Neste programa passamos em revista os destaques dos semanários franceses.
O destaque desta revista de imprensa semanal vai para a relação entre o Executivo francês, encabeçado pelo Presidente Emmanuel Macron, e os países africanos do Sahel, isto após a morte de Idriss Déby, Presidente do Chade. «Sahel: Sem Déby, a França perante o risco de queda da muralha chadiana», é o título escolhido pelo semanário «L’Express» para abordar o que consideram como um sismo geopolítico. A publicação lembra que Idriss Déby, durante 30 anos, tinha uma relação especial com Paris e ele próprio tinha anunciado: «Depois de mim, será o caos», é o que sugeriu o agora antigo Presidente do Chade. A França ficou agora sem o seu aliado africano preferido, a peça chave do esquema visando lutar contra o terrorismo. O «L’Express» afirma aliás que a chegada ao poder de Idriss Déby teve a ajuda de Paris. E a troca de serviços continuou ao longo dos anos. Em Fevereiro de 2019 o Executivo francês enviou os seus aviões de combate para bombardear os rebeldes no Norte do país, salvando o «Soldado Déby». A publicação recorda também que a operação «Barkhane» está implementada no Chade desde 2014 e conta com cinco mil e 100 homens. A França não quer perder a sua influência na Região e o Governo mal se inteirou da tomada de posse do filho de Idriss Déby, Mahamat Idriss Déby, não fez qualquer comentário apesar dessa tomada de posse ser contrária à Constituição. O que prevalece para Paris é a estabilidade do país, esperando que este peso pesado não caia numa guerra civil. Na mesma tónica está o «Courrier International» com o título: «Após a morte de Idriss Déby, o caos?». A publicação lembra que o agora antigo Presidente chadiano deixou um país pobre e com a capital ameaçada pelos rebeldes. Após a morte de Idriss Déby, as forças armadas anunciaram que haveria um Governo de transição que se deveria manter no poder durante 18 meses sob a liderança do filho do antigo Presidente, uma decisão contrária à Constituição visto que ela prevê eleições 24 dias após o falecimento do líder do país, que seria dirigido interinamente pelo Presidente da Assembleia Nacional, o que não aconteceu. O «Courrier International», na sua análise do país, recorda que o Chade ocupa actualmente o lugar número 187 em 189 países no índice mundial do desenvolvimento humano. A publicação termina o seu artigo com dois factos: Emmanuel Macron estava no centro das atenções durante o funeral de Idriss Déby e a FrançÁfrica perdeu um soldado numa região em que o terrorismo está presente. A nossa revista de imprensa semanal continua com outros assuntos abordados nas demais publicações francesas. «Capacetes Azuis para salvar a Total em Moçambique?», eis a pergunta que se coloca a revista «Jeune Afrique». A empresa petrolífera francesa, Total, pediu uma intervenção urgente para lutar contra a insurreição islamita para que o mega-projecto de gás em Cabo Delgado possa continuar a ser construído. Para o analista do ‘Economist Intelligence Unit’, Nathan Hayes, a Total espera que a situação melhore com o apoio das forças governamentais moçambicanas, elas próprias apoiadas por forças internacionais ou até de organizações militares privadas. Segundo vários analistas, a comunidade internacional está perante duas soluções: abandonar Cabo Delgado ou admitir que o Governo moçambicano é demasiado fraco para lutar sozinho contra a insurreição. Quanto à Total, para Nathan Hayes, a empresa francesa vai retomar as operações apenas em 2023, se a situação estiver mais estável, para começar a exploração do gás em 2026 ou 2027. «O genocídio e as omissões francesas», eis o título do artigo «L’Obs». Para a publicação, o relatório oficial, realizado por historiadores, aponta responsabilidades pesadas à França no genocídio ruandês de 1994. Esse documento acaba por pôr fim à negação francesa sobre o assunto, mas também permite ilibar as autoridades francesas de qualquer cumplicidade. No entanto, ainda subsistem zonas de sombra. A publicação recorda uma entrevista realizada por um jornalista da redacção em que um antigo militar francês, cujo nome no artigo é «Jean-Louis», afirma que receberam ordens para matar os ‘tutsis’, participando no genocídio, aliás esse antigo militar lembrou que numa «operação secreta» foi enviado para uma zona com inimigos em que, perante os tiros, se defendeu e matou, para ele, crianças que «nem sequer tinham 15 anos». Por fim, numa grande investigação levada a cabo pela revista, a publicação afirma que apesar do relatório, muitos documentos desapareceram dos arquivos das autoridades francesas. Na revista «Le Point», a capa é dedicada ao «jihadismo anti-polícia». A morte de Stéphanie Monfermé em Rambouillet acabou por ser o 18° atentado contra as forças policiais francesas desde 2012. Ainda em França, a revista católica «La Vie» aborda a polémica em torno da construção de uma mesquita em Estrasburgo com o título «os turcos da Alsácia, entre o Rio Reno e o Bósforo». A polémica nasceu da subvenção que ia receber a mesquita de cerca de 2,5 milhões de euros, votada pela câmara municipal. O problema é que a Presidente da Câmara, Jeanne Barseghian, foi acusada de apoiar o islamismo e de repudiar a sua bisavó, sobrevivente do genocídio arménio. Perante estas acusações, a Presidente da Câmara informou que a Confederação Islâmica Milli Görüs renuncia a essa subvenção. Este assunto mostra a actual tensão entre a França e a Turquia. É o ponto final nesta revista de imprensa semanal.
Entre os focos de actualidade nos semanários, " a gestão de Joe Biden inspirada pelo New Deal de Roosevelt , a morte do chadiano Idriss Déby e as suas repercussões no Sahel, o Uganda de Yowere Museveni e a repressão, a corrida à conquista do espaço pelo sector privado,as chaves da imunidade colectiva frente a pandemia,e Brasil o Fukushima da pandemia”.
Abrimos esta Imprensa semanal, com LE POINT, que pergunta em capa até onde irão os racialistas para analisar o "wokismo"?, esse movimento radical racialista americano, um novo totalitarismo que nos vem da América invadindo Universidades, movimentos e associações ou centros de cultura em França. Estar "woke", acordado, atento, utilizado pelos afro-americanos é como estar consciente das desigualdades como cantava em 2008 a artista de hip hop, Erykah Badu, retomada em 2014, quando da morte do negro americano, Michael Brown, assassinado por um polícia branco ou ainda pelos "Black Lives Matter", vidas dos negros contam. Um movimento radical que luta contra as discriminações defendendo uma visão da sociedade assente na raça, na ideologia do género e preferências sexuais, proíbindo qualquer tipo de universalismo e debate nos Estados Unidos. O ensaísta canadiano de Québec, Mathieu Bock-Côté, escreve que o racialismo é um totalitarismo, enquanto o filósofo e escritor francês, Pascal Bruckner, convida numa carta aberta os americanos a refugiar-se em França, nota, LE POINT. Nas páginas do COURRIER INTERNATIONAL, Cuba, um regime que só fabricou ruínas. Começou ontem o 8° Congresso do Partido comunista cubano em plena crise económica feita de penúrias e de inflação. Contudo, segundo um escritor e jornalista dissidente residente em Havana desde que os comunistas chegaram ao poder em 1959 nunca houve dias melhores. As graves crises económicas criaram fantasmas de um passado de prosperidade que nunca existiu. Cuba comunista sá criou ruínas e misérias desde 1959 "A obstinação do Partido comunista é tão proverbial como criminosa mas nós os cubanos temos também culpa nesta situação e continuamos a deitar as culpas só para a clique na liderança sem dizer que gostamos de alimentar o mito de que no tempo em que os soviéticos nos ajudavam havia tudo no mercado, ordenados, a moeda tinha valor, mas, fomos condicionados por ameaças e medos que nos fazem repetir estas fantasias", afirma o escritor, citado por COURRIER INTERNATIONAL. Por seu lado, CHALLENGE's, faz a sua capa com soberania e dependência, para analisar questões relacionadas com a saúde, dados, softwares, energia ou alimentação. Com a crise sanitária o patriotismo económico está de regresso. Thierry Breton, comissário europeu para o mercado interno, explica como é que a Europa se mobiliza. "A Europa deve ser dona do seu destino. A campanha de vacinação aumenta em flecha. E estou convicto de que a imunidade colectiva será atingida até julho com uma taxa de vacinação de 70%," nota, o francês, Thierry, Breton, comissário europeu para o mercado interno, nas páginas do CHALLENGE's. Por seu lado, o semanário, L'OBS, faz a sua capa com Naomi Klein, intelectual de combate. 20 anos depois do seu livro sucesso Sem Logo, a célebre jornalista canadiana, Naomi Klein, autora também de A Doutrina do Choque, continua a ser um dos raros ícones mundiais da esquerda radical. Em entrevista ao semanário, L'OBS, Naomi Klein, afirma que todas as crises estão interligadas e que é o activismo dos jovens que permitirá lutar tanto contra as mudanças climáticas como contra as injustiças sociais. Os jovens podem forçar os pais a serem mais exigentes e claros, afirma a activista ao L'OBS, que publicita o seu último livro "Vencer a injustiça climática e social, páginas de combate às jovens gerações", sublinha L'OBS. Enfim, em relação à África, COURRIER INTERNATIONAL dá relevo à Argélia, o Ramadão começa e os preços aumentam. O Ramadão começou no dia 13 de abril na Algéria como na maioria dos países muçulmanos. Como todos os anos o jejum faz aumentar os preços dos produtos, mas este ano o fenómeno é mais duro para o agregado familiar médio argelino porque a economia ficou afectada pela crise da Covid, nota, COURRIER INTERNATIONAL.
Entre os focos de actualidade nas edições dos semanários estão, "os Al Shabab em África associados ao Daech, o fracasso da União Europeia na corrida às vacinas anti-Covid, as movimentações dos partidários de Emmanuel Macron com vista à eleição presidencial francesa de 2022, e interrogações sobre como evitar o declínio da França.
Abrimos esta revista de imprensa semanal com Angola cujo panorama politico e económico é mencionado no Jeune Afrique. "A missão impossível de JLo", é deste modo que esta publicação se refere ao presidente angolano que segundo o Jeune Afrique "se encontra em plena maratona -dívida, privatizações, covid-19- sendo alvo de críticas, inclusive no seu próprio campo". Efectivamente, o Jeune Afrique constata que "apesar das promessas e do discurso de mudança, os fundamentos da economia permanecem os mesmos", o semanário referindo que "a presidência de João Lourenço encoraja o incremento da iniciativa privada", mas que "o Estado permanece o principal actor da economia". Também em foco está o Ruanda, numa altura em que faz precisamente 27 anos que foi desencadeado o seu genocídio em 1994. Um relatório divulgado nos últimos dias sobre o desempenho da França durante esse período está a suscitar muitos comentários, nomeadamente no Courrier International. Ao citar um artigo do jornal Aujourd’hui au Faso, o Courrier constata que este documento "recorda-nos que vinte e sete anos depois do genocídio do Ruanda, nada está resolvido entre os dois países cujas relações são instáveis", esta publicação considerando que "o contencioso em torno da memória deveria ser resolvido por um armistício que passa pela reconciliação entre a França e o Ruanda. Isso vai exigir o perdão que liberta, que não é o reconhecimento de uma fragilidade mas que engrandece, especialmente se, ao longo das investigações e dos processos, for estabelecida a responsabilidade da França." No semanário católico La Vie, explica-se que "a visão francesa do país das mil colinas resumia-se naquela época a um apoio incondicional ao regime hutu, único campo legítimo do ponto de vista de Paris, por representar a maioria dos ruandeses". Na óptica desta publicação, "não està garantido que a França tenha acabado com esta visão simplificada da geoestratégia, sobretudo no que toca aos conflitos africanos". Noutro aspecto, o bloqueio ainda há dias de um cargueiro no meio do Canal de Suez, no Egipto, também merece algum destaque. Ao constatar que "isto paralisou parte do tráfego marítimo mundial", o Courrier International considera que este "incidente mostra quão vulnerável é o comércio marítimo". Na optica desta publicação que cita o The Economist, "pode demorar dias ou até semanas, antes de o canal de Suez, por onde transitam quase 19.000 navios por ano, retomar um funcionamento normal. As rotas marítimas comerciais podem novamente ficar bloqueadas no futuro, e pode ser necessário algo mais do que escavadoras para resolver o problema. Os governos e as empresas devem preparar-se a enfrentar mais dificuldades." Entretanto, no l'Express, é mencionada a situação da África do Sul e mais concretamente o antigo Presidente Jacob Zuma, que segundo este semanário "incomoda o poder (...) Processado por corrupção, o ex-presidente coloca à prova o seu sucessor, Cyril Ramaphosa, num país em crise." Ao referir que o antigo presidente sul-africano tem denunciado uma caça às bruxas e tem procurado por todos os meios fugir a um julgamento, l'Express considera que "é outra batalha que está a ser travada nos bastidores: a do controlo do ANC e, por conseguinte, do país, já que o movimento de Nelson Mandela foi reeleito continuamente desde as primeiras eleições democráticas em 1994. Ex-sindicalista que se tornou milionário, Cyril Ramaphosa fez da luta contra a corrupção o seu cavalo de batalha. Em Agosto, ele fez votar a obrigação de os membros de seu partido se demitirem no caso de serem acusados de corrupção", sublinha l'Express com o qual fechamos esta revista de imprensa semanal.
Entre os focos de actualidade ,nas edições dos semanários, "o Níger perante o terrorismo, a diplomacia de Joe Biden num mundo que mudou, as mulheres e a pandemia de Covid, a guerra das vacinas anti-Covid, a fé pressionada pela crise e as ambições presidenciais do antigo ministro francês Xavier Bertrand.
