Podcast appearances and mentions of Arthur Rimbaud

19th century French poet who influenced modern literature and arts, and prefigured surrealism

  • 295PODCASTS
  • 421EPISODES
  • 32mAVG DURATION
  • 1WEEKLY EPISODE
  • Nov 29, 2025LATEST
Arthur Rimbaud

POPULARITY

20172018201920202021202220232024


Best podcasts about Arthur Rimbaud

Latest podcast episodes about Arthur Rimbaud

Love Story
[FORMAT POCHE] Arthur Rimbaud et Paul Verlaine : une passion dévastatrice

Love Story

Play Episode Listen Later Nov 29, 2025 10:31


Leur relation fût courte, mais orageuse. Leur passion scandaleuse et dévastatrice.  Pour eux, aimer c'est se quereller. En deux ans, leur histoire a bouleversé leurs existences respectives.  Un podcast Bababam Originals Ecriture et voix : Alice Deroide Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

Oxigênio
#206 – Traduzir a Antiguidade: memória e política nos textos greco-romanos

Oxigênio

Play Episode Listen Later Nov 27, 2025 41:07


Você já parou pra pensar quem traduz os livros que você lê e como esse trabalho molda a forma como entende o mundo? Neste episódio, Lívia Mendes e Lidia Torres irão nos conduzir em uma viagem no tempo para entendermos como os textos gregos e latinos chegam até nós. Vamos descobrir por que traduzir é sempre também interpretar, criar e disputar sentidos. Conversamos com Andrea Kouklanakis, professora permanente na Hunter College, Nova York, EUA, e Guilherme Gontijo Flores, professor da Universidade Federal do Paraná. Eles compartilharam suas trajetórias no estudo de línguas antigas, seus desafios e descobertas com o mundo da tradução e as questões políticas, históricas e estéticas que a prática e as teorias da tradução abarcam. Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. O roteiro foi escrito por Lívia Mendes e a revisão é de Lidia Torres e Mayra Trinca. A edição é de Daniel Rangel. Se você gosta de literatura, história, tradução ou quer entender novas formas de aproximar o passado do presente, esse episódio é pra você. __________________________________________________________________ ROTEIRO [música, bg] Lívia: Quem traduziu o livro que você está lendo? Lívia: E se você tivesse que aprender todas as línguas dos clássicos que deseja ler? Aqueles livros escritos em russo, alemão ou qualquer outra língua diferente da sua? Lívia: E aqueles livros das literaturas que foram escritas em línguas que chamamos antigas, como o latim e o grego? Lidia: A verdade é que, na maioria das vezes, a gente não pensa muito sobre essas questões. Mas, no Brasil, boa parte dos livros que lemos, tanto literários quanto teóricos, não chegaria até a gente se não fossem os tradutores. Lidia: Essas obras, que fazem parte de todo um legado social, filosófico e cultural da nossa sociedade, só chegaram até nós por causa do trabalho cuidadoso de pesquisadores e tradutores dessas línguas, que estão tão distantes, mas ao mesmo tempo, tão próximas de nós. [música de transição] Lívia: Eu sou a Lívia Mendes. Lidia: E eu sou a Lidia Torres. Lívia: Você já conhece a gente aqui do Oxigênio e no episódio de hoje vamos explorar como traduzimos, interpretamos e recebemos textos da Antiguidade greco-romana. Lidia: E, também vamos pensar por que essas obras ainda hoje mobilizam debates políticos, culturais e estéticos. Lívia: Vem com a gente explorar o mundo da antiguidade greco-romana que segue tão presente na atualidade, especialmente por meio da tradução dos seus textos. [vinheta O2] Andrea [1:05-2:12]: Então, meu nome é Andrea Kouklanakis e, eu sou brasileira, nasci no Brasil e morei lá até 21 anos quando eu emigrei para cá. Lívia: O “cá” da Andrea é nos Estados Unidos, país que ela se mudou ainda em 1980, então faz um tempo que ela mora fora do Brasil. Mas mesmo antes de se mudar, ela já tinha uma experiência com o inglês. Andrea Kouklanakis: Quando eu vim pra cá, eu não tinha terminado faculdade ainda, eu tinha feito um ano e meio, quase dois anos na PUC de São Paulo. Ah, e mas chegou uma hora que não deu mais para arcar com a responsabilidade financeira de matrícula da PUC, de mensalidades, então eu passei um tempo trabalhando só, dei aulas de inglês numa dessas escolas assim de business, inglês pra business people e que foi até legal, porque eu era novinha, acho que eu tinha 18, 19 anos e é interessante que todo mundo era mais velho que eu, né? Os homens de negócios, as mulheres de negócio lá, mas foi uma experiência legal e que também, apesar de eu não poder estar na faculdade daquela época, é uma experiência que condiz muito com o meu trabalho com línguas desde pequena. Lívia: Essa que você ouviu é a nossa primeira entrevistada no episódio de hoje, a professora Andrea Kouklanakis. Como ela falou ali na apresentação, ela se mudou ainda jovem pros Estados Unidos. Lidia: E, como faz muito tempo que ela se comunica somente em inglês, em alguns momentos ela acaba esquecendo as palavras em português e substitui por uma palavra do inglês. Então, a conversa com a Andrea já é um início pra nossa experimentação linguística neste episódio. Andrea Kouklanakis: Eu sou professora associada da Hunter College, que faz parte da cidade universitária de Nova York, City University of New York. E eles têm vários campus e a minha home college é aqui na Hunter College, em Manhattan. Eh, eu sou agora professora permanente aqui. Lívia: A professora Andrea, que conversou com a gente por vídeo chamada lá de Nova Iorque, contou que já era interessada por línguas desde pequena. A mãe dela trabalhava na casa de uma professora de línguas, com quem ela fez as primeiras aulas. E ela aprendeu também algumas palavras da língua materna do seu pai, que é grego e mais tarde, estudou francês e russo na escola. Lidia: Mas, além de todas essas línguas, hoje ela trabalha com Latim e Grego.Como será que essas línguas antigas entraram na vida da Andrea? Andrea Kouklanakis: Então, quando eu comecei aqui na Hunter College, eu comecei a fazer latim porque, bom, quando você tem uma língua natal sua, você é isenta do requerimento de línguas, que todo mundo tem que ter um requerimento de língua estrangeira na faculdade aqui. Então, quando eu comecei aqui, eu fiquei sabendo, que eu não precisava da língua, porque eu tinha o português. Mas, eu falei: “É, mas eu peguei pensando a língua é o que eu quero, né?” Então, foi super assim por acaso, que eu tava olhando no catálogo de cursos oferecidos. Aí eu pensei: “Ah, Latim, OK. Why not?. Por que não, né? Uma língua antiga, OK. Lívia: A professora Andrea, relembrando essa escolha por cursar as disciplinas de Latim, quando chegou na Hunter College, percebeu que ela gostou bastante das aulas por um motivo afetivo e familiar com a maneira com que ela tinha aprendido a língua portuguesa aqui no Brasil, que era diferente da forma como seus colegas estadunidenses tinham aprendido o inglês, sem muita conexão com a gramática. Lidia: Ela gostava de estudar sintaxe, orações subordinadas e todas essas regras gramaticais, que são muito importantes pra quem quer estudar uma língua antiga e mais pra frente a gente vai entender bem o porquê. [som de ícone] Lívia: sintaxe, é a parte da gramática que estuda como as palavras se organizam dentro das frases pra formar sentidos. Ela explica quem é o sujeito, o que é o verbo, quais termos completam ou modificam outros, e assim por diante. [som de ícone]: Lívia: Oração subordinada é uma frase que depende de outra para ter sentido completo. Ela não “anda sozinha”: precisa da oração principal pra formar o significado total. [música de transição] Lidia: E, agora, você deve estar se perguntando, será que todo mundo que resolve estudar língua antiga faz escolhas parecidas com a da professora Andrea? Lidia: É isso que a gente perguntou pro nosso próximo entrevistado. Guilherme Gontijo: Eu sou atualmente professor de latim na UFPR, no Paraná, moro em Curitiba. Mas, eu fiz a minha graduação em letras português na UFES, na Federal do Espírito Santo. E lá quando eu tive que fazer as disciplinas obrigatórias de latim, eu tinha que escolher uma língua complementar, eu lembro que eu peguei italiano porque eu estudava francês fora da universidade e eu tinha que estudar o latim obrigatório. Estudei latim com Raimundo Carvalho. Lívia: Bom, parece que o Guilherme teve uma trajetória parecida com a da Andrea e gostar de estudar línguas é uma das premissas pra se tornar um estudioso de latim e de grego. Lidia: O professor Raimundo de Carvalho, que o Guilherme citou, foi professor de Latim da Federal do Espírito Santo. Desde a década de 80 ele escreve poesias e é um importante estudioso da língua latina. Ele quem traduziu a obra Bucólicas, do Vírgílio, um importante poeta romano, o autor da Eneida, que talvez você já deva ter ouvido falar. O professor Raimundo se aposentou recentemente, mas segue trabalhando na tradução de Metamorfoses, de outro poeta romano, o Ovídio. Lívia: O Guilherme contou o privilégio que foi ter tido a oportunidade de ser orientado de perto pelo professor Raimundo. Guilherme Gontijo: Eu lembro que eu era um aluno bastante correto, assim, eu achava muito interessante aprender latim, mas eu estudei latim pensando que ele teria algum uso linguístico pras pessoas que estudam literatura brasileira. E quando ele levou Catulo pra traduzir, eu lembro de ficar enlouquecido, assim, foi incrível e foi a primeira vez na minha vida que eu percebi que eu poderia traduzir um texto de poema como um poema. E isso foi insistivo pra mim, eu não tinha lido teoria nenhuma sobre tradução. Lívia: Um episódio sobre literatura antiga traz esses nomes diferentes, e a gente vai comentando e explicando. O Catulo, que o Guilherme citou, foi um poeta romano do século I a.C.. Ele é conhecido por escrever odes, que são poemas líricos que expressam admiração, elogio ou reflexão sobre alguém, algo ou uma ideia. A obra do Catulo é marcada pelos poemas que ele dedicou a Lésbia, figura central de muitos dos seus versos. Guilherme Gontijo: Eu fiz as duas disciplinas obrigatórias de latim, que é toda a minha formação oficial de latim, acaba aí. E passei a frequentar a casa do Raimundo Carvalho semanalmente, às vezes duas vezes por semana, passava a tarde inteira tendo aula de latim com ele, lendo poetas romanos ou prosa romana e estudava em casa e ele tirava minhas dúvidas. Então, graças à generosidade do Raimundo, eu me tornei latinista e eu não tinha ideia que eu, ainda por cima, teria ali um mestre, porque ele é poeta, é tradutor de poesia. Lidia: Essa conexão com a língua latina fez o Guilherme nunca mais abandonar a tradução. Ele disse que era uma forma natural de conseguir conciliar o seu interesse intelectual acadêmico e o lado criativo, já que desde o início da graduação ele já era um aspirante a poeta. Lívia: É importante a gente lembrar que o Guilherme tem uma vasta carreira como autor, poeta e tradutor e já vamos aproveitar pra deixar algumas dicas dos livros autorais e dos autores que ele traduziu. Lívia: Guilherme é autor dos poemas de carvão :: capim (2018), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Arcano 13 em parceria com Marcelo Ariel. Ele também escreveu o romance História de Joia (2019) e os livros de ensaios Algo infiel: corpo performance tradução (2017) em parceria com Rodrigo Gonçalves e A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (2018). Se aventurou pelo infanto-juvenil com os livros A Mancha (2020) e o Coestelário (2021), ambos em parceria com Daniel Kondo. E traduziu autores como Safo, Propércio, Catulo, Horácio, Rabelais e Whitman. Lidia: Os poetas Rabelais e Whitman são autores modernos, viveram nos séculos XVI e XIX, já os outros poetas são da antiguidade romana, aquele período aproximadamente entre o século IV a.C. e o século V d.C. Lívia: Então, o Guilherme traduz tanto textos de línguas modernas quanto de línguas antigas. E, a gente perguntou pra ele se existe alguma diferença no trabalho do tradutor quando vai traduzir um texto de uma língua moderna, que está mais próxima de nós no tempo, e quando vai traduzir do latim ou do grego, que são línguas mais distantes temporalmente. Lívia: O Guilherme falou que quando ele vai traduzir de uma língua moderna pra outra língua moderna existem duas possibilidades: traduzir diacronicamente, que é quando o tradutor escreve o texto na língua produzida como se fosse da época mesmo que ele foi escrito. E a outra possibilidade é traduzir deslocando o autor temporalmente, e fazendo a