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O governo sudanês rompeu, esta terça-feira, as relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos que declarou como um "Estado agressor" por, alegadamente, fornecer armas aos paramilitares que lutam contra o exército regular. O anúncio surge um dia depois de o Tribunal Internacional de Justiça se ter declarado "manifestamente incompetente" para julgar a queixa apresentada pelo Sudão contra os Emirados Árabes Unidos por cumplicidade no genocídio no Darfur. Neste programa, Daniela Nascimento, especialista no Sudão, analisa os últimos acontecimentos no país que vive “a pior crise humanitária do mundo” e onde não se prevê um desescalar da situação “num futuro próximo”. Desde Abril de 2023, o Sudão está mergulhado numa guerra civil entre o exército regular, liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido, uma milícia paramilitar sob o comando de Mohamed Hamdan Daglo. Estima-se que o conflito tenha provocado dezenas de milhares de mortes, cerca de 13 milhões de deslocados e a “pior crise humanitária do mundo", de acordo com a ONU.Nos últimos três dias, as Forças de Apoio Rápido têm realizado ataques de drones contra várias infra-estruturas em Porto-Sudão, sede provisória do governo sudanês, o qual acusa os Emirados Árabes Unidos de fornecerem armas aos paramilitares. Entretanto, o Tribunal Internacional de Justiça manifestou-se “incompetente” para julgar a queixa de Cartum que acusa Abu Dhabi de cumplicidade no genocídio no Darfur.Esta terça-feira, o governo sudanês cortou relações diplomáticas com os Emirados, mas a investigadora Daniela Nascimento diz que “o impacto não será significativo” a nível económico. Já do ponto de vista político, “a acusação muito grave de estar a pactuar, a colaborar e a financiar o genocídio no Darfur deixará algumas marcas”, mesmo que os Emirados Árabes Unidos o neguem.RFI: Qual é a implicação da monarquia petrolífera dos Emirados Árabes Unidos na guerra que está a devastar o Sudão há dois anos?Daniela Nascimento, Professora de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra: “O envolvimento tem sido reportado recorrentemente desde o início desta guerra, por via do apoio que tem sido dado do ponto de vista militar às Forças de Apoio Rápido. Grande parte desta investida militar por parte deste grupo paramilitar que confronta e que contesta também o controlo e o poder das Forças Armadas sudanesas tem sido muitíssimo impulsionado e promovido por actores externos ao conflito. No caso dos Emirados Árabes Unidos, esse envolvimento tem sido referido sistematicamente pelo general al-Burhan em vários momentos do conflito, sendo que os acontecimentos dos últimos dias remetem para o fornecimento de drones e armamento militar que esteve implicado nos ataques em Porto-Sudão, capital de facto do governo do exército sudanês liderado pelo general al-Burhan, e que vem reforçar esta acusação de que os Emirados Árabes Unidos têm estado directamente investidos no apoio às Forças de Apoio Rápido e, obviamente, considerando-os como uma parte do conflito. Foi isto também que motivou a queixa do Sudão junto do Tribunal Internacional de Justiça, acusando os Emirados Árabes Unidos de estarem a apoiar aquilo que consideram ser um genocídio em curso, sobretudo na região do Darfur.”O Tribunal Internacional de Justiça disse que é “manifestamente incompetente” para julgar a queixa. Como é que vê a resposta deste tribunal? “É a resposta possível, tendo em conta as circunstâncias e o enquadramento que permite ao Tribunal Internacional de Justiça actuar. Aquilo que foi referido sobre esta decisão do Tribunal Internacional de Justiça é muito claro: no momento de ratificação da Convenção para a Prevenção e Sanção do Crime de Genocídio por parte dos Emirados Árabes Unidos em 2005, tendo em conta aquela que é a margem de manobra que é dada aos Estados no momento de ratificar importantes tratados internacionais, nomeadamente na área dos direitos humanos, os Emirados Árabes Unidos fizeram uma reserva no momento da ratificação, referindo que esta ratificação não abriria a possibilidade ao Tribunal Internacional de Justiça de julgar casos em que os Emirados Árabes Unidos fossem acusados por outro Estado. Porque é assim que o tribunal funciona, com queixas de Estados contra Estados relativamente à participação em crimes de genocídio. Portanto, a sua adesão a esta Convenção foi sobretudo numa lógica de uma certa assunção de responsabilidade na dimensão de prevenção de crimes de genocídio, mas sempre que os Emirados Árabes Unidos fossem implicados - como está agora a ser o caso - em acusações de alegados crimes de genocídio, o Tribunal Internacional de Justiça não tem jurisdição para julgar esses casos.”Porque é que o Sudão é importante para os Emirados Árabes Unidos? Há quem fale do ouro, não é? “Sim. É, sobretudo, o acesso facilitado aos recursos naturais, a recursos importantes, e é também um interesse do ponto de vista de alguma influência e controlo do ponto de vista regional, do ponto de vista territorial, também numa zona que tem sido sempre bastante disputada.”Há quem diga que os Emirados também buscam combater a influência saudita no Sudão e conter a ascensão do islamismo político e da Irmandade Muçulmana…“Exactamente. Era outra ideia que queria partilhar porque há aqui uma tensão também do ponto de vista daquelas que são as influências das diferentes partes envolvidas neste conflito: as forças sudanesas e as Forças de Apoio Rápido, sendo que historicamente os regimes militares no Sudão têm tido um apoio significativo da Arábia Saudita e, inclusivamente, noutros contextos de instabilidade e de violência, nomeadamente no Iémen, foram sendo também reportadas situações de envolvimento de tropas sudanesas, por exemplo, em apoio àquela que é também a luta da Arábia Saudita contra os hutis no Iémen.Há aqui toda uma dinâmica regional bastante mais ampla e que favorece a oportunidade a estes actores regionais que se vão implicando nestes contextos. Não são os únicos, podemos falar do Egipto, do Sudão do Sul ou do Uganda em algum momento que servem de factores de desestabilização acrescida. E, obviamente, esta desestabilização tem um propósito de algum tipo de contrapartida e de benefício, seja ele político, seja ele económico e material.”Uma parte significativa do ouro extraído no Darfur seria exportada para os Emirados Árabes Unidos. Abu Dhabi é um grande centro de comércio de metais preciosos no mundo. Com este corte das relações diplomáticas, como é que fica a questão do ouro sudanês que ia para os Emirados? “O impacto não será significativo. O facto de ter cortado relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos não vai necessariamente ter este impacto directo na continuidade de um apoio, eventualmente, menos explícito, sendo que não é necessariamente assumido. Os Emirados Árabes Unidos têm negado. Convém ressalvar isso.”Os Emirados Árabes Unidos desmentem qualquer implicação…“Mas a verdade é que a dinâmica no terreno - e tendo em conta a imensa instabilidade - este reforço da posição militar das Forças de Apoio Rápido com estes ataques a Porto-Sudão, que permitiram uma espécie de entrada numa região que estava supostamente controlada pelas Forças Armadas sudanesas, vai continuar a permitir, quanto mais não seja por baixo da mesa, que o ouro continue a circular, enquanto as Forças de Apoio Rápido considerarem que esse apoio lhes é bastante favorável.O acesso aos recursos será garantido a partir do momento em que as forças controlam uma parte significativa do território onde estas reservas se concentram. Essa possibilidade irá manter-se até que haja efectivamente uma mudança significativa do rumo do conflito e se consiga, eventualmente um desescalar da violência e se encontre um caminho alternativo para esta situação.”Disse que o impacto deste corte de relações diplomáticas não será significativo a nível económico ou a nível de circulação do ouro. A outros níveis haverá alguma