverso, Lojinha, Catena, Algures e Maximus recebem os MdMs honorários Adriana Melo, Marcio Fiorito e Fernando Caruso para falarmos sobre HQs, filmes, séries e jogos que vimos recentemente e NÃO INDICAMOS pra vocês, em mais de 4 horas de muita cagação de … The post Podcast MdM #421 DESindicações! O que nós lemos, jogamos e assistimos e NÃO RECOMENDAMOS pra vocês! appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #400: o pod científico da evolução na vida real e na ficção!

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Mar 24, 2017 132:02


No podcast de hoje Hell, Lojinha, Algures, Triplo e Catena recebem Fernando Caruso e Pirula para falarem sobre a origem da vida! Social Comentados nesse Podcast: – Catarse Wander e Augúria – Apoia.se do Leo Finocchi – Catarse Trajes Fatais – Workshops de Anatomia Heróica e Narrativa Visual no Dínamo Estúdio AMANHÃ com Rodney Buchemi … The post Podcast MdM #400: o pod científico da evolução na vida real e na ficção! appeared first on Melhores do Mundo.

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Podcast MdM #400: o pod científico da evolução na vida real e na ficção!

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Mar 24, 2017 132:02


No podcast de hoje Hell, Lojinha, Algures, Triplo e Catena recebem Fernando Caruso e Pirula para falarem sobre a origem da vida! Social Comentados nesse Podcast: – Catarse Wander e Augúria – Apoia.se do Leo Finocchi – Catarse Trajes Fatais – Workshops de Anatomia Heróica e Narrativa Visual no Dínamo Estúdio AMANHÃ com Rodney Buchemi … The post Podcast MdM #400: o pod científico da evolução na vida real e na ficção! appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #403: o último podcast do MdM antes do fim do mundo!

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Feb 17, 2017 124:56


No podcast de hoje Hell, Maximus, Algures, Lojinha e Nasic vão fazer uma homenagem ao meteoro falando sobre o FIM DO MUNDO! Social Comentados nesse Podcast: Catarse Wander & Angúria Cassandra e o seu Pijama Espacial PROMOÇÃO! Comissions do Hell – Luciano Abrahão: lucianoabras@gmail.com.br Frank – O Garoto-Refeição Encontros de leitores do MdM – Vale … The post Podcast MdM #403: o último podcast do MdM antes do fim do mundo! appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #403: o último podcast do MdM antes do fim do mundo!

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Play Episode Listen Later Feb 17, 2017 124:56


No podcast de hoje Hell, Maximus, Algures, Lojinha e Nasic vão fazer uma homenagem ao meteoro falando sobre o FIM DO MUNDO! Social Comentados nesse Podcast: Catarse Wander & Angúria Cassandra e o seu Pijama Espacial PROMOÇÃO! Comissions do Hell – Luciano Abrahão: lucianoabras@gmail.com.br Frank – O Garoto-Refeição Encontros de leitores do MdM – Vale … The post Podcast MdM #403: o último podcast do MdM antes do fim do mundo! appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #401 Mas por que diabos continuamos fazendo essas merdas???

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Feb 3, 2017 147:50


Aí nerds amaldiçoados… O MdM retorna a sua numeração regular pra falarmos sobre coisas que são uma merda mas continuamos fazendo ou acompanhando… Tipo séries de TV, HQs merdas, tempo perdido com vídeos bostas no Youtube e coisas do tipo. Venha com os intrépidos MdMs Change, Hell, Nerd Reverso, Algures, Poderoso Porco, Macatena e nosso … The post Podcast MdM #401 Mas por que diabos continuamos fazendo essas merdas??? appeared first on Melhores do Mundo.

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Podcast MdM #401 Mas por que diabos continuamos fazendo essas merdas???

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Feb 3, 2017 147:50


Aí nerds amaldiçoados… O MdM retorna a sua numeração regular pra falarmos sobre coisas que são uma merda mas continuamos fazendo ou acompanhando… Tipo séries de TV, HQs merdas, tempo perdido com vídeos bostas no Youtube e coisas do tipo. Venha com os intrépidos MdMs Change, Hell, Nerd Reverso, Algures, Poderoso Porco, Macatena e nosso … The post Podcast MdM #401 Mas por que diabos continuamos fazendo essas merdas??? appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #398 Os filmes de 2017 que vamos ver e os que vamos cagar pra eles!

