Podcasts about joia

  • 225PODCASTS
  • 548EPISODES
  • 45mAVG DURATION
  • 1EPISODE EVERY OTHER WEEK
  • Nov 27, 2025LATEST
joia

POPULARITY

20172018201920202021202220232024


Best podcasts about joia

Latest podcast episodes about joia

Oxigênio
#206 – Traduzir a Antiguidade: memória e política nos textos greco-romanos

Oxigênio

Play Episode Listen Later Nov 27, 2025 41:07


Você já parou pra pensar quem traduz os livros que você lê e como esse trabalho molda a forma como entende o mundo? Neste episódio, Lívia Mendes e Lidia Torres irão nos conduzir em uma viagem no tempo para entendermos como os textos gregos e latinos chegam até nós. Vamos descobrir por que traduzir é sempre também interpretar, criar e disputar sentidos. Conversamos com Andrea Kouklanakis, professora permanente na Hunter College, Nova York, EUA, e Guilherme Gontijo Flores, professor da Universidade Federal do Paraná. Eles compartilharam suas trajetórias no estudo de línguas antigas, seus desafios e descobertas com o mundo da tradução e as questões políticas, históricas e estéticas que a prática e as teorias da tradução abarcam. Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. O roteiro foi escrito por Lívia Mendes e a revisão é de Lidia Torres e Mayra Trinca. A edição é de Daniel Rangel. Se você gosta de literatura, história, tradução ou quer entender novas formas de aproximar o passado do presente, esse episódio é pra você. __________________________________________________________________ ROTEIRO [música, bg] Lívia: Quem traduziu o livro que você está lendo? Lívia: E se você tivesse que aprender todas as línguas dos clássicos que deseja ler? Aqueles livros escritos em russo, alemão ou qualquer outra língua diferente da sua? Lívia: E aqueles livros das literaturas que foram escritas em línguas que chamamos antigas, como o latim e o grego? Lidia: A verdade é que, na maioria das vezes, a gente não pensa muito sobre essas questões. Mas, no Brasil, boa parte dos livros que lemos, tanto literários quanto teóricos, não chegaria até a gente se não fossem os tradutores. Lidia: Essas obras, que fazem parte de todo um legado social, filosófico e cultural da nossa sociedade, só chegaram até nós por causa do trabalho cuidadoso de pesquisadores e tradutores dessas línguas, que estão tão distantes, mas ao mesmo tempo, tão próximas de nós. [música de transição] Lívia: Eu sou a Lívia Mendes. Lidia: E eu sou a Lidia Torres. Lívia: Você já conhece a gente aqui do Oxigênio e no episódio de hoje vamos explorar como traduzimos, interpretamos e recebemos textos da Antiguidade greco-romana. Lidia: E, também vamos pensar por que essas obras ainda hoje mobilizam debates políticos, culturais e estéticos. Lívia: Vem com a gente explorar o mundo da antiguidade greco-romana que segue tão presente na atualidade, especialmente por meio da tradução dos seus textos. [vinheta O2] Andrea [1:05-2:12]: Então, meu nome é Andrea Kouklanakis e, eu sou brasileira, nasci no Brasil e morei lá até 21 anos quando eu emigrei para cá. Lívia: O “cá” da Andrea é nos Estados Unidos, país que ela se mudou ainda em 1980, então faz um tempo que ela mora fora do Brasil. Mas mesmo antes de se mudar, ela já tinha uma experiência com o inglês. Andrea Kouklanakis: Quando eu vim pra cá, eu não tinha terminado faculdade ainda, eu tinha feito um ano e meio, quase dois anos na PUC de São Paulo. Ah, e mas chegou uma hora que não deu mais para arcar com a responsabilidade financeira de matrícula da PUC, de mensalidades, então eu passei um tempo trabalhando só, dei aulas de inglês numa dessas escolas assim de business, inglês pra business people e que foi até legal, porque eu era novinha, acho que eu tinha 18, 19 anos e é interessante que todo mundo era mais velho que eu, né? Os homens de negócios, as mulheres de negócio lá, mas foi uma experiência legal e que também, apesar de eu não poder estar na faculdade daquela época, é uma experiência que condiz muito com o meu trabalho com línguas desde pequena. Lívia: Essa que você ouviu é a nossa primeira entrevistada no episódio de hoje, a professora Andrea Kouklanakis. Como ela falou ali na apresentação, ela se mudou ainda jovem pros Estados Unidos. Lidia: E, como faz muito tempo que ela se comunica somente em inglês, em alguns momentos ela acaba esquecendo as palavras em português e substitui por uma palavra do inglês. Então, a conversa com a Andrea já é um início pra nossa experimentação linguística neste episódio. Andrea Kouklanakis: Eu sou professora associada da Hunter College, que faz parte da cidade universitária de Nova York, City University of New York. E eles têm vários campus e a minha home college é aqui na Hunter College, em Manhattan. Eh, eu sou agora professora permanente aqui. Lívia: A professora Andrea, que conversou com a gente por vídeo chamada lá de Nova Iorque, contou que já era interessada por línguas desde pequena. A mãe dela trabalhava na casa de uma professora de línguas, com quem ela fez as primeiras aulas. E ela aprendeu também algumas palavras da língua materna do seu pai, que é grego e mais tarde, estudou francês e russo na escola. Lidia: Mas, além de todas essas línguas, hoje ela trabalha com Latim e Grego.Como será que essas línguas antigas entraram na vida da Andrea? Andrea Kouklanakis: Então, quando eu comecei aqui na Hunter College, eu comecei a fazer latim porque, bom, quando você tem uma língua natal sua, você é isenta do requerimento de línguas, que todo mundo tem que ter um requerimento de língua estrangeira na faculdade aqui. Então, quando eu comecei aqui, eu fiquei sabendo, que eu não precisava da língua, porque eu tinha o português. Mas, eu falei: “É, mas eu peguei pensando a língua é o que eu quero, né?” Então, foi super assim por acaso, que eu tava olhando no catálogo de cursos oferecidos. Aí eu pensei: “Ah, Latim, OK. Why not?. Por que não, né? Uma língua antiga, OK. Lívia: A professora Andrea, relembrando essa escolha por cursar as disciplinas de Latim, quando chegou na Hunter College, percebeu que ela gostou bastante das aulas por um motivo afetivo e familiar com a maneira com que ela tinha aprendido a língua portuguesa aqui no Brasil, que era diferente da forma como seus colegas estadunidenses tinham aprendido o inglês, sem muita conexão com a gramática. Lidia: Ela gostava de estudar sintaxe, orações subordinadas e todas essas regras gramaticais, que são muito importantes pra quem quer estudar uma língua antiga e mais pra frente a gente vai entender bem o porquê. [som de ícone] Lívia: sintaxe, é a parte da gramática que estuda como as palavras se organizam dentro das frases pra formar sentidos. Ela explica quem é o sujeito, o que é o verbo, quais termos completam ou modificam outros, e assim por diante. [som de ícone]: Lívia: Oração subordinada é uma frase que depende de outra para ter sentido completo. Ela não “anda sozinha”: precisa da oração principal pra formar o significado total. [música de transição] Lidia: E, agora, você deve estar se perguntando, será que todo mundo que resolve estudar língua antiga faz escolhas parecidas com a da professora Andrea? Lidia: É isso que a gente perguntou pro nosso próximo entrevistado. Guilherme Gontijo: Eu sou atualmente professor de latim na UFPR, no Paraná, moro em Curitiba. Mas, eu fiz a minha graduação em letras português na UFES, na Federal do Espírito Santo. E lá quando eu tive que fazer as disciplinas obrigatórias de latim, eu tinha que escolher uma língua complementar, eu lembro que eu peguei italiano porque eu estudava francês fora da universidade e eu tinha que estudar o latim obrigatório. Estudei latim com Raimundo Carvalho. Lívia: Bom, parece que o Guilherme teve uma trajetória parecida com a da Andrea e gostar de estudar línguas é uma das premissas pra se tornar um estudioso de latim e de grego. Lidia: O professor Raimundo de Carvalho, que o Guilherme citou, foi professor de Latim da Federal do Espírito Santo. Desde a década de 80 ele escreve poesias e é um importante estudioso da língua latina. Ele quem traduziu a obra Bucólicas, do Vírgílio, um importante poeta romano, o autor da Eneida, que talvez você já deva ter ouvido falar. O professor Raimundo se aposentou recentemente, mas segue trabalhando na tradução de Metamorfoses, de outro poeta romano, o Ovídio. Lívia: O Guilherme contou o privilégio que foi ter tido a oportunidade de ser orientado de perto pelo professor Raimundo. Guilherme Gontijo: Eu lembro que eu era um aluno bastante correto, assim, eu achava muito interessante aprender latim, mas eu estudei latim pensando que ele teria algum uso linguístico pras pessoas que estudam literatura brasileira. E quando ele levou Catulo pra traduzir, eu lembro de ficar enlouquecido, assim, foi incrível e foi a primeira vez na minha vida que eu percebi que eu poderia traduzir um texto de poema como um poema. E isso foi insistivo pra mim, eu não tinha lido teoria nenhuma sobre tradução. Lívia: Um episódio sobre literatura antiga traz esses nomes diferentes, e a gente vai comentando e explicando. O Catulo, que o Guilherme citou, foi um poeta romano do século I a.C.. Ele é conhecido por escrever odes, que são poemas líricos que expressam admiração, elogio ou reflexão sobre alguém, algo ou uma ideia. A obra do Catulo é marcada pelos poemas que ele dedicou a Lésbia, figura central de muitos dos seus versos. Guilherme Gontijo: Eu fiz as duas disciplinas obrigatórias de latim, que é toda a minha formação oficial de latim, acaba aí. E passei a frequentar a casa do Raimundo Carvalho semanalmente, às vezes duas vezes por semana, passava a tarde inteira tendo aula de latim com ele, lendo poetas romanos ou prosa romana e estudava em casa e ele tirava minhas dúvidas. Então, graças à generosidade do Raimundo, eu me tornei latinista e eu não tinha ideia que eu, ainda por cima, teria ali um mestre, porque ele é poeta, é tradutor de poesia. Lidia: Essa conexão com a língua latina fez o Guilherme nunca mais abandonar a tradução. Ele disse que era uma forma natural de conseguir conciliar o seu interesse intelectual acadêmico e o lado criativo, já que desde o início da graduação ele já era um aspirante a poeta. Lívia: É importante a gente lembrar que o Guilherme tem uma vasta carreira como autor, poeta e tradutor e já vamos aproveitar pra deixar algumas dicas dos livros autorais e dos autores que ele traduziu. Lívia: Guilherme é autor dos poemas de carvão :: capim (2018), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Arcano 13 em parceria com Marcelo Ariel. Ele também escreveu o romance História de Joia (2019) e os livros de ensaios Algo infiel: corpo performance tradução (2017) em parceria com Rodrigo Gonçalves e A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (2018). Se aventurou pelo infanto-juvenil com os livros A Mancha (2020) e o Coestelário (2021), ambos em parceria com Daniel Kondo. E traduziu autores como Safo, Propércio, Catulo, Horácio, Rabelais e Whitman. Lidia: Os poetas Rabelais e Whitman são autores modernos, viveram nos séculos XVI e XIX, já os outros poetas são da antiguidade romana, aquele período aproximadamente entre o século IV a.C. e o século V d.C. Lívia: Então, o Guilherme traduz tanto textos de línguas modernas quanto de línguas antigas. E, a gente perguntou pra ele se existe alguma diferença no trabalho do tradutor quando vai traduzir um texto de uma língua moderna, que está mais próxima de nós no tempo, e quando vai traduzir do latim ou do grego, que são línguas mais distantes temporalmente. Lívia: O Guilherme falou que quando ele vai traduzir de uma língua moderna pra outra língua moderna existem duas possibilidades: traduzir diacronicamente, que é quando o tradutor escreve o texto na língua produzida como se fosse da época mesmo que ele foi escrito. E a outra possibilidade é traduzir deslocando o autor temporalmente, e fazendo a linguagem do texto conversar com a linguagem contemporânea. Lidia: Pode parecer um pouco confuso de início, mas ouve só o exemplo do Guilherme da experiência de tradução que ele teve com o Rimbaud, que é um autor francês. Guilherme Gontijo: Por exemplo, fui traduzir Rimbaud, o Rimbaud do século XIX. Quando eu vou traduzir, eu posso tentar traduzir pensando diacronicamente e aí eu vou tentar traduzir