linguagem do texto conversar com a linguagem contemporânea. Lidia: Pode parecer um pouco confuso de início, mas ouve só o exemplo do Guilherme da experiência de tradução que ele teve com o Rimbaud, que é um autor francês. Guilherme Gontijo: Por exemplo, fui traduzir Rimbaud, o Rimbaud do século XIX. Quando eu vou traduzir, eu posso tentar traduzir pensando diacronicamente e aí eu vou tentar traduzir o Rimbaud pra ele parecer um poeta do século XIX em português. E aí eu vou dar essa sensação de espaço temporal pro leitor contemporâneo agora. É, o Guilherme de Almeida fez um experimento genial assim, traduzindo o poeta francês François Villon para uma espécie de pastiche de galego-português, botando a linha temporal de modo que é isso, Villon é difícil para um francês ler hoje, que a língua francesa já sofreu tanta alteração que muitas vezes eles leem numa espécie de edição bilíngue, francês antigo, francês moderno. A gente também tem um pouco essa dificuldade com o galego-português, que é a língua literária da Península ali pra gente, né? Ah, então essa é uma abordagem. Outra abordagem, eu acho que a gente faz com muito menos frequência, é tentar deslocar a relação da temporalidade, ou seja, traduzir Rimbaud, não para produzir um equivalente do Rimbaud, século XIX no Brasil, mas pra talvez criar o efeito que ele poderia criar nos seus contemporâneos imediatos. Lívia: Ou seja, a ideia aqui seria escrever um texto da maneira como se escreve hoje em dia, meio que transpondo a história no tempo. Lidia: Pra quem não conhece, fica aqui mais uma dica de leitura: o poeta francês Arthur Rimbaud, que o Guilherme citou, viveu entre 1854 e 1891 e escreveu quase toda sua obra ainda adolescente. Ele renovou a poesia moderna com imagens ousadas, experimentação formal e uma vida marcada pela rebeldia. Abandonou a literatura muito jovem e passou o resto da vida viajando e trabalhando na África. Lívia: Mas, e pra traduzir da língua antiga, será que esse dois caminhos também são possíveis? Guilherme Gontijo: Quando eu vou traduzir do latim, por exemplo, eu não tenho esse equivalente. Não existe o português equivalente de Propércio. O português equivalente de Propércio como língua literária é o próprio latim. Lívia: Ou seja, o que o Guilherme quis dizer é que não existe uma possibilidade de traduzir um texto latino como ele soava na antiguidade, porque o latim é a língua que originou as línguas modernas latinas, e a língua portuguesa é uma delas, junto com o espanhol, o francês e o italiano. Lidia: Mas, o que pode acontecer é uma classicização dos textos antigos e o Guilherme enfatizou que acontece muito nas traduções que a gente tem disponível do latim pro português. A classicização, nesses casos, é traduzir os textos da antiguidade com o português do século XVIII ou XIX, transformando esses textos em clássicos também pra nós. Guilherme Gontijo:Curiosamente, a gente, quando estuda os clássicos, a gente sempre fala: “Não, mas isso é moderno demais. Será que ele falaria assim?” Acho curioso, quando, na verdade, a gente vendo que os clássicos tão falando sobre literatura, eles parecem não ter esses pudores. Aliás, eles são bem menos arqueológicos ou museológicos do que nós. Eles derrubavam um templo e botavam outro templo em cima sem pensar duas vezes enquanto nós temos muito mais pudores. Então, a minha abordagem atual de traduzir os clássicos é muito tentar usar as possibilidades do português brasileiro, isso é muito marcado pra mim, uma das variedades do português brasileiro, que é a minha, né? De modo ativo. Lívia: Só pra dar um exemplo do que faz a língua soar clássica, seria o uso do pronome “tu” ao invés de “você”, ou, os pronomes oblíquos como “eu te disse” ou “eu te amo”, porque ninguém fala “eu lhe amo” no dia a dia. Lidia: E esse é justamente o ponto quando a gente fala de tradução do texto antigo. Eles não vão ter um equivalente, e a gente não tem como traduzir por algo da mesma época. Guilherme Gontijo: Então, a gente precisa fazer um exercício especulativo, experimental, pra imaginar os possíveis efeitos daqueles textos no seu mundo de partida, né? A gente nunca vai saber o sabor exato de um texto grego ou romano, porque por mais que a gente tenha dicionário e gramática, a gente não tem o afeto, aquele afeto minucioso da língua que a gente tem na nossa. Lívia: Essas questões de escolhas de tradução, que podem aproximar ou afastar a língua da qual vai se traduzir pra língua que será traduzida se aproximam das questões sociais e políticas que são intrínsecas à linguagem. [música de transição] Lidia: Assim como qualquer outro texto, os escritos em latim ou grego nunca serão neutros. Mesmo fazendo parte de um mundo tão distante da gente, eles reproduzem projetos políticos e identitários tanto da antiguidade quanto dos atuais. Andrea Kouklanakis: Eu acho que esse aspecto político e histórico dos estudos clássicos é interessante porque é uma coisa quando você tá fazendo faculdade, quando eu fiz pelo menos, a gente não tinha muita ideia, né? Você tava completamente sempre perdida no nível microscópico da gramática, né? De tentar a tradução, essas coisas, você tá só, completamente submersa nos seus livros, no seu trabalho de aula em aula, tentando sobreviver ao Cícero. Lívia: Como a Andrea explicou, os estudos que chamamos de filológicos, soam como uma ciência objetiva. Eles tentam achar a gênese de um texto correto, como uma origem e acabam transformando os estudos clássicos em um modelo de programa de império ou de colonização. Andrea Kouklanakis: Então, por exemplo, agora quando eu dou aula sobre o legado dos estudos clássicos na América Latina Agora eu sei disso, então com os meus alunos a gente lê vários textos primários, né, e secundários, que envolvem discurso de construção de nação, de construção de império, de construção do outro, que são tecidos com os discursos clássicos, né, que é essa constante volta a Atenas, a Roma, é, o prestígio dos estudos clássicos, né? Então, a minha pesquisa se desenvolveu nesse sentido de como que esses latino afro brasileiros, esses escritores de várias áreas, como que eles lidaram na evolução intelectual deles, na história intelectual deles, como que eles lidaram com um ramo de conhecimento que é o centro do prestígio. Eles mesmo incorporando a falta de prestígio completa. O próprio corpo deles significa ausência total de prestígio e como que eles então interagem com uma área que é o centro do prestígio, sabe? Lidia: Então, como você percebeu, a Andrea investiga como os escritores afro-latino-americanos negociaram essa tradição clássica, símbolo máximo de prestígio, com suas histórias incorporadas a um lugar sem prestígio, marcadas em seus corpos pelo tom de pele. Lívia: Esse exercício que a professora Andrea tem feito com seus alunos na Hunter College tem sido uma prática cada vez mais presente nos Estudos Clássicos da América Latina e aqui no Brasil. É um exercício de colocar um olhar crítico pro mundo antigo e não apenas como uma forma de simplesmente celebrar uma antiguidade hierarquicamente superior a nós e a nossa história. Lidia: Nesse ponto, é importante a gente pontuar que a professora Andrea fala de um lugar muito particular, porque ela é uma mulher negra, brasileira, atuando em uma universidade nos Estados Unidos e em uma área de estudos historicamente tradicional. Lívia: Ela relatou pra gente um pouco da sua experiência como uma das primeiras mulheres negras a se doutorar em Estudos Clássicos em Harvard. Andrea Kouklanakis: Eu também não queria deixar de dizer que, politicamente, o meu entendimento como classista foi mais ou menos imposto de fora pra mim, sobre mim como uma mulher de cor nos estudos clássicos, porque eu estava exatamente na década de final de 90, meio final de 90, quando eu comecei a fazer os estudos clássicos na Harvard e foi coincidentemente ali quando também saiu, acho que o segundo ou terceiro volume do Black Athena, do Bernal. E, infelizmente, então, coincidiu com eu estar lá, né? Fazendo o meu doutorado nessa época. E na época existiam esses chat rooms, você podia entrar no computador e é uma coisa estranha, as pessoas interagiam ali, né? O nível de antipatia e posso até dizer ódio mesmo que muitas pessoas expressavam pela ideia de que poderia existir uma conexão entre a Grécia e a África, sabe? A mera ideia. Era uma coisa tão forte sabe, eu não tinha a experiência ou a preparação psicológica de receber esse tipo de resposta que era com tantos ânimos, sabe? Lidia: Com esse relato, a professora Andrea revelou pra gente como o preconceito com a população negra é tão explícita nos Estados Unidos e como ela, mesmo tendo passado a infância e a adolescência no Brasil, sentiu mais os impactos disso por lá. Lívia: Mas, fora o preconceito racial, historicamente construído pelas nossas raízes de colonização e escravização da população negra, como estudiosa de Estudos Clássicos, foi nessa época que a Andrea percebeu que existia esse tipo de discussão e que ainda não estava sendo apresentada pra ela na faculdade. Andrea Kouklanakis: Depois que eu me formei, eu entrei em contato com a mulher que era diretora de admissão de alunos e ela confirmou pra mim que é eu acho que eu sou a primeira pessoa de cor a ter um doutorado da Harvard nos Estudos Clássicos. E eu acho que mesmo que eu não seja a primeira pessoa de cor fazendo doutorado lá, provavelmente eu sou a primeira mulher de cor. Lidia: Vamos destacar agora, alguns pontos significativos do relato da professora Andrea. [som de ícone] Lívia: O livro que ela citou é o Black Athena, do estudioso de história política Martin Bernal. A teoria criada pelo autor afirmava que a civilização clássica grega na realidade se originou de culturas da região do Crescente Fértil, Egito, Fenícia e Mesopotâmia, ao invés de ter surgido de forma completamente independente, como tradicionalmente é colocado pelos historiadores germânicos. [som de ícone] Lívia: Ao propor uma hipótese alternativa sobre as origens da Grécia antiga e da civilização clássica, o livro fomentou discussões relevantes nos estudos da área, gerando controvérsias científicas, ideológicas e raciais. [som de ícone] Lidia: Em contrapartida às concepções racistas vinda de pesquisadores, historiadores e classicistas conservadores, a professora Andrea citou também um aluno negro de Harvard, o historiador e classicista Frank Snowden Jr.. [som de ícone] Lívia: Entre seus diversos estudos sobre a relação de brancos e negros na antiguidade, está o livro Before Color Prejudice: The Ancient View of Black, em português, Antes do Preconceito Racial: A Visão Antiga dos Negros. Um aprofundamento de suas investigações sobre as relações entre africanos e as civilizações clássicas de Roma e da Grécia e demonstra que os antigos não discriminavam os negros por causa de sua cor. [som de ícone] Lidia: O livro lança luz pra um debate importantíssimo, que é a diferença de atitudes dos brancos em relação aos negros nas sociedades antigas e modernas, além de observar que muitas das representações artísticas desses povos se assemelham aos afro-americanos da atualidade. Andrea Kouklanakis: Mas, então é isso, então essa coisa política é uma coisa que foi imposta, mas a imposição foi até legal porque aí me levou a conhecer e descobrir e pesquisar essa área inteira, que agora é uma coisa que eu me dedico muito, que é olhar qual que é a implicação dos estudos clássicos na política, na raça, na história e continuando dando as minhas aulas e traduzindo, fazendo tradução, eu adoro tradução, então, esse aspecto do estudo clássico, eu sempre gostei. [música de transição] Lívia: O Guilherme também falou pra gente sobre essa questão política e histórica dos Estudos Clássicos, de que ficar olhando pro passado como objeto desvinculado, nos impede de poder articular essas discussões com a política do presente. Guilherme Gontijo: E acho que o resultado quando a gente faz isso é muitas vezes colocar os clássicos como defensores do status quo, que é o que o um certo império brasileiro fez no período de Dom Pedro, é o que Mussolini fez também. Quer dizer, vira propaganda de estado. Lidia: Mas, ao contrário, quando a gente usa os clássicos pra pensar as angústias do presente, a gente percebe que é uma área de estudos que pode ser super relevante e super viva pra qualquer conversa do presente. Lívia: E, na tradução e na recepção desses textos antigos, como será que essas questões aparecem? O Guilherme deu