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Assine o Meio em canalmeio.com.br/meio-premium/ . Hoje, No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum, você escuta essas e outras notícias: Trump anuncia tarifas de 10% a 46%; Brasil é taxado com menor percentual. Cresce desaprovação do governo Lula entre mais jovens. Estudo sugere evolução no comportamento da energia escura. Festival É Tudo Verdade abre 30ª edição com documentário sobre Rita Lee. Nintendo Switch 2 chega em junho com novo Mario Kart. Dua Lipa confirma dois shows no Brasil em novembro. E estreias do cinema têm novidade para os amantes de games e Ísis Valverde em filme americano.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio desta semana do Plano Geral, Flavia Guerra e Vitor Búrigo destacam a 30ª edição do É Tudo Verdade, Festival Internacional de Documentários, que começa nesta semana; Amir Labaki, diretor-fundador do festival, celebra os trinta anos do evento em uma entrevista exclusiva. Ainda sobre a programação: o longa "Ritas", de Oswaldo Santana, sobre a consagrada cantora Rita Lee, que será um dos filmes de abertura. O podcast traz também algumas apostas para o Festival de Cannes 2025 (com possíveis títulos brasileiros); a terceira edição do CurtaLab; a homenagem para Soia Lira no Curta Taquary; a volta do Festival Goiamum Audiovisual, em Natal; a confirmação da nova temporada de "Ruptura"; lançamentos no streaming, entre eles, "Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa"; e um recado do cineasta Murilo Salles sobre seu novo filme, "Mário de Andrade, o Turista Aprendiz", que já está em cartaz nos cinemas. Estamos no ar!
No episódio desta semana do Plano Geral, Flavia Guerra e Vitor Búrigo recebem a cineasta Flavia Moraes, diretora do documentário “Milton Bituca Nascimento”, que chega aos cinemas nesta semana. No bate-papo, ela fala sobre os bastidores do filme, filmagens, turnê, convidados ilustres e expectativa para o lançamento. Além disso, destaque também para: os indicados brasileiros ao Prêmio Platino, que elege as melhores produções ibero-americanas; a seleção da 30ª edição do É Tudo Verdade, Festival Internacional de Documentários, e um recado de Amir Labaki; inscrições para o Festival de Gramado 2025; a nova temporada confirmada de “Ted Lasso”; e a sétima edição do Lanterna Mágica, Festival Internacional de Animação. Estamos no ar!
No salão amarelo da Embaixada do Brasil em Madri, dezenas de convidados, brasileiros e espanhóis, se reuniram para provar alguns dos sabores típicos do Pantanal. A carta incluía chipa, sopa paraguaia, caldo de peixe, trouxinha de peixe, arroz carreteiro e doce de leite com queijo, além de uma bebida à base de erva-mate. O menu foi assinado pelo chef Paulo Machado, que viajou à Espanha para apresentar a versão em espanhol do seu livro “Cozinha Pantaneira”. Ana Beatriz Farias, correspondente da RFI em MadriA publicação “La cocina del Pantanal” é dividida em capítulos que se dedicam às diferentes facetas da gastronomia praticada na região: comida de comitiva, de festa, de fazenda, de “mercadão”, de cidade e comida indígena, como explica o chef Paulo Machado.“A gente resolveu dar essa separada para a pessoa achar gostoso de ler, de entender. ‘Ah, eu tô numa fazenda, vou procurar isso', ‘eu tô numa cidade, eu vou procurar esse ingrediente, essa técnica'. O livro tem uma explicação bem detalhada sobre a história de cada prato e isso também é muito gostoso de ler”, revela o brasileiro.A história do que se cozinha nos territórios pantaneiros se mistura com a própria vida do autor sul-mato-grossense e se reflete em páginas recheadas de textos explicativos, fotos e receitas para que o leitor também possa “cozinhar o Pantanal”, como sugere Paulo. Ele conta que publicar o livro em espanhol é uma tentativa de aproximar o mundo hispanófono dessa culinária tão expressiva.“A gente sentiu essa necessidade de traduzir esse livro para poder falar com o público paraguaio, boliviano, espanhol, argentino. Todos os países latino-americanos que têm interesse em conhecer mais a região. A cozinha peruana me inspirou muito nisso, porque existem muitos livros de vários assuntos. Por que não a gente fazer o nosso livro em espanhol? Quem sabe o próximo sai em inglês ou em chinês”, devaneia o chef, já se projetando em outras oportunidades. Ultrapassando fronteirasA vontade que existe hoje de levar o Pantanal para o mundo cresceu depois que Paulo Machado saiu pelo mundo para expandir seus horizontes. Ele conta que esteve na França, estudando no Instituto Paul Bocuse, e também no País Basco, no norte da Espanha, onde estagiou num renomado restaurante com três estrelas no guia Michelin. Ao voltar para o Brasil, se reconectou com suas raízes e percebeu que tinha que fazer algo a partir dessas experiências.“Eu tive aquela vocação de falar: ‘Espera aí, eu tenho que olhar a cozinha do Pantanal, a cozinha da minha região', e comecei um trabalho que foi incrível, com pesquisa", recorda. O ponto de partida foram as buscas feitas no Centro de Pesquisas em Gastronomia Brasileira, no núcleo de cozinha pantaneira.“Esse foi o embrião do meu mestrado, que foi sobre a comensalidade no Pantanal", relembra o chef. Na sequência vieram a edição brasileira do livro e a tradução em espanhol, que retraçam toda a trajetória de Machado com cozinha raiz, cozinha caipira, cozinha feminina e cozinha pantaneira.A documentação do Pantanal como projetoA ficha técnica do livro “La cocina del Pantanal” é extensa e conta com nomes como Cristiana Couto, responsável por pesquisa e texto, e Luna Garcia, que assina a fotografia. A realização da publicação ficou a cargo da Documenta Pantanal, uma iniciativa criada por Mônica Guimarães e Teresa Bracher para conectar profissionais de áreas diversas, ambientalistas e ONGs para defender o bioma e sensibilizar o público sobre suas urgências. Mônica veio à capital espanhola acompanhar o autor.Produtora de um festival internacional de documentários chamado ‘É Tudo Verdade', Mônica contou à RFI que conheceu Teresa, dona de terras no Pantanal, "uma conservacionista de carteirinha e educadora social", quando foi procurada por ela para tratar de um assunto específico: o assoreamento dos rios na região, sobretudo do rio Taquari. "Eu fui até o local com o Jorge Bodansky, que é um grande documentarista, fui produzindo o filme, e daí para frente a gente nunca mais parou”, recorda Mônica. O assoreamento do rio Taquari é considerado como o maior desastre ambiental do Pantanal. Depois do documentário, vieram outros filmes, livros e campanhas. O objetivo principal da Documenta Pantanal é proteger a região que acolhe o bioma pantaneiro e difundir as riquezas originárias desses territórios. Este trabalho, desde o início, chegou ao público internacional.“Esse primeiro documentário que o Jorge Bodansky e o [João] Farkas dirigiram, que chama ‘Ruivaldo, o homem que salvou a Terra', foi lançado em Bruxelas exatamente para começar a berrar", recorda Mônica. A equipe queria mostrar que o Pantanal estava secando, apesar de ser a maior planície alagada do mundo. "Foi interessantíssimo a visibilidade que isso trouxe, e agora também para os brasileiros", pontua, ressaltando a importância de fazer o Brasil também enxergar o bioma.Planos futurosA Documenta Pantanal já tem planos futuros para mais ações pela Europa. A exposição “Água Pantanal Fogo”, que esteve no Instituto Tomi Ohtake, em São Paulo, no início de 2024, deve viajar para Alemanha e Portugal. A mostra conta com fotos de Lalo de Almeida e Luciano Candisani e tem curadoria de Eder Chiodetto.“Nós fizemos essa exposição e foi um boom de gente. Quinze mil pessoas foram ao espaço, em menos de dois meses", ressalta Mônica. Com este sucesso em São Paulo, vieram os convites para levar a exposição ao Museu Marítimo de Hamburgo e ao Museu de História Natural em Lisboa. "Em 2025, no primeiro semestre, a Documenta Pantanal vai estar aqui na Europa”, celebra Mônica Guimarães.
No salão amarelo da Embaixada do Brasil em Madri, dezenas de convidados, brasileiros e espanhóis, se reuniram para provar alguns dos sabores típicos do Pantanal. A carta incluía chipa, sopa paraguaia, caldo de peixe, trouxinha de peixe, arroz carreteiro e doce de leite com queijo, além de uma bebida à base de erva-mate. O menu foi assinado pelo chef Paulo Machado, que viajou à Espanha para apresentar a versão em espanhol do seu livro “Cozinha Pantaneira”. Ana Beatriz Farias, correspondente da RFI em MadriA publicação “La cocina del Pantanal” é dividida em capítulos que se dedicam às diferentes facetas da gastronomia praticada na região: comida de comitiva, de festa, de fazenda, de “mercadão”, de cidade e comida indígena, como explica o chef Paulo Machado.“A gente resolveu dar essa separada para a pessoa achar gostoso de ler, de entender. ‘Ah, eu tô numa fazenda, vou procurar isso', ‘eu tô numa cidade, eu vou procurar esse ingrediente, essa técnica'. O livro tem uma explicação bem detalhada sobre a história de cada prato e isso também é muito gostoso de ler”, revela o brasileiro.A história do que se cozinha nos territórios pantaneiros se mistura com a própria vida do autor sul-mato-grossense e se reflete em páginas recheadas de textos explicativos, fotos e receitas para que o leitor também possa “cozinhar o Pantanal”, como sugere Paulo. Ele conta que publicar o livro em espanhol é uma tentativa de aproximar o mundo hispanófono dessa culinária tão expressiva.“A gente sentiu essa necessidade de traduzir esse livro para poder falar com o público paraguaio, boliviano, espanhol, argentino. Todos os países latino-americanos que têm interesse em conhecer mais a região. A cozinha peruana me inspirou muito nisso, porque existem muitos livros de vários assuntos. Por que não a gente fazer o nosso livro em espanhol? Quem sabe o próximo sai em inglês ou em chinês”, devaneia o chef, já se projetando em outras oportunidades. Ultrapassando fronteirasA vontade que existe hoje de levar o Pantanal para o mundo cresceu depois que Paulo Machado saiu pelo mundo para expandir seus horizontes. Ele conta que esteve na França, estudando no Instituto Paul Bocuse, e também no País Basco, no norte da Espanha, onde estagiou num renomado restaurante com três estrelas no guia Michelin. Ao voltar para o Brasil, se reconectou com suas raízes e percebeu que tinha que fazer algo a partir dessas experiências.“Eu tive aquela vocação de falar: ‘Espera aí, eu tenho que olhar a cozinha do Pantanal, a cozinha da minha região', e comecei um trabalho que foi incrível, com pesquisa", recorda. O ponto de partida foram as buscas feitas no Centro de Pesquisas em Gastronomia Brasileira, no núcleo de cozinha pantaneira.“Esse foi o embrião do meu mestrado, que foi sobre a comensalidade no Pantanal", relembra o chef. Na sequência vieram a edição brasileira do livro e a tradução em espanhol, que retraçam toda a trajetória de Machado com cozinha raiz, cozinha caipira, cozinha feminina e cozinha pantaneira.A documentação do Pantanal como projetoA ficha técnica do livro “La cocina del Pantanal” é extensa e conta com nomes como Cristiana Couto, responsável por pesquisa e texto, e Luna Garcia, que assina a fotografia. A realização da publicação ficou a cargo da Documenta Pantanal, uma iniciativa criada por Mônica Guimarães e Teresa Bracher para conectar profissionais de áreas diversas, ambientalistas e ONGs para defender o bioma e sensibilizar o público sobre suas urgências. Mônica veio à capital espanhola acompanhar o autor.Produtora de um festival internacional de documentários chamado ‘É Tudo Verdade', Mônica contou à RFI que conheceu Teresa, dona de terras no Pantanal, "uma conservacionista de carteirinha e educadora social", quando foi procurada por ela para tratar de um assunto específico: o assoreamento dos rios na região, sobretudo do rio Taquari. "Eu fui até o local com o Jorge Bodansky, que é um grande documentarista, fui produzindo o filme, e daí para frente a gente nunca mais parou”, recorda Mônica. O assoreamento do rio Taquari é considerado como o maior desastre ambiental do Pantanal. Depois do documentário, vieram outros filmes, livros e campanhas. O objetivo principal da Documenta Pantanal é proteger a região que acolhe o bioma pantaneiro e difundir as riquezas originárias desses territórios. Este trabalho, desde o início, chegou ao público internacional.“Esse primeiro documentário que o Jorge Bodansky e o [João] Farkas dirigiram, que chama ‘Ruivaldo, o homem que salvou a Terra', foi lançado em Bruxelas exatamente para começar a berrar", recorda Mônica. A equipe queria mostrar que o Pantanal estava secando, apesar de ser a maior planície alagada do mundo. "Foi interessantíssimo a visibilidade que isso trouxe, e agora também para os brasileiros", pontua, ressaltando a importância de fazer o Brasil também enxergar o bioma.Planos futurosA Documenta Pantanal já tem planos futuros para mais ações pela Europa. A exposição “Água Pantanal Fogo”, que esteve no Instituto Tomi Ohtake, em São Paulo, no início de 2024, deve viajar para Alemanha e Portugal. A mostra conta com fotos de Lalo de Almeida e Luciano Candisani e tem curadoria de Eder Chiodetto.“Nós fizemos essa exposição e foi um boom de gente. Quinze mil pessoas foram ao espaço, em menos de dois meses", ressalta Mônica. Com este sucesso em São Paulo, vieram os convites para levar a exposição ao Museu Marítimo de Hamburgo e ao Museu de História Natural em Lisboa. "Em 2025, no primeiro semestre, a Documenta Pantanal vai estar aqui na Europa”, celebra Mônica Guimarães.