Abrimos esta Imprensa semanal com LE POINT que faz a sua capa com a foto de Xi Jinping e o dia em que a China comandará. Num livro que destabiliza, o grande pensador de Singapura, Kishore Mahbubani, analisa como Pequim pode muito bem ganhar a nova guerra fria. No seu livro, "O dia em que a China vai ganhar, o fim da supremacia americana," Mahbubani, antigo embaixador de Singapura na ONU, considera vãs e perigosas as tentativas americanas de travar a emergência da China como novo número um mundial. Sublinha também que a Europa tem um papel importante a desempenhar para impedir que a rivalidade dos dois gigantes se transforme num confronto devastador. Numa entrevista ao LE POINT, Kishore Mahbubani, afirma que é demasiado cedo para dizer quem dos Estados Unidos e da China ganhará, mas não é muito cedo para afirmar que a China pode ganhar. Para os americanos, habituados sempre a ganhar, a ideia que podem vir a perder é inconcebível. Mas é evidente que um país como os Estados Unidos que apenas tem 250 anos de existência pode inegavelmente ser vencido por uma civilização de 4 000 anos, afirma, o antigo embaixador de Singapura na ONU. Mas, o mesmo teórico de Singapura, que nos anos 70 já era diplomata e advertia para o facto de não ser possível uma vitória da União soviética, mostra-se outra vez prudente e considera que os Estados Unidos podem voltar a ganhar, pelo que o seu livro tem um capítulo alertando Xi Jinping, para nunca subestimar os Estados Unidos. Mensagem explícita igualmente no seu livro, em que o intelectual de Singapura, Kishore Mahbubani, cita um dos maiores teóricos chineses do pensamento estratégico, Sun Tsi, aconselhando: "quem conhece o outro e se conhece a si mesmo em 100 combates nunca será vencido; quem não conhece o outro mas conhece a si próprio ganhará metade das batalhas e quem não se conhece a si mesmo e não conhece o outro, será sempre derrotado", acrescenta, LE POINT. Vacinas e máscaras, o naufrágio democrático em França Por seu lado, L'EXPRESS, faz a sua capa com testes, vacinas e máscaras, o naufrágio democrático. No ministério da Saúde, Kafka está em todos os andares. A gestão da Covid pôs a nu a loucura burocrática francesa e o ministério da Saúde está na primeira linha. Como explicar esta incapacidade crónica do Estado em reagir rapidamente na gestão da Covid? Quer sejam máscaras, testes ou vacinas, cada etapa da resposta à epidemia virou um naufrágio para a burocracia francesa. Cerca de 30 responsáveis de primeiro plano entrevistados pelo semanário L'EXPRESS, reconheceram que o funcionamento da admistração pública falhou face à pandemia. 12 meses de Covid, os vencedores de um ano de folia, destaca, CHALLENGE's. A 17 de março de 2020, com o primeiro confinamento, a França tomava consciência da gravidade da pandemia. Depois, o mundo foi abalado e os números e indicadores económicos foram desconectados da realidade. "Estamos em guerra", dizia na televisão o Presidente Macron. Foi o começo de um ano louco, em que milhares de milhões de dólares foram injectados em planos de recuperação económica. Esta crise lançou para a pobreza, 90 milhões de indivíduos, enquanto os mais ricos ficavam cada vez mais ricos. Jeff Bezos, viu um aumento de 65% da sua fortuna que num ano disparou para 191 mil milhões de dólares. Elon Musk, fundador de Tesla, tornou-se o homem mais rico do planeta com uma fortuna de 195 mil milhões dólares. Em França, o governo procura uma medida milagrosa para incitar os franceses a gastar os 110 mil milhões de euros que economizaram durante este ano da Covid. Uma das pistas do executivo francês é encaminhar esse dinheiro para empresas sem fundo próprio, através de fundos de investimentos catalogados relançamento pelo governo. Os economistas pelo contrário não vêem soluções passíveis de criar milagres para mobilizar rapidamente a poupança dos franceses. Ou melhor, vêem um milagre, que é vacinar o mais rápido possível os franceses e restaurar a confiança no futuro, acrescenta, CHALLENGE's. Enfim, imobiliária, mudança de era, é a capa do semanário, L'OBS. Mais espaço, mais ar livre, mais bens à venda nas principais aglomerações do território. Menos precipitação, menos tensão e loucura dos preços. Tudo muda no mercado imobiliário. Menos os franceses que continuam a apostar na pedra da casinha, um refúgio inestimável sobretudo nestes tempos de pandemia, nota, L'OBS.
Entre os destaques nas edições dos semanários estão, a crise sanitária provocada pela Covid e as lições a serem tiradas um ano depois, as campanhas vacinais em França e na Europa, as repercussões políticas da actual crise,a diplomacia vacinal, as reflexões sobre o mundo do pós-Covid e a crise social no Senegal que propulsa ao primeiro plano o opositor Ousmane Sonko.
Abrimos esta Imprensa semanal com L'EXPRESS, que faz a sua capa com os descoloniais, os obcecados da raça, os novos sectários. Vindos dos Estados Unidos, são disciplinas focadas nas identidades que estão a provocar agitações nas Universidades francesas e alimentam um novo militantismo radical. Estas teorias destabilizam o universalismo republicano. Há alguns meses, universitários fundaram o Observatório do descolonialismo e das ideologias identitárias para, segundo o linguista, Jean Szlamowicz, conter a propagação de um discurso segundo o qual o indivíduo reduz-se apenas à sua pertença de raça ou de género. Mesmo o chefe de Estado ficou ressentido. Emmanuel Macron advertiu contra certas teorias das ciências sociais totalmente importadas dos Estados Unidos da América, mas reconheceu ao mesmo tempo que há um privilégio branco, um dos dogmas desse movimento radical. Neste contexto, New York Times, apresentou a França como uma nação de irredutíveis gauleses agitando o espantalho americano para não de se confrontar com o racismo sistémico que discrimina uma população que passou a ser multiétnica. Mas para a escritora britânica, Helen Pluckrose, co-autora da obra Teorias cínicas, isto tudo é rídiculo, porque essas teorias tiveram origem em França, com os filósofos franceses, Michel Foucault, Jean-François Lyotard e Jacques Derrida, que as introduziram nas Universidades americanas, nota, L'EXPRESS. China tem um projecto de destruição cultural do povo uigur Por seu lado, L'OBS, destaca em capa, uigures, o genocídio escondido. Desde 2017 o Estado chinês adoptou métodos de terror para assimilar à força as etnias minoritárias de Xinjiang. Um relatório oficial de 2018, reconhece a existência de um projecto de destruição cultural. Em maio de 2018, três investigadores chineses deslocaram-se a Hotan, no sul de Xianjiang, com a missão de recolher informações sobre a redução da pobreza e transferência de mão de obra, e publicaram um relatório em dezembro do mesmo ano, recomendando medidas drástricas e urgentes ao governo chinês. A transferência de povos para outras regiões é um método muito eficaz para reformar e assimilar os jovens uigures, ou mesmo para reeducar os espíritos de delinquentes uigures, escreve o relatório, citado, pelo semanário, L'OBS. Os males por que passam os professores, destaca, LE POINT. Islamismo, respeito, disciplina, mérito, um antigo director duma Escola prepatória secundária, analisa os males da sociedade francesa transformada por novos fenómenos religiosos e o proselitismo, mas também a violência, combates ideológicos, discriminações, questões que o Estado não soube ou não pôde reagir e encontrar soluções, nota, LE POINT. Enfim, JEUNE AFRIQUE online, dá relevo a uma entrevista com Eddie Komboïgo, Presidente do Congresso para a democracia que se tornou esta sexta-feira o chefe de fila da oposição política de Burkina Faso, falando do renascimento do partido e o seu posicionamento no processo de reconciliação ou ainda o regresso de Blaise Compaoré ao país, depois de um exílio desde 2014 na Costa do Marfim.
Nas edições dos semanários, estão entre os focos, a situação na Líbia, os problemas humanitários causados pela guerra no Tigré, estado da República federal da Etiópia, as "100 perguntas" para compreender África de acordo com o africanista, jornalista, escritor e professor universiversitário Stephen Smith e a Europa perante o recuo da sua influência no mundo.
Abrimos estas Imprensa semanal, com CHALLENGE's, que destaca, mulheres que partem ao assalto de organizações internacionais. Entre elas, duas africanas negras, Ngozi Okonjo-Iweala, secretária geral da OMC, Organização mundial do comércio. A nigeriana, Ngozi Okonjo-Iweala, foi designada para o posto na OMC no dia 15 deste mês, depois de luz verde Washington, que bloqueava a promoção até recentemente por Trump. Ngozi,Okonjo-Iweala, é economista, diplomada de Haravard, antiga ministra das finanças e dos Negócios estrangeiros da Nigéria e ex-alta funcionária do Banco Mundial, onde trabalhou 25 anos anos. Ela declarou já estar em acção e que quer galvanizar o multilaterialismo na OMC. A outra africana é Luoise Mushikiwabo, secretária geral da Francofonia, desde 2019. Ela é do Ruanda. O mesmo CHALLENGE'S, refere-se ainda a Argélia, que deu cabo da sua indústria automóvel. Na ausência de peças sobressalentes produzidas no país, os carros que saem das linhas de montagem custam mais caros que os carros importados. Assim, depois de ter proíbido a importação de viaturas, o governo argelino disponibilizou 2 mil milhões de dólares para a compra de carros no estrangeiro. O semanário CHALLENGE's retoma ainda um artigo do The Economist, que afirma que em África, urgência sanitária e económica à espreita. O continente parece ter bem resistido à pandemia, mas a sua evolução é mal medida e os países ricos deveriam ter interesse em serem solidários fornecendo vacinas e perdoando parte da dívida dos países africanos, nota, CHALLENGE's. Macron no divã de Psicanalistas franceses Por seu lado, LE POINT, faz a sua capa, com Macron e como mudou neste ano de crise da Covid. 3 grandes psicanalistas fazem o perfil psicológico do Presidente francês. Para Michel Schneider, o Presidente fala por tudo e por nada e sobre tudo. Para um Presidente, Macron devia ler Da Arte de se calar. O que lhe terão feito os seus pais, em criança, para ter de demonstrar permanentemente que é inteligente? Inteligência é um defeito, responde, outro psicanalista, Jean-Pierre Winter, sublinhando, que no tempo do Iluminismo, a inteligência de Macron seria seguramente um trunfo, mas nos dias que correm é um empecilho. Enfim para o o terceiro psicanalista, Ali Magoudi, pode-se traçar a psicologia e ler a identidade de Macron, através dos seus traumas e frustrações. Mas só isso não explica o seu sucesso na política. Macron deve ser igualmente estudado através de outras formas de cultura, onde domina o conflito e serviu-se ainda inconscientemente da natureza dupla de Cristo, humana e divina, nota, Ali Magoudi, no semanário, LE POINT. Por sua vez, L'OBS, titula crimes sexuais na Igreja, a grande confissão. 6 500 testemunhos, dois anos de inquéritos e revelações. São agressões de carácter sistémico que se sucederam em França desde 1950 com padres e religiosos que estragaram a vida de milhares de pessoas. Há testemunhos que chegam a falar de morte psíquica, depois das sevícias e violência sexual protagonizadas por religiosos da Igreja católica francesa, nota, L'OBS. Por seu lado, L'EXPRESS, faz a sua capa com a hora chinesa. Um ano depois do começo da pandemia Pequim faz a sua demonstração de força. O Dr, Xi Jinping, sem surpresas exibe alfinetadas contra os Estados Unidos que não acabaram com a partida de Trump. Pequim continua a recordar à América de Biden que está determinado a ditar ao resto do mundo a sua própria versão da pandemia da Covid e invadir o planeta com suas vacinas anti-coronavírus, nota, L'EXPRESS. Enfim, COURRIER INTERNACIONAL, destaca corrida ao ouro verde. Cada vez mais há países que se lançam na cultura do canabis para efeitos medicinais. Um primeiro tratamento acaba de ser validado em Portugal, através da empresa canadiana Tilray, pioneira do canabis. Mas globalmente, apesar do mercado muito promissor as leis continuam a marcar passo, nota, COURRIER INTERNAITONAL.
A África com a guerra do Tigré na Etiópia e Akon City, cidade do futuro, a questão da dívida pública em Frença e a eleição presidencial de 2022, assim como a problemática do aquecimento climático e a prisão de Navalny na Rússia, são focos de actualidade nas edições dos semanários.
Abrimos esta Imprensa semanal com LE POINT que faz a sua capa com as novas guerras secretas. Turquia, Argélia, Tunísia, Irão, Israel, petróleo, migrações, jiadismo. Numa grande entrevista a este semanário, sobre o seu novo livro o Profeta e a Pandemia, o geopolitólogo, Gilles Kepel, mostra como é que a crise mundial da Covid ocultou as recomposições que da Turquia a Israel sacudiram o Médio oriente em 2020 e arrastou um jiadismo de atmosfera para França. A Europa mostra-se impotente e mesmo se o Presidente francês, Macron, faz grandes declarações contra Erdogan da Turquia, Malta fica a olhar para o lado, a Itália para o relógio e a Espanha, que vendeu metade de um submarino à Turquia, fica a ver para as moscas. Na mesma altura, durante a cimeira europeia de Bruxelas de 2020, o italiano Giuseppe Conte e a alemã, Angela Merkel, recusam levantar a voz contra Erdogan. Vê-se que a Europa está sem dentes no Mediterrâneo. Merkel vive no terror, com medo de ver Erdogan, dando instruções de voto aos turcos alemães que sejam contrárias aos seus interesses, o que a perturba nesta fase de transição de poderes na Alemanha. Quando se vê para Putin, como polícia no Médio oriente, nem tudo é claro, porque a Rússia deixou de ser uma grande potência. No Azerbaijão, o presidente russo, não ficou descontente em ver a derrota do primeiro ministro arménio, Nikol Pachinian, por Bakou, mas foi apanhado de surpresa por Erdogan, que armou e treinou os azeris, acrescenta, o investigador, Kepel, na sua entrevista ao LE POINT. Por seu lado, L'OBS, dedica a sua capa, a variável Montebourg. De regresso à política, o arauto do "made in France" prepara a sua candidatura à eleição presidencial de 2022. Revalorização da França nas presidenciais de 2022 Numa entrevista a este semanário, o antigo ministro, afirma que o seu combate é a revalorização da França e propoe um contrato aos franceses para conjurar a vitória de Marine Le Pen que segundo ele se perfila no horizonte. Mas, segundo um dos seus apoiantes, o antigo ministro, Montebourg, não suportou igualmente que Macron, se tenha apoderado da soberania económica, um dos seus temas favoritos, nota, L'OBS. Sanofi, um fiasco francês, é o tema de capa do semanário, L'EXPRESS. O anúncio em dezembro pelo líder francês de medicamentos de um atraso de seis meses no mínimo na entrega da sua vacina Covid-19 teve o efeito de um bomba. Mais do que um simples fracasso foi de facto o sintoma de um profundo mal estar. Sanofi tem a arrogância das antigas glórias do cinema mudo. A certeza de ter sido e o medo de não voltar a ser amanhã. Na sua corrida mundial à vacina contra a Covid-19, o mastodonte farmaceutico francês falhou o seu encontro com a História. Pior ainda, eis uma das maiores empresas francesas relegada para o plano de falsificação pelo seu principal concorrente, a Pfizer-BioNTech. Olivier Bogillot, PCA da Sanofi, pode mostrar que mudou, pode levantar o queixo afirmando participar no esforço do guerra mas a humilhação é rude, acrescenta, L'EXPRESS. Enfim, a JEUNE AFRIQUE online, que destaca a presidência da CEDEAO, porque é que Nana Akuffo-Addo, irritou Umaro Sissoco Embaló e Macky Sall. Eleito por um ano em setembro de 2020, Nana Akufo-Addo, acaba de ser reeleito à presidência da Comissão económica dos estados da África do oeste. Uma decisão tomada no dia 2 de fevereiro durante uma reunião extradordinária dos chefes de Estado da CEDEAO, que provocou a raiva de Umaro Sissoco Embaló. O presidente da Guiné Bissau não escondia as suas ambições de querer o posto para o seu país, acrescenta, JEUNE AFRIQUE online.
A situação sanitária mundial um ano depois do início da pandemia de Covid-19 em Wuhan, na China, a corrida às vacinas com a África a ser ignorada, a França perante a pandemia ,a esquerda francesa na perspectiva da eleição presidencial de 2022 ,memórias cruzadas sobre a Argélia e a França, assim como a política estrangeira da administração Biden, fazem parte dos focos de actualidade, nos semanários franceses.
