POPULARITY
A inteligência artificial, em seus múltiplos sentidos, tem dominado a agenda pública e até mesmo o direcionamento do capital das grandes empresas de tecnologia. Mas você já parou para pensar na infraestrutura gigantesca que dê conta de sustentar o crescimento acelerado das IAs? O futuro e o presente da inteligência artificial passa pela existência dos datacenters. E agora é mais urgente que nunca a gente discutir esse assunto. Estamos vendo um movimento se concretizar, que parece mais uma forma de colonialismo digital: com a crescente resistência à construção de datacenters nos países no norte global, empresas e governos parecem estar convencidos a trazer essas infraestruturas imensas com todos os seus impactos negativos ao sul global. Nesse episódio Yama Chiodi e Damny Laya conversam com pesquisadores, ativistas e atingidos para tentar aprofundar o debate sobre a infraestrutura material das IAs. A gente conversa sobre o que são datacenters e como eles impactam e irão impactar nossas vidas. No segundo episódio, recuperamos movimentos de resistência a sua instalação no Brasil e como nosso país se insere no debate, seguindo a perspectiva de ativistas e de pesquisadores da área que estão buscando uma regulação mais justa para esses grandes empreendimentos. ______________________________________________________________________________________________ ROTEIRO [ vinheta da série ] [ Começa bio-unit ] YAMA: A inteligência artificial, em seus múltiplos sentidos, tem dominado a agenda pública e até mesmo o direcionamento do capital das grandes empresas de tecnologia. Mas você já parou para pensar na infraestrutura gigantesca que dê conta de sustentar o crescimento acelerado das IA? DAMNY: O futuro e o presente da inteligência artificial passa pela existência dos data centers. E agora é mais urgente que nunca a gente discutir esse assunto. Estamos vendo um movimento se concretizar, que parece mais uma forma de colonialismo digital: com a crescente resistência à construção de datacenters nos países no norte global, empresas e governos parecem estar convencidos a trazer os datacenters com todos os seus impactos negativos ao sul global. YAMA: Nós conversamos com pesquisadores, ativistas e atingidos e em dois episódios nós vamos tentar aprofundar o debate sobre a infraestrutura material das IAs. No primeiro, a gente conversa sobre o que são datacenters e como eles impactam e irão impactar nossas vidas. DAMNY: No segundo, recuperamos movimentos de resistência a sua instalação no Brasil e como nosso país se insere no debate, seguindo a perspectiva de ativistas e de pesquisadores da área que estão buscando uma regulação mais justa para esses grandes empreendimentos. [ tom baixo ] YAMA: Eu sou o Yama Chiodi, jornalista de ciência e pesquisador do campo das mudanças climáticas. Se você já é ouvinte do oxigênio pode ter me ouvido aqui na série cidade de ferro ou no episódio sobre antropoceno. Ao longo dos últimos meses investiguei os impactos ambientais das inteligências artificiais para um projeto comum entre o LABMEM, o laboratório de mudança tecnológica, energia e meio ambiente, e o oxigênio. Em setembro passado, o Damny se juntou a mim pra gente construir esses episódios juntos. E não por acaso. O Damny publicou em outubro passado um relatório sobre os impactos socioambientais dos data centers no Brasil, intitulado “Não somos quintal de data center”. O link para o relatório completo se encontra disponível na descrição do episódio. Bem-vindo ao Oxigênio, Dam. DAMNY: Oi Yama. Obrigado pelo convite pra construir junto esses episódios. YAMA: É um prazer, meu amigo. DAMNY: Eu também atuo como jornalista de ciência e sou pesquisador de governança da internet já há algum tempo. Estou agora trabalhando como jornalista e pesquisador aqui no LABJOR, mas quando escrevi o relatório eu tava trabalhando como pesquisador-consultor na ONG IDEC, Instituto de Defesa de Consumidores. YAMA: A gente começa depois da vinheta. [ Termina Bio Unit] [ Vinheta Oxigênio ] [ Começa Documentary] YAMA: Você já deve ter ouvido na cobertura midiática sobre datacenters a formulação que te diz quantos litros de água cada pergunta ao chatGPT gasta. Mas a gente aqui não gosta muito dessa abordagem. Entre outros motivos, porque ela reduz o problema dos impactos socioambientais das IA a uma questão de consumo individual. E isso é um erro tanto político como factual. Calcular quanta água gasta cada pergunta feita ao ChatGPT tira a responsabilidade das empresas e a transfere aos usuários, escondendo a verdadeira escala do problema. Mesmo que o consumo individual cresça de modo acelerado e explosivo, ele sempre vai ser uma pequena fração do problema. Data centers operam em escala industrial, computando quantidades incríveis de dados para treinar modelos e outros serviços corporativos. Um único empreendimento pode consumir em um dia mais energia do que as cidades que os abrigam consomem ao longo de um mês. DAMNY: Nos habituamos a imaginar a inteligência artificial como uma “nuvem” etérea, mas, na verdade, ela só existe a partir de data centers monstruosos que consomem quantidades absurdas de recursos naturais. Os impactos sociais e ambientais são severos. Data centers são máquinas de consumo de energia, água e terra, e criam poluição do ar e sonora, num modelo que reforça velhos padrões de racismo ambiental. O desenvolvimento dessas infraestruturas frequentemente acontece à margem das comunidades afetadas, refazendo a cartilha global da injustiça ambiental. Ao seguir suas redes, perceberemos seus impactos em rios, no solo, no ar, em territórios indígenas e no crescente aumento da demanda por minerais críticos e, por consequência, de práticas minerárias profundamente destrutivas. YAMA: De acordo com a pesquisadora Tamara Kneese, diretora do programa de Clima, Tecnologia e Justiça do instituto de pesquisa Data & Society, com quem conversamos, essa infraestrutura está criando uma nova forma de colonialismo tecnológico. Os danos ambientais são frequentemente direcionados para as comunidades mais vulneráveis, de zonas rurais às periferias dos grandes centros urbanos, que se tornam zonas de sacrifício para o progresso dessa indústria. DAMNY: Além disso, a crescente insatisfação das comunidades do Norte Global com os data centers tem provocado o efeito colonial de uma terceirização dessas estruturas para o Sul Global. E o Brasil não apenas não é exceção como parece ser um destino preferencial por sua alta oferta de energia limpa. [pausa] E com o aval do governo federal, que acaba de publicar uma medida provisória chamada REDATA, cujo objetivo é atrair data centers ao Brasil com isenção fiscal e pouquíssimas responsabilidades. [ Termina Documentary] [tom baixo ] VOICE OVER: BLOCO 1 – O QUE SÃO DATA CENTERS? YAMA: Pra entender o que são data centers, a gente precisa antes de tudo de entender que a inteligência artificial não é meramente uma nuvem etérea que só existe virtualmente. Foi assim que a gente começou nossa conversa com a pesquisadora estadunidense Tamara Kneese. Ela é diretora do programa de Clima, Tecnologia e Justiça do instituto de pesquisa Data & Society. TAMARA: PT – BR [ Eu acho que o problema da nossa relação com a computação é que a maioria parte do tempo a gente não pensa muito sobre a materialidade dos sistemas informacionais e na cadeia de suprimentos que permitem que eles existam. Tudo que a gente faz online não depende só dos nossos aparelhos, ou dos serviços de nuvem que a gente contrata, mas de uma cadeia muito maior. De onde ver o hardware que a gente usa? Que práticas de trabalho são empregadas nessa cadeia? E então, voltando à cadeia de suprimentos, pensar sobre os materiais brutos e os minerais críticos e outras formas de extração, abusos de direitos humanos e trabalhistas que estão diretamente relacionados à produção dos materiais que precisamos pra computação em geral. ] So I think, you know, the problem with our relationship to computing is that, most of the time, we don’t really think that much about the materiality of the computing system and the larger supply chain. You know, thinking about the fact that, of course, everything we do relies not just on our own device, or the particular cloud services that we subscribe to, but also on a much larger supply chain. So, where does the hardware come from, that we are using, and what kind of labor practices are going into that? And then be, you know, further back in the supply chain, thinking about raw materials and critical minerals and other forms of extraction, and human rights abuses and labor abuses that also go into the production of the raw materials that we need for computing in general. DAMNY: A Tamara já escreveu bastante sobre como a metáfora da nuvem nos engana, porque ela dificulta que a gente enxergue a cadeia completa que envolve o processamento de tantos dados. E isso se tornou uma questão muito maior com a criação dos chatbots e das IAs generativas. YAMA: Se a pandemia já representou uma virada no aumento da necessidade de processamento de dados, quando passamos a ir à escola e ao trabalho pelo computador, o boom das IA generativas criou um aumento sem precedentes da necessidade de expandir essas cadeias. DAMNY: E na ponta da infraestrutura de todas as nuvens estão os data centers. Mais do que gerar enormes impactos sócio-ambientais, eles são as melhores formas de enxergar que o ritmo atual da expansão das IAs não poderá continuar por muito tempo, por limitações físicas. Não há terra nem recursos naturais que deem conta disso. YAMA: A gente conversou com a Cynthia Picolo, que é Diretora Executiva do LAPIN, o Laboratório de Políticas Públicas e Internet. O LAPIN tem atuado muito contra a violação de direitos na implementação de data centers no Brasil e a gente ainda vai conversar mais sobre isso. DAMNY: Uma das coisas que a Cynthia nos ajudou a entender é como não podemos dissociar as IAs dos data centers. CYNTHIA: Existe uma materialidade por trás. Existe uma infraestrutura física, que são os data centers. Então os data centers são essas grandes estruturas que são capazes de armazenar, processar e transferir esses dados, que são os dados que são os processamentos que vão fazer com que a inteligência artificial possa acontecer, possa se desenvolver, então não existe sem o outro. Então falar de IA é falar de Datacenter. Então não tem como desassociar. YAMA: Mas como é um datacenter? A Tamara descreve o que podemos ver em fotos e vídeos na internet. TAMARA: [ Sim, de modo geral, podemos dizer que os data centers são galpões gigantes de chips, servidores, sistemas em redes e quando você olha pra eles, são todos muitos parecidos, prédios quadrados sem nada muito interessante. Talvez você nem saiba que é um data center se não observar as luzes e perceber que é uma estrutura enorme sem pessoas, sem trabalhadores. ] Yeah, so, you know, essentially, they’re like giant warehouses of chips, of servers, of networked systems, and, you know, they look like basically nondescript square buildings, very similar. And you wouldn’t really know that it’s a data center unless you look at the lighting, and you kind of realize that something… like, it’s not inhabited by people or workers, really. DAMNY: No próximo bloco a gente tenta resumir