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Meio Ambiente
Do pasto ao prato: adesão de pequenos produtores desafia rastreabilidade da pecuária na Amazônia

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Oct 23, 2025 28:45


A pecuária extensiva é o principal vetor da devastação da Amazônia: entre 80% e 90% das áreas desmatadas são convertidas em pasto para o gado, segundo diferentes estudos de instituições de referência, como Mapbiomas. Nos holofotes do mundo por sediar a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), o país ainda engatinha em implementar a rastreabilidade da cadeia bovina, etapa fundamental para evitar que mais árvores sejam derrubadas para a produção de carne.   Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Belém, Novo Repartimento e Assentamento Tuerê (Pará) Sede da maior reunião do mundo sobre a crise climática, o Pará – segundo maior produtor do Brasil, atrás do Mato Grosso – quer dar o exemplo e adota o primeiro programa de rastreabilidade do gado na Amazônia. O plano é que, até 2027, todo o rebanho estará com o chip na orelha, dando acesso ao trânsito completo de um animal desde o nascimento até chegar à prateleira do supermercado.   Do ponto de vista ambiental, a informação crucial é saber se, em alguma etapa, o boi passou por áreas ilegalmente desmatadas. O controle do início da cadeia é o principal desafio para o sucesso do programa – e envolve centenas de milhares de pequenos produtores, espalhados pelo estado. Desde 2013, o Pará ultrapassou o Mato Grosso e está no topo da lista dos que mais devastam a Amazônia. “Para lhe falar a verdade, vontade de desmatar, eu tenho muita. Muita mesmo”, disse à RFI o agricultor familiar Adelson Alves da Silva Torres.   Há 25 anos, ele deixou o Maranhão e chegou ao Pará, atraído pela promessa de uma vida melhor. Há 19, conseguiu um lote de 25 hectares no Assentamento Tuerê, conhecido como o maior da América Latina, no leste do estado. Nesta região, a pressão do desmatamento para a pecuária já devastou praticamente tudo que havia de floresta.  Produtividade baixa impulsiona mais desmatamento Na maioria das vezes, os rebanhos ocupam vastas áreas, em lugares remotos, com produtividade muito baixa: menos de um boi por hectare. Na Europa, em países como Holanda, o índice chega a sete.  Mas num país extenso como o Brasil, é mais barato abrir novas áreas de pastagem do que conservar as que já existem, com manejo adequado do pasto, do solo e do próprio gado. O desafio é ainda maior para os pequenos produtores, de até 100 animais. No Pará, 67% dos pecuaristas se enquadram nesta categoria.   O carro-chefe da roça de Adelson sempre foi a agricultura: cacau, banana, mandioca. Nos últimos anos, voltou a criar gado e hoje tem dez cabeças. A diferença é que, desta vez, ele está recebendo orientação técnica para produzir mais, no mesmo espaço de terra. “Através dessas reuniões que eu tenho participado, eu resolvi deixar [a mata]. Até na serra, eu não posso mexer”, garantiu. “Se tivesse como o governo ajudar a gente no manejo dentro de uma área pequena, com a cerca elétrica, dividir tudo direitinho. Mas, para isso, nós, que somos pobres, nós não aguentamos. Se fosse assim, não precisava desmatar.”  Mudança de mentalidade  Convencer os agricultores de que dá para produzir mais sem derrubar a floresta é um trabalho de formiguinha. “É uma região muito desafiadora. São famílias que estão lutando no seu dia a dia, buscando a sua independência financeira, sua regularização fundiária e ambiental”, explica Leonardo Dutra, coordenador de projetos do Programa da Amazônia da Fundação Solidaridad, que atua há 10 anos em municípios na rodovia Transamazônica.   A entidade ensina técnicas de agropecuária sustentável e ajuda os pequenos produtores a se regularizarem à luz do novo Código Florestal, adotado em 2012.   “É um desafio porque são famílias que têm uma cultura longeva, com determinado tipo de trabalho, e a gente precisa avançar nessas técnicas para que elas assimilem, ano após ano. A gente costuma trazer lideranças de outras regiões que já conhecem o nosso trabalho, e aí a gente começa a ganhar confiança deles.”    Do total da carne produzida no Brasil, 43% vem da Amazônia Legal, segundo levantamento do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). A produção é profundamente fragmentada: entre o nascimento e o abate, o boi pode passar por três proprietários diferentes – e apenas a última etapa, a do fornecedor direto para o frigorífico, tem fiscalização ambiental rigorosa no país.  Isso significa que milhares de produtores em condição irregular conseguem revender os animais para fornecedores "limpos", que comercializam com os grandes frigoríficos. É a chamada lavagem de gado.  “A gente ainda não está em plenas condições de garantir que temos controle sobre isso”, afirma Camila Trigueiro, analista de pesquisa do Imazon, instituto especializado em desenvolvimento sustentável, em Belém.  “Se a gente conseguir identificar todos os animais, a origem deles, tornar isso transparente, a gente consegue trazer para a sociedade e para as empresas que estão adquirindo esses animais a informação de que existe esse produtor, ele está comercializando o gado, e você deve verificar o status socioambiental dele – que é algo que a gente ainda não consegue fazer.” ‘Brinco' na orelha do gado ainda ainda é exceção  Atualmente, o único estado brasileiro que oferece a identificação da cadeia bovina é Santa Catarina, implementada há mais de 15 anos para o controle da febre aftosa. No âmbito federal, primeiro Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos foi lançado no fim de 2024, mas o prazo de implementação é extenso, até o fim de 2032. “A identificação individual tem um potencial muito grande de colocar a produção pecuária do Brasil num caminho de maior sustentabilidade. Mas para isso acontecer, você tem que trazer os produtores para junto porque, no fim das contas, quem vai fazer a transição e vai realizar as ações necessárias, botar o brinco no boi, fazer o processo de regularização ambiental, fazer o isolamento das áreas desmatadas, são os produtores”, destaca Bruno Vello, coordenador de políticas públicas do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola). “Tem que ser viável para eles, em termos de custos, principalmente.”  No Pará, estimativas de organizações da sociedade civil, como a The Nature Conservancy, indicam que cerca da metade do gado sai de áreas irregulares, com passivos ambientais e fundiários. O governo estadual não desmente e afirma que, destes, 50% poderão voltar para o mercado formal por meio de um novo protocolo de regularização de pequenos e médios produtores. O dispositivo inclui a obrigação de reflorestamento de áreas ilegalmente desmatadas.  “Mais da metade deles estão em propriedades cujo desmatamento ilegal representa menos de 10% do tamanho total da propriedade. São propriedades que tendem a buscar a regularização porque o prejuízo delas é muito grande frente ao tamanho do passivo”, aposta o secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Raul Protazio Romão, que antes de assumir o cargo, era procurador do Estado. “O custo-benefício de essa propriedade se regularizar é muito maior.”  Vulnerabilidades atrasam aplicação    O produtor Wanderlan Sousa Damasceno, no Assentamento Tuerê, pode se enquadrar nesta situação: já recuperou áreas desmatadas ilegalmente e, nos cinco hectares onde cria 100 cabeças de gado, investiu em infraestrutura para fazer manejo com pastagem rotacionada, mais produtiva.   Em um ano, o goiano conseguiu chegar a cinco animais por hectare. Mas as próximas etapas do processo, a identificação individual do rebanho, lhe causam uma certa apreensão.  “Tem que ver também como é que funciona, porque às vezes a gente quer, mas não dá conta. Chegar lá e tem esses problemas de queimada”, relata.   Na tentativa de se regularizar, Wanderlan se deparou com a informação de que existe um registro de uma queimada que, segundo ele, não aconteceu. “E aí como é que eu vou fazer, se eu moro aqui há tantos anos? Fui eu que abri isso aqui. Eu não tenho uma queimada de 2008 para cá”, garante. “Eu sou um cara analfabeto. A gente fica até com medo do mundo que a gente vive hoje, com as leis chegando. É complicado para nós.”  Recursos para a implementação  E tem ainda a situação da segunda metade dos produtores em situação ilegal, incluindo os que invadem terras indígenas, unidades de conservação ou outras terras públicas para criar gado. Nestes casos, a fiscalização e as multas deverão aumentar, assegura o secretário Protazio, e o custo da ilegalidade tende a ser ainda maior quando o programa de rastreabilidade sair do papel.   O orçamento para reforçar as autuações, entretanto, ainda é vago. Mais servidores estão sendo contratados pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), responsável pela implementação do programa do ponto de vista sanitário, e a frota de veículos da agência para percorrer o estado está sendo renovada.  O desafio é imenso: com uma superfície mais extensa do que o dobro de um país como a França, o Pará tem 90 mil famílias que trabalham na pecuária, com um rebanho que chega a 26 milhões de cabeças de gado. As autuações cabem tanto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, quanto a órgãos federais, como o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).  A despeito de não apresentar números específicos sobre como essa fiscalização será ampliada, o secretário do Meio Ambiente pega o exemplo do esforço feito pelo estado no combate ao desmatamento, que caiu pela metade desde 2019. “Nós decuplicamos a força de combate ao desmatamento. O estado tinha dez fiscais, para o estado inteiro. Nós fomos para 100 fiscais”, defende. “Não só fiscais, como veículos, drones, impressoras. Todo o aparato necessário para essa fiscalização acontecer”, complementa.    O maior frigorífico do país, a JBS, é parceiro do programa: financia parcialmente a compra dos “brincos” para pequenos produtores e das máquinas usadas para ler as informações. Em outubro, cerca de 180 cabeças de gado já estavam registradas, ou menos de 1% do total do rebanho estadual. “A programação para que tudo isso aconteça está no papel. O programa é factível, ele tem potencial para acontecer”, avalia Camila Trigueiro, do Imazon. “O que é necessário é que sejam direcionados recursos para que as fases que foram planejadas sejam de fato executadas.”    Resistência em campo e cruzamento de informações  Em campo, a resistência dos produtores é outra barreira a ser vencida. Não à toa, na hora de conversar com os pecuaristas para explicar o programa da identificação individual, o governo do estado prefere a abordagem sanitária, focada nos benefícios para o controle de doenças no rebanho, em vez do viés ambiental do projeto.  Uma associação de produtores rurais “independentes da Amazônia” chegou a entrar na Justiça para questionar o plano, alegando que ele “desvirtuou a finalidade sanitária e comercial” para ter objetivos “ambientalistas”.  Jamir Macedo, diretor-geral da Adepará reconhece as dificuldades. “Quando a gente implementou o programa, muita fake news e muita desinformação circulou no Estado. Essas matérias negativas correm muito mais rápido que a verdadeira informação”, aponta. “As nossas idas a campo desmistificam isso. A gente mostra a realidade para o produtor, com muito pé no chão, sem prometer mundos e fundos.”   As informações não estão obrigatoriamente comparadas aos dados ambientais da propriedade, como a validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) – que atesta a produção isenta de desmatamento ilegal. Sem o cruzamento sistemático desses dados, a eficiência do programa no combate ao desmatamento fica limitada.   Custo alto e a desigualdade no campo  Segundo Macedo, as propriedades com mais de mil cabeças já tendem a adotar a identificação individual para a gestão do rebanho. Para os pequenos produtores, o maior freio é o custo da regularização.   “É um processo bastante longo. Exige diversas etapas e uma certa expertise técnica da parte do proprietário, de identificar com precisão essas áreas, o uso de imagens de satélite, e também exige o isolamento das áreas que estão desmatadas. Ou seja, é um processo que é caro”, reitera Bruno Vello, do Imaflora.    “Num país que é muito desigual, a viabilidade disso para os produtores, a capacidade de arcar com esses custos, ela também é desigual. Grandes produtores, que possuem mais capital, conseguem arcar com os custos de transição e fazer isso de uma maneira mais autônoma. Pequenos produtores, agricultores familiares, precisam de apoio para conseguir fazer essa transição”, complementa.   O governo paraense fornece e aplica gratuitamente o dispositivo para os donos de até 100 cabeças de gado. Maria Gorete Rios, agricultora familiar em Novo Repartimento, foi a primeira da região a ter o seu rastreado.   “A gente já fazia um mínimo de controle: tu enumeravas o gado e marcavas a ferro. Só que para o comércio de couro não é legal”, recorda. “Quando vem um brinco com a numeração, fica tranquilo, e não tem maus-tratos dos animais”, comenta. Depois de um demorado processo para regularizar a propriedade, comprada há 11 anos, ela começou a criar gado. Foram três anos vendendo seus animais para atravessadores, até que, em 2024, ela fez a primeira venda direta para a JBS.   “O atravessador compra da gente para vender para o frigorífico. Então por que não eu me organizar, fazer a documentação, tudo bonitinho, e vender direto para o frigorifico?”, conclui.   Exigência dos mercados: UE e, no futuro, China?  Gorete vê a rastreabilidade como um caminho sem volta, num mercado que, pouco a pouco, se torna mais exigente. A Lei Antidesmatamento da União Europeia, que proíbe os países do bloco de comprarem produtos cultivados em áreas desmatadas ilegalmente, inclusive no exterior, foi a primeira a exigir a rastreabilidade dos parceiros comerciais dos europeus, como o Brasil.   Hoje, o único estado da Amazônia Legal que exporta para a União Europeia é o Mato Grosso, mas o Pará pode comercializar gado para o vizinho – o que ilustra outro grande desafio para o país, a movimentação dos animais entre os estados.  A expectativa é que a China, maior cliente da carne bovina brasileira, não demore a também aumentar os padrões ambientais da carne que compra do exterior. Em um relatório de 2022, o Conselho Chinês para Cooperação Internacional em Meio Ambiente e Desenvolvimento (CCICED) indica que Pequim considerando medidas "para evitar que a importação de commodities agrícolas esteja ligada à conversão de ecossistemas naturais no exterior".   “A China pode ser uma grande influência para o Brasil conseguir implementar esse programa, porque praticamente todos os estados que exportam carne bovina têm habilitação para exportar para a China”, aposta Camila Trigueiro. “Se vier dela mais exigências sobre o aspecto socioambiental, acredito que o Brasil vai se movimentar de maneira acelerada para atender, como fez no passado, para evitar vaca louca.”   Mesmo assim, em volta da propriedade da Gorete, a maioria dos vizinhos ainda não está convencida. Segundo ela, muitos temem só poder comercializar com quem tiver gado “brincado”, e preferem esperar para entrar no programa só mais perto do prazo final para a identificação individual do rebanho, em 2027.  Ao mesmo tempo em que a hesitação persiste na região, a vizinhança amarga os impactos das mudanças climáticas na agropecuária. O desmatamento aumenta o calor na Amazônia e a adaptação ao novo clima já é uma realidade para os produtores rurais.   “De uns dois anos para cá, não é a maioria, mas tem muita gente preservando. Tem muita gente sentindo na pele e tendo que preservar para poder se manter nessa atividade, porque senão não vai dar”, constata. “Se você não vai ter pasto, não vai ter água para os animais, vai viver como? Já tem produtor perdendo animais por falta de chuva. A gente tira a vegetação e paga as consequências disso.”  * Esta é a quinta e última reportagem da série Caminhos para uma Amazônia sustentável, do podcast Planeta Verde. As reportagens foram parcialmente financiadas pelo Imaflora.

