POPULARITY
Os universos de três coreógrafos que trabalham em Moçambique, França e Estados Unidos juntaram-se em “Plenum / Anima”, uma composição coreográfica apresentada na Philarmonie de Paris, este fim-de-semana. Este é um espectáculo feito “em contra-mão do que se passa no mundo”, descreve Ídio Chichava, o coreógrafo moçambicano que revisitou a “Sagração da Primavera” de Igor Stravinsky e que mostrou que a "escola moçambicana de dança" deve reivindicar o seu lugar nos palcos internacionais. Este sábado e domingo, na Philarmonie de Paris, o coreógrafo moçambicano Ídio Chichava revisitou a “Sagração da Primavera” de Igor Stravinsky num espectáculo em que foram apresentadas mais duas obras dos coreógrafos Benjamin Millepied e Jobel Medina. Foi uma composição de três peças coreográficas de três criadores que têm escrito a sua história no mundo da dança graças às suas experiências migratórias: Chichava vive entre Moçambique e a França, Millepied entre a França e os Estados Unidos e Medina nasceu nas Filipinas e vive e trabalha em Los Angeles.Numa altura em que se erguem muros e fronteiras, os universos dos três criadores juntaram-se na composição “Plenum / Anima”, um espectáculo feito “em contra-mão do que se passa no mundo”, nas palavras de Ídio Chichava, que falou com a RFI no dia da estreia.O espectáculo tem um sentido muito forte que vai em contra-mão do que está a acontecer hoje no mundo. Na verdade, há estes três universos que se vão cruzar e que vão estar abertos à exposição e à compreensão e ao olhar mais outras pessoas. Para mim, este lugar que é muito mais humano, mas, por detrás disso, a interligação e o espaço em que todos nós podemos coexistir, com pensamentos totalmente diferentes, com ideias totalmente diferentes, com apreciações totalmente diferentes, com aquilo que é a dança e ainda mais pela forma como cada um vê a dança e onde a dança é criada. Estamos a falar de um olhar que é muito mais cultivado pela França, um lugar que é muito cultivado pelos Estados Unidos e outro que é muito mais cultivado por Moçambique. Então, esta noite, para mim, é uma sagração desse encontro de pensamentos totalmente diferentes, mas que, de certa forma, fluem e mostram um lugar de harmonia.A composição “Plenum / Anima” começou com a obra coreográfica do francês Benjamin Millepied e da sua companhia baseada em Los Angeles, L.A. Dance Project, que dançou ao som de uma composição de Johann Sebastian Bach, “Passacaille et Fugue en ut mineur", composta entre 1706 e 1713. Seguiu-se a criação de Jobel Medina, a partir das “Danças Polovtsianas”, compostas em 1869 por Alexander Borodin. A fechar, Ídio Chichava apresentou a sua versão de “A Sagração da Primavera”, composta entre 1910 e 1913 por Igor Stravinsky, com bailarinos da companhia moçambicana Converge + (Osvaldo Passirivo, Paulo Inácio e Cristina Matola) e da companhia americana L.A. Dance Project.As músicas intemporais dos séculos XVIII, XIX e XX foram interpretadas pelos organistas francês Olivier Latry e sul-coreana Shin-Young Lee, que criaram um novo olhar sobre as obras de Borodin e Stravinsky, já que apenas a partitura de Bach foi pensada originalmente para ser tocada num órgão de tubos.Foi a partir deste lugar musical, descrito por Ídio Chichava como “mais orgânico e visceral”, que o coreógrafo desafiou um século de interpretações de “A Sagração da Primavera”. A sua proposta junta movimentos coreográficos de entrega, de luta e de resistência, a sons de cânticos de trabalho e de guerra, mas também afirma a escola moçambicana da dança como um lugar feito não apenas para se encaixar, mas também para se impor.A primeira vez que escutei ‘A Sagração da Primavera' de Stravinsky, sinceramente, fiquei completamente na selva porque a composição é muito eclética e, sinceramente não via a minha experiência como bailarino tradicional dentro daquela composição. Mas, mesmo assim, entrámos no desafio de desafiar o próprio tempo da música, o próprio ritmo da música e isso é que foi o primeiro chamativo para mim. Com a forma como nós aprendemos a dança em Moçambique podemos criar um contraponto, enriquecer mais a composição, trazer um outro olhar, uma outra apreciação diferente das que já têm sido apresentadas."A Sagração da Primavera” foi criada para um bailado apresentado pela primeira vez, em Paris, em 1913, no Teatro dos Campos Elísios, pela companhia Ballets Russes de Serge Diaghilev e coreografada por Nijinski, tendo, então, sido apontada como um escândalo. Porém, foi-se tornando uma referência e, ao longo do século XX, foi trabalhada por diferentes coreógrafos, como Maurice Béjart (1959), Pina Bausch (1975), Martha Graham (1984), Angelin Preljocaj (2001), Xavier Le Roy (2007), Heddy Maalem (2004), entre muitos outros. A assinatura de Ídio Chichava foi defender "a escola moçambicana de dança" e “desafiar as leituras pré-concebidas para esta obra”.Eu venho sempre defendendo o lugar da nossa escola moçambicana de dança e de que forma ela se pode afirmar. Este foi o desafio, foi uma porta claríssima para desafiar, por um lado, as leituras que já são pré-concebidas para esta obra, e, de certa forma, foi também encaixar e partilhar com os outros bailarinos, que são americanos, a forma como nós aprendemos a música e a dança.Sobre o que é essa “escola moçambicana de dança”, Chichava explica que é “marcar o tempo e, de certa forma, fazer contratempos no contratempo da música.” Para isso, também contribuiu o facto de a música ser tocada, pela primeira vez num espectáculo de dança, em órgãos de tubos.O órgão já tem esse lugar que é muito orgânico. Ele dilui completamente aquele lugar mecânico da execução técnica da própria música. Depois, a forma como os dois músicos tocam, a sensibilidade, a escuta, isso cria uma segurança para nós em palco porque cria realmente esse lugar mais orgânico, mais de convivência. Tanto que não resisti, no final, em acabar a peça próximo dos músicos.Os bailarinos dançam, batem com os pés de forma sonante, marcham, levantam-se, entoam cânticos e deixam sair sons gerados pelos movimentos. Os corpos prendem-se e desprendem-se em busca de liberdade, mas também se deixam levar, por uma qualquer força telúrica, que os empurra para a terra-mãe ou para a força matricial do palco. Os figurinos são aparentemente simples, com cores associadas à natureza e à “adoração da Terra”, em referência à própria história da “Sagração da Primavera”, na qual uma jovem seria sacrificada como oferenda a uma entidade divina, conforme um ritual de Primavera. Um mote violento que - admite Ídio Chichava - o fez pensar na história contemporânea de Moçambique e que também fez da peça um “espelho e um reflexo da situação” no seu país.