o Rimbaud pra ele parecer um poeta do século XIX em português. E aí eu vou dar essa sensação de espaço temporal pro leitor contemporâneo agora. É, o Guilherme de Almeida fez um experimento genial assim, traduzindo o poeta francês François Villon para uma espécie de pastiche de galego-português, botando a linha temporal de modo que é isso, Villon é difícil para um francês ler hoje, que a língua francesa já sofreu tanta alteração que muitas vezes eles leem numa espécie de edição bilíngue, francês antigo, francês moderno. A gente também tem um pouco essa dificuldade com o galego-português, que é a língua literária da Península ali pra gente, né? Ah, então essa é uma abordagem. Outra abordagem, eu acho que a gente faz com muito menos frequência, é tentar deslocar a relação da temporalidade, ou seja, traduzir Rimbaud, não para produzir um equivalente do Rimbaud, século XIX no Brasil, mas pra talvez criar o efeito que ele poderia criar nos seus contemporâneos imediatos. Lívia: Ou seja, a ideia aqui seria escrever um texto da maneira como se escreve hoje em dia, meio que transpondo a história no tempo. Lidia: Pra quem não conhece, fica aqui mais uma dica de leitura: o poeta francês Arthur Rimbaud, que o Guilherme citou, viveu entre 1854 e 1891 e escreveu quase toda sua obra ainda adolescente. Ele renovou a poesia moderna com imagens ousadas, experimentação formal e uma vida marcada pela rebeldia. Abandonou a literatura muito jovem e passou o resto da vida viajando e trabalhando na África. Lívia: Mas, e pra traduzir da língua antiga, será que esse dois caminhos também são possíveis? Guilherme Gontijo: Quando eu vou traduzir do latim, por exemplo, eu não tenho esse equivalente. Não existe o português equivalente de Propércio. O português equivalente de Propércio como língua literária é o próprio latim. Lívia: Ou seja, o que o Guilherme quis dizer é que não existe uma possibilidade de traduzir um texto latino como ele soava na antiguidade, porque o latim é a língua que originou as línguas modernas latinas, e a língua portuguesa é uma delas, junto com o espanhol, o francês e o italiano. Lidia: Mas, o que pode acontecer é uma classicização dos textos antigos e o Guilherme enfatizou que acontece muito nas traduções que a gente tem disponível do latim pro português. A classicização, nesses casos, é traduzir os textos da antiguidade com o português do século XVIII ou XIX, transformando esses textos em clássicos também pra nós. Guilherme Gontijo:Curiosamente, a gente, quando estuda os clássicos, a gente sempre fala: “Não, mas isso é moderno demais. Será que ele falaria assim?” Acho curioso, quando, na verdade, a gente vendo que os clássicos tão falando sobre literatura, eles parecem não ter esses pudores. Aliás, eles são bem menos arqueológicos ou museológicos do que nós. Eles derrubavam um templo e botavam outro templo em cima sem pensar duas vezes enquanto nós temos muito mais pudores. Então, a minha abordagem atual de traduzir os clássicos é muito tentar usar as possibilidades do português brasileiro, isso é muito marcado pra mim, uma das variedades do português brasileiro, que é a minha, né? De modo ativo. Lívia: Só pra dar um exemplo do que faz a língua soar clássica, seria o uso do pronome “tu” ao invés de “você”, ou, os pronomes oblíquos como “eu te disse” ou “eu te amo”, porque ninguém fala “eu lhe amo” no dia a dia. Lidia: E esse é justamente o ponto quando a gente fala de tradução do texto antigo. Eles não vão ter um equivalente, e a gente não tem como traduzir por algo da mesma época. Guilherme Gontijo: Então, a gente precisa fazer um exercício especulativo, experimental, pra imaginar os possíveis efeitos daqueles textos no seu mundo de partida, né? A gente nunca vai saber o sabor exato de um texto grego ou romano, porque por mais que a gente tenha dicionário e gramática, a gente não tem o afeto, aquele afeto minucioso da língua que a gente tem na nossa. Lívia: Essas questões de escolhas de tradução, que podem aproximar ou afastar a língua da qual vai se traduzir pra língua que será traduzida se aproximam das questões sociais e políticas que são intrínsecas à linguagem. [música de transição] Lidia: Assim como qualquer outro texto, os escritos em latim ou grego nunca serão neutros. Mesmo fazendo parte de um mundo tão distante da gente, eles reproduzem projetos políticos e identitários tanto da antiguidade quanto dos atuais. Andrea Kouklanakis: Eu acho que esse aspecto político e histórico dos estudos clássicos é interessante porque é uma coisa quando você tá fazendo faculdade, quando eu fiz pelo menos, a gente não tinha muita ideia, né? Você tava completamente sempre perdida no nível microscópico da gramática, né? De tentar a tradução, essas coisas, você tá só, completamente submersa nos seus livros, no seu trabalho de aula em aula, tentando sobreviver ao Cícero. Lívia: Como a Andrea explicou, os estudos que chamamos de filológicos, soam como uma ciência objetiva. Eles tentam achar a gênese de um texto correto, como uma origem e acabam transformando os estudos clássicos em um modelo de programa de império ou de colonização. Andrea Kouklanakis: Então, por exemplo, agora quando eu dou aula sobre o legado dos estudos clássicos na América Latina Agora eu sei disso, então com os meus alunos a gente lê vários textos primários, né, e secundários, que envolvem discurso de construção de nação, de construção de império, de construção do outro, que são tecidos com os discursos clássicos, né, que é essa constante volta a Atenas, a Roma, é, o prestígio dos estudos clássicos, né? Então, a minha pesquisa se desenvolveu nesse sentido de como que esses latino afro brasileiros, esses escritores de várias áreas, como que eles lidaram na evolução intelectual deles, na história intelectual deles, como que eles lidaram com um ramo de conhecimento que é o centro do prestígio. Eles mesmo incorporando a falta de prestígio completa. O próprio corpo deles significa ausência total de prestígio e como que eles então interagem com uma área que é o centro do prestígio, sabe? Lidia: Então, como você percebeu, a Andrea investiga como os escritores afro-latino-americanos negociaram essa tradição clássica, símbolo máximo de prestígio, com suas histórias incorporadas a um lugar sem prestígio, marcadas em seus corpos pelo tom de pele. Lívia: Esse exercício que a professora Andrea tem feito com seus alunos na Hunter College tem sido uma prática cada vez mais presente nos Estudos Clássicos da América Latina e aqui no Brasil. É um exercício de colocar um olhar crítico pro mundo antigo e não apenas como uma forma de simplesmente celebrar uma antiguidade hierarquicamente superior a nós e a nossa história. Lidia: Nesse ponto, é importante a gente pontuar que a professora Andrea fala de um lugar muito particular, porque ela é uma mulher negra, brasileira, atuando em uma universidade nos Estados Unidos e em uma área de estudos historicamente tradicional. Lívia: Ela relatou pra gente um pouco da sua experiência como uma das primeiras mulheres negras a se doutorar em Estudos Clássicos em Harvard. Andrea Kouklanakis: Eu também não queria deixar de dizer que, politicamente, o meu entendimento como classista foi mais ou menos imposto de fora pra mim, sobre mim como uma mulher de cor nos estudos clássicos, porque eu estava exatamente na década de final de 90, meio final de 90, quando eu comecei a fazer os estudos clássicos na Harvard e foi coincidentemente ali quando também saiu, acho que o segundo ou terceiro volume do Black Athena, do Bernal. E, infelizmente, então, coincidiu com eu estar lá, né? Fazendo o meu doutorado nessa época. E na época existiam esses chat rooms, você podia entrar no computador e é uma coisa estranha, as pessoas interagiam ali, né? O nível de antipatia e posso até dizer ódio mesmo que muitas pessoas expressavam pela ideia de que poderia existir uma conexão entre a Grécia e a África, sabe? A mera ideia. Era uma coisa tão forte sabe, eu não tinha a experiência ou a preparação psicológica de receber esse tipo de resposta que era com tantos ânimos, sabe? Lidia: Com esse relato, a professora Andrea revelou pra gente como o preconceito com a população negra é tão explícita nos Estados Unidos e como ela, mesmo tendo passado a infância e a adolescência no Brasil, sentiu mais os impactos disso por lá. Lívia: Mas, fora o preconceito racial, historicamente construído pelas nossas raízes de colonização e escravização da população negra, como estudiosa de Estudos Clássicos, foi nessa época que a Andrea percebeu que existia esse tipo de discussão e que ainda não estava sendo apresentada pra ela na faculdade. Andrea Kouklanakis: Depois que eu me formei, eu entrei em contato com a mulher que era diretora de admissão de alunos e ela confirmou pra mim que é eu acho que eu sou a primeira pessoa de cor a ter um doutorado da Harvard nos Estudos Clássicos. E eu acho que mesmo que eu não seja a primeira pessoa de cor fazendo doutorado lá, provavelmente eu sou a primeira mulher de cor. Lidia: Vamos destacar agora, alguns pontos significativos do relato da professora Andrea. [som de ícone] Lívia: O livro que ela citou é o Black Athena, do estudioso de história política Martin Bernal. A teoria criada pelo autor afirmava que a civilização clássica grega na realidade se originou de culturas da região do Crescente Fértil, Egito, Fenícia e Mesopotâmia, ao invés de ter surgido de forma completamente independente, como tradicionalmente é colocado pelos historiadores germânicos. [som de ícone] Lívia: Ao propor uma hipótese alternativa sobre as origens da Grécia antiga e da civilização clássica, o livro fomentou discussões relevantes nos estudos da área, gerando controvérsias científicas, ideológicas e raciais. [som de ícone] Lidia: Em contrapartida às concepções racistas vinda de pesquisadores, historiadores e classicistas conservadores, a professora Andrea citou também um aluno negro de Harvard, o historiador e classicista Frank Snowden Jr.. [som de ícone] Lívia: Entre seus diversos estudos sobre a relação de brancos e negros na antiguidade, está o livro Before Color Prejudice: The Ancient View of Black, em português, Antes do Preconceito Racial: A Visão Antiga dos Negros. Um aprofundamento de suas investigações sobre as relações entre africanos e as civilizações clássicas de Roma e da Grécia e demonstra que os antigos não discriminavam os negros por causa de sua cor. [som de ícone] Lidia: O livro lança luz pra um debate importantíssimo, que é a diferença de atitudes dos brancos em relação aos negros nas sociedades antigas e modernas, além de observar que muitas das representações artísticas desses povos se assemelham aos afro-americanos da atualidade. Andrea Kouklanakis: Mas, então é isso, então essa coisa política é uma coisa que foi imposta, mas a imposição foi até legal porque aí me levou a conhecer e descobrir e pesquisar essa área inteira, que agora é uma coisa que eu me dedico muito, que é olhar qual que é a implicação dos estudos clássicos na política, na raça, na história e continuando dando as minhas aulas e traduzindo, fazendo tradução, eu adoro tradução, então, esse aspecto do estudo clássico, eu sempre gostei. [música de transição] Lívia: O Guilherme também falou pra gente sobre essa questão política e histórica dos Estudos Clássicos, de que ficar olhando pro passado como objeto desvinculado, nos impede de poder articular essas discussões com a política do presente. Guilherme Gontijo: E acho que o resultado quando a gente faz isso é muitas vezes colocar os clássicos como defensores do status quo, que é o que o um certo império brasileiro fez no período de Dom Pedro, é o que Mussolini fez também. Quer dizer, vira propaganda de estado. Lidia: Mas, ao contrário, quando a gente usa os clássicos pra pensar as angústias do presente, a gente percebe que é uma área de estudos que pode ser super relevante e super viva pra qualquer conversa do presente. Lívia: E, na tradução e na recepção desses textos antigos, como será que essas questões aparecem? O Guilherme deu um exemplo pra gente, de uma tradução que ele fez do poeta romano Horácio. [som de ícone] Lidia: Horácio foi um poeta romano do século I a.C., famoso por escrever poesias nos formatos de Odes, Sátiras