os principais problemas socioambientais que os data centers já causam e irão causar com muita mais intensidade no futuro. [tom baixo ] VOICE OVER: BLOCO 2 – A ENORME LISTA DE PROBLEMAS YAMA: O consumo de energia é provavelmente o problema mais conhecido dos data centers e das IAs. Segundo dados da Agência Internacional de Energia, a IEA, organização internacional da qual o Brasil faz parte, a estimativa para o ano de 2024 é que os data centers consumiram cerca de 415 TWh. A cargo de comparação, segundo a Empresa de Pesquisa Energética, instituto de pesquisa público associado ao Ministério das Minas e Energia, o Brasil consumiu no ano de 2024 cerca de 600 TWh. DAMNY: Segundo o mesmo relatório da Agência Internacional de Energia, a estimativa é que o consumo de energia elétrica por datacenters em 2030 vai ser de pelo menos 945 TWh, o que representaria 3% de todo consumo global projetado. Quando a gente olha pras estimativas de outras fontes, contudo, podemos dizer que essas são projeções até conservadoras. Especialmente considerando o impacto da popularização das chamadas LLM, ou grandes modelos de linguagem – aqueles YAMA: Ou seja, mesmo com projeções conservadoras, os data centers do mundo consumiriam em 2030, daqui a menos de cinco anos, cerca de 50% a mais de energia que o Brasil inteiro consome hoje. Segundo a IEA, em 2030 o consumo global de energia elétrica por data centers deve ser equivalente ao consumo da Índia, o país mais populoso do mundo. E há situações locais ainda mais precárias. DAMNY: É o caso da Irlanda. Segundo reportagem do New York Times publicada em outubro passado, espera-se que o consumo de energia elétrica por data centers por lá represente pelo menos 30% do consumo total do país nos próximos anos. Mas porquê os datacenters consomem tanta energia? TAMARA: [ Então, particularmente com o tipo de IA que as empresas estão investindo agora, há uma necessidade de chips e GPUs muito mais poderosos, de modo que os data centers também são sobre prover energia o suficiente pra todo esse poder computacional que demandam o treinamento e uso de grandes modelos de linguagem. Os data centers são estruturas incrivelmente demandantes de energia e água. A água em geral serve para resfriar os servidores, então tem um número considerável de sistemas de cooling que usam água. Além disso tudo, você também precisa de fontes alternativas de energia, porque algumas vezes, uma infraestrutura tão demandante de energia precisa recorrer a geradores para garantir que o data center continue funcionando caso haja algum problema na rede elétrica. ] So, you know, particularly with the kinds of AI that companies are investing in right now, there’s a need for more powerful chips, GPUs, and so Data centers are also about providing enough energy and computational power for these powerful language models to be trained and then used. And so the data center also, you know, in part because it does require so much energy, and it’s just this incredibly energy-intensive thing, you also need water. And the water comes from having to cool the servers, and so… So there are a number of different cooling systems that use water. And then on top of that, you also need backup energy sources, so sometimes, because there’s such a draw on the power grid, you have to have backup generators to make sure that the data center can keep going if something happens with the grid. YAMA: E aqui a gente começa a entender o tamanho do problema. Os data centers são muitas vezes construídos em lugares que já sofrem com infraestruturas precárias de eletricidade e com a falta de água potável. Então eles criam problemas de escassez onde não havia e aprofundam essa escassez em locais onde isso já era uma grande questão – como a região metropolitana de Fortaleza sobre a qual falaremos no próximo episódio, que está em vias de receber um enorme data center do Tiktok. DAMNY: É o que também relatam os moradores de Querétaro, no México, que vivem na região dos data centers da Microsoft. A operação dos data centers da Microsoft gerou uma crise sem precedentes, com quedas frequentes de energia e o interrompimento do abastecimento de água que muitas vezes duram semanas. Os data-centers impactaram de tal forma as comunidades que escolas cancelaram aulas e, indiretamente, foram responsáveis por uma crise de gastroenterite entre crianças. YAMA: E isso nos leva pro segundo ponto. O consumo de água, minerais críticos e outros recursos naturais. TAMARA: [O problema da energia tem recebido mais atenção, porque é uma fonte de ansiedade também. Pensar sobre o aumento da demanda de energia em tempos em que supostamente estaríamos transicionando para deixar de usar energias fósseis, o que obviamente pode ter efeitos devastadores. Mas eu acredito que num nível mais local, o consumo de água é mais relevante. Nós temos grandes empresas indo às áreas rurais do México, por exemplo, e usando toda a água disponível e basicamente deixando as pessoas sem água. E isso é incrivelmente problemático. Então isso acontece em áreas que já tem problemas de abastecimento de água, onde as pessoas já não tem muito poder de negociação com as empresas. Não têm poder político pra isso. São lugares tratados como zonas de sacrifício, algo que já vimos muitas vezes no mundo, especialmente em territórios indígenas. Então as consequências são na verdade muito maiores do que só problemas relacionados à energia. ] I think the energy problem has probably gotten the most attention, just because it is a source of anxiety, too, so thinking about, you know, energy demand at a time when we’re supposed to be transitioning away from fossil fuels. And clearly, the effects that that can have will be devastating. But I think on a local level, things like the water consumption can matter more. So, you know, if we have tech companies moving into rural areas in Mexico and, you know, using up all of their water and basically preventing people in the town from having access to water. That is incredibly problematic. So I think, you know, in water-stressed areas and areas where the people living in a place don’t have as much negotiating power with the company. Don’t have as much political power, and especially if places are basically already treated as sacrifice zones, which we’ve seen repeatedly many places in the world, with Indigenous land in particular, you know, I think the consequences may go far beyond just thinking about, you know, the immediate kind of energy-related problems. YAMA: Existem pelo menos quatro fins que tornam os data centers máquinas de consumir água. O mais direto e local é a água utilizada na refrigeração de todo equipamento que ganha temperatura nas atividades de computação, o processo conhecido como cooling. Essa prática frequentemente utiliza água potável. Apesar de já ser extremamente relevante do ponto de vista de consumo, essa é apenas uma das formas de consumo abundante de água. DAMNY: Indiretamente, os data centers também consomem a água relacionada ao seu alto consumo de energia, em especial na geração de energia elétrica em usinas hidrelétricas e termelétricas. Também atrelada ao consumo energético, está o uso nas estações de tratamento de água, que visam tratar a água com resíduos gerada pelo data center para tentar reduzir a quantidade de água limpa utilizada. YAMA: Por fim, a cadeia de suprimentos de chips e servidores que compõem os data centers requer água ultrapura e gera resíduos químicos. Ainda que se saiba que esse fator gera gastos de água e emissões de carbono relevantes, os dados são super obscuros, entre outros motivos, porque a maioria dos dados que temos sobre o consumo de água em data centers são fornecidos pelas próprias empresas. CYNTHIA: A água e os minérios são componentes também basilares para as estruturas de datacenter, que são basilares para o funcionamento da inteligência artificial. (…). E tem toda uma questão, como eu disse muitas vezes, captura um volume gigante de água doce. E essa água que é retornada para o ecossistema, muitas vezes não é compensada da água que foi capturada. Só que as empresas também têm uma promessa em alguns relatórios, você vai ver que elas têm uma promessa até de chegar em algum ponto para devolver cento e vinte por cento da água. Então a empresa está se comprometendo a devolver mais água do que ela capturou. Só que a realidade é o quê? É outra. Então, a Google, por exemplo, nos últimos cinco anos, reportou um aumento de cento e setenta e sete por cento do uso de água. A Microsoft mais trinta e oito e a Amazon sequer reporta o volume de consumo de água. Então uma lacuna tremenda para uma empresa desse porte, considerando todo o setor de Data centers. Mas tem toda essa questão da água, que é muito preocupante, não só por capturar e o tratamento dela e como ela volta para o meio ambiente, mas porque há essa disputa também com territórios que têm uma subsistência muito específica de recursos naturais, então existe uma disputa aí por esse recurso natural entre comunidade e empreendimento. DAMNY: Nessa fala da Cynthia a gente observa duas coisas importantes: a primeira é que não existe data center sem água para resfriamento, de modo que o impacto local da instalação de um empreendimento desses é uma certeza irrefutável. E é um dano contínuo. Enquanto ele estiver em operação ele precisará da água. É como se uma cidade de grande porte chegasse de repente, demandando uma quantidade de água e energia que o local simplesmente não tem para oferecer. E na hora de escolher entre as pessoas e empreendimentos multimilionários, adivinha quem fica sem água e com a energia mais cara? YAMA: A segunda coisa importante que a Cynthia fala é quando ela nos chama a atenção sobre a demanda por recursos naturais. Nós sabemos que recursos naturais são escassos. Mais do que isso, recursos naturais advindos da mineração têm a sua própria forma de impactos sociais e ambientais, o que vemos frequentemente na Amazônia brasileira. O que acontecerá com os data centers quando os recursos naturais locais já não forem suficientes para seu melhor funcionamento? Diante de uma computação que passa por constante renovação pela velocidade da obsolescência, o que acontece com o grande volume de lixo eletrônico gerado por data centers? Perguntas que não têm resposta. DAMNY: A crise geopolítica em torno dos minerais conhecidos como terra-rara mostra a complexidade política e ambiental do futuro das IA do ponto de vista material e das suas cadeias de suprimento. No estudo feito pelo LAPIN, a Cynthia nos disse que considera que esse ponto do aumento da demanda por minerais críticos que as IA causam é um dos pontos mais opacos nas comunicações das grandes empresas de tecnologia sobre o impacto de seus data centers. CYNTHIA: E outro ponto de muita, muita lacuna, que eu acho que do nosso mapeamento, desses termos mais de recursos naturais. A cadeia de extração mineral foi o que mais foi opaco, porque, basicamente, as empresas não reportam nada sobre essa extração mineral e é muito crítico, porque a gente sabe que muitos minérios vêm também de zonas de conflito. Então as grandes empresas, pelo menos as três que a gente mapeou, elas têm ali um trechinho sobre uma prestação de contas da cadeia mineral. Tudo que elas fazem é falar que elas