Podcasts about bajos

  • 1,234PODCASTS
  • 3,384EPISODES
  • 37mAVG DURATION
  • 1DAILY NEW EPISODE
  • Dec 11, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024

Categories



Best podcasts about bajos

Show all podcasts related to bajos

Latest podcast episodes about bajos

Oxigênio
#208 – A infraestrutura da IA: o que são datacenters e os riscos que eles representam

Oxigênio

Play Episode Listen Later Dec 11, 2025 34:08


A inteligência artificial, em seus múltiplos sentidos, tem dominado a agenda pública e até mesmo o direcionamento do capital das grandes empresas de tecnologia. Mas você já parou para pensar na infraestrutura gigantesca que dê conta de sustentar o crescimento acelerado das IAs? O futuro e o presente da inteligência artificial passa pela existência dos datacenters. E agora é mais urgente que nunca a gente discutir esse assunto. Estamos vendo um movimento se concretizar, que parece mais uma forma de colonialismo digital: com a crescente resistência à construção de datacenters nos países no norte global, empresas e governos parecem estar convencidos a trazer essas infraestruturas imensas com todos os seus impactos negativos ao sul global. Nesse episódio Yama Chiodi e Damny Laya conversam com pesquisadores, ativistas e atingidos para tentar aprofundar o debate sobre a infraestrutura material das IAs. A gente conversa sobre o que são datacenters e como eles impactam e irão impactar nossas vidas. No segundo episódio, recuperamos movimentos de resistência a sua instalação no Brasil e como nosso país se insere no debate, seguindo a perspectiva de ativistas e de pesquisadores da área que estão buscando uma regulação mais justa para esses grandes empreendimentos.  ______________________________________________________________________________________________ ROTEIRO [ vinheta da série ] [ Começa bio-unit ] YAMA: A inteligência artificial, em seus múltiplos sentidos, tem dominado a agenda pública e até mesmo o direcionamento do capital das grandes empresas de tecnologia. Mas você já parou para pensar na infraestrutura gigantesca que dê conta de sustentar o crescimento acelerado das IA? DAMNY: O futuro e o presente da inteligência artificial passa pela existência dos data centers. E agora é mais urgente que nunca a gente discutir esse assunto. Estamos vendo um movimento se concretizar, que parece mais uma forma de colonialismo digital: com a crescente resistência à construção de datacenters nos países no norte global, empresas e governos parecem estar convencidos a trazer os datacenters com todos os seus impactos negativos ao sul global. YAMA: Nós conversamos com pesquisadores, ativistas e atingidos e em dois episódios nós vamos tentar aprofundar o debate sobre a infraestrutura material das IAs. No primeiro, a gente conversa sobre o que são datacenters e como eles impactam e irão impactar nossas vidas. DAMNY: No segundo, recuperamos movimentos de resistência a sua instalação no Brasil e como nosso país se insere no debate, seguindo a perspectiva de ativistas e de pesquisadores da área que estão buscando uma regulação mais justa para esses grandes empreendimentos. [ tom baixo ] YAMA: Eu sou o Yama Chiodi, jornalista de ciência e pesquisador do campo das mudanças climáticas. Se você já é ouvinte do oxigênio pode ter me ouvido aqui na série cidade de ferro ou no episódio sobre antropoceno. Ao longo dos últimos meses investiguei os impactos ambientais das inteligências artificiais para um projeto comum entre o LABMEM, o laboratório de mudança tecnológica, energia e meio ambiente, e o oxigênio. Em setembro passado, o Damny se juntou a mim pra gente construir esses episódios juntos. E não por acaso. O Damny publicou em outubro passado um relatório sobre os impactos socioambientais dos data centers no Brasil, intitulado “Não somos quintal de data center”. O link para o relatório completo se encontra disponível na descrição do episódio. Bem-vindo ao Oxigênio, Dam. DAMNY: Oi Yama. Obrigado pelo convite pra construir junto esses episódios. YAMA: É um prazer, meu amigo. DAMNY: Eu também atuo como jornalista de ciência e sou pesquisador de governança da internet já há algum tempo. Estou agora trabalhando como jornalista e pesquisador aqui no LABJOR, mas quando escrevi o relatório eu tava trabalhando como pesquisador-consultor na ONG IDEC, Instituto de Defesa de Consumidores. YAMA: A gente começa depois da vinheta. [ Termina Bio Unit] [ Vinheta Oxigênio ] [ Começa Documentary] YAMA: Você já deve ter ouvido na cobertura midiática sobre datacenters a formulação que te diz quantos litros de água cada pergunta ao chatGPT gasta. Mas a gente aqui não gosta muito dessa abordagem. Entre outros motivos, porque ela reduz o problema dos impactos socioambientais das IA a uma questão de consumo individual. E isso é um erro tanto político como factual. Calcular quanta água gasta cada pergunta feita ao ChatGPT tira a responsabilidade das empresas e a transfere aos usuários, escondendo a verdadeira escala do problema. Mesmo que o consumo individual cresça de modo acelerado e explosivo, ele sempre vai ser uma pequena fração do problema. Data centers operam em escala industrial, computando quantidades incríveis de dados para treinar modelos e outros serviços corporativos. Um único empreendimento pode consumir em um dia mais energia do que as cidades que os abrigam consomem ao longo de um mês. DAMNY: Nos habituamos a imaginar a inteligência artificial como uma “nuvem” etérea, mas, na verdade, ela só existe a partir de data centers monstruosos que consomem quantidades absurdas de recursos naturais. Os impactos sociais e ambientais são severos. Data centers são máquinas de consumo de energia, água e terra, e criam poluição do ar e sonora, num modelo que reforça velhos padrões de racismo ambiental. O desenvolvimento dessas infraestruturas frequentemente acontece à margem das comunidades afetadas, refazendo a cartilha global da injustiça ambiental. Ao seguir suas redes, perceberemos seus impactos em rios, no solo, no ar, em territórios indígenas e no crescente aumento da demanda por minerais críticos e, por consequência, de práticas minerárias profundamente destrutivas. YAMA: De acordo com a pesquisadora Tamara Kneese, diretora do programa de Clima, Tecnologia e Justiça do instituto de pesquisa Data & Society, com quem conversamos, essa infraestrutura está criando uma nova forma de colonialismo tecnológico. Os danos ambientais são frequentemente direcionados para as comunidades mais vulneráveis, de zonas rurais às periferias dos grandes centros urbanos, que se tornam zonas de sacrifício para o progresso dessa indústria. DAMNY: Além disso, a crescente insatisfação das comunidades do Norte Global com os data centers tem provocado o efeito colonial de uma terceirização dessas estruturas para o Sul Global. E o Brasil não apenas não é exceção como parece ser um destino preferencial por sua alta oferta de energia limpa. [pausa] E com o aval do governo federal, que acaba de publicar uma medida provisória chamada REDATA, cujo objetivo é atrair data centers ao Brasil com isenção fiscal e pouquíssimas responsabilidades. [ Termina Documentary] [tom baixo ] VOICE OVER: BLOCO 1 – O QUE SÃO DATA CENTERS? YAMA: Pra entender o que são data centers, a gente precisa antes de tudo de entender que a inteligência artificial não é meramente uma nuvem etérea que só existe virtualmente. Foi assim que a gente começou nossa conversa com a pesquisadora estadunidense Tamara Kneese. Ela é diretora do programa de Clima, Tecnologia e Justiça do instituto de pesquisa Data & Society. TAMARA: PT – BR [ Eu acho que o problema da nossa relação com a computação é que a maioria parte do tempo a gente não pensa muito sobre a materialidade dos sistemas informacionais e na cadeia de suprimentos que permitem que eles existam. Tudo que a gente faz online não depende só dos nossos aparelhos, ou dos serviços de nuvem que a gente contrata, mas de uma cadeia muito maior. De onde ver o hardware que a gente usa? Que práticas de trabalho são empregadas nessa cadeia? E então, voltando à cadeia de suprimentos, pensar sobre os materiais brutos e os minerais críticos e outras formas de extração, abusos de direitos humanos e trabalhistas que estão diretamente relacionados à produção dos materiais que precisamos pra computação em geral. ] So I think, you know, the problem with our relationship to computing is that, most of the time, we don’t really think that much about the materiality of the computing system and the larger supply chain. You know, thinking about the fact that, of course, everything we do relies not just on our own device, or the particular cloud services that we subscribe to, but also on a much larger supply chain. So, where does the hardware come from, that we are using, and what kind of labor practices are going into that? And then be, you know, further back in the supply chain, thinking about raw materials and critical minerals and other forms of extraction, and human rights abuses and labor abuses that also go into the production of the raw materials that we need for computing in general. DAMNY: A Tamara já escreveu bastante sobre como a metáfora da nuvem nos engana, porque ela dificulta que a gente enxergue a cadeia completa que envolve o processamento de tantos dados. E isso se tornou uma questão muito maior com a criação dos chatbots e das IAs generativas. YAMA: Se a pandemia já representou uma virada no aumento da necessidade de processamento de dados, quando passamos a ir à escola e ao trabalho pelo computador, o boom das IA generativas criou um aumento sem precedentes da necessidade de expandir essas cadeias. DAMNY: E na ponta da infraestrutura de todas as nuvens estão os data centers. Mais do que gerar enormes impactos sócio-ambientais, eles são as melhores formas de enxergar que o ritmo atual da expansão das IAs não poderá continuar por muito tempo, por limitações físicas. Não há terra nem recursos naturais que deem conta disso. YAMA: A gente conversou com a Cynthia Picolo, que é Diretora Executiva do LAPIN, o Laboratório de Políticas Públicas e Internet. O LAPIN tem atuado muito contra a violação de direitos na implementação de data centers no Brasil e a gente ainda vai conversar mais sobre isso. DAMNY: Uma das coisas que a Cynthia nos ajudou a entender é como não podemos dissociar as IAs dos data centers. CYNTHIA: Existe uma materialidade por trás. Existe uma infraestrutura física, que são os data centers. Então os data centers são essas grandes estruturas que são capazes de armazenar, processar e transferir esses dados, que são os dados que são os processamentos que vão fazer com que a inteligência artificial possa acontecer, possa se desenvolver, então não existe sem o outro. Então falar de IA é falar de Datacenter. Então não tem como desassociar. YAMA: Mas como é um datacenter? A Tamara descreve o que podemos ver em fotos e vídeos na internet. TAMARA: [ Sim, de modo geral, podemos dizer que os data centers são galpões gigantes de chips, servidores, sistemas em redes e quando você olha pra eles, são todos muitos parecidos, prédios quadrados sem nada muito interessante. Talvez você nem saiba que é um data center se não observar as luzes e perceber que é uma estrutura enorme sem pessoas, sem trabalhadores. ] Yeah, so, you know, essentially, they’re like giant warehouses of chips, of servers, of networked systems, and, you know, they look like basically nondescript square buildings, very similar. And you wouldn’t really know that it’s a data center unless you look at the lighting, and you kind of realize that something… like, it’s not inhabited by people or workers, really. DAMNY: No próximo bloco a gente tenta resumir os principais problemas socioambientais que os data centers já causam e irão causar com muita mais intensidade no futuro. [tom baixo ] VOICE OVER: BLOCO 2 – A ENORME LISTA DE PROBLEMAS YAMA: O consumo de energia é provavelmente o problema mais conhecido dos data centers e das IAs. Segundo dados da Agência Internacional de Energia, a IEA, organização internacional da qual o Brasil faz parte, a estimativa para o ano de 2024 é que os data centers consumiram cerca de 415 TWh. A cargo de comparação, segundo a Empresa de Pesquisa Energética, instituto de pesquisa público associado ao Ministério das Minas e Energia, o Brasil consumiu no ano de 2024 cerca de 600 TWh. DAMNY: Segundo o mesmo relatório da Agência Internacional de Energia, a estimativa é que o consumo de energia elétrica por datacenters em 2030 vai ser de pelo menos 945 TWh, o que representaria 3% de todo consumo global projetado. Quando a gente olha pras estimativas de outras fontes, contudo, podemos dizer que essas são projeções até conservadoras. Especialmente considerando o impacto da popularização das chamadas LLM, ou grandes modelos de linguagem – aqueles YAMA: Ou seja, mesmo com projeções conservadoras, os data centers do mundo consumiriam em 2030, daqui a menos de cinco anos, cerca de 50% a mais de energia que o Brasil inteiro consome hoje. Segundo a IEA, em 2030 o consumo global de energia elétrica por data centers deve ser equivalente ao consumo da Índia, o país mais populoso do mundo. E há situações locais ainda mais precárias. DAMNY: É o caso da Irlanda. Segundo reportagem do New York Times publicada em outubro passado, espera-se que o consumo de energia elétrica por data centers por lá represente pelo menos 30% do consumo total do país nos próximos anos. Mas porquê os datacenters consomem tanta energia? TAMARA: [ Então, particularmente com o tipo de IA que as empresas estão investindo agora, há uma necessidade de chips e GPUs muito mais poderosos, de modo que os data centers também são sobre prover energia o suficiente pra todo esse poder computacional que demandam o treinamento e uso de grandes modelos de linguagem. Os data centers são estruturas incrivelmente demandantes de energia e água. A água em geral serve para resfriar os servidores, então tem um número considerável de sistemas de cooling que usam água. Além disso tudo, você também precisa de fontes alternativas de energia, porque algumas vezes, uma infraestrutura tão demandante de energia precisa recorrer a geradores para garantir que o data center continue funcionando caso haja algum problema na rede elétrica. ] So, you know, particularly with the kinds of AI that companies are investing in right now, there’s a need for more powerful chips, GPUs, and so Data centers are also about providing enough energy and computational power for these powerful language models to be trained and then used. And so the data center also, you know, in part because it does require so much energy, and it’s just this incredibly energy-intensive thing, you also need water. And the water comes from having to cool the servers, and so… So there are a number of different cooling systems that use water. And then on top of that, you also need backup energy sources, so sometimes, because there’s such a draw on the power grid, you have to have backup generators to make sure that the data center can keep going if something happens with the grid. YAMA: E aqui a gente começa a entender o tamanho do problema. Os data