e Epístolas, e defendia a ideia do “justo meio” — evitar excessos e buscar a medida certa na vida. Guilherme Gontijo: Tô lembrando aqui de uma ode de Horácio, acho que esse exemplo vai ser bom. Em que ele termina o poema oferecendo um vai matar um cabrito pra uma fonte, vai oferendar um cabrito para uma fonte. E quando eu tava traduzindo, vários comentadores lembravam de como essa imagem chocou violentamente o século XIX na recepção. Os comentadores sempre assim: “Como assim, Horácio, um homem tão refinado vai fazer um ato tão brutal, tão irracional?” Quer dizer, isso diz muito mais sobre a recepção do XIX e do começo do XX, do que sobre Horácio. Porque, assim, é óbvio que Horácio sacrificaria um cabrito para uma fonte. E nisso, ele não está escapando em nada do resto da sua cultura. Agora, é curioso como, por exemplo, o nosso modelo estatal coloca a área de clássicas no centro, por exemplo, dos cursos de Letras, mas acha que práticas do Candomblé, que são análogas, por exemplo, você pode oferecer animais para divindades ou mesmo para águas, seriam práticas não não não racionais ou não razoáveis ou sujas ou qualquer coisa do tipo, como quiserem. Né? Então, eu acho que a gente pode e esse é o nosso lugar, talvez seja nossa missão mesmo. Lívia: Como o Guilherme explicou, nós no Brasil e na América Latina temos influência do Atlântico Negro, das línguas bantas, do candomblé, da umbanda e temos um aporte, tanto teórico quanto afetivo, pra pensar os clássicos, a partir dessas tradições tão próximas, que a própria tradição europeia tem que fazer um esforço gigantesco pra chegar perto, enquanto pra gente é natural. Lidia: E não podemos nos esquecer também da nossa convivência com várias etnias indígenas, que possuem comparações muito fortes entre essas culturas. Guilherme Gontijo: Eu diria, eu entendo muito melhor o sentido de um hino arcaico, grego, ouvindo uma cantiga de terreiro no Brasil, do que só comparando com literatura. Eu acho que é relevante para a área de clássicas, não é uma mera curiosidade, sabe? Então, eu tenho cada vez mais lido gregos e romanos à luz da antropologia moderna, contemporaneíssima, sabe? Eu acho que muitos frutos aparecem de modo mais exemplar ou mais óbvio quando a gente faz essa comparação, porque a gente aí tira de fato os clássicos do lugar de clássicos que lhes é dado. [música de transição] Lívia: Pra além dessas discussões teóricas e políticas, a tradução é também um ato estético e existem algumas formas de repensar a presença da poesia antiga no mundo contemporâneo a partir de uma estética aplicada na linguagem e nos modos de traduzir. Lidia: No caso do Guilherme, ele vem trabalhando há um tempo com a tradução como performance. Guilherme Gontijo: E aí eu pensei: “Não, eu poderia traduzir Horácio para cantar”. Eu vou aprender a cantar esses metros antigos e vou cantar a tradução na mesmíssima melodia. Quer dizer, ao invés de eu pensar em metro no sentido do papel, eu vou pensar em metro no sentido de uma vocalidade. E foi isso que eu fiz. Foi o meu o meu doutorado, isso acabou rendendo a tradução de Safo. Lívia: Além das traduções publicadas em livros e artigos, o Guilherme também coloca essas performances na rua com o grupo Pecora Loca, que desde 2015 se propõe a fazer performances de poemas antigos, medievais e, às vezes, modernos, como um modo de ação poética. Lidia: Inclusive a trilha sonora que você ouviu ali no início deste trecho é uma das performances realizada pelo grupo, nesse caso do poema da Ode 34 de Horácio, com tradução do próprio Guilherme e música de Guilherme Bernardes, que o grupo gentilmente nos passou. Guilherme Gontijo: Isso pra mim foi um aprendizado teórico também muito grande, porque você percebe que um poema vocal, ele demanda pra valorizar a sua ou valorar a sua qualidade, também a performance. Quer dizer, o poema não é só um texto no papel, mas ele depende de quem canta, como canta, qual instrumento canta. Lívia: O Guilherme explicou que no início eles usavam instrumentos antigos como tímpano, címbalo, lira e até uma espécie de aulos. Mas, como, na verdade, não temos informações precisas sobre como era a musicalidade antiga, eles resolveram afirmar o anacronismo e a forma síncrona de poesia e performance, e, atualmente, incorporaram instrumentos modernos ao grupo como a guitarra elétrica, o baixo elétrico, o teclado e a bateria. Guilherme Gontijo: Então, a gente tem feito isso e eu acho que tem um gesto político, porque é muito curioso que a gente vai tocar num bar e às vezes tem alguém desavisado e gosta de Anacreonte. Olha, caramba, adorei Anacreonte. É, é, e ela percebe que Anacreonte, ela ouviu a letra e a letra é basicamente: “Traga um vinho para mim que eu quero encher a cara”. Então ela percebe que poesia antiga não é algo elevado, para poucos eleitos capazes de depreender a profundidade do saber grego. Ó, Anacreonte é poema de farra. Lidia: A partir da performance as pessoas se sentem autorizadas a tomar posse dessa herança cultural e a se relacionar com ela. O que cria uma forma de divulgar e difundir os Estudos Clássicos a partir de uma relação íntima, que é a linguagem musical. Guilherme Gontijo: E a experiência mais forte que eu tive nisso, ela é do passado e foi com o Guilherme Bernardes. Lembro que dei uma aula e mostrei a melodia do Carpe Diem, do Horácio. Da Ode. E tava lá mostrando o poema, sendo bem técnico ali, como é que explica o metro, como é que põe uma melodia, etc, etc. E uns três dias depois ele me mandou uma gravação que ele fez no Garage Band, totalmente sintética. De uma versão só instrumental, quer dizer, o que ele mais curtiu foi a melodia. E a gente às vezes esquece disso, quer dizer, um aspecto da poesia arcaica ou da poesia oral antiga romana é que alguém poderia adorar a melodia e nem prestar tanta atenção na letra. E que continuariam dizendo: “É um grande poeta”. Eu senti uma glória quando eu pensei: “Caraca, um asclepiadeu maior tocou uma pessoa como melodia”. A pessoa nem se preocupou tanto que é o poema do Carpe Diem, mas a melodia do asclepiadeu maior. [som de ícone] Lívia: Só por curiosidade, “asclepiadeu maior” é um tipo de verso poético greco-latino composto por um espondeu, dois coriambos e um iambo. Você não precisa saber como funcionam esses versos na teoria. Essa forma poética foi criada pelo poeta lírico grego Asclepíades de Samos, que viveu no século III a.C., por isso o nome, o mais importante é que foi o verso utilizado por Horácio em muitas de suas odes. [música de transição] Lidia: Agora, já encaminhando para o final do nosso episódio, não podemos ir embora sem falar sobre o trabalho de recepção e tradução realizado pela professora Andrea, lá na Hunter College, nos EUA. Lívia: Além do seu projeto sobre a presença dos clássicos nas obras de escritores afro-latino-americanos, com foco especial no Brasil, de autores como Lima Barreto, Luís Gama, Juliano Moreira e Auta de Sousa. A professora também publicou o livro Reis Imperfeitos: Pretendentes na Odisseia, Poética da Culpa e Sátira Irlandesa, pela Harvard University Press, em 2023, e as suas pesquisas abarcam a poesia homérica, a poética comparada e as teorias da tradução. Lidia: A professora Andrea faz um exercício muito importante de tradução de autores negros brasileiros pro inglês, não somente das obras literárias, mas também de seus pensamentos teóricos, pra que esses pensamentos sejam conhecidos fora do Brasil e alcance um público maior. Lívia: E é muito interessante como a relação com os estudos da tradução pra professora Andrea também tocam em um lugar muito íntimo e pessoal, assim como foi pro Guilherme nas suas traduções em performances. Lidia: E ela contou pra gente um pouco dessa história. Andrea Kouklanakis: Antes de falar da língua, é eu vou falar que, quando eu vejo a biografia deles, especialmente quando eu passei bastante tempo com o Luiz Gama. O que eu achei incrível é o nível de familiaridade de entendimento que eu tive da vida corriqueira deles. Por exemplo, Cruz e Souza, né? A família dele morava no fundo lá da casa, né? Esse tipo de coisa assim. O Luiz Gama também quando ele fala do aluno lá que estava na casa quando ele foi escravizado por um tempo, quando ele era criança, o cara que escravizou ele tinha basicamente uma pensão pra estudantes, que estavam fazendo advocacia, essas coisas, então na casa tinham residentes e um deles ensinou ele a ler, a escrever. O que eu achei interessantíssimo é que eu estou há 100 anos separada desse povo, mas a dinâmica social foi completamente familiar pra mim, né? A minha mãe, como eu te falei, ela sempre foi empregada doméstica, ela já se aposentou há muito tempo, mas a vida dela toda inteira ela trabalhou como empregada doméstica. E pra mim foi muito interessante ver como que as coisas não tinham mudado muito entre a infância de alguém como Cruz e Souza e a minha infância, né? Obviamente ninguém me adotou, nada disso, mas eu passei muito tempo dentro da casa de família. que era gente que tinha muito interesse em ajudar a gente, em dar, como se diz, a scholarship, né? O lugar que a minha mãe trabalhou mais tempo assim, continuamente por 10 anos, foi, aliás, na casa do ex-reitor da USP, na década de 70 e 80, o Dr. Orlando Marques de Paiva. Lívia: Ao contar essa história tão íntima, a Andrea explicou como ela tenta passar essa coincidência de vivências, separada por cem anos ou mais no tempo, mas que, apesar de todo avanço na luta contra desigualdades raciais, ainda hoje refletem na sua memória e ainda são muito estáticas. Lidia: Essa memória reflete na linguagem, porque, como ela explicou, esses autores utilizam muitas palavras que a gente não usa mais, porque são palavras lá do século XVIII e XIX, mas o contexto chega pra ela de uma forma muito íntima e ainda viva, por ela ter vivenciado essas questões. Andrea Kouklanakis: Eu não sou poeta, mas eu tô dando uma de poeta, sabe? E quando eu percebo que tem algum estilo assim, a Auta de vez em quando tem um certo estilo assim, ambrósia, não sei do quê, sabe? Eu sei que ela está querendo dizer perfume, não sei o quê, eu não vou mudar, especialmente palavras, porque eu também estou vindo da minha perspectiva é de quem sabe grego e latim, eu também estou interessada em palavras que são em português, mas são gregas. Então, eu preservo, sabe? Lívia: Então, pra Andrea, no seu trabalho tradutório ela procura mesclar essas duas questões, a sua relação íntima com os textos e também a sua formação como classicista, que pensa a etimologia das palavras e convive com essa multiplicidade de línguas e culturas, caminhando entre o grego, o latim, o inglês e o português. [música de transição] [bg] Lidia: Ao ouvir nossos convidados de hoje, a Andrea Koclanakis e o Guilherme Gontijo Flores, percebemos que traduzir textos clássicos é muito mais do que passar palavras de uma língua pra outra. É atravessar disputas políticas, revisitar o passado com olhos do presente, reconstruir memórias coloniais e imaginar novos modos de convivência com as tradições antigas. Lívia: A tradução é pesquisa, criação, crítica e também pode ser transformação. Agradecemos aos entrevistados e a você que nos acompanhou até aqui! [música de transição] [créditos] Livia: O roteiro desse episódio foi escrito por mim, Lívia Mendes, que também fiz a locução junto com a Lidia Torres. Lidia: A revisão foi feita por mim, Lidia Torres e pela Mayra Trinca. Lidia: Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. Lívia: Os trabalhos técnicos são de Daniel Rangel. A trilha sonora é de Kevin MacLeod e também gentilmente cedida pelo grupo Pecora Loca. A vinheta do Oxigênio foi produzida pelo Elias Mendez. Lidia: O Oxigênio conta com apoio da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. Você encontra a gente no site oxigenio.comciencia.br, no Instagram e no Facebook, basta procurar por Oxigênio Podcast. Lívia: Pra quem chegou até aqui, tomara que você tenha curtido passear pelo mundo da antiguidade greco-romana e entender um pouco de como os textos antigos chegam até nós pela recepção e tradução. Você pode deixar um comentário, na sua plataforma de áudio favorita, contando o que achou. A gente vai adorar te ver por lá! Até mais e nos encontramos no próximo episódio. [vinheta final]