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Jan 13, 2017 170:33


Salve nerdaiada maldita… No podcast de hoje os intrépidos MdMs Hell, Maximus, Poderoso Porco, Algures, Lojinha, Nasic e o Change (por alguns momentos) falam sobre a caralhada de filmes nerds que estão programados pra 2017, e quais são as nossas expectativas para com eles… Social Comentado no podcast: Podcast do Em Outro Castelo sobre melhores … The post Podcast MdM #398 Os filmes de 2017 que vamos ver e os que vamos cagar pra eles! appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #398 Os filmes de 2017 que vamos ver e os que vamos cagar pra eles!

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Jan 13, 2017 170:33


Salve nerdaiada maldita… No podcast de hoje os intrépidos MdMs Hell, Maximus, Poderoso Porco, Algures, Lojinha, Nasic e o Change (por alguns momentos) falam sobre a caralhada de filmes nerds que estão programados pra 2017, e quais são as nossas expectativas para com eles… Social Comentado no podcast: Podcast do Em Outro Castelo sobre melhores … The post Podcast MdM #398 Os filmes de 2017 que vamos ver e os que vamos cagar pra eles! appeared first on Melhores do Mundo.

Argcast
ArgCast #170 – Retrospectiva 1986

Argcast

Play Episode Listen Later Dec 21, 2016 93:03


E o fim de ano chegou! Junto com ele, as  esperadas retrospectivas! Mas somos o ArgCast, e se não falarmos de "velhacaria" certamente não é um episódio do Arg. POR EEEEEESSOO, segue aí a RETROSPECTIVA 2016 1986. E não se trata de um ano qualquer, e sim um dos anos mais importantes na história dos quadrinhos. Relembre com (o rouco) Daniel HDR, Rogério DeSouza, Ivo "Hell" Kleber, Marcos Dark, Andy Nakamura e Rafael "Algures" Rodrigues o surgimento de WATCHMEN,  CAVALEIRO DAS TREVAS, o nascimento da DARK HORSE PRESS, GUERRAS SECRETAS, CRISE NAS INFINITAS TERRAS, entre tantas outras coisas boas (e outras não) que definiram a produção da cultura pop! 1986 - o ano que parece que vivemos até hoje!   E ainda: - Saiba o que o vocalista dos Pet Shop Boys e o Homem-Aranha tem em comum; - Porque os anos 1980 capacitaram a maioria dos arrombadores de cofres em atividade; - Antigas bancas de revistas podem virar depósitos de bebida; - TV Globinho tirava o sono de muita gente em 1986; - Talvez você seja um "noveleiro" enrustido; E os links? Faz assim: Tão entre a Playboy e a Superinteressante, na segunda prateleira ali na imagem abaixo. Ouça no Player, ou baixe pelo clicando na imagem abaixo (na prateleira dos clicletes) ou no nosso profile no SOUNDCLOUD.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #395 – A roda de conversa da festa de fim de ano do MdM

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Dec 16, 2016 164:10


Salve nerdaiada maldita! No podcast de hoje os intrépidos MdMs Hell, Magnânimo Ultra, Algures, Maximus, Macatena, Nasic, Tango e Lojinha se reúnem nesse quase fim de ano pra falar sobre… ABSOLUTAMENTE NADA! Num climão de festa da firma de fim de ano simplesmente batemos um papo com o “Tema do Podcast” no shuffle, cagando regra … The post Podcast MdM #395 – A roda de conversa da festa de fim de ano do MdM appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #395 – A roda de conversa da festa de fim de ano do MdM

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Dec 16, 2016 164:10


Salve nerdaiada maldita! No podcast de hoje os intrépidos MdMs Hell, Magnânimo Ultra, Algures, Maximus, Macatena, Nasic, Tango e Lojinha se reúnem nesse quase fim de ano pra falar sobre… ABSOLUTAMENTE NADA! Num climão de festa da firma de fim de ano simplesmente batemos um papo com o “Tema do Podcast” no shuffle, cagando regra … The post Podcast MdM #395 – A roda de conversa da festa de fim de ano do MdM appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Bate-Papo MdM: Crossover séries do CW - Invasão

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Dec 6, 2016 73:02


Salve nerdaiada amaldiçoada… No bate papo de hoje os únicos Mdms que ainda assistem as séries do CW, Hell, Ultra, Algures e Nasic conversam sobre a iniciativa de se produzir um megacrossover entre todas as séries superheroizísticas dos heróis da DC (Supergirl, Flash, Arrow e Legends of Tomorrow) adaptando a saga das HQs, Invasão, para … The post Bate-Papo MdM: Crossover séries do CW – Invasão appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Bate-Papo MdM: Crossover séries do CW - Invasão

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Dec 6, 2016 73:02


Salve nerdaiada amaldiçoada… No bate papo de hoje os únicos Mdms que ainda assistem as séries do CW, Hell, Ultra, Algures e Nasic conversam sobre a iniciativa de se produzir um megacrossover entre todas as séries superheroizísticas dos heróis da DC (Supergirl, Flash, Arrow e Legends of Tomorrow) adaptando a saga das HQs, Invasão, para … The post Bate-Papo MdM: Crossover séries do CW – Invasão appeared first on Melhores do Mundo.