O Central Cine Brasil desta semana trata de O CONTATO, filme em cartaz desde 15 de agosto em direção de Vicente Ferraz, de SOY CUBA - O MAMUTE SIBERIANO e A ESTRADA 47. O doc foi rodado em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, e acompanha a vida de famílias de três diferentes etnias: os Yanomami, os Arapaso e os Hupda. Na região, uma das mais diversas do país, convivem 23 etnias em 18 idiomas nativos.O CONTATO estreou no É Tudo Verdade e passou pela Mostra Ecofalante e pelo Festival Internacional Novo Cine Latino-Americano, em Cuba. A sinopse é a seguinte: Três grupos de personagens, indígenas moradores dos territórios no alto do Rio Negro – AM, contam sobre a história da colonização da região desde os primeiros contatos entre indígenas e não indígenas até os dias de hoje.
O Central Cine Brasil desta semana trata de Luiz Melodia - No Coração do Brasil, documentário que estreou no É Tudo Verdade, passou pelo BAFICI, em Buenos Aires, e agora é um dos destaques do In-Edit, o Festival dos Documentários Musicais, que teve abertura nesta semana e vai até 23 de junho, em São Paulo. O papo foi com a diretora Alessandra Dorgan.A sinopse é a seguinte: Injustamente taxado como “maldito”, Luiz Melodia se destacou como um dos maiores artistas do Brasil. Através de diversas imagens de arquivo, neste filme temos ele mesmo contando sua trajetória, desde a infância nos morros do Rio de Janeiro, até ser descoberto por artistas como Wally Salomão e Gal Costa, passando pelo sucesso radiofônico, os conflitos com gravadoras e com o showbiz.#centralcinebrasil #cinema #cinemabrasileiro #cinemanacional #luizmelodia #alessandradorgan
No episódio desta semana, Maria Fernanda Cândido é a convidada especial do Plano Geral e fala sobre o longa A Paixão Segundo G.H., de Luiz Fernando Carvalho; o consagrado diretor também participa da entrevista. Além disso, Flavia Guerra e Vitor Búrigo comentam as apostas para o Festival de Cannes deste ano, os vencedores do Sesc Melhores Filmes e o longa de encerramento do É Tudo Verdade, Festival Internacional de Documentários: Luiz Melodia: No Coração do Brasil, de Alessandra Dorgan. Estamos no ar!See omnystudio.com/listener for privacy information.
A mostra Novocine de cinema brasileiro, que acontece tradicionalmente em Madri, está na sua 17ª edição e este ano ganha uma versão especial. É a Novocine Cult, que ocorre entre os dias 8 e 11 de abril e homenageia o cineasta e ator José Mojica Marins, popularmente conhecido pelo nome do seu personagem mais famoso, o Zé do Caixão. O evento será inaugurado com a exibição do documentário “Maldito – O estranho mundo de José Mojica Marins”, assinado pelos jornalistas André Barcinski e Ivan Finotti. Ana Beatriz Farias, correspondente da RFI em MadriA mostra terá a apresentação de três dos mais importantes filmes de Mojica Marins. Codiretor do documentário e coautor da biografia do cineasta, Finotti conversou com a RFI sobre a experiência de registrar a vida e obra do artista que é conhecido como o pai do cinema de terror brasileiro.Finotti começou sua carreira jornalística em 1991 no periódico Notícias Populares, “aquele que, se você espremesse, saía sangue”, recorda. O jornal já era o preferido de Mojica, que quando ía à redação para divulgar algum novo trabalho, era entrevistado pelo repórter. Foi no Notícias Populares que Finotti conheceu André Barcinski, “um grande jornalista de cultura” e que também era fã do cineasta paulista.“O André me convidou: ‘vamos fazer uma biografia do José Mojica Marins'”, lembra Finotti. “Muita gente não entendia que o Mojica não era apenas um ator, não era apenas um personagem. Ele foi um grande diretor de cinema, inovador. Trabalhando com muito pouco, conseguiu fazer filmes de terror fantásticos nos anos 1960 e 1970. Então nós resolvemos contar essa história”, relata.Para contá-la bem, os dois jornalistas fizeram cerca de 30 horas de entrevistas com Mojica. Eles ainda conversaram com outras 120 pessoas, porque o livro “Maldito” traça um panorama do cinema brasileiro a partir dos anos 1960, além de contar detalhes sobre a trajetória de Mojica.Depois do extenso trabalho realizado para o lançamento da biografia, adaptar as descobertas acerca de Mojica para o audiovisual foi uma tarefa relativamente fácil. “A gente fez esse documentário usando as melhores histórias que a gente tinha levantado para o livro. Repetimos algumas entrevistas, desta vez filmando. E deu esse documentário muito bacana que foi, inclusive, convidado e premiado no Festival de Sundance de 2001”.Cenas originaisEm pouco mais de 60 minutos, o documentário traz cenas originais das películas de Mojica, além de entrevistas com ele e com pessoas que o cercavam, permitindo que o público se aproxime de diferentes aspectos da realidade e da produção cinematográfica do criador paulista. As contradições humanas estão presentes no relato documental, assim como períodos difíceis para Mojica, como o da ditadura militar em que a obra dele foi censurada. Com o lançamento do filme, a riqueza de detalhes impressionou até grandes conhecedores do cinema.“Quando o nosso filme ficou pronto, a gente mandou para o festival É Tudo Verdade, no ano 2000, dirigido pelo Amir Labaki. Ele estava no cinema há décadas e ficou muito impressionado porque com nosso documentário mostrava cenas do Mojica, das histórias que ele contava antes dos anos 1960, antes do Zé do Caixão. Ele tinha filmado dezenas de curtas-metragens (...) As pessoas não acreditavam muito no Mojica, que ele tinha feito tantos filmes – 40 longas. Ao ver o documentário, ele viu cenas disso”, explica o codiretor.Finotti comenta que esse era o principal propósito do documentário: revelar ao público a carreira de Mojica e contribuir para que a sua obra ocupasse o lugar que lhe é devido. A ideia era “mostrar que o cara era digno de respeito, era um cineasta e não um ‘verme', como ele disse que se sentia no Brasil”.Reconhecimento no exteriorA meta foi alcançada, segundo Finotti, por uma soma de fatores. “Além da biografia e do documentário, nos anos 1990, oito fitas VHS dele foram lançadas no mercado americano com o nome Coffin Joe. Ele passou a ser analisado por críticos do exterior, tanto da Europa como dos Estados Unidos, que nunca o haviam visto, e ficaram de cara. Até críticos e cineastas japoneses ficaram muito impressionados com o Mojica e ele passou a ser respeitado no mundo todo”, conta.Foi também uma somatória de diferentes circunstâncias que permitiram a Finotti estar em Madri para apresentar “Maldito – O estranho mundo de José Mojica Marins” na abertura de uma mostra dedicada ao criador do Zé do Caixão.“Eu fiquei feliz de saber que a Embaixada [do Brasil em Madri] já tinha o projeto de fazer uma mostra do Zé do Caixão e, por acaso, eu sou o correspondente europeu da Folha de S.Paulo e estou morando em Madri. Quando eu cheguei, há um ano e meio, conheci a Embaixada e o pessoal que faz essa mostra percebeu que eu era o biógrafo do Zé do Caixão. Foi uma coincidência incrível e estou muito feliz por estar aqui”, celebra o jornalista.A mostra Novocine Cult marca o retorno da obra de Mojica à Espanha. Filho de um espanhol e de uma argentina que decidiram emigrar para o Brasil, ele já foi homenageado na Espanha em diferentes situações, como no festival de Sitges, em 1978, e na Semana de Cine Fantástico e de Terror de San Sebastián, em 2002.Confira mais informações sobre a programação no site da mostra Novocine.
