POPULARITY
A Geórgia elegeu este sábado um novo presidente pró-Rússia. Uma eleição feita pela primeira vez através de sufrágio indireto. Madalena Resende, especialista em Relações Internacionais, alerta para a possibilidade do país se tornar em mais um satélite de Putin, tal como a Bielorrússia. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Francisco Pereira Coutinho acredita que Trump tem ideias claras do que pretende fazer na Europa. O especialista acredita que Putin tem o objetivo de transformar a Ucrânia numa Bielorrússia.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Decorre desde esta terça-feira e ainda até amanhã, em Washington, a Cimeira da NATO que marca o 75° aniversário da sua existência. Criada depois da segunda guerra mundial com o objectivo de garantir da defesa do bloco ocidental perante o então bloco soviético, a Aliança Atlântica encontra-se num momento complexo, com os desafios colocados pela guerra na Ucrânia na sequência da sua invasão pela Rússia em Fevereiro de 2022. No âmbito desta cimeira que é, uma vez mais, dominada pelo conflito ucraniano, Kiev recebeu desde já a garantia de que Washington e outros parceiros vão fornecer-lhe sistemas de defesa antiaéreos, conforme vinha pedindo nestas últimas semanas. Num plano mais lato, contudo, Volodymyr Zelensky poderia continuar sem perspectivas claras quanto a uma eventual adesão do seu país à NATO.Para já, Berlim e Washington não pretendem comprometer-se neste aspecto e o contexto de eleições presidenciais incertas nos Estados Unidos também faz com que as perspectivas da presente cimeira sejam pouco encorajadoras para a Ucrânia, do ponto de vista de Carlos Gaspar, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais, em Lisboa.RFI: Considera que uma vez mais a Ucrânia não vai obter garantias quanto a uma possível adesão à NATO?Carlos Gaspar: Para o bem e para o mal, essa é uma certeza que nós temos, porque os Estados Unidos e a Alemanha são contra qualquer tipo de compromisso que defina uma data ou um contexto específico para a entrada da Ucrânia na NATO. Com certeza que haverá e já estão aprovados, de resto, em quadros bilaterais pelos Estados Unidos, armamentos adicionais e apoios adicionais à Ucrânia, também do lado da União Europeia e dos aliados europeus. Mas esses apoios tenderão a diminuir. Não é, como já aconteceu, aliás, ao longo dos 6 primeiros meses deste ano e poderão diminuir muito radicalmente se os norte-americanos elegerem o Presidente errado em Novembro deste ano. Portanto, há que fazer previsões de certa maneira, não apenas materiais, mas também políticas e diplomáticas, para fazer face a essa possibilidade, que é uma possibilidade real.RFI: A sombra de Donald Trump, no fundo, está a pairar sobre a cimeira da NATO?Carlos Gaspar: É uma cimeira de campanha. Claramente é uma cimeira de campanha. Ela segue-se a um debate presidencial entre Donald Trump e Joe Biden, que correu mal ao Presidente dos Estados Unidos e que desencadeou um debate dentro do Partido Democrata em que está em causa quem vai ser, finalmente, na Convenção de Agosto, o candidato presidencial. Neste momento, o candidato presidencial é Joe Biden, mas a sua posição pode ser posta em causa. Está a ser objecto de um debate dentro do seu próprio partido. E, nesse quadro, inevitavelmente, a cimeira da NATO para lá da Ucrânia é uma etapa decisiva na campanha eleitoral norte-americana.RFI: Esta cimeira da NATO é também a primeira em que participam enquanto membros de pleno direito, tanto a Finlândia como a Suécia. Isto, de certa forma, não será também, apesar de tudo, um símbolo forte para a NATO?Carlos Gaspar: Muito forte, muito importante para a NATO. A Suécia é um dos estados neutrais mais antigos da Europa. A Finlândia tinha uma posição de neutralidade imposta durante a Guerra Fria pela União Soviética, mas os dois responderam à invasão da Ucrânia pela Rússia com uma decisão de integrar a Aliança Atlântica, que é muito importante para a NATO e para a defesa europeia e também importante para a União Europeia, na medida em que, neste contexto, há apenas quatro Estados membros da União Europeia que não fazem parte da Aliança Atlântica e isso reforça as relações cada vez mais importantes entre a NATO e a União Europeia, entre os dois pilares da Comunidade Europeia e transatlântica.RFI: Esta cimeira decorre numa altura em que o actual Presidente do Conselho Europeu, Viktor Orban, acaba de efectuar visitas tanto a Kiev como a Moscovo e também a Pequim.Carlos Gaspar: Visitas bilaterais, não visitas como presidente do Conselho Europeu, uma vez que os próprios parceiros europeus vincaram bem que se tratava de visitas bilaterais e que o primeiro-ministro húngaro não tinha qualquer mandato do Conselho Europeu para tomar quaisquer iniciativas junto da Rússia ou da China.RFI: Isto não será, de qualquer das formas, um sinal de que reina alguma confusão, tanto a nível europeu como a nível da NATO, em termos de mensagens que se enviam a Moscovo?Carlos Gaspar: De forma nenhuma. Isto é uma manobra de Moscovo na qual o primeiro-ministro húngaro é um actor consciente e voluntário que visa justamente tentar perturbar a reunião da Aliança Atlântica e pôr em causa os esforços daqueles que defendem a definição de um quadro de entrada da Ucrânia na Aliança Atlântica. Não é a única resposta da Rússia e da China à cimeira de Washington. A China e a Rússia também alargaram a Organização de Cooperação de Xangai à Bielorrússia, que é vizinha da Polónia e que entrou na Organização de Cooperação de Xangai no dia 4 de Julho passado. E neste momento há manobras militares conjuntas da China e da Bielorrússia junto à fronteira da Polónia. Foi a forma de a China e da Rússia, as duas principais potências revisionistas, participaram na cimeira da NATO, para a qual, naturalmente, não foram convidadas. É pena, mas não é uma surpresa que o primeiro-ministro húngaro seja um pião dentro da estratégia da China e da Rússia.RFI: Mencionou precisamente a Organização de Cooperação de Xangai que esteve reunida na semana passada em cimeira. Uma das questões em cima da mesa foi precisamente reforçar a segurança regional. Esta organização, de certa forma, poderia ser uma concorrente da NATO e poderia obrigar a NATO a mudar radicalmente a sua estratégia?Carlos Gaspar: A Organização de Cooperação de Xangai é o contrário da NATO. A NATO é um pilar da ordem internacional. A Organização de Cooperação de Xangai é um perturbador da ordem internacional e não tem nenhuma das funções de garantia de defesa, nem sequer para os seus membros. Os seus membros cooperam vagamente na luta antiterrorista e por aí fora. Mas não há nenhuma cláusula comparável ao artigo quinto ou mesmo ao artigo quatro do Tratado de Washington. E, nesse sentido, não é uma aliança militar, não é uma aliança de defesa, como é a Aliança Atlântica desde 1949.RFI: Paralelamente, tem havido um certo bailado diplomático, tendo havido recentemente um encontro entre Putin e Xi Jinping. Putin também avistou-se com o Primeiro-ministro indiano. Putin está a multiplicar as parcerias. Como é que deve ser interpretado?Carlos Gaspar: Deve ser interpretado como uma tentativa de demonstrar que a Rússia não está isolada diplomaticamente, que está preparada, o que é falso, para negociar seriamente com a Ucrânia uma cessão das hostilidades, de maneira a evitar que haja sinais fortes do lado da cimeira de Washington em relação à Ucrânia, que garantam que a Ucrânia continua a resistir à invasão da Rússia e a sobreviver aos ataques da Rússia de Putin. A visita de Modi é particularmente importante. Há cinco anos que o primeiro-ministro indiano não ia Moscovo para uma visita bilateral e é a primeira visita bilateral que ele faz depois da sua reeleição. O pretexto que o primeiro-ministro usa é retirar os soldados indianos que estavam integrados nas Forças Armadas da Rússia e que foram mobilizados para a Ucrânia. Esses soldados vão ser desmobilizados e voltar à Índia. Mas esse pretexto não chega para explicar por que razão é que o primeiro-ministro Modi está preparado para, mais uma vez, ser um pião na estratégia do Presidente Putin, num momento que para Moscovo é crucial, e em que Moscovo -como Pequim- tem que fazer tudo para pôr em causa a unidade dos aliados. Nem a China nem a Rússia jamais imaginaram que mais de dois anos depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, continuasse a haver uma frente comum dos aliados para defender a Ucrânia, contra os cálculos que foram feitos, quer em Pequim, quer em Moscovo.RFI: Há pouco mencionou o facto de Biden, neste momento, estar a ser avaliado à lupa. Há também outro membro da NATO que também está a ser analisado: é a França, com o poder de Macron, neste momento, a ser abalado por alguma instabilidade interna. Que implicações é que isto pode ter a nível da NATO?Carlos Gaspar: Tem com certeza um impacto, porque existe a possibilidade de um quadro de instabilidade governamental nos próximos anos, mas também tem um impacto limitado, no sentido em que o Presidente da França tem uma posição especial e, pelo menos, essa