seguem um framework específico da OCDE sobre responsabilização. YAMA: Quando as empresas falam de usar energias limpas e de reciclar a água utilizada, eles estão se desvencilhando das responsabilidades sobre seus datacenters. Energia limpa não quer dizer ausência de impacto ambiental. Pras grandes empresas, as fontes de energia limpa servem para gerar excedente e não para substituir de fato energias fósseis. Você pode ter um data center usando majoritariamente energia solar no futuro, mas isso não muda o fato de que ele precisa funcionar 24/7 e as baterias e os geradores a diesel estarão sempre lá. Além disso, usinas de reciclagem de água, fazendas de energia solar e usinas eólicas também têm impactos socioambientais importantes. O uso de recursos verdes complexifica o problema de identificar os impactos locais e responsabilidades dos data centers, mas não resolve de nenhuma forma os problemas de infraestrutura e de fornecimento de água e energia causados pelos empreendimentos. DAMNY: É por isso que a gente alerta pra não comprar tão facilmente a história de que cada pergunta pro chatGPT gasta x litros de água. Se você não perguntar nada pro chatGPT hoje, ou se fizer 1000 perguntas, não vai mudar em absolutamente nada o alto consumo de água e os impactos locais destrutivos dos data centers que estão sendo instalados a todo vapor em toda a América Latina. A quantidade de dados e de computação que uma big tech usa para treinar seus modelos, por exemplo, jamais poderá ser equiparada ao consumo individual de chatbots. É como comparar as campanhas que te pedem pra fechar a torneira ao escovar os dentes, enquanto o agro gasta em minutos água que você não vai gastar na sua vida inteira. Em resumo, empresas como Google, Microsoft, Meta e Amazon só se responsabilizam pelos impactos diretamente causados por seus data centers e, mesmo assim, é uma responsabilização muito entre aspas, à base de greenwashing. Você já ouviu falar de greenwashing? CYNTHIA: Essa expressão em inglês nada mais é do que a tradução literal, que é o discurso verde. (…)É justamente o que a gente está conversando. É justamente quando uma empresa finge se preocupar com o meio ambiente para parecer sustentável, mas, na prática, as ações delas não trazem esses benefícios reais e, pelo contrário, às vezes trazem até danos para o meio ambiente. Então, na verdade, é uma forma até de manipular, ou até mesmo enganar as pessoas, os usuários daqueles sistemas ou serviços com discursos e campanhas com esses selos verdes, mas sem comprovar na prática. YAMA: Nesse contexto, se torna primordial que a gente tenha mais consciência de toda a infraestrutura material que está por trás da inteligência artificial. Como nos resumiu bem a Tamara: TAMARA: [ Eu acredito que ter noção da infraestrutura completa que envolve a cadeia da IA realmente ajuda a entender a situação. Mesmo que você esteja usando, supostamente, energia renovável para construir e operar um data center, você ainda vai precisar de muitos outros materiais, chips, minerais e outras coisas com suas próprias cadeias de suprimento. Ou seja, independente da forma de energia utilizada, você ainda vai causar dano às comunidades e destruição ambiental. ] But that… I think that is why having a sense of the entire AI supply chain is really helpful, just in terms of thinking about, you know, even if you’re, in theory, using renewable energy to build a data center, you still are relying on a lot of other materials, including chips, including minerals, and other things that. (…) We’re still, you know, possibly going to be harming communities and causing environmental disruption. [ tom baixo ] YAMA: Antes de a gente seguir pro último bloco, eu queria só dizer que a entrevista completa com a Dra. Tamara Kneese foi bem mais longa e publicada na íntegra no blog do GEICT. O link para a entrevista tá na descrição do episódio, mas se você preferir pode ir direto no bloco do GEICT. [ tom baixo ] VOICE OVER: BLOCO 3 – PROBLEMAS GLOBAIS, PROBLEMAS LOCAIS YAMA: Mesmo conhecendo as cadeias, as estratégias de greenwashing trazem um grande problema à tona, que é uma espécie de terceirização das responsabilidades. As empresas trazem medidas compensatórias que não diminuem em nada o impacto local dos seus data centers. Então tem uma classe de impactos que são globais, como as emissões de carbono e o aumento da demanda por minerais críticos, por exemplo. E globais no sentido de que eles são parte relevante dos impactos dos data centers, mas não estão impactando exatamente nos locais onde foram construídos. CYNTHIA: Google, por exemplo, nesse recorte que a gente fez da pesquisa dos últimos cinco anos, ela simplesmente reportou um aumento de emissão de carbono em setenta e três por cento. Não é pouca coisa. A Microsoft aumentou no escopo dois, que são as emissões indiretas, muito por conta de data centers, porque tem uma diferenciação por escopo, quando a gente fala de emissão de gases, a Microsoft, nesse período de cinco anos, ela quadruplicou o tanto que ela tem emitido. A Amazon aumentou mais de trinta por cento. Então a prática está mostrando que essas promessas estão muito longe de serem atingidas. Só que aí entra um contexto mais de narrativa. Por que elas têm falado e prometido a neutralidade de carbono? Porque há um mecanismo de compensação. (…) Então elas falam que estão correndo, correndo para atingir essa meta de neutralidade de carbono, mas muito por conta dos instrumentos de compensação, compensação ou de crédito de carbono ou, enfim, para uso de energias renováveis. Então se compra esse certificado, se fazem esses contratos, mas, na verdade, não está tendo uma redução de emissão. Está tendo uma compensação. (…) Essa compensação é um mecanismo financeiro, no final do dia. Porque, quando você, enquanto empresa, trabalha na compensação dos seus impactos ambientais e instrumentos contratuais, você está ignorando o impacto local. Então, se eu estou emitindo impactando aqui o Brasil, e estou comprando crédito de carbono em projetos em outra área, o impacto local do meu empreendimento está sendo ignorado. YAMA: E os impactos materiais locais continuam extremamente relevantes. Além do impacto nas infraestruturas locais de energia e de água sobre as quais a gente já falou, há muitas reclamações sobre a poluição do ar gerada pelos geradores, as luzes que nunca desligam e até mesmo a poluição sonora. A Tamara nos contou de um caso curioso de um surto de distúrbios de sono e de enxaqueca que tomou regiões de data centers nos Estados Unidos. TAMARA: [ Uma outra coisa que vale ser lembrada: as pessoas que vivem perto dos data centers tem nos contado que eles são super barulhentos, eles também relatam a poluição visual causada pelas luzes e a poluição sonora. Foi interessante ouvir de comunidades próximas a data centers de mineração de criptomoedas, por exemplo, que os moradores começaram a ter enxaquecas e distúrbios de sono por viverem próximos das instalações. E além de tudo isso, ainda tem a questão da poluição do ar, que é visível a olho nu. Há muitas partículas no ar onde há geradores movidos a diesel para garantir que a energia esteja sempre disponível. ] And the other thing is, you know, for people who live near them, they’re very loud, and so if you talk to people who live near data centers, they will talk about the light pollution, the noise pollution. And it’s been interesting, too, to hear from communities that are near crypto mining facilities, because they will complain of things like migraine headaches and sleep deprivation from living near the facilities. And, you know, the other thing is that the air pollution is quite noticeable. So there’s a lot of particulate matter, particularly in the case of using diesel-fueled backup generators as an energy stopgap. DAMNY: E do ponto de vista dos impactos locais, há um fator importantíssimo que não pode ser esquecido: território. Data centers podem ser gigantes, mas ocupam muito mais espaço que meramente seus prédios, porque sua cadeia de suprimentos demanda isso. Como a água e a energia chegarão até os prédios? Mesmo que sejam usados fontes renováveis de energia, onde serão instaladas as fazendas de energia solar ou as usinas de energia eólica e de tratamento de água? Onde a água contaminada e/ou tratada será descartada? Quem vai fiscalizar? YAMA: E essa demanda sem fim por território esbarra justamente nas questões de racismo ambiental. Porque os territórios que são sacrificados para que os empreendimentos possam funcionar, muito frequentemente, são onde vivem povos originários e populações marginalizadas. Aqui percebemos que a resistência local contra a instalação de data centers é, antes de qualquer coisa, uma questão de justiça ambiental. É o caso de South Memphis nos Estados Unidos, por exemplo. TAMARA: [ Pensando particularmente sobre os tipos de danos causados pelos data centers, não é somente a questão da conta de energia ficar mais cara, ou quantificar a quantidade de energia e água gasta por data centers específicos. A verdadeira questão, na minha opinião, é a relação que existe entre esses danos socioambientais, danos algorítmicos e o racismo ambiental e outras formas de impacto às comunidades que lidam com isso a nível local. Especialmente nos Estados Unidos, com todo esse histórico de supremacia branca e a falta de direitos civis, não é coincidência que locais onde estão comunidades negras, por exemplo, sejam escolhidos como zonas de sacrifício. As comunidades negras foram historicamente preferenciais para todo tipo de empreendimento que demanda sacrificar território, como estradas interestaduais, galpões da Amazon… quer dizer, os data centers são apenas a continuação dessa política histórica de racismo ambiental. E tudo isso se soma aos péssimos acordos feitos a nível local, onde um prefeito e outras lideranças governamentais pensam que estão recebendo algo de grande valor econômico. Em South Memphis, por exemplo, o data center é da xAI. Então você para pra refletir como essa plataforma incrivelmente racista ainda tem a audácia de poluir terras de comunidades negras ainda mais ] I think, the way of framing particular kinds of harm, so, you know, it’s not just about, you know, people’s energy bills going up, or, thinking about how we quantify the energy use or the water use of particular data centers, but really thinking about the relationship between a lot of those social harms and algorithmic harms and the environmental racism and other forms of embodied harms that communities are dealing with on that hyper-local level. And, you know, in this country, with its history of white supremacy and just general lack of civil rights, you know, a lot of the places where Black communities have traditionally been, tend to be, you know, the ones sacrificed for various types of development, like, you know, putting up interstates, putting up warehouses for Amazon and data centers are just a continuation of the what was already happening. And then you have a lot of crooked deals on the local level, where, you know, maybe a mayor and other local officials think that they’re getting something economically of value. In South Memphis, the data center is connected to x AI. And so thinking about this platform that is so racist and