consequência? “É difícil fazer essa cenarização. De facto, acho que há um objectivo político de marcar uma posição política por parte do governo sudanês, mesmo no que toca a um potencial envolvimento dos Emirados Árabes Unidos numa eventual solução de apaziguamento deste conflito porque isso também tem sido colocado em vários momentos.Houve aqui uma tomada de posição política. Tem havido várias tentativas de colocar essa pressão sobre os Emirados Árabes Unidos no sentido de fragilizar a posição das Forças de Apoio Rápido, mas, obviamente, também temos de ter aqui em consideração que as Forças de Apoio Rápido não se fazem valer apenas do apoio dos Emirados Árabes Unidos. Há outros actores que também têm estado bastante investidos nesse apoio e que têm os mesmos interesses de acesso a estes recursos. Por exemplo, o Grupo Wagner de que não se fala tanto, mas também tem tido um papel importante.Do ponto de vista político, do ponto de vista daquilo que é a imagem dos Emirados Árabes Unidos, fica aqui esta marca de uma ligação muito directa entre aquilo que está a acontecer no Sudão - este cenário de violência – e uma acusação muito grave que é a de estar a pactuar, a colaborar e a financiar o genocídio no Darfur, o que inevitavelmente deixará algumas marcas.”Ainda que, mais uma vez, os Emirados Árabes Unidos desmintam qualquer implicação?“Claro que sim. Faz parte, obviamente, das dinâmicas político-diplomáticas de não assumir directamente o envolvimento em situações que são consideradas situações graves, em que se têm cometido actos de violência muito significativos, em que há esta acusação de um crime particularmente grave e que, do ponto de vista da condenação internacional, é particularmente simbólico e importante. Ou seja, esta ideia do genocídio tem uma carga - dirão alguns que se calhar essa carga já se perdeu também, tendo em conta os acontecimentos noutros contextos do globo - mas não deixa de ter uma carga importante do ponto de vista da responsabilidade que incute sobre a comunidade internacional. Portanto, inevitavelmente, a postura dos Emirados Árabes Unidos será sempre de negar esse envolvimento directo para também não fragilizar a sua posição noutros contextos políticos e geopolíticos e económicos.”Para quando e em que circunstâncias o desescalar do conflito?“Não o prevejo para um futuro próximo. Houve quem considerasse que estes últimos desenvolvimentos no Sudão, nomeadamente o retomar do controlo da capital, há uns meses, por parte das Forças Armadas sudanesas, pudesse ter como efeito alguma fragilização do papel das Forças de Apoio Rápido, alguma desmotivação ou falta de condições para continuar esta guerra. Enquanto as duas partes sentirem que têm a ganhar em continuar esta guerra, dificilmente se conseguirá uma via de entrada, uma oportunidade séria, para um cessar-fogo que possa permitir condições para se iniciar um processo negociado. Independentemente dos cenários possíveis que têm sido suscitados até no sentido de uma eventual secessão da região controlada pelas Forças de Apoio Rápido, nomeadamente o Darfur. Há aqui vários cenários que têm sido colocados em cima da mesa para uma espécie de via de resolução deste conflito. A meu ver, ainda não estão efectivamente criadas as condições para que isso aconteça. Também não antevejo aqui grande vontade, por parte de grandes actores do sistema internacional ou organizações com alguma capacidade de intervenção até mais musculada, para que isso aconteça. Enquanto o Sudão se mantiver um bocadinho fora do radar mediático da agenda internacional, dificilmente se conseguirá este apaziguamento, essa desescalada da situação no Sudão, infelizmente. Continuaremos aqui a ter meses de intenso confronto militar com os custos humanos dramáticos e terríveis que temos tido no Sudão.”
No Sudão, esta sexta-feira, o exército anunciou ter retomado o controlo do Palácio Presidencial em Cartum que estava nas mãos das Forças de Apoio Rápido, há mais de dois anos, desde o início da guerra civil que provocou a maior crise humanitária do mundo. Esta é “uma guerra pelo poder” entre o chefe do exército, Abdel Fattah al-Burhan, e o comandante das Forças de Apoio Rápido, o general Hemedti, explica a especialista no Sudão, Daniela Nascimento, para quem a reconquista do Palácio Presidencial do Sudão “não significa necessariamente início do fim da guerra”. RFI: O que significa a retoma do controlo do Palácio Presidencial pelas forças do exército?Daniela Nascimento, Professora de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra: “Não sabemos exatamente o que significa, no sentido em que o controlo do Palácio Presidencial - que é obviamente importante do ponto de vista daquela que tem sido a estratégia militar das Forças Armadas sudanesas contra as Forças de Apoio Rápido com quem disputam o poder nos últimos quase dois anos - é um passo apenas no sentido de retomar o controlo da totalidade do território sudanês. É obviamente importante, mas as implicações desta reconquista, por assim dizer, ficam ainda por esclarecer porque dependerá da forma como as Forças de Apoio Rápido também responderão a esta perda de controlo de uma parte importantíssima do território porque simbolicamente o Palácio Presidencial é a representação do poder. Portanto, teremos agora que aguardar qual será o desenvolvimento e a resposta a esta alteração naquilo que é o jogo militar entre as duas partes.”Este pode ser o início do fim da guerra? Está confiante? “São um pouco mais pessimista. Não considero que este seja o início do fim do conflito, no sentido em que os últimos desenvolvimentos nesta guerra que, de alguma maneira, também permitiram este passo importante na tomada do controlo do Palácio e da capital sudanesa, nos dão alguns indícios de que do lado das Forças Armadas sudanesas, e em particular do general al-Burhan, não parece haver grande vontade de negociar um eventual cessar-fogo ou criar condições para um eventual cessar-fogo, partindo exactamente desta posição mais privilegiada agora do ponto de vista deste controlo territorial. Aqui há umas semanas, um mês talvez, o general al-Burhan tinha anunciado - também na sequência de uma conquista importante de uma parte do território da capital, Cartum - a sua decisão de criar aquilo a que se chama um governo tecnocrático que iria ficar responsável pela gestão do país em tempo de guerra e que isso serviria também para alavancar aquela que era a sua estratégia de reconquista do controlo do país. Mas deixou muito claro, nessa altura, que não iria haver qualquer tipo de inclusão das Forças de Apoio Rápido e do General Hemedti neste processo, a não ser que se alterassem as condições militares e estratégicas no território. Portanto, pode ter até o efeito contrário, no sentido em que as Forças de Apoio Rápido podem usar esta derrota no sentido de se reforçar. Reforçar trincheiras e levar a um recrudescimento da resposta militar. Não nos podemos esquecer que, do ponto de vista militar, as Forças de Apoio Rápido são fortes e conseguiram manter uma posição importante nesta guerra durante estes últimos dois anos, em virtude também de um apoio que tem tido de forças externas, nomeadamente o Grupo Wagner.”Quem são estas Forças de Acção Rápidas e como é que elas têm conseguido controlar quase todo o Oeste do país? “Há aqui uma circunstância muito particular que é o de estas Forças de Apoio Rápido, lideradas pelo General Hemedti, serem forças que foram criadas há anos e estiveram até envolvidas naquele que foi um episódio dramático da vida do Sudão - o genocídio no Darfur em 2003. O general Hemedti foi um dos responsáveis pelo genocídio no Darfur, patrocinado pelo então Presidente Omar al-Bashir. Desde essa altura que estas forças se mantiveram com alguma capacidade de intervenção militar no território sudanês.Com a queda do regime de al-Bashir em 2019, em resultado das várias manifestações até da sociedade civil e que contaram com o apoio do Exército, com o apoio do general al-Bhuran, e desta figura que, entretanto, se foi destacando que é o general Hemedti…”Aliados na altura, não é?