Argcast
ArgCast #169 – Heróis em Ação & SUPERAMIGOS

Argcast

Play Episode Listen Later Nov 30, 2016 100:15


E nós VOLTAMOS! :..) Sim, o ARGCAST voltou, depois de um longo inverno! Daniel HDR, Rogério DeSouza, Andy Nakamura, Ivo "Hell" Kleber e Rafael "Algures" Rodrigues, relembram de uma das primeiras revistas de mixes da DC Comics na Editora Abril... e que ainda se transformou em outra igualmente saudosa! Relembre neste episódio a revista HERÓIS EM AÇÃO, que depois virou a inesquecível SUPERAMIGOS. As adaptações malucas dos anos 1980, o surgimento de Crise nas Infinitas Terras, o polêmico chupão do Monstro do Pântano em Abigail Arcane, o filme pornô de Superman com Big Barda, ou seja, algo muito leve pra molecada dos anos 1980.   E ainda: - Se você sabe os horrores que Gengis Khan fez, saiba que a culpa é do Superboy; - Saiba que o Homem-Animal já tirou a Mulher Maravilha para burra; - Robin ja conseguiu destruir uma bomba com um Cachorro Quente; - Como a inflação consegue deixar uma revista com o dobro do preço em apenas um ano; - Cleusa, te amamos! E os links? Cara... tâmos em meio a CCXP! Tu acha que deu tempo pra postar todos links aqui? Pergunta pro Senhor Milagre! Ouça no Player, ou baixe pelo clicando nona imagem abaixo ou no nosso profile no SOUNDCLOUD. Escute nos players abaixo:

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #387: Cagando Reg... Filosofando sobre os futuros do cinema...

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Oct 22, 2016 139:41


Salve nerdaiada amardiçoada, vencemos os hackers e conseguimos lançar o podcast… No episódio de hoje os intrépidos e filosóficos MdMs Hell, Algures e Maximus, e também os quase calados Lojinha e Nasic, aproveitam os tempos bicudos com a “PEC do Fim do Mundo”, a Rússia dizendo que a 3ª Guerra Mundial já começou, a possível … The post Podcast MdM #387: Cagando Reg… Filosofando sobre os futuros do cinema… appeared first on Melhores do Mundo.

Podcast MdM – Melhores do Mundo
Podcast MdM #387: Cagando Reg... Filosofando sobre os futuros do cinema...

Podcast MdM – Melhores do Mundo

Play Episode Listen Later Oct 22, 2016 139:41


Salve nerdaiada amardiçoada, vencemos os hackers e conseguimos lançar o podcast… No episódio de hoje os intrépidos e filosóficos MdMs Hell, Algures e Maximus, e também os quase calados Lojinha e Nasic, aproveitam os tempos bicudos com a “PEC do Fim do Mundo”, a Rússia dizendo que a 3ª Guerra Mundial já começou, a possível … The post Podcast MdM #387: Cagando Reg… Filosofando sobre os futuros do cinema… appeared first on Melhores do Mundo.

Filosofia Pop
#027 – Quadrinhos e Filosofia, com Rafael Rodrigues – Filosofia Pop

Filosofia Pop

Play Episode Listen Later May 30, 2016 94:19


Murilo Ferraz e Marcos Carvalho Lopes recebem Rafael Rodrigues, também conhecido como Algures do MDM, para falar sobre Quadrinhos e Filosofia. No dia 2 de maio de 2016 o podcast Filosofia Pop completa 1 ano de existência! Para comemorar esta… Leia mais →#027 – Quadrinhos e Filosofia, com Rafael Rodrigues – Filosofia Pop was first posted on maio 30, 2016 at 5:30 am.©2019 "Filosofia Pop". Use of this feed is for personal non-commercial use only. If you are not reading this article in your feed reader, then the site is guilty of copyright infringement. Please contact me at marcosclopes@gmail.com

Filosofia Pop
#006 – Sócrates, com Rafael Rodrigues – Filosofia Pop

Filosofia Pop

Play Episode Listen Later Jul 12, 2015 65:51


Murilo Ferraz e Marcos Carvalho Lopes recebem Rafael Rodrigues, também conhecido como Algures do MDM, para falar sobre a vida de Sócrates. Descubra se Sócrates sabia ler, qual a contribuição dele para o mundo e quem é o Sócrates da música.… Leia mais →#006 – Sócrates, com Rafael Rodrigues – Filosofia Pop was first posted on julho 13, 2015 at 12:01 am.©2019 "Filosofia Pop". Use of this feed is for personal non-commercial use only. If you are not reading this article in your feed reader, then the site is guilty of copyright infringement. Please contact me at marcosclopes@gmail.com