um exemplo pra gente, de uma tradução que ele fez do poeta romano Horácio. [som de ícone] Lidia: Horácio foi um poeta romano do século I a.C., famoso por escrever poesias nos formatos de Odes, Sátiras e Epístolas, e defendia a ideia do “justo meio” — evitar excessos e buscar a medida certa na vida. Guilherme Gontijo: Tô lembrando aqui de uma ode de Horácio, acho que esse exemplo vai ser bom. Em que ele termina o poema oferecendo um vai matar um cabrito pra uma fonte, vai oferendar um cabrito para uma fonte. E quando eu tava traduzindo, vários comentadores lembravam de como essa imagem chocou violentamente o século XIX na recepção. Os comentadores sempre assim: “Como assim, Horácio, um homem tão refinado vai fazer um ato tão brutal, tão irracional?” Quer dizer, isso diz muito mais sobre a recepção do XIX e do começo do XX, do que sobre Horácio. Porque, assim, é óbvio que Horácio sacrificaria um cabrito para uma fonte. E nisso, ele não está escapando em nada do resto da sua cultura. Agora, é curioso como, por exemplo, o nosso modelo estatal coloca a área de clássicas no centro, por exemplo, dos cursos de Letras, mas acha que práticas do Candomblé, que são análogas, por exemplo, você pode oferecer animais para divindades ou mesmo para águas, seriam práticas não não não racionais ou não razoáveis ou sujas ou qualquer coisa do tipo, como quiserem. Né? Então, eu acho que a gente pode e esse é o nosso lugar, talvez seja nossa missão mesmo. Lívia: Como o Guilherme explicou, nós no Brasil e na América Latina temos influência do Atlântico Negro, das línguas bantas, do candomblé, da umbanda e temos um aporte, tanto teórico quanto afetivo, pra pensar os clássicos, a partir dessas tradições tão próximas, que a própria tradição europeia tem que fazer um esforço gigantesco pra chegar perto, enquanto pra gente é natural. Lidia: E não podemos nos esquecer também da nossa convivência com várias etnias indígenas, que possuem comparações muito fortes entre essas culturas. Guilherme Gontijo: Eu diria, eu entendo muito melhor o sentido de um hino arcaico, grego, ouvindo uma cantiga de terreiro no Brasil, do que só comparando com literatura. Eu acho que é relevante para a área de clássicas, não é uma mera curiosidade, sabe? Então, eu tenho cada vez mais lido gregos e romanos à luz da antropologia moderna, contemporaneíssima, sabe? Eu acho que muitos frutos aparecem de modo mais exemplar ou mais óbvio quando a gente faz essa comparação, porque a gente aí tira de fato os clássicos do lugar de clássicos que lhes é dado. [música de transição] Lívia: Pra além dessas discussões teóricas e políticas, a tradução é também um ato estético e existem algumas formas de repensar a presença da poesia antiga no mundo contemporâneo a partir de uma estética aplicada na linguagem e nos modos de traduzir. Lidia: No caso do Guilherme, ele vem trabalhando há um tempo com a tradução como performance. Guilherme Gontijo: E aí eu pensei: “Não, eu poderia traduzir Horácio para cantar”. Eu vou aprender a cantar esses metros antigos e vou cantar a tradução na mesmíssima melodia. Quer dizer, ao invés de eu pensar em metro no sentido do papel, eu vou pensar em metro no sentido de uma vocalidade. E foi isso que eu fiz. Foi o meu o meu doutorado, isso acabou rendendo a tradução de Safo. Lívia: Além das traduções publicadas em livros e artigos, o Guilherme também coloca essas performances na rua com o grupo Pecora Loca, que desde 2015 se propõe a fazer performances de poemas antigos, medievais e, às vezes, modernos, como um modo de ação poética. Lidia: Inclusive a trilha sonora que você ouviu ali no início deste trecho é uma das performances realizada pelo grupo, nesse caso do poema da Ode 34 de Horácio, com tradução do próprio Guilherme e música de Guilherme Bernardes, que o grupo gentilmente nos passou. Guilherme Gontijo: Isso pra mim foi um aprendizado teórico também muito grande, porque você percebe que um poema vocal, ele demanda pra valorizar a sua ou valorar a sua qualidade, também a performance. Quer dizer, o poema não é só um texto no papel, mas ele depende de quem canta, como canta, qual instrumento canta. Lívia: O Guilherme explicou que no início eles usavam instrumentos antigos como tímpano, címbalo, lira e até uma espécie de aulos. Mas, como, na verdade, não temos informações precisas sobre como era a musicalidade antiga, eles resolveram afirmar o anacronismo e a forma síncrona de poesia e performance, e, atualmente, incorporaram instrumentos modernos ao grupo como a guitarra elétrica, o baixo elétrico, o teclado e a bateria. Guilherme Gontijo: Então, a gente tem feito isso e eu acho que tem um gesto político, porque é muito curioso que a gente vai tocar num bar e às vezes tem alguém desavisado e gosta de Anacreonte. Olha, caramba, adorei Anacreonte. É, é, e ela percebe que Anacreonte, ela ouviu a letra e a letra é basicamente: “Traga um vinho para mim que eu quero encher a cara”. Então ela percebe que poesia antiga não é algo elevado, para poucos eleitos capazes de depreender a profundidade do saber grego. Ó, Anacreonte é poema de farra. Lidia: A partir da performance as pessoas se sentem autorizadas a tomar posse dessa herança cultural e a se relacionar com ela. O que cria uma forma de divulgar e difundir os Estudos Clássicos a partir de uma relação íntima, que é a linguagem musical. Guilherme Gontijo: E a experiência mais forte que eu tive nisso, ela é do passado e foi com o Guilherme Bernardes. Lembro que dei uma aula e mostrei a melodia do Carpe Diem, do Horácio. Da Ode. E tava lá mostrando o poema, sendo bem técnico ali, como é que explica o metro, como é que põe uma melodia, etc, etc. E uns três dias depois ele me mandou uma gravação que ele fez no Garage Band, totalmente sintética. De uma versão só instrumental, quer dizer, o que ele mais curtiu foi a melodia. E a gente às vezes esquece disso, quer dizer, um aspecto da poesia arcaica ou da poesia oral antiga romana é que alguém poderia adorar a melodia e nem prestar tanta atenção na letra. E que continuariam dizendo: “É um grande poeta”. Eu senti uma glória quando eu pensei: “Caraca, um asclepiadeu maior tocou uma pessoa como melodia”. A pessoa nem se preocupou tanto que é o poema do Carpe Diem, mas a melodia do asclepiadeu maior. [som de ícone] Lívia: Só por curiosidade, “asclepiadeu maior” é um tipo de verso poético greco-latino composto por um espondeu, dois coriambos e um iambo. Você não precisa saber como funcionam esses versos na teoria. Essa forma poética foi criada pelo poeta lírico grego Asclepíades de Samos, que viveu no século III a.C., por isso o nome, o mais importante é que foi o verso utilizado por Horácio em muitas de suas odes. [música de transição] Lidia: Agora, já encaminhando para o final do nosso episódio, não podemos ir embora sem falar sobre o trabalho de recepção e tradução realizado pela professora Andrea, lá na Hunter College, nos EUA. Lívia: Além do seu projeto sobre a presença dos clássicos nas obras de escritores afro-latino-americanos, com foco especial no Brasil, de autores como Lima Barreto, Luís Gama, Juliano Moreira e Auta de Sousa. A professora também publicou o livro Reis Imperfeitos: Pretendentes na Odisseia, Poética da Culpa e Sátira Irlandesa, pela Harvard University Press, em 2023, e as suas pesquisas abarcam a poesia homérica, a poética comparada e as teorias da tradução. Lidia: A professora Andrea faz um exercício muito importante de tradução de autores negros brasileiros pro inglês, não somente das obras literárias, mas também de seus pensamentos teóricos, pra que esses pensamentos sejam conhecidos fora do Brasil e alcance um público maior. Lívia: E é muito interessante como a relação com os estudos da tradução pra professora Andrea também tocam em um lugar muito íntimo e pessoal, assim como foi pro Guilherme nas suas traduções em performances. Lidia: E ela contou pra gente um pouco dessa história. Andrea Kouklanakis: Antes de falar da língua, é eu vou falar que, quando eu vejo a biografia deles, especialmente quando eu passei bastante tempo com o Luiz Gama. O que eu achei incrível é o nível de familiaridade de entendimento que eu tive da vida corriqueira deles. Por exemplo, Cruz e Souza, né? A família dele morava no fundo lá da casa, né? Esse tipo de coisa assim. O Luiz Gama também quando ele fala do aluno lá que estava na casa quando ele foi escravizado por um tempo, quando ele era criança, o cara que escravizou ele tinha basicamente uma pensão pra estudantes, que estavam fazendo advocacia, essas coisas, então na casa tinham residentes e um deles ensinou ele a ler, a escrever. O que eu achei interessantíssimo é que eu estou há 100 anos separada desse povo, mas a dinâmica social foi completamente familiar pra mim, né? A minha mãe, como eu te falei, ela sempre foi empregada doméstica, ela já se aposentou há muito tempo, mas a vida dela toda inteira ela trabalhou como empregada doméstica. E pra mim foi muito interessante ver como que as coisas não tinham mudado muito entre a infância de alguém como Cruz e Souza e a minha infância, né? Obviamente ninguém me adotou, nada disso, mas eu passei muito tempo dentro da casa de família. que era gente que tinha muito interesse em ajudar a gente, em dar, como se diz, a scholarship, né? O lugar que a minha mãe trabalhou mais tempo assim, continuamente por 10 anos, foi, aliás, na casa do ex-reitor da USP, na década de 70 e 80, o Dr. Orlando Marques de Paiva. Lívia: Ao contar essa história tão íntima, a Andrea explicou como ela tenta passar essa coincidência de vivências, separada por cem anos ou mais no tempo, mas que, apesar de todo avanço na luta contra desigualdades raciais, ainda hoje refletem na sua memória e ainda são muito estáticas. Lidia: Essa memória reflete na linguagem, porque, como ela explicou, esses autores utilizam muitas palavras que a gente não usa mais, porque são palavras lá do século XVIII e XIX, mas o contexto chega pra ela de uma forma muito íntima e ainda viva, por ela ter vivenciado essas questões. Andrea Kouklanakis: Eu não sou poeta, mas eu tô dando uma de poeta, sabe? E quando eu percebo que tem algum estilo assim, a Auta de vez em quando tem um certo estilo assim, ambrósia, não sei do quê, sabe? Eu sei que ela está querendo dizer perfume, não sei o quê, eu não vou mudar, especialmente palavras, porque eu também estou vindo da minha perspectiva é de quem sabe grego e latim, eu também estou interessada em palavras que são em português, mas são gregas. Então, eu preservo, sabe? Lívia: Então, pra Andrea, no seu trabalho tradutório ela procura mesclar essas duas questões, a sua relação íntima com os textos e também a sua formação como classicista, que pensa a etimologia das palavras e convive com essa multiplicidade de línguas e culturas, caminhando entre o grego, o latim, o inglês e o português. [música de transição] [bg] Lidia: Ao ouvir nossos convidados de hoje, a Andrea Koclanakis e o Guilherme Gontijo Flores, percebemos que traduzir textos clássicos é muito mais do que passar palavras de uma língua pra outra. É atravessar disputas políticas, revisitar o passado com olhos do presente, reconstruir memórias coloniais e imaginar novos modos de convivência com as tradições antigas. Lívia: A tradução é pesquisa, criação, crítica e também pode ser transformação. Agradecemos aos entrevistados e a você que nos acompanhou até aqui! [música de transição] [créditos] Livia: O roteiro desse episódio foi escrito por mim, Lívia Mendes, que também fiz a locução junto com a Lidia Torres. Lidia: A revisão foi feita por mim, Lidia Torres e pela Mayra Trinca. Lidia: Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. Lívia: Os trabalhos técnicos são de Daniel Rangel. A trilha sonora é de Kevin MacLeod e também gentilmente cedida pelo grupo Pecora Loca. A vinheta do Oxigênio foi produzida pelo Elias Mendez. Lidia: O Oxigênio conta com apoio da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. Você encontra a gente no site oxigenio.comciencia.br, no Instagram e no Facebook, basta procurar por Oxigênio Podcast. Lívia: Pra quem chegou até aqui, tomara que você tenha curtido passear pelo mundo da antiguidade greco-romana e entender um pouco de como os textos antigos chegam até nós pela recepção e tradução. Você pode deixar um comentário, na sua plataforma de áudio favorita, contando o que achou. A gente vai adorar te ver por lá! Até mais e nos encontramos no próximo episódio. [vinheta final]