Il cacciatore di libri
"Il cerchio dei giorni" di Ken Follett

Il cacciatore di libri

Play Episode Listen Later Nov 1, 2025


I numeri che certificano il successo editoriale di Ken Follett sono veramente da capogiro: oltre 198 milioni di copie vendute in più di 80 paesi, 37 romanzi tradotti in oltre 40 lingue, una serie di best-seller arrivati dal 1978 in poi. Il primo era stato "La cruna dell'ago", poi c'era stato un passaggio dalle spy story ai romanzi storici, come il famosissimo "I pilastri della terra" pubblicato nell'89. Il nuovo romanzo è "Il cerchio dei giorni" (Mondadori - traduz. Anna Maria Raffo). In qualche modo ricorda vagamente "I pilastri della terra" perché se in quel caso si seguiva la costruzione di una cattedrale durante il Medioevo, in questo romanzo si segue la costruzione di uno dei siti archeologici più famosi al mondo, il sito di Stonehenge. Ci sono state molte teorie a questo proposito, anche fantasiose, per esempio che siano stati gli alieni a costruirlo, ma che Follett rimane con i piedi per terra e immagina una storia ambientata nel 2500 a.C. con una serie di personaggi. Ci sono diversi clan, spesso in lotta fra loro. C'è il personaggio di Seft che fa parte della tribù dei cavatori, ha un padre dispotico e dei fratelli che lo vessano quotidianamente. Quando incontra Neen se ne innamora e decide così di fuggire dalla sua famiglia. Nella nuova comunità un monumento sacro in legno viene distrutto dal fuoco e la sacerdotessa Joia, sorella di Neen, decide di ricostruirlo in pietra. L'esperienza di Seft sarà fondamentale perché lui sa dove trovare pietre così grandi.

IBN PLENITUDE
Culto Joia Rara | Aviva Mulher Planalto Norte - CBN Mulher SC

IBN PLENITUDE

Play Episode Listen Later Oct 28, 2025 60:01


Ministração realizada no dia 24 de outubro de 2025

Fezcast - The Saracens Supporters Association Podcast
S6E7: North London 1: Almost London 1 (Featuring Joia Bennett)

Fezcast - The Saracens Supporters Association Podcast

Play Episode Listen Later Oct 15, 2025 48:22


Want your views heard on the show? Tap here to send us a message!Following a Derby Weekend Jez, Duncan and John discuss the Women's trophy winning performance in the sun against Quins, departing players and the upcoming PWR season. It's then on to a far less happy day at The Stoop, disagreements as to whether it was necessary to discuss the ref, and looking forward to the return of Mauro and getting back on the horse against Sale.Follow the Fezcast on Twitter, Instagram, Facebook and YouTube to hear all our latest news first!Click here for subscription links[Disclaimer: The Fezcast is brought to you on behalf of the Saracens Supporters Association and is not an official product of Saracens Ltd]Title Music (from Season 4): "Herald" by This Winter Machine

Laser
“Il cerchio dei giorni” 

Laser

Play Episode Listen Later Oct 14, 2025 26:02


Lo scrittore britannico Ken Follett ha tenuto domenica 12 ottobre un incontro pubblico al teatro Carcano di Milano. Davanti a mille spettatori ha presentato il suo nuovo romanzo Il cerchio dei giorni (Mondadori), dialogato con il saggista e giornalista Pier Luigi Vercesi e risposto alle domane rivolte dal pubblico.Laser ha avuto la possibilità di registrare la serata. Il cerchio dei giorni torna indietro nel tempo di quattro millenni, e si svolge nei pressi di Stonehenge. Uno dei manufatti più affascinanti e misteriosi diventa la quinta di un racconto avvincente e coinvolgente, dove la protagonista Joia, sacerdotessa, conduce lettrici e lettori in una realtà lontanissima nel tempo ma vicinissima a noi per le emozioni e le sensazioni che regala.Il pubblico ha ascoltato con attenzione le spiegazioni sull'origine del lavoro e le ragioni che hanno portato Ken Folett ad occuparsi di Stonehenge. E le domande che ancora oggi non trovano risposta da parte degli archeologi, trovano percorsi plausibili nella fantasia dello scrittore britannico.