A mostra Novocine de cinema brasileiro, que acontece tradicionalmente em Madri, está na sua 17ª edição e este ano ganha uma versão especial. É a Novocine Cult, que ocorre entre os dias 8 e 11 de abril e homenageia o cineasta e ator José Mojica Marins, popularmente conhecido pelo nome do seu personagem mais famoso, o Zé do Caixão. O evento será inaugurado com a exibição do documentário “Maldito – O estranho mundo de José Mojica Marins”, assinado pelos jornalistas André Barcinski e Ivan Finotti. Ana Beatriz Farias, correspondente da RFI em MadriA mostra terá a apresentação de três dos mais importantes filmes de Mojica Marins. Codiretor do documentário e coautor da biografia do cineasta, Finotti conversou com a RFI sobre a experiência de registrar a vida e obra do artista que é conhecido como o pai do cinema de terror brasileiro.Finotti começou sua carreira jornalística em 1991 no periódico Notícias Populares, “aquele que, se você espremesse, saía sangue”, recorda. O jornal já era o preferido de Mojica, que quando ía à redação para divulgar algum novo trabalho, era entrevistado pelo repórter. Foi no Notícias Populares que Finotti conheceu André Barcinski, “um grande jornalista de cultura” e que também era fã do cineasta paulista.“O André me convidou: ‘vamos fazer uma biografia do José Mojica Marins'”, lembra Finotti. “Muita gente não entendia que o Mojica não era apenas um ator, não era apenas um personagem. Ele foi um grande diretor de cinema, inovador. Trabalhando com muito pouco, conseguiu fazer filmes de terror fantásticos nos anos 1960 e 1970. Então nós resolvemos contar essa história”, relata.Para contá-la bem, os dois jornalistas fizeram cerca de 30 horas de entrevistas com Mojica. Eles ainda conversaram com outras 120 pessoas, porque o livro “Maldito” traça um panorama do cinema brasileiro a partir dos anos 1960, além de contar detalhes sobre a trajetória de Mojica.Depois do extenso trabalho realizado para o lançamento da biografia, adaptar as descobertas acerca de Mojica para o audiovisual foi uma tarefa relativamente fácil. “A gente fez esse documentário usando as melhores histórias que a gente tinha levantado para o livro. Repetimos algumas entrevistas, desta vez filmando. E deu esse documentário muito bacana que foi, inclusive, convidado e premiado no Festival de Sundance de 2001”.Cenas originaisEm pouco mais de 60 minutos, o documentário traz cenas originais das películas de Mojica, além de entrevistas com ele e com pessoas que o cercavam, permitindo que o público se aproxime de diferentes aspectos da realidade e da produção cinematográfica do criador paulista. As contradições humanas estão presentes no relato documental, assim como períodos difíceis para Mojica, como o da ditadura militar em que a obra dele foi censurada. Com o lançamento do filme, a riqueza de detalhes impressionou até grandes conhecedores do cinema.“Quando o nosso filme ficou pronto, a gente mandou para o festival É Tudo Verdade, no ano 2000, dirigido pelo Amir Labaki. Ele estava no cinema há décadas e ficou muito impressionado porque com nosso documentário mostrava cenas do Mojica, das histórias que ele contava antes dos anos 1960, antes do Zé do Caixão. Ele tinha filmado dezenas de curtas-metragens (...) As pessoas não acreditavam muito no Mojica, que ele tinha feito tantos filmes – 40 longas. Ao ver o documentário, ele viu cenas disso”, explica o codiretor.Finotti comenta que esse era o principal propósito do documentário: revelar ao público a carreira de Mojica e contribuir para que a sua obra ocupasse o lugar que lhe é devido. A ideia era “mostrar que o cara era digno de respeito, era um cineasta e não um ‘verme', como ele disse que se sentia no Brasil”.Reconhecimento no exteriorA meta foi alcançada, segundo Finotti, por uma soma de fatores. “Além da biografia e do documentário, nos anos 1990, oito fitas VHS dele foram lançadas no mercado americano com o nome Coffin Joe. Ele passou a ser analisado por críticos do exterior, tanto da Europa como dos Estados Unidos, que nunca o haviam visto, e ficaram de cara. Até críticos e cineastas japoneses ficaram muito impressionados com o Mojica e ele passou a ser respeitado no mundo todo”, conta.Foi também uma somatória de diferentes circunstâncias que permitiram a Finotti estar em Madri para apresentar “Maldito – O estranho mundo de José Mojica Marins” na abertura de uma mostra dedicada ao criador do Zé do Caixão.“Eu fiquei feliz de saber que a Embaixada [do Brasil em Madri] já tinha o projeto de fazer uma mostra do Zé do Caixão e, por acaso, eu sou o correspondente europeu da Folha de S.Paulo e estou morando em Madri. Quando eu cheguei, há um ano e meio, conheci a Embaixada e o pessoal que faz essa mostra percebeu que eu era o biógrafo do Zé do Caixão. Foi uma coincidência incrível e estou muito feliz por estar aqui”, celebra o jornalista.A mostra Novocine Cult marca o retorno da obra de Mojica à Espanha. Filho de um espanhol e de uma argentina que decidiram emigrar para o Brasil, ele já foi homenageado na Espanha em diferentes situações, como no festival de Sitges, em 1978, e na Semana de Cine Fantástico e de Terror de San Sebastián, em 2002.Confira mais informações sobre a programação no site da mostra Novocine.
No podcast ‘Notícia No Seu Tempo', confira em áudio as principais notícias da edição impressa do jornal ‘O Estado de S.Paulo' desta quarta-feira (03/04/2024): De 2009 até hoje, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e tribunais dos Estados aposentaram de forma compulsória 122 juízes, mas eles não perderam direito aos rendimentos. Prevista na Lei Orgânica da Magistratura, a aposentadoria compulsória é a punição mais dura que um juiz pode sofrer. Em média, um magistrado recebe R$ 37,2 mil por mês no Brasil, o que representa gasto anual de R$ 59 milhões com esse contingente. Os motivos de aposentadoria compulsória vão de manifestações políticas em período eleitoral a assédio sexual e corrupção passiva. Em 2023, 13 magistrados foram aposentados de forma compulsória pelo CNJ. Em 2022 foram dois e, em 2021, quatro. E mais: Política: Juiz decreta prisão e manda incluir Protógenes na lista da Interpol Economia: Banco Central já vive clima de sucessão do presidente Campos Neto Internacional: Ataque a comboio de ajuda eleva a pressão externa sobre Netanyahu Metrópole: Banco quer área de 60 mil m² e Clube Banespa pode ser despejado em SP Caderno 2: É Tudo Verdade exibe 77 filmes e celebra o olhar femininoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
No episódio desta semana, Flavia Guerra e Vitor Búrigo destacam a estreia nacional "Saudosa Maloca", de Pedro Serrano, filme sobre Adoniran Barbosa. Por aqui, o protagonista Paulo Miklos e o diretor falam mais sobre o longa que já está em cartaz nos cinemas. Além disso, os apresentadores comentam a seleção do É Tudo Verdade 2024 e os vencedores da 17ª edição do Curta Taquary. E mais: em entrevista, Leonardo DiCaprio e Lily Gladstone comentam "Assassinos da Lua das Flores", de Martin Scorsese. Estamos no ar!See omnystudio.com/listener for privacy information.
Conversamos com a diretora Rachel Daisy Ellis sobre o documentário que tem como personagens pessoas frequentadoras de motéis no Brasil. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Nesta edição do cinematório café, nós conversamos com a diretora Rachel Daisy Ellis sobre o documentário "Eros" (2024), que tem como personagens pessoas frequentadoras de motéis no Brasil. O filme é formado por imagens captadas pelas próprias pessoas que aceitaram fazer parte do projeto e filmaram uma noite de estadia em uma suíte de sua escolha, em distintos lugares do país. "Eros" foi exibido em competição na Mostra Aurora, dentro da programação da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em janeiro de 2024. O filme também foi selecionado para o prestigiago festival CHP:DOX 2024, realizado em Copenhague, na Dinamarca. Rachel Daisy Ellis é conhecida por seu trabalho como produtora de títulos nacionais como “Boi Neon”, “Divino Amor” e “Doméstica”, dirigidos por Gabriel Mascaro, com quem ela tem uma parceira na produtora Desvia, há 14 anos. Em 2018, Rachel realizou o curta documental “Mini Miss”, seu primeiro trabalho como diretora, que ganhou o prêmio de aquisição do Canal Brasil no festival É Tudo Verdade. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Conversas com as Entidades sobre temas diversos
Conversamos com a diretora Eliza Capai sobre "Incompatível com a Vida", documentário vencedor do festival É Tudo Verdade 2023. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Eliza Capai estreou na direção de longas com "Tão Longe é Aqui", de 2013, e de lá pra cá, lançou outros trabalhos, como “O Jabuti e a Anta" (2016), "Espero Tua (Re)volta" (2019), a minissérie "Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime" (2020), além de diversos curtas-metragens e séries para a TV e para a web. "Incompatível com a Vida" parte da experiência pessoal da diretora com a perda gestacional e conversa com outras mulheres que tiveram vivências parecidas à sua, refletindo temas humanos e políticos sobre vida e morte, luto, aborto, maternidade, políticas públicas e direitos reprodutivos das mulheres. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
No filme, a documentarista Eliza Capai mostra um relato em primeira pessoa sobre sua experiência ao ter que interromper uma gravidez na décima quarta semana de gestação. A diretora recebeu o diagnóstico de que o feto era "incompatível com a vida", termo médico que dá nome ao filme que estreia nas salas comerciais do Brasil nesta quinta-feira (16). Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova YorkEm abril, o filme levou o prêmio principal no festival paulista "É tudo verdade", que colocou o documentário na pré-lista dos selecionados para concorrer ao Oscar nesta categoria.Com o objetivo de promover a obra nos Estados Unidos, a diretora esteve em Los Angeles no Hollywood Brazilian Film Festival e em Nova York, em sessão promovida em conjunto com a organização Women's Equality Center.Eliza Capai, que também é conhecida pela direção da primeira série brasileira de 'true crime' da Netflix, Elize Matsunaga - era uma vez um crime - e que esteve à frente de outros documentários como 'Espero tua (Re)volta (2019)' e 'Tão longe é aqui (2013'), conversou com a RFI em Nova York para contar mais detalhes do mais novo trabalho.A mudança de perspectivaAcostumada a estar atrás das câmeras contando histórias de pessoas que encontrou ao redor do mundo, em 'Incompatível com a vida' Eliza Capai arrisca, pela primeira vez, uma mudança de perspectiva. Passa de ser observador para ser observado.A diretora filmou a própria grávidez até descobrir que sua gravidez precisaria ser interrompida por problemas de má formação do feto."Eu já vinha gravando a minha gravidez desde o início, mas muito como um exercício de filmar. Pensando em como eu filmaria outras mulheres para um projeto que eu iria fazer. No momento em que eu descubro que aquela gravidez, que era uma grávidez, muito desejada, era de um feto incompatível com a vida, eu fui atravessada por sentimentos que eu nunca tinha experimentado", relata. Eliza conta que sentiu uma tristeza muito profunda que a levou a pensar em quantas mulheres haviam passado por situações parecidas e que, por questões culturais, não haviam podido viver essa tristeza."Logo você vai ter outro", cita a diretora como uma das frases de consolo ouvidas por gestantes ao perder um filho de forma pré-matura.E foi então, que Eliza resolveu ampliar as vozes de seu filme e partiu em busca de outras gestantes que tivessem passado pela mesma situação no Brasil."Naquele momento eu pensei: 'nossa, eu deveria fazer um filme sobre isso! Eu deveria fazer um filme sobre isso com outras mulheres!", relembra. Ao mesmo tempo, ela percebeu a importância de colocar literalmente o corpo na história e, em um relato cru e intimista, filmou cada minuto da interrupção de sua gestação, desde as primeiras contrações até a cena em que ela aparece contemplando o feto em suas mãos."Eu senti que se eu não fosse capaz de inverter essa câmera e, se não fosse capaz de me colocar enquanto corpo, eu não teria mais o direito de fazer documentários sobre a questão feminina", justifica.Mas, Eliza reconhece que esse relato só foi possível porque ela viveu todo o processo em Portugal, onde o aborto está legalizado."Eu só tive força para fazer o filme porque eu entendi o lugar de privilégio onde eu estava. Quando o diagnóstico foi feito, eu estava em Portugal, país em que fui aconselhada por médicos a fazer uma interrupção médica de gravidez", relata.Capai diz que se estivesse no Brasil, onde o aborto não é legalizado em casos de "incompatibilidade com a vida" - a legislação do país só admite o aborto em casos de estupro, anencefalia ou risco de morte para a gestante - as imagens que estão no filme seriam a confissão de um crime.A arte como uma forma de cura A diretora diz que o contato com outras mulheres que passaram pelo mesmo problema foi um processo de cura, tanto para ela quanto para as entrevistadas."Foi muito duro, porque foi encarar, editar o momento mais traumático que eu tive na vida, mas, ao mesmo tempo, foi um processo de cura. Isso porque eu entendi que, ao falar sobre esse processo e ao estar junto com outras seis mulheres e casais que falam sobre seus processos, o filme ajuda muitas pessoas que passaram por essas situações ou que estão passando, a elaborar melhor seu próprio trauma", conclui.Filme poderia representar o Brasil no OscarO filme, que chegou a ser rejeitado quando a primeira versão foi apresentada para um laboratório de finalização cinematográfica, agora, está na lista de pré-selecionados para representar o Brasil no Oscar de 2024.O documentário estreou no festival "É Tudo Verdade", levando o prêmio de melhor filme, resultado que o qualifica para a shortlist do Oscar de melhor documentário."Pretendemos promover o filme aqui (EUA) de algumas formas e dar visibilidade para ele a partir desse lugar que é um tanto fetiche no imaginário pelo menos do brasileiro, que é o lugar do Oscar. Dar essa visibilidade para o filme para que a gente consiga voltar para casa e falar sobre esses temas tabus", pontua Eliza logo após a exibição de 'Incompatível com a Vida' em Nova York nessa terça-feira (14)."Dar visibilidade ao filme a partir dessa campanha do Oscar que a gente tá fazendo aqui fora ajuda a levantar esse debate em casa", diz Capai.A diretora queria que o documentário contivesse diversidade de vozes, contando com o testemunho de mulheres que tiveram que pedir ajuda da justiça para poder interromper a gestação de um filho sem esperança de sobrevida e também daquelas que decidiram levar a gravidez até o final."Não podemos discutir o aborto como mulheres de família, boas, versus mulheres ruins que abortam. No filme, essas duas mulheres são a mesma. E é isso que acontece no mundo real", pontua. "Quem aborta é mãe de família, quem aborta é religiosa, quem aborta são pessoas que tiveram uma gravidez que não conseguem se imaginar levando para frente", completa.Com seu filme, Capai espera ajudar a gerar empatia "para que o debate sobre o aborto saia do lugar estigmatizado em que ele está, do lugar violento em que ele está e que entre na pasta que lhe cabe, que é a de saúde pública".Uma vez finalizada a temporada promocional do filme, "Incompatível com a vida" estará disponível na plataforma Taturana para exibições em centros culturais, coletivos e qualquer organização que queira utilizá-lo como provocador para discutir temas de saúde pública no Brasil.'Incompatível com a vida' estreia nesta quinta-feira (16) em São Paulo no Espaço Itaú de Cinema, depois segue para Rio, onde será exibido nesta sexta (17) na Estação Net Rio, seguindo para Recife, Salvador, Fortaleza e Manaus. O filme também está disponível online na plataforma Mubi.
No filme, a documentarista Eliza Capai mostra um relato em primeira pessoa sobre sua experiência ao ter que interromper uma gravidez na décima quarta semana de gestação. A diretora recebeu o diagnóstico de que o feto era "incompatível com a vida", termo médico que dá nome ao filme que estreia nas salas comerciais do Brasil nesta quinta-feira (16). Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova YorkEm abril, o filme levou o prêmio principal no festival paulista "É tudo verdade", que colocou o documentário na pré-lista dos selecionados para concorrer ao Oscar nesta categoria.Com o objetivo de promover a obra nos Estados Unidos, a diretora esteve em Los Angeles no Hollywood Brazilian Film Festival e em Nova York, em sessão promovida em conjunto com a organização Women's Equality Center.Eliza Capai, que também é conhecida pela direção da primeira série brasileira de 'true crime' da Netflix, Elize Matsunaga - era uma vez um crime - e que esteve à frente de outros documentários como 'Espero tua (Re)volta (2019)' e 'Tão longe é aqui (2013'), conversou com a RFI em Nova York para contar mais detalhes do mais novo trabalho.A mudança de perspectivaAcostumada a estar atrás das câmeras contando histórias de pessoas que encontrou ao redor do mundo, em 'Incompatível com a vida' Eliza Capai arrisca, pela primeira vez, uma mudança de perspectiva. Passa de ser observador para ser observado.A diretora filmou a própria grávidez até descobrir que sua gravidez precisaria ser interrompida por problemas de má formação do feto."Eu já vinha gravando a minha gravidez desde o início, mas muito como um exercício de filmar. Pensando em como eu filmaria outras mulheres para um projeto que eu iria fazer. No momento em que eu descubro que aquela gravidez, que era uma grávidez, muito desejada, era de um feto incompatível com a vida, eu fui atravessada por sentimentos que eu nunca tinha experimentado", relata. Eliza conta que sentiu uma tristeza muito profunda que a levou a pensar em quantas mulheres haviam passado por situações parecidas e que, por questões culturais, não haviam podido viver essa tristeza."Logo você vai ter outro", cita a diretora como uma das frases de consolo ouvidas por gestantes ao perder um filho de forma pré-matura.E foi então, que Eliza resolveu ampliar as vozes de seu filme e partiu em busca de outras gestantes que tivessem passado pela mesma situação no Brasil."Naquele momento eu pensei: 'nossa, eu deveria fazer um filme sobre isso! Eu deveria fazer um filme sobre isso com outras mulheres!", relembra. Ao mesmo tempo, ela percebeu a importância de colocar literalmente o corpo na história e, em um relato cru e intimista, filmou cada minuto da interrupção de sua gestação, desde as primeiras contrações até a cena em que ela aparece contemplando o feto em suas mãos."Eu senti que se eu não fosse capaz de inverter essa câmera e, se não fosse capaz de me colocar enquanto corpo, eu não teria mais o direito de fazer documentários sobre a questão feminina", justifica.Mas, Eliza reconhece que esse relato só foi possível porque ela viveu todo o processo em Portugal, onde o aborto está legalizado."Eu só tive força para fazer o filme porque eu entendi o lugar de privilégio onde eu estava. Quando o diagnóstico foi feito, eu estava em Portugal, país em que fui aconselhada por médicos a fazer uma interrupção médica de gravidez", relata.Capai diz que se estivesse no Brasil, onde o aborto não é legalizado em casos de "incompatibilidade com a vida" - a legislação do país só admite o aborto em casos de estupro, anencefalia ou risco de morte para a gestante - as imagens que estão no filme seriam a confissão de um crime.A arte como uma forma de cura A diretora diz que o contato com outras mulheres que passaram pelo mesmo problema foi um processo de cura, tanto para ela quanto para as entrevistadas."Foi muito duro, porque foi encarar, editar o momento mais traumático que eu tive na vida, mas, ao mesmo tempo, foi um processo de cura. Isso porque eu entendi que, ao falar sobre esse processo e ao estar junto com outras seis mulheres e casais que falam sobre seus processos, o filme ajuda muitas pessoas que passaram por essas situações ou que estão passando, a elaborar melhor seu próprio trauma", conclui.Filme poderia representar o Brasil no OscarO filme, que chegou a ser rejeitado quando a primeira versão foi apresentada para um laboratório de finalização cinematográfica, agora, está na lista de pré-selecionados para representar o Brasil no Oscar de 2024.O documentário estreou no festival "É Tudo Verdade", levando o prêmio de melhor filme, resultado que o qualifica para a shortlist do Oscar de melhor documentário."Pretendemos promover o filme aqui (EUA) de algumas formas e dar visibilidade para ele a partir desse lugar que é um tanto fetiche no imaginário pelo menos do brasileiro, que é o lugar do Oscar. Dar essa visibilidade para o filme para que a gente consiga voltar para casa e falar sobre esses temas tabus", pontua Eliza logo após a exibição de 'Incompatível com a Vida' em Nova York nessa terça-feira (14)."Dar visibilidade ao filme a partir dessa campanha do Oscar que a gente tá fazendo aqui fora ajuda a levantar esse debate em casa", diz Capai.A diretora queria que o documentário contivesse diversidade de vozes, contando com o testemunho de mulheres que tiveram que pedir ajuda da justiça para poder interromper a gestação de um filho sem esperança de sobrevida e também daquelas que decidiram levar a gravidez até o final."Não podemos discutir o aborto como mulheres de família, boas, versus mulheres ruins que abortam. No filme, essas duas mulheres são a mesma. E é isso que acontece no mundo real", pontua. "Quem aborta é mãe de família, quem aborta é religiosa, quem aborta são pessoas que tiveram uma gravidez que não conseguem se imaginar levando para frente", completa.Com seu filme, Capai espera ajudar a gerar empatia "para que o debate sobre o aborto saia do lugar estigmatizado em que ele está, do lugar violento em que ele está e que entre na pasta que lhe cabe, que é a de saúde pública".Uma vez finalizada a temporada promocional do filme, "Incompatível com a vida" estará disponível na plataforma Taturana para exibições em centros culturais, coletivos e qualquer organização que queira utilizá-lo como provocador para discutir temas de saúde pública no Brasil.'Incompatível com a vida' estreia nesta quinta-feira (16) em São Paulo no Espaço Itaú de Cinema, depois segue para Rio, onde será exibido nesta sexta (17) na Estação Net Rio, seguindo para Recife, Salvador, Fortaleza e Manaus. O filme também está disponível online na plataforma Mubi.
