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Reportagem Observador
UE apresenta primeiro plano para habitação acessível

Reportagem Observador

Play Episode Listen Later Dec 16, 2025 19:03


Comissão Europeia apresenta hoje ao Parlamento Europeu o primeiro plano comunitário de habitação acessível, objetivo é proteger famílias europeias da crise da habitação, já a partir de 2026. Ainda, premiados hoje dois jornalistas presos na Geórgia e Bielorrúsia com o prémio Sakharov.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Reportagem Observador
Sakharov: Metsola avança contra repressão na Europa

Reportagem Observador

Play Episode Listen Later Dec 16, 2025 1:50


Cerimónia de entrega dos prémios aos dois jornalistas presos na Geórgia e Bielorrússia fica marcado por apelos de resiliência aos líderes europeus e um compromisso de Metsola contra repressão na Europa.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Pergunta Simples
Como comunicar a guerra de hoje e a paz de amanhã? Manuel Poejo Torres

Pergunta Simples

Play Episode Listen Later Dec 10, 2025 63:48


Comunicar a Guerra, Pensar a Paz: O Mundo Explicado sem Eufemismos Num tempo em que a guerra voltou ao continente europeu e a ameaça nuclear regressou ao vocabulário político, comunicar tornou-se tão decisivo quanto negociar, tão estratégico quanto deter armamento. A forma como entendemos o conflito — e a forma como os líderes o explicam — determina a capacidade de uma sociedade se proteger, se posicionar e, sobretudo, de construir paz. Nesta conversa profunda com um dos mais atentos analistas de geopolítica e segurança internacional, exploramos não apenas o que acontece nas frentes militares, mas aquilo que raramente chega ao espaço público: a lógica das decisões, o medo que move líderes, a propaganda que molda percepções e a fragilidade das democracias perante um mundo multipolar, competitivo e cada vez mais turbulento. A Guerra Não Desapareceu — Apenas Mudou de Forma A guerra do século XXI já não é apenas feita de tanques, artilharia ou drones. É feita de comunicação, de opinião pública, de gestos diplomáticos e de ameaças que pairam mais do que disparam. O conflito na Ucrânia tornou visível uma realidade que muitos preferiam não ver: o regresso do imperialismo territorial, a competição entre grandes potências e a erosão lenta da ordem internacional construída após a Guerra Fria. E, como explica o especialista entrevistado, esta realidade é o resultado direto de um mundo onde já não existe uma potência única capaz de impor regras — e onde vários Estados procuram afirmar a sua posição, mesmo à força. “Falamos Demasiado de Guerra e Demasiado Pouco de Paz” Esta frase, dita logo no início da nossa conversa, resume uma das grandes preocupações: a paz tornou-se um bem adquirido, quase dado por garantido, e deixou de ser pensada como projeto político. Hoje discutimos armamento, sanções, alianças, ofensivas e contra-ofensivas, mas muito raramente discutimos planos reais de paz. A diplomacia parece muitas vezes refém de hesitações, cálculos eleitorais e receios de perder posição. Faltam líderes com visão e coragem para assumir compromissos difíceis. Falta clareza estratégica. Falta, em suma, o que sempre faltou antes dos grandes pontos de viragem da História: vontade de mudar o rumo. Propaganda: A Arma que Já Não Precisa de Mentir A propaganda moderna não opera através de falsidades grosseiras — opera com ângulos, omissões e narrativas cuidadosamente organizadas. Divide sociedades, instala ruído, confunde consensos. E, como lembra o convidado, é um mecanismo estrategicamente desenhado, não um acidente. Hoje, qualquer conflito é também uma batalha pelo centro emocional das populações. A pergunta já não é “quem dispara primeiro?”, mas sim “quem controla a interpretação do que acabou de acontecer?”. E esta disputa é tão séria como qualquer avanço militar. Num ambiente onde autocracias investem fortemente em desinformação, países democráticos só sobrevivem se investirem tanto em educação mediática quanto investem em equipamento militar. A Ameaça Nuclear: Entre a Política e o Medo Há uma década, a maioria das sociedades ocidentais consideraria inaceitável ouvir líderes políticos falar com leveza sobre o uso de armas nucleares. Hoje, essa retórica tornou-se comum. A ameaça nuclear voltou a ser utilizada como instrumento de coerção psicológica — não necessariamente para ser usada, mas para moldar decisões, atrasar apoios, dividir alianças e impor limites invisíveis. E, como explica o analista, esta ameaça não é apenas militar: é emocional. Desestabiliza, silencia, intimida. Perante isto, a resposta das democracias deve ser equilibrada, firme e prudente. Nem ceder ao medo, nem alimentar a escalada. Europa: Entre a Vulnerabilidade e a Oportunidade A União Europeia confronta-se com uma verdade desconfortável: não tem poder militar proporcional ao seu peso económico. E num mundo onde a força voltou a ser a linguagem dominante, esta assimetria torna-se perigosa. Apesar disso, a Europa tem vantagens únicas: capacidade económica para modernizar as suas defesas; alianças históricas que multiplicam o efeito da sua ação; e, sobretudo, uma rede de Estados democráticos cujo valor estratégico reside no coletivo e não no individual. Mas falta ainda algo fundamental: coragem política para agir antes de ser tarde. A Ética da Guerra: A Linha que Nos Define No final, chegamos ao ponto mais difícil: a ética. O que separa uma guerra justa de uma guerra injusta? O que é aceitável negociar? Que compromissos violam princípios fundamentais? E como explicar a uma criança porque é que um país decidiu invadir outro? A resposta do convidado é simples e trágica: as guerras deixam sempre lições — mas as sociedades nem sempre as aprendem. A história mostra que a Europa só foi corajosa em momentos de desespero. É urgente quebrar esse padrão. Lições que Ficam A paz não é natural — é construída. A guerra renasce sempre que a coragem política desaparece. A propaganda moderna vence pela dúvida, não pela mentira. A ameaça nuclear é sobretudo psicológica e estratégica. As democracias enfraquecem quando imitam autocracias. Sem educação mediática, não há defesa possível. A Europa precisa de visão — não apenas de verbas. A ética não é luxo: é a fronteira que nos impede de nos tornarmos como os regimes que criticamos. Porque Esta Conversa Importa Num tempo de ruído, medo e incerteza, precisamos de vozes que consigam explicar, com clareza e rigor, como funciona o mundo — e o que depende de nós para que esse mundo não se torne mais perigoso. É isso que esta entrevista oferece: contexto, profundidade e, acima de tudo, um convite à responsabilidade cívica. Se este artigo o ajudou a compreender melhor o que está em jogo, partilhe-o. Deixe o seu comentário, traga as suas dúvidas, participe na conversa. Só uma sociedade informada consegue resistir ao medo — e escolher a paz. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. Por isso, ela pode não estar totalmente precisa. 0:00 Como comunicar a guerra de hoje e a paz de amanhã? A guerra é tão natural quanto a paz, faz parte da imperfeição da natureza humana. 0:19 Pessoa 2 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje falamos de guerra, de paz e, acima de tudo, de como se comunica um mundo que já não é estável. Um mundo onde a diplomacia hesita, onde a propaganda acelera e onde a ameaça militar, incluindo a ameaça nuclear. 0:39 Volta a moldar as decisões políticas. O meu convidado é Manuel pués de Torres, analista geopolítico e investigador em segurança Internacional. Alguém que conhece por dentro os bastidores da nato, a lógica da dissuasão, o Tabuleiro da diplomacia e aquilo que raramente se explica ao público. 0:57 Que a guerra não é apenas força, é também narrativa, psicologia e comunicação estratégica. Nesta conversa, vamos tentar perceber o que está realmente a acontecer na Ucrânia, o que está em jogo nas negociações. Porque é que falamos tão pouco de paz? Como funciona a propaganda Moderna? 1:13 Que riscos esconde a ameaça nuclear? E como é que tudo isto mexe com as democracias, com a opinião pública e com a vida de cada um de nós? Se esta conversa vos fizer pensar e vai fazer, subscrevam o canal. Deixem o vosso comentário. E partilhem com quem precisa de ouvir estas explicações. 1:34 Manuel pues de Torres, posso apresentar te como um especialista em estratégia militar, em guerra híbrida, em diplomacia, em política Internacional, em comunicação também, porque a comunicação está aqui no meio disto tudo. Longa experiência junto da nato. 1:50 Como é que nós conseguimos conversar e comunicar sobre um tema tão difícil? Como a guerra, que é o sítio onde morrem pessoas. 2:01 Pessoa 1 É verdade, são tudo perguntas simples de resposta, muito complexa. Mas acima de tudo e em primeiro lugar, um agradecimento pelo convite, por estar aqui contigo e para podermos falar de algo que é fundamental não apenas à política Moderna, mas também à forma de se fazer a paz no futuro. 2:18 E começo por dizer fazer a paz e não fazer a guerra, porque falamos muito de guerra e pouco de paz. 2:24 A imperfeição humana e a competição no sistema internacional Porquê? Porque a paz foi adquirida depois da queda do do muro de Berlim e a própria influência da paz Moderna Na Na nas relações diplomáticas. 2:39 Tornou a 11 bem garantido e, portanto, não se fala tanto da continuação da paz, mas da ausência da paz em prol daquilo que é naturalmente o conflito, o conflito das palavras, o conflito da política e, por último, contra tudo e contra todos, a ressurreição da do grande conflito convencional no continente europeu e, portanto, isto é um é um tema que preocupa qualquer governante. 3:06 É um tema que tem que preocupar qualquer estadista. É um tema que tem que preocupar garantidamente as populações, as sociedades, aquelas que se dizem, aquelas que vivem e aquelas que pensam ser ainda sociedades democráticas e abertas. 3:22 Pessoa 2 Mas no tempo em que nós estamos, a ideia de guerra ainda faz sentido. 3:28 Pessoa 1 A ideia de guerra? Faz sempre sentido. 3:30 Pessoa 2 Porque é que acontece a guerra, no fundo, é um bocadinho essa a pergunta que que eu tenho para te fazer? 3:34 Pessoa 1 A guerra é tão natural quanto a paz, faz parte da imperfeição da natureza humana. E enquanto que o ser humano, enquanto o ser humano for um ser imperfeito que sempre seremos, nunca, nunca seremos divinos divinos, está no está em Deus, Deus nosso senhor, e portanto, enquanto existir essas incapacidades humanas. 3:55 A imperfeição vai nos levar sempre ao conflito. E desse conflito nasce a guerra. O problema é que no mundo que nós criámos, no mundo do século 21, que não é igual ao mundo do século 20, não é o mundo do século, historicamente do século 19, nem ao século 18. 4:11 A criação do direito Internacional e a criação da política Internacional, a criação das relações entre estados, a construção de um mundo que se defende do conflito. É um mundo que está neste momento em risco e a guerra aparece. Precisamente por fruto daquilo que é a competição, por uma posição de liderança no novo sistema Internacional. 4:34 E isto acontece de forma até um pouco natural daquilo que as pessoas possam pensar. O multilateralismo é importante na relação entre os estados e é importante entre as democracias. Mas a falta de um grande estado que lidera o sistema Internacional. 4:50 Ou seja, o que nós chamamos em ciência política. O grande momento de unipolaridade leva à competição entre estados. Competição a que o mundo multipolar a competição entre os diferentes estados emergentes, que querem ganhar um lugar supremacia em função dos outros, querem conseguir liderar. 5:08 Pessoa 2 Até agora, tínhamos as tínhamos os Estados Unidos. Agora aparece a China, agora aparece a Rússia, agora aparece a união europeia, agora aparecem os brics. 5:16 Pessoa 1 É, e daí? E dessa competição de estados nascem? Os conflitos num momento de grande unipolaridade no o conflito está distante. 5:26 Pessoa 2 É melhor este estado porque aquele aquele que é o que é o que é o irmão mais forte pode chegar aqui e acaba já com isto e, portanto, na dúvida, não faço. 5:33 Pessoa 1 Isso é precisamente isso, a partir do momento que os Estados Unidos da América façamos este exercício, que os Estados Unidos da América desaparecem como grande potentado militar, económico e político e outro estado se a leva como um grande detentor do poder e do monopólio da violência no mundo. 5:49 Então, nesse momento será não será contestado e não sendo contestado, o conflito vai contorná lo e esse estado pode impor a sua lei, a sua matriz de direitos, a sua matriz de valores, ao ao restante sistema Internacional. 6:07 Foi o que, o que, o que os Estados Unidos da América fizeram durante a grande competição durante a guerra fria e mais tarde. Na queda do muro de Berlim, tentando imprimir aquilo que seriam as regras do xadrez Internacional. No entanto, nós vivemos agora um momento de grande transformação. 6:23 Os Estados Unidos já não são a potência económica que foram no passado. Essa transferência de poder fez para a China e para a Índia. E ainda é, embora ainda seja um grande poder militar, o maior poder militar do mundo. 6:39 Rapidamente existem entre as nações que entram nesse conflito ou que entram nessa competição. E agora aqui a questão é, então isso não existe um momento de unipolaridade e que caminhamos para maior multipolaridade, então está de facto encerrado o destino. O destino será o conflito e a guerra? 6:56 Não, o destino não está encerrado, mas a guerra vai persistir e vai se multiplicar. O que nós não podemos permitir é que os limites à guerra justa sejam ultrapassados. 7:08 Pessoa 2 O que é que é uma guerra justa? 7:10 Pessoa 1 A guerra justa é aquela que se faz em prol de uma injustiça. Uma guerra simétrica, por exemplo, promovida pela Rússia para anexar ilegalmente território que não lhe pertence. É uma guerra injusta. Uma guerra justa é a guerra que os ucranianos travam para conseguir reconquistar o seu território, para defender a sua população, a sua dignidade, os seus valores e a sua soberania. 7:34 O amadorismo diplomático e a traição nas negociações de paz Como é que nós? Explicamos a uma criança de 5 anos porque razão a Rússia um dia decidiu entrar na Ucrânia e começar a reivindicar território e até se conseguisse tomar conta da Ucrânia. 7:48 Pessoa 1 Tal como no passado, existem sempre estados, nações, países, governantes, pessoas que anseiam por conquistar mais poder. E tendo via aberta, sem impedimentos para que outros estados e outras pessoas e outros exércitos o bloqueiem, então nada o impedirá de continuar a conquistar território até estar verdadeiramente satisfeito. 8:13 Mas aqueles que têm a sede do poder, os grandes imperialistas, dificilmente ficam contentes com as suas vitórias momentâneas. Querem sempre mais. E, portanto, a Rússia, neste momento, vende que não tem qualquer tipo, ou vende em 2022 que não tinha qualquer tipo de impedimento. 8:29 Porque o teste já tinha sido feito em 2014. 8:32 Pessoa 2 Na Crimeia, na. 8:32 Pessoa 1 Crimeia e já tinha sido feito em 2008 e 2009, na Geórgia, na apcásia e na Ossétia do Sul, sabendo que ninguém se impôs à sua campanha de terror na tchachénia, nas 2 grandes guerras, sabia que ninguém iria, em princípio, em defesa do povo ucraniano. 8:54 Olha neste enganou, se enganou, se neste. 8:56 Pessoa 2 Momento AAA Europa, obviamente. Mexeu se também os Estados Unidos na era pré Trump. Agora vamos ver o que é que está a acontecer, mas neste momento em que nós estamos a falar, está a acontecer uma espécie de conversações diplomáticas em busca da paz, isto é, para levar a Sério. 9:15 Ou estamos ainda num momento retórico em que cada um vai mantendo a parada o lume, mas na realidade ainda ninguém está verdadeiramente preparado para parar esta guerra? 9:27 Pessoa 1 A guerra só para Jorge, quando uma das partes tem mais a perder do que a outra, quando uma desiste de combater, sai derrotada, ou quando a outra já não quer combater, não pode não ser derrotada, mas não sai vitoriosa. E neste momento, tanto a Rússia como a Ucrânia ainda têm muito por perder e muito por ganhar e, portanto, como não existe um grande momento de fratura deste. 9:56 Potencial de combate a guerra vai perdurar durante o tempo necessário. 10:00 Pessoa 2 Quando? Só quando existe uma espécie de empate negativo, em que nenhuma das partes tem nada para ganhar, é que se consegue esse ponto de equilíbrio. 10:07 Pessoa 1 Só no momento em que uma das partes estiver mais a perder com a guerra é que essa guerra termina e neste momento, tanto a Rússia como a Ucrânia, ambas ainda podem perder muito, perderem muito ainda sob seu domínio. 10:23 E, portanto, podem continuar a perder. Olha, a Ucrânia pode continuar a perder território que para já não é suficiente. Vai continuar no encalço de uma campanha que que lhes vai possibilitar ou não ganhar mais território ou não. A Rússia sabe que, se continuar a guerra, o número de mortos não afeta o sentido de voto. 10:40 O número de feridos não afeta o sentimento de impopularidade contra si. Manifestado que não existe, não é? A continuação da guerra dá lhe mais força política e centraliza o poder de estado na sua pessoa. 10:56 Tem muito a ganhar com a guerra. Vladimir Putin, jáz lensky, tem pouco a ganhar com a guerra, mas não pode desistir de batalhar. 11:03 Pessoa 2 Porque tem muito a perder, porque? 11:04 Pessoa 1 Tem muito a perder neste momento. Se não tivesse tanto a perder, provavelmente dava o caso por encerrado, se fosse só uma Crimeia. Mas a verdade é que, conversando com soldados ucranianos, eu tive essa, tive essa possibilidade. Nenhum deles. Nenhum deles por uma ilha desistiriam de continuar a lutar. 11:23 Nós estamos a falar de um povo que foi invadido, invadido por alguém que lhes deram garantias de segurança. Se a Ucrânia entregasse o seu armamento nuclear antigo, soviático de volta para para a Rússia entregar ao armamento que os defendia. 11:42 As garantias de segurança que receberam de nada lhes valeram. E agora veem se invadidos por aqueles que juraram defender a Ucrânia. Portanto, parece me que está tudo dito e uma criança de 50 IA conseguir perceber que a esta Rússia Moderna como a conhecemos é uma Rússia mentirosa. 11:59 É uma Rússia que não não olha a meios para atingir os seus fins profundamente imperialista. E infelizmente, fez um divórcio total com a com as poucas ligações que ligaram a jovem federação russa. Ao concerto de nações europeias e, infelizmente, estou a tentar devolver à vida isso é que eu posso dizer assim, muito das grandes ambições soviéticas que marcaram grande parte do século. 12:27 Pessoa 2 20 olha, estão em curso essas negociações, entretanto, nós que estamos aqui e que não percebemos o que é que se passa verdadeiramente nessas negociações. Mas vamos ouvindo, por um lado, sair à própria pública, que há 28 pontos para discutir que é ABEC depois os outros que são um contra. 12:47 Depois o senhor Putin, que aparece a dizer de uma forma ameaçadora, se querem prolongar a guerra, nós prolongamos depois o Trump do outro lado, que ora diz uma coisa, ora diz outra. O que é que tu lês disto tudo? O que é que tu ouves daquelas conversas que se calhar não são públicas e que tu vais acompanhando e que tens seguramente mais dados para entender estas conversas diplomáticas? 13:10 Pessoa 1 Existe, Jorge, um grande nível de amadorismo, as relações internacionais e a diplomacia Internacional é uma área muito importante. Da vida dos estados. 13:23 Pessoa 2 Isto não é para entregar a profissionais, os negociadores não são profissionais os. 13:26 Pessoa 1 Negociadores staff to staff são profissionais, são pessoas que atingiram os seus postos de dicionoridade face ao ao mérito que demonstraram ao longo da sua vida profissional aqueles que negociaram e que os, portanto, o ator político que está em negociação direto entre a da Casa Branca e do Kremlin, são atores. 13:49 Políticos que podem ter ou não ter a experiência adequada ao momento que estamos a viver. E como é que? 13:54 Pessoa 2 Isto é, numa mesa das negociações. Quando nós estamos numa mesa dessas de alto nível, certo? Há uma cara e ela pode ser mais experiente ou menos experiente. Mas depois atrás de ti tem pessoas que percebem muito disto. Tu és uma dessas pessoas que no fundo vais dizendo, vais treinando. Vais explicando aos políticos e aos negociadores o que é que está em causa. 14:11 Como é que isto funciona? 14:13 Pessoa 1 Ninguém vai para uma reunião de negociação de alto nível como aquela que. O senhor whitkoff e o senhor Kushner tiveram com os seus homólogos no Kremlin e com e com Vladimir Putin, sem que primeiro seja enviada uma documentação que vai guiar grande parte da conversação. 14:29 Há um. 14:29 Pessoa 2 Trabalho preparatório há um trabalho. 14:30 Pessoa 1 Preparatório de Secretaria que é feito entre as equipas de um lado e do outro. 14:34 Pessoa 2 É um negócio de diplomata. 14:36 Pessoa 1 Absolutamente EE. No momento em que essa argumentação encontra um ponto de sustentação, dá se início então ao convite para que as delegações se encontrem, no entanto. A Rússia aqui, neste, neste, neste jogo, joga sujo porque Vladimir Putin, quando toma a palavra e isto está documentado, recorre sempre a revisionismos históricos para educar, para treinar, para brifar os seus AA delegação de outro país sobre aquilo que é a visão de Putin para o mundo, para a Europa e para a Rússia. 