so incredibly harmful to Black communities, you know, anyway, and then has the audacity to actually pollute their land even more. DAMNY: Entrando na questão do racismo ambiental a gente se encaminha para o nosso segundo episódio, onde vamos tentar entender como o Brasil se insere na questão dos data centers e como diferentes setores da população estão se organizando para resistir. Antes de encerrar esse episódio, contudo, a gente traz brevemente pra conversa dois personagens que vão ser centrais no próximo episódio. YAMA: Eles nos ajudam a compreender como precisamos considerar a questão dos territórios ao avaliar os impactos. Uma dessas pessoas é a Andrea Camurça, do Instituto Terramar, que está lutando junto ao povo Anacé pelo direito de serem consultados sobre a construção de um data center do TIKTOK em seus territórios. Eu trago agora um trechinho dela falando sobre como mesmo medidas supostamente renováveis se tornam violações territoriais num contexto de racismo ambiental. ANDREA: A gente recebeu notícias agora, recentemente, inclusive ontem, que está previsto um mega empreendimento solar que vai ocupar isso mais para a região do Jaguaribe, que vai ocupar, em média, de equivalente a seiscentos campos de futebol. Então, o que isso representa é a perda de terra. É a perda de água. É a perda do território. É uma diversidade de danos aos povos e comunidades tradicionais que não são reconhecidos, são invisibilizados. Então é vendido como território sem gente, sendo que essas energias chegam dessa forma. Então, assim a gente precisa discutir sobre energias renováveis. A gente precisa discutir sobre soberania energética. A gente precisa discutir sobre soberania digital, sim, mas construída a partir da necessidade do local da soberania dessas populações. DAMNY: A outra pessoa que eu mencionei é uma liderança Indígena, o cacique Roberto Anacé. Fazendo uma ótima conexão que nos ajuda a perceber como os impactos globais e locais dos data centers estão conectados, ele observa como parecemos entrar num novo momento do colonialismo, onde a soberania digital e ambiental do Brasil volta a estar em risco, indo de encontro à violação de terras indígenas. CACIQUE ROBERTO: Há um risco para a questão da biodiversidade, da própria natureza da retirada da água, do aumento de energia, mas também não somente para o território da Serra, mas para todos que fazem uso dos dados. Ou quem expõe esses dados. Ninguém sabe da mão de quem vai ficar, quem vai controlar quem vai ordenar? E para que querem essa colonização? Eu chamo assim que é a forma que a gente tem essa colonização de dados. Acredito eu que a invasão do Brasil em mil e quinhentos foi de uma forma. Agora nós temos a invasão de nossas vidas, não somente para os indígenas, mas de todos, muitas vezes que fala muito bem, mas não sabe o que vai acontecer depois que esses dados estão guardados. Depois que esses dados vão ser utilizados, para que vão ser utilizados, então esses agravos. Ele é para além do território indígena na série. [ tom baixo ] [ Começa Bio Unit ] YAMA: A pesquisa, entrevistas e apresentação desse episódio foi feita pelo Damny Laya e por mim, Yama Chiodi. Eu também fiz o roteiro e a produção. Quem narrou a tradução das falas da Tamara foi Mayra Trinca. O Oxigênio é um podcast produzido pelos alunos do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp e colaboradores externos. Tem parceria com a Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp e apoio do Serviço de Auxílio ao Estudante, da Unicamp. Além disso, contamos com o apoio da FAPESP, que financia bolsas como a que nos apoia neste projeto de divulgação científica. DAMNY: A lista completa de créditos para os sons e músicas utilizados você encontra na descrição do episódio. Você encontra todos os episódios no site oxigenio.comciencia.br e na sua plataforma preferida. No Instagram e no Facebook você nos encontra como Oxigênio Podcast. Segue lá pra não perder nenhum episódio! Aproveite para deixar um comentário. [ Termina Bio Unit ] [ Vinheta Oxigênio ] Créditos: Aerial foi composta por Bio Unit; Documentary por Coma-Media. Ambas sob licença Creative Commons. Os sons de rolha e os loops de baixo são da biblioteca de loops do Garage Band. Roteiro, produção: Yama Chiodi Pesquisa: Yama Chiodi, Damny Laya Narração: Yama Chiodi, Danny Laya, Mayra Trinca Entrevistados: Tamara Kneese, Cynthia Picolo, Andrea Camurça e Cacique Roberto Anacé __________ Descendo a toca do coelho da IA: Data Centers e os Impactos Materiais da “Nuvem” – Uma entrevista com Tamara Kneese: https://www.blogs.unicamp.br/geict/2025/11/06/descendo-a-toca-do-coelho-da-ia-data-centers-e-os-impactos-materiais-da-nuvem-uma-entrevista-com-tamara-kneese/ Não somos quintal de data centers: Um estudo sobre os impactos socioambientais e climáticos dos data centers na América Latina: https://idec.org.br/publicacao/nao-somos-quintal-de-data-centers Outras referências e fontes consultadas: Relatórios técnicos e dados oficiais: IEA (2025), Energy and AI, IEA, Paris https://www.iea.org/reports/energy-and-ai, Licence: CC BY 4.0 “Inteligência Artificial e Data Centers: A Expansão Corporativa em Tensão com a Justiça Socioambiental”. Lapin. https://lapin.org.br/2025/08/11/confira-o-relatorio-inteligencia-artificial-e-data-centers-a-expansao-corporativa-em-tensao-com-a-justica-socioambiental/ Estudo de mercado sobre Power & Cooling de Data Centers. DCD – DATA CENTER DYNAMICS.https://media.datacenterdynamics.com/media/documents/Report_Power__Cooling_2025_PT.pdf Pílulas – Impactos ambientais da Inteligência Artificial. IPREC. https://ip.rec.br/publicacoes/pilulas-impactos-ambientais-da-inteligencia-artificial/ Policy Brief: IA, data centers e os impactos ambientais. IPREC https://ip.rec.br/wp-content/uploads/2025/05/Policy-Paper-IA-e-Data-Centers.pdf MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.318, DE 17 DE SETEMBRO DE 2025 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/medida-provisoria-n-1.318-de-17-de-setembro-de-2025-656851861 Infográfico sobre minerais críticos usados em Data Centers do Serviço de Geologia do Governo dos EUA https://www.usgs.gov/media/images/key-minerals-data-centers-infographic Notícias e reportagens: From Mexico to Ireland, Fury Mounts Over a Global A.I. Frenzy. Paul Mozur, Adam Satariano e Emiliano Rodríguez Mega. The New York Times, 20/10/2025. https://www.nytimes.com/2025/10/20/technology/ai-data-center-backlash-mexico-ireland.html Movimentos pedem ao MP fim de licença de data center no CE. Maristela Crispim, EcoNordeste. 25/08/2025. https://agenciaeconordeste.com.br/sustentabilidade/movimentos-pedem-ao-mp-fim-de-licenca-de-data-center-no-ce/#:~:text=’N%C3%A3o%20somos%20contra%20o%20progresso’&text=Para%20o%20cacique%20Roberto%20Anac%C3%A9,ao%20meio%20ambiente%E2%80%9D%2C%20finaliza. ChatGPT Is Everywhere — Why Aren’t We Talking About Its Environmental Costs? Lex McMenamin. Teen Vogue. https://www.teenvogue.com/story/chatgpt-is-everywhere-environmental-costs-oped Data centers no Nordeste, minérios na África, lucros no Vale do Silício. Le Monde Diplomatique, 11 jun. 2025. Accioly Filho. https://diplomatique.org.br/data-centers-no-nordeste-minerios-na-africa-lucros-no-vale-do-silicio/. The environmental footprint of data centers in the United States. Md Abu Bakar Siddik et al 2021 Environ. Res. Lett. 16064017: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1748-9326/abfba1 Tecnología en el desierto – El debate por los data centers y la crisis hídrica en Uruguay. MUTA, 30 nov. Soledad Acunã https://mutamag.com/cyberpunk/tecnologia-en-el-desierto/. Acesso em: 17 set. 2025. Las zonas oscuras de la evaluación ambiental que autorizó “a ciegas” el megaproyecto de Google en Cerrillos. CIPER Chile, 25 maio 2020. https://www.ciperchile.cl/2020/05/25/las-zonas-oscuras-de-la-evaluacion-ambiental-que-autorizo-aciegas-el-megaproyecto-de-google-en-cerrillos/. Acesso em: 17 set. 2025. Thirsty data centres spring up in water-poor Mexican town. Context, 6 set. 2024. https://www.context.news/ai/thirsty-data-centres-spring-up-in-water-poor-mexican-town BNDES lança linha de R$ 2 bilhões para data centers no Brasil. https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/industria/BNDES-lanca-linha-de-R$-2-bilhoes-para-data-centersno-Brasil/. Los centros de datos y sus costos ocultos en México, Chile, EE UU, Países Bajos y Sudáfrica. WIRED, 29 maio 2025. Anna Lagos https://es.wired.com/articulos/los-costos-ocultos-del-desarrollo-de-centros-de-datos-en-mexico-chile-ee-uu-paises-bajos-y-sudafrica Big Tech's data centres will take water from world's driest areas. Eleanor Gunn. SourceMaterial, 9 abr. 2025. https://www.source-material.org/amazon-microsoft-google-trump-data-centres-water-use/ Indígenas pedem que MP atue para derrubar licenciamento ambiental de data center do TikTok. Folha de S.Paulo, 26 ago. 2025. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/08/indigenas-pedem-que-mp-atue-para-derrubar-licenciamento-ambiental-de-data-center-do-tiktok.shtml The data center boom in the desert. MIT Technology Review https://www.technologyreview.com/2025/05/20/1116287/ai-data-centers-nevada-water-reno-computing-environmental-impact/ Conferências, artigos acadêmicos e jornalísticos: Why are Tech Oligarchs So Obsessed with Energy and What Does That Mean for Democracy? Tamara Kneese. Tech Policy Press. https://www.techpolicy.press/why-are-tech-oligarchs-so-obsessed-with-energy-and-what-does-that-mean-for-democracy/ Data Center Boom Risks Health of Already Vulnerable Communities. Cecilia Marrinan. Tech Policy Press. https://www.techpolicy.press/data-center-boom-risks-health-of-already-vulnerable-communities/ RARE/EARTH: The Geopolitics of Critical Minerals and the AI Supply Chain. https://www.youtube.com/watch?v=GxVM3cAxHfg Understanding AI with Data & Society / The Environmental Costs of AI Are Surging – What Now? https://www.youtube.com/watch?v=W4hQFR8Z7k0 IA e data centers: expansão corporativa em tensão com justiça socioambiental. Camila Cristina da Silva, Cynthia Picolo G. de Azevedo. https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/ia-regulacao-democracia/ia-e-data-centers-expansao-corporativa-em-tensao-com-justica-socioambiental LI, P.; YANG, J.; ISLAM, M. A.; REN, S. Making AI Less “Thirsty”: Uncovering and Addressing the Secret Water Footprint of AI Models. arXiv, 2304.03271, 26 mar. 2025. Disponível em: https://doi.org/10.48550/arXiv.2304.03271 LIU, Y.; WEI, X.; XIAO, J.; LIU, Z.;XU, Y.; TIAN, Y. Energy consumption and emission mitigation prediction based on data center traffic and PUE for global data centers. Global Energy Interconnection, v. 3, n.3, p. 272-282, 3 jun. 2020. https://doi.org/10.1016/j.gloei.2020.07.008 SIDDIK, M. A. B.; SHEHABI, A.; MARSTON, L. The environmental footprint of data centers in the United States. Environmental Research Letters, v. 16, n. 6, 21 maio 2021. https://doi.org/10.1088/1748-9326/abfba1 Las Mentiras de Microsoft en Chile: Una Empresa No tan Verde. Por Rodrigo Vallejos de Resistencia Socioambiental de Quilicura. Revista De Frente, 18 mar. 2022. https://www.revistadefrente.cl/las-mentiras-de-microsoft-en-chile-una-empresa-no-tan-verde-porrodrigo-vallejos-de-resistencia-socioambiental-de-quilicura/. Acesso em: 17 set. 2025.