tradição da Quinta República determina a política externa e a política de defesa da França. Isso seria posto em causa se houvesse um governo da União Nacional (partido de extrema-direita), o que parece excluído na presente conjuntura. De resto, mais nenhuma força põe em causa o "domaine réservé", o domínio reservado, do Presidente da República Francesa em relação à política externa e de defesa. E nesse âmbito, há um quadro de continuidade naquilo que é essencial para os aliados. Seria diferente, certamente, se o resultado das eleições do Domingo passado não tivesse sido aquele que foi.RFI: Além da Ucrânia, o que também está em cima da mesa é o próprio futuro da NATO, uma vez que, como mencionou há pouco, há a sombra do regresso de Trump, que já deu a entender que a sua política seria totalmente diferente em matéria de defesa e, por exemplo, os parceiros europeus teriam que ser mais activos no seio da NATO. Os europeus não deveriam ter já pensado nessa possibilidade?Carlos Gaspar: E pensaram. Neste momento há apenas um pequeno número de membros da NATO que não gasta mais de 2% do seu produto no orçamento de defesa e isso resulta da pressão dos Presidentes norte-americanos Obama, Trump, Biden, para garantir que a Europa tenha uma parte maior na NATO e uma responsabilidade maior na defesa da Europa. E é esse o interesse dos próprios europeus. Esta é uma velhíssima questão no quadro da Aliança Atlântica. É uma velhíssima questão no quadro da construção europeia. Não faz sentido que os países europeus, os países mais ricos do mundo, sejam de tal maneira dependentes dos Estados Unidos no que diz respeito à questão essencial da sua defesa e estratégia. Desse ponto de vista, as pressões de Trump, como as pressões do Presidente Obama antes dele e do Presidente Biden depois dele, são muito bem-vindas por todos aqueles que querem que a Europa tenha uma autonomia estratégica relevante no quadro da Aliança Atlântica.
A Europa está em alerta! Com o avanço da Rússia na Ucrânia, países como Polônia e Finlândia estão fortalecendo suas fronteiras para se protegerem de possíveis ameaças. Neste vídeo, exploramos as gigantescas fortificações da Polônia na fronteira com a Bielorrússia e a Rússia, e como a geografia e as florestas densas da Finlândia servem como barreiras naturais contra invasões. Vamos entender como esses países estão se preparando para um possível conflito e as implicações para a OTAN. Descubra como essas fortificações e barreiras naturais não só desaceleram o avanço inimigo, mas também liberam tropas e salvam vidas. Vamos falar sobre investimentos, estratégias e a importância dessas defesas na história recente e nas tensões atuais. Fique ligado para entender o papel crucial das fortificações na segurança europeia e como elas influenciam o cenário geopolítico global. #russia #polonia #otan
O Presidente guineense encontra-se desde esta quarta-feira em Moscovo onde, segundo fontes governamentais russas, ele efectua uma visita até ao dia 11 de Maio. Hoje, Umaro Sissoco Embalo, está presente nas cerimónias oficiais comemorando o dia 9 de Maio de 1945, dia da vitória das tropas soviéticas sobre a Alemanha Nazi, ao lado dos dirigentes de Cuba, do Laos, da Bielorrússia, do Cazaquistão ou ainda do Uzbequistão. No âmbito desta visita que decorre num contexto em que Moscovo tem vindo a estreitar cada vez mais os laços com países africanos, nomeadamente São Tomé e Príncipe, o executivo russo avança que o Presidente da Guiné-Bissau e Vladimir Putin deveriam abordar questões internacionais e humanitárias, mas também assuntos económicos, como a exploração mineira e o sector dos hidrocarbonetos.Em Março, os serviços de informação do executivo russo anunciaram que tinham sido apagados um pouco mais de 26 milhões de Dólares da dívida da Guiné-Bissau para com Moscovo e que Bissau se comprometia a aplicar este valor em projectos visando melhorar os sectores da saúde e da educação. Contudo, mais nenhuma informação a confirmar ou desmentir essa notícia chegou a filtrar.A Rússia tem uma longa história de cooperação com a Guiné-Bissau que antecede a sua independência. A Rússia Soviética deu um apoio militar capital para a luta de libertação guineense. Mas hoje a época é outra, porque a Rússia mudou de rumo e também porque o Presidente da Guiné-Bissau pertence a outra geração, recorda o jurista e universitário guineense Fodé Mané.RFI: O Presidente guineense efectua actualmente uma visita à Rússia. Segundo fontes do governo russo, esta visita tem por objectivo abordar questões alusivas à exploração mineira e aos hidrocarbonetos, mas não há muitas mais informações. O que se pode depreender disso?Fodé Mané: Há poucas informações. As informações que a gente tem estado a ter são através de outras fontes, principalmente as fontes russas ou de algumas agências internacionais. Só que, apesar disso, nós podemos fazer algumas avaliações. A Rússia comunista esteve muito ligada à luta, libertação nacional e à própria Constituição do Estado. A ligação dos quadros russo e dos quadros guineenses e de alguns sectores é muito forte. Umaro Sissoco Embalo não só não faz parte da geração daquele grupo, mas tem estado ultimamente a ter uma relação um pouco hostil com aquele grupo de intelectuais. Inclusive, também não se revê em termos históricos nesse passado com a Rússia. Não se vê esta identificação. Umaro Sissoco Embalo esteve na Rússia há pouco. Foi à Rússia e à Ucrânia. Depois tem estado a ter posições que parecem directamente hostis à posição da Rússia. Por exemplo, a Rússia tem estado a colaborar com alguns Estados africanos da África Ocidental, como o caso de Mali, do Níger, do Burkina. A linha de Sissoco Embalo é uma linha totalmente contrária àquela cooperação. Não se percebe qual é a estratégia diplomática da Guiné-Bissau para, nesse momento, estar ligada à Rússia no momento em que o mundo está polarizado. Estão a sancionar a Rússia devido à guerra na Ucrânia. Então, estando com a Rússia indirectamente, é arriscar-se a apanhar as sanções, porque não se pode fazer transferências directas e não se pode alargar muito em termos de cooperação. Agora, qual é o interesse que leva você a ir para a Rússia, neste ambiente em que no país não estão a funcionar as instituições? Nós não temos parlamento, não temos um governo que saiu das eleições, não temos um tribunal a cumprir a sua missão fiscalizadora. Existe apenas uma instituição que é uma pessoa, Umaro Sissoco Embalo, que vai fazer tudo. Portanto, é uma visita que nos preocupa, porque a Rússia não tem aquela característica de respeitar as instituições do Estado de Direito democrático.RFI: Há umas semanas atrás, fontes russas anunciaram que a Rússia tinha apagado uma parte substancial da dívida que a Guiné-Bissau tinha para com Moscovo. Houve mais alguma informação sobre este assunto?Fodé Mané: Não temos informação porque apagar a dívida vai mexer com instrumentos como o Orçamento Geral do Estado. Isso vai mexer na programação que é feita. Se houver alguma acção, um perdão dessa dívida deve ser enquadrado. Não deve limitar-se em acordos pontuais. Onde é que deve enquadrar? Quem é que acompanha depois? Como é que isso se vai reflectir nas contas gerais do Estado? Não há esta informação, mas a Rússia não está a ver o país por dentro. E isso pode ter consequências, porque toda essa situação pode não servir os interesses da população. Por isso, estes anúncios informais nessas condições, não ajudam. Mas não é só sobre o serviço da dívida: há também o anúncio de que houve propriedades que pertenciam à Embaixada da Rússia que foram cedidas para o Governo da Guiné-Bissau e que neste momento são reivindicadas por algumas pessoas muito próximas ao actual regime. É uma coisa que está fora dos padrões. E isto também aliado à questão das dívidas, quem apaga a dívida, condiciona a forma como os pagamentos devem ser feitos. Não se conhecem os pormenores do problema da dívida.RFI: A visita de Umaro Sissoco Embalo à Rússia acontece numa altura em que acaba de ser noticiada a assinatura recente de um acordo militar entre a Rússia e São Tomé e Príncipe. Julga que isto é apenas um acaso de agenda ou que, efectivamente, a Rússia poderia estar a fazer uma "operação de charme" junto de alguns países africanos?Fodé Mané: Está a fazer. Mas mais do que isso: a situação em São Tomé e Príncipe é diferente, quando pensamos que temos um Presidente, temos um governo saído de um parlamento eleito democraticamente e está a funcionar e temos instituições judiciais a funcionarem. A ajuda russa, principalmente nas Forças Armadas, não é novidade e até os nossos quadros já têm alguma experiência de lidar com as tecnologias russas, com alguns serviços russos. Isso seria bom se fosse de uma forma transparente, porque o Estado precisa de ter meios de defesa. Agora, o problema que se coloca neste momento é que tipo de governação temos na Guiné-Bissau? Isso é preocupante, porque vem fortalecer um regime que se impõe contra os interesses da maioria e que tem estado a amordaçar todos os direitos fundamentais. E depois aqui só existe uma vontade.
