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Comunicar a Guerra, Pensar a Paz: O Mundo Explicado sem Eufemismos Num tempo em que a guerra voltou ao continente europeu e a ameaça nuclear regressou ao vocabulário político, comunicar tornou-se tão decisivo quanto negociar, tão estratégico quanto deter armamento. A forma como entendemos o conflito — e a forma como os líderes o explicam — determina a capacidade de uma sociedade se proteger, se posicionar e, sobretudo, de construir paz. Nesta conversa profunda com um dos mais atentos analistas de geopolítica e segurança internacional, exploramos não apenas o que acontece nas frentes militares, mas aquilo que raramente chega ao espaço público: a lógica das decisões, o medo que move líderes, a propaganda que molda percepções e a fragilidade das democracias perante um mundo multipolar, competitivo e cada vez mais turbulento. A Guerra Não Desapareceu — Apenas Mudou de Forma A guerra do século XXI já não é apenas feita de tanques, artilharia ou drones. É feita de comunicação, de opinião pública, de gestos diplomáticos e de ameaças que pairam mais do que disparam. O conflito na Ucrânia tornou visível uma realidade que muitos preferiam não ver: o regresso do imperialismo territorial, a competição entre grandes potências e a erosão lenta da ordem internacional construída após a Guerra Fria. E, como explica o especialista entrevistado, esta realidade é o resultado direto de um mundo onde já não existe uma potência única capaz de impor regras — e onde vários Estados procuram afirmar a sua posição, mesmo à força. “Falamos Demasiado de Guerra e Demasiado Pouco de Paz” Esta frase, dita logo no início da nossa conversa, resume uma das grandes preocupações: a paz tornou-se um bem adquirido, quase dado por garantido, e deixou de ser pensada como projeto político. Hoje discutimos armamento, sanções, alianças, ofensivas e contra-ofensivas, mas muito raramente discutimos planos reais de paz. A diplomacia parece muitas vezes refém de hesitações, cálculos eleitorais e receios de perder posição. Faltam líderes com visão e coragem para assumir compromissos difíceis. Falta clareza estratégica. Falta, em suma, o que sempre faltou antes dos grandes pontos de viragem da História: vontade de mudar o rumo. Propaganda: A Arma que Já Não Precisa de Mentir A propaganda moderna não opera através de falsidades grosseiras — opera com ângulos, omissões e narrativas cuidadosamente organizadas. Divide sociedades, instala ruído, confunde consensos. E, como lembra o convidado, é um mecanismo estrategicamente desenhado, não um acidente. Hoje, qualquer conflito é também uma batalha pelo centro emocional das populações. A pergunta já não é “quem dispara primeiro?”, mas sim “quem controla a interpretação do que acabou de acontecer?”. E esta disputa é tão séria como qualquer avanço militar. Num ambiente onde autocracias investem fortemente em desinformação, países democráticos só sobrevivem se investirem tanto em educação mediática quanto investem em equipamento militar. A Ameaça Nuclear: Entre a Política e o Medo Há uma década, a maioria das sociedades ocidentais consideraria inaceitável ouvir líderes políticos falar com leveza sobre o uso de armas nucleares. Hoje, essa retórica tornou-se comum. A ameaça nuclear voltou a ser utilizada como instrumento de coerção psicológica — não necessariamente para ser usada, mas para moldar decisões, atrasar apoios, dividir alianças e impor limites invisíveis. E, como explica o analista, esta ameaça não é apenas militar: é emocional. Desestabiliza, silencia, intimida. Perante isto, a resposta das democracias deve ser equilibrada, firme e prudente. Nem ceder ao medo, nem alimentar a escalada. Europa: Entre a Vulnerabilidade e a Oportunidade A União Europeia confronta-se com uma verdade desconfortável: não tem poder militar proporcional ao seu peso económico. E num mundo onde a força voltou a ser a linguagem dominante, esta assimetria torna-se perigosa. Apesar disso, a Europa tem vantagens únicas: capacidade económica para modernizar as suas defesas; alianças históricas que multiplicam o efeito da sua ação; e, sobretudo, uma rede de Estados democráticos cujo valor estratégico reside no coletivo e não no individual. Mas falta ainda algo fundamental: coragem política para agir antes de ser tarde. A Ética da Guerra: A Linha que Nos Define No final, chegamos ao ponto mais difícil: a ética. O que separa uma guerra justa de uma guerra injusta? O que é aceitável negociar? Que compromissos violam princípios fundamentais? E como explicar a uma criança porque é que um país decidiu invadir outro? A resposta do convidado é simples e trágica: as guerras deixam sempre lições — mas as sociedades nem sempre as aprendem. A história mostra que a Europa só foi corajosa em momentos de desespero. É urgente quebrar esse padrão. Lições que Ficam A paz não é natural — é construída. A guerra renasce sempre que a coragem política desaparece. A propaganda moderna vence pela dúvida, não pela mentira. A ameaça nuclear é sobretudo psicológica e estratégica. As democracias enfraquecem quando imitam autocracias. Sem educação mediática, não há defesa possível. A Europa precisa de visão — não apenas de verbas. A ética não é luxo: é a fronteira que nos impede de nos tornarmos como os regimes que criticamos. Porque Esta Conversa Importa Num tempo de ruído, medo e incerteza, precisamos de vozes que consigam explicar, com clareza e rigor, como funciona o mundo — e o que depende de nós para que esse mundo não se torne mais perigoso. É isso que esta entrevista oferece: contexto, profundidade e, acima de tudo, um convite à responsabilidade cívica. Se este artigo o ajudou a compreender melhor o que está em jogo, partilhe-o. Deixe o seu comentário, traga as suas dúvidas, participe na conversa. Só uma sociedade informada consegue resistir ao medo — e escolher a paz. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. Por isso, ela pode não estar totalmente precisa. 0:00 Como comunicar a guerra de hoje e a paz de amanhã? A guerra é tão natural quanto a paz, faz parte da imperfeição da natureza humana. 0:19 Pessoa 2 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje falamos de guerra, de paz e, acima de tudo, de como se comunica um mundo que já não é estável. Um mundo onde a diplomacia hesita, onde a propaganda acelera e onde a ameaça militar, incluindo a ameaça nuclear. 0:39 Volta a moldar as decisões políticas. O meu convidado é Manuel pués de Torres, analista geopolítico e investigador em segurança Internacional. Alguém que conhece por dentro os bastidores da nato, a lógica da dissuasão, o Tabuleiro da diplomacia e aquilo que raramente se explica ao público. 0:57 Que a guerra não é apenas força, é também narrativa, psicologia e comunicação estratégica. Nesta conversa, vamos tentar perceber o que está realmente a acontecer na Ucrânia, o que está em jogo nas negociações. Porque é que falamos tão pouco de paz? Como funciona a propaganda Moderna? 1:13 Que riscos esconde a ameaça nuclear? E como é que tudo isto mexe com as democracias, com a opinião pública e com a vida de cada um de nós? Se esta conversa vos fizer pensar e vai fazer, subscrevam o canal. Deixem o vosso comentário. E partilhem com quem precisa de ouvir estas explicações. 1:34 Manuel pues de Torres, posso apresentar te como um especialista em estratégia militar, em guerra híbrida, em diplomacia, em política Internacional, em comunicação também, porque a comunicação está aqui no meio disto tudo. Longa experiência junto da nato. 1:50 Como é que nós conseguimos conversar e comunicar sobre um tema tão difícil? Como a guerra, que é o sítio onde morrem pessoas. 2:01 Pessoa 1 É verdade, são tudo perguntas simples de resposta, muito complexa. Mas acima de tudo e em primeiro lugar, um agradecimento pelo convite, por estar aqui contigo e para podermos falar de algo que é fundamental não apenas à política Moderna, mas também à forma de se fazer a paz no futuro. 2:18 E começo por dizer fazer a paz e não fazer a guerra, porque falamos muito de guerra e pouco de paz. 2:24 A imperfeição humana e a competição no sistema internacional Porquê? Porque a paz foi adquirida depois da queda do do muro de Berlim e a própria influência da paz Moderna Na Na nas relações diplomáticas. 2:39 Tornou a 11 bem garantido e, portanto, não se fala tanto da continuação da paz, mas da ausência da paz em prol daquilo que é naturalmente o conflito, o conflito das palavras, o conflito da política e, por último, contra tudo e contra todos, a ressurreição da do grande conflito convencional no continente europeu e, portanto, isto é um é um tema que preocupa qualquer governante. 3:06 É um tema que tem que preocupar qualquer estadista. É um tema que tem que preocupar garantidamente as populações, as sociedades, aquelas que se dizem, aquelas que vivem e aquelas que pensam ser ainda sociedades democráticas e abertas. 3:22 Pessoa 2 Mas no tempo em que nós estamos, a ideia de guerra ainda faz sentido. 3:28 Pessoa 1 A ideia de guerra? Faz sempre sentido. 3:30 Pessoa 2 Porque é que acontece a guerra, no fundo, é um bocadinho essa a pergunta que que eu tenho para te fazer? 3:34 Pessoa 1 A guerra é tão natural quanto a paz, faz parte da imperfeição da natureza humana. E enquanto que o ser humano, enquanto o ser humano for um ser imperfeito que sempre seremos, nunca, nunca seremos divinos divinos, está no está em Deus, Deus nosso senhor, e portanto, enquanto existir essas incapacidades humanas. 3:55 A imperfeição vai nos levar sempre ao conflito. E desse conflito nasce a guerra. O problema é que no mundo que nós criámos, no mundo do século 21, que não é igual ao mundo do século 20, não é o mundo do século, historicamente do século 19, nem ao século 18. 4:11 A criação do direito Internacional e a criação da política Internacional, a criação das relações entre estados, a construção de um mundo que se defende do conflito. É um mundo que está neste momento em risco e a guerra aparece. Precisamente por fruto daquilo que é a competição, por uma posição de liderança no novo sistema Internacional. 4:34 E isto acontece de forma até um pouco natural daquilo que as pessoas possam pensar. O multilateralismo é importante na relação entre os estados e é importante entre as democracias. Mas a falta de um grande estado que lidera o sistema Internacional. 4:50 Ou seja, o que nós chamamos em ciência política. O grande momento de unipolaridade leva à competição entre estados. Competição a que o mundo multipolar a competição entre os diferentes estados emergentes, que querem ganhar um lugar supremacia em função dos outros, querem conseguir liderar. 5:08 Pessoa 2 Até agora, tínhamos as tínhamos os Estados Unidos. Agora aparece a China, agora aparece a Rússia, agora aparece a união europeia, agora aparecem os brics. 5:16 Pessoa 1 É, e daí? E dessa competição de estados nascem? Os conflitos num momento de grande unipolaridade no o conflito está distante. 5:26 Pessoa 2 É melhor este estado porque aquele aquele que é o que é o que é o irmão mais forte pode chegar aqui e acaba já com isto e, portanto, na dúvida, não faço. 5:33 Pessoa 1 Isso é precisamente isso, a partir do momento que os Estados Unidos da América façamos este exercício, que os Estados Unidos da América desaparecem como grande potentado militar, económico e político e outro estado se a leva como um grande detentor do poder e do monopólio da violência no mundo. 5:49 Então, nesse momento será não será contestado e não sendo contestado, o conflito vai contorná lo e esse estado pode impor a sua lei, a sua matriz de direitos, a sua matriz de valores, ao ao restante sistema Internacional. 6:07 Foi o que, o que, o que os Estados Unidos da América fizeram durante a grande competição durante a guerra fria e mais tarde. Na queda do muro de Berlim, tentando imprimir aquilo que seriam as regras do xadrez Internacional. No entanto, nós vivemos agora um momento de grande transformação. 6:23 Os Estados Unidos já não são a potência económica que foram no passado. Essa transferência de poder fez para a China e para a Índia. E ainda é, embora ainda seja um grande poder militar, o maior poder militar do mundo. 6:39 Rapidamente existem entre as nações que entram nesse conflito ou que entram nessa competição. E agora aqui a questão é, então isso não existe um momento de unipolaridade e que caminhamos para maior multipolaridade, então está de facto encerrado o destino. O destino será o conflito e a guerra? 6:56 Não, o destino não está encerrado, mas a guerra vai persistir e vai se multiplicar. O que nós não podemos permitir é que os limites à guerra justa sejam ultrapassados. 7:08 Pessoa 2 O que é que é uma guerra justa? 7:10 Pessoa 1 A guerra justa é aquela que se faz em prol de uma injustiça. Uma guerra simétrica, por exemplo, promovida pela Rússia para anexar ilegalmente território que não lhe pertence. É uma guerra injusta. Uma guerra justa é a guerra que os ucranianos travam para conseguir reconquistar o seu território, para defender a sua população, a sua dignidade, os seus valores e a sua soberania. 7:34 O amadorismo diplomático e a traição nas negociações de paz Como é que nós? Explicamos a uma criança de 5 anos porque razão a Rússia um dia decidiu entrar na Ucrânia e começar a reivindicar território e até se conseguisse tomar conta da Ucrânia. 7:48 Pessoa 1 Tal como no passado, existem sempre estados, nações, países, governantes, pessoas que anseiam por conquistar mais poder. E tendo via aberta, sem impedimentos para que outros estados e outras pessoas e outros exércitos o bloqueiem, então nada o impedirá de continuar a conquistar território até estar verdadeiramente satisfeito. 8:13 Mas aqueles que têm a sede do poder, os grandes imperialistas, dificilmente ficam contentes com as suas vitórias momentâneas. Querem sempre mais. E, portanto, a Rússia, neste momento, vende que não tem qualquer tipo, ou vende em 2022 que não tinha qualquer tipo de impedimento. 8:29 Porque o teste já tinha sido feito em 2014. 8:32 Pessoa 2 Na Crimeia, na. 8:32 Pessoa 1 Crimeia e já tinha sido feito em 2008 e 2009, na Geórgia, na apcásia e na Ossétia do Sul, sabendo que ninguém se impôs à sua campanha de terror na tchachénia, nas 2 grandes guerras, sabia que ninguém iria, em princípio, em defesa do povo ucraniano. 8:54 Olha neste enganou, se enganou, se neste. 8:56 Pessoa 2 Momento AAA Europa, obviamente. Mexeu se também os Estados Unidos na era pré Trump. Agora vamos ver o que é que está a acontecer, mas neste momento em que nós estamos a falar, está a acontecer uma espécie de conversações diplomáticas em busca da paz, isto é, para levar a Sério. 9:15 Ou estamos ainda num momento retórico em que cada um vai mantendo a parada o lume, mas na realidade ainda ninguém está verdadeiramente preparado para parar esta guerra? 