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Oxigênio
#208 – A infraestrutura da IA: o que são datacenters e os riscos que eles representam

Oxigênio

Play Episode Listen Later Dec 11, 2025 34:08


A inteligência artificial, em seus múltiplos sentidos, tem dominado a agenda pública e até mesmo o direcionamento do capital das grandes empresas de tecnologia. Mas você já parou para pensar na infraestrutura gigantesca que dê conta de sustentar o crescimento acelerado das IAs? O futuro e o presente da inteligência artificial passa pela existência dos datacenters. E agora é mais urgente que nunca a gente discutir esse assunto. Estamos vendo um movimento se concretizar, que parece mais uma forma de colonialismo digital: com a crescente resistência à construção de datacenters nos países no norte global, empresas e governos parecem estar convencidos a trazer essas infraestruturas imensas com todos os seus impactos negativos ao sul global. Nesse episódio Yama Chiodi e Damny Laya conversam com pesquisadores, ativistas e atingidos para tentar aprofundar o debate sobre a infraestrutura material das IAs. A gente conversa sobre o que são datacenters e como eles impactam e irão impactar nossas vidas. No segundo episódio, recuperamos movimentos de resistência a sua instalação no Brasil e como nosso país se insere no debate, seguindo a perspectiva de ativistas e de pesquisadores da área que estão buscando uma regulação mais justa para esses grandes empreendimentos.  ______________________________________________________________________________________________ ROTEIRO [ vinheta da série ] [ Começa bio-unit ] YAMA: A inteligência artificial, em seus múltiplos sentidos, tem dominado a agenda pública e até mesmo o direcionamento do capital das grandes empresas de tecnologia. Mas você já parou para pensar na infraestrutura gigantesca que dê conta de sustentar o crescimento acelerado das IA? DAMNY: O futuro e o presente da inteligência artificial passa pela existência dos data centers. E agora é mais urgente que nunca a gente discutir esse assunto. Estamos vendo um movimento se concretizar, que parece mais uma forma de colonialismo digital: com a crescente resistência à construção de datacenters nos países no norte global, empresas e governos parecem estar convencidos a trazer os datacenters com todos os seus impactos negativos ao sul global. YAMA: Nós conversamos com pesquisadores, ativistas e atingidos e em dois episódios nós vamos tentar aprofundar o debate sobre a infraestrutura material das IAs. No primeiro, a gente conversa sobre o que são datacenters e como eles impactam e irão impactar nossas vidas. DAMNY: No segundo, recuperamos movimentos de resistência a sua instalação no Brasil e como nosso país se insere no debate, seguindo a perspectiva de ativistas e de pesquisadores da área que estão buscando uma regulação mais justa para esses grandes empreendimentos. [ tom baixo ] YAMA: Eu sou o Yama Chiodi, jornalista de ciência e pesquisador do campo das mudanças climáticas. Se você já é ouvinte do oxigênio pode ter me ouvido aqui na série cidade de ferro ou no episódio sobre antropoceno. Ao longo dos últimos meses investiguei os impactos ambientais das inteligências artificiais para um projeto comum entre o LABMEM, o laboratório de mudança tecnológica, energia e meio ambiente, e o oxigênio. Em setembro passado, o Damny se juntou a mim pra gente construir esses episódios juntos. E não por acaso. O Damny publicou em outubro passado um relatório sobre os impactos socioambientais dos data centers no Brasil, intitulado “Não somos quintal de data center”. O link para o relatório completo se encontra disponível na descrição do episódio. Bem-vindo ao Oxigênio, Dam. DAMNY: Oi Yama. Obrigado pelo convite pra construir junto esses episódios. YAMA: É um prazer, meu amigo. DAMNY: Eu também atuo como jornalista de ciência e sou pesquisador de governança da internet já há algum tempo. Estou agora trabalhando como jornalista e pesquisador aqui no LABJOR, mas quando escrevi o relatório eu tava trabalhando como pesquisador-consultor na ONG IDEC, Instituto de Defesa de Consumidores. YAMA: A gente começa depois da vinheta. [ Termina Bio Unit] [ Vinheta Oxigênio ] [ Começa Documentary] YAMA: Você já deve ter ouvido na cobertura midiática sobre datacenters a formulação que te diz quantos litros de água cada pergunta ao chatGPT gasta. Mas a gente aqui não gosta muito dessa abordagem. Entre outros motivos, porque ela reduz o problema dos impactos socioambientais das IA a uma questão de consumo individual. E isso é um erro tanto político como factual. Calcular quanta água gasta cada pergunta feita ao ChatGPT tira a responsabilidade das empresas e a transfere aos usuários, escondendo a verdadeira escala do problema. Mesmo que o consumo individual cresça de modo acelerado e explosivo, ele sempre vai ser uma pequena fração do problema. Data centers operam em escala industrial, computando quantidades incríveis de dados para treinar modelos e outros serviços corporativos. Um único empreendimento pode consumir em um dia mais energia do que as cidades que os abrigam consomem ao longo de um mês. DAMNY: Nos habituamos a imaginar a inteligência artificial como uma “nuvem” etérea, mas, na verdade, ela só existe a partir de data centers monstruosos que consomem quantidades absurdas de recursos naturais. Os impactos sociais e ambientais são severos. Data centers são máquinas de consumo de energia, água e terra, e criam poluição do ar e sonora, num modelo que reforça velhos padrões de racismo ambiental. O desenvolvimento dessas infraestruturas frequentemente acontece à margem das comunidades afetadas, refazendo a cartilha global da injustiça ambiental. Ao seguir suas redes, perceberemos seus impactos em rios, no solo, no ar, em territórios indígenas e no crescente aumento da demanda por minerais críticos e, por consequência, de práticas minerárias profundamente destrutivas. YAMA: De acordo com a pesquisadora Tamara Kneese, diretora do programa de Clima, Tecnologia e Justiça do instituto de pesquisa Data & Society, com quem conversamos, essa infraestrutura está criando uma nova forma de colonialismo tecnológico. Os danos ambientais são frequentemente direcionados para as comunidades mais vulneráveis, de zonas rurais às periferias dos grandes centros urbanos, que se tornam zonas de sacrifício para o progresso dessa indústria. DAMNY: Além disso, a crescente insatisfação das comunidades do Norte Global com os data centers tem provocado o efeito colonial de uma terceirização dessas estruturas para o Sul Global. E o Brasil não apenas não é exceção como parece ser um destino preferencial por sua alta oferta de energia limpa. [pausa] E com o aval do governo federal, que acaba de publicar uma medida provisória chamada REDATA, cujo objetivo é atrair data centers ao Brasil com isenção fiscal e pouquíssimas responsabilidades. [ Termina Documentary] [tom baixo ] VOICE OVER: BLOCO 1 – O QUE SÃO DATA CENTERS? YAMA: Pra entender o que são data centers, a gente precisa antes de tudo de entender que a inteligência artificial não é meramente uma nuvem etérea que só existe virtualmente. Foi assim que a gente começou nossa conversa com a pesquisadora estadunidense Tamara Kneese. Ela é diretora do programa de Clima, Tecnologia e Justiça do instituto de pesquisa Data & Society. TAMARA: PT – BR [ Eu acho que o problema da nossa relação com a computação é que a maioria parte do tempo a gente não pensa muito sobre a materialidade dos sistemas informacionais e na cadeia de suprimentos que permitem que eles existam. Tudo que a gente faz online não depende só dos nossos aparelhos, ou dos serviços de nuvem que a gente contrata, mas de uma cadeia muito maior. De onde ver o hardware que a gente usa? Que práticas de trabalho são empregadas nessa cadeia? E então, voltando à cadeia de suprimentos, pensar sobre os materiais brutos e os minerais críticos e outras formas de extração, abusos de direitos humanos e trabalhistas que estão diretamente relacionados à produção dos materiais que precisamos pra computação em geral. ] So I think, you know, the problem with our relationship to computing is that, most of the time, we don’t really think that much about the materiality of the computing system and the larger supply chain. You know, thinking about the fact that, of course, everything we do relies not just on our own device, or the particular cloud services that we subscribe to, but also on a much larger supply chain. So, where does the hardware come from, that we are using, and what kind of labor practices are going into that? And then be, you know, further back in the supply chain, thinking about raw materials and critical minerals and other forms of extraction, and human rights abuses and labor abuses that also go into the production of the raw materials that we need for computing in general. DAMNY: A Tamara já escreveu bastante sobre como a metáfora da nuvem nos engana, porque ela dificulta que a gente enxergue a cadeia completa que envolve o processamento de tantos dados. E isso se tornou uma questão muito maior com a criação dos chatbots e das IAs generativas. YAMA: Se a pandemia já representou uma virada no aumento da necessidade de processamento de dados, quando passamos a ir à escola e ao trabalho pelo computador, o boom das IA generativas criou um aumento sem precedentes da necessidade de expandir essas cadeias. DAMNY: E na ponta da infraestrutura de todas as nuvens estão os data centers. Mais do que gerar enormes impactos sócio-ambientais, eles são as melhores formas de enxergar que o ritmo atual da expansão das IAs não poderá continuar por muito tempo, por limitações físicas. Não há terra nem recursos naturais que deem conta disso. YAMA: A gente conversou com a Cynthia Picolo, que é Diretora Executiva do LAPIN, o Laboratório de Políticas Públicas e Internet. O LAPIN tem atuado muito contra a violação de direitos na implementação de data centers no Brasil e a gente ainda vai conversar mais sobre isso. DAMNY: Uma das coisas que a Cynthia nos ajudou a entender é como não podemos dissociar as IAs dos data centers. CYNTHIA: Existe uma materialidade por trás. Existe uma infraestrutura física, que são os data centers. Então os data centers são essas grandes estruturas que são capazes de armazenar, processar e transferir esses dados, que são os dados que são os processamentos que vão fazer com que a inteligência artificial possa acontecer, possa se desenvolver, então não existe sem o outro. Então falar de IA é falar de Datacenter. Então não tem como desassociar. YAMA: Mas como é um datacenter? A Tamara descreve o que podemos ver em fotos e vídeos na internet. TAMARA: [ Sim, de modo geral, podemos dizer que os data centers são galpões gigantes de chips, servidores, sistemas em redes e quando você olha pra eles, são todos muitos parecidos, prédios quadrados sem nada muito interessante. Talvez você nem saiba que é um data center se não observar as luzes e perceber que é uma estrutura enorme sem pessoas, sem trabalhadores. ] Yeah, so, you know, essentially, they’re like giant warehouses of chips, of servers, of networked systems, and, you know, they look like basically nondescript square buildings, very similar. And you wouldn’t really know that it’s a data center unless you look at the