Esta semana, no Guerra Fria, José Milhazes e Nuno Rogeiro falam sobre o "omnipresente e omnipotente ditador bielorrusso", Alexandre Lukashenko, que publicou um decreto sobre a passagem dos órgãos de poder para o trabalho nas condições de guerra. Um dos seus objectivos, diz o comentador, é reforçar ainda mais "a máquina repressiva no interior da Bielorrússia, país por ele governado desde 1994". Oiça o podcastSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Estônia foi de capitalismo enquanto a Bielorrússia foi de estatais, estado grande e controle da economia. Resultado: Estônia é quatro vezes mais rica per capita e ninguém quer morar na Bielorrússia. Ficou interessado em morar na Estônia? Nos contate: https://www.settee.io/ https://youtube.com/c/Setteeio Nos acompanhe no Telegram: https://t.me/ideiasradicais
Irfaan Ali diz que cabe à Corte Internacional de Justiça decidir a respeito das fronteiras entre Guiana e Venezuela. E tem também: - Em 2023, 45 jornalistas morreram em atividade, dos quais 23 em zonas de conflito e outros 22 em zonas de paz - Câmara dos Deputados aprova abertura do processo de impeachment do presidente Joe Biden - Suprema Corte dos Estados Unidos vai decidir até junho do ano que vem se restringe o uso da pílula abortiva mifepristona - Reunião de cúpula da União Europeia discuti processo de adesão da Ucrânia ao bloco - No Japão, quatro ministros pediram demissão após escândalo de fraude financeira - Atletas da Rússia e da Bielorrússia participarão das Olimpíadas sem bandeiras ou hinos, de maneira neutra Ajude a fazer o 180” através da chave pix 180segundos@hdln.com Siga a gente no Instagram https://www.instagram.com/volta_180_segundos/ e Linkedin https://www.linkedin.com/company/volta-ao-mundo-em-180-segundos/?viewAsMember=true Escute Território Livre. https://open.spotify.com/show/1M8rgHOjCrZw4hvWDyoAjs?si=c24baabfb4a64987 Ouça também Mulheres no Mapa. https://open.spotify.com/episode/6agg7nvhUj0amAaev376CM?si=ce72663ee6ac4fe2 E conheça o Esquerda Volver. https://open.spotify.com/episode/4PjhNIOPcWqsbSx1fU4gio?si=f29e5c86692b46c5 Quer ler nosso boletim na íntegra? Acesse https://180-segundos.headline.com.br/ Acompanhe também na Orelo https://orelo.cc/article/657ab2895e85de4de55a26e4 --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/voltaaomundoem180s/message
Bruno Cardoso Reis lembra que a guerra está numa "fase mais defensiva". Reforça que a Bielorrússia está "dependente de Moscovo" e que Lukashenko procura "reforçar relações com os países disponíveis".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Clara Ferreira Alves, Luís Pedro Nunes, Daniel Oliveira e Pedro Marques Lopes avaliam o regresso de Prigozhin, a falar às tropas Wagner na Bielorrússia, num vídeo ao lusco-fusco, distribuído via Telegram. Os cereais voltaram ao centro da guerra e as eleições americanas estão ao virar da esquina. Do estado da guerra ao estado da nação: esta quinta-feira, dia 20, houve encontro no parlamento com um debate do estado da nação parecido com mais 'um passeio' de António Costa na Assembleia. Oiça a análise do Eixo do Mal emitido na SIC Notícias na noite de 20 de julho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Emissão Vespertina - Voz da América. Subscreva o serviço de Podcast da Voz da América
Um programa orientado aos países Lusófonos de África, Brasil e comunidades de língua portuguesa no mundo. Oferece noticias do dia, informação, analises, desporto, artes, entretenimento, saúde, questões em debate em África. Às sextas em especial um convidado explora vários ângulos de um tema.
A Polónia pediu aos EUA a instalação de mísseis nucleares táticos no seu território, como resposta à colocação de armas nucleares na Bielorrússia. “Este é um comboio em andamento que não sabemos onde irá parar”, avalia Nuno Rogeiro. Mais a leste, o Kremlin continua a tentar lavar o rosto dos acontecimentos do último fim-de-semana que envolveram Prigozhin e os seus mercenários. “Um trabalho herculéo”, nas palavras do comentador José Milhazes. O conflito continua, as tensões aumentam e o Guerra Fria faz a análise. Ouça em podcast o programa emitido na SIC Notícias a 30 de junho. See omnystudio.com/listener for privacy information.
A rebelião do grupo Wagner contra o Presidente russo provocou “uma crise profunda e importante”, mas não vai afectar a presença desta força paramilitar nos países africanos, considera o investigador moçambicano Régio Conrado. “O grupo Wagner, de uma forma ou de outra, vai ter de continuar no continente africano porque já não se trata de interesse de um indivíduo, trata-se do interesse de um Estado”, afirma o investigador, ao lembrar o peso diplomático e militar que a Rússia adquiriu em África. Esta semana, o Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu responsabilizar “os organizadores da rebelião” do grupo Wagner, no sábado, para tentar encerrar um capítulo que ele admitiu ter ameaçado “dividir e fragmentar” a sociedade russa. No sábado, a companhia paramilitar liderada por Yevgeny Prigozhin lançou uma marcha armada em direcção de Moscovo, que foi descrita pelo Presidente Vladimir Putin como uma "traição". Nos últimos anos, o grupo Wagner implantou-se em vários países africanos. Que consequências para África face ao que se passou no sábado, na Rússia? Esta é a questão central da entrevista a Régio Conrado, professor na Universidade Mondlane, em Moçambique, e investigador associado a Sciences-Po Bordeaux.RFI: Qual é que é a amplitude da presença do grupo Wagner em África? Quantos homens e em que países? Régio Conrado, professor na Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique e investigador associado a Sciences-Po em Bordéus: “O grupo Wagner é um grupo militar com ligações muito específicas com o Estado russo, o que não nos permite saber com precisão quantos homens tem no continente africano. Agora, nós sabemos que estavam presentes em Moçambique até há muito pouco tempo e não se sabe precisamente se já saíram todos de Moçambique. Estão presentes na República Centro-Africana, estão presentes na Líbia, estão presentes no Sudão, estão presentes na Etiópia, estão presentes no Mali, parece que estão presentes também no Burquina Faso. Quer dizer que há uma multiplicidade de país africanos em que eles estão presentes.”“Que consequências pode ter para esses países uma neutralização da força Wagner?”“O ministro da Defesa russo, assim como algumas autoridades russas e o próprio Presidente russo, disse, de forma muito objetiva e clara, que as operações do grupo Wagner no continente africano não seriam afectadas até porque para o Estado russo o grupo Wagner é um instrumento profundamente central, profundamente estruturante, para a sua política securitária no continente africano e até para a sua política de influência no continente africano.”“Mas essas palavras bastam para tranquilizar os chefes de Estado de todos estes países? Ou seja, basta dizer que as operações do grupo Wagner no continente africano não vão ser afectadas, quando na Rússia houve esta rebelião que acabou por ser neutralizada, mas que coloca em causa a própria constituição da força Wagner?”“Obviamente que nós estamos numa circunstância em que os estados que têm relações de proximidade com o grupo Wagner têm razões para ficarem preocupados porque toda a instabilidade deste grupo – na sua relação com o Estado russo - obviamente cria problemas que são profundamente estruturantes. Mas o que nós devemos saber, neste momento, é a posição do Presidente Russo quando deu a saber que os militares do grupo Wagner poderiam integrar-se nas Forças Armada da Rússia ou poderiam voltar para suas respectivas casas ou poderiam ir para a Bielorrússia. Nisto entende-se que o grupo Wagner não pode ser dissolvido. Mas também, neste momento, na Rússia, há grupos militares a serem formados. Se o grupo Wagner fosse dissolvido - mas isso é uma potencialidade profundamente remota - mas se fosse dissolvido, muito imediatamente seria substituído por um outro grupo militar. A Rússia depende, de forma estruturante, para a sua política no continente africano, da presença deste tipo de grupos militares.”“Quais são os cenários para a força Wagner?”“São vários cenários possíveis, mas há dois cenários que me parecem mais prováveis. O primeiro grande cenário é que grupo Wagner continue. O próprio Yevgeny Prigozhin não desafiou em nenhuma circunstância o Presidente Russo.”