IBN PLENITUDE
Convergência - Pra. Andréia Rocha | Joia Rara

IBN PLENITUDE

Play Episode Listen Later Sep 30, 2025 63:36


Ministração realizada no dia 26 de setembro de 2025

Esportes
Jovem brasileiro Rafael Câmara é aposta da Ferrari para futuro da F1

Esportes

Play Episode Listen Later Sep 21, 2025 6:26


Pernambucano do Recife, o piloto conta com apoio da tradicional equipe italiana para chegar na Fórmula 1. Depois de Rubens Barrichello e Felipe Massa, que venceram corridas e disputaram títulos com o vermelho da escuderia italiana, a Ferrari trata Rafael Câmara como uma verdadeira joia. Recentemente, o brasileiro de 20 anos conquistou o título desta temporada da Fórmula 3, categoria de acesso à F1. Marcio Arruda, enviado especial da RFI a Monza, Itália Rafael Câmara é a aposta da Ferrari há quatro anos. O brasileiro passou a integrar a academia da equipe italiana – uma espécie de programa para desenvolver jovens talentos – a partir da temporada de 2022. Desde que passou a ser piloto da Ferrari, Rafael foi campeão da Fórmula Regional Europeia (Freca) em 2024 e da F3 neste ano. “Eu não esperava começar tão bem quanto a gente começou. Conseguimos manter um ritmo forte durante todo o campeonato. O trabalho que fizemos antes dessa temporada da Fórmula 3 começar também foi muito importante. A equipe [Trident] fez um trabalho incrível”, avaliou Câmara. Além do talento, o brasileiro disse que o apoio da Ferrari tem sido muito importante para seu desenvolvimento pessoal e profissional. “A Ferrari ajudou bastante a minha carreira, desde a preparação para o fim de semana até gerir melhor os dias de treinos e corridas, além da parte técnica. Desde que entrei na academia [da Ferrari], eu passei a ter mais responsabilidade. Com o tempo, eu fui amadurecendo bastante. O tempo que passo em Maranello desde que me mudei para lá tem sido muito importante neste processo. Têm sido anos ótimos para meu desenvolvimento e, agora, acho que o trabalho está aparecendo”, contou Rafael Câmara. Tão perto da Fórmula 1 Pernambucano do Recife, Rafael disse que foi um sonho ter competido na Fórmula 3. “Estar no mesmo fim de semana da Fórmula 1 é sensacional. Quando comecei, não esperava chegar onde estou hoje. E quero ir além”, afirmou. Sem revelar o nome da equipe, Rafael Câmara afirmou que estará na Fórmula 2 em 2026. “Por ter sido campeão da Fórmula 3, não posso ficar na categoria. Assim, eu vou para a F2. Ainda não posso revelar o nome da equipe, mas certamente estaremos em boas condições para brigar pelo título. Espero começar em Melbourne [primeira etapa de 2026] como iniciei este ano, ou seja, com vitória”, planeja. Rafael Câmara quer seguir os passos de Charles Leclerc, atual piloto da Ferrari nascido em Mônaco, e do compatriota Gabriel Bortoleto, um dos melhores estreantes da Fórmula 1 em 2025. Os dois foram campeões nas Fórmulas 2 e 3 nos anos de suas estreias e alcançam a categoria mais importante do automobilismo no planeta. O sonho da Fórmula 1, para o jovem brasileiro, pode estar perto de se transformar em realidade. “Sinceramente, não é uma coisa surreal ter uma oportunidade em 2027.” Câmara disse que “se continuar desenvolvendo meu trabalho e conseguir fazer uma grande temporada no ano que vem, quem sabe? Mas, ao mesmo tempo, o que pode estar perto, pode ficar muito longe se eu não provar meu valor na Fórmula 2”. Joia verde-amarela da Ferrari A entrevista com a promessa brasileira foi feita numa sala reservada nos boxes da Ferrari em Monza, durante o Grande Prêmio da Itália de F1. No ambiente, quadros de grandes pilotos na escuderia italiana, como o austríaco tricampeão mundial Niki Lauda (1975/77/84) e o italiano bicampeão Alberto Ascari (1952/53), além de fotos do inglês heptacampeão Lewis Hamilton (2008/14/15/17/18/19/20). “Os melhores pilotos sempre sonham em guiar para a Ferrari. Então, estar na academia e vislumbrar que um dia esta possibilidade poderá se tornar realidade é uma coisa surreal. Comecei nas pistas aos 6 anos. E foi por acaso porque quem começou no kart foi meu irmão. Hoje, poder ter a oportunidade de fazer parte da Ferrari é incrível”, vibrou o brasileiro. Rafael Câmara não era nascido quando seu ídolo competia na Fórmula 1, mas mostrou que conhece a história e o legado do tricampeão mundial, que em 2024 foi lembrado não só na França, mas em todo mundo pelos 30 anos de sua morte. “Uma pessoa que eu admiro muito é o Ayrton Senna, não só pelo que ele fez nas pistas, mas fora delas também. Também admiro todos os outros brasileiros que passaram pela Fórmula 1. Agora temos o Gabriel [Bortoleto], que tem feito um excelente trabalho. É sempre legal ver o Brasil em evidência no esporte”, contou. Representante de um país com 8 títulos mundiais Rafael disse que se sente honrado por representar o Brasil nas pistas e que não sente pressão por ser compatriota do bicampeão Emerson Fittipaldi (1972/74) e dos tricampeões Nelson Piquet (1981/83/87) e Ayrton Senna (1988/1990/1991). “Nunca tive um peso a mais por ser brasileiro. Aliás, é uma motivação porque estou longe dos meus familiares e amigos. Por estar longe, eu também trabalho por todos que torcem por mim", salientou. Timidez sem capacete O jovem brasileiro disse que ainda não se acostumou com a fama e o assédio dos torcedores. Na entrevista, ficou evidente a timidez do jovem brasileiro quando está sem capacete e balaclava. “Eu sou uma pessoa bem reservada; gosto de estar com minha família e meus amigos. Acho que não tenho o perfil de uma pessoa famosa”, comentou Rafael, aos risos.  “É interessante porque toda a temporada é muito desgastante não só fisicamente, mas também mentalmente. Mas confesso que, sempre que estou em casa em fim de semana sem compromisso nas pistas, eu ligo a TV e procuro alguma corrida para assistir. Eu não consigo parar”, contou, com bom humor, Câmara. O piloto brasileiro ressaltou que não pode perder o foco seja qual for a época do ano. “Sempre estou me preparando. Eu realmente nunca paro; nunca relaxo. Então, eu sempre estou pensando nas coisas que posso melhorar, como pessoa e como piloto. Eu me preparo bem para chegar sempre feliz nas corridas”, finalizou o campeão da Fórmula 3 em 2025. É com essa felicidade que o Brasil espera que Rafael Câmara continue acelerando e tendo sucesso nas pistas para um dia chegar à Fórmula 1 e, quem sabe, se juntar aos nossos campeões Fittipaldi, Piquet e Senna.

Counterweight
FSF Ep. 36: Honoring Charlie Kirk – Standing Up for Free Speech

Counterweight

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 29:03


In this urgent and unplanned episode of Free Speech Forward, hosts Joia and Chris respond to the shocking assassination of Charlie Kirk on September 10, 2025—the most horrific attack on free speech on US soil in their lifetimes. Recording in the immediate aftermath of this tragedy, they grapple with what Kirk's murder means for America's future as we approach the 250th anniversary of the Declaration of Independence. As the founder of Turning Point USA, Kirk was killed while doing exactly that to which he dedicated his life: engaging in civil discourse and debate on a college campus. Joia and Chris examine the dangerous ideology that equates "words with violence," tracing how this academic concept has escaped universities to radicalize ordinary Americans into justifying—or even celebrating—political murder. They explore the troubling reactions from some Americans who are rationalizing Kirk's death, and issue an urgent call for all who value civilization to defend the bright line between speech and violence. This episode serves as both a tribute to a fallen advocate for free expression and a rallying cry for defending the foundational freedoms that make peaceful disagreement possible in a diverse society. Learn more about Charlie's legacy with Turning Point USA at: https://tpusa.com/

Counterweight
FSF Ep. 35: Free Speech, Youth Empowerment, and Sacred Individuality | Dan Isadore

Counterweight

Play Episode Listen Later Sep 4, 2025 33:31


In this next special episode of Free Speech Forward in celebration of the Declaration of Independence, Chris and Joia speak with Episcopal chaplain Dan Isadore. He reveals why the loneliness epidemic plaguing America's youth isn't solved by offering more "belonging"—but instead by restoring individual agency and the sacred value of each person. Drawing from his transformative friendship with mathematician James Miller Peck, Isadore exposes how stolen attention through technology and group identity politics prevents young people from developing authentic selfhood. As a university chaplain fighting for the next generation, he shares his radical grassroots approach of creating "visibility" moments where youth feel truly seen and heard—sparking them awake to their own creative power. Discover why he believes misinformation fears stem from top-down authority assumptions, how free speech directly flows from respecting individual sacredness, and his simple-yet-effective grassroots mentoring method that prioritizes going to people rather than expecting them to come to your institution. This episode connects the Declaration of Independence's timeless principles to today's mental health crisis, offering hope for anyone who cares to help young people rediscover their voice and freedom in an increasingly conformist world. This episode is also co-sponsored by the Free Society Coalition: https://www.freesocietycoalition.org/

Counterweight
FSF Ep. 34: Free Speech Behind the Veil: A Muslim Feminist's Fight Against Religious Cancel Culture | Soraya M. Deen

Counterweight

Play Episode Listen Later Aug 21, 2025 19:33


n this powerful episode of Free Speech Forward, Chris and Joia speak with Muslim feminist reformer Soraya M. Deen, who reveals the shocking reality of advocating for women's rights within religious orthodoxy—where speaking truth can mean exile from your own community. From her awakening moment watching Ayaan Hirsi Ali on C-SPAN as a young mother to co-founding the Clarity Coalition, Deen exposes how cancel culture operates within faith communities and why so many of those who need to speak up remain dangerously silent. As an interfaith advocate fighting extremism and fundamentalism, she shares her radical approach of "truth circles"—creating brave spaces where conflicting ideas can clash without violence. Discover why she believes the greatest weapon against bad ideas is better ideas, how she builds collective consciousness using the "100th monkey" principle, and her urgent call for open debates about anti-Semitism and radical Islamic ideology on college campuses. This episode offers hope and practical strategies for anyone facing opposition within their own community while fighting for fundamental human freedoms. Learn more about Soraya M. Deen's work at: https://www.claritycoalition.org/soraya-deen/

IBN PLENITUDE
Capacidade de discernir - Pra. Andréia Rocha | Joia Rara

IBN PLENITUDE

Play Episode Listen Later Jul 29, 2025 63:59


Ministração realizada no dia 25 de julho de 2025

Counterweight
FSF Ep. 32: ree Speech and Daring to Stand Out | Naya Lekht

Counterweight

Play Episode Listen Later Jul 23, 2025 27:31


In this gripping episode of Free Speech Forward, Chris and Joia speak with Naya Lekht—a Soviet-born educator and research fellow. Dr. Lekht exposes how American colleges mirror the totalitarian censorship her family escaped in the USSR. Drawing shocking parallels between Marxist indoctrination and today's campus culture, Lekht reveals why the "marketplace of ideas" has been replaced by sanctioned groupthink that's destroying critical thinking skills. As a high school teacher fighting back against educational decline, she shares her radical approach to "activating antennas"—teaching students to detect propaganda and find the courage to stand alone against conformity.Learn why Lekht considers the Pledge of Allegiance a litmus test for schools, how patriotism became a dirty word in education, and why both bad ideas and good ideas are essential for intellectual growth. This eye-opening conversation offers parents and educators practical strategies for reclaiming educational excellence while warning that freedom—far from being humanity's natural state—requires constant vigilance to preserve.Find out more about Dr. Naya Lekht and her work at: https://www.linkedin.com/in/naya-lekht-phd-0ba243a3/

