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Convidado
"Israel emerge como um parceiro privilegiado na administração Trump"

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 4, 2025 9:03


O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reúnem-se esta terça-feira, 4 de Fevereiro, em Washington. Em causa está a segunda fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e a sobrevivência do actual executivo de Israel. Sónia Sénica, investigadora integrada do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa, fala da importância desta visita, sublinhando que Israel emerge como um parceiro privilegiado na administração de Donald Trump. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, é o primeiro líder estrangeiro a ser recebido na Casa Branca desde a tomada de posse de Donald Trump. Que mensagem se pretende enviar com este encontro?Demonstra uma mensagem muito clara, em termos de política externa, com Israel a emergir como um parceiro muito relevante e privilegiado para a administração de Donald Trump. Estão em curso dinâmicas de conflitualidade, quer na Europa, quer no Médio Oriente, e Trump já deixou muito claro que em qualquer uma das duas, terá de haver uma resolução — nomeadamente no Médio Oriente — reiterando o apoio a Israel.Obviamente, isso passará por criar uma nova arquitectura de segurança regional, mantendo o reforço da posição de Israel, tentando, com isso, dissuadir e conter aquilo que é a influência, sobretudo, de Teerão. E, nesse sentido, fica aqui muito vincada nesta primeira deslocação de um líder estrangeiro a Washington para se encontrar com Trump. No fundo, essa linha permanente de política externa norte-americana que- comTrump- privilegia muito mais a dimensão bilateral do que propriamente o multilateralismo.Esta cimeira Trump-Netanyahu marca o arranque das conversações com vista à concretização da segunda fase da trégua entre Israel e o Hamas. Esta segunda fase começa bem? Quando se sabe que Israel continua com a operação militar na Cisjordânia…Começar por dizer que este é um cessar-fogo que foi alcançado ao longo de muitos meses de intensas negociações sob mediação internacional, também norte-americana, e com muita dificuldade de se conseguir concertar a posição das duas partes. Ainda assim, foi importante que o efeito Trump conseguisse, no fundo, pressionar [as partes]. Eu creio que, sobretudo para Israel, aceitar as condições do Hamas - relativamente àquilo que são os objectivos e a dificuldade de se avançar com a implementação deste acordo - mostra claramente essa fragilidade.Por outro lado, também mostra, do meu ponto de vista, que é Washington quem está a ditar a cadência dos eventos da parte de Israel. Eu relembro que este acordo — proposta de acordo — foi avançada pelo então Presidente Joe Biden e, obviamente, foi dada a entender que seria um acordo de proposta da liderança de Netanyahu. Rapidamente se percebeu que havia aqui uma estreita articulação entre Israel e Washington para, no fundo, se conseguir esta paragem das hostilidades militares, sobretudo por causa de uma crítica muito grande em termos internacionais.Neste momento, claramente, Netanyahu desloca-se, do meu ponto de vista, a Washington para mostrar que é um país que conta com o apoio dos Estados Unidos. É absolutamente vital para alavancar a credibilidade e o prestígio internacional de Israel - quer na região, quer em termos internacionais - que estava a ser minimizada.Depois, de alguma forma, não há credibilidade da parte de Israel face ao Hamas, no cumprimento do acordo, nem dos seus procedimentos, e por isso é preciso articular novamente com o parceiro norte-americano. Acrescenta-se a contínua pressão, sobretudo interna - das famílias dos reféns - para se alcançar a libertação dos mesmos ou a restituição, entendamos, dos presídios às suas famílias, para encerrar aqui, digamos, um ciclo de trauma colectivo da sociedade israelita.Esta segunda fase prevê a libertação dos restantes reféns, a declaração de uma calma sustentável no território e a retirada total das tropas israelitas da Faixa de Gaza do corredor de Filadélfia, na fronteira com o Egipto. Esta questão do corredor de Filadélfia é uma questão muito sensível para Israel, que já veio dizer que não vai querer abrir mão dela…É sensível e muito ambiciosa. Naturalmente, é exigível pelo Hamas, mas não vai ao encontro daquilo que são as garantias de segurança exigidas por Israel. E, portanto, a dificuldade de conseguir cumprir com as exigências de parte a parte remete, desde logo, para a falta de confiança mútua que várias vezes tem posto em causa a implementação deste acordo. Remete, igualmente, para a necessidade de que os mediadores internacionais, sobretudo os Estados Unidos, se empenhem para que os restantes parceiros - mediadores -consigam obrigar as partes a cumprirem com o estipulado.Todavia, não é garantido, do meu ponto de vista, que se consiga essa segurança de parte a parte para alavancar o cumprimento total deste cessar-fogo. São várias fases, indiciando claramente uma grande fragilidade, sendo que a fase seguinte remete para a necessária implementação da fase anterior. Tudo isto exige aqui um grande traquejo, na dimensão das diligências político-diplomáticas, mas creio que Netanyahu, com esta visita a Washington, quer mostrar força, algo que nesta fase não estava a conseguir projectar. Nomeadamente, para o próprio Hamas. Benjamin Netanyahu, que tinha prometido erradicar o Hamas, mas não o conseguiu fazer, está também muito fragilizado, mesmo no seio da própria coligação. Quais são os interesses de Netanyahu com esta visita?Temos aqui várias questões com esta conflitualidade que têm minado aquilo que é a legitimidade política da liderança de Netanyahu, com dificuldades na própria gestão. Mas há uma coisa que me parece vincada: Netanyahu, ao ceder às exigências de Trump com este cessar-fogo, acabou por, em certa medida, colocar em causa ou perigar a própria preservação na governação de Israel. E, aliás, notou-se pelas diversas fragilidades dentro da coligação governamental e por aquilo que foram algumas saídas de ministros importantes que apoiavam Netanyahu. Obviamente que, nesta fase, só poderá tentar alavancar a dimensão externa para se reforçar também internamente, porque a maneira de afastar as críticas e a falta de legitimidade internamente é, no fundo, projectar essa ideia de força enquanto liderança, conseguindo gerir um difícil dossier, que é, por exemplo, a restituição e a libertação dos reféns que ainda estão nas mãos do Hamas.Relativamente às ambições de Netanyahu, desde o princípio, eu creio que, de alguma forma, a preservação da sua liderança. A desresponsabilização pelo ataque perpetrado pelo Hamas no dia 7 de Outubro, o não conseguir que Israel seja um Estado que garante segurança aos seus cidadãos, é, obviamente, o que está a ser julgado ao longo destes vários meses de conflitualidade e de liderança política de Netanyahu.O que é que procura Donald Trump? No plano diplomático, a normalização das relações, por exemplo, de Israel com a Arábia Saudita?Sim, em certa medida, será também essa normalização que, aliás, já estava em curso. Donald Trump quer muito emergir, foi dito pelo próprio na tomada de posse, com uma liderança pacificadora em termos internacionais. Um Estado com grande poder em termos internacionais, sob a sua liderança, que consegue, por um lado, a protecção do interesse nacional norte-americano, mas, por outro, projectar essa imagem de pacificador em termos internacionais. Ou seja, terminando com as dinâmicas de conflitualidade que põem em causa os próprios interesses norte-americanos e as exigências, em termos do fornecimento de equipamento militar ou o financiamento, de alguns países aliados, até agora, que têm necessitado desse mesmo apoio.Há também uma ambição de Donald Trump querer ser nomeado, por exemplo, para o Prémio Nobel da Paz, com este alcançar da pacificação, quer no Médio Oriente, quer até na própria Ucrânia.Donald Trump, que, de resto, cometeu uma gafe quando falou na transferência de palestinianos de Gaza para o Egipto e para a Jordânia. Na semana passada, o Egipto, Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e o Qatar divulgaram uma posição conjunta, rejeitando quaisquer planos para transferir populações palestinianas.Eu creio que terá sido uma comunicação pouco cautelosa da parte do Presidente norte-americano que podia pôr em causa a continuidade do cessar-fogo, a eventual retoma de negociações para a criação de dois Estados e o reconhecimento do próprio Estado palestiniano por Israel e em termos internacionais. Este tipo de declaração mina, obviamente, o chamado processo de pacificação - a estabilidade do Médio Oriente - e não é abonatório para a posição de Israel. Porém, também não é abonatório para a posição de Washington, que quer emergir como um pacificador.Obviamente, foi completamente descartada essa possibilidade, sobretudo pelos países de acolhimento - a Jordânia e o Egipto - que não querem continuar a ser países receptores de fluxos migratórios. E, neste caso, até seria uma deslocação forçada por parte dos palestinianos. Esta declaração não vai ao encontro da necessidade da causa palestiniana, nem daquilo que são os países da região que, de alguma forma, acalentam uma nova arquitetura de segurança no Médio Oriente. Uma arquitectura que seja estável e abonatória para qualquer um dos lados.