Os universos de três coreógrafos que trabalham em Moçambique, França e Estados Unidos juntaram-se em “Plenum / Anima”, uma composição coreográfica apresentada na Philarmonie de Paris, este fim-de-semana. Este é um espectáculo feito “em contra-mão do que se passa no mundo”, descreve Ídio Chichava, o coreógrafo moçambicano que revisitou a “Sagração da Primavera” de Igor Stravinsky e que mostrou que a "escola moçambicana de dança" deve reivindicar o seu lugar nos palcos internacionais. Este sábado e domingo, na Philarmonie de Paris, o coreógrafo moçambicano Ídio Chichava revisitou a “Sagração da Primavera” de Igor Stravinsky num espectáculo em que foram apresentadas mais duas obras dos coreógrafos Benjamin Millepied e Jobel Medina. Foi uma composição de três peças coreográficas de três criadores que têm escrito a sua história no mundo da dança graças às suas experiências migratórias: Chichava vive entre Moçambique e a França, Millepied entre a França e os Estados Unidos e Medina nasceu nas Filipinas e vive e trabalha em Los Angeles.Numa altura em que se erguem muros e fronteiras, os universos dos três criadores juntaram-se na composição “Plenum / Anima”, um espectáculo feito “em contra-mão do que se passa no mundo”, nas palavras de Ídio Chichava, que falou com a RFI no dia da estreia.O espectáculo tem um sentido muito forte que vai em contra-mão do que está a acontecer hoje no mundo. Na verdade, há estes três universos que se vão cruzar e que vão estar abertos à exposição e à compreensão e ao olhar mais outras pessoas. Para mim, este lugar que é muito mais humano, mas, por detrás disso, a interligação e o espaço em que todos nós podemos coexistir, com pensamentos totalmente diferentes, com ideias totalmente diferentes, com apreciações totalmente diferentes, com aquilo que é a dança e ainda mais pela forma como cada um vê a dança e onde a dança é criada. Estamos a falar de um olhar que é muito mais cultivado pela França, um lugar que é muito cultivado pelos Estados Unidos e outro que é muito mais cultivado por Moçambique. Então, esta noite, para mim, é uma sagração desse encontro de pensamentos totalmente diferentes, mas que, de certa forma, fluem e mostram um lugar de harmonia.A composição “Plenum / Anima” começou com a obra coreográfica do francês Benjamin Millepied e da sua companhia baseada em Los Angeles, L.A. Dance Project, que dançou ao som de uma composição de Johann Sebastian Bach, “Passacaille et Fugue en ut mineur", composta entre 1706 e 1713. Seguiu-se a criação de Jobel Medina, a partir das “Danças Polovtsianas”, compostas em 1869 por Alexander Borodin. A fechar, Ídio Chichava apresentou a sua versão de “A Sagração da Primavera”, composta entre 1910 e 1913 por Igor Stravinsky, com bailarinos da companhia moçambicana Converge + (Osvaldo Passirivo, Paulo Inácio e Cristina Matola) e da companhia americana L.A. Dance Project.As músicas intemporais dos séculos XVIII, XIX e XX foram interpretadas pelos organistas francês Olivier Latry e sul-coreana Shin-Young Lee, que criaram um novo olhar sobre as obras de Borodin e Stravinsky, já que apenas a partitura de Bach foi pensada originalmente para ser tocada num órgão de tubos.Foi a partir deste lugar musical, descrito por Ídio Chichava como “mais orgânico e visceral”, que o coreógrafo desafiou um século de interpretações de “A Sagração da Primavera”. A sua proposta junta movimentos coreográficos de entrega, de luta e de resistência, a sons de cânticos de trabalho e de guerra, mas também afirma a escola moçambicana da dança como um lugar feito não apenas para se encaixar, mas também para se impor.A primeira vez que escutei ‘A Sagração da Primavera' de Stravinsky, sinceramente, fiquei completamente na selva porque a composição é muito eclética e, sinceramente não via a minha experiência como bailarino tradicional dentro daquela composição. Mas, mesmo assim, entrámos no desafio de desafiar o próprio tempo da música, o próprio ritmo da música e isso é que foi o primeiro chamativo para mim. Com a forma como nós aprendemos a dança em Moçambique podemos criar um contraponto, enriquecer mais a composição, trazer um outro olhar, uma outra apreciação diferente das que já têm sido apresentadas."A Sagração da Primavera” foi criada para um bailado apresentado pela primeira vez, em Paris, em 1913, no Teatro dos Campos Elísios, pela companhia Ballets Russes de Serge Diaghilev e coreografada por Nijinski, tendo, então, sido apontada como um escândalo. Porém, foi-se tornando uma referência e, ao longo do século XX, foi trabalhada por diferentes coreógrafos, como Maurice Béjart (1959), Pina Bausch (1975), Martha Graham (1984), Angelin Preljocaj (2001), Xavier Le Roy (2007), Heddy Maalem (2004), entre muitos outros. A assinatura de Ídio Chichava foi defender "a escola moçambicana de dança" e “desafiar as leituras pré-concebidas para esta obra”.Eu venho sempre defendendo o lugar da nossa escola moçambicana de dança e de que forma ela se pode afirmar. Este foi o desafio, foi uma porta claríssima para desafiar, por um lado, as leituras que já são pré-concebidas para esta obra, e, de certa forma, foi também encaixar e partilhar com os outros bailarinos, que são americanos, a forma como nós aprendemos a música e a dança.Sobre o que é essa “escola moçambicana de dança”, Chichava explica que é “marcar o tempo e, de certa forma, fazer contratempos no contratempo da música.” Para isso, também contribuiu o facto de a música ser tocada, pela primeira vez num espectáculo de dança, em órgãos de tubos.O órgão já tem esse lugar que é muito orgânico. Ele dilui completamente aquele lugar mecânico da execução técnica da própria música. Depois, a forma como os dois músicos tocam, a sensibilidade, a escuta, isso cria uma segurança para nós em palco porque cria realmente esse lugar mais orgânico, mais de convivência. Tanto que não resisti, no final, em acabar a peça próximo dos músicos.Os bailarinos dançam, batem com os pés de forma sonante, marcham, levantam-se, entoam cânticos e deixam sair sons gerados pelos movimentos. Os corpos prendem-se e desprendem-se em busca de liberdade, mas também se deixam levar, por uma qualquer força telúrica, que os empurra para a terra-mãe ou para a força matricial do palco. Os figurinos são aparentemente simples, com cores associadas à natureza e à “adoração da Terra”, em referência à própria história da “Sagração da Primavera”, na qual uma jovem seria sacrificada como oferenda a uma entidade divina, conforme um ritual de Primavera. Um mote violento que - admite Ídio Chichava - o fez pensar na história contemporânea de Moçambique e que também fez da peça um “espelho e um reflexo da situação” no seu país.
A dança é um lugar de liberdade e também de luta política no universo do coreógrafo moçambicano Ídio Chichava. Esta quinta-feira, o artista apresentou o espectáculo “Sentido Único” no Museu de Orsay, em Paris, e mostrou que o poético também é político e que a liberdade em palco é o eco dos anseios das ruas de Moçambique. Numa altura em que Moçambique vive as consequências de mais um ciclone tropical e em que a repressão continua a tentar calar os protestos de rua, os artistas moçambicanos relembram a força da criativa da liberdade. O palco é esse espaço de transmissão de valores para o coreógrafo Ídio Chichava, que cruza rituais tradicionais com inspirações contemporâneas. Os movimentos transcendem o tempo e ascendem num “sentido único” habitado por emoções e memórias das lutas que os moçambicanos também travam ainda hoje.A peça “Sentido Único” foi apresentada no auditório do Museu de Orsay, em Paris, no âmbito do projecto “Carnets d'Esquisses” e foi nesse espaço que fomos conversar com Ídio Chichava e também com os intérpretes do espectáculo, Osvaldo Passirivo e Mai-Júli Machado. [Uma conversa que pode ouvir neste programa na reportagem áudio.]Perante os protestos pós-eleitorais no seu país, que duram há dois meses e em que morreram pelo menos 130 pessoas, Ídio Chichava começou por nos contar que está solidário com o povo que manifesta nas ruas e admitiu que os seus bailarinos “não dançam vazios” mas “carregados de todas as emoções e a memória” dos moçambicanos que morreram nas manifestações. O palco é o seu espaço de liberdade e também o lugar que lhe permite mostrar a sua indignação e dizer “basta”.“É deste lugar, como artista, que nós temos a possibilidade de poder amplificar as nossas vozes e dar voz, através deste microfone, para que outros entendam que Moçambique precisa de ajuda e precisa que outros manifestem para que a situação mude. Existe um regime que quer manter o país em suas mãos e nós não queremos. Então, eu digo basta como artista e vamos continuar, sempre que pudermos, a dar voz a nós próprios e aos moçambicanos porque precisamos realmente que o mundo manifeste ao nosso lado e que diga, junto com as nossas vozes, Basta!”, declarou o coreógrafo.Dançar talvez seja o “sentido único”, a única direcção possível quando a realidade é demasiado dura. “Se eu olhar muito, a história de Moçambique, com a guerra colonial, a guerra civil, nós como moçambicanos usamos a nossa forma de estar como ondas que vão sempre lavando as nossas almas, as nossas memórias. Tudo se traduz em cantos. E nós vamos cantar, vamos dançar”, diz Ídio Chichava.“Sentido Único” é precisamente o nome do espectáculo que agora apresentou e que, apesar de já ter sido criado há algum tempo, assume novos tons à leitura do que se passa hoje em Moçambique. “Agora estamos no sentido único e eu, como povo, não vou recuar. Não vou recuar”, acrescenta o coreógrafo. “Sentido Único” é também o caminho de dois corpos que se provocam, se alinham e desalinham, que estão sozinhos lado a lado, ou que se encontram e se prendem, antes de se desprenderem, mas que, no final, crescem sempre. Esta é também uma criação que surgiu quando o governo moçambicano aprovava uma lei que condenava casamentos prematuros, um flagelo para as meninas em Moçambique.A peça foi apresentada no âmbito do “Carnet d'Esquisses” [“caderno de esboços”] que propõe, uma vez por mês, no Museu de Orsay e na Livraria 7L, em Paris, espectáculos de jovens coreógrafos. Ídio Chichava foi convidado para integrar a programação, depois de também a bailarina Mai-Júli Machado ter apresentado uma peça em nome próprio na Livraria 7L. Esta é uma das várias iniciativas artísticas do "Paris Dance Project", um projecto que tira a dança dos teatros e que a leva para espaços urbanos alternativos, como uma pista de patinagem ou o tecto da Philarmonie de Paris, onde Ídio Chichava apresentou duas outras obras no âmbito de “La Ville Dansée”. Os fundadores do "Paris Dance Project", Solenne du Haÿs Mascré e Benjamin Millepied, estiveram em 2023, em Maputo, na Bienal de Dança de África, e foi aí que conheceram Ídio Chichava.“Conheci-o na Bienal de Dança em Moçambique no ano passado. Vi a peça ‘Vagabundus' que é simplesmente uma peça que me deslumbrou porque em uma hora tive a impressão de aprender a conhecer esta sociedade, a história deste povo através da dança, da emoção, do canto. É também uma peça de arte total com vestuário simples, corpos diversos, imagens realmente comoventes. Para mim, foi a iniciação a um grande coreógrafo, por isso era essencial convidá-lo e convidá-lo sempre que possível”, contou à RFI o coreógrafo Benjamin Millepied.Ídio Chichava volta a Paris, em Fevereiro, para dançar com Benjamin Millepied no espectáculo “Plenum/Anima” e, em Abril, regressa à capital francesa com o espectáculo “Vejo Anjos que atravessam o sol na minha sala”.Também director artístico da companhia Converge+, que promove o ensino gratuito da dança junto de comunidades locais em Moçambique, Ídio Chichava venceu, no final de Novembro, o prémio Salavisa European Dance Award da Fundação Calouste Gulbenkian, e graças a ele já começou “a projectar o primeiro estúdio de criação coreográfica independente na periferia de Maputo”. A ideia é criar o primeiro estúdio de criação “virado para bailarinos com uma capacidade criativa de outro nível”, concluiu Ídio Chichava.