centers são muitas vezes construídos em lugares que já sofrem com infraestruturas precárias de eletricidade e com a falta de água potável. Então eles criam problemas de escassez onde não havia e aprofundam essa escassez em locais onde isso já era uma grande questão – como a região metropolitana de Fortaleza sobre a qual falaremos no próximo episódio, que está em vias de receber um enorme data center do Tiktok. DAMNY: É o que também relatam os moradores de Querétaro, no México, que vivem na região dos data centers da Microsoft. A operação dos data centers da Microsoft gerou uma crise sem precedentes, com quedas frequentes de energia e o interrompimento do abastecimento de água que muitas vezes duram semanas. Os data-centers impactaram de tal forma as comunidades que escolas cancelaram aulas e, indiretamente, foram responsáveis por uma crise de gastroenterite entre crianças. YAMA: E isso nos leva pro segundo ponto. O consumo de água, minerais críticos e outros recursos naturais. TAMARA: [O problema da energia tem recebido mais atenção, porque é uma fonte de ansiedade também. Pensar sobre o aumento da demanda de energia em tempos em que supostamente estaríamos transicionando para deixar de usar energias fósseis, o que obviamente pode ter efeitos devastadores. Mas eu acredito que num nível mais local, o consumo de água é mais relevante. Nós temos grandes empresas indo às áreas rurais do México, por exemplo, e usando toda a água disponível e basicamente deixando as pessoas sem água. E isso é incrivelmente problemático. Então isso acontece em áreas que já tem problemas de abastecimento de água, onde as pessoas já não tem muito poder de negociação com as empresas. Não têm poder político pra isso. São lugares tratados como zonas de sacrifício, algo que já vimos muitas vezes no mundo, especialmente em territórios indígenas. Então as consequências são na verdade muito maiores do que só problemas relacionados à energia. ] I think the energy problem has probably gotten the most attention, just because it is a source of anxiety, too, so thinking about, you know, energy demand at a time when we’re supposed to be transitioning away from fossil fuels. And clearly, the effects that that can have will be devastating. But I think on a local level, things like the water consumption can matter more. So, you know, if we have tech companies moving into rural areas in Mexico and, you know, using up all of their water and basically preventing people in the town from having access to water. That is incredibly problematic. So I think, you know, in water-stressed areas and areas where the people living in a place don’t have as much negotiating power with the company. Don’t have as much political power, and especially if places are basically already treated as sacrifice zones, which we’ve seen repeatedly many places in the world, with Indigenous land in particular, you know, I think the consequences may go far beyond just thinking about, you know, the immediate kind of energy-related problems. YAMA: Existem pelo menos quatro fins que tornam os data centers máquinas de consumir água. O mais direto e local é a água utilizada na refrigeração de todo equipamento que ganha temperatura nas atividades de computação, o processo conhecido como cooling. Essa prática frequentemente utiliza água potável. Apesar de já ser extremamente relevante do ponto de vista de consumo, essa é apenas uma das formas de consumo abundante de água. DAMNY: Indiretamente, os data centers também consomem a água relacionada ao seu alto consumo de energia, em especial na geração de energia elétrica em usinas hidrelétricas e termelétricas. Também atrelada ao consumo energético, está o uso nas estações de tratamento de água, que visam tratar a água com resíduos gerada pelo data center para tentar reduzir a quantidade de água limpa utilizada. YAMA: Por fim, a cadeia de suprimentos de chips e servidores que compõem os data centers requer água ultrapura e gera resíduos químicos. Ainda que se saiba que esse fator gera gastos de água e emissões de carbono relevantes, os dados são super obscuros, entre outros motivos, porque a maioria dos dados que temos sobre o consumo de água em data centers são fornecidos pelas próprias empresas. CYNTHIA: A água e os minérios são componentes também basilares para as estruturas de datacenter, que são basilares para o funcionamento da inteligência artificial. (…). E tem toda uma questão, como eu disse muitas vezes, captura um volume gigante de água doce. E essa água que é retornada para o ecossistema, muitas vezes não é compensada da água que foi capturada. Só que as empresas também têm uma promessa em alguns relatórios, você vai ver que elas têm uma promessa até de chegar em algum ponto para devolver cento e vinte por cento da água. Então a empresa está se comprometendo a devolver mais água do que ela capturou. Só que a realidade é o quê? É outra. Então, a Google, por exemplo, nos últimos cinco anos, reportou um aumento de cento e setenta e sete por cento do uso de água. A Microsoft mais trinta e oito e a Amazon sequer reporta o volume de consumo de água. Então uma lacuna tremenda para uma empresa desse porte, considerando todo o setor de Data centers. Mas tem toda essa questão da água, que é muito preocupante, não só por capturar e o tratamento dela e como ela volta para o meio ambiente, mas porque há essa disputa também com territórios que têm uma subsistência muito específica de recursos naturais, então existe uma disputa aí por esse recurso natural entre comunidade e empreendimento. DAMNY: Nessa fala da Cynthia a gente observa duas coisas importantes: a primeira é que não existe data center sem água para resfriamento, de modo que o impacto local da instalação de um empreendimento desses é uma certeza irrefutável. E é um dano contínuo. Enquanto ele estiver em operação ele precisará da água. É como se uma cidade de grande porte chegasse de repente, demandando uma quantidade de água e energia que o local simplesmente não tem para oferecer. E na hora de escolher entre as pessoas e empreendimentos multimilionários, adivinha quem fica sem água e com a energia mais cara? YAMA: A segunda coisa importante que a Cynthia fala é quando ela nos chama a atenção sobre a demanda por recursos naturais. Nós sabemos que recursos naturais são escassos. Mais do que isso, recursos naturais advindos da mineração têm a sua própria forma de impactos sociais e ambientais, o que vemos frequentemente na Amazônia brasileira. O que acontecerá com os data centers quando os recursos naturais locais já não forem suficientes para seu melhor funcionamento? Diante de uma computação que passa por constante renovação pela velocidade da obsolescência, o que acontece com o grande volume de lixo eletrônico gerado por data centers? Perguntas que não têm resposta. DAMNY: A crise geopolítica em torno dos minerais conhecidos como terra-rara mostra a complexidade política e ambiental do futuro das IA do ponto de vista material e das suas cadeias de suprimento. No estudo feito pelo LAPIN, a Cynthia nos disse que considera que esse ponto do aumento da demanda por minerais críticos que as IA causam é um dos pontos mais opacos nas comunicações das grandes empresas de tecnologia sobre o impacto de seus data centers. CYNTHIA: E outro ponto de muita, muita lacuna, que eu acho que do nosso mapeamento, desses termos mais de recursos naturais. A cadeia de extração mineral foi o que mais foi opaco, porque, basicamente, as empresas não reportam nada sobre essa extração mineral e é muito crítico, porque a gente sabe que muitos minérios vêm também de zonas de conflito. Então as grandes empresas, pelo menos as três que a gente mapeou, elas têm ali um trechinho sobre uma prestação de contas da cadeia mineral. Tudo que elas fazem é falar que elas seguem um framework específico da OCDE sobre responsabilização. YAMA: Quando as empresas falam de usar energias limpas e de reciclar a água utilizada, eles estão se desvencilhando das responsabilidades sobre seus datacenters. Energia limpa não quer dizer ausência de impacto ambiental. Pras grandes empresas, as fontes de energia limpa servem para gerar excedente e não para substituir de fato energias fósseis. Você pode ter um data center usando majoritariamente energia solar no futuro, mas isso não muda o fato de que ele precisa funcionar 24/7 e as baterias e os geradores a diesel estarão sempre lá. Além disso, usinas de reciclagem de água, fazendas de energia solar e usinas eólicas também têm impactos socioambientais importantes. O uso de recursos verdes complexifica o problema de identificar os impactos locais e responsabilidades dos data centers, mas não resolve de nenhuma forma os problemas de infraestrutura e de fornecimento de água e energia causados pelos empreendimentos. DAMNY: É por isso que a gente alerta pra não comprar tão facilmente a história de que cada pergunta pro chatGPT gasta x litros de água. Se você não perguntar nada pro chatGPT hoje, ou se fizer 1000 perguntas, não vai mudar em absolutamente nada o alto consumo de água e os impactos locais destrutivos dos data centers que estão sendo instalados a todo vapor em toda a América Latina. A quantidade de dados e de computação que uma big tech usa para treinar seus modelos, por exemplo, jamais poderá ser equiparada ao consumo individual de chatbots. É como comparar as campanhas que te pedem pra fechar a torneira ao escovar os dentes, enquanto o agro gasta em minutos água que você não vai gastar na sua vida inteira. Em resumo, empresas como Google, Microsoft, Meta e Amazon só se responsabilizam pelos impactos diretamente causados por seus data centers e, mesmo assim, é uma responsabilização muito entre aspas, à base de greenwashing. Você já ouviu falar de greenwashing? CYNTHIA: Essa expressão em inglês nada mais é do que a tradução literal, que é o discurso verde. (…)É justamente o que a gente está conversando. É justamente quando uma empresa finge se preocupar com o meio ambiente para parecer sustentável, mas, na prática, as ações delas não trazem esses benefícios reais e, pelo contrário, às vezes trazem até danos para o meio ambiente. Então, na verdade, é uma forma até de manipular, ou até mesmo enganar as pessoas, os usuários daqueles sistemas ou serviços com discursos e campanhas com esses selos verdes, mas sem comprovar na prática. YAMA: Nesse contexto, se torna primordial que a gente tenha mais consciência de toda a infraestrutura material que está por trás da inteligência artificial. Como nos resumiu bem a Tamara: TAMARA: [ Eu acredito que ter noção da infraestrutura completa que envolve a cadeia da IA realmente ajuda a entender a situação. Mesmo que você esteja usando, supostamente, energia renovável para construir e operar um data center, você ainda vai precisar de muitos outros materiais, chips, minerais e outras coisas com suas próprias cadeias de suprimento. Ou seja, independente da forma de energia utilizada, você ainda vai causar dano às comunidades e destruição ambiental. ] But that… I think that is why having a sense of the entire AI supply chain is really helpful, just in terms of thinking about, you know, even if you’re, in theory, using renewable energy to build a data center, you still are relying on a lot of other materials, including chips, including minerals, and other things that. (…) We’re still, you know, possibly going to be harming communities and causing environmental disruption. [ tom baixo ] YAMA: Antes de a gente seguir pro último bloco, eu queria só dizer que a entrevista completa com a Dra. Tamara Kneese foi bem mais longa e publicada na íntegra no blog do GEICT. O link para a entrevista tá na descrição do episódio, mas se você preferir pode ir direto no bloco do GEICT. [ tom baixo ] VOICE OVER: BLOCO 3 – PROBLEMAS GLOBAIS, PROBLEMAS LOCAIS YAMA: Mesmo conhecendo as cadeias, as estratégias de greenwashing trazem um grande problema à tona, que é uma espécie de terceirização das responsabilidades. As empresas trazem medidas compensatórias que não diminuem em nada o impacto local dos seus data centers. Então tem uma classe de impactos que são globais, como as emissões de carbono e o aumento da demanda por minerais críticos, por exemplo. E globais no sentido de que eles são parte relevante dos impactos dos data centers, mas não estão impactando exatamente nos locais onde foram construídos. CYNTHIA: Google, por exemplo, nesse recorte que a gente fez da pesquisa dos últimos cinco anos, ela simplesmente reportou um aumento de emissão de carbono em setenta e três por cento. Não é pouca coisa. A Microsoft aumentou no escopo dois, que são as emissões indiretas, muito por conta de data centers, porque tem uma diferenciação por escopo, quando a gente fala de emissão de gases, a Microsoft, nesse período de cinco anos, ela quadruplicou o tanto que ela tem emitido. A Amazon aumentou mais de trinta por cento. Então a prática está mostrando que essas promessas estão muito longe de serem atingidas. Só que aí entra um contexto mais de narrativa. Por que elas têm falado e prometido a neutralidade de carbono? Porque há um mecanismo de compensação. (…) Então elas falam que estão correndo, correndo para atingir essa meta de neutralidade de carbono, mas muito por conta dos instrumentos de compensação, compensação ou de crédito de carbono ou, enfim, para uso de energias renováveis. Então se compra esse certificado, se fazem esses contratos, mas, na verdade, não está tendo uma redução de emissão. Está tendo uma compensação. (…) Essa compensação é um mecanismo financeiro, no final do dia. Porque, quando você, enquanto empresa, trabalha na compensação dos seus impactos ambientais e instrumentos contratuais, você está ignorando o impacto local. Então, se eu estou emitindo impactando aqui o Brasil, e estou comprando crédito de carbono em projetos em outra área, o impacto local do meu empreendimento está sendo ignorado. YAMA: E os impactos materiais locais continuam extremamente relevantes. Além do impacto nas infraestruturas locais de energia e de água sobre as quais a gente já falou, há muitas reclamações sobre a poluição do ar gerada pelos geradores, as luzes que nunca desligam e até mesmo a poluição sonora. A Tamara nos contou de um caso curioso de um surto de distúrbios de sono e de enxaqueca que tomou regiões de data centers nos Estados Unidos. TAMARA: [ Uma outra coisa que vale ser lembrada: as pessoas que vivem perto dos data centers tem nos contado que eles são super barulhentos, eles também relatam a poluição visual causada pelas luzes e a poluição sonora. Foi interessante ouvir de comunidades próximas a data centers de mineração de criptomoedas, por exemplo, que os moradores começaram a ter enxaquecas e distúrbios de sono por viverem próximos das instalações. E além de tudo isso, ainda tem a questão da poluição do ar, que é visível a olho nu. Há muitas partículas no ar onde há geradores movidos a diesel para garantir que a energia esteja sempre disponível. ] And the other thing is, you know, for people who live near them, they’re very loud, and so if you talk to people who live near data centers, they will talk about the light pollution, the noise pollution. And