15:11 E isso é preocupante, porque foge àquilo que está agendado. Acaba por contrariar a mensagem e o objetivo da reunião e acaba por ocupar tempo dialogando contra o próprio propósito e objetivo desta destas negociações. 15:29 Pessoa 2 Mas numa negociação, não é suposto que as partes tenham no fundo uma visão e que ela pode ser profundamente divergente do outro lado. 15:37 Pessoa 1 Sim, e isso é natural que aconteça como nós estamos a falar de 2 poderes beligerantes. Que se encontram no teatro de operações. 15:45 Pessoa 2 E que têm, lá está esses interesses divergentes. 15:49 Pessoa 1 E que têm interesses divergentes, o que é? 15:50 Pessoa 2 Que se faz para se aproximar posições em coisas que estão completamente irredutíveis e completamente. 15:55 Pessoa 1 A mediação aqui deve ser profissional e deve tentar encontrar concessões de parte a parte, e essas concessões custam muito aos 2. No entanto, a Rússia já mostrou que não está disponível para aceitar. 16:11 Para aceitar reduções ao seu teto máximo para o exército ucraniano, não vai aceitar qualquer tipo de concessão nesse sentido, diz que obriga e que não aceita retirar da mesa de negociações o reconhecimento das províncias ilegalmente anexadas por parte da Ucrânia, por parte da união europeia e dos Estados Unidos da América. 16:33 E diz que não aceita qualquer entrega ou adesão da Ucrânia à organização. Do, do, portanto, do anato e isto coloca um ponto e trava muito daquilo que são as grandes negociações suspeito com o. 16:49 Pessoa 2 Negociador não tenha grande caminho para fazer quando quando uma posição de base é é essa. 16:54 Pessoa 1 A posição de base é esta, mas a forma como se oferece um momento negocial é, oferecendo força ou fragilidade às 2 ou a uma a um dos beligerantes. 17:04 Pessoa 2 Como é que isso se faz? 17:05 Pessoa 1 Isso faz de forma muito simples, os Estados Unidos e a Europa têm o poder. Para oferecer mais material militar à Ucrânia? Para que a Ucrânia de facto tenha ganhos operacionais no terreno, mostrando que fica por cima nas operações estáticas. Operações essas com resultados e efeitos estratégicos. 17:24 Ou colocar mais sanções à Rússia e oferecendo mais material de guerra à Ucrânia, mais sanções à Rússia vai aumentar o poder negocial dos ucranianos. Mas também pode fazer o contrário, pode retirar o apoio militar à Ucrânia. 17:40 E pode oferecer negócios vantajosos à Rússia. E é isso que me preocupa nestes negociadores, witcofe custnar. E eu explico porquê, porque tudo isto é uma questão de comunicação. E a comunicação aqui neste caso, embora seja a porta fechada e a opaca do ponto de vista daquilo que nós conhecemos do witcoft custner. 17:59 É bastante transparente o que está a acontecer. O itkov, durante os anos 90 esteve ligado ao grande setor do imobiliário, com grande investimento russo. Empírico esta ligação, mas o senhor Kushner, que durante o primeiro mandato de Donald Trump sempre foi conhecido e reconhecido por embaixadores de outras nações em Washington, por ser um indivíduo que, quando em negociação diplomática, só estava interessado numa coisa. 18:26 Fazer negócios e, portanto, quando queixo não era, acompanha o itkof à Rússia. É para fazer negócios. E como nós falamos, Jorge, da grande traição, a traição à negociação, a traição à mediação, a traição aos ucranianos e aos europeus. 18:43 A grande traição materializa se não por virar as costas aos ucranianos, mas através de negociações ad hoc. Daquilo que deveria ser uma negociação de paz, tentar galvanizar a posição económica dos destes novos Estados Unidos da América para celebrar acordos económicos com a Rússia. 19:02 Num momento de fragilidade económica da Rússia, o senhor está a perceber o que eu estou a tentar dizer. Eu vos explico. Para outras palavras, a grande traição materializa se no momento em que os Estados Unidos se aproveitam da fragilidade económica russa para tentar canibalizar aquilo que resta ainda dos seus recursos, minérios. 19:20 E isto é uma grande traição para todos, mas não para os Estados Unidos da América. E por isso é que Marco Rubio aqui é um ponto tão importante porque tem uma posição, é o chefe máximo da diplomacia Americana. 19:32 Pessoa 2 Com grande experiência. 19:33 Pessoa 1 Com grande experiência e que tem uma posição mais mais balanceada em relação ao à Ucrânia, que pelo menos ouvem os ucranianos e sabe que se for naquilo que é a postura do itkof e do crushner os interesses dos Estados Unidos. 19:49 Que estarão assegurados, certamente, mas em prol daquilo que seria um acordo com os russos, podem perder muito mais do que o valor minério ou do que o valor económico revertido. 19:59 Pessoa 2 Portanto, o que tu estás a dizer é que, além de uma negociação na mesa com os beligerantes, também existe uma tensão dentro do próprio mediador em relação ao caminho que se pode seguir, claro. 20:10 A Europa e a necessidade de poder militar no século XXI Claro que sim. E a petexet o vice presidente Vance. Foram apanhados em conversas no Signal, chamado Signal Gate, no início do do ano 2025, logo no início do mandato de Donald Trump, e expressavam se de forma bastante hostil relativamente à posição da relação entre os Estados Unidos e a Europa. 20:32 E viam a Europa com poucos, com com com pouca simpatia, e mostravam bem que viviam. EE dividiam um ódio àquilo que era a posição do da Europa. Face ao preteturado americano e que se os europeus de facto puderam investir os seus dinheiros em vez no orçamento de defesa para a sua segurança social e na evolução dos seus estados sociais. 20:57 Isso é porque Os Americanos estavam preparados para os defender e de acordo com o avance e de acordo com except e todos os outros. A base de apoio MHA tensão aparece quando existem republicanos mais moderados. 21:14 Republicanos ligados a John McCain, republicanos que antigamente seriam ditos como de grande repúdio ao partido democrata e que hoje nos nos revemos nas suas palavras. Tentar fazer 111 contra um contra debate ou um contra fogo àquilo que é a posição irredutível de Donald Trump, Vance e de ecset. 21:34 Portanto, sim, existe tensão interna no partido republicano. Essa tensão tem efeitos diretos sobre as negociações e nós vimos bem nas últimas imagens que que passaram há pouco tempo, soube numa reunião entre americanos e ucranianos. 21:50 Estava de um lado da mesa sentado Marco Rubio, witcofic Kirchner. Marco Rubio estava a liderar as negociações e os seus 2 atores políticos, os 2 camaradas políticos, estavam ambos com ar de caso, muito preocupados porque Marco Rubio estava a conseguir dialogar com os ucranianos. 22:10 Os negócios não se fazem com a Rússia conseguindo aproximar os Estados Unidos da Ucrânia. É precisamente necessário a fazer se um afastamento e um distanciamento político e institucional. Dos Estados Unidos da América da Ucrânia, para que se possa de facto conseguir materializar negócios com a Rússia. 22:28 Eu espero estar verdadeiramente enganado e não ser surpreendido pela pela realidade dos factos daqui a mais uns meses, porque se de facto os Estados Unidos da América celebrarem acordos económicos com o grande estado agressor do século 21, então isso vai certamente levar a grandes tensões no seio da Aliança. 22:50 Pessoa 2 Atlântica na nato. A Europa ainda conta para este campeonato. 22:53 Pessoa 1 A Europa que conta sempre este campeonato, a Europa o que não tem. E a pergunta está bem colocada, a Europa, o que não tem é a expressão militar. E no novo século 21, no novo século 21 ou na partida para o segundo quartel do século 21, a força militar e a expressão de do monopólio da violência, eu hoje tão ou mais importante que o controlo e influência económica e financeira. 23:16 Deixámos de falar sobre competição de do bloco europeu do motor europeu com a China e com os Estados Unidos. Passámos a falar da preparação da Europa para a guerra. Isto tem que preocupar garantidamente todos aqueles que que estão envolvidos na política, todos aqueles que estão envolvidos profissionalmente no setor da da informação e da comunicação, porque aquilo que as pessoas querem saber, aquilo que o que o mundo do eleitor quer saber é o que é que vai acontecer amanhã. 23:44 Tenho um negócio, tenho investimentos, tenho empresa, tenho colaboradores, tenho que pagar salários, vamos ter garra amanhã, porque senão não, não farei determinado tipo de investimentos. E isso para as pessoas querem saber e as pessoas querem saber. O que a união europeia oferece é 1 + 1 camada de proteção face àqueles que não fazem parte da união europeia. 24:01 A nato também oferece uma camada de proteção acrescida. A Irlanda, por exemplo, faz parte da união europeia, não faz parte da nato. No entanto, quem conseguiu ver à distância o perigo que se. Que começava a emergir por parte no leste, por parte da Rússia e por parte da China e do seu bloco de aliados. 24:20 Entendeu que era necessário dar um passo em frente na integração na nato e teria custos estratégicos para estes 2 estados. Estou a falar da Finlândia e estou a falar da Suécia, que estrategicamente e de forma histórica. Sempre quiseram ser estados neutrais e que, embora estados da união europeia, não eram estados da nato. 24:40 Pessoa 2 E, no entanto, mudaram a sua posição. 24:41 Pessoa 1 Mudaram a sua posição face ao reposicionamento estratégico e à abertura e demonstração e transparência deste deste novo imperialismo russo. E o que é interessante é que a própria Suíça pensa neste momento. Começaram a fazer algumas consultas parlamentares sobre aquilo que seria a necessidade da Suíça um dia. 25:02 Entrar e aderir à nato. Portanto, o mundo está a mudar e os países tradicionalmente neutrais compreendem que existe uma ameaça e que a força é resultado de um coletivismo integrado de um concerto de nações que se estão a preparar para defender as suas sociedades. 25:19 Mas existem outros perigos, e os outros perigos dizem respeito ao tipo de governos que vamos eleger no futuro, se forem governos que emitam e copiam o modelo Maga na Casa Branca. Então teremos na Europa governos que vão preferir defesas nacionais em prol daquilo que é uma defesa coletiva. 25:39 Mas isto tem um custo económico que um estado como Portugal não pode suportar. Portugal faz por algum motivo. Durante o estado novo, Portugal aderiu imediatamente à nato como membro fundador, porque nós sabíamos, Salazar sabia. Que havia uma necessidade imediata de Portugal assegurar uma posição no concerto das nações que querem que se querem defender contra os novos imperialismos. 26:01 Pessoa 2 Ainda por cima, Portugal, com um mar que tem o tamanho que tem, nós estamos a olhar para leste, mas de facto, hoje com no mundo global, na realidade não há Fronteiras e, portanto, nós temos que defender esta parte. É a nossa, faz parte do nosso, do nosso trabalho, do nosso papel. 26:15 Pessoa 1 EE Portugal tem aqui uma missão, Portugal é um, é um, é um estado oceânico e tem que garantir. Que grande parte da sua plataforma continental e que grande parte do seu triângulo estratégico está defendido de ameaças futuras, ameaças ao nível do mar, ameaças subaquáticas, ameaças no seu espaço aéreo. 26:34 Porque Portugal não? 3 defesas quando quando falamos destas questões da política e da defesa nacional e da defesa coletiva da Aliança Atlântica, algumas pessoas esquecem e ignoram que Portugal, de facto, é um país Atlântico. E como é um país Atlântico, temos que não podemos ignorar os portugueses na madeira. 26:51 E os portugueses Na Na região autónoma dos Açores? E isto é fundamental, porque se Portugal quer de facto defender a sua soberania, tem que ter plataformas no mar com competentes e com marinheiros e soldados treinados para conseguir executar todo o tipo de missões. 27:08 Portugal deu agora um passo tremendo, fruto daquilo que é um mecanismo de investimento na defesa patrocinado pela união europeia e não pela nato. E, portanto, quando me pergunta, a união europeia ainda é relevante? Não tem poder militar, mas tem um poder económico que pode ajudar as nações a investir na sua defesa. 27:25 Portanto? Resposta afirmativa, sim. A união europeia é fundamental e Portugal, com acesso ao programa safe, teve agora direito a 5.8 1000 milhões de euros. A um acesso a um crédito, teremos que o pagar, mas uma taxa de juro muito abaixo do mercado, e isto é fundamental. 27:43 Olhe o orçamento para a defesa, em média são 4000 milhões de euros. Tem dado a crescer, embora durante 10 anos tivesse a decrescer, e 4000 milhões de euros. É muito dinheiro e nós vamos ter acesso a quase +6000 milhões este ano. 28:01 O que Portugal fez e o que o Ministério da defesa fez foram estudos de gabinete com indústrias, estudos que começaram em julho deste ano para preparar aquilo que eram as propostas das indústrias. Mas isto também tem tem uma questão interessante, não bastam ser uma indústrias quaisquer, tem que ser indústrias da própria união europeia. 28:18 Porquê? Para promover a criação de capacidades multinacionais para promover o mercado de armamento e o mercado tecnológico intra europeu. E para começar a dar o tiro de de partida aquilo que tem que ser uma competição da base industrial militar aos Estados Unidos da América. 28:38 E, portanto, quando falamos de uma Europa preparada, uma Europa não lhe chamaria militarizada, mas uma Europa mais poderosa do ponto de vista militar do que há uns anos atrás. Não nos podemos esquecer do efeito estratégico que isso poderá ter nos Estados Unidos da América. 28:54 Estivermos a falar de um Estados Unidos da América liderado por um republicano moderado. Um profissional, alguém com escola política ou por um democrata moderado? Não temos nada a Temer. Mas se continuarmos nesta senda da dinastia Donald Trump, então essa próxima dinastia, esses próximos herdeiros de Donald Trump, provavelmente vão ver uma Europa mais poderosa do ponto de vista militar. 29:21 Não como um aliado, mas como um competidor direto. 29:24 Pessoa 2 O que é capaz de não ser também uma boa notícia neste? 29:26 Pessoa 1 Neste bloco, isto não é necessariamente desejável. 29:28 A desinformação como arma estratégica e a resiliência civil Olha, uma das coisas que eu que eu tinha trazido para esta conversa é falarmos da propaganda, daquilo que acontece sempre quando há estes choques, sejam guerras, sejam o que for. Porque a minha sensação é que hoje em dia, no mundo em que nós temos, no mundo das redes sociais, a propaganda já quase não precisa de mentir. 29:46 Só precisa de organizar os factos e dar uma determinada. A matriz de ângulo para conseguir inclinar Oo campo a seu favor. A propaganda é levada tão a Sério como a compra de um Submarino ou a organização de umas forças armadas. 30:04 Pessoa 1 Não, não é do meu ponto de vista. Não é porquê? Porque não fechamos o seguinte, vamos ver isto do ponto de vista da educação. Porque a comunicação tem muito a ver com a educação e a propaganda também tem que ver com a educação. 30:22 Nós, quando treinamos forças armadas, estamos a treinar as forças armadas com base numa ideia do nosso inimigo, do nosso adversário, a ameaça. Ou seja, para se treinar forças armadas devemos conhecer quem é o inimigo, quais são as nossas armas de guerra, qual é a nossa doutrina, qual é a nossa estratégia. 30:40 Portanto, conhecemos o mundo, conhecemos o mundo, que que que é bem, que é bem plausível. Mas quando nós falamos da ausência de uma ameaça bem definida, então nós não podemos treinar ninguém, nós temos que conseguir educar. 30:57 E, portanto, por isso é que eu digo que nós treinamos as nossas forças quando conhecemos o inimigo, mas nós somos obrigados a educar as nossas forças para nos protegermos de um inimigo que ainda não conhecemos. E como é que isso faz? E a propaganda é precisamente esse. O problema é. 31:13 Algo que a sociedade civil trabalhou no passado é algo para o qual as sociedades estavam preparadas para lidar ideologicamente com propaganda soviética, comunista e que hoje as sociedades não estão preparadas. Aliás, alimentam se da propaganda que é gerada artificialmente para atingir um objetivo, dividir, criar clivagens sociais. 31:36 E promover o caos político. 31:38 Pessoa 2 Isso não é um acidente. O que tu estás a dizer é que isso é uma estratégia. Acontece. Há um desenho de uma propaganda que tem como intenção criar uma divisão, imagino que nas sociedades ocidentais modernas e democráticas. 31:51 Pessoa 1 Sim, e normalmente isto é promovido por grupos de interesse, atores estatais ou não estatais. Isso quer dizer que vem de agências. De informações estratégicas que com compilam este tipo de de materiais e subcontratam empresas para injetar certas narrativas. 32:09 As narrativas são estudadas certas narrativas em determinadas plataformas sociais para atingir. Certas classe etárias para atingir certa população, população que fala português ou população que fala castiano ou outra coisa qualquer e, portanto, existem narrativas com objetivos concretos. 32:27 Não se faz por acaso no que diz respeito ao combate a este tipo de desinformação. 32:33 Pessoa 2 Como é que se faz? Qual é a vacina? 32:34 Pessoa 1 Esse combate tem que ser feito pela educação direta das forças armadas, da população AEOA criação de resiliência nacional advém necessariamente da criação de uma ideologia de. Deputado, onde as pessoas compreendem que são tanto um ator como um alvo de desinformação externa? 32:52 A Singapura, a Suíça, a Finlândia, a Suécia, a Dinamarca e a Noruega e a Estónia desenvolveram conceitos de defesa total para proteger o estado, mas acima de tudo, a população de ameaças civil visíveis defesa civil. 33:10 EEE. 33:10 Pessoa 2 Fazendo o quê e? 33:11 Pessoa 1 Potenciação e potenciação daquilo que são os os assades de um estado. O objetivo aqui é declaradamente assumir que um determinado estado está sob ataque. Ataque esse que não é visível, está na, na, está na, no domínio cognitivo e que as pessoas têm que compreender que determinado tipo de narrativas existem para promover a falta de apoio entre o eleitorado e os seus governantes. 33:37 Para promover a discórdia entre os valores nacionais de um determinado estado e precisamente para semear o caos. E esse caos é operável, porque quanto mais dividido estiver a Europa, mais fácil será um grande potentado militar atingir os seus objetivos através de anexações ilegais. 33:56 Pessoa 2 Dividir para reinar. 33:57 Pessoa 1 Dividir para reinar. 33:59 Pessoa 2 Olha, nós estamos numa olhamos por um lado, para para a guerra enquanto militar, tanques, aviões, submarinos, por aí fora. Mas hoje é um conceito da guerra híbrida. É, é guerra híbrida, é o quê? Inclui esse, inclui essa, esse tipo de guerra de informação, inclui ataques informáticos do que do que é que estamos a falar? 34:18 Pessoa 1 Esse é um tema muito interessante, eu eu fiz um doutoramento precisamente sobre esta, sobre esta área, e embora eu não possa falar muito sobre sobre ela. Porque existem aqui questões que são um bocadinho mais técnicas e mais e mais sensíveis. Acima de tudo, a guerra híbrida da forma como nós a conhecemos. 34:36 Porque não está escrito em Pedra, ou seja, não, não há uma definição fixa. Estas. 34:42 Pessoa 2 Qual é a tua? 34:43 Pessoa 1 Tendem a mudar o que? O que é de conhecimento académico é de que a guerra híbrida é uma fusão entre 2 formas de guerra, a guerra convencional. A guerra entre exércitos e as guerras assimétricas e as guerras assimétricas são guerras de guerrilha, guerra com envolvimento da desinformação do ciberespaço, guerras que contornam exércitos para atingir o que nós chamamos o coração e as mentes dos próprios estados. 35:16 E quem é o coração e as mentes dos estados é a própria população, é o centro de gravidade de uma nação, é a sua população, e portanto, a guerra híbrida tem estas capacidades. É mutável, é mutável na sua forma de guerra, na sua gramática, utiliza diferentes instrumentos de poder para atingir os seus objetivos, mas é extraordinariamente difícil de se de se conseguir gerir. 35:37 O planeamento não é linear, requer múltiplas iterações ou requer múltiplas formulações, requer diferentes atores envolvidos. Que quer redes de sabotagem. O que se passa na Polónia é é um é um dos domínios de guerra híbrida também. 35:52 E a grande dificuldade para um analista ou para um planeador é conseguir identificar uma determinada atividade de sabotagem da desinformação de de, por exemplo, de de destruição de infraestruturas críticas através de detonações ou ou por via de de hacking. 36:13 Como uma atividade associada a uma campanha de guerra híbrida. Na minha perspetiva, a guerra híbrida não pode ser uma fusão de 2 guerras, porque eu sou um closeviciano puro e em closevitse, acredita se que a natureza da guerra é eterna e portanto, se é eterna, não pode haver 2 naturezas, existe só uma natureza. 36:32 E essa natureza de que guerra é guerra e a e a verdade é que a guerra híbrida pode ser mais do que aquilo que nós pensamos. Pode ser precisamente uma interpretação newtoniana que nós, seres lineares, fazemos sobre algo que é extraordinariamente complexo, que, embora tenha sido desenhado e orquestrado, pode não necessariamente dizer respeito direto àquilo que nós estamos a observar, porque um planeador só pode observar os seus efeitos, não sabe, sem observação direta, se uma campanha de guerra híbrida está a acontecer ou não. 37:05 Podem, através de mapeamento, conseguir identificar contornos de uma guerra híbrida? Não temos. 