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Na manhã em que Gustavo Santos voltou ao Extremamente Desagradável e as bilheteiras para o "Anda, Paula" no Coliseu dos Recreios abriram oficialmente, a Inês revela que, pela primeira vez, será madrinha da marcha popular do seu bairro.
Esta semana Plutónio atua na primeira de duas datas esgotadas na maior arena do país. No início do mês Van Zee esgotou o Coliseu dos Recreios, o mesmo palco que Bispo vai pisar em março por duas vezes, ambas as sessões esgotadas. Salvador Martinha esgotou por duas vezes o Campo Pequeno em janeiro. Este mês Fernando Rocha leva o Pi100Pé ao Pavilhão Rosa Mota, esgotado. Em maio Carlos Coutinho Vilhena apresenta um novo espetáculo no Campo Pequeno em três diferentes datas, duas já esgotadas. Entre o hip hop e a comédia, estes são apenas alguns dos eventos culturais que têm enchido as grandes arenas do país. A comédia também já vai conseguindo chegar à maior de todas, onde Joana Marques, em 2024, esgotou duas datas, tal como Slow J e Richie Campbell já o tinham feito. Gustavo Carvalho recebe no Humor À Primeira Vista Alexandre Guimarães, locutor das Manhãs da Antena 3 e autor dos podcasts "Imperfeita Repetição" e ".wav", para tentarem perceber como é que o hip hop e a comédia, há uns anos renegados, se tornaram dois dos grandes fenómenos culturais que mais facilmente atraem público e vendem bilhetes.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Já era conhecido em Beja, mas foi no The Voice que encantou todos com o seu cante alentejano. A caminho do Coliseu dos Recreios, Luís Trigacheiro prepara uma viagem única pela saudade e portugalidade.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Por uma vez, e contrariando o Bowie, podíamos deixar de ser heróis, ou, pelo menos, de representar a realidade de forma anã para nos fazer sobressair. Contudo, às vezes parece ser esta que se encolhe ou retira, que se esquiva das nossas representações. Neste consumo constante de lendas pessoais, de fanfarronadas e galhardias histriónicas, estamos a perder todo o tesão por esse ideal de vivermos embrulhados uns com outros. "O coração é uma arte difícil", assinalava algures José Amaro Dionísio, adiantando que, tirando essa proximidade conquistada a palmo, "tudo o resto é a crédito". Em tempos, no alfabeto que compôs para a nossa dor comum, ele vincava como "solidão é uma palavra obscena"... "É mesmo a única palavra irremediavelmente obscena de que já ouvi falar. Cheira a atropelos, pudor, colhões, e tenho medo." Este medo vive por estes dias embriagado, numa exuberância ridícula, fazendo um espectáculo de si mesmo. É uma forma de disenteria, e se antes as pessoas estavam sempre a morrer disso, hoje cagam-se até morrer exibindo-o como podem, alguns maçando meio mundo, outros em publicações nas redes sociais. Mirando à volta, qualquer uma dessas manifestações exprimem um estado de dependência, e seria realmente muito extraordinário se dos milhares de emissões que concorrem entre si na esfera virtual resultasse uma harmonia perfeita. Seria espantoso se de tudo isso resultasse uma satisfação qualquer, em vez de ser um modo de cada um se individuar enquanto protagonista de uma telenovela pindérica, quando não se preparou para mais do que fazer trabalhos ocasionais como figurante. Mas continuamos nisto, e com todos estes heroísmos patéticos estamos a dar cabo numa só época do prestígio que a raça foi constituindo para si no cultivo dessas fabulosas injúrias contra nós mesmos. Valeria Luiselli, numa das páginas do seu "Deserto Sonoro", confessa que não tem um diário, que os seus diários são as coisas que sublinha nos livros de outros. "Jamais emprestaria um livro a quem quer que fosse depois de o ler. Sublinho demasiado, às vezes páginas inteiras, às vezes duplamente." Estamos necessitados de gente que viva as suas vidas como um imenso plágio, lendo em voz alta, até ganhar uma tal naturalidade que quem quer que viesse para um debate sem um bom argumento ensaiado ao espelho ou em frente ao gato, aos catos, horrizando a vizinhança, fosse apupado até desaparecer de cena. Por uma vez que deixássemos de ter de aturar esses improvisos tacanhos e simplórios, toda essa gaguez e pigarreio, todo esse visco dos lugares-comuns que andam por aí sempre requentados. Este ajustamento permanente a modas passageiras e aos significantes das redes sociais lembra o aviso de Hannah Arendt: "Os clichés, as frases feitas, a adesão a códigos estereotipados e convencionais de expressão e comportamento têm a função socialmente reconhecida de nos proteger da realidade, ou seja, da exigência de atenção que todos os acontecimentos e factos, pela simples razão de existirem, apresentam ao nosso pensamento." Estamos a apagar o mundo com esses solilóquios desgraçados, com essa exibição constante nesta feira de aberrações fastidiantes. Melhor seria dar expressão ao assombro expansivo de um leitor, montando um guião a partir dos materiais mais diversos, tudo mastigado, esse resplendor efémero das coisas que provocaram em nós uma rara emoção, cada frase revista mil vezes, boa parte delas memorizadas, transcritas para todo o lado. Num tempo em que o decoro deu lugar aos derrames e eflúvios mais desgastantes, a espontaneidade deve despontar de um trabalho minucioso, colossal. O elemento essencial que eleva um palco é a exigência de quem quer que esteja a assistir. Não existe teatro sem esse elemento cruel, essa possibilidade de se ser arrasado ao representar uma cena. Devíamos realmente fazer do mundo um palco, em vez desta odiosa sala de espera, este pardieiro onde permanecemos sentados enquanto o nosso rabo incha a caminho da meia-idade, e depois dessa outra onde já nem falamos de outra coisa. E todas estas zonas e regimes da cultura assentam no princípio da inércia. Luiselli diz-nos que também frequentou a universidade, ainda que por pouco tempo. Perdeu a paciência para os professores com a sua "linguagem alimentada a anfetaminas, críptica, rizomática e absolutamente cheia de si". Vivemos enredados entre a selvajaria e estas zonas onde a sofisticação intelectual significa sempre alguma forma de compromisso com vista a neutralizar toda a acção transformadora. Talvez se soubéssemos de cor as palavras que realmente gostaríamos de dizer, e a vida mais não fosse do que buscar a ocasião propícia a cada cena, talvez então não fosse tudo tão inócuo. Neste episódio, Mariana Pinho, entre as aulas de História numa escola no Monte da Caparica, as raves de música electrónica no meio de bosques com bruxaria de ordem química à mistura, e teses sobre a vida das plantas, as florestas e o diabo a sete, veio falar connosco sobre este tempo congelado em que vivemos, e os laços que ainda são possíveis em termos afectivos e solidários, modos de organização colectiva experimental que possam permitir-nos emergir dos destroços em que vivemos imersos.
A cultura Mandjuandadi com Patche Di Rima ocuparam o Coliseu dos Recreios e apresentaram o melhor da Guiné-Bissau num espectáculo que agitou a capital portuguesa. Mandjuandadi é uma das culturas mais emblemáticas da Guiné-Bissau e são as mulheres que assumem o papel central. Na mítica sala de espectáculos lisboeta, Patche Di Rima esteve ao leme de um barco que, com o apoio do projecto Marimba, juntou no cartaz nomes como Eneida Marta, Iva & Ichi, Ammy Injai, Memu Sunhu, Mamba Negra, Rei Helder, Big Carlos, Andoé Nanque, El Matchonis, Netos di Bandim e Jery Bidan.Marimba é um projecto inédito, que resulta da candidatura ao PROCULTURA, programa financiado pela União Europeia e Instituto Camões, que procura a valorização internacional da produção musical em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste.O espectáculo deste sábado, 12 de Outubro, em Lisboa, representa apenas uma das faces de uma iniciativa sem precedentes pelo conhecimento, consolidação e divulgação da cultura dos países lusófonos.A RFI falou com a gestora do Procultura, Mercedes Pinto, e com o músico guineense Patche Di Rima, que nos ajudam a perceber o que é o projecto Marimba, fazendo duras críticas aos políticos guineenses e começando por nos explicar o que é a Mandjuandadi da Guiné-Bissau.
