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Ouvindo a Bíblia com Adrilene d'Carvalho.
Lucas 16. 14-18 A autoridade da lei

Ouvindo a Bíblia com Adrilene d'Carvalho.

Play Episode Listen Later May 18, 2025 14:45


A Lei e os profetas duraram até João.Pergunto a você: Qual melhor caminho seguir. O seu ou o do Senhor?

Convidado
Reconquista de Cartum é "passo determinante para o controlo estratégico da região"

Convidado

Play Episode Listen Later Mar 31, 2025 11:52


O líder sudanês das Forças de Apoio Rápido (RSF), Mohamed Hamdane Daglo, admitiu este domingo, 30 de Março, ter perdido o controlo da capital, Cartum, reconquistada pelo exército, garantindo que as tropas vão agir com "maior determinação" e rejeitando qualquer possibilidade de negociação. Segundo Ana Cascão, a investigadora especializada em geopolítica no Corno de África e no Médio Oriente, a reconquista de Cartum - "uma área crucial, que liga o oeste e o leste do país- foi um passo determinante para o controlo estratégico da região". RFI: Que impacto é que a reconquista de Cartum pelo exército sudanês pode ter na configuração do poder no Sudão e pode levar a uma solução política ou prolongar o conflito?Ana Cascão: Talvez começássemos pelo início da guerra, que foi há cerca de dois anos, em Abril de 2023. Esta é uma guerra atípica ou o início de uma guerra atípica no sentido em que começou na capital. Isto não é normal, diremos, começa na periferia e depois a capital sendo tomada pode ser considerada uma vitória. Neste caso, a guerra começou em Cartum, o que foi muito problemático porque as pessoas foram saindo, fugindo para outros países e para outras regiões do Sudão. E, portanto, podemos imaginar o impacto que isto teve ao longo da guerra, as Rapid Support Forces, ou seja, os paramilitares, foram ocupando vários locais na capital. Alguns são muito estratégicos e gostava de relembrar que, em Cartum, os bairros se juntam e depois continuam a ser unidos e, portanto, há muitas pontes, o que significa que ninguém consegue controlar toda a capital, mas partes da capital. O exército sudanês, chamado SAF -Sudanese Armed Forces-, foi sempre avançando para oeste, mais para perto do Mar Vermelho, sob controlo da capital podíamos considerar que estava a ganhar a guerra.Esta volta do exército sudanês à capital é, acima de tudo, simbólica no sentido de recuperar território que é importante para retomar o palácio presidencial, o Banco Central, que estão destruídos, mas é poder simbólico e também as pontes que ligam as três partes de Cartum. É a principal ou a mais importante foi exactamente porque recuperaram uma parte da cidade que é muito importante para ligar os dois lados, oeste e leste, do país.Pergunto-lhe se o facto de as forças rápidas terem sido expulsas pode afectar a dinâmica entre as diferentes facções militares?Não estamos a falar de uma força militar que não é organizada como um exército regular, como é o exército sudanês e outros na região. Estamos a falar de paramilitares que têm uma estrutura não hierárquica. Obviamente que há líderes militares, mas que funcionam por diversos grupos. Eles não vão desaparecer. Há uma força muito rápida, altamente armada e sofisticada. Não têm Força Aérea, que é a única desvantagem, diremos, mas têm muito poder de se movimentar pelo país. Segundo eles, estão a posicionar-se noutras regiões que também são muito importantes. E onde estão a haver grandes batalhas porque, normalmente, lá está o poder simbólico de conquistar Cartum, muito provavelmente, o exército está a perder noutras regiões estratégicas e, portanto, isto não é o fim da guerra. Pode ser o começo de uma guerra com contornos completamente diferentes.O que é que muda, qual é a novidade desta vez?A novidade desta vez porque temos que perguntar então por que foi possível agora, passados dois anos, e não antes. Porque os atores externos são extremamente importantes aqui e eu gostava de fazer aqui a ressalva que o Sudão é um país extremamente importante por diversas razões. Na região não só pela sua localização, tem vários vizinhos, mas também pelo Mar Vermelho, bem como com o Médio Oriente. É muito importante porque tem petróleo, que está no sul do Sudão. Mas, seja como for, é transportado através do Sudão. Tem muito ouro, por isso também há interesse. E tem uma costa no Mar Vermelho, do outro lado do Iémen, do outro lado da Arábia Saudita, que é muito importante em termos militares, além das rotas comerciais. E, portanto, é óbvio e acho que ninguém descarta que as forças rápidas foram apoiadas pelos Emirados, que têm um grande poder no Sudão desde sempre, mas que aqui, ainda mais em termos de apoio militar e logístico. E o governo do Sudão foi sempre apoiado pelo Egipto. O Egipto, que era um país seguro, e as Forças Armadas foram sendo treinadas pelo Egipto. E também temos aqui um actor que é a Rússia, que apoiava as forças, porque é aí que está o ouro, nas regiões controladas pelas forças paramilitares, mas que ao mesmo tempo está interessado no Porto, que é controlado pelo exército sudanês. Portanto, neste caso, a Rússia vai apoiando uma facção ou outra. E uma novidade é Irão que tem um grande interesse no Mar Vermelho pelo que está a acontecer: O genocídio em Gaza, os ataques do Iémen no Mar Vermelho e, portanto, há aqui uma jogada no Mar Vermelho entre as várias forças da região, os Estados Unidos também. Um Sudão seguro também é muito importante para o Egipto, por causa do Canal de Suez, e ter capacidade militar no caso do Iémen e dos houthisnão poderem atacar há o Sudão do outro lado. Portanto, há aqui todo um refazer de estratégia em que o exército sudanês está a beneficiar e por isso é que isto foi possível agora e não antes. Não é só pela capacidade militar que aumentou, mas também psicologicamente e moralmente ser apoiado por grandes poderes.Outra notícia tem que ver com a detenção de Riek Machar no Sudão do Sul. Esta detenção pode, a seu ver, desencadear um novo conflito armado? Está em causa um acordo de paz que agora deixou de ser respeitado?É outro problema grande na região. Isto só para dar um contexto histórico; o Sul do Sudão tornou-se independente do Sudão em 2011 e herdou bastantes problemas, não é? Portanto, houve uma guerra civil entre o Sudão e o Sul do Sudão durante várias décadas, com várias razões por trás, mas uma delas tinha a ver também com o facto de o Sul do Sudão ter muito petróleo. Isto é sempre uma coincidência com os recursos estratégicos. E quando o Sul do Sudão se tornou independente, o risco de haver uma guerra civil entre os vários actores era grande. Na altura, havia um líder que era o John Garang, o líder da independência do Sul do Sudão, que morreu tragicamente num acidente de avião, o que deu jeito ao Riek Machar e Salva Kiir que já eram pessoas muito importantes no sistema e que pertencem a etnias diferentes. E houve uma luta de poder já nessa altura. Podemos dizer que a guerra civil propriamente dita entre facções dentro do Sul do Sudão aconteceu pouco depois da independência e era sempre uma questão de como partilhar o poder entre estas duas forças. Há aqui dois níveis, que são os poderes, os movimentos e depois as personalidades das pessoas. Salva Kiir tendo-se tornado o presidente e Riek Machar mais tarde tornando-se o vice-presidente. E é isto agora que está em causa: a partilha de poder com o Presidente Salva Kiir, provavelmente não interessado que as forças aliadas ao Riek Machar tenham posições de poder muito, muito grandes.Esta detenção também não é nova. Já aconteceu mais vezes Riek Machar estaar nos países vizinhos. Mas há sempre uma possibilidade de um acordo, que é a divisão do poder político. É provável que a guerra civil, que nunca propriamente acabou, ainda que houvesse um acordo de paz, se torne muito mais frágil do que era anteriormente. E é um país muito complicado. O Sudão também é complicado, mas o Sul do Sudão, geograficamente, não há acesso a muitas das áreas, não é? Quer dizer, a maior parte da população vive ao longo do Nilo. O poder vai sendo partilhado pelas várias etnias que vivem aqui. Mais uma vez, tal como no Sudão, há aqui o envolvimento de outros poderes, neste caso, mais poderes regionais, como o Uganda, a Etiópia e o próprio Sudão também. Isto nos últimos anos. Já houve os ex-vizinhos que combatiam e queriam ajudar como mediadores nos conflitos dos outros, o que é bastante irónico.Quer o Sul do Sudão, quer o Sudão, estão a enfrentar das maiores crises humanitárias que observamos nas últimas décadas, em particular o Sudão, porque não há qualquer acesso a grande parte do território sudanês e no Sul do Sudão também, com o problema adicional de que muitos sudaneses do norte ultrapassaram a fronteira para o Sul do Sudão. E os RSF estão a ter reforços de recursos humanos para combater no Sul do Sudão. Não é por acaso que estas duas coisas estão a acontecer ao mesmo tempo. Poderá haver aqui uma reconfiguração desta região.De que forma é que a comunidade internacional, em particular a União Africana, as Nações Unidas, podem actuar para tentar mitigar a crise humanitária e impedir uma escalada ainda maior dos conflitos na região?É bastante limitada. Nós conseguimos ver e basta olhar para os últimos dez anos, para não ir mais para trás. A União Africana não tem poder para resolver muitos conflitos, ainda que tenha algumas missões ou mediadores para os vários conflitos, chamemos-lhe no Corno de África, mas sabemos que há sempre interesses dentro da própria União Africana e isso acaba por impedir a acção daquela que seria a organização que devia estar exactamente envolvida nestes conflitos, visto todos os países fazem parte dela, mas não têm poder para isso.As Nações Unidas, sabemos que há vários outros conflitos mais importantes, salvo seja, a acontecer no mundo, que tiram a atenção a estes conflitos, em particular o Sudão. As Nações Unidas, neste momento, nem estão a conseguir fazer a distribuição da ajuda básica. Portanto, imaginemos uns quantos passos à frente ou uns quantos passos acima, a achar que se poderia ter um processo de paz. Em particular no Sudão, as partes não se querem sentar - seja lá quem for o mediador.As Nações Unidas têm um poder simbólico de chamar a atenção e levar resoluções ou o Conselho de Segurança. Em qualquer dos casos, cada vez mais os países do Golfo, e eu estou a falar dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita, que têm interesses vastos nestas regiões por várias razões geopolíticas e geo-económicas, provavelmente estão na linha da frente para serem os mediadores, com grandes trocas, obviamente financeiras.A nova moda das relações internacionais é o transacional, a transacção de favores. Mas, no caso do Sul do Sudão, isto não é novo. Os actores não são novos, conhecem-se, imagino que haverá algum tipo de solução interna com a ajuda de alguns mediadores da região, como, por exemplo, o Uganda. No sul do Sudão não me parece que haja, se conquistaram Cartum ou outras regiões, que haja interesse da parte das Rapid Support Forces ou mesmo do exército sudanês para começarem negociações no curto prazo, pelo menos. E até porque a ajuda humanitária é a prioridade número um, é a prioridade número um, independentemente de onde estão as batalhas a decorrer e a região, claro mais problemático é o Darfur. Isto é um grande problema em qualquer negociação futura; se o Darfur poderá vir a ser um novo país, tal como aconteceu com o Sul do Sudão ter independência do Sudão, algumas forças poderão pedir a independência do Darfur, que é uma região muito rica em todos os recursos e por isso é que há tantas batalhas no Darfur e não parece que o exército sudanês alguma vez tenha capacidade de vir a conquistar essa região.

Devocionais Pão Diário
Devocional Pão Diário | Encontrando Satisfação

Devocionais Pão Diário

Play Episode Listen Later Mar 20, 2025 2:21


Leitura Bíblica Do Dia: Salmo 131 Plano De Leitura Anual: Josué 4–6; Lucas 1:1-20 Já fez seu devocional hoje? Aproveite e marque um amigo para fazer junto com você! Confira: Numa coluna de jornal sobre o aconselhamento, um psiquiatra respondeu a uma mulher que lamentava por ela estar insatisfeita por causa de suas ambições. As palavras dele foram contundentes. As pessoas não foram criadas para serem felizes, disse ele, “apenas para sobreviver e reproduzir”. Estamos amaldiçoados a perseguir a “borboleta provocante e evasiva” da satisfação, e acrescentou: “nem sempre para capturá-la”. Pergunto-me como a leitora se sentiu com as palavras niilistas do psiquiatra e como poderia ter sido diferente se, em vez disso, tivesse lido o Salmo 131. Davi nos orienta sobre como encontrar o contentamento. Ele começa com postura humilde, deixa suas ambições reais de lado, e embora as grandes questões da vida sejam importantes, ele as afasta também (v.1). Em seguida, aquieta a sua alma diante de Deus (v.2), colocando sua esperança nas mãos do Senhor (v.3). O resultado é lindo: “como a criança desmamada fica quieta nos braços da mãe”, ele diz, “estou satisfeito” (v.2 NTLH). No mundo arruinado como o nosso, a satisfação às vezes parece ilusória. Em Filipenses 4:11-13, o apóstolo Paulo disse que o contentamento é algo a ser aprendido. Mas se cremos que fomos criados só para “sobreviver e reproduzir”, isso certamente será inalcançável. Davi nos mostra outra forma: buscar o contentamento aquietando-se na presença de Deus. Por: Sheridan Voysey

Convidado
"Guerra comercial dos EUA não é apenas económica, mas também política"