“Desafiou ao marchar contra Moscovo.”“Há uma tendência de salientar aquilo que foi a marcha do grupo Wagner em Rostov, mas é muito provável que o nível de ampliação, o significado deste evento, possa não ser tanto quanto estamos a discutir nos espaços públicos. Todos os grandes especialistas dizem, com muita clareza, que o grupo Wagner não tinha nenhuma capacidade estruturante para poder marchar e conseguir tomar as grandes bases por dentro da Rússia, para além daquela que tomaram em Rostov. O que pode acontecer é que se neutralize Yevgeny Prigozhin e isso já começou. O Presidente russo diz que tem que haver uma investigação profunda para se saber como é que os 1.000 milhões de dólares foram usados - que foram pagos ao grupo Wagner e que foram usados em 2022-2023. Aqui vão fazer investigações muito provavelmente em relação a uma pessoa, mas não necessariamente ao grupo. Não há nenhuma intenção de confundir Yevgeny Prigozhin com o grupo Wagner, o que pode significar que: ou se pode neutralizar o seu líder colocando uma outra grande figura; ou pode-se multiplicar outros grupos paramilitares que vão responder ou vão estar a soldo dos interesses da Rússia.”“Apesar de tudo,Yevgeny Prigozhin fez tremer, de certa forma, este sábado, a Rússia de Putin e deve ter provocado alguns tremores junto dos chefes de Estado africanos que contam com forças Wagner nos seus territórios. Esta crise interna em Moscovo pode vir a travar anos de conquista russa em África?”“Não estou muito certo que Yevgeny Prigozhin tenha feito tremer o poder russo. Isto não posso assumir por uma razão muito simples: é que nós sabemos que, do ponto de vista daquilo que aconteceu, até hoje ninguém pode ter conclusões totais. Aliás, nós sabemos também que, apesar de ter havido esta situação na Rússia, isto não coloca em causa aquilo que é a estrutura do poder russo. Mesmo no Ocidente, eu ouvi o presidente [Emmanuel] Macron a dizer que é preciso ter muita cautela porque este fenómeno ainda pode ser um epifenómeno e este fenómeno pode não ter o significado que nós podemos querer dar. Ele disse isso numa entrevista recente. Eu penso que este grupo colocou em causa aquilo que é a famosa estabilidade total e completa da Rússia ou da capacidade do próprio presidente Russo de controlar todas as suas forças, inclusivamente este grupo. Agora, é muito verdade que os países africanos que trabalham com o grupo Wagner estão profundamente preocupados porque a evolução deste grupo na Rússia e a forma como as coisas estão a evoluir criam um importante problema. Eu penso que é nesta perspectiva que o Presidente russo, de forma muito imediata, disse aos seus parceiros que todo o trabalho que o grupo Wagner está a fazer no continente africano vai continuar.”“A Cimeira Rússia- África, no final de Julho, pode ser também uma forma de clarificar as coisas?”“Concordo plenamente consigo porque este aspecto virá à tona da mesa das discussões: Como é que a gente fica de facto? Este grupo está controlado? As operações vão continuar? A cooperação militar – com o grupo Wagner e com o Estado russo - vai continuar ou não. Penso que esta questão vai ser colocada, não só ao nível daquilo que vai acontecer nesta cimeira Rússia-África, mas também no encontro dos BRICS em Agosto. Porque apesar de a Rússia não estar diretamente presente em muitos outros países, a cooperação militar com a Rússia, em termos de venda de armamento, que é feita através de várias outras figuras, é profundamente importante.”“Esta crise interna russa provocada pela força Wagner aconteceu ao mesmo tempo que saiu um relatório da organização The Sentry (que investiga as redes de predação económica e financeira nas zonas de conflito) e que denuncia a actuação do grupo Wagner na República Centro-Africana. Este relatório chama-se “Os Arquitectos do Terror” e mostra testemunhos de horrores de cerca de 50 vítimas e também de militares que participaram nas operações do grupo russo, nomeadamente, massacres, violações - incluindo de crianças e de mulheres grávidas - pilhagens, raptos… Este relatório e aquilo que aconteceu nos últimos dias podem colocar em causa a continuação da força Wagner em alguns países africanos ou não está no interesse, por exemplo, da RCA fazê-lo porque a força Wagner sustenta o Presidente Faustin-Archange Touadéra? »“Concordo plenamente com a sua análise. Este relatório não vai colocar em causa a continuidade deste grupo no continente africano até porque este tipo de relatórios hoje no contente africano são considerados como desnecessários e totalmente inúteis. Por um lado, num encontro em Paris, todos os presidentes africanos foram unânimes em mostrar que não é um relatório do Ocidente, que não é um discurso do Ocidente, que não é um discurso dos países ocidentais, que vai determinar a sua política externa, que vai determinar a estrutura da sua cooperação bilateral ou multilateral e até o próprio Presidente [Patrice] Talon - que é considerado um dos mais próximos da França - numa entrevista à RFI e France24 - chegou a dizer que uma cooperação com o grupo Wagner se for do interesse dos países, também a faz. Não é este tipo de relatórios que vai colocar em casa.”“Mas este tipo de relatórios também ouviu os próprios militares do exército da RCA...”“Sim, claro, mas isto não vai colocar em causa porque o próprio Presidente da República Centro- Africana sobrevive de forma estrutural por causa do nível de intervenção e de protecção que tem do grupo Wagner. O ministro da Defesa e o chefe das Forças Armadas da República Centro-Africana veio a público dizer que vai haver investigação mas, como sabe, essa investigação nunca virá a público ou a conclusão será: ‘Fizemos as verificações, mas parece que são aspectos profundamente dispersos e que não coloca em causa aquilo que é a intervenção deste tipo de forças.' Eu penso que vai ser, mais ou menos, isto porque de forma estrutural não vejo um relatório deste tipo a ter impacto.”“Mas estou a falar do relatório em conjunto com toda esta situação de quase implosão na cúpula do grupo Wagner…”“Não sei se a gente pode falar de implosão porque todos os grandes especialistas estão a tentar mostrar que o grupo Wagner, de uma forma ou de outra, com um nome ou com outro, vai ter de continuar no continente africano porque já não se trata de interesse de um indivíduo, trata-se do interesse de um Estado. A Rússia conquistou muito espaço no contente africano, não vai ser por causa de um homem que o Estado russo vai abandonar a sua cooperação nos termos que está a fazer com o contente africano e que se mostra muito mais eficiente, mais barato, mais rápido e com resultados em termos de imagem muito mais pragmáticos do que os outros tipos de cooperação com outros países ocidentais. Eu penso que implosão a gente não pode falar. Podemos falar de uma situação de crise profunda e importante. Isto não há dúvidas. É por essa razão que, mesmo nas altas hierarquias do Estado russo, não se está a falar da dissolução desta força. Está-se a encontrar mecanismos que possam dar continuidade a isto e sobre África nem se fala. Os países africanos que hoje têm uma cooperação com a Rússia estão muito menos preocupados com as questões de conflitos interiores da Rússia, o que lhes interessa é que a cooperação permaneça e continue. A Rússia agora está em guerra, mas a Rússia está a fornecer armamento ao Mali, está a fornecer a armamento de forma indirecta ao Burkina Faso, está profundamente investida na República Centro-Africana, está envolvida no conflito no Sudão, esteve praticamente implicada no conflito que houve na Etiópia – ou que ainda está em curso porque as negociações não estão totalmente terminadas. Eu até fiquei surpreendido que o grupo Wagner tenha ainda um escritório em Maputo. De forma estrutural, este grupo não está necessariamente para desaparecer porque este grupo não só fornece serviços militar no sentido de proteção e intervenção, este grupo também vende armamento. Este grupo presta outro conjunto de serviços que podem não ser profundamente claros. São muitos interesses misturados no meio de tudo isto e não me parece que possam desaparecer de forma tão rápida por causa dessa situação que aconteceu em Rostov e com a questão do relatório publicado acerca dos actos que lhes são imputados na República Centro-Africana, na exploração dos diamantes e outros tipos de recursos daquela região.”