A dança é um lugar de liberdade e também de luta política no universo do coreógrafo moçambicano Ídio Chichava. Esta quinta-feira, o artista apresentou o espectáculo “Sentido Único” no Museu de Orsay, em Paris, e mostrou que o poético também é político e que a liberdade em palco é o eco dos anseios das ruas de Moçambique. Numa altura em que Moçambique vive as consequências de mais um ciclone tropical e em que a repressão continua a tentar calar os protestos de rua, os artistas moçambicanos relembram a força da criativa da liberdade. O palco é esse espaço de transmissão de valores para o coreógrafo Ídio Chichava, que cruza rituais tradicionais com inspirações contemporâneas. Os movimentos transcendem o tempo e ascendem num “sentido único” habitado por emoções e memórias das lutas que os moçambicanos também travam ainda hoje.A peça “Sentido Único” foi apresentada no auditório do Museu de Orsay, em Paris, no âmbito do projecto “Carnets d'Esquisses” e foi nesse espaço que fomos conversar com Ídio Chichava e também com os intérpretes do espectáculo, Osvaldo Passirivo e Mai-Júli Machado. [Uma conversa que pode ouvir neste programa na reportagem áudio.]Perante os protestos pós-eleitorais no seu país, que duram há dois meses e em que morreram pelo menos 130 pessoas, Ídio Chichava começou por nos contar que está solidário com o povo que manifesta nas ruas e admitiu que os seus bailarinos “não dançam vazios” mas “carregados de todas as emoções e a memória” dos moçambicanos que morreram nas manifestações. O palco é o seu espaço de liberdade e também o lugar que lhe permite mostrar a sua indignação e dizer “basta”.“É deste lugar, como artista, que nós temos a possibilidade de poder amplificar as nossas vozes e dar voz, através deste microfone, para que outros entendam que Moçambique precisa de ajuda e precisa que outros manifestem para que a situação mude. Existe um regime que quer manter o país em suas mãos e nós não queremos. Então, eu digo basta como artista e vamos continuar, sempre que pudermos, a dar voz a nós próprios e aos moçambicanos porque precisamos realmente que o mundo manifeste ao nosso lado e que diga, junto com as nossas vozes, Basta!”, declarou o coreógrafo.Dançar talvez seja o “sentido único”, a única direcção possível quando a realidade é demasiado dura. “Se eu olhar muito, a história de Moçambique, com a guerra colonial, a guerra civil, nós como moçambicanos usamos a nossa forma de estar como ondas que vão sempre lavando as nossas almas, as nossas memórias. Tudo se traduz em cantos. E nós vamos cantar, vamos dançar”, diz Ídio Chichava.“Sentido Único” é precisamente o nome do espectáculo que agora apresentou e que, apesar de já ter sido criado há algum tempo, assume novos tons à leitura do que se passa hoje em Moçambique. “Agora estamos no sentido único e eu, como povo, não vou recuar. Não vou recuar”, acrescenta o coreógrafo. “Sentido Único” é também o caminho de dois corpos que se provocam, se alinham e desalinham, que estão sozinhos lado a lado, ou que se encontram e se prendem, antes de se desprenderem, mas que, no final, crescem sempre. Esta é também uma criação que surgiu quando o governo moçambicano aprovava uma lei que condenava casamentos prematuros, um flagelo para as meninas em Moçambique.A peça foi apresentada no âmbito do “Carnet d'Esquisses” [“caderno de esboços”] que propõe, uma vez por mês, no Museu de Orsay e na Livraria 7L, em Paris, espectáculos de jovens coreógrafos. Ídio Chichava foi convidado para integrar a programação, depois de também a bailarina Mai-Júli Machado ter apresentado uma peça em nome próprio na Livraria 7L. Esta é uma das várias iniciativas artísticas do "Paris Dance Project", um projecto que tira a dança dos teatros e que a leva para espaços urbanos alternativos, como uma pista de patinagem ou o tecto da Philarmonie de Paris, onde Ídio Chichava apresentou duas outras obras no âmbito de “La Ville Dansée”. Os fundadores do "Paris Dance Project", Solenne du Haÿs Mascré e Benjamin Millepied, estiveram em 2023, em Maputo, na Bienal de Dança de África, e foi aí que conheceram Ídio Chichava.“Conheci-o na Bienal de Dança em Moçambique no ano passado. Vi a peça ‘Vagabundus' que é simplesmente uma peça que me deslumbrou porque em uma hora tive a impressão de aprender a conhecer esta sociedade, a história deste povo através da dança, da emoção, do canto. É também uma peça de arte total com vestuário simples, corpos diversos, imagens realmente comoventes. Para mim, foi a iniciação a um grande coreógrafo, por isso era essencial convidá-lo e convidá-lo sempre que possível”, contou à RFI o coreógrafo Benjamin Millepied.Ídio Chichava volta a Paris, em Fevereiro, para dançar com Benjamin Millepied no espectáculo “Plenum/Anima” e, em Abril, regressa à capital francesa com o espectáculo “Vejo Anjos que atravessam o sol na minha sala”.Também director artístico da companhia Converge+, que promove o ensino gratuito da dança junto de comunidades locais em Moçambique, Ídio Chichava venceu, no final de Novembro, o prémio Salavisa European Dance Award da Fundação Calouste Gulbenkian, e graças a ele já começou “a projectar o primeiro estúdio de criação coreográfica independente na periferia de Maputo”. A ideia é criar o primeiro estúdio de criação “virado para bailarinos com uma capacidade criativa de outro nível”, concluiu Ídio Chichava.
El pianista estadounidense Fred Hersch con la WDR Big Band en el disco 'Begin again' ('Havana', 'Pastorale', The Orb), el pianista británico Bill Laurance también con la WDR Big band en 'Live at Philarmonie ('Golden hour', 'The good things', 'The rush'), el pianista cubano Omar Sosa con la NDR Big Band en 'es. sensual' ('Cha cha du Nord', 'My three notes') y Jazz at Lincoln Center Orchestra en 'The music of Wayne' ('Yes or no').Escuchar audio
Du 5 avril au 29 septembre 2024, les amateurs de Metal et un public néophyte curieux est invité à se rendre à la Philarmonie de Paris pour une exposition sur ce genre musical, intitulée « Diabolus In Musica ». Accompagnée d'un concert, d'articles en lignes et d'un colloque organisé dès l'ouverture des portes, cette exposition est une première du genre en France, du moins dans un lieu aussi prestigieux, et le symbole d'une certaine reconnaissance de validité artistique dans le monde des arts. L'exposition est-elle cependant à la hauteur de ses ambitions ? Cette entrée dans le « grand monde », célèbre-t-elle l'institutionnalisation officielle de cette musique aux origines contre-culturelles longtemps marginalisées par les médias généralistes ? Doit-elle se débarrasser de ses derniers oripeaux rebelles et, parfois, subversifs, pour être acceptée dans un univers culturel mainstream qui n'aime pas vraiment voir de tête dépasser ? Débriefing du colloque "Metal et Metalheads des Mythes et des rites" par Sylvain dans le podcast Contaaact : https://youtu.be/kNlBhANiMuM?si=FW0u-JCWnnTWcamw Le colloque en vidéo : https://pad.philharmoniedeparis.fr/colloque-metal-metalheads-mythes-rites.aspx L'article d'Angèle Leroy : https://philharmoniedeparis.fr/fr/magazine/series/exposition-metal/diabolus-musica-la-gloire-du-diable Playlist Spotify officielle de l'exposition : https://open.spotify.com/playlist/6r6GF8DDFunMjF4hFuvAi1?si=1369e8abbec7431e
Ça va secouer dans les branchages dans Magic Bolide !Et si le métal était finalement la musique qui chasse les démons plus qu'elles ne les attirent, un exutoire dans les périodes de chaos. L'année 2024 a en tous cas remis le Metal au centre du game, avec une grande expo à la Philarmonie de Paris « Diabolicus in Musica », Gojira, le groupe que le monde nous envie, Grand Prix Sacem et bien sûr la confirmation du succès du Hellfest. Magic Bolide en profite pour parcourir cette planète métal en ébullition avec en invités Pascal Gueugue, le boss de la toute nouvelle Fédération des Musiques Métalliques, Sofia, la chanteuse de l'excellent groupe normand No Terror In The Bang et Bertrand Allary, photographe incontournable de cette scène qui vient de ressortir son encyclopédie METAL aux Edtions Gründ. Evidemment plein de sons frais en bonus avec Fange, Jinjer, Amen Birdmen ou Red Sun Atacama, une bonne petite page d'histoire et moult surprises.Hébergé par Ausha. Visitez ausha.co/politique-de-confidentialite pour plus d'informations.