Convidado
“A diversificação económica vai mudar o paradigma de Angola”

Convidado

Play Episode Listen Later Jan 17, 2025 6:47


O ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António, integrou a delegação do Presidente João Lourenço durante a visita de dois dias a Paris, capital francesa. Em entrevista à RFI, o responsável pela diplomacia angolana fez o balanço desta viagem de 48 horas, sublinhado que a diversificação económica vai mudar o paradigma de Angola. Que peso tem esta visita para a diversificação da economia angolana? Uma promessa antiga do Presidente João Lourenço, que tarda a fazer sentir-se no país.Não, eu não diria isso, que é uma promessa que tarda, porque o desenvolvimento é um processo. Portanto, nós não podemos medir o horizonte temporal do desenvolvimento. A razão pela qual, países ditos desenvolvidos, continuam desenvolver-se. Para nós, essa lógica também é válida. Temos estado a trabalhar para [esse desenvolvimento], tratando com todos os nossos parceiros, incluindo talvez o parceiro actual, que é a República Francesa que estamos a visitar.Portanto, é um processo que está em contínuo. E temos estado a trabalhar para o efeito, porque acreditamos que a diversificação é o que vai mudar o paradigma. É essa parceria que Angola quer com a França?Com certeza. Portanto, a implicação dessas empresas francesas é também para nos diversificarmos com a França. Nós falamos da diversificação económica também para diversificar a parceria. Se olharmos para a nossa cooperação com França, o sector petrolífero tem um grande peso, mas queremos fazer com que essa parceria seja diversificada para outros domínios.Como é o caso da agricultura, saúde, água e energia?Sim, e também no domínio da formação. O instituto que está em Malanje, no ramo da agricultura, foi feito com cooperação francesa. Essa diversificação de que estamos a tratar é um processo que nasceu depois da nossa independência e que o Presidente João Lourenço continua a dar a sua contribuição para o efeito.De que forma é que estes projectos que foram anunciados, 430 milhões euros em financiamento de contratos, vão ter impacto na vida dos angolanos e das angolanas?Se falarmos do domínio que acabamos de citar, sobre a produção agrícola e para um país com uma população que continua a crescer - a soberania alimentar é um ponto essencial. Como dizia Agostinho Neto [Presidente do MPLA e em 1975 tornou-se o primeiro Presidente de Angola até 1979] o saco só fica de pé quando está cheio. A soberania alimentar é um ponto crucial para qualquer país que queira desenvolver-se. E isto não se pode ser resolvido com as importações, deve fazer-se com a produção local.O senhor ministro assinou com o seu homólogo francês, Jean-Noël Barrot, um memorando para lutar contra o terrorismo, a criminalidade, tráficos de seres humanos, imigração ilegal. De que forma é que se vai traduzir este memorando? Qual é que será a sua aplicação?A luta contra a criminalidade, justamente, tem uma natureza que é talvez o domínio que mais precisa de cooperação, porque nenhum país- hoje- pode fazer face ao terrorismo, sozinho ou sem a parceria de outros países. Foi essa razão que levou Angola a propor a realização de uma cimeira extraordinária da União Africana sobre o terrorismo que teve lugar em Malabo.Temos feito não só na teoria, mas também na prática, na relação que temos com os outros, porque o crime sofisticou-se de tal forma que só a troca de informações e de conhecimentos pode fazer face a esse fenómeno- o terrorismo- que afecta muitos dos nossos países. O continente africano, a região do Sahel e Moçambique vivem confrontados com esse flagelo. Penso que é uma luta do mundo e Angola não pode ficar indiferente a este desenvolvimento.Durante esta visita falou-se no conflito que opõe a RDC ao Ruanda. O que é que os dois chefes de Estado falaram sobre esta questão? O que foi decidido?Não se trata de decidir. Trata-se, sim, de trocar impressões para ver quais são os esforços que devem ser feitos e onde os países podem complementar-se. Na procura de uma solução para este conflito que afecta a RDC, tendo em conta as consequências para o próprio país, mas também para toda a região. A morte de pessoas, deslocados internos, tudo isso afecta não só RDC, mas também os países vizinhos. A RDC é o pulmão económico do continente africano e só podemos aproveitar os recursos que tem esse país se estiver em paz. Além do outro aspecto humanitário que eu acabo de citar.Angola assume, dentro de um mês, a presidência rotativa da União Africana e a França assume o G7, em 2026. Durante esta visita, as autoridades francesas mostraram-se disponíveis para trabalhar com Angola, nomeadamente numa melhor representação africana no Conselho de Segurança das Nações Unidas, no financiamento para o Desenvolvimento e na questão das mudanças climáticas O que é que podem fazer os dois países nessas matérias?No que diz respeito à nossa presidência na União Africana, coincide justamente com a Cimeira da União Africana e União Europeia, que tem lugar em 2025. Do lado da África, portanto, Angola terá a liderança, penso que aí há uma ponte de cooperação, mas também é uma oportunidade para trocarmos não só impressões, mas também chegámos a adaptar essa parceria estratégica da União Africana às circunstâncias actuais. Temos estado a trabalhar, a nível bilateral, para que a presidência francesa em 2026, seja um momento de serem criadas pontes. Tendo em conta o peso económico que têm esses países do G7 e o facto desses países, cada vez que reúnem, abordarem questões relacionado com o continente africano. É importante estarmos alinhados com a França, mas também com os restantes países africanos e europeus.Donald Trump assume a presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20 de Janeiro.  Angola receia que as relações possam ficar diferentes daquelas que mantinha com o Presidente Joe Biden?Não. Foi talvez a primeira visita de um Presidente americano, mas a nossa relação com os Estados Unidos não começou com o Presidente Joe Biden. Começou muito antes. Isso é para dizer que olhamos para a relação com os Estados Unidos como uma relação entre Estados e não para uma relação entre pessoas. Há interesses comuns entre os dois países que vão prevalecer, seja qual for o sistema.

Mundo Cristiano - Video Podcast - CBN
Mundo Cristiano - 12/05/24

Mundo Cristiano - Video Podcast - CBN

Play Episode Listen Later Dec 5, 2024 28:30


El cantante Daddy Yankee dice que su fe en Cristo es su refugio en medio de su proceso de divorcio. Además, el Presidente Joe Biden le conseguio un indulto a su hijo Hunter Biden que lo libra de ir a prisión. En esta edición les diremos ... ...

Mundo Cristiano - Video Podcast - CBN
Mundo Cristiano - 12/05/24

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Play Episode Listen Later Dec 5, 2024 28:30


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Mundo Cristiano - Video Podcast - CBN
Mundo Cristiano - 12/05/24

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Play Episode Listen Later Dec 5, 2024 28:30


El cantante Daddy Yankee dice que su fe en Cristo es su refugio en medio de su proceso de divorcio. Además, el Presidente Joe Biden le conseguio un indulto a su hijo Hunter Biden que lo libra de ir a prisión. En esta edición les diremos ... ...

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Mundo Cristiano - 12/05/24

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Mundo Cristiano - 12/05/24

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Beto Podcast
Joe Biden Establece Un Precedente Peligroso

Beto Podcast

Play Episode Listen Later Dec 2, 2024 19:59


En este episodio analizo el reciente evento en el cual el Presidente Joe Biden indulta a su hijo Hunter Biden de manera amplia por los eventos ocurridos entre el 2014 - 2024.

Convidado
Visita de Joe Biden a Angola significa “tudo ou nada”