Abrimos esta Imprensa semanal, com CHALLENGE's, que divide a sua capa com os professores, o que vai mudar entre ordenados, formações ou condições de trabalho e Joe Biden, os primeiros 100 dias. Numa América dividida como nunca, o novo presidente, vai lançar um vasto plano anti-crise para estancar a pandemia da Covid e acelerar a economia. Vai poder lançar verdadeiras reformas, ambiciosas e dispendiosas. Mas dispõe de pouco tempo. Em 100 dias, Roosevelt, pôde convencer com o seu New deal. Biden que assumiu o poder a 20 de janeiro terá de vacinar a América contra o vírus e contra Trump, nota, CHALLENGE's. Para a JEUNE AFRIQUE online, Joe Biden e África, o mandato do respeito anunciado. Visto, segurança, desenvolvimento... A política africana do novo Presidente americano lê-se tanto nas declarações de intenções como na composição da nova administração. O momento em que Joe Biden prestou juramento como 46° Presidente dos Estados Unidos foi de alívio numa América sufocada desde que Donald Trump recusou reconhecer a sua derrota e certos dos seus apoiantes assaltaram o Capitólio. Em relação à África nada de grandes entusiasmos a não ser razão. Claro que a imagem de Biden em África contrasta com a do seu predecessor. E rapidamente a arquitectura do governo Biden escolheu o adjectivo respeitosa para qualificar a diplomacia que terá com o continente africano, que se traduzirá numa mudança de tom e mais concretamente numa provável anulação das restrições de vistos impostas a cidadãos da Nigéria, do Sudão ou da Somália, acrescenta, JEUNE AFRIQUE on line. Por seu lado, COURRIER INTERNATIONAL, faz a sua capa com as redes sociais que ditam a lei. Depois do assalto ao Capitólio, os gigantes da Internet lançaram-se numa censura inédita contra Donald Trump. Compete aos gigantes tecnológicos fixar os limites da liberdade de expressão? Que impacto isso tem na democracia? Como regular a informação na Internet? Facebook, Snapchat, Twitter e outros grandes tecnológicos foram os primeiros a destituir Trump, ganhando os eleitos do Congresso. Privando Trump das suas plataformas preferidas, as redes sociais impediram-no de causar estragos, escreve, The Atlantic. Mas os gigantes da Internet, silenciaram também os utilizadores conservadores da rede social Parler, levantando questões sobre a liberdade de expressão, a supremacia do Amazon e dos outros grupos tecnológicos e o problema do arquivo dos conteúdos. Gestão das redes sociais, perigo para a democracia A Internet tem de ser gerido como um serviço público. Não se pode abandonar o controlo das opiniões e das informações a consórcios privados. O mundo inteiro tem de se proteger contra os gigantes digitais, acrescenta, COURRIER INTERNATIONAL, citando a imprensa americana. A mesma publicação faz também referência a Portugal e a terceira vaga da pandemia da Covid que não perdoa. Em casa de novo, escreveu, Público, a 14 de janeiro, logo depois do anúncio de um novo confinamento. Quase todo o comércio fechado, com excepção para o sector da alimentação. Uma solução drástica, quando o país regista um pico de mortalidade devido à Covid-19. Um quadro sombrio para a maioria dos habitantes e comerciantes, sublinha, COURRIER INTERNATIONAL. L'OBS, titula, crianças do Hospital Pitié, em tempos de Covid. "Viver numa estrutura enclausurada não é vida. Viemos para aqui para sairmos", afirma, uma paciente à reportagem do escritor Emmanuel Carrère, na enfermaria de pedopsiquiatria do Hospital parisiense. Isto quando os psiquiatras já anunciam uma terceira vaga psiquiátrica da Covid, nota, L'OBS. Por seu lado, LE POINT, destaca em capa, Mila, a grande entrevista. A jovem de 17 anos ameaçada pelo Islão radical, fala da cobardia dos franceses, da mini chária, da sexualidade e de Macron. Mila é a adolescente mais ameaçada de França, uma enésima vítima do obscurantismo islâmico radical, que vive escondida e protegida pela polícia, porque criticou a religião muçulmana e o Profeta Alá. "Há um ano que perdi a minha vida", afirma, a jovem Mila, na entrevista ao magazine Le POINT. Enfim, L'EXPRESS, titula, o islamismo passado no scanner. O universitário Bernard Rougier, cujo livro, "Territórios conquistados do islamismo", aparece na próxima semana nas livrarias com uma nova edição afirma que a emergência de um ecosistema islamita alimenta uma lógica de ruptura com a sociedade global e suas instituições penetrando todos os cantos da nossa vida, inclusivé na literatura infantil ou brinquedos e vestuários para crianças, nota, L'EXPRESS.
Antes da tomada de posse de Jospeh Biden como quadragésimo sexto Presidente dos Estados Unidos da América, a maioria dos semanários franceses passam em revista os desafios, com os quais o novo chefe de Estado norte-americano será confrontado, bem como destacam a fragilidade da democracia americana à luz dos recentes eventos. A vacinação contra a Covid através do mundo e os problemas enfrentados pela África do Sul, é também um dos focos nas edições desta semana.
Abrimos esta Imprensa semanal com LE POINT que faz a sua capa com uma entrevista exclusiva, Segredos do Poder, com Bruno Le Maire, ministro francês da Economia. Na entrevista, por ocasião da publicação do seu livro, o Anjo e a Besta, o ministro Bruno Le Maire, explica as decisões económicas, industriais e financeiras de França, fala de mulheres e de homens políticos nacionais e internacionais, esclarece sobre os meandros das negociações entre dirigentes do mundo inteiro, onde tudo é brutal, mas também se refere à crise sanitária e económica sem precedentes e à potência da China. A China entrou no clube das grandes potências, tirou milhões de pesssoas da pobreza e teve sucesso na sua transição tecnológica. Mas o seu modelo tem também fraquezas como uma dívida excessiva e desemprego de massa, sem contar com o seu regime político, cujos valores e funcionamento não partilhamos, afirma, Bruno Le Maire, na entrevista ao semanário, LE POINT. Brexit, adeus e "good luck", boa sorte, é a capa do COURRIER INTERNATIONAL. Após 47 anos de adesão e um longo período de divórcio, o Reino Unido deixou a União europeia. Por seu lado, L'EXPRESS, pergunta em capa se ainda se pode acreditar?, a proposito das vacinas anti-Covid. Atrasos na vacinação, falta de doses, ainda se pode corrigir o tiro? Com o governo a acelerar caoticamente a campanha de vacinação, o verdadeiro desafio nos próximos meses será a disponibilidade das vacinas em quantidade suficiente. Mas a estratégia europeia coloca problema assim como a questão da confiança nos políticos. Um próximo do Presidente Macron, reconhece sem rodeios, que finalmente, a vacina é como a participação numa eleição, isso coloca a questão da adesão democrática, acrescenta, L'EXPRESS. Incesto, o fim de um tabu em França Incesto, o fim de um tabu, é o tema de capa do semanário, L'OBS. Na Família grande, título do seu livro, Camille Kouchner, filha do antigo ministro dos Negócios estrangeiros, Bernard Kouchner, afirma que o seu irmão gémeo, foi vítima desde a adolescência de abuso sexual, por parte do seu padrasto, o constitucionalista, Olivier Duhamel. 30 anos depois, ela conta como é que esse terrível segredo devastou a vida do irmão e familiares. Na entrevista, Camille Kouchner, afirma que decidiu escrever o livro porque já não conseguia manter-se em silêncio. O livro nasceu duma necessidade, testemunhar o incesto e mostrar que durou muitos anos e que é extremamente difícil ultrapassar o silêncio. Não escrevi o livro em nome do meu irmão, mas em nome das irmãs e sobrinhas e todas aquelas que sofreram com o incesto, sublinha, Camille Kouchner, nas páginas do L'OBS. Sobre o continente africano, JEUNE AFRIQUE on line, refere-se ao Senegal, onde o financiamento dos partidos políticos continua a ser um tabu. O ministério do Interior, ameaçou dissolver o partido Pastef, do opositor, Ousmane Sonko, que acaba de lançar um apelo internacional à recolha de fundos. Sonko, afirma que durante a campanha das presidenciais de 2019, houve situações caricatas com o partido a não participar em comícios porque não havia combustível para os seus carros se deslocar. "Sou o mais pobre dos presidentes de partidos políticos no Senegal", afirma, Sonko, à JEUNE AFRIQUE online.
Neste início de mais um ano, as edições dos semanários caracterizam-se pelo balanço de um ano político, económico e social marcado pela crise sanitária mundial, a eleição presidencial norte-americana e pelas consequências psico-sociais da nova civilização do ecrã.
Abrimos esta Imprensa semanal com L'OBS, que dedica a sua capa a Kamala Harris e o título eles vão desconfinar em 2021. Um especial no qual colabora grandes assinaturas da intelectualidade cultural e política francesas. A antiga ministra da Justiça, Christiane Taubira, escreve que Kamala Harris, é jamaicana e índia de origem, a primeira mulher a ocupar as funções de vice-presidente dos Estados Unidos e encarna a esperança da América e do mundo pós-Trump. Kamala Harris é bela, é elegante, é ágil e mesmo felina como Obama, mas é também desconcertante, numa América desconcertante. Todos os americanos são descendentes de imigrantes, sublinha, Christiane Taubira. Por seu lado, L'EXPRESS, faz a sua capa com Emmanuel Macron, que nunca disse tudo aos franceses. Numa grande entrevista ele faz a sua confissão e fala da crise sanitária, da conspiração e da identidade. "Fui mal entendido quando eu disse que somos um povo gaulês de refractários, mas eu também sou refractário." Somos um país que pode fabricar os coletes azuis, podemos ser um povo extremamente duro verbalmente, mas ao mesmo tempo somos um dos países da Europa onde o confinamento foi mais bem repeitado, afirma, Macron. Sobre o racismo, Macron afirma sem papas na língua que ser branco em França é um privilégio, não é sua escolha, mas "é um facto que um homem branco tem mais facilidades de ser Presidente, de ter uma casa, um emprego que um asiático, um árabe ou um negro, uma mulher asiática ou uma mulher negra, sublinha, Macron. Os franceses partilham uma língua, uma história, uma geografia ou uma cultura. Mas ser francês é também um espírito e uma ideia a defender. Impossível dois franceses na mesma sala com a mesma opinião "Identidade francesa é uma questão de todos os franceses," dizia o historiador, Fernand Braudel. Porque se existem mesmo 67 milhões maneiras de ser francês, só há uma França. Plural, sem dúvidas nenhumas pois estamos no país de 365 queijos diferentes, de um número igual ou maior de opiniões e assuntos de divisão, onde se berra sobre Colbert ou Voltaire, onde querelas e polémicas estão acima do diálogo e da concórdia. Mas França é também esta nação onde se manifesta em defesa de batatas fritas e maionese francesas ou se defende enfermeiras e se cante a Marselhesa, hino nacional francês. É impossível haver dois franceses numa mesma sala que tenham a mesma opinião sobre o que quer que seja. A França fez os franceses assim, escreveu, Paul Valéry, acrescenta, L'EXPRESS. As viagens que fizeram a França fazem a capa do semanário LE POINT. "A nossa História só se explica através do mundo", escreveu o historiador, Michelet. O historiador tinha razão porque a França construiu-se viajando pelo mundo. A França dos navegadores de Luis XIV, a França da expansão por terras americanas, como Luisiana e Mississipi, dos irmãos normandos de Sumatra, a Françafrica do Gabão, do Congo Brazaville, do Zaire, da colonização da África negra, ou a África equatorial francesa. Porque todos os caminhos vão dar a Roma, grandes escritores como Stendhal, foram inspirar-se na Itália, ou porque a França é aventureira, Napoleão, esteve no Egito das Pirâmides, na Alemanha, em Áustria e em toda a Europa e o filósofo Tocqueville, atravessou o Atlântico, para ir escrever seu clássico Da Democracia na América, acrescenta, LE POINT. Enfim, a JEUNE AFRIQUE online, refere-se ao Uganda, o que se tem de saber sobre Yoweri Museveni, bem posicionado para ser presidente vitalício. Aos 76 anos, dos quais 34 anos no poder, o chefe de Estado ugandês, concorrerá para um sexto mandato a 14 de janeiro. Para já fez tudo para não dar chance nenhuma aos seus adversários. Pouco inclinado à reforma, Museveni, fez saltar o imperativo constitucional de dois mandatos presidenciais, logo em 2005, e em 2017, suprimiu a idade limite que era de 75 anos, para se concorrer à magistratura suprema, nota, JEUNE AFRIQUE.
Num ano que se aproxima do fim, o impacto mundial da pandemia de Covid-19 é destacado nas revistas francesas desta semana. Fome, desemprego, vacinas e “fake-news” são alguns dos temas dominantes. Começamos com o Courrier International que faz manchete com o amor em tempos de covid-19, mas que destaca, nas páginas interiores, realidades muito menos românticas. É o caso da fome de milhões de famílias nos Estados Unidos já que em nove meses os pedidos de ajuda alimentar subiram vertiginosamente. Em França, a pandemia dá o golpe de graça ao emprego com o fecho de fábricas e deslocalizações que ameaçam o tecido industrial e as famílias. O Courrier International tem também uma chamada de primeira página sobre o Brexit intitulada “Reino Unido: Adeus União Europeia e bom declínio”. O redactor do artigo do The Daily Telegraph defende que a saída da União Europeia é uma libertação. A revista publica, também, um artigo sobre o artista Davido descrito como “o som da contestação na Nigéria”. “Estrela mundial do afrobeat, o cantor nigeriano era conhecido por fazer dançar o seu país, mas nos últimos meses os seus ritmos transformaram-se na batida da revolta”. La Vie faz manchete com o “Líbano, um país à procura de esperança”, com uma fotografia em grande formato de uma pessoa na varanda de um prédio destruído a olhar para o devastado porto de Beirute, quatro meses depois da explosão de nitrato de amónio. Outro destaque nesta revista vai para o que é descrito como “a bomba relógio dos cancros” em tempos de Covid-19 devido a atrasos no diagnóstico e a operações adiadas. L’Obs titula em primeira página “Na cabeça dos conspiradores”, em torno das “fake news”, da Covid-19, das vacinas, etc. “A teoria da conspiração é um fenómeno cada vez mais espalhado”, alerta. Ainda nesta revista, destaque para o chamado “Pantera Negra”, o congolês Emery Mwazulu Diyabanza que quer dar a África obras que estão nos museus franceses. L’Obs publica, também, um artigo sobre o futebolista francês de origem portuguesa, Antoine Griezmann, que rompeu o contrato com a Huawey para denunciar a participação do grupo chinês na repressão contra os uiguires. Le Point faz manchete com “as viagens que construíram a França” a nível artístico, político e científico. A revista também publica uma reportagem sobre descobertas arqueológicas em tempos de Covid-19 e poucos turistas, nomeadamente em Saqqarah, a grande necrópole no sul do Cairo, no Egipto. Le Point também publica um dossier sobre como o Presidente francês Emmanuel Macron renova com a tradição literária da língua francesa, algo que se teria perdido desde François Mitterrand. Na capa da L’Express, pode ler-se o título “Dinheiro fácil: a armadilha dos vícios” numa referência às dívidas soberanas dos Estados. “Os países nunca foram tão solicitados para salvar as economias do colapso”, escreve a revista. Outro destaque, nas páginas interiores, é a implicação da Eritreia na ofensiva lançada pela Etiópia contra a região do Tigré. A revista explica “porque é que os antigos inimigos se aliaram”.