lighting, and you kind of realize that something… like, it’s not inhabited by people or workers, really. DAMNY: No próximo bloco a gente tenta resumir os principais problemas socioambientais que os data centers já causam e irão causar com muita mais intensidade no futuro. [tom baixo ] VOICE OVER: BLOCO 2 – A ENORME LISTA DE PROBLEMAS YAMA: O consumo de energia é provavelmente o problema mais conhecido dos data centers e das IAs. Segundo dados da Agência Internacional de Energia, a IEA, organização internacional da qual o Brasil faz parte, a estimativa para o ano de 2024 é que os data centers consumiram cerca de 415 TWh. A cargo de comparação, segundo a Empresa de Pesquisa Energética, instituto de pesquisa público associado ao Ministério das Minas e Energia, o Brasil consumiu no ano de 2024 cerca de 600 TWh. DAMNY: Segundo o mesmo relatório da Agência Internacional de Energia, a estimativa é que o consumo de energia elétrica por datacenters em 2030 vai ser de pelo menos 945 TWh, o que representaria 3% de todo consumo global projetado. Quando a gente olha pras estimativas de outras fontes, contudo, podemos dizer que essas são projeções até conservadoras. Especialmente considerando o impacto da popularização das chamadas LLM, ou grandes modelos de linguagem – aqueles YAMA: Ou seja, mesmo com projeções conservadoras, os data centers do mundo consumiriam em 2030, daqui a menos de cinco anos, cerca de 50% a mais de energia que o Brasil inteiro consome hoje. Segundo a IEA, em 2030 o consumo global de energia elétrica por data centers deve ser equivalente ao consumo da Índia, o país mais populoso do mundo. E há situações locais ainda mais precárias. DAMNY: É o caso da Irlanda. Segundo reportagem do New York Times publicada em outubro passado, espera-se que o consumo de energia elétrica por data centers por lá represente pelo menos 30% do consumo total do país nos próximos anos. Mas porquê os datacenters consomem tanta energia? TAMARA: [ Então, particularmente com o tipo de IA que as empresas estão investindo agora, há uma necessidade de chips e GPUs muito mais poderosos, de modo que os data centers também são sobre prover energia o suficiente pra todo esse poder computacional que demandam o treinamento e uso de grandes modelos de linguagem. Os data centers são estruturas incrivelmente demandantes de energia e água. A água em geral serve para resfriar os servidores, então tem um número considerável de sistemas de cooling que usam água. Além disso tudo, você também precisa de fontes alternativas de energia, porque algumas vezes, uma infraestrutura tão demandante de energia precisa recorrer a geradores para garantir que o data center continue funcionando caso haja algum problema na rede elétrica. ] So, you know, particularly with the kinds of AI that companies are investing in right now, there’s a need for more powerful chips, GPUs, and so Data centers are also about providing enough energy and computational power for these powerful language models to be trained and then used. And so the data center also, you know, in part because it does require so much energy, and it’s just this incredibly energy-intensive thing, you also need water. And the water comes from having to cool the servers, and so… So there are a number of different cooling systems that use water. And then on top of that, you also need backup energy sources, so sometimes, because there’s such a draw on the power grid, you have to have backup generators to make sure that the data center can keep going if something happens with the grid. YAMA: E aqui a gente começa a entender o tamanho do problema. Os data centers são muitas vezes construídos em lugares que já sofrem com infraestruturas precárias de eletricidade e com a falta de água potável. Então eles criam problemas de escassez onde não havia e aprofundam essa escassez em locais onde isso já era uma grande questão – como a região metropolitana de Fortaleza sobre a qual falaremos no próximo episódio, que está em vias de receber um enorme data center do Tiktok. DAMNY: É o que também relatam os moradores de Querétaro, no México, que vivem na região dos data centers da Microsoft. A operação dos data centers da Microsoft gerou uma crise sem precedentes, com quedas frequentes de energia e o interrompimento do abastecimento de água que muitas vezes duram semanas. Os data-centers impactaram de tal forma as comunidades que escolas cancelaram aulas e, indiretamente, foram responsáveis por uma crise de gastroenterite entre crianças. YAMA: E isso nos leva pro segundo ponto. O consumo de água, minerais críticos e outros recursos naturais. TAMARA: [O problema da energia tem recebido mais atenção, porque é uma fonte de ansiedade também. Pensar sobre o aumento da demanda de energia em tempos em que supostamente estaríamos transicionando para deixar de usar energias fósseis, o que obviamente pode ter efeitos devastadores. Mas eu acredito que num nível mais local, o consumo de água é mais relevante. Nós temos grandes empresas indo às áreas rurais do México, por exemplo, e usando toda a água disponível e basicamente deixando as pessoas sem água. E isso é incrivelmente problemático. Então isso acontece em áreas que já tem problemas de abastecimento de água, onde as pessoas já não tem muito poder de negociação com as empresas. Não têm poder político pra isso. São lugares tratados como zonas de sacrifício, algo que já vimos muitas vezes no mundo, especialmente em territórios indígenas. Então as consequências são na verdade muito maiores do que só problemas relacionados à energia. ] I think the energy problem has probably gotten the most attention, just because it is a source of anxiety, too, so thinking about, you know, energy demand at a time when we’re supposed to be transitioning away from fossil fuels. And clearly, the effects that that can have will be devastating. But I think on a local level, things like the water consumption can matter more. So, you know, if we have tech companies moving into rural areas in Mexico and, you know, using up all of their water and basically preventing people in the town from having access to water. That is incredibly problematic. So I think, you know, in water-stressed areas and areas where the people living in a place don’t have as much negotiating power with the company. Don’t have as much political power, and especially if places are basically already treated as sacrifice zones, which we’ve seen repeatedly many places in the world, with Indigenous land in particular, you know, I think the consequences may go far beyond just thinking about, you know, the immediate kind of energy-related problems. YAMA: Existem pelo menos quatro fins que tornam os data centers máquinas de consumir água. O mais direto e local é a água utilizada na refrigeração de todo equipamento que ganha temperatura nas atividades de computação, o processo conhecido como cooling. Essa prática frequentemente utiliza água potável. Apesar de já ser extremamente relevante do ponto de vista de consumo, essa é apenas uma das formas de consumo abundante de água. DAMNY: Indiretamente, os data centers também consomem a água relacionada ao seu alto consumo de energia, em especial na geração de energia elétrica em usinas hidrelétricas e termelétricas. Também atrelada ao consumo energético, está o uso nas estações de tratamento de água, que visam tratar a água com resíduos gerada pelo data center para tentar reduzir a quantidade de água limpa utilizada. YAMA: Por fim, a cadeia de suprimentos de chips e servidores que compõem os data centers requer água ultrapura e gera resíduos químicos. Ainda que se saiba que esse fator gera gastos de água e emissões de carbono relevantes, os dados são super obscuros, entre outros motivos, porque a maioria dos dados que temos sobre o consumo de água em data centers são fornecidos pelas próprias empresas. CYNTHIA: A água e os minérios são componentes também basilares para as estruturas de datacenter, que são basilares para o funcionamento da inteligência artificial. (…). E tem toda uma questão, como eu disse muitas vezes, captura um volume gigante de água doce. E essa água que é retornada para o ecossistema, muitas vezes não é compensada da água que foi capturada. Só que as empresas também têm uma promessa em alguns relatórios, você vai ver que elas têm uma promessa até de chegar em algum ponto para devolver cento e vinte por cento da água. Então a empresa está se comprometendo a devolver mais água do que ela capturou. Só que a realidade é o quê? É outra. Então, a Google, por exemplo, nos últimos cinco anos, reportou um aumento de cento e setenta e sete por cento do uso de água. A Microsoft mais trinta e oito e a Amazon sequer reporta o volume de consumo de água. Então uma lacuna tremenda para uma empresa desse porte, considerando todo o setor de Data centers. Mas tem toda essa questão da água, que é muito preocupante, não só por capturar e o tratamento dela e como ela volta para o meio ambiente, mas porque há essa disputa também com territórios que têm uma subsistência muito específica de recursos naturais, então existe uma disputa aí por esse recurso natural entre comunidade e empreendimento. DAMNY: Nessa fala da Cynthia a gente observa duas coisas importantes: a primeira é que não existe data center sem água para resfriamento, de modo que o impacto local da instalação de um empreendimento desses é uma certeza irrefutável. E é um dano contínuo. Enquanto ele estiver em operação ele precisará da água. É como se uma cidade de grande porte chegasse de repente, demandando uma quantidade de água e energia que o local simplesmente não tem para oferecer. E na hora de escolher entre as pessoas e empreendimentos multimilionários, adivinha quem fica sem água e com a energia mais cara? YAMA: A segunda coisa importante que a Cynthia fala é quando ela nos chama a atenção sobre a demanda por recursos naturais. Nós sabemos que recursos naturais são escassos. Mais do que isso, recursos naturais advindos da mineração têm a sua própria forma de impactos sociais e ambientais, o que vemos frequentemente na Amazônia brasileira. O que acontecerá com os data centers quando os recursos naturais locais já não forem suficientes para seu melhor funcionamento? Diante de uma computação que passa por constante renovação pela velocidade da obsolescência, o que acontece com o grande volume de lixo eletrônico gerado por data centers? Perguntas que não têm resposta. DAMNY: A crise geopolítica em torno dos minerais conhecidos como terra-rara mostra a complexidade política e ambiental do futuro das IA do ponto de vista material e das suas cadeias de suprimento. No estudo feito pelo LAPIN, a Cynthia nos disse que considera que esse ponto do aumento da demanda por minerais críticos que as IA causam é um dos pontos mais opacos nas comunicações das grandes empresas de tecnologia sobre o impacto de seus data centers. CYNTHIA: E outro ponto de muita, muita lacuna, que eu acho que do nosso mapeamento, desses termos mais de recursos naturais. A cadeia de extração mineral foi o que mais foi opaco, porque, basicamente, as empresas não reportam nada sobre essa extração mineral e é muito crítico, porque a gente sabe que muitos minérios vêm também de zonas de conflito. Então as grandes empresas, pelo menos as três que a gente mapeou, elas têm ali