StandardsCast
#347 [A320/A321] Certificação Final RNP-AR Genérico

StandardsCast

Play Episode Listen Later Oct 19, 2025 14:04


Olá, seja muito bem-vindo ao StandardsCast EP #347 A320/A321. Neste episódio conversamos com Breno Cicilio (Gerente de Operações de Frotas A320/A321) e Fernando Lima (Assistente de Flight Standards A320/A321) e trouxemos uma grande novidade para a frota: a certificação final do RNP-AR Genérico. Aproveitamos a oportunidade para agradecer nosso grupo de aviadores por todos os feedbacks encaminhados via Forms durante a fase de demonstração e abordamos os próximos passos para a liberação deste procedimento que certamente nos trará muitos ganhos operacionais. Forms: https://forms.office.com/r/A23tSQXHuH Em caso de dúvidas, críticas ou sugestões, envie um e-mail para standardscast@voeazul.com.br. Este Podcast foi produzido pela Diretoria de Operações da Azul Linhas Aéreas. Em caso de divergência entre qualquer assunto técnico abordado e os documentos oficiais, os documentos prevalecerão. Todos os direitos reservados.

Meio Ambiente
Alto potencial do cacau afasta produtores da pecuária e recupera floresta na Amazônia

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Oct 16, 2025 24:30


A disparada dos preços do cacau nos últimos anos dá o que falar na Amazônia e impulsiona um movimento tímido, porém crescente, de produtores rurais que decidem reduzir o rebanho de gado e apostar na matéria-prima do chocolate. Na economia da floresta em pé, o cacau desponta não apenas como uma alternativa promissora de renda, como pode ser vetor de recuperação de áreas desmatadas.  Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Marabá, Assentamento Tuerê e Altamira (Pará) Na região de Marabá, na fronteira leste do desmatamento da Amazônia no Pará, restam apenas vestígios do que um dia já foi tomado pela floresta. Dos dois lados da rodovia Transamazônica, obra faraônica do período da ditadura militar, predominam extensas áreas de pastagens para a criação de gado.   É neste contexto que culturas agrícolas alternativas à pecuária, ou pelo menos complementares, aparecem como um caminho para conter este processo de avanço da agricultura em direção à mata. O cacau é uma das que melhor se associa à floresta nativa da Amazônia.   Sob a copa de árvores como cumaru e andiroba, e com manejo adequado, a planta é mais resistente às pragas, tem maior durabilidade e dá frutos de melhor qualidade, com maior valor de mercado.  Ao contrário de outros grandes produtores mundiais, em especial na África – onde a monocultura de cacau “a pleno sol” leva ao desmatamento –, no Brasil o plantio do fruto hoje ocupa áreas já degradadas ou em consórcio com outras culturas.  O pequeno agricultor Rubens Miranda, 73 anos, chegou a Marabá aos 17 e, desde então, trabalha na roça e cria gado. Mas desde 2016, a área de pasto da sua propriedade de 27 hectares está cada vez menor – dando lugar a uma variada produção em sistema agroflorestal (SAF), da qual o cacau é estrela.  "Estou com só 25 cabeças agora. Eu tinha 70 quando eu comecei a investir no plantio", conta ele.  Produção de cacau por agricultores familiares No Pará, líder nacional no setor, mais de 80% da produção do cacau vem da agricultura familiar e 70% se desenvolve em sistemas agroflorestais como este, de acordo com um levantamento de 2022 da Embrapa Amazônia Oriental. Mas nem sempre foi assim.   Na era dourada do cacau na Bahia, que alçou o país a maior produtor mundial no século 20, a produção em monocultura empobreceu a Mata Atlântica no nordeste. As lições da história agora servem de alerta para o avanço da cultura na Amazônia.  "O que a gente vê no cacau é um exemplo de retorno de atividades agrícolas rentáveis trazendo árvores para o sistema. A gente entende que os consórcios são muito bem-vindos, fazem bem para a cultura do cacau, e são uma solução mais adequada para o que a gente está vivendo, especialmente as mudanças climáticas", indica João Eduardo Ávila, engenheiro agrônomo do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).   O instituto é um dos que levam capacitação técnica para os pequenos agricultores não repetirem os mesmos erros do passado. "A cacauicultura tem um potencial enorme de renda para as famílias, para que elas não fiquem só dependentes da pecuária", frisa.   A cultura também exerce um papel positivo contra a crise climática: com manejo adequado e à sombra de outras árvores, tem potencial de acumular até 60 toneladas de carbono por hectare no solo, operando como sumidouro de CO2 em regiões que sofrem cada vez mais as consequências do desmatamento.   Retorno financeiro é maior, mas não imediato  Mas o cultivo do fruto exige paciência e dedicação: a safra demora cerca de quatro anos para começar, a poda é trabalhosa e, para sair pelo melhor preço, a amêndoa precisa ser fermentada. No final, o retorno financeiro compensa – o quilo é comercializado a cerca de R$ 60, podendo chegar a R$ 90, conforme a qualidade.   Os preços fazem os olhos de Rubens Miranda brilhar. Agora que consegue produzir mais no mesmo espaço de terra, ele se arrepende de, no passado, ter aberto tanta mata para criar gado. "Se fosse hoje, em uns cinco hectares eu trabalhava. Teria sido suficiente."  Organizações da sociedade civil e outras instituições, como a Embrapa e o Ministério Público, além do governo do Pará, fazem um trabalho de longo prazo para convencer os agricultores familiares a migrarem para práticas agrícolas mais sustentáveis. Os gargalos são muitos: conhecimento técnico, logística, dificuldade de acesso aos mercados e, principalmente, recursos limitados para viabilizar a transição.  "Nessa nossa região, é muito importante essa quebra de paradigmas, mostrar que é um resgate a um sistema produtivo que foi se perdendo ao longo do tempo. O monocultivo e a pecuária aqui na região é muito forte por questões históricas: aquela ideia de que você precisaria desmatar tudo para instalar um sistema novo", comenta Gilmar Lima Costa, engenheiro agrônomo do Ministério Público do Pará.  " Você vê muitas extensões de áreas degradadas justamente pela falta de manejo adequado nas pastagens. Não faz a adubação, não faz a correção do solo, não faz a divisão das pastagens e, sempre que é possível, eles adentram e fazem a abertura de uma nova área, sendo que não era necessário fazer isso."    Batalha pelo sustento do dia seguinte Os técnicos do Instituto de Desenvolvimento Florestal e Biodiversidade do Pará (Ideflor Bio) percorrem o Estado para acompanhar a transição destes agricultores e oferecer mudas de espécies nativas da Amazônia, e assim estimular a recomposição florestal. Mas Marcio Holanda, gerente do escritório regional em Carajás, reconhece que os que trabalham em SAF ainda são uma minoria.   "Hoje, com as mudanças climáticas, a gente tem que incentivar, apoiar e buscar condições, buscando parceiros, se juntando para que os sistemas agroflorestais cumpram também a missão ambiental, num processo de reflorestamento, e na questão da geração de renda desses agricultores, porque já é comprovado que é viável", afirma.  A 300 quilômetros a oeste, a organização Solidaridad busca aumentar a conscientização na região de Novo Repartimento e no Assentamento Tuerê, conhecido como o maior da América Latina. Historicamente, os assentamentos de terras registram índices superiores de desmatamento do que outras áreas da Amazônia – uma herança da campanha de ocupação da região por meio da devastação, a partir dos anos 1960.   Para grande parte dos pequenos produtores, a maioria imigrantes de outros estados do Brasil, a principal preocupação é garantir o sustento do dia seguinte, salienta Pedro Souza dos Santos, coordenador de campo da entidade.  "Isso é um desafio para nós. Quando a gente vê como era antes, o que é hoje, com o marco do Código Florestal, e o que pode ser no futuro, a gente tem que colocar tudo isso para o produtor, que antes ele não enxergava. Ele enxergava só o agora", diz. "A gente vem colocando na cabeça do produtor que ele pode produzir sem agredir, sem desmatar e que, nessa área aberta, ele pode ter o uso das tecnologias para ele avançar e ter uma produção sustentável. Mas ainda falta muito. Nós somos um pingo na Amazônia, tentando fazer essa transformação, dia após dia, ano após ano, fazendo aquela insistência, voltando lá de novo, dando acompanhamento", afirma Santos.  Cacau como ferramenta de regeneração florestal O agricultor Jackson da Silva Costa, na localidade de Rio Gelado, simboliza essas vulnerabilidades da região. Desde o ano passado, a venda da produção de gado dele está embargada por desmatamento ilegal. Para voltar ao mercado, Jackson precisará recuperar a mata que derrubou ilegalmente em 2023.   Nos seus 24 hectares de terra, ele já produz cacau há muito tempo. Agora, o aumento da área destinada ao fruto vai ser o caminho para a regularização do passivo ambiental gerado pela pecuária.  "O entendimento que a gente tem é o seguinte: 'você não pode desmatar'. Só que chega um ponto em que é assim: 'eu vou fazer aqui e depois eu vou ver o que vai dar'", relata Costa. "Eu tenho consciência de que eu fui errado e por isso eu perdi. A conta chega e não tem para onde correr. Eu vou ter que pagar o que eu devo."   Pagar o preço, para ele, significa isolar os 5 hectares desmatados e deixar a floresta se regenerar. Em consórcio, poderá plantar cacau e outros frutos compatíveis com a mata, como o açaí ou o cupuaçu.  "Esse capim aqui já não vai me servir. Eu vou deixar ele já para iniciar o processo de reflorestamento", indica, ao mostrar uma área entre o local onde ele já plantava cacau e o que restou de floresta virgem na sua propriedade. "Eu vou deixar que árvores nativas cresçam. Mas com o cultivo do cacau que vai vir, com certeza vai dar uma rentabilidade maior. E quando eu for replantar, eu já quero colocar cacau de qualidade."   Histórias de sucesso do chocolate da Amazônia  Os encontros com a equipe da Solidariedad são importantes para manter a motivação de agricultores como Jackson, em meio às dificuldades de uma vida com poucos confortos. Nas conversas, Pedro traz as histórias de sucesso de cacauicultores da região, que conquistaram até prêmios no exterior pela qualidade do chocolate produzido na Amazônia.  "O entendimento de que o produtor tem que esperar o momento certo para as amêndoas chegarem no ponto, tem que mandar uma amostra para teste e só depois vender, demora. A maioria aqui são produtores pequenos, que querem colher, processar todo o manejo rapidamente e logo vender", ressalta. "Mas quando ele faz o cacau fino, que é uma minoria muito baixa, e vende por um preço melhor, ele não quer sair mais. "   Há cerca de 10 anos, a produção do Pará superou a da Bahia, antiga líder histórica do setor no Brasil. Na região de Altamira, maior polo produtor do Estado, a fabricante Abelha Cacau transforma o produto da região não apenas em chocolate, como explora o universo de 30 derivados possíveis do cacau – mel, suco, chá, manteiga, adubo e até cerveja.   "De um quilo de cacau seco, a gente consegue extrair, em média, quase metade de manteiga, que hoje está a R$ 200. Ou seja, só esse derivado já tem mais de 100% de lucro", explica. "E se eu pego o que resta para fazer cacau em pó, vai vir mais R$ 200 o quilo. Ou seja, eu estou vendendo a R$ 60, onde eu poderia tirar 400. E se eu transformo isso em barras de chocolate, eu multiplico isso por mais dez. O valor agregado só vai escalonado".  O Brasil hoje oscila entre o sétimo e o sexto lugar entre os maiores produtores mundiais da commoditie. O setor busca recuperar posições no ranking, mas sob bases diferentes das que impulsionaram os prósperos ciclos do cacau nos séculos 19 e 20.   A meta é dobrar a produção atual e chegar ao fim da década com 400 mil toneladas por ano. "A gente está vendo que isso está acontecendo, não só a ampliação da área, mas também novas tecnologias, variedades mais produtivas existentes, adubação, orientação técnica, tecnologias de equipamentos para beneficiar as amêndoas de cacau", salienta João Ávila, coordenador do programa Cacau 2030, do Imaflora.  Um dos objetivos do programa é promover a rastreabilidade da cadeia, essencial para garantir a sustentabilidade do cacau brasileiro. "Ainda é muito incipiente, quando comparada as outras cadeias, como café, por exemplo", reconhece Ávila. "Mas a gente já tem uma cartilha com um passo a passo mais claro, para que todo mundo tenha sua participação responsável, tanto no ambiente fiscal quanto socioambiental."   * Esta é a quarta reportagem da série Caminhos para uma Amazônia sustentável, do podcast Planeta Verde. As reportagens, parcialmente financiadas pelo Imaflora, vão ao ar todas as quintas-feiras até a COP30 em Belém, em novembro. 