Na 2ª parte da nossa cobertura da 17ª CineBH, comentamos os filmes latinos e brasileiros exibidos na Mostra Continente, entre outros destaques. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Nesta edição do cinematório café, nós conversamos com o diretor Marcos Pimentel sobre o documentário "Amanhã", exibido na 17ª Mostra CineBH e no É Tudo Verdade, entre outros festivais. O filme parte da proposta de um registro da desigualdade social na região Centro-Sul de Belo Horizonte para mostrar o quanto este problema é muito mais amplo e reflete a condição do nosso país. “Amanhã” começa em 2002, quando Marcos Pimentel filmou o encontro de crianças que vivem em lados opostos da Barragem de Santa Lúcia, na capital mineira: um dos garotos, José Tomás, vive em um condomínio no bairro de maior poder aquisitivo, enquanto os irmãos Cristian e Júlia moram em uma casa no aglomerado do Morro do Papagaio. Vinte anos depois, o diretor retornou ao local para tentar promover o reencontro daquelas crianças, agora adultas, e saber o que a vida reservou para elas. “Amanhã” faz um retrato da desigualdade social escancarada nessa região de BH, mas vai além e se revela um filme que fala sobre todo o país, pensando a polarização, questões de classe, raça, e como em duas décadas o Brasil foi virado e revirado por diferentes mudanças e crises. Tudo isso ancorado em uma narrativa de muita sensibilidade. O documentário foi exibido na CineBH após ter competido no festival É Tudo Verdade 2023. Entre os festivais por onde o filme também passou estão a CineOP -- Mostra de Cinema de Outro Preto, e o FAM -- Florianópolis Audiovisual Mercosul, onde ganhou o prêmio do Júri Popular. Marcos Pimentel é mineiro de Juiz de Fora. Sócio da Tempero Filmes, ele vive e mora em Belo Horizonte e, antes de "Amanhã", fez os também aclamados documentários “Fé e Fúria”, “A Parte do Mundo que me Pertence” e “Sopro”, entre outros longas e curtas-metragens. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
Conversamos com o diretor Rubens Rewald sobre o processo de realização do documentário sobre a vida e a obra de um dos grandes nomes da música popular brasileira. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema Nesta edição, o cinematório café recebe o cineasta Rubens Rewald para uma conversa sobre o filme "Jair Rodrigues - Deixa que Digam". Selecionado para o festival É Tudo Verdade em 2020, ainda durante a pandemia, e lançado nos cinemas brasileiros em 2023, o documentário musical mostra o legado deixado por Jair Rodrigues na música popular brasileira, resgatando imagens de arquivo, apresentações históricas do músico e depoimentos de familiares, amigos, parceiros artísticos e pesquisadores. Na entrevista, você vai conhecer mais sobre o processo de realização e os temas abordados no filme, que vem fazer jus à relevância e à importância de Jair Rodrigues, um artista que é muito mais do que só o cantor irreverente da música “Deixa Isso Pra Lá”. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. A sua mensagem pode ser lida no podcast!
José Jofilly dirigiu e escreveu diversos longas de ficção e não ficção. Seus filmes já estiveram em festivais como IDFA, É Tudo Verdade, Havana, Berlin, Rotterdam, Guadalajara, entre outros. Recentemente lançou Sinfonia de um Homem Comum, premiado documentário com uma história surpreendente. No papo, José falou sobre suas experiências, processos e muito mais. Na conversa de … Continue lendo "Primeiro Tratamento – José Joffily – # 253"
Bora hoje conversar com o cineasta José Joffily sobre o recém-lançado documentário "Sinfonia de um homem comum", que narra a história do diplomata José Mauricio Bustani, primeiro diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), entre 1997 e 2002, que tentou impedir a invasão ao Iraque pelos Estados Unidos, durante o governo de George W. Bush, e acabou demitido por pressão dos americanos. José Joffily dirigiu filmes de ficção e não ficção ao longo de sua carreira. Seus filmes já estiveram em festivais como IDFA, É Tudo Verdade, Havana, Berlin, Rotterdam, Guadalajara, entre outros. No Brasil, teve filmes premiados nos mais importantes festivais do país, como Brasília e Gramado. Seus últimos dois projetos são os documentários Caminho de Volta (2015) e Soldado Estrangeiro (2020). O primeiro conta a história de dois brasileiros que emigraram para o exterior e desejam voltar para a sua terra natal depois de anos no exílio. O segundo faz o caminho inverso, se aproximando de brasileiros que desejam sair do país para lutar em exércitos estrangeiros. Conto contigo pra este bate-papo! Twitter: https://twitter.com/manumayrink Instagram: https://instagram.com/manumayrink Canal no Telegram: https://t.me/alguemviumeusoculos Facebook: https://www.facebook.com/alguemviumeuoculos/ PIX: manumayrink@gmail.com
Diretores, produtores e músicos brasileiros disputam vagas no maior prêmio de Hollywood, em diversas categorias. "Marte Um" é o indicado oficial do país para tentar a estatueta como Melhor Filme Internacional. Outras produções foram qualificadas e concorrem como Melhor Documentário e Curta-Metragem de ficção e documental. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles Compositores brasileiros tentam uma indicação e estão de olho nas principais datas da grande peneira: no próximo dia 21 de dezembro, será divulgada a primeira lista dos 15 pré-selecionados em dez categorias; em 8 de fevereiro, conheceremos os cinco finalistas em cada uma das 23 categorias; e 27 de março é o dia da festa que revela os grandes vencedores. Gabriel Martins, que assina a direção e o roteiro de "Marte Um", esteve em Hollywood fazendo campanha para o seu filme. O drama conta a história de uma família da periferia de Belo Horizonte e mostra o cotidiano simples de trabalhadores que se equilibram entre a dura realidade e os sonhos. Sensível e dolorida, a trama expõe alguns dos problemas mais profundos do Brasil. "Foi completamente uma novidade, acho que têm sido meses que têm durado anos. E, ao mesmo tempo, um aprendizado ótimo para entender como funciona a indústria, como funciona um prêmio dessa magnitude, desse tamanho. Tem sido um aprendizado bem difícil, muito tempo correndo atrás, mas, ao mesmo tempo, muito gratificante", contou o diretor. A produção foi escolhida pela Academia Brasileira de Cinema para concorrer como Melhor Filme Internacional, a única categoria que precisa de indicação oficial do país. Desde 1999, o Brasil não aparece na lista dos indicados a Melhor Filme Internacional, antes chamada Melhor Filme Estrangeiro. A última vez foi com o longa "Central do Brasil", uma coprodução com a França, de Walter Salles. SUS e Amazônia no Oscar Na categoria de Melhor Documentário, as indicações de produções brasileiras têm sido mais recorrentes. A última foi em 2020, com "Democracia em Vertigem", de Petra Costa. Agora, para 2023, as irmãs Helena e Ana Petta se qualificaram para levar "Quando Falta o Ar" para a premiação. O filme, que venceu o Festival É Tudo Verdade, acompanha o trabalho das funcionárias do Sistema Único de Saúde (SUS), durante a pandemia da Covid-19. Helena, que também é médica, conversou com a RFI. "Várias pessoas queriam muito registrar esse momento de uma narrativa que mostrasse exatamente o ponto de vista de quem estava ali, lutando em defesa da vida das pessoas. Para a gente, já foi uma surpresa o "É Tudo Verdade" e quando a gente soube que estava na lista do Oscar, muito mais, uma coisa muito grande, muito importante", conta Helena Petta. Já "O Território" leva os problemas mais profundos da Amazônia à premiação, a luta incansável contra as queimadas, a exploração e o desmatamento. Dirigido pelo americano Alex Pritz, o filme foi coproduzido pelos indígenas da comunidade uru-eu-wau-wau. O fotógrafo brasileiro Gabriel Ushida foi um dos produtores locais e a ativista Txai Suruí, filha de Neidinha, uma das personagens do filme, assina a produção-executiva do documentário, junto com o cineasta Darren Aronofsky. Curtas Pelo menos cinco curtas-metragens de diretores brasileiros também se qualificaram para entrar na lista dos inscritos ao Oscar. Para chegar nesta fase, é necessário seguir uma série de pré-requisitos, entre eles ter destaque em premiações de renome pelo mundo. "Sideral", por exemplo, passou por mais de 120 festivais e ganhou mais de 50 prêmios, entre eles o do Festival de Chicago, que garante a possibilidade de concorrer a uma vaga ao Oscar. A ficção científica foi dirigida por Carlos Segundo. "Esse é um projeto que começou pequeno e foi ganhando espaço, literalmente. É um misto de ansiedade de estar com o filme em um dos eventos mais importantes do mundo, mas, ao mesmo tempo, entendemos que o filme tem sua potência. A gente chega aqui com um sentimento de uma jornada completa; agora, o que vier é lucro", disse Segundo. Já "Ousmane", dirigido pelo brasileiro Jorge Camarotti, é sobre a luta de imigrantes que sofrem de Alzheimer. O curta é canadense, porque o cineasta brasileiro mora há 19 anos no país, e foi com o olhar de imigrante que ele escreveu essa emocionante história sobre esse grupo invisível para a sociedade. "A gente ganhou tantos prêmios, agora o filme está na plataforma da New Yorker, que é uma revista conceituadíssima. Para mim, fazer um filme que é a respeito da imigração, de pessoas com Alzheimer, e que pessoas que entendem bem o assunto estão dando valor ao filme já é uma vitória", afirmou Camarotti. Ainda qualificado para concorrer a uma vaga na categoria de curta de ficção está “Infantaria”, da realizadora alagoana Laís Santos Araújo. Os curtas documentais "Sinfonia de um Homem Comum", dirigido por José Joffily, e "Vagalumes'', de Léo Bittencourt, também estão na corrida. Músicas e produtores Mas a lista de brasileiros que podem subir ao palco do teatro Dolby, no dia 27 de março, inclui também produtores de filmes estrangeiros, como Daniel Dreifuss, produtor do longa alemão "Nada de Novo no Front", que acaba de ser indicado ao Globo de Ouro; e Rafael Thomaseto e Helena Sardinha, que assinam a produção do curta-metragem "Antes do Amanhecer, Hora de Cabul", inspirado em uma história real. Os compositores Heitor Pereira e Marcelo Zarvos também tentam levar a estatueta dourada para o Brasil e se tornarem, oficialmente, os primeiros brasileiros a subir ao palco nessa categoria. Pereira assina a trilha sonora de "Gato de Botas 2: O Último Pedido", enquanto Zarvos compôs a trilha do novo filme de Will Smith, "Emancipation: Uma História de Liberdade". Zarvos falou um pouco sobre sua expectativa. "De todos os filmes em que trabalhei, esse eu ficaria muito feliz, por ter mais elementos brasileiros do que qualquer outro, fora, claro, os filmes realmente brasileiros", disse. "Seria muito legal ter esse reconhecimento fazendo parte disso, ficaria muito orgulhoso. Mas, no final das contas, o mais importante é a história que está sendo contada e ser parte dela", concluiu. Oficialmente, o Brasil nunca ganhou um Oscar, mas são várias as histórias que ficaram no "quase deu Brasil". Entre elas está a de Luciana Arrighi, que nasceu no Rio de Janeiro, mas sua nacionalidade é australiana. Como diretora de arte, ela concorreu três vezes ao Oscar e venceu em 1993, com o filme “Retorno a Howards End”.