Zeteo
« Je ne crois pas en Dieu, je le vis » : Maurice Zundel, présenté par France-Marie Chauvelot et Claire Bellet-Odent

Zeteo

Play Episode Listen Later Oct 25, 2025 65:15


France-Marie Chauvelot et Claire Bellet-Odent sont des passionnées de Maurice Zundel. Écrivaine et journaliste, France-Marie Chauvelot a publié l'anthologie très remarquée des textes de Maurice Zundel Je ne crois pas en Dieu, je le vis, qu'elle a préfacé. Plus récemment, elle a écrit et publié Vie et Pensée de Maurice Zundel. Claire Bellet-Odent, ancienne moniale bénédictine, est doctorante en théologie pratique à Louvain-la-Neuve, spécialisée dans la recherche sur les éco-lieux spirituels chrétiens. Toutes les deux sont très engagées dans tout ce qui peut mieux faire connaître Zundel, notamment avec l'Association des Amis de Maurice Zundel. Maurice Zundel est un des plus grands mystiques du XXème siècle. Si, de son vivant, son rayonnement a été souvent empêché par le cléricalisme de son époque, sa spiritualité lumineuse et originale nous parvient aujourd'hui dans toute sa fécondité et sa richesse. D'une grande puissance intellectuelle, Maurice Zundel a surtout développé une approche théologique et spirituelle de Dieu qui favorise l'expérience et non la connaissance ou la démonstration. C'est toute la force de l'une de ses citations les plus révélatrices : « Je ne crois pas en Dieu, je le vis ». France-Marie Chauvelot et Claire Bellet-Odent évoquent ici aussi les liens si forts qui rapprochent Maurice Zundel de grandes figures spirituelles. Comme François d'Assise, qui lui confirme la primauté de l'expérience et de la vie, et qui lui révèle le mystère d'une Trinité divine qui est avant tout l'expression d'une respiration d'amour en générosité, en communion et en pauvreté. Comme aussi Etty Hillesum, qui partage l'expérience d'un Dieu vulnérable, intérieur et pauvre, avec ce prêtre catholique d'origine suisse, qui n'hésitait pas à dire lui-même « Ne parlez pas trop de Dieu, vous allez l'abîmer ». Par leur enthousiasme et leur profonde connaissance de Zundel, France-Marie Chauvelot et Claire Bellet-Odent offrent un témoignage croisé où soufflent à la fois la profondeur, l'humilité, la liberté et la joie… autant de reflets de l'immense sagesse d'un homme dont les souffrances n'ont jamais altéré la foi en l'amour divin infini amour... --------------      Pour lire Vie et pensée de Maurice Zundel, le livre de France-Marie Chauvelot, cliquer ici. Pour découvrir l'AMZ, l'association des amis de Maurice Zundel, cliquer ici. VIVEZ-MOI, VOUS ME COMPRENDREZ    Chers amis, chers auditeurs de Zeteo, Enfin un épisode de Zeteo consacré à Maurice Zundel ! Grâce à deux femmes passionnées et passionnantes, France-Marie Chauvelot et Claire Bellet-Odent, c'est une lacune qui est heureusement et même joyeusement comblée par ce 354ème épisode. Ce qui est peut-être le plus étonnant, avec la pensée de Maurice Zundel, c'est l'impression de la grande puissance, de la liberté, de la profondeur et de l'incroyable « modernité » de sa mystique.  Car il y a des modernités qui comptent, lorsqu'elles parlent un langage qui semble tellement adapté au temps que nous vivons. C'est bien ce que nous a appris l'immense poète Arthur Rimbaud, qui n'avait pas peur de proclamer qu'il fallait être moderne, « absolument moderne ». Avec Maurice Zundel, c'est le chavirement spirituel. Dieu n'est plus tout puissant, intimidant, lointain, vengeur et punitif. Il est le très-bas que Christian Bobin a retrouvé lui aussi chez François d'Assise. C'est aussi un chavirement intellectuel. Dieu est vulnérable. Il est tellement aimant et respectueux de nos libertés que nous pouvons l'abîmer dans nos folies et nos tourments. Il est celui qu'Etty Hillesum nous appelle à aider, pour ne pas l'éteindre en nous. Dieu ne dépend ni de connaissances, ni de nos démonstrations intellectuelles, ni de nos vérités. Il est immédiat. À cet instant, dans le souffle que nous respirons, dans le visage et la réalité de l'autre qui surgit. N'est-ce pas à la fois magnifique et tellement réconfortant ? La divinité ne dépend pas de nous, et bien heureusement ! Elle se rencontre, elle se vit, elle se partage. C'est seulement quand on renonce à le comprendre, qu'on finit par comprendre un peu… Alors, chérissons l'élan formidable impulsé il y a quelques dizaines d'années par ce grand mystique suisse, dont le rayonnement ne cesse aujourd'hui de grandir. Il faut faire connaître Maurice Zundel ! Impatiemment, Guillaume Devoud Pour soutenir l'effort de Zeteo, podcast sans publicité et d'accès entièrement gratuit, vous pouvez faire un don. Il suffit pour cela de cliquer sur l'un des deux boutons ci-dessous, pour le paiement de dons en ligne au profit de l'association Telio qui gère Zeteo. Cliquer ici pour aller sur notre compte de paiement de dons en ligne sécurisé par HelloAsso. Ou cliquer ici pour aller sur notre compte Paypal. Vos dons sont défiscalisables à hauteur de 66% : par exemple, un don de 50€ ne coûte en réalité que 17€. Le reçu fiscal est généré automatiquement et immédiatement à tous ceux qui passent par la plateforme de paiement sécurisé en ligne de HelloAsso Nous délivrons directement un reçu fiscal à tous ceux qui effectuent un paiement autrement (Paypal, chèque à l'association Telio, 116 boulevard Suchet, 75016 Paris – virement : nous écrire à info@zeteo.fr ).   Pour lire d'autres messages de nos auditeurs : cliquer ici. Pour en savoir plus au sujet de Zeteo, cliquer ici. Pour lire les messages de nos auditeurs, cliquer ici. Nous contacter : contact@zeteo.fr Proposer votre témoignage ou celui d'un proche : temoignage@zeteo.fr

Apprends le français avec Madame à Paname (French)
S9 E18. L'histoire des poètes maudits Verlaine et Rimbaud

Apprends le français avec Madame à Paname (French)

Play Episode Listen Later Oct 24, 2025 42:40


Paul Verlaine et Arthur Rimbaud, ce sont 2 immenses poètes français du 19e siècle. Leur histoire est incroyable... (Je crois que cet épisode est mon nouveau préféré

All Of It
New York Artist David Wojnarowicz Saw Himself in Arthur Rimbaud

All Of It

Play Episode Listen Later Oct 22, 2025 15:02


David Wojnarowicz was an influential New York artist and AIDS activist who established himself in the East Village scene in the 70s and 80s. The Leslie-Lohman Museum of Art, which curates work from LGBTQ+ artists, has organized a new exhibition around a series Wojnarowicz made inspired by French poet Arthur Rimbaud. Curator Antonio Sergio Bessa details what you can see in the show, "David Wojnarowicz: Arthur Rimbaud in New York," on view through January 18, 2026.

A Word In Edgewise | WERU 89.9 FM Blue Hill, Maine Local News and Public Affairs Archives
A Word in Edgewise 10/20/25: The Bar Harbor 1947 Fire, Arthur Rimbaud, & a Pair of Comets . . .

A Word In Edgewise | WERU 89.9 FM Blue Hill, Maine Local News and Public Affairs Archives

Play Episode Listen Later Oct 20, 2025 4:53


Producer/Host: R.W. Estela Hi, I'm RW Estela: Since 1991, I've been presenting A Word in Edgewise, WERU's longest-running short feature, a veritable almanac of worldly and heavenly happenings, a confluence of 21st-century life in its myriad manifestations, international and domestic, cosmopolitan and rural, often revealing, as the French say, the more things change, the more they stay the same — though not always! Sometimes in addressing issues affecting our day-to-day lives, in this age of vagary and ambiguity, when chronological time is punctuated elliptically, things can quickly turn edgy and controversial, as we search for understanding amid our dialectic. Tune in Monday mornings at 7:30 a.m. for an exciting journey through space and time with a few notable birthdays thrown in for good measure during A Word in Edgewise . . . About the host: RW Estela was raised as a first-generation American in Colorado by a German mother and a Corsican-Basque father who would become a three-war veteran for the US Army, so RW was naturally a military brat and later engaged in various Vietnam-era civil-service adventures before paying his way through college by skiing for the University of Colorado, playing Boulder coffeehouses, and teaching. He has climbed all of Colorado's Fourteeners; found work as an FAA-certificated commercial pilot, a California-licensed building contractor, a publishing editor, a practitioner of Aikido, and a college professor of English; among his many interdisciplinary pursuits are the design and building of Terrell Residence Library (recently renamed the Terrell House Permaculture Living & Learning Center at the University of Maine), writing Building It In Two Languages (a bilingual dictionary of construction terminology), aerial photo documentation of two dam removals (Great Works and Veazie) on the Penobscot River, and once a week since 1991 drafting an installment of A Word In Edgewise, his essay series addressing issues affecting our day-to-day lives — and WERU's oldest continuous short feature. When pandemics do not interfere, he does the Triple Crown of Maine open-water ocean swims (Peaks to Portland, Islesboro Crossing, and Nubble Light Challenge) and the Whitewater Downriver Point Series of the Maine Canoe and Kayak Racing Organization. RW is the father of two and the grandfather of three and lives with his partner Kathleen of 37 years and their two Maine Coons in Orono. The post A Word in Edgewise 10/20/25: The Bar Harbor 1947 Fire, Arthur Rimbaud, & a Pair of Comets . . . first appeared on WERU 89.9 FM Blue Hill, Maine Local News and Public Affairs Archives.

One Thing In A French Day
Arthur Rimbaud, le BG génial qui a écrit Le dormeur du Val

One Thing In A French Day

Play Episode Listen Later Oct 17, 2025 3:16


Ce poème est presque un passage obligé, mais en même temps il est tellement beau. On pourrait le lire 100 fois.  Ce poème fait partie des textes que Lisa présentera pour le bac de français, l'épreuve orale.  Dans cet épisode, découvrez-en un peu plus sur l'épreuve du bac de français, par exemple l'explication linéaire, mais aussi sur la réaction de Lisa envers ce poème... et son auteur !  Les notes culturelles sur cet épisode sont disponibles en vous abonnant à mes lettres parisiennes sur www.onethinginafrenchday.com  

Cultivate your French
Arthur Rimbaud, le BG génial qui a écrit Le dormeur du Val

Cultivate your French

Play Episode Listen Later Oct 15, 2025 6:43


Rimbaud, le jeune poète n'avait que 16 ans lorsqu'il a écrit Le dormeur du Val, l'un des plus beaux poèmes français. Lisa l'a étudié au lycée.  Cette année, c'est l'année du bac de français pour Lisa. Elle va avoir deux épreuves : une épreuve écrite et une épreuve orale. Leur professeure commence à les préparer pour ces épreuves. C'est la dernière année de français pour les lycéens. L'année prochaine, ils étudieront pendant un an la philosophie.  Le bac de français est une épreuve très marquante pour les lycéens, on est toujours très fier de l'avoir réussie et d'avoir des bonnes notes.  Dans les notes, les bonnes notes, qui accompagnent cet épisode, il y aura des notes culturelles,  mais nous nous arrêterons aussi sur quelques aspects du texte.  Vous pouvez vous abonner sur www.cultivateyourfrench.com L'abonnement est à 4 euros par mois, les textes et leurs notes vous sont envoyés par email à chaque fois qu'un épisode est mis en ligne. En vous abonnant, vous recevez automatiquement les dix derniers épisodes avec notes du podcast. 

Lit with Charles
Richard Scott, author of "Soho" and "That Broke into Shining Crystals"

Lit with Charles

Play Episode Listen Later Oct 13, 2025 41:00


We don't have enough poetry on this show, and it's time to change that. My guest today is Richard Scott, a contemporary British poet known for his bold, lyrical explorations of queer identity, desire, shame, and the politics of the body. He trained as an opera singer before turning to poetry, and has released two collections, Soho (2018) and That Broke into Shining Crystals (2025). In our conversation, Richard and I go through 4 poems that have inspired his journey as a poet and I was so grateful to have such a fun yet deep conversation with him about poetry, and to learn a little more about this beautiful craft.Lit with Charles loves reviews. If you enjoyed this episode, I'd be so grateful if you could leave a review of your own, and follow me on Instagram at @litwithcharles. Let's get more people listening – and reading!Richard Scott's four poems were:Clair de Lune by Paul Verlaine (1869)Flowers by Arthur Rimbaud (written in the early 1870s and first published posthumously in 1886)A Part Song by Denise Riley (2012)Singing by Mei-mei Berssenbrugge (2020)

Historical Homos
Rimbaud & Verlaine: Toxic Boyfriends of French Poetry (feat. Robert St Clair)

Historical Homos

Play Episode Listen Later Oct 2, 2025 102:07


What happens when a teen prodigy meets a drunk poet with a pistol in his pocket (the gun kind, not the fun kind)?Answer: extremely gay chaos.This week on Historical Homos, we're diving into the doomed romance of Arthur Rimbaud and Paul Verlaine—the most sensationally toxic boyfriends in the history of French poetry.With our guest this week, Robert St. Clair, we'll unpack:The social revolution of the 19th century: just a fun little reminder of where class warfare was born!Rimbaud and Verlaine's poetry: because toxic people can be great artists tooThe couple's love letters, extortion notes, and pornographic sonnets: including a gorgeous reading of 1872's “To the Butthole”The Brussels Incident™: in which our drunken hero pulls a gun, fires wildly with his eyes covered, and somehow manages to shoot his boyfriend in the wristCourtroom dick reports. in which forensic "doctors" examine the hero's hole and pole to “prove” he was gay, because it turns out science is just as toxic as poetryTheir legacy. Rimbaud stopped writing at 20, Verlaine went to prison for love and revolution – and both still managed to change poetry forever.It's toxic. It's fascinating. It's, how you say, very fucking French

Crónicas Lunares
Arthur Rimbaud - Iluminaciones (Análisis literario)