Esta semana, as revistas francesas destacam, de forma geral, as violências policiais em França e os receios de perda de liberdades com o projecto de lei sobre a segurança global. Por sua vez, a Jeune Afrique titula, na primeira página, “África em busca de uma nova liderança” e entrevistou o Presidente francês que defende que “entre França e África deve ser uma história de amor”. Em manchete na primeira página da Jeune Afrique, “África em busca de uma nova liderança”, com a legenda “Que distantes parecem os tempos dos Senghor, Houphoët, Sankara, Bourguiba e Mandela. Confrontada com desafios cada vez mais complexos, África precisa mais do que nunca de dirigentes visionários, íntegros e corajosos.” Em chamada de capa, uma entrevista ao Presidente francês, Emmanuel Macron, e a citação “Entre França e África deve ser uma história de amor”. Três anos depois do discurso que pronunciou em Ouagadougou, o chefe de Estado francês lembra que iniciou um tema tabu: a restituição de obras de arte africanas, nomeadamente ao Senegal, Benim e Madagáscar. Fala ainda na reforma do franco CFA, na plataforma Digital Africa, na Cimeira de Financiamento para África que vai ser organizada em Maio, em Paris, e na Cimeira África-França, em Julho, em Montpellier. Questionado sobre o sentimento anti-francês que se desenvolveu em alguns países francófonos, Emmanuel Macron disse que durante anos a França manteve uma relação institucional com África, criando um certo ressentimento, mas também apontou o dedo à Rússia e à Turquia como dando voz aos que alimentam o ressentimento. Por isso, o Presidente francês diz que entre França e África deve ser a tal história de amor e que não se deve ficar prisioneiro do passado. Por outro lado, Macron reitera que a estratégia militar francesa no Sahel e a operação Barkhane foram solicitadas pelos países da região. Nesta entrevista, Emmanuel Macron insiste que as suas declarações pela liberdade de expressão foram deformadas porque nunca criticou o Islão mas sim o terrorismo islamita, recordando que 80% das vítimas no mundo são muçulmanas. A revista Express publica na primeira página uma imagem do ministro do Interior, Gérald Darmanin, com o título, “o cheiro a enxofre” e propõe uma reportagem sobre “o homem que abala a Macronia”. A revista Vie também se questiona se “há um desvio autoritário do poder em França” explicando que os defensores das liberdades públicas estão preocupados com a lei sobre a segurança global e com as limitações à liberdade de informar com o artigo 24. O Courrier International faz manchete com o que chama de “viragem securitária à direita” de Emmanuel Macron. A revista questiona o que é que aconteceu ao Presidente francês que era um reformador liberal e que tanto prometia? Na segurança, na gestão da pandemia, no islamismo e até na diplomacia a imagem de Macron desfocou-se. A imprensa internacional também ficou chocada com “a violência inadmissível” da polícia contra um produtor musical negro. O Courier retoma um artigo do jornal do Burkina Faso Le Jour sobre a Etiópia intitulado “Depois da guerra, o espectro da guerrilha”. O jornal escreve que após ter lançado o assalto final contra a capital do Tigré, as autoridades anunciaram ter ganho a batalha. Mas a guerra está longe de terminada. A revista publica ainda uma vasta investigação sobre “o recuo da justiça no mundo”, dando exemplos de dissidentes perseguidos ou assassinados na Argélia, no Burundi e na África do Sul, entre muitos outros países. A Obs também tem uma chamada de capa para as violências policiais em França. Nas páginas interiores, imagens da mega manifestação contra o projecto de lei sobre a segurança global e contra o polémico artigo 24 que impede de se filmar a polícia, um parágrafo que, segundo a revista, provocou uma crise política. A Obs destaca ainda o papel de contra-poder dos repórteres da Web que publicam imagens das violências policiais na internet e são vistos por milhares de pessoas. Mas a revista faz capa com Anne Hidalgo, presidente da câmara de Paris, com o título “ a tentação presidencial”. A Obs escreve que Anne Hidalgo está dividida entre manter-se na presidência de Paris ou tentar a Presidência de França face às expectativas dos eleitores de esquerda. A revista publica, ainda, uma reportagem sobre a revolta das mulheres das limpezas da Assembleia francesa que ganham muito mal e pedem o direito a um 13° mês. Entre as vozes, destaque para a cabo-verdiana Joana, para a portuguesa Manuela e para outras “mulheres invisíveis” há anos a trabalharem no Parlamento francês. Le Point homenageia, na capa, o antigo presidente francês Valéry Giscard d’Estaing que morreu esta semana e titula “um destino, uma época, lições para a história”. A revista descreve que Giscard d’Estaing reformou a sociedade francesa e trabalhou para a construção europeia. Um longo dossier que retoma fotografias dele com personalidades marcantes, como Simone Veil, a Princesa Diana e o antigo Presidente da RCA Jean-Bedel Bokassa que remete para o famoso caso dos diamantes que dele recebeu e que marcou o início da queda daquele que também era conhecido como “Giscard, o Africano” e como “o polícia do continente africano”.
Abrimos esta Imprensa africana, com o semanário JEUNE AFRIQUE, que na sua edição online destaca uma entrevista com o politólogo e escritor africano, Achille Mbembe, que se interroga se o Presidente francês, Emmanuel Macron, pesou bem a perda de influência de França em África. O Presidente francês, encara a África com cinismo e engana-se no diagnóstico que faz sobre as questões essenciais, agravando as incompreensões, afirma o intelectual camaronês, Achille Mbembe. O conhecido politólogo, historiador e escritor, Mbembe, um conhecedor da França, a exemplo de outros intelectuais africanos, criticam na JEUNE AFRIQUE, a sua postura de dois pesos e duas medidas de Macron em relação a chefes de Estado africanos. L'EXPRESS, titula em capa, o enigma Macron. Quem conhece Macron? pergunta o livro, um Presidente confiscador da jornalista, Corinne Lhaïk. Macron é um confiscador. Será a vingança da História, estar ele prisioneiro de três crises sanitária, económica, terrorista? Nalgumas páginas do livro reproduzidas pelo L'EXPRESS, lê-se que não foi apenas a eleição de Macron que tomou tonalidades de um roubo do século, é todo o seu mandato que coloca o incumbente do Eliseu numa posição de roubar as ideias dos outros sem que se saiba se as integra verdadeiramente ou se é uma postura para neutralizar os seus adversários. Não é pois de estranhar a insegurança que assaltou mesmo seus eleitores de 2017 que têm dificuldades em reconhecer o que campeão que então escolheram, cita L'EXPRESS. Ciência sem credibilidade devido à Covid e Google e Facebook que querem controlar mentes Por seu lado, COURRIER INTERNATIONAL, pergunta em capa como é que a ciência nos pode ajudar? Com a pandemia de coronavírus, os peritos perderam a sua credibilidade. Ora a ciência e o conhecimento são essenciais para comprendermos a complexidade do mundo e travar as teorias da conspiração. Na corrente veio o fluxo de informações inerente a esse tipo de fenómeno mundial e inédito que provocou inevitavelmente o seu corolário que é uma desinformação também exponencial. Os investigadores convocados de todas as partes acabaram por perder em credibilidade devido às suas contradições e as reviravoltas da Organização mundial da Saúde, nomeadamente, sobre o uso da máscara, não ajudaram em nada, acrescenta, COURRIER INTERNATIONAL. CHALLENGE's, destaca a incrível corrida a vacinas contra a Covid, como a última batalha de EEstados, industriais e filatropos investindo biliões de dólares em pesquisas laboratoriais.. L'OBS, destaca em capa, o escândalo Scouarnec, itinerário de um predator. Joël Le Scouarnec, era um médico respeitado, um cavalheiro em aparência, um bom marido e um bom pai de família. Ora, durante 30 anos, o cirurgião Jonziac que registava metodicamente seus actos pedófilos em diários íntimos, terá abusado de mais de 300 crianças. Todos os alertas que foram lançados não resultaram até um dia que uma menina rompeu o silêncio, que desembocou no julgamento deste médico perverso por agressões sexuais que começa dentro de dias, nota, L'OBS. Somos escravos do Amazon, Google, Facebook?,pergunta, em capa, LE POINT. Reinam sobre as nossas vidas impondo as suas leis. Mark Zurckerberg, do Facebook, sonha poder ditar um texto ao telemóvel mentalmente, Jeff Bezos, fundador do Amazon, investiu num leite articificial a partir de raízes de chicória e couve concentrado, enquanto a inteligência artifical do Google acaba de disponibilizar o código de uma rede neuronal simulando o comportamento de electrões, nota, LE POINT.
Vencedor das eleições presidenciais logo na primeira volta, com mais de 57% dos votos, o Presidente do Burkina Faso, Roch Kaboré, que poderá não ter uma maioria absoluta nas legislativas lança um apelo à reconciliação nacional. O Presidente do Burkina Faso, Roch Kaboré, que poderá não ter uma maioria absoluta nas legislativas lança um apelo à reconciliação nacional. A reconciliação nacional é primordial, considerou, Achile Tapsoba, director-adjunto de campanha do candidato presidencial, Eddie Komboïgo. Rapidamente, Clément Sawadogo, 1° vice-presidente do partido presidencial, MPP e porta-voz, do chefe de Estado reeleito, Kaboré, precisou que essa reconciliação se fará porque o presidente prometeu realizar uma conferência nesse sentido. Mas é uma equação complexa pois o antigo Presidente, Blaise Compaoré, deposto em 2014, por uma revolta, divide a população sobre o seu regresso ao país. "A questão não se esgota na pessoa de Blaise Compaoré, porque é preciso não esquecer que houve tumultos, mortes, e portanto, não é apenas um simples arranjo de regresso de Compaoré", sublinhou, ainda Clément Clément Sawadogo, porta-voz presidencial. Mas do lado da equipa do candidato Komboïgo, que ficou em 2° lugar nas presidenciais, com mais de 15% dos votos, é verdade que a "reconciliação não se restringe à figura de Compaoré, mas não poderá ser feita sem a sua contribuição. A ver vamos!
Abrimos com LE POINT, que faz a sua capa com o incrível destino de Joe Biden e porque é que que uma vez mais Trump foi subestimado. Como vice-presidente, Biden, tem Kamala Harris, o sonho americano. É a primeira negra e com orgulho eleita para a vice-presidência. Desde começos de 1973 que Biden não esconde a sua ambição suprema de chegar à sala oval da Casa Branca. Em 2016 por exemplo queria disputar a investidura da Hillary Clinton, mas foi impedido, pela morte do filho, Beau, fulminado por um tumor no cérebro. Quatro anos depois é o triunfo, depois duma campanha difícil devido à epidemia do coronavírus, Biden, consegue ganhar dificilmente contra Donald Trump. Como vice-presidente, Biden, tem Kamala Harris, o sonho americano. É a primeira negra e com orgulho eleita para a vice-presidência. Do outro lado, Trump, que perdeu a eleição presidencial, mas que foi subestimado, porque segundo LE POINT, os meios de comunicação social americanos vivem num mundo fechado elitista desconhecendo o eleitorado americano que vota pelo ainda presidente. New York Times, Washington Post, Boston Globe, CNN, MSNBC, entre outros, dirigem-se a uma elite isolada da realidade da população. A esmagadora maioria dos jornalistas desses meios de comunicação social nunca encontrou em carne e osso um eleitor americano que vota Trump. O episódio Trump, deixa entender que a nossa profissão odeia a informação. O fenómeno Trump, é a grande falência dos meios de comunicação social, afirma, o editorial, do semanário, LE POINT. Joe Biden, terá dificuldades para reconciliar os Estados Unidos Também, CHALLENGEs faz a sua capa com o mundo novo de Joe Biden. O Presidente eleito terá dificuldades para reconciliar os Estados Unidos e implementar um programa digno do "new deal". Para já tudo começou mal. Um presidente cessante que recusa a realidade das urnas, um partido republicano paralizado que recusa desautorizar Trump. Um Senado que poderá cortar a estrada ao novo eleito, é este o retrato da América de Joe Biden. Noutra passagem CHALLENGEs, refere-se à desinformação à imagem de Trump, com notícias falsas a correr o mundo. Trump já tinha preparado há muito tempo o seu eleitorado sobre o que ele chama "fraude", repetindo desde 3 de novembro que a eleição presidencial lhe foi roubada. Também em França há adeptos de Trump que propagam essas informações falsas, prometendo que haverá um inquérito sobre o plano de "comunistas para roubar a América", nota, CHALLENGEs. Por seu lado, COURRIER INTERNATIONAL, destaca Adeus, Trump é hora da União Joe, que será o 46° Presidente dos Estados Unidos, tendo ao seu lado, Kamala Harris, primeira mulher, uma negra, a chegar à vice-presidência. Histórico! Pode Biden, curar a América? pergunta, em capa, L'OBS. Em breve, 78 anos, Joe Biden, não era seguramente o candidato ideal. Com Kamala Harris, primeira mulher a ocupar o posto de vice-presidente, ele vai provavelmente ter de trabalhar com um Senado hostil. Com um país crispado ao meio, um eleitorado republicano gangrenado pela extrema direita e a conspiração e uma crise sanitária e económica devastadora, será que Biden, conseguirá sarar as feridas da América? Ele tinha um programa tão ambicioso como o New deal de Roosevelt, mas terá de se contentar com um poder limitado. Joe Biden não conseguiu a grande vitória que sonhou. Ele corre o risco de governar com um Senado hosti, um Donald Trump presente e uma América assaltada pela conspiração, nota, L'OBS. Enfim, "good luck", boa sorte, destaca, L''EXPERSS, referência, a Biden, futuro presidente que quer unificar a América, mas a margem de manobra é estreita. Donald Trump, resmunga, pela simples razão de que 75 milhões de americanos acabam de lhe dizer não, preferindo escolher Joe Robinette Biden, 77 anos, como 46° Presidente eleito dos Estados Unidos. Sábado, 7 de novembro, após 5 dias de suspense, os meios de comunicação social confirmaram o avanço definitivo de 5 milhões de votos do candidato democrata sobre o presidente cessante, acrescenta, L'EXPRESS.
Nas edições desta semana,destaque é dado ao terrorismo islamista e à França como alvo estratégico do mesmo, ao papel do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, como catalizador do sentimento anti-francês no mundo muçulmano, ao balanço dos quatro anos de presidência de Donald Trump e dureza das crises climáticas que provocam miséria social e fomentam o terrorismo que afecta o Burkina Faso.
Abrimos esta Imprensa Semanal com COURRIER INTERNATIONAL, que se refere ao espectro de uma nova crise na Costa do Marfim, a manifestações violentas na Nigéria, a um terceiro mandato do Presidente da Guiné Conacri, na violência ou no Mali onde há uma transição após o golpe de 19 de agosto de 2020. Por seu lado, o semanário L'OBS sobre o continente africano destaca Thomas Sankara, a segunda vida do Che Guevara africano. 33 anos após a sua morte, o antigo Presidente do Burkina Faso, fascina mais do que nunca. A juventude do país reclama a verdade sobre o seu assassínio assim como o papel desempenhado pela França. Os jovens do país não viveram os quatro anos durante os quais esse revolucionário marxista dirigiu os destinos de Alto Volta, que ele mudou de nome para Burkina Faso, país de homens íntegros. Mas as ideias panafricanistas e terceiro mundistas de Thomas Sankara estão mais vivas do que nunca no seio dessa juventude depois de mais de 30 anos da sua morte, nota, L'OBS. Por cá em França, o mesmo L'OBS, refere-se ao discurso de ódio nas redes sociais. Como regular o discurso sobre o ódio online? A ministra delegada para a Cidadania, Marlène Schiappa, criou um serviço de contra discurso republicano, prometendo lutar contra todos aqueles que recusarem o direito a um professor de analisar qualquer matéria da sua escolha nas salas de aula. Uma referência ao assassínio de Samuel Paty, professor de história e geografia do ensino secundário por um extremista islâmico. Com este serviço pretende-se combater os discursos odiosos, racistas e antisemitas nas redes sociais sem que se tenha a certeza da sua factibilidade técnica, nota, L'OBS. Bancos, o fim de um mundo, é o título de capa de L'EXPRESS. No seu artigo, o receio de um banho de sangue social, o semanário escreve que a digitalização de uma parte das actividades e mudanças de comportamentos dos clientes obrigam a maioria dos bancos a reduzir o tecido das suas redes. Na sede do BNP Parisbas, no dia 13 de outubro, por trás da opulência e luxo, os sindicatos apelam à greve, uma segunda vez no espaço de dois anos, algo impensável nos anos 80. Os sindicatos denunciam um plano de despedimentos do primeiro banco francês e a raiva é crescente nas suas delegações nas províncias, sublinha, L'EXPRESS. Recrudescimento da pandemia de Covid-19 em França LE POINT, destaca hospitais e clínicas em tempos de Covid. Seis meses depois, há um recrudescimento da pandemia. A segunda onde é mesmo mais forte que a primeira em certas zonas do país sabendo que o pessoal médico e medicamentoso está esgotado e cada vez menos nos hospitais. Mas melhor organizado e informado sobre a doença. Por ocasião da primeira vaga, um instinto guerreiro foi revelado, hoje sabemos o que vai acontecer e isso nos revolta, afirma o professor, Gilles Pialoux, chefe de serviço das doenças infecciosas do hospital Tenon, em Paris. Ouve-se dizer que tínhamos todos esses meses desde primavera para recrutar pessoal. Mas onde? Não temos solução, afirma o professor Eric Senneville, chefe do serviço de infectologia do hospital de Tourcoing, acrescenta, LE POINT. Por seu lado CHALLENGEs faz a sua capa com Biden/Trump por trás das máscaras. A campanha presidencial divide profundamente um país esgotado. Em 8 meses o presidente americano passou de um balanço aceitável no plano económico para uma gestão da epidemia de Covid comprometendo a sua reeleição. Donald Trump encenou a sua infecção pela Covid seguida de cura o que galvanizou as suas tropas, mas reforçou igualmente o sentimento de rejeição do outro lado do eleitorado americano. Doente ou não, Trump sabe como fazer quando se trata de demonstrações de força, o que é também uma confissão das suas fraquezas, escreve CHALLENGEs, retomado do semanário The Economist. Do outro lado, Joe Biden, o homem do consenso. Se ele for eleito, no dia 3 de novembro, o Presidente Joe Biden deverá enfrentar a tempestade económica procurando aliados tanto à esquerda democrata como junto de um congresso em vias de reconciliação, sublinha, CHALLENGEs.