9:27 Pessoa 1 A guerra só para Jorge, quando uma das partes tem mais a perder do que a outra, quando uma desiste de combater, sai derrotada, ou quando a outra já não quer combater, não pode não ser derrotada, mas não sai vitoriosa. E neste momento, tanto a Rússia como a Ucrânia ainda têm muito por perder e muito por ganhar e, portanto, como não existe um grande momento de fratura deste. 9:56 Potencial de combate a guerra vai perdurar durante o tempo necessário. 10:00 Pessoa 2 Quando? Só quando existe uma espécie de empate negativo, em que nenhuma das partes tem nada para ganhar, é que se consegue esse ponto de equilíbrio. 10:07 Pessoa 1 Só no momento em que uma das partes estiver mais a perder com a guerra é que essa guerra termina e neste momento, tanto a Rússia como a Ucrânia, ambas ainda podem perder muito, perderem muito ainda sob seu domínio. 10:23 E, portanto, podem continuar a perder. Olha, a Ucrânia pode continuar a perder território que para já não é suficiente. Vai continuar no encalço de uma campanha que que lhes vai possibilitar ou não ganhar mais território ou não. A Rússia sabe que, se continuar a guerra, o número de mortos não afeta o sentido de voto. 10:40 O número de feridos não afeta o sentimento de impopularidade contra si. Manifestado que não existe, não é? A continuação da guerra dá lhe mais força política e centraliza o poder de estado na sua pessoa. 10:56 Tem muito a ganhar com a guerra. Vladimir Putin, jáz lensky, tem pouco a ganhar com a guerra, mas não pode desistir de batalhar. 11:03 Pessoa 2 Porque tem muito a perder, porque? 11:04 Pessoa 1 Tem muito a perder neste momento. Se não tivesse tanto a perder, provavelmente dava o caso por encerrado, se fosse só uma Crimeia. Mas a verdade é que, conversando com soldados ucranianos, eu tive essa, tive essa possibilidade. Nenhum deles. Nenhum deles por uma ilha desistiriam de continuar a lutar. 11:23 Nós estamos a falar de um povo que foi invadido, invadido por alguém que lhes deram garantias de segurança. Se a Ucrânia entregasse o seu armamento nuclear antigo, soviático de volta para para a Rússia entregar ao armamento que os defendia. 11:42 As garantias de segurança que receberam de nada lhes valeram. E agora veem se invadidos por aqueles que juraram defender a Ucrânia. Portanto, parece me que está tudo dito e uma criança de 50 IA conseguir perceber que a esta Rússia Moderna como a conhecemos é uma Rússia mentirosa. 11:59 É uma Rússia que não não olha a meios para atingir os seus fins profundamente imperialista. E infelizmente, fez um divórcio total com a com as poucas ligações que ligaram a jovem federação russa. Ao concerto de nações europeias e, infelizmente, estou a tentar devolver à vida isso é que eu posso dizer assim, muito das grandes ambições soviéticas que marcaram grande parte do século. 12:27 Pessoa 2 20 olha, estão em curso essas negociações, entretanto, nós que estamos aqui e que não percebemos o que é que se passa verdadeiramente nessas negociações. Mas vamos ouvindo, por um lado, sair à própria pública, que há 28 pontos para discutir que é ABEC depois os outros que são um contra. 12:47 Depois o senhor Putin, que aparece a dizer de uma forma ameaçadora, se querem prolongar a guerra, nós prolongamos depois o Trump do outro lado, que ora diz uma coisa, ora diz outra. O que é que tu lês disto tudo? O que é que tu ouves daquelas conversas que se calhar não são públicas e que tu vais acompanhando e que tens seguramente mais dados para entender estas conversas diplomáticas? 13:10 Pessoa 1 Existe, Jorge, um grande nível de amadorismo, as relações internacionais e a diplomacia Internacional é uma área muito importante. Da vida dos estados. 13:23 Pessoa 2 Isto não é para entregar a profissionais, os negociadores não são profissionais os. 13:26 Pessoa 1 Negociadores staff to staff são profissionais, são pessoas que atingiram os seus postos de dicionoridade face ao ao mérito que demonstraram ao longo da sua vida profissional aqueles que negociaram e que os, portanto, o ator político que está em negociação direto entre a da Casa Branca e do Kremlin, são atores. 13:49 Políticos que podem ter ou não ter a experiência adequada ao momento que estamos a viver. E como é que? 13:54 Pessoa 2 Isto é, numa mesa das negociações. Quando nós estamos numa mesa dessas de alto nível, certo? Há uma cara e ela pode ser mais experiente ou menos experiente. Mas depois atrás de ti tem pessoas que percebem muito disto. Tu és uma dessas pessoas que no fundo vais dizendo, vais treinando. Vais explicando aos políticos e aos negociadores o que é que está em causa. 14:11 Como é que isto funciona? 14:13 Pessoa 1 Ninguém vai para uma reunião de negociação de alto nível como aquela que. O senhor whitkoff e o senhor Kushner tiveram com os seus homólogos no Kremlin e com e com Vladimir Putin, sem que primeiro seja enviada uma documentação que vai guiar grande parte da conversação. 14:29 Há um. 14:29 Pessoa 2 Trabalho preparatório há um trabalho. 14:30 Pessoa 1 Preparatório de Secretaria que é feito entre as equipas de um lado e do outro. 14:34 Pessoa 2 É um negócio de diplomata. 14:36 Pessoa 1 Absolutamente EE. No momento em que essa argumentação encontra um ponto de sustentação, dá se início então ao convite para que as delegações se encontrem, no entanto. A Rússia aqui, neste, neste, neste jogo, joga sujo porque Vladimir Putin, quando toma a palavra e isto está documentado, recorre sempre a revisionismos históricos para educar, para treinar, para brifar os seus AA delegação de outro país sobre aquilo que é a visão de Putin para o mundo, para a Europa e para a Rússia. 15:11 E isso é preocupante, porque foge àquilo que está agendado. Acaba por contrariar a mensagem e o objetivo da reunião e acaba por ocupar tempo dialogando contra o próprio propósito e objetivo desta destas negociações. 15:29 Pessoa 2 Mas numa negociação, não é suposto que as partes tenham no fundo uma visão e que ela pode ser profundamente divergente do outro lado. 15:37 Pessoa 1 Sim, e isso é natural que aconteça como nós estamos a falar de 2 poderes beligerantes. Que se encontram no teatro de operações. 15:45 Pessoa 2 E que têm, lá está esses interesses divergentes. 15:49 Pessoa 1 E que têm interesses divergentes, o que é? 15:50 Pessoa 2 Que se faz para se aproximar posições em coisas que estão completamente irredutíveis e completamente. 15:55 Pessoa 1 A mediação aqui deve ser profissional e deve tentar encontrar concessões de parte a parte, e essas concessões custam muito aos 2. No entanto, a Rússia já mostrou que não está disponível para aceitar. 16:11 Para aceitar reduções ao seu teto máximo para o exército ucraniano, não vai aceitar qualquer tipo de concessão nesse sentido, diz que obriga e que não aceita retirar da mesa de negociações o reconhecimento das províncias ilegalmente anexadas por parte da Ucrânia, por parte da união europeia e dos Estados Unidos da América. 16:33 E diz que não aceita qualquer entrega ou adesão da Ucrânia à organização. Do, do, portanto, do anato e isto coloca um ponto e trava muito daquilo que são as grandes negociações suspeito com o. 16:49 Pessoa 2 Negociador não tenha grande caminho para fazer quando quando uma posição de base é é essa. 16:54 Pessoa 1 A posição de base é esta, mas a forma como se oferece um momento negocial é, oferecendo força ou fragilidade às 2 ou a uma a um dos beligerantes. 17:04 Pessoa 2 Como é que isso se faz? 17:05 Pessoa 1 Isso faz de forma muito simples, os Estados Unidos e a Europa têm o poder. Para oferecer mais material militar à Ucrânia? Para que a Ucrânia de facto tenha ganhos operacionais no terreno, mostrando que fica por cima nas operações estáticas. Operações essas com resultados e efeitos estratégicos. 17:24 Ou colocar mais sanções à Rússia e oferecendo mais material de guerra à Ucrânia, mais sanções à Rússia vai aumentar o poder negocial dos ucranianos. Mas também pode fazer o contrário, pode retirar o apoio militar à Ucrânia. 17:40 E pode oferecer negócios vantajosos à Rússia. E é isso que me preocupa nestes negociadores, witcofe custnar. E eu explico porquê, porque tudo isto é uma questão de comunicação. E a comunicação aqui neste caso, embora seja a porta fechada e a opaca do ponto de vista daquilo que nós conhecemos do witcoft custner. 17:59 É bastante transparente o que está a acontecer. O itkov, durante os anos 90 esteve ligado ao grande setor do imobiliário, com grande investimento russo. Empírico esta ligação, mas o senhor Kushner, que durante o primeiro mandato de Donald Trump sempre foi conhecido e reconhecido por embaixadores de outras nações em Washington, por ser um indivíduo que, quando em negociação diplomática, só estava interessado numa coisa. 18:26 Fazer negócios e, portanto, quando queixo não era, acompanha o itkof à Rússia. É para fazer negócios. E como nós falamos, Jorge, da grande traição, a traição à negociação, a traição à mediação, a traição aos ucranianos e aos europeus. 18:43 A grande traição materializa se não por virar as costas aos ucranianos, mas através de negociações ad hoc. Daquilo que deveria ser uma negociação de paz, tentar galvanizar a posição económica dos destes novos Estados Unidos da América para celebrar acordos económicos com a Rússia. 19:02 Num momento de fragilidade económica da Rússia, o senhor está a perceber o que eu estou a tentar dizer. Eu vos explico. Para outras palavras, a grande traição materializa se no momento em que os Estados Unidos se aproveitam da fragilidade económica russa para tentar canibalizar aquilo que resta ainda dos seus recursos, minérios. 19:20 E isto é uma grande traição para todos, mas não para os Estados Unidos da América. E por isso é que Marco Rubio aqui é um ponto tão importante porque tem uma posição, é o chefe máximo da diplomacia Americana. 19:32 Pessoa 2 Com grande experiência. 19:33 Pessoa 1 Com grande experiência e que tem uma posição mais mais balanceada em relação ao à Ucrânia, que pelo menos ouvem os ucranianos e sabe que se for naquilo que é a postura do itkof e do crushner os interesses dos Estados Unidos. 19:49 Que estarão assegurados, certamente, mas em prol daquilo que seria um acordo com os russos, podem perder muito mais do que o valor minério ou do que o valor económico revertido. 19:59 Pessoa 2 Portanto, o que tu estás a dizer é que, além de uma negociação na mesa com os beligerantes, também existe uma tensão dentro do próprio mediador em relação ao caminho que se pode seguir, claro. 20:10 A Europa e a necessidade de poder militar no século XXI Claro que sim. E a petexet o vice presidente Vance. Foram apanhados em conversas no Signal, chamado Signal Gate, no início do do ano 2025, logo no início do mandato de Donald Trump, e expressavam se de forma bastante hostil relativamente à posição da relação entre os Estados Unidos e a Europa. 20:32 E viam a Europa com poucos, com com com pouca simpatia, e mostravam bem que viviam. EE dividiam um ódio àquilo que era a posição do da Europa. Face ao preteturado americano e que se os europeus de facto puderam investir os seus dinheiros em vez no orçamento de defesa para a sua segurança social e na evolução dos seus estados sociais. 20:57 Isso é porque Os Americanos estavam preparados para os defender e de acordo com o avance e de acordo com except e todos os outros. A base de apoio MHA tensão aparece quando existem republicanos mais moderados. 21:14 Republicanos ligados a John McCain, republicanos que antigamente seriam ditos como de grande repúdio ao partido democrata e que hoje nos nos revemos nas suas palavras. Tentar fazer 111 contra um contra debate ou um contra fogo àquilo que é a posição irredutível de Donald Trump, Vance e de ecset. 21:34 Portanto, sim, existe tensão interna no partido republicano. Essa tensão tem efeitos diretos sobre as negociações e nós vimos bem nas últimas imagens que que passaram há pouco tempo, soube numa reunião entre americanos e ucranianos. 21:50 Estava de um lado da mesa sentado Marco Rubio, witcofic Kirchner. Marco Rubio estava a liderar as negociações e os seus 2 atores políticos, os 2 camaradas políticos, estavam ambos com ar de caso, muito preocupados porque Marco Rubio estava a conseguir dialogar com os ucranianos. 22:10 Os negócios não se fazem com a Rússia conseguindo aproximar os Estados Unidos da Ucrânia. É precisamente necessário a fazer se um afastamento e um distanciamento político e institucional. Dos Estados Unidos da América da Ucrânia, para que se possa de facto conseguir materializar negócios com a Rússia. 22:28 Eu espero estar verdadeiramente enganado e não ser surpreendido pela pela realidade dos factos daqui a mais uns meses, porque se de facto os Estados Unidos da América celebrarem acordos económicos com o grande estado agressor do século 21, então isso vai certamente levar a grandes tensões no seio da Aliança. 22:50 Pessoa 2 Atlântica na nato. A Europa ainda conta para este campeonato. 22:53 Pessoa 1 A Europa que conta sempre este campeonato, a Europa o que não tem. E a pergunta está bem colocada, a Europa, o que não tem é a expressão militar. E no novo século 21, no novo século 21 ou na partida para o segundo quartel do século 21, a força militar e a expressão de do monopólio da violência, eu hoje tão ou mais importante que o controlo e influência económica e financeira. 23:16 Deixámos de falar sobre competição de do bloco europeu do motor europeu com a China e com os Estados Unidos. Passámos a falar da preparação da Europa para a guerra. Isto tem que preocupar garantidamente todos aqueles que que estão envolvidos na política, todos aqueles que estão envolvidos profissionalmente no setor da da informação e da comunicação, porque aquilo que as pessoas querem saber, aquilo que o que o mundo do eleitor quer saber é o que é que vai acontecer amanhã. 23:44 Tenho um negócio, tenho investimentos, tenho empresa, tenho colaboradores, tenho que pagar salários, vamos ter garra amanhã, porque senão não, não farei determinado tipo de investimentos. E isso para as pessoas querem saber e as pessoas querem saber. O que a união europeia oferece é 1 + 1 camada de proteção face àqueles que não fazem parte da união europeia. 24:01 A nato também oferece uma camada de proteção acrescida. A Irlanda, por exemplo, faz parte da união europeia, não faz parte da nato. No entanto, quem conseguiu ver à distância o perigo que se. Que começava a emergir por parte no leste, por parte da Rússia e por parte da China e do seu bloco de aliados. 24:20 Entendeu que era necessário dar um passo em frente na integração na nato e teria custos estratégicos para estes 2 estados. Estou a falar da Finlândia e estou a falar da Suécia, que estrategicamente e de forma histórica. Sempre quiseram ser estados neutrais e que, embora estados da união europeia, não eram estados da nato. 24:40 Pessoa 2 E, no entanto, mudaram a sua posição. 