Cinecast
Cinecast Pipoca 16 | Interestelar

Cinecast

Play Episode Listen Later Nov 26, 2014 67:52


Salve galera! Bem-vindos ao Cinecast Pipoca. No programa de hoje , Bruno Gunter, Harald Stricker, Algures (mdm) e Leonardo Carnelos falam sobre suas impressões acerca de Interestelar! Vc tem algum episódio do Cinecast que não está no nosso FEED? Nos envie por favor. Lista de Episódios Perdidos do Cinecast: bit.ly/cinecast

Bem Amiches
Bem Amiches #53 – Kubanacan

Bem Amiches

Play Episode Listen Later Oct 23, 2014 68:53


Bem amiiiiiiches das interwebs, sejam bem vindos a mais um podcast que é pai dele mesmo. E isso só seria possível usando muita viagem no tempo, drogas,  personagens sem camiseta e plot twists. A parada é tão séria que foi com  Kubanacan que o sr Hideo Kojima começou a kojimar em Metal Gear Solid. Evandro Loco, Cgui, Sir Vinnie e os camaradas Matusa (Caralhinhos Voadores) e Algures (Melhores do Mundo, coluna Sarjeta do Terror no site da Dinamo e Tesla HQ) tentam entender (depois de muitos “se eu não me engano“, “essa tal de“, “eu acho“) a puta zona que é essa merda dessa história. DIVIRTAM-SE! http://www.superamiches.com/bem-amiches-53-kubanacan/

series terror mundo cinema bem musica metal gear solid melhores kojima quadrinhos hideo dinamo kubanacan algures matusa superamiches sir vinnie caralhinhos voadores bem amiches cgui amiches
Argcast
ArgCast #121 – Multiverso ComicCon 2013 – Parte 2

Argcast

Play Episode Listen Later Jul 21, 2013 90:27


E na segunda parte e ultima parte da jornada de entrevistas realizadas pelo ARGCAST na 3a edição do evento MULTIVERSO COMIC CON, realizado em Porto Alegre (RS) nos dias 22 e 23 de Junho de 2013, Fabiano "Prof.Nerd"Silveira, Daniel HDR, Ana Recalde, Vagner Abreu, com participação de Carla Umbria e do quase argonauta, o uareviano/mdmista Rafael "Algures" Rodrigues, entrevistaram: 00:00 = Leonel Caldela 14:36 = Renato Canini e Fernando Ventura 28:00 = Fabio Yabu 39:30 = Eduardo Damasceno 47:35 = Evandro Loco (MRZI) e Guilherme "Moe"(Baile dos Enxutos); 55:40 = Eduardo Spohr 68:08 = Marcelo Frusin 79:13 = Encerramento 86:14 = Erros (e entendam o poder da decupagem) E NÃO PERCA O RASTRO DO ARGCAST na INTERNET! SIGA-NOS no TWITTER: @cursodehq CURTA NOSSA PÁGINA no FACEBOOK

Argcast
ArgCast #120 – Multiverso ComicCon 2013 – Parte 1

Argcast

Play Episode Listen Later Jul 14, 2013 93:09


E o ARGCAST esteve na edição 2013 do evento MULTIVERSO COMIC CON, que ocorreu dias 22 e 23 de Junho, em Porto Alegre (Rio Grande do Sul). Fabiano Prof.Nerd Silveira, Daniel HDR, Ana Recalde, Vagner Abreu, juntamente com Rafael "Algures" Rodrigues e Carla Umbria realizaram 16 entrevistas, que certamente não caberiam em um único episódio do ARGCAST! Então, resolvemos dividir esse material produzido no evento em DOIS EPISÓDIOS especiais. Você confere aqui a parte 1, onde entrevistamos: 00:00 = Cris Peter (O uso das cores - Projeto de Cris Peter) e Paola Pieretti 14:07 = Jheremy Raapack 24:58 = José Aguiar 38:32 = Sidney Gusman 61:22 = Vitor e Lu Cafaggi 77:23 = Edh Müller E NÃO PERCA O RASTRO DO ARGCAST na INTERNET! SIGA-NOS no TWITTER: @cursodehq CURTA NOSSA PÁGINA no FACEBOOK