Convidado

Play Episode Listen Later Dec 2, 2024 14:01


O Presidente norte-americano, Joe Biden, inicia, esta segunda-feira, uma visita de três dias a Angola. Qual o peso simbólico e económico desta primeira deslocação de um Presidente norte-americano ao país? Paulo Faria, Doutor em Política e Governo, considera que esta viagem pode ser “tudo ou nada” pelo próprio estatuto de Joe Biden em fim de mandato e espera que a política norte-americana não se limite a uma lógica extractiva de recursos naturais, mas que imponha temas como direitos humanos e boa governação. RFI: O que significa, para si, esta viagem de Joe Biden a Angola?Paulo Faria, Doutor em Política e Governo, e deputado da UNITA: “Esta viagem, para mim, significa tudo ou nada. Significaria nada porque o Presidente Joe Biden é designado como ‘lame-duck' ,quer dizer, está basicamente no final do mandato, uma vez que a 20 de Janeiro do próximo ano tomará posse o Presidente eleito, Donald Trump. Portanto, neste caso, tudo quanto ele fizer ao longo dos três dias de visita ao nosso país, poderá ser descontinuado pelo Presidente Donald Trump.Acha que há esse risco?“Sim, porque, é claro, tudo vai depender daquilo que é a política externa que o Donald Trump vai adoptar. Portanto, se for uma política externa de continuar a isolar outros parceiros históricos, por exemplo, aqui de Angola, nomeadamente a Rússia e a China, naturalmente que não poderá ser descontinuado porque será do melhor interesse da administração Trump dar sequência ao volume de investimentos, sobretudo para o corredor do Lobito, onde os Estados Unidos prometeram injectar 250 milhões de dólares, por exemplo, para fazer o ‘upgrade' da linha férrea do Corredor do Lobito.”Há já sinais de qual será a política americana de Donald Trump para Angola e para África?“Não. Eu ando à procura disso e vendo quem Trump designou para secretário de Estado, que é o senador do Flórida, Marc Rubio, ele tem o historial de ser alguém extremamente frontal com a China e a Rússia, então estamos a ver que a política externa de Donald Trump vai ser bastante combativa, quer dizer, dando maior centralidade às questões relacionadas com os direitos humanos, a boa governação, um Estado de direito democrático e depois, também, naturalmente, práticas lesivas à boa administração pública, como a corrupção e a impunidade poderão ser sancionadas na administração Trump. Se assim acontecer, nós veremos aqui o regime de Luanda, da Cidade Alta, a estar sob grande pressão porque é um regime que apresenta antivalores liberais.”Inicialmente, disse que esta visita de Joe Biden poderia ser o tudo ou nada. Explicou o que era o nada. Porquê o tudo?“Sim, poderá ser tudo se, efectivamente, esta relação de parceria entre Angola, o Estado angolano e, neste caso, os Estados Unidos não seja pura e simplesmente uma lógica extractiva de recursos minerais, recursos naturais estratégicos, mas que também sirva para estabelecer rupturas sustentadas em valores. Quando eu falo de ruptura é os Estados Unidos a estabelecerem um paradigma relacional sustentado, por exemplo, nos seus valores liberais: a boa governação, o respeito pelos direitos humanos, o Estado democrático de Direito, e governos que surjam de um processo eleitoral transparente, inclusivo, e livre, não pela fraude e batota eleitoral.Neste caso, os Estados Unidos estariam a marcar uma grande diferença e, neste caso, estaria também a diferenciar-se daquilo que tem sido prática corrente de não ingerência em assuntos domésticos do regime cá em Angola, por exemplo, que é a China e também por parte da Rússia, que não se interessam absolutamente, de modo algum, com as questões que têm a ver com os valores liberais.”Fala na questão dos direitos humanos. Na semana passada, um relatório trimestral do movimento cívico angolano Mudei denunciou a degradação dos direitos humanos em Angola. Os direitos humanos serão abordados nesta visita?“A CNN dá-nos assim um plano, uma panorâmica geral daquilo que vai ser a agenda de Biden nesses três dias. Do que a CNN fala, assiste-me inferir que, por exemplo, Biden reunir-se com a sociedade civil não consta neste plano. Consta, sim, que ele fará uma declaração junto do Museu da Escravatura. Aquilo é um sítio histórico com grande peso histórico e também com uma grande simbologia que tem a ver com a deportação do capital humano para o Ocidente e também que isto é uma nuvem escura na consciência da humanidade, a escravatura.”Há temas mais imediatos para os angolanos?“Sim, naturalmente que ao ir ao Museu da Escravatura, não pode não deixar de referir as questões de abusos sistemáticos dos direitos humanos, sobretudo porque temos aqui problemas de execuções sumárias, extrajudiciais, por exemplo, por parte da polícia, esquadrões da morte, temos também as mulheres zungueiras que são vítimas da impunidade policial. Temos níveis altíssimos de desemprego entre os 32 e 35%. A população activa está desempregada e é maioritariamente jovem e temos uma economia em franco estado de estagnação permanente. As questões de direitos humanos são essencialíssimas, a questão da boa governação, as questões de uma imprensa pública inclusiva, plural, transparente, é crucial. As questões do combate à corrupção têm de ter resultados tangíveis, visíveis. Temos de ter também a credibilidade dos processos eleitorais. Tem de haver o compromisso dos Estados Unidos de não patrocinar golpes institucionais por meio de fraudes e batotas eleitorais e uma Assembleia Nacional também ao serviço do interesse público.”Diz-se que no centro desta visita estão as parcerias económicas e comerciais e, essencialmente, o Corredor do Lobito. Quer-nos explicar porquê?“Eu sinto-me tentado a estabelecer a ligação entre dois espaços. O primeiro espaço, amanhã, é a intervenção do Presidente Biden junto do Museu da Escravatura porque do Museu da Escravatura partiam escravos para o Brasil, Américas e por aí adiante. Por outro lado, temos o Lobito, onde vai para ter recursos estratégicos. Então, aqui o elemento comum é a lógica extractiva. Era importante que se estabelecesse uma parceria na lógica do ‘win win' equilibrada para vantagens partilhadas. Neste caso, não é só extrair recursos estratégicos de Angola, ou através da Zâmbia ou da República Democrática do Congo, mas também fomentar o sector industrial, sobretudo a questão da energia e economia verde. Se houver o compromisso de os Estados Unidos estabelecerem também o núcleo industrial, por exemplo, na província do Lobito e não só, estariam a contribuir também para a oferta de oportunidades laborais para a juventude angolana. Mais uma vez, estaria a ganhar corações e mentes, estaria a demarcar-se daquilo que é o paradigma unipolar extractivo unicamente, que é exercido pela China e pela Rússia também. Então, eu vejo nesse aspecto que há elementos-chave e também vejo que, naturalmente, os Estados Unidos não é o único player no Corredor do Lobito. Estão também países da União Europeia e o Reino Unido que possivelmente terá uma fatia maior. Pelo que eu tinha percebido, numa das intervenções do Embaixador britânico cá em Luanda, é que o Reino Unido investia na ordem dos 500 milhões de libras, um valor acima do que tinha sido anunciado pelo Blinken de 250 milhões de dólares. É interessante, sim, que se revitalize o Corredor do Lobito, que se faça o ‘upgrade' da linha férrea para facilitar a mobilidade, o escoamento de recursos minerais estratégicos, mas também que se abra aqui o caminho da industrialização do próprio país. Assim se estaria não só a tirar recursos, mas também a envolver as comunidades. As comunidades estariam a ver os benefícios do investimento americano através do acesso ao emprego e à melhoria da sua condição socioeconómica também.”Há outro aspecto importante nesta visita oficial de Joe Biden, que é a questão diplomática. Simbolicamente, o que é que significa para Angola? É um certo reconhecimento de Angola como líder regional, como mediador regional de muitos conflitos?“Eu sou bastante céptico quanto à questão da liderança de Angola na resolução de conflitos regionais porque os conflitos estão aí latentes, em alta erupção em muitos casos. Falo sobretudo do Congo, Kivu (Norte e Sul)… Portanto, não sejamos bastante optimistas quanto ao papel de Angola. Agora, o que há, sim, é a tendência de se estabelecer o equilíbrio porque até aqui a China tem sido o país líder em termos de injecção de capital, estima-se na ordem dos 47 bilhões de dólares que foi o empréstimo que os chineses fizeram a Angola e os Estados Unidos estão muito longe disso, de ultrapassar a China. Então, dá-me a entender que a questão é pura e simplesmente estabelecer algum equilíbrio na balança da relação multilateral que os Estados Unidos vêem ou encetam com o regime de Angola, mas em termos de papéis bastante salientes de Angola, naturalmente, não sejamos bastante optimistas porque o Congo ainda se mantém como um espaço de conflitos internos e de grande instabilidade política. Portanto, o papel de Angola só teria alguma credibilidade se o próprio regime tivesse também legitimidade junto dos seus cidadãos. A legitimidade vem a partir da prestação de contas; a legitimidade vem de termos um orçamento geral equilibrado, em que as áreas sociais, como a saúde e a educação, sejam contempladas com maior fatia. Portanto, legitimidade significa que termos um sector de defesa e segurança cujo nível de execução orçamental está na ordem dos 120%, em tempos de paz, tem de ser altamente questionável, e indicia, naturalmente, a falta de transparência orçamental . E, depois, também ter os media que estejam ao serviço do interesse público, pela verdade e também um maior escrutínio da parte do cidadão sobre os seus servidores públicos. Portanto, legitimidade significa não ser déspota, não ser autocrata, prestar contas, e não ver a aprovação do Orçamento Geral do Estado como a aquisição de um mero cheque em branco para poder promover o festim do despesismo e por aí fora.”