24:41 Pessoa 1 Mudaram a sua posição face ao reposicionamento estratégico e à abertura e demonstração e transparência deste deste novo imperialismo russo. E o que é interessante é que a própria Suíça pensa neste momento. Começaram a fazer algumas consultas parlamentares sobre aquilo que seria a necessidade da Suíça um dia. 25:02 Entrar e aderir à nato. Portanto, o mundo está a mudar e os países tradicionalmente neutrais compreendem que existe uma ameaça e que a força é resultado de um coletivismo integrado de um concerto de nações que se estão a preparar para defender as suas sociedades. 25:19 Mas existem outros perigos, e os outros perigos dizem respeito ao tipo de governos que vamos eleger no futuro, se forem governos que emitam e copiam o modelo Maga na Casa Branca. Então teremos na Europa governos que vão preferir defesas nacionais em prol daquilo que é uma defesa coletiva. 25:39 Mas isto tem um custo económico que um estado como Portugal não pode suportar. Portugal faz por algum motivo. Durante o estado novo, Portugal aderiu imediatamente à nato como membro fundador, porque nós sabíamos, Salazar sabia. Que havia uma necessidade imediata de Portugal assegurar uma posição no concerto das nações que querem que se querem defender contra os novos imperialismos. 26:01 Pessoa 2 Ainda por cima, Portugal, com um mar que tem o tamanho que tem, nós estamos a olhar para leste, mas de facto, hoje com no mundo global, na realidade não há Fronteiras e, portanto, nós temos que defender esta parte. É a nossa, faz parte do nosso, do nosso trabalho, do nosso papel. 26:15 Pessoa 1 EE Portugal tem aqui uma missão, Portugal é um, é um, é um estado oceânico e tem que garantir. Que grande parte da sua plataforma continental e que grande parte do seu triângulo estratégico está defendido de ameaças futuras, ameaças ao nível do mar, ameaças subaquáticas, ameaças no seu espaço aéreo. 26:34 Porque Portugal não? 3 defesas quando quando falamos destas questões da política e da defesa nacional e da defesa coletiva da Aliança Atlântica, algumas pessoas esquecem e ignoram que Portugal, de facto, é um país Atlântico. E como é um país Atlântico, temos que não podemos ignorar os portugueses na madeira. 26:51 E os portugueses Na Na região autónoma dos Açores? E isto é fundamental, porque se Portugal quer de facto defender a sua soberania, tem que ter plataformas no mar com competentes e com marinheiros e soldados treinados para conseguir executar todo o tipo de missões. 27:08 Portugal deu agora um passo tremendo, fruto daquilo que é um mecanismo de investimento na defesa patrocinado pela união europeia e não pela nato. E, portanto, quando me pergunta, a união europeia ainda é relevante? Não tem poder militar, mas tem um poder económico que pode ajudar as nações a investir na sua defesa. 27:25 Portanto? Resposta afirmativa, sim. A união europeia é fundamental e Portugal, com acesso ao programa safe, teve agora direito a 5.8 1000 milhões de euros. A um acesso a um crédito, teremos que o pagar, mas uma taxa de juro muito abaixo do mercado, e isto é fundamental. 27:43 Olhe o orçamento para a defesa, em média são 4000 milhões de euros. Tem dado a crescer, embora durante 10 anos tivesse a decrescer, e 4000 milhões de euros. É muito dinheiro e nós vamos ter acesso a quase +6000 milhões este ano. 28:01 O que Portugal fez e o que o Ministério da defesa fez foram estudos de gabinete com indústrias, estudos que começaram em julho deste ano para preparar aquilo que eram as propostas das indústrias. Mas isto também tem tem uma questão interessante, não bastam ser uma indústrias quaisquer, tem que ser indústrias da própria união europeia. 28:18 Porquê? Para promover a criação de capacidades multinacionais para promover o mercado de armamento e o mercado tecnológico intra europeu. E para começar a dar o tiro de de partida aquilo que tem que ser uma competição da base industrial militar aos Estados Unidos da América. 28:38 E, portanto, quando falamos de uma Europa preparada, uma Europa não lhe chamaria militarizada, mas uma Europa mais poderosa do ponto de vista militar do que há uns anos atrás. Não nos podemos esquecer do efeito estratégico que isso poderá ter nos Estados Unidos da América. 28:54 Estivermos a falar de um Estados Unidos da América liderado por um republicano moderado. Um profissional, alguém com escola política ou por um democrata moderado? Não temos nada a Temer. Mas se continuarmos nesta senda da dinastia Donald Trump, então essa próxima dinastia, esses próximos herdeiros de Donald Trump, provavelmente vão ver uma Europa mais poderosa do ponto de vista militar. 29:21 Não como um aliado, mas como um competidor direto. 29:24 Pessoa 2 O que é capaz de não ser também uma boa notícia neste? 29:26 Pessoa 1 Neste bloco, isto não é necessariamente desejável. 29:28 A desinformação como arma estratégica e a resiliência civil Olha, uma das coisas que eu que eu tinha trazido para esta conversa é falarmos da propaganda, daquilo que acontece sempre quando há estes choques, sejam guerras, sejam o que for. Porque a minha sensação é que hoje em dia, no mundo em que nós temos, no mundo das redes sociais, a propaganda já quase não precisa de mentir. 29:46 Só precisa de organizar os factos e dar uma determinada. A matriz de ângulo para conseguir inclinar Oo campo a seu favor. A propaganda é levada tão a Sério como a compra de um Submarino ou a organização de umas forças armadas. 30:04 Pessoa 1 Não, não é do meu ponto de vista. Não é porquê? Porque não fechamos o seguinte, vamos ver isto do ponto de vista da educação. Porque a comunicação tem muito a ver com a educação e a propaganda também tem que ver com a educação. 30:22 Nós, quando treinamos forças armadas, estamos a treinar as forças armadas com base numa ideia do nosso inimigo, do nosso adversário, a ameaça. Ou seja, para se treinar forças armadas devemos conhecer quem é o inimigo, quais são as nossas armas de guerra, qual é a nossa doutrina, qual é a nossa estratégia. 30:40 Portanto, conhecemos o mundo, conhecemos o mundo, que que que é bem, que é bem plausível. Mas quando nós falamos da ausência de uma ameaça bem definida, então nós não podemos treinar ninguém, nós temos que conseguir educar. 30:57 E, portanto, por isso é que eu digo que nós treinamos as nossas forças quando conhecemos o inimigo, mas nós somos obrigados a educar as nossas forças para nos protegermos de um inimigo que ainda não conhecemos. E como é que isso faz? E a propaganda é precisamente esse. O problema é. 31:13 Algo que a sociedade civil trabalhou no passado é algo para o qual as sociedades estavam preparadas para lidar ideologicamente com propaganda soviética, comunista e que hoje as sociedades não estão preparadas. Aliás, alimentam se da propaganda que é gerada artificialmente para atingir um objetivo, dividir, criar clivagens sociais. 31:36 E promover o caos político. 31:38 Pessoa 2 Isso não é um acidente. O que tu estás a dizer é que isso é uma estratégia. Acontece. Há um desenho de uma propaganda que tem como intenção criar uma divisão, imagino que nas sociedades ocidentais modernas e democráticas. 31:51 Pessoa 1 Sim, e normalmente isto é promovido por grupos de interesse, atores estatais ou não estatais. Isso quer dizer que vem de agências. De informações estratégicas que com compilam este tipo de de materiais e subcontratam empresas para injetar certas narrativas. 32:09 As narrativas são estudadas certas narrativas em determinadas plataformas sociais para atingir. Certas classe etárias para atingir certa população, população que fala português ou população que fala castiano ou outra coisa qualquer e, portanto, existem narrativas com objetivos concretos. 32:27 Não se faz por acaso no que diz respeito ao combate a este tipo de desinformação. 32:33 Pessoa 2 Como é que se faz? Qual é a vacina? 32:34 Pessoa 1 Esse combate tem que ser feito pela educação direta das forças armadas, da população AEOA criação de resiliência nacional advém necessariamente da criação de uma ideologia de. Deputado, onde as pessoas compreendem que são tanto um ator como um alvo de desinformação externa? 32:52 A Singapura, a Suíça, a Finlândia, a Suécia, a Dinamarca e a Noruega e a Estónia desenvolveram conceitos de defesa total para proteger o estado, mas acima de tudo, a população de ameaças civil visíveis defesa civil. 33:10 EEE. 33:10 Pessoa 2 Fazendo o quê e? 33:11 Pessoa 1 Potenciação e potenciação daquilo que são os os assades de um estado. O objetivo aqui é declaradamente assumir que um determinado estado está sob ataque. Ataque esse que não é visível, está na, na, está na, no domínio cognitivo e que as pessoas têm que compreender que determinado tipo de narrativas existem para promover a falta de apoio entre o eleitorado e os seus governantes. 33:37 Para promover a discórdia entre os valores nacionais de um determinado estado e precisamente para semear o caos. E esse caos é operável, porque quanto mais dividido estiver a Europa, mais fácil será um grande potentado militar atingir os seus objetivos através de anexações ilegais. 33:56 Pessoa 2 Dividir para reinar. 33:57 Pessoa 1 Dividir para reinar. 33:59 Pessoa 2 Olha, nós estamos numa olhamos por um lado, para para a guerra enquanto militar, tanques, aviões, submarinos, por aí fora. Mas hoje é um conceito da guerra híbrida. É, é guerra híbrida, é o quê? Inclui esse, inclui essa, esse tipo de guerra de informação, inclui ataques informáticos do que do que é que estamos a falar? 34:18 Pessoa 1 Esse é um tema muito interessante, eu eu fiz um doutoramento precisamente sobre esta, sobre esta área, e embora eu não possa falar muito sobre sobre ela. Porque existem aqui questões que são um bocadinho mais técnicas e mais e mais sensíveis. Acima de tudo, a guerra híbrida da forma como nós a conhecemos. 34:36 Porque não está escrito em Pedra, ou seja, não, não há uma definição fixa. Estas. 34:42 Pessoa 2 Qual é a tua? 34:43 Pessoa 1 Tendem a mudar o que? O que é de conhecimento académico é de que a guerra híbrida é uma fusão entre 2 formas de guerra, a guerra convencional. A guerra entre exércitos e as guerras assimétricas e as guerras assimétricas são guerras de guerrilha, guerra com envolvimento da desinformação do ciberespaço, guerras que contornam exércitos para atingir o que nós chamamos o coração e as mentes dos próprios estados. 35:16 E quem é o coração e as mentes dos estados é a própria população, é o centro de gravidade de uma nação, é a sua população, e portanto, a guerra híbrida tem estas capacidades. É mutável, é mutável na sua forma de guerra, na sua gramática, utiliza diferentes instrumentos de poder para atingir os seus objetivos, mas é extraordinariamente difícil de se de se conseguir gerir. 35:37 O planeamento não é linear, requer múltiplas iterações ou requer múltiplas formulações, requer diferentes atores envolvidos. Que quer redes de sabotagem. O que se passa na Polónia é é um é um dos domínios de guerra híbrida também. 35:52 E a grande dificuldade para um analista ou para um planeador é conseguir identificar uma determinada atividade de sabotagem da desinformação de de, por exemplo, de de destruição de infraestruturas críticas através de detonações ou ou por via de de hacking. 36:13 Como uma atividade associada a uma campanha de guerra híbrida. Na minha perspetiva, a guerra híbrida não pode ser uma fusão de 2 guerras, porque eu sou um closeviciano puro e em closevitse, acredita se que a natureza da guerra é eterna e portanto, se é eterna, não pode haver 2 naturezas, existe só uma natureza. 36:32 E essa natureza de que guerra é guerra e a e a verdade é que a guerra híbrida pode ser mais do que aquilo que nós pensamos. Pode ser precisamente uma interpretação newtoniana que nós, seres lineares, fazemos sobre algo que é extraordinariamente complexo, que, embora tenha sido desenhado e orquestrado, pode não necessariamente dizer respeito direto àquilo que nós estamos a observar, porque um planeador só pode observar os seus efeitos, não sabe, sem observação direta, se uma campanha de guerra híbrida está a acontecer ou não. 37:05 Podem, através de mapeamento, conseguir identificar contornos de uma guerra híbrida? Não temos. 37:09 Pessoa 2 Radares para isso e nós? 37:11 Pessoa 1 Não temos radar para isso, para isto, porque para já não temos uma compreensão total sobre aquilo que é o que não é a guerra híbrida. Existem múltiplas interpretações e o grande desafio aqui é encontrar uma que satisfaça todos os requisitos e que consiga ajudar o planeador e as nações que estão mais importante. 37:31 A travar os efeitos da guerra híbrida. E isso só se faz numa não não entender de uma forma a criação de imunidade de sistema, ou seja, a criação a perceção pública real de que este tipo de ameaças existem, quais são os seus domínios, quais são as suas valências tradicionalmente, com que tipo de gramática é que apresentam e como é que elas se apresentam? 37:53 E depois, o que é que cada população, o que é que cada nação tem que fazer para a combater? Portanto, e a nato e a união europeia celebraram de forma conjunta porque isto é também uma é uma ameaça política e militar. Criaram um centro de excelência no estudo da guerra híbrida em Helsinki e na Finlândia. 38:10 E porquê na Finlândia? Porque Finlândia, antes de de 2014, estava na linha da frente as ameaças híbridas vindas da Rússia, portanto, aquilo que é o os moldavos. Os georgenos EAE, os ucranianos sofreram a Finlândia o convívio com essa realidade desde o início do século 20 e, portanto, é compreensível que tenha sido em Helsinki. 38:32 Mas estes centros de excelência multiplicam se porque as ameaças são cada vez maiores e são tão vastas que são necessárias várias equipas de pessoas, de economistas, atores políticos a diplomatas, a militares, para se conseguir compreender todos os contornos. 38:47 É, de facto, uma grande ameaça e é certamente um grande desafio. Para este século e para as próximas décadas? 38:53 Os exercícios militares da NATO e a ativação do Artigo 5 Há uma curiosa expressão, não sei se curiosa desgraçada, depende de ir me aste que são jogos de guerra, que é quando, por exemplo, no nato, não só se juntam forças multinacionais, vai tudo para um palco real ou imaginário de ir me aste tu combater um determinado inimigo. 39:13 O que é que acontece no nos jogos de guerra? Estou a perguntar te porque tu acompanhas muito de perto este? Este tipo de de atividades de treino militar que é disto. 39:23 Pessoa 1 Que estamos a falar eu, eu, eu já há alguns anos que acompanha os jogos de guerra da nato. EE é público, portanto, não, não vou fazer grandes revelações. 39:32 Pessoa 2 E podes partilhar o que é que tu fazes, qual é o que é, qual é o teu papel? 39:35 Pessoa 1 Eu, eu, portanto, eu integrei o joint workfer center em 2015 e desde 2015 que tem estado envolvido com os com os grandes exercícios estratégicos multinacionais de alta visibilidade da nato. E tive o privilégio de poder ser o autor político e estratégico de um grande exercício que foi, na altura, em 2017, considerado o maior e a mais desafiante exercício de sempre da nato, o Trident chavalin 2017. 