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 3, 2025 16:21


O Presidente norte-americano anunciou taxas de 25% sobre produtos do Canadá e México e 10% sobre importações da China. O investigador do IPRI-Instituto Português de Relações Internacionais e professor do ISCET-Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo, José Pedro Teixeira Fernandes, afirma que a guerra comercial dos EUA "não é apenas económica, mas também política", já que Donald Trump acredita que a globalização prejudicou a economia norte-americana, especialmente com acordos como o NAFTA, entre os Estados Unidos, o Canadá e o México. RFI: Estamos perante uma guerra comercial? Quais os impactos económicos que estas novas medidas anunciadas por Donald Trump podem ter?José Pedro Teixeira Fernandes: Estas medidas que estão a ser anunciadas irão ser aplicadas proximamente pelo governo americano. Em primeiro lugar, importa notar que já eram de alguma forma antecipadas por tudo o que Donald Trump tinha dito na campanha eleitoral. Naturalmente, isto não invalida o seu impacto real, que veremos muito provavelmente nos próximos meses ou até anos. Esta guerra comercial, termo que acaba por captar um pouco o conflito, mesmo sendo uma metáfora, dá-nos a ideia de que estamos perante um conflito que não é só comercial, não é só económico. Este é talvez o aspecto mais importante para entendermos o que está em jogo. Temos tendência, o que é compreensível, para analisar as coisas de forma compartimentada: política é política, economia é economia, e assim por diante. Mas a realidade, a este nível, é que estamos a falar de um cruzamento de medidas com impacto económico e empresarial, o que é indiscutível, e no bem-estar, naturalmente, mas também com importantes ramificações políticas. Isso torna a avaliação do que vamos assistir nos próximos tempos particularmente difícil. Donald Trump tem um quadro mental, uma visão do mundo na qual parece mesmo acreditar genuinamente, de que o modelo de economia mais liberalizada e globalizada que se instalou nos últimos 25, 30 anos (ou até mais) é largamente prejudicial à economia americana.Muitos sectores de actividade deslocaram-se para outros países, não apenas pela globalização, mas também por acordos comerciais de integração regional. É o caso do NAFTA, substituído pelo acordo que Donald Trump negociou para lhe suceder (o Acordo Estados Unidos-Canadá-México). Na prática, isso leva, na óptica do governo americano e em particular do seu Presidente actual, a um desequilíbrio comercial injusto para os Estados Unidos. A balança comercial norte-americana, quando comparada com o Canadá, o México, que são os dois parceiros na América do Norte, a China e alguns Estados europeus, está desequilibrada. Em alguns casos, muito desequilibrada. E Donald Trump propõe-se a ajustar isso a favor dos Estados Unidos, não recorrendo a meios mais convencionais, como iniciar um longo processo de negociações comerciais feitas de forma discreta, como seria mais tradicional, eventualmente no quadro da Organização Mundial do Comércio (OMC), que ele ignora na totalidade. Prossegue, antes, com um conjunto de medidas bilaterais como as que irão entrar em vigor no caso do Canadá e do México. Assume, também, que isso está directamente relacionado com os problemas migratórios e com entrada das drogas nos Estados Unidos, que vêm ambos largamente pela pela fronteira sul.No fundo, estamos a falar de uma guerra comercial com muitas ramificações políticas ou geopolíticas, o que implica, ou implicará, negociações bastante difíceis em áreas que vão, em alguns casos, muito além do comércio.As reacções foram rápidas. O Canadá considera o impacto económico negativo dessas taxas. O México afirma que os Estados Unidos fazem "acusações infundadas". A China, com um grande défice comercial com os Estados Unidos, anunciou que tomará medidas para defender os seus interesses, incluindo a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio. Donald Trump sugeriu que a União Europeia possa ser o próximo alvo dessas mesmas taxas alfandegárias. A retaliação desses países pode criar um isolamento dos Estados Unidos no comércio internacional?Um isolamento dos Estados Unidos no comércio internacional é difícil, dada a centralidade dos EUA na economia mundial. É verdade que, quando analisamos a questão do ponto de vista da transação internacional de mercadorias, a China já ultrapassou os Estados Unidos. A China é o número um mundo nessa área, enquanto os Estados Unidos ocupam o segundo lugar, mas estes mantêm um papel central cimeiro no comércio de serviços e de serviços financeiros. Portanto, se a ideia de um isolamento dos Estados Unidos parece praticamente impossível de funcionar, o que isso provocará serão ondas de choque no sistema comercial internacional. A maneira como as relações comerciais funcionavam até agora, com uma razoável estabilidade, assentando em regras negociadas, multilateralmente, especialmente na Organização Mundial do Comércio, ou em acordos de integração, como o NAFTA (hoje Acordo USMCA), por exemplo, vai estar em causa. Provavelmente, o mundo irá transformar-se seguindo um modelo menos aberto, bastante mais protecionista. E isso parece ser um objectivo de Donald Trump.Quanto às reações dos países afectados ninguém parece querer mostrar-se fraco nesta guerra comercial. O que percebemos agora é que o Canadá, o México e a China – embora sejam países muito diferentes e com relações diversas com os Estados Unidos – não se querem mostrar vulneráveis. Querem mostrar que também têm capacidade de retaliar. Certamente também têm a capacidade de retaliar sobre os produtos que os Estados Unidos exportam para esses países e que atingem valores importantes. Todavia, basta olhar para a dimensão das economias americana, canadiana e mexicana, para perceber que existe um poder desproporcional dos Estados Unidos. Isso cria nesta disputa uma espécie de braço de ferro para ver quem vai ceder primeiro, e onde inevitavelmente haverá custos, mas na qual os Estados Unidos têm mais poder. Se pensarmos, por exemplo, nos consumidores, não há dúvida de que, em alguns produtos, terão que pagar mais caro. Mas o Presidente norte-americano parece determinado a assumir esse custo. Tem um mandato de quatro anos que agora se iniciou e como não se pode candidatar novamente isso dá-lhe mais à vontade político. E tem, sobretudo, esta visão de deixar um legado que transforme a forma como o comércio internacional funciona até agora.Quanto à Organização Mundial do Comércio, o seu papel é muito limitado neste caso. A China poderá formalmente apresentar uma queixa na Organização Mundial do Comércio, mas isso não resolverá o problema. A resolução de conflitos comerciais na OMC está bloqueada porque o órgão de resolução de conflitos tem um painel de primeira avaliação e mas também um órgão de apelação (de recurso). Todavia, este último não tem juízes/árbitros para poder emitir um veredicto. Portanto, os Estados Unidos e a China sabem que a solução não virá pela OMC. A solução será uma negociação bilateral entre os dois países, e é isso que Donald Trump pretende, fazendo prevalecer o seu peso desproporcional nas relações com os parceiros comerciais. Acha que, mais tarde ou mais cedo, acabarão por fazer o que este considera conveniente, ou aceitável, para os interesses norte-americanos. Esse é o curso dos acontecimentos a que provavelmente vamos assistir.O Presidente francês, Emmanuel Macron, reagiu esta manhã em Bruxelas à ameaça de Donald Trump. O Presidente francês garantiu que a Europa está pronta para responder e agir em conformidade. Esta manhã já vimos os primeiros sinais do anúncio dessas medidas, que afectam o sector automóvel. Os mercados, por exemplo, abriram esta segunda-feira em baixa...Sim. Naturalmente que tudo o que estamos a falar tem várias ramificações. Estamos a falar de direitos aduaneiros sobre produtos principalmente industriais, mas isso afecta também os índices bolsistas, as taxas de câmbio e os próprios mercados financeiros. São todas as complexas interligações da economia nas suas diferentes áreas de funcionamento. No caso da Europa, vemos o problema que referi anteriormente. Donald Trump vai, certamente, também usar o instrumento comercial (ou, seja, aplicar direitos aduaneiros) quando o entender fazer, e acredito que isso vai ocorrer em breve. Vai usá-lo, por exemplo, para pressionar os europeus sobre a questão da despesa militar. Provavelmente sugerirá que os europeus aumentem as compras de equipamentos militares americanos, de gás natural liquefeito e de outros produtos, reequilibrando a balança de pagamentos com os Estados Unidos. Muito provavelmente, será esse o tipo de pressões e negociação que veremos.Quanto à União Europeia, isso vai afectá-la de uma maneira heterogénea, pois as relações comerciais entre os diferentes países da UE e os Estados Unidos não são as mesmas. Por exemplo, a França tem menos trocas comerciais com os EUA do que a Alemanha ou até a Itália ou os Países Baixos. Assim, as empresas francesas não estão muito expostas directamente, pelo menos, à primeira vista, a este conflito comercial. Mas o que veremos, como mencionei, é um entrelaçamento de questões – comércio, balança comercial, despesa militar, recursos energéticos, exportações dos Estados Unidos, etc, – numa grande negociação. É pelo menos isso que Donald Trump quer.  Veremos se depois as tensões se irão acalmar com negociações que irãocertamente bastante além das lógicas usuais do comércio internacional, ou se teremos anos de turbulência permanente. É uma incógnita.Segundo Donald Trump, este é um esforço para combater questões como o tráfico de fentanil e imigração ilegal. Pergunto-lhe qual é a correlação entre a aplicação dessas taxas alfandegárias e o combate ao tráfico de fentanil, por exemplo?Mais uma vez, estamos a falar de assuntos que não têm uma conexão directa. Todavia, Donald Trump faz essa ligação de forma estratégica. Liga comércio, imigração e o tráfico de substâncias proibidas como forma para para obter concessões em outras áreas. Embora não exista uma conexão directa entre essas questões,o problema é, por isso, que Donald Trump usa isso como uma estratégia negocial. E tem poder para o fazer. Usa  instrumentos comerciais para obter concessões no que ele entende serem problemas noutras áreas. Neste contexto, a relação entre a China, o México e os Estados Unidos é curiosa.Qual é a relação entre a China, o México e os Estados Unidos? Essas ligações são interessantes porque o México se tornou, nos últimos anos, o principal parceiro comercial dos Estados Unidos. Isso é extraordinário, tendo em conta o perfil tradicional da economia mexicana. Por quê? Porque, com o conflito comercial que Donald Trump desencadeou no seu primeiro mandato, houve um ajustamento gradual da China às novas realidades comerciais e às barreiras que os Estados Unidos foram impondo. O México, por sua vez, beneficiou disso. Tornou-se uma porta de entrada de produtos chineses que, se exportados directamente para os Estados Unidos, seriam sujeitos a barreiras comerciais mais altas. Isso explica, em grande parte, o salto que o México deu nos últimos anos, tornando-se o principal parceiro comercial dos Estados Unidos. Mas, se esta linha de guerra comercial agora iniciada por Donald Trump continuar, o México será desta vez um dos grandes perdedores.Esta segunda-feira, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, rejeitou as acusações de Donald Trump, que alegava que a África do Sul estaria a "confiscar terras com a aprovação de uma lei de expropriação". O Presidente norte-americano afirmou que "cortaria todo o financiamento da África do Sul enquanto não fosse feita uma investigação completa sobre a nova lei, que visa corrigir desigualdades herdadas do tempo do Apartheid". Essa questão vai afectar as relações entre os dois países?Pode afectar, naturalmente. Este litígio entre os Estados Unidos e a África do Sul parece também estar relacionado com a  política mais geral do actual Governo dos EUA de cortar drasticamente na assistência ao desenvolvimento e no financiamento a ONG's, considerando que não promovem os interesses dos Estados Unidos no mundo. Outro aspecto interessante que pode explicar a conflitualidade remete para o papel de Elon Musk no Governo dos Estados Unidos, pois este é originário da África do Sul. Tudo isto pode reflectir-se nas relações políticas entre os dois países. Mas, muitas vezes, é difícil perceber se  é apenas ruído político ou algo mais substancial. Donald Trump tem lançado tantas medidas em áreas tão diferentes — e faz tantas declarações polémicas — que é complicado identificar o que realmente terá um impacto mais sério nas relações internacionais.

Convidado
Novas alianças em África: "Há uma nova Guerra Fria com Rússia e China"

Convidado

Play Episode Listen Later Jan 6, 2025 11:35


A Costa do Marfim anunciou a saída do contingente francês a partir desde mês de Janeiro, em resposta ao movimento crescente de novas parcerias como a Rússia e a China em África. "Podemos pensar neste cenário como uma nova Guerra Fria, mas com características económicas e geopolíticas específicas", defende o historiador, antropólogo e investigador permanente do Instituto Nacional de Estudos de Pesquisa da Guiné-Bissau, João Paulo Pinto Có. RFI:  Que leitura faz deste anúncio do Presidente Alassane Ouattara, que revelou que o contingente francês vai começar a sair do país ainda este mês de Janeiro?João Paulo Pinto Có: Esta decisão do Presidente Ouattara acompanha o anseio de um movimento muito grande e forte no continente africano, nomeadamente de uma juventude e de novas políticas, também de relações diplomáticas mais horizontais com os antigos colonizadores. Visa, portanto, reclamar a soberania do próprio país. É uma decisão que não me surpreende muito, porque Ouattara já vinha fazendo alguns discursos que apontavam para esse caminho. Não só ele, mas muitas outras lideranças africanas.Neste momento, o que se tem no continente africano são diversos actores que buscam uma relação e uma cooperação internacional para o desenvolvimento, nomeadamente com a China, a Rússia e a Turquia. Esses novos actores oferecem novos moldes de cooperação, países que não foram colonizadores no continente e, portanto, têm interesse em buscar uma nova dinâmica de colaboração. A África tenta, assim, traçar novas metas e quebrar paradigmas para alcançar uma cooperação mais clara e transparente.Há um efeito dominó nesta decisão: Depois do Chade, do Mali e do Níger, de que forma a saída das forças francesas desses países pode afectar a luta contra o jihadismo e outros grupos extremistas, sobretudo no Sahel?A presença militar francesa no continente africano sempre foi um tema controverso. Embora a França procure combater o jihadismo e o terrorismo no continente, para muitos países africanos essa presença também significava algo negativo. Muitos viam essa presença como maligna, acusando a França de, além de combater, financiar o próprio terrorismo.Por exemplo, o actual regime maliano acusou a França de ser a principal patrocinadora do jihadismo, seja através da venda de armas, seja de outras formas. Um agravante disso foi a denúncia feita pelo Mali há alguns anos, numa reunião de emergência no Conselho de Segurança das Nações Unidas, acusando a França de patrocinar operações que desestabilizam o continente africano.A presença francesa é vista nalguns países como um suporte a regimes tirânicos e ditatoriais que querem perpetuar-se no poder. Por outro lado, para outros, a França tem tido um papel que pode, em algumas circunstâncias, dissuadir líderes de violar os valores democráticos e constitucionais. No entanto, a conjuntura actual está a mudar, impulsionada por dinâmicas internacionais, como a guerra no centro da Europa e a perda de hegemonia de potências como a Rússia. Com isso, o cenário africano também está a ser reconfigurado, com novos regimes a emergirem e a França a ser pressionada a sair de certos países.Falava da Rússia, estamos perante uma transição para novas alianças com potências como a Rússia? E de que forma essas novas alianças podem ter um impacto na segurança da região?A Rússia, embora não tenha sido uma potência colonizadora no continente africano, sempre manteve relações com os países africanos, como na comercialização de armamentos. Além disso, a Rússia apoiou muitos movimentos de independência no continente.O que vemos agora é, de certa forma, uma transição de influência: de uma França para uma Rússia, ou até para uma China, que procuram estabelecer novos moldes de cooperação com os países africanos. A Rússia, por exemplo, tem uma pressão muito forte no continente africano. Muitos dos regimes actualmente no poder, como no Mali e em Burkina Faso, têm relações próximas e cordiais com a Rússia.Este é, de facto, um momento de mudanças: tanto no sentido de ruptura com a França quanto na construção de novas parcerias com actores emergentes. Além disso, essas mudanças reflectem lideranças mais jovens e dinâmicas que buscam maior independência e soberania.A Rússia entra nesses países num momento de transição política, como no caso do Níger ou do Burkina Faso. Qual é o interesse da Rússia em África? São as matérias-primas?A Rússia procura expandir a sua influência em África, especialmente perante as perdas hegemónicas que enfrenta no continente europeu e noutros países ocidentais. No entanto, além de tentar ampliar a sua influência, a Rússia também tem interesse em explorar matérias-primas e recursos naturais africanos.Além disso, as acções russas no continente também podem ser vistas como uma retaliação às potências ocidentais que a combatem no contexto da guerra na Ucrânia. Assim, o continente africano torna-se um novo palco estratégico. Podemos até pensar nesse cenário como uma nova Guerra Fria, mas com características económicas e geopolíticas específicas, sendo a África Ocidental um espaço central nesse jogo.O Djibuti e o Gabão continuam a ter bases militares francesas. O Djibuti, em particular, parece ser um caso à parte, já que não prevê, pelo menos para já, cortar relações com a França.O Djibuti, no Corno de África, não tem interesse em cortar relações com a França. A França desempenha um papel estratégico para a manutenção do actual governo, além de actuar no combate à pirataria e a crimes no Oceano Índico.Portanto, o interesse da França em manter a sua base militar no Djibuti é evidente. Isso permite que o país continue a operar na região do Índico e a desempenhar um papel activo na luta contra o terrorismo e outras ameaças.Como é que aFrança prevê redefinir a sua presença e influência no continente africano? Penso, por exemplo, na Guiné-Bissau. Pergunto-lhe, até onde pode ir o reforço de cooperação entre a Guiné-Bissau e a França, uma relação muito valorizada por Emmanuel Macron e Umaro Sissoco Embaló?As relações entre a França e a Guiné-Bissau foram marcadas por altos e baixos, especialmente após o conflito político-militar de 1998. Na época, a França apoiou o regime de Nino Vieira, sem o consentimento da Assembleia Nacional Popular, o que arranhou seriamente as relações bilaterais.No entanto, essas feridas têm sido saradas, especialmente com a aproximação entre Macron e Embaló. As recentes visitas de ambos os líderes mostram uma tentativa de reestruturar essa parceria.Ainda assim, é importante lembrar o histórico conturbado das relações entre a França e muitos países africanos. Os jovens e os líderes africanos estão cada vez mais politizados e conscientes dos valores do pan-africanismo, estão a exigir uma nova dinâmica diplomática. A França, por sua vez, precisa rever as suas políticas e enfrentar o desafio de se adaptar a essa nova realidade, que inclui a procura por relações mais justas e transparentes.