Genoa H24 - Il tuo podcast rossoblu
16 Ottobre 2025 | Genoa, il Golden Boy certifica il buon lavoro fatto alla Badia. Il focus

Genoa H24 - Il tuo podcast rossoblu

Play Episode Listen Later Oct 16, 2025 11:16


Badia di Sant'Andrea = gioiello per il settore giovanile rossoblù riconosciuto a livello italiano. Anche se procedono ancora i lavori del secondo lotto, la Badia si prende la scena grazie al Golden Boy, che non ha però funzionato proprio ottimamente in termini di inviti alla kermesse finale. Parliamo di questo, delle parole di Vieira e Blazquez e delle ultime da Pegli. Buoncalcioatutti!

Notícias Agrícolas - Podcasts
HORTI RESENHA #118 - Como o produtor pode se adequar na busca por certificação e rastreabilidade

Notícias Agrícolas - Podcasts

Play Episode Listen Later Oct 9, 2025 24:05


Como o produtor pode se adequar na busca por certificação e rastreabilidade

Podcasts epbr
Erik Trench, Diretor de Gases Renováveis da Ultragaz | Videocast gas week #010

Podcasts epbr

Play Episode Listen Later Oct 2, 2025 63:25


O governo publicou o decreto do biometano, passo decisivo para o mandato do combustível do futuro. Como isso muda a oferta, a demanda e os preços? André Ramalho recebe Erik Trench, diretor de Gases Renováveis da Ultragaz, para um raio-X do mercado: do crescimento do biometano no Brasil ao papel do CGOB, passando por indústria, mobilidade pesada, certificação e rastreabilidade (GHG Protocol), além de desafios de infraestrutura e harmonização regulatória. Destaques do episódio: - “Foto” do mercado de biometano antes do mandato - Estratégia da Ultragaz: histórico no GLP, aquisição da Neogás e atuação em GNC - Portfólio e clientes (indústria e transporte) - Oferta: aterros (Caieiras, Dois Arcos, Minas do Leão), sucroenergético e agro - CGOB, mercado voluntário e convivência com o mercado “obrigado” - Certificação, rastreabilidade e GHG Protocol - Competitividade vs. gás natural e diesel; frotas a gás - Infraestrutura, hubs, swap e pluralidade de modais - Mercado livre de gás: oportunidades Inscreva-se no canal da agência eixos e ative o sininho.