Argcast
ArgCast #106 – Stan Lee: 90 anos safados

Argcast

Play Episode Listen Later Dec 9, 2012 60:10


Neste episódio, Fabiano "Prof. Nerd" Silveira, Daniel HDR, Rogério DeSouza e Rafael "Algures" Rodrigues (MDM & Uarevaaa) comentam sobre os 90 anos safados que o mítico STAN "THE MAN" LEE completa neste mês de Dezembro! Um retrospecto de seu histórico profissional, como jovem editor na Timely Comics, seus tempos de roteirista na Atlas Comics, passando a elaborar o que todos conheceriam como Marvel Comics. Porém, a Marvel não surgira sozinha: este episódio mais do que nunca procura não esquecer quem ajudou à construir o Universo Marvel: conheça mais sobre as parcerias de Stan Lee com JACK KIRBY, STEVE DITKO, JOHN BUSCEMA, JOHN ROMITA Sr., DON HECK e tantos outros que foram co-criadores dos celebrados personagens que os leigos teimam em creditar somente à Mr. Lieber.  Links Relacionados: O pequenino Stanley Martin Lieber; Stan Lee em serviço militar, e já como jovem editor na Timely Comics, nos anos 1940; A dupla Joe Simon e Jack Kirby desenvolvendo Captain America; Fighting America, criado por Simon e Kirby ao sairem da Timely; Destroyer, primeiro personagem de Lee nos comics; Lee, nos anos 1950; Lee e Kirby em Happy Hour (provavelmente da Atlas Comics) nos anos 1950; Strange Tales, uma das revistas Terror/Ficção da Atlas (ex-Timely) anos 1950; Lee cria a linha editorial da Marvel Comics; O Surfista Prateado nos traços de Jack Kirby e John Buscema; John Buscema e Stan Lee na vídeoaula "HOW TO DRAW COMICS IN MARVEL WAY"; O verdadeiro Peter Parker, Steve Ditko (no colegial, em 1944); Versão inicial de Jack Kirby para Spider-Man; Flo Steinberg, secretaria de Lee, paixão secreta de Steve Ditko; Betty Brant, secretaria de J.J.Jameson em Spider-Man, igual a Flo; Desabafo gráfico feito por Ditko sobre o não credito na criação de Spider-Man; "In Search Of Steve Ditko": ótimo documentário sobre o recluso co-criador do Aranha; Stan Lee e John Romita Sr. trabalhando nos anos 1960 e  nos dias de hoje; Stan Lee vira o "garoto propaganda" da Marvel; Dá-lhe pílula azul: Stan Lee e Adrianne Curry de Slave Leia; ArgCast #71 - A Era de Ouro; Este episódio é a Parte 1 de um crossover especial com os praças do website Melhores Do Mundo, e parte de um grande PodCast Mob idealizado pelo Quadrim, onde os amigos do EnxutoCast , ComicPod , Inominata 616, Podcast MDM , Mutação em Debate , Ovos Zumbis , Paranerdia , Pipoca & Nanquim , Quadrimcast , Transmissão Fantasma , Uarevaa também farão podcasts sobre co-criações e trabalhos desta Lenda Viva dos comics! E NÃO PERCA O RASTRO DO ARGCAST na INTERNET! SIGA-NOS no TWITTER: @cursodehq ou @Argcast CURTA NOSSA PÁGINA no FACEBOOK Baixe AQUI o Episódio 106, ou escute no nosso player abaixo!

Argcast
ArgCast #95 – Multiverso Comic Con 2012

Argcast

Play Episode Listen Later Jul 11, 2012 85:29


O ArgCast marca presença na segunda edição do Multiverso Comic Con 2012, e nesta segunda edição, que contou com apoio do Dinamo Studio! Daniel HDR, Fabiano "Prof Nerd" Silveira e Vagnerd Abreu, com ajuda dos amigos podcasters Felipe Morcelli (Terra Zero/ComicPod) e Rafael "Algures" Rodrigues (Uarevaaa/MDM), realizaram várias entrevistas com alguns dos diversos convidados do evento. Você vai conferir neste episódio entrevistas com a colorista Cris Peter, os quadrinhistas Renato Guedes e Eduardo Risso, os escritores J.M. Trevisan, Leonel Caldela e Tiago "Coisinha Verde"Junges, além do editor da Mythos/Panini Levi Trindade. Confira também as entrevistas feitas pelos colegas do Terra Zero e MDM que tiveram participação do ArgCast! E não deixe de conferir a Promoção ArgCast + STAEDTLER: CRIE O DUENDE SURTADO, o mais louco vilão do HOMEM-ARANHA! Baixe AQUI o Episódio 95, ou escute no nosso player abaixo!