Convidado
"Queremos tornar Cabo Verde uma referência tecnológica na África Ocidental"

Convidado

Play Episode Listen Later Dec 17, 2024 8:52


Cabo Verde destacou-se na edição 2024 da Web Summit, em Lisboa, como o único país africano presente, com um espaço de exposição próprio e uma delegação composta por 15 startups. O Secretário de Estado da Economia Digital de Cabo Verde, Pedro Lopes, reiterou o compromisso do governo em transformar o país numa referência tecnológica na África Ocidental. A participação na Web Summit resultou numa nova parceria estratégica com a Microsoft, ampliando as oportunidades para os jovens cabo-verdianos. Quais é que são os principais objetivos da participação Especialmente com a presença de 15 startups nas áreas de saúde, bem estar, comércio, recrutamento, marketing digital e muitas outras. Pedro Lopes: O principal objectivo é multiplicar oportunidades. É nosso dever, enquanto governo, criar oportunidades para os jovens terem palco neste grande certame internacional. Nós queremos ser uma referência de tecnologia na costa ocidental africana e para isso é preciso nós capacitamos os nossos jovens e colocamos estes jovens também no centro do mundo tecnológico. Digo sempre que não é preciso ser um adivinho para perceber que o futuro do mundo será desenhado nestes certames tecnológicos. Cabo Verde quer estar presente e estar aqui com os nossos, com os nossos talentos. Queremos ganhar visibilidade, queremos mostrar que também temos uma palavra a dizer e queremos um um assento nesta mesa que será, com toda a certeza, a mesa do desenvolvimento económico através da tecnologia e da inovação.Cabo Verde é o único país africano com um espaço de exposição próprio na WebSummit. O que é que representa para Cabo Verde ser reconhecido e ter esta visibilidade?É uma visibilidade que é ganha pela aposta do governo. Temos ganho continuamente visibilidade graças àquilo que são as conquistas das nossas startups. Os rankings internacionais mostram isso mesmo. Nós também este ano fomos convidados para ter um espaço para falar, para ser orador, junto do ministro de Marrocos para falar sobre as oportunidades dos ecossistemas e as interseções entre políticas públicas e economia digital. E este é o reconhecimento da comunidade internacional da tecnologia nas nossas startups e naquilo que temos vindo a fazer no nosso país. Anunciámos uma importante parceria com a Microsoft, um gigante tecnológico onde vamos ter cada vez mais inteligência artificial ao serviço da educação, ao serviço dos servidores públicos também, para que depois os cabo-verdianos possam ter uma melhor qualidade de vida e possam também, como eu disse, serem atores e não só espetadores deste mundo em mudança.A prova de que esta presença contribui para a internacionalização das startups cabo-verdianas.Sim, com toda a certeza. Estamos aqui a falar de startups cabo-verdianas que conectam com os melhores, estão sempre em contacto com o que melhor se faz no mundo e a nossa presença aqui também tem muita visibilidade. Também estivemos presentes na The Next Web na Holanda, estivemos na HumanTech em Paris, um evento sobre tecnologia para meninas e mulheres. Estivemos no GITEX, em Marrocos. Ou seja, nós queremos antecipar as tendências, queremos dizer presente nestes palcos internacionais e com toda a certeza isto vai fazer a diferença no futuro dos nossos jovens e no futuro do nosso país.Referiu-se ao facto de ter participado no Painel sobre Ecossistemas de Inovação, no qual participou ao lado de Marrocos, descreveu as políticas públicas e o investimento que têm sido implementadas em Cabo Verde para apoiar a inovação e o desenvolvimento digital. Como é que estas iniciativas podem ajudar a atrair mais investidores e parcerias internacionais?O dever do governo deve ser este: criar as infra-estruturas certas, formar as pessoas, capacitar cada vez mais jovens e depois de ter uma legislação que pode atrair mais empresas de tecnologias a estabelecerem-se em Cabo Verde. Já temos várias empresas internacionais que estão a trabalhar em Cabo Verde com talento cabo-verdiano, queremos continuar a fazê-lo e nós somos pequenos, mas queremos ser relevantes neste mundo que está em mudança. A nossa pequenez permite nos ser também mais ágeis, mais flexíveis. Acho que isto é uma vantagem para um pequeno Estado insular como Cabo Verde.Com um aumento do número de startups tecnológicas em Cabo Verde. Qual é que tem sido o impacto da plataforma GO Global na promoção de empresas do país, no cenário internacional?Esta nossa presença faz com que a gente tenha mais visibilidade e por isso é que eu fiz referência os rankings internacionais, onde Cabo Verde começa a figurar, pela primeira vez, nos rankings internacionais do sector privado por aquilo que é feito na área da governação eletrónica no país. Nos últimos anos, nos últimos seis, sete anos, temos feito uma aposta directa no empreendedorismo de base tecnológica, uma aposta reforçada na área da formação, faz com que o país consiga conquistar cada vez mais postos relativamente àquilo que são os rankings de inovação. Continuamos a subir nestes rankings. Óbvio que nós contribuímos para os rankings, mas é um reconhecimento bom e é aquilo que temos feito é conseguir este reconhecimento através de todos os esforços do governo, mas também das nossas startups. Elas é que são a razão também da nossa subida neste ranking.Fez referência ao facto de o governo cabo-verdiano ter investido na transformação digital. Pergunto-lhe quais é que são os próximos passos para fortalecer ainda mais o ecossistema digital e garantir que as startups e as empresas cabo-verdianas se integrem de forma sustentável no mercado global?O próximo ano será fundamental porque teremos a abertura oficial, que já está em funcionamento, mas teremos a abertura oficial do nosso parque Tecnológico. O portal consular que foi uma referência este ano para os cabo-verdianos porque puderam aceder aos serviços consulares através do seu telemóvel ou do seu computador. No próximo ano vai ser expandido para todos os cabo-verdianos, não só os que vivem fora de Cabo Verde.Estes são dois momentos marcantes: A questão do portal Consular ser um portal digital para todos os cabo-verdianos e o Parque Tecnológico para acolhermos mais empresas tecnológicas internacionais para desenvolvermos mais talento nacional e apoiarmos a que os jovens cabo-verdianos possam criar as suas próprias empresas e sermos uma referência, como disse, para conquistarmos aquilo que é o nosso objectivo, que é ser uma referência na costa ocidental africana. Nós somos Cabo Verde, as ilhas Tech da costa ocidental africana.Fala deste portal consular, em que medida é que ele pode ser inovador e o que é que pode acrescentar? Ele é inovador excatamente porque coloca todos os serviços públicos ao serviço dos cidadãos através de um clique. Eu acho que nós temos de centralizar esta ideia, que as pessoas têm que se deslocar a redes físicos para ter acesso a serviços que são os serviços dos cidadãos. Nós temos que fazer fazer isso. Então, uma nação arqueológica como Cabo Verde, mas também uma nação diaspórica já deu o espaço. Agora é o tempo de nós colocarmos cabo de qualquer ilha, desde Santo Antão à Brava, para poder ter acesso a estes serviços digitais e poder fazer uso daquilo que são os seus direitos enquanto cidadão.O tema principal da edição deste ano da Web Summit foi a inteligência artificial, a A.I., com vários sub temáticas como a regulamentação, a durabilidade, as questões éticas?Acho que estamos cada vez mais a falar do impacto que a inteligência artificial pode ter na vida das pessoas, mas acho que temos que a narrativa tem que passar de medo para oportunidade. Senti isto este ano com várias empresas a apresentar várias soluções tecnológicas que utilizam a inteligência artificial ao serviço das pessoas. Houve uma mudança fundamental na perspectiva em que a inteligência artificial se apresenta cada vez mais como uma oportunidade. Acho que temos que ver isso mesmo: As pessoas andam com receio da inteligência artificial, mas um pequeno país como Cabo Verde, por exemplo, deve ver a inteligência artificial como uma grande oportunidade. Acho que esta é a grande oportunidade para um pequeno Estado insular, a de aproveitar a inteligência artificial para fazer um Leap Frog. Para nós, a mensagem é clara: Não há que ter medo, jhá que agarrar a oportunidade da inteligência artificial multiplicar e desenvolver o nosso país através desta ferramenta.Esta edição da WebSummit decorreu uma semana depois da eleição de Donald Trump à presidência norte-americana. Durante este evento falou-se, debateu-se sobre as questões das representações das empresas tecnológicas norte-americanas com esta reeleição, de Donald Trump?Vamos esperar para ver. Eu acho que os Estados têm, os cidadãos têm o direito de votar em quem entender melhor. Os Estados Unidos elegeram o Presidente Donald Trump como o Presidente da América, vão ter que se adaptar. Mas também acredito que o Presidente americano queira criar riqueza no seu país e as empresas americanas actuam em mercados globais. Por isso acho que as coisas não vão mudar nesse sentido. Óbvio que o mundo vai ficar cada vez mais definido por blocos políticos, mesmo na área do digital, mas isso faz parte da realidade do nosso mundo. Nós, enquanto Cabo Verde, sabemos quais são os valores que nós defendemos e não abdicamos deles. Por isso é que o nosso país também é reconhecido pela nossa estabilidade democrática, pela dignidade humana e pelo desenvolvimento da educação e da economia e com o foco na sustentabilidade. A partir daí é preciso percebemos como é que podemos, como eu disse, ser actores deste mundo em constante mudança.A Web Summit decorreu entre os dias 10 e 13 de Novembro, em Lisboa, e reuniu mais de 70.000 participantes, 1000 investidores e um número recorde de 2750 startups.

Convidado
Cimeira dos BRICS reúne líderes mundiais à volta de Putin

Convidado

Play Episode Listen Later Oct 22, 2024 11:44


A cimeira dos BRICS arrancou esta terça-feira, 22 de Outubro, em Kazan, na Rússia. Vladimir Putin procura reforçar alianças estratégicas e mostrar o suposto fracasso das sanções ocidentais decorrentes do conflito na Ucrânia. Pela primeira vez, a cimeira conta com a presença de novos membros: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egipto, Irão e Etiópia. "Estados que têm divergências profundas entre si", sublinha o investigador do Instituto Português de Relações Internacionais, Carlos Gaspar. RFI: Esta é uma cimeira marcada pela ausência de Lula da Silva, que tem tido um papel dúbio, sobretudo quanto à guerra na Ucrânia. Vladimir Putin não esteve presente na cimeira na África do Sul o ano passado por causa de um mandato de captura internacional, e conseguiu fazer com que esta cimeira decorresse este ano na Rússia. O que é que se pode esperar desta cimeira?Carlos Gaspar: O essencial da cimeira é a Rússia poder demonstrar que consegue reunir à volta do Presidente Putin um número importante de dirigentes. Em primeiro lugar, obviamente, o seu principal parceiro, o secretário-geral do Partido Comunista da China, que está presente, mas também o primeiro-ministro indiano Modi, está em Kazan, tal como está o novo Presidente do Irão, o Presidente da África do Sul e Lula está ausente, aparentemente por razões médicas.O Secretário-Geral das Nações Unidas pela primeira vez, foi convidado e é esperado pelo menos, a agência russa indica que está marcada uma reunião entre ele e o Presidente Putin para tratar dos vários conflitos internacionais e a sua presença, obviamente, seria importante nesta cimeira, que é a primeira cimeira dos BRICS alargados. Os BRICS foram constituídos em 2006, por iniciativa da Rússia e da China, com a Índia e o Brasil. Depois, a África do Sul juntou-se ao grupo cinco anos depois, mas em Janeiro deste ano houve um primeiro grande alargamento a outros Estados relevantes do Médio Oriente, da África e da América Latina. O alargamento inicial previa a participação da Argentina, que, entretanto, depois das eleições, desistiu de pertencer aos BRICS. A Arábia Saudita, que ainda não ratificou a sua participação dos BRICS, mas também a Etiópia, o Egipto, o Irão e os Emirados Árabes Unidos. Ainda não é claro a que nível é que estes novos países se vão representar, excepto no caso do Irão, que envia o seu novo Presidente. A Etiópia e o Egipto, estão à beira de um conflito por causa da nova barragem que a Etiópia está a fazer e que vai condicionar os fluxos do rio Nilo e também por causa das suas divergências no Sudão.Esta cimeira é uma cimeira que reúne uma série de Estados que têm divergências muito profundas entre si. Desde logo, a China e a Índia também são um caso evidente e o Irão e a Arábia Saudita são outro. Nesse sentido, é uma colecção de estados  sui generis que aceitam estar numa cimeira e mesmo numa organização comandada pelas principais potências revisionistas: a China e a Rússia, mas mantém a sua liberdade e a sua autonomia em todas as dimensões relevantes da política internacional e têm conflitos importantes entre si, sendo que os BRICS não contribuem ou até agora não contribuíram, tal como a Organização de Cooperação de Xangai também não contribuiu, para resolver os conflitos graves que opõem os seus membros entre si.Como é que esta adesão de novos membros influência a dinâmica de poder entre os blocos ocidentais e oriental? E que implicações é que tem esta expansão no equilíbrio do poder global? Que impacto é que, portanto, pode ter nas relações destes países com os Estados Unidos e com a Europa?Em princípio, não tem nenhum impacto relevante. Os BRICS não formam um bloco. São uma colecção heterogénea de Estados, onde há um centro forte composto pela coligação entre a Rússia, a China e o Irão. Mas os outros Estados; a África do Sul, o Brasil e a Índia são potências intermédias que, de certa maneira, procuram uma equidistância entre as potências revisionistas, a China e a Rússia e os Estados Unidos, por outro lado, com os seus aliados ocidentais. Não tomam partido nem por um lado nem por outro, ou tentam não tomar partido nem por um lado, nem por outro, naquilo que são as principais clivagens internacionais - esse é um padrão de comportamento forte na diplomacia indiana, também do lado do Brasil ou do Egipto, que tem uma longa tradição, provavelmente beneficia o estatuto internacional dessas potências intermédias, do lado da Rússia e da China. O argumento é de que estão a construir uma nova ordem internacional, mas não é nada evidente que os seus parceiros dos BRICS fizessem parte de uma ordem alternativa. à ordem internacional das Nações Unidas.O Kremlin anunciou que o Putin e Guterres têm encontro marcado para depois de amanhã, quinta-feira. O Secretário-Geral das Nações Unidas não vai à Rússia desde 2022 e pergunto-lhe o que é que procura Putin neste encontro? O que é que procura António Guterres e quais é que são as expectativas da comunidade internacional neste encontro agendado para quinta-feira?Teremos de ver primeiro se ele efectivamente se confirma. É verdade que a Rússia e a China, que são os pilares dos BRICS, são dois membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Mas, evidentemente, um encontro entre o Secretário-Geral das Nações Unidas e o Presidente da Rússia, depois do Secretário-Geral das Nações Unidas ter recusado ir à Cimeira da Paz, organizada pela Ucrânia, na Suíça, seria, obviamente, um sinal político forte que diz respeito, evidentemente, apenas à posição do Secretário-Geral das Nações Unidas. Ainda não há uma confirmação definitiva.Qual é que é o papel da China na cooperação com a Rússia? A crescente dependência mútua entre Moscovo e Pequim pode estar a mudar a natureza da liderança dentro dos BRICS.Há uma iniciativa importante da Rússia e da China que querem ter à sua volta estas potências intermédias, mesmo que seja apenas numa cimeira que vale o que vale. É uma demonstração, apesar de tudo, que o isolamento da Rússia, mesmo depois da invasão da Ucrânia, é um isolamento muito relativo e que não inclui uma parte importante das potências intermédias, como a Índia, o Brasil ou a África do Sul - isso é o mais importante.A relação entre a China e a Rússia é uma relação que tem uma forte convergência que se acentuou desde a invasão da Ucrânia pela Rússia e que pode formar, efectivamente, para todos os efeitos, uma coligação das potências revisionistas que contrabalança a posição dos Estados Unidos e dos seus aliados na política internacional e a sua capacidade para chamar à sua volta altos dirigentes destas potências intermédias é um marco importante para a sua reputação internacional, mesmo que não tenha outras consequências.Vladimir Putin vai usar da cimeira, a seu ver, para alegar que as sanções ocidentais contra a Rússia falharam. E até que ponto é que o apoio dos BRICS pode mitigar estes efeitos económicos e diplomáticos das sanções?Insisto mais uma vez, os BRICS não são nem um bloco, nem uma aliança formal, nem um conjunto de Estados que tenham entre si uma parceria estratégica. Todos estes Estados têm as suas próprias políticas e incluindo quanto às sanções, a China tem apoiado a Rússia, designadamente no domínio económico e financeiro, mas não há nenhuma evidência, até agora, de que a China, ao contrário do Irão ou da Coreia do Norte, tenha enviado, tenha vendido armas para a Rússia depois da invasão da Ucrânia em violação das sanções internacionais.Estes Estados não violam as sanções internacionais contra a Rússia. Alguns deles são importantes para, apesar de tudo, comprarem os produtos energéticos da Rússia. É o caso, designadamente da Índia, como é o caso da China. Mas não há, obviamente, uma violação maciça das sanções contra a Rússia. Trata-se de demonstrar que não há um isolamento diplomático da Rússia, apesar de a Rússia ter violado todas as disposições fundamentais da ordem internacional das Nações Unidas quando invadiu a Ucrânia.No plano económico, está também a vontade de encontrar uma alternativa ao dólar. Pergunto-lhe que alternativa pode haver ao dólar e qual é a importância deste plano económico por parte dos BRICS?É sobretudo uma estratégia. Do lado da China, Rússia tem uma economia relativamente menor do volume da economia russa é qualquer coisa comparável a Itália ou a Espanha. Mas a China representa um volume importante e a China tem tentado que as suas relações, as suas trocas económicas com outros países, designadamente com a Rússia, se façam nas suas próprias moedas nacionais e não em dólares. É uma tentativa que a China está a seguir há vários anos, mas que até agora tem resultados relativamente pequenos, uma vez que o dólar continua a ser a moeda de referência em 80% das trocas económicas à escala global.O que é que uma alternativa ao dólar pode criar? Qual é que é o interesse de haver uma alternativa a esta moeda?A China e a Rússia, mas sobretudo a China, quer criar um sistema económico alternativo ao sistema económico, à economia aberta, liderada pelos Estados Unidos, como quer criar uma ordem alternativa à ordem internacional criada pelos Estados Unidos. É um trabalho de décadas e é uma estratégia de longo prazo para demonstrar que há uma alternativa. E, neste domínio, as relações com as potências intermédias são naturalmente importantes, muito embora os resultados até agora na parte financeira sejam muito decepcionantes para agir, de uma vez que a parte do dólar nas trocas económicas internacionais continua a ser dominante.