Con Davide Destro - LaColpa e Macabro Dio - riprendiamo il discorso sul metal estremo e il senso profondo dell'Estremo con la maiuscola, partendo dal poster del recente Nuclear War Now!/Hospital Fest di Osaka ma passando per Sonic Youth, John Zorn, Swans e Sunn O))). Bonus track: la mostra sul metal alla Philarmonie di Parigi.
La revue de presse d'Angèle Chatelier du 11 Avril 2024 Beyoncé et l'expo metal à la Philarmonie de Paris, Villette.
durée : 00:15:16 - Carnets de campagne - par : Dorothée Barba - Offrir aux enfants de milieux populaires ou ruraux un instrument et un enseignement musical : c'est le principe de Démos. Ce programme porté par la Philarmonie de Paris se déploie peu à peu dans toute la France. Le chef de l'orchestre Démos du Grand Verdun, Flavien Boy, nous raconte.
durée : 00:05:00 - La BO du monde - C'est un géant de la musique brésilienne qui s'apprête à tirer sa révérence. Le chanteur Gilberto Gil se produit le 25 octobre à la Philarmonie de Paris dans le cadre de sa tournée d'adieu. L'épilogue d'une carrière hors du commun, qui a souvent mêlé musique et politique.
Son talent n'a d'égal que son humilité. Elle faisait du jazz, elle est aujourd'hui une des icônes des musiques actuelles. Jeanne Added est encore en tournée, notamment à l'Ombrière à Uzès ce samedi 21 oct 23 (avec la chorale pop rock des Arti'choeurs), pour y interpréter son 3ème album "By Your Side" et son dernier single "Ready Baby", mais aussi les titres des précédents albums. Retour avec elle sur ses débuts aux Transmusicales de Rennes, son rapport à la scène, sa rencontre avec Diane Sagnier (Camp Claude), qui a signé 3 de ses clips à voir ci-dessous, et ses valeurs! Vous la retrouvez également à la Philarmonie de Paris pour 3 dates à venir, et sur tous les réseaux sociaux: https://jeanneadded.bfan.link/ready-baby
En février 2022, la Russie lançait son offensive contre l'Ukraine. Certains musiciens ont alors cru qu'ils ne pourraient plus jamais jouer. Mais leur musique résonne encore, en Ukraine et en France, où une quinzaine d'artistes ont été accueillis par différents orchestres nationaux, y compris la Philarmonie de Paris. Un an plus tard, ils vivent, à distance, au rythme des attaques contre leur pays, en contact permanent avec leur proches restés en Ukraine. Mais ils évoquent aussi la richesse du partage avec les ensembles qui leurs ont ouvert leurs portes. La directrice déléguée de l'Orchestre symphonique de Kiev, Anna Stavychenko, installée à Paris depuis un an, s'est pour sa part lancé un nouveau défi, le projet, "1991", pour faire connaître le patrimoine musical de l'Ukraine. Un acte de résistance, selon elle, face à une identité et une culture menacée. Et une manière d'aider les musiciens restés en France. Le projet a été lancé lors d'un concert dans une résidence privée fin mai à Paris. Un moment d'échange émouvant entre les artistes et un public comblé, auquel Sur le Fil a pu assister. Un sujet réalisé par Camille Buonanno. Le Projet 1991, est soutenu par la Philharmonie de Paris, le Columbia Institute for Ideas and Imagination et la Fondation EHA. Pour en savoir plus, vous pouvez consulter ce le compte Instagram. Sur le Fil est le podcast quotidien de l'AFP. Vous avez des commentaires ? Ecrivez-nous à podcast@afp.com ou sur notre compte Instagram. Vous pouvez aussi nous envoyer une note vocale par Whatsapp au + 33 6 79 77 38 45. Si vous aimez, abonnez-vous, parlez de nous autour de vous et laissez-nous plein d'étoiles sur votre plateforme de podcasts préférée pour mieux faire connaître notre programme !
La WDR Big Band de la ciudad de Colonia con el pianista británico Bill Laurance en el disco 'Live at the Philarmonie' ('The good things', 'Golden hour') y con la cantante brasileña Luciana Souza en el disco 'Storytellers' ('Chora coração'. 'Matita perê'). Una big band de 17 músicos de Nueva York con el pianista dominicano Michel Camilo en 'Essence' ('Piece of cake', 'Just like you') y la Jazz at Lincoln Center Orchestra del trompetista Wynton Marsalis, con el saxofonista Wayne Shorter como invitado, en 'Yes or no' de su disco 'The music of Wayne Shorter'. Escuchar audio
Pintor, street artist, músico, poeta. O norte-americano Jean-Michel Basquiat transitou pela arte como transitou pelo mundo, de forma intensa e intrigante, profunda e fulgurante. Em Paris, duas exposições retratam as diferentes facetas deste artista ícone do neoexpressionismo, enfant terrible da comunidade artística nova-iorquina nos anos 1970 e 1980. Daniella Franco, da RFINa mostra “Basquiat x Warhol, à Quatro Mãos”, a Fundação Louis Vuitton explora a criação artística de Basquiat em colaboração com Andy Warhol, pai do movimento pop art. Já a Philarmonie de Paris realiza a primeira mostra consagrada à íntima relação da obra do afro-americano com a música: "Basquiat Soundtracks".O interesse de Basquiat pela música surgiu paralelamente ao movimento de street art "Samo" fundado no final dos anos 1970 em Nova York por ele e um colega, o grafiteiro Al Diaz. A rebeldia do artista lhe rendeu uma expulsão da escola e também de casa, ao ser surpreso pelo pai fumando maconha. Essa ousadia e displicência típicas do artista também o levaram à criação do grupo de noise rock Gray, junto com o produtor de cinema e TV Michael Holman.A ideia do nome do grupo veio do livro de medicina "Gray's Anatomy" que Basquiat recebeu da mãe aos 7 anos, após ser atropelado por um carro. Esse episódio marcou a vida do artista e traços dessa experiência podem ser conferidas em várias de suas criações. Um dos curadores da exposição "Basquiat Soundtracks", Vincent Bessières, conversou com a RFI sobre a criação da banda. Segundo ele, música de Gray se inscreve em uma época onde a experimentação era a regra. A maioria dos integrantes do grupo jamais aprenderam a tocar qualquer instrumento."Eles inventam músicas a partir daquilo que eles conseguem fazer com os instrumentos. O que torna esse grupo singular é fazer músicas sem saber tocar. Um dos fundadores da banda, Michael Holman, dizia: 'imaginávamos que éramos extraterrestres que, ao chegar na Terra, encontravam instrumentos para tentar compreendê-los e como fazer música com eles'"A exposição "Basquiat Soundtracks" também aborda a relação do artista com a no-wave e o hip-hop, as noites do artista no Mudd Club, onde conheceu Keith Haring, Madonna – com quem teve um breve namoro – e Debbie Harry, cantora do grupo Blondie, para quem Basquiat vendeu sua primeira pintura, "Cadillac Moon", por US$ 200, em 1980. Meses depois, o videoclipe da icônica "Rapture" recebeu a participação especial de Basquiat:Nas pinturas, instalações, fotos, vídeos - uma centena de obras expostas na Philarmonie de Paris, algumas delas raríssimas - a paixão de Basquiat pelo jazz e sua obsessão pelo músico Charlie Parker também são tratadas, uma forma que o artista encontrou para se conectar com suas raízes latinas e africanas. Filho de uma mãe porto-riquenha e de um pai haitiano, inspirado por ícones do jazz e do blues, Basquiat explora o Atlântico negro, onde a música se transforma em um refúgio da memória do artista. Basquiat x WarholDo outro lado de Paris, na Fundação Louis Vuitton, uma outra exposição destaca um outro lado de Basquiat: sua relação com o pai da pop art. “Basquiat x Warhol, à Quatro Mãos”, nome da mostra, exibe obras que os dois artistas criaram juntos. De 1984 a 1985, eles realizam 160 telas juntos, algumas delas consideradas como as mais importantes de suas carreiras. No total, mais de 300 obras e documentos, entre as quais 80 pinturas, são expostas.Para Dieter Buchhart, um dos curadores de “Basquiat x Warhol, à Quatro Mãos”, conversou com a RFI sobre a importância deste evento incontornável para os fãs de arte contemporânea.“Warhol e Basquiat criaram com intensidade e muita energia essas obras incríveis. Essa é a exposição mais importante desta colaboração entre os dois. Nunca nenhuma mostra sobre essa parceria conseguiu reunir tantas obras”, afirma."Basquiat x Warhol: A Quatro Mãos" fica em cartaz até 28 de agosto na Fundação Louis Vuitton, no 16° distrito de Paris. Já "Basquiat Soundtracks", pode ser conferida na Philarmonie de Paris, no 19° distrito da capital francesa, até 30 de julho.
For today's expert feature we're hearing all about sound from an extremely experienced engineer. In a career spanning 40 years, Chris has worked on major projects including the Michael Fowler Centre, the Philarmonie de Paris and the Auckland Town Hall.