“Exatamente, que se aliaram numa primeira fase, num processo que idealmente teria dado lugar a um processo de transição democrática, de transição do poder militar para o poder civil, portanto de criação de um governo civil no Sudão, que era a vontade da maioria da população. Os militares alinharam com esse objectivo, mas a dada altura afastaram-se desse processo e boicotaram-no, assumindo novamente o controlo militar do país em 2023. É nessa altura que estas duas figuras se desentendem também do ponto de vista daquilo que era a sua ideia de poder e, sobretudo, do papel e do lugar que estas Forças de Apoio Rápido poderiam vir a ter no quadro das Forças Armadas sudanesas. Desde essa altura escalou-se para uma guerra civil com dois líderes que disputam o poder a todo o custo, numa guerra brutal, que criou aquela que é considerada, pelas Nações Unidas, como uma das maiores crises do momento. E, portanto, nós estamos aqui claramente com dois lados com uma capacidade militar significativa.Esta reconquista importante pelas Forças Armadas sudanesas pode ter aqui efeito de reajuste da estratégia militar de ambos os lados, mas, a meu ver, não significa necessariamente que seja o início do caminho para o fim da guerra.” Falou na maior crise humanitária do mundo, algo que foi reconhecido pela ONU. Como é que está a população e o país, dois anos depois do início desta guerra? “Está numa situação dramática. Do ponto de vista da crise de deslocação forçada, da crise alimentar, as consequências desta guerra têm sido devastadoras. Estamos a falar de milhões de pessoas deslocadas e directamente afectadas por esta guerra. Condições de segurança muitíssimo frágeis, que impedem inclusivamente as organizações humanitárias, em particular as organizações internacionais de âmbito humanitário, de actuar no terreno. Quer dizer, em termos de números, os números são assustadores. Estamos a falar de cerca de 13 milhões de pessoas forçadas a deslocar-se, quase 10 milhões de deslocados internos, milhares de refugiados que se vêem forçados a fugir para países vizinhos, onde as condições de segurança, de estabilidade, de sobrevivência, não são as melhores: o Sudão do Sul que também tem uma guerra; o Chade, que vive ainda um período de bastante instabilidade. É, de facto, uma situação devastadora.”Mais a fome, não é?“Mais a fome. É das maiores crises de fome da actualidade e dos últimos anos, que obviamente se agravará na sequência destes últimos desenvolvimentos do ponto de vista de política norte-americana e de corte significativo nos fundos. É uma situação dramática do ponto de vista humanitário, a que acrescem também situações absolutamente trágicas do ponto de vista de violações sistemáticas dos direitos humanos. As acusações de alegadas campanhas de limpeza, de genocídio até, na região do Darfur, pelas Forças de Apoio Rápido, são várias e têm sido reportadas por inúmeras organizações.”E depois vão-se encontrando valas comuns…“Exactamente. É uma guerra pelo poder que se faz à custa claramente da população civil, que é usada como arma de guerra, como alvo, como moeda de troca e que coloca a população sudanesa, mais uma vez, numa situação absolutamente dramática do ponto de vista humanitário e das violações a que tem sido sujeita. Há relatos de violação como arma de guerra contra mulheres, meninas e até bebés. Os últimos relatos de organizações humanitárias dão-nos conta de violação de crianças com menos de um ano, o que é, obviamente, uma campanha de terror que é levada a cabo no contexto da guerra no Sudão.”No meio deste terror e desta guerra de poder, qual é a solução para o conflito? “A solução para o conflito - para este e para tantos outros que nunca estão claramente ou parecem nunca estar no centro das prioridades - é o apoio por parte dos actores externos, no sentido de se conseguir um cessar-fogo. Ou seja, tentar chamar as partes à negociação, tentar que efectivamente se baixem as armas e se inicie um processo negocial que permita efectivamente condições para que a guerra tenha fim e que se inicie um processo de transição, de reconstrução pós-violência e que, de alguma maneira, coloque no centro das prioridades as expectativas muito legítimas de paz da população do Sudão e não as condições das partes beligerantes. Eu sei que isto pode parecer um pouco utópico, inviável, mas verdadeiramente uma guerra com esta dimensão - uma guerra com estes contornos, que é semelhante a outras guerras com as mesmas características e para as quais tem sido extremamente difícil chegar a um fim formal da guerra como ponto de partida para o fim verdadeiramente estrutural da guerra e criação de condições para a paz justa - parece-me que esse investimento sério, do ponto de vista de criação de condições para cessar-fogo e, a partir daí, condições para a paz, é essencial. Mas isso implica, obviamente, vontade política também de quem tem alguma capacidade de influenciar estas dinâmicas de violência, de assumir essa posição e esse compromisso. Pouco se fala de organizações regionais envolvidas na tentativa de resolução. As várias tentativas que tivemos, neste caso, falharam em grande medida também por ser difícil convencer as partes a negociar, mas tem que haver pelo menos tentativa e iniciativa nesse sentido, caso contrário, entramos numa espiral de guerra que nunca termina.”A agenda diplomática mundial é dominada por outras guerras, mas dá a ideia que não se fala do Sudão. Há guerras de primeira e de segunda? Por que é que não se fala do Sudão? Ou tão pouco? “Não se fala do Sudão, não se fala do Sudão do Sul, não se fala de tantas outras realidades de violência. Pouco se tem falado, por exemplo, na guerra e na instabilidade que se tem visto também recrudescer na zona dos Grandes Lagos, no Congo, onde têm morrido milhares de pessoas. Pouco ou nada se fala sobre essas situações de violência e de guerra. Isso explica-se pela falta de importância política, de importância estratégica de muitos destes conflitos relativamente àquelas que são as prioridades de agenda dos actores com mais capacidade de se afirmarem e de investirem nestes contextos.Estamos claramente com as atenções focadas na Ucrânia - e bem, ou seja, não significa que deixe de se falar e de se investir na paz na Ucrânia - mas isso não pode ser à custa da negligência e do esquecimento, do ignorar de circunstâncias de guerra que são igualmente dramáticas e, eventualmente, até mais, com consequências humanas mais devastadoras neste momento e que exigiria, obviamente, um reequilibrar das atenções políticas e mediáticas destas guerras. O Sudão já foi muito importante na agenda internacional. Deixou de ser importante a partir do momento em que há um acordo de paz entre o Norte e o Sul em 2005. A partir desse momento, nem a guerra no Sudão do Sul interessou ou importou aos actores que estiveram tão investidos na tentativa da busca de paz no Sudão. Parece-me que há aqui esta circunstância infeliz de estarmos perante uma guerra em contextos que verdadeiramente não interessam à maioria dos actores da comunidade internacional.”
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Você já ouviu falar sobre como o grupo Wagner se tornou um fenômeno cultuado na China? Neste vídeo, eu analiso como Prigozhin e seus mercenários passaram de figuras controversas na Rússia para modelos admirados por blogueiros militares chineses. Vamos explorar o impacto desse grupo em debates sobre segurança privada e como isso reflete as ambições e os dilemas de Pequim em um mundo cada vez mais polarizado. Será que a China está criando o seu "Grupo Wagner"? O que isso significa para a Nova Rota da Seda, a segurança de seus cidadãos no exterior e as tensões globais? Se você quer entender as conexões entre Rússia, China e o cenário internacional, não perca! Esse vídeo está recheado de informações e insights sobre geopolítica que vão te surpreender. Assista agora e compartilhe sua opinião nos comentários!