Diretores, produtores e músicos brasileiros disputam vagas no maior prêmio de Hollywood, em diversas categorias. "Marte Um" é o indicado oficial do país para tentar a estatueta como Melhor Filme Internacional. Outras produções foram qualificadas e concorrem como Melhor Documentário e Curta-Metragem de ficção e documental. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles Compositores brasileiros tentam uma indicação e estão de olho nas principais datas da grande peneira: no próximo dia 21 de dezembro, será divulgada a primeira lista dos 15 pré-selecionados em dez categorias; em 8 de fevereiro, conheceremos os cinco finalistas em cada uma das 23 categorias; e 27 de março é o dia da festa que revela os grandes vencedores. Gabriel Martins, que assina a direção e o roteiro de "Marte Um", esteve em Hollywood fazendo campanha para o seu filme. O drama conta a história de uma família da periferia de Belo Horizonte e mostra o cotidiano simples de trabalhadores que se equilibram entre a dura realidade e os sonhos. Sensível e dolorida, a trama expõe alguns dos problemas mais profundos do Brasil. "Foi completamente uma novidade, acho que têm sido meses que têm durado anos. E, ao mesmo tempo, um aprendizado ótimo para entender como funciona a indústria, como funciona um prêmio dessa magnitude, desse tamanho. Tem sido um aprendizado bem difícil, muito tempo correndo atrás, mas, ao mesmo tempo, muito gratificante", contou o diretor. A produção foi escolhida pela Academia Brasileira de Cinema para concorrer como Melhor Filme Internacional, a única categoria que precisa de indicação oficial do país. Desde 1999, o Brasil não aparece na lista dos indicados a Melhor Filme Internacional, antes chamada Melhor Filme Estrangeiro. A última vez foi com o longa "Central do Brasil", uma coprodução com a França, de Walter Salles. SUS e Amazônia no Oscar Na categoria de Melhor Documentário, as indicações de produções brasileiras têm sido mais recorrentes. A última foi em 2020, com "Democracia em Vertigem", de Petra Costa. Agora, para 2023, as irmãs Helena e Ana Petta se qualificaram para levar "Quando Falta o Ar" para a premiação. O filme, que venceu o Festival É Tudo Verdade, acompanha o trabalho das funcionárias do Sistema Único de Saúde (SUS), durante a pandemia da Covid-19. Helena, que também é médica, conversou com a RFI. "Várias pessoas queriam muito registrar esse momento de uma narrativa que mostrasse exatamente o ponto de vista de quem estava ali, lutando em defesa da vida das pessoas. Para a gente, já foi uma surpresa o "É Tudo Verdade" e quando a gente soube que estava na lista do Oscar, muito mais, uma coisa muito grande, muito importante", conta Helena Petta. Já "O Território" leva os problemas mais profundos da Amazônia à premiação, a luta incansável contra as queimadas, a exploração e o desmatamento. Dirigido pelo americano Alex Pritz, o filme foi coproduzido pelos indígenas da comunidade uru-eu-wau-wau. O fotógrafo brasileiro Gabriel Ushida foi um dos produtores locais e a ativista Txai Suruí, filha de Neidinha, uma das personagens do filme, assina a produção-executiva do documentário, junto com o cineasta Darren Aronofsky. Curtas Pelo menos cinco curtas-metragens de diretores brasileiros também se qualificaram para entrar na lista dos inscritos ao Oscar. Para chegar nesta fase, é necessário seguir uma série de pré-requisitos, entre eles ter destaque em premiações de renome pelo mundo. "Sideral", por exemplo, passou por mais de 120 festivais e ganhou mais de 50 prêmios, entre eles o do Festival de Chicago, que garante a possibilidade de concorrer a uma vaga ao Oscar. A ficção científica foi dirigida por Carlos Segundo. "Esse é um projeto que começou pequeno e foi ganhando espaço, literalmente. É um misto de ansiedade de estar com o filme em um dos eventos mais importantes do mundo, mas, ao mesmo tempo, entendemos que o filme tem sua potência. A gente chega aqui com um sentimento de uma jornada completa; agora, o que vier é lucro", disse Segundo. Já "Ousmane", dirigido pelo brasileiro Jorge Camarotti, é sobre a luta de imigrantes que sofrem de Alzheimer. O curta é canadense, porque o cineasta brasileiro mora há 19 anos no país, e foi com o olhar de imigrante que ele escreveu essa emocionante história sobre esse grupo invisível para a sociedade. "A gente ganhou tantos prêmios, agora o filme está na plataforma da New Yorker, que é uma revista conceituadíssima. Para mim, fazer um filme que é a respeito da imigração, de pessoas com Alzheimer, e que pessoas que entendem bem o assunto estão dando valor ao filme já é uma vitória", afirmou Camarotti. Ainda qualificado para concorrer a uma vaga na categoria de curta de ficção está “Infantaria”, da realizadora alagoana Laís Santos Araújo. Os curtas documentais "Sinfonia de um Homem Comum", dirigido por José Joffily, e "Vagalumes'', de Léo Bittencourt, também estão na corrida. Músicas e produtores Mas a lista de brasileiros que podem subir ao palco do teatro Dolby, no dia 27 de março, inclui também produtores de filmes estrangeiros, como Daniel Dreifuss, produtor do longa alemão "Nada de Novo no Front", que acaba de ser indicado ao Globo de Ouro; e Rafael Thomaseto e Helena Sardinha, que assinam a produção do curta-metragem "Antes do Amanhecer, Hora de Cabul", inspirado em uma história real. Os compositores Heitor Pereira e Marcelo Zarvos também tentam levar a estatueta dourada para o Brasil e se tornarem, oficialmente, os primeiros brasileiros a subir ao palco nessa categoria. Pereira assina a trilha sonora de "Gato de Botas 2: O Último Pedido", enquanto Zarvos compôs a trilha do novo filme de Will Smith, "Emancipation: Uma História de Liberdade". Zarvos falou um pouco sobre sua expectativa. "De todos os filmes em que trabalhei, esse eu ficaria muito feliz, por ter mais elementos brasileiros do que qualquer outro, fora, claro, os filmes realmente brasileiros", disse. "Seria muito legal ter esse reconhecimento fazendo parte disso, ficaria muito orgulhoso. Mas, no final das contas, o mais importante é a história que está sendo contada e ser parte dela", concluiu. Oficialmente, o Brasil nunca ganhou um Oscar, mas são várias as histórias que ficaram no "quase deu Brasil". Entre elas está a de Luciana Arrighi, que nasceu no Rio de Janeiro, mas sua nacionalidade é australiana. Como diretora de arte, ela concorreu três vezes ao Oscar e venceu em 1993, com o filme “Retorno a Howards End”.
“Cesária Évora” é o documentário que revela a “história incrível e inspiradora” da mulher que foi a grande “embaixadora” de Cabo Verde no Mundo. Para contar a vida de lutas e sucessos da artista que é a maior referência da música de Cabo Verde, a realizadora Ana Sofia Fonseca usou gravações inéditas, imagens de arquivo e testemunhos. “Cesária Évora” tem integrado a programação de alguns dos mais importantes festivais de cinema a nível mundial. Por exemplo, a primeira apresentação aconteceu nos Estados Unidos, no Festival South by Southwest, no Brasil fez parte do programa do festival É Tudo Verdade, e em Portugal teve a primeira apresentação no Festival IndieLisboa, onde ganhou o Prémio do Público – Longa Metragem. A RFI aproveitou a presença da realizadora no IndieLisboa para “levantar o véu” do documentário “Cesária Évora”. Ana Sofia Fonseca começa por revelar que a ideia para realizar o filme surgiu em Cabo Verde, poucos dias depois de Cesária Évora falecer. Em Portugal, “Cesária Évora” deve chegar às salas de cinema durante a rentrée.
O diretor José Joffily, premiado na última edição do Festival de documentários É Tudo Verdade (2022) com a Menção Honrosa do Júri e também como Melhor Montagem, é o convidado do O2Cast #97. Locução: Bianca Zonbini / Apresentação: Taís Okamura / Gravação e Edição: Gabriel Paim / Arte: Caio Giacomazzi / Produção: João Pedro Kohn / Direção: Célia Regina
O tapa de Will Smith ainda rende notícia, com a suspensão de dez anos do ator como membro da Academia (0:00). Oscar merecido de melhor atriz para Jessica Chastain, OS OLHOS DE TAMMY FAYE chega à plataforma Star+ (13:47). O italiano Nani Moretti volta com o sensível drama TRE PIANI, nos cinemas (22:42).MARIGHELLA vence oito prêmios no Festival SESC Melhores Filmes, com programação presencial e online até dia 27 (31:57). O doc sobre Belchior e outros destaques do É Tudo Verdade (38:55). E Belisario Franca fala do projeto de filmar a trajetória de Fernando Henrique Cardoso no doc O PRESIDENTE IMPROVÁVEL (46:50).
Uma análise do cinema com Davizinho e César Augusto
A jornalista, Sandra Bittencourt, comenta sobre o festival É Tudo Verdade que segue, em seus últimos dias, trazendo documentários assinados pelos premiados diretores Eryk Rocha e Luiz Bolognesi.
Hoje é dia de falar de política. As diretoras Anna Muylaert (Que horas ela volta?) e Lô Politti (Jonas) dão uma entrevista exclusiva sobre ALVORADA, o documentário sobre os últimos dias de Dilma Rousseff na Presidência, que estreia esta semana no festival É Tudo Verdade. Elas também comentam o momento da esquerda hoje - e o que podemos fazer para sair do buraco bolsonarista em que nos metemos (0:00).Simone Yunes e Grazi Marcheti falam sobre o Festival SESC Melhores Filmes, com cerca de 30 filmes gratuitos de 2020, na plataforma do Sesc a partir de quarta (30:47). Com seis indicações ao Oscar, MEU PAI, com Anthony Hopkins, estreia no pay per view (51:50). E na Amazon, 5X COMÉDIA faz rir com essa pandemia desesperadora (1:00:06).
[Mulher Independente Procura um Oscar] Ela é o nome do momento, a grande favorita para o Oscar de Melhor Filme e de Direção e prestes a lançar uma superprodução da Marvel. Nada mais justo do que um episódio especial sobre o cinema de Chloe Zhao (13:10). Quem é essa chinesa radicada nos EUA que ganhou um punhado de prêmios nessa temporada do Oscar? Trouxemos para discussão seu longa de estreia, Songs My Brothers Taught Me (21:36), que traz boas pistas sobre as características presentes nos seus longas mais conhecidos. E também discutimos, claro, Nomadland (34:33). Frances McDormand escolheu Chloe Zhao a dedo para dirigir o drama, enquanto ela produzia e protagonizava. O filme vem sendo premiado desde sua estreia no Festival de Veneza. Em foco, as pessoas que vivem em carros nos EUA, após a crise econômica de 2008. Quais são as histórias desses personagens? Como vivem longe do conforto de um lar? E mais: Boletim do Oscar com os vencedores do Bafta e do DGA. No Momento Belas Artes à La Carte recomendamos um clássico noir de Otto Preminger. O Puxadinho da Varanda destaca os festivais É Tudo Verdade e Fantaspoa, além de filmes da húngara Marta Meszaros. No Cantinho do Ouvinte, o Metavaranda dos Ouvintes e os comentários sobre o episódio anterior. Bom Podcast!
A jornalista, Sandra Bittencourt, comenta sobre a estreia no festival "É tudo verdade", do documentário Alvorada, sobre os últimos meses de Dilma Rouseff, no Palácio da Alvorada, em Brasília.