Au programme de l'émission du 15mars 2023 : avec Anne Crausaz, autrice-illustratrice, pour L'imagier des sens (Askip, 2022), et Julia Jobin, éditrice chez Askip ; et avec Éric Domenicone, de la Soupe compagnie pour le spectacle Et puis... LIVRES - interview de Anne Crausaz - c'est vers 07 mn ✔️L'imagier des sens, de l'autrice-illustratrice Anne Crausaz (éditions Askip) vient de recevoir le prix Sorcières (décerné par l'association des librairies jeunesse et l'association des bibliothécaires de France). L'occasion pour nous d'enfin braquer les projecteurs sur elle et sur les éditions Askip qui l'ont publié.
El pianista estadounidense Brad Mehldau nos visita esta semana en 2 de uno con Your mother should know: Brad Mehldau plays The Beatles, una producción 2023 para Nonoesuch Records de un concierto grabado en la Philarmonie de Paris en septiembre del 2020.
HyperFrance - HS Live au Paris Podcast Festival 2022 Bienvenue dans ce programme qui donne la parole à l'HyperFrance, cette France qu'on n'écoute plus mais qui parle quand même. Le principe est simple, un épisode, une question d'un-e auditeur-ice, pour mieux comprendre notre Hyper pays et surtout pour mieux vivre en France. Un épisode spécial puisque enregistré à la Gaité Lyrique durant le Paris Podcast Festival 2022. Jacques et Philippe ont eu la chance et l'obligation d'accueillir un journaliste, un vrai, en la personne de Lucas Scaltritti venu parler d'un sujet tendance: la transition écologique. Mais vous y trouverez aussi le classique édito d'HyperFrance sur le thème, lui aussi imposé par le festival, de la puissance de la douceur. N'est-ce pas !
Et war wärend enger Partie Kaart, wou den Hector Berlioz déi éischt Skizze vu sengem Oratorium "L'enfance du Christ" gemaach huet. 1854 war d'Uropféierung vun dësem Wierk tëschent Intimitéit an Theatralik, dat de Philharmoneschen Orchester Lëtzebuerg an d'Gächinger Cantorey gëschter Owend ënner der Direktioun vum Hans-Christoph Rademann opgeféiert huet. De radio 100,7 huet zesummen mat SR2 KulturRadio de Concert live iwwerdroen, an de Guy Engels hat sech am Virfeld mam Dirigent Hans-Christoph Rademann ënnerhalen.
Cliquez ici pour accéder gratuitement aux articles lus de Mediapart : https://m.audiomeans.fr/s/P-UmoTbNLs Des salarié·es d'un sous traitant de la Philharmonie de Paris sont en grève ce dimanche 30 octobre pour dénoncer leurs conditions salariales et de travail. C'est le deuxième mouvement social en dix jours de ces employé·es, en majorité étudiant·es, qui veulent mettre en lumière la « maltraitance » derrière la sous traitance. Un article de Cécile Hautefeuille publié dimanche 30 octobre 2022, lu par Jeremy Zylberberg.
Os artistas portugueses estão em destaque em França, este ano, com a Temporada Cruzada Portugal-França. Louvre, Pompidou e Jeu de Paume são alguns dos museus franceses que se associaram a esta iniciativa para mostrar nomes e momentos da arte lusa. Em Portugal, também há uma programação para ir ao encontro da arte francesa. Neste programa, damos palco à Temporada Cruzada Portugal-França. A Temporada Cruzada Portugal-França, iniciada em Fevereiro e que se prolonga até Outubro, tem destacado a arte portuguesa em França e vice-versa. O programa de intercâmbio cultural e diplomático conta com mais de 200 eventos em Portugal e em França, entre exposições, espectáculos de teatro, música, dança, conferências e vários eventos em diferentes cidades dos dois países. Em Paris, por exemplo, os prestigiados Centro Pompidou, Museu do Louvre e o Jeu de Paume abriram as salas à arte portuguesa, a par de tantos outros espaços em França. O Museu do Louvre tem actualmente uma exposição sobre o Renascimento Português e teve uma escultura monumental de Pedro Cabrita Reis nos jardins do museu. O Centro Pompidou tem uma exposição colectiva de Pedro Costa, Rui Chafes e Paulo Nozolino, enquanto o Jeu de Paume tem patente uma retrospectiva da obra de Pedro Costa. O Museu Cantini, em Marselha, tem uma exposição de Maria Helena Vieira da Silva e a Villa Tamaris Centre d'Art apresenta uma mostra de dez artistas contemporâneos portugueses. Houve, ainda, um festival de história de arte em que esteve o arquitecto Eduardo Souto Moura e muitos outros nomes da cultura portuguesa. Na música, a pianista Maria João Pires inaugurou a Temporada, na Philarmonie de Paris, mas na capital também passaram Fado Bicha, Lina & Raül Refree, Marisa, António Zambujo, Mû Mbana, Luca Argel, Kátia Guerreiro, João Berhan e Sopa de Pedra, entre outros. Marselha também recebeu vários nomes da cultura musical urbana no festival Iminente. O Festival de Avignon, com um novo director português, Tiago Rodrigues, terá também programação portuguesa, assim como várias salas francesas como o Théâtre de la Ville, o Odéon e o Théâtre national de Chaillot em Paris. Em Lisboa, o artista Gérard Fromanger esteve no museu Coleção Berardo e há uma exposição no MAAT do colecionador Antoine de Galbert, por exemplo. No Porto, por exemplo, a Casa do Cinema Manoel de Oliveira tem uma exposição da cineasta Agnes Varda, o Teatro do Rivoli e o Teatro Nacional de São João tiveram um foco na criação teatral francesa contemporânea. A programação é vasta e pode ser vista aqui. A cultura é mesmo um dos elementos centrais da Temporada, mas também há outras áreas envolvidas. O objetivo é promover os valores europeus, a igualdade de género, o combate às alterações climáticas, a cultura, os oceanos, a língua, a ciência e o conhecimento. O Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, também recebe espectáculos franceses no âmbito da Temporada, e a RFI fez um programa especial em directo deste espaço, esta terça-feira, 21 de Junho, com o director artístico do teatro, Pedro Penim e a comissária da parte portuguesa da Temporada Cruzada, Manuela Júdice. O que ganha a cultura portuguesa com a Temporada e o que está na agenda em Portugal? Algumas das respostas neste programa. (Imagem e som de Romain Ferré e Richard Riffoneau)
Mot d'accueil de Charles Personnaz, directeur de l'Institut national du patrimoine et de Marie-Pauline Martin, directrice du musée de la Musique (Cité de la musique-Philarmonie de Paris) Les élèves conservatrices et conservateurs de l'Institut national du patrimoine (INP) et de l'Institut national des études territoriales (Inet) ont choisi d'explorer les rapports entre sensorialité et patrimoines à l'occasion d'une journée d'étude organisée le 4 avril 2022 dans l'auditorium du musée de la Musique. Le colloque montrera comment l'attention portée aux différents sens renouvelle l'étude et l'appréhension des sites, des monuments, des musées et des archives. L'évolution des interdits associés aux lieux et objets patrimoniaux (« Ne pas toucher », « Ne pas s'asseoir », « Ne pas manger »…) ont, depuis le XIXe siècle, largement contribué à cantonner la compréhension du patrimoine au seul sens de la vue. De nombreuses initiatives dans les domaines de la recherche, de la restitution aux visiteurs ou de la création contemporaine remettent aujourd'hui en cause ce primat d'une approche visuelle et cognitive. Du point de vue scientifique, l'affirmation d'une histoire des sensibilités comme champ à part entière des études historiques interroge la conservation et la présentation au public d'une histoire de l'ouïe, du toucher, de l'odorat ou du goût. Parallèlement, les sens inspirent de nouvelles initiatives à destination des publics pour présenter le patrimoine sous l'angle de l'expérience. Il s'agira donc d'explorer les sens en tant qu'objets patrimoniaux et modalités d'accès à ceux-ci.
Diriger la Philarmonie de Berlin, la Scala de Milan, le Royal Scottish National Opera… Un parcours digne des plus grands Chefs d'Orchestre – ou, en l'occurrence, Cheffes d'Orchestre. Oui, Claire Guibault fait partie des 4% de femmes Cheffes d'Orchestre en France. Un métier extrêmement exigeant, réservé à une poignée d'élu.e.s, et en plus de cela, un milieu particulièrement sexiste. Comment se faire une place dans un domaine aussi élitiste, où il n'y a que très peu d'élus ? Comment se développer malgré les freins structurels et les discriminations ? Comment progresser et continuer à donner le meilleur de soi-même ? C'est à toutes ces questions que l'on répond, et bien d'autres encore, dans ce nouvel épisode d'InPower. Pour découvrir les coulisses du podcast : https://www.instagram.com/inpowerpodcast/ Pour suivre les actualités du Paris Mozart Orchestra : https://parismozartorchestra.com/ Pour le 3ème programme de la série Diversità, le Paris Mozart Orchestra sera à la Philarmonie de Paris le 10 mars 2022, à 20h30 : https://parismozartorchestra.com/evenement/diversita-3-philharmonie/ Pour découvrir le Concours La Maestra : https://lamaestra-paris.com/ Et pour rejoindre l'aventure MyBetterSelf au quotidien : https://www.instagram.com/mybetterself/ Nouveau ! Les épisodes sont désormais disponibles avec l'image en exclusivité sur YouTube : https://www.youtube.com/channel/UChG8nxeVTk6jQJyH-_TG7xw Si cet épisode t'a plu, celui-ci te plaira surement : https://app.ausha.co/app/show/23818/episodes/preview/359285
durée : 00:16:53 - "Il faudra rentrer pour tout reconstruire" : la guerre bouleverse la vie des Ukrainiens de Paris - Comment venir en aide à son pays quand on est à des milliers de kilomètres ? Comment imagine-t-on son avenir quand on fait face à la guerre ? Ce soir le Quart d'Heure donne la parole aux jeunes Ukrainiens installés à Paris. On vous parle aussi de l'allègement des mesures sanitaires, et on vous emmène à la Philarmonie de Paris, qui organise ce week-end "La Maestra", un concours de cheffes d'orchestre 100% féminin.
durée : 00:05:15 - Dans la playlist de France Inter - par : Jean-Baptiste AUDIBERT, Thierry Dupin, Muriel Perez, Julien Deflisque - Hip Hop 360 célèbre les 40 ans du rap en France. Tout ce que vous avez toujours voulu savoir sur cette culture urbaine multiple devenue incontournable et ses protagonistes est à découvrir à la Philarmonie. L'exposition aborde tous les aspects de cet art majeur, du but à la manière.