it’s been interesting, too, to hear from communities that are near crypto mining facilities, because they will complain of things like migraine headaches and sleep deprivation from living near the facilities. And, you know, the other thing is that the air pollution is quite noticeable. So there’s a lot of particulate matter, particularly in the case of using diesel-fueled backup generators as an energy stopgap. DAMNY: E do ponto de vista dos impactos locais, há um fator importantíssimo que não pode ser esquecido: território. Data centers podem ser gigantes, mas ocupam muito mais espaço que meramente seus prédios, porque sua cadeia de suprimentos demanda isso. Como a água e a energia chegarão até os prédios? Mesmo que sejam usados fontes renováveis de energia, onde serão instaladas as fazendas de energia solar ou as usinas de energia eólica e de tratamento de água? Onde a água contaminada e/ou tratada será descartada? Quem vai fiscalizar? YAMA: E essa demanda sem fim por território esbarra justamente nas questões de racismo ambiental. Porque os territórios que são sacrificados para que os empreendimentos possam funcionar, muito frequentemente, são onde vivem povos originários e populações marginalizadas. Aqui percebemos que a resistência local contra a instalação de data centers é, antes de qualquer coisa, uma questão de justiça ambiental. É o caso de South Memphis nos Estados Unidos, por exemplo. TAMARA: [ Pensando particularmente sobre os tipos de danos causados pelos data centers, não é somente a questão da conta de energia ficar mais cara, ou quantificar a quantidade de energia e água gasta por data centers específicos. A verdadeira questão, na minha opinião, é a relação que existe entre esses danos socioambientais, danos algorítmicos e o racismo ambiental e outras formas de impacto às comunidades que lidam com isso a nível local. Especialmente nos Estados Unidos, com todo esse histórico de supremacia branca e a falta de direitos civis, não é coincidência que locais onde estão comunidades negras, por exemplo, sejam escolhidos como zonas de sacrifício. As comunidades negras foram historicamente preferenciais para todo tipo de empreendimento que demanda sacrificar território, como estradas interestaduais, galpões da Amazon… quer dizer, os data centers são apenas a continuação dessa política histórica de racismo ambiental. E tudo isso se soma aos péssimos acordos feitos a nível local, onde um prefeito e outras lideranças governamentais pensam que estão recebendo algo de grande valor econômico. Em South Memphis, por exemplo, o data center é da xAI. Então você para pra refletir como essa plataforma incrivelmente racista ainda tem a audácia de poluir terras de comunidades negras ainda mais ] I think, the way of framing particular kinds of harm, so, you know, it’s not just about, you know, people’s energy bills going up, or, thinking about how we quantify the energy use or the water use of particular data centers, but really thinking about the relationship between a lot of those social harms and algorithmic harms and the environmental racism and other forms of embodied harms that communities are dealing with on that hyper-local level. And, you know, in this country, with its history of white supremacy and just general lack of civil rights, you know, a lot of the places where Black communities have traditionally been, tend to be, you know, the ones sacrificed for various types of development, like, you know, putting up interstates, putting up warehouses for Amazon and data centers are just a continuation of the what was already happening. And then you have a lot of crooked deals on the local level, where, you know, maybe a mayor and other local officials think that they’re getting something economically of value. In South Memphis, the data center is connected to x AI. And so thinking about this platform that is so racist and so incredibly harmful to Black communities, you know, anyway, and then has the audacity to actually pollute their land even more. DAMNY: Entrando na questão do racismo ambiental a gente se encaminha para o nosso segundo episódio, onde vamos tentar entender como o Brasil se insere na questão dos data centers e como diferentes setores da população estão se organizando para resistir. Antes de encerrar esse episódio, contudo, a gente traz brevemente pra conversa dois personagens que vão ser centrais no próximo episódio. YAMA: Eles nos ajudam a compreender como precisamos considerar a questão dos territórios ao avaliar os impactos. Uma dessas pessoas é a Andrea Camurça, do Instituto Terramar, que está lutando junto ao povo Anacé pelo direito de serem consultados sobre a construção de um data center do TIKTOK em seus territórios. Eu trago agora um trechinho dela falando sobre como mesmo medidas supostamente renováveis se tornam violações territoriais num contexto de racismo ambiental. ANDREA: A gente recebeu notícias agora, recentemente, inclusive ontem, que está previsto um mega empreendimento solar que vai ocupar isso mais para a região do Jaguaribe, que vai ocupar, em média, de equivalente a seiscentos campos de futebol. Então, o que isso representa é a perda de terra. É a perda de água. É a perda do território. É uma diversidade de danos aos povos e comunidades tradicionais que não são reconhecidos, são invisibilizados. Então é vendido como território sem gente, sendo que essas energias chegam dessa forma. Então, assim a gente precisa discutir sobre energias renováveis. A gente precisa discutir sobre soberania energética. A gente precisa discutir sobre soberania digital, sim, mas construída a partir da necessidade do local da soberania dessas populações. DAMNY: A outra pessoa que eu mencionei é uma liderança Indígena, o cacique Roberto Anacé. Fazendo uma ótima conexão que nos ajuda a perceber como os impactos globais e locais dos data centers estão conectados, ele observa como parecemos entrar num novo momento do colonialismo, onde a soberania digital e ambiental do Brasil volta a estar em risco, indo de encontro à violação de terras indígenas. CACIQUE ROBERTO: Há um risco para a questão da biodiversidade, da própria natureza da retirada da água, do aumento de energia, mas também não somente para o território da Serra, mas para todos que fazem uso dos dados. Ou quem expõe esses dados. Ninguém sabe da mão de quem vai ficar, quem vai controlar quem vai ordenar? E para que querem essa colonização? Eu chamo assim que é a forma que a gente tem essa colonização de dados. Acredito eu que a invasão do Brasil em mil e quinhentos foi de uma forma. Agora nós temos a invasão de nossas vidas, não somente para os indígenas, mas de todos, muitas vezes que fala muito bem, mas não sabe o que vai acontecer depois que esses dados estão guardados. Depois que esses dados vão ser utilizados, para que vão ser utilizados, então esses agravos. Ele é para além do território indígena na série. [ tom baixo ] [ Começa Bio Unit ] YAMA: A pesquisa, entrevistas e apresentação desse episódio foi feita pelo Damny Laya e por mim, Yama Chiodi. Eu também fiz o roteiro e a produção. Quem narrou a tradução das falas da Tamara foi Mayra Trinca. O Oxigênio é um podcast produzido pelos alunos do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp e colaboradores externos. Tem parceria com a Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp e apoio do Serviço de Auxílio ao Estudante, da Unicamp. Além disso, contamos com o apoio da FAPESP, que financia bolsas como a que nos apoia neste projeto de divulgação científica. DAMNY: A lista completa de créditos para os sons e músicas utilizados você encontra na descrição do episódio. Você encontra todos os episódios no site oxigenio.comciencia.br e na sua plataforma preferida. No Instagram e no Facebook você nos encontra como Oxigênio Podcast. Segue lá pra não perder nenhum episódio! Aproveite para deixar um comentário. [ Termina Bio Unit ] [ Vinheta Oxigênio ] Créditos: Aerial foi composta por Bio Unit; Documentary por Coma-Media. Ambas sob licença Creative Commons. Os sons de rolha e os loops de baixo são da biblioteca de loops do Garage Band. Roteiro, produção: Yama Chiodi Pesquisa: Yama Chiodi, Damny Laya Narração: Yama Chiodi, Danny Laya, Mayra Trinca Entrevistados: Tamara Kneese, Cynthia Picolo, Andrea Camurça e Cacique Roberto Anacé __________ Descendo a toca do coelho da IA: Data Centers e os Impactos Materiais da “Nuvem” – Uma entrevista com Tamara Kneese: https://www.blogs.unicamp.br/geict/2025/11/06/descendo-a-toca-do-coelho-da-ia-data-centers-e-os-impactos-materiais-da-nuvem-uma-entrevista-com-tamara-kneese/ Não somos quintal de data centers: Um estudo sobre os impactos socioambientais e climáticos dos data centers na América Latina: https://idec.org.br/publicacao/nao-somos-quintal-de-data-centers Outras referências e fontes consultadas: Relatórios técnicos e dados oficiais: IEA (2025), Energy and AI, IEA, Paris https://www.iea.org/reports/energy-and-ai, Licence: CC BY 4.0 “Inteligência Artificial e Data Centers: A Expansão Corporativa em Tensão com a Justiça Socioambiental”. Lapin. https://lapin.org.br/2025/08/11/confira-o-relatorio-inteligencia-artificial-e-data-centers-a-expansao-corporativa-em-tensao-com-a-justica-socioambiental/ Estudo de mercado sobre Power & Cooling de Data Centers. DCD – DATA CENTER DYNAMICS.https://media.datacenterdynamics.com/media/documents/Report_Power__Cooling_2025_PT.pdf Pílulas – Impactos ambientais da Inteligência Artificial. IPREC. https://ip.rec.br/publicacoes/pilulas-impactos-ambientais-da-inteligencia-artificial/ Policy Brief: IA, data centers e os impactos ambientais. IPREC https://ip.rec.br/wp-content/uploads/2025/05/Policy-Paper-IA-e-Data-Centers.pdf MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.318, DE 17 DE SETEMBRO DE 2025 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/medida-provisoria-n-1.318-de-17-de-setembro-de-2025-656851861 Infográfico sobre minerais críticos usados em Data Centers do Serviço de Geologia do Governo dos EUA https://www.usgs.gov/media/images/key-minerals-data-centers-infographic Notícias e reportagens: From Mexico to Ireland, Fury Mounts Over a Global A.I. Frenzy. Paul Mozur, Adam Satariano e Emiliano Rodríguez Mega. The New York Times, 20/10/2025. https://www.nytimes.com/2025/10/20/technology/ai-data-center-backlash-mexico-ireland.html Movimentos pedem ao MP fim de licença de data center no CE. Maristela Crispim, EcoNordeste. 25/08/2025. https://agenciaeconordeste.com.br/sustentabilidade/movimentos-pedem-ao-mp-fim-de-licenca-de-data-center-no-ce/#:~:text=’N%C3%A3o%20somos%20contra%20o%20progresso’&text=Para%20o%20cacique%20Roberto%20Anac%C3%A9,ao%20meio%20ambiente%E2%80%9D%2C%20finaliza. ChatGPT Is Everywhere — Why Aren’t We Talking About Its Environmental Costs? Lex McMenamin. Teen Vogue. https://www.teenvogue.com/story/chatgpt-is-everywhere-environmental-costs-oped Data centers no Nordeste, minérios na África, lucros no Vale do Silício. Le Monde Diplomatique, 11 jun. 2025. Accioly Filho. https://diplomatique.org.br/data-centers-no-nordeste-minerios-na-africa-lucros-no-vale-do-silicio/. The environmental footprint of data centers in the United States. Md Abu Bakar Siddik et al 2021 Environ. Res. Lett. 16064017: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1748-9326/abfba1 Tecnología en el desierto – El debate por los data centers y la crisis hídrica en Uruguay. MUTA, 30 nov. Soledad Acunã https://mutamag.com/cyberpunk/tecnologia-en-el-desierto/. Acesso em: 17 set. 2025. Las zonas oscuras de la evaluación ambiental que autorizó “a ciegas” el megaproyecto de Google en Cerrillos. CIPER Chile, 25 maio 2020. https://www.ciperchile.cl/2020/05/25/las-zonas-oscuras-de-la-evaluacion-ambiental-que-autorizo-aciegas-el-megaproyecto-de-google-en-cerrillos/. Acesso em: 17 set. 2025. Thirsty data centres spring up in water-poor Mexican town. Context, 6 set. 2024. https://www.context.news/ai/thirsty-data-centres-spring-up-in-water-poor-mexican-town BNDES lança linha de R$ 2 bilhões para data centers no Brasil. https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/industria/BNDES-lanca-linha-de-R$-2-bilhoes-para-data-centersno-Brasil/. Los centros de datos y sus costos ocultos en México, Chile, EE UU, Países Bajos y Sudáfrica. WIRED, 29 maio 2025. Anna Lagos https://es.wired.com/articulos/los-costos-ocultos-del-desarrollo-de-centros-de-datos-en-mexico-chile-ee-uu-paises-bajos-y-sudafrica Big Tech's data centres will take water from world's driest areas. Eleanor Gunn. SourceMaterial, 9 abr. 2025. https://www.source-material.org/amazon-microsoft-google-trump-data-centres-water-use/ Indígenas pedem que MP atue para derrubar licenciamento ambiental de data center do TikTok. Folha de S.Paulo, 26 ago. 2025. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/08/indigenas-pedem-que-mp-atue-para-derrubar-licenciamento-ambiental-de-data-center-do-tiktok.shtml The data center boom in the desert. MIT Technology Review https://www.technologyreview.com/2025/05/20/1116287/ai-data-centers-nevada-water-reno-computing-environmental-impact/ Conferências, artigos acadêmicos e jornalísticos: Why are Tech Oligarchs So Obsessed with Energy and What Does That Mean for Democracy? Tamara Kneese. Tech Policy Press. https://www.techpolicy.press/why-are-tech-oligarchs-so-obsessed-with-energy-and-what-does-that-mean-for-democracy/ Data Center Boom Risks Health of Already Vulnerable Communities. Cecilia Marrinan. Tech Policy Press. https://www.techpolicy.press/data-center-boom-risks-health-of-already-vulnerable-communities/ RARE/EARTH: The Geopolitics of Critical Minerals and the AI Supply Chain. https://www.youtube.com/watch?v=GxVM3cAxHfg Understanding AI with Data & Society / The Environmental Costs of AI Are Surging – What Now? https://www.youtube.com/watch?v=W4hQFR8Z7k0 IA e data centers: expansão corporativa em tensão com justiça socioambiental. Camila Cristina da Silva, Cynthia Picolo G. de Azevedo. https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/ia-regulacao-democracia/ia-e-data-centers-expansao-corporativa-em-tensao-com-justica-socioambiental LI, P.; YANG, J.; ISLAM, M. A.; REN, S. Making AI Less “Thirsty”: Uncovering and Addressing the Secret Water Footprint of AI Models. arXiv, 2304.03271, 26 mar. 2025. Disponível em: https://doi.org/10.48550/arXiv.2304.03271 LIU, Y.; WEI, X.; XIAO, J.; LIU, Z.;XU, Y.; TIAN, Y. Energy consumption and emission mitigation prediction based on data center traffic and PUE for global data centers. Global Energy Interconnection, v. 3, n.3, p. 272-282, 3 jun. 2020. https://doi.org/10.1016/j.gloei.2020.07.008 SIDDIK, M. A. B.; SHEHABI, A.; MARSTON, L. The environmental footprint of data centers in the United States. Environmental Research Letters, v. 16, n. 6, 21 maio 2021. https://doi.org/10.1088/1748-9326/abfba1 Las Mentiras de Microsoft en Chile: Una Empresa No tan Verde. Por Rodrigo Vallejos de Resistencia Socioambiental de Quilicura. Revista De Frente, 18 mar. 2022. https://www.revistadefrente.cl/las-mentiras-de-microsoft-en-chile-una-empresa-no-tan-verde-porrodrigo-vallejos-de-resistencia-socioambiental-de-quilicura/. Acesso em: 17 set. 2025.