Donald Trump tomou posse como 47.º Presidente dos EUA, levantando incertezas quanto à política externa, especialmente com o continente africano. No seu primeiro mandato, Trump mostrou pouco interesse pelo continente africano. O docente da Escola Superior de Relações Internacionais da Universidade Joaquim Chissano, Calton Cadeado, acredita na manutenção do status quo nas relações EUA-África e observa a saída dos EUA da OMS e do Acordo de Paris como um reforço da postura unilateral de Donald Trump. RFI: Donald Trump descreveu o início da sua gestão como uma "era dourada", prometendo apostar na prosperidade americana. Por outro lado, diversos líderes africanos manifestaram interesse em fortalecer os laços com os EUA, destacando esperanças em parcerias económicas e cooperação mútua. O que se pode esperar das relações entre os Estados Unidos e o continente africano nos próximos quatro anos?Calton Cadeado: À primeira vista, é esperar mais do mesmo. Não há grandes alterações. Uma grande evidência disso é o número de convidados africanos que não estão presentes nos eventos presidenciais. Isso já diz algo, porque a África nunca foi uma prioridade para os Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump. Isso ficou ainda mais explícito no passado, e não há muita expectativa de que isso venha a mudar.Em que medida a política de Donald Trump pode travar o desenvolvimento e as relações entre os Estados Unidos e a África?Não vejo possibilidade de travar as relações entre os Estados Unidos e a África. Vejo uma continuidade do que já está em curso. Por isso digo: mais do mesmo. Há, por exemplo, algum receio de que projectos como o corredor do Lobito, em Angola, sejam interrompidos. Mas não acredito que os Estados Unidos abandonarão a política de apoio a questões de saúde, por exemplo. Também não vejo os Estados Unidos a desistirem de alargar a sua presença no continente africano por meio do AFRICOM, algo que, apesar de difícil de concretizar, continua relevante. Além disso, abandonar completamente o continente africano significaria abrir espaço para a China e a Rússia, que estão activamente à procura de fortalecer as suas influências.Mas quando Donald Trump anuncia a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS), isso terá inevitavelmente consequências à escala global, mas também para o continente africano?De facto, essa saída simboliza um ataque ao multilateralismo, algo que já se esperava de Donald Trump. No entanto, é importante considerar o lado bilateral das relações, que ele provavelmente vai tentar manter. Sair completamente seria uma tragédia para as ambições geopolíticas americanas. Por outro lado, Trump pode simplesmente ignorar políticas que Joe Biden implementou e que foram bem recebidas em África, como a defesa de uma maior presença africana no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Essa é uma questão que Donald Trump provavelmente não discutirá, como já ficou evidente nos seus discursos. Outro aspecto importante são as cimeiras entre os Estados Unidos e a África, cuja realização permanece incerta. Mas, se não acontecerem, não será uma surpresa, pois já é o que se espera de Donald Trump.O que pode acontecer caso essas cimeiras não se realizem nos próximos quatro anos?Está claro que, para os Estados Unidos sob Donald Trump, a África não é uma prioridade. A menos que algo extraordinário aconteça no continente, Trump dificilmente gastará recursos em iniciativas como as cimeiras EUA-África, especialmente se essas acções não trouxerem benefícios económicos directos para os Estados Unidos.Em que medida, China e Rússia podem capitalizar um possível recuo dos Estados Unidos no continente africano?Quando Joe Biden fez a visita histórica a Angola, no contexto do corredor do Lobito, muitos interpretaram isso como um colapso da influência russa em África. Contudo, a Rússia, devido à guerra na Ucrânia, enfrenta dificuldades económicas e políticas que limitam a sua acção no continente. Já a China parece mais bem posicionada para capitalizar qualquer recuo dos Estados Unidos. No entanto, é difícil medir os resultados a curto prazo, pois são apenas quatro anos, e mudanças significativas ou estratégicas não são esperadas nesse período.Por que motivo disse que a Rússia está a perder presença em África?A guerra na Ucrânia tem impactado severamente a economia russa, e já existem sinais claros de que o país enfrenta desafios significativos. Isso lembra o colapso da URSS, que também enfrentou dificuldades económicas semelhantes. Além disso, a Rússia está cada vez mais focada em questões internas e em alianças estratégicas próximas das suas fronteiras. O grande braço da política externa russa, o Grupo Wagner, também se encontra fragilizado. Actualmente, parece que a Rússia está mais preocupada em proteger a sua segurança interna do que expandir a sua influência externa.Donald Trump gerou indignação ao usar termos depreciativos para se referir a países africanos. Essa retórica ainda influencia a percepção e as relações diplomáticas?As relações diplomáticas têm um histórico importante. Em Moçambique, por exemplo, há uma percepção de que as relações com os republicanos sempre foram boas, ao contrário dos democratas. Contudo, a retórica de Trump reforça a desconfiança e o cepticismo em relação à hegemonia americana. Essa visão é amplificada pelo nacionalismo de Donald Trump, que prioriza abertamente os interesses dos Estados Unidos, mesmo que isso prejudique outros países.Acredita que a OMS pode sobreviver à saída dos Estados Unidos?Esse é um grande teste para a OMS, que sempre dependeu muito dos Estados Unidos como maior contribuinte. A organização precisará de procurar recursos de potências emergentes, mas isso tem um custo elevado. A China, por exemplo, está mais focada em ganhar dinheiro do que assumir a liderança mundial.Como interpreta a saída dos EUA do Acordo de Paris? E de que forma os países africanos podem defender seus interesses climáticos?A saída de Trump do Acordo de Paris era previsível, dada a sua coerência em priorizar os interesses americanos. Para países africanos como Moçambique, isso representa um desafio para se reinventar e procurar parcerias alternativas. É uma oportunidade de reduzir a dependência excessiva dos Estados Unidos e de encontrar soluções internas para lidar com problemas climáticos.
Comité Olímpico Cabo-verdiano reconhece falta de apoio a David Pina, mas diz que problema é generalizado. Jovens moçambicanos debatem impacto das alterações climáticas no país. Ucrânia lamenta corte de relações diplomáticas com o Mali.
Expertos sugieren que el grupo de mercenarios fue absorbido en gran medida por las fuerzas más cercanas a Putin en Rusia.
Diversas informaciones apuntan a que Ucrania estaría combatiendo a mercenarios rusos en Sudán, donde habría mostrado su apoyo al presidente del país en su lucha contra las milicias de las Fuerzas de Acción Rápidas, apoyadas por el Grupo Wagner.
Após a morte de Yevgeny Prigozhin, os milicianos do Grupo Wagner ficaram órfãos, especialmente aqueles que atuavam na África, um dos maiores mercados para a empresa de Prigozhin. Agora, a Rússia busca reestruturar a sua presença no continente africano, dessa vez com um controle estatal muito maior sobre seus combatentes. Qual o futuro do Grupo Wagner?
Governante alemã acusa a Rússia de ser uma ameaça para a região da África Subsariana. Moçambique: Aumenta transporte, venda e consumo de drogas na província de Inhambane. Angola quer mais turistas, mas especialista avisa que não basta só a promoção no exterior.