A Suiça como mediador para a paz em África, Tundu Lissu o candidato à presidência da Tanzânia que recorre a reggae music como catalizador das suas convicções políticas, a queda de uma estrela chamada Isabel dos Santos, a Europa perante a evolução dos Estados Unidos que ela considera estar numa deriva, asim como a França e o terrorismo islamista, são focos de actualidade nas edições dos semanários franceses.
Em destaque nas revistas francesas desta semana as eleiçoes presidenciais norte-americanas, com “L’Obs” a apontar Joe Biden e Kamala Harris como as hipóteses de “um mundo sem Trump” e “L’Express” a prometer “Tudo sobre Biden”. O Courrier International opta por destacar, em manchete, “A Turquia contra o resto do mundo”. Em manchete na L’Obs, Joe Biden e Kamala Harris e o título “Um mundo sem Trump”. A revista explica que “a algumas semanas do escrutínio, o democrata Joe Biden distancia-se de Donald Trump” e “a sua campanha arrancou”, com “um ambicioso programa de retoma económica ja comparado ao New Deal e um golpe de mestre: a sua numero dois Kamala Harris, ambiciosa e brilhante senadora da Califórnia”. L’Obs pergunta se “os dois vão conseguir reparar a democracia americana fragilizada e a apagar o balanço desastroso” de Trump? “Não vai ser fácil”, considera a revista, resumindo que esta é a “ultima oportunidade para a democracia”. Também L’Express faz manchete com Joe Biden e promete contar “Tudo sobre Biden”, acrescentando a frase “Porque é que este homem vai surpreender”. Em editorial, pode ler-se que “se ganhar, o candidato democrata vai ter de reconciliar uma América que quase nunca esteve tão dividida”. Uma tarefa descrita como “dantesca” porque, considera a revista, “a ferida deixada pelo pirómano Trump é profunda”. Na introdução das reportagens, lê-se que “Joe Biden, de 77 anos, não é aquele que se pensa. Apresentado por Donald Trump como um homem de esquerda senil, ele pode vir a revelar-se como o homem que a América precisa”. A revista tem, ainda, tem uma chamada de primeira página intitulada “Erdogan: a tentação expansionista”. Nas páginas interiores, o semanário titula “Erdogan cada vez mais agressivo” e explica que “o presidente turco multiplica as intervenções militares e os discursos marciais”, num estratégia descrita como “preocupante e que pretende fazer esquecer as dificuldades económicas do país”. Le Point também tem uma chamada de primeira página intitulada “Nagorno-Karabah: mercenários sírios ao serviço de Erdogan”. De acordo com a revista, 1000 homens foram mobilizados para Bakou, a capital do Azerbaijão. 8000 libras turcas, ou seja, 860 euros é o salário mensal de Ibrahim, um sírio de 24 anos recrutado por três meses. Mas a revista faz manchete com o caso Mila, descrito como “uma derrota francesa”. Em causa, a “história de uma rapariga ameaçada de morte e de violação por ter criticado o Islão num vídeo, que foi retirada do seu liceu e que ainda tem de se esconder”. O Courrier International também faz manchete com o título “A Turquia contra o resto do mundo” sob uma caricatura do presidente Recep Tayyip Erdogan desenhado como o super-homem. “Nagorno-Karabach, Síria, Líbia, mar Egeu. Porque é que o regime de Erdogan intervém em todas as frentes? As analises da imprensa estrangeira”, pode ainda ler-se na capa. No editorial, a revista explica que “ao apoiar o Azerbaijão hoje no conflito contra a Arménia, o presidente turco quer mostrar quem é o patrão na região”. Algo sublinhado no primeiro artigo do L’Orient-Le Jour que escreve que “não é um acaso que Ancara esteja na linha da frente do conflito numa altura em que a Turquia está hiperactiva no seu ambiente regional, tentando fazer avançar as coisas em todo o lado e ao mesmo tempo”. O Courier Internationale destaca, ainda, a situação na Tailândia onde –escreve – “a juventude se revolta”. Esta edição apresenta sete páginas sobre o tema, nas quais as reportagens mostram como os jovens têm multiplicado os protestos desde o verão para exigir reformas constitucionais. “Quatro anos depois da morte do rei Bhumibol Adulyadej que, apesar dos 70 anos de reino, era popular e respeitado, hoje a monarquia não é vista da mesma forma e o rei Vajiralongkorn concentra o descontentamento em torno do que ele é, do que ele faz e do que ele representa”. O Courier Internationale também destaca que a imprensa do Sahel questiona a libertação de reféns no Mali perante o pagamento de um resgate e a libertação de terroristas. A revista também publica um artigo da norte-americana Foreign Policy sobre a guerra na internet entre a Etiópia e o Egipto em torno da maior barragem de África cuja construção terminou em Julho. La Vie faz manchete com a situação hospitalar em França e titula “Médicos apesar de tudo”. A revista faz uma reportagem sobre “o que mudou a pandemia” na prática da medicina e na ligação aos pacientes. Além da falta de material, os testemunhos recolhidos por La Vie mostram o cansaço moral dos que estiveram na linha da frente contra a pandemia. Uma médica que esteve nos cuidados intensivos durante o confinamento diz que se sente “um pouco estragada sem saber bem porquê”. Uma outra médica de família avisa que “não vão aguentar muito mais tempo”. No site da Jeune Afrique, destaque para uma reportagem intitulada “Angola: quando a cruzada anti-corrupção se vira contra João Lourenço”. A revista acrescenta que Edeltrudes Costa, director de gabinete do Presidente João Lourenço, é suspeito de conflito de interesses e enriquecimento ilícito, algo que desacredita a política presidencial de luta contra a corrupção.” A revista também propõe uma reportagem sobre “Moçambique, Costa do Marfim e Benim: porque é que a Total aposta no mercado africano do gás natural liquefeito”.
Entre os destaques nas edições dos semanários: a eleição presidencial de 31 de Outubro na Costa do Marfim, a cimeira de Goma sobre os problemas de segurança no leste da República Democrática do Congo, a tensão entre a Turquia e a União Europeia, as críticas à gestão da crise da Covid-19 pelo executivo francês, assim como a Encíclica da fraternidade e do multilateralismo do Papa Francisco.
Abrimos esta Imprensa Semanal, com a JEUNE AFRIQUE, que faz a sua capa com os Black Lives Matter, uma ira negra. A morte de George Floyd poderia ter sido para os africanos e a diáspora, uma enésima manifestação do racismo que os fustiga. Para os africanos do continente o assassínio de George Floyd foi o catalizar duma tomada de uma maior consciência de que o combate contra o racismo não é apenas um combate da diáspora mas também e antes de tudo deles. A morte de George Floyd poderia ter sido para os africanos e a diáspora, uma enésima manifestação do racismo que os fustiga. Ora não somente esse tornou-se o símbolo da sua revolta como também originou a reacção solidária dos seus irmãos do continente. Depois da morte de George Floyd a 25 de maio em Minneapolis por um polícia branco que o esmagou a nuca com o seu joelho, o continente africano foi apanhado pela mobilização disseminada em todo o mundo. No Senegal, em Dacar, no dia 9 de junho dia dos funerais de George Floyd, um grupo de 50 senegaleses com um joelho no chão e cara virada para o oceano Atlântico em direcção dos Estados Unidos manifestaram a sua revolta. Em Pretória, a mesma cena em frente à embaixada dos Estados Unidos, respondendo ao apelo de Julius Malema, dos Combatentes ela liberdade económica. Na África do leste, um hastag em suahili retomou um célebre slogan de protesto queniano, #HakaYetu, Nossos direitos, acrescenta, JEUNE AFRIQUE. Tunísia, 10 anos depois, da chamada primavera árabe Por seu lado COURRIER INTERNATIONAL, destaca Tunísia, 10 anos depois, o regresso à Sidi Bouzid. A 10 de dezembro de 2010 dava-se a imolação pelo fogo de Mohamed Bouaziz. O acto de desespero desse ambulante foi o desencadeador da chamada primavera árabe,10 anos mais tarde o semanario britânico, The Economist, voltou ao mesmo lugar. A Tunísia é então muitas vezes saudada com o único país árabe a deitar abaixo a autocracia e o único onde uma democracia surgiu. Eleições são realizadas e a polícia secreta é relativamente dócil e as mulheres participam largamente na vida pública. Mas a maioria dos tunisinos vêem a revolução pelo binóculo de bons resultados económicos que ainda não estão presentes com o novo regime. Assim os jovens preferem emigrar sabendo que a emigração ilegal foi multiplicada por 4 o ano passado. CHALLENGEs,refere-se à nomeação de Moctar Ouane, como primeiro ministro do Mali, ex-ministro dos Negócios estrangeiros, este diplomata de 64 anos foi nomeado chefe do governo de transição. Antes estava como delegado geral encarregado da paz e da segurança junto da Unuão económica e monetária oeste-africana. A sua designação surge 5 semanas após o golpe de Estado contra o ex-Presidente IBK. Mudando de assunto, LE POINT faz a sua capa com o actor Depardieu, que numa grande entrevista fala de Macron, Putin, amor, edução,islão sublinhaaando que a França já estava confinada sem saber. . O mesmo semanário, entrevistou também o historiador de renome internacional, Yuval Noah Harari, que adapta a sua obra Sapiens em banda desenhando explicando que é para aqueles gentes que não leem obrigatoriamente ensaios ou obras de ciências humanas. Este seu bestseller Sapiens já vendeu 12 milhões de exemplares nomundo, nota, LE POINT. Enfim, L"OBS faz a sua capa com 5G ameaça ou progresso? Os argumentos dos dois lados. Nunca uma inovação da comunicação terás sido tão contestada, pois constitui um risco para o meio ambiente saúde, via privada e a soberania. Esta nova rede cristaliza os medos e e as interrogações do novo mundo, nota L'OBS.
Entre osfocos de actualidade nas edições dos semanários, a transição no Mali que vai ser liderada por um antigo coronel-major do exército, a questão dos refugaidos, a luta contra o Ebola na República Democrática do Congo e o movimento contra o uso dea máscara de protecção contra a covid-19 em França.
Abrimos esta Imprensa Semanal, com a JEUNE AFRIQUE online que se refere à Guiné Bissau, que presidentes o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló convidou para a festa nacional do país. Investido presidente a 27 de fevereiro no quadro de um grupo restrito devido ao contencioso eleitoral, Umaro Sissoco Embaló, entende organizar uma espécie de nova investidura por ocasião da festa nacional a 24 de setembro e convidou vários chefes de Estado dispostos a deslocar-se a Bissau para celebrar a proclamação da independência em 1973. Os presidentes da Libéria, George Weah, e da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani, chegarão a Bissau no dia 23 de setembro, dia do aniversário do próprio presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló. No dia seguinte, data das festividades, os Presidentes nigeriano Nigérian Muhammadu Buhari, senegalês, Macky Sall e doBurkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, estarão também presentes nas cerimónias organizada no estádio de futebol de Bissau e depois para um almoço, com Sissoco Embaló. Mas ainda segundo a JEUNE AFRIQUE, estarão igualmente presentes em Bissau, o togolês, Faure Gnassingbé, assim como os ministros dos Negócios estrangeiros e da Defesa de Portugal, os únicos representantes dos países de língua portuguesa. O Presidente do Ruanda, Paul Kagame, foi igualmente convidado, mas ainda não confirmou a sua presença. O Presidente Uattara, estará representado por um enviado enquanto o Presidente da Guiné Conacri, Alpha Condé, não foi convidado. Muito crítico em relação aos três mandatos de Condé, não previstos na Constituição da Guiné Conacri, o presidente Sissoco Embaló, assimilou isso a golpes de Estado por ocasião da video conferência dos chefes de Estado da CEDEAO de 20 de agosto, nota, JEUNE AFRIQUE. 10 mil milhões de dólares suficientes para vacinar todos contra Covid Mudando de assunto, l'EXPRESS, faz a sua capa, com Bill Gates, que numa entrevista ao semanário, afirma que 10 mil milhões de dólares são suficientes para vacinar o mundo inteiro contra o Covid-19. Em dois anos podemos pôr fim à pandemia e apagar os seus efeitos mais nefastos. Com a condição que haja generosidade e que seja acelerada o processo da existência de uma vacina e sua distriuição para todos, explica Bill Gates, ao semanário, L'EXPRESS. LE POINT, faz a sua capa, com América sentada num vulcão, encimando as fotos de Joe Biden e Donald Trump, na corrida à Casa Branca. Entre milícias e a eleição presidencial contestada, a ameaça do caos,tudo em aberto. O desafio das eleições presidenciais de 3 de novembro é o mais importante desde a segunda guerra mundial. Segundo a televisão que o telepectador vê, Trump fez uma boa gestão da pandemia de coronavírus se for Fox News, ou não, se for CNN. Ou Joe Biden é um senil, para Fox News, o que a CNN desmente. As campanhas de desinformação têm lugar sobretudo nos estaados do interior do país, principalmente da direita e aliados de Trump. Para o politólogo, Yascha Mounk, há uma guerra civil cultural no seio das elites americanas e tudo pode acontecer no dia 3 de novembro, com o vencedor a sere derrotado pelo derrotado ou vice versa, LE POINT. Por seu lado, L'OBS, traz na sua rúbrica ideias uma entrevista com dois teóricos de colapsologia, em tempos de coravírus, Catherine e Raphael Larrère, pioneiros na crítica da filosofia do meio ambiente. Colapsologia pode ser definida como a certeza, pretensamente científica, de um desmoronamento global, uniforme e síncrona da civilização termo-industrial, um buraco negro de ciências sociais e militantismo. O semanário CHALLENGES, destaca, 100 mulheres que mudam omundo, desde empresárias, passando por políticas, gestoras, mecenas ou intelectuais. Elas dirigem apenas 10% dos países do globo mas a percepção muda porque já as vemos tomando o poder em instituições, empresas ou laboratórios. O 1° lugar vai para Emma Watson, britânica, actriz e embaixadora da ONU para as mulheres, Michelle Rurola, francesa, a nova presidente da câmara municipal em segundo lugar, mas também outra francesa, Christine Lagarde, outra francesa, patroa do Banco central europeu em 5° lugar, as negro-americanas, Michelle Obama, que detesta a política, em 11° lugar e Oprah Winfrey, animadora e produtora de TV, em 17° lugar. Neste TOP 100 mulheres poderosas, algumas africanas, como a ruandesa, Louise Mushikiwabo, secretária geral da Francofonia ou Ngozi Okonjo-Iwela, antiga ministra das finanças da Nigéria, candidata à direcção geral da Organização mundial do comércio, nota, CHALLENGES.