Crónicas Lunares

Play Episode Listen Later Sep 29, 2025 20:47


Iluminaciones de Arthur Rimbaud es una obra fundacional dela poesía moderna, un testimonio del poder transformador del lenguaje y la imaginación. Su exploración de lo visionario, lo marginal y lo trascendente desafía a Los Lunares a repensar los límites de la realidad y el arte. Como poeta-vidente, Rimbaud nos lega un universo de imágenes que, como relámpagos, iluminan la condición humana en toda su complejidad. Esta obra es imprescindible para quienes buscan comprender la evolución de la poesía y el espíritu rebelde que marcó la modernidad. Te invito a leer Iluminaciones para descubrir un mundo donde la poesía no solo refleja la vida, sino que la reinventa."Crónicas Lunares di Sun" es un podcast cultural presentado por Irving Sun, que abarca una variedad de temas, desde la literatura y análisis de libros hasta discusiones sobre actualidad y personajes históricos. Se difunde en múltiples plataformas como Ivoox, Apple Podcast, Spotify y YouTube, donde también ofrece contenido en video, incluyendo reflexiones sobre temas como la meditación y la filosofía teosófica. Los episodios exploran textos y conceptos complejos, buscando fomentar la reflexión y el autoconocimiento entre su audiencia, los "Lunares", quienes pueden interactuar y apoyar el programa a través de comentarios, redes sociales y donaciones. AVISO LEGAL: Los cuentos, poemas, fragmentos de novelas, ensayos y todo contenido literario que aparece en Crónicas Lunares di Sun podrían estar protegidos por derecho de autor (copyright). Si por alguna razón los propietarios no están conformes con el uso de ellos por favor escribirnos al correo electrónico cronicaslunares.sun@hotmail.com y nos encargaremos de borrarlo inmediatamente. Si te gusta lo que escuchas y deseas apoyarnos puedes dejar tu donación en PayPal, ahí nos encuentras como @IrvingSun  https://paypal.me/IrvingSun?country.x=MX&locale.x=es_XC  Síguenos en:  Telegram: Crónicas Lunares di Sun  ⁠Crónicas Lunares di Sun - YouTube⁠ ⁠https://t.me/joinchat/QFjDxu9fqR8uf3eR⁠  ⁠https://www.facebook.com/cronicalunar/?modal=admin_todo_tour⁠  ⁠Crónicas Lunares (@cronicaslunares.sun) • Fotos y videos de Instagram⁠  ⁠https://twitter.com/isun_g1⁠  ⁠https://www.google.com/podcasts?feed=aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy9lODVmOWY0L3BvZGNhc3QvcnNz⁠  ⁠https://open.spotify.com/show/4x2gFdKw3FeoaAORteQomp⁠  https://mx.ivoox.com/es/s_p2_759303_1.html⁠ https://tunein.com/user/gnivrinavi/favorites⁠ 

Autant en emporte l'histoire
Arthur Rimbaud, la beauté du diable

Autant en emporte l'histoire

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 56:52


durée : 00:56:52 - Autant en emporte l'Histoire - par : Stéphanie Duncan - 1871. Arthur Rimbaud, 17 ans, vient de fuguer de chez sa mère à Charleville et débarque à Paris. Dès son arrivée le jeune génie fascine ses aînés mais la fascination tourne vite à l'hostilité. Il multiplie les provocations et très vite bouleverse la vie rangée d'un autre poète : Paul Verlaine. - invités : Henri Scepi - Henri Scepi : Professeur de littérature française du 19e siècle à la Sorbonne nouvelle. Il dirige le Centre de recherche sur les poétiques du 19e (CRP19) - réalisé par : Anne WEINFELD Vous aimez ce podcast ? Pour écouter tous les autres épisodes sans limite, rendez-vous sur Radio France.

Buchkritik - Deutschlandfunk Kultur
Buch meines Lebens: "Eine Zeit in der Hölle" von Arthur Rimbaud (sendefertig)

Buchkritik - Deutschlandfunk Kultur

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 2:38


Vuong, Ocean www.deutschlandfunkkultur.de, Lesart

Lesart - das Literaturmagazin - Deutschlandfunk Kultur
Buch meines Lebens: "Eine Zeit in der Hölle" von Arthur Rimbaud (sendefertig)

Lesart - das Literaturmagazin - Deutschlandfunk Kultur

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 2:38


Vuong, Ocean www.deutschlandfunkkultur.de, Lesart

Lesart - das Literaturmagazin (ganze Sendung) - Deutschlandfunk Kultur
Buch meines Lebens: "Eine Zeit in der Hölle" von Arthur Rimbaud (sendefertig)

Lesart - das Literaturmagazin (ganze Sendung) - Deutschlandfunk Kultur

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 2:38


Vuong, Ocean www.deutschlandfunkkultur.de, Lesart

Tout sur Tout
Briller en société avec Arthur Rimbaud en 3 minutes !

Tout sur Tout

Play Episode Listen Later Sep 3, 2025 3:58


Aujourd'hui, je vais vous parler d'un des poètes les plus mystérieux de la littérature française... On connaît tous ses vers, et la grande question, c'est pourquoi il a arrêté d'écrire si jeune. Bref, vous avez peut-être reconnu, je parle du grand Arthur Rimbaud, bien sûr ! Pourquoi ce jeune homme de génie, qui avait tout pour devenir l'un des plus grands poètes de son époque, a-t-il décidé de poser la plume pour toujours ? Pour comprendre ça, il faut revenir un peu à son histoire, à son enfance, à ses débuts, à sa rencontre avec Paul Verlaine, et bien sûr, à ce moment charnière où il a dit adieu à la poésie... Allez, on rembobine ! ______ "Briller en société" est un podcast original NRJ, à retrouver sur toutes les plateformes d'écoute et sur le site et l'application NRJ.fr Texte : Daphné Breytenbach Voix et mix : Louis Daubé. "Briller en société" est un podcast NRJ imaginé par Sarah Conan. Rédaction en cheffe : Anaïs Koopman. Production : Anne-Cécile Kirry et Marie Carette. ______ Et découvrez les autres podcast produits par NRJ : - Le podcast Destin, sur les incroyables histoires de vie - Le podcast La Routine, une conversation avec celles et ceux qui font le divertissement d'aujourd'hui. - Le podcast Palmarès !, parce que le cinéma s'écoute aussi en podcast ______ Briller en société est un podcast original NRJ, à retrouver sur toutes les plateformes d'écoute et sur le site et l'application NRJ.fr Texte : Daphné Breytenbach Voix et mix : Louis Daubé Rédaction en chef : Sarah Conan & Anaïs Koopman Production : Anne-Cécile Kirry & Marie Carette ______ Et découvrez les autres podcast produits par NRJ : - Le podcast Destin, sur les incroyables histoires de vie - Le podcast Inspirés, pour découvrir les coulisses de vos chansons préférées - Le podcast Gossip Love, sur la vie amoureuse des stars Hébergé par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.

Tout sur Tout
Pourquoi Arthur Rimbaud a-t-il arrêté d'écrire ?

Tout sur Tout

Play Episode Listen Later Sep 1, 2025 8:04


Aujourd'hui, je vais vous parler d'un des poètes les plus mystérieux de la littérature française... On connaît tous ses vers, et la grande question, c'est pourquoi il a arrêté d'écrire si jeune. Bref, vous avez peut-être reconnu, je parle du grand Arthur Rimbaud, bien sûr ! Pourquoi ce jeune homme de génie, qui avait tout pour devenir l'un des plus grands poètes de son époque, a-t-il décidé de poser la plume pour toujours ? Pour comprendre ça, il faut revenir un peu à son histoire, à son enfance, à ses débuts, à sa rencontre avec Paul Verlaine, et bien sûr, à ce moment charnière où il a dit adieu à la poésie... Allez, on rembobine ! ______ "Briller en société" est un podcast original NRJ, à retrouver sur toutes les plateformes d'écoute et sur le site et l'application NRJ.fr Texte : Daphné Breytenbach Voix et mix : Louis Daubé. "Briller en société" est un podcast NRJ imaginé par Sarah Conan. Rédaction en cheffe : Anaïs Koopman. Production : Anne-Cécile Kirry et Marie Carette. ______ Et découvrez les autres podcast produits par NRJ : - Le podcast Destin, sur les incroyables histoires de vie - Le podcast La Routine, une conversation avec celles et ceux qui font le divertissement d'aujourd'hui. - Le podcast Palmarès !, parce que le cinéma s'écoute aussi en podcast ______ Briller en société est un podcast original NRJ, à retrouver sur toutes les plateformes d'écoute et sur le site et l'application NRJ.fr Texte : Daphné Breytenbach Voix et mix : Louis Daubé Rédaction en chef : Sarah Conan & Anaïs Koopman Production : Anne-Cécile Kirry & Marie Carette ______ Et découvrez les autres podcast produits par NRJ : - Le podcast Destin, sur les incroyables histoires de vie - Le podcast Inspirés, pour découvrir les coulisses de vos chansons préférées - Le podcast Gossip Love, sur la vie amoureuse des stars Hébergé par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.

Les choses de la ville
Peut-on parler de Charleville-Mézières sans évoquer Arthur Rimbaud ?

Les choses de la ville

Play Episode Listen Later Aug 19, 2025 10:21


durée : 00:10:21 - Les lieux à ne pas manquer - par : David ABITTAN - Une place au centre de la ville, un festival au cœur de l'automne, une rivière pleine de boucle, et un sanglier géant… Mais d'abord, une question : est-ce que l'on peut parler d'autre chose que d'Arthur Rimbaud pour évoquer la ville ? Vous aimez ce podcast ? Pour écouter tous les autres épisodes sans limite, rendez-vous sur Radio France.

Franck Ferrand raconte...
Le secret des derniers jours de Rimbaud : ce qui a vraiment causé sa mort

Franck Ferrand raconte...

Play Episode Listen Later Aug 5, 2025 22:35


L'année 1891 est la dernière de cet aventurier perdu : Arthur Rimbaud. Alain Vircondelet nous aide à fixer les derniers instants de cet homme insaisissable. Mention légales : Vos données de connexion, dont votre adresse IP, sont traités par Radio Classique, responsable de traitement, sur la base de son intérêt légitime, par l'intermédiaire de son sous-traitant Ausha, à des fins de réalisation de statistiques agréées et de lutte contre la fraude. Ces données sont supprimées en temps réel pour la finalité statistique et sous cinq mois à compter de la collecte à des fins de lutte contre la fraude. Pour plus d'informations sur les traitements réalisés par Radio Classique et exercer vos droits, consultez notre Politique de confidentialité.Hébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.

Ojai: Talk of the Town
Storms, Stories & The Birth of Horror: Jule Selbo on "Mary Shelley: The Year Without Summer"

Ojai: Talk of the Town

Play Episode Listen Later Jul 24, 2025 54:52


What happens when five brilliant, rebellious Romantics take refuge from a climate catastrophe in a lakeside villa — and decide to conjure monsters?In this episode of Ojai Talk of the Town, we sit down with acclaimed playwright, screenwriter and novelist Jule Selbo to discuss her gripping new play, Mary Shelley: The Year Without Summer, premiering in Ojai on August 8, running through August 17th at Matilija Auditorium, directed by Richard Camp as the Ojai Performing Arts Theater's summer production.Set in the summer of 1816, amid the eerie aftermath of a volcanic eruption that blotted out the sun, the play captures a charged gathering at Villa Diodati, where Mary Shelley, Percy Bysshe Shelley, Lord Byron, Dr. Polidori, and Mary's stepsister Claire Clairmont engage in a dark game: Who can write the best horror story?From this stormy retreat, two modern mythologies are born —Mary's Frankenstein, which redefined horror and science fiction, and Polidori's Vampyre, the prototype for the seductive bloodsucker that haunts our popular imagination to this day.Jule shares her insights into dramatizing these iconic figures, why the tensions of that fateful summer still resonate, and how creativity thrives in chaos. A must-listen for literature lovers, theater fans, and anyone who enjoys a good ghost story.We talk about how these gothic tales speak to the modern imagination, writing for money and much more. (We do not talk about old English desserts, Arthur Rimbaud or folk dancing.)For more information, check out OPAT's website at OjaiTheater.org or Jule Selbo's site at JuleSelbo.com.

Te lo spiega Studenti.it
Arthur Rimbaud: biografia, opere e stile

Te lo spiega Studenti.it

Play Episode Listen Later Jul 17, 2025 2:41


Arthur Rimbaud, vita e opere del poeta francese promotore della poesia moderna. Stile e temi di Una stagione all'inferno e altre raccolte.