AMLO se reunió con funcionarios estadounidenses en el Diálogo de Alto Nivel en Seguridad entre México y Estados Unidos, y aquí te contamos los highlights. Los main topics en la agenda del día fueron la migración ilegal, el tráfico de fentanilo, tema que la secretaría de seguridad, Rosa Icela Rodríguez, abordó. También se habló de la extradición de Ovidio Guzmán, el hijo del Chapo. Aunque no hubo grandes promesas, sí hubo diálogos importantes. Un ataque aéreo en Ucrania marcó la segunda peor matanza de civiles desde que inició la invasión rusa. Según las autoridades ucranianas, al menos 51 personas perdieron la vida, entre ellos un niño de seis años. Mientras tanto, Vladimir Putin dio una declaración sorprendente acerca de la muerte del líder del Grupo Wagner. Según una investigación realizada por el Comité de Investigación de la Federación de Rusia, en los cuerpos de las víctimas del incidente aéreo se encontraron fragmentos de granadas de mano. Además…La UNAM anunció que fumigará todos sus planteles y áreas administrativas por las denuncias de una plaga de chinches; un dron cargado de explosivos atacó una ceremonia de graduación militar en Siria; el escritor noruego Jon Fosse fue anunciado como ganador del Premio Nobel de Literatura 2023; y un perro del presidente Joe Biden Commande fue expulsado de la Casa Blanca por morder al personal y a oficiales del Servicio Secreto.Para enterarte de más noticias como estas, síguenos en nuestras redes sociales. Estamos en todas las plataformas como @telokwento. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
La pequeña Charlotte Sena, de 9 años, se encontraba en un picnic con su familia en el parque estatal Moreau Lake y desapareció sin dejar rastro. Autoridades la buscan por cielo y tierra. Esto es lo que se sabe.En otras noticias: Donald Trump compareció en corte en Manhattan por los cargos de fraude por inflar el monto de su riqueza. Aquí todos los detalles.La Corte Suprema dejó abierto el camino para la candidatura presidencial de Donald Trump al rechazar una demanda en contra.Bob Menéndez y su esposa enfrentarán juicio el próximo febrero de 2024.El senador Matt Gaetz busca destituir a Kevin McCarthy como presidente de la Cámara acusándolo de tener un acuerdo secreto con Biden.Decenas de personas resultaron heridas tras el derrumbamiento del techo de una iglesia en Tamaulipas en medio de una ceremonia de bautizos.
El podcast de Farid Kahhat para suscriptores analiza las noticias internacionales más importantes de los últimos días. Hoy Farid nos cuenta sobre la condena contra uno de los líderes del asalto al Capitolio en los Estados Unidos, el ataque yihadista que dejó medio centenar de muertos en Burkina Faso y la decisión del Reino Unido de declarar al Grupo Wagner de Rusia como “terroristas”. Además, nos brinda un análisis sobre los avances de la contraofensiva ucraniana en la guerra contra Rusia. También puedes ver este podcast en YouTube: https://youtu.be/c5gp2lVSGbg Si quieres tener acceso a todos los episodios de este podcast exclusivo, puedes suscribirte a Comité de Lectura usando este link: https://comitedelectura.pe/pages/registrate
Junto a Xavier Colás y Pedro Rodríguez repasamos lo que se sabe y lo que se desconoce del accidente que acabó con la vida del líder del Grupo Wagner, Prigozhin.
Autoridades rusas oficializaron la muerte de Yevgeny Prigozhin, líder de la organización paramilitar grupo Wagner. Según la versión del Gobierno ruso, el avión en el que viajaba Prigozhin se estrelló al norte de Moscú. Ahora, ante la falta de un líder, ¿quién podría ponerse a la cabeza de ese grupo de mercenarios? Carmen Aristegui charla con la columnista de asuntos internacionales Frida Ghitis sobre este tema.Para conocer sobre cómo CNN protege la privacidad de su audiencia, visite CNN.com/privacidad
- Revelan mega desfalco de 15 mil millones de pesos en el ISSSTE - “Alito” Moreno ensaya madruguete y hoy define el destino de Beatriz Paredes - Putin le hace el fuchi a un entierro… el del líder del Grupo Wagner
Una declaración del presi nacional del PRI, Alito Moreno, desató especulaciones sobre la posibilidad de que la candidata Beatriz Paredes se baje de la contienda interna del Frente Amplio por México. Un exmilitar que fue condenado por asesinar al cantautor chileno Victor Jara, se quitó la vida antes de su detención. Además… el líder fallecido de Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, fue sepultado en una ceremonia privada; Grecia continúa enfrentando el mayor incendio forestal jamás registrado en la Unión Europea; Francia prohibió que las estudiantes vayan a las escuelas vestidas con abayas ―pssst, la túnica musulmana que cubre todo el cuerpo―; al menos 200 swifties guatemaltecos fueron estafados por agencias de turismo mexicanas y en Ticino, un pueblito argentino en la provincia de Córdoba, encontraron la manera de generar energía limpia con cáscaras de cacahuate. Para enterarte de más noticias como estas, síguenos en nuestras redes sociales. Estamos en todas las plataformas como @telokwento. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
El miércoles pasado los medios de comunicación rusos informaron que Yevgueni Prigozhin, jefe de la milicia mercenaria Wagner, murió a bordo de su avión privado cuando se estrelló sobre la provincia de Tver, a medio camino entre Moscú y San Petersburgo. Junto a él viajaban otras diez personas que también formaban parte de Wagner, entre ellos se encontraba Dimitri Utkin, fundador de la empresa y su mano derecha. La agencia de aviación rusa no ha proporcionado hasta la fecha ninguna causa del accidente, de ahí que desde entonces proliferan las conjeturas sobre el origen del siniestro. Los hay que aseguran que el aparato fue derribado por una batería antiaérea desde tierra mientras que otros creen que estalló una bomba escamoteada en el interior de la aeronave. Prigozhin alcanzó relevancia mundial cuando a finales de junio se rebeló contra el Gobierno de Putin, se apoderó de la ciudad de Rostov del Don y envió una columna armada contra Moscú. La operación fracasó y Prigozhin acordó con Putin exiliarse en Bielorrusia. Desde entonces poco se ha sabido de él. Hace unos días publicó un vídeo en el que indicaba que el Grupo Wagner abandonaría Ucrania y se centraría en África, donde esta organización ha sido acusada de cometer crímenes contra la humanidad. La desaparición de Prigozhin no ha sorprendido a nadie. Quienes desafían el poder de Putin suelen morir prematuramente. Los envenenamientos o las caídas “accidentales” desde un balcón son un método habitual para librarse de personajes incómodos. Prigozhin fue mucho más lejos haciendo de su rebelión algo público y conocido en todo el mundo. Durante semanas entre finales de junio y principios de julio se hicieron cábalas sobre su destino final. Muchos se preguntaban por qué no había sido encarcelado o directamente ejecutado, pero Putin guardaba silencio. Nadie entendía cómo podía seguir en libertad moviéndose de aquí para allá después de haber dado un golpe de Estado. En Ucrania los mercenarios de Wagner se han hecho tristemente famosos. Allí desde que empezó la guerra su papel ha sido muy importante. Con su ejército en la sombra bien equipado, entrenado y con muchos de sus efectivos reclutados en prisiones rusas, Prigozhin se ofreció a Putin para algunas de las batallas más duras como la de Bajmut, que se extendió durante varios meses y que costó a la compañía miles de bajas. El Kremlin pagaba puntualmente, casi mil millones de dólares durante el primer año de guerra según confesó el propio Putin, y dejaba una amplia autonomía a los mercenarios, que no dependían del ministro de defensa, sino directamente de la presidencia. En Ucrania perpetraron un rosario de atrocidades que las autoridades ucranianas han denunciado exigiendo responsabilidades. Pero las actividades del Grupo Wagner no se limitaban a Ucrania. La organización nació para apoyar las intervenciones militares rusas en lugares como Siria. De ahí dieron el salto al continente africano. Su presencia se deja sentir desde hace más de cinco años en lugares como la República Centroafricana, Malí, Burkina Faso o, más recientemente, en Níger, donde hace unas semanas un grupo de militares derrocó al presidente. África se había convertido en algo parecido a una hucha para Wagner. Prestan servicios de seguridad a los Gobiernos de aquella región y explotan minas. Para el Kremlin era un negocio redondo porque no tenían que exponerse directamente, pero participaban del festín. Tras el intento de golpe de Estado del 24 de junio, el Kremlin intentó transmitir calma y continuidad. El ministro de Asuntos Exteriores, Sergei Lavrov, viajó a África y dijo a los gobiernos de la región que el papel del Grupo Wagner seguiría siendo el mismo. La incógnita ahora es si Wagner sobrevivirá como empresa o será absorbida por otras contratas militares con las que trabaja el Kremlin. En La ContraRéplica: - Jennifer Hermoso - La ley del solo sí es sí - La emigración en Argentina · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ #FernandoDiazVillanueva #prigozhin rusia Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
En este episodio: Discutimos en detalle la muerte de Yevgeny Prigozhin y la cúpula del Grupo Wagner, pero más que nada, analizamos las consecuencias e implicaciones de este evento, tanto para Rusia, como África y Ucrania; Les comento brevemente sobre la Cumbre Anual de los BRICS
- Reportan escasez de vacuna BCG contra la tuberculosis - Suprema Corte saca de la parálisis al Instituto Nacional de Transparencia - Líder del grupo Wagner iba en avión que se estrelló al norte de Moscú
Con Toni Bolaño, Javier Caraballo y Casimiro García-Abadillo analizamos la actualidad política. El fundador del Grupo Wagner, Yevgeni Prigozhin, viajaba a bordo de un avión privado que se ha estrellado este miércoles en la región rusa de Tver, al norte de Moscú, según ha confirmado la agencia federal de aviación de Rusia, después de que las autoridades diesen por muertos a los siete pasajeros y los tres tripulantes.