Martes 12 de agosto: La fiscalía informó en horas de la noche que hay otros dos detenidos por el secuestro extorsivo realizado el jueves contra un empresario plagiado en Quilicura. El plazo de la detención de los primeros dos involucrados rige hasta mañana.
Viernes 08 de agosto: Algo de tranquilidad vuelve porque el empresario secuestrado ayer en la mañana en la puerta de su fábrica fue liberado esta madrugada. Lo encontró un chofer de aplicación y fue llevado a un centro asistencial y luego a una comisaría de Carabineros.
En la Región Metropolitana se investiga un posible secuestro empresarial en Quilicura, sumándose a otros casos en Chile, donde bandas criminales compiten y exigen rescates en efectivo o drogas. La normalización de esta violencia plantea desafíos para la autoridad y la policía, con la seguridad en debate y figuras públicas blindando sus vehículos, reflejando un cambio en la cotidianidad del crimen organizado en el país.
El Ministerio Público alertó sobre un preocupante aumento del 2,4% en los secuestros este año. Destaca el caso de un empresario secuestrado en Quilicura, aunque fue liberado ileso. Se resalta la detención de implicados, desbaratando bandas, como en Rancagua. Se cuestiona la prevención gubernamental ante esta industria emergente, lucrativa y compleja, que antes afectaba principalmente a delincuentes.
Más detalles en T13.cl
Más detalles en T13.cl
Lunes 28 de abril: Quilicura fue el epicentro de la violencia ayer y hoy. Hubo un robo masivo y millonario, una especie de turba contra cuatro locales de un outlet de la comuna, pero lo principal, lo que no se puede dejar pasar como una cosa normal, es que en plena calle, y en lo que para la fiscalía parece un ajuste de cuentas, un conocido narcotraficante de la zona fue asesinado.
Más detalles en T13.cl
Rodrigo Guendelman conversó con la arquitecta Pilar Giménez y el médico Antonio Vukusich, sobre el 1er Congreso Hábitat y Salud de la Universidad de Los Andes. Además, estuvo con Javier Vergara, de Ciudad Emergente, quien se refirió al programa Quilicura limpia y segura, que busca limpiar los territorios de basurales.
"Mienten, entregan cifras falsas. Quiero que Enel sea consciente y empático, pero pareciera no importarle la gente", dijo la autoridad tras los extensos cortes de luz.
Verónica Silva abordó la situación de los niños y adolescentes asesinados en Quilicura, y el involucramiento de menores de edad en el crimen organizado.
La alcaldesa de Quilicura, Paulina Bobadilla, lamentó en Cooperativa que su comuna no es "prioridad" para el Gobierno al no ser incluida en el Plan Calles sin Violencia, todo esto luego del cuádruple homicidio de adolescentes registrado este domingo en la población Raúl Silva Henríquez; Además hablamos con el presidente de Renovación Nacional (RN), el senador Rodrigo Galilea, quien emplazó este miércoles al Presidente Gabriel Boric por la ola de homicidios ocurrida en los últimos días en el país. Conduce Verónica Franco y Sergio Campos.
Paulina Bobadilla comentó los detalles tras la reunión que tuvo con la ministra del Interior, Carolina Tohá tras el homicidio múltiple que se registró en Quilicura durante este fin de semana.
El fin de semana recién pasado ocurrieron una serie de hechos violentos, que dejaron lamentables cifras. Uno de los eventos que que generó mayor impacto fue el de la comuna de Quilicura, en donde cuatro adolescentes fallecieron producto de una ráfaga de disparos. Si bien aún se están investigando las circunstancias en las que sucedió, se baraja la teoría de que podría haberse tratado de disputa territorial entre bandas de la zona. La Ministra Vallejo, al ser consultada por este tema, expresó que “nosotros tenemos grandes desafío en seguridad”, añadiendo que sin embargo, “no estamos al nivel que están nuestros países vecinos“. Esto no tardó en generar una importante polémica.
Conmoción por el crimen de cuatro jóvenes en Quilicura by El Líbero
Cuatro adolescentes muertos por disparos en Quilicura o un hombre que recibió 47 disparos en Viña del Mar, son parte de los cruentos hechos ocurridos en las últimas horas. Al respecto el senador del FA, Juan Ignacio Latorre, señaló: "No sé si hay algún Estado que pueda garantizar que este tipo de crímenes no se cometan".
En el programa de hoy, se discute el reciente intento de asesinato del candidato Donald Trump, ex presidente de Estados Unidos, señalando la hipocresía en las reacciones tanto nacionales como internacionales. Se comentan también los recientes episodios de violencia en Chile, con ataques armados en Quilicura y Huechuraba. Además, se analizan las preferencias electorales de los inmigrantes en Chile, destacando la inclinación hacia candidatos de derecha. Finalmente, se aborda la polémica por el permiso de trabajo otorgado a un imputado en el asesinato del teniente Ojeda, y la crítica a la gestión de la inmigración en el país. Para acceder al programa sin interrupción de comerciales, suscríbete a Patreon: https://www.patreon.com/elvillegas DEBUT & DESPEDIDA (2024) https://elvillegas.cl/producto/debut-despedida/ MOMENTOS MUSICALES EN YO MENOR (2023) https://elvillegas.cl/producto/momentos-musicales/ REVOLUCIÓN (2023) https://www.elvillegas.cl/producto/revolucion TSUNAMI (2016) https://www.elvillegas.cl/producto/tsunami LA TORRE DE PAPEL (2022) https://www.elvillegas.cl/producto/la-torre-de-papel ENVEJEZCA O MUÉRASE (2022) https://www.elvillegas.cl/producto/envejezca/ INSURRECCIÓN (2020) Chile https://www.elvillegas.cl/producto/insurreccion/ Internacional por Amazon: https://www.amazon.com/dp/B09WZ29DTQ JULIO CÉSAR PARA JÓVENES Y NO TANTO (2011) https://elvillegas.cl/producto/julio-cesar-para-jovenes-y-no-tanto/ TAMBIÉN APÓYANOS EN FLOW: https://www.flow.cl/app/web/pagarBtnPago.php?token=0yq6qal Grandes Invitados en Amazon: https://www.amazon.com/dp/B09X1LN5GH Encuentra a El Villegas en: Web: http://www.elvillegas.cl Facebook: https://www.facebook.com/elvillegaschile Twitter: https://www.twitter.com/elvillegaschile Soundcloud: https://www.soundcloud.com/elvillegaspodcast Spotify: https://open.spotify.com/show/7zQ3np197HvCmLF95wx99K Instagram: https://www.instagram.com/elvillegaschile
Rafa Cavada y Pablo Aranzaes conversan con la alcaldesa de Quilicura, Paulina Bobadilla, sobre el estado de la comuna tras las lluvias.
Jueves 23 de mayo: Hoy finalizan las precipitaciones asociadas al sistema frontal que afectó Santiago y que dejó numerosos trastornos en la capital. Los problemas más graves se presentaron en el sector Lo Cruzat de Quilicura donde una veintena de viviendas se anegaron con más de 1 metro de agua. Los vecinos acusan al desarrollo inmobiliario en la zona y a la no construcción de una red de colectores de agua lluvia.
Episodio 139 . Guión/Voz/Producción: Ulises Sanher (IG: @usanher) . Equal Music®2024 / IG @equal.music . Desde sus inicios, la música es y ha sido reflejo de la realidad compleja de nuestra existencia, las letras retratan momentos y situaciones históricas que deseamos se queden en memoria colectiva para aprender de ellas y no repetirlas nunca más. La disparidad en la música muestra sólo una parte del entorno global donde a diario se cometen injusticias, la lucha que se libra detrás de escritorios impacta en escenarios, en medios dispuestos a ofrecer una real paridad de exposición. Los números alientan y muestran que falta mucho por hacer, es importante el inicio pero sin seguimiento se queda como esfuerzo aislado que pudo ser más. No sólo en marzo es necesaria la visibilidad de la desigualdad, cada día, semana y mes del año son oportunidades para generar espacios seguros. Gracias al acercamiento con la Municipalidad de Quilicura en Chile y el trabajo en conjunto con el Centro de Producción Musical por segundo año consecutivo vamos de la mano con Javierusk, Nadia Granada, Tinyay y Natisú quienes a partir de intercambios profundos crearon Mil Miradas, canción que exige respeto e igualdad, Mujeres buscando tratos de personas aún en 2024. . Música en Meet Up: Semilla, Fuego y Libertad-Araceli Cantora, Audry Funk, Nina Inti, Sin amx Community- Niño (Sanher) Mil Miradas-Tinyay, Nadia Granada, Javii, Natisú, Camila Moreno . Suscríbete en YouTube Equal Music para más contenido --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/equal-media/message
Rodrigo Guendelman conversó con Andrés Jensen, gerente corporativo de desarrollo y nuevos negocios de Ambipar, quien habló sobre el centro de pretratamiento para la valorización de residuos, Giri que funcionará en Quilicura aportando al reciclaje de miles de productos.
Froilán Flores, Presidente de ASOF, invita a colegas de todo Chile a participar de la Gran Fiesta Feriante a desarrollarse en el Estadio Municipal de Quilicura; también conversamos con la nutricionista Consuelo Cáceres, quien participó junto con ASOF Rancagua en activación saludable en CESFAM; por último, Paola Huenchuman, dirigente de Lota nos comenta crítica situación que viven feriantes en la zona y detalles de reunión con autoridades.
Lunes 25 de septiembre: El Presidente Boric, ya de vuelta en el país tras su gira por Estados Unidos, asume su agenda encabezando un consejo de gabinete en La Moneda. Pasado el mediodía el Mandatario inaugurará la extensión de la Línea 3 del Metro de Santiago, que permitirá la llegada de trenes a la Plaza de Armas de Quilicura.