A partir daqui
21 - Rui Vitorino Santos

A partir daqui

Play Episode Listen Later Sep 11, 2024 46:48


A temporada chega ao fim com este episódio bónus. O convidado é o Rui Vitorino Santos, ilustrador, e que foi um dos nossos professores de Introdução ao Design, a primeira UC de projeto, no ano lectivo de 2008/2009. Pergunto-lhe sobre o seu próprio percurso e depois, da perspectiva de professor, como via os nossos, os obstáculos, os tempos de crise, e como é que ao longo do tempo os alunos foram mudando. Chegamos assim ao final deste projeto. Obrigada a todos os meus colegas (e ao Rui) por aceitarem o convite e fazerem parte dele! Ainda não há planos para uma segunda temporada, mas quem sabe. Desse lado, deixa o teu comentários e avaliações, que ajudam muito outras pessoas a encontrar este podcast. Obrigada por ouvires

Alta Definição
Salvador Sobral: "Pergunto-me se a minha filha vai ter uma doença como a que tive. Devia ser ilegal no mundo haver crianças doentes. É completamente inumano"

Alta Definição

Play Episode Listen Later Sep 7, 2024 51:45


Sete anos depois, “com menos 25 quilos e com outro coração, o músico Salvador Sobral regressa ao Alta Definição para conversar com Daniel Oliveira. A vida do músico alterou-se, principalmente desde 2017. "Parece um ano louco. A Eurovisão mudou a minha vida para sempre e o transplante de coração obviamente também", recorda o cantor. O artista confessa que não se reconhecia ao espelho antes da operação, mas com o tempo, a pouco e pouco, conseguiu recuperar a imagem em que se reconhecia. "Lembro-me de acordar da operação e não querer acordar, querer morrer, porque é uma agonia pura. Pode acontecer-me tudo na vida, os concertos mais stressantes, pode cair um piano em cima de mim, que eu acho que nunca vou sentir a dor que senti no pós-operatório", relembra Salvador Sobral. Apesar de reconhecer que terá um lugar na história por ter vencido a Eurovisão, ambiciona ser "considerado um intérprete importante no nosso país" e acredita que "isso ainda não está atingido." O Alta Definição foi exibido na SIC a 7 de setembro.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
Os Republicanos: "Não damos hipótese de monopolizarem discursos extremistas"

Convidado

Play Episode Listen Later Jul 5, 2024 11:38


Termina esta sexta-feira, 5 de Julho, a campanha para a segunda volta das eleições legislativas francesas. À segunda volta concorrem 1094 candidatos em 501 círculos eleitorais. O partido d'Os Republicanos foi o único a não dar indicação de voto aos seus eleitores. "Não queremos dar hipótese aos extremos que tentam monopolizar o discurso extremista", justifica o vice-presidente da câmara municipal de Aulnay-sous-Bois, na região parisiense, Paulo Marques. RFI: O que espera do escrutínio de domingo?Paulo Marques: Esta segunda volta, no que diz respeito aos Republicanos, obviamente, vão ser poucos os candidatos em França. Vai haver escassos candidatos, esperando que haja perto de uns 80 que possam ser eleitos dos 577 deputados à Assembleia da República Francesa. Esta é uma segunda volta que permite, nomeadamente de ter em vez de ter as 300 triangulares, isto é com três candidatos por circunscrição, nomeadamente, houve vários que se desistiram, mais de 200 desistiram, permitindo uma escolha binária, escolher entre dois candidatos. Estamos a falar de umas eleições onde não se fala de um programa, mas de se colocar contra um ou outro candidato. Isso é muito mau e não facilita, nomeadamente a leitura de um próximo governo e da próxima Assembleia da República.O risco é precisamente esse, do país ficar ingovernável?Sim, Emmanuel Macron tinha uma maioria muito escassa na Assembleia da República. O que pode suceder é que haja uma coabitação, mas quem nomeia o primeiro-ministro é o Presidente da República. E, sabendo-se que não vai haver maioria clara, Emmanuel Macron escolherá muito provavelmente um primeiro-ministro que lhe seja mais favorável ou não. Também pode depender do resultado da União Nacional e aí iremos ver qual será a iniciativa. Mas não esquecer que o regime presidencialista de França e as directivas de orientações do governo são feitas pelo Presidente da República e, óbvio, se ele escolher o candidato mais votado no próximo domingo, terá o que nós dizemos uma coabitação. Coabitação essa que não permitirá que na Assembleia da República se possa construir um programa que foi, aliás, divulgado durante esta campanha escassa. De frisar também que quem estiver a governar irá trabalhar com a Assembleia da República e com o Senado, cuja maioria é d'Os Republicanos. Aqui está a grande dificuldade em que haver novas leis e o exercício democrático das nossas instituições será facilitado.Em sete círculos eleitorais, os candidatos do partido Os Republicanos não desistiram para evitar que a extrema-direita chegue ao poder, como o fez, por exemplo, a coligação de esquerda, a Nova Frente Popular, ou coligação presidencial Juntos pela República. Pergunto-lhe por que motivo estes sete candidatos não desistiram?Houve desistências só que foi, nomeadamente, do Éric Ciotti. Aí é que se vê o que é que é um indivíduo fascizante; o presidente d'Os Republicanos decidiu unilateralmente aliar-se com a União Nacional da Marine Le Pen. Nós verificamos aí que ele nem às bases solicitou para essa medida. Ele hoje está só e os republicanos de França, obviamente, em função do lugar onde estão, de território em território, fizeram ou não a possibilidade de se retirarem. Nós temos, nalguns distrito e nalguns territórios, a França Insubmissa contra outro candidato da França Insubmissa. Temos também noutros lugares também a União Nacional contra Os Republicanos. Esta é uma eleição local, é uma eleição com candidatos uninominais que não é de lista. É óbvio que a realidade territorial faz com que haja uma diversidade de acordos ou não acordos, mas não são os acordos nacionais que permitem uma realidade depois no terreno.Pode se dizer que existe um braço-de-ferro entre duas alas do seu partido, do partido d'Os Republicanos?Não, não há duas alas. O presidente decidiu estar sozinho e fazer um acto fascista, decidindo unilateralmente o que nós, militantes, deveríamos fazer. O que nos diz respeito é que não temos Éric Ciotti como presidente, já não é o nosso presidente e nós, que temos a maioria dos municípios em França, nós estamos em responsabilidade com os nossos munícipes, com a nossa realidade e é isso que nos interessa.É possível uma reconciliação com o Éric Ciotti?Não, não, obviamente. Eu, aliás, nunca votei em Éric Ciotti, mas como eu, muitos decidiram ficar no partido d'Os Republicanos, porque não é fugindo, não é ao estar ausente que nós participamos no debate, que nós participamos a dar as nossas ideias e termos um partido pró-activo. Obviamente que Éric Ciotti se pôs à margem d'Os Republicanos e nós continuamos o nosso trabalhinho iniciado nas autarquias porque temos maioria, no Senado também temos maioria e somos um partido responsável. E quem não estiver bem nesse partido, olhe, como se diz cá: podem juntar-se a Éric Ciotti.Temos em mente as nossas populações e podem confiar nos nossos autarcas, nos nossos presidentes de câmaras, nos políticos que estão mais próximos dos cidadãos e dos seus munícipes.Fala-se do risco do partido dos Republicanos desaparecer. Quando em 2017, Emmanuel Macron chegou ao poder acabou com a dicotomia entre os partidos tradicionais de esquerda e de direita. Os republicanos já formaram muitas vezes governo, tiveram sucessivos presidentes, nomeadamente Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy. O perigo do partido desaparecer é real?Esta foi a promessa que Emmanuel Macron fez quando chegou a Presidente da República: comigo não haverá nem esquerda nem direita. Ele conseguiu e tem os extremos; a extrema-direita e a extrema-esquerda. No entanto, nos territórios, a realidade é que as pessoas quando vão eleger os seus presidentes de câmaras, os seus conselheiros distritais ou os seus conselheiros regionais vão eleger pessoas que estão muito próximo dos seus munícipes e do dia-a-dia. Os primeiros políticos com quem lidamos são os que nos são próximos e muitas vezes são os presidentes de câmaras. Aí temos que ter essa noção muito clara de proximidade, de resposta aos nossos munícipes, aos anseios das nossas populações e é verdade que com este trabalho conseguiremos muito provavelmente ter uma direita, não sei se será os republicanos ou se temos que encontrar eventualmente outra estrutura, mas a realidade é que nos territórios municipais são os republicanos que têm a maioria e no Senado também.Por que motivo é que o partido d'Os Republicanos não deu indicação de voto?Nós não damos é hipótese e oportunidade de os extremos tentarem monopolizar o discurso extremista. De um lado, os que querem retirar as armas aos polícias e andarem na rua com as mãos nos bolsos e do outro lado, os que estigmatizam os imigrantes. Isto não tem lógica nenhuma. Aliás, os nossos munícipes já não compreendem essa problemática dos partidos e também dizem por que é que são os partidos, porque é que é a nível nacional que tem que nos dizer qual é o voto que eu tenho que indicar? Temos que ser realistas.Depois da forte participação de domingo passado, as pessoas não estão à espera das posições dos partidos ou dos presidentes de partidos a nível nacional para decidir em quem votar.Os Republicanos passaram os últimos anos a criticar a política de Emmanuel Macron. É possível que criem uma aliança com o Partido Presidencial Renascença. O primeiro-ministro Gabriel Attal afirmou nos últimos dias que seria possível uma grande aliança com partidos de esquerda, com partidos do centro e os republicanos. Este figurino faz sentido para si?Fala-se muito numa aliança quando 'existe um perigo em casa ou dentro dos partidos', eles querem decidir pelos militantes. Parece-me que são medidas unilaterais, pensamentos muito nacionais e hoje temos que ter em preocupação qual estado do país vamos ter domingo. Qual será o futuro da situação política? A grande problemática é a nível nacional não responder aos anseios das pessoas. Eles não responderam à inflação e foram muitas vezes as autarquias que tiveram que responder à ausência de Emmanuel Macron no que diz respeito à proximidade com as nossas comunidades francesas. Isso foi muito mau. Hoje ele tem o resultado que é quase uma brincadeira de mau gosto porque aniquilando a esquerda e a direita e estamos com dois extremismos que se enfrentam. Depois das eleições temos de ter a maior união possível porque o que é importante é responder aos anseios das pessoas.Portanto, o seu partido vai posicionar-se, muito provavelmente a partir de segunda-feira, como um partido da oposição, independentemente dos resultados?Exactamente, haverá uma oposição construtiva porque nós estamos nos nossos terrenos, estamos com as pessoas e o facto de estarmos com as pessoas, elas querem compreender e nós temos que explicar regularmente quando estamos com o movimento associativo, quando estamos com os pais nas escolas, etc. Temos que ter esse posicionamento muito terra-a-terra e de proximidade, porque a situação é complexa. Nós seremos obviamente uma oposição de construção e em responsabilidade.

Podcasts de Ecologia/Composições musicais/Natureza Ecology Podcasts/Musical Compositions/Nature

Por que o conhecimento dos oceanos é fundamental para proteger nossos ecossistemas marinhos? O impacto negativo do ser humano no meio ambiente não é novidade. Sempre nos recusamos a manter um equilíbrio com a natureza. Somos responsáveis ​​pela crise climática que estamos enfrentando. Vemos a mudança climática acontecendo debaixo dos nossos olhos e vemos cada vez pior. Isso nos faz pensar como será o futuro para nós. Não conseguimos perceber que as mudanças climáticas afetam diretamente a nós e nossos direitos básicos, como o direito à alimentação, ar puro, água potável, educação, desenvolvimento, etc. A temperatura está subindo, os desastres naturais continuam aumentando em números, o desmatamento está sem controle... Não existe a humanidade sem a Mãe natureza. Pergunto se as próximas gerações vão experimentar a natureza da maneira que tivemos a sorte de fazer. Não podemos mais ser ignorantes. O que podemos fazer? Ainda podemos fazer uma mudança para sempre. O passo mais importante é conscientizar sobre a crise climática que estamos enfrentando. Educar a nós mesmos e aos outros sobre as causas da crise climática. [...] Em vários lugares do mundo, entusiastas tentam aumentar a conscientização pública sobre a saúde dos nossos mares e do ambiente marinho. Todos os anos, milhões de turistas visitam Malta. Malta é uma ilha localizada no sul europeu, no Mar Mediterrâneo, entre o sul da Sicília, na Itália, e a nordeste da Tunísia, na África. Um grupo de mergulhadores foi para Malta para mais do que apenas diversão. Eles foram para uma visita guiada gratuita pelo Aquário Nacional de Malta para aprender mais sobre a vida marinha local e sua importância para a humanidade. Esta é uma das maneiras perfeitas de educar as pessoas. Acho que as crianças gostam, as pessoas de todas as idades gostam. Tais iniciativas visam melhorar a conscientização pública sobre o oceano e o ambiente marinho. [...] Mudanças climáticas, poluição e exploração excessiva de recursos marinhos – os nossos oceanos enfrentam vários desafios. Mas a esperança é que, quanto mais as pessoas souberem sobre esses problemas, mais elas tomarão o assunto em suas próprias mãos para ajudar a virar a maré. Fontes (textos/créditos): https://www.euronews.com/green/2022/02/22/creating-sea-change-why-ocean-literacy-is-key-to-protecting-our-marine-ecosystems https://www.voicesofyouth.org/blog/earth-our-future-theres-no-planet-b Imagem (créditos): https://www.voicesofyouth.org/blog/earth-our-future-theres-no-planet-b Trilha sonora (créditos): https://www.youtube.com/watch?v=BjnnUCmNREI - Baroque Music for Studying & Brain Power - HALIDONMUSIC --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/multimidiavillage/message

Pergunte ao VC
Quero fazer uma secundaria, consigo? (Pergunto ao VC 325)

Pergunte ao VC

Play Episode Listen Later Jun 6, 2024 4:22


VC.clopedia : https://www.vcclopedia.com/ Pergunte ao VC-Bot: https://gptupload-production.up.railway.app/ Se quiser mandar novas perguntas ou votar, use esse link: https://pergunteaovc.kampsite.co/ Para seguir o canal: https://www.youtube.com/@pergunteaovc Para seguir no Spotify : https://spoti.fi/2sonEON Para seguir no Itunes: https://podcasts.apple.com/us/podcast/id1489205902 Hoje respondo: Sou co-founder e acionista, gostaria de liquidar 2% das minhas ações, sendo que tenho 22%, como isso pode ser visto pelos futuros investidores? Sou co-founder, acionista e atuo como Chief Technology Officer, gostaria de liquidar 2% das minhas ações, sendo que tenho 22%, como isso pode ser visto pelos futuros investidores? Não tenho patrimônio fora da empresa, moro de aluguel. Gostaria de vender 2% de ações da empresa, reduzindo minha participação de 22% para 20%, com intuito de trazer uma estabilidade e segurança financeira para minha família, e assim dar ainda mais apetite ao risco para o patrimônio que está sendo construído junto à empresa. Empresa já possui 5 anos e meio, valuation de +- R$800 Mi, sem nenhum investimento, caixa financeiro saudável. Timeline: Realinhamento do apetite de risco (00:00:01) O empreendedor considera a possibilidade de fazer uma pequena secundária para diversificar seu patrimônio pessoal. Impacto da pequena venda (00:01:26) Discussão sobre a importância de trazer conforto para a vida fora da empresa e a materialidade da venda. Liquidez e valor futuro (00:02:40) Realinhamento significativo do patrimônio e a importância da liquidez para garantir tranquilidade. Conforto dos investidores (00:04:01) A importância da liquidez e do valor per se quando a empresa já tem materialidade e valor.