The Seen and the Unseen - hosted by Amit Varma
Ep 420: Siddhartha Basu Is in the Hot Seat

The Seen and the Unseen - hosted by Amit Varma

Play Episode Listen Later Jun 16, 2025 250:06


Circumstance made him a legend of the quizzing world, but Siddhartha Basu is a man of many parts. He joins Amit Varma in episode 420 of The Seen and the Unseen to talk about life, India, the art of asking questions and the answers he has found. (FOR FULL LINKED SHOW NOTES, GO TO SEENUNSEEN.IN.) Also check out: 1. Siddhartha Basu on Wikipedia, Twitter, Instagram and IMDb. 2. Tree of Knowledge, DigiTok. 3. Quizzitok on YouTube. 4. Middlemarch -- George Eliot. 5. The Gita Press and Hindu Nationalism — Episode 139 of The Seen and the Unseen (w Akshaya Mukul). 6. Gita Press and the Making of Hindu India — Akshaya Mukul. 7. Episodes of The Seen and the Unseen featuring Ramachandra Guha: 1, 2, 3, 4, 5, 6. 9. The Life and Times of KP Krishnan — Episode 355 of The Seen and the Unseen. 10. The Life and Times of Vir Sanghvi — Episode 236 of The Seen and the Unseen. 11. Gods, Guns and Missionaries: The Making of the Modern Hindu Identity — Manu Pillai. 12. The Forces That Shaped Hinduism — Episode 405 of The Seen and the Unseen (w Manu Pillai). 13. How to Become a Tyrant -- Narrated by Peter Dinklage. 14. What Is Populism? -- Jan-Werner Müller. 15. The Populist Playbook -- Episode 42 of Everything is Everything. 16. 20,000 Leagues Under the Sea -- Richard Fleischer. 17. The Hedgehog And The Fox — Isaiah Berlin. 18. Trees of Delhi : A Field Guide -- Pradip Krishen. 19. The Rooted Cosmopolitanism of Sugata Srinivasaraju — Episode 277 of The Seen and the Unseen. 20. The Refreshing Audacity of Vinay Singhal — Episode 291 of The Seen and the Unseen. 21. Stage.in. 22. Dance Like a Man -- Mahesh Dattani. 23. How Old Are You? -- Rosshan Andrrews. 24. The Mehta Boys -- Boman Irani. 25. A Portrait of the Artist as a Young Man -- James Joyce. 26. Massey Sahib -- Pradip Krishen. 27. Derek O'Brien talks to Siddhartha Basu -- Episode 6 of the Quizzitok Podcast. 28. Kwizzing with Kumar Varun. 29. Ivanhoe, Treasure Island and Black Beauty. 30. Jane Austen, Walter Scott, Charles Dickens, John Steinbeck, Albert Camus, Jean-Paul Sartre, Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud, Allan Ginsberg, Jack Kerouac, James Joyce, TS Eliot and Vivekananda. 31. Ramayana and Mahabharata -- C Rajagopalachari. 32. Paradise Lost -- John Milton. 33. Morte d'Arthur -- Alfred Tennyson. 34. Death of a Salesman -- Arthur Miller. 35. Salman Rushdie, Amitav Ghosh, Mukul Kesavan, Rukun Advani, Vikram Seth, Shashi Tharoor, Jhumpa Lahiri, I Allan Sealy, Arundhati Roy and William Dalrymple. 36. The Trotter-nama -- I Allan Sealy. 37. The Everest Hotel -- I Allan Sealy. 38. The Life and Times of Altu-Faltu -- Ranjit Lal. 39. Mr Beast on YouTube. 40. The Spectacular Life of Prahlad Kakar — Episode 414 of The Seen and the Unseen. 41. Ramki and the Ocean of Stories -- Episode 415 of The Seen and the Unseen. 42. Adolescence -- Created by Stephen Graham & Jack Thorne. 43. Anora -- Sean Baker. 44. Jerry Seinfeld on the results of the Seinfeld pilot. 45. Scam 1992 -- Hansal Mehta. 46. Dahaad -- Created by Reema Kagti & Zoya Akhtar. 47. The Delhi Walla -- Mayank Austen Soofi. 48. Flood of Fire -- Amitav Ghosh. 49. The Shadow Lines -- Amitav Ghosh. 50. The God of Small Things -- Arundhati Roy. 51. Shillong Chamber Choir. 52. The Waste Land -- TS Eliot. 53. Omkara, Maqbool and Haider -- Vishal Bhardwaj. 54. A Tale of Two Cities -- Charles Dickens. 55. William Shakespeare and Henry James. Amit Varma and Ajay Shah have launched a new course called Life Lessons, which aims to be a launchpad towards learning essential life skills all of you need. For more details, and to sign up, click here. Amit and Ajay also bring out a weekly YouTube show, Everything is Everything. Have you watched it yet? You must! And have you read Amit's newsletter? Subscribe right away to The India Uncut Newsletter! It's free! Also check out Amit's online course, The Art of Clear Writing. Episode art: ‘Your Time Starts Now' by Simahina.

Entrez dans l'Histoire
Arthur Rimbaud, l'enfant terrible de la poésie

Entrez dans l'Histoire

Play Episode Listen Later May 2, 2025 19:31


REDIFF - Entrez dans l'histoire tumultueuse d'un génie fulgurant : Arthur Rimbaud. L'auteur du célèbre « Dormeur du Val » est resté à jamais le poète maudit du XIXe siècle. Auteur prodige, rebelle incandescent, il incarne une jeunesse brûlante, emportée par des idéaux foudroyés. Découvrez la vie cabossée de l'un des esprits les plus indomptables de la poésie française. Crédits : Lorànt Deutsch, Bruno Calvès. Du lundi au vendredi de 15h à 15h30, Lorànt Deutsch vous révèle les secrets des personnages historiques les plus captivants !Distribué par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.

RTL Stories
Entrez dans l'Histoire - Arthur Rimbaud, l'enfant terrible de la poésie

RTL Stories

Play Episode Listen Later May 2, 2025 19:31


REDIFF - Entrez dans l'histoire tumultueuse d'un génie fulgurant : Arthur Rimbaud. L'auteur du célèbre « Dormeur du Val » est resté à jamais le poète maudit du XIXe siècle. Auteur prodige, rebelle incandescent, il incarne une jeunesse brûlante, emportée par des idéaux foudroyés. Découvrez la vie cabossée de l'un des esprits les plus indomptables de la poésie française. Crédits : Lorànt Deutsch, Bruno Calvès. Du lundi au vendredi de 15h à 15h30, Lorànt Deutsch vous révèle les secrets des personnages historiques les plus captivants !Distribué par Audiomeans. Visitez audiomeans.fr/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.

Franck Ferrand raconte...
Les derniers jours du poète Arthur Rimbaud

Franck Ferrand raconte...

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025 21:11


L'année 1891 est la dernière de cet aventurier perdu : Arthur Rimbaud. Alain Vircondelet nous aide à fixer les derniers instants de cet homme insaisissable. Mention légales : Vos données de connexion, dont votre adresse IP, sont traités par Radio Classique, responsable de traitement, sur la base de son intérêt légitime, par l'intermédiaire de son sous-traitant Ausha, à des fins de réalisation de statistiques agréées et de lutte contre la fraude. Ces données sont supprimées en temps réel pour la finalité statistique et sous cinq mois à compter de la collecte à des fins de lutte contre la fraude. Pour plus d'informations sur les traitements réalisés par Radio Classique et exercer vos droits, consultez notre Politique de confidentialité.Hébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.

il posto delle parole
Roberto Rossi Precerutti "Il bestiario o corteggio d'Orfeo" Guillaume Apollinaire

il posto delle parole

Play Episode Listen Later Apr 14, 2025 24:34


Roberto Rossi Precerutti"Il bestiario o corteggio d'Orfeo"Guillame ApollinaireNeos Edizioniwww.neosedizioni.it“Il bestiario o corteggio d'Orfeo” di Guillaume ApollinaireCura e traduzione di Roberto Rossi Precerutti Tavole di Giorgio Enrico BenaDivertito e divertente atlante zoologico compilato come elegante divertissement intellettuale, la raccolta coniuga sapienti suggestioni classiche al meraviglioso di ascendenza medievale attraverso un linguaggio in cui la raffinatezza della cultura antica si coniuga alla moderna visione del reale propria delle avanguardie artistiche del primo Novecento.Roberto Rossi Precerutti nasce l'8 giugno 1953 a Torino, dove vive, da famiglia lombardo-piemontese di antica origine, al cui ramo fiorentino appartenne Ernesto Rossi, insigne figura di antifascista, politico ed economista. Presso l'editore Crocetti, per il quale ha curato Le più belle poesie di Stéphane Mallarmé (1994) e Le più belle poesie di Arthur Rimbaud (1995), è stata pubblicata la raccolta,  Una meccanica celeste (2000). Sulla rivista “Poesia” sono apparse sue traduzioni da Arnaut Daniel e altri trovatori, Gide, Desnos, Góngora, Yourcenar, Sully-Prudhomme, Claudel, Louÿs, La Tour du Pin, Mallarmé, Cros, Radiguet, Béquer, Péguy. Suoi inediti sono stati ospitati, tra l'altro, su “Nuovi Argomenti” e “Poesia”. Tra i suoi ultimi libri: Rimarrà El Greco,Crocetti 2015; Vinse molta bellezza , Neos Edizioni 2015; Domenica delle fiamme, Aragno 2016; Fatti di Caravaggio, Aragno 2016; Un sogno di Borromini, puntoacapo 2018; Un impavido sonno, Aragno 2019.IL POSTO DELLE PAROLEascoltare fa pensarewww.ilpostodelleparole.itDiventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/il-posto-delle-parole--1487855/support.

Théâtre
Arthur Rimbaud - Rumeurs et visions

Théâtre

Play Episode Listen Later Apr 12, 2025 58:54


durée : 00:58:54 - Samedi fiction - par : Blandine Masson - Aussi précoce que fulgurante, l'œuvre d'Arthur Rimbaud des premiers vers en alexandrins à la prose visionnaire des Illuminations, en passant par la période de la Voyance et la crise d'Une saison en enfer, seul recueil publié de son vivant - tient entre ces cinq années : 1870-1875.

Samedi noir
Arthur Rimbaud - Rumeurs et visions

Samedi noir

Play Episode Listen Later Apr 12, 2025 58:54


durée : 00:58:54 - Samedi fiction - par : Blandine Masson - Aussi précoce que fulgurante, l'œuvre d'Arthur Rimbaud des premiers vers en alexandrins à la prose visionnaire des Illuminations, en passant par la période de la Voyance et la crise d'Une saison en enfer, seul recueil publié de son vivant - tient entre ces cinq années : 1870-1875.

Le Double Expresso RTL2
L'INTÉGRALE - Le Double Expresso RTL2 (05/03/25)

Le Double Expresso RTL2

Play Episode Listen Later Mar 5, 2025 112:54


L'info du matin - Grégory Ascher et Justine Salmon vous ont parlé de la méthode 2-7-30, une technique qui va vous aider à ne plus rien oublier si vous êtes tête en l'air. Le winner du jour : - Nos premières winneuses ont voyagé comme des VIP aux États-Unis, seules à bord d'un avion grâce à un bug informatique. - Le patron de Porsche à Salzbourg en Autriche veut construire un tunnel de 500 m sous la montagne pour avoir un accès plus facile à sa villa. Le flashback d'octobre 1995 - La sortie du film "Casper", le premier long-métrage avec un héros en image de synthèse. - "Les Anges gardiens" de Jean-Marie Poiré avec Gérard Depardieu et Christian Clavier. Les savoirs inutiles : - Charleville-Mézières est connue pour avoir vu naître Arthur Rimbaud, mais aussi pour être la capitale mondiale de la marionnette depuis 1961. Le Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes s'y déroule tous les deux ans et accueille plus de 150 000 personnes à chaque édition. 3 choses à savoir sur Pink Floyd Qu'est-ce qu'on regarde ? - Sortie du film "Mickey 17" de Bong Joon Ho avec Robert Pattinson. - Retour de la série documentaire "Formula 1 : pilotes de leur destin" sur Netflix. Le jeu surprise : Romain de Clermont-Ferrand gagne un iPad mini. Les coffres à jouets RTL2 : Marie de Sainte-Luce-sur-Loire près de Nantes gagne un iPad. La banque RTL2 : Emeline de Gujan-Mestras près d'Arcachon gagne 500 euros.

Personal Landscapes
Charles Nicholl on Rimbaud's lost Africa years

Personal Landscapes

Play Episode Listen Later Feb 18, 2025 66:15


Arthur Rimbaud turned French poetry on its head in his late teens. His work influenced everyone from the modernists and the Beats to Bob Dylan and Jim Morrison, but he wasn't recognized or well-liked in his lifetime. He guzzled absinthe, sponged money off friends, and wrecked the life of fellow poet Paul Verlaine. And then he renounced poetry at age 20 and simply walked away.  The last we hear of him, he's somewhere in Africa living as a trader and gunrunner — and for a while, that was all we knew. The book we're talking about today reveals what happened next. Charles Nicholl is the author of Somebody Else: Arthur Rimbaud in Africa 1890-91.  He's a Fellow of the Royal Society of Literature, a recipient of the Hawthornden prize and has won the James Tait Black prize for biography.  We spoke about the allure of Rimbaud the poet, his ‘lost years' in Africa, and his late reputation as a traveler and Arabist.