37:09 Pessoa 2 Radares para isso e nós? 37:11 Pessoa 1 Não temos radar para isso, para isto, porque para já não temos uma compreensão total sobre aquilo que é o que não é a guerra híbrida. Existem múltiplas interpretações e o grande desafio aqui é encontrar uma que satisfaça todos os requisitos e que consiga ajudar o planeador e as nações que estão mais importante. 37:31 A travar os efeitos da guerra híbrida. E isso só se faz numa não não entender de uma forma a criação de imunidade de sistema, ou seja, a criação a perceção pública real de que este tipo de ameaças existem, quais são os seus domínios, quais são as suas valências tradicionalmente, com que tipo de gramática é que apresentam e como é que elas se apresentam? 37:53 E depois, o que é que cada população, o que é que cada nação tem que fazer para a combater? Portanto, e a nato e a união europeia celebraram de forma conjunta porque isto é também uma é uma ameaça política e militar. Criaram um centro de excelência no estudo da guerra híbrida em Helsinki e na Finlândia. 38:10 E porquê na Finlândia? Porque Finlândia, antes de de 2014, estava na linha da frente as ameaças híbridas vindas da Rússia, portanto, aquilo que é o os moldavos. Os georgenos EAE, os ucranianos sofreram a Finlândia o convívio com essa realidade desde o início do século 20 e, portanto, é compreensível que tenha sido em Helsinki. 38:32 Mas estes centros de excelência multiplicam se porque as ameaças são cada vez maiores e são tão vastas que são necessárias várias equipas de pessoas, de economistas, atores políticos a diplomatas, a militares, para se conseguir compreender todos os contornos. 38:47 É, de facto, uma grande ameaça e é certamente um grande desafio. Para este século e para as próximas décadas? 38:53 Os exercícios militares da NATO e a ativação do Artigo 5 Há uma curiosa expressão, não sei se curiosa desgraçada, depende de ir me aste que são jogos de guerra, que é quando, por exemplo, no nato, não só se juntam forças multinacionais, vai tudo para um palco real ou imaginário de ir me aste tu combater um determinado inimigo. 39:13 O que é que acontece no nos jogos de guerra? Estou a perguntar te porque tu acompanhas muito de perto este? Este tipo de de atividades de treino militar que é disto. 39:23 Pessoa 1 Que estamos a falar eu, eu, eu já há alguns anos que acompanha os jogos de guerra da nato. EE é público, portanto, não, não vou fazer grandes revelações. 39:32 Pessoa 2 E podes partilhar o que é que tu fazes, qual é o que é, qual é o teu papel? 39:35 Pessoa 1 Eu, eu, portanto, eu integrei o joint workfer center em 2015 e desde 2015 que tem estado envolvido com os com os grandes exercícios estratégicos multinacionais de alta visibilidade da nato. E tive o privilégio de poder ser o autor político e estratégico de um grande exercício que foi, na altura, em 2017, considerado o maior e a mais desafiante exercício de sempre da nato, o Trident chavalin 2017. 40:07 E a nossa, a nossa necessidade e a nossa função e a nossa missão era oferecer ao, portanto, a nossa, a nossa audiência, que estava em treino, ao nosso training audience. Um desafio extraordinariamente complexo que treinasse uma série de requisitos que os obrigasse a pensar de forma crítica e a solucionar os problemas operacionais que estariam montados à à sua espera. 40:30 Os exercícios fazem se de forma por simulação em computador ou de forma com fogo vivo. Portanto, temos os CPXE, os livex e a verdade é que. Ao longo dos últimos anos, assistimos a um aumentar da frequência dos exercícios militares da nato, mas também há um aumentar da graduação do próprio exercício. 40:56 São cada vez mais complexos e mais desafiantes, uns a seguir aos outros, quase de forma exponencial, porque desde 2014, com a invasão da Crimeia, que a nato, a Aliança Atlântica e as nações acima de tudo das nações. 41:12 Parece terem acordado para para 11 Mundo Novo, do qual não estariam à espera. 41:16 Pessoa 2 Isso pode ser uma preparação para uma guerra real? 41:19 Pessoa 1 E os exercícios normalmente são feitos para capacitar as nações para treinar os próprias operacionais que estão sentados nos diferentes comandos da nato. Para garantir que num dia em que o artigo quinto seja. 41:32 Pessoa 2 Ativado, o artigo quinto diz que? 41:33 Pessoa 1 O artigo quinto é a forma como a nato se defende, é o é a grande, é a grande fórmula do tratado do Washington e diz que o ataque contra um é um ataque contra. 41:44 Pessoa 2 Todos ou obriga, portanto, a uma, a uma resposta, a. 41:46 Pessoa 1 Resposta de todos, mas só posso ser ativado por consenso. Isso foi ativado uma vez na história foi ativado depois do 11 de setembro e a pergunta fica, quem é que ativou o artigo quinto? É quando o ataca. As Torres gémeas não foram os Estados Unidos. 42:00 Pessoa 2 Não foram os estados. 42:01 Pessoa 1 Unidos foram os Estados Unidos, não é segredo, mas quem ativou o artigo quinto foi o conselho do Atlântico norte, de forma consensual. 42:08 Pessoa 2 Do lado de cá? 42:09 Pessoa 1 Foram foram todos os membros da nato que em 2001, de forma solidária, a ativar o artigo quinto em vez dos Estados Unidos. Porquê? Por uma questão de comunicação estratégica, por uma questão de postura. Estratégica, os Estados Unidos não queriam dar o flanco fraco, embora fossem atacados no coração económico do seu estado. 42:29 Não quiseram dar o flanco fraco, não queriam mostrar mais fragilidade. 42:34 Pessoa 2 Pedir ajuda no fundo aqui aos europeus deste. 42:36 Pessoa 1 Lado e não iriam pedir ajuda. E, portanto, o que a nato fez que naturalmente que existiram negociações e conversações para isto à porta fechada? O que Oo que a nato fez foi utilizar o seu concelho máximo, o concelho do Atlântico norte, para fazer esta esta ativação e portanto, quando falamos destes articulados e quando falamos destes posicionamentos da nato, a nato e as suas nações são obrigadas a exercitar aquilo que são as suas diferentes capacidades em diferentes missões e operações. 43:05 E neste momento os exercícios contemplam praticamente toda a Geografia aliada toda a Geografia aliada, portanto, quase desde o havai. Até ao flank leste, com a Rússia e a são cada vez maiores e mais exigentes. 43:20 E isso obriga também a uma exigência por parte de quem treina, de de quem desenvolve os exercícios, de quem treina e de quem os executa. E à medida que avançamos, estes são exercícios cada vez mais definidores de postura estratégica da Aliança Atlântica. 43:36 Porque é que isto é importante, Jorge, porque no final de contas, todas as nações que querem mostrar dissuasão. Têm que mostrar que fazem os seus exercícios com competência todos. 43:47 Pessoa 2 Isto é uma prova de força, é EEEE. Os outros atores internacionais estão a pensar na China, na Rússia. 43:54 Pessoa 1 Todos observam, estão todos a observar EE são avisados que os exercícios vão acontecer. São avisados, são todos avisados. 44:00 Pessoa 2 É a guerra do seu lado, não? 44:01 Pessoa 1 Têm que têm garantidamente que ser avisados porque movimentações de tropas em continente europeu pó? Movimentação de tropas Russas para a para a Fronteira com a Europa. 44:10 Pessoa 2 Só podem ser uma ameaça. 44:11 Pessoa 1 São consideradas imediatamente uma ameaça e isso vai obrigar a mobilização de forças de reação rápida da nato e mobilização dos exércitos nacionais. E, portanto, os exercícios são anunciados, são planeados e os russos comprometem se a fazer o mesmo. Os exercícios à PAD russos, que acontecem de 4 em 4 anos, também foram anunciados aos países da nato. 44:31 Toda a gente sabia que este exercício iam acontecer, os exercícios que levaram depois. À ao blitzkrieg e à invasão. Em 2022, foram comunicados aos parceiros internacionais da Rússia. Mas quando a monitorização a essas mobilizações Russas começaram, identificou se imediatamente que o tipo de mobilização não era condizente com aquilo ou não estava de acordo com aquilo que se veria. 44:57 Um exercício militar puro e duro seria algo mais com o exercício militar, portanto, começaram as dúvidas e começaram as. 45:03 Pessoa 2 Dúvidas olha o que é que? É um cenário impossível de treinar. 45:10 Pessoa 1 Aparentemente é um cenário onde a nato perde. Isso é extraordinariamente difícil de se treinar. É curioso porque eu vejo mais valias quando os quando as audiências, os soldados, os comandos, porque é o que nós estamos a treinar. 45:29 São comandos e não e não soldados. Quando perdem um cenário muito exigente, mas politicamente, a perda de um exercício de guerra tem custos políticos, tem custos políticos, tem custos para o para a hierarquia e para o comando e controlo de uma de umas forças armadas. 45:46 Pessoa 2 Portanto, quando se tenta fazer determinada coisa e é tão difícil que se chega à conclusão de que aquela unidade, aquele departamento, aquela determinado exército, não consegue resolver o problema. 45:56 Pessoa 1 Esse normalmente, esse tipo de esse tipo de de vinhedos são normalmente ignorados ou ultrapassados. Porque a tentativa de aceitação, de incapacidade para resolver um determinado cenário de uma grande ameaça, quase impossível de se resolver, não é aceitável do ponto de vista político. 46:16 Os exercícios são feitos para treinar, não são feitos para que a nato falhe. No entanto, existem várias Correntes metodológicas que veem grande valor e valor acrescido e também vejam. Quando um estudante, quando um soldado, quando um comando não consegue ultrapassar o desafio que que lhe é proposto, porque não está capacitado para isso ou porque, de facto, é demasiado exigente. 46:39 Pessoa 2 Aprender com os erros, aprender. 46:41 Pessoa 1 Com os erros, e isso é algo que a este nível de grandes exigências, de grandes demonstrações de poder, onde todos os observadores estão atentos. É algo que as nações ainda não estão preparadas para fazer, mas existem outras formas de fazer este tipo de exercício, de se fazer este tipo, de retirar estas mais valias. 47:00 A verdade é que nem os chineses nem os russos também perdem os seus. Os seus exercícios de guerra ganham sempre. Portanto, faz parte do cenário e faz parte do desenho institucional que foi criado, o batok. 47:11 Pessoa 2 Que faz parte da retórica, é assim que funciona. 47:14 A retórica nuclear e a dissuasão no cenário geopolítico E eu estava a pensar especificamente na ameaça nuclear. Isto, género de exercícios treina também. O uso e a resposta a ataques nucleares sim. 47:26 Pessoa 1 Embora não sejam tão comuns quanto os exercícios de comando que são feitos, existem exercícios de que, especialmente no diz respeito ao planeamento do grupo militar e a ou o planeamento do grupo nuclear, e, portanto, são são sempre executados e na verdade são mais revistos agora do que no passado, porque a ameaça nuclear é agora algo que se utiliza com com tanta leveza. 47:51 Mas na comunicação pública entre diferentes estados, nós recordamos bem as palavras de Medvedev quando diz claramente se os europeus assim o desejam, a Rússia está preparada para a guerra nuclear e, portanto, este tipo de retórica não deveria existir. 48:07 No passado, era evitável. Ninguém falava sobre ameaças nucleares. Era uma conversa que, embora toda a gente reconhecesse a ameaça e a minha, a ameaça é incrível, não era algo que fosse utilizado. Com tanta leveza. E agora, infelizmente, chegamos ao ponto onde armas nucleares táticas são colocadas na Fronteira com a Polónia, nomeadamente na Bielorrússia, onde a retórica nuclear aumentou e onde aumentou também, claro, o medo e a coerção daquilo que poderá ser uma guerra nuclear, e por isso o treino tem que ser feito, mas não do ponto de vista da destruição nuclear. 48:48 A nato não tem qualquer tipo de pretensões de guerra nuclear. Aliás, é precisamente o oposto. A nato tem como objetivo travar qualquer guerra, qualquer guerra de agressão. 48:58 Pessoa 2 Dissuasão. 48:59 Pessoa 1 Não travar guerras de agressão através da sua dissuasão. E a guerra nuclear não chama se guerra nuclear, mas não é uma guerra. O elemento nuclear aqui é uma arma política. Não deve ser utilizada nunca em guerra e a própria forma de se fazer a defesa contra este tipo de empenho de de armas se atacada se o. 49:24 Portanto, se a nato ou os territórios da nato forem atacados com uma arma nuclear, a resposta a esse ataque não é ele nuclear, é uma resposta convencional. E porque é que isto foi desenhado desta forma? Porque durante os anos 50 e durante durante os anos 60. 49:41 A resposta a um ataque nuclear com outro ataque nuclear levaria à Escalada do da ameaça nuclear e potencialmente à materialização de um cenário de destruição mútua. E o objetivo foi sempre fazer a redução da ameaça nuclear, nunca potenciando atingir um cenário de destruição mútua. 49:59 Então os vários países aliados resolveram reformar a própria doutrina nuclear. Para respondendo a um ataque nuclear com um ataque convencional, tentando quebrar aquilo que era a iniciativa nuclear de um estado agressor. Mas se o estado agressor continuasse a utilizar e empenhar armas nucleares, então a resposta por fim já não seria uma resposta convencional e, portanto, o objetivo aqui é que a resposta seja flexível e que seja ponderada e que não nos leva todos para o abismo, mas uma nação que decide empenhar uma arma nuclear contra um estado não agressor, decidiu. 50:35 E solou o seu destino. 50:37 Pessoa 2 Hum, achas que o uso de uma arma tática nuclear num sítio muito específico é uma possibilidade real? 50:46 Pessoa 1 Claro que é, especialmente se for uma arma de hidrogénio. Se for 11 bomba de hidrogénio não tem radiação, a explosão e a detonação. A destruição é pela pressão do do do movimento do ar. Não existe radiação porque não é uma arma de de fusão. Mas isso não quer dizer que seja passível do seu do seu empenho. 51:04 O objetivo é anão utilização de armas nucleares. A utilização deste tipo de armamentos vai levar imediatamente a uma resposta muito agressiva por parte de todos os estados, estados esses que pertencem à nato e potencialmente vai arrastar para o conflito de estados que não pertencem à nato e que não estão envolvidos no conflito. Porque aquilo que pode acontecer num estado é um descontrolo político, emocional, de uma de uma grandeza de tal ordem. 51:25 Que já deixam de existir limites a este empenho e a esta utilização. Um estado que empregue armamento nuclear é um estado e um governo que já não pode estar sobre sobre, já não pode liderar um determinado uma determinada nação é deve ser removido. 51:38 Pessoa 2 Rapidamente é um ato irracional no. 51:40 Pessoa 1 Fundo é um ato de irracionalidade política. E eu não creio que a Rússia, neste momento, se veja obrigado, obrigado a uma coisa dessas. Pelo contrário. O que a Rússia quer fazer é garantir que atinge todos os seus objetivos. De forma não. Nuclear de forma não violenta, não violenta, tentando não provocar aquilo que é uma Europa ainda um pouco adormecida, mas tentando atingir os seus objetivos, fazendo a guerra ou levando a guerra até outras paragens a estados que não têm a capacidade de reação, como têm a Europa. 52:14 Uma guerra, como aconteceu entre a Rússia e a Ucrânia, se acontecesse entre a Rússia e a Europa, seria francamente muito diferente. Especialmente porque os europeus, em comparação com os russos ou em comparação com os ucranianos, conseguiriam garantidamente fazer 11 controlo do espaço aéreo EE garantir um controlo aéreo e, portanto, operações terrestres com supremacia do ar são muito diferentes de operações ucranianas sem suplomacia de força aérea, os caças f 16 que estão na linha da frente. 52:46 Os caças f 16 que foram entregues à Ucrânia não estão na linha da frente. Porque os sistemas de defesa antiaérea russos protegem as forças e protegem o posicionamento russo em pokrossky na e na restante linha da frente e, portanto, não me permita que a força aérea ucraniana possa voar em em Liberdade e em segurança para atingir os seus alvos. 53:06 Pessoa 2 Se isto é preocupante, se até agora nós tínhamos estado dos nucleares, os Estados Unidos, a Rússia, a China, mas subitamente a Coreia passou, a Coreia do do norte passou a ser um estado nuclear, o irão, provavelmente também há um conjunto. De países aqui à volta, olho sempre para os indianos e para os paquistaneses. 53:24 Que voltem a meio esses anguam nas suas Fronteiras. Isto cada vez quanto mais salarga este leque, mais difícil de nós podemos controlar esse. 53:32 Pessoa 1 Fator? Absolutamente, absolutamente. E quem controla este fator são aqueles que ainda têm monopólio da violência mundial, os Estados Unidos da América. Quando deixarem de ser os Estados Unidos da América e passar a ser outro grande patrocinador, outro grande big Brother? Então, esse controlo e essas relações de interesse vão ser reformuladas e só Deus sabe o que é que poderá acontecer. 53:53 A verdade é que os ucranianos estão muito atentos àquilo que é o poder da dissuasão nuclear. Mas os russos também. Por algum motivo, os russos em 2009, estavam tão interessados em remover aramamente nuclear da Ucrânia sabendo que poderiam ser utilizados como um mecanismo de dissuasão aos seus interesses. 54:10 Passados quase 15 anos e, portanto, é óbvio. Que a Ucrânia, que tem uma larga experiência com a indústria de energia nuclear, garantidamente que já pensaram que a arma nuclear poderia ser um, garante. 54:27 Pessoa 2 De paz, portanto, não tem uma limitação tecnológica porque o sabem fazer. Obviamente é apenas 11. Limitação política. 54:36 Pessoa 1 Uma limitação política que os Estados Unidos dificilmente aceitariam, que a Rússia nunca aceitaria. A Rússia nunca aceitaria. Seria, aliás, precisamente contra ele. Seria motivo de maior, de maior expressão militar se a ukremlin de conseguisse atingir maturidade deste tipo de armamento. 54:55 Porque não basta desenvolver a ogiva, é preciso garantir que funciona, é preciso garantir que os testes foram todos feitos. Olhe se o irão, com tanta experiência nuclear, não a desenvolver um a tempo antes de de fora dele ter sido bombardeado e portanto, tudo isto leva muito tempo e dá muito nas vistas. 55:11 É difícil fazer isto em segredo. Para ser Franco consigo. No entanto, existem ainda aqui algumas questões que dizem respeito à multiplicação. Jorge como falavas do atores do clube nuclear, que são 9 EEA forma como rapidamente esta questão se pode descontrolar e, em boa verdade, à medida que a multipolaridade cresce, será cada vez mais difícil garantir que este tipo de armamento não cai nas mãos erradas. 55:37 E enquanto que irem em estados organizados. Politicamente, ativos, tentativamente, democráticos, está tudo bem. O problema é quando este tipo de material cai em mãos de terroristas para a criação de bombas sujas que possam ser introduzidas em qualquer espaço populacional e detonadas com imensas, com imensas consequências para todos os estados e para todas ou para toda a população desse desse mesmo estado. 56:03 Pessoa 2 E isso torna isso mais difícil? 56:05 As lições da história e a defesa da democracia contra autocracias Olha, uma pergunta final para ti. Se tu fosses o negociador designado para tentar dar uma ajuda neste conflito Na Na Ucrânia de seguirias, porque via? 56:17 Pessoa 1 Essa é a pergunta menos simples delas todas, mas que? 56:21 Pessoa 2 Opções tem o negociador no fundo, é, é, é isto, num, num, num caso que é obviamente muitíssimo complexo. 56:27 Pessoa 1 Eu penso que tentando não dar uma resposta complexa, tentando simplificar aquilo que é extraordinariamente difícil. O que falta neste momento a todos? Aqueles que não são a Rússia é coragem. Há falta de coragem. Há falta de coragem por parte dos republicanos moderados americanos em combater aquilo que é uma expressão anacrónica de poder na Casa Branca. 56:51 Há falta de coragem dos governantes europeus que, sim, mostraram solidariedade e empenho e determinação na ajuda aos ucranianos. Mas a comunicação. Militar e a comunicação do poder faz se pela demonstração de plataformas de guerra, pela comunicação da mobilização dos dos diferentes exércitos, porque é uma comunicação que a Rússia compreende muito bem, se a Rússia encontrasse nos europeus e nos Estados Unidos da América uma consolidação estratégica e ideológica, um empenho. 57:34 Um empenho total de esforços na reconstrução da Europa, como potentado militar para ser para fazer face à posição da Rússia. Provavelmente as negociações seriam mais lineares, digo lineares, e não digo simples, porque elas nunca são simples, mas tentativamente seriam 2 grandes blocos, Unidos, preparados, equipados e treinados para conseguir dar uma luta e para conseguir dar um sinal de força. 58:04 Àquilo que neste momento faz pouco dos europeus, porque encontra mais fraquezas do que fortalezas e, portanto, como negociador. O objetivo não era negociar com o agressor neste momento, que o momento de fragilidade institucional, de fragilidade estratégica, é capacitar a Aliança Atlântica, garantindo que os europeus dão o próximo passo de coragem, especialmente naquilo que é a articulação da política com a defesa, que neste momento é um caso complicado. 58:33 Porque a defesa não dá votos e a lógica do eleitorado continua a ser soberano, vota se apenas e investe, se apenas naquilo que dá votos. Mas o futuro devia dar votos. E o futuro não é apenas feito de hospitais e de segurança social, é feita de estratégia e investimento em segurança social e em saúde, para mim e em educação, é tão importante quanto o investimento na defesa da sociedade. 58:59 E, portanto, capacitação dos europeus para mais tarde, numa posição de força, podermos garantir qu