Numa semana de entregas de prémios, não só no Coliseu dos Recreios, como também num polo de uma multinacional em Guimarães, está na hora de entregar mais uma estatueta para uma nova categoria. | músicas: Joana Raquel - Tanto ar | Louve - BRÛLE | Being Dead - Firefighters | The Smile - Tiptoe | | novo jingle : Lough Errill by https://app.sessions.blue/browse/track/222801 Blue Dot Sessions | | Obrigado aos patronos: @teixeirasilvaa | @o_joseglopes | @_joaomsilva_ | @eduardo_andre_silva | João Ferreira | | O HABITAT NATURAL DA MÚSICA: | SPOTIFY: https://open.spotify.com/show/6bnGj0gzycHyLXXRhR3LRC?si=38feceb76b1948c8 | | APPLE PODCASTS: https://podcasts.apple.com/ca/podcast/o-habitat-natural-da-m%C3%BAsica/id1598561980 | | PERSONAS: | SPOTIFY: https://open.spotify.com/show/7uGCHJj3mcZgo3BC4E98LS?si=sDpCDH6bRRWPurFyKeKAyQ&dl_branch=1&nd=1 | | APPLE PODCASTS: https://podcasts.apple.com/us/podcast/personas/id1587488000 | | PRÉ_CONCEITO: | SPOTIFY: https://open.spotify.com/show/7G0FdzIPuzahmk22NnQxAe?si=HYBEdZASSeWtm27eAEZtFg&nd=1 | | APPLE PODCASTS: https://podcasts.apple.com/pt/podcast/pr%C3%A9-conceito/id1527672333 | | VINTE e SEIS: | SPOTIFY: https://open.spotify.com/show/2BX3uYVrBlEetAs4MCkaSW?si=pz2kuv8uRbi9bPf8mQ3X_g&nd=1 | | APPLE PODCASTS: https://podcasts.apple.com/us/podcast/vinte-e-seis/id1479865138 | | FRACTURA EXPOSTA: | SPOTIFY: https://open.spotify.com/show/6TDwOuybTArgNKhB42cs0j?si=msGtCN17T3iD8yG4WkzPyw&nd=1 | | APPLE PODCASTS: https://podcasts.apple.com/pt/podcast/fractura-exposta/id1539978398 | | Torna-te patrono em: https://www.patreon.com/oPutoDeBarba |
Dar Voz a esQrever: Pluralidade, Diversidade e Inclusão LGBTI
O CENTÉSIMO NONAGÉSIMO SEXTO episódio do Podcast Dar Voz A esQrever
A 29 de março de 1974, o Coliseu dos Recreios encheu-se para assistir ao primeiro encontro da canção portuguesa. Estavam anunciados nomes como Carlos Paredes, Adriano Correia de Oliveira, Fernando Tordo e José Afonso, quase todos eles com músicas proibidas pela censura. No final, entoaram em conjunto “Grândola vila morena”, música de Zeca Afonso editada em 1971 e que escapou milagrosamente à censura. Dias depois, esta seria uma das senhas do 25 de Abril. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Hoje falo sobre mortalidade e sobre se deve ser a escola a proibir o uso de telemóveis nos recreios.
No Salón de Embajadores, uma sala dourada da Casa de América, no centro de Madri, gente de toda parte tem se reúne para apreciar concertos musicais em português. O projeto Rua das Pretas, idealizado pelo cantor e compositor brasileiro Pierre Aderne, conquistou um lugar cativo na cena cultural da capital espanhola. Ana Beatriz Farias, correspondente da RFI em MadriOs shows, que começaram em fevereiro e vão até o início de abril, fazem parte de uma residência artística que o grupo está vivenciando na cidade e revelam ao público, entre histórias e canções, o DNA do Rua das Pretas, nasceu na sala da casa de Pierre Aderne, em Lisboa, Portugal, há 12 anos.O que inicialmente era um encontro íntimo e caseiro entre artistas de diferentes nacionalidades, hoje ganha os palcos internacionais levando a música brasileira mundo afora – mas não só ela, como conta Pierre, um fiel defensor do encontro entre os estilos musicais em língua portuguesa.“A gente passou demasiado tempo colocando a bandeira à frente da língua quando a música era cantada em português”, pontua o artista, que também é autor do filme “MPB – Música Portuguesa Brasileira: uma conversa musical entre Portugal, Brasil e Cabo Verde”.Para Pierre, a vida em Lisboa, onde se dedica a promover encontros de artistas lusófonos, trouxe de volta a união dos países que fazem música em português. “E eu estive no meio disso tudo. Com as minhas passagens pelos estados do Brasil, pelos artistas que eu conheci, pelos compositores que me ajudaram a trilhar um caminho como compositor. Pelas outras culturas que eu provoquei, fui provocado. Acho que é uma colcha de retalhos”, descreve.Segundo ele, essa trilha — que gera uma rede composta por cada experiência compartilhada e por cada ideia trocada —, não é, nem de longe, milimetricamente calculada. O que há é menos estratégia e mais intuição: “não é pensado, as coisas vão surgindo à flor da pele”.Metamorfose contínuaUma das características mais marcantes do “Rua das Pretas” é a constante transformação da composição do grupo. Entre os residentes, que se revezam na condução da festa, e os muitos convidados que já estiveram nesta “sala de casa” itinerante, mais de 200 artistas do mundo lusófono passaram pelo Rua das Pretas. Nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, José Eduardo Agualusa e Valter Hugo Mãe estão nesta lista.O percurso que o projeto tem traçado em Madri não foge à regra. A cada encontro, novos convidados sobem ao palco para acrescentar os seus próprios tons ao espetáculo. Num dos shows desta temporada espanhola, a cantora Valéria Lobão teve a oportunidade de cantar, pela primeira vez ao vivo, uma canção que já tinha gravado: “No coração de Mariana”. A faixa tem letra de Pierre Aderne e música de Carlos Fuchs e foi composta em homenagem a Ian Guest, mestre húngaro de diversos artistas brasileiros.Entre histórias e cançõesNo palco, ao perguntar a Valéria com qual música ela queria iniciar sua participação no show, Pierre brincou dizendo que “o repertório é espiritual” e escutou da artista como resposta: “por falar em espiritual, podíamos fazer primeiro aquela música incrível, que você fez depois de uma inspiração”.O anfitrião começou, então, a contar sua história com Ian Guest, que se iniciou ainda na infância – quando este frequentava reuniões de um grupo de teatro da família de Pierre – e culminou numa música escrita como ode a Ian. “Ano passado, eu tive a sensação de perceber a presença do Ian Guest e fiquei a noite inteira pensando nele. Tive a certeza, naquela noite, de que se ele não fosse a Lisboa, eu iria a Tiradentes encontrá-lo”, introduziu Pierre.Ele seguiu relatando que, na ocasião, escreveu uma letra pensando em Ian Guest e, na manhã seguinte, ligou para o parceiro musical Nilson Dourado para contar que queria convidar Ian para o Rua das Pretas e estar perto deles. “E o Nilson disse assim para mim: ‘eu acabei de receber a notícia de que ele faleceu esta noite'”, continuou Pierre Aderne, anunciando na sequência que Valéria Lobão cantaria a música composta na madrugada em questão.Viver esse improviso banhou Valéria de emoção: “Toda a história foi muito emocionante. Eu acho que a plateia também acabou se contagiando. Pela história e pela música, né? A história do Ian e essa música tão bonita do Pierre com o Carlos Fuchs”.Conexão Brasil-Portugal-EspanhaQuem também tem o rosto estampado no álbum de fotografias da residência artística do Rua das Pretas em Madri e já acumula suas próprias histórias com o grupo, é a cantora Maia Balduz. Ela é portuguesa e, depois de fazer várias participações nos shows do grupo, se tornou residente do projeto.Quanto à estrada percorrida junto ao Rua das Pretas, Maia diz que pode aprender bastante. “Tem sido muito bom porque trabalhar com músicos que já estão dentro do círculo há muitos anos é completamente diferente do que com pessoas da minha idade que, embora também sejam muito profissionais e toquem muito bem, não têm a bagagem toda de como nós falamos com o público, como interagimos. Portanto, é aquela bagagem de palco, não é só a bagagem instrumentista ou vocalista. Tem sido uma viagem intensa”.Entre indas e vindas de Lisboa a Madri, a cantora tem representado o fado na equação multifatorial que é o Rua das Pretas. O estilo musical, tipicamente português, é integrado à vida e ao repertório de Maia — e de grande parte dos que vivem em Portugal. Fora do país, no entanto, a força e a emoção do fado costumam surpreender.“As pessoas ficam sempre muito impressionadas quando ouvem fado, porque acham que é uma coisa muito diferente, muito profunda. Mesmo que elas não entendam, no caso dos espanhóis, a letra, elas estão a sentir tudo”, afirma Maia.Falando em sensações que podem atingir a plateia, não é raro ver no público rostos emocionados ao final dos shows. O espetáculo toca de diferentes formas a quem o assiste. A consultora de marketing Mónica Juanas é espanhola e não escondeu o contentamento com o que ouviu: “nos encantou”.O fascínio foi tanto que ela buscou, ao final da apresentação, uma forma de levar a música que havia escutado para casa: “Achamos muito especial, muito emocionante, com um contato muito direto com o público. Inclusive, estávamos procurando uma forma de comprar um disco, porque nós gostamos muito”.Parceria em som e corQuem, assim como Mónica, vai a um dos espetáculos do projeto Rua das Pretas na Casa de América, encontra a arte brasileira também nas cores e formas dos quadros de Gonçalo Ivo. O pintor é responsável pelas obras que compõem o cenário dos shows. A parceria entre Gonçalo e Pierre Aderne é antiga.“Eu fiz todos os cenários do Pierre em Portugal. E são enormes tecidos que confeccionamos, de três metros, dois metros, que eu chamo de bandeiras e que ficaram no Coliseu dos Recreios, em todos os lugares onde ele dá concerto. Eu que faço os cenários e essa é uma associação que tem mais de 12 anos”, relembra Gonçalo.Comentando os tantos encontros que acontecem envolvendo o projeto Rua das Pretas, Pierre Aderne lembra que muitos se dão pela primeira vez em cima de um palco. Faz parte do jogo de cena, de acordo com o que conta ele, que os músicos convidados não cumpram uma rotina rigorosa de ensaios.“Nunca temos tempo para ensaiar. Eu acho que é até uma desculpa. É como se fosse um primeiro date, um primeiro encontro em que você não sabe muito bem o que vai acontecer. Eu acho que esse suspense faz muito bem à música para não ficar igual. A gente pode tocar 20, 200 vezes uma canção e a ideia é que ela vá se modificando como a gente se modifica também”, arremata.PRÓXIMOS SHOWS:Quarta-feira, 20 de março de 2024. Artista convidado: Moacyr Luz.Quarta-feira, 3 de abril de 2024. Artista convidada: Roberta NistraHorário: 19h30Salón Embajadores de Casa de América, acesso pela Plaza de Cibeles, S/N.Mais informações sobre os concertos e a compra de bilhetes no site da Rua das Pretas