Francisco Aravena se refirió a la ampliación de esta línea que conecta Quilicura con La Reina. Además, conversó con el fotógrafo y arquitecto que entregó detalles sobre este trabajo y sobre cómo ha ido ampliando su negocio a través de cuadros, tazones y puzzles, entre varios otros.
Lunes 25 de septiembre: El Presidente Boric, ya de vuelta en el país tras su gira por Estados Unidos, asume su agenda encabezando un consejo de gabinete en La Moneda. Pasado el mediodía el Mandatario inaugurará la extensión de la Línea 3 del Metro de Santiago, que permitirá la llegada de trenes a la Plaza de Armas de Quilicura.
La alcaldesa de Quilicura, Paulina Bobadilla, criticó la ausencia de su comuna en el plan 'Calles Sin Violencia', señalando que "no sabemos si nos van a quitar los pocos efectivos (de Carabineros) que tenemos para dar prioridad a otras comunas. Esto nos tiene bastante alerta y a nuestros vecinos bastante preocupados".
La alcaldesa de Quilicura, Paulina Bobadilla, criticó la ausencia de su comuna en el plan 'Calles Sin Violencia', señalando que "no sabemos si nos van a quitar los pocos efectivos (de Carabineros) que tenemos para dar prioridad a otras comunas. Esto nos tiene bastante alerta y a nuestros vecinos bastante preocupados".
Episodio 114 . Guión/Voz/Producción: Ulises Sanher (IG: @usanher) . Equal Media®2022 @equal.music . Se fue marzo y con él el trending topic de la apuesta femenina, curiosamente de un día para otro el respeto hacia las mujeres, el reconocimiento a su trabajo, el valor de su aporte a la economía mundial y demás sumas se diluyeron por ya no ser tema de moda. La importancia de la mirada hacia percibirnos como iguales es prioritario pues no debemos esperar un año para seguir proyectando el arte como la sublimación y el espejo de lo que somos actualmente, con el paso del tiempo serán estos los testigos de una era donde el humano luchaba por reconocer como tal a minorías que durante siglos fueron segregadas a la nada. En el sector norte de Santiago, en Chile, existe una región llena de orgullo, tradición, arte y disidencia, Quilicura, rodeada de 3 cerros que la separan de Renca la comunidad ha apoyado artistas que amplifican el sentir y pensamientos de mujeres y disidencias a través de la música. . Música en Meet Up: Amanda Palmer: Berlin Ana Tijoux: 1977 Renee Goust- Querida Muerte Ana Tijoux & Molotov - Hit Me Araceli Cantora, Nina Inti, SinAmxs, Audry Funk: Semilla, Fuego y Libertad . Suscríbete en YouTube Equal Music --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/equal-media/message
Distintas presentaciones de Felipe Avello. Un Podcast de momentos simpáticos de algunos shows, para que pases un muy buen día :)
Con el fin de reducir la violencia de género, un grupo de municipalidades de la Región Metropolitana firmó un acuerdo para incentivar la denuncia y dar atención a las víctimas de estos delitos. Queremos conocer más, para eso estuvimos con Paulina Bobadilla, alcaldesa de Quilicura.
Con el fin de reducir la violencia de género, un grupo de municipalidades de la Región Metropolitana firmó un acuerdo para incentivar la denuncia y dar atención a las víctimas de estos delitos. Queremos conocer más, para eso estuvimos con Paulina Bobadilla, alcaldesa de Quilicura.
Guillermo Muñoz, presidente del Directorio de Metro, analizó el proceso que permitirá unir a Quilicura con el centro de Santiago en 18 minutos.
Guillermo Muñoz, presidente del Directorio de Metro, analizó el proceso que permitirá unir a Quilicura con el centro de Santiago en 18 minutos.
Preocupación sigue generando al aumento de delitos y balaceras a lo largo del país, como lo sucedido este martes en las afueras de un jardín infantil en Quilicura. El subsecretario de Prevención del Delito, Eduardo Vergara, sostuvo que "nuestra responsabilidad es que los recursos estén en los barrios donde más se necesita".
Preocupación sigue generando al aumento de delitos y balaceras a lo largo del país, como lo sucedido este martes en las afueras de un jardín infantil en Quilicura. El subsecretario de Prevención del Delito, Eduardo Vergara, sostuvo que "nuestra responsabilidad es que los recursos estén en los barrios donde más se necesita".
Los hechos durante la emboscada Durante la primera semana de febrero se viralizó esta "encerrona" en la autopista Los Libertadores, sector de Quilicura, Chile. La circulación del registro permitió que una víctima de otro hecho similar reconociera el vehículo utilizado para cometer el delito. La reacción de la víctima descolocó a los delincuentes, ya que al percatarse de que le querían robar, apretó el acelerador y chocó a los atacantes tratando de huir. Lo sucedido tuvo lugar en la estrecha pista de una salida del autopista y a plena luz del día. Los individuos bajaron de un Citröen C5 Aircross SUV de color gris y amenazaron al conductor con armas de fuego. Debido a su reacción para seguir circulando, el afectado arrastró el vehículo que le impedía el paso. Logró despejar el camino y sin dañar a los delincuentes, pudo zafar del robo. Análisis de la emboscada Un punto clave durante este tipo de análisis es tratar de suponer lo menos posible porque nos da falso conocimiento sobre lo que debería de ser. Desmitificación de la herramienta: el vehículo ¿Por qué funcionó para él y no funcionaría para la mayoría de los casos? Porque dentro de cada vehículo hay una computadora con un acelerómetro que mide todo lo que se hace con el auto y en el momento que se recibe una fuerza de desaceleración detona las bolsas de aire para resguardar la vida de los ocupantes y se detiene el vehículo. Te puede interesar: Regla de oro de la seguridad, no permanezcas en un vehículo detenido Observación Este punto sí parte de la suposición; hay que decir que por la facilidad con que mueve el vehículo que hacía la emboscada, la camioneta que graba el hecho es una Silverado probablemente 2500 ó 3500, la cual es por mucho, más alta que la Citröen. Estas camionetas son muy altas, lo cual permiten que se empuje desde la parte superior. La diferencia de pesos entre ambos vehículos es de: Citroën: 1498 kg Silverado: 2196 kg Esto significa que la fuerza de empuje de la Silverado fue más grande que la fuerza de desaceleración que puedo haber recibido de impacto. No hay pérdida de Momentum. Para ejemplificar la transferencia de pesos, podríamos retomar la cuna o péndulo de Newton la cual demuestra la conservación de la energía y de la cantidad de movimiento. Si la Silverado pesa lo que tres bolas y la Citroën lo que dos, inevitablemente una de las bolas de finales se proyectará hacia adelante. ¿Qué se hizo bien durante la emboscada? Reconoce e identifica. No se queda congelado: reacciona primero hacía atrás y después hacia adelante para salir del riesgo. ¿Qué hizo mal? ¿Qué le faltó ver para evitar esa situación de riesgo? Siempre hay indicadores pre-eventoARCADIA COGNERATI Redes sociales AS3 Driver Training - Página Web e Instagram Combat MF - Página Web e Instagram
Nuestro tercer invitado a la segunda temporada de Quilicura Teatro Podcast es el destacado actor nacional Francisco Melo. El intérprete ha sido parte de "Fantasmas borrachos en concierto" y "La verdad", ambas producciones han estado en la cartelera de Quilicura Teatro Juan Radrigán.
La destacada actriz Carmina Riego se suma a la segunda temporada de Quilicura Teatro Podcast. Estuvimos conversando sobre su participación en “Space Invaders” y mucho más.
Alcaldes entregaron una carta en La Moneda para instar al Gobierno a tomar medidas ante lo que ellos denominan una "crisis de seguridad" en varias comunas. Ayer se vivió una tercera jornada consecutiva con más de 4.000 casos diarios de Covid-19 y el Minsal confirmó que 944 casos de Ómicron provienen de viajeros. Hablamos también de la no vacunación de Bárbara Riveros y como no de la reciente historia de Novak Djokovic. Hemos venido hablando de Quilicura Teatro en estos últimos días y hoy recibimos en Café Con Nata a Mauricio Novoa, director ejecutivo de la CORPO.
Paulina Urrutia es nuestra primera invitada en la segunda temporada de Quilicura Teatro Podcast. La actriz se refiere a su participación en “Mentes salvajes”, obra que es parte del ciclo QT Juan Radrigán 2022.
Seguro Automotriz SSSEGUROS
95% menos de agua y 99% de suelo respecto del agro tradicional ocupa AgroUrbana, la startup que cultiva hojas verdes en Quilicura. Conversamos con Pablo Bunster, co-fundador y chief commercial oficcier de este proyecto. En su columna, el diseñador Osvaldo Luco perfiló a Luke Edward Hall, estrella británica del interiorismo.
César Leiva Rubio, creador del popular personaje de la Contraloría General de la República, “Contralorito”, es candidato a diputado por el Distrito 8, que agrupa las comunas de Cerrillos, Colina, Estación Central, Lampa, Maipú, Pudahuel, Quilicura, Tiltil, en la Región Metropolitana (RM). Señala que su foco principal va a ser llevar una agenda con proyectos de ley que empoderen a las instituciones. La idea de su campaña y gestión apuntará a mejorar desde el Congreso la legislación sobre la probidad en el sector público y cree que la lucha contra la corrupción merece una focalización profunda, llevar una agenda con proyectos de ley que empoderen a las instituciones en un foco claro contra la corrupción y mejorar el estándar de probidad.
Recibimos a Resistencia Socioambiental Quilicura, organización por la preservación del medio ambiente, con quiénes conversamos sobre los humedales, su importancia y su defensa.
Sigue el debate por retrasar el toque de queda en la RM: Delegado presidencial pide tener “paciencia” y asegura que “esto va a ocurrir de aquí a 10 días o dos semanas”, según reporta La Tercera. Hoy comentamos las noticias más importantes de la jornada junto a nuestra editora Sol Abarca. Además recibimos a Paulina Bobadilla, alcaldesa de Quilicura, y a Mauricio Novoa, director ejecutivo de CorpoQuilicura. Con ambos hablamos sobre “El ritual que falta”, un homenaje de la comuna a las víctimas de Covid-19. Y como cada jueves, hablamos con Raffa di Girólamo sobre nuestras ansiedades y la necesidad fundamental de tener la mente ocupada con hobbies y distracciones.
Hoy con José Luis Campos jugador de C.D.S.C QUILICURA BASKET CDS Quilicura Basket con quién analizaremos el inicio de los #playoffs y de lo que fue su temporada , Hablemos de Basquet Cap 33
Último capítulo de la temporada, en donde pudimos entrevistar a Isidora Stevenson, dramaturga de "Hilda Peña", "Réplica" y "Niebla" (entre otras obras) ¿Qué recuerdos tendrá de su participación en nuestros ciclos y festivales? Te invitamos a disfrutar de esta gran conversación.