Prigozhin na Bielorrússia. O que está por trás da rebelião falhada do grupo Wagner?
Foi ou não um golpe de Estado falhado? Nuno Rogeiro explica no Leste/Oeste em podcast tudo o que esteve em causa nos últimos dias com a rebelião efémera do grupo Wagner. O líder da organização, Prigozhin, iniciou a "marcha pela justiça" até à capital russa e ameaçou derrubar o poder dos oligarcas do Kremlin. Lukashenko, aliado próximo de Vladimir Putin, intercedeu e, após negociações com o antigo cozinheiro do líder russo e fundador do Wagner, este aceitou exilar-se na Bielorrússia. O Leste/Oeste emitido a 25 de junho na SIC Notícias faz a cronologia dos acontecimentos e do que poderá seguir-se para a Rússia de Putin. See omnystudio.com/listener for privacy information.
A análise às negociações das últimas horas. Para Diana Soller, especialista em assuntos internacionais, Yevgeny Prigozhin "mudou o curso da guerra": "Mostrou que Putin não é um líder absolutamente incontestado".See omnystudio.com/listener for privacy information.
No Guerra Fria em podcast deste sábado, Nuno Rogeiro e José Milhazes analisam os últimos desenvolvimentos da rebelião que durou menos de 24 horas. Depois de ter aceitado um acordo com o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, Prigozhin anunciou o fim da marcha do grupo Wagner até Moscovo, para "evitar um banho de sangue". Depois de horas sem reagir, o Kremlin confirmou que os combatentes Wagner não serão acusados de rebelião e traição, e que o líder da organização paramilitar terá o seu processo criminal arquivado e passará a viver na Bielorússia. O Guerra Fria foi emitido na noite de 24 de junho, na SIC Notícias.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Já está a decorrer o envio de armas nucleares russas para a Bielorrússia. Quem pode carregar no botão? Teremos uma nova corrida global ao armamento? Uma conversa com o especialista Bruno Cardoso Reis.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Uma delegação africana entregou à Ucrânia um novo plano de paz e Putin respondeu com um discurso inflamado que insulta Zelensky e os Ucranianos. Lukashenko, presidente da Bielorrússia, deu uma entrevista a um canal russo onde afirmava que Putin lhe tinha dado um documento que referia que a região do Donbas seria arrendado à Rússia pela Ucrânia. A máquina propagandista soma e segue, com desinformação nova todos os dias. O Guerra Fria com José Milhazes e Nuno Rogeiro foi exibido na SIC a 17 de junho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A contraofensiva ucraniana continua, os comentadores do Guerra Fria analisam os avanços no terreno e relembram a importância da prometida ajuda ocidental que tarda a chegar. Em análise, está também a promessa da utilização de armas nucleares por parte do presidente da Bielorrússia. "Um jogo muito perigoso", avisa José Milhazes. Ouça em podcast a opinião de Nuno Rogeiro e José Milhazes. Este programa foi emitido na SIC Notícias a 13 de junho. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Kiev volta a ser bombardeada e Moscovo sofre o primero ataque que envolveu civis. Retaliação ucraniana? Kremlin fala de "ataque terrorista", mas Ucrânia nega o envolvimento direto. José Milhazes defende que "a Ucrânia tem direito a defender-se com os mesmos meios que a Rússia emprega", apesar de não considerar o grau de barbárie dos ataques comparável. Já Nuno Rogeiro mostra maior preocupação com o futuro, "o que se prepara contra a Ucrânia é, de facto, muito assustador": navios com mísseis, cento e cinquenta drones, a Polónia começa a boicotar a passagem de camiões entre a Rússia e a Bielorrússia e, ainda, eleições russas antecipadas com lei marcial. Na semana em que se revelam os artistas que vão estar presentes na Festa do Avante, José Milhazes deixa-lhes um apelo: "Quando chegarem ao microfone gritem se estão a favor ou contra da invasão". Este programa foi emitido na SIC Notícias a 30 de maio. Ouça o programa em podcast e fique a par dos mais recentes desenvolvimentos do conflito. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Pavel e Katerina já não vivem onde nasceram: ele, na Rússia; ela na Bielorrússia. Agora estão em Portugal, onde ambos têm associações que lutam, de longe, por mais liberdade nos seus respectivos países. Mas o contacto com família e amigos que ainda lá vivem mostra-lhes que a máquina de propaganda que ajudou a fazer nascer e sustenta ainda todo o regime de Vladimir Putin, e por contágio o de Alexander Lukashenko, continua funcional. Uma conversa sobre educação patriótica, culpa, controlo e narrativas impostas a várias gerações moderada pela jornalista Ana França.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Trump será "deportado" da Florida para Nova Iorque? À justiça o que é da justiça e à política o que é da política? Os europeus têm dificuldade em "entender" o modelo legal norte-americano? A entrada da Finlândia na NATO é a jogada que faltava para isolar a Rússia? A colocação de armas nucleares russas na Bielorrússia é uma boa aposta de Putin? Mais medidas contra as pessoas trans no Kentucky, há fim à vista?
No dia em que se assinala um ano desde a libertação de Bucha depois do massacre perpetrado pelo regime russo, a análise de Nuno Rogeiro e José Milhazes no Guerra Fria em podcast. Volodymyr Zelensky afirmou esta sexta-feira que a Ucrânia "nunca perdoará" a Rússia pela ocupação daquela cidade perto da capital ucraniana onde as forças de Vladimir Putin foram acusadas pela comunidade internacional de massacrar civis. Durante a visita à cidade para assinalar o aniversário da libertação, o presidente ucraniano afirmou que as conversações entre Putin e Xi Jinping este mês falharam: "O sinal de que a Rússia quer colocar as suas armas nucleares na Bielorrússia diz-me que o encontro com a China falhou". O Guerra Fria foi emitido na SIC a 31 de março.See omnystudio.com/listener for privacy information.
A semana em que Moscovo anunciou a intenção de colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia coincide com a semana em que a Rússia assume a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A última vez que isso aconteceu foi em fevereiro de 2022, quando começou a guerra na Ucrânia.
No episódio desta semana, o Desordem Mundial desce às ruas francesas para tentar perceber o que move e mobiliza as massas populares contra a reforma de Macron. Mas antes, analisa a decisão de Putin em estacionar armas nucleares na Bielorrússia e a polémica reforma judicial que Benjamin Netanyahu quer concretizar em Israel. No final, livros sobre Espanha e Rússia.
A TAP está melhor hoje do que há um ano? É aceitável a sua CEO ter sido despedida em direto? Porque não foi demitida quando mentiu à CMVM? Medina atravessou-se por Galamba? A não demissão de toda a administração da TAP tem uma leitura política? As manifestações na Geórgia revelam uma Rússia enfraquecida? E se esta situação se pegasse à Bielorrússia? Partiu Alex, o senhor que nos pôs a cantar o Mister Gay.
Foi logo após a vitória de Portugal frente à Bielorrússia que gravámos o novo episódio do nosso podcast, deixando alguns reparos sobre a vitória lusa pela dificuldade e por ter sido... bem suada. Para além disso, tivemos espaço para falar um pouco de mercado antes de centrarmos atenções nos interessantes jogos da jornada 17, com claro destaque para a partida entre SC Braga e Sporting.
A China volta a ser muito falada na guerra no Leste da Europa. Seja pelo suposto plano de paz apresentado. Seja pelas movimentações diplomáticas dos últimos dias, por exemplo com o presidente da Bielorrússia de visita à China. Seja pelas notícias dando conta de uma eventual ajuda militar chinesa à Rússia. Lívia Franco, da Universidade Católica, ajuda a descodificar o que se passa, explicando porque é que os 12 pontos "não são um plano. São uma uma declaração de intenções".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Vamos ver as principais notícias de tecnologia de hoje são: YouTube todo zoado impacta visualizações em canais, aprenda a bloquear o Big Brother Brasil nas redes sociais, pirataria legalizada na Bielorrússia e muito mais. Confira!