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Ucrânia: "Campanha mediática para obscurecer frente de batalha"

Convidado

Play Episode Listen Later May 31, 2024 15:49


França, Alemanha e Estados Unidos autorizaram a Ucrânia a utilizar o armamento francês, alemão e norte-americano contra alvos militares em território russo. O Major-General na reforma, Carlos Branco, lembra que estamos perante "uma campanha mediática que visa obscurecer o que está a ocorrer na frente de batalha", isto é, "a derrota progressiva das forças ucraniana". RFI: Qual é o alcance desta autorização dada por França, Alemanha e os Estados Unidos, pode ter impacto no decurso da guerra?Carlos Branco: A resposta a essa pergunta tem de ser analisada de várias perspectivas: Em primeiro lugar, perceber que, desde o início da guerra, o armamento fornecido pelas potências ocidentais à Ucrânia tem sido utilizado a atacar a Rússia e, portanto, há várias situações em que isso tem ocorrido e têm sido públicas. E isso, de certa forma, é uma prática que tem sido utilizada desde há uns tempos a esta parte, eu diria quase desde o início da guerra. Portanto, não há um grande elemento de inovação. O que nós estamos aqui a enfrentar é fundamentalmente uma campanha mediática que visa, de certa forma, obscurecer o que está a ocorrer na frente de batalha, que é a derrota progressiva das forças ucranianas, que se encontram numa dificuldade cada vez maior.Quando estamos a falar deste equipamento, estamos a falar fundamentalmente de equipamento, dado o seu alcance, que tem impacto táctico na conduta das operações. Há aqui outro elemento que nós temos que introduzir neste debate que se prende com a guerra psicológica. O Ocidente começa a entrar numa situação de grande ansiedade com o que poderá decorrer desta guerra no domínio estratégico, que passa fundamentalmente por uma derrota que se poderá traduzir numa humilhação, sobretudo se aquilo que o Presidente Putin tem vindo a falar se concretizar, ou seja, não se falar apenas do congelamento da situação táctica ou de um armistício ou de um congelamento das operações, mas no desenho de uma nova arquitectura de segurança e defesa Na Europa. E perante esta situação de grande desconformidade no Ocidente, surgem algumas soluções que e alguns discursos que me parecem pouco adequado.Que soluções são essas?O caso da França que fala em enviar tropas para a Ucrânia, que numa primeira fase serão apenas instrutores, mas que poderão rapidamente evoluir com uma intenção directa que é alterar e afectar o desenvolvimento da situação táctica e depois operacional. Há países que já disseram claramente que estão disponíveis para isso. Estamos a falar da Polónia e estamos a falar dos Bálticos, embora os bálticos não tenham capacidade militar e não sejam relevantes neste processo. Ou seja, tem uma voz muito grossa, mas aquilo não é consequente. Já não se pode dizer a mesma coisa da Polónia. A probabilidade de esses países, meramente a França e a Polónia, participarem com forças na Ucrânia. Isso pode nos conduzir a um resultado que nós não sabemos qual é.Aliás, eu gostava de recordar que no Vietname as forças americanas começaram também exactamente com os formadores e depois, a partir do momento em que os formadores começam a cair e a voltarem em sacos de plástico pretos. Depois, a seguir, há sempre aquela questão da humilhação que as grandes potências têm e depois não moderam a forma do seu empenho nas operações, que é sempre a tentativa de escalar. Portanto, essa possibilidade existe. Nós estamos a ter um debate desfocado, descentralizado, porque quando se trata de utilização de equipamento ocidental na Rússia, nós temos que distinguir entre aquele equipamento que tem sido utilizado até agora. Vai continuar a ser utilizado e daqui não há nada novo. Não há notícia que o presidente Biden tenha impedido a utilização, por exemplo, dos Excalibur, dos HIMARS, dos HARM.Estamos a falar de quê, precisamente?Estamos a falar de mísseis. Estou a falar concretamente dos americanos porque tem sido utilizado fora das fronteiras da Ucrânia até agora. Por exemplo, os AGM-88 HARM, que é um equipamento fundamentalmente dirigido aos radares de defesa aérea do inimigo, tem sido utilizado. Este tipo de equipamentos são fundamentalmente pelo seu alcance de natureza táctica, porque os centros de comando e controlo russos estão muito para lá do alcance destes equipamentos. E reitero outra coisa importante que estes equipamentos não são decisivos para alterar o curso da batalha.A Ucrânia está a perder a guerra no campo de batalha. Estes novos equipamentos táticos vão mudar o panorama operacional?Não, não, não. Este tipo de equipamentos não vai fazer a diferença no sentido em que a centralidade operacional, os centros de comando e controlo de natureza estratégica russa estão para além do alcance destas armas. Portanto, estamos mais uma vez a dar um tiro ao lado, o alvo errado. A questão central tem a ver fundamentalmente com o que foi a resposta de Putin. E isso tem a ver com o seguinte; Há poucos dias foram feitos uns ataques a dois radares do sistema de aviso prévio nuclear russo e aí são infra-estruturas de natureza estratégica e todos nós sabemos que a Ucrânia não tem capacidade para estas operações, que estas operações só são possíveis devido à ajuda exterior e isto é uma uma actuação permanente desde o início da guerra. Estará seguramente lembrada do afundamento Moskva e o Moskva só foi afundado porque teve ajuda externa e à fortes suspeitas que tenham sido os ingleses.O que é que nós estamos a assistir nesta altura: A utilização destes meios que nós acabámos de referir, os mísseis só são possíveis de serem empregues com ajuda externa. Em primeiro lugar: a identificação dos alvos não é feita pelos ucranianos. É feita por um sistema que tem a colaboração da NATO e tem o envolvimento de aviões, de uma série de sensores de drones. Ou seja, são pertença de países da NATO. Há uma relação causa efeito entre estes ataques e a presença deste tipo de equipamento. Estou a falar fundamentalmente de drones e estes drones costumam ser drones norte-americanos que não só fazem o guiamento destas missões. E quando eu digo destas missões, isto aplica-se também ao caso dos drones aquáticos, que para além de identificar os alvos, quando eu digo identificar os alvos, estou-me a referir inclusivamente à localização dos alvos. Depois faz o guiamento até estes locais para atingir os alvos pré-identificados. Estes equipamentos não são operados pelos ucranianos. Estes equipamentos são operados por militares dos país...São operados por norte-americanos?Não, os que são norte-americanos são operados por militares norte-americanos, os que são ingleses por ingleses e os que são franceses e serão pelos franceses, porque isto é matéria muito sensível e não se pode colocar este tipo de informações na mão de pessoas que inclusivamente não pertencem à NATO, pelas circunstâncias todas que nós percebemos. A fuga de informação, questões de natureza tecnológica, etc. Ou seja, tem que haver aqui um controlo grande.Os russos sabem perfeitamente que este equipamento que vem agora ser coberto pelo chapéu da utilização ilimitada dos meios dados pelos ocidentais no território russo. Eles sabem perfeitamente que isto é utilizar o argumento, o pretexto ucraniano e sabem efectivamente que isso não é bem assim. No fundo, são armas que os países ocidentais utilizam para atacar a Rússia. Mas enquanto estes ataques se limitarem às questões de natureza táctica e com impacto directo nas operações, eu penso que os russos aí não terão muita capacidade argumentativa. Se estes ataques forem em infra-estruturas de natureza estratégica e nesse caso, a estratégica nuclear. Ah, pois então, aí a reacção é outra. E aí a Rússia, seguramente, de acordo com a sua doutrina militar, terá respostas mais assertivas. E essas respostas mais assertivas podem ser várias coisas, desde o ataque a instalações americanas fora da América. É extremamente improvável um ataque ao território americano e quando eu digo o território americano, incluo também a França e o território do Reino Unido. Mas não podemos colocar de parte também a possibilidade de ataques a estes drones que voam no Mar Negro e que têm como finalidade fazer o tal guiamento destas munições que vão atacar o território russo na sua profundidade.Não devemos reagir de uma forma excessiva porque há aqui uma componente de continuidade. Portanto, é apenas uma narrativa, porque o que está por trás da narrativa não é nada de novo. É uma tentativa de moldar as opiniões públicas. Passamos da questão mediática para a questão das operações psicológicas. Moldar as opiniões públicas para estarem receptivas à eventualidade de um confronto militar, parece extremamente grave.Desviar atenções, portanto?Quer dizer, não é bem, até desviar atenções é mais de moldar os pensamentos, actuar no domínio cognitivo para que fiquem mais receptivas ao uso da força posterior com uma natureza diferente daquele tem tido até agora a intervenção militar directa no território ucraniano.O secretário-geral da NATO disse hoje que concorda com a decisão de alguns aliados de autorizarem que a Ucrânia use armas ocidentais para atacar o território russo. No entanto, avisou que o armamento deve ser utilizado de forma responsável e de acordo com a lei internacional. Pergunto-lhe o que é que significa esta afirmação? O que é que significa de acordo com a lei internacional?O secretário-geral da NATO excede se muitas vezes na linguagem. Ele não é um primus inter pares. Ele não disse nada. Quem decide são os Estados e eu recordo que quem toma as decisões por consenso são os Estados. O poder está nos Estados. Ele limita-se a moderar e a dirigir as reuniões do Conselho do Atlântico Norte nos seus diferentes formatos. Ou seja, pode ser tanto a nível dos representantes permanentes em Bruxelas, como a nível dos ministros e como eventualmente até a nível de cimeiras, chefes de governo e de Estado. O papel dele é este e, portanto, como tal, ele deve-se limitar a ser um porta-voz e não é suposto que dê opiniões e que venha fazer comentários e dar indicações. Ele não dá indicações nenhumas. Ele pode ter dado indicações quando tinha responsabilidades governativas na Noruega. Aqui não. Portanto, tudo o que ele diz tem que reflectir o pensamento da NATO. A partir do momento que não existem decisões da NATO relativamente a essa matéria, o que ele diz não tem sentido. É uma vacuidade.Aliás, se eu não estou enganado, esta última reunião foi uma reunião de ministros dos negócios estrangeiros informal, como sendo uma reunião informal não se tomam decisões. E tanto quanto eu saí, também não há declarações. Nós muitas das vezes até por desconhecimento damos muita ênfase e muita importância às declarações do senhor Stoltenberg. Mas o senhor Stoltenberg está a falar de coisas, muitas das vezes, para as quais não está mandatado e já teve várias vezes que recuar daquilo que disse, porque aquilo que ele diz não reflecte o pensamento dos membros da Aliança e sobretudo em determinados domínios em que essas decisões têm que tomar por consenso. Eu posso recordar-lhe, por exemplo, as posições que já foram tomadas sobre as últimas declarações dele pela Itália. A Itália foi clara sobre essa matéria; que não ia autorizar a utilização no elemento que fornece no território russo. E sabemos também qual é a posição da Hungria e da Eslováquia e de outros países que têm posições mais mais silenciosas. Mas sabemos o pensamento deles.Fala de respostas silenciosas. Como é que explica estas respostas silenciosas, por haver receio?Claro, porque quando há um primus inter pares muito assertivo.. Se um determinado país tiver posturas de discordância relativamente à posição do primus inter pares, tem que gerir essas discussões com muita cautela e, fundamentalmente, de uma forma discreta. Não pode vir afrontar publicamente a grande potência. É assim que funcionam as relações internacionais. E o que eu lhe estou a dizer relativamente a estas manifestações discretas é exactamente isto porque a grande potência, o primus inter pares, quando os estados secundários têm a divergência de pensamento, acaba por utilizar os recursos que têm ao seu alcance para o fazer alterar a sua posição. E os recursos são muitos, para além das diferentes formas de pressão.

Flos Carmeli Podcasts
1647- RCC e Missa Nova (Orlando Fedeli)

Flos Carmeli Podcasts

Play Episode Listen Later May 16, 2024 13:57


Até a Reforma Tridentina sabe-se muito bem que não existia apenas um único Ordo Missae, mas diversos, alguns dos quais estão na base das diversas famílias litúrgicas que ainda existem (Rito Ambrosiano, Rito Armeno, Rito Copta etc.).     Muitos elementos foram-se acrescentando ao longo dos séculos, sendo portanto não de origem divina, mas de "traditio ecclesiastica", e ipso facto passivel de evolucao. Mesmo em Roma a S. Missa nos primeiros seculos - o quanto se sabe dada a escassa documentação - não era uniformemente celebrada; seus elementos essenciais (presentes sempre, entre todos e em todo o lugar, para recordar S. Vicente de Léris no séc. V) são recordados no "Catecismo da Igreja Católica" (nn. 1345ss), onde o testemunho de S. Justino Mártir (Apol. 1,65) a esse respeito é decisivo (pela sua antiguidade, clareza e autoridade). - Nao posso portanto aceitar esta exagerada insistencia sobre o valor da venerável (não deixa de sê-lo) Missa de S. Pio V em detrimento da Missa de Paulo VI (também venerável), uma vez que haja efetiva fidelidade ao essencial, em comunhão de fé e amor a Cristo que na Eucaristia se oferece ao Pai e a nós sacrificalmente por misericórdia. 3. Pergunto ainda: poderia novamente considerar a questao dos livros de Teologia Dogmatica, indicando-me não apenas manuais estritamente tomistas, mas outros - igualmente sólidos e católicos - manuais de Teologia Dogmática?

Convidado
Declarações de Marcelo "devem trazer para a agenda política situação dos afro-descendentes"

