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"Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977" é o livro onde o advogado e professor universitário Miguel Francisco, mais conhecido como “Michel”, relata, na primeira pessoa, os três anos de pesadelo em que esteve preso. Michel testemunha as torturas, fuzilamentos, trabalhos forçados, as condições mais desumanas a que foram sujeitos aqueles que em Angola foram acusados de colaborarem com os “fraccionistas” (Nito Alves e José Van-Dúnem). "Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977" é o livro onde o advogado e professor universitário Miguel Francisco, mais conhecido como “Michel”, relata, na primeira pessoa, os três anos de pesadelo em que esteve preso e viveu as condições mais desumanas a que foram sujeitos aqueles que em Angola foram acusados de colaborarem com os “fraccionistas” (Nito Alves e José Van-Dúnem). Michel, que em 1977 era militar do MPLA, fez parte dos milhares de prisioneiros, condenados sem julgamento, que foram enviados para o “campo de concentração”, “campo da morte”, o campo de Calunda. O livro "Nuvem Negra - O drama do 27 de Maio de 1977" foi recentemente reeditado em Portugal pela Perfil Criativo. Em entrevista à RFI, Michel, que considera que a reconciliação entre angolanos ainda está por fazer, começa por lembrar o choque que teve ao chegar ao campo. Os amigos de Luanda, que pensava que estariam mortos, estavam ali, vivos, mas o aspecto de farrapos humanos, doentes, cadavéricos, com lêndeas e cabelo a cair, eram marcas das condições desumanas do campo da morte. Michel: Quando eu vi, o Manél está vivo! Eu pensava que o gajo estava já morto, afinal ele está vivo. Mas ele estava em mau estado, com lêndeas, anémico, muito magro. Ele disse-me: "Vocês estão aqui e recebemos ordens. Nós não podemos comunicar com vocês." A segurança lá, o DISA. Então, o campo é novo, não tem condições nenhumas, meteram-nos aqui como se fossemos farrapos. Então, começámos mesmo a dormir ao relento. Isto estou a resumir, no livro está tudo. Veio esse primeiro grupo no dia 26 de agosto. Depois veio o segundo no dia 30 ou 31. E depois veio... depois veio o último grupo no dia 3. Este último grupo, dia 3, é que fez o número para eles realizarem o comício satânico para fazerem um fuzilamento em hasta pública, com a população lá, assistindo. Terrível, nunca vi uma coisa assim. Nós fomos obrigados a assistir ao fuzilamento de dois rapazes. Um deles até chamava-se António Ambrige. Jovem, só 18 anos. Estou a ver como se fosse agora. E depois tiraram mais um miúdo. No dia antes nós fomos à Tonga, inculparam-lhe que ele ia fugir. Mas aquilo era uma farsa. Inventaram aquilo. Eles já tinham planificado o fuzilamento para incutir o medo no grosso de toda a malta que estava ali no campo. É uma estratégia que eles tinam montado. De tal forma que nós assistimos, horrorizados. Para nós pensarmos que não vamos sair daqui vivos. No comício, esteve presente o administrador comunal daquela região. Um gajo muito tribalista, o gajo que mais incitava ao ódio ali, naquele comício. E as populações (vieram), pediram a toda a população dos bairros (para vir ver). Estavam ali, concentrados. Todo o mundo assistiu. Tanto mais que naquele fuzilamento, a população também não embalou. Era visível no rosto dos populares a revolta e a reprovação do que eles estavam a assistir. Muitos até não quiseram assistir. Uns até choravam. Por toda essa peripécia que a gente viveu, é que me levou a escrever o livro. Eu disse logo. Por todo este clima de terror que nós estamos aqui a viver. Nunca me passou pela cabeça que o MPLA fosse capaz de criar um campo desta dimensão, nem a PIDE na época colonial. Aquilo era terror autêntico. Nós chegámos lá no dia 26 e tiveram que nos evacuar no dia 17 de outubro. Se continuasse mais tempo não sobraria ninguém. Porque depois surgiram muitas doenças. Por quê? Porque chovia muito. Não havia casas suficientes. Alimentação não havia. Trabalhos forçados, torturas, pancadarias, fuzilamentos. Olha, eu vou só lhe dizer um caso que aconteceu. No dia em que eu fiz 22 anos, no dia 26 de setembro, eu não fui à Tonga. Tonga é lá a roça onde se ia para fazer trabalhos forçados. Eu não fui. Simulei qualquer coisa e fiquei mesmo lá, no campo. Até havia mais benefício em ir à Tonga, porque lá tem água. No campo, nem água tinha. A água era de um tanque. Você nem água tinha para beber. A situação era tão grave no campo que você nem água tinha. Portanto, era melhor ir para a tonga,porque lá tem os rios. Tomas um banho, bebes água à vontade. E quando chegas (ao campo) tens o papo cheio, já não tem necessidade de beber água. Então, eu não fui mesmo, disse não vou. Então, fui à caserna de um indivíduo chamado Jerónimo. Ainda está vivo. E eu disse: "Oh, Jerônimo, eu, hoje, fiz 22 anos. Aí o gajo disse assim: "Epá, você fez 22 anos! Hoje tens que te aventurar e ir lá na bicha, para ver se comes qualquer coisa." Pronto, a bicha (a fila que se formava para receber uma ração) era terrível. Não se conseguia receber comida, porque a cozinha era única e o número de prisioneiros era muito. Aquilo era uma luta tão grande para conseguir uma migalha de comida que nem todos recebiam. Só os mais fortes é que conseguiam. Eu não conseguia mesmo, não conseguia. Por isso eu vim de lá (do campo) com mazelas. Cheguei a ficar quatro dias sem comer mesmo nada. Então, o que é que