Grandes Maricas de la Historia
T05E16: Arthur Rimbaud (1854-1891), poeta francés

Grandes Maricas de la Historia

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 53:14


Arthur Rimbaud no fue un poeta cualquiera: con tan solo veinte años ya había revolucionado la literatura francesa y marcado para siempre la poesía moderna. En este episodio, exploramos la vida vertiginosa y la obra incendiaria de ese joven genio que, en apenas unos años, rompió con todas las convenciones y se atrevió a vivir y amar sin pedir permiso. Su relación tormentosa con Paul Verlaine, a la vez musa y catástrofe, alimentó una producción poética llena de rabia, deseo y visiones alucinadas. Con “Una temporada en el infierno” y “Las iluminaciones”, Rimbaud dejó un testamento literario que influiría en generaciones enteras de poetas, simbolistas y artistas disidentes. Pero su rebeldía no se limitó a los versos: después de escandalizar al París burgués, se embarcó en aventuras imposibles, como alistarse en el ejército holandés. Su obsesión por huir de la monotonía y buscar experiencias extremas lo llevó a abandonar la poesía con la misma rapidez con la que la había conquistado, y a dedicarse al comercio y al tráfico de armas en África. Una existencia errante que sigue alimentando su mito de espíritu inquebrantable, de joven que puso en jaque las normas de su tiempo y su propia identidad. En este capítulo, profundizamos en la pasión literaria de Rimbaud, en su vida personal marcada por una libertad feroz y, por supuesto, en los escándalos y las anécdotas que lo convirtieron en una leyenda queer de vanguardia. Acompáñanos en un viaje por la genialidad y el caos de un poeta que, sin pretenderlo, ilumina la senda de quienes se atreven a soñar con lo imposible… y a cumplirlo con toda la audacia que el mundo se empeña en negarles. Las músicas, en esta lista: https://open.spotify.com/playlist/4vKZFit9GozefpXaUXqRu2?si=838992fb0c5a40b6

Un Jour dans l'Histoire
1913, Scandales à Vienne et à Paris : la musique devient moderne

Un Jour dans l'Histoire

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 39:51


Nous sommes le 31 mars 1913 à Vienne. C'est dans la grande salle de la « Musikverein » (l'Association de musique) où, depuis 1870, toute la bonne société de l'Empire austro-hongrois vient applaudir la crème de la crème, qu'est organisé ce que l'histoire va retenir sous le nom de « Skandalkonzert ». On y joue les œuvres de Schönberg, Berg et Webern, trois compositeurs dont la musique atonale va malmener les oreilles du public. A tel point que quelques paires de gifles vont se perdre au sein de l'honorable assemblée qui ne va pas se priver de faire voler les chaises. C'est une véritable émeute qui force la police à intervenir ! Deux mois plus tard, la scène se répète : nous sommes à Paris, au théâtre des Champs-Elysées. Dès le début de la représentation du « Sacre du printemps », l'œuvre de Stravinsky, créée ce soir-là, c'est une éruption qui jaillit de la salle. Deux camps se forment : celles et ceux qui soutiennent la musique dissonante, rugueuse, révolutionnaire et les autres qui pensent qu'on se paie leur tête. Ici aussi, le public huppé oublie ses bonnes manières : on s'injurie, on se frappe … les musiciens ne s'entendent plus jouer. Alors que racontent ces deux mémorables soirées ? Ni plus ni moins que l'invention de la musique moderne. Une musique qui cherche à se désengluer des siècles passés. C'est le cas, à la même époque, pour la peinture, la littérature, la philosophie… Dans l'Europe entière, on propose de nouvelles formes, de nouveaux concepts, mais l'abstraction étonne, détonne. Le public n'est pas mûr. Toutefois, la modernité finira par s'imposer … pour le ravissement des unes et des uns et la rage des autres. « Il faut être absolument moderne » avait écrit Arthur Rimbaud, une quarantaine d'années plus tôt dans « Une saison en enfer » : a-t-il été entendu ? Entrons dans ce monde d'énigmes, de contradictions, d'inventions, ce moment de révolution... Avec nous : Cyril Azouvi. « L'invention de la musique moderne – Vienne, Paris, 1913 » ; Perrin. Sujets traités: Musique, moderne, Paris, Vienne, Schönberg, Berg, Webern, compositeur, Stravinsky, Sacre du printemps, Arthur Rimbaud, Jean Cocteau , révolution Merci pour votre écoute Un Jour dans l'Histoire, c'est également en direct tous les jours de la semaine de 13h15 à 14h30 sur www.rtbf.be/lapremiere Retrouvez tous les épisodes d'Un Jour dans l'Histoire sur notre plateforme Auvio.be :https://auvio.rtbf.be/emission/5936 Intéressés par l'histoire ? Vous pourriez également aimer nos autres podcasts : L'Histoire Continue: https://audmns.com/kSbpELwL'heure H : https://audmns.com/YagLLiKEt sa version à écouter en famille : La Mini Heure H https://audmns.com/YagLLiKAinsi que nos séries historiques :Chili, le Pays de mes Histoires : https://audmns.com/XHbnevhD-Day : https://audmns.com/JWRdPYIJoséphine Baker : https://audmns.com/wCfhoEwLa folle histoire de l'aviation : https://audmns.com/xAWjyWCLes Jeux Olympiques, l'étonnant miroir de notre Histoire : https://audmns.com/ZEIihzZMarguerite, la Voix d'une Résistante : https://audmns.com/zFDehnENapoléon, le crépuscule de l'Aigle : https://audmns.com/DcdnIUnUn Jour dans le Sport : https://audmns.com/xXlkHMHSous le sable des Pyramides : https://audmns.com/rXfVppvN'oubliez pas de vous y abonner pour ne rien manquer.Et si vous avez apprécié ce podcast, n'hésitez pas à nous donner des étoiles ou des commentaires, cela nous aide à le faire connaître plus largement.

Un Jour dans l'Histoire
L'affaire Rimbaud/Verlaine : une justice belge expéditive ?

Un Jour dans l'Histoire

Play Episode Listen Later Jan 8, 2025 36:11


Nous sommes au matin du 10 juillet 1873, à Bruxelles. Paul Verlaine, âgé de 29 ans, vivant une relation houleuse avec Arthur Rimbaud, dix ans de moins, se rend aux Galeries Saint-Hubert chez l'armurier Montigny. Dans la boutique, il se procure un pistolet de sept millimètres à six coups. Il passe le restant de la matinée dans les bistrots du centre de la capitale. A midi, lorsque le poète rejoint sa chambre d'hôtel près de la Grand-Place, il est dans un état d'ivresse avancé. La veille, au terme d'une énième dispute, Rimbaud avait annoncé à son compagnon qu'il désirait mettre fin à leur liaison et rejoindre Paris. Le 10 juillet 1873 , Paul Verlaine tire sur le jeune homme à deux reprises. Rimbaud est touché au poignet. Les deux hommes se rendent alors, ensemble, à l'hôpital Saint Jean mais Verlaine ne cesse d'être menaçant. Arthur le dénonce aux autorités. La justice s'empare de l'affaire. Une enquête de moralité est menée contre l'écrivain aux mœurs scandaleuses. Il sera écroué pendant deux ans à Mons. La sanction est lourde. Que fait-il en penser ? Qu'est-ce qui explique la sévérité de la justice belge ? La relation homosexuelle unissant les deux poètes a-t-elle été un facteur déterminant ? Comment ce procès a-t-il été perçu à l'époque ? Qu'en retient la postérité ? Avec nous : François Swennen, magistrat. « Rimbaud/Verlaine, une affaire insolite » ; éd. Cohen et Cohen. Merci pour votre écoute Un Jour dans l'Histoire, c'est également en direct tous les jours de la semaine de 13h15 à 14h30 sur www.rtbf.be/lapremiere Retrouvez tous les épisodes d'Un Jour dans l'Histoire sur notre plateforme Auvio.be :https://auvio.rtbf.be/emission/5936 Intéressés par l'histoire ? Vous pourriez également aimer nos autres podcasts : L'Histoire Continue: https://audmns.com/kSbpELwL'heure H : https://audmns.com/YagLLiKEt sa version à écouter en famille : La Mini Heure H https://audmns.com/YagLLiKAinsi que nos séries historiques :Chili, le Pays de mes Histoires : https://audmns.com/XHbnevhD-Day : https://audmns.com/JWRdPYIJoséphine Baker : https://audmns.com/wCfhoEwLa folle histoire de l'aviation : https://audmns.com/xAWjyWCLes Jeux Olympiques, l'étonnant miroir de notre Histoire : https://audmns.com/ZEIihzZMarguerite, la Voix d'une Résistante : https://audmns.com/zFDehnENapoléon, le crépuscule de l'Aigle : https://audmns.com/DcdnIUnUn Jour dans le Sport : https://audmns.com/xXlkHMHSous le sable des Pyramides : https://audmns.com/rXfVppvN'oubliez pas de vous y abonner pour ne rien manquer.Et si vous avez apprécié ce podcast, n'hésitez pas à nous donner des étoiles ou des commentaires, cela nous aide à le faire connaître plus largement.

Talk Art
Carsten Höller (New Year's Day Special Episode)

Talk Art

Play Episode Listen Later Jan 1, 2025 59:03


We meet artist Carsten Höller for some perceptual playtime to celebrate New Year's Day! We explore Höller's collection of odd tasks and mischievous game-play.Carsten Höller invites readers to disrupt their daily lives with 336 mind-expanding diversions. They can be played alone, in pairs or in teams, in the street, in bed, on a train, wherever. No props or materials are needed. Just one body, all senses and a willingness to try something new, that's possibly conceptually or physically challenging, but guaranteed to entertain and to widen the player's horizons.Some games are more obviously daring than others – unexpectedly shouting ‘bang!' when your driver's reversing into a parking space is sure to elicit a reaction – but that's absolutely the point. Other games involve covertly dropping strange phrases into conversation, executing somersaults (without practice), or plucking hairs from your opponent's head while they stay poker-faced.Höller's scientific professional background informs his keenness to create what he calls Influential Environments. He wants to tease the brain while testing its limitations, through activity and passivity, agency and inertia. He conceived his first game with a group of friends in 1992, during a tedious dinner after an exhibition opening. Since then, he has collected and invented ideas, inspired by friends, life, the Surrealists, and Arthur Rimbaud. All games are illustrated with commissioned or pre-existing artworks and photographs. We find portraits by Inez van Lamsweerde & Vinoodh Matadin, August Sander, and Nan Goldin next to paintings by Salvador Dalí; snapshots of Joseph Beuys plus son and Donna Haraway plus dog next to appointed pieces by Christine Sun Kim and Anri Sala; film stills by Chantal Akerman, extracts from Shakespeare as well as treasures from Höller's personal archive—and his mother's.Edited by Stefanie Hessler and Hans Ulrich Obrist, this book encourages readers to engage in playful yet cerebral experiments that will leave them with a sense of wonder, disorientation, and a subtle smirk on their face.As an artist, Carsten Höller conducts radical experiments. His “Influential Environments” explore alternative scenarios, reimagining possibilities for human behavior and interaction and have been shown in major installations and solo exhibitions internationally over the last two decades. In 2022, he opened his restaurant Brutalisten in Stockholm and presented the third iteration of The Double Club in Los Angeles in 2024. Born in 1961 in Brussels to German parents, Höller currently lives and works in Stockholm and Biriwa, Ghana.Follow @Carsten.Holler on Instagram. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Entrez dans l'Histoire
Arthur Rimbaud, l'enfant terrible de la poésie

Entrez dans l'Histoire

Play Episode Listen Later Nov 15, 2024 19:27


A l'occasion de la journée spéciale des secrets de la langue française sur RTL, plongez dans l'histoire tumultueuse d'Arthur Rimbaud. L'auteur du célèbre "Dormeur du Val" est resté à tout jamais le poète maudit du XIXème siècle. Auteur prodige et rebelle, il incarne une jeunesse ardente aux idéaux foudroyés. Découvrez la vie cabossée de l'un des poètes les plus emblématiques de la littérature française. Crédits : Lorànt Deutsch, Bruno Calvès. Du lundi au vendredi de 15h à 15h30, Lorànt Deutsch vous révèle les secrets des personnages historiques les plus captivants !

Entrez dans l'Histoire
INÉDIT - Cléopâtre, mission secrète, Rimbaud... Découvrez le programmes de la semaine

Entrez dans l'Histoire

Play Episode Listen Later Nov 10, 2024 4:12


Les derniers jours de Cléopâtre, la mission de sauvetage d'otages à Téhéran en 1979 par la CIA, la vie et l'œuvre du poète Arthur Rimbaud... Découvrez le programme de "Entrez dans l'histoire" pour la semaine du 28 octobre au 1er novembre 2024. C'est une nouveauté que vous propose l'équipe de "Entrez dans l'histoire" cette saison. Chaque dimanche, retrouvez Lorànt Deutsch dans un podcast inédit, au micro de Chloé Lacrampe. Découvrez le programme de la semaine à venir, du lundi au vendredi, de 15h à 15h30 sur RTL.