um trechinho sobre uma prestação de contas da cadeia mineral. Tudo que elas fazem é falar que elas seguem um framework específico da OCDE sobre responsabilização. YAMA: Quando as empresas falam de usar energias limpas e de reciclar a água utilizada, eles estão se desvencilhando das responsabilidades sobre seus datacenters. Energia limpa não quer dizer ausência de impacto ambiental. Pras grandes empresas, as fontes de energia limpa servem para gerar excedente e não para substituir de fato energias fósseis. Você pode ter um data center usando majoritariamente energia solar no futuro, mas isso não muda o fato de que ele precisa funcionar 24/7 e as baterias e os geradores a diesel estarão sempre lá. Além disso, usinas de reciclagem de água, fazendas de energia solar e usinas eólicas também têm impactos socioambientais importantes. O uso de recursos verdes complexifica o problema de identificar os impactos locais e responsabilidades dos data centers, mas não resolve de nenhuma forma os problemas de infraestrutura e de fornecimento de água e energia causados pelos empreendimentos. DAMNY: É por isso que a gente alerta pra não comprar tão facilmente a história de que cada pergunta pro chatGPT gasta x litros de água. Se você não perguntar nada pro chatGPT hoje, ou se fizer 1000 perguntas, não vai mudar em absolutamente nada o alto consumo de água e os impactos locais destrutivos dos data centers que estão sendo instalados a todo vapor em toda a América Latina. A quantidade de dados e de computação que uma big tech usa para treinar seus modelos, por exemplo, jamais poderá ser equiparada ao consumo individual de chatbots. É como comparar as campanhas que te pedem pra fechar a torneira ao escovar os dentes, enquanto o agro gasta em minutos água que você não vai gastar na sua vida inteira. Em resumo, empresas como Google, Microsoft, Meta e Amazon só se responsabilizam pelos impactos diretamente causados por seus data centers e, mesmo assim, é uma responsabilização muito entre aspas, à base de greenwashing. Você já ouviu falar de greenwashing? CYNTHIA: Essa expressão em inglês nada mais é do que a tradução literal, que é o discurso verde. (…)É justamente o que a gente está conversando. É justamente quando uma empresa finge se preocupar com o meio ambiente para parecer sustentável, mas, na prática, as ações delas não trazem esses benefícios reais e, pelo contrário, às vezes trazem até danos para o meio ambiente. Então, na verdade, é uma forma até de manipular, ou até mesmo enganar as pessoas, os usuários daqueles sistemas ou serviços com discursos e campanhas com esses selos verdes, mas sem comprovar na prática. YAMA: Nesse contexto, se torna primordial que a gente tenha mais consciência de toda a infraestrutura material que está por trás da inteligência artificial. Como nos resumiu bem a Tamara: TAMARA: [ Eu acredito que ter noção da infraestrutura completa que envolve a cadeia da IA realmente ajuda a entender a situação. Mesmo que você esteja usando, supostamente, energia renovável para construir e operar um data center, você ainda vai precisar de muitos outros materiais, chips, minerais e outras coisas com suas próprias cadeias de suprimento. Ou seja, independente da forma de energia utilizada, você ainda vai causar dano às comunidades e destruição ambiental. ] But that… I think that is why having a sense of the entire AI supply chain is really helpful, just in terms of thinking about, you know, even if you’re, in theory, using renewable energy to build a data center, you still are relying on a lot of other materials, including chips, including minerals, and other things that. (…) We’re still, you know, possibly going to be harming communities and causing environmental disruption. [ tom baixo ] YAMA: Antes de a gente seguir pro último bloco, eu queria só dizer que a entrevista completa com a Dra. Tamara Kneese foi bem mais longa e publicada na íntegra no blog do GEICT. O link para a entrevista tá na descrição do episódio, mas se você preferir pode ir direto no bloco do GEICT. [ tom baixo ] VOICE OVER: BLOCO 3 – PROBLEMAS GLOBAIS, PROBLEMAS LOCAIS YAMA: Mesmo conhecendo as cadeias, as estratégias de greenwashing trazem um grande problema à tona, que é uma espécie de terceirização das responsabilidades. As empresas trazem medidas compensatórias que não diminuem em nada o impacto local dos seus data centers. Então tem uma classe de impactos que são globais, como as emissões de carbono e o aumento da demanda por minerais críticos, por exemplo. E globais no sentido de que eles são parte relevante dos impactos dos data centers, mas não estão impactando exatamente nos locais onde foram construídos. CYNTHIA: Google, por exemplo, nesse recorte que a gente fez da pesquisa dos últimos cinco anos, ela simplesmente reportou um aumento de emissão de carbono em setenta e três por cento. Não é pouca coisa. A Microsoft aumentou no escopo dois, que são as emissões indiretas, muito por conta de data centers, porque tem uma diferenciação por escopo, quando a gente fala de emissão de gases, a Microsoft, nesse período de cinco anos, ela quadruplicou o tanto que ela tem emitido. A Amazon aumentou mais de trinta por cento. Então a prática está mostrando que essas promessas estão muito longe de serem atingidas. Só que aí entra um contexto mais de narrativa. Por que elas têm falado e prometido a neutralidade de carbono? Porque há um mecanismo de compensação. (…) Então elas falam que estão correndo, correndo para atingir essa meta de neutralidade de carbono, mas muito por conta dos instrumentos de compensação, compensação ou de crédito de carbono ou, enfim, para uso de energias renováveis. Então se compra esse certificado, se fazem esses contratos, mas, na verdade, não está tendo uma redução de emissão. Está tendo uma compensação. (…) Essa compensação é um mecanismo financeiro, no final do dia. Porque, quando você, enquanto empresa, trabalha na compensação dos seus impactos ambientais e instrumentos contratuais, você está ignorando o impacto local. Então, se eu estou emitindo impactando aqui o Brasil, e estou comprando crédito de carbono em projetos em outra área, o impacto local do meu empreendimento está sendo ignorado. YAMA: E os impactos materiais locais continuam extremamente relevantes. Além do impacto nas infraestruturas locais de energia e de água sobre as quais a gente já falou, há muitas reclamações sobre a poluição do ar gerada pelos geradores, as luzes que nunca desligam e até mesmo a poluição sonora. A Tamara nos contou de um caso curioso de um surto de distúrbios de sono e de enxaqueca que tomou regiões de data centers nos Estados Unidos. TAMARA: [ Uma outra coisa que vale ser lembrada: as pessoas que vivem perto dos data centers tem nos contado que eles são super barulhentos, eles também relatam a poluição visual causada pelas luzes e a poluição sonora. Foi interessante ouvir de comunidades próximas a data centers de mineração de criptomoedas, por exemplo, que os moradores começaram a ter enxaquecas e distúrbios de sono por viverem próximos das instalações. E além de tudo isso, ainda tem a questão da poluição do ar, que é visível a olho nu. Há muitas partículas no ar onde há geradores movidos a diesel para garantir que a energia esteja sempre disponível. ] And the other thing is, you know, for people who live near them, they’re very loud, and so if you talk to people who live near data centers, they will talk about the light pollution, the noise pollution. And it’s been interesting, too, to hear from communities that are near crypto mining facilities, because they will complain of things like migraine headaches and sleep deprivation from living near the facilities. And, you know, the other thing is that the air pollution is quite noticeable. So there’s a lot of particulate matter, particularly in the case of using diesel-fueled backup generators as an energy stopgap. DAMNY: E do ponto de vista dos impactos locais, há um fator importantíssimo que não pode ser esquecido: território. Data centers podem ser gigantes, mas ocupam muito mais espaço que meramente seus prédios, porque sua cadeia de suprimentos demanda isso. Como a água e a energia chegarão até os prédios? Mesmo que sejam usados fontes renováveis de energia, onde serão instaladas as fazendas de energia solar ou as usinas de energia eólica e de tratamento de água? Onde a água contaminada e/ou tratada será descartada? Quem vai fiscalizar? YAMA: E essa demanda sem fim por território esbarra justamente nas questões de racismo ambiental. Porque os territórios que são sacrificados para que os empreendimentos possam funcionar, muito frequentemente, são onde vivem povos originários e populações marginalizadas. Aqui percebemos que a resistência local contra a instalação de data centers é, antes de qualquer coisa, uma questão de justiça ambiental. É o caso de South Memphis nos Estados Unidos, por exemplo. TAMARA: [ Pensando particularmente sobre os tipos de danos causados pelos data centers, não é somente a questão da conta de energia ficar mais cara, ou quantificar a quantidade de energia e água gasta por data centers específicos. A verdadeira questão, na minha opinião, é a relação que existe entre esses danos socioambientais, danos algorítmicos e o racismo ambiental e outras formas de impacto às comunidades que lidam com isso a nível local. Especialmente nos Estados Unidos, com todo esse histórico de supremacia branca e a falta de direitos civis, não é coincidência que locais onde estão comunidades negras, por exemplo, sejam escolhidos como zonas de sacrifício. As comunidades negras foram historicamente preferenciais para todo tipo de empreendimento que demanda sacrificar território, como estradas interestaduais, galpões da Amazon… quer dizer, os data centers são apenas a continuação dessa política histórica de racismo ambiental. E tudo isso se soma aos péssimos acordos feitos a nível local, onde um prefeito e outras lideranças governamentais pensam que estão recebendo algo de grande valor econômico. Em South Memphis, por exemplo, o data center é da xAI. Então você para pra refletir como essa plataforma incrivelmente racista ainda tem a audácia de poluir terras de comunidades negras ainda mais ] I think, the way of framing particular kinds of harm, so, you know, it’s not just about, you know, people’s energy bills going up, or, thinking about how we quantify the energy use or the water use of particular data centers, but really thinking about the relationship between a lot of those social harms and algorithmic harms and the environmental racism and other forms of embodied harms that communities are dealing with on that hyper-local level. And, you know, in this country, with its history of white supremacy and just general lack of civil rights, you know, a lot of the places where Black communities have traditionally been, tend to be, you know, the ones sacrificed for various types of development, like, you know, putting up interstates, putting up warehouses for Amazon and data centers are just a continuation of the what was already happening. And then you have a lot of crooked deals on the local level, where, you know, maybe a mayor and other local officials think that they’re getting something economically of value. In South Memphis, the data center is connected to x AI. And so