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A agenda do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, anda agitada. Movimentos que sinalizam uma preocupação das Forças Armadas com um desgaste de imagem. Isso após os últimos desdobramentos políticos e policiais envolvendo nomes da caserna. Ouça no Cinco Minutos de hoje (24). Ainda neste episódio: CPMI pode votar quebra de sigilo de Carla Zambelli e líder de Grupo Wagner é morto em acidente aéreo, diz governo russo. Apoie o jornalismo independente. O Antagonista está concorrendo ao prêmio IBEST 2023. Categoria 'Canal de Política' vote: https://app.premioibest.com Categoria 'Canal de Opinião' vote: https://app.premioibest.com Contamos com a sua ajuda para trazer o troféu para casa. Assine o combo O Antagonista + Crusoé: https://assine.oantagonista.com/ Siga O Antagonista nas redes sociais e cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/newsletter-oa Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
En una nueva edición del Rat Pack de Mesa Central, Iván Valenzuela conversó con Angélica Bulnes y Marily Lüders sobre la muerte del jefe del grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, y la próxima reunión Jackson Hole.
Rusia confirma la muerte del líder del Grupo Wagner en accidente aéreo. El discurso que dio en su boda fue crucial para que una mujer volviera a hablar tras derrame. Más de 150 millones personas están en alerta por calor extremo en Estados Unidos.See Privacy Policy at https://art19.com/privacy and California Privacy Notice at https://art19.com/privacy#do-not-sell-my-info.
En una nueva edición del Rat Pack de Mesa Central, Iván Valenzuela conversó con Angélica Bulnes y Marily Lüders sobre la muerte del jefe del grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, y la próxima reunión Jackson Hole.
Yevgueni Prigozhin, el líder del Grupo Wagner, que encabezó una breve rebelión contra el Kremlin en junio pasado, murió luego de que el avión en el que viajaba se estrelló en Rusia. Las causas se desconocen aún, pero en un grupo de Telegram, el grupo de mercenarios aseguró que el jet privado fue derribado por el sistema antiaéreo de Rusia. Esta información no ha sido confirmada. El INAI revivió tras estar inactivo desde abril y ahora podrá sesionar con cuatro comisionados, aunque la ley diga otra cosa. Esto porque la Suprema Corte de Justicia de la Nación votó ayer un proyecto para permitirle salir del coma en el que Morena lo tiene desde hace meses. Además…La titular del MP en Coyuca de Catlán, Guerrero, Patricia Jaquelín Salgado, fue encontrada con vida tras ser secuestrada el 21 de agosto; el abogado personal de Donald Trump, Rudy Guliani, se entregó ayer ante las autoridades de Georgia por intentar alterar los resultados de las elecciones presidenciales de 2020 en ese estado; India logró llegar a la luna con su nave espacial llamada “Vikram”; y Sir Paul McCartney anunció su regreso a México en noviembre.Para enterarte de más noticias como estas, síguenos en nuestras redes sociales. Estamos en todas las plataformas como @telokwento. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Manolo González Moscote, ex corresponsal de CNN en Moscú, habla de la muerte de Yevgeny Prigozhin del grupo WagnerThis show is part of the Spreaker Prime Network, if you are interested in advertising on this podcast, contact us at https://www.spreaker.com/show/4987527/advertisement
La prensa rusa asegura que Yevgeny Prigozhin, líder del grupo mercenario Wagner habría fallecido en un accidente aéreo. Vale la pena recordar que el grupo Wagner intentó un motín en contra del presidente ruso Vladimir Putin.En otras noticias: Rudolph Giuliani, ex asesor de Donald Trump, se entregó en una prisión de Atlanta por el caso del intento de cambiar los resultado de las elecciones presidenciales en Georgia en 2020.Se acerca el debate republicano con la gran ausencia de Donald Trump, esto es todo lo que debe saber al respecto.AMLO exigió respeto a los gobernadores republicanos de Texas y la Florida por las críticas en su contra, además cuestionó sus políticas antiinmigrantes. Ultimo adiós a la niña guatemalteca que fue violada y asesinada en su casa en Pasadena.La tormenta tropical Franklin está afectando a República Dominicana, Haiti y parte de Puerto Rico.