Meio Ambiente
Amazônia: a equação delicada entre preservação e combate à pobreza

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Oct 2, 2025 36:25


A realização da próxima Conferência do Clima da ONU em Belém do Pará (COP30) aproximará, pela primeira vez, os líderes globais de uma realidade complexa: a de que a preservação ambiental só vai acontecer se garantir renda para as populações locais. Conforme o IBGE, mais de um terço (36%) dos 28 milhões habitantes da Amazônia Legal estão na pobreza, um índice superior à média nacional. Lúcia Müzell, enviada especial da RFI a Belém e Terra Santa (Pará) Ao longo de décadas de ocupação pela agricultura, mineração e extração de madeira, incentivadas pelo Estado, instalou-se na região o imaginário de que a prosperidade passa pelo desmatamento. O desafio hoje é inverter esta lógica: promover políticas que façam a floresta em pé ter mais valor do que derrubada.    Os especialistas em preservação alertam há décadas que uma das chaves para a proteção da floresta é o manejo sustentável dos seus recursos naturais, com a inclusão das comunidades locais nessa bioeconomia. Praticamente 50% do bioma amazônico está sob Unidades de Conservação do governo federal, que podem ser Áreas de Proteção Permanente ou com uso sustentável autorizado e regulamentado, como o das concessões florestais.  A cadeia da devastação começa pelo roubo de madeira. Depois, vem o desmatamento da área e a conversão para outros usos, como a pecuária. A ideia da concessão florestal é “ceder” territórios sob forte pressão de invasões para empresas privadas administrarem, à condição de gerarem o menor impacto possível na floresta e seus ecossistemas.   Essa solução surgiu em 2006 na tentativa de frear a disparada da devastação no Brasil, principalmente em áreas públicas federais, onde o governo havia perdido o controle das atividades ilegais. A ideia central é que a atuação de uma empresa nessas regiões, de difícil acesso, contribua para preservar o conjunto de uma grande área de floresta, e movimente a economia local. Os contratos duram 40 anos e incluem uma série de regras e obrigações socioambientais, com o aval do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A madeira então recebe um selo de sustentabilidade emitido por organismos reconhecidos internacionalmente – o principal deles é o FSC (Forest Stewardship Council).  Atualmente, 23 concessões florestais estão em operação pelo país. "Qualquer intervenção na floresta gera algum impacto. Mas com a regulamentação do manejo florestal e quando ele é bem feito em campo, você minimiza os impactos, porque a floresta tropical tem um poder de regeneração e crescimento muito grandes”, explica Leonardo Sobral, diretor da área de Florestas e Restauração do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), parceiro do FSC no Brasil.     "O que a gente observa, principalmente através de imagens de satélite, é que em algumas regiões que são muito pressionadas e que têm muito desmatamento no entorno, a única área de floresta que restou são florestas que estão sob concessão. Na Amazônia florestal sobre pressão, que é onde está concentrada a atividade ilegal predatória, existem florestas que estão na iminência de serem desmatadas. É onde entendemos que as concessões precisam acontecer, para ela valer mais em pé do que derrubada”, complementa.  Manejo florestal em Terra Santa Na região do Pará onde a mata é mais preservada, no oeste do Estado, a madeireira Ebata é a principal beneficiada de uma concessão em vigor na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, entre os municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa. Numa área de 30 mil hectares, todas as árvores de interesse comercial e protegidas foram catalogadas. Para cada espécie, um volume máximo de unidades pode ser extraído por ano – em média, 30 metros cúbicos de madeira por hectare, o que corresponde a 3 a 6 árvores em um espaço equivalente a um campo de futebol. A floresta foi dividida em 30 “pedaços” e, a cada ano, uma área diferente é explorada, enquanto as demais devem permanecer intocadas.   O plano prevê que, três décadas após uma extração, a fatia terá se regenerado naturalmente. "Para atividades extrativistas como madeira, a castanha do Brasil ou outros produtos que vem da floresta, a gente depende que ela continue sendo floresta”, afirma Leônidas Dahás, diretor de Meio Ambiente e Produtos Florestais da empresa. "Se em um ano, a minha empresa extrair errado, derrubar mais do que ela pode, eu não vou ter no ano que vem. Daqui a 30 anos, eu também não vou ter madeira, então eu dependo que a floresta continue existindo.”   Estado incapaz de fiscalizar Unidades de Conservação A atuação da empresa é fiscalizada presencialmente ou via satélite. A movimentação da madeira também é controlada – cada tora é registrada e os seus deslocamentos devem ser informados ao Serviço Florestal Brasil (SFB), que administra as concessões no país.  "Uma floresta que não tem nenhum dono, qualquer um vira dono. Só a presença de alguma atividade, qualquer ela que seja, já inibe a grande parte de quem vai chegar. Quando não tem ninguém, fica fácil acontecer qualquer coisa – qualquer coisa mesmo”, observa Dahás.  A bióloga Joice Ferreira, pesquisadora na Embrapa Amazônia Oriental, se especializou no tema do desenvolvimento sustentável da região e nos impactos do manejo florestal. Num contexto de incapacidade do Estado brasileiro de monitorar todo o território e coibir as ilegalidades na Amazônia, ela vê a alternativa das concessões florestais como “promissora” – embora também estejam sujeitas a irregularidades. Os casos de fraudes na produção de madeira certificada não são raros no país.   “Você tem unidades de conservação que são enormes, então é um desafio muito grande, porque nós não temos funcionários suficientes, ou nós não temos condições de fazer esse monitoramento como deveria ser feito”, frisa. “Geralmente, você tem, em cada unidade de conservação, cinco funcionários.”  Em contrapartida do manejo sustentável, a madeireira transfere porcentagens dos lucros da comercialização da madeira para o Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o SFB, que distribuem os recursos para o Estado do Pará e os municípios que abrigam as Flonas, como são chamadas as Florestas Nacionais.   Populações no interior da Amazônia sofrem de carências básicas O dinheiro obrigatoriamente deve financiar projetos de promoção do uso responsável das florestas, conservação ambiental e melhora da gestão dos recursos naturais na região. Todo o processo é longo, mas foi assim que a cidade de Terra Santa já recebeu mais de R$ 800 mil em verbas adicionais – um aporte que faz diferença no orçamento da pequena localidade de 19 mil habitantes, onde carências graves, como saneamento básico, água encanada e acesso à luz, imperam.  "Quase 7 mil pessoas que moram na zona rural não têm tem acesso à energia elétrica, que é o básico. Outro item básico, que é o saneamento, praticamente toda a população ribeirinha e que mora em terra firme não têm acesso à água potável”, detalha a secretária municipal de Meio Ambiente, Samária Letícia Carvalho Silva. "Elas consomem água do igarapé. Quando chega num período menos chuvoso, a gente tem muita dificuldade de acesso a água, mesmo estando numa área com maior bacia de água doce do mundo. Nas áreas de várzea, enche tudo, então ficam misturados os resíduos de sanitários e eles tomam aquela mesma água. É uma situação muito grave na região.”   Com os repasses da concessão florestal, a prefeitura construiu a sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, distribuiu nas comunidades 50 sistemas de bombeamento de água movido a energia solar e painéis solares para o uso doméstico. A família da agente de saúde Taila Pinheiro, na localidade de Paraíso, foi uma das beneficiadas. A chegada das placas fotovoltaicas zerou um custo de mais de R$ 300 por mês que eles tinham com gerador de energia.    "Antes disso, era lamparina mesmo. Com o gerador, a gente só ligava de noite, por um período de no máximo duas horas. Era só para não jantar no escuro, porque era no combustível e nós somos humildes, né?”, conta. "A gente não conseguia ficar com a energia de dia."  A energia solar possibilitou à família ter confortos básicos da cidade: armazenar alimentos na geladeira, carregar o celular, assistir televisão. Um segundo projeto trouxe assistência técnica e material para a instalação de hortas comunitárias. A venda do excedente de hortaliças poderá ser uma nova fonte de renda para a localidade, que sobrevive da agricultura de subsistência e benefícios sociais do governo.  "A gente já trabalhava com horta, só que a gente plantava de uma maneira totalmente errada. Até misturar o adubo de maneira errada a gente fazia, por isso a gente acabava matando as nossas plantas”, observa. “A gente quer avançar, para melhorar não só a nossa alimentação, mas levar para a mesa de outras pessoas."  Acesso à água beneficia agricultura Na casa de Maria Erilda Guimarães, em Urupanã, foi o acesso mais fácil à água que foi celebrado: ela e o marido foram sorteados para receber um kit de bombeamento movido a energia solar, com o qual extraem a água do poço ou do próprio rio, com bem menos esforço braçal. No total, quase 50 quilômetros de captura de água pelo sistema foram distribuídos nas comunidades mais carentes do município.    O casal completa a renda da aposentadoria com a venda de bebidas e paçoca caseira para os visitantes no período da estação seca na Amazônia, a partir de agosto. O marido de Maria Erilda, Antônio Conte Pereira, também procura fazer serviços esporádicos – sem este complemento, os dois “passariam fome”.  "Foi um sucesso para nós, que veio mandado pelo governo, não sei bem por quem foi, pela prefeitura, não sei. Mas sei que foi muito bom”, diz Pereira. "Não serviu só para nós, serviu para muitos aqui. A gente liga para as casas, dá água para os vizinhos, que também já sofreram muito carregando água do igarapé, da beira do rio." Urupanã é uma praia de rio da região, onde o solo arenoso dificulta o plantio agrícola. No quintal de casa, os comunitários cultivam mandioca e frutas como mamão, abacaxi e caju. O bombeamento automático da água facilitou o trabalho e possibilitou ampliar o plantio de especiarias como andiroba e cumaru, valorizados pelas propriedades medicinais. "Para muitas famílias que ainda precisavam bater no poço, foi muito legal. A gente conseguiu manter as nossas plantas vivas no verão”, conta Francisco Neto de Almeida, presidente da Associação de Moradores de Urupanã, onde vivem 38 famílias.  'Fazer isso é crime?' A prefeitura reconhece: seria difícil expandir rapidamente a rede elétrica e o acesso à água sem os recursos da madeira e dos minérios da floresta – outra atividade licenciada na Flona de Saracá-Taquera é a extração de bauxita, pela Mineração Rio do Norte.    Entretanto, o vice-prefeito Lucivaldo Ribeiro Batista considera a partilha injusta: para ele, o município não se beneficia o suficiente das riquezas da “Flona”, que ocupa um quarto da superfície total de Terra Santa. Para muitos comunitários, a concessão florestal e a maior fiscalização ambiental na região estrangularam a capacidade produtiva dos pequenos agricultores.  "Existe esse conflito. Hoje, se eu pudesse dizer quais são os vilões dos moradores que estão em torno e dentro da Flona, são os órgãos de fiscalização federal, que impedem um pouco eles de produzirem”, constata ele, filiado ao Partido Renovação Democrática (PRD), de centro-direita. "E, por incrível que pareça, as comunidades que estão dentro da Flona são as que mais produzem para gente, porque é onde estão os melhores solos. Devido todos esses empecilhos que têm, a gente não consegue produzir em larga escala”, lamenta. A secretária de Meio Ambiente busca fazer um trabalho de esclarecimento da população sobre o que se pode ou não fazer nos arredores da floresta protegida. Para ela, a concessão teria o potencial de impulsionar as técnicas de manejo florestal sustentável pelas próprias comunidades dos arredores de Sacará-Taquera. Hoje, entretanto, os comunitários não participam desse ciclo virtuoso, segundo Samária Carvalho Silva.    “Eles pedem ajuda. ‘Fazer isso não é crime?'. Eles têm muito essa necessidade de apoio técnico. Dizem: 'Por que que eu não posso tirar a madeira para fazer minha casa e a madeireira pode?'", conta ela. "Falta muito uma relação entre esses órgãos e as comunidades”, avalia.    Há 11 anos, a funcionária pública Ilaíldes Bentes da Silva trabalhou no cadastramento das famílias que moravam dentro das fronteiras da Flona – que não são demarcadas por cercas, apenas por placas esparsas, em uma vasta área de 440 mil hectares. Ela lembra que centenas de famílias foram pegas de surpresa pelo aumento da fiscalização de atividades que, até então, eram comuns na região.  "Tem muita gente aqui que vive da madeira, mas a maioria dessas madeiras eram tiradas ilegalmente. Com o recadastramento, muitas famílias pararam”, recorda-se. “Para as pessoas que vivem dessa renda, foi meio difícil aceitar, porque é difícil viver de farinha, de tucumã, de castanha e outras coisas colhidas nessa região do Pará.” Kelyson Rodrigues da Silva, marido de Ilaíldes, acrescenta que “até para fazer roça tinha que pedir permissão para derrubar” a mata. “Hoje, eu entendo, mas tem gente que ainda não entende. O ribeirinho, para ele fazer uma casa, tem que derrubar árvore, e às vezes no quintal deles não tem. Então eles vão tirar de onde?”, comenta. “Quando vem a fiscalização, não tem como explicar, não tem documento.” Espalhar o manejo sustentável A ecóloga Joice Ferreira, da Embrapa, salienta que para que o fim do desmatamento deixe de ser uma promessa, não bastará apenas fiscalizar e punir os desmatadores, mas sim disseminar as práticas de uso e manejo sustentável da floresta também pelas populações mais vulneráveis – um desafio de longo prazo.  “Não adianta chegar muito recurso numa comunidade se ela não está preparada para recebê-lo. Muitas vezes, as empresas chegam como se não houvesse nada ali e já não tivesse um conhecimento, mas ele existe”, ressalta. “As chances de sucesso vão ser muito maiores se as empresas chegarem interessadas em dialogar, interagir e aumentar as capacidades do que já existe. Isso é fundamental para qualquer iniciativa de manejo sustentável ter sucesso”, pontua a pesquisadora.   Um dos requisitos dos contratos de concessão florestal é que a mão de obra seja local. A madeireira Ebata reconhece que, no começo, teve dificuldades para contratar trabalhadores só da cidade, mas aos poucos a capacitação de moradores deu resultados. A empresa afirma que 90% dos empregados são de Terra Santa.  “No início da minha carreira em serraria, eu trabalhei em madeireiras que trabalhavam de forma irregular. Me sinto realizado por hoje estar numa empresa que segue as normas, segue as leis corretamente”, afirma Pablio Oliveira da Silva, gerente de produção da filial. Segundo ele, praticamente tudo nas toras é aproveitado, e os resíduos são vendidos para duas olarias que fabricam tijolos. Cerca de 10% da madeira é comercializada no próprio município ou destinada a doações para escolas, centros comunitários ou igrejas.  Na prefeitura, a secretária Samária Silva gostaria de poder ir além: para ela, a unidade de beneficiamento de madeira deveria ser na própria cidade, e não em Belém. Da capital paraense, o produto é vendido para os clientes da Ebapa, principalmente na Europa.   “O município é carente de empreendedorismo e de fontes de renda. A gente praticamente só tem a prefeitura e a mineração”, explica. “Essas madeireiras, ao invés de ter todo esse processo produtivo aqui... ‘Mas o custo é alto. A gente mora numa área isolada, só tem acesso por rios e isso tem um custo'. Mas qual é a compensação ambiental que vai ficar para o município, da floresta? Essas pessoas estão aqui vivendo, o que vai ficar para elas?”, indaga. Foco das concessões é conter o desmatamento O engenheiro florestal Leonardo Sobral, do Imaflora, constata que, de forma geral no Brasil, as comunidades locais não se sentem suficientemente incluídas nas soluções de preservação das florestas, como as concessões. Uma das razões é a falta de conhecimento sobre o que elas são, como funcionam e, principalmente, qual é o seu maior objetivo: conter o desmatamento e as atividades predatórias nas Unidades de Conservação.  Em regiões carentes como no interior do Pará, esses grandes empreendimentos podem frustrar expectativas. “São problemas sociais do Brasil como um todo. Uma concessão florestal não vai conseguir endereçar todos os problemas”, salienta.    Esses desafios também simbolizam um dos aspectos mais delicados das negociações internacionais sobre as mudanças climáticas: o financiamento. Como diminuir a dependência econômica da floresta num contexto em que faltam verbas para atender às necessidades mais básicas das populações que vivem na Amazônia? Como desenvolver uma sociobioeconomia compatível com a floresta se as infraestruturas para apoiar a comercialização dos produtos não-madeireiros são tão deficientes?   “O recurso que chega do financiamento climático pode ser muito importante para fazer a conservação. Nós temos um exemplo bem claro, que é do Fundo Amazônia”, lembra Joice Ferreira. “Agora, nós temos ainda uma lição a aprender que é como fazer esse link com as comunidades locais, que têm o seu tempo próprio, os seus interesses próprios. Ainda não sabemos como fazer esse diálogo de forma justa.” Entre os projetos financiados pelo Fundo Amazônia, alguns destinam-se especificamente a melhorar as condições sociais das populações do bioma, como os programas da Fundação Amazônia Sustentável e o Sanear Amazônia.   Na COP30, em Belém, o Brasil vai oficializar uma proposta de financiamento internacional específico para a conservação das florestas tropicais do planeta, inspirada no Fundo Amazônia, mas incluindo um mecanismo de investimentos que gere dividendos. A ideia central do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) é prever recursos perenes para beneficiar os países que apresentem resultados na manutenção e ampliação das áreas de mata preservadas.  “Somos constantemente cobrados por depender apenas de dinheiro público para essa proteção, mas o Fundo Florestas Tropicais para Sempre representa uma virada de chave”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, em um evento em Nova York, em meados de setembro. “Não é doação, e sim uma iniciativa que opera com lógica de mercado. É uma nova forma de financiar a conservação, com responsabilidade compartilhada e visão de futuro", complementou a ministra. * Esta é a segunda reportagem de uma série do podcast Planeta Verde da RFI na Amazônia. As reportagens, parcialmente financiadas pelo Imaflora, vão ao ar todas as quintas-feiras até a COP30 em Belém, em novembro. 