Convidado

Play Episode Listen Later Apr 29, 2024 9:32


O Presidente português defendeu que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado, e disse que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos” e que há que pagá-los. "Este debate é muito fácil de se fazer, transferindo de alguma forma a questão para a realidade dos países no continente africano. Creio que se deve aproveitar esta oportunidade para trazer para a agenda política nacional a situação dos afro-descendentes", defende Yussef, activista pan-africanista. RFI: Como é que interpreta estas declarações?Yussef: Eu penso que há uma parte que é importante do discurso do Presidente Marcelo, na medida em que há uma tentativa de fazer uma análise histórica concreta do que é que foi o tráfico transatlântico e do que é que foi o colonialismo. Isto, contrariamente à ideia dominante em Portugal, que é de uma romantização tanto da escravatura transatlântica como do colonialismo. Eu creio que, neste sentido, é importante este passo em frente, até porque isto pode ter repercussões na sociedade portuguesa, na forma como se entende o fenómeno transatlântico da escravatura e o fenómeno colonial. Existe a ideia, ainda hoje de que foi uma escravatura transatlântica que não foi iniciada pelos portugueses, de que foi diferente comparativamente a outros Estados que praticaram a escravatura transatlântica, quando na verdade estamos a falar de negação da humanidade, tanto neste fenómeno como relativamente ao colonialismo. Eu acho que a nível da história, a nível do entendimento, o que é que foi a história, estas palavras do Presidente Marcelo têm a sua importância.Existe uma outra dimensão desta sua intervenção que deixa alguma dúvida relativamente à sua pertinência. Quando falamos, por exemplo, de compensações históricas e aqui eu coloco a questão, nós estamos a falar do que exactamente: Estamos a falar de restituição de objectos que foram apropriados pelo Estado português e que devem ser devolvidos? Estamos a falar de transferência de valores de trabalho da classe burguesa para as classes trabalhadoras de países como Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique? Estamos a falar do quê concretamente? Eu creio que há necessidade de saturar este debate para que nos possamos entender, porque eu creio que tem que haver uma certa sensibilidade quando tentamos, de alguma forma, inculcar um sentimento de culpabilidade a descendentes de grupos que participaram tanto na escravatura transatlântica como no colonialismo e que, de uma forma ou de outra, penso eu, não tem nenhuma responsabilidade nesse fenómeno passado. Então é preciso ter algum cuidado neste inculcar um sentimento de culpa que não deve existir.Eu creio que deve existir sim uma consciência do que foi a história, o que é que aconteceu na história. Ter noção de que a escravatura transatlântica e o colonialismo impactaram e mudaram o mundo no qual nós vivemos hoje. Existem heranças, sim, por parte daqueles que beneficiaram de um avanço das suas sociedades, fruto da escravatura atlântica e do comunismo. Existe uma herança também de subdesenvolvimento, de atraso civilizacional, mesmo também fruto da herança da escravatura transatlântica e do colonialismo. Mas a questão é: será que a transferência de valores como reparação e forma correcta no mundo actual de alguma forma não reparar, porque acho que é um termo não exacto, mas mitigar o que aconteceu no passado. Eu, muito sinceramente, enquanto militante e activista que tenta construir um outro projecto de sociedade, tenho, no mínimo, as dúvidas que seja esse o caminho.Fala da análise da história que não foi feita até agora. Muitos portugueses ainda se orgulham da época das descobertas e dos feitos dos navegadores, esquecendo tudo o que estas descobertas ocidentais implicaram. Entre os séculos XV-XIX, perto de 13 milhões de africanos foram raptados e vendidos como escravos. Só Portugal traficou quase 6 milhões de africanos, mais do que qualquer outro país europeu. Até agora não conseguiu enfrentar o seu passado. Hoje atribui se a culpa aos antepassados. No entanto, ainda há actos de racismo em Portugal, como é que se explica este antagonismo?Em última análise explica-se o projecto de sociedade que existe. Enquanto não existir uma modificação das estruturas políticas e económicas, não pode existir nenhum idealismo em acreditar que o racismo deixará de existir para o racismo. Nasce no campo do trabalho, no campo da divisão social, do trabalho. Estamos a falar da exploração económica e, quer queiramos quer não, esta sociedade tem como estrutura, como pilar, a exploração económica de um grupo sobre os demais. Enquanto esta exploração económica institucionalizada existir, enquanto existir uma divisão social e racial do trabalho, será puro idealismo acreditar que discursos poderão fazer face ao racismo.Esta é uma herança, sem dúvida alguma, da escravatura transatlântica e do colonialismo e tem que ser entendida, tem que ser entendida na sua profundidade, nas suas dimensões complexas, porque realmente precisamos de dar um passo em frente. E não acredito que o mero debate sobre as reparações possa fazer face. Pode dar um contributo. Muito a nível intelectual a nível de tentativa de criar uma crítica mais arrojada ao que foram esses fenómenos. Mas não tenhamos ilusões, enquanto não houver uma mudança a nível das estruturas do trabalho nesta sociedade e diria eu, a nível mundial, o racismo existirá. O racismo tem estas dimensões; tem dimensão a nível nacional que tem a ver com a divisão social e racial do trabalho e tem a sua dimensão internacional, que tem a ver com a divisão internacional e racial, também do trabalho, em que existem sociedades que exportam matérias-primas ou são obrigadas a exportar matérias-primas e existem outras sociedades que se transformam e depois exportam. Esse projecto de sociedade profundamente desigual é que forja esta mentalidade racista de que existem povos que não têm capacidade de fazer nada mais do que exportar matérias-primas e que existem outros povos que, por uma inerência, uma inerência biológica, têm a capacidade de transformar e de criar valores e que depois exportam para povos que não conseguem essa mesma transformação.Eu creio que temos que mudar as premissas do debate, mesmo quando falamos do racismo, no sentido realmente de entender que não é um problema de mentalidades ou antes, ser um problema de mentalidades, tem a ver com a nossa vivência imaterial, tem a ver com a produção da vida material na sociedade, tem a ver com a divisão social do trabalho e tem a ver com a divisão internacional do trabalho.Em comunicado, o executivo português, liderado por Luís Montenegro, afirma que, "a propósito da questão da reparação a esses Estados e aos seus povos pelo passado colonial do Estado português, importa sublinhar que o Governo actual se pauta pela mesma linha dos governos anteriores. Não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de acções específicas com esse propósito". O governo português a reagir este fim-de-semana passado e afastar se das afirmações de Marcelo Rebelo de Sousa. Pergunto lhe, quando o há pouco dizia que era necessário dar um passo em frente foi isso que Marcelo Rebelo de Sousa tentou fazer ou tentou demarcar se politicamente?Eu não quero fazer interpretações subjectivistas de quais foram as intenções do presidente Marcelo, mas eu reconheço que o facto é que ia falar consigo sobre este tema, significa que abriu aqui um debate que eu acho que é importante relativamente ao posicionamento do governo português. Eu creio que falar de reparações ou mitigar as consequências da escravatura transatlântica ou do turismo deve incidir sobre a condição material dos descendentes desses homens e mulheres que foram traficados e desses homens e mulheres que passaram pelo colonialismo, osso deveria começar, talvez, em Portugal. Não são coisas contraditórias, o debate tem de ser feito em Portugal, tem que ser feito nos países que foram colonizados pelo Estado português, mas começando em Portugal, porque também precisamos ter algum grau de exigência.O professor Marcelo, como um agente político, certamente terá noção que existem movimentos da afro-descendente em Portugal que têm um caderno de reivindicativo desde as coisas básicas, como por exemplo, a mudança da lei da nacionalidade para permitir que quem nasça em Portugal, tenha nacionalidade portuguesa e ao mesmo tempo também permitir que aqueles que foram vítimas desde a década de 80, aquando da mudança da Lei de nacionalidade que nasceram cá, viveram toda a sua vida em Portugal, não puderam ter a sua nacionalidade, para que a lei da nacionalidade, de forma retroactiva, permitir que esses homens e mulheres hoje possam ter a nacionalidade portuguesa. Ao mesmo tempo, também fala se da recolha de dados étnico raciais que, por exemplo, deveria ter estado nos censos no sentido de se saber exactamente como é que vive a população portuguesa afro-descendente, se tem acesso ao ensino superior ou não? Quais são os trabalhos nos quais são mais representados? Têm acesso, por exemplo, a carreiras, por exemplo, na área do jornalismo, da comunicação social.Ou seja, este debate é muito fácil de se fazer, transferindo de alguma forma a questão para a realidade dos países no continente africano, mas não se fazer aqui em Portugal e creio que deve se aproveitar esta oportunidade também para, mais uma vez, trazer para a agenda política nacional a situação dos afro-descendentes. Porquê? Porque se falamos em reparação, ou se quisermos ser mais concretos a mitigar as consequências desses fenómenos dos quais estamos a falar aqui. Comecemos por entender a situação concreta, material, dos afro-descendentes e, ao mesmo tempo, ouvir essas mesmas organizações da afro-descendentes, estes mesmos militantes activistas com os seus cadernos reivindicativos no sentido de realmente se poder dar um passo em frente relativamente a este debate de forma séria e com um compromisso concreto.

Arauto Repórter UNISC
A diferença entre quem tem fé e quem não tem

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later Mar 11, 2024 3:29


Imagine que você pudesse assinar um contrato com Deus. Basicamente, constaria da avença o seguinte: Cláusula primeira: após 10 mil horas de estudo do bacharel, o contratado (Deus) se compromete a conceder ao contratante (você) o cargo almejado. Parágrafo único: fica facultado ao contratado substituir o prêmio por outro que se mostre melhor à história de vida do contratante, segundo os desígnios supremos do primeiro. Pergunto: você assinaria? Pois é... aí, mora a diferença entre os que têm fé e os que não têm. Os primeiros assinam. Os segundos, não. Quando uma pessoa de fé se senta para estudar, ela tem certeza da aprovação. Talvez seja em um cargo diferente, talvez demore mais do que o esperado, talvez seja em um outro estado. Mas ela tem a certeza de que será aprovada no cargo, no momento e no local mais adequados à sua história de vida. E isso lhe dá paz e força para continuar disciplinadamente. Quando uma pessoa sem fé se senta para estudar, ela não sabe se vai passar, se a decisão de destinar anos de sua vida àquele projeto é a melhor, se ela será feliz em outro lugar. E, com o tempo, isso lhe rouba a paz e a disciplina. E, sem paz e disciplina, ela desiste. O mesmo raciocínio vale para a vida sentimental e para as demais áreas da vida. O contrato diz: cuide de você mesmo, invista em suas belezas e bondades em todos os sentidos e eu providenciarei uma pessoa maravilhosa para você, na hora e no local certos.... Só quem tem fé vive assim. O descrente, ao não ver a luz, pensa que ela não existe. Mas aquele que crê tem a certeza das coisas que não se veem, confia, descansa e luta. Porque quem não tem fé vê a guerra. Mas quem tem fé vê a vitória, ainda que esteja no meio da guerra. Hoje, existem contratos em cima de sua mesa no mundo espiritual. Você pode decidir assiná-los ou não. Caso decida pelo sim, não se esqueça: cumpra sua parte do acordo e não se preocupe. Deus cumprirá a dele. Basta ter fé.

Assunto Nosso
A diferença entre quem tem fé e quem não tem

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later Mar 11, 2024 3:29


Imagine que você pudesse assinar um contrato com Deus. Basicamente, constaria da avença o seguinte: Cláusula primeira: após 10 mil horas de estudo do bacharel, o contratado (Deus) se compromete a conceder ao contratante (você) o cargo almejado. Parágrafo único: fica facultado ao contratado substituir o prêmio por outro que se mostre melhor à história de vida do contratante, segundo os desígnios supremos do primeiro. Pergunto: você assinaria? Pois é... aí, mora a diferença entre os que têm fé e os que não têm. Os primeiros assinam. Os segundos, não. Quando uma pessoa de fé se senta para estudar, ela tem certeza da aprovação. Talvez seja em um cargo diferente, talvez demore mais do que o esperado, talvez seja em um outro estado. Mas ela tem a certeza de que será aprovada no cargo, no momento e no local mais adequados à sua história de vida. E isso lhe dá paz e força para continuar disciplinadamente. Quando uma pessoa sem fé se senta para estudar, ela não sabe se vai passar, se a decisão de destinar anos de sua vida àquele projeto é a melhor, se ela será feliz em outro lugar. E, com o tempo, isso lhe rouba a paz e a disciplina. E, sem paz e disciplina, ela desiste. O mesmo raciocínio vale para a vida sentimental e para as demais áreas da vida. O contrato diz: cuide de você mesmo, invista em suas belezas e bondades em todos os sentidos e eu providenciarei uma pessoa maravilhosa para você, na hora e no local certos.... Só quem tem fé vive assim. O descrente, ao não ver a luz, pensa que ela não existe. Mas aquele que crê tem a certeza das coisas que não se veem, confia, descansa e luta. Porque quem não tem fé vê a guerra. Mas quem tem fé vê a vitória, ainda que esteja no meio da guerra. Hoje, existem contratos em cima de sua mesa no mundo espiritual. Você pode decidir assiná-los ou não. Caso decida pelo sim, não se esqueça: cumpra sua parte do acordo e não se preocupe. Deus cumprirá a dele. Basta ter fé.

Flos Carmeli Podcasts
1574- Experiência Pessoal Com Deus (Orlando Fedeli)

Flos Carmeli Podcasts

Play Episode Listen Later Mar 4, 2024 3:19


Uma leitora afirmou ter recebido uma visitação especial de Deus diante do Altar, perdendo desta maneira suas forças físicas. Não questiono a validade ou não desta "experiência" mas sim a resposta dada a leitora. Tal resposta foi categorica em afirmar:" -Não podemos ter experiência alguma com Deus!" Fiquei admirado por esta resposta, porque a Tradição Católica, os Costumes, Os Evangelhos e as Cartas Apostólicas demonstram constantemente experiências pessoais e coletivas com Deus. Os próprios Santos reconhecidos pela Igreja Romana são reconhecidos pelas suas Experiências com Deus. Pergunto então: Qual a base para a afirmação de que não podemos ter experiências com Deus nos dias de hoje? Não seria isso negar a própria experiência cristã e a Fé que uma vez foi entregue aos santos?

Vida em França
França: arménio Missak Manouchian entra para o Panteão Nacional

Vida em França

Play Episode Listen Later Feb 21, 2024 11:21


O arménio Missak Manouchian, símbolo da Resistência na Segunda Guerra Mundial, vai dar entrada no Panteão Nacional francês, esta terça-feira, 21 de Fevereiro. O anúncio foi feito pelo Presidente da Repúlica, Emmanuel Macron. Missak refugiou-se em França depois de ter sobrevivido ao genocídio arménio e ingressou na resistência comunista francesa em 1943, onde foi um activo membro.  Missak Manouchian foi assassinado aqui em França a 21 de Fevereiro de 1944 pelos alemães, juntamente com mais de 20 pessoas, depois de terem sido acusados de terrorismo. Entre os anos de 1940 a 1944, França estava ocupada pelas tropas alemãs e ficou submetida ao regime de Adolf Hitler. França decidiu, por isso, homenagear Manouchian pelo seu papel na libertação do país. Em comunicado, o Palácio do Eliseu salienta que Manouchian "encarna os valores universais da liberdade, igualdade e fraternidade" e Emmanuel Macron saúdou mesmo a "bravura" e o "heroísmo silencioso" deste resistente arménio.No Panteão Nacional, estão sepultadas as mais célebres personalidades que se destacaram do ponto de vista histórico e cultural no país. Missak Manuchian é o nono membro da Resistência a entrar no Panteão e dará entrada ao lado da esposa, Mélinéé Manuchian.Em entrevista à RFI, Tigrane Yegavian, investigador arménio e professor de Relações Internacionais na Universidade de Schiller em Paris, começou por relembrar quem foi este casal.RFI: Quem foi este casal?Foi um casal excepcional em todos os termos. Falamos de vítimas do genocídio. Missak foi um homem que conseguiu escapar graças à ajuda de uma família curda e aderiu ao partido comunista francês, onde era um activo membro. Porém, não tinha nacionalidade francesa, mas era muito envolvido nas acções deste partido. Era um grande poeta também e a sua esposa, era, de facto, também uma grande militante do partido comunista francês. Era também uma figura feminista que participou na vida cultural da comunidade arménia em França, mas que também levou a cabo ajuda à arménia soviética porque havia um país que não era independente, mas que fazia parte da União Soviética que era a Arménia e lutavam por este ideal: ajudar o povo arménio e lutar contra a ocupação alemã porque consideravam que defender a França era como defender a Arménia porque estamos a falar de duas nações irmãs que partilham muitos pontos comuns.RFI: Estamos aqui a falar, portanto, de um legado de resistência que deixa este casal?Tigrane Yegavian: Um legado de resistência, uma história de amor também. Antes de ser morto, Missak escreveu uma carta magnífica à esposa dizendo que não tinha ódio para com os alemães, que tinha a certeza da vitória e pediu à esposa para casar, para ter um filho, mas a Mélinée nunca voltou a casar. Foi para a Arménia soviética nos anos 50 e depois voltou para França. Teve uma espécie de desilusão perante o regime soviético e morreu nos anos 80. Estamos a falar de um casal muito simbólico, que encarna a integração da comunidade arménia em França, uma comunidade perfeitamente integrada no tecido nacional francês, mas que também nunca esqueceu as raízes e a cultura arménia.Pode contextualizar-nos como morreu Missak Machian?Tigrane Yegavian: Missak Machian era o chefe de um bando/de uma organização clandestina de migrantes, judeus, arménios, que foram traídos por um antigo membro da organização. Foi no Mont-Valérien [perto de Paris] onde foi executado em 1944, alguns meses antes da libertação de Paris.Não são muitos os estrangeiros a entrar no Panteão Nacional Francês. Estas duas figuras são os primeiros resistentes e comunistas estrangeiros a juntar-se ao templo das grandes figuras da República que estão patentes no Panteão. Na sua óptica, qual é a importância deste reconhecimento, numa altura em que foi aprovada aqui em França a Lei da Imigração, que restringe os direitos dos imigrantes no país?Tigrane Yegavian: Este evento tem um forte valor simbólico porque é, de facto, o reconhecer o papel desta imigração comunista que defendeu França, que defendeu a pátria, que versou sangue pela pátria, mas eu vejo isto também como uma mensagem para a comunidade arménia de França porque França precisa também de símbolos para reconhecer o combate dos arménios no país, para a integração, mas também para a defesa dos valores. Estamos a viver num contexto muito difícil na Arménia, que perdeu agora a guerra contra o Azerbeijão, tem problemas de ocupação de partes do seu território. Portanto, temos aqui França que quer também testemunhar o seu apoio, a sua solidariedade ao povo arménio. Penso que esta é a primeira mensagem que devemos ter em conta. A segunda é o facto de reconhecer o papel da imigração, que faz parte da política de comunicação do Presidente Emmanuel Macron que, agora, tem também um governo mais à direita. Não nos podemos esquecer que isto é também uma mensagem que tem o seu valor simbólico.É, portanto, um anúncio importante para a Arménia. Pergunto-lhe como é que esta notícia está a ser recebida no país? Já falou com algumas pessoas sobre este assunto? Quais é que estão a ser as reacções?Tigrane Yegavian: As reacções são muito positivas porque Missak Manuchian é uma personagem muito conhecida no mundo arménio como poeta, como membro do partido comunista francês. É um orgulho nacional, um grande orgulho para a nação arménia inteira, para o país também. Há uma história muito bonita também de amizade entre a família do Manuchian e um grande cantor francês, cujos pais participaram também na resistência e faziam parte da mesma rede do casal Manuchian, então estamos a falar de uma história de amizade, de resitência, de heroísmo e uma história de fraternidade de armas entre franceses e arménios. As reacções são muito positivas, mas agora a pergunta que temos de colocar é que França vai continuar a apoiar, a garantir a segurança da Arménia que, de facto, está ameaçada com o Azerbeijão, que nunca renunciou a recomeçar a guerra contra o seu próprio território.Como é que França pode intervir nesta questão?Tigrane Yegavian: França desempenha um papel importantíssimo desde 2020 e mais recentemente 2023com a limpeza étnica dos arménio do Arssar. França está a desempenhar um papel diplomático [na sequência do Conselho de Segurança das Nações Unidas] e também um papel militar mais discreto, mas França começou a entregar armamento defensivo para proteger o território arménio porque há uma real ameaça no sul, que é uma região muito vulnerável onde o Azerbeijão tem projectos para ter uma ligação terrestre directa e isto de facto constitui um grande perigo para a segurança e o futuro da Arménia, que é um país fraco, um país que não tem muita população, que é um país isolado, a Arménia espera muito de França. Há uma grande esperança, uma fantasia acerca de França, mas, de facto, França está a tornar-se não só um amigo, como também um aliado da Arménia, que, de facto, é algo bastante excepcional porque temos de ter em conta que a Arménia faz parte ainda de um sistema de aliança militar com a Rússia, embora a Rússia se tenha afastado muito da Arménia estes últimos anos.