Counterweight
FSF Ep. 31: Free Speech, Flourishing, & Empowered Humanity Theory – Let's Get It Done! | Jason Littlefield

Counterweight

Play Episode Listen Later Jul 8, 2025 28:24


In this inspired episode of Free Speech Forward (recorded and released right around Independence Day), Joia and Chris speak with educator and free speech advocate Jason Littlefield, who reveals why the First Amendment isn't just about politics—it's about human flourishing and psychological well-being. Drawing from groundbreaking neuroscience research, Littlefield explains how self-censorship literally damages our brains and prevents both individual and societal progress.As the creator of Empowered Humanity Theory and co-founder of Free Black Thought, Littlefield advocates living by principles rather than party politics as a way to break us free from the toxic tribalism that's poisoning our schools, workplaces, and communities.Discover why both political extremes reject his science-based approach to human dignity, and learn practical strategies for building a culture where free expression and genuine dialogue can thrive again. This episode offers hope and actionable insights for anyone exhausted by our polarized discourse and ready to reclaim the foundational freedom that makes all other freedoms possible – let's get it done. Learn more about Empowered Humanity Theory at: https://www.empoweredhumanitytheory.com/

IBN PLENITUDE
Saúde Emocional à luz da Palavra - Psicóloga Sonali Knorr | Joia Rara

IBN PLENITUDE

Play Episode Listen Later Jul 1, 2025 56:32


Ministração realizada no dia 27 de junho de 2025

Counterweight
FSF Ep. 30: Free Speech & Taking Your Ideas to the Gym |

Counterweight

Play Episode Listen Later Jun 25, 2025 29:44


Welcome to the latest release from the Free Speech Forward podcast! In this episode, Chris and Joia meet with Angel Eduardo, an artist, writer, and advocate of Free Speech who works with FIRE (Foundation for Individual Rights and Expression). This episode delves into critical free speech arguments, such as the Weimar Fallacy and consideration of 2nd Order consequences, exploring why free speech is the “eternally radical idea”. We also explore why free speech is so crucial for dissidents and those with minority views.  Check out more of Angel's work with FIRE at: https://www.thefire.org/about-us/our-team/angel-eduardo 

Counterweight
FSF Ep. 29: 1-Year Retrospective on Free Speech Forward | Joia Houheneka & Chris Bush

Counterweight

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 25:16


In this retrospective episode of the Free Speech Forward podcast, co-hosts Chris and Joia reflect on their first year of discussions surrounding free speech. They highlight key themes such as the importance of education, the challenges of speaking out, and the diversity of perspectives among their guests. The conversation emphasizes the value of community and collaboration in advocating for free speech and hints at future plans for the podcast, including a new upcoming complementary podcast focused on free markets. Don't forget to subscribe to our Substack: https://philosophicalliberal.substack.com/

Counterweight
FSF Ep. 28: Free Speech & An Academic Journey of Advocacy | Arnold Cantú

Counterweight

Play Episode Listen Later May 28, 2025 25:20


In this episode of the Free Speech Forward podcast, Chris and Joia engage with Arnold Cantú, a clinical social worker and psychotherapist, discussing the critical role of free speech in academia and education. Arnold shares his personal experiences as a Colorado State University doctoral student, where he faced challenges to his beliefs and values from faculty. The conversation explores the importance of moral courage, the need for open dialogue in educational settings, and the impact of these experiences on Arnold's professional practice in mental health. Discover more about Arnold's academic work at:  https://www.researchgate.net/profile/Arnoldo-Cantu

Esporte em Discussão
Flamengo "JOGA A VIDA" hoje na Libertadores; São Paulo SE CLASSIFICA graças a JOIA!

Esporte em Discussão

Play Episode Listen Later May 15, 2025 122:58


O Bate-Pronto de hoje falará tudo sobre os jogos deste meio de semana pela Libertadores. Hoje, o Flamengo encara a LDU no Maracanã em uma partida crucial para o time rubro-negro, que corre risco de eliminação ainda na primeira fase do torneio continental. O programa também debaterá o jogo de ontem do São Paulo e muito mais!

Big Ideas Welcome Podcast
Budgets that Work. Numbers that Count.

Big Ideas Welcome Podcast

Play Episode Listen Later May 6, 2025 29:47


Deahna Moore, founder of Budgets by JoiA seasoned entrepreneur and financial literacy advocate, Diana has built her reputation on transforming the way we think about money. With a background in business and a deep commitment to community-based financial education, she's known for her authentic, no-nonsense approach to budgeting and planning for the future. Her innovative work, from creating engaging workshops to developing personalized financial strategies, has empowered countless individuals to achieve long-term security and joy.Jonathan Clark - AKA “Courageous the Poet” Jonathan Clark brings a unique blend of creative passion and business acumen to the table. As a master of the spoken word and a pioneer in integrating AI into the creative process, he has redefined how art and technology can collaborate. From running energetic poetry slams to offering fresh, poetic insights on real-world issues, Jonathan's work inspires others to think outside the box and harness their creative spirit for personal and professional growth.Key TakeawaysCreative Communication: Discover how using poetry and AI can transform personal expression, making complex ideas more accessible and relatable.Innovative Budgeting: Learn the importance of tailoring financial strategies to individual goals, whether for personal security or building generational wealth.Community & Connection: Understand how shared experiences and honest conversations about money can foster stronger, more supportive communities.Embracing Change: Hear firsthand accounts of pivoting through life's challenges—reminding us that adaptability is key to success in both art and business.Why It Matters to YouThis episode is a must-listen if you're looking to break free from conventional financial thinking and embrace a more creative, fulfilling approach to life. Whether you're an artist, entrepreneur, or simply someone eager to build a secure future, our guests offer fresh perspectives that challenge the status quo. Their stories not only provide actionable strategies for financial empowerment but also inspire you to live with intention and joy, connecting deeply with both your community and your inner creative self.- - - - - - - - - - - - - - - - - - Listen to all episodes of the Big Ideas Welcome podcast, available now on your favorite streaming platforms, YouTube, and at bigideaswelcome.com. This Big Ideas Welcome podcast is brought to you by Knoxville Entrepreneur Center, hosted and curated by KEC Chief Experience Officer Chris McAdoo, and produced and edited by Palm Tree Pod Co. A special thanks to K BREW for making this episode possible. Original theme music “Thinking of You” courtesy of and copyright Kelsi Walker.

Esporte em Discussão
Jorge Jesus DEMITIDO do Al-Hilal?; Flamengo VENCE com GOL de JOIA!

Esporte em Discussão

Play Episode Listen Later May 2, 2025 118:46


O Bate-Pronto de hoje debaterá as principais informações do futebol mundial. Segundo notícia publicada pelo jornal saudita Arriyadiya, Jorge Jesus foi demitido do Al-Hilal. O português é apontado como um dos alvos da CBF para comandar a Seleção Brasileira. O programa também debaterá a vitória do Flamengo sobre o Botafogo-PB com gol do jovem Joshua e muito mais!

Counterweight
FSF Ep. 24: Free Speech and The Diversity of Black Voices | Mike Bowen

Counterweight

Play Episode Listen Later Apr 2, 2025 22:47


Diverse Black Thought Matters. In this episode of the Free Speech Forward podcast, hosts Chris and Joia speak with Mike Bowen, a founding member of Free Black Thought and prominent advocate for free speech and diversity of thought within the Black community. They discuss the importance of recognizing the varied experiences and perspectives among African Americans, the role of free speech in fostering a healthy society, and the need for critical thinking and communication skills. Mike emphasizes the significance of timeless knowledge and virtue in advocacy, and shares his vision for enhancing free speech through new academic publishing initiatives.  Learn more about Mike and his work with Free Black Thought at: https://freeblackthought.com/voices/michael-dc-bowen

Counterweight
FSF Ep. 23: Free Speech, Effective Communication, & the Value of Civil Discourse | Erec Smith

Counterweight

Play Episode Listen Later Mar 19, 2025 20:08


“Modeling civil discourse is crucial”. In this episode of the Free Speech Forward podcast, Chris and Joia engage with Erec Smith, an expert in Rhetoric, discussing the critical role of free speech in society. Smith emphasizes the importance of effective communication skills, the concept of Defensive Confidence, and the need for resilience in the face of criticism. He shares insights on preparing for public speaking and the significance of modeling civil discourse to foster a culture of free speech. The conversation highlights the necessity of understanding rhetorical principles and the value of individual expression in a thriving society. Discover more about Erec's work championing the importance of civil discourse and the rhetorical skills necessary to practice it at: https://www.cato.org/video-series/competencies-civil-discourse/competencies-civil-discourse-0

Counterweight
FSF Ep. 21: Free Speech, Religion, & Living Authentically | Sangeetha Shankar

Counterweight

Play Episode Listen Later Feb 18, 2025 21:07


 "Speak up. Your voice is important." In this episode of the Free Speech Forward podcast, Chris and Joia speak with Sangeetha Shankar, who shares her journey as an advocate for free speech, a journey rooted in her upbringing in India and her experiences as a homeschooling mother. Sangeetha discusses the challenges faced by Hindu communities, particularly in light of the SB 403 bill in California, which she argues would lead to racial profiling and discrimination. She also emphasizes the importance of free speech for individual and societal flourishing, drawing on her Hindu beliefs that celebrate freedom and diversity of thought.  Finally, Sangeetha offers insights on effective communication and encourages listeners to find their voice and their community in the face of cultural pressures. She would like to suggest the following tips to help others in sharing their voice:Write, write, write- long-form, journal writing works wonders to get your genuine voice out. Do self podcasts -record yourself on the camera and see how you sound. Talk aloud in the bathtub!Talk to yourself in the mirror. Practice in front of friends, friendly communities like Toastmasters. Get out of your comfort zone and speak on uncomfortable issues.  Learn more about Hinduism in America and Sangeetha's work at: https://www.hinduamerican.org/

Counterweight
FSF Ep. 20: The Fight for Free Speech in Cuba | John Suarez

Counterweight

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 23:11


Welcome to today's episode of the Free Speech Forward podcast, a conversation between Joia, Chris, and John Suarez, Executive Director at the Center for a Free Cuba. John shares his journey as a human rights advocate, discussing the importance of free speech particularly in the context of Cuba. He describes his early experiences with censorship, the historical repression in Cuba, and the need for regime change to restore free speech. The conversation also touches on the cultural decline of free speech in the U.S. and the courage required to speak out against oppression. Find out more at: https://cubacenter.org/

GE Corinthians
GE Corinthians #433 - Reabilitação no Paulista, maratona pela frente e joia vendida

GE Corinthians

Play Episode Listen Later Jan 30, 2025 61:15


Em jogo prejudicado pela chuva, o Corinthians venceu a Ponte Preta novamente com brilho de Talles Magno. Nesta edição, Bruno Cassucci, Careca Bertaglia e João Pedro Brandão comentam a partida e a sequência de jogos que o Timão terá pela frente. A venda do jovem lateral Denner ao Chelsea e os novos capítulos da disputa política do clube também estão na pauta.