Retour sur des millénaires de gestion de la forêt par les Amérindiens pour changer de regard et de perspective sur l'Amazonie. Déconstruisons un mythe : celui de la forêt vierge d'Amazonie qui n'a de vierge que le nom, un nom emprunté à la mythologie grecque, qui ne reflète pas vraiment la réalité de ces immenses forêts tropicales, véritable continent vert de plus 7 millions de km2 bien plus précocement et densément peuplé que notre imaginaire occidental ne nous le laissait croire... Pourquoi la dimension mythique de l'Amazonie l'emporte-t-elle sur sa réalité géographique ? Comment s'est construite l'idée d'un paradis vierge peuplé de sauvages ? Alors que l'archéologie révèle un tout autre passé bien plus riche et innovant (celui des peuples amérindiens qui ont façonné, aménagé et géré leurs forêts depuis 13 000 ans), pourquoi et comment changer de perspective sur l'Amazonie ? Avec Stephen Rostain, archéologue spécialiste de l'Amazonie pour son ouvrage La forêt vierge d'Amazonie n'existe pas qui va paraître aux Editions Le Pommier au mois d'août. Exposition Sebastiao Salagado "Salgado Amazônia" à la Philarmonie de Paris jusqu'au 31 octobre 2021
In this chat with Stefan Goldmann: His origins as musician - from acoustic to electronic and in between First releases and labels Macro and supporting unique artists Shaping a wider catalogue while still being honest with yourself The production mistake that created techno and acid Why every old person thinks the music of their times was better If you enjoyed this chat and are interested in what we do, click on http://bit.ly/HoS_Feedback to leave your feedback or suggest who we should interview next. And if you are a creator you can check www.homeofsound.co.uk to see HoS online masterclasses with Freddy K, Phase Fatale, Ansome, VSK, Scalameriya, Lag, Swarm Intelligence, Setaoc Mass, Inland, Manni Dee, Sigha, Rommek, VJ Martinovna, Arjun Vagale and more -- Stefan Goldmann -- https://soundcloud.com/stefangoldmann https://www.facebook.com/stgmn https://www.facebook.com/macrorec Philarmonie clip: https://www.youtube.com/watch?v=FT2k5NcYBpM&ab_channel=lizzOt Philarmonie set: https://macrorec.bandcamp.com/album/live-at-philharmonie-berlin -- others mentioned -- https://www.facebook.com/djfinnjohannsen https://www.instagram.com/kink303 https://soundcloud.com/elektroguzzi https://soundcloud.com/kuf https://soundcloud.com/maria-chavez https://soundcloud.com/amandraaa https://soundcloud.com/stefmendesidis https://soundcloud.com/soesgunverryberg mike daliot (Massive / Native Instruments) https://www.facebook.com/PhilharmonieBerlin -- Home Of Sound -- Masterclasses with Phase Fatale, Freddy K, Ansome, VSK, Scalameriya, Lag, Swarm Intelligence, Inland, Manni Dee, Sigha, Rommek, VJ Martinovna, Arjun Vagale and more: www.homeofsound.co.uk Artists-selected playlists: www.adam-heaton.co.uk/playlists All latest links: linktr.ee/home_of_sound
a Radio Popolare nella settimana dedicata alla memoria ..Rotoclassica cambia ancora formato e diventa..ROTOMEMORIA..giovedì 28 gennaio dalle 23..dedicato a tutte le vittime dei piccoli e grandi drammi della Storia e dei nostri tempi:..-27 gennaio: nasce Mozart 265 anni fa e muore Verdi 120 anni fa ..- ma l'olocausto si impone nella figura di Nedo Fiano che ci racconta la presenza della musica nel campo di sterminio di Auschwitz-Birkenau..attraverso la sua testimonianza diretta. La sua voce sarà sonorizzata dal "Sopravvissuto di Varsavia" di Arnold Schoenberg...-il violino di Julieck accende Beethoven nella desolazione di un campo di concentramento...In questi giorni in streaming cinque concerti per non dimenticare:..-il Requiem di Francesco Filidei dalla Philarmonie di Parigi..-il Quatuor pour la fin du Temps" di Messiaen dall'Accademia Filarmonica Romana..-Morricone e la Shoà dal Conservatorio di Milano..-Ysaye e Ravel dal Teatro alla Scala..-l'invocazione alla pace di Arvo Part per gli attentati di Madrid
a Radio Popolare nella settimana dedicata alla memoria ..Rotoclassica cambia ancora formato e diventa..ROTOMEMORIA..giovedì 28 gennaio dalle 23..dedicato a tutte le vittime dei piccoli e grandi drammi della Storia e dei nostri tempi:..-27 gennaio: nasce Mozart 265 anni fa e muore Verdi 120 anni fa ..- ma l'olocausto si impone nella figura di Nedo Fiano che ci racconta la presenza della musica nel campo di sterminio di Auschwitz-Birkenau..attraverso la sua testimonianza diretta. La sua voce sarà sonorizzata dal "Sopravvissuto di Varsavia" di Arnold Schoenberg...-il violino di Julieck accende Beethoven nella desolazione di un campo di concentramento...In questi giorni in streaming cinque concerti per non dimenticare:..-il Requiem di Francesco Filidei dalla Philarmonie di Parigi..-il Quatuor pour la fin du Temps" di Messiaen dall'Accademia Filarmonica Romana..-Morricone e la Shoà dal Conservatorio di Milano..-Ysaye e Ravel dal Teatro alla Scala..-l'invocazione alla pace di Arvo Part per gli attentati di Madrid
La Jazz at Lincoln Center Orchestra del trompetista Wynton Marsalis y su disco 'The music of Wayne Shorter' ('Yes or no', 'Contemplation'), el pianista Bill Laurence & WDR Big Band y su 'Live at the Philarmonie' ('Golden hour', 'Ready wednesday'), el también pianista Fred Hersch & WDR Big Band y el disco 'Begin again' ('Pastorale', 'Havana') y otro pianista, Omar Sosa, con NDR Big Band en 'es: sensual' ('Cha cha du Nord') Escuchar audio
Loisirs, gastronomie, art de vivre, culture... Chaque samedi et chaque dimanche, la rédaction d'Europe 1 se réunit et fait un tour de table pour que vous fassiez le plein d'idées sorties, en famille ou entre amis.
Isabelle Maillot de la librairie Musicalame recommande "Echos, les 100 trésors de la musique" (Editions de la Philarmonie)
Ellen Stamer belt met Laura Marcus, programmeur Stadsschouwburg Philharmonie.