La W Radio con Julio Sánchez Cristo
Marc Gonsalves pide al presidente Joe Biden que niegue libertad a Simón Trinidad

La W Radio con Julio Sánchez Cristo

Play Episode Listen Later Nov 26, 2024 8:15


Convidado
Especialista de relações internacionais, Osvaldo Mboco lança livro sobre diplomacia angolana

Convidado

Play Episode Listen Later Nov 1, 2024 19:35


Osvaldo Mboco, especialista em Relações Internacionais ligado à Universidade Técnica de Angola e voz conhecida da RFI pelas suas análises, lança no próximo dia 6 de Novembro, o seu novo livro, "Política externa de Angola, Principais marcos, desafios e perspectivas".  Nesta obra que vem no seguimento de outros livros como “Os desafios de África no século XXI – um continente que procura se reencontrar”, publicado em 2021 ou ainda "As eleições em Angola, de 1992 até aos nossos dias" lançado em 2022, Osvaldo Mboco evoca designadamente a evolução das relações do seu país com os seus parceiros nos Estados Unidos, Rússia, China ou ainda França, passando em revista os momentos-chave da diplomacia angolana desde a independência, em 1975, até aos dias de hoje.RFI: Relativamente aos marcos históricos da diplomacia angolana de 1975 até aos dias de hoje, como é que poderíamos resumir em poucas palavras a evolução da diplomacia angolana nesses anos? Partimos de um país recém-independente de cariz socialista, para um país que agora multiplica as parcerias com países que até são antagónicos no plano internacional. Osvaldo Mboco: Nós, neste livro, entendemos dividir a política externa de Angola em seis épocas importantes. De 1975 até 1979, marca, ao nosso entender, a primeira fase da política externa de Angola. Depois de 1979 a 1989: porque aqui em 79, estava a entrar um novo Presidente que é o Presidente Eduardo dos Santos e de facto não alterou em grande medida aquilo que eram os pilares estruturais da política externa de Angola, porque nós tínhamos uma política externa voltada neste período ao marxismo-leninismo. A nossa relação era muito mais próxima para os países comunistas ou socialistas nesta época. Esse período termina em 89 e é a queda do Muro de Berlim. O país começa a fazer reformas importantes do ponto de vista da abertura da economia de mercado, mas ainda um país que tinha assente pilares naquilo que era a ideologia marxista-leninista. E depois há o terceiro período, que é de 1989 até 1992. Nesse período, onde também o país foi obrigado, até certo ponto, a abrir-se para o multipartidarismo e começar também a se relacionar com outros Estados. Depois de 92 até 2002, que é um período marcado fortemente pelo conflito civil, onde a estratégia da política externa de Angola era muito mais voltada para o objectivo de encurtar as linhas de apoios e abastecimento que a Unita tinha. É uma política de boa vizinhança também com os países vizinhos, no sentido de a Unita ser entendida não como um grupo de guerrilha, mas como um grupo rebelde. Esse foi um trabalho também da nossa diplomacia. Depois, teve o quinto período, que é de 2002 até 2017. Nesse período, um período pós-guerra, um período em que o país se abriu, vai buscar novas perspectivas. Depois, o outro período é de 2017 até aos nossos dias, que já é um período marcado pela presidência do Presidente João Lourenço. Agora, claramente que nós também trouxemos aqui neste livro o nosso actual reposicionamento no sistema internacional, enquanto país que hoje vai buscando várias alianças, até com aqueles países que no passado eram antagónicos. Tudo indica que está a existir uma mudança da política externa de Angola do eixo Pequim-Moscovo para o eixo Bruxelas-Washington. E isto tem estado de facto a criar muitos debates, também ao nível da Academia. E olhando para esta reconfiguração da política externa angolana, onde condena actos nas Nações Unidas, por exemplo, a anexação das quatro províncias da Ucrânia pela Rússia, a intenção que o Estado angolano tem também de adquirir equipamento militar americano. Quando olhamos para grande parte do equipamento militar angolano hoje que é do Pacto de Varsóvia, arrisco-me a dizer que em Angola não existem cinco generais, pelo menos um, que têm estudos ou formação na Rússia. E como é que fica a descontinuidade disto? Quanto tempo levaria, quais são os gastos que nós teríamos? E os treino, etc. Agora, os Estados, no sistema internacional, eles competem e há uma demonstração clara que existe um grande interesse dessas grandes potências, nomeadamente a China, a Rússia e os Estados Unidos em Angola. E isto faz com que houvesse um termo para identificar o que Angola tem estado a fazer: a "diplomacia de jogo de cintura". RFI: Falou, Lá está, da "diplomacia do jogo de cintura". Foi um termo que utilizou, nomeadamente há poucos meses, quando Angola se voltou decididamente para uma parceria mais aprofundada com os Estados Unidos, correndo o risco de se afastar um pouco mais das suas parcerias com a China. No que é que consiste exactamente essa "diplomacia do jogo de cintura"? Osvaldo Mboco: É um termo utilizado para descrever a posição cuidadosa da política externa de Angola, para evitar "irritantes" políticos ou diplomáticos com as grandes potências, face aos acontecimentos que dominam o cenário internacional, e não pôr em causa os interesses nacionais. Ou seja, independentemente desses países serem antagónicos, têm interesse em Angola. Angola tem estado a demonstrar que não é "terra de nenhum senhor" e não sendo "terra de nenhum senhor", adopta uma postura de alguma cautela, mas que consegue também fazer convergir no Estado angolano, determinados interesses, que é com base nos nossos interesses nacionais e com base nos interesses desses Estados que são antagónicos e que muitas vezes chocam. E aqui podemos trazer a questão do corredor do Lobito também. Mas ainda assim, nós conseguimos nos posicionar e claramente pode existir algum mal-estar. Mas depois, tendencialmente, esse mal-estar pode ser ultrapassado pelos canais diplomáticos. O que nós fizemos no livro é dizer que essa "diplomacia do jogo de cintura", uma posição ponderada, calculada também dos riscos e as ameaças das decisões que nós vamos tomando e fazendo uma viabilidade de qual decisão beneficia melhor e defende melhor os interesses do Estado angolano. E isto foi notável pelas peças do jogo de xadrez do Presidente João Lourenço que conseguiu ir para os Estados Unidos, provavelmente tudo indica que o Presidente Joe Biden, em Dezembro, realmente estará em Angola, mas ainda assim, os interesses chineses e russos continuam a ser discutidos e a ter espaço também no Estado angolano. E eu penso que nós, Angola, temos que definir o que é que nós queremos com as grandes potências, porque eles sabem o que eles querem de nós. Nós agora temos que pegar nos nossos interesses nacionais, traçar uma estratégia que vai de encontro na defesa dos nossos interesses que traçámos inicialmente. Então, é essa a  diplomacia de equilíbrio, de "jogo de cintura", que é uma posição cuidadosa que a diplomacia angolana vem adoptando para não criar "irritantes" políticos, mas ao mesmo tempo defender os seus próprios interesses. RFI: Relativamente às relações de Angola com a França, também reservou um capítulo a esta temática. Como é que estão as relações neste momento? Do seu ponto de vista? Osvaldo Mboco: A França, naquilo que nós fizemos referência no livro, é o país que mais investe em Angola, claramente no sector petrolífero. E isso nos dá um indicador que são relações que são boas. O presidente Emmanuel Macron esteve em Angola não simplesmente para tratar de questões ligadas a aspectos económicos, mas também para tratar de aspectos em volta daquilo que é a crispação político-diplomática que a França vem sofrendo nos últimos tempos em África, principalmente nas antigas colónias onde existiram golpes de Estado e de que a França foi obrigada a sair de forma atabalhoada em função daquilo que tem sido a posição dos Estados. E eu também trago aqui, numa perspectiva que a aproximação quer da França, quer dos Estados Unidos em Angola, também é resultante dos últimos acontecimentos na região do Sahel, com os golpes de Estado, de mudanças incondicionais e a necessidade de identificar novos "players". Angola é um país que tem saída para o mar, tem posição geográfica, tem expressão no continente africano e parece que um dos grandes aliados dos Estados Unidos, que é a África do Sul, está-se a aproximar muito mais para o Sul global, está-se a aproximar muito mais dos BRICS. Então, há toda a necessidade do Ocidente encontrar um "player" a nível do continente africano que possa, até certo ponto, contrabalançar a posição da China e da Rússia no continente africano, em interesse do próprio Ocidente. E penso que Angola está dentro desta equação, desses Estados quer da França e quer também dos Estados Unidos. Daí diria, a importância que Angola hoje tem a nível do contexto africano e os interesses crescentes por parte desses Estados para com o Estado angolano. RFI: Não podíamos também deixar de mencionar a República Democrática do Congo, que é um dos "dossiers" sobre os quais Angola tem estado a trabalhar