Chegámos ao último episódio de 2022. A ida de Zelensky aos EUA é um escalar da situação? Até onde esta irá? O mundo ainda acredita nas ameaças nucleares de Putin? Zelensky projeta uma força maior do que a sua imagem física? O bloqueio de canais de TV russos na UE é um bloqueio à liberdade de expressão? O ocidente não devia armar a Ucrânia? A Bielorrússia entra em 2023? Nova lei pró-LGBT na Ucrânia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, está hoje em Minsk para conversações com o seu homólogo da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, aliado do Kremlin na guerra com a Ucrânia que teme ataques concertados entre ambos.
O espírito... a luz, o amor Iniciado em 1912, o pintor de origem judaica nascido há 135 anos na Bielorrússia deixou-nos obras-primas extraordinárias. Marc Chagall, um dos maiores artistas do século XX, era maçom. Uma figura que juntamente com as suas raízes judaicas e os ensinamentos da Torá emerge com força em todas as suas obras, ricas em simbolismo e espiritualidade profunda e que parecem moldadas por uma força motriz, a que ele próprio chamou de Amor, que move o homem e o mundo. Nascida em 7 de julho há 135 anos em Vitebsk, Belarus, e falecida em 28 de março de 1985 em Saint-Paul-De-Vence, Moishe Segal, seu nome verdadeiro, foi iniciada em 1912 em São Petersburgo. E não é um caso que entre as suas obras-primas está também uma homenagem àquela que é seguramente a obra maçónica por excelência de Mozart, A Flauta Mágica. A sua é aliás a última cortina utilizada para a encenação do espetáculo na edição de 1967 no Metropolitan de Nova Iorque e apenas nestes dias a ser leiloada pela Bonhams, ao mesmo tempo que outra das suas obras-primas à venda na Phillips sempre em Nova Iorque. É o retrato de Le Père, executado em 1911, uma das quinze obras roubadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, que o governo francês devolveu no início deste ano aos legítimos proprietários. A pintura fazia parte da coleção de David Cender, um fabricante de instrumentos musicais de Łódź, na Polônia. A obra, agora estimada em US$ 6 a US$ 8 milhões, foi expropriada da coleção em 1940, antes de Cender ser enviado para Auschwitz com sua família. Em 1966 a pintura foi recomprada pelo próprio Chagall, que tinha um carinho especial pela pintura, por retratar seu amado pai. Em 1988, o arquivo Chagall doou a pintura ao Musée national d'art moderni, Centre national d'art et de culture Georges-Pompidou em Paris. Para criar o cenário mozartiano, comprado em 2007 pela Sotheby's para Gerard L. Cafesjian, magnata editorial e fundador do Cafesjian Center for the Arts na Armênia, Chagall trabalhou por três anos em contato próximo com o designer russo Volodia. O artista tinha 77 anos quando concluiu o projeto, que diz respeito à cena do final triunfal de Mozart, repleta de figuras arquetípicas, anjos trompetistas, animais fantásticos, violinos flutuantes, violoncelos e bailarinos, e caracterizada por aquele vórtice sublime que constitui o verdadeira assinatura do pintor. Uma vida de exílio a que viveu, marcada no próprio dia em que viu a luz por um devastador pogrom cossaco, acontecimento que o levaria a repetir várias vezes "nasci morto" sob o domínio dos czares, o artista, primogênito de nove irmãos, e filho de um comerciante, teve uma infância da qual guardou doces lembranças e que muitas vezes emerge não sem nostalgia em suas obras. Sua carreira artística começou em 1909, quando mudou-se para São Petersburgo, cidade que deixou no ano seguinte para Paris, onde ingressou na comunidade artística de Montparnasse. "Nenhuma academia poderia ter me dado tudo o que descobri devorando as exposições de Paris, suas vitrines, seus museus [...] Como uma planta precisa de água, minha arte precisava desta cidade", dirá mais tarde. Aqui fez amigos com grandes gênios como Guillaume Apollinaire, Robert Delaunay, Fernand Léger e Eugeniusz Zak e entrou em contato com as vanguardas da época, especialmente o cubismo, em relação ao qual manteve, no entanto, certo ceticismo, atraído como era mais para o lado invisível da realidade do que a sua fisicalidade, um lado sem o qual, ele argumentou, "a verdade externa não é completa". Pintura Sobrenatural Nesse período pintou suas primeiras obras-primas, como À Rússia, os burros e os outros, O Santo Vetturino, Eu e a aldeia, em que o memorial está predominante. Apollinaire definiu sua pintura como "sobrenatural", consagrando-o ao sucesso. De regresso à sua terra natal, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial e a revolução, da qual participou ativamente em 1917, aí permaneceu até 1923. Em Vitebsk, onde se reencontrou com a f --- Send in a voice message: https://anchor.fm/malhete-podcast/message
Venda-se, ofereça-se ou deixe-se cair a TAP? O que dizer da saída de Liz Truss, fresca que nem uma alface? É uma oportunidade para a Escócia apresentar um referendo para sair do RU? Londres autoriza? Espanha votará a favor da entrada na UE? O Irão desequilibra a guerra a favor da Rússia? Há influências externas para o abalar socialmente? Se a Bielorrússia entra na guerra, a Polónia vai atrás? WCs...
Em Moçambique, Parlamento aprova nova Tabela Salarial Única e funcionários públicos esperam ter reivindicações atendidas. Prémio Nobel da Paz vai para ativista da Bielorrússia e organizações da Rússia e Ucrânia. Na província moçambicana de Tete, estudantes denunciam assédio sexual no ensino superior. Todos os detalhes do campeonato alemão de futebol.
Em sua participação de hoje, direto da Europa, Solange Silberschlag está em Riga, capital da Letônia. Pelos próximos quatro anos ela e sua família residirão na cidade. Nas últimas duas décadas já morou na Itália, Líbia, França, Bielorrússia, Lituânia e na Inglaterra. A Letônia está localizada entre a Lituânia e a Estônia e faz ainda fronteira com a Rússia e a Bielorrússia. Sua história de ocupação é bem similar às outras repúblicas bálticas. Durante mais de um século fez parte do Império Russo e durante cinco décadas, da União Soviética. “O domínio russo dos últimos séculos pode ser facilmente identificado na população da Letônia. Aos poucos vamos nos adaptando ao novo jeito de viver daqui assim como aos costumes. Desde o simples atravessar da rua até as compras no mercado, tudo é novo e diferente”, destaca ela. Riga é a pérola dos países bálticos, um esplendor de arquitetura medieval e Art Nouveau. Esta capital de cerca de 600 mil habitantes esbanja charme pelo centro histórico tombado pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade. Devido a sua localização estratégica próxima do mar, junto à foz do rio Daugava, Riga sempre foi um polo econômico e portuário muito importante da Europa do Norte. Durante o século XIII fazia parte da Liga Hanseática, vasta associação de mercadores que visavam assegurar o monopólio do comércio do Mar Báltico e comandada pelos germânicos. Embora seja a maior capital báltica, sua arquitetura encantadora transforma o centro histórico num pequeno vilarejo recortado por ruelas estreitas emolduradas por magníficas construções, castelos, torres e igrejas. “Aos poucos vamos descobrindo os cantinhos de Riga pois o centro histórico é um lugar para ser descoberto à pé, com calma, se perdendo e se achando novamente no labirinto colorido. Neste mês de agosto a capital letã comemora seu 821º aniversário de fundação com uma programação cultural intensa e variada com shows artísticos, teatro, feiras, piquenique nos parques e recreação para as crianças”.