SBS Portuguese - SBS em Português
Israel vai estar no Eurovisão 2026, e quatro países boicotarão o evento por isso

SBS Portuguese - SBS em Português

Play Episode Listen Later Dec 8, 2025 5:19


Espanha, Holanda, Eslovênia e Irlanda anunciaram boicote ao concurso musical pela não expulsão de Israel por conta da guerra em Gaza; Recentemente, Rússia e Bielorrússia já foram banidos da competição graças ao conflito na Ucrânia. Portugal e Austrália vão participar e transmitir o evento.

Volta ao mundo em 180 segundos
15/09: Drone russo invade espaço aéreo da Romênia | Países árabes se reúnem para responder Israel. | Nepal escolhe nova líder pelo Discord

Volta ao mundo em 180 segundos

Play Episode Listen Later Sep 15, 2025 4:41


Drone russo invade espaço aéreo da Romênia e é abatido. Escalada das tensões na região aumentou depois que exercício militar conjunto da Rússia com Bielorrússia teve início na última sexta-feira. E mais:- Chanceleres árabes se reúnem em Doha para preparar resposta conjunta ao ataque de Israel- No Nepal, jovens usaram rede social para debater nomes e escolher a líder interina que vai assumir o governo depois dos protestos Vote no Mundo em 180 Segundos clicando aqui Notícias em tempo real nas redes sociais Instagram @mundo_180_segundos e Linkedin Mundo em 180 SegundosFale conosco através do redacao@mundo180segundos.com.br

Convidado
Com drones na Polónia, Putin "testa reacções ocidentais" aos avanços russos

Convidado

Play Episode Listen Later Sep 11, 2025 10:49


Na quarta-feira, 19 drones russos atravessaram a fronteira da Polónia. A Rússia disse que se tratou de um acidente, mas Álvaro Vasconcelos, antigo director do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia, diz que se trata de um teste à resposta do Ocidente face a um país da União Europeia. Na quarta-feira, 19 drones russos atravessaram a fronteira da Polónia, tendo alguns causado danos em casas, não tendo feito quaisquer feridos ou mortos. A Rússia fala em engano, a Polónia diz que se trata de uma ameaça e já activou o artigo 4 da Organização do Tratado do Atlântico Norte, ou NATO, sobre a integridade do seu território e já pediu também a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU. Álvaro Vasconcelos, antigo director do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia, considera que Vladimir Putin sabe que os Estados Unidos não se vão mobilizar contra a Rússia e está a testar os limites dos aliados ocidentais da Ucrânia. "Nós estamos a assistir desde o encontro entre Trump e Putin no Alasca, a uma escalada da guerra na Ucrânia. Nós não sabemos exactamente o que se passou no Alasca, mas aquilo que vemos dos factos é a convicção de Putin que Trump, de certa forma, não vai intervir se ele levar a cabo uma escalada na Ucrânia. E essa escalada tem aumentado constantemente com bombardeamentos nas cidades ucranianas, bombardeamentos contra as instalações do Governo ucraniano. Portanto, um país que estivesse disposto a negociar não ia bombardear o Governo do país com quem quer negociar. Essa escalada na Ucrânia é um teste, em primeiro lugar, àquilo que será a vontade americana de responder às escaladas de Putin. E, por outro lado, ao haver uma provocação na Polónia, ainda testa mais. Qual é a resposta dos Estados Unidos e da Europa? E da NATO? Portanto, eu acho que o objectivo não é um ataque à Polónia. O objetivo é aumentar a escalada na Ucrânia, mas testar a respostas americanas e ocidentais", explicou o académico. E a altura em que esta transgressão na Polónia acontece também não é coincidência. Actualmente a Polónia, especialmente depois da vitória de Donald Tusk em Dezembro de 2023, está a abrir-se mais ao espaço de influência da União Europeia, após um período em que líderes de extrema direita implementaram medidas conservadoras e algumas que desafiavam mesmo as normas de Bruxelas. Para Putin, um regime polaco mais próximo da União Europeia é uma ameaça. "Sem dúvida que a Polónia, tendo-se afirmado como um país mais integrado na União Europeia relativamente a a um outro posicionamento em relação aos direitos humanos, em relação à preservação do Estado de Direito, ou seja, o afastamento da Polónia do vírus da extrema direita que estava no poder antes de Tusk ganhar as eleições é algo que é visto certamente com inquietação pela Rússia do ponto de vista ideológico. Uma coisa que Putin teme fundamentalmente é a alteração política na Ucrânia, ou seja, que a Ucrânia, se construa como uma nação democrática e que isso tenha um efeito em relação à Rússia. Quer dizer, aquilo que Putin mais teme, mais do que a NATO, mais do que os Estados Unidos, é, de repente, haver um milhão de russos nas ruas da Rússia a pedirem uma mudança do regime, como aconteceu na Bielorrússia, quando as eleições foram completamente aldrabadas e viciadas. Isso cria um medo no Kremlin. E a Polónia, consolidando-se como uma democracia profundamente integrada na União Europeia e respeitosa do Estado de Direito, é um bom exemplo para a Ucrânia e um mau exemplo para Putin", concluiu Álvaro Vasconcelos.