40:07 E a nossa, a nossa necessidade e a nossa função e a nossa missão era oferecer ao, portanto, a nossa, a nossa audiência, que estava em treino, ao nosso training audience. Um desafio extraordinariamente complexo que treinasse uma série de requisitos que os obrigasse a pensar de forma crítica e a solucionar os problemas operacionais que estariam montados à à sua espera. 40:30 Os exercícios fazem se de forma por simulação em computador ou de forma com fogo vivo. Portanto, temos os CPXE, os livex e a verdade é que. Ao longo dos últimos anos, assistimos a um aumentar da frequência dos exercícios militares da nato, mas também há um aumentar da graduação do próprio exercício. 40:56 São cada vez mais complexos e mais desafiantes, uns a seguir aos outros, quase de forma exponencial, porque desde 2014, com a invasão da Crimeia, que a nato, a Aliança Atlântica e as nações acima de tudo das nações. 41:12 Parece terem acordado para para 11 Mundo Novo, do qual não estariam à espera. 41:16 Pessoa 2 Isso pode ser uma preparação para uma guerra real? 41:19 Pessoa 1 E os exercícios normalmente são feitos para capacitar as nações para treinar os próprias operacionais que estão sentados nos diferentes comandos da nato. Para garantir que num dia em que o artigo quinto seja. 41:32 Pessoa 2 Ativado, o artigo quinto diz que? 41:33 Pessoa 1 O artigo quinto é a forma como a nato se defende, é o é a grande, é a grande fórmula do tratado do Washington e diz que o ataque contra um é um ataque contra. 41:44 Pessoa 2 Todos ou obriga, portanto, a uma, a uma resposta, a. 41:46 Pessoa 1 Resposta de todos, mas só posso ser ativado por consenso. Isso foi ativado uma vez na história foi ativado depois do 11 de setembro e a pergunta fica, quem é que ativou o artigo quinto? É quando o ataca. As Torres gémeas não foram os Estados Unidos. 42:00 Pessoa 2 Não foram os estados. 42:01 Pessoa 1 Unidos foram os Estados Unidos, não é segredo, mas quem ativou o artigo quinto foi o conselho do Atlântico norte, de forma consensual. 42:08 Pessoa 2 Do lado de cá? 42:09 Pessoa 1 Foram foram todos os membros da nato que em 2001, de forma solidária, a ativar o artigo quinto em vez dos Estados Unidos. Porquê? Por uma questão de comunicação estratégica, por uma questão de postura. Estratégica, os Estados Unidos não queriam dar o flanco fraco, embora fossem atacados no coração económico do seu estado. 42:29 Não quiseram dar o flanco fraco, não queriam mostrar mais fragilidade. 42:34 Pessoa 2 Pedir ajuda no fundo aqui aos europeus deste. 42:36 Pessoa 1 Lado e não iriam pedir ajuda. E, portanto, o que a nato fez que naturalmente que existiram negociações e conversações para isto à porta fechada? O que Oo que a nato fez foi utilizar o seu concelho máximo, o concelho do Atlântico norte, para fazer esta esta ativação e portanto, quando falamos destes articulados e quando falamos destes posicionamentos da nato, a nato e as suas nações são obrigadas a exercitar aquilo que são as suas diferentes capacidades em diferentes missões e operações. 43:05 E neste momento os exercícios contemplam praticamente toda a Geografia aliada toda a Geografia aliada, portanto, quase desde o havai. Até ao flank leste, com a Rússia e a são cada vez maiores e mais exigentes. 43:20 E isso obriga também a uma exigência por parte de quem treina, de de quem desenvolve os exercícios, de quem treina e de quem os executa. E à medida que avançamos, estes são exercícios cada vez mais definidores de postura estratégica da Aliança Atlântica. 43:36 Porque é que isto é importante, Jorge, porque no final de contas, todas as nações que querem mostrar dissuasão. Têm que mostrar que fazem os seus exercícios com competência todos. 43:47 Pessoa 2 Isto é uma prova de força, é EEEE. Os outros atores internacionais estão a pensar na China, na Rússia. 43:54 Pessoa 1 Todos observam, estão todos a observar EE são avisados que os exercícios vão acontecer. São avisados, são todos avisados. 44:00 Pessoa 2 É a guerra do seu lado, não? 44:01 Pessoa 1 Têm que têm garantidamente que ser avisados porque movimentações de tropas em continente europeu pó? Movimentação de tropas Russas para a para a Fronteira com a Europa. 44:10 Pessoa 2 Só podem ser uma ameaça. 44:11 Pessoa 1 São consideradas imediatamente uma ameaça e isso vai obrigar a mobilização de forças de reação rápida da nato e mobilização dos exércitos nacionais. E, portanto, os exercícios são anunciados, são planeados e os russos comprometem se a fazer o mesmo. Os exercícios à PAD russos, que acontecem de 4 em 4 anos, também foram anunciados aos países da nato. 44:31 Toda a gente sabia que este exercício iam acontecer, os exercícios que levaram depois. À ao blitzkrieg e à invasão. Em 2022, foram comunicados aos parceiros internacionais da Rússia. Mas quando a monitorização a essas mobilizações Russas começaram, identificou se imediatamente que o tipo de mobilização não era condizente com aquilo ou não estava de acordo com aquilo que se veria. 44:57 Um exercício militar puro e duro seria algo mais com o exercício militar, portanto, começaram as dúvidas e começaram as. 45:03 Pessoa 2 Dúvidas olha o que é que? É um cenário impossível de treinar. 45:10 Pessoa 1 Aparentemente é um cenário onde a nato perde. Isso é extraordinariamente difícil de se treinar. É curioso porque eu vejo mais valias quando os quando as audiências, os soldados, os comandos, porque é o que nós estamos a treinar. 45:29 São comandos e não e não soldados. Quando perdem um cenário muito exigente, mas politicamente, a perda de um exercício de guerra tem custos políticos, tem custos políticos, tem custos para o para a hierarquia e para o comando e controlo de uma de umas forças armadas. 45:46 Pessoa 2 Portanto, quando se tenta fazer determinada coisa e é tão difícil que se chega à conclusão de que aquela unidade, aquele departamento, aquela determinado exército, não consegue resolver o problema. 45:56 Pessoa 1 Esse normalmente, esse tipo de esse tipo de de vinhedos são normalmente ignorados ou ultrapassados. Porque a tentativa de aceitação, de incapacidade para resolver um determinado cenário de uma grande ameaça, quase impossível de se resolver, não é aceitável do ponto de vista político. 46:16 Os exercícios são feitos para treinar, não são feitos para que a nato falhe. No entanto, existem várias Correntes metodológicas que veem grande valor e valor acrescido e também vejam. Quando um estudante, quando um soldado, quando um comando não consegue ultrapassar o desafio que que lhe é proposto, porque não está capacitado para isso ou porque, de facto, é demasiado exigente. 46:39 Pessoa 2 Aprender com os erros, aprender. 46:41 Pessoa 1 Com os erros, e isso é algo que a este nível de grandes exigências, de grandes demonstrações de poder, onde todos os observadores estão atentos. É algo que as nações ainda não estão preparadas para fazer, mas existem outras formas de fazer este tipo de exercício, de se fazer este tipo, de retirar estas mais valias. 47:00 A verdade é que nem os chineses nem os russos também perdem os seus. Os seus exercícios de guerra ganham sempre. Portanto, faz parte do cenário e faz parte do desenho institucional que foi criado, o batok. 47:11 Pessoa 2 Que faz parte da retórica, é assim que funciona. 47:14 A retórica nuclear e a dissuasão no cenário geopolítico E eu estava a pensar especificamente na ameaça nuclear. Isto, género de exercícios treina também. O uso e a resposta a ataques nucleares sim. 47:26 Pessoa 1 Embora não sejam tão comuns quanto os exercícios de comando que são feitos, existem exercícios de que, especialmente no diz respeito ao planeamento do grupo militar e a ou o planeamento do grupo nuclear, e, portanto, são são sempre executados e na verdade são mais revistos agora do que no passado, porque a ameaça nuclear é agora algo que se utiliza com com tanta leveza. 47:51 Mas na comunicação pública entre diferentes estados, nós recordamos bem as palavras de Medvedev quando diz claramente se os europeus assim o desejam, a Rússia está preparada para a guerra nuclear e, portanto, este tipo de retórica não deveria existir. 48:07 No passado, era evitável. Ninguém falava sobre ameaças nucleares. Era uma conversa que, embora toda a gente reconhecesse a ameaça e a minha, a ameaça é incrível, não era algo que fosse utilizado. Com tanta leveza. E agora, infelizmente, chegamos ao ponto onde armas nucleares táticas são colocadas na Fronteira com a Polónia, nomeadamente na Bielorrússia, onde a retórica nuclear aumentou e onde aumentou também, claro, o medo e a coerção daquilo que poderá ser uma guerra nuclear, e por isso o treino tem que ser feito, mas não do ponto de vista da destruição nuclear. 48:48 A nato não tem qualquer tipo de pretensões de guerra nuclear. Aliás, é precisamente o oposto. A nato tem como objetivo travar qualquer guerra, qualquer guerra de agressão. 48:58 Pessoa 2 Dissuasão. 48:59 Pessoa 1 Não travar guerras de agressão através da sua dissuasão. E a guerra nuclear não chama se guerra nuclear, mas não é uma guerra. O elemento nuclear aqui é uma arma política. Não deve ser utilizada nunca em guerra e a própria forma de se fazer a defesa contra este tipo de empenho de de armas se atacada se o. 49:24 Portanto, se a nato ou os territórios da nato forem atacados com uma arma nuclear, a resposta a esse ataque não é ele nuclear, é uma resposta convencional. E porque é que isto foi desenhado desta forma? Porque durante os anos 50 e durante durante os anos 60. 49:41 A resposta a um ataque nuclear com outro ataque nuclear levaria à Escalada do da ameaça nuclear e potencialmente à materialização de um cenário de destruição mútua. E o objetivo foi sempre fazer a redução da ameaça nuclear, nunca potenciando atingir um cenário de destruição mútua. 49:59 Então os vários países aliados resolveram reformar a própria doutrina nuclear. Para respondendo a um ataque nuclear com um ataque convencional, tentando quebrar aquilo que era a iniciativa nuclear de um estado agressor. Mas se o estado agressor continuasse a utilizar e empenhar armas nucleares, então a resposta por fim já não seria uma resposta convencional e, portanto, o objetivo aqui é que a resposta seja flexível e que seja ponderada e que não nos leva todos para o abismo, mas uma nação que decide empenhar uma arma nuclear contra um estado não agressor, decidiu. 50:35 E solou o seu destino. 50:37 Pessoa 2 Hum, achas que o uso de uma arma tática nuclear num sítio muito específico é uma possibilidade real? 50:46 Pessoa 1 Claro que é, especialmente se for uma arma de hidrogénio. Se for 11 bomba de hidrogénio não tem radiação, a explosão e a detonação. A destruição é pela pressão do do do movimento do ar. Não existe radiação porque não é uma arma de de fusão. Mas isso não quer dizer que seja passível do seu do seu empenho. 51:04 O objetivo é anão utilização de armas nucleares. A utilização deste tipo de armamentos vai levar imediatamente a uma resposta muito agressiva por parte de todos os estados, estados esses que pertencem à nato e potencialmente vai arrastar para o conflito de estados que não pertencem à nato e que não estão envolvidos no conflito. Porque aquilo que pode acontecer num estado é um descontrolo político, emocional, de uma de uma grandeza de tal ordem. 51:25 Que já deixam de existir limites a este empenho e a esta utilização. Um estado que empregue armamento nuclear é um estado e um governo que já não pode estar sobre sobre, já não pode liderar um determinado uma determinada nação é deve ser removido. 51:38 Pessoa 2 Rapidamente é um ato irracional no. 51:40 Pessoa 1 Fundo é um ato de irracionalidade política. E eu não creio que a Rússia, neste momento, se veja obrigado, obrigado a uma coisa dessas. Pelo contrário. O que a Rússia quer fazer é garantir que atinge todos os seus objetivos. De forma não. Nuclear de forma não violenta, não violenta, tentando não provocar aquilo que é uma Europa ainda um pouco adormecida, mas tentando atingir os seus objetivos, fazendo a guerra ou levando a guerra até outras paragens a estados que não têm a capacidade de reação, como têm a Europa. 52:14 Uma guerra, como aconteceu entre a Rússia e a Ucrânia, se acontecesse entre a Rússia e a Europa, seria francamente muito diferente. Especialmente porque os europeus, em comparação com os russos ou em comparação com os ucranianos, conseguiriam garantidamente fazer 11 controlo do espaço aéreo EE garantir um controlo aéreo e, portanto, operações terrestres com supremacia do ar são muito diferentes de operações ucranianas sem suplomacia de força aérea, os caças f 16 que estão na linha da frente. 52:46 Os caças f 16 que foram entregues à Ucrânia não estão na linha da frente. Porque os sistemas de defesa antiaérea russos protegem as forças e protegem o posicionamento russo em pokrossky na e na restante linha da frente e, portanto, não me permita que a força aérea ucraniana possa voar em em Liberdade e em segurança para atingir os seus alvos. 53:06 Pessoa 2 Se isto é preocupante, se até agora nós tínhamos estado dos nucleares, os Estados Unidos, a Rússia, a China, mas subitamente a Coreia passou, a Coreia do do norte passou a ser um estado nuclear, o irão, provavelmente também há um conjunto. De países aqui à volta, olho sempre para os indianos e para os paquistaneses. 53:24 Que voltem a meio esses anguam nas suas Fronteiras. Isto cada vez quanto mais salarga este leque, mais difícil de nós podemos controlar esse. 53:32 Pessoa 1 Fator? Absolutamente, absolutamente. E quem controla este fator são aqueles que ainda têm monopólio da violência mundial, os Estados Unidos da América. Quando deixarem de ser os Estados Unidos da América e passar a ser outro grande patrocinador, outro grande big Brother? Então, esse controlo e essas relações de interesse vão ser reformuladas e só Deus sabe o que é que poderá acontecer. 53:53 A verdade é que os ucranianos estão muito atentos àquilo que é o poder da dissuasão nuclear. Mas os russos também. Por algum motivo, os russos em 2009, estavam tão interessados em remover aramamente nuclear da Ucrânia sabendo que poderiam ser utilizados como um mecanismo de dissuasão aos seus interesses. 54:10 Passados quase 15 anos e, portanto, é óbvio. Que a Ucrânia, que tem uma larga experiência com a indústria de energia nuclear, garantidamente que já pensaram que a arma nuclear poderia ser um, garante. 54:27 Pessoa 2 De paz, portanto, não tem uma limitação tecnológica porque o sabem fazer. Obviamente é apenas 11. Limitação política. 54:36 Pessoa 1 Uma limitação política que os Estados Unidos dificilmente aceitariam, que a Rússia nunca aceitaria. A Rússia nunca aceitaria. Seria, aliás, precisamente contra ele. Seria motivo de maior, de maior expressão militar se a ukremlin de conseguisse atingir maturidade deste tipo de armamento. 54:55 Porque não basta desenvolver a ogiva, é preciso garantir que funciona, é preciso garantir que os testes foram todos feitos. Olhe se o irão, com tanta experiência nuclear, não a desenvolver um a tempo antes de de fora dele ter sido bombardeado e portanto, tudo isto leva muito tempo e dá muito nas vistas. 