August Stramm foi um poeta e dramaturgo expressionista, sendo um dos fundadores desse movimento na poesia. Wikipédia Nascimento: 29 de julho de 1874, Münster, Alemanha Falecimento: 1 de setembro de 1915, Kobryn, Bielorrússia --- Send in a voice message: https://anchor.fm/josemar-barboza-da-costa/message Support this podcast: https://anchor.fm/josemar-barboza-da-costa/support
Em 26 de abril de 1986, a usina de Chernobyl na Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorússia, passou por um acidente que culminou na maior catástrofe com radiação da história desde o lançamento das bombas atômicas no Japão em 1945. Até hoje as consequências do acidente são estudadas e discutidas, e vão desde os efeitos da radiação nas pessoas expostas a ela, a dissolução da União Soviética, alterações bruscas no meio ambiente da chamada "zona de exclusão" e a economia dos três principais países envolvidos - Rússia, Ucrânia e Bielorrússia. No episódio de hoje contamos com Rodrigo Ianhez do Guia Rússia e Laura de Freitas do canal Nunca Vi 1 Cientista para falar sobre o assunto, além de contar com as participações especiais de Caio Gomes (canal O Físico Turista), Pirula (Canal do Pirula) e Filipe Figueiredo (Xadrez Verbal e Nerdologia) para falar sobre, respectivamente, as causas do acidente, o impacto no meio ambiente e a atual situação de Chernobyl durante a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
Belarus, conhecido por muitos brasileiros como Bielorrússia, é a porta de entrada da Europa Oriental fazendo fronteira com a Rússia, Ucrânia, Polônia, Letônia e Lituânia. Por que é considerada como "última ditadura da Europa" ou até mesmo, o que restou da União Soviética, e quem é o ditador? Conversa com Volha do canal Embaixada Popular de Belarus no Brasil no YouTube
Supostos autores da tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau não têm acesso a advogados. Líder da UNITA está nos Estados Unidos para mobilizar apoios e observadores para as eleições de agosto em Angola. Em Moçambique, a polícia matou duas pessoas durante tumultos na Zambézia. Ucrânia: União Europeia endurece sanções contra Rússia e Bielorrússia.
07/03/2022 - Bandeirantes Acontece
Rússia, Bielorrússia, Coreia do Norte, Eritreia e Síria votaram contra a condenação à invasão à Ucrânia na Assembleia da ONU. O PCP está alinhado com estas posições. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Destaques do diaNo cenário internacional, o conflito na Ucrânia segue em destaque. Os países do Ocidente continuam a anunciar sanções econômicas e financeiras à Rússia. No campo das divulgações, os destaques serão dados de emprego de fevereiro nos EUA, a inflação de fevereiro na Europa e indicadores de atividade na China, Europa e Estados Unidos. No Brasil, semana curta por conta do feriado de Carnaval. A principal divulgação será a o PIB do 4º trimestre de 2021, na sexta-feira.Brasil Mesmo com toda pressão envolvendo os conflitos entre Ucrânia e Rússia, o último pregão de fevereiro foi marcado pela alta do Ibovespa. A sessão finalizou em 113.141 pontos, com alta de 1,39%. Em fevereiro, a bolsa subiu 0,89% e o acumulado do ano até aqui é de uma alta de 7,94%. Na última sexta-feira, a curva de juros não acompanhou a melhora no apetite a risco externo, subindo ao longo do dia à medida em que players reduziram ou zeraram suas posições antes do feriado. A divulgação do IGP-M na parte da manhã, abaixo das expectativas, não foi suficiente para sustentar um alívio nas taxas. Com isso, o mês de fevereiro fechou com perda de inclinação na curva, devido principalmente às estimativas de alta para a Selic no curto prazo e o fluxo de capital externo. DI jan/23 fechou em 12,445%; DI jan/25 encerrou em 11,42%; DI jan/27 foi para 11,315%; e DI jan/29 fechou em 11,46%. Mundo Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +0,4% e Europa +0,1%) em meio ao avanço das tropas russas em território ucraniano. Investidores aguardam uma possível segunda rodada de negociações entre os países. Nesta terça-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, endureceu seu discurso contra Vladimir Putin, anunciando mais sanções a Rússia, e apresentou sua proposta para combater a inflação. O espaço aéreo americano será fechado para voos russos e o departamento de justiça dos EUA irá investigar oligarcas russos envolvidos em atividades criminosas. Além disso, Joe Biden, afirmou que seu plano econômico para combater a inflação será reduzir custos e diminuir o déficit fiscal. Na China, o índice de Hang Seng (-1,8%) encerra em baixa, em virtude das tensões geopolíticas e a temporada de resultados aquém do esperado. Por fim, o petróleo (+7,1%) amanhece em forte alta com a decisão da OPEP+ de manter o plano atual para o aumento de produção da commodity em 400 mil barris/dia a cada mês. Em depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA realizado hoje (02), o Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que o banco central americano começará a aumentar as taxas de juros este mês, apesar das incertezas decorrentes da crise na Ucrânia. Segundo Powell, a alta inflação e um mercado de trabalho "extremamente apertado" implicam necessidade de taxas de juros mais altas. Por fim, dados divulgados mais cedo mostraram que os empregadores privados dos EUA contrataram mais trabalhadores do que o esperado em fevereiro, à medida que a recuperação do mercado de trabalho ganha força. Rússia e Ucrânia Os Estados Unidos fecharam seu espaço aéreo para qualquer aeronave russa e, em discurso oficial, Joe Biden chamou Vladimir Putin de ditador e disse que ele sofrerá as consequências de seus atos. Enquanto isso, o governo da China declarou que não acompanhará o Ocidente na imposição de sanções, alegando que isso não teria bons efeitos. No Brasil, Jair Bolsonaro declarou neutralidade no que diz respeito ao conflito no leste europeu, ao destacar que um posicionamento contra a Rússia poderia implicar consequências negativas para o agronegócio brasileiro, que depende dos fertilizantes daquele país. Uma nova rodada de negociações entre autoridades russas e ucranianas está marcada para hoje, na Bielorrússia. Por fim, nos mercados globais, o clima geral permanece tenso. Por exemplo, o preço do petróleo do tipo Brent saltou para máximas de quase oito anos, enquanto as cotações de metais e produtos agrícolas subiram após sanções ocidentais interromperem o transporte de commodities exportadas pela Rússia. Estes movimentos adicionam mais pressão na inflação global, já em nível elevado.
A Ucrânia e a Rússia conseguiram chegar a acordo para uma reunião na fronteira com a Bielorrússia. Paz ou trégua momentânea? See omnystudio.com/listener for privacy information.
Olga Korbut foi a ginasta soviética cujo talento unificou nações. Após conquistar três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1972, Korbut foi convidada para visitar a Casa Branca, e Nixon teria dito que a performance da atleta foi mais significativa para redução das tensões entre Rússia e EUA na Guerra Fria do que os cinco anos de trabalho das embaixadas. Olga Korbut nasceu na Bielorrússia em 1955. Aos onze anos , ingressou em uma escola de esportes da União Soviética, e passou a conquistar medalhas em competições nacionais. Korbut impressionava por sua coragem. Em 1969, aos 14 anos, em seu primeiro campeonato soviético adulto, apresentou duas manobras inéditas, que viriam a ser chamadas de “salto Korbut” (na trave) e “flip Korbut” (nas barras assimétricas). Ficou em quinto luga rpq os juízes consideraram que as manobras estavam fora do padrão da ginástica por serem muito perigosas. No ano seguinte, Olga Korbut levou a medalha de ouro no campeonato. Nas Olimpíadas de 1972, a jovem atleta levou três medalhas de ouro para casa, e se tornou um ícone: suas acrobacias ousadas e seu corpo diminuto e ágil revolucionariam a ginástica: corpos como o dela virariam o novo padrão para o esporte, e as ousadias das acrobacias se tornariam mais importantes do que a elegância das performances. O padrão permanece até hoje. Além disso, Olga atraiu uma geração inteira de crianças e jovens para o esporte. Sua participação gloriosa nas Olimpíadas de 1972 fez com que ela, uma atleta soviética, fosse convidada para visitar a Casa Branca em plena Guerra Fria; a Associated Press também a elegeu como atleta do ano – era a primeira vez em 40 anos que um esportista de um país comunista recebia esse título. Em 1975, ela foi condecorada pela ONU por ter unido nações através de seu talento no esporte. Após conquistar uma medalha de ouro e outra de prata nas Olimpíadas de 1976, Olga Korbut se aposentou. Em 1986, em função do desastre de Chernobyl, Olga se mudou para os Estados Unidos. Ela virou porta-voz da Fundação de Ajuda de Emergência Infantil, para crianças vítimas do acidente nuclear. Em 1988, Olga Korbut se tornou a primeira pessoa incluída no Hall da Fama da Ginástica. Hoje em dia, Olga trabalha como treinadora e professora de ginástica.