thinking about this platform that is so racist and so incredibly harmful to Black communities, you know, anyway, and then has the audacity to actually pollute their land even more. DAMNY: Entrando na questão do racismo ambiental a gente se encaminha para o nosso segundo episódio, onde vamos tentar entender como o Brasil se insere na questão dos data centers e como diferentes setores da população estão se organizando para resistir. Antes de encerrar esse episódio, contudo, a gente traz brevemente pra conversa dois personagens que vão ser centrais no próximo episódio. YAMA: Eles nos ajudam a compreender como precisamos considerar a questão dos territórios ao avaliar os impactos. Uma dessas pessoas é a Andrea Camurça, do Instituto Terramar, que está lutando junto ao povo Anacé pelo direito de serem consultados sobre a construção de um data center do TIKTOK em seus territórios. Eu trago agora um trechinho dela falando sobre como mesmo medidas supostamente renováveis se tornam violações territoriais num contexto de racismo ambiental. ANDREA: A gente recebeu notícias agora, recentemente, inclusive ontem, que está previsto um mega empreendimento solar que vai ocupar isso mais para a região do Jaguaribe, que vai ocupar, em média, de equivalente a seiscentos campos de futebol. Então, o que isso representa é a perda de terra. É a perda de água. É a perda do território. É uma diversidade de danos aos povos e comunidades tradicionais que não são reconhecidos, são invisibilizados. Então é vendido como território sem gente, sendo que essas energias chegam dessa forma. Então, assim a gente precisa discutir sobre energias renováveis. A gente precisa discutir sobre soberania energética. A gente precisa discutir sobre soberania digital, sim, mas construída a partir da necessidade do local da soberania dessas populações. DAMNY: A outra pessoa que eu mencionei é uma liderança Indígena, o cacique Roberto Anacé. Fazendo uma ótima conexão que nos ajuda a perceber como os impactos globais e locais dos data centers estão conectados, ele observa como parecemos entrar num novo momento do colonialismo, onde a soberania digital e ambiental do Brasil volta a estar em risco, indo de encontro à violação de terras indígenas. CACIQUE ROBERTO: Há um risco para a questão da biodiversidade, da própria natureza da retirada da água, do aumento de energia, mas também não somente para o território da Serra, mas para todos que fazem uso dos dados. Ou quem expõe esses dados. Ninguém sabe da mão de quem vai ficar, quem vai controlar quem vai ordenar? E para que querem essa colonização? Eu chamo assim que é a forma que a gente tem essa colonização de dados. Acredito eu que a invasão do Brasil em mil e quinhentos foi de uma forma. Agora nós temos a invasão de nossas vidas, não somente para os indígenas, mas de todos, muitas vezes que fala muito bem, mas não sabe o que vai acontecer depois que esses dados estão guardados. Depois que esses dados vão ser utilizados, para que vão ser utilizados, então esses agravos. Ele é para além do território indígena na série. [ tom baixo ] [ Começa Bio Unit ] YAMA: A pesquisa, entrevistas e apresentação desse episódio foi feita pelo Damny Laya e por mim, Yama Chiodi. Eu também fiz o roteiro e a produção. Quem narrou a tradução das falas da Tamara foi Mayra Trinca. O Oxigênio é um podcast produzido pelos alunos do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp e colaboradores externos. Tem parceria com a Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp e apoio do Serviço de Auxílio ao Estudante, da Unicamp. Além disso, contamos com o apoio da FAPESP, que financia bolsas como a que nos apoia neste projeto de divulgação científica. DAMNY: A lista completa de créditos para os sons e músicas utilizados você encontra na descrição do episódio. Você encontra todos os episódios no site oxigenio.comciencia.br e na sua plataforma preferida. No Instagram e no Facebook você nos encontra como Oxigênio Podcast. Segue lá pra não perder nenhum episódio! Aproveite para deixar um comentário. [ Termina Bio Unit ] [ Vinheta Oxigênio ] Créditos: Aerial foi composta por Bio Unit; Documentary por Coma-Media. Ambas sob licença Creative Commons. Os sons de rolha e os loops de baixo são da biblioteca de loops do Garage Band. Roteiro, produção: Yama Chiodi Pesquisa: Yama Chiodi, Damny Laya Narração: Yama Chiodi, Danny Laya, Mayra Trinca Entrevistados: Tamara Kneese, Cynthia Picolo, Andrea Camurça e Cacique Roberto Anacé __________ Descendo a toca do coelho da IA: Data Centers e os Impactos Materiais da “Nuvem” – Uma entrevista com Tamara Kneese: https://www.blogs.unicamp.br/geict/2025/11/06/descendo-a-toca-do-coelho-da-ia-data-centers-e-os-impactos-materiais-da-nuvem-uma-entrevista-com-tamara-kneese/ Não somos quintal de data centers: Um estudo sobre os impactos socioambientais e climáticos dos data centers na América Latina: https://idec.org.br/publicacao/nao-somos-quintal-de-data-centers Outras referências e fontes consultadas: Relatórios técnicos e dados oficiais: IEA (2025), Energy and AI, IEA, Paris https://www.iea.org/reports/energy-and-ai, Licence: CC BY 4.0 “Inteligência Artificial e Data Centers: A Expansão Corporativa em Tensão com a Justiça Socioambiental”. Lapin. https://lapin.org.br/2025/08/11/confira-o-relatorio-inteligencia-artificial-e-data-centers-a-expansao-corporativa-em-tensao-com-a-justica-socioambiental/ Estudo de mercado sobre Power & Cooling de Data Centers. DCD – DATA CENTER DYNAMICS.https://media.datacenterdynamics.com/media/documents/Report_Power__Cooling_2025_PT.pdf Pílulas – Impactos ambientais da Inteligência Artificial. IPREC. https://ip.rec.br/publicacoes/pilulas-impactos-ambientais-da-inteligencia-artificial/ Policy Brief: IA, data centers e os impactos ambientais. IPREC https://ip.rec.br/wp-content/uploads/2025/05/Policy-Paper-IA-e-Data-Centers.pdf MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.318, DE 17 DE SETEMBRO DE 2025 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/medida-provisoria-n-1.318-de-17-de-setembro-de-2025-656851861 Infográfico sobre minerais críticos usados em Data Centers do Serviço de Geologia do Governo dos EUA https://www.usgs.gov/media/images/key-minerals-data-centers-infographic Notícias e reportagens: From Mexico to Ireland, Fury Mounts Over a Global A.I. Frenzy. Paul Mozur, Adam Satariano e Emiliano Rodríguez Mega. The New York Times, 20/10/2025. https://www.nytimes.com/2025/10/20/technology/ai-data-center-backlash-mexico-ireland.html Movimentos pedem ao MP fim de licença de data center no CE. Maristela Crispim, EcoNordeste. 25/08/2025. https://agenciaeconordeste.com.br/sustentabilidade/movimentos-pedem-ao-mp-fim-de-licenca-de-data-center-no-ce/#:~:text=’N%C3%A3o%20somos%20contra%20o%20progresso’&text=Para%20o%20cacique%20Roberto%20Anac%C3%A9,ao%20meio%20ambiente%E2%80%9D%2C%20finaliza. ChatGPT Is Everywhere — Why Aren’t We Talking About Its Environmental Costs? Lex McMenamin. Teen Vogue. https://www.teenvogue.com/story/chatgpt-is-everywhere-environmental-costs-oped Data centers no Nordeste, minérios na África, lucros no Vale do Silício. Le Monde Diplomatique, 11 jun. 2025. Accioly Filho. https://diplomatique.org.br/data-centers-no-nordeste-minerios-na-africa-lucros-no-vale-do-silicio/. The environmental footprint of data centers in the United States. Md Abu Bakar Siddik et al 2021 Environ. Res. Lett. 16064017: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1748-9326/abfba1 Tecnología en el desierto – El debate por los data centers y la crisis hídrica en Uruguay. MUTA, 30 nov. Soledad Acunã https://mutamag.com/cyberpunk/tecnologia-en-el-desierto/. Acesso em: 17 set. 2025. Las zonas oscuras de la evaluación ambiental que autorizó “a ciegas” el megaproyecto de Google en Cerrillos. CIPER Chile, 25 maio 2020. https://www.ciperchile.cl/2020/05/25/las-zonas-oscuras-de-la-evaluacion-ambiental-que-autorizo-aciegas-el-megaproyecto-de-google-en-cerrillos/. Acesso em: 17 set. 2025. Thirsty data centres spring up in water-poor Mexican town. Context, 6 set. 2024. https://www.context.news/ai/thirsty-data-centres-spring-up-in-water-poor-mexican-town BNDES lança linha de R$ 2 bilhões para data centers no Brasil. https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/industria/BNDES-lanca-linha-de-R$-2-bilhoes-para-data-centersno-Brasil/. Los centros de datos y sus costos ocultos en México, Chile, EE UU, Países Bajos y Sudáfrica. WIRED, 29 maio 2025. Anna Lagos https://es.wired.com/articulos/los-costos-ocultos-del-desarrollo-de-centros-de-datos-en-mexico-chile-ee-uu-paises-bajos-y-sudafrica Big Tech's data centres will take water from world's driest areas. Eleanor Gunn. SourceMaterial, 9 abr. 2025. https://www.source-material.org/amazon-microsoft-google-trump-data-centres-water-use/ Indígenas pedem que MP atue para derrubar licenciamento ambiental de data center do TikTok. Folha de S.Paulo, 26 ago. 2025. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/08/indigenas-pedem-que-mp-atue-para-derrubar-licenciamento-ambiental-de-data-center-do-tiktok.shtml The data center boom in the desert. MIT Technology Review https://www.technologyreview.com/2025/05/20/1116287/ai-data-centers-nevada-water-reno-computing-environmental-impact/ Conferências, artigos acadêmicos e jornalísticos: Why are Tech Oligarchs So Obsessed with Energy and What Does That Mean for Democracy? Tamara Kneese. Tech Policy Press. https://www.techpolicy.press/why-are-tech-oligarchs-so-obsessed-with-energy-and-what-does-that-mean-for-democracy/ Data Center Boom Risks Health of Already Vulnerable Communities. Cecilia Marrinan. Tech Policy Press. https://www.techpolicy.press/data-center-boom-risks-health-of-already-vulnerable-communities/ RARE/EARTH: The Geopolitics of Critical Minerals and the AI Supply Chain. https://www.youtube.com/watch?v=GxVM3cAxHfg Understanding AI with Data & Society / The Environmental Costs of AI Are Surging – What Now? https://www.youtube.com/watch?v=W4hQFR8Z7k0 IA e data centers: expansão corporativa em tensão com justiça socioambiental. Camila Cristina da Silva, Cynthia Picolo G. de Azevedo. https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/ia-regulacao-democracia/ia-e-data-centers-expansao-corporativa-em-tensao-com-justica-socioambiental LI, P.; YANG, J.; ISLAM, M. A.; REN, S. Making AI Less “Thirsty”: Uncovering and Addressing the Secret Water Footprint of AI Models. arXiv, 2304.03271, 26 mar. 2025. Disponível em: https://doi.org/10.48550/arXiv.2304.03271 LIU, Y.; WEI, X.; XIAO, J.; LIU, Z.;XU, Y.; TIAN, Y. Energy consumption and emission mitigation prediction based on data center traffic and PUE for global data centers. Global Energy Interconnection, v. 3, n.3, p. 272-282, 3 jun. 2020. https://doi.org/10.1016/j.gloei.2020.07.008 SIDDIK, M. A. B.; SHEHABI, A.; MARSTON, L. The environmental footprint of data centers in the United States. Environmental Research Letters, v. 16, n. 6, 21 maio 2021. https://doi.org/10.1088/1748-9326/abfba1 Las Mentiras de Microsoft en Chile: Una Empresa No tan Verde. Por Rodrigo Vallejos de Resistencia Socioambiental de Quilicura. Revista De Frente, 18 mar. 2022. https://www.revistadefrente.cl/las-mentiras-de-microsoft-en-chile-una-empresa-no-tan-verde-porrodrigo-vallejos-de-resistencia-socioambiental-de-quilicura/. Acesso em: 17 set. 2025.