ultimamente. Chama a RDC de "quebra cabeças". Como é que poderíamos analisar o que está em curso neste momento relativamente à RDC e à mediação angolana? Osvaldo Mboco: RDC é o "quebra-cabeça" da diplomacia preventiva de Angola. Não é de hoje que Angola tenta mediar várias situações na região dos Grandes Lagos e também na República Democrática do Congo. Isto já vem desde o Presidente Eduardo dos Santos. Claramente que nós tivemos uma outra forma de abordagem, uma outra dinâmica, um novo engajamento com o Presidente João Lourenço. Mas tudo indica que os resultados alcançados até agora não são os melhores resultados, porque nós temos estado a assistir, mesmo com o cessar-fogo, ao M23 a ocupar novas vilas, a desrespeitar o acordo de cessar-fogo que nós já fizemos. Refiro-me também ao facto de o M23 não ter sido chamado neste acordo de cessar-fogo, não se revia nos acordos. Por outro lado, o Presidente Kagame tem estado a dar sinais de que as negociações não têm estado a ir na direcção que ele pretende. Daí que várias vezes não esteve em Luanda na cimeira de alto nível de chefes de Estado e de Governo e mandatou representantes também como forma de pressão. Há também aquilo que têm sido as acusações mútuas entre os dois Presidentes, o Presidente Kagame e o Presidente Félix Tshisekedi, que têm estado a minar o processo de mediação de Angola. Mas Angola tem continuado e continua (a mediar). Neste momento, existem reuniões ministeriais entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois Estados sob a condução de Angola. Os peritos também têm estado a trabalhar. Angola apresentou uma proposta aos dois chefes de Estado sobre a paz duradoura. Nós não conhecemos o conteúdo que aí está, mas penso que quando temos essas reuniões cá em Angola, onde também participam os peritos, é com o objectivo de se discutir ao máximo os pontos divergentes que lá estão. Penso que as discussões têm estado a andar nesta direcção do lado angolano. Cabe a Angola continuar a mediar o conflito. E eu vou aqui dizer isto. O discurso político do Presidente Kagame e do Presidente Felix Tshisekedi ainda demonstra que o Presidente João Lourenço é um interlocutor válido. Mas depois a actuação dos dois Presidentes nas acusações mútuas mina o processo de mediação de Angola. Sem sombra de dúvida. Agora é importante também aqui dizer que nós temos estado a assistir a alguns recúos do ponto de vista de resultados, não de acções, do ponto de vista do resultado para aquilo que tem sido a acção da diplomacia angolana. Daí que eu dizia que é o "quebra-cabeça" da diplomacia angolana. A situação da República Democrática do Congo é uma das peças importantes, mas existem outras peças também que devem ser montadas na região dos Grandes Lagos. Continua a ser também uma das regiões que é pilhada de forma grosseira dos recursos minerais que aí estão. Mas o interesse da Angola, ao mediar, na minha perspectiva, e é o que nós trouxemos no livro, não é simplesmente a vontade de querer ter um prestígio internacional, de resolver um problema daquela dimensão que é o Leste da República Democrática do Congo. Mas também é uma questão de interesse e de segurança. Ou seja, o conflito está no leste da República Democrática do Congo, mas numa situação em que o conflito se alastra por todo o território da República Democrática do Congo, Angola pode sofrer com as consequências desse conflito. Tem campos de refugiados em algumas províncias de Angola que vêm da República Democrática do Congo. As fronteiras ficam muito mais porosas para os crimes transnacionais, nomeadamente tráfico de droga, tráfico de seres humanos, contrabando de combustível que já existe. Então há aqui uma maior porosidade e, por consequência, da transposição do conflito, pelo menos até às fronteiras do Estado angolano. Ou seja, a República Democrática do Congo não é simplesmente uma zona de influência do Estado angolano. A República Democrática do Congo é o espaço vital do Estado angolano, porque toda a operação securitária, política e económica que acontece na República Democrática do Congo tem implicações para o Estado angolano. Daí que o Congo, na minha perspectiva, é o "quebra-cabeça" da diplomacia angolana em termos internacionais.RFI: Outro dos dossiers nos quais Angola tem estado bastante activo é tentar obter reformas nas Nações Unidas e, nomeadamente, obter um lugar captivo no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Quais são as perspectivas, a seu ver? Osvaldo Mboco: Na obra, nós não trouxemos essa discussão de Angola sobre a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Relativamente à pergunta que me coloca, eu penso que Angola junta-se ao grupo de países que entendem que a actual configuração no Conselho de Segurança das Nações Unidas já não atende aos actuais desafios. E daí que Angola é um daqueles países que apela à reforma dos órgãos do Conselho de Segurança das Nações Unidas e também entende que há uma posição de injustiça, digamos, do sistema internacional para com o continente africano, que é um dos continentes com maior índice de população e é o continente com mais estados no mundo e não tem nenhuma representação permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Agora, a grande discussão será no futuro, qual dos Estados africanos deverá preencher este lugar. Penso que quer a nível das Nações Unidas e quer a nível das geografias onde se identificaram a necessidade do alargamento e a entrada de um "player", claramente não é um assunto para hoje. Mas ainda assim é um assunto no qual devemos começar a reflectir, porque provavelmente um dia a ordem mundial vai se alterar e isto poderá acontecer, claramente. Não há vontade política neste momento das grandes potências, mas pensamos nós que isto um dia pode vir a acontecer. Angola, penso eu, quanto a esta matéria, tem estado a se posicionar da melhor forma possível sobre a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. RFI: Na conclusão da sua obra, Osvaldo Mboco preconiza que se conceptualize o pensamento político estratégico da política externa de Angola, ou seja, um documento diagnóstico e programático da política externa do país. Poderia explicar-nos no que é que consistiria esse documento e a sua importância sobretudo? Osvaldo Mboco: Eu penso que o pensamento político estratégico na política externa de Angola deve ser um seguimento daquilo que é a agenda do Estado angolano, Ou seja, nós, Angola, precisamos de uma agenda de Estado. E nessa agenda de Estado devem estar definidas quais são as metas que nós pretendemos alcançar, os objectivos e os timings que nós queremos cumprir. A perspectiva de termos uma agenda de Estado é dizer o seguinte: que o nosso objectivo central é transformar Angola numa potência regional daqui a 50 ou 30 anos e nós vamos trabalhar nesta direcção com esses vectores. Seja qual for o partido político que chega ao poder, deve entender que não deve descontinuar a estratégia que já foi montada. E daí que nós temos estado a defender que a agenda de Estado deve resultar, não de um programa de governação do partido político dessas eleições, mas ela deve resultar do consenso nacional da discussão pública, onde vários intervenientes do Estado devem participar, as igrejas, a sociedade civil, os partidos políticos, as universidades. Porque existe um grande divórcio em Angola entre o governo ou o Executivo com aquilo que são as universidades, enquanto as universidades deveriam ser, ao meu entender, o mais alto palco do conhecimento e participar activamente naquilo que são as estratégias a serem montadas. Agora não estamos aqui a defender que este documento é um documento estático, porque as relações internacionais dinâmicas, são variáveis. Sempre que houver necessidade, deverá se introduzir reformas consoante o contexto internacional, mas com o objectivo primário, que é atingir determinadas metas. Então, esse deveria ser o pensamento político estratégico de Angola. Por exemplo, na obra também nós fizemos referência que Angola, por ser um dos principais "players" em matéria de gestão e resolução de conflitos em África, já deveria ter um centro de análise e estudo sobre guerra e paz, um centro que analisa os conflitos mundiais ou, se quiser, simplesmente de África. Estuda os conflitos, apresenta prognóstico da resolução desses conflitos, apresenta as soluções e olha as várias doutrinas que existem. E pode até trabalhar também para o surgimento de novas doutrinas sobre matéria de gestão e resolução de conflitos. Isto poderia fazer com que aquilo que é o conhecimento angolano influenciar também a ciência voltada a matérias ligada a guerra e paz, a gestão e resolução de conflitos. Seria também uma forma ou instrumento importante que Angola poderia utilizar para, de facto, se afirmar no continente africano como um país de matriz pacifista, mas como um país que também tem a gestão e resolução de conflitos como um aspecto principal da sua política externa, não simplesmente do ponto de vista da mediação, mas do ponto de vista da construção de conhecimento e observação dos fenómenos e produzir aquilo que podem ser as eventuais soluções. 