A situação no Mali e as implicações para a França, o fim da missão da CEDEAO na Guiné-Bissau, a geração do covid-19 em França, as dificuldades de Donald Trump perante as metamorfoses do mundo, os Gafa norte-americanos favorecidos pela crise sanitária mundial, estão entre os focos de actualidade nas edições dos semanários.
Abrimos esta Imprensa Semanal com L'OBS, que titula, Jospin que pensa que Macron tem um chip anacrónico. Em 2017 houve uma estrondosa reviravolta no sistema político francês e a situação não melhorou porque há insatisfação no país. Durante muito tempo enquanto membro do Tribunal constitucional, o antigo primeiro ministro socialista, respeitou o direito de reserva, mas, agora, numa longa entrevista ao L'OBS, analisa, o enfraquecimento do sistema político e define as condições duma renovação da esquerda entre ecologia e justiça social. Jospin, disse que uma vez terminado o seu mandato de 4 anos na instituição constitucional, recuperou a sua liberdade de expressão para dizer nomeadamente que em 2017 houve uma estrondosa reviravolta no sistema político francês e a situação não melhorou porque há insatisfação no país. Sobre a eleição de Macron, o antigo primeiro ministro afirma que é preciso não se esquecer o quadro em que ele foi eleito, referência ao afastamento da corrida presidencial de François Fillon, devido a um escândalo financeiro, que ele teria ido à segunda volta e hoje era ele o Presidente da República, porque ganharia eleições. E se o presidente cessante François Hollande tivesse mantido a sua promessa de ser candidato, Macron, não teria ganho a primeira volta porque uma boa parte do eleitorado socialista não teria votado nele. Macron é um jovem cheio de energia, talentoso, mas ele enganou-se sobre a sua verdadeira força, pois, só conseguiu os votos de 24% dos franceses. Jospin, diz ainda ao L'OBS, não conhecer Macron, que viu só uma vez na apresentação dos votos de ano novo, mas que o observa a agir a comportar-se e que é um homem que o deixa muito intrigado. Por seu lado, L'EXPRESS, destaca na sua capa, Islamismo, vivemos num terror intelectual. Cinco anos depois dos atentados de Charlie Hebdo, a ex-jornalista franco-marroquina, Zineb El-Rhazoui, denuncia um clima de terror intelectual levado a cabo pelos radicais islâmicos e os seus cúmplices. Deixou de haveer contradição possível entre os defensores do islamismo e aqueles que os criticam já que estes últimos têm um kalachnicov apontado à cabeça. Liberdade de expressão amordaçada e terrorismo intelectual COURRIER INTERNATIONAL, faz a sua capa perguntando se ainda temos direito de não estarmos de acordo, para analisar a liberdade de expressão em torno da defesa das minorias, censura de personalidades ou a censura que impede o debate livre e aberto. O filme "E tudo o vento levou" retirado de plataformas digitais "streaming", um chefe de redação do New York Times forçado a demitir-se por ter publicado uma tribuna ultraconservadora tida como uma ofensa, estátuas demolidas um pouco por todo o mundo, artistas acusados de apropriação cultural convidados a pedir desculpas, há alguns meses que um tsunami se abateu nos sectores da cultura, história, comunicação social mas também no simples cidadão. É um fenómeno chamado "cancel culture" ou cultura de apagamento da história que consiste em censurar, boicotar ou humilhar publicamente personalidades que defendem uma opinião diferente ao politicamente correcto sobre o racismo, o sexismo ou a homofobia. Mudando de assunto, o mesmo COURRIER INTERNATIONAL, retoma de Sunday Times de Joanesburgo, Zimbabué, a impossível fronteira. Construída às pressas por causa do Covid-19, a barricada fronteiriça com a África do sul já está a cair aos bocados. Confrontados com uma inflação recorde milhares de zimbabuanos vão à procura do ganha pão no país vizinho. Três meses e meio dos primeiros buracos no muro de arame farpado, as brechas se multiplicam e nalgumas delas pode passar um camião. Um polícia de fronteira do lado sul-africanoo afirma mesmo que têm videos gravados onde vêem pessoas idas do Zimbabué passando pelos buracos entrando na África do sul, acrescenta, COURRIER INTERNATIONAL. Enfim, LE POINT, aproveita a próxima temporada das feiras para fazer a uma capa com os vinhos, como ter uma boa garrafeira, seleccionando os bons e verdadeiros vinhos e pondo de lado os falsos. Também, o semanário, CHALLENGES, que pelo contrário, faz a sua capa, com as boas relações entre França e Alemanha, traz, na sua rúbrica de empresas, um dossiê sobre as feiras de vinhos, com, um detalhe importante: no topo da página duma selecção de vinhos, uma bela fotografia da ministra delegada para a igualdade e diversidade, a franco-caboverdiana, e esta frase, encontro para o café da manhã, com Elisabeth Moreno.
Entre os focos de actualidade nas ediçéoes dos semanários franceses estão o recente golpe de Estado militar no Mali, a campanha para a eleição presidencial norte-americana de 3 de Novembro, a situação política na Bielorrússia, a Líbia e as eperanças de paz, o Brasil de Bolsonaro, assim como o recomeço do ano lectivo em vários países , nomeadamente no Quénia, confrontado com a crise sanitária mundial.
Abrimos esta Imprensa francesa com COURRIER INTERNATIONAL, que faz a sua capa com as redes sociais prejudicam a democracia. Assistimos hoje a um novo dado da Internet social que vai mais longe do que as promessas de abertura, de conectividade e de inclusão, pondo em perigo as nossas liberdades. Berlusconi afirma estar muito preocupado com o futuro do seu país. Perante a pujança de formações extremistas mesmo os seus inimigos políticos vêem com bons olhos o regresso à política de Berlusconi,que depois de ter inoculado o veneno populista na política italiana, se tornou mais dócil, nota L'EXPRESS. COURRIER INTERNATIONAL, faz a sua capa com as redes sociais que prejudicam a democracia. Facebook, TikTok, Twitter, WhatsApp, WeChat… estou no centro da actualidade deste verão. Depois dos patrões dos GAFA terem sido ouvido em julho pela Câmara dos representantes dos Estados Unidos, agora, as redes sociais encontram-se cada vez mais no centro de batalhas políticas, logo, geopolíticas, que desequilibram grandemente quando não as falsifica. Assistimos hoje a um dado novo da Internet social que vão mais longe do que as promessas de abertura, de conectividade e de inclusão, escreve o jornal inglês The Guardian, pelo COURRIER INTERNATIONAL, sobre as derivas de WhatsApp, enquanto TikTok e WeChat atrairam todas as atenções nos últimos tempos tornando-se símbolos das tensões entre Washington e Pequim. Os apoiantes extremistas de Donald Trump que criaram um site TheDonald.win, no WhatsApp, fazem uma propaganda desenfreada a favor da vitória do actual presidente candidato às presidencias de 3 de novembro. WhatsApp, Facebook e YouTube, constituem um dos principais vectores desta teoria de conspiração, pelo que se torna importante conhecer a influência destas redes sociais nas nossas democracias, sabendo que tiveram um papel importante nas eleições presidenciais americanas de 2016, acrescenta, COURRIER INTERNATIONAL. LE POINT, os últimos dias de Hong Kong. Multiplicam-se prisões de opositores com base em acusações de serem agentes de forças estrangeiras. Depois do desmantelamento da autonomia da colónica britânica que Pequim tinha prometido respeitar durante meio século, depois da retrocessão, os Estados Unidos puseram fim ao estatuto especial de Hong Kong que facilitava o acesso ao mercado americano às empresas de Hong Kong. Londres abre portas a detentores de passaporte britânico de Hong Kong Londres escancara as suas portas aos detentores de passaporte britânico da antiga colónia. Para Pequim, o campo democrático de Hong Kong, tornou-se culpado por ter apelado a comunidade internacional aatacar os intereses chineses. Assim, com a adopção da nova lei de segurança chinesa teme-se o pior para os residentes de Hong Kohng, Joshua Wong, um dos líderes do movimento democrático, pergunta, desiludido, no magazine LE POINT, se o mundo os vai defender? Por seu lado, L'OBS, faz a sua capa com a amizade tão forte como o amor. Este sentimento que nos faz iver quando tudo vacila é tão intenso, tão tão complexo e tão rico que o amor. Certas amizades são fulgurantes. São amizades que podem durar toda uma vida e permaneceram depois da morte, nota, L'OBS. Sobre o continente africano, L'EXPRESS, online, refere-se à Líbia, onde as autoridades rivais anunciam eleições e um cessar fogo. A ONU saudou essa concórdia entre os rivais líbios assim como o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi. As autoridades rivais líbias anunciaram separadamente esta sexta-feira a organização de eleições proximamente e o fim de todos os combates na Líbia, L'EXPRESS on line. Também, a JEUNE AFRIQUE online, destaca que as autoridades rivais líbias anunciaram eleições e uma cessação dos combates. Uma esperança para o país mergulhado no conflito desde a queda de Kadhafi em 2011. Enfim, é o regresso da paz na Líbia? Em todo o caso temos o anúncio do acordo quando a internacionalização crescente do conflito deixava temer uma intensificação dos combates, nota, JEUNE AFRIQUE.
Esta semana, a mortífera explosão em Beirute do passado dia 4 de Agosto continua a suscitar muitas interrogações na imprensa semanal francesa. "Os motivos de uma implosão", "quem são os assassinos do Líbano ?" e "Será que se pode salvar o Líbano ?" são alguns dos questionamentos que guiaram os semanários que se debruçaram igualmente sobre a guerra contra o terrorismo no Sahel, à luz do assassinato, no passado fim-de-semana de 6 franceses e de dois nigerinos, no sul do Niger, por homens armados.
Abrimos esta Imprensa semanal, com LE POINT, que faz a sua capa, com dois rostos, Xi Jinping e Trump, China e Estados Unidos, até onde irão? Em termos militares, os Estados Unidos dispoem de 11 porta-aviões e a China 1, os Estados Unidos, têm 67 submarinos e a China 59, os americanos têm 2 473 aviões e os chineses 2 798 aviões. Entre Pequim e Washington, a hora é de guerra fria 2.0. O confronto entre os 2 gigantes marcará o nosso século, como o século XX foi marcado pela guerra fria entre os Estados Unidos e a União soviética. Desde que a China se tornou uma potência mundial de primeiro plano, Xi Jinping, adoptou uma postura cada vez mais agressiva. Do outro lado, o presidente americano, Donald Trump, é tanto o fruto como o catalizador da tensão. A guerra comercial que desencadeou contra Pequim, e a sua postura proteccionista e unilateral alimentaram o conflito. A pandemia de coronavírus que surgiu em fins de 2019 em Wuhan fez aumentar o ponto de incandescência. Colocados na balança do equilíbrio de potência, os Estados Unidos têm uma população de 330 milhões de habitantes, a China tem 1 394 milhões de habitantes. O PIB dos Estados Unidos é de 21 428 milhões de dólares, ao passo que o da China é de 14 343 milhões de dólares. Em termos militares, os Estados Unidos dispoem de 11 porta-aviões e a China 1, os Estados Unidos, têm 67 submarinos e a China 59, os americanos têm 2 473 aviões e os chineses 2 798 aviões. Os Estados Unidos dispoem de 1 313 00 mil soldados e a China, 1 580 000 mil tropas. Enfim, os americanos têm um orçamento militar de 718 mil milhões de dólares, ao passo que as despesas mililtares da China sãode 267 mil milhões de dólares, nota, LE POINT. África resiliente frente à pandemia de coronavírus O mesmo semanário, dedica um dos seus editoriais à África resiliente. Se a pandemia de Covid-19 provoca um choque sanitário em certos países, o continente africano está bem na foto. A União africana sai reforçada desta crise. Em fins de julho o continente africano só tinha 900 000 casos e 19 000 mil mortos para 1,200 milhões de habitantes. Ora os sistemas de saúde são insuficientes porque o continente só dispoe de 2 000 respiradores e de um punhado de camas de reanimação. Para a Europa, a África constitui uma aposta vital tanto em termos de crescimento potencial, de demografia, 2,5 mil milhões de africanos para 530 milhões de europeus em 2050, como em termos de segurança quer se trate do jiadismo quer se trate do cerco pelas democracias autoritárias russa, chinesa e turca, nota, LE POINT. Enfim, JEUNE AFRIQUE, destaca na sua versão online, a Costa do Marfim, onde, habitualmente, a oposição está dividida, desta vez encontrou um motivo de união, que é a rejeição da candidatura do Presidente Ouattara às presidenciais de outubro. "Um terceiro mandato é ilegal", dizia já antes do anúncio presidencial, o antigo chefe de Estado, Henri Konan Bédié, o líder do Partido democrático da Costa do Marfim, que também é candidato. O PDCI considera que a candidatura de Ouattara é inconstitucional. Porque é a própria Constituição que proíbe um terceiro mandato", afirma outro dirigente marfinense da oposição, Jean-Louis Billon. Mas este ex-ministro do comércio quando o seu partido PDCI, fazia parte da União dos huphouetistas para a democracia e a paz, sublinha não ter ficado supreendido com o anúncio da candidatura às presidenciais de Outubro do presidente Ouattara, acrescenta, JEUNE AFRIQUE.
Nas edições desta semana, destaque é dado as operações militares da França na região do Sahel as independências actuais como fontes de discórdia conflito, os europeus e americanos perante a afirmação da China como superpotência, ao que será a economia francesa e mundial do pós-Covid-19,bem como a batalha pela 5G e sombra de Washington nas decisões europeias de não recorrer a Huawei.