Salão Verde
Retrospectiva socioambiental - 2025

Salão Verde

Play Episode Listen Later Dec 10, 2025


Folha no Ar 1 – Entrevista o Infectologista Nélio Artiles
Folha no Ar – Bernadete Vasconcellos Professora, publicitária, Diretora da revista Visão Socioambiental e Presidente do Instituto Socioambiental#2217

Folha no Ar 1 – Entrevista o Infectologista Nélio Artiles

Play Episode Listen Later Oct 13, 2025 77:57


XVIII Feira de Responsabilidade Socioambiental bacia de Campos Energia, desigualdades e justiça climática Ações do Istituto Visão Socioambiental

Rádio Assembleia - ALMG Novidades
Justiça socioambiental e mineração são temas de debate na ALMG

Rádio Assembleia - ALMG Novidades

Play Episode Listen Later Aug 6, 2025 2:17


O evento, nesta 2ª feira (11/8), reúne especialistas, autoridades públicas e movimentos sociais.

Arauto Repórter UNISC
Direto ao Ponto - Fabricio Ivan Kappel, Analista do Centro Socioambiental da Unisc

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later Aug 4, 2025 16:07


Fabricio Ivan Kappel, Analista do Centro Socioambiental da Unisc, falou no Direto ao Ponto da participação da Unisc no programa estadual Reflora.

Assunto Nosso
Direto ao Ponto - Fabricio Ivan Kappel, Analista do Centro Socioambiental da Unisc

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later Aug 4, 2025 16:07


Fabricio Ivan Kappel, Analista do Centro Socioambiental da Unisc, falou no Direto ao Ponto da participação da Unisc no programa estadual Reflora.

NA BOA
EP 78 | NUU, É MUITO IMPACTO SOCIOAMBIENTAL

NA BOA

Play Episode Listen Later Jul 3, 2025 46:14


A NUU Alimentos é uma empresa que vem se destacando por unir propósito, inovação e responsabilidade socioambiental em sua forma de comunicar e se posicionar no mercado. Mas como a comunicação pode ser uma aliada da sustentabilidade e das práticas ESG? Nessa conversa com a Mariana Weber, head de marketing da empresa, falamos sobre os desafios e as oportunidades de integrar os valores sustentáveis à comunicação de marca.Referências: @ nuu_alimentos nuualimentos.com.brProdução: Wepod

Rádio PT
[Tv Elas Por Elas] - 21/06 | Resumo das aulas da semana

Rádio PT

Play Episode Listen Later Jun 21, 2025 27:27


Hoje é sábado (21) e temos um resumo especial dos pontos mais importantes da semana, em que discutimos sobre “Território, Alimentação e Justiça Socioambiental”.Contamos com as participações de:Rebeca Benevides - professora de História e faixa preta de Jiu-Jitsu. Leonice Aparecida Mourad, professora Associada da Universidade Federal de Santa MariaZeth Marques - Secretária executiva e articuladora da rede Jirau de Agroecologia.

Expresso de las Diez
FICG Cine Socioambiental, Naturaleza, Justicia, Derechos humanos y Urbanización - El Expresso de las 10 - Ma. 10 Junio 2025

Expresso de las Diez

Play Episode Listen Later Jun 10, 2025


Organizado por el Museo de Ciencias Ambientales del Centro Cultural Universitario y el Festival Internacional de Cine en Guadalajara, el Premio de Cine Socioambiental contempla largometrajes internacionales de ficción y documental que exploran las complejas relaciones que transforman la naturaleza y están asociadas a procesos de justicia, derechos humanos y urbanización. El Premio de Cine Socioambiental coordinado por el Museo de Ciencias Ambientales proyecta desde hace 17 años lo mejor del cine socioambiental del mundo y escucha en este podcast de El Expresso de las 10 los detalles desde el Conjunto Santander de Artes Escénicas con la compañía de Víctor González Quintanilla, Coordinador de Vinculación y Divulgación científica del Museo de Ciencias Ambientales, Parte del equipo coordinador del “El Premio de Cine Socioambiental” y Fito Castillo, Curador de las películas en competencia del Premio de Cine Socioambiental.

Novedades CLACSO
Transiciones extractivistas Episodio 2. Conflictividad socioambiental

Novedades CLACSO

Play Episode Listen Later Apr 11, 2025 5:02


Serie de podcasts producidos por el Centro Miembro CLACSO “Facultad de Ciencias Políticas y Sociales – FCPyS/UNAM – Universidad Nacional Autónoma de México” sobre el tema “Transiciones (in)justas: una genealogía de la conflictividad socioambiental en América Latina”.El equipo integrado por Raúl Anthony Olmedo Neri, Marx José Gómez Liendo, Carlos Escudero, Marhylda Victoria Rivero Corona, Adriana P. Gómez Bonillay Norma Angélica Rico Montoya resultó uno de los ganadores de la Convocatoria de Investigación lanzada por CLACSO sobre “Conflictos socioambientales y transiciones justas en el siglo XXI”.La temática abordada forma parte de la Plataforma para el Diálogo Social “Ambiente, cambio climático y desarrollo social”.https://www.clacso.org/plataformas-para-el-dialogo-social/

O Tempo Virou
#63 Especial Expedição Katerre - Turismo Socioambiental, com Ruy Carlos Tone

O Tempo Virou

Play Episode Listen Later Apr 1, 2025 21:06


Sim, é isso mesmo que vocês estão vendo! Episódio especial de O Tempo Virou direto da Amazônia, no Parque Nacional de Anavilhanas – o segundo maior arquipélago fluvial do mundo. Nossa equipe embarcou na Expedição Katerre, uma travessia imersiva de cinco dias pelo Rio Negro.Hoje e na próxima terça, lançamos dois episódios gravados por lá. No primeiro, conversamos com Ruy Carlos Tone, idealizador da expedição, sobre a importância do turismo socioambiental.No primeiro episódio, conversamos com Ruy Carlos Tone, idealizador da expedição, sobre a importância do turismo socioambiental como alternativa ao turismo privatista e predatório.

Rádio Senado Entrevista
Assessora do Instituto Socioambiental destaca os 30 anos da instituição

Rádio Senado Entrevista

Play Episode Listen Later Apr 1, 2025 10:55


O Instituto Socioambiental  (ISA) é uma OSCIP entre as mais atuantes na área de meio ambiente em nosso país. Os 30 anos do ISA são o tema de uma exposição que vai ser aberta nesta terça-feira (1º), em Brasília. O jornalista Cesar Mendes conversou com a secretária executiva do ISA, Adriana Ramos, especialista em política ambiental e coordenadora do Observatório do Clima. Adriana fala sobre os 30 anos e explica a atuação diferenciada do Instituto, que trabalha junto às comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas para desenvolver soluções que protejam seus territórios, fortaleçam sua cultura e saberes tradicionais, elevem seu perfil político e desenvolvam economias sustentáveis. Além disso, o ISA acompanha as políticas públicas no âmbito do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, mapeando impactos e direitos coletivos dessas comunidades. Acompanhe a entrevista. *Serviço: A exposição no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, em Brasília, ficará aberta a visitação até o dia 22 de abril.

Noticentro
Álvaro Obregón busca recuperar 15 barrancas

Noticentro

Play Episode Listen Later Mar 23, 2025 1:45


Claudia Sheinbaum encabeza el arranque del saneamiento del Río AtoyacEn Sinaloa inician la limpieza de los ríos de la entidadFuerzas militares israelíes ejecutan bombardeos contra el sur del LíbanoMás información en nuestro Podcast

ECOEM
"Cidades inteligentes: caminhos para a inclusão socioambiental em centros urbanos e periurbanos na região do Sisal - Bahia através da agroecologia"

ECOEM

Play Episode Listen Later Mar 15, 2025 10:46


Rádio Assembleia - ALMG Novidades
Sempre Vivas - Maior presença feminina em locais de decisão socioambiental é necessidade urgente

Rádio Assembleia - ALMG Novidades

Play Episode Listen Later Mar 13, 2025 4:49


Segundo especialistas, uma alternativa é formar mulheres para atuarem em defesa dos territórios e nos espaços de poder.

Dialogando con CoopERA
76. La Red Comunitaria de Agua ¿Espacio de transformación socioambiental y solidario?

Dialogando con CoopERA

Play Episode Listen Later Feb 5, 2025 32:46


En esta ocasión compartimos iniciativas y recursos que atienden la sostenibilidad del agua, los ecosistemas hídricos y la justicia del agua. En el episodio #76 nos acompañan Alejandro Torres-Abreu Investigador Asociado del Instituto Transdisciplinario de Investigación y Acción Social de UPR Recinto Universitario de Humacao y a la profesora catedrática jubilada de la Facultad de Estudios Generales UPRRP Nilsa Medina, ambos líderes de estas iniciativas relacionadas con la justicia del agua y el activismo de la ciudadanía para la conservación de estos ecosistemas.  Algunos enlaces a los recurlsos que se mencionan en el episodio. Página Web del Estuario de la Bahía de San Juan Guía formativa para la justicia hídrica Página Web del Instituto Transdiciplinario de investigación y acción social (ITIAS) email contacto con Alejandro Torres: itias.uprh@upr.edu   ODS 6  Garantizar la disponibilidad y la gestión del agua sostenible y saneamiento,   Para contactarse con CoopERA puede escribir a @coopera.coop

Notícias Agrícolas - Podcasts
Produção de cacau selvagem proporciona renda socioambiental para comunidades da Amazônia

Notícias Agrícolas - Podcasts

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 25:08


Primeira fábrica de chocolate do Amazonas e de chocolate orgânico do Norte do país tem como missão desenvolver a economia local

Salão Verde
Retrospectiva socioambiental - 2024

Salão Verde

Play Episode Listen Later Dec 18, 2024


Paracatu Rural - Jornal do agronegócio
Fundo Socioambiental CAIXA selecionará 400 entidades para receber até R$100 mil cada.

Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

Play Episode Listen Later Nov 4, 2024 12:36


Já estão abertas as inscrições para entidades interessadas em obter recursos do Fundo Socioambiental (FSA) CAIXA, por meio do projeto Teia da Sociobiodiversidade, parceria do banco público com o Fundo Casa Socioambiental. Na primeira chamada, divulgada durante a COP16, pretende-se selecionar 200 organizações que receberão até 100 mil reais cada, alcançando até R$ 20 milhões. Para participar, os interessados podem entrar no site do Fundo Casa e ler as orientações. As inscrições podem ser feitas até 16 de dezembro de 2024. O próximo edital será lançado em 2025.