La destacada diseñadora escénica Belén Abarza habló con nosotros, pudimos conocer su experiencia al trabajar en "Lear, el rey y su doble", "Prefiero que me coman los perros" y "Junto al lago negro" entre otras apuestas. ¡Te invitamos a darle play a este entretenido episodio!
Tryo Teatro Banda es una compañía teatral independiente e itinerante que nació en Santiago de Chile en el año 2000 con tres propósitos fundamentales: crear montajes de autores y/o temáticas chilenas, itinerar a lugares alejados de los circuitos artísticos y combinar las artes de la actuación con la literatura y la música original en vivo. Hablamos con Francisco Sánchez uno de sus fundadores.
Carla Zúñiga es la dramaturga del momento, que junto al director Javier Casanga y su compañía La Niña Horrible, han revolucionado la escena con una estética exagerada, grotesca y con un tipo de belleza muy particular.
Fernanda Carrasco y César Espinoza, miembros fundadores de la compañía para la primera infancia Teatro de Ocasión, conversaron con nosotros y pudimos hacer un recorrido por sus bellos montajes en los que destacan "Radio Lucila" y "Una mañanita partí".
La destacada actriz y docente Paula Zúñiga ha sido parte de "Quilicura Teatro" en múltiples ocasiones. Además su último trabajo teatral "Un montón de brujas volando por el cielo" integra la parrilla del ciclo digital Ariete. ¿Te gustaría conocer sus impresiones? Ponte cómodo o cómoda y a disfrutar de este nuevo episodio de Quilicura Teatro Podcast.
Este jueves comienza el Ciclo digital Teatro Ariete, proyecto impulsado junto a la Corporación Cultural de Quilicura y centros de diversas comunas del país, que ofrecerá 10 obras de forma gratuita en las plataformas Quilicurateatro.cl y Teatroariete.cl. Jorge Letelier estuvo en Estación Central para recomendar las piezas, cómo este proyecto descentraliza el acceso a la cultura y qué ha pasado con el teatro en pandemia.
"Arpeggione", "Junto al lago negro" y "Lear, el rey y su doble" son algunas de las obras que el destacado director Jesús Urqueta ha dirigido en nuestros ciclos y festivales. Disfruta este nuevo episodio de Quilicura Teatro Podcast.
El director teatral de "Yo también quiero ser un hombre blanco heterosexual" y "Un montón de brujas volando por el cielo" habló con nosotros. ¡No te pierdas esta entretenida conversación!
Es una de las escritoras chilenas más destacadas de su generación, es también actriz, dramaturga y guionista. Nona Fernández ha hecho una destacada carrera, con aplausos que van más allá de las fronteras nacionales, por su dedicación a la memoria del país, sus traumas y los dolores que siguen impactando el hoy. Conversamos de su participación en nuestros ciclos y festivales.
La actriz y directora Alexandra Von Hummel desde 1999 lidera la compañía La María junto al dramaturgo, director y actor Alexis Moreno. Ha actuado en todos los montajes de la compañía, entre los que destacan Trauma (2001), Numancia (2005), Las huachas (2008) y Caín (2009). Además de actuar, también ha dirigido o codirigido varios montajes de la compañía, como Lástima (2002), Pelícano (2002), El rufián en la escalera (2004), La tercera obra (2005) y Abel (2007). En esta oportunidad hablaremos de las obras que han sido parte de Quilicura Teatro como "Isabel desterrada en Isabel" y "Oleaje", entre otras.
Entrevista al destacado actor, director y dramaturgo Mauricio "Malicho" Vaca, autor de "Reminiscencia" obra elegida por el Círculo de Críticos de Arte como la mejor apuesta digital del 2020 y también creador de "ReminiscenciaS Vol. II Proyecto Quilicura".
Pedro Sandoval del Ceb Pto Montt y Gustavo Noria de Quilicura en Hablemos de Basquet Capitulo 22
Hoy hablamos sobre la posibilidad del Pasaporte Verde en Chile y sobre el despacho del Proyecto de Ley por el bono de 200 mil pesos para quienes tengan saldo cero en las AFP. Además, conversamos con Texia Cáceres y Mauro Vaca por el ciclo Quilicura Teatro Contemporáneo, y luego recibimos a Gepe para conversar sobre su EP “Ulyse, primer encuentro” y el documental en honor a Margot Loyola que se puede revisar en miradoc.cl.
Rodrigo Pérez fue parte de Quilicura Teatro Juan Radrigán 2021 y está pronto a estrenar digitalmente "Ivanov" en el nuevo ciclo teatral dedicado a lo contemporáneo. ¡Te invitamos a ser parte de esta entretenida conversación!
La madrugada del 30 de marzo de 1985 en una zona de Quilicura cercana al aeropuerto de Santiago, fueron asesinados los militantes del partido comunista José Manuel Parada, Manuel Guerrero Ceballos y Santiago Nattino, en el denominado "Caso Degollados", un crimen perpetrado por miembros de la Dirección de Comunicaciones de Carabineros, la Dicomcar.
Chile es un país rico en variedad de clima y terreno pero muchas veces ignoramos su importancia y lo interesante que puede ser estudiar nuestro terreno nacional. Hoy estamos con Héctor Orellana Cortés, con un PhD(c)Geografía, Profesor Universitario de la UMCE. Además es candidato a constituyente por el Distrito 8 por Pudahuel, Cerrillos, Estación Central, Maipú, Colina, Lampa, Quilicura y Tiltil. Aprendamos juntos sobre nuestro planeta, son las piedras lo mismo que las rocas? cuánto dura un estudio de terreno? todo esto y más lo sabrás en este podcast en terreno, donde terminamos la primera temporada de DA LO MISMO de una manera reflexiva y pausada para recuperarse y volver en la segunda temporada el 2021. En el próximo capítulo hablaremos sobre camping, con Héctor también. No olvides dar me gusta, subscribirte y darle a la campanita. Tenemos un programa a la semana. Un abrazo y mucha buena onda! Puedes seguirnos en: Spotify: https://open.spotify.com/show/3mkAvGKR2ffQJHS0Ot46Yh?si=kOyfMnwpR3C0hOia28yhHA IG: https://www.instagram.com/dalomismo.dlm YT: https://www.youtube.com/channel/UCAiQOqyjIN84q0cyKZtuRng https://anchor.fm/lighthome-media https://www.breaker.audio/da-lo-mismo https://overcast.fm/itunes1528984761/da-lo-mismo https://www.google.com/podcasts?feed=aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy9iMDFjMzQ0L3BvZGNhc3QvcnNz https://pca.st/rq054rc6 https://radiopublic.com/da-lo-mismo-G1P7lD IG de participantes: www.instagram.com/esteban.ligeti www.instagram.com/elnicomuena www.instagram.com/hector.constituyente www.instagram.com/geocienciachile www.instagram.com/horellanac
La muerte de una niña de 11 años a causa de PIMS, una balacera a una casa en Quilicura, y las disculpas públicas de la presidenta del Colmed tras polémicos dichos. Revive las informaciones más importantes de Chile y el mundo con Patricia Venegas.
La muerte de una niña de 11 años a causa de PIMS, una balacera a una casa en Quilicura, y las disculpas públicas de la presidenta del Colmed tras polémicos dichos. Revive las informaciones más importantes de Chile y el mundo con Patricia Venegas.
Una veintena de desconocidos robaron en bodegas de un mall en Quilicura, un grupo de pacientes vacunados con dosis de diferentes laboratorios en San Bernardo, y la hospitalización del ministro Delgado a causa del COVID-19. Revisa las noticias más importantes del día con Patricia Venegas.
Una veintena de desconocidos robaron en bodegas de un mall en Quilicura, un grupo de pacientes vacunados con dosis de diferentes laboratorios en San Bernardo, y la hospitalización del ministro Delgado a causa del COVID-19. Revisa las noticias más importantes del día con Patricia Venegas.
En su columna de series y películas para Estación Central, el periodista y crítico de cine Jorge Letelier comentó “Piola” (Luis Pérez, 2020), película chilena autogestionada que llegó este mes a Netflix y que retrata a tres adolescentes de Quilicura buscando nuevas oportunidades.