55:11 É difícil fazer isto em segredo. Para ser Franco consigo. No entanto, existem ainda aqui algumas questões que dizem respeito à multiplicação. Jorge como falavas do atores do clube nuclear, que são 9 EEA forma como rapidamente esta questão se pode descontrolar e, em boa verdade, à medida que a multipolaridade cresce, será cada vez mais difícil garantir que este tipo de armamento não cai nas mãos erradas. 55:37 E enquanto que irem em estados organizados. Politicamente, ativos, tentativamente, democráticos, está tudo bem. O problema é quando este tipo de material cai em mãos de terroristas para a criação de bombas sujas que possam ser introduzidas em qualquer espaço populacional e detonadas com imensas, com imensas consequências para todos os estados e para todas ou para toda a população desse desse mesmo estado. 56:03 Pessoa 2 E isso torna isso mais difícil? 56:05 As lições da história e a defesa da democracia contra autocracias Olha, uma pergunta final para ti. Se tu fosses o negociador designado para tentar dar uma ajuda neste conflito Na Na Ucrânia de seguirias, porque via? 56:17 Pessoa 1 Essa é a pergunta menos simples delas todas, mas que? 56:21 Pessoa 2 Opções tem o negociador no fundo, é, é, é isto, num, num, num caso que é obviamente muitíssimo complexo. 56:27 Pessoa 1 Eu penso que tentando não dar uma resposta complexa, tentando simplificar aquilo que é extraordinariamente difícil. O que falta neste momento a todos? Aqueles que não são a Rússia é coragem. Há falta de coragem. Há falta de coragem por parte dos republicanos moderados americanos em combater aquilo que é uma expressão anacrónica de poder na Casa Branca. 56:51 Há falta de coragem dos governantes europeus que, sim, mostraram solidariedade e empenho e determinação na ajuda aos ucranianos. Mas a comunicação. Militar e a comunicação do poder faz se pela demonstração de plataformas de guerra, pela comunicação da mobilização dos dos diferentes exércitos, porque é uma comunicação que a Rússia compreende muito bem, se a Rússia encontrasse nos europeus e nos Estados Unidos da América uma consolidação estratégica e ideológica, um empenho. 57:34 Um empenho total de esforços na reconstrução da Europa, como potentado militar para ser para fazer face à posição da Rússia. Provavelmente as negociações seriam mais lineares, digo lineares, e não digo simples, porque elas nunca são simples, mas tentativamente seriam 2 grandes blocos, Unidos, preparados, equipados e treinados para conseguir dar uma luta e para conseguir dar um sinal de força. 58:04 Àquilo que neste momento faz pouco dos europeus, porque encontra mais fraquezas do que fortalezas e, portanto, como negociador. O objetivo não era negociar com o agressor neste momento, que o momento de fragilidade institucional, de fragilidade estratégica, é capacitar a Aliança Atlântica, garantindo que os europeus dão o próximo passo de coragem, especialmente naquilo que é a articulação da política com a defesa, que neste momento é um caso complicado. 58:33 Porque a defesa não dá votos e a lógica do eleitorado continua a ser soberano, vota se apenas e investe, se apenas naquilo que dá votos. Mas o futuro devia dar votos. E o futuro não é apenas feito de hospitais e de segurança social, é feita de estratégia e investimento em segurança social e em saúde, para mim e em educação, é tão importante quanto o investimento na defesa da sociedade. 58:59 E, portanto, capacitação dos europeus para mais tarde, numa posição de força, podermos garantir qu
El brasileño Ivan Lins, creador de canciones que han grabado desde Sarah Vaughan, Dianne Reeves y Barbra Streisand hasta Quincy Jones, George Benson o The Manhattan Transfer, y muchas de las mayores cantantes de Brasil, ha cumplido 80 años. Y hace 55 que decidió renunciar a su carrera como ingeniero químico para dedicarse a la música exclusivamente. Le escuchamos, también como cantante, en grabaciones de 'Saindo de mim', 'Vitoriosa', 'Começar de novo', 'Ai, ai, ai, ai, ai', 'Depois dos temporais', 'Formigueiro', 'Lembra de mim', 'A gente merece ser feliz' -con Hamilton de Holanda-, 'Aparecida' -con Terence Blanchard-, 'Novo tempo' y 'Daquilo que eu sei' -con The Metropole Orchestra-. Escuchar audio
O Caixa de Música é exibido na TV Novo Tempo de segunda a quinta às 18h e, aos sábados, às 12h.Curta e siga o Caixa de Música nas redes sociais: Instagram: https://www.instagram.com/caixademusica/Facebook: https://www.facebook.com/CaixadeMusica/X: https://x.com/caixademusica
Abertura dos trabalhos na Amorosidade
Abertura dos trabalhos na Amorosidade
Nesta edição do podcast do Caixa, Weslley Fonseca recebe a cantora Amanda Rocha. Ela trás novidades e conta o seu testemunho na missão da Ilha do Marajó. Confere aí!O Caixa de Música é exibido na TV Novo Tempo de segunda a quinta às 18h e, aos sábados, às 12h.Curta e siga o Caixa de Música nas redes sociais: Instagram: https://www.instagram.com/caixademusica/Facebook: https://www.facebook.com/CaixadeMusica/X: https://x.com/caixademusica
SOBRE A OXYGEN CHURCH Uma Igreja Irresistível Em obediência a uma palavra especifica do Espírito Santo, depois de um tempo de busca da presença de Deus, nossos pastores receberam uma direção clara. Comece aqui em Marília a Oxygen Church, hoje entregam nas mãos de vocês a chave de algo grandioso que irá acontecer em Marilia. Algo grandioso começará desta cidade para as nações. Foi quando começamos as reuniões em uma casa com apenas 20 pessoas.ENCONTRE-NOS NA MÍDIA SOCIALSite: https://oxygenchurch.com.br/ Facebook: https://www.facebook.com/aoxygenglobal Instagram: https://www.instagram.com/aoxygenglobalTiktok: https://www.tiktok.com/@oxygenglobal
Ser cheia do Espírito Santo não se trata de um momento emocional, mas de uma vida transformada. Somos cheias daquilo que consumimos diariamente. O Espírito Santo não deseja ser um visitante na nossa vida, Ele deseja habitar e governar.
Abertura dos Trabalhos na Amorosidade
O Dia da Saudade é recordado no dia 30 de janeiro. O sentimento surge quando sentimos falta de alguém, principalmente quando estamos longe daqueles que são importantes. De forma literal, segundo os dicionários, a saudade é um sentimento causado pela distância ou ausência de algo ou alguém. Nesta edição do CBN e a Família, a comentarista Adriana Müller fala sobre o assunto. Do que ou de quem você sente saudade? Como lidar com esse sentimento? Ouça a conversa completa!
Provérbios 5. 1-12 São Luís-MA, Brasil. 03/11/2024
Abertura dos Trabalhos na Amorosidade
Hoy, 10 de enero de 2025, nuestros elefantes cumplen 38 años en Radio 3. Lo celebramos con frases de Sir George Martin, John Cage, Aldous Huxley o Jordi Savall y grabaciones de Simone ('Começar de novo'), Henri Salvador ('Ça n´a pas d´importance'), Tony Bennett & Amy Winehouse ('Body & soul'), Isabelle Antena ('Le poisson des mers du sud'), Delicatessen ('In a mellow tone'), Ivan Lins & Metropole Orkest ('Daquilo que eu sei'), Toco ('Zum zum'), Michael Franks ('Rainy day in Tokyo'), Gordon Haskell ('Antonio´s song'), Melody Gardot ('If you love me'), António Zambujo ('Milagrário pesoal'), Elis Regina ('Atrás da porta'), Bernard Lavilliers ('Guitar song') y Rosa Passos ('Zanga zangada').Escuchar audio
Abertura dos Trabalhos na Amorosidade
Macau assinalava nesta sexta-feira metade do processo de transição de Portugal para a China, 25 anos, de um total de 50, no âmbito de uma região administrativa especial chinesa, como negociado entre Lisboa e Pequim.E isto na semana em que uma lei foi votada em Macau contemplando o despedimento de funcionários públicos caso sejam tidos como desleais para com o território ou com a China. Para fazer um diagnóstico falámos com Paulo Rêgo, director do semanário Plataforma.Este admite haver pressões no território para que se adopte um registo que não belisque a China, à luz do que Pequim implementou na vizinha Hong Kong, após a repressão dos protestos pró democracia de 2019 e 2020, mas relativiza o peso da nova legislação.Há um juramento e uma declaração de fidelidade à função pública, bem como hà em Portugal, ou como decorre dos próprios contratos de privada. Se um funcionário do Plataforma, do meu jornal, não for fiel ao meu projecto, eu despeço-o. E, portanto, é verdade que há e tem havido, nomeadamente nos anos do COVID e do pós COVID, um recrudescimento claro e visível do discurso securitário e do discurso patriótico.Isso esteve ligado ao que aconteceu em Hong Kong, nomeadamente ?Tudo o que aconteceu em Hong Kong teve uma consequência e efeitos directos do que passou a acontecer em Macau, nomeadamente no discurso securitário e naquilo que aqui hoje se repete em cada esquina que é "Macau, governado pelas suas gentes", desde que sejam patriotas e tenham amor à Pátria.O Gabinete dos Assuntos para Macau e Hong Kong, em Pequim, já diz tudo no seu nome. O grupo de pessoas que toma decisões sobre as Regiões autónomas especiais toma decisões sobre as duas.E, portanto, o que aconteceu em Macau, onde não há sentimento anti-nacionalista, onde não há protestos anti-Pequim, que é uma pequena cidade que vive completamente dependente de Pequim decidir que pode ter dinheiro. Não é porque se Pequim não deixar virem os jogadores para Macau, Macau vai à falência.Portanto estamos no regime de "Um país, dois sistemas". Diz-me que, ao fim ao cabo, não havia problemas em Macau. Eu lembro-me, porém, que no passado chegou a haver protestos para assinalar a repressão em Tiananmen. Estes protestos agora já não existem !Não há protestos de Tiananmen, eles foram proibidos com um parecer jurídico do presidente do Tribunal de última instância, que toma posse como chefe do Executivo. Como aquilo que aconteceu em Hong Kong com os deputados que foram proibidos de se candidatarem, não é?Os chamados dissidentes ou independentistas, aqueles que a China decidiu que não cumpriam os critérios de amor à mãe pátria. Isso também aconteceu em Macau. Também houve deputados nas últimas eleições que foram proibidos de concorrer. Portanto, isso aconteceu. É uma mão dura de Pequim sobre qualquer movimento político dissidente ou contestatário. Mas a minha leitura enquanto jornalista e enquanto cidadão é que para aí. Eu convido qualquer ouvinte vosso a ir à www.Plataforma de Macau, ler os editoriais que eu escrevo sobre a China e sobre Macau, para perceberem que tem o mesmo tom e o mesmo grau de liberdade daqueles que você pode escrever sobre o presidente francês.Não há uma censura óbvia e uma submissão a Pequim ?Há uma pressão, uma pressão óbvia dos poderes nacionais para que toda a gente concorde com eles. Penso que em França também percebemos como é que isso se faz, não é? A questão é quando nós recebemos pressões, o que é que fazemos? Se resistirmos a elas e continuarmos a praticar jornalismo... O meu jornal tem dez anos, ainda cá está e 80% dos seus anunciantes são públicos. Portanto, não posso, eria desonesto da minha parte dizer que não é possível exercer a liberdade de opinião. Há pressões para que a nossa opinião seja concordante como o "mindset" nacional chinês, há !Falou de Sam Hou Fai que tomou posse como novo líder do executivo macaense. Pelo menos a parte lusófona enfatiza o facto de, pela primeira vez, ser um chefe do executivo que até fala português. Ele é um magistrado, como também já referiu. O que acha que poderá vir aí com a Nova Era, a era de Sam Hou Fai ?Eu não lhe chamaria a era de Sam Hou Fai. O Sam Hou Fai não é um político experiente e influente naquilo a que nós poderíamos chamar os "stakeholders" da política de Macau neste momento, não é ? Que são as elites económicas e políticas de Macau e o grau de influência crescente que as elites económicas e políticas chinesas têm na condução da região, por mais autónoma que ela se chame e por mais autónoma que tenha capacidade de ser. A China é, no mínimo, "stakeholder" das decisões. Não é um político influente e experiente. É um magistrado. Sim. Fala português, estudou em Coimbra e, é, portanto, é o primeiro chefe do Executivo bilíngue.Aliás, num governo formado por um chefe do Executivo e cinco secretários, portanto seis altos quadros dirigentes: Um secretário adjunto em Macau seria o equivalente a ministro. Digamos, se encararmos o chefe do Executivo como primeiro ministro, desses, seis, quatro são bilingues.Desses seis, todos são tecnocratas, ou seja, vêm da função pública. E todos eles, e a maioria deles, pelo menos, nem sequer nasceu em Macau.O Sam Hou Fai não é só o primeiro bilingue, também é o primeiro que não nasceu em Macau. Veio para Macau há muitos anos e, portanto, cumpriu os critérios mínimos para que alguém possa ser eleito chefe. Tem que residir em Macau pelo menos há 25 anos, para cumprir aquele preceito de Macau governado pelas suas gentes. Mas foi preparado para isso.Toda esta geração é uma geração com muitas conexões com o Partido Comunista Chinês, com o poder central e que vieram viver para Macau, aprenderam aqui o modo de vida de Macau, a Lei de Macau, o bilinguismo, a segunda língua oficial. Foram para Portugal estudar e voltaram.Portanto, é uma coisa difícil de ler. Repare nas contradições, não é? É o primeiro governo de tecnocratas, ou seja, não tem empresários de sucesso. Não tem as grandes famílias que herdaram as tradições de Macau como tiveram os governos anteriores. Foram todas afastadas pela primeira vez deste Governo.E, portanto, temos um governo mais nacionalista, mais tecnocrático, se quisermos, menos politizado e, contudo, mais bilingue. Qual é a questão curiosa? O bilinguismo, a plataforma com os países de língua portuguesa e Macau, Cidade aberta. No fundo, é um desenho tradicional de Pequim e foi desenhado pela política conservadora de Pequim... Que criou esta lógica para a reunificação, ou seja, para que a reunificação fosse pacífica e aceite pelas populações de Macau, de Hong Kong. E o grande elefante escondido que é Taiwan, não é ?Que é, no fundo, "Um país, dois sistemas": um sistema plural e constitucional em que há um arquétipo nacionalista chinês. Mas depois há graus de abertura elevados para as regiões que aceitem regressar à "mãe pátria", na expressão da política chinesa, portanto, este governo é as duas coisas.É um governo mais tecnocrata, menos politizado, mais nacionalista, mas também mais bilingue, mais plataforma e que se quiser, porque estas instruções são do centro. O plano das grandes famílias em Macau, durante os últimos 26 anos, foi enriquecer brutalmente para não sei quantas gerações, criando um paraíso de jogo e seu submundo que multiplicou por sete, oito, nove vezes as receitas de Las Vegas. Para termos noção, numa aldeia de 33 quilómetros quadrados. Portanto, nós estamos aqui a cumprir um desenho que é conservador, é tradicional, é do poder central.Cada vez mais se fala na necessidade de diversificação económica. Como é que ela é equacionada em Macau? E como ?Quais são as alavancas possíveis?Ela está completamente definida. Ou seja, esta mistura entre a manutenção de um sistema capitalista que há em Macau e uma economia socialista dirigida, centralizada e com planos centrais. Ela está completamente definida por Pequim, imposta ao poder local e vai ser executada. A primeira questão que aconteceu no jogo é porque grande parte das receitas, uma enorme parte das receitas era do chamado mercado VIP, não era ?De pessoas que vinham jogar 10 milhões, 50 milhões, 100 milhões $ de Macau. Não. Eles vinham da China, muitas vezes sonegados ao Estado. Pequim impôs o fim disso, dos dealers, dos agentes dos "junkets" que dominaram a indústria do jogo durante 20 anos. E hoje Macau está completamente concentrado no "Mass Market" [Mercado de Massas]. Que os turistas vêm aos milhões. Estamos a falar de 33 milhões este ano, contas do dia 7 de Setembro. A recuperar todos os números pré COVID, houve 55.000 espectáculos da indústria "mass" este ano e convenções, concertos, teatros, etc.