Expresso - Expresso da Manhã
Bruno Cardoso Reis: “Trump está a atirar a Índia para os braços da China”

Expresso - Expresso da Manhã

Play Episode Listen Later Sep 1, 2025 15:08


Termina hoje a Cimeira da Organização de Cooperação de Xangai que levou até à China os mais altos representantes da Índia, da Rússia, do Irão, da Turquia, da Bielorrússia ou da Coreia do Norte. O modo de fazer política do presidente norte-americano tem ajudado a aproximar países que há bem pouco tempo estavam de costas voltadas. O que significam estes dias e estes encontros? Neste episódio, conversamos com Bruno Cardoso Reis, investigador no Centro de Estudos Internacionais do ISCTE e comentador da SIC.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Café Europa
A Guerra Traduzida. Minsk altera lei marcial: "Agressão pode desencadear guerra"

Café Europa

Play Episode Listen Later Aug 5, 2025 5:53


Bielorrússia vai alterar os requisitos para ativar lei marcial e está pronta para entrar numa guerra em caso de ataque à Rússia. Militares dos dois países iniciam novos exercícios conjuntos.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Jorge Kadowaki
JUNINHO, o jovem brasileiro do time líder na BIELORRÚSSIA

Jorge Kadowaki

Play Episode Listen Later Jul 29, 2025 28:40


Rafael Batista da Silva Junior, o Juninho, é um paulista de Peruíbe que fez uma bela carreira na base do Corinthians, sendo Campeão da Copinha 2024 e vice em 2025. Com passagem por seleção de base, aos 19 anos o jovem atacante já tinha contrato profissional com o Timão, mas optou por um caminho distinto.Querendo ganhar experiência e ter já jogos no profissional, uma proposta de empréstimo para o Maxline Vitebsk da Bielorrússia vem mostrando ser uma aposta certeira para o atleta. Time jovem e promissor que já é líder disparado na liga do país, a equipe vem conseguindo dar os números desejados e também alimentar uma expectativa de uma eventual Champions League, caso o título venha.Vivendo na capital Minsk, Juninho relata como tem sido a adaptação dentro e fora dos gramados, em seu primeiro ano de fato como jogador profissional e tendo a responsabilidade de ser um dos titulares do time sensação na Bielorrússia.#juninho #maxlinevitebsk #bielorrussia

Resposta Pronta
Geórgia: "A Europa de Leste é um dos candidatos mais frágeis para esta onda de autocratização"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Dec 14, 2024 9:47


A Geórgia elegeu este sábado um novo presidente pró-Rússia. Uma eleição feita pela primeira vez através de sufrágio indireto. Madalena Resende, especialista em Relações Internacionais, alerta para a possibilidade do país se tornar em mais um satélite de Putin, tal como a Bielorrússia. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Gabinete de Guerra
“Trump sem interesse na autonomia da Palestina”

Gabinete de Guerra

Play Episode Listen Later Nov 13, 2024 10:19


Francisco Pereira Coutinho acredita que Trump tem ideias claras do que pretende fazer na Europa. O especialista acredita que Putin tem o objetivo de transformar a Ucrânia numa Bielorrússia.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
NATO: "EUA e Alemanha são contra um compromisso que defina data para a entrada da Ucrânia"

Convidado

Play Episode Listen Later Jul 10, 2024 12:48


Decorre desde esta terça-feira e ainda até amanhã, em Washington, a Cimeira da NATO que marca o 75° aniversário da sua existência. Criada depois da segunda guerra mundial com o objectivo de garantir da defesa do bloco ocidental perante o então bloco soviético, a Aliança Atlântica encontra-se num momento complexo, com os desafios colocados pela guerra na Ucrânia na sequência da sua invasão pela Rússia em Fevereiro de 2022. No âmbito desta cimeira que é, uma vez mais, dominada pelo conflito ucraniano, Kiev recebeu desde já a garantia de que Washington e outros parceiros vão fornecer-lhe sistemas de defesa antiaéreos, conforme vinha pedindo nestas últimas semanas. Num plano mais lato, contudo, Volodymyr Zelensky poderia continuar sem perspectivas claras quanto a uma eventual adesão do seu país à NATO.Para já, Berlim e Washington não pretendem comprometer-se neste aspecto e o contexto de eleições presidenciais incertas nos Estados Unidos também faz com que as perspectivas da presente cimeira sejam pouco encorajadoras para a Ucrânia, do ponto de vista de Carlos Gaspar, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais, em Lisboa.RFI: Considera que uma vez mais a Ucrânia não vai obter garantias quanto a uma possível adesão à NATO?Carlos Gaspar: Para o bem e para o mal, essa é uma certeza que nós temos, porque os Estados Unidos e a Alemanha são contra qualquer tipo de compromisso que defina uma data ou um contexto específico para a entrada da Ucrânia na NATO. Com certeza que haverá e já estão aprovados, de resto, em quadros bilaterais pelos Estados Unidos, armamentos adicionais e apoios adicionais à Ucrânia, também do lado da União Europeia e dos aliados europeus. Mas esses apoios tenderão a diminuir. Não é, como já aconteceu, aliás, ao longo dos 6 primeiros meses deste ano e poderão diminuir muito radicalmente se os norte-americanos elegerem o Presidente errado em Novembro deste ano. Portanto, há que fazer previsões de certa maneira, não apenas materiais, mas também políticas e diplomáticas, para fazer face a essa possibilidade, que é uma possibilidade real.RFI: A sombra de Donald Trump, no fundo, está a pairar sobre a cimeira da NATO?Carlos Gaspar: É uma cimeira de campanha. Claramente é uma cimeira de campanha. Ela segue-se a um debate presidencial entre Donald Trump e Joe Biden, que correu mal ao Presidente dos Estados Unidos e que desencadeou um debate dentro do Partido Democrata em que está em causa quem vai ser, finalmente, na Convenção de Agosto, o candidato presidencial. Neste momento, o candidato presidencial é Joe Biden, mas a sua posição pode ser posta em causa. Está a ser objecto de um debate dentro do seu próprio partido. E, nesse quadro, inevitavelmente, a cimeira da NATO para lá da Ucrânia é uma etapa decisiva na campanha eleitoral norte-americana.RFI: Esta cimeira da NATO é também a primeira em que participam enquanto membros de pleno direito, tanto a Finlândia como a Suécia. Isto, de certa forma, não será também, apesar de tudo, um símbolo forte para a NATO?Carlos Gaspar: Muito forte, muito importante para a NATO. A Suécia é um dos estados neutrais mais antigos da Europa. A Finlândia tinha uma posição de neutralidade imposta durante a Guerra Fria pela União Soviética, mas os dois responderam à invasão da Ucrânia pela Rússia com uma decisão de integrar a Aliança Atlântica, que é muito importante para a NATO e para a defesa europeia e também importante para a União Europeia, na medida em que, neste contexto, há apenas quatro Estados membros da União Europeia que não fazem parte da Aliança Atlântica e isso reforça as relações cada vez mais importantes entre a NATO e a União Europeia, entre os dois pilares da Comunidade Europeia e transatlântica.RFI: Esta cimeira decorre numa altura em que o actual Presidente do Conselho Europeu, Viktor Orban, acaba de efectuar visitas tanto a Kiev como a Moscovo e também a Pequim.Carlos Gaspar: Visitas bilaterais, não visitas como presidente do Conselho Europeu, uma vez que os próprios parceiros europeus vincaram bem que se tratava de visitas bilaterais e que o primeiro-ministro húngaro não tinha qualquer mandato do Conselho Europeu para tomar quaisquer iniciativas junto da Rússia ou da China.RFI: Isto não será, de qualquer das formas, um sinal de que reina alguma confusão, tanto a nível europeu como a nível da NATO, em termos de mensagens que se enviam a Moscovo?Carlos Gaspar: De forma nenhuma. Isto é uma manobra de Moscovo na qual o primeiro-ministro húngaro é um actor consciente e voluntário que visa justamente tentar perturbar a reunião da Aliança Atlântica e pôr em causa os esforços daqueles que defendem a definição de um quadro de entrada da Ucrânia na Aliança Atlântica. Não é a única resposta da Rússia e da China à cimeira de Washington. A China e a Rússia também alargaram a Organização de Cooperação de Xangai à Bielorrússia, que é vizinha da Polónia e que entrou na Organização de Cooperação de Xangai no dia 4 de Julho passado. E neste momento há manobras militares conjuntas da China e da Bielorrússia junto à fronteira da Polónia. Foi a forma de a China e da Rússia, as duas principais potências revisionistas, participaram na cimeira da NATO, para a qual, naturalmente, não foram convidadas. É pena, mas não é uma surpresa que o primeiro-ministro húngaro seja um pião dentro da estratégia da China e da Rússia.RFI: Mencionou precisamente a Organização de Cooperação de Xangai que esteve reunida na semana passada em cimeira. Uma das questões em cima da mesa foi precisamente reforçar a segurança regional. Esta organização, de certa forma, poderia ser uma concorrente da NATO e poderia obrigar a NATO a mudar radicalmente a sua estratégia?Carlos Gaspar: A Organização de Cooperação de Xangai é o contrário da NATO. A NATO é um pilar da ordem internacional. A Organização de Cooperação de Xangai é um perturbador da ordem internacional e não tem nenhuma das funções de garantia de defesa, nem sequer para os seus membros. Os seus membros cooperam vagamente na luta antiterrorista e por aí fora. Mas não há nenhuma cláusula comparável ao artigo quinto ou mesmo ao artigo quatro do Tratado de Washington. E, nesse sentido, não é uma aliança militar, não é uma aliança de defesa, como é a Aliança Atlântica desde 1949.RFI: Paralelamente, tem havido um certo bailado diplomático, tendo havido recentemente um encontro entre Putin e Xi Jinping. Putin também avistou-se com o Primeiro-ministro indiano. Putin está a multiplicar as parcerias. Como é que deve ser interpretado?Carlos Gaspar: Deve ser interpretado como uma tentativa de demonstrar que a Rússia não está isolada diplomaticamente, que está preparada, o que é falso, para negociar seriamente com a Ucrânia uma cessão das hostilidades, de maneira a evitar que haja sinais fortes do lado da cimeira de Washington em relação à Ucrânia, que garantam que a Ucrânia continua a resistir à invasão da Rússia e a sobreviver aos ataques da Rússia de Putin. A visita de Modi é particularmente importante. Há cinco anos que o primeiro-ministro indiano não ia Moscovo para uma visita bilateral e é a primeira visita bilateral que ele faz depois da sua reeleição. O pretexto que o primeiro-ministro usa é retirar os soldados indianos que estavam integrados nas Forças Armadas da Rússia e que foram mobilizados para a Ucrânia. Esses soldados vão ser desmobilizados e voltar à Índia. Mas esse pretexto não chega para explicar por que razão é que o primeiro-ministro Modi está preparado para, mais uma vez, ser um pião na estratégia do Presidente Putin, num momento que para Moscovo é crucial, e em que Moscovo -como Pequim- tem que fazer tudo para pôr em causa a unidade dos aliados. Nem a China nem a Rússia jamais imaginaram que mais de dois anos depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, continuasse a haver uma frente comum dos aliados para defender a Ucrânia, contra os cálculos que foram feitos, quer em Pequim, quer em Moscovo.RFI: Há pouco mencionou o facto de Biden, neste momento, estar a ser avaliado à lupa. Há também outro membro da NATO que também está a ser analisado: é a França, com o poder de Macron, neste momento, a ser abalado por alguma instabilidade interna. Que implicações é que isto pode ter a nível da NATO?Carlos Gaspar: Tem com certeza um impacto, porque existe a possibilidade de um quadro de instabilidade governamental nos próximos anos, mas também tem um impacto limitado, no sentido em que o Presidente da França tem uma posição especial e, pelo menos, essa tradição da Quinta República determina a política externa e a política de defesa da França. Isso seria posto em causa se houvesse um governo da União Nacional (partido de extrema-direita), o que parece excluído na presente conjuntura. De resto, mais nenhuma força põe em causa o "domaine réservé", o domínio reservado, do Presidente da República Francesa em relação à política externa e de defesa. E nesse âmbito, há um quadro de continuidade naquilo que é essencial para os aliados. Seria diferente, certamente, se o resultado das eleições do Domingo passado não tivesse sido aquele que foi.RFI: Além da Ucrânia, o que também está em cima da mesa é o próprio futuro da NATO, uma vez que, como mencionou há pouco, há a sombra do regresso de Trump, que já deu a entender que a sua política seria totalmente diferente em matéria de defesa e, por exemplo, os parceiros europeus teriam que ser mais activos no seio da NATO. Os europeus não deveriam ter já pensado nessa possibilidade?Carlos Gaspar: E pensaram. Neste momento há apenas um pequeno número de membros da NATO que não gasta mais de 2% do seu produto no orçamento de defesa e isso resulta da pressão dos Presidentes norte-americanos Obama, Trump, Biden, para garantir que a Europa tenha uma parte maior na NATO e uma responsabilidade maior na defesa da Europa. E é esse o interesse dos próprios europeus. Esta é uma velhíssima questão no quadro da Aliança Atlântica. É uma velhíssima questão no quadro da construção europeia. Não faz sentido que os países europeus, os países mais ricos do mundo, sejam de tal maneira dependentes dos Estados Unidos no que diz respeito à questão essencial da sua defesa e estratégia. Desse ponto de vista, as pressões de Trump, como as pressões do Presidente Obama antes dele e do Presidente Biden depois dele, são muito bem-vindas por todos aqueles que querem que a Europa tenha uma autonomia estratégica relevante no quadro da Aliança Atlântica. 

Professor HOC
POLÔNIA E FINLÂNDIA REFORÇAM FRONTEIRAS CONTRA A RÚSSIA | Professor HOC

Professor HOC

Play Episode Listen Later Jun 23, 2024 18:58


A Europa está em alerta! Com o avanço da Rússia na Ucrânia, países como Polônia e Finlândia estão fortalecendo suas fronteiras para se protegerem de possíveis ameaças. Neste vídeo, exploramos as gigantescas fortificações da Polônia na fronteira com a Bielorrússia e a Rússia, e como a geografia e as florestas densas da Finlândia servem como barreiras naturais contra invasões. Vamos entender como esses países estão se preparando para um possível conflito e as implicações para a OTAN. Descubra como essas fortificações e barreiras naturais não só desaceleram o avanço inimigo, mas também liberam tropas e salvam vidas. Vamos falar sobre investimentos, estratégias e a importância dessas defesas na história recente e nas tensões atuais. Fique ligado para entender o papel crucial das fortificações na segurança europeia e como elas influenciam o cenário geopolítico global. #russia #polonia #otan

Convidado
PR guineense em Moscovo em contexto de crescente aproximação entre a Rússia e África