Meio Ambiente
Bioeconomia na Amazônia: o desafio do comércio justo da floresta

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Sep 25, 2025 23:46


Já faz três décadas que quase 200 países se reúnem todos os anos para negociar soluções de combate ao aquecimento global – e, pela primeira vez, o encontro vai acontecer às portas da maior floresta tropical do planeta. Na COP30 em Belém do Pará, o mundo vai conhecer de perto não apenas a exuberância da Amazônia brasileira, como dará de cara com o colossal desafio de proteger um território mais extenso que a União Europeia, onde moram quase 30 milhões de habitantes. Como preservar a floresta e, ao mesmo tempo, garantir renda para as populações locais? Lúcia Müzell, eviada especial da RFI à aldeia Ita'aka, na Terra Indígena Koatinemo (Pará) Na Conferência do Clima da ONU, o Brasil dará visibilidade às pessoas que vivem sob a copa das árvores: indígenas, ribeirinhos e extrativistas, mas também populações urbanas, que dependem da floresta para sobreviver. O grande desafio é proteger a mata e as suas riquezas naturais, um patrimônio do Brasil e da humanidade, e ao mesmo tempo, garantir condições dignas de vida para esses habitantes, que lá nasceram e cresceram. Nos territórios amazônicos, é principalmente a agricultura em baixa escala que sustenta as famílias. Centenas de milhares desses pequenos produtores herdam o conhecimento tradicional sobre o manejo sustentável da floresta, porém esbarram em uma série de obstáculos para comercializar os seus produtos. Da logística complexa ao pouco acesso a crédito, da dependência de atravessadores à ameaça criminosa aos seus territórios, os "guardiões da floresta” estão à margem das estatísticas da economia amazônica. “A escala da biodiversidade hoje, tal como ela existe na Amazônia, não alimenta 2 milhões de pessoas”, observa Patricia Pinho, especialista em desenvolvimento sustentável e membro do Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança do Clima (IPCC). “De toda uma diversidade da Amazônia, de mais de 700 diferentes tipos de produtos da sociobiodiversidade mapeados, apenas nove compõem a cesta dos mais procurados, mais vendidos e comercializados, entre eles a castanha, açaí, alguns óleos essenciais e o cacau”, explica. O Brasil prepara um Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia, que deverá ser lançado durante a COP30. O objetivo é fortalecer as atividades que contribuem para gerar recursos para algumas das regiões mais pobres do país, a uma condição: desmatamento zero. Valorização leva à proteção da floresta Na bioeconomia compatível com a floresta em pé, os produtos são extraídos da mata no seu ciclo natural, ou são plantados em consórcio com outras culturas, em harmonia com a mata. É por isso que é preciso ter cuidado quando se fala em dar escala a este comércio – a socio-bioeconomia não tem vocação a criar novas monoculturas, ao contrário da soja ou da pecuária, vetores da destruição da Amazônia. “O que a gente precisa é ter uma visibilidade do aspecto plural da sociobiodiversidade, agregar valor – não só o valor econômico, mas que inclua essas boas práticas, o conhecimento milenar que, uma vez perdido, não é recuperável facilmente”, salienta Pinho, diretora-adjunta do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). O Pará é o estado amazônico onde as cadeias produtivas da floresta são mais desenvolvidas. Para o cacique Nei Xipaya, da aldeia Tucamã, na região de Altamira, o retorno financeiro da venda de especiarias da região é quase um detalhe: o dinheiro é usado para a compra de suprimentos básicos para a aldeia. Para ele, a prioridade mesmo é a transmissão da herança ancestral do cultivo da floresta – uma questão de sobrevivência para os povos indígenas. “Quando eu vendo uma castanha, eu estimulo que o jovem procure o pai dele para saber como é que procura castanha no mato, como é que se faz um paneiro, como é que se coleta”, conta. O fortalecimento das cadeias nativas ajuda a conter o êxodo da juventude indígena para os centros urbanos – que impacta na preservação dos territórios, sob constante pressão de invasores. “Nesse processo de coleta, você tem várias outras espécies de atividade que dá para você fazer, cuidar da medicina tradicional, conhecer e saber andar no próprio território. A geração nova não tem o domínio, e sim os anciões.” Articulação de comunidades locais A batalha para revalorizar os produtos florestais não madeireiros uniu comunidades que, até pouco tempo atrás, se viam como concorrentes mortais, como indígenas e seringueiros da região da Terra do Meio, no centro do Pará. Há mais de 10 anos, lideranças de dezenas dessas comunidades banhadas pelos rios Xingu e Iriri se aproximaram para ter mais força na negociação de preços dos produtos cultivados nos seus territórios, de uma extensão comparável a de um país como Portugal, com 9 milhões de hectares. A cada dois anos, eles se reúnem para Semana do Extrativismo, na qual debatem as dificuldades comuns e discutem soluções. Este ano, o evento aconteceu na aldeia Ita'aka, na Terra Indígena Koatinemo. Edileno Camilo de Oliveira, 36 anos, vice-presidente do coletivo, lembra que, antes da criação de uma reserva extrativista no local e da consolidação da rede, havia áreas tomadas por madeireiros ilegais, onde os verdadeiros habitantes não podiam nem mais entrar. “Uma vez que o nosso produto tem valor, a gente vai buscar mais lá dentro, a gente vai longe e quando a gente está indo, a gente está olhando, está protegendo e está fazendo um serviço socioambiental”, ressalta. Juntos, os comunitários da Rede Terra do Meio conseguem atender à demanda de mercado por volume, mas a escala de produção não se dá por mais desmatamento, e sim por um sistema semelhante ao de uma cooperativa. A negociação de preços e valores acontece diretamente com as empresas. “A gente enxerga esses parceiros com um bom olhar, até porque antes disso, a gente vivia na mão do atravessador. Com os parceiros comerciais da rede, isso mudou”, afirma Edileno, que vive em Riozinho Anfrísio, a 370 quilômetros de Altamira. “A gente passou a ter um espaço de governança e a ter a nossa autonomia. É a gente que decide a forma que a gente quer fazer o comércio.” A valorização das cadeias nativas tem estimulado a diversificação da produção, deixando os comunitários menos suscetíveis às variações dos preços de mercado e aos impactos das mudanças climáticas, como foi o caso da quebra da safra da castanha em 2024. A rede também possibilitou às comunidades ampliarem a participação em políticas públicas de incentivo à agricultura familiar, como os programas nacionais de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (PNAE) – dos quais acabavam excluídos por falta de informação ou desconhecimento dos procedimentos técnicos e digitais. Vania Asuri vive no Território Indígena Koatinemo, às margens do Xingu. Mãe de três filhos, ela trabalha como técnica de enfermagem e ajuda na roça familiar. Nas horas vagas, ainda encontra tempo para jogar futebol e fazer pintura de tecidos, sua paixão. O excedente de mandioca e banana agora é vendido para o PAA, uma parceria firmada no ano passado. “Falta eles terem um olhar diferente para os nossos produtos, porque eles são originais. É tudo à mão, a gente não tem máquina, não tem aqueles de produtos que se joga para aumentar a produção”, argumenta. “Acho que falta muito isso ainda: eles terem um olhar diferente para o nosso povo.” Uma das condições para a associação aos parceiros é o respeito ao modo de vida e a cultura de cada povo da floresta – que tem outro tempo, outros prazos e outras formas de entregar os seus produtos. “Algumas empresas chegavam visando a compra de um produto, impondo aí as condições. Mas quando a gente fala na sustentabilidade alimentar e no mercado justo aqui, a gente não está vendendo só um produto. A gente está vendendo uma história e uma valorização”, reitera o cacique Nei Xypaia. Amazônia intocada: mais uma forma de preconceito Esse choque de culturas é um dos principais desafios para a ampliação do comércio justo com as comunidades tradicionais amazônicas, aponta Jeferson Straatmann facilitador de Economias da Sociobiodiversidade do Instituto Socioambiental (ISA). A organização, referência no Brasil para a proteção das comunidades tradicionais, atua fazendo a ponte entre as associações locais e potenciais parceiros comerciais. “Tem um entendimento muito racista sobre o que é conhecimento, o que é um modo de vida. Tem um entendimento que esse modo de vida deveria ser outro. Isso abre esses territórios, numa justificativa de economia, para invasões, para garimpo, para madeira”, constata Straatmann. “Normalmente, as empresas buscam a comercialização reduzindo o custo, independente do impacto social e ambiental. Essa mudança de paradigma na sociedade, desde as bases desse preconceito racial, do entendimento dessas culturas, do valor desses conhecimentos para a conservação e para um modo de produção que conserve ao mesmo tempo, é algo que está na base dos desafios”, aponta. Outro preconceito que Straatmann busca desconstruir, principalmente de governos e organizações estrangeiros, é o de que preservar a Amazônia significaria transformá-la em um santuário intocado. Ele argumenta que esta premissa demonstra desconhecimento não apenas da área continental do bioma, como da existência milenar de povos que sempre habitaram a floresta sem destruí-la. “Olhar a natureza como algo intocado é um formato de racismo que só entende a visão do branco. A visão eurocêntrica da sociedade, moderna, que precisou se apartar o homem da natureza, no intuito de que esse homem destrói”, aponta o doutor em engenharia de produção pela USP. “Não é essa a realidade desses povos. Os povos conservam a partir dos modos de vida deles. Esses modos de vida se transformaram e continuam transformando floresta em floresta.” Resgate da borracha amazônica, sob novas bases Uma das cadeias nativas que estão ganhando impulso graças ao comércio ético é a da borracha – e apesar do histórico trágico dos seringueiros na região. Depois de dois prósperos ciclos da matéria-prima na virada do século 19 para o 20, marcados pela violência e a exploração dos trabalhadores nos seringais, o cultivo do látex disparou em São Paulo. A busca pelo produto quase desapareceu na Amazônia. “A gente foi parando de trabalhar porque estava muito mínimo. Um quilo de borracha não comprava um quilo de açúcar. Dava R$ 0,70, era muito pouco. Aí as famílias foram largando”, recorda o extrativista Pedro Pereira de Castro, 61 anos. “Não tinha como o cara cortar seringa para sobreviver. A gente tinha que fazer 1.200, 1.300 quilos para poder, no fim do ano, não estar devendo muito – porque tinha gente que ainda ficava devendo [para o patrão].” A concorrência asiática, líder no mercado mundial, e o aparecimento da borracha sintética – derivada do petróleo –, terminou de dizimar uma cadeia que havia trazido prosperidade para Manaus e Belém. Hoje, ela ressurge sob novas bases, sustentada por empresas dispostas a pagar até cinco vezes mais pela matéria-prima nativa, em nome da preservação dos territórios. O látex é um dos produtos prioritários da Rede Origens Brasil, que promove negócios que valorizem os povos da Amazônia e a floresta em pé. Um dos maiores desafios é conectar esses extrativistas aos mercados.   “A logística amazônica fica muito cara por conta de todos os deslocamentos via fluvial. Tem territórios que vão demorar dois dias para conseguir escoar sua produção, descendo ou subindo o rio”, afirma Patricia Andrade Machado, coordenadora de Articulação Territorial do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), cofundador da iniciativa ao lado do ISA. “O tempo da floresta é um tempo muito diferente do tempo capitalista. Mas as empresas também têm as suas demandas, então a gente facilita esses diálogos para que um entenda o lado do outro”, diz. ‘A gente sobrevive da natureza e não quer que isso acabe' O contrato de parceria impõe critérios como rastreabilidade da produção, transparência nas transações, equidade, preço justo e respeito ao modo de vida tradicional das comunidades. Os pequenos produtores precisam ter uma governança estruturada, por meio de uma associação, por exemplo, enquanto as empresas devem apresentar indicadores de impacto socioambiental deste comércio. No caso da borracha, um dos gargalos é aumentar o volume extraído dos seringais: no primeiro ano de contrato com a fabricante Mercur, a empresa estava disposta a comprar 12 toneladas de látex, mas só recebeu 400 quilos. A iniciativa deu o que falar na região da Terra do Meio e, no segundo ano, com a adesão de mais extrativistas e um trabalho de capacitação técnica em campo, a coleta chegou a 7 toneladas. “A capacitação busca conciliar o conhecimento tradicional com a demanda do mercado, com a demanda de qualidade dessa borracha”, complementa Machado. A parceria da Mercur com a Rede Terra do Meio já tem 15 anos e tem espaço para crescer: a produção na região ainda não atingiu a meta, e representa menos de 10% da demanda anual da empresa, aponta o analista de vendas Jovani Machado da Silva.   “Nós deixamos de comprar borracha da Amazônia para comprar de empresas de cultivo em São Paulo, por questões de custo, e também devido à quantidade, que era bem menor”, relata Jovani Machado da Silva, analista de vendas da empresa gaúcha. “A gente veio tentar resgatar essa dívida, digamos assim, que a gente tem com essas regiões e com esse povo. O resgate é de estar favorecendo para que os povos da floresta tenham uma fonte de renda a mais para que eles se mantenham na floresta, que é onde é o habitat deles, onde eles querem ficar.” É exatamente isso que o extrativista Pedro Pereira, de Riozinho Anfrísio, relata. No passado, ele já trabalhou com garimpo e em fazendas, mas onde gosta mesmo de estar é sob as árvores. “A seringa que o meu avô cortava, meu pai cortou, eu corto e meus netos vão poder cortar. Não tem outro produto igual à seringa para a gente, porque em todo lugar que você chega na beira do rio, tem seringueira”, afirma. “É um produto bem seguro, e é a natureza, né? A gente sobrevive da natureza e não quer que isso acabe.” * Esta é a primeira reportagem de uma série do podcast Planeta Verde da RFI na Amazônia. As reportagens, parcialmente financiadas pelo Imaflora, vão ao ar todas as quintas-feiras até a COP30 em Belém, em novembro. 