No Salón de Embajadores, uma sala dourada da Casa de América, no centro de Madri, gente de toda parte tem se reúne para apreciar concertos musicais em português. O projeto Rua das Pretas, idealizado pelo cantor e compositor brasileiro Pierre Aderne, conquistou um lugar cativo na cena cultural da capital espanhola. Ana Beatriz Farias, correspondente da RFI em MadriOs shows, que começaram em fevereiro e vão até o início de abril, fazem parte de uma residência artística que o grupo está vivenciando na cidade e revelam ao público, entre histórias e canções, o DNA do Rua das Pretas, nasceu na sala da casa de Pierre Aderne, em Lisboa, Portugal, há 12 anos.O que inicialmente era um encontro íntimo e caseiro entre artistas de diferentes nacionalidades, hoje ganha os palcos internacionais levando a música brasileira mundo afora – mas não só ela, como conta Pierre, um fiel defensor do encontro entre os estilos musicais em língua portuguesa.“A gente passou demasiado tempo colocando a bandeira à frente da língua quando a música era cantada em português”, pontua o artista, que também é autor do filme “MPB – Música Portuguesa Brasileira: uma conversa musical entre Portugal, Brasil e Cabo Verde”.Para Pierre, a vida em Lisboa, onde se dedica a promover encontros de artistas lusófonos, trouxe de volta a união dos países que fazem música em português. “E eu estive no meio disso tudo. Com as minhas passagens pelos estados do Brasil, pelos artistas que eu conheci, pelos compositores que me ajudaram a trilhar um caminho como compositor. Pelas outras culturas que eu provoquei, fui provocado. Acho que é uma colcha de retalhos”, descreve.Segundo ele, essa trilha — que gera uma rede composta por cada experiência compartilhada e por cada ideia trocada —, não é, nem de longe, milimetricamente calculada. O que há é menos estratégia e mais intuição: “não é pensado, as coisas vão surgindo à flor da pele”.Metamorfose contínuaUma das características mais marcantes do “Rua das Pretas” é a constante transformação da composição do grupo. Entre os residentes, que se revezam na condução da festa, e os muitos convidados que já estiveram nesta “sala de casa” itinerante, mais de 200 artistas do mundo lusófono passaram pelo Rua das Pretas. Nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, José Eduardo Agualusa e Valter Hugo Mãe estão nesta lista.O percurso que o projeto tem traçado em Madri não foge à regra. A cada encontro, novos convidados sobem ao palco para acrescentar os seus próprios tons ao espetáculo. Num dos shows desta temporada espanhola, a cantora Valéria Lobão teve a oportunidade de cantar, pela primeira vez ao vivo, uma canção que já tinha gravado: “No coração de Mariana”. A faixa tem letra de Pierre Aderne e música de Carlos Fuchs e foi composta em homenagem a Ian Guest, mestre húngaro de diversos artistas brasileiros.Entre histórias e cançõesNo palco, ao perguntar a Valéria com qual música ela queria iniciar sua participação no show, Pierre brincou dizendo que “o repertório é espiritual” e escutou da artista como resposta: “por falar em espiritual, podíamos fazer primeiro aquela música incrível, que você fez depois de uma inspiração”.O anfitrião começou, então, a contar sua história com Ian Guest, que se iniciou ainda na infância – quando este frequentava reuniões de um grupo de teatro da família de Pierre – e culminou numa música escrita como ode a Ian. “Ano passado, eu tive a sensação de perceber a presença do Ian Guest e fiquei a noite inteira pensando nele. Tive a certeza, naquela noite, de que se ele não fosse a Lisboa, eu iria a Tiradentes encontrá-lo”, introduziu Pierre.Ele seguiu relatando que, na ocasião, escreveu uma letra pensando em Ian Guest e, na manhã seguinte, ligou para o parceiro musical Nilson Dourado para contar que queria convidar Ian para o Rua das Pretas e estar perto deles. “E o Nilson disse assim para mim: ‘eu acabei de receber a notícia de que ele faleceu esta noite'”, continuou Pierre Aderne, anunciando na sequência que Valéria Lobão cantaria a música composta na madrugada em questão.Viver esse improviso banhou Valéria de emoção: “Toda a história foi muito emocionante. Eu acho que a plateia também acabou se contagiando. Pela história e pela música, né? A história do Ian e essa música tão bonita do Pierre com o Carlos Fuchs”.Conexão Brasil-Portugal-EspanhaQuem também tem o rosto estampado no álbum de fotografias da residência artística do Rua das Pretas em Madri e já acumula suas próprias histórias com o grupo, é a cantora Maia Balduz. Ela é portuguesa e, depois de fazer várias participações nos shows do grupo, se tornou residente do projeto.Quanto à estrada percorrida junto ao Rua das Pretas, Maia diz que pode aprender bastante. “Tem sido muito bom porque trabalhar com músicos que já estão dentro do círculo há muitos anos é completamente diferente do que com pessoas da minha idade que, embora também sejam muito profissionais e toquem muito bem, não têm a bagagem toda de como nós falamos com o público, como interagimos. Portanto, é aquela bagagem de palco, não é só a bagagem instrumentista ou vocalista. Tem sido uma viagem intensa”.Entre indas e vindas de Lisboa a Madri, a cantora tem representado o fado na equação multifatorial que é o Rua das Pretas. O estilo musical, tipicamente português, é integrado à vida e ao repertório de Maia — e de grande parte dos que vivem em Portugal. Fora do país, no entanto, a força e a emoção do fado costumam surpreender.“As pessoas ficam sempre muito impressionadas quando ouvem fado, porque acham que é uma coisa muito diferente, muito profunda. Mesmo que elas não entendam, no caso dos espanhóis, a letra, elas estão a sentir tudo”, afirma Maia.Falando em sensações que podem atingir a plateia, não é raro ver no público rostos emocionados ao final dos shows. O espetáculo toca de diferentes formas a quem o assiste. A consultora de marketing Mónica Juanas é espanhola e não escondeu o contentamento com o que ouviu: “nos encantou”.O fascínio foi tanto que ela buscou, ao final da apresentação, uma forma de levar a música que havia escutado para casa: “Achamos muito especial, muito emocionante, com um contato muito direto com o público. Inclusive, estávamos procurando uma forma de comprar um disco, porque nós gostamos muito”.Parceria em som e corQuem, assim como Mónica, vai a um dos espetáculos do projeto Rua das Pretas na Casa de América, encontra a arte brasileira também nas cores e formas dos quadros de Gonçalo Ivo. O pintor é responsável pelas obras que compõem o cenário dos shows. A parceria entre Gonçalo e Pierre Aderne é antiga.“Eu fiz todos os cenários do Pierre em Portugal. E são enormes tecidos que confeccionamos, de três metros, dois metros, que eu chamo de bandeiras e que ficaram no Coliseu dos Recreios, em todos os lugares onde ele dá concerto. Eu que faço os cenários e essa é uma associação que tem mais de 12 anos”, relembra Gonçalo.Comentando os tantos encontros que acontecem envolvendo o projeto Rua das Pretas, Pierre Aderne lembra que muitos se dão pela primeira vez em cima de um palco. Faz parte do jogo de cena, de acordo com o que conta ele, que os músicos convidados não cumpram uma rotina rigorosa de ensaios.“Nunca temos tempo para ensaiar. Eu acho que é até uma desculpa. É como se fosse um primeiro date, um primeiro encontro em que você não sabe muito bem o que vai acontecer. Eu acho que esse suspense faz muito bem à música para não ficar igual. A gente pode tocar 20, 200 vezes uma canção e a ideia é que ela vá se modificando como a gente se modifica também”, arremata.PRÓXIMOS SHOWS:Quarta-feira, 20 de março de 2024. Artista convidado: Moacyr Luz.Quarta-feira, 3 de abril de 2024. Artista convidada: Roberta NistraHorário: 19h30Salón Embajadores de Casa de América, acesso pela Plaza de Cibeles, S/N.Mais informações sobre os concertos e a compra de bilhetes no site da Rua das Pretas
Francisco Fanhais assumiu a música como uma forma de resistência à ditadura portuguesa e diz que “apanhou o comboio dos cantores que lutavam contra o regime”. Em 1971, esteve com José Afonso, José Mário Branco e Carlos Correia no Château d'Hérouville a gravar a música que ainda hoje é o emblema da "Revolução dos Cravos": “Grândola Vila Morena”. Francisco Fanhais recorda-nos esse tempo. Nos 50 anos do 25 de Abril, a RFI publica entrevistas a vários resistentes ao Estado Novo. Neste programa, ouvimos Francisco Fanhais, presidente da Associação José Afonso, uma das vozes da música de intervenção portuguesa e que também foi aderente da LUAR, a Liga de União e de Acção Revolucionária. Francisco Fanhais foi um padre incómodo, assumidamente contra a guerra colonial, que não se calava. Nem na missa, nem nas aulas de religião e moral e muito menos nos discos que fez em Portugal: “Cantilena”, em 1969, e “Canções da Cidade Nova”, em 1970. Foi impedido de dar aulas, suspenso das funções de padre e, muitas vezes, impedido de cantar. Por isso, exilou-se em Paris entre 1971 e 1974. Foi para França à boleia com Zeca Afonso em Abril de 1971, participou em concertos para despertar consciências, esteve na LUAR, uma das organizações de luta armada contra a ditadura portuguesa, e só pôde voltar para Portugal depois da "Revolução dos Cravos".Algures entre Outubro e Novembro de 1971, às três da manhã, no Château d'Hérouville, acompanhou José Afonso, José Mário Branco e Carlos Correia na gravação dos passos que marcam o ritmo da música “Grândola Vila Morena”. Os quatro davam os famosos passos em cima de gravilha e tiveram de o fazer de madrugada para evitar o barulho dos carros ou outros ruídos que surgissem durante o dia. Horas mais tarde, gravavam a música que ficaria para a história e que foi a senha definitiva para o golpe militar que derrubou a ditadura portuguesa a 25 de Abril de 1974.RFI: Recorde-nos como decorreu a gravação de “Grândola Vila Morena”, em 1971, em França.Francisco Fanhais, Presidente da Associação José Afonso: Foi gravado em Hérouville. Estávamos os quatro a fazer os passos. O José Mário Branco, que era o director musical da gravação do “Cantigas do Maio”, o Zeca Afonso, o Carlos Correia, que era quem na altura acompanhava o José Afonso na viola, e eu. Estávamos os quatro então a fazer esses passos no estúdio que era no Château d'Hérouville.E pronto, “O povo é quem mais ordena”. Era a letra do poema que o Zeca tinha composto em 1964, de homenagem à Sociedade Filarmónica Fraternidade Operária e Grandolense. O Zeca tinha lá ido cantar, no dia 17 de Maio de 1964, e gostou muito do ambiente vivido nessa colectividade. E em homenagem a esse espectáculo que ele lá fez e à colectividade fez uns versos. Basicamente, foi o poema que ele compôs de homenagem à Sociedade Filarmónica Fraternidade Operária Grandolense. “O povo é quem mais ordena” e os militares… Imagino que teria sido talvez por causa deste verso - sou eu a imaginar porque se estivesse na pele deles era por estes versos que eu escolheria a música. Tinha sido uma música cantada um mês antes, num espectáculo público no Coliseu dos Recreios que passou à censura. Não repararam naquela. E então, por todas essas razões, foi a música escolhida para o sinal último musical para o desencadear das operações militares do 25 de Abril. Passou à meia-noite e vinte e assim que eles ouviram - todos aqueles que estavam de norte a sul, os militares implicados no Movimento das Forças Armadas para derrubar o fascismo - assim que ouviram na rádio, que era a única maneira de terem contacto de norte a sul era através de uma rádio que se ouvisse no país inteiro, não é? Não podiam telefonar, obviamente, porque estavam os telefones vigiados. Então, à meia-noite e vinte, quando o segundo sinal apareceu - o primeiro tinha sido o Paulo de Carvalho a dizer “E depois do adeus” - quando eles ouviram aquilo, cada um foi cumprir o papel que lhe estava destinado na folha de serviço para desencadear as operações do 25 de Abril. Mas foi ao som dos passos de pessoas que não são da tropa, neste caso, mas que se ligou bem com o que se estava a passar a nível militar.Também são os seus passos que ouvimos no início da música, portanto, os seus passos são também, entre aspas, os primeiros passos da Revolução dos Cravos? Materializados na música pode ser, mas os passos mais importantes foram dados por aqueles que, estando na guerra, sentiram a injustiça e o anacronismo que significava uma guerra colonial. Portanto, como a única maneira que havia de mudar o regime era pela força das armas - porque o regime tinha as armas, mas para o mudar tinha que haver também armas - quem tinha as armas eram aqueles que estavam na tropa e que, portanto, discordavam, estavam cansados de tanta guerra, uma guerra que levava 40 por cento do Orçamento do Estado, não é?Mas também quem tinha outro tipo de armas eram os que estavam fora a lutar contra essa guerra…Juntando umas armas às outras, digamos assim, fez-se o 25 de Abril, mas se não fosse a força dos militares... Cantar não é talvez suficiente, diz o primeiro verso de um poema do Manuel Alegre que se chama “Apresentação”. Cantar não era suficiente, portanto, tinha que vir alguém que, com as armas, convencesse que as coisas tinham que mudar.O que é que o Francisco Fanhais, enquanto participante na “Grândola Vila Morena” sentiu quando foi a música que, entre aspas, derrubou o regime? Fico muito contente. Não tenho mérito nenhum em terem sido os militares a escolher aquilo, mas fico contente e tenho um certo orgulho por saber que naquela música estão lá os meus passos e está lá a minha voz também, juntamente com a voz dos amigos que muito prezo. Mas sempre que oiço aquilo, vem-me à memória muita coisa e vem-me à memória a força com que nós cantámos aquilo, a força que nós imprimimos à “Grândola”, ao som, aos passos. E depois a dinâmica toda que envolveu a gravação do Cantigas do Maio, etc, o “Coro da Primavera”, vem-me à memória toda essa gravação, mas não posso deixar de recordar e de sentir com muita emoção essa alegria de saber que aqueles passos que nós demos foram um contributo musical e cultural para o desencadear do mais importante que foi o derrube do fascismo. Cantar não é suficiente, mas, como diz o poeta sul-americano “um grão não enche o celeiro mas ajuda companheiro”. E é isso que nos faz continuar. Porquê? Porque como diz o poema do Manuel Alegre que eu citei há bocadinho, que começa “Cantar não é talvez suficiente” e depois continua “Não porque não acendam de repente as noites tuas palavras irmãs do fogo, mas só porque as palavras são apenas chama e vento. E, contudo, canção. Só cantando por vezes se resiste, só cantando se pode incomodar quem à vileza do silêncio nos obriga”. Etc, etc. Continua o poema e depois, no fim, “Já disse: planto espadas e transformo destinos. E para isso basta-me tocar os sinos que cada homem tem no coração". E a música ajuda a tocar os sinos que cada homem tem no coração.Como é que se tornou cantor de música de intervenção e um padre resistente ao fascismo? Um padre, além de ser padre, é também, e basicamente e antes de tudo, um cidadão. E quando um cidadão vê os problemas que se passam à sua volta, não pode deixar de reagir. Em nome de quê? Em nome do ser humano que tem direito à justiça e à liberdade e à fraternidade e a tudo isso, não é? Portanto, se isso pertence ou faz parte do cidadão que quer ser cidadão vertical e de corpo inteiro, um padre que quer ser cidadão de corpo inteiro tem mais razões ainda para intervir e poder ser actuante na transformação do mundo. Porquê? Porque além de todas as outras razões que um cidadão que quer ser cidadão a sério tem, tem também todo aquele apelo que lhe vem do Evangelho. E, por isso, quando Jesus Cristo fala das injustiças e quando Jesus Cristo enaltece os humildes e rebaixa os ricos e os poderosos, etc, isso é uma mensagem muito forte que vem também ao encontro da outra mensagem interior de um cidadão que quer ser interveniente no seu tempo. Ao aperceber-me de todos os problemas que havia em Portugal, sobretudo o mais grave de todos, a guerra colonial, toda a situação que se vivia de falta de liberdade, de ditadura, de fascismo, de censura, da PIDE, tudo isso, uma pessoa não pode deixar de intervir, não pode deixar de se revoltar contra essa situação. E isso aconteceu-me a mim, como aconteceu a muitos outros colegas meus. Eu não estava isolado nisto, como não estavam isolados uma quantidade enorme de cristãos para quem o Evangelho era mais uma razão para não fecharem os olhos à realidade à sua volta. Portanto, eu, que sempre gostei de cantar, era natural que me exprimisse melhor através das músicas e através das canções, através dos textos, das letras, etc. E foi isso, de facto, que aconteceu.E descobriu a música de intervenção de Zeca Afonso…Para mim, o impulso máximo, não único, mas o máximo, o maior de todos foi justamente por ter-me cruzado um dia com a música do José Afonso, que foi em 1963. Eu ainda era estudante, estava no seminário e um padre amigo mostrou-me uma vez um disco pequenino onde vinha a música do José Afonso. Estávamos no seminário, estávamos em 63 e ele disse-me: “Tu vais ouvir esta música e vais gostar, de certeza, mas uma recomendação que eu te faço é que oiças baixinho, porque não se sabe quem é que pode estar a ouvir mesmo no seminário. Esse foi o meu primeiro encontro estritamente musical com o José Afonso em 63.Mais tarde encontrei-o pessoalmente e desse encontro nasceu uma amizade que durou para o resto da vida. Porquê? Porque eu comecei a pensar: “Como eu gostava de cantar como este homem canta. Gostava de cantar as letras, as músicas, a força, a voz, etc. E foi para mim um estímulo muito grande. E foi através dele que eu depois passei a integrar o grupo dos cantores que usavam a sua voz e a viola, os seus poemas para denunciar as injustiças que nessa altura vivíamos em Portugal.Começou a cantar e as suas músicas começam a ser ouvidas com alguma atenção pela PIDE... Sim. As nossas músicas, sobretudo no primeiro período daquela Primavera Marcelista, passavam um pouco mais nas malhas da censura, mas, a certa altura, a música e as sessões em que nós participávamos passaram a assumir uma proporção tal que era impossível que escapassem à censura e à vigilância da PIDE. Portanto, éramos proibidos de cantar e quando não éramos proibidos de cantar totalmente só podíamos cantar as músicas que a censura visasse. E, às vezes, acontecia o absurdo de, numa música, eles cortarem uma quadra ou outra e dizerem “Esta pode cantar, aquela não pode, esta pode, aquela não pode”. Foi a partir desse momento e, sobretudo, a partir de 1969, quando eu fui a um programa de televisão que havia em Portugal que era o Zip Zip e que foi pela mão do José Afonso que eu fui a esse programa porque ele estava impedido de participar nesse programa, a censura não deixava, mas tentou que outros que cantavam pudessem lá ir. Foi o meu caso. Não fui o único que ele apresentou ao Raúl Solnado que era um dos organizadores do programa, ele apresentou outros também. E foi a partir daí, portanto, 1969, que adquiri uma dimensão um bocado mais pública, mais evidente e passei a ser convidado para cantar um pouco por todo o lado, com consequências na minha vida prática de padre porque havia pessoas que tinham muita influência junto da Igreja e que se foram queixar daquilo que eu cantava, das posições que tomava, das críticas que eu fazia, das homilias em que denunciava as injustiças da guerra colonial, etc, etc. Eu era professor de moral no Liceu do Barreiro, cantava e era coadjutor na paróquia do Barreiro e essas três actividades foram-me completamente vedadas. Estive proibido de dar aulas no Liceu do Barreiro porque nas minhas aulas de religião e de moral, nós com os miúdos falávamos de tudo e até de religião! Estava proibido de exercer as minhas funções de padre, fiquei suspenso das minhas funções de padre e estava proibido de cantar