SBS Spanish - SBS en español
"Eso no es neutralidad": Protestas piden a la SBS que boicotee Eurovisión

SBS Spanish - SBS en español

Play Episode Listen Later Dec 8, 2025 9:48


Un grupo de manifestantes ha exigido a la SBS que boicotee el Festival de la Canción de Eurovisión por la participación de Israel, pero la cadena pública dijo que tal medida socavaría su independencia editorial. Cuatro miembros de Eurovisión - España, Países Bajos, Irlanda y Eslovenia, se retiraron tras la confirmación de la participación de Israel.

Manzanas Enfrentadas
ME 297. Tim Cook Poniendo orden o fuga de genios?

Manzanas Enfrentadas

Play Episode Listen Later Dec 7, 2025 89:49


En nuestro podcast nos debemos a la noticia del mundo Apple y esta semana la noticia es la fuga de cerebros en Cupertino. Ya sea por motivos económicos o por desilusión por el proyecto de Apple, lo cierto es que numerosas personas de alto nivel en la empresa están abandonando el barco.Junto a esta,  dos noticias de mucha repercusión económica que han acontecido esta semana. La primera es otra sanción ejemplar impuesta a Apple por parte del gobierno de Países Bajos que han impuesto 637 millones por ejercer monopolio.Y la otra noticia de enorme repercusión económica, ha sido la compra de Warner Bros por parte de Netflix. Una apuesta de 82.000 millones con la que pretende posicionarse en el top de las productoras. Sin lugar a dudas una apuesta fuerte pero no arriesgada, Netflix no ha llegado a estar donde está haciendo malas apuestas.Analizaremos el posible impacto de esta fusión en el mundo de la producción y en el del streaming. Sin lugar a dudas habrá cambios.Cambiando de materia, vamos a intentar encontrar explicación al por qué Apple ha quitado el modo noche en su modo retrato en los iPhone 17 Pro. Algo de lo que sí disponen modelos anteriores y que en este, el mejor iPhone ever con la mejor cámara ever, vamos a echar de menos por ahora.Y seguimos comentando características de la familia de iPhone 17, en este caso el modelo 17e pues se han conocido más características que tendrá este nuevo modelo cuando se presente y la verdad es que promete.Para rematar un podcast con ambiente pro navideño, que mejor manera que comentando cuales son nuestros dulces preferidos para estas fechas!Este podcast es parte del  compromiso 7 de 7 de Manzanas enfrentadas, lo tenemos!!!

Podcast Al otro lado del espejo
Al Otro Lado del Espejo#680-06-12-25

Podcast Al otro lado del espejo

Play Episode Listen Later Dec 7, 2025 155:20


Programa #680 - Plan de Inmersiones 00,06'04” BUCEO RACIONAL Comenzamos inmersión charlando y escuchando a José Coronel “Gualdrapa”, que nos trae una nueva entrega desde su buceo.blog, una nueva ocasión para la reflexión y el análisis de todo lo que afecta a la actividad del buceo. 00,31'27” LOS LIBROS DE ROBINSON Juan Melgar nos abre la bodega literaria de la librería náutica Robinson con lecturas para viajar sin ferry: mares, océanos, aventuras y algún libro perfecto para regalar a quien todavía no sabe que ama el mar. 00,55'01” MATERIA RESERVADA Gloria Delgado, agente medioambiental y divulgadora incansable, nos guía por uno de esos rincones del océano que requieren lupa, sensibilidad y preguntas bien hechas. Un espacio de Océano Alfa. 01,15'57” MÚSICAS DEL MAR Marcial Ortiz, con voz salada y alma de cantautor, nos trae melodías que nacen cerca de la orilla. Ritmos que huelen a espuma, a sal, a travesía. 01,34'13” ACUICULTURA: un Mar para comérselo Luciano Vilchez-Gómez nos lleva a las granjas del futuro: sostenibilidad, innovación y ciencia aplicada a un sector clave para alimentar al mundo azul. Para la deco, tendremos algunos de los microespacios habituales: 20.000 leguas de viaje submarino Lectura del Capítulo VII de la obra de Jules Verne: el Nautilus continúa su travesía y nosotros, desde cubierta, volvemos a sentir la magia del primer asombro. Viejos Programas de AOLDE Rescatamos hoy la Edición 460, un viaje sonoro que vale la pena volver a bucear. Agenda de Actividades Recomendadas para pasar tu tiempo en superficie hasta la próxima inmersión en las ondas. Nos daremos, una noche más por buceados. La foto de la semana nos llega directamente de los Países Bajos. Y es su autor quien nos la cuenta al oído: Tomé esta foto en el Parque Nacional Oosterschelde, en los Países Bajos. Cada año, en mayo, las sepias entran al Parque Nacional desde el Mar del Norte para aparearse y desovar. En esta foto se puede ver a la hembra de sepia anudando sus huevos y al macho de sepia protegiéndola de otro macho. Cada año sigo el proceso de apareamiento de las sepias y la formación de los huevos. Más tarde, en verano, las sepias jóvenes salen de los huevos y entonces hay muchos ejemplares jóvenes en los diferentes puntos de buceo del Parque Nacional Oosterschelde. Es muy bonito verlos crecer. Patrick Kranenbroek Fotógrafo submarino / Periodista de viajes Revista DUIKEN www.duiken.nl www.patrickkranenbroek.com ¿Listos para la primera de las inmersiones? Check al equipo del compi, un Ok, y al agua. Sonaron en este programa: 00,00'09” — David Arkenston - Papillon - Sintonía 00,06'04” — Los Campesinos! - The Sea Is a Good Place to Think of the Future 00,31'27” — Steve Cropper & The Midnight Hour - Friendlytown 00,55'01” — Paul Brady - The Lakes of Pontchartrain 01,15'57” — Boogie Belgique - How Deep Is the Ocean 01,20'57” — Héroes del Silencio - Mar adentro 01,34'13” — 091 - No tiene sentido escapar 02,19'01” — G-5 - G-5 02,23'51” — Monotronic - Illusions 02,27'35” — Jethro Tull - Locomotive Breath (Live) 02,31'59" — Hay Peores - Bajo El Mar (Cover de Under The Sea de La Sirenita) Sintonía

Golstalgia
El partidazo: Países Bajos 2 - 1 Argentina (Con Jesús Nuñez)

Golstalgia

Play Episode Listen Later Dec 7, 2025 164:32


En el partidazo de hoy vamos a volver al 4 de julio de 1998 para recordar junto a Jesús Nuñez un partido mítico del Mundial de Francia 1998. Casi 3 horas para narrar 90 minutos de partido, ya nos conocéis. Esperamos vuestros comentarios y vuestros likes. Saga completa del culébron: https://www.ivoox.com/por-barca-solo-tiene-5-copas_bk_list_10210502_1.html Colaborador: Óscar Fernández Edición: Sagrario Pérez Queremos agradecer el apoyo de nuestros mecenas tanto de Ivoox como de Patreon. Por parte de Ivoox queremos dar las gracias a... César Aller Montimen Juaime Andrés Mateu Joan de la Granja Escuchante Y por parte de Patreon queremos dar las gracias a los Medici: Juanjo Robles Gerard Rodríguez David Dacosta Daniel Arteaga Oscar Fernandez Carlos Salavert Gorka Esparza Carles Nicolau Culé de Chamberí Jorge Rubio Jose Angel Giuseppe Xavier Salvador JAVIER PERALES Juan Antonio Cano JULIAN PEREZ César Ferrero Xavier Boixeda Julian Perez Templado Fabián Gómez El heredero Gustavo Angulo Miki Amorós Absolute Beginner Cesar Aller JordiRP Anarcobergueda Juan Luis Montilla Ferri López Agradecemos a nuestros mecenas todo el apoyo que nos brindan a través de Patreon, ¿quieres ser mecenas del canal? Accede al enlace y descubre todas las ventajas que tenemos para ti. https://www.patreon.com/golstalgia_ Recuerda que nos ayuda muchísimo a crecer y a que este video se pueda compartir en más plataformas, si das a ‘me gusta', compartes o nos dejas un comentario. Nuestras redes sociales: E-mail: golstalgia@gmail.com Twitter / X: https://x.com/golstalgia Youtube: https://www.youtube.com/@Golstalgia Ivoox: https://www.ivoox.com/podcast-golstal... Tik tok: https://www.tiktok.com/@golstalgia?la..

Historia de Aragón
España no participará en Eurovisión 2026

Historia de Aragón

Play Episode Listen Later Dec 6, 2025 18:20


Por primera vez desde 1961, España no participará en Eurovisión. Una decisión histórica que ha revolucionado a los eurofans y ha abierto muchos interrogantes. El profesor y miembro de la Junta Directiva de OGAE España, Mario Remón, y el eurofán Javier Santos analizan por qué se ha llegado a este punto, qué consecuencias tendrá y qué significa para el festival esta pérdida, junto a la de Irlanda, Eslovenia y Países Bajos.

¡Buenos días, Javi y Mar!
09:00H | 05 DIC 2025 | ¡Buenos días, Javi y Mar!

¡Buenos días, Javi y Mar!

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 60:00


España jamás ha dejado de participar en Eurovisión, pero Televisión Española anuncia su no participación y retransmisión este año, siguiendo la postura de Países Bajos, Irlanda, Islandia y Eslovenia, debido a la confirmación de la presencia de Israel en el festival. En Extremadura, la campaña electoral ya echa a andar, permitiendo a los candidatos pedir el voto hasta el día 19, antes de las elecciones del próximo domingo 21. El subdirector de emergencias de la Comunidad Valenciana revela que el mensaje de alerta a móviles estaba listo tres horas antes de ser enviado, pero se retrasó porque los responsables políticos querían avisar a todos los alcaldes. El mensaje llegó a los móviles valencianos a las 8 y 11 minutos. Google publica las búsquedas más frecuentes en España, destacando el apagón de abril, los incendios, la búsqueda sobre el Papa León XIV, “quién es Andy y quién es Lucas”, y consultas cotidianas como “cómo hacer té matcha”, “cómo hacer yogur casero”, “qué es el hedadismo” o ...

¡Buenos días, Javi y Mar!
07:00H | 05 DIC 2025 | ¡Buenos días, Javi y Mar!

¡Buenos días, Javi y Mar!

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 60:00


CADENA 100 informa que Islandia y Eslovenia, junto a Países Bajos e Irlanda, no participan ni emiten Eurovisión este año, alineándose con Televisión Española. La campaña electoral en Extremadura da comienzo, y los candidatos solicitan el voto hasta el 19 de diciembre para las elecciones del 21. El subdirector de emergencias de la Comunidad Valenciana detalla que el mensaje de alerta móvil se prepara tres horas antes de su emisión, pero se retrasa por la intención de avisar primero a los alcaldes. Google publica sus búsquedas más frecuentes en España para 2025, destacando "apagón en España", "cómo hacer té matcha" y "creatina o proteína". En

¡Buenos días, Javi y Mar!
06:00H | 05 DIC 2025 | ¡Buenos días, Javi y Mar!

¡Buenos días, Javi y Mar!

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 60:00


Televisión Española (TVE) no participa ni emite este año Eurovisión, después de que la Unión Europea de Radiodifusión (UER) confirma la participación de Israel en el festival. Países Bajos, Irlanda, Islandia y Eslovenia tampoco emiten el certamen. El Benidorm Fest, sin embargo, sigue adelante, aunque el ganador no va a Eurovisión. La campaña electoral en Extremadura arranca para las elecciones del 27 de diciembre; Feijóo apoya a María Guardiola, mientras Pedro Sánchez hace lo propio con el candidato socialista, Gallardo. Ambos líderes destacan la importancia de estos comicios en clave nacional. En cuanto a la peste porcina, Aragón paga 30 euros por cada jabalí cazado, Europa amplía el radio del brote a 91 municipios en Barcelona, y ya hay 13 jabalíes que dan positivo, con la UME desplegando unos mil efectivos en la zona. Tráfico activa la operación especial por el puente de diciembre, esperando 5,7 millones de desplazamientos por carretera hasta la medianoche del lunes al martes. En ...