É turismo no sentido mais lacto da palavra, não necessariamente só receitas de jogo.Eu posso dizer "1+4". O jogo passa a ser uma cidade de turismo e lazer em que a oferta diária é multiplicada para "mass market", e não para mercados VIP. E depois há quatro indústrias onde há pacotes legislativos a nascer para a promoção dessas quatro indústrias, definidas como as indústrias que eles entendem, em que Macau será competitivo na sua integração regional.Ou seja, na Grande Baía, que é uma região económica especial que inclui nove cidades no sul da China: Cantão, Shenzhen, Hong Kong, Macau e Hong Kong são integrados nessa grande área...O Delta das Pérolas !O delta do Rio das Pérolas: 85% do PIB da China ! Ou seja, uma região para a qual o mundo inteiro quer vir. E Macau vai por decisão central, vai obrigar-nos a dizer: Quem é que não quer ir para um mercado desses quando está numa aldeia com 33 quilómetros quadrados, não é?Portanto, a diversificação vai ser feita pela integração na Grande Baía, pela multiplicação de contactos com os países de língua portuguesa, mediação entre a China e esses países.E depois tem quatro indústrias, de preferência: mercado MICE (concertos, grandes realizações de desporto e cultura, sobretudo). Portanto, o chamado mercado MICE, mais a alta finança, a biomédica e as novas tecnologias. Estas quatro indústrias estão perfeitamente definidas pelo poder central, aceites pelo poder local. E qualquer empresário hoje em Macau e estrangeiro, que venha a Macau, é para elas que olha. Porque essas vão andar a uma coisa que a gente tem que perceber na China eles não têm que dizer. E quando dizem, fazem. Portanto, estas vão acontecer.Dentro de 25 anos, a priori, Macau deixa de ser uma região administrativa especial para integrar plenamente a China. Passaram já 25 anos. Em que medida é que pode haver ou não alguma apreensão em relação ao respeito desta mini-Constituição, a Lei Básica de Macau, em relação ao respeito das liberdades e garantias ?Eu acho que é avisado todos nós estarmos sempre preocupados com a defesa das liberdades e das garantias individuais e colectivas em Macau. Não me parece que isso seja uma borla garantida, nunca para ninguém ! Muito menos num sítio onde ela é dada por excepção. Ou seja, é uma coisa que a China toda não tem.Na China há censura. Eu na China não poderia estar a dar esta entrevista. Daquilo que eu vejo hoje em Macau, eu diria que estaremos muito próximos do mesmo daqui a 25 anos daquilo que é o interesse da China.Pode haver mais liberdades. Pode haver mais contactos. Pode haver mais interacção com os países de língua portuguesa. Pode ser um canal ainda mais importante para as relações da China com o resto do mundo. Agora, isso depende de como evoluir a China.O que é que nós vemos hoje? Hoje a China tem bloqueios políticos e económicos, não é? Fala-se da Guerra Fria, Nova Guerra Fria, a guerra tecnológica, a guerra económica e os Estados Unidos pressionam a Europa para não ter relações de privilégio com a China. E portanto, diremos o seguinte "Ah! Então a China está nesse "drive" negativo e, portanto, Macau e Hong Kong estão atrás disso? Não. Quanto mais problemas a China tem na sua economia, quanto mais necessidade tem de se internacionalizar, mais precisa dos canais para o Ocidente.Nós estamos a sentir isso hoje, aqui. As decisões políticas que a China tomar sobre as suas relações com o mundo vão definir as decisões que tomarão sobre estes territórios, sobre estas regiões autónomas, mas no "mindset" político chinês deles, claramente deles ! E eles tomaram as decisões que entenderem daqui a 25 anos. Tudo depende das relações que a China tiver com o resto do mundo.E em termos de população e da demografia, para terminar, eu sei que o COVID foi muito severo aí e que muita gente, após o fim do muito longo confinamento, optou por deixar Macau. Em que medida é que agora há, de facto, se calhar uma população de origem europeia menor? Uma população, se calhar de origem da China popular maior? Houve alguma evolução recente que testemunhou relativamente à demografia do território?Houve claramente alguma retirada de altos quadros estrangeiros e há muita dificuldade na obtenção do chamado "Bilhete de residente". Ou seja, um estrangeiro que queira viver para Macau tem que pedir autorização, como tem em França, como tem em Portugal. E, portanto, essa autorização de trabalho e de vida em Macau hoje é difícil. Porquê? Porque estamos numa cidade muito pequena, com 650.000 habitantes.E qual é o pensamento do poder político local se eles abrem as fronteiras não pode ser só para portugueses, franceses ou brasileiros. Mas se abrem as fronteiras, são engolidos por um monstro, um um mamute de 1.600.000.000 de pessoas. Com enorme competitividade, com enorme capacidade financeira, com enorme know how político. Estudados em Harvard, na Austrália, no Canadá, nos Estados Unidos. E, portanto, Macau é uma bolha muito proteccionista das suas próprias excepções. E, portanto, tem as fronteiras fechadas.É difícil quem não tem esse direito adquirido no passado, adquirir o direito de cá vir, investir, viver, trazer a família. E a grande discussão em Macau, mesmo entre os poderes políticos mais conservadores. é a necessidade de o abrir. Portanto, se me perguntar qual é a minha intenção na próxima década, vai aumentar o número de estrangeiros, nomeadamente lusófonos, porque isso está assumido pelo poder oficial.É preciso promover o bilinguismo, ou seja, a língua portuguesa no ensino básico, no ensino secundário. O Politécnico de Macau, neste momento ajuda 42 universidades na China continental a ministrar aulas de português. Com materiais didáticos, com consultorias e tal. E há uma enorme discussão sobre quais são as excepções a este fecho de fronteiras. Este ambiente protecionista dos direitos das pessoas que já cá vivem.Quais e como se podem criar excepções para aumentar a presença de quadros lusófonos e atrair investimento lusófono? Essa discussão é diária nos bastidores da política de Macau e nas discussões entre os políticos de Macau e os políticos de Pequim.Portanto, eu antevejo nos próximos anos um aumento das comunidades lusófonas, eu não diria de Portugal, mas pelo menos das comunidades lusófonas que queiram vir ou que tragam investimento ou que estejam disponíveis para aprender chinês, não é?Porque o bilinguismo também é uma coisa que é preciso perceber: nós continuamos aqui há 500 anos sem falar chinês. Quer dizer, exigir a um país que imponha o bilinguismo com eles a aprenderem português. É uma conversa que se vai tornando mais difícil e que faz menos sentido.E há muitos chineses que estão a aprender português na China. E, portanto, quando eu digo tem que haver mais bilíngues e há uma concordância estratégica nisso, eu diria que vai haver mais chineses a falar português. Isso vai ser dominante. Vai haver mais desses, do que gente a vir de Portugal ou de Angola para cá. Mas penso que vai haver as duas. Faz parte da estratégia, faz parte da narrativa. Está escrito e eles continuam a dizer que bem, não tem acontecido como queríamos, mas tem que acontecer.
Macau assinalava nesta sexta-feira metade do processo de transição de Portugal para a China, 25 anos, de um total de 50, no âmbito de uma região administrativa especial chinesa, como negociado entre Lisboa e Pequim.E isto na semana em que uma lei foi votada em Macau contemplando o despedimento de funcionários públicos caso sejam tidos como desleais para com o território ou com a China. Para fazer um diagnóstico falámos com Paulo Rêgo, director do semanário Plataforma.Este admite haver pressões no território para que se adopte um registo que não belisque a China, à luz do que Pequim implementou na vizinha Hong Kong, após a repressão dos protestos pró democracia de 2019 e 2020, mas relativiza o peso da nova legislação.Há um juramento e uma declaração de fidelidade à função pública, bem como hà em Portugal, ou como decorre dos próprios contratos de privada. Se um funcionário do Plataforma, do meu jornal, não for fiel ao meu projecto, eu despeço-o. E, portanto, é verdade que há e tem havido, nomeadamente nos anos do COVID e do pós COVID, um recrudescimento claro e visível do discurso securitário e do discurso patriótico.Isso esteve ligado ao que aconteceu em Hong Kong, nomeadamente ?Tudo o que aconteceu em Hong Kong teve uma consequência e efeitos directos do que passou a acontecer em Macau, nomeadamente no discurso securitário e naquilo que aqui hoje se repete em cada esquina que é "Macau, governado pelas suas gentes", desde que sejam patriotas e tenham amor à Pátria.O Gabinete dos Assuntos para Macau e Hong Kong, em Pequim, já diz tudo no seu nome. O grupo de pessoas que toma decisões sobre as Regiões autónomas especiais toma decisões sobre as duas.E, portanto, o que aconteceu em Macau, onde não há sentimento anti-nacionalista, onde não há protestos anti-Pequim, que é uma pequena cidade que vive completamente dependente de Pequim decidir que pode ter dinheiro. Não é porque se Pequim não deixar virem os jogadores para Macau, Macau vai à falência.Portanto estamos no regime de "Um país, dois sistemas". Diz-me que, ao fim ao cabo, não havia problemas em Macau. Eu lembro-me, porém, que no passado chegou a haver protestos para assinalar a repressão em Tiananmen. Estes protestos agora já não existem !Não há protestos de Tiananmen, eles foram proibidos com um parecer jurídico do presidente do Tribunal de última instância, que toma posse como chefe do Executivo. Como aquilo que aconteceu em Hong Kong com os deputados que foram proibidos de se candidatarem, não é?Os chamados dissidentes ou independentistas, aqueles que a China decidiu que não cumpriam os critérios de amor à mãe pátria. Isso também aconteceu em Macau. Também houve deputados nas últimas eleições que foram proibidos de concorrer. Portanto, isso aconteceu. É uma mão dura de Pequim sobre qualquer movimento político dissidente ou contestatário. Mas a minha leitura enquanto jornalista e enquanto cidadão é que para aí. Eu convido qualquer ouvinte vosso a ir à www.Plataforma de Macau, ler os editoriais que eu escrevo sobre a China e sobre Macau, para perceberem que tem o mesmo tom e o mesmo grau de liberdade daqueles que você pode escrever sobre o presidente francês.Não há uma censura óbvia e uma submissão a Pequim ?Há uma pressão, uma pressão óbvia dos poderes nacionais para que toda a gente concorde com eles. Penso que em França também percebemos como é que isso se faz, não é? A questão é quando nós recebemos pressões, o que é que fazemos? Se resistirmos a elas e continuarmos a praticar jornalismo... O meu jornal tem dez anos, ainda cá está e 80% dos seus anunciantes são públicos. Portanto, não posso, eria desonesto da minha parte dizer que não é possível exercer a liberdade de opinião. Há pressões para que a nossa opinião seja concordante como o "mindset" nacional chinês, há !Falou de Sam Hou Fai que tomou posse como novo líder do executivo macaense. Pelo menos a parte lusófona enfatiza o facto de, pela primeira vez, ser um chefe do executivo que até fala português. Ele é um magistrado, como também já referiu. O que acha que poderá vir aí com a Nova Era, a era de Sam Hou Fai ?Eu não lhe chamaria a era de Sam Hou Fai. O Sam Hou Fai não é um político experiente e influente naquilo a que nós poderíamos chamar os "stakeholders" da política de Macau neste momento, não é ? Que são as elites económicas e políticas de Macau e o grau de influência crescente que as elites económicas e políticas chinesas têm na condução da região, por mais autónoma que ela se chame e por mais autónoma que tenha capacidade de ser. A China é, no mínimo, "stakeholder" das decisões. Não é um político influente e experiente. É um magistrado. Sim. Fala português, estudou em Coimbra e, é, portanto, é o primeiro chefe do Executivo bilíngue.Aliás, num governo formado por um chefe do Executivo e cinco secretários, portanto seis altos quadros dirigentes: Um secretário adjunto em Macau seria o equivalente a ministro. Digamos, se encararmos o chefe do Executivo como primeiro ministro, desses, seis, quatro são bilingues.Desses seis, todos são tecnocratas, ou seja, vêm da função pública. E todos eles, e a maioria deles, pelo menos, nem sequer nasceu em Macau.O Sam Hou Fai não é só o primeiro bilingue, também é o primeiro que não nasceu em Macau. Veio para Macau há muitos anos e, portanto, cumpriu os critérios mínimos para que alguém possa ser eleito chefe. Tem que residir em Macau pelo menos há 25 anos, para cumprir aquele preceito de Macau governado pelas suas gentes. Mas foi preparado para isso.Toda esta geração é uma geração com muitas conexões com o Partido Comunista Chinês, com o poder central e que vieram viver para Macau, aprenderam aqui o modo de vida de Macau, a Lei de Macau, o bilinguismo, a segunda língua oficial. Foram para Portugal estudar e voltaram.Portanto, é uma coisa difícil de ler. Repare nas contradições, não é? É o primeiro governo de tecnocratas, ou seja, não tem empresários de sucesso. Não tem as grandes famílias que herdaram as tradições de Macau como tiveram os governos anteriores. Foram todas afastadas pela primeira vez deste Governo.E, portanto, temos um governo mais nacionalista, mais tecnocrático, se quisermos, menos politizado e, contudo, mais bilingue. Qual é a questão curiosa? O bilinguismo, a plataforma com os países de língua portuguesa e Macau, Cidade aberta. No fundo, é um desenho tradicional de Pequim e foi desenhado pela política conservadora de Pequim... Que criou esta lógica para a reunificação, ou seja, para que a reunificação fosse pacífica e aceite pelas populações de Macau, de Hong Kong. E o grande elefante escondido que é Taiwan, não é ?Que é, no fundo, "Um país, dois sistemas": um sistema plural e constitucional em que há um arquétipo nacionalista chinês. Mas depois há graus de abertura elevados para as regiões que aceitem regressar à "mãe pátria", na expressão da política chinesa, portanto, este governo é as duas coisas.