como estavam todos os outros colegas meus, cuja participação e cuja actividade musical estava muito condicionada pela censura.Por estar proibido de cantar, de ser padre, de dar aulas, decidiu vir para França?Foi exactamente isso. Comecei a pensar: “Que rumo é que eu vou dar à vida?” Vim para França e escrevi até a um amigo que vivia em Estrasburgo, pedindo-lhe se me arranjava qualquer coisa para eu poder subsistir e ganhar para a bucha, como se costuma dizer. Ele não me respondeu e, mais tarde percebi porquê. Já depois do 25 de Abril, ao ir à Torre do Tombo ver o meu dossier da PIDE, estava lá a carta que eu lhe tinha escrito. Infelizmente era o corrente nessa época da ditadura e da censura, da repressão. E vim para cá para mudar de ares, enfim, para ver que rumo é que havia de dar à vida. Mas depois assumi, já estando cá, outros compromissos políticos mais radicais. Passei a integrar a organização política da LUAR e, a partir daí, era um bocado complicado, difícil mesmo, se não impossível, voltar a Portugal legalmente. Entretanto, uns amigos meus foram presos em Novembro de 73 e eu percebi que não era efectivamente a melhor altura para voltar a Portugal, tanto mais que depois a polícia me tinha procurado lá em minha casa, onde pensavam que eu estava, que era a casa da minha mãe, em Benfica, em Lisboa., mas eu não estava lá. Só voltei quando aconteceu o 25 de Abril. Fui no dia 29, cheguei lá no dia 30.Quando chegou a Paris, além da actividade na LUAR, pôde, finalmente, cantar livremente?Sim. Eu, quando cheguei, a primeira pessoa com quem contactei, tirando os amigos em casa de quem fiquei, mas das pessoas ligadas à música, a primeira pessoa com quem eu contactei foi com o Zé Mário e disse-lhe: “Olha, estou cá, não venho aqui para passar férias, gostava de fazer cá aquilo que não posso fazer em Portugal. Portanto, se achares que é oportuno, em sessões que às vezes se organizam de associações de portugueses, se achares que é oportuna e que pode ser necessária e que pode ser integrada a minha participação, eu estou à disposição”. E era isso que acontecia muitas vezes. O Zé Mário comunicava-me: “Tal dia temos uma sessão, estás livre?”. E eu sempre que podia, estava a fazer justamente aquilo que eu não podia fazer em Portugal e que gostava de fazer que era cantar para os emigrantes, essencialmente para os emigrantes, além de depois ter participado também noutras actividades, tanto políticas como culturais mais vastas. Participação num ou noutro programa na televisão francesa, como o Mosaïque, que era um programa centrado na divulgação das actividades da emigração e participei em duas emissões desse programa.Como era a reacção das pessoas aos concertos?As reacções das pessoas eram muito diversas. Vamos lá ver. Há associações de portugueses em França e dependia muito de quem estava à frente dessas associações de imprimir às manifestações colectivas, culturais, desportivas, etc, um certo cunho também que não fosse exclusivamente para a diversão pura e simples das sardinhadas, do futebol, dos ranchos folclóricos, etc. Tentavam justamente contribuir com o seu dinamismo e com o seu empenho político em dar aos emigrantes qualquer coisa mais para além daquilo que é o mais banal que se lhes dê, que é o fado e o folclore.E conseguia que a cantiga fosse uma arma, como diria o José Mário Branco?Nessas alturas, o nosso objectivo, através das músicas e através daquilo que dizíamos, era contribuir para que na emigração se estabelecesse uma outra dimensão política que não fosse exclusivamente ligada ao interesse perfeitamente legítimo das pessoas realizarem economicamente a sua vida. E contribuir para abrir um pouco os olhos para a situação que se vivia em Portugal, da qual muitas vezes as pessoas, se calhar até legitimamente, queriam esquecer o mais possível porque a vida de sofrimento lá em Portugal era tão grande, tão grande, tão grande, que o que queriam era deixar para trás, não é?Tentávamos contrariar um pouco e fazer um contra-vapor, dizendo que afinal o país precisa do empenho de todos, que as reservas dos emigrantes vão para lá, mas a gente não pode ser só mandar dinheiro e ter lá uma vida feliz, que temos que pensar um pouco colectivamente, etc, etc. As reacções eram diversas. Havia gente para quem isso dizia qualquer coisa, enfim, penso que podemos contribuir para abrirem os olhos para um outro tipo de realidade, uma outra dimensão da emigração. Mas havia outras pessoas que não ligavam nenhuma a isso. Eu lembro-me, uma vez, estava com o Zeca a cantar, o Zeca a falar de todas estas situações, mesmo depois do 25 de Abril, dizendo o que se tinha passado em Portugal, a Revolução, o ambiente que se vivia em Portugal, etc, etc. E estava um emigrante português encostado a uma coluna a ouvir aquilo e, se calhar, não estava a concordar nada ou estava-se perfeitamente nas tintas para aquilo que o Zeca estava a dizer e disse com um ar muito enfastiado: “Eh pá, canta-me um fado!” Eu olhei para o Zeca, o Zeca olhou para mim e ficámos os dois, assim como quem diz, “Eh pa, anda a gente aqui assim a dar o corpo ao manifesto, a tentar dar qualquer coisa mais do que o simples 'Fátima, folclore e futebol' e parece que é tempo perdido!” Mas não era, temos que insistir. As reacções das pessoas eram diversas. A força e a animação que punham na participação com que cantavam significava que aquilo que nós estávamos a sentir, estávamos a conseguir passar-lhes essa sensação.E a mensagem.E a mensagem.A “Cantata da Paz” é uma das músicas que marcou uma geração. Quais foram, para si, as suas músicas mais marcantes? Esta música, “Cantata da Paz”, está associada a um episódio que é o seguinte. A primeira vez foi cantada foi numa igreja, na passagem de ano de 1968 para 1969. O dia 1 de Janeiro é o Dia da Paz. Estávamos em Lisboa e houve uma cerimónia oficial na Igreja de São Domingos para celebrar o Dia Mundial da Paz. Estava o Cardeal Cerejeira, que era o bispo de Lisboa na altura, as autoridades civis e militares também. Isso foi numa igreja e para grande escândalo de um grupo de cristãos que lá estávamos, não houve uma única referência - num país em guerra - não houve uma única referência à situação que se vivia na guerra colonial. O que para nós era extremamente escandaloso e inaceitável.Então, no fim da cerimónia, houve um grupo de pessoas que fomos falar com o bispo e disseram: “Nós agora vamos continuar a vigília à nossa maneira" e fizemos a ocupação da Igreja de São Domingos. Estivemos lá até às cinco da manhã. Eram cerca de 150 pessoas cantando, rezando porque somos cristãos, lendo cartas de soldados e de pessoas que estavam na guerra, testemunhos directos em primeira mão, falando em tribuna livre, cada um falava e dizia o que lhe ia na alma sobre a guerra colonial e sobre essa vigília que estávamos a celebrar. Estava lá muita gente conhecida na altura, entre elas a autora da “Cantata da Paz” que é a Sophia de Mello Breyner. Foi aí que pela primeira vez, foi cantado o “Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”. É um refrão simples de fixar. Eu continuo sempre a cantá-lo e é aquele a que as pessoas mais aderem.Falou da Sophia de Mello Breyner. Há uma canção sua que também é incontornável: “Porque”.“Porque os outros se mascaram e tu não”, essa eu gosto sempre de cantar também. Nessa altura, uma que foi muito conhecida também é o poema do Sebastião da Gama, “Cortaram as asas ao rouxinol”. É um poema que se chama “Cantilena”. Depois disso, canto coisas minhas, canto coisas do José Afonso. Gosto muito de cantar “Menino do Bairro Negro” sempre porque foi a primeiríssima música que eu ouvi do Zeca e traz-me à memória situações vividas em que conheci famílias com crianças que não puderam continuar a estudar porque não tinham dinheiro, mas eram inteligentes.Estou-me a lembrar de um episódio nessa fase em que estava proibido dessas três coisas. Apoiei momentaneamente, episodicamente, a Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos. Uma vez, com mais duas pessoas amigas, fomos visitar uma senhora que morava numa barraca ao pé da Costa da Caparica. O marido estava preso em Peniche e a senhora trabalhava a noite inteira a coser à máquina com um candeeiro de petróleo ao lado porque não havia luz eléctrica na barraca. Trabalhava para uma fábrica de camisas e ela tinha dois filhos: uma miúda com dez anos que estava na quarta classe e um miúdo que tinha seis ou sete anos. E perguntámos à senhora se quando a miúda acabasse a quarta classe, a miúda ia continuar a estudar. E ela disse-nos: “Como é que vocês querem que eu ponha a minha filha a estudar se aquilo que eu ganho aqui a noite inteira a coser a máquina mal me dá para pagar a renda da barraca? Para ir ver o meu marido todos os domingos a Peniche para que ele não se sinta abandonado pela família, para que ele continue firme nas suas convicções, para a alimentação dos miúdos, para os trazer limpinhos, asseados, etc. O dinheiro não dá para tudo. Quando ela acabar a quarta classe, ela vem trabalhar comigo para arredondar o orçamento familiar”. Os irmãos estavam a brincar em cima da cama, uma sala pequena, uma barraca pequena e pensávamos que eles estavam alheios à conversa. E qual não foi o nosso espanto quando a miúda, ao ouvir a mãe dizer “Como é que vocês querem que eu a ponha a estudar? O dinheiro não chega para tudo”, ela dá um grito em cima da cama a dizer “Oh mãe, mas eu sou inteligente!” Isso foi uma coisa que me marcou para o resto da vida porque eu nunca ouvi ninguém tão pequenino a gritar por justiça como essa miúda. Nunca ouvi ninguém. São situações que as pessoas sentiam na sua vida, como pessoas e como colectivo, como nação, como país, como um pássaro a quem cortaram as asas e o bico.Eram mensagens muito claras contra o fascismo e contra a guerra colonial…Sim, sim, sim. Um dia eu estava a cantar esta no Alentejo, a “Cortaram as asas ao rouxinol” e no fim estava lá um homem: “Oh amigo, podes ter a certeza de uma coisa: é que não há aqui ninguém que não tenha percebido o que é que tu querias dizer!”