eu fazia? Recolhia as escamas de peixe que estavam no chão junto da cozinha. Depois acendia um fogareiro numa lata e tomava aquele molho com sal para mitigar a fome. Mas nesse dia, esse meu amigo Jerónimo disse, "Epá, tens que ir à bicha. Vai! faz alguma coisa! Já não vais fazer mais outro aniversário aqui. Porque aqui nós estamos todos condenados à morte. Então, nesse dia eu tentei ir à bicha. Não é que, por meu azar, e isso está tudo em livro, não é que, por meu azar, nesse dia, também o próprio chefe do campo decidiu ir à bicha para acompanhar o comportamento (dos prisoneiros) e ver como estava a ser distribuída a refeição. Eu estava naquela confusão, para ver se conseguia festejar o aniversário pelo menos comendo alguma coisa. E aquele gajo, de um momento para o outro, disse: "mas que brincadeira é essa? Vocês estão-me enervando. Eu mato já um gajo!" Eu até pensei que ele estivesse a intimidar para que a gente se organizasse melhor. O gajo saca da pistola... Epá, eu nunca tinha visto uma coisa assim. Saca da pistola... Epá, prime o gatilho (com a arma) na testa de um gajo... Epá! De um gajo aleatoriamente. Pumm! Epá, antes dele fazer esse disparo, eu vi o gajo. Eu fiquei com medo. Eu vi o gajo e saí da bicha. Logo que o gajo faz o tiro, Epá, eu... O sangue a jorrar, a bicha se desfez toda, … todo o mundo disperso. Fui para a caserna. Então, disse logo: Epá, isto aqui é mau sinal. Então hoje mesmo que eu faço o aniversário e me acontece uma coisa dessa. Então, é porque já não vou sobreviver. Mas jurei comigo mesmo, se algum dia eu sobreviver, eu vou escrever um livro para relatar todas essas situações que eu estou a viver. É essa a razão que me levou a escrever o livro. RFI: Sobre este drama do 27 de maio de 1977, o Michel já escreveu outros livros, estou-me a lembrar do livro O Racismo como Cerne da Tragédia de 27 de Maio de 1977. Este é um relato de todos os factos que eu vivi, senti na carne e na alma, o que me levou a escrever o livro. Mas, como cidadão que eu sou, com alguma formação que eu tenho, quis ir ao fundo do que realmente esteve na base deste processo. Contrariamente ao que muita gente pensa, é um livro polémico, porque são ideias minhas. Eu fiz uma incursão, fiz uma investigação e fiz uma reflexão. Porquê aquela sangria toda? Tem matérias muito complexas, que tem a ver com a realidade própria do meu país, cujo cerne cai exactamente no racismo. Por isso eu escrevi O Racismo como Cerne da Tragédia de 27 de Maio. Agora, as pessoas lêem. Podem concordar com o que está lá ou não concordar. É o que eu fiz. Esta é uma reflexão pessoal, a minha análise, a minha opinião sobre o que esteve na base do 27,com a qual as pessoas não são obrigadas a concordar. É uma questão de liberdade. Eu penso que o que esteve na base daquela tragédia é aquilo que está no livro que eu escrevi. Agora as pessoas podem concordar. O que o faz ter a opinião de que terá sido o racismo? Ah! aí está o problema! Porque é muito difícil dizê-lo, mas é o que aconteceu. Porque os factos são factos. Quem dirigiu a repressão em Angola foram mestiços. Foram maioritariamente mestiços. São mestiços que planificaram isso. Para mim, são mestiços. E quem viveu em Angola sabe a realidade, sabe que é isso que se passou. Agora, usaram o Presidente Neto, como escudo. Instrumentalizaram o Presidente Neto. Agora, se ele se deu conta, isso é um problema dele. Mas penso que ele deu-se conta. Por quê? Porque eu tive um encontro com a dona Maria Eugénia, viúva do Presidente Neto. Tive uma reunião com ela em 2011, a pedido dela. Esta reunião foi intermediada pelo antigo primeiro-ministro Marcolino Mouco. Um encontro muito frutífero. Ela foi com o meu livro, a primeira versão. Foi com o meu livro para me fazer perguntas. Fez uma série de perguntas e eu respondi. E ela, no fim, diz assim, "coitadinho, o homenzinho, fizeram tudo sem ele saber e o homem sofreu até morrer". No encontro que ela teve comigo, estava ela, esteve um indivíduo chamado Amarildo Vieira Dias e estava a filha, a doutora Irene Neto. Se elas ouvirem, podem confirmar, em 2011. Eu tenho uma grande admiração pelo Presidente Neto, mas não posso perdoar o que ele fez. Então, aquela ideia de uma divisão entre nitistas e netistas faz sentido ou não? Não faz sentido. Isso está no livro que eu escrevi. Na minha perspectiva, aquilo é um falso problema. Eles manipularam de tal forma o Presidente Neto para influenciar a opinião pública nacional e internacional de que a luta do Nito (Alves) era contra o (Agostinho) Neto. Mas não, não é verdade. É falso dizer que havia netismo e nitismo, como se o Nito fosse adversário do Neto. Não, é mentira! Isto não é verdade. A verdade é que o Neto, naquela altura, naquela conjuntura,era uma peça fundamental e qualquer uma das alas queria tê-lo do seu lado. E venceu a área que tinha o Neto do seu lado. Porque o Neto, na altura decisiva da contenda, bandeou-se para o lado da ala que reprimiu. É por isso que eu disse que o problema resvala no racismo. Não vale a pena escondermos. Quem são os gajos que dirigiram a repressão? Lúcio Lara, Igo Carreira, Onambwé, Costa Andrade "Ndunduma", Hermínio Escórcio, todos eram mestiços!. Para quê esconder? É verdade que tinha lá uns pretinhos, mas não tinham aquilo que se chama o domínio do facto. Quem dirigiu a repressão são essas gentes. Isto eu não escondo. É uma realidade. Os factos são factos. E todo mundo sabe