El pasado 26 de julio, hace justo una semana, Mohamed Bazoum, el presidente de la República de Níger, fue destituido y arrestado tras un golpe de Estado que, en principio, se limitó al palacio presidencial. Se constituyó entonces una junta militar capitaneada por el general Abdourahamane Tchiani, que hasta ese momento era el comandante de la guardia presidencial. Al día siguiente el jefe del Estado Mayor del ejército dio públicamente su apoyo al golpe arguyendo que era lo mejor para reconducir el país y evitar una guerra civil. Poco después Tchiani suspendió la actividad de los partidos políticos y el estableció el estado de excepción. Tras la toma del poder por parte de la Junta se produjeron manifestaciones en Niamey, la capital del país, pero no en contra, sino a favor del golpe de Estado. No eran especialmente numerosas, pero se podía ver como los participantes ondeaban banderas rusas expresando de este modo su apoyo al Grupo Wagner y el rechazo hacia la presencia francesa, que es habitual desde que Níger accedió a la independencia en 1960. Durante horas reinó la confusión en la capital. Los manifestantes ocasionaron disturbios frente al parlamento y se produjeron algunos saqueos e incendios. Para entonces la comunidad internacional con la ONU a la cabeza ya había condenado el golpe. Tanto la Unión Africana como la Comunidad Económica de Estados de África Occidental rogaron a Tchiani que restituyese a Bazoum en el cargo y el país regresase a la senda constitucional. El ruego venía acompañado de un ultimátum: o volvía la situación a la normalidad o los países africanos limítrofes tomarían las medidas que considerasen oportunas, incluyendo entre estas medidas las de carácter punitivo. Tchuani respondió al ultimátum sacando a sus partidarios a la calle nuevamente. Este domingo se organizó una manifestación frente a las embajadas de Francia y Estados Unidos en Niamey en la que volvieron a aparecer banderas rusas. Los manifestantes coreaban consignas como “¡No nos importa la Unión Europea y la Unión Africana!” o “¡Abajo Francia, viva Putin!”, al tiempo que pedían a los mercenarios de Wagner que interviniesen a favor de los militares rebeldes. Unas horas más tarde Tchuani suspendió las exportaciones de uranio a Francia y empezó a recibir el apoyo de algunos Gobiernos vecinos como el de Malí y el de Burkina Faso, ambos formados por directorios militares que se hicieron con el poder tras un golpe de Estado. Este de Níger es el séptimo golpe que se produce en el África occidental desde que, hace ahora tres años, un grupo de militares acaudillados por el coronel Assimi Goïta se apoderaron del Gobierno de Malí. La situación en aquella zona es explosiva. Los Gobiernos caen como fichas de dominó en una región castigada por las crisis económicas recurrentes, la emigración y el yihadismo. Es precisamente ahí donde desde hace años viene tomando posiciones el Grupo Wagner. Cooptan a los presidentes locales ofreciéndoles servicios de seguridad o provocan golpes de Estado. Tras ello se hacen con licencias mineras mientras se encargan de mantener a Gobiernos afines a sus intereses. Para Occidente la infiltración de Wagner en el Sahel se ha terminado convirtiendo en un problema ya que de allí provienen algunas materias primas importantes y buena parte de los inmigrantes que tratan de cruzar el Mediterráneo. En La ContraRéplica: - ¿Es el FSB el responsable de los ataques con drones? - El voto útil - Los pactos de investidura · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #niger #wagner Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
Neste episódio, conversamos com o Professor Flávio Lira, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), sobre a Guerra na Ucrânia, o Grupo Wagner e a OTAN. The post Guerra na Ucrânia, Grupo Wagner e OTAN appeared first on Chutando a Escada.
Neste episódio, conversamos com o Professor Flávio Lira, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), sobre a Guerra na Ucrânia, o Grupo Wagner e a OTAN. Para apoiar o Chutando a...
Matias Pinto e Sylvia Colombo dão um pião pela nossa quebrada latino-americana, com destaque para as eleições na Guatemala e a violência das gangues no Equador e Honduras.Filipe Figueiredo faz uma volta pela bacia do Pacífico, com as últimas decisões da Suprema Corte dos EUA.Também seguimos repercutindo as atualizações da invasão russa à Ucrânia, principalmente o motim do Grupo Wagner no final da semana passada!
- Lilly Téllez se baja de la carrera presidencial - Desaparece general ruso que sabía de los planes del Grupo Wagner - Captores de los trabajadores secuestrados en Chiapas hacen un ultimatum - De un día a otro, todos los surcoreanos rejuvenecen
El podcast de Farid Kahhat para suscriptores analiza las noticias internacionales más importantes de los últimos días. Hoy Farid comenta el pedido de la Corte Interamericana de Derechos Humanos a Nicaragua, las denuncias de una experta de la ONU sobre la prisión de Guantánamo y el traspaso de la presidencia de la Alianza del Pacífico. Además, analiza el levantamiento del grupo Wagner en Rusia. También puedes ver este podcast en YouTube: https://youtu.be/h8CkETShar0 Si quieres tener acceso a todos los episodios de este podcast exclusivo, puedes suscribirte a Comité de Lectura usando este link: https://new.comitedelectura.pe/pages/registrate
¡Qué es la que hay! Hoy hablamos sobre los playoffs del BSN (y la cantidad de multas acumuladas esta temporada), el junte del secretario de Salud con el convicto exalcalde Felix 'El Cano' Delgado, la cantidad de vivienda nueva asequible y la Junta de Control Fiscal negándole fondos a la CEE. Luego, zumbamos al Martes de Contingencia con Guarionex Padilla y Esteban Gómez a hablar sobre lo ocurrido este fin de semana con el Grupo Wagner en Rusia y la destitución de Elizabeth Torres y cómo eso afecta al PNP frente al 2024. Para lo último en noticias, siguenos en Facebook, Instagram y Twitter @radioislatv ¡Baja nuestra aplicación en el App Store o Google Play y sintoniza nuestra programación donde quieras!
Hablamos con Ricardo Sáenz de Tejada en Ciudad de Guatemala, Xavier Colás en Moscú y Dori Toribio en Washington
Desde as primeiras ações da invasão russa na Ucrânia, o exército de Moscou tem o apoio do grupo armado de mercenários Wagner – nome que faz referência ao compositor favorito de Adolf Hitler. Nos últimos dias, o chefe do grupo, Yevgeny Prigozhin, anunciou um motim contra as lideranças militares do Kremlin e prometeu uma campanha em direção a Moscou. A ofensiva do até então aliado de Putin foi interrompida com a promessa do governo russo de anistiar os soltados e lideranças que aderiram ao motim, mas não sem consequências para a imagem de Putin. Para explicar os impactos dessa rebelião na política russa e no conflito contra a Ucrânia, Natuza Nery conversa com Tanguy Baghdadi, professor de Política Internacional na Universidade Veiga de Almeida e fundador do podcast Petit Journal . Neste episódio: - Tanguy descreve quem é Prigozhin, suas relações com o alto poder de Moscou e como ele ascendeu até o comando do Grupo Wagner. “Ele fez parece que invadir a Rússia não era tão difícil assim”, afirma; - O professor comenta a situação atual de Putin diante da opinião pública interna e da comunidade internacional: “Pela primeira vez em mais de 20 anos, Putin parece não ser mais intocável”. Mas aposta que o líder russo não vai “cruzar os braços” e que irá trabalhar para reocupar seu status e “esmagar” os opositores; - Tanguy também analisa como Prigozhin tenta se colocar como um dos mais importantes atores na política russa, mas sem bater de frente com Putin – que tem toda a máquina de Estado a seu favor e é muito popular. “Pela primeira vez, se fala sobre a sucessão de Putin. E Prigozhin sente o cheiro da oportunidade”, conclui.
Dos eventos han sido relevantes en la semana: en lo internacional, la pérdida de control de Putin por el levantamiento del Grupo Wagner, lo que exhibe una debilidad del régimen y un eventual cambio para Rusia; en lo nacional, el histórico acuerdo entre partidos y organizaciones sociales para organizarse de camino al 2024. ¡Se pone interesante! Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Boa terça, angulers! O #192 começa com um bloco longo debatendo o primeiro dia do julgamento do Bolsonaro no TSE, a sabatina de Cristiano Zanin, confirmado ministro do STF e as novas investigações em torno de Arthur Lira. Depois, a tensão na Rússia no último final de semana. Prigozhin, líder do Grupo Wagner, marchou em direção a Moscou. A sexta e o sábado foram de apreensão sobre uma possível guerra civil. Não aconteceu, mas Putin sai enfraquecido do episódio. Por fim, novos dados da pesquisa VISIGAN mostram as faces de gênero e raça da fome no Brasil. Sirva-se! Edição e mixagem: Tico Pro - Laranja Preta Produtora - Indicações do #192: The discreet US campaign to defend Brazil's election (Financial Times) O Velho tema das drogas de novo nas mãos do STF, de Fernando Gabeira (O Globo) Podcast Petit Journal, episódio “Bate-papo extra: Rebelião do Grupo Wagner” Dados da VISIGAN sobre insegurança alimentar: https://olheparaafome.com.br/
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Hablamos del tema del Grupo Wagner en Rusia.