Ultim'ora
Tajani "Riforma Onu? L'Italia non è certo un Paese di serie B"

Ultim'ora

Play Episode Listen Later Sep 24, 2024 1:09


NEW YORK (STATI UNITI) (ITALPRESS) - Il vice premier e ministro degli Esteri italiano, Antonio Tajani, dopo incontri bilaterali e in vista della sua partecipazione alla riunione del Consiglio di Sicurezza sull'Ucraina dove partecipa anche il presidente Zelensky, fa il punto sui lavori dell'ONU e analizza i discorsi del Presidente Joe Biden e del Segretario Generale Antonio Guterres. Su un passaggio del discorso di quest'ultimo, in cui il Segretario Generale parlava della riforma del Consiglio di Sicurezza e critica paesi con reali poteri e quelli credono di averne che ostacolano una riforma, alla domanda a quale paese si riferisse, Tajani ha risposto: "Dovete chiederlo a lui. Comunque per quanto riguarda l'Italia, per i contributi che diamo all'ONU soprattutto anche di caschi blu, non siamo certo un paese di serie B" x09/fsc(video di Stefano Vaccara)

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Tajani "Riforma Onu? L'Italia non è certo un Paese di serie B"

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Play Episode Listen Later Sep 24, 2024 1:09


NEW YORK (STATI UNITI) (ITALPRESS) - Il vice premier e ministro degli Esteri italiano, Antonio Tajani, dopo incontri bilaterali e in vista della sua partecipazione alla riunione del Consiglio di Sicurezza sull'Ucraina dove partecipa anche il presidente Zelensky, fa il punto sui lavori dell'ONU e analizza i discorsi del Presidente Joe Biden e del Segretario Generale Antonio Guterres. Su un passaggio del discorso di quest'ultimo, in cui il Segretario Generale parlava della riforma del Consiglio di Sicurezza e critica paesi con reali poteri e quelli credono di averne che ostacolano una riforma, alla domanda a quale paese si riferisse, Tajani ha risposto: "Dovete chiederlo a lui. Comunque per quanto riguarda l'Italia, per i contributi che diamo all'ONU soprattutto anche di caschi blu, non siamo certo un paese di serie B" x09/fsc(video di Stefano Vaccara)

Noticias de Hoy con Telemundo 20
Dale Play: ¿Qué sigue tras la salida de Joe Biden de la contienda presidencial?

Noticias de Hoy con Telemundo 20

Play Episode Listen Later Jul 26, 2024 26:29


En esta edición de Dale Play ahondamos en lo que significa la salida del Presidente Joe Biden de la contienda a la reelección.See Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.

El Reporte Coronell
El detrás de cámaras de la renuncia del presidente Joe Biden a su candidatura

El Reporte Coronell

Play Episode Listen Later Jul 22, 2024 7:22


La W Radio con Julio Sánchez Cristo
El detrás de cámaras de la renuncia del presidente Joe Biden a su candidatura

La W Radio con Julio Sánchez Cristo

Play Episode Listen Later Jul 22, 2024 7:22


Hora 25
Las 20 de Hora 25 | Se dispara la presión para que el presidente Joe Biden deje la carrera presidencial

Hora 25

Play Episode Listen Later Jul 18, 2024 27:16


Las noticias de la tarde, con Pablo Tallón. 

El mundo al día [Radio] - Voice of America
El Mundo al Día (Radio): Inmigración domina la agenda de la Convención Nacional Republicana - julio 16, 2024

El mundo al día [Radio] - Voice of America

Play Episode Listen Later Jul 16, 2024 29:58


La inmigración domina la agenda de la Convención Nacional Republicana. Presidente Joe Biden retoma su campaña electoral en Las Vegas. Un jurado halla culpable de corrupción al senador demócrata Bob Menéndez. Y disminuyen los casos de asilo en Estados Unidos, según un reporte reciente.

Fernanda Familiar
Semana decisiva para la candidatura del presidente Joe Biden - Andrés Oppenheimer

Fernanda Familiar

Play Episode Listen Later Jul 15, 2024 13:08


Redes Sociales: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Instagram⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠   ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Facebook⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠   ⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠Twitter (X)⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠

Daily Easy Spanish
Las razones por las cuáles muchos demócratas que siguen al lado del presidente Joe Biden

Daily Easy Spanish

Play Episode Listen Later Jul 13, 2024 30:31


Aunque el número de políticos, donantes y estrellas que le vienen retirando su apoyo al aspirante a la reelección crece, también lo hace el de quiénes lo apoyan y lo consideran la mejor opción para vencer al republicano Donald Trump.

La Trinchera con Christian Sobrino
BSB #19: De plebiscitos, ambientalismo de extrema izquierda y la monga de Joe Biden

La Trinchera con Christian Sobrino

Play Episode Listen Later Jul 6, 2024 106:56


En este decimonoveno episodio del ¡Bipartidismo Strikes Back! (una producción del #PodcastLaTrinchera), Christian Sobrino y Luis Balbino discuten el próximo plebiscito de status convocado por el Gobernador Pierluisi para las elecciones generales de este noviembre, la columna de Eduardo Bhatia en respuesta a la postura del PPD titulada "El estatus sí está en issue", el lanzamiento y los detalles de las "Propuestas de Política Ambiental: crisis climática, planificación y ecología" publicado por Juan Dalmau y el PIP, las expresiones de Alexandra Lúgaro en el programa En Caliente con Carmen Jovet por NotiUno 630 y la primera entrevista del Presidente Joe Biden con George Stephanopoulos de ABC luego de su debate desastroso con Trump.Este episodio de La Trinchera es presentado a ustedes por La Tigre,  el primer destino en Puerto Rico para encontrar una progresiva selección de moda Italiana, orientada a una nueva generación de profesionales que reconocen que una imagen bien curada puede aportar a nuestro progreso profesional. Detrás de La Tigre, se encuentra un selecto grupo de expertos en moda y estilo personal, que te ayudarán a elaborar una imagen con opciones de ropa a la medida y al detal de origen Italiano para él, y colecciones europeas para ella. Visiten la boutique de La Tigre ubicada en Ciudadela en Santurce o síganlos en Instagram en @shoplatigre.Por favor suscribirse a La Trinchera con Christian Sobrino en su plataforma favorita de podcasts y compartan este episodio con sus amistades.Para contactar a Christian Sobrino y #PodcastLaTrinchera, nada mejor que mediante las siguientes plataformas:Facebook: @PodcastLaTrincheraTwitter: @zobrinovichInstagram: zobrinovichThreads: @zobrinovichBluesky Social: zobrinovich.bsky.socialYouTube: @PodcastLaTrinchera

Venezuela en Crisis - RadioTelevisionMarti.com
Info Martí | Detenciones de migrantes en la frontera de EEUU se reducen a su punto más bajo en años - junio 27, 2024

Venezuela en Crisis - RadioTelevisionMarti.com

Play Episode Listen Later Jun 27, 2024 2:28


La cifra se debe a una serie de cambios impuestos por la administración del Presidente Joe Biden para impedir que la mayoría de personas que crucen hacia el país sin autorización pueda pedir asilo.

Ana Francisca Vega
¿Por qué Biden anuncia medida en favor de migrantes? Explica Eunice Rendón

Ana Francisca Vega

Play Episode Listen Later Jun 20, 2024 9:38


En entrevista para MVS Noticias con Ana Francisca Vega, Eunice Rendón, directora de Agenda Migrante, habló sobre el Presidente Joe Biden anuncia medidas para que estadounidenses con cónyuges e hijos no ciudadanos puedan mantener a sus familias unidas.  "Esta es una buena noticia, pero creo que se da en una coyuntura electoral específica", dijo.  Recordó que el presidente Andrés Manuel López Obrador celebró el anunció de su homólogo estadounidense; pero señaló que es un mensaje que llega a dos semanas de que se diera a conocer la decisión ejecutiva en contra de los migrantes que quieren ir a Estados Unidos. Agregó que la nueva medida ya existía, pues se tenía el beneficio migratorio que estaba en marcha, pero que era principalmente para familiares de militares que estuvieran en activo o veteranos, y se pudiera facilitar el estatus de algún familiar indocumentado que tuvieran.See omnystudio.com/listener for privacy information.

El Brieff
Es Claudia: Las noticias para este lunes

El Brieff

Play Episode Listen Later Jun 3, 2024 13:35


Descripción del episodioEn el nuevo episodio de El Brieff, analizamos los resultados preliminares de las elecciones presidenciales en México, donde Claudia Sheinbaum se perfila como la virtual ganadora con un margen de entre 58.3 y 60.7% de las preferencias. También cubrimos la propuesta de alto al fuego en Gaza del Presidente Joe Biden, la decisión de Alemania de permitir el uso de sus armas por parte de Ucrania contra Rusia, el aumento de la inflación en la zona euro, los planes de Shein para una IPO en Londres, y los nuevos procesadores de inteligencia artificial presentados por Nvidia y AMD.Recibe estas noticias en tu correo cada mañana suscribiéndote gratis a nuestro newsletter.Muchas gracias a nuestros nuevos donantes:Jorge CabreraSusana SánchezPamela BurgosClaudia BarriosJorge CerveraCynthia TorresPaulina TorresSuscríbete a Brieffy y accede a todo nuestro contenido para líderes de negocios. Descarga nuestra app aquí.Impulsa las capacidades de tu equipo con Brieffy, tu MBA de bolsillo, para más información, contactándonos a este correo: hola@brieffy.com Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

El Show De Chiquibaby
Entrevista con el Presidente Joe Biden y la primea dama desde la casa blanca!!!