Programa Bem Viver
Tereza Campello: maior desafio do BNDES é lutar contra uma parte da elite que quer o Brasil pequeno

Programa Bem Viver

Play Episode Listen Later Oct 21, 2024 60:07


Há 10 anos, quando o Brasil recebia o reconhecimento por parte das Nações Unidas (ONU) de ter saído do Mapa da Fome, foi a então ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, quem recebeu o título em nome do país. Hoje, diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Campello está confiante que […] O post Tereza Campello: maior desafio do BNDES é lutar contra uma parte da elite que quer o Brasil pequeno apareceu primeiro em Rádio Brasil de Fato.

UFOP CAST
FRUTOS DA EXTENSÃO: Economia Solidária e Gestão Socioambiental - Assessoria Sociotécnico à Associação dos Trabalhadores de Limpeza e Materiais Recicláveis de João Monlevade

UFOP CAST

Play Episode Listen Later Sep 25, 2024 5:57


O Projeto de Extensão “Economia Solidária e Gestão Socioambiental: Assessoria Sociotécnico à Associação dos Trabalhadores de Limpeza e Materiais Recicláveis de João Monlevade – Atlimarjom” se empenha em assessorar e transformar a Associação de Trabalhadores de Limpeza e Materiais Recicláveis de João Monlevade (Atlimarjom) em aspectos: organizacional, produtivo, econômico, político e socioambiental. O projeto combina um embasamento teórico robusto com práticas técnicas e um diálogo contínuo, através de visitas e reuniões online, para identificar e implementar melhorias. Utilizando ferramentas de gestão e tecnologias digitais, o programa busca capacitar os associados a operar com autonomia e consciência, promovendo um futuro mais sustentável e eficaz para a Associação.  Ficha Técnica Produção: Larissa Antunes Edição de Texto: Elis Cristina Edição de áudio e sonoplastia: Eduardo Rodrigues e Gabriel Pedrosa

Assunto Nosso
Direto ao Ponto - Bruno Deprá, Analista do Centro Socioambiental, e Patrik Wiesel, Biólogo

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later Sep 13, 2024 19:04


Analista do Centro Socioambiental e professor da Unisc, Bruno Deprá, e o biólogo, Patrik Wiesel, foram entrevistados no programa Direto ao Ponto desta sexta-feira. Em pauta, o monitoramento de queimadas com auxílio de recursos tecnológicos. A conversa, na íntegra, está disponível no Spotify do Grupo Arauto.

Arauto Repórter UNISC
Direto ao Ponto - Bruno Deprá, Analista do Centro Socioambiental, e Patrik Wiesel, Biólogo

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later Sep 13, 2024 19:04


Analista do Centro Socioambiental e professor da Unisc, Bruno Deprá, e o biólogo, Patrik Wiesel, foram entrevistados no programa Direto ao Ponto desta sexta-feira. Em pauta, o monitoramento de queimadas com auxílio de recursos tecnológicos. A conversa, na íntegra, está disponível no Spotify do Grupo Arauto.

Caverna do Morcego
A luta antineoliberal e socioambiental no Chile - Movimento pela água e pelo território - Parte 8 (T03E16)

Caverna do Morcego

Play Episode Listen Later Sep 13, 2024 21:10


A luta antineoliberal e socioambiental, pela defesa dos territórios e construção de novos mundos.As entrevistas de Jaime Bassa e Francisca Pancha Fernandéz nos ajudam a conectar o descontentamento com o neoliberalismo e a perspectiva de resgate socioambiental enquanto transversais, que dialogam com as defesas dos territórios e as lutas contra as opressões e a exploração..Livros referenciado:Chile em chamas - a revolta antineoliberal. Editora elefante..Drive das leituras (Roteiro disponibilizado no drive sobre a terceira temporada):https://mega.nz/folder/UYNwQZZS#rCNoahoz13hVy7Elyc4Ymg.CUPONS DE DESCONTO:#MorcegoNaAutonomia (cupom de desconto de 20% nos livros da Autonomia Literária) - https://autonomialiteraria.com.br/loja/.Não se esqueça de nos seguir nas redes sociais para ficar sempre por dentro dos nossos conteúdos:.Instagram: @morcego_marcos_BlueSky: marcosmorcego@bsky.socialYoutube: https://www.youtube.com/livescavernadomorcegoTwitch: twitch.tv/cavernamorcego.Colabore com a Caverna do Morcego, seja um apoiador:Apoio coletivo:apoia.se/cavernamorcegopicpay: @ marcos.morcegopix e email de contato: podcastmorcego@gmail.com.Equipe:Roteiro/edição : Marcos MorcegoVoz/Postagem: Marcos MorcegoCapa: Geovane Monteiro / @geovanemonteiro.bsky.social / @geovanedesenheiro

Arauto Repórter UNISC
Assunto Nosso - Paulo Theisen, Coordenador Centro Socioambiental Unisc, e equipes

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later Sep 9, 2024 25:28


Paulo Theisen, Coordenador Centro Socioambiental- Unisc , Ricardo Konzen Coord. Câmara setorial de Meio Ambiente Cisvale, e Ubirajara de Almeida Conselheiro do COMDEMA, participaram do assunto nosso dessa segunda, e comentaram sobre o primeiro seminário Drenagem Adaptada à Nova Realidade e outras questões ambientais.

Assunto Nosso
Assunto Nosso - Paulo Theisen, Coordenador Centro Socioambiental Unisc, e equipes

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later Sep 9, 2024 25:28


Paulo Theisen, Coordenador Centro Socioambiental- Unisc , Ricardo Konzen Coord. Câmara setorial de Meio Ambiente Cisvale, e Ubirajara de Almeida Conselheiro do COMDEMA, participaram do assunto nosso dessa segunda, e comentaram sobre o primeiro seminário Drenagem Adaptada à Nova Realidade e outras questões ambientais.

Uerj Entrevista - Radio UERJ
12ª Temporada Episódio 05 - Sustentabilidade socioambiental dos municípios e projetos do Ceads

Uerj Entrevista - Radio UERJ

Play Episode Listen Later Aug 27, 2024 19:06


Neste episódio, Gabrielle Novello conversa com Sonia Barbosa, do Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes (Ibrag) da Uerj, sobre sustentabilidade socioambiental dos municípios e projetos desenvolvidos no Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (Ceads) da Universidade. (T. 12 – Ep. 5 – 26/8/2024)

Nóz da Nutrição
#114 Papo Feito – Projeto Cozinha com Amor

Nóz da Nutrição

Play Episode Listen Later Aug 21, 2024 51:21


Entrevista com Cristiani de Lima Neste novo episódio conversamos com a Nutricionista Cristiani de Lima (Tiani), falamos um pouco da sua jornada da Psicologia para Nutrição, porém principalmente sobre o protejo de distribuição de marmitas veganas para pessoas em situação de vulnerabilidade na cidade de Campo Bom, o Cozinha do Amor. Ps. A Tiani também está no episódio Veganismo na Berlinda 🤝 Compartilhe com quem pode se beneficiar desse conhecimento e ajude a disseminar informações de qualidade! Sobre a entrevistada Cristiani de Lima Nutricionista desde 2018, formada pela Universidade Feevale. Atuo com nutrição clínica, atendimentos on-line e foco na nutrição gentil e abordagem comportamental. Atendo pacientes vegetarianos, veganos e simpatizantes.Tenho especialização em nutrição vegetariana pela Plenitude e sou mestra em Qualidade Ambiental pela Universidade Feevale No momento sou extensionista voluntária dos projetos: EducaAção Socioambiental na Bacia do Rio dos Sinos da Universidade Feevale e Valorização dos Saberes e Fazeres Locais: artesanato e produção de alimentos da Universidade Feevale.Sou uma das coordenadoras do Cozinha do Amor, em Campo Bom/ RS, onde desde maio de 2021, distribuímos todas as quintas 165 marmitas veganas a população em vulnerabilidade.Instagram: @tiani_nutriveg Indicações Indicações: Cristiani de Lima Instagram - @tiani_nutriveg Instagram - Associação Espirita de Campo Bom Fonte de Luz PIX - 51980594357 - Colocar doação para marmita e mandar comprovante para Instagram da Cristiani Gabriela Carniel Cozinha Solidária - https://www.instagram.com/cozinhasolidariars/ Pablo Couto Inquérito da Rede Penssan - www.olheparaafome.com.br Acesse também nossos episódios mais recentes: Contatocontato@nozdanutricao.com.br InstagramTiktokTwitterFacebookLinkedin Equipe Produção: Thaiana Lindemann e Gabriela CarnielEdição: Pablo CoutoPublicação: Pablo CoutoArte de capa e redes sociais: Thaiana Lindemann

Pasadas por alto
¿Qué tiene que ver? - ¿Qué tiene que ver la crisis socioambiental con el derecho a la energía?

Pasadas por alto

Play Episode Listen Later Aug 14, 2024 18:14


Mel Alfonso pasa por Pasadas para hablar de los tarifazos de luz y servicios energéticos: ¿más por menos calidad? Si el mundo está en una crisis energética, ¿qué vamos a hacer para salir de esta?

Podcasts sobre o Terceiro Setor
Conecta com Leonardo Letelier | Investimentos de impacto socioambiental positivo

Podcasts sobre o Terceiro Setor

Play Episode Listen Later Jul 25, 2024 48:42


Em mais esta edição do Conecta Terceiro Setor, vamos conversar sobre investimentos de alto impacto socioambiental positivo. Vamos aprender com Leonardo Letelier, CEO da Sitawi, quais as tendências deste tipo de investimento e como isso impacta diretamente as Organizações do Terceiro Setor. Acompanhe, curta e compartilhe esta edição e aprenda ainda mais sobre o Terceiro Setor.

A Voz do Brasil
Relator aponta impunidade e falhas na reparação do crime socioambiental de Brumadinho

A Voz do Brasil

Play Episode Listen Later Jul 18, 2024


Radioagência
Relator aponta impunidade e falhas na reparação do crime socioambiental de Brumadinho

Radioagência

Play Episode Listen Later Jul 17, 2024


SENTA DIREITO GAROTA!
#154 • COMUNICADORA SOCIOAMBIENTAL | Com Laila Zaid

SENTA DIREITO GAROTA!