Pilha de Livros
182. Marcadores de livros

Pilha de Livros

Play Episode Listen Later Feb 12, 2024 6:11


Pergunto: que estranhos objectos já usou para marcar livros? This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit www.pilhadelivros.pt

PALAVRAS DE REDENÇÃO - PE. FR. INÁCIO JOSÉ ODEM

Cristo espera nossa conversão Leituras:Is 40,1-5.9-11Sl 84(85),9ab-10.11-12.13-14 (R. 8)2Pd 3,8-14Mc 1,1-8 O segundo domingo do Advento nos coloca diante da figura de João Batista, convocando a Igreja a viver um processo de conversão. O tempo do advento é tempo de penitência, por isso a cor roxa nos convida à introspecção, à revisão de vida, para buscar o sacramento da confissão, a fim de estarmos com o coração em estado de graça para a celebração do Natal do Senhor. Mas, além disso, para estarmos preparados para o encontro definitivo com Cristo que nos vem. A primeira leitura é tirada do Capítulo 40 de Isaías. Os estudiosos bíblicos afirmam que se trata de um segundo Isaías que viveu a experiência de estar exilado na Babilônia. Ele recebe a vocação de consolar o povo de Deus, com a esperança de um novo Êxodo. Em breve, Deus haveria de levar novamente o povo para a terra prometida. Para isso, era necessário preparar, no deserto, o caminho do Senhor, aplainando a estrada de Deus, nivelando os vales, abaixando montes, colinas, endireitando o torto e alisando asperezas. Este versículo do profeta Isaías, Capítulo 40, é utilizado pelos Evangelistas para explicar a missão de João Batista. Ele é aquele que clama, preparando um caminho do Senhor, endireitando as suas veredas, pois o Messias está próximo de chegar. João Batista pregava um batismo de conversão, ou seja, o arrependimento dos pecados, pois o Reinado de Deus com Seu Messias estava para chegar iminentemente. Com João Batista aprendemos que os nossos pecados retardam a chegada da salvação. A segunda leitura é tirada da segunda carta de Pedro, no capítulo 3, afirmando que o Senhor não demora a cumprir sua promessa. Ele está usando de paciência porque não quer que ninguém se perca. No imaginário popular, a segunda vinda de Jesus está marcada pelo julgamento, pela condenação, quando, na verdade, Jesus vem para salvar. O próprio nome de Jesus indica sua missão: Deus salva. Jesus não faz outra coisa senão salvar. Ele demora a voltar porque a humanidade não está preparada para acolhê-lo como Salvador. Pensemos em quantas atrocidades a humanidade já fez e ele poderia ter voltado naquele instante. Pergunto: a humanidade seria salva? Não seria condenada? Por isso que ele não veio! A nossa santidade de vida, a nossa conversão ao evangelho, adianta a sua vinda gloriosa, ao passo que nossos pecados, nossa maldade, retardam a sua vinda. É claro: um dia, mais cedo ou mais tarde, ele voltará para dar o arremate final na história humana. Um dia, mais cedo ou mais tarde, haveremos de morrer e que a morte nos encontre santos para encontrarmos Cristo. O segundo domingo do Advento nos coloca, portanto, diante da realidade deste mistério: Cristo demora a vir porque está esperando a nossa conversão, a nossa santidade. Os nossos pecados retardam a vida de Cristo e como ele deseja vir para nos salvar, ele aguarda pacientemente nossa conversão para que ele possa vir nos buscar quando estivermos preparados para sermos salvos. Peçamos a Deus que o Advento nos seja tempo de conversão, que nos prepare para o encontro definitivo com Cristo e para a celebração do seu Nascimento, na solenidade do Natal. Pe. fr. Inácio José - Doutorando em Teologia Bíblica - FAJE"

Mensagens do Meeting Point
35 amor glória

Mensagens do Meeting Point

Play Episode Listen Later Nov 17, 2023 2:21


devocional romanos leitura bíblica Pergunto ainda: terá Deus rejeitado o seu povo? De modo nenhum. Também eu sou israelita, descendente de Abraão e da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo que tinha escolhido desde o princípio. Não conhecem aquela passagem da Sagrada Escritura em que Elias faz queixa a Deus contra Israel? Diz assim: Senhor, mataram os teus profetas e deitaram abaixo os teus altares. Fiquei só e também me querem matar. Mas qual foi a resposta de Deus? Foi esta: Fiquei com sete mil homens que não adoraram o falso deus Baal Pois do mesmo modo também no nosso tempo permanece o pequeno resto daqueles que Deus escolheu pela sua graça. Escolheu-os pela sua graça e não por causa das suas obras. Se assim não fosse, a graça de Deus não seria verdadeira graça. Que pensar então? Aquilo que os israelitas procuravam não conseguiram; mas foi conseguido por aquele pequeno resto que Deus escolheu. Os restantes ficaram endurecidos. Como diz a Escritura: Deus tornou-os insensíveis deu-lhes olhos que não veem e ouvidos que não ouvem, até ao dia de hoje. E David diz também: Que os seus banquetes lhes sirvam de armadilhas e prisões, para caírem e serem castigados. Que os seus olhos fiquem sem luz para não verem, e que as suas costas fiquem curvadas para sempre. Pergunto mais: Quando os judeus tropeçaram terão caído para sempre? Claro que não. A sua queda foi ocasião de salvação para os não-judeus, de modo que os judeus ficassem com ciúmes dos outros. Deste modo, se o pecado dos judeus foi para proveito do mundo e a sua perda serviu para riqueza dos outros povos, quanto maior não será a bênção de Deus quando os judeus se converterem. Romanos 11.1-12 in Bíblia para Todos devocional A relação com Deus é individual. Ninguém chega a Ele à custa da família ou empurrado pela multidão. Basta de ilusões: Não existe intimidade com Deus sem arrependimento pessoal. Não há quem se salve por ser membro de um clã ou de uma qualquer ordem religiosa. A fidelidade dos antepassados não concede livre trânsito celestial aos descendentes. Cada um precisa de submeter a Deus os pensamentos e a vontade. Que não haja admiração por Deus rejeitar os que, dizendo-se Seus, estão a quilómetros de Lhe obedecer. Deus não se verga a maiorias rebeldes, antes Se comove com minorias fieis. É esse remanescente que, de geração em geração, evidencia o poder da Sua graça. Pessoas, decidindo por si entregar-se de alma e coração, privando com Deus por meio da fé em Jesus. Já quem viva à sombra da sua própria rectidão aumentará o fosso cavado pelo seu coração calcificado. Tropeçará na auto-suficiência e sucumbirá à armadilha do ego. Ainda assim Deus não abre mão dos que ama. O mal que produzem, Ele tudo faz para que possa vir a concorrer para uma viragem espiritual. O Seu plano visa sempre a reconciliação. Permita-se que Deus amoleça o coração, por mais endurecido que esteja. Afinal, o Seu amor é irresistível! Eu já me rendi a Ele. - jónatas figueiredo

Flos Carmeli Podcasts
1461- Direito de Propriedade (Orlando Fedeli)

Flos Carmeli Podcasts

Play Episode Listen Later Nov 12, 2023 12:12


Pergunto-lhe: Apesar do envolvimento com certas pseudo-filosofias a reforma não seria uma forma de melhorar a situação dos brasileiros? O senhor posiciona-se desfavorável ao fim dos privilégios da nobreza e do clero, que ocrreu na RF, porém Deus é favor da manutenção de privilégios de certos pessoas enquanto muitos servos viviam à míngua? Algumas facetas do Marxismo não retratam de certo modo a realidade como a relação exploradores/explorados? Por que a propriedade privada é um direito natural? O próprio Evangelho(Atos dos Apóstolos) apóia a partilha dos bens a todos Cristãos?

Convidado
Guerra Israel/Hamas: "Há um antes e um depois de 7 de Outubro"

Convidado

Play Episode Listen Later Nov 7, 2023 11:01


Os ataques do braço armado Hamas em Israel aconteceram há exactamente um mês, a 7 de Outubro. Desde então, já morreram milhares de pessoas tanto do lado israelita, como do lado palestiniano. Em entrevista à RFI, Henrique Cymerman, jornalista baseado em Israel, fez o balanço deste que é o primeiro mês de guerra entre o Hamas e Israel e explicou-nos que tudo mudou a partir desse dia. RFI: Os ataques do grupo Hamas aconteceram há exactamente um mês. A primeira pergunta que lhe faço, Henrique, é como é que a esta altura os israelitas vivem o dia-a-dia?Henrique Cymerman: Há um antes e há um depois. O dia 7 de Outubro mudou a realidade israelita de uma maneira total. Há quem diga que agora, quando esta guerra acabar, isto vai ser o estado de Israel 2.0. É uma nova etapa porque nunca tinha acontecido uma coisa assim, ou seja, Israel viveu muitas guerras, muitos atentados terroristas, ondas de suicidas ou mísseis lançados desde o Iraque, mas nunca tinha acontecido que, num mesmo dia, 1.400 israelitas tenham sido assassinados, mutilados, violados durante horas por três mil homens de um grupo terrorista. É, sem dúvida, o dia mais trágico da história judaica desde a II Guerra Mundial. Isto era uma coisa que não se esperava no Estado de Israel moderno, um país tecnológico, com um exército muito forte, um país com grande experiência na sua defesa e realmente os israelitas perderam um pouco a sua segurança. Eu acho que todos os israelitas estão numa espécie de pós-trauma depois do dia 7 de Outubro. Eu estive num dos kibutzs que foi atacado, Nir Oz, e as coisas que eu vi lá não tinha visto em nenhum lugar do mundo, nem mesmo durante os ataques do ISIS, no Iraque e na Síria.RFI: Pode relatar-nos o que viu nesse kibutz?Henrique Cymerman: Entras no kibutz e está tudo queimado. Eles incendiaram casas com pessoas dentro do mamad, que é o bunker/a sala, digamos o quarto protegido, à prova de bomba. Como não podiam abrir as portas, queimaram pessoas vivas, violaram mulheres, violaram crianças. Há testemunhos, hoje em dia, de que violaram cadáveres, que receberam uma licença especial para o fazer porque os grupos radicais islamistas não consideram os judeus seres humanos, então, há uma desumanização total e pode fazer-se o que quiserem, como quiserem. E assim foi. Como chegaram à festa... Eles não sabiam que iam encontrar-se com essa festa de três mil jovens e foi um grande prémio para o Hamas.[Os jovens] toda a noite estavam a dançar e, de repente, começam a cair os paraquedistas e os rockets, lançados desde Gaza sobre esses jovens, mas, de repente, aparecem os homens armados e começam a abrir fogo a sangue frio, a violar, a saquear e, sobretudo, a levar sequestrados para Gaza e assim foi como eles mataram 260 jovens. Eu vi imagens de como eles deixaram os cadáveres ali no chão. Parecia realmente um espectáculo dantesco. As coisas que se viram ali e tudo isso provocou, eu acho, uma reacção oposta ao que eles pensavam, na sociedade israelita. Eles e os patrões deles, que é o Irão, que é quem realmente planeou este ataque (foi planeado em Teerão durante anos), eles pensavam que a sociedade israelita estava muito dividida, o que é verdade. Estava muito dividida politicamente devido a uma reforma que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahou queria por em prática, no campo judicial, e então começaram manifestações durante 10 meses na sociedade israelita, de centenas de milhares de pessoas, e eu acho que, nem o Irão, nem o Hamas compreenderam o significado do que estava a acontecer. Eles pensaram que era o princípio do fim do Estado de Israel e queriam dar um golpe final, um golpe de graça ao Estado de Israel. O que aconteceu foi que fizeram exactamente o oposto.A sociedade israelita uniu-se, aqueles que se estavam a manifestar contra o governo, estão agora dentro dos aviões que atacam Gaza, dentro das unidades especiais, dos tanques, etc. Eles que tinham dito que não se apresentavam na reserva, estão agora juntos. Eu acho que eles conseguiram o efeito oposto: unir a sociedade israelita, pelo menos nesta campanha contra o Hamas. Depois da campanha vai começar a discussão política, muito séria, sobre como foi possível uma coisa assim. RFI: O balanço deste conflito é muito pesado. Pergunto-lhe como é que está a ser feito o acompanhamento das famílias das vítimas e também dos familiares dos reféns?Henrique Cymerman: É um problema. Eu estive no Museu de Telavive, onde eles montaram aquilo a que chamam 'a Praça dos Reféns', onde estão as famílias, muito perto do ministério da Defesa de Israel, para lembrar ao governo que a principal missão que tem hoje em dia Israel é libertar os 240 reféns.Há entre os reféns, e eu vi isso no kibutz, fotografias de bebés, o Kfir Bibas, de 9 meses, que agora já tem 10 porque passou um mês que está sozinho lá. Mataram os pais dele, mataram irmãos, mataram avós e ele sobreviveu. E por algum motivo especial, que eu não determino explicar, levaram o bebé para Gaza. Então, a pergunta que todas as famílias dos reféns fazem é: "Quem é que se ocupa desse bebé nos túneis do Hamas em Gaza?" E como ele, há 31 crianças que estão lá. Há cinco refugiados do Holocausto. Eu acho que, até que esses reféns voltem (eu espero que vivos para Israel), Israel vai continuar a fazer todo o possível e impossível para o conseguir. É uma situação que nunca tinha acontecido no passado. Houve um soldado israelita, Gilad Shalit, que foi sequestrado em 2006 e que voltou, em 2011, a troco de 1027 presos, entre eles, Yahya Sinouar, que é o homem que está a dirigir a campanha do Hamas em Gaza e que Israel não vai parar até conseguir detê-lo ou matá-lo. RFI: E, no seu entender, estas pessoas (os reféns) estão a ser usadas, de forma explícita, como "escudos humanos"?Henrique Cymerman: Eu conheço bem Gaza. Conheço bem o Hamas. Já entrevistei grande parte dos seus líderes. Eu acho que dois milhões de palestinianos são escudos humanos do Hamas, há 17 anos, desde que eles fizeram um golpe de Estado em Gaza e se apoderaram de Gaza pela força e expulsaram a Autoridade Palestiniana.Eu acho que a população é refém do Hamas porque eu não conheço nenhuma entidade, nenhum governo, nenhum país, que coloque as suas bases no meio da população civil para se proteger, justamente que use a população como escudos humanos, e estes israelitas que lá estão são parte desses escudos humanos, mas apesar de tudo, eu penso que a situação do Hamas é mais precária neste momento.O exército israelita já ocupou o norte de Gaza. Vamos ver o que é que vai acontecer na cidade de Gaza, que é um pouco o bastião do braço armado do Hamas e a coisa mais terrível de tudo é que há tantas vítimas palestinianas civis e cada vida é um mundo. É uma pena que os civis, dos dois lados, tenham de pagar pelo fanatismo de um movimento terrorista.RFI: Um pouco por todo o mundo, muitos têm sido os apelos para que Israel autorize uma pausa humanitária. Parece-lhe verosímil que Israel venha a aceitar e a que prazo?Henrique Cymerman: Eu hoje ouvi que mais de 100 camiões passaram, que se está a aproximar aos números de antes da guerra. Eu penso que Israel recebeu, sobretudo, dos Estados Unidos da América um apoio sem precedentes, uma luz verde, para acabar com o braço armado do Hamas, mas os Estados Unidos têm alguns pedidos. Um deles é que se faça esta ajuda humanitária, tratamentos médicos.Há neste momento um hospital de campanha que Israel e o Egipto acordaram que vai ser construído, que já está a ser instalado no lado egípcio, de Rafah. Há um barco da marinha de guerra francesa que vai estar em frente a El-Arich para tratar as vítimas, tratar os civis feridos, e, ao mesmo tempo, estão a entrar camiões com a ajuda para a população (quase um milhão de pessoas que estão no sul de Gaza) segundo o que o exército pediu.O que o exército de Israel quer tentar é separar a população civil do Hamas porque o objectivo de Israel não é matar civis. É verdade que morrem muitos civis, mas o objectivo de Israel é acabar com a infra-estrutura militar do Hamas, para que não possa haver outros 7 de Outubro.Um dos líderes do Hamas disse, no outro dia, muito abertamente: "Vai haver mais 07 de Outubro até que nós aniquilemos o Estado de Israel". E isso é tomado muito a sério em Israel, depois do que aconteceu aqui, há exactamente um mês. É realmente uma situação que os israelitas levam muito a sério e é, por isso, que há mais reservistas israelitas que se apresentaram ao exército, do centro, da esquerda, da direita, do que é preciso, na realidade. Acho que, neste momento, praticamente não há ninguém, ou estamos a falar de percentagens mínimas dentro da sociedade israelita, que pensam que é preciso continuar a negociar com o Hamas.O Hamas recebia dinheiro do Catar todos os meses, com o acordo de Benjamin Netanyahou, 30/40 milhões de dólares, que chegavam continuamente para o Hamas. Entravam 20 mil trabalhadores em Israel, todos os dias, que eram uma fonte de dinheiro muito importante para a população de Gaza e, uma vez mais, o Hamas está a estragar tudo, com o que fez no dia 7 de Outubro e eu tenho a impressão de que perdeu o seu lugar à volta da mesa. É preciso pensar no depois, é preciso pensar em devolver à Autoridade Palestiniana Gaza, como era até 2007, mas o Hamas não tem lugar nesta nova mesa que vai incluir a comunidade internacional e países árabes da região que estão interessados em estabilizar Gaza.RFI: Na sua óptica, não estaremos cada vez mais longe de uma solução de dois Estados?Henrique Cymerman: Eu espero que não. Eu até penso que depois de anos, a comunidade internacional praticamente esqueceu o tema palestiniano ou falou muito menos dele. Eu vejo isso como jornalista, que havia muito menos interesse em tudo o que tivesse a ver com os palestinianos. Antes fazíamos várias reportagens todas as semanas e, ultimamente, desde que começou o coronavírus, praticamente desapareceu.Agora eu acho que o mundo compreende que, enquanto não se solucionar esse problema, não se pode estabilizar a situação no Médio Oriente. É verdade que são muito importantes os acordos de Abraão, que foram assinados há três anos, entre Israel e quatro países árabes. É verdade que a Arábia Saudita e Israel estavam quase a assinar a paz, muito próximos e o Hamas e o Irão fizeram este ataque, entre outras razões, para matar qualquer esperança de paz, mas parece-me que o que vai acontecer é exactamente o contrário: eu acho que vamos ver uma iniciativa internacional árabe e também israelita, nos próximos anos, de finalmente por fim ao conflito mais antigo da história da humanidade porque basta de civis a sofrer dos dois lados da fronteira.