SHUCKS ABOUT EVERYTHING
ritual by Sean Kilpatrick (POETRY AUDIOBOOK)

SHUCKS ABOUT EVERYTHING

Play Episode Listen Later Oct 29, 2024 145:10


WARNING: Playing Track 1 seems to have damaged the use of several objects in the room, plumbing from the walls, an aunt who vomited overhearing it, her contents blood-laced and rife with spiders, no one being able to discern if the spiders were drawn to the vomit, or if they came up with it. ritual - 0:00 exeunt - 39:17 goliards - 55:02 Misfit Heterophemisms, Transliterations of Arthur Rimbaud's Une Saison En Enfer - 1:11:47 Leave Me Alone (King of Pop) - 1:30:44 ALL'S WELL IN HELL: THE ANCIENT ART OF ALLEYWAYS BEING BROADCAST LIVE FROM A CONDEMNED BUILDING STUCK DEEP IN THE INSULATION BETWEEN FLOORS GLANCING UPWARD AT THE ROTTED BOWELS OF SOME ANIMAL - 1:41:12 Stainwaiter - 1:49:33

Une histoire particulière, un récit documentaire
Les secrétaires particuliers d'Arthur Rimbaud : La boîte aux lettres d'Arthur

Une histoire particulière, un récit documentaire

Play Episode Listen Later Oct 5, 2024 30:33


durée : 00:30:33 - Une histoire particulière - par : Marie Serve - Aujourd'hui encore, Arthur Rimbaud reçoit du courrier à Charleville-Mézières où il est inhumé. En 2006, une boîte aux lettres dédiée a été installée à l'entrée du cimetière, ce qui amplifiera le phénomène et le nombre de courriers adressés à Arthur Rimbaud. - réalisation : Nathalie Salles

France Culture physique
Les secrétaires particuliers d'Arthur Rimbaud : La boîte aux lettres d'Arthur

France Culture physique

Play Episode Listen Later Oct 5, 2024 30:33


durée : 00:30:33 - Une histoire particulière - par : Marie Serve - Aujourd'hui encore, Arthur Rimbaud reçoit du courrier à Charleville-Mézières où il est inhumé. En 2006, une boîte aux lettres dédiée a été installée à l'entrée du cimetière, ce qui amplifiera le phénomène et le nombre de courriers adressés à Arthur Rimbaud. - réalisation : Nathalie Salles

Autant en emporte l'histoire
Arthur Rimbaud, la beauté du diable

Autant en emporte l'histoire

Play Episode Listen Later Sep 28, 2024 56:52


durée : 00:56:52 - Autant en emporte l'Histoire - par : Stéphanie DUNCAN - 1871. Arthur Rimbaud, 17 ans, vient de fuguer de chez sa mère à Charleville et débarque à Paris. Dès son arrivée le jeune génie fascine ses aînés mais la fascination tourne vite à l'hostilité. Il multiplie les provocations et très vite bouleverse la vie rangée d'un autre poète : Paul Verlaine.

Love Story
[SHORT STORY] Arthur Rimbaud et Paul Verlaine : Aimer c'est se quereller

Love Story

Play Episode Listen Later Sep 15, 2024 11:01


130 ans après sa disparition, le poète maudit fascine toujours autant. A cette occasion, nous vous proposons de (re)découvrir l'incroyable histoire d'amour d'Arthur Rimbaud et de Paul Verlaine, les deux amants maudits de la poésie. Leur relation fut courte, mais orageuse. Leur passion scandaleuse et dévastatrice. Pour eux, aimer c'est se quereller. En deux ans, leur histoire a bouleversé leurs existences respectives. Rimbaud, le génie de la poésie 1871, Paris. Le jeune Arthur Rimbaud fait une entrée remarquée au domicile de Paul Verlaine. Cela fait quelques mois que les deux poètes échangent par courrier. Verlaine a été séduit par la prose du jeune Rimbaud, de 10 ans son cadet. Rimbaud a écrit ses premiers poèmes à 15 ans. Il vient d'une famille bourgeoise de Charleville-Mézières à qui il tente d'échapper depuis son plus jeune âge. Il a une gueule d'ange, des cheveux couleur de blés et des yeux azurs. Un podcast Bababam Originals. Date de première diffusion : 17 mai 2019 Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

La estación azul
La estación azul - Con Ignacio Martínez de Pisón - 08/09/24

La estación azul

Play Episode Listen Later Sep 8, 2024 57:12


Ignacio Martínez de Pisón nos presenta Ropa de casa (Ed. Seix Barral), sus memorias de infancia y juventud, que funcionan también como testimonio de esa generación que tuvo la suerte de asistir al fin de la dictadura al tiempo que estrenaba su adolescencia.Luego Javier Lostalé abre su ventanita poética a la obra de Carlos Alcorta, que ha reunido sus versos en el volumen Acto de presencia (Ed. Trea), donde recoge cuarenta años de producción poética. En Peligro en la estación nuestro colaborador Sergio C. Fanjul repasa las novedades de ficción en español que trae la nueva temporada deteniéndose en El mejor del mundo (Ed. Anagrama), el nuevo libro del escritor ourensano Juan Tallón, que narra aquí las desventuras de un empresario ultraviolento castigado a arrastrar las terribles resonancias de su apellido.Terminamos Desmontando el poema en compañía de Mariano Peyrou, quien nos recomienda la nueva y exquisita edición de las Iluminaciones (Ed. Galaxia Gutenberg) de Arthur Rimbaud, figura central de la poesía moderna a la que ahora podemos leer en una traducción de Miguel Casado con ilustraciones del artista Frederic Amat.Escuchar audio

The Daily Poem
Hart Crane's "Chaplinesque"

The Daily Poem

Play Episode Listen Later Jul 10, 2024 7:04


In today's poem, written a century ago, cinema (and Charlie Chaplin) is already supplying metaphors for the work and experience of modern poets. Happy reading.Harold Hart Crane was born on July 21, 1899, in Garrettsville, Ohio, and began writing verse in his early teenage years. Though he never attended college, Crane read regularly on his own, digesting the works of the Elizabethan dramatists and poets William Shakespeare, Christopher Marlowe, John Donne and the nineteenth-century French poets Charles Vildrac, Jules Laforgue, and Arthur Rimbaud. His father, a candy manufacturer, attempted to dissuade him from a career in poetry, but Crane was determined to follow his passion to write.Living in New York City, he associated with many important figures in literature of the time, including Allen Tate, the novelist and short story writer Katherine Anne Porter, E. E. Cummings, and Jean Toomer, but his heavy drinking and chronic instability frustrated any attempts at lasting friendship. An admirer of T. S. Eliot, Crane combined the influences of European literature and traditional versification with a particularly American sensibility derived from Walt Whitman.His major work, the book-length poem, The Bridge, expresses in ecstatic terms a vision of the historical and spiritual significance of America. Like Eliot, Crane used the landscape of the modern, industrialized city to create a powerful new symbolic literature.Hart Crane died by suicide on April 27, 1932, at the age of thirty-two, while sailing back to New York from Mexico.-bio via Academy of American Poets Get full access to The Daily Poem Podcast at dailypoempod.substack.com/subscribe

Words in the Air: 52 Weeks of Poetry
Two Poems by Arthur Rimbaud

Words in the Air: 52 Weeks of Poetry

Play Episode Listen Later Jun 24, 2024 4:03


"A Dream for Winter"read by Peter C Wood - Englishread by Alexandre Khazal - French"My Bohemia"read byMarc Cashman in EnglishClaire Trevien in French Production and Sound Design by Kevin Seaman

Samedi noir
"Cahier de Douai" d'Arthur Rimbaud 1/23 : Les réparties de Nina

Samedi noir

Play Episode Listen Later May 30, 2024 4:54


durée : 00:04:54 - Samedi fiction - par : Blandine Masson - Premier poème d'une série de vingt-deux, "Les réparties de Nina" témoigne de l'éveil du sentiment amoureux chez le jeune Arthur Rimbaud, alors adolescent.

Samedi noir
"Cahier de Douai" d'Arthur Rimbaud 6/23 : Bal des pendus

Samedi noir

Play Episode Listen Later May 30, 2024 3:05


durée : 00:03:05 - Samedi fiction - par : Blandine Masson - Comme pour "Vénus anadyomène", Arthur Rimbaud fait appelle à un motif culturel récurrent. Dans le "Bal des pendus", le poète revisite la tradition de la Danse macabre.

Historia de Aragón
'Versos eléctricos': Poesía y Rasmia

Historia de Aragón

Play Episode Listen Later May 3, 2024 13:45


El profesor y poeta Nacho Tajahuerce nos pone sobre la pista de poetas que "dimitieron" de sus funciones, como Juan Rulfo, Arthur Rimbaud o J.D. Salinger. Además, conocemos los detalles del certamen de poesía Rasmia que se celebra estos días en Zaragoza con una de sus organizadoras, Sandra Lario.

Code source
Agression de Samara, 13 ans : comment la « mauvaise réputation » pèse sur les collégiennes

Code source

Play Episode Listen Later Apr 23, 2024 23:59


Le mardi 2 avril, en fin d'après-midi, Samara, 13 ans, sort de son collège à Montpellier. Selon les premiers éléments de l'enquête, plusieurs collégiens rouent de coups l'adolescente scolarisée au collège Arthur-Rimbaud et la laissent inanimée sur le trottoir. Victime d'une hémorragie cérébrale, Samara est transportée à l'hôpital dans un état grave, où elle est placée dans un coma artificiel. Elle est depuis sortie du coma et ses jours ne sont plus en danger, mais elle reste aujourd'hui profondement traumatisée, incapable de retrouver une vie normale. Dans les jours qui suivent son agression, sa maman pointe rapidement du doigt l'inaction du collège, incapable de proteger sa fille. Selon plusieurs témoins, Samara était en effet victime de harcèlement de la part d'autres élèves, notamment sur les réseaux sociaux.Code source fait le point sur cette affaire avec Juliette Pousson et Frédéric Gouillard, journalistes du Parisien en charge de l'éducation et la jeunesse au service société.Écoutez Code source sur toutes les plates-formes audio : Apple Podcast (iPhone, iPad), Google Podcast (Android), Amazon Music, Podcast Addict ou Castbox, Deezer, Spotify.Crédits. Direction de la rédaction : Pierre Chausse - Rédacteur en chef : Jules Lavie - Reporter : Ambre Rosala - Production : Raphaël Pueyo, Barbara Gouy et Thibault Lambert - Réalisation et mixage : Pierre Chaffanjon - Musiques : François Clos, Audio Network - Archives : BFMTV, TF1, C8. Hébergé par Acast. Visitez acast.com/privacy pour plus d'informations.

Un Jour dans l'Histoire
Germain Nouveau, poète maudit et oublié

Un Jour dans l'Histoire

Play Episode Listen Later Mar 28, 2024 35:20


Nous sommes en 1893, à Alger, alors sous domination française. Germain Nouvel, peintre et poète, âgé de quarante-deux ans, repense à son vieux camarade Arthur. Il décide de lui écrire une lettre : « Mon cher Rimbaud, Ayant entendu dire à Paris que tu habitais Aden depuis pas mal de temps, je t'écris (…) à tout hasard et pour plus de sûreté je me permets de recommander ma lettre au consul de France à Aden. Je serais très heureux d'avoir de tes nouvelles directement, très heureux . Quant à moi, voici : c'est simple, je suis à Alger, en qualité de professeur de dessin en congé, avec un éthique traitement, et en train de soigner (mal) mes rhumatismes. Il m'est venu une idée que je crois bonne. Je vais avoir en ma possession bientôt une certaine somme, et voudrais ouvrir une modeste boutique de peintre décorateur. Il y a peu à faire à Alger, ville tuante ; j'ai pensé à l'Égypte, que j'ai déjà habitée plusieurs mois il y a sept ans ; puis enfin à Aden, comme étant une ville plus neuve, et où il y aurait plus de ressources, à mon point de vue, s'entend. Je te serais reconnaissant de me dire ce que vaut cette idée et de bourrer ta bonne lettre d'une flopée de renseignements. (…) J'attends pour couvrir mon épistole de bavardages plus longs, que tu m'aies fait réponse. Ton vieux copain d'antan bien cordial… » La lettre n'arrivera jamais à son destinataire : Arthur Rimbaud est mort depuis deux ans. Qui est Germain Nouveau que Louis Aragon considérait « non comme un poète mineur mais comme un grand poète. » ? Non comme un épigone de Rimbaud mais comme son égal. Un provincial monté à Paris, ami des grands littérateurs de son temps, un mystique se perdant dans les vapeurs d'absinthe, un vagabond dont l'essentiel de l'œuvre sera publié de manière posthume. Partons sur les traces d'un autre maudit … Invité : Martin Mirabel, auteur de « Germain Nouveau, un cœur illuminé » aux éditions . Le Quai/Michel De Maule. Sujets traités : Germain Nouveau, peintre, poète,Arthur Rimbaud, Louis Aragon, Paul Verlaine, maudit Merci pour votre écoute Un Jour dans l'Histoire, c'est également en direct tous les jours de la semaine de 13h15 à 14h30 sur www.rtbf.be/lapremiere Retrouvez tous les épisodes d'Un Jour dans l'Histoire sur notre plateforme Auvio.be : https://auvio.rtbf.be/emission/5936 Et si vous avez apprécié ce podcast, n'hésitez pas à nous donner des étoiles ou des commentaires, cela nous aide à le faire connaître plus largement.

Franck Ferrand raconte...
Rimbaud adolescent

Franck Ferrand raconte...

Play Episode Listen Later Nov 13, 2023 23:31


 Accablé d'ennui à Charleville, Arthur Rimbaud trouve deux échappatoires : la poésie et la fugue…   Mention légales : Vos données de connexion, dont votre adresse IP, sont traités par Radio Classique, responsable de traitement, sur la base de son intérêt légitime, par l'intermédiaire de son sous-traitant Ausha, à des fins de réalisation de statistiques agréées et de lutte contre la fraude. Ces données sont supprimées en temps réel pour la finalité statistique et sous cinq mois à compter de la collecte à des fins de lutte contre la fraude. Pour plus d'informations sur les traitements réalisés par Radio Classique et exercer vos droits, consultez notre Politique de confidentialité.