disso. Agora, as pessoas podem não concordar comigo. Eu sempre disse, e neste meu livro está lá, o problema do 27 de maio não é ideológico, na minha perspectiva. O problema do 27 de maio é político, é profundo. Já vem da essência do próprio MPLA. Quem fundou o MPLA? Isto não vale a pena esconder. É a minha perspectiva. Eu sou um homem livre. Exprimo aquilo que penso. Agora, posso estar errado, mas têm que me provar o contrário. No campo onde esteve preso, havia pessoas que morriam por causa dos maus-tratos, mas uma grande parte dos mortos era por causa da doença. Sim, a maior parte que morreu no campo, está no livro, era por doenças. Havia um ou outro... Tortura havia ali. (Mesmo sobre) Aqueles gajos, indivíduos que iam roubar mandioca. Chegou uma altura em que a situação estava de tal forma insustentável... O ser humano tem instinto de sobrevivência... Começaram a ir para as lavras roubar as mandiocas. Quando voltavam, aquilo era uma tortura que não era brincadeira. Eram postos nus, e o chefe do campo, com a mulher a assistir, pegava num cacete e batia no pénis. O pénis ali a inchar e a sangrar. Todo mundo a ver, ele nu. Aquilo não era coisa de brincadeira. É o que me levou a escrever o livro. Eu dizia assim: Epá, eu nunca vi uma coisa dessa. Epá, mas é mesmo o MPLA que está a fazer isso? O MPLA vai criar um campo destes? O MPLA que diz que é o povo, e o povo é o MPLA, vai-lhe dar na cabeça para criar um campo desta magnitude? Por isso é que esse tipo de coisas que estão aí a fazer, isso não é reconciliação. Isso não é reconciliação, não é nada. Pela gravidade do assunto, é um assunto que tem que ser bem... Não é só vir com um papelzinho, olha, peço desculpa. Não, aquilo é formal. É um bom passo. Mas agora tem que ir ao fundo do problema. Tem de haver responsabilização política. Pode não ser criminal, ninguém precisa disso. Mas responsabilização política tem de haver. Só assim poderá haver reconciliação. Caso contrário, não há. É assim no Chile, é assim no Brasil. É assim aqui. Aqui, os da PIDE têm mais espaço aqui? Os gajos que fizeram a PIDE aqui têm espaço? Não pode. São cidadãos, vivem ali, mas não tem possibilidade nenhuma de aparecer. Nós em Angola, não. Estão a condecorar até verdugos. Os próprios gajos que mataram, os algozes, estão a ser condecorados. Isto é sério? É assim que se faz? É um prémio pelas matanças que levaram a cabo? Em vez de se criar uma comissão da verdade para se explorar bem, se determinar bem as responsabilidades, e para que uma situação do género não se volte a repetir, estão a ser condecorados. Isto é sério? Por amor de Deus, pá! Só no meu país. Mas eu, como sobrevivente, como angolano que dei o meu melhor nesse país, vou lutar até as últimas consequências. Ainda que me matem. Se quisermos uma verdadeira reconciliação nacional, teremos que ir buscar as causas profundas que estiveram na base disso. O que é que sugeria para que, realmente, essa reconciliação nacional acontecesse? O que eu proponho é a criação de uma comissão da verdade, até podem chamar outro nome qualquer, para primeiro descobrir quem foram os indivíduos que assassinaram aqueles comandantes que apareceram no dia 21 nas Barrocas do Sabizanga. Esse é o ponto de partida. Porque é a partir dali, deste facto bárbaro, que o Presidente Neto veio a público dizer que não perdia tempo com os julgamentos. Não haverá perdão nem... Isso vem em letras grossas. Aliás, escritas pomposamente pelo Costa Andrade "Ndunduma". Que depois inventou mais uma outra célebre frase, "É preciso bater no ferro quente", numa alusão para instigar a matança que já estava a ser levada a cabo. Em função desta frase do Presidente Neto, "Não vamos perder tempo com os julgamentos". Por quê? Por causa daqueles comandantes. Então é preciso saber quem foram as pessoas que assassinaram aqueles comandantes. Foram os fraccionistas? Duvido muito. Até por uma questão de lógica. Se o golpe falhou às 11 horas, mais ou menos às 11 horas, 11 e meia, já as tropas cubanas tomaram a cidade toda. E os próprios fraccionistas já estavam em demandada. Como é que tiveram tempo, durante a noite, para assassinar, meter num carro, numa Kombi, e ir meter (os corpos) alí nas barrocas? Por amor de Deus, pá! Isso é uma questão de lógica. Tem de haver alguma estratégia. Agora, temos que saber quem foram. A gente sabe quem são. A gente sabe! Mas a minha opinião vale o que vale. Por isso é que tem, mesmo, que haver uma comissão da verdade. Olha, se lerem o livro do Nito Alves, nesse livro, tem lá muita carga ideológica. Purga e aquela carga ideológica está lá. E vão às informações que o livro tem. Há uma página 172 ou 173, está lá tudo. Aquelas reuniões que eram levadas a cabo na casa do Júlio de Almeida, era reunião de quê? Era para fazer o quê? Está lá tudo. Matrículas todas, as pessoas que iam lá frequentar. Vamos lá, só ver. Ali temos um bom ponto de partida. Agora, se querem que as pessoas todas que estavam envolvidas nesse processo trágico, morram todas para depois não serem responsabilizadas, isto não é reconciliação. Com toda sinceridade, não é! Qual é o impacto que o drama do 27 de Maio de 1977 ainda tem, nos dias de hoje, na sociedade angolana? Basta ver o país como está. Tão simples quanto isso. Isso não é uma questão de romantismo, é uma questão de realismo. O MPLA inflectiu para um rumo depois do 27 de Maio. O MPLA não é mais o mesmo. E a prova está