El Show De Chiquibaby

Play Episode Listen Later May 7, 2024 62:57


Transmision desde la casa blana junto a importantes funcionarios de la nacion.

Noticias de Hoy con Telemundo 20
Presidente Joe Biden habla sobre las manifestaciones universitarias

Noticias de Hoy con Telemundo 20

Play Episode Listen Later May 2, 2024 12:47


Tras varios días de protestas y otros incidentes violentos en campus universitarios, el Presidente Joe Biden habla sobre estos movimientos y su postura ante el conflicto entre Israel y Gaza.See Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.

Noticiero Univision
Entrevista exclusiva al Presidente Joe Biden en español

Noticiero Univision

Play Episode Listen Later Apr 10, 2024 42:30


Por primera vez un medio hispano pasó tres días con el presidente de Estados Unidos, Televisa Univision acompañó a Joe Biden en giras de campaña y en su trabajo en al casa blanca. 

Noticias de Hoy con Telemundo 20
Llega declaratoria de emergencia federal en California por lluvias

Noticias de Hoy con Telemundo 20

Play Episode Listen Later Feb 21, 2024 12:16


Presidente Joe Biden firma declaratoria de emergencia federal por lluvias en California. Conductores enfrentan fuertes dolores de cabeza por baches en calles del estado tras inundaciones ¿quién debe pagar los daños? Conoce los detalles en Dale Play con Fabián Bozas.See Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.

Buenos Días América
EE. UU en alerta por desarrollo de nueva arma rusa

Buenos Días América

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 53:58


¿Qué sabía la Casa Blanca sobre el desarrollo de esta nueva arma de destrucción masiva? ¿Es acaso un intento de desestabilizar el país en época electoral? El análisis con nuestro periodista en Washington Edwin Piti. Entérate de las últimas noticias con el mejor análisis de nuestros especialistas invitados. Ponte los audífonos y escucha el podcast del Buenos Días América en Uforia App, Apple Podcast, Youtube, Spotify o donde sea que escuches podcasts.

El mundo al día [Radio] - Voice of America
El Mundo al Día (Radio): Juez impone multa millonaria al expresidente Trump - febrero 16, 2024

El mundo al día [Radio] - Voice of America

Play Episode Listen Later Feb 16, 2024 30:00


Juez impone multa millonaria al expresidente Trump en un juicio civil por fraude en Nueva York. Presidente Joe Biden culpa a Vladimir Putin por la muerte en prisión del principal opositor ruso, Alexei Navalny. 

Buenos Días América
¿Puede Biden ser inhabilitado ante problemas de salud y olvido?

Buenos Días América

Play Episode Listen Later Feb 12, 2024 58:10


Escucha todos los detalles de lo que fue el evento del año en el Super Bowl  edición 58. con nuestra mesa de análisis.Se incautan 40.000 pastillas de fentanilo, más de 40 armas y 97.000 dólares en una redada en el condado de Thurston Entérate de las últimas noticias con el mejor análisis de nuestros especialistas invitados. Ponte los audífonos y escucha el podcast del Buenos Días América en Uforia App, Apple Podcast, Youtube, Spotify o donde sea que escuches podcasts.

La W Radio con Julio Sánchez Cristo
Análisis: ¿qué necesita el presidente Joe Biden para ganar las elecciones en EE.UU?

La W Radio con Julio Sánchez Cristo

Play Episode Listen Later Feb 5, 2024 11:41


El estratega político Brian Derrick conversó con La W sobre la carrera electoral en Estados Unidos.

Así las cosas
¿Qué implicaciones comerciales habría si el presidente, Joe Biden cerrara la frontera?

Así las cosas

Play Episode Listen Later Jan 31, 2024 11:19


Duro y a la cabeza
¡Cuidado en Texas! El conflicto con los migrantes está llevando a un pleito entre el gobernador texano y el presidente Joe Biden, se habla incluso de un plebiscito ciudadano para la independencia de Texas.

Duro y a la cabeza

Play Episode Listen Later Jan 31, 2024 24:27


¡Cuidado en Texas! El conflicto con los migrantes está llevando a un pleito entre el gobernador texano y el presidente Joe Biden, se habla incluso de un plebiscito ciudadano para la independencia de Texas.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Buenos Días América
De Santis retira su candidatura y anuncia apoyo a Trump

Buenos Días América

Play Episode Listen Later Jan 23, 2024 46:31


Así lo expresó el Gobernador de La Florida y ahora excandidato, en una alución hecha en sus redes. ¿Qué se viene ahora para Donald Trump en su lucha por lograr a presidencia?. Descubre que hay detrás de esta renuncia, con muestro analista político Jorge Martínez.  Entérate de las últimas noticias con el mejor análisis de nuestros especialistas invitados. Ponte los audífonos y escucha el podcast del Buenos Días América en Uforia App, Apple Podcast, Youtube, Spotify o donde sea que escuches podcasts.

Buenos Días América
Conoce las bondades y beneficios del ayuno intermitente

Buenos Días América

Play Episode Listen Later Jan 19, 2024 54:11


Hunter Biden comparcerá ante una citación del congreso a pùerta cerrada con miembros del Partido Republicano para aclarar asuntos relacionados con sus negocios.  Entérate de las últimas noticias con el mejor análisis de nuestros especialistas invitados. Ponte los audífonos y escucha el podcast del Buenos Días América en Uforia App, Apple Podcast, Youtube, Spotify o donde sea que escuches podcasts.

EN POCAS PALABRAS
John Kerry ya no trabajará con el presidente Joe Biden

EN POCAS PALABRAS

Play Episode Listen Later Jan 17, 2024 4:39


En el foro de Davos, que se celebra esta semana en Suiza, John Kerry delegado de EEUU para asuntos climáticos dijo que la pasada COP28, que intentaba salvar el objetivo del acuerdo de París para limitar el calentamiento global a 1,5°C, logró un pacto histórico que abre la vía al abandono progresivo de las energías fósiles, principal causa del cambio climático. Sin embargo, reconoció que se hicieron muchas concesiones a las potencias petroleras y gasísticas.

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Brasil agiu muito bem na ONU, mas há um gosto de frustração"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Nov 1, 2023 20:38


Ontem, em Nova York, após participar da última sessão como presidente do Conselho de Segurança da ONU, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou sobre a atuação do país ao longo de outubro e disse que o Brasil e demais membros não permanentes do conselho tentaram reunir pontos em comum de quatro resoluções que foram apresentadas, mas não conseguiram chegar a um consenso que envolvesse todos os cinco membros permanentes. O ministro afirmou que agora cabe à China, novo país a presidir o conselho, a missão de tentar produzir um texto que consiga ser aprovada. Vieira destacou que ainda há muitos pontos de divergência. "A diplomacia brasileira fez todo esforço para dizer que está tudo muito bem, que o País ocupou muito espaço na negociação. E é verdade, o Brasil agiu muito bem, mas há um gosto de frustração, pois a história vai mostrar que pelo único voto dos EUA a ONU não aprovou a resolução proposta pelo Brasil. Presidente Joe Biden se associou com o genocídio patrocinado em Gaza", afirma Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Noticiero Univision
El presidente Joe Biden reiteró su respaldo al estado judío

Noticiero Univision

Play Episode Listen Later Oct 19, 2023 19:43


Guerra en el Medio Oriente:¿Quién Causó la catástrofe?Hamas está vetado de las plataformas de Meta y X.Protestas frente a la embajada de Israel en Jordania.En Atenas manifestaciones a favor de Israel y Palestina.En otras noticias:Fue liberado el cantante secuestrado durante una presentación.Registran un secuestro en jalisco.Nueva herramienta del IRS para el 2024.Reanudan vuelos de deportación de venezolanos.Escucha de lunes a viernes el ‘Noticiero Univision Edición Nocturna' con Maity Interiano y León Krauze.

SBS Italian - SBS in Italiano
Stati Uniti, "shutdown" rimandato per 45 giorni

SBS Italian - SBS in Italiano

Play Episode Listen Later Oct 2, 2023 11:29


In un solo giorno, il compromesso per evitare l'interruzione delle attività governative è stato approvato da Camera e Senato e poi firmato dal Presidente Joe Biden: una corsa contro il tempo che potrebbe ora costare il ruolo a Kevin McCarthy, lo speaker della Camera che ha permesso questo accordo in contrasto con le volontà di Donald Trump.