Aujourd’hui, c’est Philippe BOLTON qui a bon bec ! Philippe Bolton n’est rien de moins que le doyen des facteurs français en activité, puisqu’il a commencé à fabriquer des flûtes dans les années 70… vous le connaissez peut-être pour l’avoir rencontré sur l’un des nombreux salons auxquels il participe, ou pour avoir entendu une de ses conférences ou encore pour avoir visité son site, qui apparaît dans les premiers résultats si vous tapez la requête « flûte à bec » sur les moteurs de recherche… en fait, vous êtes presque obligés de connaître Philippe… et si vous ne le connaissez pas encore, ce sera chose faite dans quelques dizaines de minutes ! Au fil de la conversation, nous avons parlé de son parcours, de son catalogue et de ses modèles de prédilection, du flageolet français sur lequel il se penche depuis quelques années, de son envie de transmettre et de comment il transmet, mais aussi de l’évolution du monde de la flûte à bec, qu’il a vécue et à laquelle il a participé… Je vous souhaite une très bonne écoute ! Ressources : Sites de Philippe Bolton : http://www.flute-a-bec.comet http://www.flageolet.fr Jetez un œil aux vidéos pour découvrir son atelier, qui vaut le coup d’œil ! Flûtistes, musiciens et facteurs : Frans Bruggen : https://www.francemusique.fr/personne/frans-bruggen Florilegium Musicum Paris (J. C. Malgoire) : https://www.youtube.com/watch?v=Aegyz0H31Uo Jean-François Alizon : https://www.youtube.com/watch?v=dSlTKp48zp0 Niels Ferber : http://www.gliangeligeneve.com/musiciens/view/nils-ferber Claude Monin et Daniel Bariaux ont été parmi les premiers français à fabriquer à nouveau des flûtes ; pas de lien direct vers un site, mais possibilité de retrouver leurs travaux dans les catalogues de la médiathèque de la Philarmonie de Paris : https://catalogue.philharmoniedeparis.fr Hugo Reyne :http://www.simphonie-du-marais.org/la-simphonie-musiciens-baroque/ Philippe Renard : https://www.lamontagne.fr/saint-flour-15100/loisirs/en-musique-philippe-renard-aime-jouer-louverture_1259807/ Mollenhauer flûte électroacoustique Elody par Nik Tarasov : https://www.mollenhauer.com/images/elodys/Elody-Story-FR.pdf Adriana Breukink : http://www.adrianabreukink.com Maarten Helder : https://susannefroehlichrecorder.wordpress.com/2016/01/03/introducing-the-helder-tenor/ Henri Gohin : https://gohinflutes.fr Claire Soubeyran : http://clairesoubeyran.com/fr Documents, stuctures : Tablatures historiques des doigtés (site de Philippe) :http://www.flute-a-bec.com/tablhisto.html#hautdepage Association Française pour la Flûte à bec, revue « Flûtes à bec et instruments anciens » (une trentaine de numéros dans le courant des années 80) : https://catalogue.philharmoniedeparis.fr/search.aspx?SC=CATALOGUE&QUERY=Parent_id_exact%3a%220388254%22&QUERY_LABEL=Recherche+de+fascicules#/Search/(query:(ForceSearch:!f,Page:0,PageRange:3,QueryString:'Parent_id_exact:%220388254%22',ResultSize:'50',ScenarioCode:CATALOGUE,ScenarioDisplayMode:display-standard,SearchLabel:'Recherche%20de%20fascicules',SearchTerms:'Parent_id_exact%200388254',SortField:YearOfPublication_sort,SortOrder:1,TemplateParams:(Scenario:'',Scope:CATALOGUE,Size:!n,Source:'',Support:''))) ITEMM (Institut Technologique Européen des Métiers de la Musique) : https://itemm.fr/itemm/ Musique : - Son initial : ambiance sur une expo de flûtes à bec (enregistrement perso) - Extraits de Arrangementsde K. Serocki par le Consort Brouillamini(Guillaume Beaulieu, Virginie Botty, Élise Ferrière, Florian Gazagne, Aranzazu Nieto). Ils jouent un ensemble de flûtes Moeck, Mollenhauer et Aesthé (Serocki) ainsi qu'un consort réalisé par Bob Marvin. - Oiseaux et chat personnels de Philippe :) - Sul Margine, au flageolet par Philippe Bolton, sur un flageolet d’après Noblet de sa fabrication (merci Philippe pour l’enregistrement !)
En mai, un rapport de l'étude économique annuelle du Sommet international de la musique a révélé que la part du marché de la musique électronique ou "Electro" a considérablement diminué aux Etats-Unis, reculant de 3% en 2018 après déjà deux années de baisses successives. Aux Etats-Unis, la baisse est de 11,6%. La raison ? Le genre est aujourd'hui partout, et certains morceaux que l'on pourrait considérer comme "électro", sont classés dans les styles "Pop" ou "R&B".BOM est un podcast des Echos présenté par Jean- Philippe Louis. Cet épisode a été enregistré en mai 2019. Réalisation : Jean-Philippe Louis et Adel Ittel. Crédits musique : Jaunter - Reset. Invités : Jean-Yves Leloup, commissaire de l'exposition "Electro, de Kraftwerk à Daft Punk" à la Philarmonie de Paris, Olivier Pellerin, journaliste et consultant dans la musique, Fabrice Gadeau, directeur du Rex Club à Paris et Olivier le Covec, directeur du département de la documentation et de la répartition au sein de la Société des auteurs, compositeurs et éditeurs de musique (SACEM). Voir Acast.com/privacy pour les informations sur la vie privée et l'opt-out.
En mai, un rapport de l'étude économique annuelle du Sommet international de la musique a révélé que la part du marché de la musique électronique ou "Electro" a considérablement diminué aux Etats-Unis, reculant de 3% en 2018 après déjà deux années de baisses successives. Aux Etats-Unis, la baisse est de 11,6%. La raison ? Le genre est aujourd'hui partout, et certains morceaux que l'on pourrait considérer comme "électro", sont classés dans les styles "Pop" ou "R&B". Dans cet épisode de la Story, Pierrick Fay laisse la place à Jean-Philippe Louis et son émission BOM, qui décrypte l'économie de la musique.BOM est un podcast des Echos présenté par Jean- Philippe Louis. Cet épisode a été enregistré en mai 2019. Réalisation : Jean-Philippe Louis et Adel Ittel. Crédits musique : Jaunter - Reset. Invités : Jean-Yves Leloup, commissaire de l'exposition "Electro, de Kraftwerk à Daft Punk" à la Philarmonie de Paris, Olivier Pellerin, journaliste et consultant dans la musique, Fabrice Gadeau, directeur du Rex Club à Paris et Olivier le Covec, directeur du département de la documentation et de la répartition au sein de la Société des auteurs, compositeurs et éditeurs de musique (SACEM). Voir Acast.com/privacy pour les informations sur la vie privée et l'opt-out. See acast.com/privacy for privacy and opt-out information.
Interview d'Etienne de Crecy autour de son concert à la Philarmonie de Paris le 13 avril dans l'Happy Hour FG avec Antoine Baduel.
Après 4 mois d'attente l’HomePod est enfin disponible en France. Apple en-a-t-elle profité pour corriger les défauts que nous avions pointé du doigt ? La version française de Siri peut-elle rivaliser avec à Google Home ou Alexa d’Amazon ? Ses fonctions stéréo, multiroom, indisponibles lors de nos premiers tests sont-elles à la hauteur d’un Sonos. Bref, faut-il craquer pour HomePod ? Notre verdict ! Nos coups de cœur : - Stéphane : Stephane Zibi Logojoy : https://logojoy.com/ Keren Ann avec le Quatuor Debussy dont le 2 juillet prochain à la Philarmonie de Paris https://www.youtube.com/watch?v=ASnJhOPmVao Didier : L'AirPower Mini Sararoom Chargeur sans fil https://amzn.to/2KfXMeX Olivier : Sonos Beam https://www.sonos.com/fr-fr/home
Après 4 mois d'attente l’HomePod est enfin disponible en France. Apple en-a-t-elle profité pour corriger les défauts que nous avions pointé du doigt ? La version française de Siri peut-elle rivaliser avec à Google Home ou Alexa d’Amazon ? Ses fonctions stéréo, multiroom, indisponibles lors de nos premiers tests sont-elles à la hauteur d’un Sonos. Bref, faut-il craquer pour HomePod ? Notre verdict ! Nos coups de cœur : - Stéphane : Stephane Zibi Logojoy : https://logojoy.com/ Keren Ann avec le Quatuor Debussy dont le 2 juillet prochain à la Philarmonie de Paris https://www.youtube.com/watch?v=ASnJhOPmVao Didier : L'AirPower Mini Sararoom Chargeur sans fil https://amzn.to/2KfXMeX Olivier : Sonos Beam https://www.sonos.com/fr-fr/home
Mardi 2 mai, nous étions au studio pour une nouvelle émission Make It Deep en compagnie d’Aurelian aka KM3 – On en profite pour vous rappeler que nos émissions sont en direct tous les lundis de 19h30 à 21h30 (sauf jours fériés) – Au programme de cette 98e émission : un tour d’horizon des sorties de la semaine, la revue de presse de Leo, le vinyle du pauvre, notre soirée préférée du week-end et une premiere. Et bien sûr, l’invité du jour : KM3, qui a répondu à nos questions et nous a offert un set éclectique et rythmé. Résumé ci-dessous. En première partie d’émission, nous vous présentions notre sélection des sorties de la semaine : le premier EP d’une nouvelle série de releases (Vinyl Only) lancée par le label Cellaa Music, le repress de Wu15 signé Henry Wu et K15 sur Eglo Recordings, la première release du sub-label de la Chinerie, Comic Sans, signée CRK, ou encore le nouveau various de Finest Hour, ainsi que nos coups de coeur cette semaine signés DJ GLC et Rick Sheen. De quoi remplir vos oreilles pour les jours qui viennent. Dans sa revue de presse, Leo vous parlait de la remise du titre d’Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres à Jeff Mills vendredi dernier, de l’ouverture gratuite du Woodfloor de Concrete les mercredis d’été, du festival Into The Valley qui privilégie équité, écologie et artistes locaux ou encore d’un mix réalisé par le multi-médaillé Usain Bolt dans le cadre de l’exposition de la Philarmonie de Paris, “Jamaica Jamaica”. En conclusion, Leo nous présentait le vinyle du pauvre, à 95 centimes, signé Liquid Dope avec le titre “Rock Your” sorti en 1997 sur le fameux label Henry Street Music. Notre invité de la semaine, c’était KM3, digger émérite, DJ et producteur français aux multiples facettes (et instruments). Tout ça est à (re)découvrir juste en dessous. Rendez-vous la semaine prochaine !
Betty Mourão et Antoine Corte recevait le compositeur Grabiel Yared pour une Séance Privée , un retour sur sa carrière et pour nous parler de son concert à la Philarmonie de Paris le 9 Décembre dans le cadre de la 6ième Edition Weekend des Musiques à l'Image. Voir Acast.com/privacy pour les informations sur la vie privée et l'opt-out.