Play Episode Listen Later Jul 12, 2024 55:14


Nesse episódio Juliana Amador conversa com Laila Zaid, atriz e comunicadora socioambiental. Laila conta sobre sua trajetória pessoal e profissional, o sucesso muito jovem na tv, sua paixão e interesse pela preservação da natureza e como isso a colocou hoje nessa posição de influenciadora “do bem”. Esse programa é completamente independente e precisa muito da colaboração de vcs para seguir nessa luta incansável, vem apoiar a gente para ampliar as vozes de diversas mulheres. ✅ APOIA-SE: https://apoia.se/sentadireitogarota ✅ FACEBOOK: https://www.facebook.com/profile.php?id=61558474657149 ✅ INSTAGRAM: https://www.instagram.com/sentadireitogarota/?hl=pt ✅ TIKTOK: https://www.tiktok.com/@sentadireitogarota?_t=8nYG2q5V72L&_r=1 @sentadireitogarota @jujuamador @lailazaid #podcast #podcastbrasil #videocasting #videocast #PodcastFeminista #Feminismo #Antirracismo #FeminismoInterseccional #EmpoderamentoFeminino #MulheresPodcasters #PodcastsDeEsquerda #JustiçaSocial #IgualdadeDeGênero #ResistênciaFeminista #MovimentosSociais #Diversidade #Inclusão #EquidadeRacial #VozesFemininas #MulheresNoPodcast #LutaAntirracista #PolíticaDeEsquerda #FeministasUnidas #HistóriasDeMulheres #Feminismo #Antirracismo #FeminismoInterseccional #JustiçaSocial #EmpoderamentoFeminino #DireitosDasMulheres #IgualdadeDeGênero #LutaAntirracista #PolíticaDeEsquerda #MovimentosSociais #Diversidade #Inclusão #EquidadeRacial #FeministasUnidas #ResistênciaFeminista #fofoca #fofocas #fofocasdosfamosos

Pasadas por alto
¿Qué tiene que ver? - ¿Qué tiene que ver el fallo Mendoza con la crisis socioambiental?

Pasadas por alto

Play Episode Listen Later Jul 11, 2024 18:05


El lunes se cumplieron 16 años del fallo Mendoza que avala el saneamiento y la restauración de la Cuenca Matanza-Riachuelo. ¿Qué es este fallo? ¿Por qué es importante? Charlamos con Mel Alfonso, @_mel.alfonso, sobre el problema socioambiental que impacta directamente en la calidad de vida de las personas que han vivido en sus orillas. ¿Cuál es la situación actual?

Medo e Delírio em Brasília
II – Dias 440 a 443 | “O maior desastre socioambiental em curso em área urbana no mundo” | 16 a 19/03/24

Medo e Delírio em Brasília

Play Episode Listen Later Mar 22, 2024 85:21


60 anos do Golpe; Bananinha e Carlinhos Truque; Maceió e a Braskem. The post II – Dias 440 a 443 | “O maior desastre socioambiental em curso em área urbana no mundo” | 16 a 19/03/24 appeared first on Central 3.

Rádio PT
BOLETIM | Governo Lula anuncia R$ 150 milhões para o Programa Cisternas na Amazônia

Rádio PT

Play Episode Listen Later Mar 15, 2024 5:31


O investimento vai atender 4,6 mil famílias de baixa renda que vivem em áreas rurais. A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, explica como será o projeto que vai permitir acesso à água de qualidade.  Sonora:  Tereza Campello (Diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) [1'18''] / [1'02''] / [39'']

Rádio PT

No Jornal PT Brasil, Amanda Guerra entrevistou Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, que falou sobre o Programa Cisternas na Amazônia.

Expresso de las Diez
PREMIO DE CINE SOCIOAMBIENTAL Y CONCURSO INTERNACIONAL DE CORTOMETRAJES “EXPERIENCIAS DE TRANSFORMACIÓN SOCIOAMBIENTAL: ALTERNATIVAS PARA UN MUNDO DEL MAÑANA”. - El Expresso de las 10 - Mi. 07 jun 2023

Expresso de las Diez

Play Episode Listen Later Jun 7, 2023


El Premio de Cine Socioambiental del Festival Internacional de Cine en Guadalajara tiene como objetivo la promoción y proyección de películas que combinan naturaleza, ecología y justicia social y como cada año en El Expresso de las 10 recibimos a los protagonistas del ahora PREMIO de Cine Socioambiental. Escucha en este podcast a Víctor González Quintanilla, Coordinador de Vinculación y Divulgación Científica del Museo de Ciencias Ambientales de la UDG y Paola Rodas, Cineasta y antropóloga visual ecuatoriana. Directora de la película “Ciudad a la espalda”, que participa por el Premio de Cine Socioambiental. Además en la segunda parte del programa escucha las voces de Ann-Kathrin Volmer, Coordinadora científica del Laboratorio de conocimiento “El Antropoceno como crisis múltiple: perspectivas latinoamericanas” del Centro María Sibylla Merian de Estudios Latinoamericanos Avanzados (CALAS) y Fernanda Souza, Miembro del comité de selección del concurso internacional de cortometrajes “Experiencias de transformación socioambiental: alternativas para un mundo del mañana”.

Expresso de las Diez
PREMIO DE CINE SOCIOAMBIENTAL Y CONCURSO INTERNACIONAL DE CORTOMETRAJES “EXPERIENCIAS DE TRANSFORMACIÓN SOCIOAMBIENTAL: ALTERNATIVAS PARA UN MUNDO DEL MAÑANA”. - El Expresso de las 10 - Mi. 07 jun 2023

Expresso de las Diez

Play Episode Listen Later Jun 7, 2023


El Premio de Cine Socioambiental del Festival Internacional de Cine en Guadalajara tiene como objetivo la promoción y proyección de películas que combinan naturaleza, ecología y justicia social y como cada año en El Expresso de las 10 recibimos a los protagonistas del ahora PREMIO de Cine Socioambiental. Escucha en este podcast a Víctor González Quintanilla, Coordinador de Vinculación y Divulgación Científica del Museo de Ciencias Ambientales de la UDG y Paola Rodas, Cineasta y antropóloga visual ecuatoriana. Directora de la película “Ciudad a la espalda”, que participa por el Premio de Cine Socioambiental. Además en la segunda parte del programa escucha las voces de Ann-Kathrin Volmer, Coordinadora científica del Laboratorio de conocimiento “El Antropoceno como crisis múltiple: perspectivas latinoamericanas” del Centro María Sibylla Merian de Estudios Latinoamericanos Avanzados (CALAS) y Fernanda Souza, Miembro del comité de selección del concurso internacional de cortometrajes “Experiencias de transformación socioambiental: alternativas para un mundo del mañana”.

Expresso de las Diez
PREMIO DE CINE SOCIOAMBIENTAL Y CONCURSO INTERNACIONAL DE CORTOMETRAJES “EXPERIENCIAS DE TRANSFORMACIÓN SOCIOAMBIENTAL: ALTERNATIVAS PARA UN MUNDO DEL MAÑANA”. – El Expresso de las 10 – Mi. 07 jun 2023

Expresso de las Diez

Play Episode Listen Later Jun 7, 2023 55:00


El Premio de Cine Socioambiental del Festival Internacional de Cine en Guadalajara tiene como objetivo la promoción y proyección de películas que combinan naturaleza, ecología y justicia social y como cada año en El Expresso de las 10 recibimos a los protagonistas del ahora PREMIO de Cine Socioambiental. Escucha en este podcast a Víctor González […] La entrada PREMIO DE CINE SOCIOAMBIENTAL Y CONCURSO INTERNACIONAL DE CORTOMETRAJES “EXPERIENCIAS DE TRANSFORMACIÓN SOCIOAMBIENTAL: ALTERNATIVAS PARA UN MUNDO DEL MAÑANA”. – El Expresso de las 10 – Mi. 07 jun 2023 se publicó primero en UDG TV.

Rádio PT
ENTREVISTA | Tereza Campello, diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – 22-05-23

Rádio PT

Play Episode Listen Later May 22, 2023 12:53


No Jornal PT Brasil, Amanda Guerra entrevistou Tereza Campello, diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que sobre o seminário ‘Empoderamento Negro para Transformação da Economia' que o banco promoverá na terça-feira 23/05.

Meio Ambiente
Com controle deficiente, energia eólica vira ameaça socioambiental no Brasil