“Ouro Para o Bem do Brasil” foi a campanha engendrada pelos Diários Associados, em estreita parceria com as forças no comando, nem bem tinha se instalado o novo poder depois do golpe militar de primeiro de abril de 1964. Então a mais poderosa cadeia de mídia do país, a rede usou sua força para conquistar corações e mentes, arrecadar mundos e fundos, numa mobilização para tentar fortalecer o apoio ideológico à ditadura. Com título que combina os dois temas –ataque à democracia e assalto ao bolso–, o filme “Golpe de Ouro” faz daquela história mote para discutir o período da ditadura militar, sem deixar de trazer provocações sobre a condição vivida hoje em nosso país. O documentário é obra de Chaim Litewski, que dirigiu o histórico “Cidadão Boilesen”, apontado como um dos 25 melhores documentários da história do cinema brasileiro, e faz sua estreia mundial no festival É Tudo Verdade, em curso agora em São Paulo. Litewski comenta sobre o filme em entrevista a Eleonora e Rodolfo, do TUTAMÉIA, no último 8 de abril, dia do início do festival e primeira apresentação pública de seu mais recente trabalho. Na conversa, o diretor sublinha as parecenças entre o período retratado no filme e os dias correntes, especialmente no que se refere aos chefões, aos poderosos, aos que circulam em torno do poder.
Acompanhe as principais informações, destaques, novidades e dicas culturais da semana. A programação completa da mostra “Novo Cinema Iraniano” e do festival “É Tudo Verdade”, assim como os links para assistir aos filmes, todos gratuitos, você confere em nosso site: alvoradafm.com.br// See omnystudio.com/listener for privacy information.
[Run, Pai, Run] Meu Pai (11:20), do estreante Florian Zeller, é um dos filmes com mais indicações ao Oscar 2021, e traz uma das grandes interpretações na carreira de Anthony Hopkins. É apenas um filme de atores ou consegue ir mais além? Já o thriller Fuja (38:38) traz Sarah Paulson como uma mãe superprotetora... até demais? Depois do sucesso com Buscando..., o cineasta Aneesh Chaganty está de volta com tensão em relações familiares. E mais: Lançamos o Metavaranda dos Ouvintes, procurem nas nossas redes sociais o link para dar sua nota para os filmes em discussão no episódio. Boletim do Oscar com os vencedores do SAG e seus impactos na temporada. No Momento Belas Artes à La Carte recomendamos um filme da fase tcheca de Milos Forman. O Puxadinho da Varanda destaca filmes como Below Sea Level, Low Life, Amores Expressos, Cinzados do Passado e destaques para o É Tudo Verdade, e duas dicas de leitura. No Cantinho do Ouvinte, os comentários dos varandeiros sobre o episódio anterior. Bom Podcast!
Você prefere música ou cinema? Essa pergunta é uma maldade, quase como perguntar pro Charlinho se ele prefere batata ou estudar. Nós gostamos das duas coisas e, por isso, o B3 fala hoje de um tema sensacional: documentários musicais. Quer ver filmes bacanas sobre Bee Gees, João Gilberto, Quincy Jones, Dr. Dre, e ver Eddie servindo amendoim do avião do Iron? Ouça... Trabalhos técnicos: Djeferson Barbosa, o DJ Trilha Sonora Original: Israel IA7 Playlist do programa: https://open.spotify.com/playlist/5IEGcLHDn3qjS7EuB1ARpR?si=d2UQ-jGzQ-mlJQyQItC60Q
Hoje a gente para tudo pra falar de um dos maiores filmes de amor de todos os tempos: AMOR À FLOR DA PELE (In the Mood for Love, Hong Kong, 2000), do mestre Wong Kar-Wai, que completa 20 anos com uma bela cópia restaurada em 4K na plataforma de streaming Mubi. Para nossa conversa, chamamos outra apaixonada pelo filme, nossa amiga Luciana Veras, da revista Continente, do Recife (0:00).Nas notícias da semana, o festival É TUDO VERDADE, de 8 a 18 de abril, anuncia sua programação, que inclui um novo documentário sobre os últimos dias de Dilma no Planalto (44:38). E, para fechar no pop, o documentário FRAMING BRITNEY SPEARS - A VIDA DE UMA ESTRELA, na Globoplay, reconta a história da cruel tutela do pai sobre a vida de uma das maiores divas pop dos EUA (56:36).
Essa semana o O2Cast tem como convidada a diretora Edileuza Penha de Souza, vencedora na categoria de Melhor Curta-Documentário no É Tudo Verdade 2020, maior competição de cinema não-ficcional da América Latina com seu filme: Filhas de Lavadeiras. A apresentação é de Tais Okamura, redatora, pesquisadora formada em cinema e colaboradora independente do departamento de pré-produção aqui da O2. Locução: Bianca Zonbini / Apresentação: Tais Okamura / Gravação e Edição: Gabriel Paim / Arte: Caio Giacomazzi / Produção: Gabriel Paim / Pesquisa: Heitor Calazans / Direção de Produção: Célia Regina
Sandra Kogut, cineasta e comentarista da GloboNews, e Carlos Augusto Calil, ex-diretor da Cinemateca Brasileira, debatem a crise na instituição que ameaça o maior acervo de imagens em movimento da América Latina. Depois de meses sem repassar verbas, o governo federal rompeu unilateralmente o contrato com a Fundação Roquette Pinto, que era mantenedora da Cinemateca, e assumiu o controle da instituição, com a ajuda da Polícia Federal. Quem também participa da conversa é Amir Labaki, diretor do "É Tudo Verdade", que fala sobre o bom momento do documentário brasileiro.
[A Secreta Origem da Irmã de Sherlock] O episódio da semana traz dois pequenos hits da Netflix: Enola Holmes e o espanhol Origens Secretas. Abrimos com o Boletim do Oscar e as grandes mudanças nas regras do Bafta, As alterações no prêmio deixam a pergunta: o Bafta pode ser mais influenciador para os rumos do Oscar que antes? Os filmes em debate: em Enola Holmes (10:30), entra em cena a história da irmã independente e corajosa de Sherlock Holmes. Da Espanha, chega Origens Secretas (41:27) um thriller criminal, com doses de comédia geek, e homenagens a muitos super-heróis dos quadrinhos. No Momento Belas Artes à La Carte um clássico dirigido por Sergei Eisenstein. No Puxadinho da Varanda destaque para 2 curtas de Tsai Ming-Liang, e uma geral nos festivais de cinema online dos próximos dias: É Tudo Verdade, Mostra Tiradentes, e Olhar de Cinema. E, no Cantinho do Ouvinte, os comentários dos varandeiros sobre o episódio anterior. Bom Podcast!
Quem hoje em dia não é viciado em instagram, facebook, whatsapp? Esse é o tema de O DILEMA DAS REDES, documentário devastador da Netflix que mostra como os algoritmos estão prejudicando nossas vidas e as democracias (0:00). A enfermeira de Um Estranho no Ninho volta em RATCHED, nova série de Ryan Murphy na Netflix (11:19). A questão do racismo ganha uma série de aventura com LOVECRAFT COUNTRY, na HBO (19:26). O universo de Sherlock Holmes retorna numa versão feminina - e feminista - em ENOLA HOLMES, filme da Netflix (24:50). Amir Labaki fala dos imprevistos da primeira edição online do festival de documentários É Tudo Verdade, que celebra 25 anos (31:58).
Luís Costa Pinto e Eumano Silva analisam a conjuntura política nacional. O fotógrafo Orlando Brito é o convidado especial de hoje. Protagonista do documentário "Não nasci para deixar meus olhos perderem tempo", selecionado para o festival É Tudo Verdade, Brito é um dos mais experiente profissionais de imprensa do País. Especialista na cobertura do poder, tem no prelo o livro "Do Marechal ao Capitão" que pretende contar, por meio de fotografias simbólicas, as turbulências e transições da política. Brito dirá se já é possível dizer que há uma iconografia desses tempos estranhos vividos pelo Brasil e pelos brasileiros de 2016 para cá. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/luis-costa-pinto/message
Confira os destaques do caderno Na Quarentena desta quarta-feira (23/09/20)See omnystudio.com/listener for privacy information.
Acompanhe as principais informações, destaques, novidade e dicas culturais da semana, com Brenda Lara. Links e informações para as programações: Espetáculo “Cauby, uma paixão”, em cartaz no projeto “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” - O musical será apresentado online nesta quinta-feira, às 20:30. Tema “Gentileza Cura”, em mais uma edição do “Festival Verbo: Gentileza” - O festival ocorre sexta e domingo, no formato online, e a programação é gratuita. Festival de documentários “É Tudo Verdade” - A programação online vai até 4 de outubro. Apresentação para o lançamento do disco “Orquestra Ouro Preto The Beatles – Volume 2” - O concerto começa às 11:00 de domingo, e será transmitido ao vivo do Teatro Sesc Palladium pelo canal da Orquestra no YouTube. A atriz Esther Góes apresenta “As Mulheres e Aristófanes” dentro do projeto “#EmCasacomSesc” - O espetáculo será apresentado neste domingo, a partir das 21:30. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O governador de São Paulo, João Doria, divulgou nesta quarta-feira (23) um estudo clínico com 50 mil voluntários que indica que a vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac é segura. Em fase final de testes, o imunizante será produzido no estado por meio de parceria com o Instituto Butantan. O “Durma com essa” explica o estágio de desenvolvimento das vacinas mais avançadas ao redor do mundo. Traz também o repórter especial João Paulo Charleaux comentando projeções americanas para a evolução da pandemia no mundo e a redatora Juliana Domingos de Lima falando dos destaques do festival de documentários É Tudo Verdade. www.nexojornal.com.br
Confira os destaques do caderno Na Quarentena desta quinta-feira (17/09/20)See omnystudio.com/listener for privacy information.