ali, hoje, no que temos. Que MPLA temos hoje? Que MPLA temos hoje? Os melhores patriotas que o MPLA teve na sua vida são aqueles que foram trucidados no 27 de Maio. Não me venham lá com outras teorias. São esses que foram mortos no 27 de Maio. Hoje só temos aí os escroques! Indivíduos mais ligados para a riqueza. Não é?! Todos eles são ricos. São milionários. Têm casa aqui, dupla nacionalidade. Todos eles. Que patriotismo é esse? Eles é que andaram a instigar esses miúdos todos a virem para aqui. Porque copiam. Um verdadeiro patriota pensa no seu país! Investe lá! Mas eles todos vêm aqui e morrem aqui. Depois é que vão lá ser enterrados. Ou não é? Esse é patriotismo de quê? Podem ser tudo menos patriotas. Se é que têm noção do que significa patriotismo? Portanto, este é o impacto do 27 de Maio. O MPLA está completamente descaracterizado porque os melhores quadros que eles tiveram, os melhores patriotas, são esses que foram mortos no 27 de maio. Nisso não tenho dúvidas. Mesmo as pessoas que participaram nesta repressão têm noção disso, reconhecem. Hoje O MPLA está descaracterizado. Isto não é romantismo do Michel, não, é um facto. Está aí, palpável. Olha como é que o MPLA está hoje, completamente desacreditado. Acha que ainda é possível com o MPLA no poder alcançar essa verdade que o Michel defende, que o Michel procura? Eu acredito no ser humano. É uma questão de vontade política. Ainda é possível, vão a tempo. Mas se não for possível, vão ser forçados a fazê-lo. A reconciliação só pode passar por este caminho. Olha, é uma questão de filosofia de vida, Luís Guita. A filosofia de vida nos ensina que não se constrói um edifício a partir do tecto. Os edifícios se constroem a partir da base. O que é que se faz primeiro? Criam-se os alicerces. Depois, criam-se os pilares para sustentar o edifício. Olha, a CIVICOP está a fazer exactamente o contrário. Está a começar por cima para depois terminar em baixo. Não se dá certidão. Certidões, ossadas, é um processo que vai culminar lá. Depois até se pode erigir um monumento. Mas primeiro temos que ir às raízes, àquilo que esteve na base do 27. O que é que deu para matarem tanta gente? Isso é que é fundamental. Se a gente discutir isso, chamar as pessoas à razão, confessarem ali na comissão o que é que fizeram, porquê que fizeram, o caso morre aí. Nós estamos todos disponíveis para perdoar. Sem isso, nada feito. Está a acontecer a reedição do livro "Nuvem Negra", que o Michel escreveu sobre o drama do 27 de Maio de 1977. No poder, em Angola, já está a chegar uma nova geração, pessoas que, algumas, ainda nem sequer tinham nascido quando isto aconteceu. Qual a importância que este tema seja também dado a conhecer com profundidade a essa nova geração? Por isso é que se escreveu o livro. É para que eles leiam. Vão ler o que eu escrevi, vão ler a opinião das outras pessoas que também escreveram, porque não serei o único que escreveu sobre esta matéria, e eles próprios, depois, vão chegar a uma conclusão. Eu estou a deixar aqui um registo, é um legado. No fim do texto está lá escrito: "Para que as gerações vindouras saibam o que é que se passou. Para que não se silencie e casos do género não se repitam". Agora, eu não estou a dizer à juventude que eles têm que abraçar aquilo que está lá escrito. Não, isso é uma ferramenta de apoio para que eles reflitam sobre o que é que se passou neste país. Para que coisas do género não voltem a acontecer. O que eu quero é que se faça a justiça e que o governo angolano pense, repense, que leia o sinal do tempo. Vai a tempo de inflectir o rumo que ele está a seguir com este processo de 27? Porque o processo de 27 não morre assim. É a verdade. De resto, eu sinto-me bem e sou agradecido, mais uma vez, à RFI por me entrevistar, porque eu nunca tive espaço lá em Angola, é um pouco difícil, senão nas rádios privadas. Nas rádios públicas nem é pensado passar isto, porque eles não fazem, por razões óbvias. O livro termina mesmo com uma frase que é "Que se faça justiça". Quem julga? Essa justiça não é a justiça formal dos tribunais, é a justiça do povo, da juventude, da geração que está para vir. Aliás, uma das passagens deste livro do Michel faz referência ao povo e à maneira como o povo olhou para vós, prisioneiros, no momento em que estavam no Luau... Sim!! ... e escreveu, "até ao anoitecer, as velhas, e mesmo os jovens camponeses, traziam produtos das suas lavras como mandioca, tomate, cebola, batata e ervas. Foi um gesto de profunda sensibilidade e solidariedade que me marcou profundamente e que jamais esquecerei. Este comportamento, por parte do povo, desde o campo, até nesse dia, no Luau, ajudou-me a consolidar o princípio segundo o qual Os povos nunca são maus". Sim! Os povos nunca são maus! Maus são os políticos. Os povos nunca são maus, ó Luís. Os povos nunca são maus. É exactamente pela vivência que eu tive. Esta vivência dramática que me marcou para toda a vida. Eu estou a fazer 70 anos. Mais um ano ou dois anos, você vai ouvir dizer ... e pensar ... entrevistei aquele jovem, já foi. Mas eu deixo esse registo para a eternidade. Morro eu, mas o meu livro não. As minhas ideias vão ficar sempre. Por causa disso, os povos nunca são maus. Eu nunca digo que o povo português é mau. Nem digo que o povo russo é mau. Não! Maus são os políticos que se servem dos povos para gizar um projecto que não é aquele que o povo quer. Isto é que é verdade!