We had the pleasure of interviewing Nelson Freitas over Zoom video!After teasing us with two sensational singles, the Cape Verdean icon Nelson Freitas has released his long-awaited seventh album Black Butterfly via AWAL.A revelatory new record featuring a star-studded line-up of producers and songwriters, Black Butterfly is a masterful fusion of the signature sounds Nelson has built a legacy on during his multi-decade long career as a sonic boundary pusher, while also pushing forward with an experimental new sound for the star.While the Dutch artist of Cape Verdean heritage is no stranger to the scene, Nelson's new music reintroduces him with an evolution of his previous output. As a legend in the scene, Nelson has amassed a global fanbase over the years for his unique sound fusing Kizomba and Zouk with R&B and hip-hop – all of which are elements of the ‘mainstream' Afrobeats sound audiences of today have become familiar with, which is something Nelson heavily leans into on Black Butterfly.As the follow-up to Nelson's 2021 album Dpos D' Quarentena – home to his Mr Eazi assisted hit “Tellin' Me Something” – Nelson has assembled an impressive team of some of the most prominent producers in the Afrobeats scene for Black Butterfly. With a clear vision in mind for his record to create a ‘new sound', Nelson worked with in-demand hitmakers like Blaisebeatz (BNXN, Davido, Victony, CKay) and Nigerian super-producer Ozedikus (Rema, Oxlade) to deliver a body of work that sonically shows him in his true form.A record several years in the making, Black Butterfly also hears Nelson team up with the Grammy-nominated Afrobeats pioneer Kel-P on standout track “Satisfy You,” as well as the likes of Daecolm Holland (Adekunle Gold) who appears on “Don't Let Me Go” and co-wrote the title track with Nelson alongside Arrow Benjamin (Beyoncé), J.Sol and Mohombi.Elsewhere, the dark and mysterious “Nightcrawler” takes place as another major highlight from Black Butterfly, with Nelson smoothly gliding over the Masterkraft helmed beat and treating us to his signature vocal tones.Black Butterfly is preceded by the single “Hero” (watch), racking up over 3M views with its stunning music video which stars the Angolan-Portuguese international supermodel Sharam Diniz and emphasizes those moments in life when we must let go of even those we hold the closest. “Hero” has seen major airplay via DJ Edu on BBC Radio 1Xtra and was also selected by UK tastemaker VIPER Magazine as one of their ‘Essential' picks.As the title track and second single of Black Butterfly, “Black Butterfly” was originally conceived by Nelson whilst at a writing camp hosted by the legendary producer Teddy Riley (Michael Jackson, Janet Jackson) in Cabo Verde. Relaying a story of a sweet love affair, the swaying Afro rhythms of “Black Butterfly” are elevated by lush strings arranged by Portuguese musician Tiago Machado and has seen radio airplay across the UK including BBC 1Xtra and Wizard Radio, as well as playlisted by Noctis Magazine for their ‘Best of the Week' selects.Meanwhile, the luxurious “Black Butterfly” music video was directed by André Caniços and pictures a suavely styled Nelson against a backdrop of dancers and futuristic architecture amongst epic Cape Verdean greenery – a stunning juxtaposition between the modern and the classic, surely serving as the perfect representation of Nelson's forward-thinking yet timeless sounds.Speaking about his album, Nelson Freitas said the following: “I've been waiting for this album for ten years and it's a project where I truly found myself. It's something I've been working on for a long time and I believe the time has finally come. I looked for the best Afrobeats producers and composers in the world, and only with them did I feel complete enough to take this leap.”During his award-winning and Platinum-selling career, Nelson's energetic and dynamic stage performances have taken him to all corners of the globe, such as: the United States (including the Dunkin Donuts Center in Boston and AfroNation in Miami), the United Kingdom, Holland, Switzerland, France, Cape Verde, Mozambique, Angola and Portugal, where Nelson has sold out prestigious venues like the Coliseu dos Recreios and Campo Pequeno.Exhibiting a legendary artist at creative highs, the Black Butterfly record will surely see Nelson reach new heights in his already illustrious career and penetrate a wider audience through his fresh new sounds and lyrical perspectives.We want to hear from you! Please email Hello@BringinitBackwards.comwww.BringinitBackwards.com#podcast #interview #bringinbackpod #NelsonFreitas #NewMusic #ZoomListen & Subscribe to BiBhttps://www.bringinitbackwards.com/followFollow our podcast on Instagram and Twitter! https://www.facebook.com/groups/bringinbackpod
Carolina de Deus apresenta o novo tema "Deixa-te Levar". A artista prepara-se para apresentar o disco de estreia no Convento São Francisco em Coimbra e no Coliseu dos Recreios.See omnystudio.com/listener for privacy information.
É seguramente um dos talentos maiores da composição em língua portuguesa e toda ela é um caminho bonito de música e letra, a tocar e a narrar vistas bonitas.Ao EP A Pele Que Há em Mim, seguiu-se Dá, Casulo, Quarto Crescente e Vai e Vem editado em 2018. Picos e vales é o mais recente trabalho da viagem da compositora, que já escreveu para artistas como Ana Moura, António Zambujo e Sérgio Godinho, entre outros. Já conquistou o Prémio José da Ponte da Sociedade Portuguesa de Autores e celebrou a sua década de trabalho no Coliseu dos Recreios, Lisboa. Nomeada duas vezes para os Globos de Ouro, Márcia iniciou o seu percurso formando-se em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e relata, no seu primeiro livro, alguns dos caminhos que a levaram a ser hoje uma das artistas mais reconhecidas no panorama nacional. Tem um livro maravilhoso que guardo com carinho em minha casa e me conquistou logo pela capa chamado “As estradas são para ir”. E são tanto para ir que tenho N'A Caravana para irmos e a descobrirem, Márcia.Podem seguir a Márcia: https://www.instagram.com/marcia__ig/?hl=enProdução e Agenciamento: Draft Media https://www.draftmediaagency.comMerchandising N'A Caravana: https://loja.ritaferroalvim.com/Obrigada a todos meus patronos por me permitirem fazer o que gosto e beneficiarem e acreditarem nos meus projetos. Um agradecimento especial aos patronos Premium: Rossana Oliveira, Mónica Albuquerque, Raquel Garcia, Sofia Salgueiro, Sofia Custódio, Patrícia Francisco, Priscilla, Maria Granel, Margarida Marques, Ana Moura, Rita Teixeira, Ana Reboredo, Rita Cabral, Tânia Nunes, Rita Nobre Luz, Leila Mateus, Bernardo Alvim, Joana Gordalina Figueiredo, Mónica Albuquerque, Rita Pais, Silvia, Raquel Garcia, Mariana Neves, Madalena Beirão, Rita Dantas, Ana Rita Barreiros, Maria Castel-Branco, Filipa Côrte-Real, Margarida Miguel Gomes, Rita Mendes, Rita Fijan Fung, Luísa Serpa Pimentel, Rita P, Mónica Canhoto, Daniela Teixeira, Maria Gaia, Sara Fraga, Cláudia Fonseca, Olga Sakellarides, Rafaela Matos, Ana Ramos, Isabel Duarte, Joana Sotelino, Ana Telles da Silva, Carolina Tomé, Patrícia Dias, Raquel Pirraca, Luisa Almeida, Filipa Roldão, Inês Cancela, Carina Oliveira, Maria Correia de Sá.
Edição de 28 Novembro 2023
Parabéns ao podcast A Noite da Má Língua! Como não há categoria de melhor podcast na cerimónia dos Globos de Ouro, nunca perdem o prémio. Com o calor que se sentiu no Coliseu dos Recreios, as transparências foram muito úteis, especialmente a transparência de Rita Blanco, que não apareceu. See omnystudio.com/listener for privacy information.
A psicóloga Rosário Carmona e Costa, explica que o equilíbrio deve ser medido na capacidade de "fazer tudo o que faço no ecrã, fora dele também". Sobre smartphones na escola: "acrescentam quase nada".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Mais conversas cara a cara e menos ecrãs. Mais brincadeiras e menos redes sociais. Mais socialização e menos contacto com conteúdos impróprios para a sua idade e risco de cyberbullying.
Edição de 26 de Junho 2023
Depois do concerto no Coliseu dos Recreios, a equipa das manhãs sugere um novo espetaculo: "Tiago Bettencourt ao vivo no gelo". Será que vai acontecer?