Convidado

Play Episode Listen Later May 9, 2024 8:16


O Presidente guineense encontra-se desde esta quarta-feira em Moscovo onde, segundo fontes governamentais russas, ele efectua uma visita até ao dia 11 de Maio. Hoje, Umaro Sissoco Embalo, está presente nas cerimónias oficiais comemorando o dia 9 de Maio de 1945, dia da vitória das tropas soviéticas sobre a Alemanha Nazi, ao lado dos dirigentes de Cuba, do Laos, da Bielorrússia, do Cazaquistão ou ainda do Uzbequistão. No âmbito desta visita que decorre num contexto em que Moscovo tem vindo a estreitar cada vez mais os laços com países africanos, nomeadamente São Tomé e Príncipe, o executivo russo avança que o Presidente da Guiné-Bissau e Vladimir Putin deveriam abordar questões internacionais e humanitárias, mas também assuntos económicos, como a exploração mineira e o sector dos hidrocarbonetos.Em Março, os serviços de informação do executivo russo anunciaram que tinham sido apagados um pouco mais de 26 milhões de Dólares da dívida da Guiné-Bissau para com Moscovo e que Bissau se comprometia a aplicar este valor em projectos visando melhorar os sectores da saúde e da educação. Contudo, mais nenhuma informação a confirmar ou desmentir essa notícia chegou a filtrar.A Rússia tem uma longa história de cooperação com a Guiné-Bissau que antecede a sua independência. A Rússia Soviética deu um apoio militar capital para a luta de libertação guineense. Mas hoje a época é outra, porque a Rússia mudou de rumo e também porque o Presidente da Guiné-Bissau pertence a outra geração, recorda o jurista e universitário guineense Fodé Mané.RFI: O Presidente guineense efectua actualmente uma visita à Rússia. Segundo fontes do governo russo, esta visita tem por objectivo abordar questões alusivas à exploração mineira e aos hidrocarbonetos, mas não há muitas mais informações. O que se pode depreender disso?Fodé Mané: Há poucas informações. As informações que a gente tem estado a ter são através de outras fontes, principalmente as fontes russas ou de algumas agências internacionais. Só que, apesar disso, nós podemos fazer algumas avaliações. A Rússia comunista esteve muito ligada à luta, libertação nacional e à própria Constituição do Estado. A ligação dos quadros russo e dos quadros guineenses e de alguns sectores é muito forte. Umaro Sissoco Embalo não só não faz parte da geração daquele grupo, mas tem estado ultimamente a ter uma relação um pouco hostil com aquele grupo de intelectuais. Inclusive, também não se revê em termos históricos nesse passado com a Rússia. Não se vê esta identificação. Umaro Sissoco Embalo esteve na Rússia há pouco. Foi à Rússia e à Ucrânia. Depois tem estado a ter posições que parecem directamente hostis à posição da Rússia. Por exemplo, a Rússia tem estado a colaborar com alguns Estados africanos da África Ocidental, como o caso de Mali, do Níger, do Burkina. A linha de Sissoco Embalo é uma linha totalmente contrária àquela cooperação. Não se percebe qual é a estratégia diplomática da Guiné-Bissau para, nesse momento, estar ligada à Rússia no momento em que o mundo está polarizado. Estão a sancionar a Rússia devido à guerra na Ucrânia. Então, estando com a Rússia indirectamente, é arriscar-se a apanhar as sanções, porque não se pode fazer transferências directas e não se pode alargar muito em termos de cooperação. Agora, qual é o interesse que leva você a ir para a Rússia, neste ambiente em que no país não estão a funcionar as instituições? Nós não temos parlamento, não temos um governo que saiu das eleições, não temos um tribunal a cumprir a sua missão fiscalizadora. Existe apenas uma instituição que é uma pessoa, Umaro Sissoco Embalo, que vai fazer tudo. Portanto, é uma visita que nos preocupa, porque a Rússia não tem aquela característica de respeitar as instituições do Estado de Direito democrático.RFI: Há umas semanas atrás, fontes russas anunciaram que a Rússia tinha apagado uma parte substancial da dívida que a Guiné-Bissau tinha para com Moscovo. Houve mais alguma informação sobre este assunto?Fodé Mané: Não temos informação porque apagar a dívida vai mexer com instrumentos como o Orçamento Geral do Estado. Isso vai mexer na programação que é feita. Se houver alguma acção, um perdão dessa dívida deve ser enquadrado. Não deve limitar-se em acordos pontuais. Onde é que deve enquadrar? Quem é que acompanha depois? Como é que isso se vai reflectir nas contas gerais do Estado? Não há esta informação, mas a Rússia não está a ver o país por dentro. E isso pode ter consequências, porque toda essa situação pode não servir os interesses da população. Por isso, estes anúncios informais nessas condições, não ajudam. Mas não é só sobre o serviço da dívida: há também o anúncio de que houve propriedades que pertenciam à Embaixada da Rússia que foram cedidas para o Governo da Guiné-Bissau e que neste momento são reivindicadas por algumas pessoas muito próximas ao actual regime. É uma coisa que está fora dos padrões. E isto também aliado à questão das dívidas, quem apaga a dívida, condiciona a forma como os pagamentos devem ser feitos. Não se conhecem os pormenores do problema da dívida.RFI: A visita de Umaro Sissoco Embalo à Rússia acontece numa altura em que acaba de ser noticiada a assinatura recente de um acordo militar entre a Rússia e São Tomé e Príncipe. Julga que isto é apenas um acaso de agenda ou que, efectivamente, a Rússia poderia estar a fazer uma "operação de charme" junto de alguns países africanos?Fodé Mané: Está a fazer. Mas mais do que isso: a situação em São Tomé e Príncipe é diferente, quando pensamos que temos um Presidente, temos um governo saído de um parlamento eleito democraticamente e está a funcionar e temos instituições judiciais a funcionarem. A ajuda russa, principalmente nas Forças Armadas, não é novidade e até os nossos quadros já têm alguma experiência de lidar com as tecnologias russas, com alguns serviços russos. Isso seria bom se fosse de uma forma transparente, porque o Estado precisa de ter meios de defesa. Agora, o problema que se coloca neste momento é que tipo de governação temos na Guiné-Bissau? Isso é preocupante, porque vem fortalecer um regime que se impõe contra os interesses da maioria e que tem estado a amordaçar todos os direitos fundamentais. E depois aqui só existe uma vontade.

Guerra Fria
Bielorrússia: a ditadura prepara-se para a guerra

Guerra Fria

Play Episode Listen Later Mar 9, 2024 19:27


Esta semana, no Guerra Fria, José Milhazes e Nuno Rogeiro falam sobre o "omnipresente e omnipotente ditador bielorrusso", Alexandre Lukashenko, que publicou um decreto sobre a passagem dos órgãos de poder para o trabalho nas condições de guerra. Um dos seus objectivos, diz o comentador, é reforçar ainda mais "a máquina repressiva no interior da Bielorrússia, país por ele governado desde 1994". Oiça o podcastSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Ideias Radicais
(YT) Vídeos pra incomodar o seu amigo socialista - Parte 2 (Estônia x Bielorrússia)

Ideias Radicais

Play Episode Listen Later Feb 5, 2024


Estônia foi de capitalismo enquanto a Bielorrússia foi de estatais, estado grande e controle da economia. Resultado: Estônia é quatro vezes mais rica per capita e ninguém quer morar na Bielorrússia. Ficou interessado em morar na Estônia? Nos contate: https://www.settee.io/ https://youtube.com/c/Setteeio Nos acompanhe no Telegram: https://t.me/ideiasradicais

Volta ao mundo em 180 segundos
14/12: Maduro e Ali se reúnem para evitar conflito por Essequibo | Número de jornalistas mortos em atividade caiu em 2023 | Atletas russos e bielorrussos participarão das Olimpíadas de Paris

Volta ao mundo em 180 segundos

Play Episode Listen Later Dec 14, 2023 4:22


Irfaan Ali diz que cabe à Corte Internacional de Justiça decidir a respeito das fronteiras entre Guiana e Venezuela. E tem também: - Em 2023, 45 jornalistas morreram em atividade, dos quais 23 em zonas de conflito e outros 22 em zonas de paz - Câmara dos Deputados aprova abertura do processo de impeachment do presidente Joe Biden - Suprema Corte dos Estados Unidos vai decidir até junho do ano que vem se restringe o uso da pílula abortiva mifepristona - Reunião de cúpula da União Europeia discuti processo de adesão da Ucrânia ao bloco - No Japão, quatro ministros pediram demissão após escândalo de fraude financeira - Atletas da Rússia e da Bielorrússia participarão das Olimpíadas sem bandeiras ou hinos, de maneira neutra Ajude a fazer o 180” através da chave pix 180segundos@hdln.com Siga a gente no Instagram https://www.instagram.com/volta_180_segundos/ e Linkedin https://www.linkedin.com/company/volta-ao-mundo-em-180-segundos/?viewAsMember=true Escute Território Livre. https://open.spotify.com/show/1M8rgHOjCrZw4hvWDyoAjs?si=c24baabfb4a64987 Ouça também Mulheres no Mapa. https://open.spotify.com/episode/6agg7nvhUj0amAaev376CM?si=ce72663ee6ac4fe2 E conheça o Esquerda Volver. https://open.spotify.com/episode/4PjhNIOPcWqsbSx1fU4gio?si=f29e5c86692b46c5 Quer ler nosso boletim na íntegra? Acesse https://180-segundos.headline.com.br/ Acompanhe também na Orelo https://orelo.cc/article/657ab2895e85de4de55a26e4 --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/voltaaomundoem180s/message

Gabinete de Guerra
"Estamos a ver a fase mais diplomática da guerra"

Gabinete de Guerra

Play Episode Listen Later Dec 5, 2023 4:18


Bruno Cardoso Reis lembra que a guerra está numa "fase mais defensiva". Reforça que a Bielorrússia está "dependente de Moscovo" e que Lukashenko procura "reforçar relações com os países disponíveis".See omnystudio.com/listener for privacy information.

Expresso - Eixo do Mal
Do estado da guerra ao estado da nação

Expresso - Eixo do Mal

Play Episode Listen Later Jul 21, 2023 50:00


Clara Ferreira Alves, Luís Pedro Nunes, Daniel Oliveira e Pedro Marques Lopes avaliam o regresso de Prigozhin, a falar às tropas Wagner na Bielorrússia, num vídeo ao lusco-fusco, distribuído via Telegram. Os cereais voltaram ao centro da guerra e as eleições americanas estão ao virar da esquina. Do estado da guerra ao estado da nação: esta quinta-feira, dia 20, houve encontro no parlamento com um debate do estado da nação parecido com mais 'um passeio' de António Costa na Assembleia. Oiça a análise do Eixo do Mal emitido na SIC Notícias na noite de 20 de julho.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Emissão Vespertina - Voz da América. Subscreva o serviço de Podcast da Voz da América
Emissão Vespertina: Líder mercenário da Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse Presidente da Bielorrússia - julho 06, 2023

Emissão Vespertina - Voz da América. Subscreva o serviço de Podcast da Voz da América

Play Episode Listen Later Jul 6, 2023 89:52


Um programa orientado aos países Lusófonos de África, Brasil e comunidades de língua portuguesa no mundo. Oferece noticias do dia, informação, analises, desporto, artes, entretenimento, saúde, questões em debate em África. Às sextas em especial um convidado explora vários ângulos de um tema.

Guerra Fria
Bielorrússia mantém estratégia, Polónia pede a instalação de mísseis nucleares. E agora aguardamos a catástrofe?

Guerra Fria

Play Episode Listen Later Jun 30, 2023 30:31


A Polónia pediu aos EUA a instalação de mísseis nucleares táticos no seu território, como resposta à colocação de armas nucleares na Bielorrússia. “Este é um comboio em andamento que não sabemos onde irá parar”, avalia Nuno Rogeiro. Mais a leste, o Kremlin continua a tentar lavar o rosto dos acontecimentos do último fim-de-semana que envolveram Prigozhin e os seus mercenários. “Um trabalho herculéo”, nas palavras do comentador José Milhazes. O conflito continua, as tensões aumentam e o Guerra Fria faz a análise. Ouça em podcast o programa emitido na SIC Notícias a 30 de junho. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
Analista considera que grupo Wagner vai continuar em força em África

Convidado

Play Episode Listen Later Jun 28, 2023 13:37


A rebelião do grupo Wagner contra o Presidente russo provocou “uma crise profunda e importante”, mas não vai afectar a presença desta força paramilitar nos países africanos, considera o investigador moçambicano Régio Conrado. “O grupo Wagner, de uma forma ou de outra, vai ter de continuar no continente africano porque já não se trata de interesse de um indivíduo, trata-se do interesse de um Estado”, afirma o investigador, ao lembrar o peso diplomático e militar que a Rússia adquiriu em África. Esta semana, o Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu responsabilizar “os organizadores da rebelião” do grupo Wagner, no sábado, para tentar encerrar um capítulo que ele admitiu ter ameaçado “dividir e fragmentar” a sociedade russa.  No sábado, a companhia paramilitar liderada por Yevgeny Prigozhin lançou uma marcha armada em direcção de Moscovo, que foi descrita pelo Presidente Vladimir Putin como uma "traição". Nos últimos anos, o grupo Wagner implantou-se em vários países africanos. Que consequências para África face ao que se passou no sábado, na Rússia? Esta é a questão central da entrevista a Régio Conrado, professor na Universidade Mondlane, em Moçambique, e investigador associado a Sciences-Po Bordeaux.RFI: Qual é que é a amplitude da presença do grupo Wagner em África? Quantos homens e em que países? Régio Conrado, professor na Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique e investigador associado a Sciences-Po em Bordéus: “O grupo Wagner é um grupo militar com ligações muito específicas com o Estado russo, o que não nos permite saber com precisão quantos homens tem no continente africano. Agora, nós sabemos que estavam presentes em Moçambique até há muito pouco tempo e não se sabe precisamente se já saíram todos de Moçambique. Estão presentes na República Centro-Africana, estão presentes na Líbia, estão presentes no Sudão, estão presentes na Etiópia, estão presentes no Mali, parece que estão presentes também no Burquina Faso. Quer dizer que há uma multiplicidade de país africanos em que eles estão presentes.”“Que consequências pode ter para esses países uma neutralização da força Wagner?”“O ministro da Defesa russo, assim como algumas autoridades russas e o próprio Presidente russo, disse, de forma muito objetiva e clara, que as operações do grupo Wagner no continente africano não seriam afectadas até porque para o Estado russo o grupo Wagner é um instrumento profundamente central, profundamente estruturante, para a sua política securitária no continente africano e até para a sua política de influência no continente africano.”“Mas essas palavras bastam para tranquilizar os chefes de Estado de todos estes países? Ou seja, basta dizer que as operações do grupo Wagner no continente africano não vão ser afectadas, quando na Rússia houve esta rebelião que acabou por ser neutralizada, mas que coloca em causa a própria constituição da força Wagner?”“Obviamente que nós estamos numa circunstância em que os estados que têm relações de proximidade com o grupo Wagner têm razões para ficarem preocupados porque toda a instabilidade deste grupo – na sua relação com o Estado russo - obviamente cria problemas que são profundamente estruturantes. Mas o que nós devemos saber, neste momento, é a posição do Presidente Russo quando deu a saber que os militares do grupo Wagner poderiam integrar-se nas Forças Armada da Rússia ou poderiam voltar para suas respectivas casas ou poderiam ir para a Bielorrússia. Nisto entende-se que o grupo Wagner não pode ser dissolvido. Mas também, neste momento, na Rússia, há grupos militares a serem formados. Se o grupo Wagner fosse dissolvido - mas isso é uma potencialidade profundamente remota - mas se fosse dissolvido, muito imediatamente seria substituído por um outro grupo militar. A Rússia depende, de forma estruturante, para a sua política no continente africano, da presença deste tipo de grupos militares.”“Quais são os cenários para a força Wagner?”“São vários cenários possíveis, mas há dois cenários que me parecem mais prováveis. O primeiro grande cenário é que grupo Wagner continue. O próprio Yevgeny Prigozhin não desafiou em nenhuma circunstância o Presidente Russo.”“Desafiou ao marchar contra Moscovo.”“Há uma tendência de salientar aquilo que foi a marcha do grupo Wagner em Rostov, mas é muito provável que o nível de ampliação, o significado deste evento, possa não ser tanto quanto estamos a discutir nos espaços públicos. Todos os grandes especialistas dizem, com muita clareza, que o grupo Wagner não tinha nenhuma capacidade estruturante para poder marchar e conseguir tomar as grandes bases por dentro da Rússia, para além daquela que tomaram em Rostov. O que pode acontecer é que se neutralize Yevgeny Prigozhin e isso já começou. O Presidente russo diz que tem que haver uma investigação profunda para se saber como é que os 1.000 milhões de dólares foram usados - que foram pagos ao grupo Wagner e que foram usados em 2022-2023. Aqui vão fazer investigações muito provavelmente em relação a uma pessoa, mas não necessariamente ao grupo. Não há nenhuma intenção de confundir Yevgeny Prigozhin com o grupo Wagner, o que pode significar que: ou se pode neutralizar o seu líder colocando uma outra grande figura; ou pode-se multiplicar outros grupos paramilitares que vão responder ou vão estar a soldo dos interesses da Rússia.”“Apesar de tudo,Yevgeny Prigozhin fez tremer, de certa forma, este sábado, a Rússia de Putin e deve ter provocado alguns tremores junto dos chefes de Estado africanos que contam com forças Wagner nos seus territórios. Esta crise interna em Moscovo pode vir a travar anos de conquista russa em África?”“Não estou muito certo que Yevgeny Prigozhin tenha feito tremer o poder russo. Isto não posso assumir por uma razão muito simples: é que nós sabemos que, do ponto de vista daquilo que aconteceu, até hoje ninguém pode ter conclusões totais. Aliás, nós sabemos também que, apesar de ter havido esta situação na Rússia, isto não coloca em causa aquilo que é a estrutura do poder russo. Mesmo no Ocidente, eu ouvi o presidente [Emmanuel] Macron a dizer que é preciso ter muita cautela porque este fenómeno ainda pode ser um epifenómeno e este fenómeno pode não ter o significado que nós podemos querer dar. Ele disse isso numa entrevista recente. Eu penso que este grupo colocou em causa aquilo que é a famosa estabilidade total e completa da Rússia ou da capacidade do próprio presidente Russo de controlar todas as suas forças, inclusivamente este grupo. Agora, é muito verdade que os países africanos que trabalham com o grupo Wagner estão profundamente preocupados porque a evolução deste grupo na Rússia e a forma como as coisas estão a evoluir criam um importante problema. Eu penso que é nesta perspectiva que o Presidente russo, de forma muito imediata, disse aos seus parceiros que todo o trabalho que o grupo Wagner está a fazer no continente africano vai continuar.”“A Cimeira Rússia- África, no final de Julho, pode ser também uma forma de clarificar as coisas?”“Concordo plenamente consigo porque este aspecto virá à tona da mesa das discussões: Como é que a gente fica de facto? Este grupo está controlado? As operações vão continuar? A cooperação militar – com o grupo Wagner e com o Estado russo - vai continuar ou não. Penso que esta questão vai ser colocada, não só ao nível daquilo que vai acontecer nesta cimeira Rússia-África, mas também no encontro dos BRICS em Agosto. Porque apesar de a Rússia não estar diretamente presente em muitos outros países, a cooperação militar com a Rússia, em termos de venda de armamento, que é feita através de várias outras figuras, é profundamente importante.”“Esta crise interna russa provocada pela força Wagner aconteceu ao mesmo tempo que saiu um relatório da organização The Sentry (que investiga as redes de predação económica e financeira nas zonas de conflito) e que denuncia a actuação do grupo Wagner na República Centro-Africana. Este relatório chama-se “Os Arquitectos do Terror” e mostra testemunhos de horrores de cerca de 50 vítimas e também de militares que participaram nas operações do grupo russo, nomeadamente, massacres, violações - incluindo de crianças e de mulheres grávidas - pilhagens, raptos…  Este relatório e aquilo que aconteceu nos últimos dias podem colocar em causa a continuação da força Wagner em alguns países africanos ou não está no interesse, por exemplo, da RCA fazê-lo porque a força Wagner sustenta o Presidente Faustin-Archange Touadéra? »“Concordo plenamente com a sua análise. Este relatório não vai colocar em causa a continuidade deste grupo no continente africano até porque este tipo de relatórios hoje no contente africano são considerados como desnecessários e totalmente inúteis. Por um lado, num encontro em Paris, todos os presidentes africanos foram unânimes em mostrar que não é um relatório do Ocidente, que não é um discurso do Ocidente, que não é um discurso dos países ocidentais, que vai determinar a sua política externa, que vai determinar a estrutura da sua cooperação bilateral ou multilateral e até o próprio Presidente [Patrice] Talon - que é considerado um dos mais próximos da França - numa entrevista à RFI e France24 - chegou a dizer que uma cooperação com o grupo Wagner se for do interesse dos países, também a faz. Não é este tipo de relatórios que vai colocar em casa.”“Mas este tipo de relatórios também ouviu os próprios militares do exército da RCA...”“Sim, claro, mas isto não vai colocar em causa porque o próprio Presidente da República Centro- Africana sobrevive de forma estrutural por causa do nível de intervenção e de protecção que tem do grupo Wagner. O ministro da Defesa e o chefe das Forças Armadas da República Centro-Africana veio a público dizer que vai haver investigação mas, como sabe, essa investigação nunca virá a público ou a conclusão será: ‘Fizemos as verificações, mas parece que são aspectos profundamente dispersos e que não coloca em causa aquilo que é a intervenção deste tipo de forças.' Eu penso que vai ser, mais ou menos, isto porque de forma estrutural não vejo um relatório deste tipo a ter impacto.”“Mas estou a falar do relatório em conjunto com toda esta situação de quase implosão na cúpula do grupo Wagner…”“Não sei se a gente pode falar de implosão porque todos os grandes especialistas estão a tentar mostrar que o grupo Wagner, de uma forma ou de outra, com um nome ou com outro, vai ter de continuar no continente africano porque já não se trata de interesse de um indivíduo, trata-se do interesse de um Estado. A Rússia conquistou muito espaço no contente africano, não vai ser por causa de um homem que o Estado russo vai abandonar a sua cooperação nos termos que está a fazer com o contente africano e que se mostra muito mais eficiente, mais barato, mais rápido e com resultados em termos de imagem muito mais pragmáticos do que os outros tipos de cooperação com outros países ocidentais. Eu penso que implosão a gente não pode falar. Podemos falar de uma situação de crise profunda e importante. Isto não há dúvidas. É por essa razão que, mesmo nas altas hierarquias do Estado russo, não se está a falar da dissolução desta força. Está-se a encontrar mecanismos que possam dar continuidade a isto e sobre África nem se fala. Os países africanos que hoje têm uma cooperação com a Rússia estão muito menos preocupados com as questões de conflitos interiores da Rússia, o que lhes interessa é que a cooperação permaneça e continue. A Rússia agora está em guerra, mas a Rússia está a fornecer armamento ao Mali, está a fornecer a armamento de forma indirecta ao Burkina Faso, está profundamente investida na República Centro-Africana, está envolvida no conflito no Sudão, esteve praticamente implicada no conflito que houve na Etiópia – ou que ainda está em curso porque as negociações não estão totalmente terminadas. Eu até fiquei surpreendido que o grupo Wagner tenha ainda um escritório em Maputo. De forma estrutural, este grupo não está necessariamente para desaparecer porque este grupo não só fornece serviços militar no sentido de proteção e intervenção, este grupo também vende armamento. Este grupo presta outro conjunto de serviços que podem não ser profundamente claros. São muitos interesses misturados no meio de tudo isto e não me parece que possam desaparecer de forma tão rápida por causa dessa situação que aconteceu em Rostov e com a questão do relatório publicado acerca dos actos que lhes são imputados na República Centro-Africana, na exploração dos diamantes e outros tipos de recursos daquela região.”