Enfoque internacional
Sinterklaas: La mágica tradición de Países Bajos donde "Santa" llega desde España

Enfoque internacional

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 1:56


Si visitas Países Bajos o Bélgica a mediados de noviembre, te encontrarás con una fiesta multitudinaria que paraliza las ciudades. No es Navidad todavía, pero las calles están llenas de niños disfrazados, música y olor a galletas especiadas. Se trata de la llegada de Sinterklaas (San Nicolás), una de las tradiciones más queridas y curiosas de la cultura neerlandesa. RFI estuvo en Gouda, la tierra del famoso queso, para verlo desembarcar.      Sinterklaas es el precursor histórico de Santa Claus, pero con una mitología muy diferente. Es un obispo anciano, majestuoso, que viste una capa roja y lleva un báculo dorado. Según la leyenda —que los niños neerlandeses creen fervientemente— Sinterklaas vive en España, específicamente en Madrid. La gran llegada El "Intocht" A diferencia de Papá Noel, que baja por la chimenea en secreto, Sinterklaas llega a lo grande. La tradición dicta que llega navegando desde España en un barco de vapor lleno de regalos. (Aunque, como bien señalan los locales con humor, ¡Madrid no tiene mar! Pero la magia de la historia lo permite todo). Tres semanas antes de entregar sus regalos, toca tierra en algún lugar de Países Bajos, después recorre el país, haciendo paradas en diferentes ciudades. Cada año hace escala en Gouda, una ciudad de unos 70.000 habitantes, a 75 kilómetros al suroeste de Ámsterdam.      En 2025 atraca el sábado 15 de noviembre. En medio de la lluvia San Nicolás desciende del barco acompañado por sus ayudantes, todos se llaman Pedro (Piet). Antes del viaje se entrenan físicamente para entregar los regalos pedidos por los niños y durante el periplo nacional, los Pedros se encargan de la diversión y la logística. Lluvia de "pepernoten" “Unas galletas para Sebastian”, grita uno de los visitantes mientras que el niño está sobre los brazos de su padre. Y es que los Pedros abren el desfile tradicional por una de las calles principales de Gouda, lanzando o entregando puñados de pepernoten y de kruidnoten, los dulces típicos de Sinterklaas. Son unas pequeñas galletas duras y especiadas (similares al pan de jengibre) que los niños recogen del suelo o atrapan al vuelo con emoción. Como se escucha en las calles: "Están duras, pero riquísimas". Cuando los niños disfrazados de Pedro, es decir, con traje renacentista y gorra con plumas, ya parecen saciados, aparece el personaje principal: Sinterklaas montado en su caballo blanco llamado actualmente Ozosnel. Los niños presentes quieren apreciar a ese caballo que van a mimar en los próximos días. Durante varias noches van a poner un zapato (schoenzetten) cerca de la chimenea o la puerta antes de irse a dormir. En él, zanahoria para Ozosnel, quizá dibujos o cartas con sus deseos para Sinterklaas. Si se han portado bien, a la mañana siguiente encuentran dulces, la inicial de su nombre en chocolate o un pequeño regalo dentro del zapato. El Sinterklaasjournaal La magia se alimenta diariamente a través de la televisión. Existe un noticiero especial para niños llamado el Sinterklaasjournaal. Según nos cuentan los locales que crecieron con esta tradición, cada año la trama incluye un "gran problema": el barco no encuentra su rumbo, el faro no funciona, o se pierden los regalos. Esto mantiene a los niños en vilo hasta que, finalmente, “todo se resuelve justo a tiempo para la gran noche”, explica Jeroen, el papá de Sebastian. La festividad culmina la noche del 5 de diciembre (Pakjesavond). Es entonces cuando las familias se reúnen para cenar, cantar canciones tradicionales como "Sinterklaas Kapoentje" y, de repente, suena un fuerte golpe en la puerta. Al abrir, encuentran un saco de arpillera lleno de regalos para toda la familia. Después de esa noche, Sinterklaas monta en su caballo Ozosnel y regresa silenciosamente a España con sus fieles Pedros. Hasta que 2026, cuando los habitantes de Gauda vuelvan a inundar las calles para recibir al ilustre visitante.

En Blanco y Negro con Sandra
RADIO – VIERNES, 5 DE DICIEMBRE DE 2025 – Candente la contienda por la presidencia del Colegio de Médicos de Puerto Rico con injerencia del secretario de Salud ¿Vuelve Politank?

En Blanco y Negro con Sandra

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 55:51


1.  Escándalo en la elección del Colegio de Médicos: Secretario de Saludinterviene, lo que viola la ley. Realiza reuniones en su oficina para favoreceral retador, del incumbente Carlos Díaz y regresar contratos a Politank2.  La Junta aprueba el nuevo acuerdo de gas metano con New Fortress3.  Las comunidades de San Juan contraatacan: Hoy denuncian ilegalidades ypresentan propuestas contra el controversial proyecto de canalización del RioPiedras4.  Prepare su bolsillo. Suben los peajes con el nuevo ano5.  Revive Roosevelt Roads: resurgimiento militar en la antigua base navaldivide a los ceibeños6.  Revisión tarifaria discute cuando LUMA juega para ellos y cuando juegapara mejorar el sistema7.  Vivienda promete acelerar el fin de los toldos azules: “A 8 años no esjusto8.  El programa de responsabilidad social "Yo Comparto lo Bueno”, deUpfront Communication, anunció el comienzo de su iniciativa anual “Letras deEsperanza”, un proyecto que invita a la ciudadanía a escribir mensajes deafecto, solidaridad y amor para adultos mayores que residen en égidas, hogaresde cuido y asilos alrededor de toda la isla. Los buzones oficiales ya estánubicados en los atrios de Plaza Las Américas y Plaza del Caribe, listos pararecibir las postales hasta 13 de diciembre.9.  El Pentágono anuncia que mató a otros 5 hombres en una lancha queexplotaron en el Pacifico10.            Rusia bloquea Snapchaty restringe FaceTime de Apple, según funcionarios estatales. El último esfuerzopara controlar las comunicaciones11.            4 países - Irlanda,España, Eslovenia y Países Bajos - boicotearán Eurovisión 2026 tras el vistobueno de Israel para competir. Este es un programa independiente y sindicalizado. Esto significa que este programa se produce de manera independiente, pero se transmite de manera sindicalizada, o sea, por las emisoras y cadenas de radio que son más fuertes en sus respectivas regiones. También se transmite por sus plataformas digitales, aplicaciones para dispositivos móviles y redes sociales.  Estas emisoras de radio son:1.    Cadena WIAC - WYAC 930 AM Cabo Rojo- Mayagüez2.    Cadena WIAC – WISA 1390 AM Isabela3.    Cadena WIAC – WIAC 740 AM Área norte y zona metropolitana4.    WLRP 1460 AM Radio Raíces La voz del Pepino en San Sebastián5.    X61 – 610 AM en Patillas6.    X61 – 94.3 FM Patillas y todo el sureste7.    WPAB 550 AM - Ponce8.    ECO 93.1 FM – En todo Puerto Rico9.    WOQI 1020 AM – Radio Casa Pueblo desde Adjuntas 10. Mundo Latino PR.com, la emisora web de música tropical y comentario Una vez sale del aire, el programa queda grabado y está disponible en las plataformas de podcasts tales como Spotify, Soundcloud, Apple Podcasts, Google Podcasts y otras plataformas https://anchor.fm/sandrarodriguezcotto También nos pueden seguir en:REDES SOCIALES:  Facebook, X (Twitter), Instagram, Threads, LinkedIn, Tumblr, TikTok BLOG:  En Blanco y Negro con Sandra http://enblancoynegromedia.blogspot.com  SUSCRIPCIÓN: Substack, plataforma de suscripción de prensa independientehttps://substack.com/@sandrarodriguezcotto OTROS MEDIOS DIGITALES: ¡Ey! Boricua, Revista Seguros. Revista Crónicas y otrosEstas son algunas de las noticias que tenemos hoy En Blanco y Negro con Sandra. 

BBVA Compartiendo Conocimiento
Edificios como kits de Ikea: la revolución de la construcción en madera en España

BBVA Compartiendo Conocimiento

Play Episode Listen Later Dec 5, 2025 8:34


España arrastra un déficit de más de 600.000 viviendas, según el Informe Anual del Banco de España. No es una cifra abstracta: son familias esperando, precios disparados y un sector que apenas ha industrializado un 5% de su actividad. La solución lleva años delante de nuestros ojos: construir en fábrica, planificar como si fuera industria y no improvisar en obra. En este podcast de Compartiendo Conocimiento te contamos el caso de la empresa aragonesa Actia. La construcción industrializada no es una moda pasajera ni un gesto verde para maquillar un sector anticuado. España pide más y mejor vivienda y, sobre todo, construcciones que den un respiro al planeta. El mercado de la vivienda, sin embargo, apenas ha industrializado un 5% de su actividad, según el Proyecto Estratégico para la Recuperación y la Transformación Económica (PERTE) de la Industrialización de la Vivienda, una cifra que está muy por debajo del 10% de Reino Unido y del 20% de Alemania y Países Bajos. Hay falta de mano de obra, urgencia de vivienda, presión climática, demanda social… El reto es estandarizar sin convertirlo todo en un catálogo plano, medir lo que antes se intuía y demostrar que la innovación también puede mejorar los resultados económicos. En medio de este movimiento nace Actia, una empresa aragonesa que no surge por casualidad, sino como la apuesta conjunta del Grupo Certis y Rueda de Arquitectura para construir el futuro en madera. Con este objetivo, fabrica los edificios como si fuesen kits de Ikea, con madera estructural y una rebaja de emisiones de hasta el 60%. 

La Linterna
20:00H | 04 DIC 2025 | La Linterna

La Linterna

Play Episode Listen Later Dec 4, 2025 60:00


José Luis Rodríguez Zapatero reaparece en Venezuela, donde Estados Unidos impulsa una vía penal contra él tras las revelaciones de Carvajal sobre la red delictiva de Maduro y posibles implicaciones de políticos españoles. El PSOE afronta acusaciones de acoso sexual contra el asesor Paco Salazar y la investigación a Santos Cerdán en el Senado, donde Juanfran Serrano expresa su shock. Una cumbre España-Marruecos, sin preguntas de la prensa, suscita inquietud por Ceuta, Melilla y el abandono de niños marroquíes. Se investiga a un dirigente del PSOE en Torremolinos por acoso sexual y se rechaza indagar al delegado del gobierno en el caso Begoña Gómez. Sanitarios convocan huelga indefinida desde el 27 de enero. Detienen a la madre y pareja por la muerte de un niño en Almería, y arrestan a un menor por agredir a un sintecho. España, junto a Países Bajos, Irlanda y Eslovenia, se retira de Eurovisión por la participación de Israel. Teresa Peramato, futura fiscal general, reconoce una ...

La Linterna
22:00H | 04 DIC 2025 | La Linterna

La Linterna

Play Episode Listen Later Dec 4, 2025 60:00


El PSOE afronta un creciente malestar interno por las acusaciones de acoso sexual contra Paco Salazar, exasesor, cuya gestión el partido oculta y maneja deficientemente durante meses. Una militante de Málaga ya ha denunciado acoso ante la justicia. Este caso genera dudas sobre el compromiso feminista del partido. España se retira de Eurovisión 2026 tras confirmarse la participación de Israel. RTVE y otros países como Países Bajos, Irlanda y Eslovenia justifican la decisión por el conflicto en Gaza. Hugo 'El Pollo' Carvajal, exjefe de inteligencia chavista preso en EE. UU., ofrece información a Donald Trump sobre los vínculos de Maduro con el narcotráfico y la financiación de políticos extranjeros, aludiendo a Zapatero. Carvajal, sin aportar pruebas documentales, busca una reducción de pena o un indulto. En Extremadura, arranca la campaña electoral. Pedro Sánchez apoya al candidato socialista, Miguel Ángel Gallardo, investigado judicialmente. Feijóo respalda a María Guardiola del PP. ...

Humor en la Cadena SER
Especialistas Secundarios | El primer ser humano que se casa con luna airfryer ya se ha divorciado

Humor en la Cadena SER

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 5:36


Ocurrió, cómo no, en Países Bajos. Su protagonista, un señor raro, da la cara y habla de diferencias irreconciliables a todos los niveles.

La Ventana
Especialistas Secundarios | El primer ser humano que se casa con luna airfryer ya se ha divorciado

La Ventana

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 5:36


Ocurrió, cómo no, en Países Bajos. Su protagonista, un señor raro, da la cara y habla de diferencias irreconciliables a todos los niveles.

Especialistas Secundarios
Especialistas Secundarios | El primer ser humano que se casa con luna airfryer ya se ha divorciado

Especialistas Secundarios

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 5:36


Ocurrió, cómo no, en Países Bajos. Su protagonista, un señor raro, da la cara y habla de diferencias irreconciliables a todos los niveles.

Voces de Ferrol - RadioVoz
Sr. Salvaje cierra su gira "VUELA" en la Sala Capitol este viernes y vuelve a Músicas de Ferrolterra. Hoy: Techos Bajos

Voces de Ferrol - RadioVoz

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 11:46


Este viernes día 5, la Sala Capitol acogerá la actuación de Sr. Salvaje, que pondrá el broche final a una gira y a un año repleto de sorpresas, culminado además con el lanzamiento de un nuevo tema este jueves. Tras recorrer Galicia de punta a punta y adentrarse en distintos puntos del territorio nacional, la banda compostelana cierra su exitoso tour “VUELA”, una gira que los llevó a actuar en más de 70 localidades de Galicia y del resto de la Península. Este intenso recorrido ha consolidado al grupo como una de las formaciones emergentes más destacadas del noroeste español. Con un directo arrollador y de alto octanaje, Sr. Salvaje despedirá esta etapa el próximo diciembre de 2025, rodeado de numerosos artistas y amigos sobre el escenario de la Sala Capitol, prometiendo una noche que quedará marcada en la memoria de sus seguidores.

Hírstart Robot Podcast
Mindenki ezt nézi? Világszerte rákaptak a nézők az új, 16+-os krimithrillerre, itthon is streamelheted!