“El Jurado Nacional de Elecciones debe tener el coraje de hacer una limpieza radical en el registro de organizaciones políticas”
Desde su investidura, en enero pasado, el presidente estadounidense, Donald Trump, ha sacudido al país con sus órdenes ejecutivas. Con drásticos recortes, el retiro de acuerdos internacionales y despidos masivos, su mandato avanza con tanta rapidez que los tribunales no pueden seguirle el ritmo. El objetivo declarado es recortar el gasto público, pero también hay un deseo subyacente de reformular las instituciones bajo una ideología de derecha.
“El Jurado Nacional de Elecciones debe tener el coraje de hacer una limpieza radical en el registro de organizaciones políticas”
This special replay takes us back to one of the very first episodes of the Black Magic Woman Podcast, originally recorded in 2020. Uncle Mick Gooda—respected Gungalu and Yiman man, former Social Justice Commissioner, and long-time advocate for our mob—joins Mundanara for a powerful yarn about truth-telling, sovereignty, the history of missions like Taroom and Purga, and the legacy of community-driven education through the Murri School. In a time when COVID-19 was redefining how we stayed connected, this episode reminded us of our resilience and adaptability—and those lessons still ring true today. We’re working hard behind the scenes to bring you new and exciting weekly episodes, so thanks for sticking with us while we get back into the swing of things. Recommendations throughout this episode: https://humanrights.gov.au/about/commissioners/mick-gooda-aboriginal-and-torres-strait-islander-social-justice-commissioner https://www.referendumcouncil.org.au/council/mick-gooda.html Website: www.blackmagicwoman.com.au Follow us on Instagram - @blackmagicwomanpodcast The Black Magic Woman Podcast is hosted by Mundanara Bayles and is an uplifting conversational style program featuring mainly Aboriginal guests and explores issues of importance to Aboriginal people and communities. Mundanara is guided by Aboriginal Terms of Reference and focusses more on who people are rather than on what they do. If you enjoyed this episode, please ‘Subscribe’ on Apple Podcasts or ‘Follow’ on your Spotify app and tell your friends and family about us! If you’d like to contact us, please email, info@blackmagicwoman.com.auSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Seekordse Kahe vahel saate külaline on kultuuriminister Heidy Purga. Pool aastat on loomevaldkond toimetanud kärbete tingimusis, samal ajal tormlevad huvilised menuetenduste piletisabas, valmistutakse laulupeoks ning lõpetatakse suurte kultuurirajatiste remonte või alustatakse uutega. Millist elu elab Eesti kultuuri- ja spordielu kevadel ning mida on oodata valdkonnale lähitulevikus? Küsivad Ainar Ruussaar ja Timo Tarve.
Información al día de EL COMERCIO, Platinum y Radio Quito este viernes 7 de marzo de 2025.A continuación, las noticias de Ecuador y el mundo:Fiscalía expone evidencias y sentencias en el caso Purga; Papa Francisco envía mensaje de agradecimiento; Adjudican el campo Sacha a empresa pública; 14 aprehendidos en operativo en Nueva Prosperina; Segundo Castillo, de ícono del fútbol a la moda.Síguenos en redes sociales: Instagram, Facebook, X, Tiktok, YouTube, Canal de WhatsApp y Canal de Telegram.Puedes contactarnos en podcast@elcomercio.com.Gracias por escuchar este podcast, un producto de Grupo EL COMERCIO.
Héctor Gabriel Vanegas, abogado de Fabiola Gallardo, asegura que Fiscalía forjó el caso Purga. José Villavicencio, del FUT, habla sobre la defensa del campo Sacha y las posibles movilizaciones. #CaféLaPosta
NotiMundo Estelar - María del Mar Gallegos, Sentencias del Caso Purga, ¿triunfó la justicia? by FM Mundo 98.1
¡A despertarse!
La administración de Donald Trump despidió al general de mayor rango de Estados Unidos y a la jefa de la Marina en una purga sin precedentes del liderazgo militar. A través de la red social Truth Social, Trump se refirió al jefe del estado mayor conjunto, Charles Q. Brown, como un líder sobresaliente, pero aún así lo despidió. Además, el exembajador y exdiputado Diego Guelar analizó por qué el presidente Javier Milei ha tenido un impacto positivo en la administración Trump y por qué ha sido tan bien recibida su política de la “motisierra” en ese país. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices
Información al día de EL COMERCIO, Platinum y Radio Quito este viernes 21 de febrero de 2025.A continuación, las noticias de Ecuador y el mundo:¿Una ordenanza frenará los siniestros de tránsito en Quito?;Caso Purga: Fiscalía pidió pena agravada contra Pablo M. y otros ¿Cuántos años son?;La brecha por género en los salarios se mantiene en el mundo, según cifras de la OIT;‘Cónclave': ¿Qué tan realista es la película sobre la elección del Papa?;Cuatro ecuatorianos quedaron eliminados de Europa League.Síguenos en redes sociales: Instagram, Facebook, X, Tiktok, YouTube, Canal de WhatsApp y Canal de Telegram.Puedes contactarnos en podcast@elcomercio.com.Gracias por escuchar este podcast, un producto de Grupo EL COMERCIO.