É um governo mais tecnocrata, menos politizado, mais nacionalista, mas também mais bilingue, mais plataforma e que se quiser, porque estas instruções são do centro. O plano das grandes famílias em Macau, durante os últimos 26 anos, foi enriquecer brutalmente para não sei quantas gerações, criando um paraíso de jogo e seu submundo que multiplicou por sete, oito, nove vezes as receitas de Las Vegas. Para termos noção, numa aldeia de 33 quilómetros quadrados. Portanto, nós estamos aqui a cumprir um desenho que é conservador, é tradicional, é do poder central.Cada vez mais se fala na necessidade de diversificação económica. Como é que ela é equacionada em Macau? E como ?Quais são as alavancas possíveis?Ela está completamente definida. Ou seja, esta mistura entre a manutenção de um sistema capitalista que há em Macau e uma economia socialista dirigida, centralizada e com planos centrais. Ela está completamente definida por Pequim, imposta ao poder local e vai ser executada. A primeira questão que aconteceu no jogo é porque grande parte das receitas, uma enorme parte das receitas era do chamado mercado VIP, não era ?De pessoas que vinham jogar 10 milhões, 50 milhões, 100 milhões $ de Macau. Não. Eles vinham da China, muitas vezes sonegados ao Estado. Pequim impôs o fim disso, dos dealers, dos agentes dos "junkets" que dominaram a indústria do jogo durante 20 anos. E hoje Macau está completamente concentrado no "Mass Market" [Mercado de Massas]. Que os turistas vêm aos milhões. Estamos a falar de 33 milhões este ano, contas do dia 7 de Setembro. A recuperar todos os números pré COVID, houve 55.000 espectáculos da indústria "mass" este ano e convenções, concertos, teatros, etc.É turismo no sentido mais lacto da palavra, não necessariamente só receitas de jogo.Eu posso dizer "1+4". O jogo passa a ser uma cidade de turismo e lazer em que a oferta diária é multiplicada para "mass market", e não para mercados VIP. E depois há quatro indústrias onde há pacotes legislativos a nascer para a promoção dessas quatro indústrias, definidas como as indústrias que eles entendem, em que Macau será competitivo na sua integração regional.Ou seja, na Grande Baía, que é uma região económica especial que inclui nove cidades no sul da China: Cantão, Shenzhen, Hong Kong, Macau e Hong Kong são integrados nessa grande área...O Delta das Pérolas !O delta do Rio das Pérolas: 85% do PIB da China ! Ou seja, uma região para a qual o mundo inteiro quer vir. E Macau vai por decisão central, vai obrigar-nos a dizer: Quem é que não quer ir para um mercado desses quando está numa aldeia com 33 quilómetros quadrados, não é?Portanto, a diversificação vai ser feita pela integração na Grande Baía, pela multiplicação de contactos com os países de língua portuguesa, mediação entre a China e esses países.E depois tem quatro indústrias, de preferência: mercado MICE (concertos, grandes realizações de desporto e cultura, sobretudo). Portanto, o chamado mercado MICE, mais a alta finança, a biomédica e as novas tecnologias. Estas quatro indústrias estão perfeitamente definidas pelo poder central, aceites pelo poder local. E qualquer empresário hoje em Macau e estrangeiro, que venha a Macau, é para elas que olha. Porque essas vão andar a uma coisa que a gente tem que perceber na China eles não têm que dizer. E quando dizem, fazem. Portanto, estas vão acontecer.Dentro de 25 anos, a priori, Macau deixa de ser uma região administrativa especial para integrar plenamente a China. Passaram já 25 anos. Em que medida é que pode haver ou não alguma apreensão em relação ao respeito desta mini-Constituição, a Lei Básica de Macau, em relação ao respeito das liberdades e garantias ?Eu acho que é avisado todos nós estarmos sempre preocupados com a defesa das liberdades e das garantias individuais e colectivas em Macau. Não me parece que isso seja uma borla garantida, nunca para ninguém ! Muito menos num sítio onde ela é dada por excepção. Ou seja, é uma coisa que a China toda não tem.Na China há censura. Eu na China não poderia estar a dar esta entrevista. Daquilo que eu vejo hoje em Macau, eu diria que estaremos muito próximos do mesmo daqui a 25 anos daquilo que é o interesse da China.Pode haver mais liberdades. Pode haver mais contactos. Pode haver mais interacção com os países de língua portuguesa. Pode ser um canal ainda mais importante para as relações da China com o resto do mundo. Agora, isso depende de como evoluir a China.O que é que nós vemos hoje? Hoje a China tem bloqueios políticos e económicos, não é? Fala-se da Guerra Fria, Nova Guerra Fria, a guerra tecnológica, a guerra económica e os Estados Unidos pressionam a Europa para não ter relações de privilégio com a China. E portanto, diremos o seguinte "Ah! Então a China está nesse "drive" negativo e, portanto, Macau e Hong Kong estão atrás disso? Não. Quanto mais problemas a China tem na sua economia, quanto mais necessidade tem de se internacionalizar, mais precisa dos canais para o Ocidente.Nós estamos a sentir isso hoje, aqui. As decisões políticas que a China tomar sobre as suas relações com o mundo vão definir as decisões que tomarão sobre estes territórios, sobre estas regiões autónomas, mas no "mindset" político chinês deles, claramente deles ! E eles tomaram as decisões que entenderem daqui a 25 anos. Tudo depende das relações que a China tiver com o resto do mundo.E em termos de população e da demografia, para terminar, eu sei que o COVID foi muito severo aí e que muita gente, após o fim do muito longo confinamento, optou por deixar Macau. Em que medida é que agora há, de facto, se calhar uma população de origem europeia menor? Uma população, se calhar de origem da China popular maior? Houve alguma evolução recente que testemunhou relativamente à demografia do território?Houve claramente alguma retirada de altos quadros estrangeiros e há muita dificuldade na obtenção do chamado "Bilhete de residente". Ou seja, um estrangeiro que queira viver para Macau tem que pedir autorização, como tem em França, como tem em Portugal. E, portanto, essa autorização de trabalho e de vida em Macau hoje é difícil. Porquê? Porque estamos numa cidade muito pequena, com 650.000 habitantes.E qual é o pensamento do poder político local se eles abrem as fronteiras não pode ser só para portugueses, franceses ou brasileiros. Mas se abrem as fronteiras, são engolidos por um monstro, um um mamute de 1.600.000.000 de pessoas. Com enorme competitividade, com enorme capacidade financeira, com enorme know how político. Estudados em Harvard, na Austrália, no Canadá, nos Estados Unidos. E, portanto, Macau é uma bolha muito proteccionista das suas próprias excepções. E, portanto, tem as fronteiras fechadas.É difícil quem não tem esse direito adquirido no passado, adquirir o direito de cá vir, investir, viver, trazer a família. E a grande discussão em Macau, mesmo entre os poderes políticos mais conservadores. é a necessidade de o abrir. Portanto, se me perguntar qual é a minha intenção na próxima década, vai aumentar o número de estrangeiros, nomeadamente lusófonos, porque isso está assumido pelo poder oficial.É preciso promover o bilinguismo, ou seja, a língua portuguesa no ensino básico, no ensino secundário. O Politécnico de Macau, neste momento ajuda 42 universidades na China continental a ministrar aulas de português. Com materiais didáticos, com consultorias e tal. E há uma enorme discussão sobre quais são as excepções a este fecho de fronteiras. Este ambiente protecionista dos direitos das pessoas que já cá vivem.Quais e como se podem criar excepções para aumentar a presença de quadros lusófonos e atrair investimento lusófono? Essa discussão é diária nos bastidores da política de Macau e nas discussões entre os políticos de Macau e os políticos de Pequim.Portanto, eu antevejo nos próximos anos um aumento das comunidades lusófonas, eu não diria de Portugal, mas pelo menos das comunidades lusófonas que queiram vir ou que tragam investimento ou que estejam disponíveis para aprender chinês, não é?Porque o bilinguismo também é uma coisa que é preciso perceber: nós continuamos aqui há 500 anos sem falar chinês. Quer dizer, exigir a um país que imponha o bilinguismo com eles a aprenderem português. É uma conversa que se vai tornando mais difícil e que faz menos sentido.E há muitos chineses que estão a aprender português na China. E, portanto, quando eu digo tem que haver mais bilíngues e há uma concordância estratégica nisso, eu diria que vai haver mais chineses a falar português. Isso vai ser dominante. Vai haver mais desses, do que gente a vir de Portugal ou de Angola para cá. Mas penso que vai haver as duas. Faz parte da estratégia, faz parte da narrativa. Está escrito e eles continuam a dizer que bem, não tem acontecido como queríamos, mas tem que acontecer.
Conversas com as Entidades sobre temas diversos
"Abrirei rios nas colinas estéreis e fontes nos vales. Transformarei o deserto num lago e o chão ressequido em mananciais." (Is 41:18) Ele fará brotar de mim as sementes do seu propósito. Do meu deserto nascerão açudes de água. De minhas terras secas, mananciais. Daquilo que está desnivelado e desajustado, dos meus vales, correrão fontes porque milagres são gerados de impossibilidades. De ambientes improváveis, nascem promessas. As sequidões que eu carrego não te afastam de mim. Pelo contrário, elas atraem o poder de uma Graça inexplicável. Eu não gero porque estou pronta; gero porque Ele é Deus. Os rios do meu espirito fluem à medida que Ele é minha nascente. As águas que eu manifesto saltam à medida que Ele é minha fonte. O que Jesus tem para derramar sobre as nações estão em mim e em você. As águas que elas precisam nascerão de nós. Segundo o pastor Dan Duke, se nós perguntássemos: Jesus, o que o Senhor tem para derramar sobre a América, sobre o Brasil? Ouviríamos Ele dizer: "...filho o que você tem? O que eu tenho pra derramar no Brasil tem que vir de você. Eu não tenho algo para derramar à menos que você rompa. À menos que você mesmo beba da Água da Vida e assim se torne meu vaso, minha fonte." O que impede a manifestação do teu destino não são suas marcas; são suas entregas. Não é o que você viveu, é o que você não rompeu. Prove da Água da Vida e as fendas das tuas cicatrizes não serão estéreis, mas serão caminhos que produzirão gêiseres de glória.
Escola de Vida com as Entidades da Amorosidade
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Os eleitores moçambicanos votam, esta quarta-feira, nas eleições gerais. Muitos madrugaram, outros sonharam com o voto, uns votam pela primeira vez e alguns agradecem ainda poderem votar. “Eu não quis perder isto por nada! Faça sol ou faça chuva! Com ou sem bebé às costas”, resumiu uma jovem mamã. Ainda as mesas de voto não tinham aberto e já se faziam filas na Escola Secundária Josina Machel. Os eleitores fizeram questão de madrugar para ir exercer o seu direito de voto. Foi o caso de Vasco, de 57 anos, o primeiro a chegar às 4h30 da manhã, ainda a escola estava fechada. Duas horas e meia depois, Vasco leu um bom pedaço do livro que tem nas mãos.Eu fui o primeiro a chegar. Cheguei às quatro e meia, ainda não estava ninguém, estava tudo fechado, depois apareceu a polícia e apareci eu! Estou aqui a ler para ver se o tempo passa rápido. Estas eleições representam uma viragem, estamos a sair de um determinado ciclo de governação para um novo. Teremos um novo Presidente, seja ele qual for, teremos uma assembleia totalmente diferente e nova. É uma viragem completamente grande.Na linha da frente de uma das filas, está Jean Claude, de 22 anos, que vai votar pela primeira vez em eleições gerais, num país onde cerca de 80% da população tem menos de 35 anos.Esta é a primeira vez que voto em eleições gerais. O voto é importante porque ajudará na definição dos próximos cinco anos de governação do nosso país. Espero que o candidato que for eleito seja um candidato que apoie os jovens, dê mais oportunidades e que os próximos cinco anos sejam anos que possam ajudar a defender uma geração inteira para que possamos desenvolver Moçambique.A afluência à Escola Secundária Josina Machel foi-se acentuando durante a manhã, mas mais vale esperar sentada e foi o que fez Josina Nachaqui, 60 anos. Chegou às cinco da manhã e não pregou olho durante a noite porque só pensava em ir votar.Quando dormia só sonhava em vir aqui votar ! Eu estou feliz hoje! Estou feliz por votar!Com tantos eleitores, havia alguma descoordenação para se saber onde votar. De bebé de nove meses nas costas e uma menina de dois anos a passear por entre as dezenas de pessoas, Andreia Cossa, 34 anos, procurava a sua mesa de voto com um ar meio perdido, mas estava mais motivada que nunca. Nem a chuva, que acompanhou a abertura das urnas, fez Andreia esperar para ir votar.Não quis perder esta oportunidade. Acho que é importante também para mostrar à nossa geração que a decisão do nosso país está nas nossas mãos. Então não quis perder isto por nada! Faça sol, faça chuva, com bebé nas costas ou não, estou aqui!Também feliz estava a antiga primeira-dama, Graça Machel, que foi esposa do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, e que votou na Escola Secundária da Polana.É um sentimento de dever cumprido. Faz parte da nossa escolha. Daquilo que nós queremos que seja o futuro, em particular dos nossos filhos, dos nossos netos e bisnetos. Por isso, eu estou feliz de ter vivido o suficiente para, mais uma vez, exercer este direito.Para acompanhar estas eleições há 11.516 observadores nacionais e 412 observadores internacionais, incluindo Missões de Observação Eleitoral da União Europeia, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, entre outras organizações.Há, também organizações da sociedade civil, como o Conselho Nacional da Juventude que tem 500 observadores mobilizados em todo o país neste dia eleitoral. Um deles é Alexandre Mano, que encontrámos na Escola Secundária da Polana e falou em “afluência massiva às urnas”, maior do que nas eleições precedentes.Também a observar na Escola Secundária da Polana está Sheila Massuque, da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, que nos descreveu uma abertura das urnas "ordeira" .Há mais de 184.500 membros de mesas de voto, distribuídos pelos 154 distritos do país e fora do país. Em Moçambique, no dia da votação, vão funcionar 8.737 locais de voto e no estrangeiro 334, correspondendo a 25.725 mesas de assembleia de voto em território nacional e 602 assembleias no exterior, cada uma com sete elementos.Mais de 17 milhões de eleitores são chamados às urnas, incluindo acima de 300 mil recenseados no estrangeiro para escolher o Presidente da República, as assembleias provinciais e respectivos governadores, bem como 250 deputados da Assembleia da República. Na corrida à presidência, estão quatro candidatos: Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, no poder; Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, principal partido de oposição; Lutero Simango, apoiado pelo MDM, terceira força parlamentar; e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Podemos, sem representação parlamentar.