Hírstart Robot Podcast

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 4:12


Mindenki ezt nézi? Világszerte rákaptak a nézők az új, 16+-os krimithrillerre, itthon is streamelheted! Esterházy Péter egykori lakhelyén a magyar kultúra napján nyílhat alkotóház A Bajos csajoktól az Oscar-jelölésig – a 40 éves Amanda Seyfried 5 legemlékezetesebb alakítása Hírmozaik – december 2. Családi programok és koncertek a Pannon Filharmonikusok adventi kínálatában Egy színész, akit soha nem felejtünk el – így emlékeznek Kálloy Molnár Péterre barátai és kollégái Milliókat érő könyv bújik meg sok magyar polcán Jaskó Bálint: „Van valami felszabadító abban, amikor sok szerepet kell játszani” Mikes Anna hiába titkolózott édesanyja előtt: Éva átlátott a szitán Ők 23-an kapták az Artisjus előadói és pedagógusi díjait Minden idők legnagyobb magyarországi színházi jegyértékesítését produkálta az Erkel A további adásainkat keresd a podcast.hirstart.hu oldalunkon. Hosted by Simplecast, an AdsWizz company. See pcm.adswizz.com for information about our collection and use of personal data for advertising.

Todo por la radio
Especialistas Secundarios | El primer ser humano que se casa con luna airfryer ya se ha divorciado

Todo por la radio

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 5:36


Ocurrió, cómo no, en Países Bajos. Su protagonista, un señor raro, da la cara y habla de diferencias irreconciliables a todos los niveles.

Radio 90 Motilla
Entrevista a Jesús Ayuso de Rubielos Bajos

Radio 90 Motilla

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 15:16


Hírstart Robot Podcast - Film-zene-szórakozás
Mindenki ezt nézi? Világszerte rákaptak a nézők az új, 16+-os krimithrillerre, itthon is streamelheted!

Hírstart Robot Podcast - Film-zene-szórakozás

Play Episode Listen Later Dec 3, 2025 4:12


Mindenki ezt nézi? Világszerte rákaptak a nézők az új, 16+-os krimithrillerre, itthon is streamelheted! Esterházy Péter egykori lakhelyén a magyar kultúra napján nyílhat alkotóház A Bajos csajoktól az Oscar-jelölésig – a 40 éves Amanda Seyfried 5 legemlékezetesebb alakítása Hírmozaik – december 2. Családi programok és koncertek a Pannon Filharmonikusok adventi kínálatában Egy színész, akit soha nem felejtünk el – így emlékeznek Kálloy Molnár Péterre barátai és kollégái Milliókat érő könyv bújik meg sok magyar polcán Jaskó Bálint: „Van valami felszabadító abban, amikor sok szerepet kell játszani” Mikes Anna hiába titkolózott édesanyja előtt: Éva átlátott a szitán Ők 23-an kapták az Artisjus előadói és pedagógusi díjait Minden idők legnagyobb magyarországi színházi jegyértékesítését produkálta az Erkel A további adásainkat keresd a podcast.hirstart.hu oldalunkon. Hosted by Simplecast, an AdsWizz company. See pcm.adswizz.com for information about our collection and use of personal data for advertising.

La ContraHistoria
El fascismo que fracasó

La ContraHistoria

Play Episode Listen Later Nov 28, 2025 96:02


El periodo de entreguerras presenció el colapso de buena parte de las democracias parlamentarias que habían surgido en Europa durante el siglo XIX. La primera en caer fue la italiana con el ascenso del fascismo y ese proceso alcanzó su apogeo ya en la década de los treinta con el nacionalsocialismo alemán. Para 1939 había más regímenes autoritarios que democracias en el continente. Pero, a excepción de Italia y Alemania, la mayoría eran regímenes nacionalistas de derechas que no encajaban bien en el molde fascista. Eso sí, muchos adoptaron la estética y los gestos del fascismo para ponerse al día y aparentar modernidad. En los años veinte los intentos de imitar el fascismo fuera de Italia no tuvieron demasiado éxito. Todo cambió a partir de 1933. El triunfo de Hitler convirtió al fascismo en una moda. Los jóvenes, en una Europa que estaba llena de ellos, lo veían como la ola del futuro frente a una democracia liberal que creían moribunda y el comunismo revolucionario. Esto explica la proliferación de milicias uniformadas y la retórica inflamada que proliferó en toda Europa en aquella época. Pero un grupo de países del noroeste europeo (Reino Unido, Francia, el Benelux, Escandinavia y Suiza) resistió a la tentación autoritaria. En todos ellos aparecieron movimientos fascistas o semifascistas, pero nunca superaron (salvo excepciones puntuales y breves) el 2% del voto en las elecciones. Como consecuencia fueron intrascendentes y quedaron políticamente marginados. Las razones de su fracaso eran de tipo estructural. En democracias consolidadas, sin que el nacionalismo irredentista hiciese acto de presencia, con alto nivel de vida, propiedad privada extendida y arraigada tradición parlamentaria, no existía necesidad objetiva de un nacionalismo revolucionario. Francia es el caso más interesante por su tradición política de propensión a los extremos y porque allí nacieron muchas de las ideas fascistas. En Francia aparecieron decenas de ligas, partidos y movimientos como Acción Francesa, el Fascio, las Juventudes Patriotas, las Cruces de Fuego, los Francistas y un largo etcétera. El más exitoso fue el Partido Social Francés de François de La Rocque, que aseguraba tener casi un millón de afiliados, pero nunca llegó a ser un partido propiamente fascista. El Partido Popular Francés de Jacques Doriot, un antiguo dirigente comunista, fue el más profascista y con mayor base obrera, pero tampoco logró despegar. La Tercera República, a pesar de sus periódicas crisis, se mostró muy resistente . En Bélgica apareció el rexismo de Leon Degrelle que empezó bien pero luego perdió atractivo. En los Países Bajos el Movimiento Nacional Socialista de Anton Mussert despertó mucha atención, pero luego decayó. En el Reino Unido la Unión Británica de Fascistas de Oswald Mosley nunca pasó de la irrelevancia. Irlanda tuvo unos efímeros “camisas azules”, Escandinavia y Suiza, docenas de grupúsculos insignificantes. El fascismo necesitó un terreno abonado por derrota en la guerra y su corolario de humillación, crisis y sistemas democráticos débiles y poco legitimados. Allá donde no se dieron esas condiciones el fascismo quedó reducido a a una ruidosa curiosidad que vivía en los márgenes. Cuando estalló la guerra en 1939 incluso esas minorías perdieron todo atractivo y los movimientos se disolvieron o fueron prohibidos. El fascismo, que a mediados de la década preludiaba el futuro, resultó ser un fenómeno muy coyuntural ligado a una crisis concreta. Sin ese combustible no podía prosperar. En El ContraSello: 0:00 Introducción 36:02 “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R 1:24:47 Álvar Núnez Cabeza de Vaca Bibliografía: - "Excombatientes y fascismo en la Europa de entreguerras" de Ángel Alcalde - https://amzn.to/4py51yO - "Modernismo y fascismo" de Roger Griffin - https://amzn.to/4oYFcIs - "El fascismo" de Stanley G. Payne - https://amzn.to/43R5JiC - "Fascism: A History" de Roger Eatwell - https://amzn.to/485TVLR · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #fascismo #europa Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Noticentro
EU lanza alerta a viajeros por inseguridad en playas mexicanas

Noticentro

Play Episode Listen Later Nov 23, 2025 1:06 Transcription Available


No habrá Martes de Zócalo ciudadano hasta diciembreCapturan en Ecatepec a líder del “Sindicato 22 de Octubre”  Países Bajos suspenden vuelos en Eindhoven por presencia de dronesMás información en nuestro Podcast

Herrera en COPE
Pilar García de la Granja, experta económica: "Hay más gente trabajando, pero no más horas trabajadas. Esto permite consumir más porque los salarios bajos no tienen capacidad de ahorro, todo es consumo"

Herrera en COPE

Play Episode Listen Later Nov 19, 2025 1:52


La Unión Europea ha mejorado sus previsiones para la economía española. Según ha explicado la experta Pilar García de la Granja en la sección 'Economía de bolsillo' de 'Herrera en COPE', con Jorge Bustos, Bruselas ha mejorado en tres décimas la previsión de crecimiento para España este año y el que viene, duplicando así la media de la Unión Europea. La clave de este impulso, aseguran, reside en el consumo interno y en un gasto público que está disparado.Sin embargo, este escenario convive con una paradoja en el mercado laboral. A pesar de los buenos datos de empleo, España seguirá liderando el paro en la Unión Europea. García de la Granja ha señalado que "hay más gente trabajando, pero no más horas trabajadas", lo que indica que el trabajo se reparte entre más población. Esto, a su vez, deriva en salarios bajos con una capacidad de ahorro prácticamente nula, lo que destina toda la renta al gasto. "Las sociedades ricas son aquellas que consumen, pero que, ...

Tu dosis diaria de noticias
19 de noviembre - ¿Finalmente serán publicados los “Epstein files”?

Tu dosis diaria de noticias

Play Episode Listen Later Nov 19, 2025 11:59


La Cámara de Representantes de Estados Unidos aprobó un proyecto de ley para que el Departamento de Justicia publique todos los “Epstein files”. La medida pasó casi de manera unánime, con 427 votos a favor y sólo 1 en contra. La Policía española informó que la “oficina” del Cártel Jalisco Nueva Generación en España fue desmantelada. Esto tras una operación contra el tráfico de drogas en la que participó también la DEA y la Policía de Países Bajos. Además… El excandidato a la presidencia municipal de San Andrés Tuxtla fue asesinado; Claudia Sheinbaum descartó un posible ataque de Estados Unidos contra cárteles de la droga en México; La presidenta también presentó el programa “Mundial Social”; Donald Trump recibió en la Casa Blanca al príncipe heredero de Arabia Saudita; Hamás rechazó el respaldo de la ONU al plan de transición en Gaza; X, Chat GPT y Canva se cayeron. Y para #ElVasoMedioLleno… La Universidad Autónoma de Querétaro está desarrollando una pastilla anticonceptiva para hombres que viene a revolucionar la industria. Para enterarte de más noticias como estas, síguenos en redes sociales. Estamos en todas las plataformas como @telokwento. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

Daily Easy Spanish
Cómo una isla caribeña de solo 150.000 habitantes logró la hazaña de convertirse en el país más pequeño en clasificar a un Mundial de fútbol

Daily Easy Spanish

Play Episode Listen Later Nov 19, 2025 20:16


Curazao logró la hazaña de clasificarse a un Mundial por primera vez. Su relación con Países Bajos fue clave para conseguir este hito.

#Balong
Previa: Chile vs Perú / Alemania y Países Bajos clasificaron al Mundial / #BalongRadioNoite

#Balong

Play Episode Listen Later Nov 18, 2025 57:58


Daniel Ramos' Podcast
Episode 505: 17 de Noviembre del 2025 - Devoción matutina para Adultos - ¨Con Jesús Hoy"

Daniel Ramos' Podcast

Play Episode Listen Later Nov 16, 2025 5:16


====================================================SUSCRIBETEhttps://www.youtube.com/channel/UCNpffyr-7_zP1x1lS89ByaQ?sub_confirmation=1======a==============================================DEVOCIÓN   MATUTINA PARA ADULTOS 2025“CON JESÚS HOY”Narrado por: Exyomara AvilaDesde: Bogotá, ColombiaUna cortesía de DR'Ministries y Canaan Seventh-Day Adventist Church ===================|| www.drministries.org ||===================17 de NoviembreExpatriados protegidos«Entonces los justos le responderán diciendo: "Señor, ¿cuándo te vimos forastero y te recogimos?"> (Mat. 25: 36-37).John Weidner es un referente histórico en el Campus Adventista de Collonges-sous-Salève (Francia) donde he tenido el privilegio de enseñar durante muchos años.Habiendo vivido su juventud en esa zona, situada muy cerca de la frontera suiza, y siendo muy atrevido, el joven John conocía con todo detalle la región del Salève.En 1940, cuando las fuerzas nazis invadieron Francia, Bélgica, Luxemburgo y los Países Bajos, John organizó con un grupo de parientes, amigos y simpatizantes, entre los que se encontraban varios empleados, profesores y estudiantes del colegio adventista, una red de enlaces y «guías de montaña» para ayudar a fugitivos, sobre todo judíos, a escapar de los horrores de la guerra.Así, en cinco años, y con la ayuda de cientos de combatientes de la Resistencia, consiguió llevar a salvo desde Francia y Holanda a Suiza y a España a más de ochocientos judíos, la mayoría niños, y a más de doscientos aviadores, combatientes de la Resistencia o refugiados.Arrestado varias veces, siempre logró escapar, hasta que fue encarcelado y torturado, siendo salvado in extremis por un juez simpatizante de la Resistencia. Su hermana Gabrielle, sin embargo, fue detenida un sábado durante el servicio de culto, denunciada junto con otros ciento cuarenta miembros de la red Dutch-París por alguien sometido a tortura, y moriría de desnutrición en el campo de concentración de Ravensbrück, pocos días después de ser liberada por las tropas soviéticas.En 1962 el periodista estadounidense Herbert Ford hizo pública la historia de ese héroe en el libro Flee the captor. Entre muchas otras distinciones, en 1978 el Estado de Israel le rindió homenaje incluyéndolo en la lista de los «Justos entre las Naciones». En 1993 el Atlantic Union College (Massachusetts, EE. UU.) erigió en su honor el Centro y Museo Weidner para el Cultivo del Espíritu Altruista.Al explicar por qué arriesgó tantas veces su vida para salvar a otros, dijo lo siguiente: «De mi padre, de mi familia y de mi iglesia aprendí que la decisión más importante que podemos tomar los humanos es la voluntad de amar, respetar y tratar a nuestro prójimo como desearíamos ser amados, respetados y tratados. Soy testigo del trato bárbaramente inhumano contra los judíos por parte de los nazis. Tuve que presenciar cómo uno de ellos arrancaba a un bebé de los brazos de su madre y le estampaba el cráneo contra un muro. Eso me dio aún más fuerzas para seguir el ejemplo de Cristo y con su ayuda hacer lo que estuviera de mi parte para salvar tantas vidas como fuera posible».Señor, dame esa fuerza. 