Paris-Alexandrie reçoit aujourd’hui trois musiciens hors pairs : Tamer Abu Ghazaleh, Maurice Louca et Maryam Saleh. Ambassadeurs de l’avant-garde des musiques actuelles arabes tous trois venus du Caire, ils présentent cet automne une petite pépite musicale intitulée Lekhfa. A retrouver en concert le 7 avril 2018 à la Philarmonie de Paris et le 10 juin 2018 au Musée du Quai Branly à Paris. Chronique Grand Ecran Quand Dalida fait son cinéma ! Chronique Lettres Préliminaires pour un verger futur, Karim Kattan, Editions Elyzad, sorti le 17/10/2017 ACTUALITE : Sortie de l'album : Laissez Passer / Toot Ard. Sortie le 10 novembre chez Glitterbeats Soirées-concerts : deux dates à ne pas rater ! le 5 décembre 2017 à la Java (Paris), A night in Sidi Bel Abbès. le vendredi 8 octobre au Centre FGO-Barbara (Paris), Habibi love Playlists : Lekhfa project, Teskar Tebki Lekhfa project, Ekaa Maksour Kamilya Joubran, Ghareeba Toot Ard, Laissez Passer Nadah El Shazly, Afqid Adh-Dhakira Lili Boniche, Alger, Alger EQUIPE Production et Animation : Sarah Melloul, Oumayma Ajarrai Chroniques : Eva Tapiero, Oumayma Ajarrai Réalisation technique : Adel Ittel, Eliott Janon Remerciements à Alvaro Echanove, Eliott Janon et Eva Tapiero.
Événement dans Tout Foutre On Air : le grand, l'immense Jeff Mills est notre invité ce mercredi 8 avril 2015 à partir 21:00 dans le studio de Radio Campus Paris ! Une émission entièrement dédiée à cette légende vivante de la techno mondiale accompagné de Pascale Raynaud et David Calvo. Ensemble, nous parcourrons l'actualité artistique extrêmement riche de Jeff Mills en 2015 à Paris. Pour ne rien gâcher, on vous offrira en exclusivité et en avant-première trois extraits des nouvelles créations de Jeff Mills. Jeff Mills, techno legend et much more. Originaire de Detroit, Jeff Mills est un des musiciens les plus emblématiques de l'histoire de la techno. Originellement dj, il s'oriente rapidement vers la production de musique électronique house puis industrielle. En 1989, il fonde le mythique label Underground Resistance (UR) avec Mike Banks aka. Mad Mike, Robert Hood et Darwin Hall aka. D-Ha. En quelques années ce collectif pose les bases de toute la mythologie du son de Detroit : la techno comme une révolution musicale, influencée par toute l'histoire de la musique noire américaine, sans concession à visée commerciale. L'anti ego trip par excellence. Jeff Mills quitte UR en 1992 alors que le collectif est de plus en plus politisé. Il fonde son nouveau label Axis à New-York puis l'installe à Chicago, où il demeure encore aujourd'hui. Depuis plus de vingt ans, Jeff Mills mène en parallèle une double vie artistique parfaitement singulière parmi les artistes electro. Adulé dans les fêtes techno europééennes et internationales, il y joue ses productions les plus efficaces et dansantes de son label Purpose Maker. Désireux de faire évoluer ses moyens d'expression bien au-delà des dance floors, il s'est mué en designer sonore et concepteur de projets artistiques ambitieux. On pense notamment à la nouvelle version de bande originale qu'il propose au film Metropolis de Fritz Lang (2000) présentée au Centre Georges Pompidou, ou encore à son installation dédiée à Stanley Kubrick lors du festival Sonar de Barcelone (2001). Au fil des années Jeff Mills a souhaité faire évoluer ses créations en décloisonnant la musique électronique pour innover sans cesse : il ajoute la vidéo, travaille sur la technique de synchronisation des images avec le son, joue ses morceaux en live avec plusieurs orchestres symphoniques, se rapproche de la musique expérimentale, de la composition classique, de la danse. Il est aujourd'hui autant dj qu'artiste contemporain, avec comme seule constante l'élégance propre aux plus grands. Duos éphémères : carte blanche à Jeff Mills au Louvre L'année 2015 est d'une richesse exceptionnelle pour Jeff Mills qui proposera à Paris une série d'événements originaux. Tout commence avec une carte blanche que lui a proposé le Musée du Louvre. Nous aurons la chance d'accueillir dans le studio Pascale Reynaud, la programmatrice des Duos éphémères, qui ont vu se succéder des artistes aussi variés que Laurent Garnier et Oxmo Puccino en passant par Mathieu Chédid. Leur ambition commune : mêler musique et art cinématographique. Jeff Mills et Mikhaïl Rudy en duo Le 6 février dernier Jeff Mills et le grand pianiste russe Mikhaïl Rudy ont donné ensemble un concert unique à l'auditorium du Louvre où se sont mêlées musique électronique et improvisation. Ils dépassèrent ensemble le cadre strict de la performance scénique puisqu'ils étaient accompagnés d'images inspirées de L’Enfer, film inachevé d’Henri-Georges Clouzot (1964). Cette soirée exceptionnelle a donné naissance à un album When time splits qui sortira le 21 avril 2015 chez Axis Records et dont Tout Foutre On Air vous proposera un extrait en avant-première dès mercredi soir! Life To Death And Back, un projet global dédié à l'Égypte ancienne Deuxième acte de cette résidence au Louvre, Jeff Mills a écrit, réalisé et mis en musique un film au sein du département des antiquités égyptiennes. Life to death and back est une oeuvre globale dédiée à la thématique du cycle de la Vie, en collaboration avec le chorégraphe Michel Abdoul. Trois danseurs y incarnent à l'écran puis sur scène des divinités égyptiennes qui traversent les salles du Musée en y interprétant les états émotionnels qu'elles leur inspirent, avant de retourner au Royaume des Morts. Jeff Mills ponctue l'ensemble d'une création musicale originale qui atteint des sommets d'émotion quand la synergie avec les images projetées est totale. On a adoré cet hommage si contemporain dédié à une civilisation qui a su transmettre à travers les millénaires les témoignages brillants de ses croyances en l'au-delà. Un projet magnifique sur la temporalité, qui habite complètement le Musée du Louvre qui l'a vu naître. The Last Storyteller : Jeff Mills et David Calvo Jeff Mills et l’écrivain de science-fiction David Calvo détourneront le vendredi 10 avril le film Wunder der Schöpfung (Merveilles de la Création), le film réalisé par Hanns Walter Kornblum en 1925. Cette oeuvre entre science et poésie inspira Stanley Kubrick pour 2001 : Odyssée de l’espace, une des références absolues du fan de science-fiction qu'est Jeff Mills. Nous avons la chance d'accueillir le talentueux David Calvo pour nous présenter le projet. Tout à tour écrivain, dessinateur, scénariste et même game designer, il sera ce soir-là conteur d'une oeuvre résolument originale. Nouvelle exclu, nous vous diffuserons un extrait de la création de Jeff Mills pour The Last Storyteller! Exhibitionist 2, qu'est ce qu'un dj set? Dernier rendez-vous de sa résidence au Louvre, Jeff Mills donnera le vendredi 19 juin Exhibitionist 2 un film et spectacle live avec archives filmées dédié à l'art du djing. Il fait suite à Exhibitionist, un premier opus en 2006 qui présentait le travail de Jeff aux platines avec plusieurs caméras dédiées à l'étude du geste musical du dj. Entre pédagogie et ambition picturale, on à hâte de découvrir ce projet qui rend hommage aux technologies de composition et performance musicale en 2015. 2001: The Midnight zone, Jeff Mills à la Philarmonie de Paris Dans le cadre du weekend Science - Fiction de la Philharmonie de Paris, Jeff Mills donnera le 30-31 mai 2015 un spectacle hommage au 2001 : Odyssée de l'espace de Kubrick. Dans 2001 : the Midnight Zone, cinq humains sont choisis pour faire face au risque d'exctinction de l'espèce, s'installant dans les profondeurs abyssales des océans, là où la lumière du soleil ne parvient pas à pénétrer. On retrouvera sur scène de la Philharmonie 2 le travail chorégraphique de Michel Abdoul au coeur d'un spectacle total qui incluera la vidéo. Dernier cadeau, Jeff Mills nous diffusera en direct un extrait de sa création originale pour 2001 : The Midnight zone. *** C'est Tout Foutre On Air avec Jeff Mills, Pascale Raynaud et David Calvo! C'est 1h30 en compagnie d'un des musiciens électroniques majeurs de notre époque avec une interview en direct et des exclus. C’est ce mercredi 8 avril 2015 de 21:00 à 22:30 en direct sur 93.9FM et en streaming sur le site de Radio Campus Paris Jeff Mills interview Radio Campus Paris
Epidode 2. On s'est permis de revenir sur l'internet parler d'Antonin Artaud, la perception de l'architecture, la Philarmonie de Paris et Hara-Kiri Hebdo. Avec un invité, LeNicolas qui ne sert à rien mais tout de même. Le Top ne s'est toujours pas amélioré. Oh, oui, on parle aussi de PPP.