Actualidade - Renascença V+ - Videocast
Prigozhin na Bielorrússia. O que está por trás da rebelião falhada do grupo Wagner?

Actualidade - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Jun 27, 2023 1:35


Prigozhin na Bielorrússia. O que está por trás da rebelião falhada do grupo Wagner?

Leste Oeste de Nuno Rogeiro
Putin dá guia de marcha a Prigozhin. Tudo como dantes?

Leste Oeste de Nuno Rogeiro

Play Episode Listen Later Jun 25, 2023 43:53


Foi ou não um golpe de Estado falhado? Nuno Rogeiro explica no Leste/Oeste em podcast tudo o que esteve em causa nos últimos dias com a rebelião efémera do grupo Wagner. O líder da organização, Prigozhin, iniciou a "marcha pela justiça" até à capital russa e ameaçou derrubar o poder dos oligarcas do Kremlin. Lukashenko, aliado próximo de Vladimir Putin, intercedeu e, após negociações com o antigo cozinheiro do líder russo e fundador do Wagner, este aceitou exilar-se na Bielorrússia. O Leste/Oeste emitido a 25 de junho na SIC Notícias faz a cronologia dos acontecimentos e do que poderá seguir-se para a Rússia de Putin. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Resposta Pronta
Ida de Prigozhin para a Bielorrússia é "exílio"

Resposta Pronta

Play Episode Listen Later Jun 24, 2023 7:56


A análise às negociações das últimas horas. Para Diana Soller, especialista em assuntos internacionais, Yevgeny Prigozhin "mudou o curso da guerra": "Mostrou que Putin não é um líder absolutamente incontestado".See omnystudio.com/listener for privacy information.

Guerra Fria
Prigozhin pede desculpa pela interrupção. A guerra segue dentro de momentos

Guerra Fria

Play Episode Listen Later Jun 24, 2023 38:14


No Guerra Fria em podcast deste sábado, Nuno Rogeiro e José Milhazes analisam os últimos desenvolvimentos da rebelião que durou menos de 24 horas. Depois de ter aceitado um acordo com o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, Prigozhin anunciou o fim da marcha do grupo Wagner até Moscovo, para "evitar um banho de sangue". Depois de horas sem reagir, o Kremlin confirmou que os combatentes Wagner não serão acusados de rebelião e traição, e que o líder da organização paramilitar terá o seu processo criminal arquivado e passará a viver na Bielorússia. O Guerra Fria foi emitido na noite de 24 de junho, na SIC Notícias.See omnystudio.com/listener for privacy information.

A História do Dia
Devemos temer a Bielorrússia com armas nucleares?

A História do Dia

Play Episode Listen Later Jun 19, 2023 24:38


Já está a decorrer o envio de armas nucleares russas para a Bielorrússia. Quem pode carregar no botão? Teremos uma nova corrida global ao armamento? Uma conversa com o especialista Bruno Cardoso Reis.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Guerra Fria
Rússia e a Bielorrússia: dois países governados por “ditadores psicopatas”

Guerra Fria

Play Episode Listen Later Jun 17, 2023 30:28


Uma delegação africana entregou à Ucrânia um novo plano de paz e Putin respondeu com um discurso inflamado que insulta Zelensky e os Ucranianos. Lukashenko, presidente da Bielorrússia, deu uma entrevista a um canal russo onde afirmava que Putin lhe tinha dado um documento que referia que a região do Donbas seria arrendado à Rússia pela Ucrânia. A máquina propagandista soma e segue, com desinformação nova todos os dias. O Guerra Fria com José Milhazes e Nuno Rogeiro foi exibido na SIC a 17 de junho.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Guerra Fria
A contraofensiva ucraniana continua, para quando a ajuda do Ocidente?

Guerra Fria

Play Episode Listen Later Jun 14, 2023 31:34


A contraofensiva ucraniana continua, os comentadores do Guerra Fria analisam os avanços no terreno e relembram a importância da prometida ajuda ocidental que tarda a chegar. Em análise, está também a promessa da utilização de armas nucleares por parte do presidente da Bielorrússia. "Um jogo muito perigoso", avisa José Milhazes. Ouça em podcast a opinião de Nuno Rogeiro e José Milhazes. Este programa foi emitido na SIC Notícias a 13 de junho.   See omnystudio.com/listener for privacy information.

Guerra Fria
Kiev volta a ser bombardeada, Moscovo sofre primeiro ataque: "A Ucrânia tem direito a defender-se com os mesmos meios que a Rússia emprega"

Guerra Fria

Play Episode Listen Later May 31, 2023 33:21


Kiev volta a ser bombardeada e Moscovo sofre o primero ataque que envolveu civis.  Retaliação ucraniana? Kremlin fala de "ataque terrorista", mas Ucrânia nega o envolvimento direto. José Milhazes defende que "a Ucrânia tem direito a defender-se com os mesmos meios que a Rússia emprega", apesar de não considerar o grau de barbárie dos ataques comparável. Já Nuno Rogeiro mostra maior preocupação com o futuro, "o que se prepara contra a Ucrânia é, de facto, muito assustador": navios com mísseis, cento e cinquenta drones, a Polónia começa a boicotar a passagem de camiões entre a Rússia e a Bielorrússia e, ainda, eleições russas antecipadas com lei marcial. Na semana em que se revelam os artistas que vão estar presentes na Festa do Avante, José Milhazes deixa-lhes um apelo: "Quando chegarem ao microfone gritem se estão a favor ou contra da invasão". Este programa foi emitido na SIC Notícias a 30 de maio. Ouça o programa em podcast e fique a par dos mais recentes desenvolvimentos do conflito.   See omnystudio.com/listener for privacy information.

Expresso - O mundo a seus pés
Memória, culpa, patriotismo: dois ativistas da Rússia e da Bielorrússia relembram os anos passados em regimes que fazem da História uma arma de propaganda

Expresso - O mundo a seus pés

Play Episode Listen Later May 15, 2023 33:09


Pavel e Katerina já não vivem onde nasceram: ele, na Rússia; ela na Bielorrússia. Agora estão em Portugal, onde ambos têm associações que lutam, de longe, por mais liberdade nos seus respectivos países. Mas o contacto com família e amigos que ainda lá vivem mostra-lhes que a máquina de propaganda que ajudou a fazer nascer e sustenta ainda todo o regime de Vladimir Putin, e por contágio o de Alexander Lukashenko, continua funcional. Uma conversa sobre educação patriótica, culpa, controlo e narrativas impostas a várias gerações moderada pela jornalista Ana França.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Triangulação do Círculo
Ep. 152 - "Deportação" de Trump, Jogadas nucleares e NATO, Kentucky don't say gay

Triangulação do Círculo

Play Episode Listen Later Apr 2, 2023 45:49


Trump será "deportado" da Florida para Nova Iorque? À justiça o que é da justiça e à política o que é da política? Os europeus têm dificuldade em "entender" o modelo legal norte-americano? A entrada da Finlândia na NATO é a jogada que faltava para isolar a Rússia? A colocação de armas nucleares russas na Bielorrússia é uma boa aposta de Putin? Mais medidas contra as pessoas trans no Kentucky, há fim à vista?

Guerra Fria
“Líderes russos estão a enterrar a Rússia. Vão levá-la a uma situação trágica e quiçá à desintegração”

Guerra Fria

Play Episode Listen Later Apr 2, 2023 30:22


No dia em que se assinala um ano desde a libertação de Bucha depois do massacre perpetrado pelo regime russo, a análise de Nuno Rogeiro e José Milhazes no Guerra Fria em podcast. Volodymyr Zelensky afirmou esta sexta-feira que a Ucrânia "nunca perdoará" a Rússia pela ocupação daquela cidade perto da capital ucraniana onde as forças de Vladimir Putin foram acusadas pela comunidade internacional de massacrar civis. Durante a visita à cidade para assinalar o aniversário da libertação, o presidente ucraniano afirmou que as conversações entre Putin e Xi Jinping este mês falharam: "O sinal de que a Rússia quer colocar as suas armas nucleares na Bielorrússia diz-me que o encontro com a China falhou". O Guerra Fria foi emitido na SIC a 31 de março.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Renascença - Visto de Fora
Rússia assume Conselho de Segurança da ONU. "Parece uma piada de mau gosto"

Renascença - Visto de Fora

Play Episode Listen Later Mar 31, 2023 30:52


A semana em que Moscovo anunciou a intenção de colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia coincide com a semana em que a Rússia assume a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A última vez que isso aconteceu foi em fevereiro de 2022, quando começou a guerra na Ucrânia.

Desordem Mundial
Do Parlamento à rua, o radicalismo impera em França

Desordem Mundial

Play Episode Listen Later Mar 28, 2023 49:32


No episódio desta semana, o Desordem Mundial desce às ruas francesas para tentar perceber o que move e mobiliza as massas populares contra a reforma de Macron. Mas antes, analisa a decisão de Putin em estacionar armas nucleares na Bielorrússia e a polémica reforma judicial que Benjamin Netanyahu quer concretizar em Israel. No final, livros sobre Espanha e Rússia.

Hoje no TecMundo Podcast
YouTube está QUEBRADO, como bloquear BBB nas redes sociais - Hoje no TecMundo 10/01/23

Hoje no TecMundo Podcast

Play Episode Listen Later Jan 10, 2023 10:16


Vamos ver as principais notícias de tecnologia de hoje são: YouTube todo zoado impacta visualizações em canais, aprenda a bloquear o Big Brother Brasil nas redes sociais, pirataria legalizada na Bielorrússia e muito mais. Confira!

DW em Português para África | Deutsche Welle
7 de Outubro de 2022 - Noite

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later Oct 7, 2022 20:00


Em Moçambique, Parlamento aprova nova Tabela Salarial Única e funcionários públicos esperam ter reivindicações atendidas. Prémio Nobel da Paz vai para ativista da Bielorrússia e organizações da Rússia e Ucrânia. Na província moçambicana de Tete, estudantes denunciam assédio sexual no ensino superior. Todos os detalhes do campeonato alemão de futebol.

História FM
088 Chernobyl: as consequências políticas e ambientais do desastre

História FM

Play Episode Listen Later Mar 14, 2022 116:55


Em 26 de abril de 1986, a usina de Chernobyl na Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorússia, passou por um acidente que culminou na maior catástrofe com radiação da história desde o lançamento das bombas atômicas no Japão em 1945. Até hoje as consequências do acidente são estudadas e discutidas, e vão desde os efeitos da radiação nas pessoas expostas a ela, a dissolução da União Soviética, alterações bruscas no meio ambiente da chamada "zona de exclusão" e a economia dos três principais países envolvidos - Rússia, Ucrânia e Bielorrússia. No episódio de hoje contamos com Rodrigo Ianhez do Guia Rússia e Laura de Freitas do canal Nunca Vi 1 Cientista para falar sobre o assunto, além de contar com as participações especiais de Caio Gomes (canal O Físico Turista), Pirula (Canal do Pirula) e Filipe Figueiredo (Xadrez Verbal e Nerdologia) para falar sobre, respectivamente, as causas do acidente, o impacto no meio ambiente e a atual situação de Chernobyl durante a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.

Plano Piloto
Belarus, a última ditadura da Europa

Plano Piloto

Play Episode Listen Later Mar 13, 2022 47:12


Belarus, conhecido por muitos brasileiros como Bielorrússia, é a porta de entrada da Europa Oriental fazendo fronteira com a Rússia, Ucrânia, Polônia, Letônia e Lituânia. Por que é considerada como "última ditadura da Europa" ou até mesmo, o que restou da União Soviética, e quem é o ditador? Conversa com Volha do canal Embaixada Popular de Belarus no Brasil no YouTube

DW em Português para África | Deutsche Welle
9 de Março de 2022 - Noite

DW em Português para África | Deutsche Welle

Play Episode Listen Later Mar 9, 2022 19:59


Supostos autores da tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau não têm acesso a advogados. Líder da UNITA está nos Estados Unidos para mobilizar apoios e observadores para as eleições de agosto em Angola. Em Moçambique, a polícia matou duas pessoas durante tumultos na Zambézia. Ucrânia: União Europeia endurece sanções contra Rússia e Bielorrússia.