Cafecito con Luz
Préstamos estudiantiles y nuevo plan de pagos

Cafecito con Luz

Play Episode Listen Later Sep 18, 2023 11:55


A finales de agosto, la administración del Presidente Joe Biden dio a conocer SAVE, un nuevo plan para el pago de préstamos estudiantiles, lo que podría reducir a cero muchos pagos mensuales justo cuando los deudores tienen que reiniciar sus pagos en octubre luego de más de tres años por haber estado suspendidos debido a la pandemia. Escucha cómo funciona, quiénes son elegibles, y cómo solicitar la ayuda, entre otros puntos.

El Free-Guey
Cosas de mujeres maduras que enloquece a hombres jóvenes

El Free-Guey

Play Episode Listen Later Jul 31, 2023 32:44


La NASA prepara un informe para dar respuesta a las afirmaciones del exfunconario David Grusch, sobre la existencia de vida extraterrestre en la tierra.El mundo de la fama, genera un embrujo del que no escapan los artistas emergentes del momento, hasta el punto que terminan haciendo cosas extravagantes  que hacen que el público termine amándolos o en otras odiándolos. Platiquemos de nuevos artistas que perdieron el piso con la fama.¡Ponte los audífonos y escucha el podcast del Free Guey Show en Uforia, Apple Podcast o Spotify o en tu plataforma favorita!

El Free-Guey
Programa del Pentágono sobre existencia de OVNIS es real

El Free-Guey

Play Episode Listen Later Jul 28, 2023 29:46


"No quiero salir con hombres pobres" es la prioridad de una morra que se hizo viral en TikTok y que tiene indignado a hombres y mujeres por los niveles materialistas de muchas personas.¡Ponte los audífonos y escucha el podcast del Free Guey Show en Uforia, Apple Podcast o Spotify o en tu plataforma favorita!

WALL STREET COLADA
Junio 27: Meta lanzará un servicio de VR por $8. El Presidente Joe Biden anunció los detalles de una inversión federal de $42B para ampliar el acceso a Internet en el país

WALL STREET COLADA

Play Episode Listen Later Jun 27, 2023 3:47


El Presidente Joe Biden ha anunciado los detalles de una inversión federal de $42B para ampliar el acceso a Internet de los estadounidenses. El dinero se liberará por etapas y debería proporcionar incentivos adicionales a los grandes proveedores de banda ancha como Comcast, Charter, AT&T, Verizon y T-Mobile. Meta lanza una oferta de suscripción de RV a $8 por mes que estará disponible a partir de julio. $META $CMCSA $CHTR $T $VZ $TMUS $RIDE

Noticiero Univision
Nuevo alivio para millones de inmigrantes indocumentados

Noticiero Univision

Play Episode Listen Later Jun 24, 2023 19:23


Tensa situación en Rusia donde el grupo Wagner se toma algunos edificios del gobierno.Sicarios del cártel del noreste de México aceptaron el llamado de paz.Cártel de Jalisco nueva generación sometieron un grupo de mujeres.Rescatan a diez niños hondureños abandonados en la frontera.Caravana de inmigrantes y activistas viajará de costa a costa.Intensifican la búsqueda de los restos del sumergible Titán.Trágica diversión, surfeo mortal sobre el metro de Nueva York.Biden pide que los seguros expandan su cobertura a los anticonceptivos.Reabren la autopista I 95 en Filadelfia.Busquets y Messi jugarán en el Inter de Miami.     

WALL STREET COLADA
Junio 22: La FTC presentó una demanda contra Amazon. Hoy se llevará a cabo una sena de estado con el primer ministro de la India, el presidente Joe Biden y los principales líderes tecnológicos del país

WALL STREET COLADA

Play Episode Listen Later Jun 22, 2023 4:03


La Comisión Federal de Comercio presentó una demanda contra Amazon, alegando que la compañía utilizó prácticas engañosas para las inscripciones y cancelaciones de su servicio Prime. Al parecer, coincidiendo con la visita del primer ministro de la India, ambos países tienen previsto anunciar una serie de acuerdos destinados a reforzar los lazos militares e impulsar la colaboración tecnológica y comercial. $AMZN $TSLA $NRG $DRI

Noticiero Univision
Capitolio de Texas debate el uso libre de armas en menores de edad

Noticiero Univision

Play Episode Listen Later Apr 18, 2023 24:09


Migrantes retenidos en las fronteras de los Estados Unidos aumentó en un 25%.Ex alumnos condenados por el homicidio de su profesora de español, pagarán una condena de hasta cadena perpetua. 

Sin censura, con Raúl Brindis
Soluciones para proteger tu hogar de ataques y robos

Sin censura, con Raúl Brindis

Play Episode Listen Later Jan 9, 2023 70:36


Tenemos un balance sobre la visita del Presidente Joe Biden, a la frontera de México en medio de criticas políticas entre ambas naciones.¡Comienza el año 2023 con la diversión del Podcast del Show de Raúl Brindis!

Puestos pa'l Problema
PPP Extra: Dark Brandon visits Ponce ft. Frankie Martínez Blanco

Puestos pa'l Problema

Play Episode Listen Later Oct 5, 2022 84:00


Enlace para unirte la Bancada PPP de los Cangrejeros del Beisbol ---> BANCADA PPP--Presentado por nuestros patroncitos y patroncitas PYME: JM Accesorios Trabajamos accesorios para auto (luces LED, tablillas, tuercas, vent visors, sistemas de volantes para auto, marcos de tablilla, radios y sistemas de audio) Instalamos varios tipos de tintes industrial para autos (entre ellos de cerámica), con corte digitalizado, lo cual agiliza la instalación y previene accidentes a raíz realizar corte en el vehículo. Trabajamos por cita previa. Teléfono: 787-649-7867/ 787-239-0090 Instagram/Facebook: jmaccesoriospr Horarios: Lunes a viernes 8:00am-4:00pm Sábados 8:00am-3:00pm —- I.E.S Elevator Services es una compañía con más de diecisiete años ofreciendo servicios en Puerto Rico e Islas Vírgenes en todo lo relacionado a instalar, modernizar y mantener los equipos relacionados al transporte vertical. Integramos el arreglo y el mantenimiento de elevadores, reparaciones menores y de emergencia, así como la venta de piezas. Además, nuestros servicios están disponibles las 24 horas, los 365 días del año en todo Puerto Rico incluyendo Vieques, Culebra e Islas Vírgenes. Realizamos la actualización de todos los equipos existentes en el mercado para que cumplan con los más recientes códigos y con todas las regulaciones vigentes. En adición para personas mayores y/o impedidos contamos con alternativas de movilización como silla elevador al igual que todo lo relacionado a elevadores residenciales, para sillas de rueda y carga en general. Antes que otros te fallen llama a los expertos de I.E.S Elevators al 787-908-3462 con Eduardo Castillo para coordinar cualquier consulta y/o cotización. Al decir que los escucharon en Puestos Pal Problema tienen un 10% en los planes de mantenimiento preventivo. - Ecorganic Boutique, una empresa puertorriqueña que vende todo tipo de productos naturales y orgánicos para el hogar y para las personas, niños, niñas y mascotas. En Ecorganic encontrarás las mejores marcas, sin ingredientes tóxicos ni dañinos para el ambiente. Cupón de descuento para los que sintonizan PPP: 15% de descuento código: PPP en el carrito de compra. Conoce sus productos ecorganicboutique.com. Síguelos en las redes sociales como Ecorganic Boutique. – TaxLeg LLC servicios de asesoría en Recursos Humanos y Asesoría Legal y contributiva  y trámite de Exención Contributiva bajo la nueva Ley de Incentivos Contributivos. Lcda Ivelisse Quinones Tel- 787-313-2323 y 787-943-8095  email - quinonesocasiolaw@gmail.com - En este episodio: regresa Frankie Martínez Blanco y nos cuenta lo que pasó tras bastidores en la visita del Presidente Joe Biden. También, otra vez Puerto Rico ante el Tribunal Supremo de EE.UU. y Georgie Navarro recibe un golpe en los "labios".   Conoce la lista de organizaciones que merecen tu apoyo y donativos en prneeds.cash  Con Jonathan Lebrón (@SrLebron) y Luis S. Herrero (@lherrero). Sigue a PPP en Twitter, Facebook e Instagram. ¿Te gusta el podcast? ¡Déjanos 5 estrellas! Nuestro logo y camisetas fueron diseñadas por Gabriel René. Síguelo en @gabrielrodz | https://gabrielrene.com Nuestra música fue compuesta por CPR EFFE. Descarga su disco "Treinta y Ocho". ¡Riega la voz! Dile a tus amigos que se pongan al día escuchando PPP.Suscríbete a nuestro Patreon y recibe contenido exclusivo, artículos: https://patreon.com/puestospalproblemaSee omnystudio.com/listener for privacy information.