Esporte em Discussão
NOVA JOIA BRILHA, e São Paulo VENCE; Corinthians também GANHA; Flamengo JOGA HOJE!

Esporte em Discussão

Play Episode Listen Later Jan 30, 2025 123:30


O Bate-Pronto de hoje falará tudo sobre a vitória do São Paulo por 2 a 1 sobre a Portuguesa, ontem, no Pacaembu, pelo Paulistão. O grande nome do jogo foi o jovem Ryan Francisco, que entrou em campo nos 10 minutos finais e anotou o gol do triunfo tricolor. O programa também abordará Corinthians, Flamengo e muito mais!

Esporte em Discussão
Neymar DEVE CHEGAR HOJE ao Brasil; Palmeiras TROPEÇA DE NOVO; São Paulo EMPRESTA joia!

Esporte em Discussão

Play Episode Listen Later Jan 29, 2025 119:57


O Bate-Pronto de hoje seguirá repercutindo a volta de Neymar ao Santos. O craque é esperado hoje no Brasil para assinar com o Peixe. O programa também debaterá o empate do Palmeiras com o Bragantino, a nova polêmica envolvendo a base do São Paulo e muito mais!

Counterweight
FSF Ep. 18: From Antifa to Free Thinking & Free Speech | Susanna McIntyre

Counterweight

Play Episode Listen Later Jan 8, 2025 27:10


n this episode of the Free Speech Forward podcast, co-hosts Chris and Joia engage with Susanna McIntyre, a passionate advocate for free expression and critical thinking. Susanna shares her transformative journey from being involved in Antifa to becoming the Development Associate at Ayaan Hirsi Ali's AHA Foundation as well as President/CEO of Atheist Republic. Susanna focuses on the importance of free speech, critical thinking, and the challenges of expressing unpopular opinions. The conversation delves into personal growth, the significance of admitting mistakes, and the societal implications of free expression.   Watch more videos featuring Susanna's views on free speech and religion at: https://www.youtube.com/@AtheistRepublic

Counterweight
FSF Ep. 17: Heated Disagreement Without Being Disagreeable | Wink Twyman

Counterweight

Play Episode Listen Later Dec 23, 2024 27:30


In this engaging conversation, Chris and Joia speak with Wink Twyman, who shares his insights on the importance of free speech and the value of diverse opinions. He emphasizes the dangers of conformity and groupthink, advocating for open dialogue as a means to foster wisdom and understanding. Wink also provides practical advice on effective communication, highlighting the significance of authenticity in writing and speaking. The discussion culminates in a vision for a future where free speech thrives, encouraging individuals to embrace their unique perspectives and courageously express themselves.   Get more from Wink at his Substack: https://twyman.substack.com/   Also, check out the book Wink co-authored with our ILV Board Member Jennifer Richmond: Letters in Black & White: A New Correspondence on Race in America.

Counterweight
FSF Ep. 16: Viewpoint Diversity is Key for Intellectual Growth | Nafees Alam

Counterweight

Play Episode Listen Later Dec 5, 2024 23:56


We're back for another episode of the Free Speech Forward podcast! Today, Dr. Nafees Alam speaks with co-hosts Chris and Joia about his unique journey into the realm of free speech advocacy and viewpoint diversity. He emphasizes the importance of creating spaces for intellectual discourse and the necessity of viewpoint diversity for personal and societal growth. Their conversation explores the challenges faced in academia regarding differing viewpoints, the need for students to find their individuality, and the responsibility that comes with the privilege of free speech.

diversity viewpoint alam joia intellectual growth
Counterweight
FSF Ep. 15: “Math Is Now Considered to be Suspect” | Wai Wah Chin

Counterweight

Play Episode Listen Later Nov 19, 2024 24:57


In today's Free Speech Forward podcast episode, hosts Chris and Joia speak with Wai Wah Chin, the charter president of the Chinese American Citizens Alliance of Greater New York. They discuss the critical role of free speech in advocating for equal rights, particularly in education. Wai Wah shares her experiences with the specialized high schools in New York, emphasizing the importance of merit and objectivity in academic standards. Their conversation also touches on the ideological shifts in education and the need for civil discourse and courage in expressing diverse viewpoints.   Find out more about Wai Wah and the work of CACAGNY at: http://www.cacagny.org/

Counterweight
FSF Ep. 14: “Students Should Feel Safe to Express Their Views” | Ilana Cohen

Counterweight

Play Episode Listen Later Nov 7, 2024 19:47


Welcome to the latest episode of the Free Speech Forward podcast in which hosts Joia and Chris engage with Ilana Cohen, the Community Engagement Director at the Alliance for Constructive Ethnic Studies. They discuss Ilana's background as a child refugee from the Soviet Union and her journey towards advocating for free speech and critical thinking in education. The conversation highlights the importance of free speech in fostering a healthy free society as well as the challenges faced in the current educational environment. Ilana emphasizes the critical role of education in promoting discourse and understanding among diverse perspectives.   Find out more about Ilana's work with the Alliance for Constructive Ethnic Studies at: https://www.calethstudies.org/

Counterweight
FSF Ep. 12: “We Live in A Society That Doesn't Allow People to Talk” | David Bernstein

Counterweight

Play Episode Listen Later Oct 8, 2024 24:08


Welcome to another episode in which co-hosts and co-founders of 1776 Forward, Joia & Chris, speak with one of the Board Members of the Institute of Liberal Values, David Bernstein. David shares his experiences growing up in a politically liberal environment and how his belief in free speech was shaped by personal and historical events. He also emphasizes the importance of free speech in society, the challenges posed by cancel culture, the need for a cultural shift to support open dialogue, and the critical role of education in shaping future generations' understanding of liberal values.   Get your copy of David's book “Woke Antisemitism” at https://jilv.org/book/

Impostrix Podcast
48. From Pet to Threat: Blackness, Conflict, and Self-Preservation

Impostrix Podcast

Play Episode Listen Later Oct 2, 2024 58:30


Y'all, this episode is really special to me. My guest Joia and I have BEEN THROUGH IT and she has always been in my ear supporting my growth and development. I am so happy to introduce you to the amazing Joia Thornton. Friend, sister, daughter, auntie, advocate, actress, non-profit founder, and leader fiercely rooted in her faith. we dive deep into the complexities of navigating workplace dynamics as Black individuals, particularly focusing on the challenges we sometimes face working within communities of color. The reality that not all "skinfolk are kinfolk", am I right?!Here are three key takeaways that I believe will resonate with many of you:Self-Preservation Over Institutional Loyalty: Joia emphasizes the importance of prioritizing our own well-being over the institutions we work for. Too often, we find ourselves sacrificing our mental health and personal growth in the name of loyalty to organizations that do not have our best interests at heart. It's crucial to recognize that we are replaceable in these spaces and to focus on creating our own paths and projects that reflect our true selves.The Power of Intrapreneurship: One of the most empowering concepts we discussed is intrapreneurshipthe idea of creating something meaningful within an organization that you can claim as your own. Joia encourages us to leverage our unique skills and perspectives to initiate projects that not only benefit the organization but also serve as a testament to our contributions and capabilities. This approach not only enhances our professional profiles but also fosters a sense of ownership and pride in our work.Navigating Conflict with Grace: We explored the painful reality that sometimes our greatest challenges come from within our own community. Joia shared her insights on how to handle conflicts with other Black colleagues, emphasizing the need for grace and understanding. It's essential to recognize that we all come from different backgrounds and experiences, and extending compassion can lead to healing and growth for everyone involved.This episode is a must-listen for anyone navigating the complexities of race and identity in the workplace. Join us as we unpack these themes and more, and let's continue the conversation about how we can support each other in our professional journeys.Thank you for tuning in! Remember, the Impostrix podcast is now available on the Alive Podcast Network app, offering ad-free content from nearly 100 other black-hosted podcasts. Connect with Joia on IG @JoiaInATL and follow her work fighting to end the death penalty @FLOCCJustice and www.floccjustice.org. Check in with Whitney on Instagram and Facebook @ImpostrixPodcast, and join our community on Facebook by searching for Impostrix podcast.THANK YOU to Chris @DigitalREM for keeping our episodes sounding and looking nice!