Alziro Barborsa é diretor de fotografia, com graduação e mestrado em uma das mais importantes faculdades de Direção de Fotografia do mundo, o Instituto de Cinema Russo – VGIK (1988 a 1994). Atua no mercado brasileiro desde 1995, realizando longas metragens, comerciais, séries para TV, documentários e curtas. Alziro foi premiado em diversos festivais nacionais e internacionais e tem cinco prêmios de melhor Direção de Fotografia pela Associação Brasileira de Cinematografia (ABC). Entre os longas em destaque estão “Serras das Desordens”, “Cores”, “JK- uma Bela Noite para Voar” e “Mistéryos”. Alziro é entrevistado por Rafael Nobre, diretor de fotografia e educador, formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e pós-graduado em Gestão Cultural pela mesma universidade. É sócio da ABC e membro da Society of Camera Operators (SOC). Fotografou diversos longas, curtas e clipes, como o documentário “Mataram Meu Irmão”, dirigido por Cristiano Burlan e vencedor do É Tudo Verdade de 2013, prêmios da crítica e do júri, além dos longas Amador (2014) e Hamlet (2014). É fundador da Bucareste Ateliê de Cinema, nos últimos anos se dedicou à criação, gestão e coordenação de cursos na área da direção de fotografia e cinematografia.
https://www.eurbanidade.blog.br/role-urbano-coronavirus-ii-episodio-16/ Mais um programa para curtir na sua casa. O ator Otávio Martins conta sobre o projeto de leituras teatrais feito em parceria com a atriz Carolina Ferraz (8:37). A contadora de história e atriz Bruna Luiza conta sobre o projeto Quarentena Criativa (14:53). Ainda nesse episódio tem o festival É Tudo Verdade (3:30) e séries novas (TODXS Nós da HBO) (6:19). #### Serviço ## Festival É TUDO VERDADE - http://www.etudoverdade.com.br/br/home/ #Site Itaú Cultural - https://www.itaucultural.org.br/secoes/agenda-cultural/assista-a-uma-mostra-on-line-com-quatro-filmes-premiados-do-e-tudo-verdade #SpCine Play - https://www.spcineplay.com.br/ #Cana Brasil Play - https://globosatplay.globo.com/canal-brasil/ ## Leituras Teatrais - Otávio Martins e Carolina Ferraz https://www.instagram.com/carolinaferraz/ ## Quarentena Criativa, com a atriz Bruna Luiza https://www.instagram.com/ciatricreart/ ## Tudxs Nós - https://www.youtube.com/embed/JcghPPm0Ix8
A relação do ser humano com o trabalho é o tema principal do destaque do NERVOS Entrevista #25, que nesta edição do podcast conversa com o cineasta Marcelo Gomes sobre o seu documentário Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar (2019). No longa que estreou na Mostra Panorama do Festival de Berlim deste ano e, depois, foi triplamente premiado no 24º É Tudo Verdade, o diretor faz isso ao acompanhar o microcosmo de Toritama, cidade do Agreste pernambucano conhecida como a capital do jeans no Brasil, onde os moradores se orgulham de serem donos do próprio tempo, trabalhando sem parar em suas facções, como são chamadas as fábricas de fundo de quintal, e tirando folga apenas no Carnaval, o único momento de lazer deles no ano, sendo capazes de vender tudo para aproveitar esse momento fugaz. Em entrevista à nossa editora Nayara Reynaud, o cineasta pernambucano explicou a sua relação pessoal com o Agreste e, especialmente, com Toritama para destacar a transformação dessa cidade. Marcelo Gomes também comentou sobre o relacionamento com os habitantes no processo de filmagem, da nossa relação universal com o trabalho e com o tempo, das mudanças na indústria cinematográfica em relação à distribuição do documentário nos cinemas e, simultaneamente, nas plataformas digitais neste novo formato da Sessão Vitrine, além de adiantar um pouco do seu próximo longa. Ouça no lugar que você quiser: SoundCloud | Spotify | Deezer | iTunes | Google Podcasts | Feed | Download > 6s: Introdução > 3min23s: Entrevista com o cineasta Marcelo Gomes sobre Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar > 18min15s: Conexões Nervosas > 20min46s: Encerramento Conexões Nervosas > Marcelo Gomes: os filmes de Gabriel Mascaro, Boi Neon (2015) e Divino Amor (2019) > #22 História da industrialização brasileira, parte I (open.spotify.com/episode/18kRioSRZw9wEylUqG3Ik6) e #24 História da industrialização no brasileira, parte II (open.spotify.com/episode/2Ixdx0IpcLI5KRyTDa7fvq), dois episódios especiais do podcast @NerdsdoQG, produzido pelo Blog do QG, especializado em conteúdos preparatórios para o Enem, em que o professor de História, Marcio Branco, traça um retrospecto do processo de industrialização no país desde o Visconde de Mauá até os dias atuais. > Moda Pé no Chão (@modapenochao), podcast conduzido pela consultora de estilo Ana Soares que discute, às vezes com a presença de convidados, assuntos pertinentes sobre consumo consciente nessa área, pensando em todos os tamanhos, bolsos e idades. *Músicas presentes no podcast (sob licença Creative Commons): “Content”, de Lee Rosevere; “Blind Love Dub”, de Jeris; e “Reusenoise_(DNB_Mix)”, de SpinningMerkaba
O maior festival de docs do país
Estamos de volta nas ondas sonoras do podcast com o NERVOS Entrevista #11, que esta semana destaca o filme Elegia de um Crime (2018). O documentário de Cristiano Burlan estreou nesta quinta (14), exclusivamente no CineSesc, em São Paulo, e chega a outras cidades brasileiras a partir do dia 28 de março, depois de ser premiado no festival É Tudo Verdade de 2018, pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas (ABD-SP) e pela Associação dos Profissionais de Edição Audiovisual (EDT). Trata-se do terceiro e último capítulo da Trilogia do Luto, uma série de produções documentais onde Cristiano Burlan rememorou, investigou e tentou lidar de maneira cinematográfica com as traumáticas mortes de seus familiares: no média-metragem Construção (2006), homenageou o pai; no longa, Mataram Meu Irmão (2013), seu interesse foi o irmão assassinado em 2001; e agora, o tema foi a morte da mãe Isabel Burlan da Silva pelo próprio companheiro, em 2011. Em entrevista à nossa editora Nayara Reynaud, Cristiano Burlan fala dos desafios de apresentar um caso pessoal que refletisse um grave problema social como o da violência contra a mulher, as dificuldades em conciliar a intimidade com seus anseios artísticos, seus limites como diretor, os diversos projetos futuros e muito mais. Ouça no lugar que você quiser: SoundCloud | Spotify | Deezer | iTunes | Google Podcasts | Feed | Download Conexões Nervosas > O livro autobiográfico de James Ellroy, Meus Lugares Escuros (1996), e o romance clássico de João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas (1956) Leia a crítica do filme Elegia de um Crime: www.nervos.com.br/single-post/2018/04/15/ETV2018-ElegiadeUmCrime-AutodeResistencia *Músicas presentes no podcast (sob licença Creative Commons): “Content”, de Lee Rosevere; “Blind Love Dub”, de Jeris; e “Reusenoise_(DNB_Mix)”, de SpinningMerkaba
Em destaque nesta edição, o curta-metragem mineiro “Arara: Um Filme Sobre um Filme Sobrevivente”, selecionado para o festival É Tudo Verdade e que revela a violência praticada contra povos indígenas durante a ditadura militar. No quadro Mulheres no Cinema, você sabe mais sobre a carreira da produtora Kátia Machado. Conheça também as diretoras brasileiras que […] O post CINEFONIA – Edição #157 apareceu primeiro em cinematório.
Em destaque nesta edição, o curta-metragem mineiro “Arara: Um Filme Sobre um Filme Sobrevivente”, selecionado para o festival É Tudo Verdade e que revela a violência praticada contra povos indígenas durante a ditadura militar. No quadro Mulheres no Cinema, você sabe mais sobre a carreira da produtora Kátia Machado. Conheça também as diretoras brasileiras que […] O post CINEFONIA – Edição #157 apareceu primeiro em cinematório.
Em destaque nesta edição, o curta-metragem mineiro “Arara: Um Filme Sobre um Filme Sobrevivente”, selecionado para o festival É Tudo Verdade e que revela a violência praticada contra povos indígenas durante a ditadura militar. No quadro Mulheres no Cinema, você sabe mais sobre a carreira da produtora Kátia Machado. Conheça também as diretoras brasileiras que vão representar o Brasil no Festival de Cannes este ano. Tem ainda as notícias da semana e muito mais, sempre no embalo do melhor das […] O post CINEFONIA – Edição #157 apareceu primeiro em cinematório.
[A Guerra Está Declarada] De um lado o Festival de Cannes, onde todos os autores de cinema querem estar. De outro, a Netflix, a gigante dos serviços de streaming. No episódio da semana, convidamos Paula Ferraz para retornar ao podcast e participar de um debate sobre essa guerra (19:07). Vamos aproveitar e entender um pouco mais de como funciona a distribuição dos filmes em streaming no Brasil. Entre as estreias da semana, dois destaques: Aos Teus Olhos, da brasileira Carolina Jabor, mexe na polêmica do linchamento virtual (1:00:13). Já Baseado em Fatos Reais (1:18:01) é o novo thriller do diretor Roman Polanski. Cantinho do Ouvinte, a definição do primeiro eleito para a Cinemateca da Varanda, e Recomendações com destaque para os filmes Severina e o sul-coreano O Dia Depois (o novo de Hong Sang-soo). Ainda temos tempo para uma pincelada no É Tudo Verdade, além das primeiras impressões da nova versão da série Perdidos no Espaço. Bom podcast!
Papo com diretor em cartaz no É Tudo Verdade
O post Cine #49 É Tudo Verdade apareceu primeiro em Central3 Podcasts.
O documentário “O Futebol”, vencedor do festival É Tudo Verdade este ano, é tema da Resenha de Renato Silveira. No quadro Perfil, Pedro Vieira fala sobre a carreira da duas vezes vencedora do Oscar Sally Field. Você também relembra a trajetória da atriz Analu Prestes no quadro Mulheres no Cinema, com Adilson Marcelino. Tem ainda as últimas novidades da sétima arte, sempre no embalo do melhor das trilhas sonoras do cinema brasileiro - e nesta edição você escuta, em primeira mão, a música "Ventos Irmãos", gravação inédita de Milton Nascimento para a trilha sonora original do filme "O Outro Lado do Paraíso". O post CINEFONIA – Edição #61 apareceu primeiro em cinematório.
Voltamos ao continente africano para entrevistar a Bianca Nascimento. Ela morou durante 11 meses na Cidade do Cabo, na África do Sul e de lá, pouco antes de ir embora, contou tudo que envolveu sua estadia. Mas antes da entrevista, eu e a Letícia, do Viva Viena!, falamos sobre a vida ~difícil~ dela de férias na Tailândia, lemos os comentários […] O post #057 – É tudo verdade na África do Sul apareceu primeiro em O nome disso é mundo.
Uma reprise do papo com o jornalista, no qual ele fala sobre sua trajetória, cinema e sobre seus documentários Ali Karakas Carlos Nader E no programa de hoje a gente recebe o cineasta Carlos Nader. Ele é jornalista, começou a carreira fazendo revista, mas na década de 90 começou a se dedicar ao audiovisual. Hoje ele reconhecido como um dos principais documentaristas do país. Ele vem aqui no Trip FM falar sobre sua trajetória, sobre cinema brasileiro e sobre alguns dos personagens de seus documentários, como o poeta Waly Salomão, o diretor de cinema Eduardo Coutinho e, mais recentemente, o caminhoneiro Nilson de Paula, figura que o Carlos Nader acompanhou durante 20 anos para fazer o filme Homem Comum, obra que levou o prêmio de “melhor documentário brasileiro de longa-metragem” no festival É Tudo Verdade deste ano. Papo de alto nível no Trip FM nesta sexta-feira com Carlos Nader. Playlist da semana: Lorde - RoyalYardbirds - Shape of ThingsSpoon - The Two Sides of Monsieur ValentineMayer Hawthorne - Back Seat LoverJards Macalé - Mal Secreto O Trip FM vai ao ar na grande São Paulo às sextas às 21h, com reprise às terças às 23h pela Rádio Eldorado Brasil 3000, 107,3MHz