Es la Mañana de Federico
Las Noticias de la Mañana: La Guardia Civil certifica la autenticidad de los audios de Koldo García

Es la Mañana de Federico

Play Episode Listen Later Sep 19, 2025 16:01


Federico comenta cómo la Guardia Civil acredita que los audios en los que Santos Cerdán y Ábalos hablan de "negocios" y prostitutas son auténticos.

Noticias del día en Colombia - BLU Radio
EE. UU. decide hoy si certifica a Colombia en la lucha antidrogas: $453 millones en juego

Noticias del día en Colombia - BLU Radio

Play Episode Listen Later Sep 15, 2025 13:46


Hoy, 15 de septiembre, vence el plazo para que Estados Unidos anuncie si Colombia mantiene su certificación en la lucha antinarcóticos. Una decisión negativa reduciría la asistencia económica y militar para combatir el narcotráfico, afectando las capacidades de inteligencia, el control de la violencia en varias regiones y la inversión extranjera. A la par, el país enfrenta una ola de ataques en Cauca y Arauca, el asesinato de un jefe de seguridad en Arauca, y nuevas amenazas contra líderes sociales en el Valle del Cauca. Una jornada crítica para la seguridad y la estabilidad nacional.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Podcasts sobre o Terceiro Setor
#123 Conecta - Certificações válidas para o Terceiro Setor

Podcasts sobre o Terceiro Setor

Play Episode Listen Later Sep 10, 2025 49:45


Nesta edição do Conecta Terceiro Setor, a advogada Janaina Rodrigues Pereira explica a importância das Certificações para as Organizações da Sociedade Civil, em especial o Cebas. Ela explica a importância estratégica da Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social, que facilita parcerias com o poder público, garante benefícios fiscais, mas impõe contrapartidas árduas às OSCs. Junte-se a nós e aprofunde seus conhecimentos sobre o Terceiro Setor! Acompanhe e compartilhe esta edição e aprenda ainda mais sobre o Terceiro Setor. Nos siga também no Instagram e conheça nossos cursos clicando aqui.

StandardsCast
#341 [A320/A321] Certificação RNP-AR Genérico

StandardsCast

Play Episode Listen Later Sep 9, 2025 25:43


Olá, seja muito bem-vindo ao StandardsCast EP #341 A320/A321. Neste episódio conversamos com Mateus Gurjão e Fernando Lima (Coordenador e Assistente de Flight Standards A320/A321, respectivamente) sobre a certificação do RNP-AR Genérico para a frota A320. Abordamos todas as fases do processo que foram realizadas até aqui, as principais diferenças entre um procedimento genérico e específico e a importância do feedback via Forms de nossos aviadores durante a fase 4 desta certificação. Forms: https://forms.office.com/r/A23tSQXHuH Em caso de dúvidas, críticas ou sugestões, envie um e-mail para standardscast@voeazul.com.br. Este Podcast foi produzido pela Diretoria de Operações da Azul Linhas Aéreas. Em caso de divergência entre qualquer assunto técnico abordado e os documentos oficiais, os documentos prevalecerão. Todos os direitos reservados.

Rádio Cruz de Malta FM 89,9
Ex-diretora explica perda do certificado de filantropia da Fundação Hospitalar Henrique Lage

Rádio Cruz de Malta FM 89,9

Play Episode Listen Later Sep 9, 2025 9:27


A Fundação Hospitalar Henrique Lage não conseguiu renovar o certificado de filantropia junto ao Ministério da Saúde, o que trouxe impactos significativos para a instituição. O título, conhecido como Certificação CEBAS, é essencial para que entidades sem fins lucrativos usufruam de benefícios fiscais e previdenciários. Com a certificação, o hospital tinha imunidade em diversas contribuições à seguridade social, como a parte patronal da previdência sobre a folha de pagamento, além da isenção de tributos como CSLL, COFINS e PIS/PASEP. A filantropia também possibilita facilidades no parcelamento de dívidas com o Governo Federal, representando uma importante economia nos custos de manutenção da instituição. E ainda descontos nas contas de água e energia elétrica. A perda do certificado repercutiu na administração do hospital e também entre os vereadores do município. Na última semana, parlamentares das bancadas do PSD e União Brasil estiveram em Brasília, onde uma das agendas no Ministério da Saúde foi justamente para entender os motivos da não renovação e buscar caminhos para reconquistar a certificação. Nesta terça-feira (9), a ex-diretora da Fundação, Regina Ramos Antunes, que esteve à frente do hospital até março de 2025, concedeu entrevista ao programa Cruz de Malta Notícias. Durante a conversa, Regina esclareceu que a perda da filantropia ocorreu em dezembro de 2024, e não há mais de um ano, como chegou a ser divulgado. Ela explicou ainda que a certificação é um processo burocrático, no qual a instituição envia documentos por meio de uma plataforma, que posteriormente são analisados pelo Ministério da Saúde.

PLAZA PÚBLICA
PLAZA PÚBLICA T06C248 CETEC certifica con la etiqueta ecológica europea si el calzado cumple los requisitos (26/08/2025)

PLAZA PÚBLICA

Play Episode Listen Later Aug 26, 2025 18:19


Uno de los aspectos más destacados del centro es su capacidad para emitir certificado ecológicos, claves para la obtención de la etiqueta ecológica europea. En CETEC se puede determina la concentración de metales pesados conforme el reglamento REACH y los criterios ecológicos de la UE. Estas sustancias que pueden encontrarse en materiales como el cuero, los revestimientos o algunos plásticos, deben cumplir con estrictos límites para garantizar la sostenibilidad y seguridad del producto final.

Notícias Agrícolas - Podcasts
HORTI RESENHA #111 - Certificação internacional para insumos agrícolas voltados à promoção de práticas regenerativas

Notícias Agrícolas - Podcasts

Play Episode Listen Later Aug 21, 2025 20:57


O Horti Resenha desta semana conversou com o Gerente de Novos Negócios na QIMA, Álvaro Garcia, sobre uma nova certificação internacional para insumos agrícolas voltados à promoção de práticas regenerativas. Ele destacou a importância das empresas de insumos buscarem certificações e dos produtores utilizarem produtos certificados, o que pode ajudar nas próprias certificações dos agricultores.

ONU News
OMS certifica Timor-Leste como país livre de malária

ONU News

Play Episode Listen Later Jul 24, 2025 1:20


Agência da ONU diz que país de língua portuguesa, no sudeste asiático, priorizou combate à doença desde a restauração de sua independência em 2002; com entrada do Timor, lista de nações sem a doença aumenta para 47 e 1 território.

Quanta Pra Mim
#79. Governança que sustenta sonhos

Quanta Pra Mim

Play Episode Listen Later Jun 30, 2025 35:32


Seja bem-vindo(a) a mais um episódio do nosso canal!A Quanta tem grandes planos, um planejamento estratégico audacioso e metas exponenciais. Como é possível manter os pés no chão e alcançar metas tão audaciosas num mundo tão instável, com constantes riscos emergentes e mudanças rápidas?A resposta está em uma governança que se ancora estrategicamente na gestão de riscos e compliance. Neste episódio batemos um papo com três especialistas no assunto:Luiz Henrique Lobo: Membro Independente de Conselhos. Comitê de Riscos da Caixa e de Auditoria da BRPartners. Consultor e Palestrante.Marcos Assi: Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP. Membro do Conselho Fiscal do CDP Latin América. Curador e professor da Pós-graduação em GRC da SUSTENTARE – Escola de Negócios de Joinville-SC. Membro da Comissão de Riscos Corporativos do IBGC.Soraia Buzzo Cancella: Graduada em Administração de Empresas. Graduada em Ciências Contábeis com MBA em Gestão de Negócios. Especialização em Administração Financeira. Certificação em controles internos pela SUSEP.Mediação: Wagner Oliveira - Especialista em Educação Corporativa da Quanta Previdência. Saiba mais:www.quantaprevidencia.com.brwww.acquaeducacao.com.br

Carrusel Deportivo
Los goles de Carrusel | Los goles del RB Salzburgo 0-3 Real Madrid | Goleada que certifica el liderato

Carrusel Deportivo

Play Episode Listen Later Jun 27, 2025 5:02


El Madrid de Xabi Alonso venció cómodamente a su rival certificando la primera plaza en su grupo del Mundial.

Carrusel Deportivo
Los goles de Carrusel | Los goles del RB Salzburgo 0-3 Real Madrid | Goleada que certifica el liderato

Carrusel Deportivo

Play Episode Listen Later Jun 27, 2025 5:02


El Madrid de Xabi Alonso venció cómodamente a su rival certificando la primera plaza en su grupo del Mundial.

Los goles de Carrusel
Los goles de Carrusel | Los goles del RB Salzburgo 0-3 Real Madrid | Goleada que certifica el liderato

Los goles de Carrusel

Play Episode Listen Later Jun 27, 2025 5:02


El Madrid de Xabi Alonso venció cómodamente a su rival certificando la primera plaza en su grupo del Mundial.

Los goles de Carrusel
Los goles de Carrusel | Los goles del RB Salzburgo 0-3 Real Madrid | Goleada que certifica el liderato

Los goles de Carrusel

Play Episode Listen Later Jun 27, 2025 5:02


El Madrid de Xabi Alonso venció cómodamente a su rival certificando la primera plaza en su grupo del Mundial.

LECCAST
#165 | Inteligência Artificial em Programas de Compliance | Com Neuma Eufrázio

LECCAST

Play Episode Listen Later Jun 25, 2025


Marcio El Kalay recebe Neuma Eufrázio, Diretora Global de Compliance, Auditoria Interna e Controles da Nexa Resources, para um bate-papo imperdível sobre o uso de Inteligência Artificial e novas tecnologias em Programas de Compliance. Inscreva-se na turma de férias do Curso de Compliance Anticorrupção + Certificação CPC-A: https://bit.ly/3HVQOeJ

Il #Buongiorno di Giulio Cavalli
Harvard certifica l'assenza: 377.000 palestinesi scomparsi, il mondo assente

Il #Buongiorno di Giulio Cavalli

Play Episode Listen Later Jun 25, 2025 1:38


Quando lo dice Harvard, non è un'opinione: è un fatto. Secondo l'ultimo studio pubblicato nel Dataverse dell'università americana, 377.000 palestinesi risultano “scomparsi” a Gaza. Non evacuati, non dispersi: scomparsi. Mancano all'appello. Il dato emerge da un'analisi incrociata tra le mappe dei cosiddetti “centri umanitari” e le stime aggiornate della popolazione. Prima della guerra: 2.227.000. Adesso: 1.850.000. Ne mancano 377.000. Una voragine demografica che non si spiega né con gli sfollati, né con i sopravvissuti. L'autore dello studio è Yaakov Garb, ricercatore israeliano e docente universitario, non un attivista radicale. Ha elaborato il report per identificare la trasformazione dei presunti centri di distribuzione in strumenti di controllo e sorveglianza. Ma nel lavoro, pubblicato da Harvard Dataverse, salta fuori un dato che gela il sangue: quasi un quinto della popolazione non è più registrabile da nessuna parte. Se metà della popolazione di Gaza sono bambini, significa che oltre 150.000 minori sono spariti, probabilmente morti sotto le macerie, senza tomba, senza nome, senza funerale. Questo dato, in qualsiasi altro contesto, basterebbe a far tremare governi, a convocare commissioni d'inchiesta, a bloccare forniture militari. Invece il mondo tace. I media tacciono. Le istituzioni internazionali balbettano. Chi parla viene isolato. Chi scrive viene delegittimato. La fonte? È pubblica, è Harvard. Eppure non basta. L'orrore oggi ha bisogno di autorizzazione per essere definito tale. È la normalizzazione della catastrofe, la banalità tecnica dell'annientamento. #LaSveglia per La NotiziaDiventa un supporter di questo podcast: https://www.spreaker.com/podcast/la-sveglia-di-giulio-cavalli--3269492/support.