En Estados Unidos se está produciendo una purga en la Administración, ahora mismo, bajo el mando de Elon Musk y la mirada atenta de Donald Trump. Un ejército de ingenieros, algunos casi adolescentes, está tomando el control de agencias federales y departamentos y despidiendo masivamente a miles de trabajadores. Estamos ante una guerra sin precedentes contra lo que el movimiento MAGA llama 'Estado profundo'. Lo analizamos con Pablo R. Suanzes, corresponsal de EL MUNDO en WashingtonSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Eduardo Cubino, nuestro veterinario de cabecera y su columna semanal para entender y conocer mejor al mundo animal.
Carlos Ferrín analiza las campañas electorales, el liderazgo de Daniel Noboa y las posibilidades de segunda vuelta, y la fuerza de ADN en la Asamblea. Diego Chimbo, abogado de Pablo Muentes, detalla el caso Purga y el llamado a juicio por las acusaciones de delincuencia organizada contra su cliente.
Carlos Alsina reflexiona en su monólogo sobre la renuncia de Luis Tudanca a seguir al frente del PSOE de Castilla y León, evitando disputarle a Pedro Sánchez el liderazgo regional del partido.
Carlos Alsina reflexiona en su monólogo sobre la renuncia de Luis Tudanca a seguir al frente del PSOE de Castilla y León, evitando disputarle a Pedro Sánchez el liderazgo regional del partido.
Un Miasma de depresión que afecta a la humanidad comienza a liberarse de manera espontánea. Purga universal, visible en los signos zodiacales, preparación para una gran sacudida planetaria y la separación de la Tierra en tres planetas distintas. INTRO 0:15 - 05:00 1. Aries 05:07 2. Tauro 06:46 3. Géminis 08:32 4. Cáncer 10:24 5. Leo 12:14 6. Virgo 21:28 7. Libra 23:26 8. Scorpio 25:08 9. Sagitario 27:14 10. Capricornio 28:54 11. Acuario 30:44 12. Piscis 32:31
Depresión energética (miasma) que afecta a la humanidad comienza a liberarse de manera espontánea. Purga universal, visible en los signos zodiacales, preparación para una gran sacudida planetaria y la separación de la Tierra en tres dimensiones distintas. Implantes espirituales y fragmentaciones astrales que controlan a muchos. INTRO 0:15 - 05:00 1. Aries 05:07 2. Tauro 06:46 3. Géminis 08:32 4. Cáncer 10:24 5. Leo 12:14 6. Virgo 21:28 7. Libra 23:26 8. Scorpio 25:08 9. Sagitario 27:14 10. Capricornio 28:54 11. Acuario 30:44 12. Piscis 32:31
Información al día de EL COMERCIO, Platinum y Radio Quito este lunes, 23 de diciembre de 2024.A continuación las noticias de Ecuador y el mundo: Daniel Noboa propone nombrar a niños desaparecidos héroes nacionales; Donald Trump responde críticas por influencia de Musk; El caso Purga muestra debilidad institucional; En Tendencias: Decorar en Navidad, reto por cortes de luz; y en Deportes: Ciclistas ecuatorianos brillan en el World Tour. Síguenos en redes sociales: Instagram, Facebook, X, Tiktok, YouTube, Canal de WhatsApp y Canal de Telegram.Puedes contactarnos en podcast@elcomercio.comGracias por escuchar este podcast, un producto de Grupo EL COMERCIO
Mida arvab rahvusooperi vastu kerkinud kriitikast kultuuriminister?
¡Ya tienes la 3ª edición del “De Què Parlem?” de la 22ª temporada! En el programa de este miércoles hemos hablado con el productor musical NKore y el rapero gallego Luckyy NKore es un artista sevillano con una trayectoria marcada por la diversidad musical. Desde sus primeros pasos como DJ a los 14 años, hasta su evolución como productor influenciado por la electrónica, el flamenco y el rap andaluz, NKore nos comparte cómo ha creado su propio estilo fusionando géneros y emociones. Hablamos sobre sus inicios, sus influencias clave, su pasión por el underground y su filosofía artística. Si te lo perdiste, ya puedes escuchar la entrevista completa en formato podcast. ¡Descubre su trayectoria y sus reflexiones sobre la música y la creatividad! También hemos hablado con Luckky, un rapero gallego con mucho talento y una historia que merece ser escuchada. Desde sus primeros poemas en la infancia hasta su pasión por el rap, que despertó en 2008, Lucas nos habló de cómo la escritura le ha acompañado toda la vida. Conversamos sobre su debut con Rojo Hilo, su proceso creativo y lo que podemos esperar de su segundo tema, Purga al oratorio. Por lo tanto, si quieres descubrir sus historias, no te pierdas el podcast de esta semana! Además, recuerda que este año mantenemos nuestra línea musical centrada en el RAP y la cultura del Hip Hop y por ello queremos darte voz. Si quieres presentarnos tu proyecto musical, tus lanzamientos e incluso formar parte de nuestra lista de Spotify "Los KINGS del RAP en español", envíanos un mail a dequeparlem@radionova.cat y buscaremos un hueco para hablar contigo en el programa y ¡promocionar tu música! ¡Disfruta de cada momento! + Info en www.dequeparlem.net
Purga electoral en Virginia. Corte Suprema de EEUU aprueba depurar el padrón electoral a seis días de los comicios. ONU advierte que ayuda humanitaria en Gaza llega a su punto más bajo desde el inicio de la guerra entre Israel y Hamás.