Destaques da SemanaNo Brasil, os mercados estão atentos ao impacto das tensões na Ucrânia sobre a inflação. Para a semana, as atenções seguem voltadas para a discussão sobre a desoneração dos combustíveis no Congresso, incluindo a possível votação de um projeto de lei que desonere o diesel. Outro destaque é a inflação semestral IPCA-15, que sai na quarta-feira, bem como dados fiscais de janeiro e taxa de desemprego de dezembro aqui no Brasil. Já no cenário internacional, o destaque deverá ser a divulgação do deflator dos EUA de janeiro (PCE), a medida de inflação preferida do Fed. Além disso, a semana também será marcada por dados de atividade nos EUA e pela inflação ao consumidor de janeiro na Zona do Euro. MundoHoje, Mercados Globais amanhecem mistos (EUA +0,1% e Europa -0,3%) enquanto investidores aguardam uma possível resolução diplomática das tensões entre Rússia e Ucrânia. Neste final de semana, a notícia que os líderes dos Estados Unidos e Rússia poderão realizar uma reunião teria contribuído para um tom levemente positivo nas bolsas globais. Na China, o índice de Hang Seng (-0,7%) encerra em baixa, atingindo o seu menor valor das últimas 2 semanas, à medida que preocupações com novas pressões regulatórias sobre o setor de tecnologia escalam no país. Por fim, o Bitcoin (+0,7%) amanhece em campo positivo, devolvendo parcialmente as perdas do final de semana que derrubaram sua cotação abaixo dos US$ 40 mil. UcrâniaOs presidentes da Rússia e dos Estados Unidos, Vladimir Putin e Joe Biden, teriam aceitado “o princípio” de uma reunião de cúpula para aliviar as tensões sobre a Ucrânia. No entanto, os mercados continuariam céticos, uma vez que o Kremlin disse que não há um “plano concreto” para a reunião. Há cerca de 190 mil soldados russos nas fronteiras da Ucrânia, incluindo os que estão na Bielorrússia. No final de semana, os EUA teriam dito a aliados que a invasão russa à Ucrânia poderia atingir várias cidades, incluindo a capital Kiev e Odessa. Vale notar também que o encerramento dos jogos olímpicos neste fim de semana poderia trazer nova urgência para a crise, uma vez que o evento era considerado um impedimento de ação para o Kremlin, devido ao possível constrangimento que poderia causar com Beijing. De agora em diante, as alertas devem permanecer nos níveis mais altos, a menos que um acordo seja alcançado. EconomiaNos Estados Unidos, autoridades do Fed, o banco central americano, reafirmaram que o aumento das taxas de juros é iminente, mas não sinalizaram uma alta muito acelerada como os mercados temiam. Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA recuaram na sexta-feira passada, após comentários da vice-presidente do Fed Leal Brainard e do presidente do Fed de Nova York, John Williams. O deflator do consumo, o indicador de inflação favorito do Fed, que será publicado na próxima sexta-feira, é o próximo ingrediente-chave para prever os passos futuros na política monetária dos EUA. AçõesDo lado das ações, desde a sexta-feira passada, destaque para algumas notícias, inclusive: (i) Aliansce Sonae aumenta posição na BR Malls (BRML3); (ii) indisponibilidade do ambiente de e-commerce da Americanas (AMER3); (iii) WEG (WEGE3) assina contrato de cerca de R$ 2,1 bilhões para fornecimento de aerogeradores para a Eletrosul no Brasil; (iv) Embraer (EMBR3) anuncia pausa no programa de desenvolvimento do jato E-175 E2.
Concertação ao centro, entre PS e PSD, ou um bloco à esquerda e outro à direita. A pouco mais de dois meses até às eleições legislativas, no Sem Moderação já se vão desenhando as várias possibilidades para o dia seguinte. Na fronteira da Bielorrússia com a Polónia, a União Europeia confronta-se com as suas fraquezas externas e contradições internas em matéria de Estado de Direito e política de asilo, com uma pitada de fornecimento de energia à mistura.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Varsóvia acusa Minsk de estar a tentar provocar uma escalada, que pode evoluir para um conflito de “natureza armada”, junto à fronteira comum dos dois países empurrando para lá milhares de migrantes do Médio Oriente a quem é facilitado a entrada na Bielorrússia. Bruxelas reforçou as sanções contra o regime de Lukachenko. Neste episódio, conversamos a com a jornalista Ana França, que esteve recentemente em reportagem na Polónia See omnystudio.com/listener for privacy information.
Chernobyl é o pior acidente nuclear da história em termos de custos e de mortes, além de ser um dos dois únicos classificados como um evento de nível 7, na Escala Internacional de Acidentes Nucleares. A cidade foi fundada em 1193 e seu nome é a junção de duas palavras, em eslavo que significa grama ou folha preta. Sua localização fica ao norte da Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorrússia e a cerca de 130 quilômetros da capital e maior cidade da Ucrânia, Kiev, que também é considerada uma das cidades mais antigas da Europa. Nos dias 25 e 26 de abril de 1986, um dos reatores da usina nuclear explodiu e pegou fogo na região, causando o pior acidente nuclear da história. A região era conhecida por um grande investimento na energia nuclear depois da Segunda Guerra Mundial com seus reatores RBMK. Por conta disso, o desastre se tornou um marco da Guerra Fria e da história da energia nuclear. Mais de 30 anos depois, cientistas estimam que a área ao redor da antiga usina continuará inabitável por até 20 mil anos. Neste programa, nossos investigadores Andrei Fernandes, Lucas Balaminut, Tupá Guerra, Hell e Jey se perguntam: como Chernobyl virou um lugar completamente inabitado e assim seguirá por muitos anos?
Ucrânia e Rússia concordam com cessar-fogo total no leste da Ucrânia antes do fim de 2019 Sob olhares de Emmanuel Macron e Angela Merkel, presidentes fizeram a primeira reunião desde que Zelensky tomou posse. Conflito separatista no leste da Ucrânia deixou dezenas de milhares de mortos desde 2014. Os presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, concordaram durante encontro nesta segunda-feira (9) com um cessar-fogo total no leste ucraniano antes do fim do ano. Deverá haver, ainda, uma troca de prisioneiros no mesmo prazo. Na cúpula em Paris e sob os olhos do presidente da França, Emmanuel Macron, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, os dois conversaram pela primeira vez desde a posse do líder ucraniano. "Os lados se comprometem com uma implementação completa e abrangente do cessar-fogo, fortalecida pela implementação de todas as medidas necessárias de apoio ao cessar-fogo, antes do final do ano de 2019", disse o comunicado oficial divulgado ao fim da reunião. Segundo a Reuters, Putin afirmou que queria mudanças na Constituição da Ucrânia — para dar um status especial à região de Donbass, uma das áreas disputadas no conflito. O presidente russo afirmou que eram necessários mais pontos de passagem entre a linha de frente no leste da Ucrânia para civis e a implementação de uma anistia para as pessoas envolvidas no conflito. Zelensky, por sua vez, chamou o encontro de "muito positivo", mas disse que muitas questões ainda não estavam resolvidas após o encontro. Ele afirmou ter insistido que a Ucrânia deve ter controle total sobre suas áreas no leste e que não cederia qualquer um de seus territórios. Os dois países já haviam assinado um acordo de cessar-fogo, em Minsk, na Bielorrússia, em 2015. A cúpula desta segunda-feira é a primeira ocasião em que os quatro líderes se encontram nesse formato de reunião — com as quatro lideranças — desde 2016. Conflito entre Rússia e Ucrânia Desde 2014, um conflito entre separatistas russos no leste da Ucrânia e forças pró-Kiev deixou de 13 mil a 14 mil mortos. Em meio à crise, a Rússia anexou a península da Crimeia — que diversos países ainda reconhecem como território ucraniano. Eleito neste ano, Zelensky defendeu durante a campanha que somente uma mudança de poder na Rússia permitiria que a Ucrânia retomasse a Crimeia. No entanto, a cobertura da imprensa russa era mais favorável ao atual presidente do que aos demais candidatos — até porque o presidente anterior e candidato derrotado, Petro Poroshenko, tinha discurso mais duro em relação a Moscou. Porém, ucranianos pressionam Zelensky a manter uma postura mais rígida contra o separatismo russo no leste. Na véspera do encontro em Paris, milhares de manifestantes marcharam em Kiev para que o presidente "defendesse a Ucrânia" durante a reunião. Source: G1 --- Send in a voice message: https://anchor.fm/learnportugueseonline/message Support this podcast: https://anchor.fm/learnportugueseonline/support