No es un día cualquiera
No es un día cualquiera - La noticia semanal de ciencia con Manuel Toharia

No es un día cualquiera

Play Episode Listen Later Nov 15, 2025 12:56


El Gobierno ha ordenado el confinamiento de todas las aves de corral en España para frenar la gripe aviar, tras el sacrificio de casi tres millones de animales este año. La población se pregunta si estamos ante una crisis excepcional o un riesgo comparable al COVID.Un estudio del CSIC denuncia los fallos en el reciclaje de plásticos. Los países desarrollados generamos, solo en basura doméstica, bastante más de un kilo por habitante y día. España es el tercer país de la Unión Europea que más exporta residuos plásticos a países en desarrollo, con casi 14.000 toneladas mensuales a países no pertenecientes a la OCDE desde agosto de 2024. Solo nos ganan Alemania y Países Bajos.En la noticia semanal de ciencia, Manuel Toharia, analiza ambas crisis y nos ayuda a entender su alcance real. Escuchar audio

Herrera en COPE
11:00H | 14 NOV 2025 | Herrera en COPE

Herrera en COPE

Play Episode Listen Later Nov 14, 2025 60:00


Pedro Sánchez es instado a disolver las Cortes y convocar elecciones generales, mientras el gobierno pierde capacidad de gobernar. La incidencia de la gripe es alta en España, con hospitales saturados y personal insuficiente, y se espera el pico para Navidad. Francia se clasifica al Mundial de 2026, y España, Alemania, Países Bajos y Croacia pueden hacerlo hoy o mañana. En Madrid, llueve y hay viento, con incidentes de tráfico y una agresión en Parla. El BCE recomienda tener efectivo en casa. Pablo Nemo relata su inspirador viaje a pie por África, enfrentando la soledad, animales salvajes y la corrupción, mientras explora los chakras de la Tierra en su proyecto "El Templo" y redefiende la esencia de la vida. También se comenta el buen momento del cine con películas como "The Paper", "Ahora me ves 3", "La Larga Marcha" (basada en Stephen King), "Pluribus" y "Los colores del tiempo", anticipando la complejidad de los premios Goya.

La Ventana
La Ventana a las 16h | 'Voladura 76', El candidato a Presidente de la Comunidad Valenciana en 'Pòlonia' de TV3, Se hace viral una canción generada por IA y en contra de los migrantes, El influencer de Rosalía

La Ventana

Play Episode Listen Later Nov 14, 2025 47:35


Mañana se estrena en Televisión Española "Voladura 76", un documental producido por Catorce en asociación con RTVE Play y que indaga en un episodio apenas contado, muy poco investigado y sobre el que aún pesa un halo de misterio que ahora se desvela. Nos visita su directora Marisa Lafuente. El programa 'Polònia' es uno de los programas más seguidos por los espectadores de TV3, se emite a las diez de la noche los jueves, realiza a un análisis de la actualidad a través de una serie de sketches. Anoche emitía un sketch en el que Franco explicaba  a los líderes de PP y Vox, Alberto Núñez Feijóo y Santiago Abascal, cómo debe ser "El chico PP" que gobierne la Comunidad Valenciana a ritmo de la "Chica ye-ye". Una canción en Países Bajos generada por inteligencia artificial, se ha popularizado por su mensaje en contra de los migrantes. Informa Isabel Ferrer, corresponsal de la SER en Países Bajos. El pasado miércoles Rosalía respondió a Carles Francino lo que para ella era un día feliz. La cantante respondió con una frase de Jesús de la Gándara, el psiquiátrico  de cabecera de La Ventana. Este viernes se asoma a La Ventana. 

Daily Easy Spanish
Barrios flotantes, la audaz solución holandesa para un mundo que se hunde

Daily Easy Spanish

Play Episode Listen Later Nov 14, 2025 39:27


Países Bajos está exportando la tecnología y el conocimiento para la construcción de casas flotantes, una alternativa para las poblaciones en peligro por el cambio climático.

Poniendo las Calles
01:30H | 12 NOV 2025 | Poniendo las Calles

Poniendo las Calles

Play Episode Listen Later Nov 12, 2025 30:00


La selección italiana de fútbol se muestra débil, con una delantera floja, y es probable que deba jugar la repesca mundialista. Países Bajos presenta un centro del campo potente, y Portugal ha convocado a Carlos Forbs. Haaland destaca en Noruega con estadísticas impresionantes. En el ámbito de la inteligencia artificial aplicada al fútbol, Olocip ha creado una lista de convocados para la selección española basada en datos objetivos, excluyendo a futbolistas habituales. Julio Maldonado elige a Gerard Piqué como el mejor central derecho de los campeones del mundo. Carlos Moreno “El Pulpo” aborda el "sharenting", la práctica de compartir fotos de hijos en redes sociales. El 89% de los padres españoles lo hacen mensualmente, con el 81% de los niños teniendo una foto online antes de los seis meses. Se advierte sobre riesgos como el acoso, el uso indebido de imágenes y la manipulación con inteligencia artificial. Claudia Caso, directora de Fundación Sol, subraya la permanencia de la huella ...

La ContraHistoria
La burbuja de los tulipanes

La ContraHistoria

Play Episode Listen Later Nov 7, 2025 82:00


La primera burbuja especulativa de la historia fue la conocida como burbuja de los tulipanes o “tulipomanía”. Se produjo entre 1634 y 1637 en los Países Bajos. Aunque de primeras nos lo pueda parecer, no fue solo una locura colectiva que se apoderó de los holandeses de la época, sino una manifestación más de la sofisticación que la ciudad de Ámsterdam adquirió durante su siglo de oro. En esa época Holanda, que había reemplazado a Portugal como reina de los mares, acumuló un inmenso capital gracias al comercio ultramarino. Puertos como el de Ámsterdam se convirtieron en centros de intermediación que tomaron el relevo de las repúblicas mercantiles italianas como Venecia y Génova. Fue allí, en la Holanda del siglo XVII, donde nació el capitalismo moderno. La prosperidad fue la consecuencia de una estrategia comercial muy bien pensada y de importantes innovaciones en materia económica y financiera. En 1602 se fundó la Compañía Neerlandesa de las Indias Orientales (VOC), la primera empresa por acciones que cotizaba en la Bolsa de Ámsterdam, la más antigua del mundo. La VOC actuaba como entidad cuasi-soberana: establecía colonias, declaraba guerras y generaba altos beneficios. La Bolsa facilitó un mercado secundario, liquidez y herramientas como contratos a futuro e incluso ventas en corto. En paralelo, en 1609 se creó el Banco de Ámsterdam inspirándose en los antiguos en bancos italianos. Su cometido era estandarizar monedas y facilitar giros contables. Eso permitía eliminar los riesgos de las monedas de baja calidad y dar certidumbre a sus clientes. El comercio y las nuevas instituciones generaron prosperidad, y la prosperidad trajo mucha liquidez que inundó las ciudades de Holanda. Aquella era una sociedad burguesa, estaba regida por comerciantes no por aristócratas. El calvinismo que profesaban les exigía moderación, pero los comerciantes holandeses llegaron a ser muy ricos y todo el dinero que ganaban en algo tenían que gastarlo o invertirlo. Y es aquí donde aparecieron los tulipanes, una flor originaria de Persia que llegó a Europa occidental desde el imperio otomano a mediados del siglo XVI. En Holanda se plantaron por primera vez en 1593 en el jardín botánico de la universidad de Leiden. La belleza y escasez de las variedades “rotas” los convirtió en símbolos de prestigio. Esos tulipanes estaban “rotos” por culpa de un virus que creaba patrones únicos lo que provocaba escasez y elevaba su precio. Los bulbos de tulipán eran muy demandados y al principio se vendían al contado, pero pronto empezaron a hacer ingeniería financiera con ellos. Entraron en el mercado bulbos que aún no se habían recogido mediante contratos de futuros, lo que ocasionó un gran apalancamiento basado en la idea de que el precio nunca bajaría. Esto democratizó la inversión posibilitando que afluyese todo tipo de gente, al menos hasta que los precios explotaron: por un bulbo de las variedades más valiosas se llegó a pagar lo que costaba una mansión. Todo fue como la seda hasta febrero de 1637, cuando una subasta a la que no acudieron compradores hizo saltar todo por los aires. La confianza se quebró y se produjo un pánico seguido de bancarrotas. El gobierno intervino anulando contratos e imponiendo quitas, pero no había jurisprudencia al respecto por lo que durante años se sucedieron los pleitos. El impacto económico de la burbuja fue limitado. No afectó la Bolsa ni al Banco de Ámsterdam, pero si dejó lecciones muy útiles de cara al futuro que no siempre se han seguido. Hoy curiosamente los tulipanes son el símbolo de los Países Bajos y parte inseparable de su identidad nacional. En El ContraSello: 0:00 Introducción 4:12 La burbuja de los tulipanes 28:50 “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R 1:17:25 ContraHistorias musicales Bibliografía: “Tulipmania” de Anne Goldgar - https://amzn.to/4nMZCmv “Famous first bubbles” de Peter M. Garber - https://amzn.to/3XgP2cq “Las primeras burbujas especulativas” de Douglas French - https://amzn.to/4p1ftPs “Historia de las burbujas financieras” de Miguel A. Muñoz - https://amzn.to/43jUCyd · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #tulipanes #holanda Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Su Presencia Radio
¡Colombia campeona de atletismo!

Su Presencia Radio

Play Episode Listen Later Nov 6, 2025 55:28


Enfoque internacional
Corea del Norte, ¿dispuesta a escuchar a la ONU acerca de la pena de muerte?

Enfoque internacional

Play Episode Listen Later Nov 6, 2025 3:47


Este viernes comienza en Tokio un Congreso sobre la pena de muerte en Asia Oriental, organizada por asociaciones abolicionistas de la región. Países como Corea del Norte siguen aplicando ejecuciones, en su gran mayoría fuera de la vista de la comunidad internacional, y han sido señalados por defensores de derechos humanos. RFI conversó con Elizabeth Salmón, relatora de la ONU para los derechos humanos en la República Popular Democrática de Corea.  Se le conoce como Corea del Norte, pero en Naciones Unidas su nombre oficial es República Popular Democrática de Corea - o RPDC. La peruana Elizabeth Salmón es relatora de la ONU para los derechos humanos en ese país y entre sus tareas se encuentra la de monitorear cómo se imparte justicia en el terreno, donde no hay un equipo de Naciones Unidas. El derecho internacional exige que los Estados que no han abolido la pena de muerte solo la apliquen a los crímenes o delitos de extrema gravedad. “En el caso de la República Popular Democrática de Corea, sin embargo, lo que tenemos es que existen alrededor de 40 posibles delitos que podrían terminar siendo objeto de pena de muerte”, apunta Salmón. Entre los delitos castigados con muerte están aquellos vinculados a la comercialización de droga, prostitución y trata de personas. Se incluye también algo “tremendamente llamativo, el consumo de información de lo que se llama naciones hostiles o enemigas, que básicamente se refieren a Corea del Sur". Salmón participa en Tokio en el Congreso regional sobre la pena de muerte en Asia Oriental, del 7 al 9 de noviembre. Aunque es imposible establecer cifras, tuvo acceso a casos de ejecuciones incompatibles con el estándar de castigo a "delitos más graves". "Como relatora, junto con otros relatores de Naciones Unidas, levantamos la voz y enviamos comunicaciones a la RPDC porque llegó a nuestro conocimiento el caso de 11 mujeres que habían sido repatriadas de China y que fueron sometidas el 31 de agosto de 2024 a un juicio público en el que se les acusaba de haber cometido el delito de tráfico humano y esclavitud sexual. Dos de estas mujeres fueron ejecutadas ese mismo día”, explicó. Dos recomendaciones aceptadas La RPDC ha participado en varios ciclos del Examen Periódico Universal, el mecanismo del Consejo de Derechos Humanos de Naciones Unidas para vigilar que se cumplan obligaciones. “En noviembre de 2024, en su cuarto ciclo, por primera vez en la historia de este mecanismo, aceptó dos recomendaciones que tienen que ver precisamente con el tema de la pena de muerte”, aseguró la relatora. Chile pedía reducir los casos castigables con la pena de muerte mientras que Países Bajos le solicitó restringir la pena de muerte a los crímenes más serios del derecho. “A pesar de que tradicionalmente la RPDC no ha querido conversar sobre este tema, en el año 2024 ha aceptado estas dos recomendaciones, que considero tremendamente importantes. Podría ser un signo para poder conversar en el futuro, y ojalá que se tomen en serio estas dos recomendaciones y puedan, en su próximo ciclo o incluso antes, presentar elementos positivos, reformas normativas, restricciones y protocolos que garanticen el derecho a la vida". Salmón apunta además que, al realizar ejecuciones públicas, Pyongyang busca desalentar cualquier crítica en la ciudadanía.

Hoy es Risco
Hoy es Risco | Miércoles 05 de Noviembre de 2025

Hoy es Risco

Play Episode Listen Later Nov 5, 2025 44:39 Transcription Available


En #HoyEsRisco del miércoles 5 de Noviembre, Citlali Hernandez Secretaria de las Mujeres, comentó de las acciones que se emprenderán a raíz del acoso sexual del que fue víctima la Presidenta Claudia Sheinbaum. Ariel Moutsatsos analizó de la victoria de Zohran Mamdani, en las elecciones de alcalde de Nueva York. Hace años era imposible ver a una persona de otro origen en este cargo, señaló. En los deportes con Marion Reimers y Paulina Chavira, se comentó de la selección femenil de fútbol Sub 17, la cual se quedó en semifinales del Mundial, que se disputa en Marruecos, al ser derrotada por los Países Bajos.