LECCAST
#164 | Da crise ao programa de compliance | Com Renata de Castro e Silva

LECCAST

Play Episode Listen Later Jun 20, 2025


Marcio El Kalay recebe Renata de Castro e Silva para um bate-papo imperdível sobre os desafios e aprendizados na implementação de um programa de compliance a partir de uma autodenúncia. Inscreva-se na turma de férias do Curso de Compliance Anticorrupção + Certificação CPC-A: https://bit.ly/4e9ORrb

Rádio Cruz de Malta FM 89,9
Bom Jardim da Serra se torna o primeiro destino certificado em gestão sustentável do Brasil em 2025

Rádio Cruz de Malta FM 89,9

Play Episode Listen Later Jun 18, 2025 6:27


O município de Bom Jardim da Serra, na Serra Catarinense, alcança nesta quarta-feira (18) um feito histórico: torna-se o primeiro destino brasileiro de 2025 a receber a Certificação Internacional em Gestão Sustentável pela organização holandesa Green Destinations. O anúncio oficial será feito às 16h30, durante a Conferência Global Green Destinations, realizada em Natal (RN). A certificação, representada no estado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico Local (IDEL) – braço da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) – posiciona Bom Jardim da Serra como referência nacional e pioneira na Serra Catarinense no cumprimento de critérios sustentáveis reconhecidos internacionalmente. O processo avaliou o município com base em 87 critérios rigorosos, organizados em seis categorias fundamentais: gestão de destinos, natureza e paisagem, meio ambiente e clima, cultura e tradição, bem-estar social e gestão e informação. Os parâmetros são alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU). A certificação pode ser concedida nos níveis Bronze, Prata ou Ouro, e o resultado alcançado por Bom Jardim da Serra será revelado na cerimônia desta tarde. Para alcançar o reconhecimento, o município mobilizou gestores públicos, empresários e a comunidade local, com apoio técnico do IDEL. O processo envolveu diagnósticos detalhados, ajustes nas políticas públicas e a consolidação de práticas que conciliam desenvolvimento econômico, conservação ambiental e valorização cultural. Segundo o IDEL, além do selo internacional, o município passa a contar com ferramentas globais de monitoramento de desempenho, que permitem medir avanços, ajustar estratégias e manter os padrões exigidos pela certificação. A certificação internacional posiciona Bom Jardim da Serra como exemplo de cidade que alia turismo, conservação e desenvolvimento, abrindo portas para novos investimentos e parcerias globais. Em entrevista ao programa Cruz de Malta Notícias, o prefeito Pedro Luiz Ostetto destacou a importância do reconhecimento:

PrevCast
VOCÊ SABE SE CERTIFICAÇÃO EM SDAI TEM VALIDADE? | PÍLULAS PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO #397

PrevCast

Play Episode Listen Later Jun 17, 2025 4:00


Bom dia, ilumaquers!Terçou com prevpílula e ILUMAC — e hoje um tema que gera muuuita dúvida: certificação de central de SDAI tem validade? Quer entender melhor esse assunto? Acesse o conteúdo completo no nosso blog:  ILUMAC BLOG

Momento Agrícola
2025.06.14-4 Certifica Mato Grosso, com Dr. José França Neto

Momento Agrícola

Play Episode Listen Later Jun 14, 2025 10:59


A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso lançou uma Certificação para a Semente de Soja com germinação igual ou maior do que 90%.

Vivendo e Empreendendo
T4:EP 22 - Confiança com selo: como certificações e indicação geográfica impulsionam vendas e valorizam produtos?

Vivendo e Empreendendo

Play Episode Listen Later Jun 12, 2025 38:09


Neste episódio do Vivendo e Empreendendo, vamos falar sobre um diferencial poderoso que tem ajudado produtores, marcas e territórios a se destacarem no mercado: as certificações e indicação geográfica. Elas ajudam a comunicar qualidade, origem e autenticidade e, também, geram confiança, aumentam o valor percebido e impulsionam as vendas. Para esse bate-papo, temos dois convidados que entendem tudo do assunto: Maíra Fontenele Santana -  gestora de projetos de Indicação Geográfica do Sebrae Nacional, que trabalha diretamente com estratégias para fortalecer os territórios e produtos com identidade própria. E José Paulo Cairoli, presidente da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, referência em certificação de carne de qualidade no Brasil.

6AM Hoy por Hoy
EE.UU. sigue analizando si certifica o no a Colombia, por la lucha antidrogas

6AM Hoy por Hoy

Play Episode Listen Later Jun 6, 2025 2:29


Lambda3 Podcast
Lambda3 Podcast 432 - Qual o banco de dados para IA Generativa?

Lambda3 Podcast

Play Episode Listen Later May 2, 2025 73:43


Nesse episódio do Podcast da Lambda3 powered by TIVIT, Fernando Okuma convida Ahirton Lopes e Eliézer Zarpelão para um papo sobre qual é o banco de dados ideal para aplicações com IA Generativa, explorando o papel dos bancos vetoriais e de grafos, seus casos de uso e os desafios de adoção.ParticipantesFernando Okuma - @feokumaAhirton Lopes - @ahirtonlopesEliézer Zarpelão - @eliezerzarpelaoPautaPor que IA Generativa precisa de um “banco diferente”?O que são bancos de dados vetoriais e bancos de grafos?Por que bancos tradicionais não resolvem esse problema?Como funcionam: embeddings, distância e busca por similaridadeCasos de uso práticos (RAG, recomendação, antifraude etc.)Desafios na adoção em ambientes corporativosO que observar ao escolher um banco vetorial / grafosFuturo: bancos híbridos, grafos, otimizações e tendênciasReferenciasCanal do Eliézer no YouTube: https://youtube.com/eliezerzarpelaoGraphAcademy (Cursos e Certificação gratuitos): https://graphacademy.neo4j.com/pt/GraphRAG Manifesto: https://neo4j.com/blog/genai/graphrag-manifesto/AuraDB (Neo4j SaaS): https://neo4j.com/product/auradb/ (tem versão free)Edição:⁠⁠⁠⁠Compasso Coolab⁠

Ràdio Maricel de Sitges
Cetacea certifica un centenar d'albiraments de cetacis davant del Garraf el 2024

Ràdio Maricel de Sitges

Play Episode Listen Later Apr 29, 2025


L'Associació Cetàcea, dedicada a l'estudi i la divulgacio del medi marí, ha publicat l'informe 2024 amb el conjunt dels albiraments que han portat a terme enmarcats en els projectes de recerca i observació de cetacis al Garraf. En les 38 sortides realitzades s'han pogut confirmar 8 espècies, entre elles el dolfir molar, el més proper a Sitges perquè habita en aigues poc profundes, o el dofí ratllat, el més nombrós. També s'han certificat rorcuals, catxalots, espècies de tortugues i s'identifiquen aus marines, de les que també fan un seguiment. A les sortides, amb base al port d'Aiguadolç de Sitges, hi ha la opció de poder acompanyar els invertigadors, ja que es reserven diverses places a tal efecte. N'hem pogut parlar amb el secretari de l'associació, Ricard Marcos. L'entrada Cetacea certifica un centenar d’albiraments de cetacis davant del Garraf el 2024 ha aparegut primer a Radio Maricel.

ChinaCast
Certificações na importação com Max Antunes do Grupo Normaliza - China Gate Importação

ChinaCast

Play Episode Listen Later Apr 15, 2025 54:56


Certificações na importação com Max Antunes do Grupo Normaliza - China Gate Importação Está querendo importar produtos da China que necessitam de certificações de órgãos como Inmetro e Anatel ou quer apenas entender um pouco mais deste processo? Então, você precisa assistir este vídeo! Brinquedos, eletrodomésticos, alguns eletrônicos e outros produtos são exemplos de produtos que precisam passar por esta etapa. Rodrigo Giraldelli, nosso CEO, bateu um papo sobre certificações com Max Antunes, do Grupo Normaliza, empresa parceira da China Gate e referência em consultoria para certificações regulatórias do Inmetro e Anatel. Como saber se o produto precisa de certificação do Inmetro ou Anatel? Como funciona o processo para obter a homologação e quais as etapas envolvidas? Quanto custa para tirar uma certificação? Por que você precisa de uma empresa parceira para essa operação? Essas e outras perguntas serão respondidas neste vídeo. Assista até o final para saber mais detalhes deste processo tão importante para o importador e para a segurança do consumidor. Acesse o site do Grupo Normaliza: https://www.normaliza.com.br/ ----------------------------------------

Carrusel Deportivo
Los goles de Carrusel | El gol del CD Leganés 0-1 FC Barcelona | Un autogol certifica el liderato culé

Carrusel Deportivo

Play Episode Listen Later Apr 12, 2025 1:42


El Barça ganó sin buen juego y por la mínima en Butarque y así te lo narró Lluis Flaquer en Carrusel Deportivo.

Carrusel Deportivo
Los goles de Carrusel | El gol del CD Leganés 0-1 FC Barcelona | Un autogol certifica el liderato culé

Carrusel Deportivo

Play Episode Listen Later Apr 12, 2025 1:42


El Barça ganó sin buen juego y por la mínima en Butarque y así te lo narró Lluis Flaquer en Carrusel Deportivo.

Historia de Aragón
La IGP Ternasco de Aragón es la primera figura de calidad diferenciada de carne fresca española que certifica su casquería

Historia de Aragón

Play Episode Listen Later Apr 7, 2025 25:56


La producción de carne de vacuno española ha experimentado un incremento del 2,6% en el último año, pasando de 695.000 toneladas en 2023 a más de 713.000 toneladas en 2024. Su valor ascendió a 4.641 millones de euros en 2024 (+15% vs 2023), pasando a representar el 17% de Producción Final Ganadera. Sin embargo, el censo de animales continúa reduciéndose tanto en España como en Europa.El Consejo Regulador de la IGP Ternasco de Aragón presentaba este lunes por la mañana en el marco del Salón Gourmets de Madrid su proyecto para certificar la casquería procedente de sus corderos, siendo la primera carne fresca de España en conseguirlo.Los hígados, los riñones y la cabeza y sus diferentes partes son las primeras referencias de Casquería IGP Ternasco de Aragón

Getup Kubicast
#163 - DevSecOps na prática com Robson Santos

Getup Kubicast

Play Episode Listen Later Apr 3, 2025 60:14


No episódio 163 do Kubicast, conversamos com o especialista em segurança Robson, que compartilha experiência prática sobre como integrar segurança desde o início do ciclo de desenvolvimento. Abordamos temas essenciais como DevOps, DevSecOps, desenvolvimento seguro, segurança na nuvem, e as melhores práticas para ambientes  Kubernetes e Cloud Native.Confira os principais temas abordados neste episódio:  Desafios e Certificações em SegurançaIntegração entre Desenvolvimento, Operações e SegurançaSAST, DAST e Ferramentas Open SourceModelagem de Ameaças e Estratégias de MitigaçãoSegmentação de Rede e Políticas de Segurança no KubernetesRecomendações Práticas e Cultura de ResiliênciaEncerramento e Convite para a ComunidadeComente abaixo suas dúvidas e experiências, curta e compartilhe este vídeo para ajudar nossa comunidade a crescer. Para saber mais, confira os links dos recursos e certificações mencionados no vídeo.**Links Úteis:**  https://linkedin.com/company/getupcloudhttps://www.linkedin.com/in/juniorjbn/https://www.linkedin.com/in/medrobson80/Inscreva-se para mais conteúdos sobre #DevOps, #DevSecOps, #Kubernetes, #CloudNative, #Containers e #Segurança!O Kubicast é uma produção da Getup, empresa especialista em Kubernetes e projetos open source para Kubernetes. Os episódios do podcast estão nas principais plataformas de áudio digital e no YouTube.com/@getupcloud.