Abrimos esta Imprensa Semanal com LE POINT, que faz a sua capa com a pergunta, Macron e Castex vão continuar a chatear os franceses? O que já não pode continuar a ser decidido em Paris. viagem de navegadores portugueses como Bartolomeu Dias, o primeiro europeu que contornou a África do sul. Abrimos esta Imprensa Semanal com LE POINT, que faz a sua capa com a pergunta, Macron e Castex vão continuar a chatear os franceses? O que já não pode continuar a ser decidido em Paris. A crise do coronavírus revelou a asfixia administrativa de que sofre a França. Os franceses têm uma necessidade quase antropológica de potência pública. Se uma mudança de paradigma é necessária, terá de ser acompanhada ao longo do tempo, teroriza a nova ministra da Transformação e da Função Pública, encarregada de verificar no terreno se as reformas votadas são aplicadas, nota, LE POINT. Mudando de assunto é ainda LE POINT que destaca viagem de navegadores portugueses como Bartolomeu Dias, o primeiro europeu que contornou a África do sul. O navegador português erigiu em março de 1488 o primeiro padrão no Cabo da Boa Esperança testemunhando o ponto mais extremo que contornou, daí a marca da coluna de pedra com as armas portuguesas, uma inscrição, a cruz e no topo as quinas portuguesas. Era o símbolo cristão da tomada de possessão. No começo sob o impulso de Dom Henriques, o Navegador, Portugal queria conhecer uma África que acreditava rica em homens e mercadorias mas que se pensava ser muito mais pequena. Os portugueses lançaram a travessia por etapas, primeiro Marrocos com a conquista de Ceuta em 1415 e sob o reinado de Dom João II, depois os objectivos foram mais ambiciosos indo à descoberta da India. Nesse meio tempo, Diogo Cão chegou ao Gana em 1480, rumou para o Zaire e a seguir Angola onde erigiu padrões testemunho da nova ambição dos descobrimentos. Bartolomeu Dias, continuou seguindo para baixo contornando o Cabo da Boa esperança, entretanto como tinha que abastecer regressou a Angola para antes desembarcar no penedo das fontes onde havia água fresca. Navegadores portugueses, como Vasco da Gama e Bartolomeu Dias na imprensa francesa Nesta série das grandes descobertas, LE POINT, dá uma pincelada por outros navegadores portugueses, como Vasco da Gama e os seus homens que em 1497 passaram momentos difíceis com o povo khois, um ramo dos bosquímanos, antes de atravessar o Cabo da Boa esperança rumo à India ou ainda o navegador Pedro Ávares Cabral que fez travessia idêntica para em 1500 descobrir acidentalmente o Brasil. L'EXPRESS, por seu lado, deseja em capa boa sorte à Ministra da Cultura, Bachelot. Devastado pela Covid o mundo da Cultura está cambalear, mesmo exangue. Entre lobbies e necessidades reais, a boa imagem internacional e a igualdade territorial, elaborar um plano de recuperação não é tarefa fácil. Cultura em perigo, são três palavras negras de toda uma página de um vespertino. Na origem deste grito de socorro está a Fesac, federação das empresas do espectáculo, que resume o clima de ansiedade de todos os actores do mundo da cultural que depois de 4 meses de paralização do sector por causa da covid, estão todos esgotados, sublinha, L'EXPRESS. Por seu lado, titula em capa, L'OBS, titula viva a velorução, vivemos um fenómeno cidadão. Nas cidades os carros são trocados por bicicletas. E nesta primavera houve um aumento de 29% de ciclistas. Adaptada para passeios e para ir ao trabalho, a bicicleta transformou-se numa nova arte de vida mais respeitável do meio ambiente e da saúde, nota, L'OBS. COURRIER INTERNATIONAL, pergunta em capa e se mudássemos de vida? Desta vez está decidido, vou para a casa do campo. Esta frase é ouvida frequentemente nos círculos de amigos, familiares ou colegas no momento do confinamento. Certos já mudaram da cidade para o campo, não se conhece o número que deu o salto mas é um fenómenos mundial. No Japão, nos Estado Unidos, em França e noutras paragens da Europa, há cada vez mais citadinos que sonham com isso e estão a tentar obter meios para tal. Enfim, a JEUNE AFRIQUE on-line, refere-se a Facebook e como se instalou na Net africana. Nos últimos 5 anos, a rede social de Mark Zuckerberg construiu e investiu num leque de activos dedicadas à conectividade do continente. Nos mercados onde a penetração é fraca, Mark Zuckerberg, tem uma fixação que é tudo fazer para que os conteúdos que difunde sejam consultáveis rapidamente, sem cortes e lentidão. Ao longo dos anos o que não passava duma rede social on-line transformou-se num grande proprietário de infraestruturas da Net. É pelo menos o caso em África onde 24 % da população não tem contrato de Internet móvel e onde o gigante de Menlo Park investiu em 5 anos várias centenas de milhões de dólares nos projectos ligados à conectividade, nota, a JEUNE AFRIQUE.
Abrimos esta Imprensa semanal, com LE POINT, que faz a sua capa perguntando, acabou as asneiras? Macron, Castex e ambiente de demagogia. Ao propulsar para primeiro ministro, Jean Castex, o presidente Macron espera relançar o resto do seu mandato de 5 anos. Até à sua nomeação, Jean Castex, era o senhor desconfinamento do coronavírus, um ilustre desconhecido, um provinciano, que suscitou gozo e desprezo nos palácios dourados da República. No plano estratégico, Macron, pretende deixar de dinamitar a direita estando sem dúvida em vias de obter a sua qualificação à segunda volta das eleições presidencias dentro de 2 anos, nota, LE POINT. Também L'OBS, destaca o que chama, operação 2022. Um novo primeiro ministro, algumas nomeações supresa e está apontada a rota. É o plano de batalha de Emmanuel Macron para as presidenciais. O perfil do novo primeiro ministro traduz claramente a intenção de Macron. Nomeando, Castex, um alto funcionário do Estado sem capital político, Macron dá a volta por cima como afirma um antigo ministro recuperando um antigo do ex-presidente Sarkozy, prosseguindo assim a sua vontade de continuar a saquear a direita. Para L'EXPRESS, Macron: o estado sou eu! Emmanuel Macron não esqueceu as reacções que provocou no coração do sistema ao declarar a 13 de abril a data do desconfinamento. "Ele decide sozinho! É louco", dizem em coro os prudentes. Macron, pelo contrário afirma que teve razão contra todo o mundo. O Estado é o Presidente, mas também Jean Castex, e Macron, nao tardará a reconhecer isso dizem os conhecedores do primeiro ministro, que aplica as ordens, mas tem também a sua prÿpria opinião, sublinha, L'EXPRESS. Epidemia de Covid-19 fulminou as nossas sociedades Mudando de assunto, COURRIER INTERNATIONAL, pergunta em capa se ainda sabemos dar confiança? A epidemia de Covid-19 fulminou as nossas sociedades, ávidas de minimizar os riscos e de maximizar o controlo e a segurança. Nestes tempos de incertezas, confiar nos plíticos, nos peritos e ainda nos cidadãos, não é coisa fácil. Mas o que é confiança? Em condições surge ou desaparece? A vida na comunidade é possível sem uma confiança partilha? Questões que o semanário alemão Die Zeit, tenta responder, citado por COURRIER INTERNATIONAL. O vírus pôs o mundo de joelhos num espaço de três meses obrigando-nos a ter de dar confiança a virologistas, a políticos, cujas decisões têm uma incidência directa, concreta e sem precedentes na existência duma multidão de gentes. E somos obrigados a fazer confiança aos nossos semelhantes para se respeitar o distanciamento social, nota, COURRIER INTERNATIONAL, citando o semanário alemão. Mahmoud Dicko, o imã que desafia presidente Ibrahim Boubacar Da Europa para o continente africano, a mesma publicação francesa, dá relevo ao Mali, Mahmoud Dicko, o imã que desafia o presidente Ibrahim Boubacar, IBK, retomando um artigo do jornal suíço, Le Temps. Homem de rigor, está na origem das últimas manifestações contra o poder. As suas ambições presidenciais podem ser motor duma destabilização do país, vítima do terrorismo. O presidente, IBK não conseguei restaurar a autoridade do estado em todo o território, apesar do apoio das forças francesas e dos capates azuis da ONU, o seu exército continua a ser fustigado por ataques jiadistas. L'EXPRESS, por seu lado, destaca Costa do Marfim, filhos incógnitos da França colonial querem ser reconhecidos. Milhares de filhas e filhos de colonos e africanas foram retiradas às suas mães e postas em orfanatos. Na altura era inconcebível que um branco ficasse com uma criança concebida com uma africana. Henriette tinha 16 anos quando Olivier Reinach, um dos grandes plantadores de café e cacau da colónia da Costa do marfim pede ao irmão mais velho da jovem negra para a deixar trabalhar com ele. Nessa altura, mulheres como minha mãe serviam para passar o tempo, resume, Jeanne, nascida dessa relação. Jeanne amargurada diz que a França não fez nada por essas crianças como ela filhas de colonos franceses, acrescentando ter fé que um dia há-de até Savóia, em França para admirar, o seu mar ou visitar os casarões do seu avô proprietário; O seu pai, Olivier Reinach, agrónomo, chegou à plantação em 1930 na Costa do Marfim. Era duma família de judeus ricos, intelectuais de esquerda que tinham sido perseguidos pelos nazis. O ilustre avô de Jeanne, Théodore Reinach, era deputado de Savóia e membro do Instituto de França. A menina nunca soube nada disso. Ela vinha passar um fim de semana com a sua familia francesa, mas devia esconder-se quando os amigos da familia iam à casa para jogar bridge. Aos 8 anos Jeanne era enviada par um orfanato e pouco a pouco perdeu o contacto com os Reinach, acrescenta, L'EXPRESS.
Nas edições dos semanários, a actualidade é dominada pela França,com o início da etapa final do mandato do Presidente Emmanuel Macron, as consequências futuras, para a cena política nacional, da vitória dos ecologistas nas últimas autárquicas francesas,bem como pela União Europeia frente aos desafios do pós-Covid-19, as ambições mediterrânicas da Turquia, a China e a vigilância em tempos de epidemia e as interrogações sobre o futuro do beijo na era do Covid-19.
Abrimos esta Imprensa semanal, com LE POINT, que destaca em capa o novo escândalo de escutas telefónicas em França, suspeições da imparcialidade da justiça e um ex-Presidente Sarkozy acusado injustamente. Tudo foi passado a pente fino desde janeiro de 2014, facturas, emails, telefonemas, personalidades da justiça, à procura de um putativo informador do ex-Presidente Sarkozy. O Supremo Tribunal validou mesmo as escutas telefónicas entre o Presidente Nicolas Sarkozy e o seu advogado a 22 de março de 2016, depois de muitas peripécias que passaram inclusivamente por uma adjunta do procurador da República para a área financeira, Atiane Amson, que a 5 de março de 2014, ordenou um inquérito preliminar por violação de segredo profissional. Nesse meio tempo a 1 de julho de 2014, o ex-presidente Sarkozy era acusado de corrupção e tráfico de influência, assim como o seu advogado Thierry Herzog e Gilbert Azibert, magistrado no mesmo Supremo Tribunal. O que ficou conhecido por escândalo Paul Bismuth, nome fictício, resume-se no facto de Sarkozy querer intervir para ajudar o magistrado Gilbert Azibert a ter uma promoção para o cargo de procurador da República, para o Mónaco. Foram portanto investigações durante dois anos, para no fim o ministério público financeiro mandar arquivar todo o processo em dezembro de 2019, porque o informador sarkozista não pôde ser identificado e que portanto não havia matéria que provasse que o advogado Thierry Herzog do ex-presidente Sarkozy tivesse descoberto que ele e o seu constituinte estavam sob escuta, nota, LE POINT, que analisa igualmente outro escândalo que lança dúvidas sobre a imparcialidade da justiça no caso de acusações de corrupção contra o ex-primeiro ministro, François Fillon. Brasil, uma gripezinha, grande crise. Populismo, cloroquina e frivolidades. Ainda o mesmo LE POINT, refere-se ao Brasil, uma gripezinha para uma grande crise. Populismo, cloroquina e frivolidades... como o Covid mergulhou o Brasil de Bolsonaro na tormenta. O cemitério de Manaus, na Amazónia brasileira cresce cada vez mais. No começo de março, o presidente Bolsonaro, gozava com a gripezinha. Quando desesperado com tantas valas comuns, o presidente da câmara municipal local pediu ajuda, Bolsonaro, em pleno conselho de ministros, respondeu, chamando-lhe um incapaz, que exagerava no número de mortros. Resultado, com o tempo, hoje o Brasil conta com mais de 1 milhão de casos confirmados de Covid-19 e mais de 50 mil mortos, nota, LE POINT. L'OBS, dedica a sua capa a 3 destemidas, Angela Merkel, Ursula Von der Leyen e Christine Lagarde, como lançam a Europa. Mas o mesmo semanário destaca igualmente estatísticas étnicas e a necessidade de haver uma fotografia da diversidade. A ensaísta Barbara Lefebvre não vê no entanto com bons olhos esta questão porque só vai beneficiar os fanáticos. A capa do L'EXPRESS, é um holograma de Putin, o espião hacker que nos vigia e revelações sobre a ciberguerra russa em França. Entre Moscovo e Paris está lançada a ciberguerra. Ataques e contra ataques informáticos, sanções, ciberespaço, um autêntico Far West. Por seu lado, COURRIER INTERNATIONAL, faz a sua capa com Digital todo poderoso. Teletrabalho, telemedicina, ensino à distancia, a Net invade o nosso dia-a-dia. Não deixemos os GAFA, Google, Amazon, Facebook e Apple, controlar nossas vidas, é o grito de socorro da intelectual Naomi Klein, activista antiglobalização e militante contra o aquecimento global, num artigo retomado das publicações The Intercept e The Guardian. Sobre a África, o mesmo COURRIER INTERNATIONAL, dá relevo à crise política na Etiópia, com um primeiro ministro cada vez mais désposta. Oficialmente as eleições legislativas e regionais foram adiadas por causa da epidemia do coronavírus, mas para um antigo membro do partido no poder, o primeiro ministro Abiy Ahmed, cada vez mais autoritário alimenta o culto da personalidade e aspira ser o grande homem do pais a qualquer preço se necessário fugindo ao quadro da legalidade, acrescenta, COURRIER INTERNATIONAL, citando, The Conversation. O magazine JEUNE AFRIQUE, anuncia Macron na Mauritânia no dia 3 0de junho para a cimeira do G5 Sahel. Estará em Nouakchott para a análise da situação sobre a luta antijiadista na região, onde estão instalados mais de 5 000 soldados franceses. Esta conferência do G5 Sahel na capital mauritaniana surge seis meses depois da cimeira de Pau no sudoeste da França onde se decidiu pela intensificação da luta antijiadista num contexto de degradação generalizada da situação de segurança nos países sahelianos, nota, JEUNE AFRIQUE.
A actualidade nas edições desta semana é dominada pelo debate em França sobre racismo, anti-racismo e escravatur, bem como o passado colonial raíz das discriminações que afectam a sociedade americana e europeia. Algumas personalidades consideram que o universalismo à francesa desapareceu, em proveito do multiculturalismo à anglo-saxónica.Novas gerações francesas falam de racismo sistémico e privilégio branco.
Abrimos com COURRIER INTERNATIONALE que destaca em capa América revoltada. Face a um presidente que atiça divisões contra a violência policial e o racismo nos Estados Unidos, as manifestações estão para durar. Com a morte de George Floyd, a revolta dos Black Lives Matter, Vidas de negros contam, parece querer durar até às eleições presidenciais de novembro, escreve The Atlantic, retomado por COURRIER INTERNATIONAL, que continua, citando The Financial Times. Obcecado pela sua reeleição,Trump atiça divisões e a cinco meses das eleições o chefe da Casa Branca está disposto a tudo fazer para alimentar a discórdia entre os americanos. Mas esta estratégia poderá não dar resultado. Reagindo às manfiestações de Minneapolis, Trump, tuítou, quando começarem a pilhar, começaremos a disparar. Por seu lado, L'EXPRESS, replica, em capa, e no fim de tudo é Trump que ganha. É no caos que Trump se sente bem. Num país rasgado pela morte George Floyd, Trump, parece ter entrado em desgraça. Mas é esquecer que o presidente americano adora o conflito e a confrontação. Nada, nos diz pois que ele não seja reeleito, já que ainda faltam 5 meses até 3 de novembro e tudo pode acontecer, com ele a alimentar esta guerra permanente com a comunicação social, onde tem de ganhar obrigatoriamente, devido à sua agressividade que destabiliza tudo e todos, afirma o psicólogo McAdams que acaba de publicar o livro, "The Strange Case of Donald J. Trump: a Psychological Reckoning, "O estranho caso de Donald Trump. Um diagnóstico psicológico", acrescenta, L'EXPRESS. LE POINT, dedica o seu editorial ao racialismo, o bom racismo de esquerda. Os racialistas, descoloniais e indigenistas importam a sua ideologia de universidades americanas e vão marcando pontos como demonstram as manifestações contra o que chamam violência policial em França após a morte do negro americano, George Floyd. Para o inferno, os grandes autores como Platão, Molière ou Darwin, encarnações da sociedade ocidental tão odiada. Nas universidades dos Estados Unidos, últimas fortalezas marxistas do planeta com a Universidade francesa, a moda é cada vez mais para culturas alternativas ou marginalidades discriminadas. Aimé, Martin, acudam-nos, porque estão doidos! Só nos resta procurar reconforto junto de grandes figuras do antiracismo como Martin Luther King ou o martiniquês, Aimé Césaire, sumptuoso poeta anti-colonialista, anti-dogmático e universal que escreveu: "há no olhar da desordem esta primavera de hortelã e do zimbro que se esvai, para sempre renascer na irradiação da luz", sublinha o editorial de Franz-Olivier Giesbert. Mas, LE POINT, faz também referência a manifestações em França, sobre o jovem Adama Traoré, morto numa esquadra da polícia em 2016, e erigido em símbolo da violência policial. Uma realidade mais complexa do que aquela de denunciada pela irmã e família de que o jovem foi morto asfixiado por agressão de 3 agentes policiais, que reconhecem no entanto terem imobilizado brutalmente no chão o jovem antes da sua morte, acrescenta, LE POINT L'OBS, faz a capa com o actor Omar Sy, afirmando que a violência policial interessa a todos tendo lançado uma petição online cujo objectivo é de obter 200 mil assinaturas. Finalmente, a palavra ficou livre e toda a gente viu grupos no WhatsApp e Facebook, afirmações de ódio e de racismo de polícias que são legais. Não estamos a inventar monstros, o medo existe, sublinhou, o actor Omar S, num exclusivo ao L'OBS A terminar uma nota literária, com COURRIER INTERNATIONAL, sobre estes autores que se mobilizam para serem editados em África. São escritores francófonos dos Camarões, Togo ou Guiné, editados por franceses que continuam a controlar a difusão e o mercado. Nas livrarias africanas não se encontram os classicos e os autores contemporâneos têm dificuldades em ser lidos em África. A presença dos franceses é uma herança dos tempos colonais que se perpétua, na ausência de editores africanos.