Una ajetreada agenda de actividades tuvo la Machi Francisca Linconao en su gira por la Región Metropolitana, quien en el marco del Día Internacional de la Mujer recibió un reconocimiento por parte de diputadas de oposición, dirigentas feministas y candidatas a la convención constituyente y que se realizó en el ex Congreso Nacional, en Santiago. En su intervención, la Machi Liconao, quien es la única Machi candidata a la convención constitucional y que va por escaños reservados, expresó que “he sufrido bastante, ustedes me conocen, soy la Machi Francisca, he sufrido de los Carabineros, la PDI, la fiscalía, por los montajes, por la mentira fui encarcelada. Soy una persona inocente de todo lo que viví en carne propia y por eso decidí estar en esta candidatura”. La autoridad ancestral -cuya primera lengua es el Mapudungún-, agregó que “ustedes me apoyan para esta candidatura, y también toda la gente que son mujeres feministas que están presentes aquí, también han sufrido mucho, sobretodo con Carabineros, con los que están matando a personas; con los que matan a mujeres, a niños chicos y eso no puede seguir así, alguien tiene que parar estas cuestiones, porque el Estado chileno hace lo que quiere, porque no hay participación de los Mapuche entonces yo quiero participar por eso”. En la ocasión, la Asamblea Feminista Plurinacional entregó un reconocimiento a la autoridad ancestral Mapuche, quien se mostró agradecida por el apoyo recibido y donde participaron las diputadas Karol Cariola (PC), Cristina Girardi (PPD), Catalina Pérez (presidenta de RD), Natalia Castillo (IND), Claudia Mix (COMUNES), Camila Rojas (COMUNES), Gael Yeomans (PCS), y Marcela Sandoval (RD). La diputada Karol Cariola dijo que “quiero sumarme a este reconocimiento que ha hecho la Asamblea Feminista Plurinacional y que de alguna manera tambien nos representa a todas quienes estamos acá, porque creo que la Machi Francisca se merece todo el reconocimiento de las mujeres chilenas, de las mujeres feministas, porque tal como las mujeres somos oprimidas, postergadas, violentadas por este Estado machista y patriarcal, la Machi ha vivido todas las consecuencias de lo que esto significa”. La parlamentaria comunista recordó la visita que realizó junto a la diputada Cristina Girardi cuando Linconao estuvo encarcelada y en huelga de hambre en Temuco, y agregó que “la Machi es la única autoridad ancestral, espiritual, la única mujer Mapuche que en nuestro país le ha ganado un juicio al Estado chileno y a uno de los más grandes terratenientes que hay en la novena región. Esa es la razón por la que la persiguieron, por la que la encarcelaron, es la razón por la que la Machi hoy quiere jugar un rol en este proceso tan importante que es el proceso de la nueva Constitución. Escribir una nueva Constitución sin el pueblo Mapuche, es mantener más de lo mismo”. Asistieron al actividad de reconocimiento a la Machi Francisca Liconao las concejalas Elena Salazar (Independencia), Judith Rodríguez (Cerro Navia); Carolina Garrido representante de la Asamblea feminista plurinacional, Coordinadora Ni Una Menos, Agrupación de Familiares de Víctimas de Femicidio; Carolina Arredondo, actriz, Ana María Gazmuri, directora de Fundación Daya, Daniela Aguayo, activista feminista; Alejandra Valle, candidata a concejala por Ñuñoa, Karina Oliva, candidata a Gobernadora por la RM, Paulina Bobadilla, candidata a alcaldesa por Quilicura; y las candidatas a constituyentes Doris González (D8), Haydee Oberreuter (D9), Michelle Peutat (D9), Luz Vidal (D9), Yiovana Roa (D10), Antonia Orellana (D10), Alejandra Jiménez (D10)
Este lunes 8 de marzo en TrichileTV, conversamos con Rafael Cardus y Jorge Guerra, coach y cofundador del Team VLC (Valle Lo Campino), con sede en Quilicura, Santiago y creado principalmente para el triatlón en fases formativas
En una nueva sesión de conversaciones de Actualizando el medio estuvimos con Marco Arellano, vocero de Resistencia medioambiental Quilicura para hablar de los humedales y rol de esta organización en su defensa de estos. Síguenos en nuestras redes sociales: Instagram: https://www.instagram.com/radio.f5/ Facebook: https://www.facebook.com/Actualizandoelmedio
Damos inicio al Festival Quilicura Teatro Juan Radrigán 2021 junto al periodista y asesor en programación, Javier Ibacache, al actor y director teatral Alejandro Trejo y a la dramaturga e hija de Juan, Flavia Radrigán.
El proyecto ubicado en Quilicura beneficiará a cerca de 45.000 personas por día. Para profundizar en las instalaciones y servicios 24 horas conversó con Rubén Alvarado, gerente general de Metro.
El proyecto ubicado en Quilicura beneficiará a cerca de 45.000 personas por día. Para profundizar en las instalaciones y servicios 24 horas conversó con Rubén Alvarado, gerente general de Metro.
Jueves 24 de Septiembre de 2020 hoy conversamos acerca de cortarse el pelo , probamos helado de mote con huesillo y tuvimos un reporte directamente desde Concepción con toda la actualidad del Covid-19. Finalmente repasamos las diversas versiones de la famosa canción we are de World , llegando a Quilicura.
La Lola y el Pepe rememoran sus experiencias con amigos homosexuales. Desde el prejuicio y la falta de conocimiento analizan sus maneras de ser con la diversidad, gays varoniles, gays locas, gays serios, gays tiernos, variedad y buen gusto. Por otra parte, la Isabel, vieja flaite y metiche, vecina de la Gloria en el pasado y gran enemiga del Pepe, va a marcar experiencias y cahuínes de todo tipo. A gozar,a gozar.
Chile sigue apareciendo en el sexto lugar de los países con más contagios totales a nivel global (321.205), mientras que los fallecidos suman 11.227 según el reporte del DEIS. Sin embargo, al menos en la Región Metropolitana se registra una baja importante en el número de casos. Este martes, por ejemplo, esta zona registró la menor cifra desde el 30 de abril, con 864 casos. Para tener una idea de la disminución, el domingo 14 de junio los casos nuevos informados ese día llegaron a 5.647 en la capital. Pero hay más. Los nuevos contagios en la Región Metropolitana llevan nueve días bajo los 2 mil, mientras que los casos activos bajaron 50% en un mes. Las comunas que lideran la baja en términos de porcentaje son Lo Barnechea (65,9%), San José de Maipo (64,9%), Quilicura (63,9%), La Pintana (63,7%), La Cisterna (61,4%) y Cerro Navia (60,1%). Justo cuando el país experimenta ciertas bajas en los contagios, ya se abrió el debate sobre cuándo y cómo los escolares y universitarios podrían retomar las clases presenciales. A juicio del ministro de Educación, Raúl Figueroa, las clases son irremplazables y el actual sistema online, solo aumenta la brecha educacional en el país, pero el retorno se hará “en la medida en que las condiciones sanitarias lo permitan”.
Primero fue la “nueva normalidad”, que rápidamente mutó a “retorno seguro”. También hubo otros traspiés comunicacionales del gobierno, como la pregunta del ministro Jaime Mañalich (“¿Qué pasa si el virus muta y se pone buena persona?”) o el consejo de la subsecretaria de Salud Pública, Paula Daza, quien días atrás dijo que era posible salir a tomarse un café con amigos. Ahora, el nuevo concepto para hacer frente al coronavirus es “la batalla de Santiago”. Sin embargo, la gran dificultad que reina por estos días es que estos conceptos chocan con una percepción algo distinta de la ciudadanía, ya que todo esto coincide con un aumento de casos y fallecidos por Covid-19 en el país. Precisamente en La Moneda están conscientes que es muy complejo hablar de “retorno seguro” y que la ciudadanía no vincule aquello con el alza de los contagios. Desde el Ejecutivo estiman que los nuevos casos (980 en las últimas 24 horas y más de 20 mil en total, además de 270 fallecidos) se explican por el aumento de los testeos y el incumplimiento ciudadano de las medidas. De hecho, durante el fin de semana largo se registró la salida de al menos 72 mil vehículos, de los cuales ocho mil fueron detenidos en los cordones sanitarios. Por todos estos motivos, se anunció que a partir de mañana martes a las 22:00, nuevas comunas entrarán en cuarentena total (Quilicura, Recoleta, Cerrillos y la totalidad de Santiago), mientras que se mantendrá la medida en Independencia, Quinta Normal, Estación Central, Pedro Aguirre Cerda, El Bosque y San Ramón, además de algunas zonas de Ñuñoa, La Pintana y San Bernardo.
El cambio de tono fue muy perceptible. Desde Valparaíso, el ministro de Salud, Jaime Mañalich, fue explícito en varias ocasiones para señalar que el panorama del coronavirus en la Región Metropolitana es complejo. Incluso acuñó un término para el escenario que muestra a la capital chilena con tres mil nuevos casos confirmados en 72 horas: “La batalla de Santiago”. “Nos preocupa enormemente la Región Metropolitana”, afirmó Mañalich, añadiendo que las medidas que se han tomado “no han sido respetadas”. Si necesitaba un ejemplo, no pudo caerle uno más a la mano: la noche previa, un grupo de 400 personas fue sorprendido realizando una fiesta clandestina en Maipú. Con ese escenario sobre la mesa, el ministro realizó una poco común segunda conferencia de prensa pasadas las 5 y media de la tarde, donde anunció medidas: desde el martes en la noche habrá cuarentena total para las comunas de Cerrillos, Quilicura y Recoleta, además de incorporar a la parte de la comuna de Santiago que hasta hoy estaba excluida de la medida. Además, en la zona norte se sumarán dos municipios a la medida por su alto número de casos: Antofagasta y Mejillones. En el panorama general, los casos en Chile se acercaron hoy a los 20 mil, y los muertos llegaron a las 260 personas. Ambas cifras aún son muy lejanas respecto a las que muestran los países más afectados por la pandemia, como Estados Unidos, Gran Bretaña, España, Italia y el vecino Brasil. En esos lugares, la discusión sigue estando en cuáles son los límites para monitorear casos y dónde entra en juego la privacidad de las personas. Un debate que en Chile se acerca paso a paso. Este domingo se cumplieron dos meses desde que se registró el primer contagiado por coronavirus en el país. En este contexto, el ministro de Salud, Jaime Mañalich, entregó un nuevo balance de la situación en el país en medio de la pandemia. Según informó Mañalich, la cifra de nuevos contagios por Covid-19 es de 1.228 personas, el segundo número diario más alto, de las que 1.112 presentaron síntomas y 116 fueron asintomáticos. Además, hubo 13 muertos, todos en la Región Metropolitana.
Kike Mujica, Alfredo Joignant y Eugenio Guzmán, conversaron sobre los nuevos enigmas que deja el coronavirus, la selección de directores de colegios y los casos de hacinamiento en el país.
La Oficina de Migración y Refugio de Quilicura, junto al Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados (ACNUR) y la Fundación de Ayuda Social de las Iglesias Cristianas (Fasic), invitan a la conmemoración del día del Refugiado, en el centro cultural municipal de la comuna. La actividad se llevará a cabo el domingo 19 de junio, desde las 12 horas, y contará con música en vivo, comidas típicas y una ceremonia ecuménica para orar por los refugiados en el mundo. Compartimos la conversación con Gonzalo Blanco, encargado de la oficina de migrantes y refugiados de Quilicura, quien profundizó sobre la actividad en Chile a Todo Color.
La Oficina de Migración y Refugio de Quilicura, junto al Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados (ACNUR) y la Fundación de Ayuda Social de las Iglesias Cristianas (Fasic), invitan a la conmemoración del día del Refugiado, en el centro cultural municipal de la comuna. La actividad se llevará a cabo el domingo 19 de junio, desde las 12 horas, y contará con música en vivo, comidas típicas y una ceremonia ecuménica para orar por los refugiados en el mundo. Compartimos la conversación con Gonzalo Blanco, encargado de la oficina de migrantes y refugiados de Quilicura, quien profundizó sobre la actividad en Chile a Todo Color.
El Movimiento de Acción Migrante es una iniciativa que aglutina a una serie de organizaciones de migrantes en Chile, que han decidido trabajar en conjunto en pos de los Derechos de las distintas comunidades migrantes que viven en Chile. Álvaro Álvarez y Wilson Charry conversaron con los voceros del MAM, y , quienes hablaron de la organización y de temas tan relevantes como la Amnistía Migratoria. De igual manera, Jorge Rizik conversó con la hermana Yamile Cabrera sobre la Oficina de Migración y Refugio de Quilicura, su génesis y desafíos. Los invitamos a escuchar un nuevo capítulo de Chile a Todo Color.