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Apr 20, 2023 29:05


A expansão na energia eólica no Brasil foi tão rápida que a maioria dos brasileiros ignora que o país já é sexto maior produtor desta fonte renovável, louvada pela capacidade de redução das emissões de gases de efeito estufa. Mas o que muita gente também não sabe é que a instalação disseminada de usinas eólicas pelo Nordeste tem sido fonte de dor de cabeça para populações locais e ambientalistas, além de uma ameaça para os ecossistemas, principalmente no bioma da Caatinga. O setor disparou nos últimos 15 anos, quando o Brasil acordou para o potencial dos seus ventos e enquanto o mundo buscava fontes de energia menos prejudiciais ao planeta. Em pouco tempo, mais de 870 parques eólicos foram espalhados em 12 Estados, com capacidade instalada de geração de 24,1GW, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). A entidade estima um potencial de 1,5 mil GW, para esta que já é responsável pela segunda maior produção de energia no país, atrás apenas das hidrelétricas, com 12% de participação na matriz nacional.Em teoria, esse resultado seria motivo de orgulho nacional – reivindicado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em busca de outro foco ambiental para além da Amazônia, e agora igualmente estimulado pela equipe de Lula. O assunto esteve na pauta das negociações na recente viagem do petista à China.Projeto de companhia francesa embargado na BahiaMas o embargo, nesta semana, da megaobra de instalação de um complexo eólico em Canudos, na Bahia, sinaliza que os ventos não estão tão favoráveis assim – pelo menos não do ponto de vista ambiental. A Justiça estadual suspendeu as licenças de instalação e de operação da usina, um projeto da companhia francesa Voltalia, uma das gigantes do setor.Autores da ação, os Ministérios Públicos Estadual e Federal no Estado deram voz a comunidades locais preocupadas com o impacto do complexo na fauna e na vegetação, a exemplo do que já vem se repetindo em outros Estados da região, como Rio Grande do Norte e Ceará. As promotorias alegaram irregularidades na concessão da licença pelo órgão estadual, incluindo a ausência de um Estudo de Impacto Ambiental.Consultado pelo MPE e o MPF, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), indicou que existem riscos de colisão de aves ameaçadas de extinção dos animais com as hélices do parque eólico e de eletrocussão com as redes de transmissão de energia. Entre as espécies, está a arara-azul-de-lear, cujos deslocamentos abrangem três locais onde a usina deveria ser instalada, a Serra Branca, a Estação Biológica de Canudos e a Fazenda Barreiras.O pesquisador Felipe Pimentel Lopes de Melo, chefe do Laboratório de Ecologia Aplicada da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é um dos que acompanham este tema há vários anos. "Sem dúvida alguma é uma vitória. As empresas jogam com a fragilidade do licenciamento que se dá, na maior parte das vezes, no nível estadual. Só que os Estados brasileiros não têm a mesma capacidade de fiscalização e licenciamento que o governo federal”, explica. "A gente sabe que a equipe ambiental dos Estados muitas vezes é pequena, com baixa capacidade técnica, infelizmente, além de estarem muito mais sujeitas a influências políticas e influências de ordem pouco republicanas, digamos.”A Voltalia afirma que ter realizado "uma avaliação de risco baseada na observação do comportamento da arara-azul-de-lear em campo por tempo superior ao recomendado pelas melhores práticas internacionais, que concluiu que o risco dos parques eólicos para a conservação da espécie é nulo". Por meio de nota enviada à RFI, a companhia informa que será apresentada defesa na ação civil pública, demostrando a regularidade do processo de licenciamento ambiental dos Parques Eólicos Canudos I e II e que é "indevida" a suspensão das licenças ambientais concedidas.Baixo impacto ambiental é questionadoMelo indica que, desde o início da atividade no país, nos anos 1990, os parques eólicos são considerados empreendimentos de baixo impacto ambiental, uma regra que jamais foi atualizada depois. Esse enquadramento leva as empresas a precisarem apresentar apenas Relatórios Ambientais Simplificados para solicitar licenciamento, e não estudos mais detalhados."Ninguém entende a energia eólica como uma inimiga do ambiente – muito pelo contrário. Ela é uma das cartas na manga da agenda de mudanças climáticas, para uma economia de menos impacto e baixo carbono", avalia o professor. "No entanto, a gente entende que ela é também um negócio muito lucrativo, em que as empresas agem, muitas vezes, como empresas clássicas do mundo capitalista, tentando minimizar ao máximo os seus custos”, aponta o pesquisador.Assim, continuam a ser ignorados diversos efeitos negativos da instalação destes parques para humanos, animais ou ambos, como ruído persistente, deslocamento forçado de populações, mediante contratos abusivos com as companhias, risco de colisão de aves migratórias, degradação de habitats naturais e desmatamento, no caso das usinas onshore, instaladas na terra.Melo ressalta que, no Rio Grande do Norte, os ecossistemas sensíveis como as dunas móveis já foram abalados de maneira preocupante pela atuação das eólicas. Neste Estado, afirma, praticamente não existem mais praias sem a “poluição visual” das hélices no mar (offshore)."A imagem que se tem hoje nas regiões afetadas pelas usinas eólicas no Nordeste do Brasil é a pior possível. Tem regiões com grandes empreendimentos, com centenas de turbinas, e, ao mesmo tempo, comunidades com insegurança energética vivendo ali”, denuncia, lembrando que movimentos de atingidos pelas usinas eólicas já se organizam na região, a exemplo dos que existem para os afetados por barragens de hidrelétricas. “Se a gente quiser de fato – e a gente quer – ter uma geração de energia mais limpa no Brasil, não podemos ter um setor desses completamente alheio às questões ambientais.”Ameaça à CaatingaOutro aspecto delicado é que 85% do potencial instalado e futuro de geração eólica e solar do Brasil ficam no Nordeste, quase todo na Caatinga, a maior e mais diversa floresta seca do mundo – mas também o segundo bioma mais degradado do país, depois da Mata Atlântica. Felipe Melo lamenta que a Caatinga não tenha o mesmo apelo de sensibilização nacional e internacional contra os impactos ambientais deste tipo de empreendimento.“O estabelecimento das eólicas na Caatinga pode ser um péssimo exemplo para o mundo, que vai sujar a imagem do setor globalmente. Eu acho que é hora de eles acordarem para isso, mas principalmente os governos estaduais e federal precisam fazer a sua parte”, diz.

Rádio PT
ENTREVISTA | Tereza Campello, diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – 27-03-23

Rádio PT

Play Episode Listen Later Mar 27, 2023 17:51


No Jornal PT Brasil, Amanda Guerra entrevistou Tereza Campello, diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que repercutiu os temas debatidos no seminário do banco. Entre eles, a manutenção da alta dos juros e os prejuízos para a economia.

Lugar de Potência por Ricardo Basaglia
Responsabilidade Socioambiental como negócio | #EP81

Lugar de Potência por Ricardo Basaglia

Play Episode Listen Later Mar 26, 2023 54:30


Casa Floresta
O futuro é uma semente germinada

Casa Floresta

Play Episode Listen Later Oct 25, 2022 71:52


O futuro da floresta está na juventude? O trabalho de cuidar da floresta, e ser cuidado por ela, é um trabalho que nunca terá fim. Por isso, é importante olhar como capacitar e empoderar jovens que irão continuar esse trabalho quando nós não estivermos mais aqui. Levamos a cientista social e comunicadora Nátaly Neri para uma conversa sobre caminhos para plantar as sementes que irão florescer, cuidar da floresta e do planeta no futuro.APRESENTAÇÃO: Aline MatuljaCONVIDADA: Nátaly NeriPRODUÇÃO LOCAL: Bruna Ferreira, Claudia Araújo, Laiane Korte, Ludmilla Balduíno, João Carlos Pereira, Rodrigo Gomes e Roberto AlmeidaDIREÇÃO GERAL: M.M. IzidoroROTEIRO: Juão Nyn, M.M. Izidoro, Ariel Gajardo, Bruno Weis, Roberto Almeida e Victória Martins.ASSISTENTE DE ROTEIRO: Thaline SilvaEDIÇÃO: JESSICA CORREAASSISTENTE DE EDIÇÃO: Pedro PastorizCAPTAÇÃO NO CAMPO: Bruno Augustin e Pedro HassanPRODUÇÃO EXECUTIVA: Guilherme Pinheiro, M.M. Izidoro, Bruno Weis, Roberto Almeida, Ariel Gajardo e Victoria Martins.PRODUÇÃO: Ampère (Guilherme Pinheiro e Anna Maron)RELAÇÕES PÚBLICAS: LEMA+ATIVAÇÃO: Wieden&KennedyPUBLICAÇÃO: Alex PiazREALIZAÇÃO: Instituto Socioambiental (ISA)APOIO: Rainforest Foundation Norway

Casa Floresta
Mulheres da Floresta na cura do mundo

Casa Floresta

Play Episode Listen Later Oct 18, 2022 63:25


Nos últimos tempos as mulheres assumiram o protagonismo na luta dos seus povos. Nesse episódio iremos dialogar com elas sobre como as mulheres indígenas, quilombolas e ribeirinhas fazem política, lideram suas comunidades e, ainda, como suas suas jornadas e movimentos nos ensinam sobre como cuidar do "outro" de verdade.APRESENTAÇÃO: Aline MatuljaPRODUÇÃO LOCAL: Clara Baitello, Fabíola Moreira, Higor Casimiro, Roberto Almeida, Victor Cabreira, Andressa Botelho, Ariel Gajardo, Adriana Rodrigues, Frederico Viegas, Raquel Pasinato, Juliano Nascimento, Fabiana Fagundes, Mauricio Biesek, Ana Amelia Gontijo, Naiara Aline Bertoli, Natalia Pimenta, Juliana Radler, Bruna Ferreira, Ludmilla Balduíno, João Carlos Pereira, Rodrigo Gomes e Roberto AlmeidaDIREÇÃO GERAL: M.M. IzidoroROTEIRO: Juão Nyn, M.M. Izidoro, Ariel Gajardo, Bruno Weis, Roberto Almeida e Victória Martins.ASSISTENTE DE ROTEIRO: Thaline SilvaEDIÇÃO: JESSICA CORREAASSISTENTE DE EDIÇÃO: Pedro PastorizCAPTAÇÃO NO CAMPO: Bruno Augustin e Pedro HassanPRODUÇÃO EXECUTIVA: Guilherme Pinheiro, M.M. Izidoro, Bruno Weis, Roberto Almeida, Ariel Gajardo e Victoria Martins.PRODUÇÃO: Ampère (Guilherme Pinheiro e Anna Maron)RELAÇÕES PÚBLICAS: LEMA+ATIVAÇÃO: Wieden&KennedyPUBLICAÇÃO: Alex PiazREALIZAÇÃO: Instituto Socioambiental (ISA)APOIO: Rainforest Foundation Norway

Casa Floresta
O canto da flauta aponta para o futuro indígena

Casa Floresta

Play Episode Listen Later Oct 10, 2022 86:24


Existem muitos futuros possíveis, mas alguns são mais sustentáveis que outros. Nesse episódio, o estudante de gastronomia e comunicador indígena Tukumã Pataxó, percorre a cidade mais indígena do Brasil para aprender ainda mais sobre a força da diversidade e ancestralidade dos povos originários e como podemos criar um presente e um futuro melhor para todos os seres.APRESENTAÇÃO: Aline MatuljaCONVIDADO: Tukumã PataxóPRODUÇÃO LOCAL: Ana Amelia Gontijo, Naiara Alice Bertoli, Natalia Pimenta e Juliana RadlerDIREÇÃO GERAL: M.M. IzidoroROTEIRO: Juão Nyn, M.M. Izidoro, Ariel Gajardo, Bruno Weis, Roberto Almeida e Victória Martins.ASSISTENTE DE ROTEIRO: Thaline SilvaEDIÇÃO: JESSICA CORREAASSISTENTE DE EDIÇÃO: Pedro PastorizCAPTAÇÃO NO CAMPO: Bruno Augustin e Pedro HassanPRODUÇÃO EXECUTIVA: Guilherme Pinheiro, M.M. Izidoro, Bruno Weis, Roberto Almeida, Ariel Gajardo e Victoria Martins.PRODUÇÃO: Ampère (Guilherme Pinheiro e Anna Maron)RELAÇÕES PÚBLICAS: LEMA+ATIVAÇÃO: Wieden&KennedyPUBLICAÇÃO: Alex PiazREALIZAÇÃO: Instituto Socioambiental (ISA)APOIO: Rainforest Foundation Norway

Expresso de las Diez
CINE SOCIOAMBIENTAL EN FICG 37 – El Expresso de las 10 – Mi. 15 Jun 2022

Expresso de las Diez

Play Episode Listen Later Jun 15, 2022


El cine puede ser una poderosa forma de crear conciencia en torno a la necesidad de cuidar el medio ambiente y el planeta. En este podcast de El Expreso de las 10 Alonso Torres habla de la muestra de Cine Socioambiental impulsada por el Museo de Ciencias Ambientales en el marco del FICG Festival Internacional […] La entrada CINE SOCIOAMBIENTAL EN FICG 37 – El Expresso de las 10 – Mi. 15 Jun 2022 se publicó primero en UDG TV.

Debate da Super Manhã
Poluição sonora

Debate da Super Manhã

Play Episode Listen Later May 3, 2022 50:00


Debate da Super Manhã: Quem vive nas grandes cidades dificilmente consegue evitar sons incômodos no cotidiano. Os exageros nesse sentido são considerados um tipo de problema ambiental. No debate desta terça-feira, o comunicador Wagner Gomes conversa com os convidados sobre as causas e os efeitos da poluição sonora. Participam: Yalaney Filgueira Silva - Gestora de Monitoramento e Fiscalização Ambiental do Recife; Hebert Tejo - Presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia; Gabriel Medeiros - Psicólogo e Mestre em Saúde Mental.