Así REACCIONÓ la CÚPULA a la NOTICIA del GRUPO WAGNER en RUSIA
Tres días después de que el motín de Wagner mostrara al mundo la inesperada fragilidad del régimen de Vladimir Putin, todos los actores involucrados en la peor crisis política de Rusia en las últimas tres décadas han permanecido al margen, dejando a los rusos y al resto del mundo preguntándose si la crisis realmente ha terminado. Quedan una serie de preguntas en el aire que aún no tienen respuesta. Una de ellas, acaso la principal, es qué va a ser de los 25.000 efectivos bien armados y entrenados que posee el Grupo Wagner. Todo indica que se integrarán en el ejército regular, pero se trata de mercenarios, a menudo sacados de la cárcel, con pagas muy superiores a la del soldado ruso, también con un entrenamiento superior. Además, no están destacados sólo en Ucrania, también hay operativos de Wagner en Siria y en varios países africanos. Tampoco se sabe que pasará a partir de ahora con su líder, Yevgueni Prigozhin, más allá de que está exiliado en Bielorrusia bajo el amparo de su presidente. Los detalles del acuerdo al que Prigozhin llegó con Lukashenko no han trascendido. Los motivos por los que se rebeló si son públicos, Prigozhin se encargó de desgranarlos en un vídeo que publicó en Telegram horas antes de la asonada. En este punto aparecen otras incógnitas ya que Prigozhin reclamaba el cese del jefe de Estado Mayor, Valeri Gerasimov, y del ministro de Defensa, Serguéi Shoigú. Este último se dejó ver ayer en compañía de tropas en el frente ucraniano con uniforme de campaña, pero no se sabe si son imágenes de archivo o pertenecen a estos dos últimos días. Fue Shoigú quien maniobró en el Kremlin durante meses para que los efectivos de Wagner se integraran en el ejército, algo de lo que se venía hablando desde mucho tiempo antes, pero a lo que Prigozhin se resistía. Finalmente, el 10 de junio el ministerio de Defensa emitió una orden que ponía directamente bajo su mando a todas las contratas privadas que combatían en Ucrania. Ese pudo ser el detonante de la rebelión. A diferencia de lo que sucedió en Siria o las repúblicas africanas en las que Wagner opera ofreciendo servicios de seguridad a los presidentes locales, en Ucrania Prigozhin se involucró personalmente hasta el punto de revelar formalmente al mundo que él era el dueño de la empresa. Del propio Prigozhin tampoco se sabe nada. Según el Kremlin había accedido a trasladarse a Bielorrusia. Su empresa ha emitido un comunicado a través de la televisión rusa en el que aseguran que responderá a todas las preguntas que tengan a bien hacerle cuando tenga acceso “a las comunicaciones adecuadas”. Sus hombres han culminado ya el repliegue de las zonas que ocuparon el sábado por la mañana. Se fueron retirando con gran rapidez a lo largo del domingo enarbolando banderas rusas. Horas antes habían llegado sin armas y sin insignias, aunque todos sabían a quién obedecían. Para sorpresa de los jerarcas del Kremlin, la población civil en Rostov les vitoreaba cuando abandonaban la ciudad. Respecto a Vladimir Putin, el domingo hizo una fugaz aparición en televisión, aunque muchos sospechan que trataba de una grabación de comentarios sobre actualidad hechos horas antes en pleno motín. El presidente no hacía referencia alguna a la rebelión de Wagner, limitándose a insistir en que la única prioridad que tiene es la guerra en Ucrania. Parecía contenido enlatado y posiblemente lo sea. Pero esta situación de tensa calma no podrá sostenerse mucho tiempo. El régimen necesita dar una imagen de fortaleza que haga olvidar a los rusos el espectáculo de este fin de semana en el que el trono de Putin se ha tambaleado como nunca antes lo había hecho. En La ContraRéplica: - Defensa de la competencia - El sucesor de AMLO - El rescate del Titán · Canal de Telegram: https://t.me/lacontracronica · “Hispanos. Breve historia de los pueblos de habla hispana”… https://amzn.to/428js1G · “La ContraHistoria de España. Auge, caída y vuelta a empezar de un país en 28 episodios”… https://amzn.to/3kXcZ6i · “Lutero, Calvino y Trento, la Reforma que no fue”… https://amzn.to/3shKOlK · “La ContraHistoria del comunismo”… https://amzn.to/39QP2KE Apoya La Contra en: · Patreon... https://www.patreon.com/diazvillanueva · iVoox... https://www.ivoox.com/podcast-contracronica_sq_f1267769_1.html · Paypal... https://www.paypal.me/diazvillanueva Sígueme en: · Web... https://diazvillanueva.com · Twitter... https://twitter.com/diazvillanueva · Facebook... https://www.facebook.com/fernandodiazvillanueva1/ · Instagram... https://www.instagram.com/diazvillanueva · Linkedin… https://www.linkedin.com/in/fernando-d%C3%ADaz-villanueva-7303865/ · Flickr... https://www.flickr.com/photos/147276463@N05/?/ · Pinterest... https://www.pinterest.com/fernandodiazvillanueva Encuentra mis libros en: · Amazon... https://www.amazon.es/Fernando-Diaz-Villanueva/e/B00J2ASBXM #FernandoDiazVillanueva #rusia #wagner Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals
Sandra Torres y Bernardo Arévalo irán a segunda vuelta por la presidencia de Guatemala; la rebelión de mercenarios del Grupo Wagner revela grietas en el liderazgo de Vladimir Putin; la Guardia Costera de EEUU lanza una investigación para determinar qué causó la implosión del sumergible Titán y tornados dejan un muerto y una estela de destrucción en el medio oeste, mientras el calor extremo no da tregua. Más información en UnivisionNoticias.com.
Contamos en tertulia con Mario Noya y Carlos Cuesta para hablar de las elecciones generales y de la rebelión del Grupo Wagner.
El líder de los mercenarios, Yevgeni Prigozhin, accedió a retirar sus tropas tras una intensa jornada de conversaciones.
De acuerdo con Pablo Echenique, el alzamiento del Grupo Wagner en Rusia pone de manifiesto que no deberíamos confiar en el sector privado para la provisión de servicios fundamentales. ¿Es así? Become a member at https://plus.acast.com/s/juanrallo. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Filipe Figueiredo, Matias Pinto e Sylvia Colombo dão o tradicional pião pela nossa quebrada latino-americana, indo da crise hídrica em Montevideo à prévia das eleições na Guatemala.Também fomos ao velho continente, repercutindo as últimas atualizações da invasão russa à Ucrânia, quase em tempo real, por conta da disputa entre o Grupo Wagner e as forças armadas da Rússia.Por fim, demos uma volta pela bacia indo-pacífica, com destaque para a visita de Estado da Índia à Washington!
En este episodio: Update a la Guerra de Ucrania; Salida de Rusia de Tratado New Start de Armas Nucleares, la caida de Bahkmut cada vez más cerca, el Grupo Wagner y la carne de cañón; Análisis del rol de China como mediador entre Irán y Arabia Saudita; #NarcoReport sobre los estadounidenses secuestrados y asesinados en Matamoros, México, el Cartel del Golfo, etc.; Sigue aumentando la tension en Israel; Ramzan Kadyrov Envenenado?