Entendendo a Notícia
# 353 - Ucrânia chama de "imoral" decisão russa de permitir fuga de civis apenas pela Rússia e pela Bielorrússia

Entendendo a Notícia

Play Episode Listen Later Mar 7, 2022 32:49


07/03/2022 - Bandeirantes Acontece

Ainda Bem que Faz Essa Pergunta
Quais são as companhias do PCP?

Ainda Bem que Faz Essa Pergunta

Play Episode Listen Later Mar 3, 2022 4:59


Rússia, Bielorrússia, Coreia do Norte, Eritreia e Síria votaram contra a condenação à invasão à Ucrânia na Assembleia da ONU. O PCP está alinhado com estas posições. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Morning Call
02.03.22 - Rússia e Ucrânia seguem no Radar dos mercados

Morning Call

Play Episode Listen Later Mar 2, 2022 4:12


Destaques do diaNo cenário internacional, o conflito na Ucrânia segue em destaque. Os países do Ocidente continuam a anunciar sanções econômicas e financeiras à Rússia. No campo das divulgações, os destaques serão dados de emprego de fevereiro nos EUA, a inflação de fevereiro na Europa e indicadores de atividade na China, Europa e Estados Unidos. No Brasil, semana curta por conta do feriado de Carnaval. A principal divulgação será a o PIB do 4º trimestre de 2021, na sexta-feira.Brasil Mesmo com toda pressão envolvendo os conflitos entre Ucrânia e Rússia, o último pregão de fevereiro foi marcado pela alta do Ibovespa. A sessão finalizou em 113.141 pontos, com alta de 1,39%. Em fevereiro, a bolsa subiu 0,89% e o acumulado do ano até aqui é de uma alta de 7,94%. Na última sexta-feira, a curva de juros não acompanhou a melhora no apetite a risco externo, subindo ao longo do dia à medida em que players reduziram ou zeraram suas posições antes do feriado. A divulgação do IGP-M na parte da manhã, abaixo das expectativas, não foi suficiente para sustentar um alívio nas taxas. Com isso, o mês de fevereiro fechou com perda de inclinação na curva, devido principalmente às estimativas de alta para a Selic no curto prazo e o fluxo de capital externo. DI jan/23 fechou em 12,445%; DI jan/25 encerrou em 11,42%; DI jan/27 foi para 11,315%; e DI jan/29 fechou em 11,46%. Mundo Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +0,4% e Europa +0,1%) em meio ao avanço das tropas russas em território ucraniano. Investidores aguardam uma possível segunda rodada de negociações entre os países. Nesta terça-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, endureceu seu discurso contra Vladimir Putin, anunciando mais sanções a Rússia, e apresentou sua proposta para combater a inflação. O espaço aéreo americano será fechado para voos russos e o departamento de justiça dos EUA irá investigar oligarcas russos envolvidos em atividades criminosas. Além disso, Joe Biden, afirmou que seu plano econômico para combater a inflação será reduzir custos e diminuir o déficit fiscal. Na China, o índice de Hang Seng (-1,8%) encerra em baixa, em virtude das tensões geopolíticas e a temporada de resultados aquém do esperado. Por fim, o petróleo (+7,1%) amanhece em forte alta com a decisão da OPEP+ de manter o plano atual para o aumento de produção da commodity em 400 mil barris/dia a cada mês. Em depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA realizado hoje (02), o Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que o banco central americano começará a aumentar as taxas de juros este mês, apesar das incertezas decorrentes da crise na Ucrânia. Segundo Powell, a alta inflação e um mercado de trabalho "extremamente apertado" implicam necessidade de taxas de juros mais altas. Por fim, dados divulgados mais cedo mostraram que os empregadores privados dos EUA contrataram mais trabalhadores do que o esperado em fevereiro, à medida que a recuperação do mercado de trabalho ganha força. Rússia e Ucrânia Os Estados Unidos fecharam seu espaço aéreo para qualquer aeronave russa e, em discurso oficial, Joe Biden chamou Vladimir Putin de ditador e disse que ele sofrerá as consequências de seus atos. Enquanto isso, o governo da China declarou que não acompanhará o Ocidente na imposição de sanções, alegando que isso não teria bons efeitos. No Brasil, Jair Bolsonaro declarou neutralidade no que diz respeito ao conflito no leste europeu, ao destacar que um posicionamento contra a Rússia poderia implicar consequências negativas para o agronegócio brasileiro, que depende dos fertilizantes daquele país. Uma nova rodada de negociações entre autoridades russas e ucranianas está marcada para hoje, na Bielorrússia. Por fim, nos mercados globais, o clima geral permanece tenso. Por exemplo, o preço do petróleo do tipo Brent saltou para máximas de quase oito anos, enquanto as cotações de metais e produtos agrícolas subiram após sanções ocidentais interromperem o transporte de commodities exportadas pela Rússia. Estes movimentos adicionam mais pressão na inflação global, já em nível elevado.

Contra-Corrente
Negociações Rússia e Ucrânia: esperança ou bluff?

Contra-Corrente

Play Episode Listen Later Feb 28, 2022 100:34


A Ucrânia e a Rússia conseguiram chegar a acordo para uma reunião na fronteira com a Bielorrússia. Paz ou trégua momentânea? See omnystudio.com/listener for privacy information.

#MulherDeFibra
Olga Korbut

#MulherDeFibra

Play Episode Listen Later Feb 21, 2022 4:13


Olga Korbut foi a ginasta soviética cujo talento unificou nações. Após conquistar três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1972, Korbut foi convidada para visitar a Casa Branca, e Nixon teria dito que a performance da atleta foi mais significativa para redução das tensões entre Rússia e EUA na Guerra Fria do que os cinco anos de trabalho das embaixadas. Olga Korbut nasceu na Bielorrússia em 1955. Aos onze anos , ingressou em uma escola de esportes da União Soviética, e passou a conquistar medalhas em competições nacionais. Korbut impressionava por sua coragem. Em 1969, aos 14 anos, em seu primeiro campeonato soviético adulto, apresentou duas manobras inéditas, que viriam a ser chamadas de “salto Korbut” (na trave) e “flip Korbut” (nas barras assimétricas). Ficou em quinto luga rpq os juízes consideraram que as manobras estavam fora do padrão da ginástica por serem muito perigosas. No ano seguinte, Olga Korbut levou a medalha de ouro no campeonato. Nas Olimpíadas de 1972, a jovem atleta levou três medalhas de ouro para casa, e se tornou um ícone: suas acrobacias ousadas e seu corpo diminuto e ágil revolucionariam a ginástica: corpos como o dela virariam o novo padrão para o esporte, e as ousadias das acrobacias se tornariam mais importantes do que a elegância das performances. O padrão permanece até hoje. Além disso, Olga atraiu uma geração inteira de crianças e jovens para o esporte. Sua participação gloriosa nas Olimpíadas de 1972 fez com que ela, uma atleta soviética, fosse convidada para visitar a Casa Branca em plena Guerra Fria; a Associated Press também a elegeu como atleta do ano – era a primeira vez em 40 anos que um esportista de um país comunista recebia esse título. Em 1975, ela foi condecorada pela ONU por ter unido nações através de seu talento no esporte. Após conquistar uma medalha de ouro e outra de prata nas Olimpíadas de 1976, Olga Korbut se aposentou. Em 1986, em função do desastre de Chernobyl, Olga se mudou para os Estados Unidos. Ela virou porta-voz da Fundação de Ajuda de Emergência Infantil, para crianças vítimas do acidente nuclear. Em 1988, Olga Korbut se tornou a primeira pessoa incluída no Hall da Fama da Ginástica. Hoje em dia, Olga trabalha como treinadora e professora de ginástica.

Morning Call
21.02.22 - Possível reunião entre Putin e Biden pode aliviar tensões na Ucrânia

Morning Call

Play Episode Listen Later Feb 21, 2022 3:05


Destaques da SemanaNo Brasil, os mercados estão atentos ao impacto das tensões na Ucrânia sobre a inflação. Para a semana, as atenções seguem voltadas para a discussão sobre a desoneração dos combustíveis no Congresso, incluindo a possível votação de um projeto de lei que desonere o diesel. Outro destaque é a inflação semestral IPCA-15, que sai na quarta-feira, bem como dados fiscais de janeiro e taxa de desemprego de dezembro aqui no Brasil. Já no cenário internacional, o destaque deverá ser a divulgação do deflator dos EUA de janeiro (PCE), a medida de inflação preferida do Fed. Além disso, a semana também será marcada por dados de atividade nos EUA e pela inflação ao consumidor de janeiro na Zona do Euro. MundoHoje, Mercados Globais amanhecem mistos (EUA +0,1% e Europa -0,3%) enquanto investidores aguardam uma possível resolução diplomática das tensões entre Rússia e Ucrânia. Neste final de semana, a notícia que os líderes dos Estados Unidos e Rússia poderão realizar uma reunião teria contribuído para um tom levemente positivo nas bolsas globais. Na China, o índice de Hang Seng (-0,7%) encerra em baixa, atingindo o seu menor valor das últimas 2 semanas, à medida que preocupações com novas pressões regulatórias sobre o setor de tecnologia escalam no país. Por fim, o Bitcoin (+0,7%) amanhece em campo positivo, devolvendo parcialmente as perdas do final de semana que derrubaram sua cotação abaixo dos US$ 40 mil. UcrâniaOs presidentes da Rússia e dos Estados Unidos, Vladimir Putin e Joe Biden, teriam aceitado “o princípio” de uma reunião de cúpula para aliviar as tensões sobre a Ucrânia. No entanto, os mercados continuariam céticos, uma vez que o Kremlin disse que não há um “plano concreto” para a reunião. Há cerca de 190 mil soldados russos nas fronteiras da Ucrânia, incluindo os que estão na Bielorrússia. No final de semana, os EUA teriam dito a aliados que a invasão russa à Ucrânia poderia atingir várias cidades, incluindo a capital Kiev e Odessa. Vale notar também que o encerramento dos jogos olímpicos neste fim de semana poderia trazer nova urgência para a crise, uma vez que o evento era considerado um impedimento de ação para o Kremlin, devido ao possível constrangimento que poderia causar com Beijing. De agora em diante, as alertas devem permanecer nos níveis mais altos, a menos que um acordo seja alcançado. EconomiaNos Estados Unidos, autoridades do Fed, o banco central americano, reafirmaram que o aumento das taxas de juros é iminente, mas não sinalizaram uma alta muito acelerada como os mercados temiam. Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA recuaram na sexta-feira passada, após comentários da vice-presidente do Fed Leal Brainard e do presidente do Fed de Nova York, John Williams. O deflator do consumo, o indicador de inflação favorito do Fed, que será publicado na próxima sexta-feira, é o próximo ingrediente-chave para prever os passos futuros na política monetária dos EUA. AçõesDo lado das ações, desde a sexta-feira passada, destaque para algumas notícias, inclusive: (i) Aliansce Sonae aumenta posição na BR Malls (BRML3); (ii) indisponibilidade do ambiente de e-commerce da Americanas (AMER3); (iii) WEG (WEGE3) assina contrato de cerca de R$ 2,1 bilhões para fornecimento de aerogeradores para a Eletrosul no Brasil; (iv) Embraer (EMBR3) anuncia pausa no programa de desenvolvimento do jato E-175 E2.

Sem Moderação
Bloco central em Portugal e tensão na fronteira da Polónia

Sem Moderação

Play Episode Listen Later Nov 17, 2021 53:15


Concertação ao centro, entre PS e PSD, ou um bloco à esquerda e outro à direita. A pouco mais de dois meses até às eleições legislativas, no Sem Moderação já se vão desenhando as várias possibilidades para o dia seguinte. Na fronteira da Bielorrússia com a Polónia, a União Europeia confronta-se com as suas fraquezas externas e contradições internas em matéria de Estado de Direito e política de asilo, com uma pitada de fornecimento de energia à mistura.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Expresso - Expresso da Manhã
Guerra fria a leste da União

Expresso - Expresso da Manhã

Play Episode Listen Later Nov 10, 2021 15:09


Varsóvia acusa Minsk de estar a tentar provocar uma escalada, que pode evoluir para um conflito de “natureza armada”, junto à fronteira comum dos dois países empurrando para lá milhares de migrantes do Médio Oriente a quem é facilitado a entrada na Bielorrússia. Bruxelas reforçou as sanções contra o regime de Lukachenko. Neste episódio, conversamos a com a jornalista Ana França, que esteve recentemente em reportagem na Polónia See omnystudio.com/listener for privacy information.

Mundo Freak
O desastre nuclear de Chernobyl | MFC 344

Mundo Freak

Play Episode Listen Later Apr 1, 2021 108:22


Chernobyl é o pior acidente nuclear da história em termos de custos e de mortes, além de ser um dos dois únicos classificados como um evento de nível 7, na Escala Internacional de Acidentes Nucleares. A cidade foi fundada em 1193 e seu nome é a junção de duas palavras, em eslavo que significa grama ou folha preta. Sua localização fica ao norte da Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorrússia e a cerca de 130 quilômetros da capital e maior cidade da Ucrânia, Kiev, que também é considerada uma das cidades mais antigas da Europa. Nos dias 25 e 26 de abril de 1986, um dos reatores da usina nuclear explodiu e pegou fogo na região, causando o pior acidente nuclear da história. A região era conhecida por um grande investimento na energia nuclear depois da Segunda Guerra Mundial com seus reatores RBMK. Por conta disso, o desastre se tornou um marco da Guerra Fria e da história da energia nuclear. Mais de 30 anos depois, cientistas estimam que a área ao redor da antiga usina continuará inabitável por até 20 mil anos. Neste programa, nossos investigadores Andrei Fernandes, Lucas Balaminut, Tupá Guerra, Hell e Jey se perguntam: como Chernobyl virou um lugar completamente inabitado e assim seguirá por muitos anos?

The Learn Portuguese Online Podcast
LPOP ep. 81 - Ucrânia e Rússia concordam com cessar-fogo total no leste da Ucrânia antes do fim de 2019

The Learn Portuguese Online Podcast

Play Episode Listen Later Jan 17, 2020 5:55


Ucrânia e Rússia concordam com cessar-fogo total no leste da Ucrânia antes do fim de 2019 Sob olhares de Emmanuel Macron e Angela Merkel, presidentes fizeram a primeira reunião desde que Zelensky tomou posse. Conflito separatista no leste da Ucrânia deixou dezenas de milhares de mortos desde 2014. Os presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, concordaram durante encontro nesta segunda-feira (9) com um cessar-fogo total no leste ucraniano antes do fim do ano. Deverá haver, ainda, uma troca de prisioneiros no mesmo prazo. Na cúpula em Paris e sob os olhos do presidente da França, Emmanuel Macron, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, os dois conversaram pela primeira vez desde a posse do líder ucraniano. "Os lados se comprometem com uma implementação completa e abrangente do cessar-fogo, fortalecida pela implementação de todas as medidas necessárias de apoio ao cessar-fogo, antes do final do ano de 2019", disse o comunicado oficial divulgado ao fim da reunião. Segundo a Reuters, Putin afirmou que queria mudanças na Constituição da Ucrânia — para dar um status especial à região de Donbass, uma das áreas disputadas no conflito. O presidente russo afirmou que eram necessários mais pontos de passagem entre a linha de frente no leste da Ucrânia para civis e a implementação de uma anistia para as pessoas envolvidas no conflito. Zelensky, por sua vez, chamou o encontro de "muito positivo", mas disse que muitas questões ainda não estavam resolvidas após o encontro. Ele afirmou ter insistido que a Ucrânia deve ter controle total sobre suas áreas no leste e que não cederia qualquer um de seus territórios. Os dois países já haviam assinado um acordo de cessar-fogo, em Minsk, na Bielorrússia, em 2015. A cúpula desta segunda-feira é a primeira ocasião em que os quatro líderes se encontram nesse formato de reunião — com as quatro lideranças — desde 2016. Conflito entre Rússia e Ucrânia Desde 2014, um conflito entre separatistas russos no leste da Ucrânia e forças pró-Kiev deixou de 13 mil a 14 mil mortos. Em meio à crise, a Rússia anexou a península da Crimeia — que diversos países ainda reconhecem como território ucraniano. Eleito neste ano, Zelensky defendeu durante a campanha que somente uma mudança de poder na Rússia permitiria que a Ucrânia retomasse a Crimeia. No entanto, a cobertura da imprensa russa era mais favorável ao atual presidente do que aos demais candidatos — até porque o presidente anterior e candidato derrotado, Petro Poroshenko, tinha discurso mais duro em relação a Moscou. Porém, ucranianos pressionam Zelensky a manter uma postura mais rígida contra o separatismo russo no leste. Na véspera do encontro em Paris, milhares de manifestantes marcharam em Kiev para que o presidente "defendesse a Ucrânia" durante a reunião. Source: G1 --- Send in a voice message: https://anchor.fm/learnportugueseonline/message Support this podcast: https://anchor.fm/learnportugueseonline/support