As edições das revistas de informação francesas são dominadas pelo o pós-coronavírus nos planos político, económico e social em França e noutras partes da Europa. Paralelamente, em foco estão também as manifestações em homenagem a memória de George Floyd e o debate sobre o racismo endémico na sociedade americana.
Abrimos esta Imprensa semanal com a revista JEUNE AFRIQUE, destacando na sua edição online, Argélia-França: as verdadeiras razões duma desavença diplomática. Argel chamou de volta o seu embaixador em França após a difusão de dois documentários sobre o chamado Hirak, uma decisão que na realidade esconde uma discórdia mais profunda entre os dois países. A difusão de dois documentários e debates sobre o Hirak, "Argélia, meu amor" na televisão France 5, e "Argélia, a revolução até ao fim?" na cadeia parlamentar LCP, terá tido o efeito de uma granada de fragmentação. Primeiro uma avanlancha de críticas, protestos e reprovações nas redes sociais. Depois, uma retaliação política francamente inesperada. O embaixador, Salah Lebdoui, em Paris desde 2019 é chamado a regressar imediatamente a Argel para consultas, ordens que cumpriu logo de seguida. Do lado francês a resposta é prudente recordando que os meios de comunicação social dispoem de uma "completa independência", protegida pela lei, declarou o porta-voz do ministério dos Negócios estrangeiros. Mas Paris sublinhou que entende continuar a trabalhar no aprofudamento das releações bilaterais, nota, JEUNE AFRIQUE. Ao chamar o seu embaixador, Argélia, joga com a fibra nacionalista, replica, L'OBS, que, no entanto, faz a sua capa, com Trump, eleições, como ele espera ganhar. Tudo indica que o presidente pode perder, porque a crise do coroanvírus que caiu como uma hecatombe nos Estados Unidos tira-lhe todas as chances. Mas o homem da Casa Branca, decidido a ganhar o seu segundo mandato ainda não disse a sua última palavra e tem um plano, excêntrico, mas talvez, eficaz. Mais do que nunca mobilizada, a sua base continua a acreditar. A única certeza é que Trump, fará tudo para evitar um frente a frente com o seu rival democrata, Joe Biden, bem posicionado nas sondagens. É esperada uma campanha extremamente violenta, sublinha, L'OBS. Também LE POINT, se refere a Donald Trump, que foi antigo informador do FBI e suas ligações com a Máfia no passado. Um especialista da Máfia, Fabrizio Calvi, descreve as relações de Trump com o rei mafioso "Fat Tony" Salerno, rei do betão ou então Dan Sullivan, um sindicalista diabólico que trabalhou para Trump junto da Cosa Nostra. Trump, sempre jogou nos dois tabuleiros para construir o seu império nomeadamente os Casinos. Mas como conseguiu ficar impune à justiça? Porque, segundo Calvi, Trump era um informador assíduo de um poderoso membro da delegação do FBI em Nova Iorque, cuja associação de veteranos financiaria mais tarde, acrescenta, LE POINT. Trump fará tudo para ser reeleito e Merkel é a Patroa da Europa Mas a capa deste semanário, LE POINT, é Angela Merkel, a Patroa. Como Merkel pode salvar a Europa. A ciência duma mulher de Estado e os sucessos dos bastidores do "new deal" entre Paris e Berlim. A chanceler alemã,, doutora em Química quântica teve de reflectir muito tempo de modo frio sobre a mão estendida pelo presidente francês Macron antes de se pronunciar. Primeiro teve de procurar o apoio da maioria do grupo parlamentar CDU-CSU no Parlamento federal e teve um papel importante o líder da bancada, Ralph Brinkhaus, perito financeiro influente e defensor de um plano Marshall europeu. Depois sabia que os sociais democratas, parceiros no governo e os verdes na oposição estão de acordo com um tal projecto desde o começo da pandemia do coronavírus que atingiu duramente a Itália, com Joscka Fisher, antigo ministro dos Negócios estrangeiros e o líder do SPD, Sigmar Gabriel, a dizer: "se não os ajudarmos nunca nos perdoarão", nota, LE POINT. Quanto ao COURRIER INTERNATIONALE, destaca um artigo do Frankfurter Allgemeine Zeitung, sobre esses milhares de alemães que desceram às ruas para defender as liberdades coarctadas em tempos de covid-19. Quando há um alijeiramento das medidas restritivas destinadas a lutar contra o coronavírus, não cessa de aumentar os protestos contra essas mesmas medidas. Em toda a Alemanha crescem esses movimentos de protesto e uma atmosfera de distúrbios paira no ar. Entre os organizadores das manifestações como representantes dos autocarros e hotéis, certos reclamam reivindicações legítimas, como mais apoios do Estado. Mas há também indivíduos egoístas que procuram instilar as suas ideias nefastas junto da população, acrescenta, COURRIER INTERNATIONAL. Enfim, L'EXPRESS que faz a sua capa com o Professsor epidemiologista francês, Didier Raoult, que dispara contra todos. "Os homens políticos são todos uns hologramas". Numa entrevistada musculosa, ele afirma que representa um choque que sacode o mundo e que disputa o monopólio da palavra aos meios de comunicação social. Nada indulgente, afirma que os jornalistas dão muita importância ao terrorismo, homicídios e suicídios que representam apenas 2% da mortalidade, mas fazem 70% por cento das noticías nos jornais como The Guardian ou New York Times, e 30% no Google, o que é uma distorção da realidade, pelo que a imprensa mente mais que o digital como Youtube e as redes sociais que vieram para equilibrar tudo, nota, L'EXPRESS.
A gestão da crise sanitária na Costa do Marfim, o maior número de mortos por Covid-19 no seio dos britânicos de origem africana e afro-caraíba, a Argélia perante a pandemia e a decepção política, e a França do pós-confinamento, estão entre os destaques nas edições dos semanários.
Abrimos esta Impensa Semanal com com L'OBS que faz a sua capa com o mundo que vem aí, o que é que se deita fora e o que é que se guarda após a pandemia do coronavírus? Após dois meses de confinamento, o filósofo francês, Bruno Latour, ouviu 25 personalidades e a sua conclusão é a de que se deve desembaraçar das actividades destruídoras ambientais e da coesão social. Tornar o estado providência mais forte e as trocas de proximidade. Imaginar outros critérios económicos e contabilísticos, uma boa utilização do digital e novas relações com a China. Mas foi o Presidente Macron que deu o ponta pé de saída, a 12 de março com o seu discurso anunciando o encerramento das escolas. Nas próximas semanas e próximos meses necessitaremos de decisões de ruptura. Temos de reinventar e segundo o filósofo francês, Bruno Latour, o vírus ensinou-nos pelo menos uma coisa: para o bem e para o mal se quisermos mudar tudo temos que caminhar de mãos dadas. Para outro filósofo, o italiano, Giorgio Agamben, em nome do imperativo sanitário sacrificamos as nossas liberdades, mas também as nossas condições de vida normais, nossas amizades e o respeito dos nossos mortos, acrescenta, L'OBS. Por seu lado, L'EXPRESS, faz a sua capa com, porque é que a escola é também vital. Devemos tirar lições da crise do coronavírus e tirar proveito da recuperação para curar um sistema educativo doente das suas desigualdades. Há 20 anos que as classificações internacionais, Pisa, se sucedem e cada vez mais ferozes em relação ao ensino francês. Não houve melhorias na edição do mês de dezembro de 2019 Se os investigadores da OCDE deram uma boa nota na compreensão média da escrita sem registar uma evolução desde a primeira classificação em 2000, constataram também que esta estabilização é diferente consoante os alunos. Enquanto ao nível dos melhores alunos há uma tendência em alta, já para os mais fracos pelo contrário há uma tendência para a baixa nos resultados. Este é um dos imperativos para o regresso urgente à escola que ela também precisa de cuidados urgentes. Em 1870, Jules Ferry, distinguia duas classes de franceses, uma que recebeu boa educação e outra que não recebeu, nota, L'EXPRESS. E se a África saísse melhor que o resto do mundo? LE POINT, dá pistas de como relançar a França, recorrendo a lições do General De Gaulle, que nas suas Memórias escreveu: velha França, amachucada pela História mas que se levanta todos os séculos. Citação que serve de título ao editorial de Franz-Olivier Giesbert, a perguntar: pode Macron relançar a França? E porque não poderia? Se não é De Gaulle, ele tem pelo menos um trunfo, a França, com a condição que a França continue a ser a França. Várias vezes ao longo da sua história, o nosso país soube ultrapassar desastres humanos e económicos. Teve de escolher entre uma simples reconstrução e a modernização. Em 1871 a fulgurante reactividade dos cidadãos desembocou na potência económica da França. Em 1919, os remédios passaram pela inflação e dívida e depois de 1945, a proposta foi diferente, não apenas reconstruir mas também modernizar e a partir de 1948 foi o plano Marshall, com ajuda dos Estados Unidos, fez a modernização da França. Pode Macron inspirar-se do New Deal do Presidente americano Roosevelt? Mas para o filósofo Pierre-Henri Tavoillot, em França, o que se sabe é refilar, detestar, mas nunca avaliar com rigor a acção pública, nota, LE POINT. A terminar, depois da pandemia, mudar as cidades, é a capa do COURRIER INTERNATIONAL, que sobre o continente africano, pergunta: e se a África saísse melhor que o resto do mundo?, retomando um artigo do Financial Times. Muitos previam uma catástrofe com a chegada do Covid-19 em África. Bill Gates, por exemplo, disse que a doença poderia causar 10 milhões de mortos entre os africanos, um número impensável. Ora dois meses depois alguns ousam ser optimistas dizendo que o continente poderia ser poupado. Não compreendo, lança Kennedy Odede, um militante associativo que disse que a semana passada de 400 pessoas testadas num bairro suburbano de Nairobi, apenas 3 foram testados positivos, nota COURRIER INTERNATIONAL.
Abrimos esta Imprensa Semanal, com o semanário JEUNE AFRIQUE, que faz a sua capa, com a Costa do Marfim, Guilaume Soro, pode voltar à ribalta? Simples deputado depois de ter sido presidente da Assembleia nacional está em plena travessia do deserto. A um ano e meio das presidenciais, não está disposto a sair de cena. Soro acaba de ser condenado a 20 de anos de prisão por corrupão por um tribunal de Abidjan. E mais, privado dos seus direitos cívicos durante um período de cinco anos. "É uma sentena que não nos comove de modo nenhum. Tudo não passa duma paródia que nos vem provar que o Estado de direito está definitivament enterrado pelo presidente Uatara, reagiu Guillaume Soro após a sua condenação. Ele indicou igualmente que se mantém na corrrida às eleições presidencias de outubro, escreve, JEUNE AFRIQUE. Por seu lado, L'OBS, que faz a sua capa com o coronavírus e economia, dá a palavra ao intelectual camaronês, Achille Mbembe, historiador na Universidade de Joanesburgo,que conta a epidemia, que suscita medos, e suas esperanças duma reinvenção política. Com base nos conhecimentos nos domínios de epidemiologia e virologia, o intelectual, acredita que o governo sul-africano está muito aberto à inicativa participativa, esforça-se por consolidar a sua legimitidade e, reconfigura a instância de protecção de vidas de pessoas e tratamentos. Vê-se no horizonte uma reconciliação entre a economia e a vida, lá onde imperativos de crescimento e lucro excessivo tendiam a engolir o sector de cuidados de saúde, escreve Achille Mbembe. Por cá na Europa, o mesmo L'OBS, destaca a Suécia, o estranho cocktail de Dr Tegnel. Fronteiras, escolas, bares abertos... apesar das críticas dos seus vizinhos a Suécia escolheu para lutar contra a pandemia uma estratégia original orquestrada pelo chefe dos epidemiologistas da Saúde Pública. E se os suecos tivessem razão?. Eles não adoptaram o confinamento geral. Em Estocolmo, a atmosfera reinante é diferente daquela de Paris,Londres ou Roma. Tudo está aberto, as fronteiras não foram encerradas. Não houve estado de emergência e menos ainda autorização de circulação ou recolher obrigatório. Resultado o número de vítimas é inferior aos de França ou Itália, a economia vai bem e com boas perspectivas. Crise financeira e económica mundial Por seu lado, L'EXPRESS, destaca crise financeira e económica, para o era o economista, Nicolas Baverez, fechar as fronteiras será um suicídio para a França. O economista recusa as acusações contra a globalização e sublinha que ou há uma refundação da Europa ou é o seu desmoronamento. Esta crítica era inevitável mas é absurda. A crise que vivemos é única e sem precedentes por causa da sua violência e do seu carácter universal. Mas não é a globalização que a provocou, sublinha o economista. Por seu lado, o demógrafo Todd, defende que não se pode sacrificar os jovens e os que produzem para salvar os velhos, acrescentando que há um risco de explosão social. O pessimismo de Todd, nao é novo. O que é novo é haver um úumero crescente de intelectuais e especialistas que predizem, como ele, um futuro negro, nota, L'EXPRESS. Para COURRIER INTERNATIONAL, a China, país onde a epidemia começou coloca-se hoje como modelo de gestão da crise. Mas, retomando a imprensa americana, a revista, acrescenta que nestes tempos de pandemia mundial, está-se a exagerar o lugar da China no tabuleiro mundial. Cada um por si, deverá no entanto beneficiar Trump como o próprio acredita. Um dos temas recorrentes nas contra utopias geopolíticas geradas pelo coronavírus é o do fim da dominação americana associada à ascenção da China. A mesma publicação, refere-se igualmente a Portugal, citando o Público, escrevendo que temos um primeiro de maio para que se oiça a angústia crescente nas vésperas do desconfinamento que segue com incerteza. O dia internacional dos trabalhadores ilustra os seus constrangimentos impostos pela pandemia.
As críticas à gestão do executivo Macron, no que diz respeito à crise do coronavírus, o exemplo da Alemanha perante a covid-19, a fronteira entre a França e a Alemanha fechada, símbolo do cada um por si e Deus por todos, as promessas de campanha que Emmanuel Macron não cumprirá, estão entre os destaques nos semanários.