- Gobierno suspende temporalmente el cobro de las planillas de luz de septiembre- Asamblea da paso a juicio político contra ministra del Interior Mónica Palencia, por incumplimiento de funciones- 'Caso Pico y Plata': agentes de tránsito de Quito son detenidos en operativo por presunta trama de concusión- Destituyen a 25 servidores judiciales por implicación en tramas de corrupción Plaga, Purga y Metástasis- Autopsia de Liam Payne revela impactantes detalles sobre su trágica muerte en Buenos Aires
Dieter Brandau comenta el cambio de Antonio Hernando de La Moncloa a la secretaría de Estado en Transformación Digital, y el viaje de Cerdán a Suiza.
Pese a la gravedad de la información, que es dada como un hecho por parte de quienes están cerca al panel arbitral, hasta el momento el titular de la comisión, el también exárbitro Ímer Machado, no se ha pronunciado al respecto.See omnystudio.com/listener for privacy information.
On this very special episode of POP THEORY, we are joined by the incredible Devin Way! The Geminis were strong in these ones as we talk all things music from Tori Kelly, Kelly Clarkson and Beyoncé to Becky Hill, David Archuleta, and Tanner Adell. Devin answers the infamous "Desert Island" question and also recalls his love of American Idol.
[¿Qué tan segura estás en tu hogar?]Conducción: Martín Echevarría (@martinderadio).Cada martes escucha un episodio estreno en todas las plataformas podcast¿Tienes una historia real para compartir en nuestro programa? Contactanos: @martesdemisterio (IG) @martesmisterio (TW) martesdemisterio@gmail.comSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Información al día de EL COMERCIO, Platinum y Radio Quito este lunes 3 de junio de 2024.A continuación las noticias de Ecuador y el mundo: Caso Purga: Diana Salazar va por más vinculados a presunta compra de jueces a cambio de sentencias favorables; SRI: ¿Qué tipos de contribuyentes hay en Ecuador?; El insólito lugar en el que Fuerzas Armadas halló un bote semisumergible. En Tendencias: Joven egipcio, primer paciente operado de cáncer hace 4500 años y en Deportes: Independiente del Valle ganó la etapa y así quedó la tabla de posiciones.Síguenos en redes sociales: Instagram, Facebook, X, Tiktok, YouTube, Canal de WhatsApp y Canal de Telegram.Puedes contactarnos en podcast@elcomercio.comGracias por escuchar este podcast, un producto de Grupo EL COMERCIO.Más info: https://www.elcomercio.com/podcasts/informacion-al-dia
NotiMundo a la Carta - Emilio Palacio, Metástasis, Purga y Plaga; Los Casos Que Tratarán.. by FM Mundo 98.1
NotiMundo Estelar - Yolanda Yupangui, Casos Purga y Metástasis Sacuden al Sistema Judicial by FM Mundo 98.1
NotiMundo Estelar - Ramiro Vela, Comisión de Fiscalización Iniciará Investigación del Caso Purga by FM Mundo 98.1
NotiMundo a la Carta - Julio César Cueva, Caso Purga Desata una Crisis Profunda en Corte Guayas by FM Mundo 98.1
NotiMundo a la Carta - Paco Moncayo, Metástasis y Purga, ¿Punto Partida para Desmantelar Corrupción? by FM Mundo 98.1
NotiMundo Estelar - Manuela Gallegos, La Fiscal Frente a los Casos Purga, Metástasis.. by FM Mundo 98.1
NotiMundo Estelar - María Josefa Coronel, Caso Purga, ¿justicia Corrompida? by FM Mundo 98.1
NotiMundo al Día - María Dolores Miño, Purga y Metástasis, ¿podrán depurar la función judicial? by FM Mundo 98.1
NotiMundo Estelar - Joffre Campaña, Caso Purga; Jueces y Exasambleísta Implicados by FM Mundo 98.1
NotiMundo al Día - Christian Zurita, Caso Purga by FM Mundo 98.1
Carlos Carrillo, nuevo director de la Unidad Nacional de Gestión del Riesgo, UNGRD, habló en Mañanas Blu sobre su experiencia y su compromiso en la lucha contra la corrupción y la atención de las necesidades de las comunidades. También mencionó las críticas y los desafíos que enfrentará en su cargo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Notimundo a la Carta - Walter Macías, Caso Purga, ¿La Justicia Embarrada? by FM Mundo 98.1
Esto es una muestra. Puedes escuchar el audiolibro completo aquí: https://penguinaud.io/4bsP5YuNarradores: Diego Rousselon / Laura Carrero del TíoSolo lo extraordinario pertenece al reino de Ilya: los excepcionales, los poderosos, los élites.Aquellos que nacieron vulgares son solo eso: vulgares. Y cuando el rey decreta que todos los vulgares serán eliminados para preservar su sociedad de élite, carecer de poder se vuelve un crimen, convirtiendo a Paedyn Gray en una criminal por destino y en una ladrona por necesidad. Se hace pasar por psíquica en la ciudad real, pasando desapercibida para seguir viva y fuera de peligro.Cuando Paedyn inesperadamente salva a uno de los príncipes de Ilya, se ve arrojada a las Pruebas de la Purga. La brutal competición existe para exhibir los poderes de los élites, algo de lo que Paedyn carece. Si la Purga y sus rivales no la matan, lo hará el príncipe cuando descubra lo que ella es en realidad...#powerless #audiolibro #enespañol #penguinaudio #laurenroberts Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Purgas en el organigrama castrista Se elevan a seis los feminicidios en Cuba en 2024 Tormenta local deja árboles caídos y destrozos en la capital Nueve cubanos muertos tras accidente de tránsito en Guatemala.