Eu e alguns filhos dos melhores pais do mundo fomos ver um belo concerto no Coliseu dos Recreios. Antes disso almocei num restaurante que o meu médico da medicina no trabalho não aconselharia. OQÉQSFA na terra de Rui Nabeiro, Campo Maior - https://www.youtube.com/watch?v=4lXcimlW22E 15:02 - Se vos estiver a aborrecer com a história do almoço do dia do pai é para aqui que podem saltar! --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/calvicieandhobbies/support
No passado dia 3 de fevereiro estivemos no Coliseu dos Recreios para o concerto de comemoração dos 20 anos de carreira de um dos rappers mais importantes da nossa cultura. Momentos antes do concerto, o Diogo Marchante esteve à conversa com Valete e os temas foram a longevidade da sua carreira, o panorama atual do Hip-Hop nacional, os seus próximos passos e muito mais. Uma entrevista que de certeza não queres perder, e podes ouvir aqui.
Nesta emissão especial temos entrevista a Malabá. Vamos relembrar a grande noite que foi a celebração dos 10 anos da Liga Knock Out, onde são disputadas as batalhas de rap mais carismáticas de Portugal. Pelo comando do Diogo Marchante, vais poder ouvir excertos das batalhas que aconteceram no Coliseu dos Recreios, saber como foi o caminho da liga até aqui, como vai ser o futuro, e muito mais.
No dia 11 de novembro estivemos no Coliseu dos Recreios para o concerto de Regula e a Beatriz Freitas esteve à conversa com muitas das pessoas que constituíram plateia, neste que foi um dos eventos mais importantes do ano para o rap nacional. Provavelmente falámos contigo... ouve aqui esta emissão especial.
The 1975 com novo disco, baixista em entrevista ao Domínio Público; Oktober Festa em Lisboa; Moullinex apresenta Discodrama no Coliseu dos Recreios.
Os Globos e a escolta da PSP.
Moullinex apresentou hoje os convidados para «Discodrama», espetáculo de 15 de outubro, no Coliseu dos Recreios; Da Chick prepara lançamento de novo disco e partilhou playlist de inspiração com a 3; Começa hoje o MIL.
Moullinex apresenta o seu primeiro concerto em nome próprio. Um verdadeiro "DISCODRAMA" em três atos durante cinco horas, no Coliseu dos Recreios.
Moullinex marca festa em outubro no Coliseu dos Recreios; Regula anuncia dois concertos unplugged nos Coliseus e data de lançamento do novo disco; Robert Glasper em julho na Casa da Música.
Episódio 381 de Dias Úteis, um podcast que lhe oferece poesia pela manhã, de segunda a sexta-feira. Por vezes não apenas poesia, por vezes não apenas nos dias úteis... Regressamos hoje à obra de Bocage, com a ajuda do nosso amigo João Morales. "Recreios campestres na companhia de Marília" é a proposta. Ajude-nos a chegar cada vez a mais ouvintes. Este é um programa gratuito e sempre será. Subscreva na plataforma de podcast que preferir, classifique e faça comentário. Se gosta, não deixe de o partilhar com os seus amigos (o Dias Úteis também está no Facebook e Instagram). Tema musical original de Marco Figueiredo, com vozes de José Carlos Tinoco e Raquel Bulha. Design gráfico de Catarina Ribeiro. Concepção e edição de Filipe Lopes. Consultoria técnica de Rui Branco. Uma produção Associação de Ideias.
Kings of Convenience chegam a Lisboa para data dupla no Coliseu dos Recreios; Florence + The Machine editam versão Deluxe de «Dance Fever»; Os últimos registos vídeo de Mark Lanegan.
Cerimónia dos prémios da música portuguesa acontece mais logo no Coliseu dos Recreios; Começa hoje o festival multidisciplinar Temps d'Image; Telectu, Batida e Laurent Garnier entre os destaques de hoje no IndieLisboa.
A 4ª edição dos Prémios PLAY é hoje à noite, no Coliseu dos Recreios; NOS Alive apresenta nomes do palco eletrónico; Palavra Prima, uma homenagem a Chico Buarque no festival MAP Oeiras.
O Coliseu dos Recreios recebe hoje a gala dos Prémios Play, com direito a público, atuações inéditas e muitas premiações.
Lucas Silveira contando por que a Fresno soube usar a internet, ir nos recreios das escolas e tocar em todo o Brasil.
Estamos de volta e em estúdio contámos com a presença de um artista que encheu o Coliseu dos Recreios há 2 semanas Agora veio encher a Criativa onde gravamos O Fighter e o Careca de amor, verdade e humildade. Tivemos uma conversa que nem conseguimos definir tal foi a transversalidade dos temas abordados. Este é daqueles que vale muuuuito a pena ouvir! Senhoras e senhores um regresso desta feita como Dino D'Santiago.
Aos 83 anos, após 65 a cantar, Simone decide retirar-se dos palcos. O espetáculo único de despedida acontece no dia 29 de março, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
“Sodade - Homenagem a Cesária Évora” é o espectáculo que se realiza esta sexta-feira no Coliseu dos Recreios, na capital portuguesa, e que assinala duas datas de grande simbolismo: a do nascimento da “diva dos pés descalços”, Cesária Évora completaria 80 anos a 27 de Agosto, e a do seu desaparecimento físico, faleceu há 10 anos, no dia 17 de Dezembro de 2011. O espectáculo, que acontece hoje em Lisboa e no domingo em São Vicente, Cabo Verde, motivou a reunião de músicos que acompanharam Cesária Évora em múltiplos palcos nas mais diversas latitudes. Para celebrar o legado da grande embaixadora da música de Cabo Verde, músicos de vários países e diferentes cantoras e cantores vão colocar em palco temas que conquistaram o mundo na voz de Cesária Évora e que continuam no imaginário colectivo. A RFI esteve nos ensaios do espectáculo “Sodade - Homenagem a Cesária” e aproveitou a ocasião para falar com o manager e editor de Cesária Évora, José da Silva, e com o músico e compositor Teófilo Chantre. Uma entrevista em que são revelados momentos que viveram com a "diva dos pés descalços" e pormenores do espectáculo de homenagem. Espectáculo “Sodade – Homenagem a Cesária Évora” VOZES Emilio Moret Teófilo Chantre Nancy Vieira Tito Paris Lucibela Elida Almeida MÚSICOS Julian Corrales - violino André Ferreira - cello Leonel Hernandez - viola Nir Paris - bateria Kau Paris - percussão Cako - guitarra Alban Chapele - saxofone Totinho - saxofone Vicent Raimond - trompete José Paris - baixo Humberto Ramos - piano José António - cavaquinho Técnica e Produção: Benoit Tempels (técnico de som frente); Carlos Cruz (técnico de som palco); César Fortes (técnico de luz); Ana José Charrua, Sofia Melo (produção); Ângelo Spencer (road manager); José da Silva (manager e editor de Cesária Évora).
Fugiu da PIDE e foi o primeiro angolano a atuar no Coliseu dos Recreios. Bonga esteve no Era o Que Faltava com Jo
Nas escolas, as crianças estão a replicar os violentos jogos da série sul-coreana Squid Game. Mas que é feito do tradicional jogo do Bate-Pé? Ou do clássico fumar atrás do pavilhão de Físico-Química? See omnystudio.com/listener for privacy information.
Até agora, a DGS determinava o uso obrigatório das máscaras para os alunos a partir do segundo ciclo nos espaços interiores e exteriores das escolas.
Prémios Play entregues esta noite, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Recapitulamos os nomeados e antecipamos as atuações ao vivo da cerimónia que vai ser transmitida em direto na RTP1 e RTP Play
Prémios PLAY entregues hoje à noite no Coliseu dos Recreios. Cerimónia tem transmissão na RTP1; Pedro Mafama apresenta video do novo single e anuncia edição em vinil do novo disco esta sexta-feira.
Conhecem-no desde 1992 quando subiu ao Coliseu dos Recreios para cantar "Gaivota" de Amália Rodrigues no Bravo Bravíssimo. Apaixonado pela música entrou no conservatório e decidiu formar-se em Teatro. Daí foi um passo até aos Morangos com Açúcar, onde se eternizou como o FF. Para além deste CV o que muita gente não sabe é que o Fernando, ou João para os amigos, é um ser humano incrível que vai muito para além dos palcos. Mas calma, que nem tudo é sério e o que não falta neste Pessoas Pumanas são gargalhadas. De certeza que vão adorar tanto esta conversa como eu. Apresento-vos o Fernando Fernandes. David Carronha
Despedimos 2020 analizando Love Symbol, un disco conceptual concebido en origen como una ópera funk rock que Prince tituló con un símbolo impronunciable. Analizaremos el álbum en dos tandas. En el programa hoy o ACT I hablaremos sobre la contextualización del disco y analizaremos las canciones incluidas en lo que en su momento fue el disco 1 de la edición en vinilo. En unas semanas publicaremos el ACT II con el análisis del resto de temas. Además, la comunidad Purple Music os adelanta un regalo de Navidad y es que acompañamos el análisis de este disco tan importante con el lanzamiento del segundo número de nuestra revista digital gratuita Purple Music, que también está dedicada en su totalidad al álbum Love Symbol. LINK DE LECTURA: http://bit.ly/purple-music-2-love-symbol-lectura LINK DE DESCARGA: http://bit.ly/purple-music-2-love-symbol-descarga Esperamos que disfrutéis de ambos regalos. Purple Music Podcast somos Saiber, StarrChild y Shockadelica. Puedes encontrarnos en: iVoox: https://bit.ly/31qkaqX iTunes: https://apple.co/2SGQ3IN Instagram: @purplemusicpodcast Facebook: @purplemusicpodcast y el grupo Purple Music: Un podcast sobre Prince Twitter: @PurpleMusicPod1 Correo electrónico: purplemusicpod@gmail.com ¡Envíanos tus comentarios! Stay tuned, stay funky! Música de sintonía: Purple Music (Prince), remix by PMP. Canción de despedida: 'The Max', del 17/08/2013 en el Coliseu dos Recreios de Lisboa. NO COPYRIGHT INFRINGEMENT INTENDED. We just want to share our love for Prince music.