Deportres
MIERCOLES P1194

Deportres

Play Episode Listen Later Nov 5, 2025 174:11


Deportres 5 de noviembre 2025 (1194) - www.deportres.comEn el Deportres de hoy: La selección mexicana sub 17 que participa en el mundial femenil se enfrenta a su similar de Países Bajos en la semifinal de la copa del mundo de la categoría, y toda la información futbolera de Mexico y el mundo, basquetbol de la NBA, futbol americano, tu participación y como siempre, mucho mas.www.patreon.com/c/Deportres

Que se vayan todos
ABURRIDO 348 APPS PARA BRUJERÍA Y PARA BRUJAS público

Que se vayan todos

Play Episode Listen Later Nov 4, 2025 31:19


(00:00:00) INTRO (00:02:40) Una IA que tuvo morochos (00:07:49) Apps para manifestar cosas, al universo (00:19:58) Vayan a buscar 1984 en la Grokipedia (00:26:26) MENÚ (00:29:42) anuncios (00:31:19) PATREON de lo que te estás perdiendo (00:32:15) Entrena a tu robot y que el que lo entrena vea a ver qué hace (00:43:06) La semana arrancó con Brasil contra las milicias (00:49:11) Trump y China llegan a una tregua arancelaria (00:53:53) Putin y el misil nuclear (00:57:34) Pero si China no pide nada a cambio de esas tierras raras (01:00:29) Los centros de DATOS tienen todas las contradicciones que necesitamos saber (01:08:26) Lo que los gringos pueden aprender de los Chinos (01:18:40) Por qué los resultados de Países Bajos son interesantes (01:19:49) La guerra de los navegadores continúa (01:22:54) es la inteligencia artificial una burbuja? (01:24:14) Dejamos pasar esta noticia de Portugal sobre velos y religión (01:26:22) Tu mamá no puede hablar con tu profesor universitario en España (01:30:22) No sé si jóvenes más religiosos es una buena noticia (01:32:58) Olvídate de tu chamo, es tu abuelo el que es adicto a la pantalla (01:37:43) Esta mujer ahora, nos cae mejor que antes ¿por qué? (01:39:32) La otra cara de esta discusión (01:42:27) Un juez terminó de darle la orden a Trump (01:44:24) EXTRA (01:50:40) UNA ÚLTIMA COSA 🔹 EPISODIO COMPLETO Y PARTICIPACION EN VIVO EN 💻https://www.patreon.com/profesorbriceno 🔸 Las Grabaciones pueden verse en vivo en TWITCH 🖥️https://www.twitch.tv/profesorbriceno SUSCRÍBETE AL PODCAST POR AUDIO EN CUALQUIER PLATAFORMA ⬇️  AQUÍ LAS ENCUENTRAS TODAS: ➡️➡️➡️ https://pod.link/676871115 los más populares 🎧 SPOTIFY ⬇️   https://open.spotify.com/show/3rFE3ZP8OXMLUEN448Ne5i?si=1cec891caf6c4e03 🎧 APPLE PODCASTS ⬇️   https://podcasts.apple.com/es/podcast/que-se-vayan-todos/id676871115 🎧 GOOGLE PODCASTS ⬇️   https://www.ivoox.com/en/podcast-que-se-vayan-todos_sq_f11549_1.html 🎧 FEED PARA CUALQUIER APP DE PODCASTS ⬇️   https://www.ivoox.com/en/podcast-que-se-vayan-todos_sq_f11549_1.html Si te gustó, activa la campanita 🔔 🎭  FECHAS DE PRESENTACIONES ⬇ ️ http://www.profesorbriceno.com/tour Redes sociales: ✏️Web https://www.profesorbriceno.com ✏️Instagram https://www.instagram.com/profesorbriceno/ ✏️X https://x.com/profesorbriceno ✏️Facebook https://www.facebook.com/profesorbricenoOficial/

La ContraCrónica
La excepción holandesa

La ContraCrónica

Play Episode Listen Later Nov 4, 2025 53:50


Las elecciones en los Países Bajos, celebradas el pasado miércoles, se han saldado con una sorpresa: la victoria del partido liberal-progresista D66 de Rob Jetten. D66 ha conseguido triplicar sus escaños pasando de 9 a 26 y convertirse así en el más votado. Ha sido por la mínima, eso sí, pero el segundo, el Partido por la Libertad (PVV) de Geert Wilders cosechó unos resultados especialmente malos si los comparamos con los de hace solo dos años. Estas elecciones eran anticipadas tras la salida de la coalición de Gobierno del PVV en el mes de junio. La coalición era frágil y se rompió por donde todos los analistas esperaban que lo hiciese: por el tema de la inmigración. El primer ministro Dick Schoof, sucesor de Mark Rutte, perdió la mayoría y eso le forzaba a adelantar las elecciones. El ganador, Rob Jetten, de sólo 38 años, se convierte así en la estrella indiscutible de la política holandesa. Su triunfo marca el mejor resultado histórico del D66 y puede exigir el puesto de primer ministro cuando se siente a negociar un Gobierno. La derrota de Wilders, que hasta hace no tanto tiempo era el hombre de moda de la derecha identitaria europea, es una advertencia para partidos de este tipo que en estos momentos encabezan las encuestas en varios países del continente. Ganar no basta; deben gobernar y controlar directamente las coaliciones. Algo parecido a lo que ha hecho Giorgia Meloni en Italia. Formar gobierno en los Países Bajos es de una complejidad notable ya que los Estados Generales se encuentran muy fragmentados desde hace tiempo. La cámara baja alberga a nada menos que 15 partidos que se reparten sus 150 escaños. La mayoría absoluta es 76, pero Jetten está muy lejos de eso. Sólo tendrá 26 diputados propios, por lo que para poder ser investido y disfrutar de un Gobierno estable necesitara entre tres y cuatro socios. Las negociaciones pueden durar meses y no van a ser fáciles. El hecho es que, a pesar de que en muchas partes de Europa los resultados de las elecciones holandesas se han recibido con alborozo, lo cierto es que la derecha identitaria no ha retrocedido. Es cierto que el partido de Wilders se ha dejado muchos votos y escaños, pero son los mismos que han ganado otros dos partidos con posiciones ideológicas muy similares: el JA21 de Joost Eerdmans y el Foro por la Democracia. La victoria de Jetten se debe a que la izquierda ha perdido peso. El candidato de Groenlinks, Frans Timmermans, se ha visto incluso obligado a dimitir tras llevar al partido al cuarto puesto. El D66 hizo una muy buena campaña que cimentó sobre un mensaje optimista con el que trataba de atraerse a votantes de izquierda y de derecha. El cambio de voto es muy habitual en Holanda, no existe nada parecido a una suerte política comprada. Esa es la principal lección que deberían extraer los liberales de otras partes de Europa que quieran seguir el ejemplo holandés que, a la luz de un análisis más sosegado de los resultados, electoralmente no es tan excepcional como pudiera parecer. En La ContraRéplica: 0:00 Introducción 3:33 La excepción holandesa 34:52 Contra el pesimismo - https://amzn.to/4m1RX2R 36:51 Elecciones en Irlanda 40:48 Sanciones a Rusia 47:15 Tower Hamlets y las zonas "no go" · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Contra el pesimismo”… https://amzn.to/4m1RX2R · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Contra la Revolución Francesa”… https://amzn.to/4aF0LpZ · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #holanda #robjetten Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Hora 25
Coordenada 25 | ¿Puede ser el candidato demócrata a la alcaldía de Nueva York, Zohran Mamdani, la esperanza antiTrump en Estados Unidos?

Hora 25

Play Episode Listen Later Nov 3, 2025 20:16


Andrea Rizzi analiza el posible agotamiento de la ultraderecha y aire fresco en la izquierda con el batacazo de Wilders, líder de la ultraderecha de Países Bajos, y el auge del candidato demócrata a la alcaldía de Nueva York, Zohran Mamdani

A vivir que son dos días
A vista de Lobo | Elecciones en Países Bajos y Zohran Mamdani, el candidato global a la Alcaldía de Nueva York

A vivir que son dos días

Play Episode Listen Later Nov 2, 2025 27:27


En Países Bajos ganó la mayoría de votos el centrista Rob Jetten, pero para gobernar tendrá que pactar en un panorama político que los propios neerlandeses llaman “una sopa de letras”. Nos lo explica Samuel Witteveen Gómez, periodista de la radiotelevisón pública neerlandesa.En Nueva York, el candidato que mayor preferencia tiene en las encuestas es el demócrata Zohran Mamdani. Paola Nagovitch, periodista de El País en Nueva York, nos explica sus propuestas y por qué es importante si llega a gobernar en el Estados Unidos de Trump.

Cinco continentes
Cinco Continentes - Trump y Xi se dan un respiro

Cinco continentes

Play Episode Listen Later Oct 30, 2025 55:57


Donald Trump y Xi Jinping protagonizan un nuevo acercamiento y acuerdan una especie de tregua, de no seguir por un camino en el que ninguna de las dos grandes potencias iba a salir precisamente fortalecidas.Vamos a estar de nuevo en Brasil porque la macro-operación contra el narcotráfico que dejó más de un centenar de muertos tiene muchas aristas que vamos a analizar. También en Jerusalén porque la protesta de los haredíes contra el servicio militar ha resultado violenta. Hablaremos de las elecciones en Países Bajos y de las consecuencias en Jamaica, Haití, República Dominicana o Cuba tras el paso del huracán Melissa.Escuchar audio

Cinco continentes
Cinco continentes - Las claves de las elecciones en Países Bajos

Cinco continentes

Play Episode Listen Later Oct 29, 2025 17:03


Más de 13 millones de neerlandeses están llamados este miércoles a las urnas, con la vivienda y la inmigración como principales preocupaciones a la hora de elegir a los 150 diputados del Parlamento entre 27 formaciones candidatas, antes de que el país se adentre en unas previsibles largas negociaciones para formar gobierno. Lo analizamos con nuestro corresponsal para la región, David Vidueiro, y con Samuel Witteveen, periodista de la radio pública holandesa. Escuchar audio

Cinco continentes
Cinco Continentes - El D66 del centrista Rob Jetten, previsible ganador de las elecciones en Países Bajos

Cinco continentes

Play Episode Listen Later Oct 29, 2025 54:36


Primer sondeo a pie de urna tras la jornada de elecciones generales en Países Bajos. Conectamos con nuestro enviado especial David Vidueiro y hablamos con el periodista neerlandés Samuel Witteveen.Más de un centenar de personas han muerto en Gaza tras varios ataques lanzados por la aviación israelí desde ayer por la tarde. A pesar de ello, Estados Unidos insiste en que la tregua aguanta. Vamos a hablar de ello. También de la macro-operación policial en Río que ha dejado más de 132 muertos. Estamos muy pendientes de la situación extrema que sufren los sudaneses en Al Fasher y de los efectos del huracán Melissa. Escuchar audio

Cinco continentes
Cinco Continentes - Israel vuelve a atacar Gaza

Cinco continentes

Play Episode Listen Later Oct 28, 2025 55:29


Israel volverá a atacar Gaza porque el gobierno de Netanyahu considera que Hamas no está cumpliendo los términos del acuerdo de paz. Los israelíes acusan a la milicia palestina de devolver restos que no corresponden a los 13 rehenes fallecidos que quedan por ser retornados a sus familiares en Israel.Estamos pendientes de la operación contra el narcotráfico que está en marcha en Rio de Janeiro que ha dejado más de medio centenar de muertos. Vamos a contar la última hora. Continúan las operaciones de Estados Unidos contra supuestas narcolanchas no solo en el Caribe sino también en el Pacífico, donde en las últimas horas han muerto 14 personas. Hablaremos de ello. También analizaremos las elecciones generales en Países Bajos que se celebran mañana. Estará con nosotros el coordinador de proyectos de Médicos Sin Fronteras en el este de Ucrania. Y estaremos en Sudán donde la ONU ha informado de ejecuciones sumarias y ataques a civiles en Al Fasher, el último bastión del Ejército.Escuchar audio

Conspiraciones
La Dark Web: Red Rooms

Conspiraciones

Play Episode Listen Later Oct 27, 2025 31:15


A partir de este mes, los episodios que antes eran exclusivos ahora estarán disponibles para toda nuestra audiencia.A nuestros oyentes premium y suscriptores en Patreon: gracias por su apoyo constante. Desde ahora, ustedes seguirán disfrutando de acceso anticipado a episodios especiales y a contenido adicional que no se publica en las plataformas abiertas.En esta tercera y escalofriante entrega de nuestra serie sobre la Dark Web, nos sumergimos en lo más profundo y tenebroso de este submundo digital: los Red Rooms. Aquí, el anonimato no solo es un escudo para los criminales, sino que se convierte en el escenario de una perversión sin límites. Explora con nosotros testimonios y casos reales que, aunque no confirman su existencia, nos llevan a cuestionar hasta dónde puede llegar la crueldad humana cuando se oculta en las sombras de la red. Desde la legendaria "Maldición del Red Room" hasta operaciones sofisticadas descubiertas en Italia y Países Bajos, te llevaremos a un viaje donde la realidad supera la ficción y donde la tecnología se usa para orquestar el horror en tiempo real.Preparémonos para enfrentar la fascinación macabra por el control y el sufrimiento, y cómo esta se manifiesta no solo en la Dark Web, sino también en plataformas comunes que usamos a diario. Este episodio te hará reflexionar sobre la proximidad del mal y preguntarte: ¿Qué tan cerca está realmente el horror?Para contactarnos directamente: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠conspiraciones21@protonmail.com⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠

WALL STREET COLADA
Wall Street sube con fuerza antes del encuentro Trump–Xi; foco en Big Tech, $PLTR y expansión de $AMZN.

WALL STREET COLADA

Play Episode Listen Later Oct 27, 2025 4:32


Summary del Show: • Wall Street avanza con optimismo ante resultados de Big Tech y la reunión Trump–Xi. • Trump anticipa acuerdo comercial con China y confirma que TikTok podría venderse esta semana. • $PLTR firma acuerdo estratégico en defensa con Polonia. • $AMZN invertirá €1.4B en Países Bajos para expandir AWS y su negocio minorista.

SBS Spanish - SBS en español
Deportes SBS Spanish | Ciclista neerlandesa Lorena Wiebes gana el título mundial en scratch en Chile

SBS Spanish - SBS en español

Play Episode Listen Later Oct 23, 2025 7:19


Países Bajos arrasó en las tres finales, de velocidad por equipos y scratch, que se disputaron en la primera jornada del Mundial de Ciclismo de pista en Santiago de Chile. Escucha el resumen deportivo de este jueves 23 de octubre 2025.