Santiago Abascal se vio cerca de la vicepresidencia del gobierno con Alberto Núñez Feijóo en la Moncloa. Nada se cumplió. El PP ganó pero no le dio para gobernar y Vox perdió 19 escaños. Desde entonces, hay mucho ruido en Vox. Abascal ha adelantado la asamblea general para darse un baño de autoridad. Ha sido reelegido como presidente hasta 2028, sin candidato alternativo. No han tenido ni que votar. ¿Qué pasa en Vox? ¿Está en cuestión el liderazgo de Santiago Abascal? Lo analizamos con los periodistas Antonio Maestre y Carmen Moraga. *** Hazte socio de elDiario.es y llévate un año gratis de Podimo, la plataforma de podcast y audiolibros. Todos los detalles en elDiario.es/podimo *** Envíanos una nota de voz por Whatsapp contándonos alguna historia que conozcas o algún sonido que tengas cerca y que te llame la atención. Lo importante es que sea algo que tenga que ver contigo. Guárdanos en la agenda como “Un tema Al Día”. El número es el 699 518 743.See omnystudio.com/listener for privacy information.
En una situación donde un esposo pasa más tiempo con sus amigos que con su esposa, creando tensión en el matrimonio, como consejero cristiano, ofrecería los siguientes consejos:1. Fomentar la Comunicación Abierta y Honesta: Es fundamental que la pareja hable abiertamente sobre sus sentimientos y preocupaciones. La esposa podría expresar cómo se siente desatendida y la necesidad de más tiempo de calidad juntos. Es importante que esta comunicación se realice de manera respetuosa y comprensiva, evitando acusaciones o críticas que puedan generar defensiva. Santiago 1:19 (NVI) nos recuerda: “Mis queridos hermanos, tengan presente esto: Todos deben estar listos para escuchar, y ser lentos para hablar y para enojarse”.2. Reconocer la Importancia del Matrimonio en la Fe Cristiana: Es vital recordar que, según la enseñanza cristiana, el matrimonio es una institución sagrada y un compromiso ante Dios. Efesios 5:25 (NVI) dice: “Maridos, amen a sus esposas, así como Cristo amó a la iglesia y dio su vida por ella”. Esto implica priorizar la relación conyugal y nutrirla continuamente.3. Establecer Prioridades y Límites: El esposo debe reflexionar sobre sus prioridades y considerar si está dedicando el tiempo y la atención adecuados a su matrimonio. Proverbios 5:18 (NVI) aconseja: “Alégrate con la esposa de tu juventud”. Es importante encontrar un equilibrio entre las relaciones de amistad y la relación conyugal, estableciendo límites saludables.4. Involucrar Actividades en Pareja: La pareja podría planificar actividades regulares juntos para fortalecer su relación. Esto puede incluir salidas, estudios bíblicos en pareja, oración juntos o incluso actividades cotidianas compartidas. Estas actividades pueden ayudar a reconectar y fortalecer su vínculo.5. Buscar Consejería Matrimonial Cristiana: Si la pareja encuentra dificultades para resolver estos problemas por sí mismos, buscar la ayuda de un consejero matrimonial cristiano puede ser beneficioso. Este puede ofrecer una perspectiva externa y basada en la fe para guiar a la pareja hacia una relación más saludable y satisfactoria.6. Oración y Búsqueda de Guía Espiritual: La oración individual y en pareja puede ser una fuente de fortaleza y guía. Pedir a Dios sabiduría, comprensión y amor para manejar la situación puede ser de gran ayuda. Filipenses 4:6 (NVI) nos anima: “No se inquieten por nada; más bien, en toda ocasión, con oración y ruego, presenten sus peticiones a Dios y denle gracias”.En resumen, la clave está en la comunicación efectiva, el establecimiento de prioridades claras en la relación, la búsqueda de actividades que fortalezcan el vínculo matrimonial y la orientación espiritual y profesional cuando sea necesario. El matrimonio es un viaje compartido que requiere esfuerzo y dedicación de ambas partes.COMUNIDAD DIGITAL CRISTIANA
Hoy en 'Las Noticias de ABC' hablamos de la expulsión de Nicolás Redondo del PSOE. Se trata de la segunda en apenas nueves meses después de que también le retirasen el carné socialista a Joaquín Leguina. Redondo había sido muy crítico con la postura del partido de Sánchez con respecto a la amnistía que exige Puigdemont. Contra esa amnistía, el PP está preparando un 'gran acto' que, por el momento, no va a contar con la presencia de VOX
El periódico abre con el plan de Yolanda Díaz de borrar en Sumar cualquier herencia de Pablo Iglesias. Anthony Blinken, secretario de Estado de EEUU lima asperezas en Pekín con Xi Jinping y las autoridades buscan un sumergible con cinco turistas que se ha perdido en el fondo del Atlántico.
Federico analiza con Ignacia de Pano y Girauta las listas de los partidos para el 23-J y la purga interna en Vox.
Federico analiza con Ignacia de Pano y Girauta las listas de los partidos para el 23-J y la purga interna en Vox.