DBAOCM Podcast
EP833 - Certificações em TI: Vale a Pena? Como Escolher a Certa Para Você

DBAOCM Podcast

Play Episode Listen Later Mar 26, 2025 23:18


EP833 - Certificações em TI: Vale a Pena? Como Escolher a Certa Para Você   Entre no nosso canal do Telegram para receber conteúdos Exclusivos sobre Banco de dados Oracle:   https://t.me/joinchat/AAAAAEb7ufK-90djaVuR4Q

En Perspectiva
En Perspectiva Interior - ¿Por qué se certifica la carne? ¿Qué implica para el productor?

En Perspectiva

Play Episode Listen Later Mar 23, 2025 31:48


Presenta: Surco Seguros y Scotiabank Conversamos En Perspectiva con el Ing. Agr. Ramiro García Pintos y el Ing. Agr. Augusto Amonte.

DBAOCM Podcast
EP829 - Como ser aprovado na Certificação OCA SQL - 1z0-071

DBAOCM Podcast

Play Episode Listen Later Mar 12, 2025 29:06


EP829 - Como ser aprovado na Certificação OCA SQL - 1z0-071   Entre no nosso canal do Telegram para receber conteúdos Exclusivos sobre Banco de dados Oracle:   https://t.me/joinchat/AAAAAEb7ufK-90djaVuR4Q

Genial Podcast

Neste episódio Marcela Zanetti e Genilson Junior conversam com Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da ANBIMA. Ele vai falar sobre as principais mudanças nas certificações da associação e como elas impactam diretamente na carreira dos consultores CVM e dos assessores de investimentos.

Notícias Agrícolas - Podcasts
Café em Prosa #200 - Café do Cerrado Mineiro registra crescimento de 160% na certificação de origem em 2024

Notícias Agrícolas - Podcasts

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 19:58


Café em Prosa #200 - Café do Cerrado Mineiro registra crescimento de 160% na certificação de origem em 2024

Meio Ambiente
Proteção ambiental está no foco de projetos financiados no mundo pela USAID, que Trump quer fechar

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 5:43


A Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento (USAID, na sigla em inglês) está na mira da extrema direita americana e mergulhou em um mar de incertezas milhares de projetos ambientais espalhados pelo mundo, financiados pelo organismo. A cooperação com organizações brasileiras é histórica e ajudou a desenvolver o conhecimento sobre a Amazônia. Coube ao bilionário Elon Musk, antigo crítico da agência, anunciar que ela iria “fechar”. Na segunda-feira, os empregados da USAID receberam ordens por e-mail para não comparecerem aos seus escritórios. Antes, o presidente Donald Trump havia declarado que a entidade era administrada "por um bando de lunáticos extremistas” e avisou que os funcionários seriam “demitidos”.A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional é uma entidade independente criada por um ato do Congresso americano, no auge da Guerra Fria, em 1961. Por décadas, foi um importante instrumento de soft power americano na América Latina e acusado de influenciar diretamente a política interna dos países beneficiados.Nas últimas décadas, entretanto, passou a priorizar parcerias com organizações internacionais e não diretamente com governos. Como os Estados Unidos são o maior provedor de ajuda humanitária e de desenvolvimento do mundo, a ideia de que a agência possa fechar traz consequências devastadoras para organizações e para os países mais pobres, em áreas diversas como educação, saúde, governança ou proteção de minorias.Orçamento maior do que muitos PIBsO orçamento anual do organismo é maior do que o PIB de muitos destes países beneficiados: US$ 40 bilhões. A USAID emprega cerca de 10.000 pessoas, dois terços delas no exterior.Cada vez mais, os projetos pelo mundo têm a preservação ambiental e a sustentabilidade como um pilar. “Existem programas diretamente dedicados às mudanças climáticas, ou seja, dinheiro que financia medidas de mitigação e adaptação em países em desenvolvimento. Mas além desses projetos específicos, quase todos os programas da USAID — por exemplo, aqueles dedicados à segurança alimentar ou à saúde global — têm um componente climático, simplesmente porque os efeitos do aquecimento global influenciam os resultados desses projetos”, salienta o diretor nos Estados Unidos do Instituto Ambiental de Estocolmo Ed Carr, ex-funcionário da USAID, em entrevista à redação de Meio Ambiente da RFI.“Quando a USAID tenta melhorar a resiliência de agricultores africanos, diante das mudanças climáticas, essa também é uma forma de proteger o sistema alimentar global. Interromper este programa terá, portanto, um impacto indireto em cada um de nós”, afirma Carr. “O governo Trump deixou claro que está mirando programas de mudança climática em particular, porque acredita que o dinheiro não está sendo bem gasto. Portanto, o que fica claro é que os programas de mudança climática serão alvos específicos, independentemente do resultado da situação atual que vemos na USAID.”Projetos no BrasilNo Brasil, a cooperação com a agência começou há 50 anos e, desde 2013, os projetos na Amazônia ganham destaque.  A Parceria para Conservação da Biodiversidade na Amazônia é um exemplo, ao trazer uma abordagem holística, aliando proteção ambiental com capacitação das comunidades locais e inclusão social.O site do projeto no Brasil agora está fora do ar, a exemplo de pelo menos 350 outros endereços ligados à USAID no mundo, conforme contagem da agência de notícias AFP. A agência ressalta que é “impossível” saber quando exatamente eles foram desativados e se foi por ordem expressa do presidente americano.Outras organizações brasileiras que desenvolvem projetos financiados pela USAID são o Instituto Socioambiental (ISA), o Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN), Instituto Ouro Verde (IOV), a WWF-Brasil e o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).Leia tambémCorte de ajuda dos EUA em programas contra Aids pode levar mundo de volta à década de 80, alerta OMS

Genial Podcast

O Genial Insights desta semana recebe Ana Leoni, CEO da Planejar, a Associação Brasileira de Planejamento Financeiro. O papo com Genilson Junior e Danielle Fonseca aborda as vantagens da certificação CFP (Certified Financial Planner) e das portas que ela abre. Não perca, dia 20 de janeiro, às 19h15. O Genial Insights é produzido pelo departamento B2B da Genial e é focado no público de planejadores financeiros e agentes autônomos.

No pé do ouvido
Sob segurança reforçada no Capitólio, Kamala certifica vitória de Trump nos EUA

No pé do ouvido

Play Episode Listen Later Jan 7, 2025 24:42


Para aproveitar a promoção do Cambly, com o código NY25MEIO, acesse cambly.biz/ny25meio. Com segurança reforçada e Kamala Harris como anfitriã, Congresso dos EUA atesta vitória de Donald Trump como presidente. Papa Francisco nomeia primeira mulher para comando de órgão do alto escalão da Igreja Católica. Fernanda Torres diz que vitória no Globo de Ouro é ‘Mega-Sena acumulada’. STF discute proposta para reverter casuísmo e beneficiar ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino. Venezuela rompe relações diplomáticas com Paraguai. PSDB negocia fusão com PSD após série de derrotas eleitorais em 2024. CEO da OpenAI, Sam Altman, afirma empresa está redirecionando esforços para criar "superinteligência". Essas e outras notícias, você escuta No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Carrusel Deportivo
Los goles de Carrusel | Los goles del CD Minera 0-5 Real Madrid | Goleada merengue que certifica el pase a Octavos de Final

Carrusel Deportivo

Play Episode Listen Later Jan 6, 2025 4:06


Un saco de goles fue el regalo para todos los asistentes en el Cartagonova tras presenciar los tantos de Valverde, Guler, Modric y Camavinga para certificar el pase a Octavos del Real Madrid.

Rádiofobia Podcast Network
Confraria do Charuto 012 - Histórias da Davidoff

Rádiofobia Podcast Network

Play Episode Listen Later Nov 1, 2024 89:12


Confraria do Charuto é o podcast oficial da Cigar Sommelier Academy, apresentado por Gabriel Lourenço e Leo Lopes e produzido pela Rádiofobia Podcast Network! No episódio de hoje, vamos falar sobre uma marca apreciada por 10 entre 10 entusiastas do charuto: a suíça Davidoff! Uma marca com mais de 100 anos de história, exemplo de dedicação e amor pelo tabaco, a Davidoff começou como uma pequena empresa familiar e hoje fatura bilhões de dólares anualmente. Vamos bater um papo sobre fatos curiosos dessa marca de charutos que encanta tanto e entrega qualidade excepcional! Mande seu feedback, sugestão de tema ou de convidados para o e-mail podcastconfrariadocharuto@gmail.com . Links citados no episódio:- Garanta sua vaga na Certificação em Charutos - CSA - 13/11/2024 às 19h na Osteria Itália em São José dos Campos - SP Links:- siga o Gabriel Lourenço no Instagram: @chefgabi- siga o Leo Lopes no Instagram em @leoradiofobia e @safra1974- siga a Cigar Sommelier Academy no Instagram: @csa.brazil - conheça o portfólio da Rádiofobia Podcast e Multimídia Sua paixão a nível internacional! Forme-se especialista hoje mesmo! A primeira e única plataforma do Brasil dedicada ao estudo deste produto, a CSA BR oferta o curso International Sommelier, um ambiente de estudos, pesquisa, trocas, networking e certificado profissional internacional de sommelier. O único curso do Brasil no sistema ongoing, no qual você começa quando quiser e faz as aulas no seu tempo. Saiba mais sobre o curso de Sommelier Internacional e aproveite, agora mesmo, valores e condições especiais em nosso site https://www.cigaracademy.com.br Ouça "Confraria do Charuto" nos principais agregadores:- Spotify- Apple Podcasts- Deezer- Amazon Music- PocketCasts Publicidade:Entre em contato e saiba como anunciar sua marca, produto ou serviço em nossos podcasts.See omnystudio.com/listener for privacy information.

5 Minutes Podcast com Ricardo Vargas
Entendendo Por Que Desenvolvemos a Credencial AI-Driven Project Manager

5 Minutes Podcast com Ricardo Vargas

Play Episode Listen Later Sep 15, 2024 4:23


Neste episódio, Ricardo apresenta a Certificação de Gerente de Projetos Orientada por IA explicando a lógica por trás desta certificação. Ele enfatiza o crescente hype em torno da IA, com muitos gerentes de projeto usando termos de IA sem entender a tecnologia. A certificação visa garantir que os profissionais tenham o conhecimento necessário para gerenciar projetos orientados por IA de forma eficaz. Desenvolvida em parceria com a APMG, conhecida pelas credenciais Prince2 e ITIL, a certificação é rigorosa e séria. Ricardo também destaca a importância de se preparar para o impacto futuro da IA ​​no gerenciamento de projetos, observando que sua motivação não é apenas orientada para os negócios, mas visa promover a conscientização e a prontidão aos profissionais.

Noticiero Univision
El Tribunal Supremo de Justicia certifica la victoria de Maduro

Noticiero Univision

Play Episode Listen Later Aug 22, 2024 21:31


El Tribunal Supremo de Justicia de Venezuela, controlado por el régimen de Nicolás Maduro, certificó su victoria y sostuvo que las actas de votación difundidas por la oposición son falsas.En otras noticias: Kamala Harris prepara su discurso aceptando la nominación demócrata a la presidencia de los Estados Unidos. ¿Cuáles serán sus puntos claves?Mientras tanto en las calles de Chicago continúan las marchas pro Palestina y la policía está atenta para atender cualquier altercado.Robert Kennedy Jr se retira de la contienda presidencial ¿A quién respaldará? Donald Trump estuvo haciendo campaña en la frontera hablando de migración. El departamento de justicia anunció el arrestó de 7 personas miembros de una banda de coyotes, presuntamente culpables de la trágica muerte de 53 migrantes en un trailer en San Antonio Texas el pasado 2022.

Lambda3 Podcast
Lambda3 Podcast 402 – Como se preparar para tirar uma certificação

Lambda3 Podcast

Play Episode Listen Later Jul 26, 2024 69:35


Nesse episódio do Podcast da Lambda powered by TIVIT, Fernando Okuma e Pedro Rocha falam sobre como você deve se preparar para tirar certificações.