Saudações! Hoje desbloqueei uma memória de infância. E sim, é verdade cantei mesmo no Coliseu dos Recreios! Tenham uma ótima vida e até ao próximo episódio! #ÀPartidaDesculpa
Mayra Andrade, a mais bonita voz de Cabo Verde da atualidade, de acordo com o Le Monde. Nasceu em Havana, mas cresceu entre Angola, Alemanha e Cabo Verde. É uma das grandes embaixadoras da música de Cabo Verde e da língua crioula – não esquecer que, em 2019, a morna tornou-se património Imaterial da Humanidade pela Unesco. Mas Mayra Andrade vai além da morna e tem sensualidade suficiente para aquecer este prédio e o do lado. A viver em Lisboa há três anos, lançou o disco “Manga” no ano passado - até dá vontade de comer – e tem concertos a 17 de Abril no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e a 18 de Abril, no Coliseu do Porto.
Por estes dias, ela toma conta do Coliseu dos Recreios… e também de uma generosa porção do nosso tempo de antena. Fábio Vieira Fernandes, que não se considera propriamente um fã da rainha da pop, convocou o jornalista e superfã Nuno Galopim para colmatarem uma lacuna gritante deste podcast e compararem 5 Cêntimos. Porque nem […]
Antes de se estrear no Coliseu dos Recreios, Márcia é a convidada. Com Inês Meneses
Na semana em que Conan Osiris sobe ao palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, o jornalista Pedro Rios entrevista o músico.
A pouco tempo de encher o Coliseu dos Recreios, Conan Osíris fala da sua colecção de peluches e do que encontrou quando chegou a Tel-a-Viv, Israel no frenesim que é a Eurovisão. Uma conversa que nos deixou a pensar sobre fetiches e a lembrar o que já sabemos: "a autenticidade é a única coisa que interessa".
De Amália no Coliseu dos Recreios a Grace Jones no Nos Alive daqui a dias: o convidado é Álvaro Covões, fundador e director da Everything Is New. Com Inês Meneses
Aos 65 anos - e 45 de carreira - Herman José mantém a presença na TV, conquista público no Instagram e vai levar o "De Big Band em Ris-te" ao Coliseu dos Recreios, com a primeira data já esgotada. No episódio 8 o pai da comédia portuguesa contemporânea fala na censura pela qual passou, na disrupção que trouxe ao humor nacional e nas novas gerações de humoristas: "há uns primários, outros sem talento, mas têm público, logo respeito-os".
«Eu durante muitos anos (...) era um bocado estranho verem-me nesta área. Era mais fácil verem-me como produtora ou como agente. No palco, por exemplo ao vivo, o que achavam é que eu estava a fazer outra coisa. Percebiam que eu estava a fazer som e era sempre com alguma renitência. No estúdio eu não senti tanto isso, mas ao vivo sim. É um mundo maioritariamente de homens (...)» Nasceu há trinta e cinco anos em Leiria. Trabalha num mundo maioritariamente masculino. Tirar médios graves, graves, médios, médidos altos e agudos fazem parte da sua rotina. De ouvido atento, é uma das poucas mulheres com formação na área musical e do áudio em Portugal que encontramos atrás de uma mesa grande com dezenas de botões e entre esparguetes de cabos. No âmbito da engenharia ou técnica de som diz-se, muitas vezes, que é fundamental uma boa comunicação com o músico, que ela é tão relevante como as circunstâncias técnicas na gravação de uma performance. Não obstante as notas musicais poderem ser afinadas, as frequências manipuladas, e as dinâmicas modificadas. Fez o som de músicos consolidados cá e internacionalmente, sonoplastia para cinema e teatro e cooperou com a RTP, nos concertos e gravações com Orquestras Sinfónicas, no domínio do broadcast. Estudou percussão, passou pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo onde fez Produção e Tecnologias da Música e é Mestre, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em Multimédia, na vertente Música Interactiva e Design de Som. Fazem parte do seu caminho a colaboração com diversas instituições, como a Casa da Música, os Coliseus do Porto e dos Recreios, mas também o CCB, o Centre Pompidou, a Companhia Olga Roriz, O Bando, ou o Sintra Estúdio de Ópera, entre outros. Num dos ofícios da música gravada em Portugal em que mais conhecimentos técnicos se exigem, onde existe um desenvolvimento maior das sensibilidades do domínio sonoro, há também um campo de relações interpessoais, entre técnico e performer, moldado por emoções e muitas escutas. É com Suse Ribeiro, a mulher que manipula o som seguindo standards profissionais de áudio que estou à conversa neste episódio. [Convidada: Suse Ribeiro, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Gravação usada na entrevista de um registo de obra de Suse Ribeiro tocada por uma orquestra]
Deséame Suerte es un retrato sin maquillaje sobre una cinta de meta convertida en kilómetro cero. La rienda de un futuro de rabiosas sacudidas que aun no ha sido domado. Todo lo que nos trajo hasta aquí, ya fue. Y ahora solo queda despedirlo con honores y encomendarnos a la fortuna antes de ascender la cima más alta, la que nos lleva, sin excusas, a los pies de nosotros mismos. Para el videoclip de Deséame Suerte, Vetusta Morla ha vuelto a contar con el director ganador de un Premio Goya, Fernando Franco con quién ya presentaron los videoclips de las canciones Lo que te hace grande, El hombre del saco y Fuego. El director sevillano es autor también, entre otros títulos, de Morir y de La Herida con la que obtuvo el Premio de la Academia y el Premio Especial del Jurado en el Festival de San Sebastián. También su faceta de montador ha sido reconocida con una nominación al Premio Goya por el montaje de los largos Que Dios nos perdone y Blancanieves. La vuelta del tándem Vetusta Morla/Fernando Franco para esta nueva producción es resumida por el director así: “En ninguno de los tres videoclips en los que habíamos colaborado hasta la fecha, Vetusta Morla como banda había tenido protagonismo visual. Sus apariciones habían sido inexistentes o mínimas. Sin embargo, desde que empezamos a pensar en Deséame suerte tuvimos claro que se trataría de un videoclip centrado exclusivamente en ellos. Aprovechando el concepto de identidad que atraviesa la letra así como el título del nuevo disco (Mismo Sitio, Distinto lugar), hemos querido hacer un retrato homogéneo del grupo partiendo del presente, aunque sin olvidar el pasado y, por supuesto, proyectando a ese futuro estimulante, por siempre incierto, al que les dirige su constante movimiento.” Gira de presentación Mismo Sitio, Distinto Lugar 1 de marzo – Centro de Convenciones Barranco – LIMA 3 de marzo – Teatro Coliseo – SANTIAGO DE CHILE 8 de marzo – Teatro Mayor Julio Mario Santo Domingo – BOGOTÁ 10 de marzo – Teatro Pablo Tobón Uribe – MEDELLÍN 15 de marzo – Plaza Condesa – CIUDAD DE MÉXICO 23 de marzo – Teatro Ópera – BUENOS AIRES 28 de abril – Multiusos Sánchez Paraíso -SALAMANCA 3 de mayo – Recinto Ferial De La Fica – MURCIA 5 de mayo – Auditorio Rocío Jurado – SEVILLA 12 de mayo – Coliseum – A CORUÑA 19 de mayo – Palau Sant Jordi – BARCELONA 25 de mayo – Hard Club – PORTO 26 de mayo – Coliseu dos Recreios – LISBOA 1 de junio – Ciutat de les Arts i les Ciències – VALENCIA 23 de junio – Explanada exterior de la Caja Mágica – MADRID 30 de junio – Explanada del Museo Guggenheim – BILBAO Sobre el álbum Mismo Sitio, Distinto Lugar: El disco, que se publicará el próximo 10 de noviembre, es un emocionante y necesario trayecto que ha llevado a Vetusta Morla desde su local de ensayo de Madrid hasta los míticos Hansa Studios de Berlín. De Alemania a los recónditos Tarbox Road Studios en Cassadaga, en el norte de Estados Unidos, para terminar en el legendario Sterling Sound de Nueva York. Un viaje guiado por el deseo de trabajar de la mano de músicos y productores como Campi Campón (Jorge Drexler, Natalia Lafourcade, Xoel López), Dave Fridmann (Mercury Rev, Tame Impala, The Flaming Lips, Spoon) o Greg Calbi (The National, Bon Iver, Arcade Fire, Fleet Floxes). El primer single es Te lo Digo a Ti, adelantado el pasado 22 de septiembre y presentado con un videoclip que ha sido dirigido por Nacho Vigalondo e interpretado por él mismo, Lolita Flores y Nacho Vegas. Mismo Sitio, Distinto Lugar está compuesto por estas 10 canciones: Deséame Suerte El Discurso del Rey Palmer
Esta semana no PBX (parceria Expresso/Radar), Lovely Creatures, o Best of de Nick Cave e os Bad Seeds que junta em cd, dvd e num pequeno livro, 30 anos de música de um nome que nos continua a surpreender. Destaque ainda para "Uma Discussão com 50 Anos", o documentário de Martin Scorsese e David Tedeschi sobre a New York Review of Books. Ainda na música, saudamos o regresso dos National que tocam no Coliseu dos Recreios a 28 de Outubro
No programa desta semana juntam-se o Pedro Quirino, o Bernardo Carreiras e o Pedro Miranda. Falarão da obra Jesus Cristo Bebia Cerveja do escritor e ilustrador Afonso Cruz, dos Capitão Fausto e do seu single Amanhã Tou Melhor e ainda dos Linda Martini, que recentemente se estrearam a tocar no Coliseu dos Recreios. Oiçam-nos!