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Trecho: Pr Leonardo Sale - Você Não Pode Abrir Mão Daquilo Que Carrega
Neste conto Luiz Vilela se transforma num observador da vida de um jovem de 20 anos. Um trabalhador, que tem sonhos como qualquer jovem de sua idade.No entanto, ele sente um vazio tremendo em sua vida. Daquilo que poderia ter e ser.Uma rotina de todos os sábados. O passear pela cidade, a cerveja num bar com outros amigos ao meio-dia, porque ninguém é de ferro.Sua volta para casa.E o que vem a seguir.O observador nem sempre está presente. Asim, imagina o que poderia ter acontecido em determinados instantes.O que sobra é um "talvez", um "que sabe"...O restante fica para a nossa imaginação.Produzido, editado, narrado por Carlos Eduardo ValenteFoto de autoria de Carlos Eduardo Valente e trabalhada para este conteúdo.Fundo musical: Tempo que Flui Calmamente, sem direitos autorias, permitido o uso pelo programa de edição deste conteúdo.Se vc quiser apoiar esse projeto, acesse:https://apoia.se/carloseduardovalente Pode apoiar também através de um PIXcarlao50@gmail.com Inscreva-se em nosso canal do YouTube:https://youtube.com/c/CarlosEduardoValenteSeja membro deste canal e ganhe benefícios: https://www.youtube.com/channel/UCwJXedn6y5AKKKksevSa_Ug/join
Conversas com as Entidades sobre temas diversos
Lives Amorosidade
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Rubem Alves, cronista de mão cheia, faz aqui uma grande reflexão do que pode ser útil ou não. Daquilo que pode ser descartável ou não.Uma reflexão sobre a terceira idade e, também, sobre a edução.Baseado em coisas que leu sobre Santo Agostinho.Achei muito apropriado e gostei bastante.Espero que apreciem, curtam e comentem.Produzido, editado e narrado por Carlos Eduardo ValenteFoto de Rubem Alves encontrada na internet, sem crédito do autor, e trabalhada para este conteúdo.Fundo musical da Biblioteca do YouTube com seus devidos créditos:Brandenburg Concerto No4-1 BWV1049 - Classical Whimsical de Kevin MacLeod é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/Fonte: http://incompetech.com/music/royalty-free/index.html?isrc=USUAN1100303Artista: http://incompetech.com/Se vc quiser apoiar esse projeto, acesse:https://apoia.se/carloseduardovalente Pode apoiar também através de um PIXcarlao50@gmail.com Inscreva-se em nosso canal do YouTube:https://youtube.com/c/CarlosEduardoValenteSeja membro deste canal e ganhe benefícios: https://www.youtube.com/channel/UCwJXedn6y5AKKKksevSa_Ug/join
Conversas com as Entidades sobre temas diversos
Conversas com as Entidades sobre temas diversos
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Mais importante do que aquilo que nos acontece, é como escolhemos reagir a isso. Neste novo episódio do Podcast Terapia Interior, o escritor Alexandro Gruber, especialista em autoconhecimento, comenta como a interpretação que damos as experiências impactam nossas vidas. Ouça e compartilhe!
Canciones de Ivan Lins en grabaciones suyas: 'A gente merece ser feliz', 'Acariocando' y 'Renata María' de su disco 'Acariocando'; 'Depois dos temporais', 'Formigueiro' y 'Daquilo que eu sei' del disco 'Saudades de casa' y 'É de Deus' del disco 'Anjo de mim'. Y 'Aparecida' y 'Antes que seja tarde', del disco del trompetista Terence Blanchard 'The heart speaks', 'Saindo de mim' del disco de la cantante Simone 'Pedaços' y 'Sweet presence' en grabación de la cantante Dianne Reeves para el disco colectivo 'The music of Ivan Lins'.Escuchar audio
'Elles', ellas en francés, es el nuevo disco de Youn Sun Nah en el que recuerda a las mujeres que grabaron clásicos como 'My funny Valentine', 'Feeling good', 'Killing me softly with his song' o 'I´ve seen that face before (Libertango)'. El guitarrista Fabiano do Nascimento y el saxofonista Sam Gendel acaban de publicar 'The room' con instrumentales como 'Foi boto', 'Capricho' o 'Cores'. Y del disco de hace tres lustros del guitarrista brasileño Chico Pinheiro y el estadounidense Anthony Wilson, 'Nova', los cortes 'Café com pão', de João Donato, 'Laranjeiras', de Wilson, y 'When you dream', de Wayne Shorter, en el que participó Ivan Lins, al que escuchamos en sus canciones 'Daquilo que eu sei' y 'Depois dos temporais'.Escuchar audio
A inteligência artificial está provocando uma revolução comparável à invenção da imprensa de Gutenberg, trazendo tanto oportunidades quanto desafios. Enquanto potencializa o conhecimento e a troca de informações, levanta questões sobre controle, censura e mobilidade social. O filósofo, autor, pesquisador e professor Eduardo Luft destaca a importância de distinguir entre seres humanos e IA, enfatizando o impacto nos direitos e na moralidade. Esta era de transformação digital exige um equilíbrio entre inovação tecnológica e preservação dos valores humanos fundamentais.Perfil do Eduardo Luft no X (antigo Twitter): https://twitter.com/eduardoluftParticipantes:Eduardo Luft, filósofo, autor, pesquisador e professor.Apresentação:Cassio Politi, Apresentador, Tracto.Marcel Ghiraldini, CGO, MATH.Fabiana Amaral, Executive Growth Director, MATH.
Entre filmes, séries, música ou manias, esta semana no Pop Up falamos sobre aquilo que quase todos elogiam mas que talvez não seja assim tão bom. Pelo menos não para nós.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Desde um escorregão na neve ao descobrimento de uma hemorroida, desgraça boa é aquela que depois que passa a gente pode rir. Segundo uma de nossas convidadas (Talita Marques) a última semana do ano trás a força de Belchior que em sua poética expressão musical nos lembra "ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro". Nesse episódio, eu (Natalia Dalpiaz), minha colega Gabi Ribeiro e nossas convidadas imigrantes (Cristina Kfuri e Talita Marques) dividímos com vocês pautas e risadas interessantes para finalizarmos esse ano utilizando de muito bom humor.
O que faz de nós um povo? Nesse último Ponto de Partida do ano eu gostaria de falar de comunhão. Daquilo que temos em comum e a gente vem esquecendo num momento que os grupos políticos fazem questão de demarcar as diferenças e ignorar o que nos aproxima. Dê uma assinatura do Meio de presente: https://bit.ly/3RgIQxW Faça uma assinatura premium do Meio: https://bit.ly/3Xtyufg Faça o curso de IA com Pedro Doria: https://bit.ly/3Tfm6Rz See omnystudio.com/listener for privacy information.
Grandes orquestas europeas para canciones y artistas de Brasil: la NDR alemana con João Bosco ('Nação', 'Pret-a-porter de tafetá', 'Bodas de prata'), la holandesa Metropole Orkestra con Ivan Lins ('Formigueiro', 'Daquilo que eu sei'), la alemana SWR con Paula Morelenbaum ('Blackbird', 'Tarde em Itapoã') y la también alemana Frankfurt Radio Big Band con Tania Maria ('Valeu', 'It´s only love').Escuchar audio
Lives Amorosidade
A cantora de 40 anos, que foi vocalista da banda Amor Electro, lança agora um disco a solo e, dez anos depois, regressa ao Alta Definição com a certeza que, na essência, não mudou. Começou a carreira nos Onda Choc aos 11 anos e desde ai nunca teve um “emprego normal”, nem, admite, conseguiria. “Se eu puder deixar alguma coisa que seja a música que eu faço e que ela dê alguma coisa de bom a alguém.” Tem dois filhos e tenta sempre nunca se esquecer do que é ser criança e mantém a esperança que é possível termos um mundo melhor com mais pureza, magia e entendimento entre todos: “Sem essa esperança é muito difícil acreditar em mim”, mas admite, contudo que “Se calhar eu criei esta fantasia para saber lidar com a dor”. O Alta Definição foi exibido na SIC a 25 de março.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Neste episódio, Bárbara e Babica começam uma série que vai tratar de dinheiro. Nós, humanos, estamos sempre falando de dinheiro. Daquilo que a gente quer comprar, das férias e viagens que a gente quer fazer… pra nós, tudo precisa de dinheiro. De onde vem o dinheiro? Quem inventou? Pra que serve? Um programa rico.
Canciones de Ivan Lins grabadas por él mismo ('Depois dos temporais', 'A gente merece ser feliz', 'Formigueiro', 'Daquilo que eu sei' -con la Metropole Orchestra-), el trompetista Terence Blanchard ('Aparecida', 'Antes que seja tarde'), la cantante Carmen McRae y el vibrafonista Cal Tjader ('The visit'), la cantante y pianista Shirley Horn ('Love dance'), el grupo New York Voices ('É de Deus'), el cantante Freddy Cole ('I´m not alone') y la cantante Amanda Brecker ('Lembra de mim'). Escuchar audio
4 atitudes de defesa daquilo que amamos - Sem. Renato Barros by Igreja Missionária Evangélica Maranata de São João de Meriti Para conhecer mais sobre a Maranata: Instagram: https://www.instagram.com/imemaranata/ (https://www.instagram.com/imemaranata/) Facebook: https://www.facebook.com/imemaranata (https://www.facebook.com/imemaranata) Site: https://www.igrejamaranata.com.br/ (https://www.igrejamaranata.com.br/) Canal do youtube: https://www.youtube.com/channel/UCa1jcJx-DIDqu_gknjlWOrQ (https://www.youtube.com/channel/UCa1jcJx-DIDqu_gknjlWOrQ) Deus te abençoe
No sexto e último episódio da temporada do Falando Daquilo, vamos para outra direção! Agradecemos a todos que acompanharam e voltaremos a dar notícias e mais conteúdo sobre educação e psicanálise! Continue a conversa nas redes sociais com a #PodcastFalandoDaquilo: Twitter @chrisdunker Instagram @chrisdunker E acompanhe também os vídeos do Falando nIsso no canal Christian Dunker no YouTube -- Produção e roteiro buli Ingrid Guedes Edição Matheus Arruda Trilha sonora Oscypek
No quinto episódio do programa Falando Daquilo, #ChristianDunker responde alguns comentários críticos ao vídeo "Bolsonaro seria Perverso?" no Falando nIsso. Além disso, ele conta um pouco sobre sua relação com Contardo Calligaris, uma perda recente e muito grande para a psicanálise no Brasil. Continue a conversa nas redes sociais com a #PodcastFalandoDaquilo: Twitter @chrisdunker Instagram @chrisdunker E acompanhe também os vídeos do Falando nIsso no canal Christian Dunker no YouTube -- Produção e roteiro buli Ingrid Guedes Edição Matheus Arruda Trilha sonora Oscypek
No quarto episódio do programa Falando Daquilo, #ChristianDunker fala um pouco sobre um assunto que tem estado muito presente nas noites dos brasileiros nessa pandemia: os sonhos em que esquecemos de usar nossas máscaras em lugares públicos. Ainda traz, também a discussão sobre a pesquisa da Cambridge que diz respeito ao impacto psicológico do lockdown da Covid-19 (https://bit.ly/3crMxh4).
No terceiro episódio do programa Falando Daquilo, #ChristianDunker conversa sobre suas boas conversas com seus avós - que tinham medo do que ele poderia se tornar entrando na USP - e sobre como às vezes não precisamos dominar um tema para poder falar dele. Continue a conversa nas redes sociais com a #PodcastFalandoDaquilo: Twitter @chrisdunker Instagram @chrisdunker E acompanhe também os vídeos do Falando nIsso no canal Christian Dunker no YouTube -- Produção e roteiro buli Ingrid Guedes Edição Matheus Arruda Trilha sonora Oscypek
No segundo episódio do programa Falando Daquilo, #ChristianDunker conversa sobre a repercussão em volta da polêmica do cancelamento de Karol Conká no BBB21 e sobre o que a atual situação da vacina tem a ver com o tribunal de Nuremberg. Continue a conversa nas redes sociais: Twitter @chrisdunker Instagram @chrisdunker E acompanhe também os vídeos do Falando nIsso no canal Christian Dunker no YouTube -- Produção e roteiro buli Ingrid Guedes Edição Matheus Arruda Trilha original Oscypek
No episódio de lançamento do programa Falando Daquilo, #ChristianDunker conversa sobre relacionamentos a partir da conversa proposta no canal Soltos (no YouTube), sobre as novas formas de sofrimento no neoliberalismo e também sobre a situação polêmica do BBB21. Continue a conversa nas redes sociais: Twitter @chrisdunker Instagram @chrisdunker E acompanhe também os vídeos do Falando nIsso no canal Christian Dunker no YouTube -- Produção e roteiro buli Ingrid Guedes Edição Matheus Arruda Trilha sonora Oscypek