Counterweight
FSF Ep. 11: “Truth doesn't come from how many people agree" | Mars Cheung

Counterweight

Play Episode Listen Later Sep 25, 2024 22:26


In this episode of the Free Speech Forward podcast, your hosts Joia and Chris interview Mars Cheung, an advocate for free speech and enlightenment values. Mars shares his journey into the realm of free speech advocacy, emphasizing the importance of free speech for societal flourishing. He discusses the nuances of communication, effective interview techniques, and the significance of critical thinking. Mars envisions projects that promote teaching street epistemology and critical thinking skills, encouraging listeners to find their voice and speak out for their values. Mars believes that if individuals do not speak on controversial topics, others will do so irresponsibly. Learn more about Mars and his interview and film screening projects at: https://groups.google.com/g/stopcrt

Counterweight
FSF Ep. 10: Free Speech is a National Security Concern | Cherise Trump

Counterweight

Play Episode Listen Later Sep 10, 2024 22:10


Join us for today's episode with Joia and Chris in conversation with Cherise Trump, the Executive Director of Speech First. Cherise discusses the unique free speech protections in the United States and the need to educate the public on the value of free speech. She points out how the United States Supreme Court has ruled time and time again, as recently as 2019, unanimously that there is no offensive speech or hate speech exception to the First Amendment. Cherise emphasizes how students should take ownership of their free speech rights and engage in debates and discussions, even if they face opposition or disagreement. She also highlights the work of Speech First in advocating for free speech on college campuses and the need for responsible politicians to promote open and substantive debates. Find out more about Cherise's work with Speech First at: https://speechfirst.org/

Counterweight
FSF Ep. 9: A Mini Masterclass in Effective Communication and Public Speaking | Zander Keig

Counterweight

Play Episode Listen Later Aug 27, 2024 21:24


Today's episode features what turns out to be a succinct masterclass in public speaking as Chris and Joia chat with Zander Keig, one of the senior leaders of the Institute for Liberal Values and an expert public speaker with over 30 years of experience. Zander discusses his early involvement in advocating for gay and lesbian rights in the 1980s (and the importance of freedom of speech in articulating those demands) as well as his experience as a conscientious objector in the military. He provides a framework and tips for effective communication and encourages listeners to find like-minded individuals and organizations to support their advocacy for free speech.   Listen to Zander's podcast, The Umbrella Hour, at: https://ukhealthradio.com/program/the-umbrella-hour/

Músicas posibles
Músicas posibles - Lonely bird - 17/08/24

Músicas posibles

Play Episode Listen Later Aug 17, 2024 55:42


El programa de hoy presenta una selección de artistas internacionales, comenzando con Las Lloronas desde Bruselas; Natascha Rogers, artista holandesa-amerindia que fusiona folk con ritmos afro-cubanos y espiritualidad Yoruba; Sophie Lukacs, artista húngara-canadiense especializada en kora, que colabora con músicos malienses como Habib Koité o la cantante de jazz Kavita Shah, que explora la música caboverdiana, entre otros.Belly blue                  +Lonely bird                Las Lloronas   Out of the BlueThe Wound               +Tambor                      +Ashes             Natascha Rogers        OnaidaThe West       Natascha Rogers y Piers Faccini        OnaidaYafa               Sophie Lukacs, Habib Koité  BamakoToo Many Times                   Sophie Lukacs            BamakoJoia                Kavita Shah, Bau      +Lua Vai, Lua Vem                Thaïs Morell  +Oh Marie                   Putumayo, Willows    Women of the World by PutumayoDernière Chance Birds on a Wire, Rosemary Standley, Dom La Nena  Dernière ChanceSi Yo Pudiera            Pedro Guerra y Valeria Castro  Parceiros, Vol. 2Acaso             Pedro Guerra y Alice Wonder Parceiros Vol. 1Las Gafas de Lennon                Pedro Guerra y Rozalén           Esencial Pedro GuerraEscuchar audio

Counterweight
FSF Ep. 8: Standing Up for Free Speech with Courage and Grace | Brandy Shufutinsky

Counterweight

Play Episode Listen Later Aug 13, 2024 16:07


In today's episode, Chris and Joia interview Dr. Brandy Shufutinsky, who has been the Director of Education and Community Engagement at the Jewish Institute for Liberal Values. Brandy discusses the importance of free speech and the erosion of this right in recent years, which makes us become more “robot-like”. She also emphasizes the need for education on democratic values and free speech in K-12 schools.   Learn more at: https://jilv.org/

Counterweight
FSF Ep. 7: Engage in Productive Debates to Challenge Opposing Ideas | Ken Pope

Counterweight

Play Episode Listen Later Jul 30, 2024 25:33


Join in as Chris and Joia speak with Ken Pope, the Vice President for Academic Operations and Strategic Partnerships at the Victims of Communism Memorial Foundation. Ken discusses the importance of free speech and the need for a robust understanding of ideologies like Marxism, socialism, and communism. He also emphasizes the role of education in promoting a complete understanding of these ideologies and the negative consequences of totalitarian systems. Ultimately, Ken encourages aspiring free speech leaders to become informed, stand up, and speak out: “If you would be the first man or woman to stand up, I guarantee you, you will not be alone."   See: https://victimsofcommunism.org/

Counterweight
FSF Ep. 6: Book Banning Vs. Letting People Decide for Themselves | Pam Hayes-Bohanan

Counterweight

Play Episode Listen Later Jul 16, 2024 20:59


In this episode, co-hosts Chris and Joia have the pleasure of speaking with Pam Hayes-Bohanan, a librarian with a career spanning nearly three decades. She shares her journey and insights on the importance of free speech, including discussing how her upbringing and experiences shaped her beliefs. She emphasizes the need for diverse voices and critical thinking, highlighting the importance of allowing ideas to be shared. Pam also discusses the role of libraries in providing credible information and promoting education on thinking skills.   See: https://heterodoxacademy.org/blog/utopia-in-the-stacks/

O Antagonista
Tudo joia, Bolsonaro? - Narrativas#179 com Madeleine Lacsko

O Antagonista

Play Episode Listen Later Jul 10, 2024 21:10


Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante:  https://bit.ly/planosdeassinatura   Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.  Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.   https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...   Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.  Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br 

Counterweight
FSF Ep. 5: Not Actively Advocating for Free Speech Until I Got Canceled | Elizabeth Spievak

Counterweight

Play Episode Listen Later Jul 2, 2024 22:46


In this episode, co-hosts Chris and Joia are delighted to talk with one of the Fellows of the Institute for Liberal Values, Elizabeth Spievak. Elizabeth shares her journey as a free speech advocate, highlighting the impact of cancel culture on her academic work and the importance of free speech in research and academic freedom. She emphasizes the need for civics education and support for those facing cancellation. The conversation delves into the challenges and impact of cancel culture on individuals and the importance of preserving free speech in society. You might also know Elizabeth as one of the co-hosts of The Dissidents podcast   See: https://ilvalues.org/podcast/

Counterweight
FSF Ep. 4: Ask First: What Is Your Story? | Jennifer Richmond

Counterweight

Play Episode Listen Later Jun 18, 2024 38:06


Join co-hosts Chris and Joia and get to know one of the founders and board members of the Institute for Liberal Values, Jennifer Richmond. Jennifer believes we are at our best when protecting individual rights and freedoms. Hear her stories and discover how Jen's background in International Relations has shaped her understanding and advocacy for Free Speech. And don't forget to check out the book she recently co-wrote with W.F. Twyman, Jr: Letters in Black and White: A New Correspondence on Race in America   See: https://ilvalues.org/

Counterweight
FSF Ep. 3: How to Achieve Safe Governments with James Petts

Counterweight

Play Episode Listen Later May 28, 2024 20:29


Co-hosts Chris and Joia are delighted to bring on their first guest. James Petts is a barrister (the equivalent of a trial attorney) in London, England where he focuses on commercial and Chancery (property) cases, especially those involving fraud or dishonesty. To him, liberalism is fundamentally the rigorous reasoned inquiry in all aspects of life, particularly in ethics – this includes the understanding that concentrated coercive power is inherently dangerous.  Podcast Notes:https://institute-for-liberal-values.circle.so/c/liberal-values-concepts/

Black Girls' Guide to Surviving Menopause
Season of Orisii: Michelle Graham Freeman & Sterling Freeman

Black Girls' Guide to Surviving Menopause

Play Episode Listen Later May 23, 2024 56:45


Welcome to our 6th iteration of the ⁠Black Girl's Guide to Surviving Menopause⁠ podcast: the Season of Orisii. Building on our international diasporic tour from last year, this season's theme is Orisii, or 'pairs' in the Afric language of Yoruba. We've invited different types of pairs to explore the through-line between menarche and menopause. You will hear parent/child, partner/lovers, and siblings offer their reflections and observations about this journey as individuals and as Orisii. We, as people capable of menstruation, understand that each experience is unique and impacts both ourselves and the connections we have with our loved ones. For this second episode of our Season of Orisii, we have couple, Michelle Graham-Freeman and Sterling E. Freeman. MICHELLE GRAHAM-FREEMAN has taught Spanish at Durham Academy for 30 years. The first 17 years were in middle school with grades 6-8. The remaining years have been in pre and lower schools with grades preK-1. This 31st year is her last as she and her daughter, Joia, become franchisees of Season 2 Consign--RDU. Season 2 is dedicated to providing the highest quality, pre-owned designer brand and luxury handbags to clients around the world. STERLING E. FREEMAN, is a co-facilitator of UnLearning Sexism Accountability Circles, and co-host of a podcast in process, Beyond Being A Good One podcast. Sterling is a Co-Founder and Principal with CounterPart Consulting, Co-Founder of BREATHE: A Whole Black Experience, and the creator and host of The Wisdom & The Work podcast. All his efforts contribute to the work of dismantling oppressive systems, and imagining and building spaces that enable liberation and thriving for all. At this point in his journey, he is an aspiring womanist. Sterling lives in Durham, NC with his wife, Michelle. They have an adult daughter, Joia. Show Notes: Produced by Mariah M., Creative Director at BGG2SM Hosted by Omisade Burney-Scott, Founder & Chief Curatorial Officer at BGG2SM Edited by Kim Blocker of TDS Radio Theme music by Taj Cullen Scott Season 6 Artwork by Assata Goff, artist & in-house Iconographer of BGG2SM Season 6 of the podcast is sponsored by The Honey Pot Company Learn more about Black Girl's Guide to Surviving Menopause at www.blackgirlsguidetosurvivingmenopause.com

Counterweight
FSF Ep 1: Having Fundamental Inner Confidence in Your Worthiness and Goodness to Stand Up and Speak Out | Chris Bush

Counterweight

Play Episode Listen Later May 21, 2024 17:48


In this introductory episode, co-host Joia interviews co-host Chris. In addition to being one of the co-founders of 1776 Forward, Chris is a real estate investment and development executive and entrepreneur who is currently focused on a mission to bring greater beauty, efficiency, and new modes of living and working to the built environment. His philosophical approach includes a dedication to promoting the cause of philosophical liberalism. See: www.1776forward.com

Counterweight
Free Speech Forward: Podcast Introduction

Counterweight

Play Episode Listen Later May 21, 2024 3:20


Welcome to the Free Speech Forward Podcast! Co-hosts Chris and Joia introduce the unique format of the show and tease our first episodes. Join us on this journey exploring the different stories, perspectives, and communication advice of various free speech activists. See: www.1776forward.com

Counterweight
FSF Ep 2: 5 Core Principles (and 1 Pet Peeve) for Effective Writing | K. Joia Houheneka

Counterweight

Play Episode Listen Later May 21, 2024 19:10


In this second introductory episode, co-host Chris interviews co-host Joia. Joia is not only one of the co-founders of 1776 Forward, she is also an Excellence Coach and a leader in luxury entrepreneurship with a background in luxury travel and luxury retreats. She is on a mission to elevate luxury to make it synonymous with excellence, human greatness, and human flourishing. In her view, philosophical liberalism is all about grounding the proper approach to politics in a wider philosophy of human flourishing. See: www.1776forward.com