SUPERVULGAR PODCAST
EP. 49: COISAS QUE EU PERGUNTO NUM DATE ✨SEM UM PINGO DE VERGONHA ✨

SUPERVULGAR PODCAST

Play Episode Listen Later Oct 15, 2023 18:02


Brincar de ver se banca o papo né --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/supervulgar/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/supervulgar/support

O Diário de Uma Atleta Escorpiana

Pergunto-me o que eu verdadeiramente quero neste momento e crio harmonia em meus pensamentos. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/claudia-cereser/message

Flos Carmeli Podcasts
1413- Para Onde Caminha Bento XVI ? (Orlando Fedeli)

Flos Carmeli Podcasts

Play Episode Listen Later Sep 25, 2023 3:13


Muito Prezado Prof. Orlado Fedeli, paz de Cristo. O Santo Padre tem feito esforços no sentido de preservar e restaurar a ortodoxia doutrinal e liturgica da da Santa Igreja. Ocorre que em certas ocasiões, suas declarações dão guinadas modernistas. É o que parece esta acontecendo atualmentente na visita a Austria, quando declarou que a igreja se arrepende do holocausto de judeus na 2° guerra. Em outra ocasião, teria afirmado em um emcontro ecumênico, que o que nos une as protestantes é maior que o que nos separa. Pergunto: afinal, para onde caminha Bento XVI ?

Cultura
Cultura: Quando 'Paris é uma festa' para crianças de todas as idades

Cultura

Play Episode Listen Later Sep 1, 2023 6:50


Para quem pensa que Paris é um destino só para adultos, que queiram apreciar vinhos e óperas, está na hora de reprogramar a viagem e preparar também as malas dos filhos. O título da obra de Ernest Hemingway, “Paris é uma festa”, se aplica inclusive aos pequenos convidados. Um dos maiores centros culturais do mundo não seria alheio às crianças. Inclusive porque, na capital francesa, é desde cedo que se aprende a amar a arte. Andréia Gomes Durão, da RFIJardins, museus, parques e teatros de Paris oferecem serviços e atividades adaptados para o pequeno público. Todos os 20 arrondissements, os distritos da cidade, têm museus, centros culturais, cinematecas que oferecem ateliês para crianças, principalmente nos fins de semana e também às quartas-feiras, quando os alunos na França costumam sair mais cedo de escolas e colégios.Cada museu tem uma experiência a ser vivida pelos pequenos visitantes ou por toda a família. Esta é a proposta, por exemplo, da Parci Parla, especializada em passeios para crianças na capital francesa.“A visita é para as crianças, mas é também para a família. O objetivo é a diversão com arte. Eu tento mostrar para as crianças que o museu é o único lugar no mundo que a gente pode viajar no tempo no espaço. Então a diversão já é essa brincadeira de entrar em um lugar que tem uma magia, em que cada porta do museu faz a gente viajar em um ritual de passagem”, descreve Aureliana Garreau, idealizadora da agência.Para garantir uma plena imersão durante as visitas, Aureliana adapta referências históricas e também o vocabulário para melhor se comunicar com o público infantil. “Eu falo na linguagem em que elas [as crianças] estão acostumadas hoje, como games, por exemplo, Netflix, telas. Pergunto porque a gente fica horas e horas ‘assistindo' um quadro, eu não falo ‘olhando' um quadro”, ela explica.MonalisaDurante sua visita ao Louvre, Helena, de 8 anos, adorou a oportunidade de ver de perto a peça mais visitada do museu, a Monalisa, de Leonardo Da Vinci. Mas ela parece ter ficado um pouco decepcionada com o tamanho da obra. “Eu achei que ela era muito bonita, mas menor [do que imaginava].”Para a irmã mais velha, Mariana, de 11 anos, ter a oportunidade de explorar a história da arte nos museus, como já havia estudado antes na escola, foi única. “Eu acho muito mais interessante poder ver [as obras] pessoalmente do que pelo livro de história. Eu queria poder voltar para ver o Louvre todo”, se programa a pequena visitante.O ânimo e o interesse das meninas não somente pelas visitas aos museus, mas por outros monumentos e histórias da capital francesa surpreendeu o pai Bruno, que não imaginava que as duas filhas fossem aproveitar tanto a viagem.“Quando organizamos uma viagem para a Europa, nos preocupamos se não será chato, cansativo para as crianças. E foi o contrário, todos os passeios foral legais: fomos a Montmartre e elas acharam o máximo, fomos ao Jardim de Luxemburgo e elas adoraram. Foi uma viagem fantástica. Acho que foi a melhor viagem que a gente já fez na vida", lembra Bruno.ImpressionsitasJá Duda, de 9 anos, preferiu explorar o Museu d'Orsay na companhia de seus pais. Foi uma oportunidade de revisitar muito do que ela já havia visto na escola, principalmente o estilo impressionista.“Eu já tinha feito atividades na escola de pintar obras dos impressionsitas. Eu também quero visitar a Notra-Dame, quando estiver totalmente construída, ver como é por dentro. Vai ficar pronta no ano que vem, né?”, ela conta, já se organizando para voltar à capital francesa.Para além dos museus e monumentos, a capital francesa tem belíssimos parques e jardins, espaços verdes perfeitos para aproveitar com as crianças. “É a minha primeira vez aqui, eu não moro perto do parque. Eu gosto de vir aqui para jogar um pouco e aproveitar o jardim”, conta Boubacar, de 9 anos, enquanto se diverte no Jardim das Tuilerias.Enquanto ele aproveita o espaço e corre pelos gramados, sua prima, Coumba, prefere observar as muitas estátuas expostas no jardim e se pergunta o que essas estátuas têm a ensinar. “Eu gosto muito do jardim, vir aqui me faz sair um pouco. Eu gosto das flores que têm aqui. Geralmente em cada estátua tem alguma coisa a ser lida, e a gente aprende coisas com isso”, diz.Escala de compreensãoE mesmo que a criança ainda não tenha noções de arte ou história, Paris oferece toda uma série de experiências e descobertas para todas as idades. Ter apenas 3 anos não impede que o pequeno Basilio aproveite intensamente uma trepidante programação musical, literária, teatral, que a capital francesa reserva mesmo para aqueles que ainda não dominam muito a linguagem verbal.“O que faço a nível cultural para ele é buscar espaços que sejam especializados para crianças da primeira infância, como dizem aqui na França, onde elas podem se divertir de acordo com sua idade, de acordo com sua escala de compreensão. Para isso, eu e meu marido o levamos a concertos adaptados para crianças, peças de teatro, a espaços que sejam didáticos para os pequenos”, descreve a mãe, Yamile.Ela usa o exemplo do Museu da Ciência e Indústria, onde “há espaços que eles possam explorar, para que possam escutar sonoridades, manipular diferentes texturas. São espaços onde há contos, onde há áudios”, continua.“Há associações onde apresentam obras de teatro muito poéticas e sensíveis, que duram em média apenas meia hora. Há também concertos um pouco alternativos, em que as crianças podem observar a orquestra no palco, os instrumentos e outros objetos sonoros, e também podem explorá-los depois da apresentação”, ela sugere.Para Yamile, o importante é que criança possa aproveitar uma escala adaptada para ela, permitindo que esta se abra para esse mundo cultural e artístico.Diversões à parte, serviços adaptados para crianças também são fundamentais para o sucesso da viagem. Uma pesquisa rápida pela internet informa restaurantes com atividades e pratos infantis, e também hotéis que, além de serviços mais comuns, como lavanderia, oferecem até o auxílio de babás.Com tantas possibilidades e sugestões, basta arrumar as malas – de toda a família! – e embarcar para fazer a festa em Paris.

Pilha de Livros
53. Guerra de Livros I

Pilha de Livros

Play Episode Listen Later Aug 11, 2023 9:39


Pergunto a quem me ouve: qual dos dois livros que descrevo neste episódio levaria para uma ilha deserta? This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit www.pilhadelivros.pt

Flos Carmeli Podcasts
1346- O Ecumenismo Vale Somente Para os Católicos? (Orlando Fedeli)

Flos Carmeli Podcasts

Play Episode Listen Later Jul 20, 2023 3:58


Hoje quando fui a parôquia de São João Clímaco tive uma surpresa triste, pois estavam no chão e quebradas, as imagens de São João Clímaco, de Nossa Senhora Aparecida e a imagem de São José desapareceu. Prof. jamais devemos levantar suspeita sobre ninguém sem provas concretas, mas é dificil não supor que sejam motivos religiosos.   Pergunto, e o ecumenismo, defendido com unhas e dentes por alguns na IGREJA? Teria este ecumenismo validade apenas para católicos? Eu creio e professo o que dizem vários documentos dogmáticos, FORA DA IGREJA DE CRISTO, OU SEJA, IGREJA UNA SANTA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, NÃO HÁ SALVAÇÃO.   Para mim o protestantismo é uma peste, um abísmo de perdição de almas, muitas inocentes, mas, não sei até aqui ponto.........

Salvo Seja
Fazer "voos com escala" não joga bem com a minha ansiedade

Salvo Seja

Play Episode Listen Later May 24, 2023 30:26


Podemos cancelar o conceito de "voos com escala"? Não podemos só ter voos diretos? Pergunto para uma amiga.

Flos Carmeli Podcasts
1273- Dúvida de Um Trecho de Um Livro de Miguel Reale (Orlando Fedeli)

Flos Carmeli Podcasts

Play Episode Listen Later May 8, 2023 3:53


No livro de Miguel Reale - Introdução à Filosofia - o autor propõe-nos na página 24, em sua última edição, o seguinte texto: "... a Ontognoseologia desenvolve e integra em si duas ordens de pesquisas: uma sobre as condições subjetivas e a outra sobre as condições objetivas do conhecimento. Mais tarde ver-se-á que a Ontognoseologia, após essa apreciação de caráter estático, culmina em uma correlação dinâmica entre sujeito e objeto, como fatores que se exigem reciprocamente segundo um processo dialético de implicação de implicação e polaridade." Pergunto: 1- O que o sr. entende por tal texto? 2- No que este texto se relaciona com a Fé Católica? 3- Desculpe a ignorância em matéria filosófica, mas o processo dialético citado no texto poderia se referir a dialética hegeliana? (ignorante quase-total no assunto) 4- Qual sua posição sobre o autor Miguel Reale?

Programa Brasil de Fato MG
Lula: "Eu toda noite me pergunto porque todos os países estão obrigados a fazer seu comércio lastreado no dólar"

Programa Brasil de Fato MG

Play Episode Listen Later Apr 14, 2023 15:27


Confira os destaques desta sexta-feira, 14/04/2023: - Em visita considerada a mais importante do governo Lula, Brasil celebra 15 acordos com a China nesta sexta (14), nas áreas de comércio, tecnologia e conteúdos de comunicação. - Justiça é acionada para apurar autorização de mineração em área que é “caixa d´água” de Araçuaí. - Abono salarial do PIS/PASEP será pago a 4 milhões de trabalhadores no Brasil. - O início do Brasileiro neste fim de semana é o destaque do nosso “Papo Esportivo”. Isso e muito mais. Fique ligado! Foto: Ricardo Stuckert --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/programabrasildefatomg/message

Flos Carmeli Podcasts
1245- Uso de Preservativos (Orlando Fedeli)

Flos Carmeli Podcasts

Play Episode Listen Later Apr 10, 2023 2:55


Prezado Prof. Fedeli, Segundo o OESP de hoje, 9-10-03, o relatório Situação da População Mundial 2003, divulgado ontem pelo Fundo de População das Nações Unidas, revela que a aids causou a morte dos pais de 13 milhões de crianças com menos de 15 anos. A previsão é de que esse número de órfãos dobre até 2010. O Fundo alerta que um jovem é infectado pelo HIV a cada 14 segundos e metade dos novos casos de HIV é registrado entre pessoas de 15 a 24 anos. No Brasil, é justamente nessa faixa etária que aparecem mais mulheres contaminadas pelo vírus do que homens. Essa situação desastrosa me leva a questionar a pertinência da "política" da Igreja em relação ao uso da camisinha. Pergunto-me, em primeiro lugar, se a Igreja tem mesmo o direito de tentar impor um artigo de fé a todos jovens, inclusive descrentes ou não-católicos, e, em segundo, se não seria o caso de aceitar, nesse caso, o argumento do mal menor (mortos não podem ser evangelizados). Como católico e pai, defendo, procuro viver e ensinar ao meu filho o valor da castidade. Mas quando vejo essa juventude perdida, sem fé, sem ideais, matando-se com drogas e promiscuidade sexual, sou tomado por um sentimento de desorientação.

Café Brasil Podcast
Cafezinho 565- A Bic

Café Brasil Podcast

Play Episode Listen Later Mar 31, 2023 9:32


Cafezinho 567 – A Bic Baita padaria em Moema, São Paulo. Me encontro com um amigo para um café, e levou meu livro Merdades e Ventiras de presente. Na hora de escrever a dedicatória, nem eu nem ele temos uma caneta. Chamamos a garota que atende as mesas. Bem jovem, quando peço a caneta, ela diz: “não tenho”. E aí chama a outra atendente, que vem até nós e diz: “não tenho. Aqui marcamos tudo pelo aparelhinho”. E me mostrou uma espécie de celular. “Consegue uma caneta pra nós?”. E lá vai a menina, para não mais voltar. Ficam as duas em pé lá no fundo, sem qualquer retorno. Passam-se alguns minutos, chamamos as meninas: “Conseguiram?” “Não. Não tem caneta”. Com o sangue subindo à cabeça, eu digo: “Pô, pede lá no caixa!” E vejo que as meninas ficam reticentes. Então me levanto: “Se vocês não pedem, peço eu!”. E me dirijo ao caixa. -Pode me emprestar uma caneta? - Não tenho. - Mas não é possível! Não tem uma caneta na padaria? A moça da caixa fica me olhando como se eu tivesse pedido um ornitorrinco. Uma pessoa na fila do caixa viu a cena e me emprestou sua caneta BIC. Problema resolvido. Mas... Olha só: se eu sou uma das meninas que atende às mesas, vou fazer de tudo para atender o cliente. Não tenho a caneta? Vou no caixa. Não tem no caixa? Vou na administração. Não tem? Pergunto na fila do caixa. Mas meu cliente jamais ficará sem uma singela caneta. No entanto, essa visão de atender ao cliente, está fora do horizonte daquelas garotas. O problema para elas terminou quando disseram: “Não tenho”. Só faltou um “Foda-se” para completar. O que se passa com a prestação de serviços neste país? É um problema de novas gerações ou de treinamento? Continuo esta reflexão no vídeo. Esta reflexão continua em https://www.youtube.com/watch?v=OVbKBg7Kbno   Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Torne-se um assinante do Café Brasil e nos ajude a continuar produzindo conteúdo gratuito que auxilia milhares de pessoas a refinar seu processo de julgamento e tomada de decisão. Acesse http://canalcafebrasil.comSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Café Brasil Podcast
Cafezinho 565- A Bic

Café Brasil Podcast

Play Episode Listen Later Mar 31, 2023 9:32


Cafezinho 567 – A Bic Baita padaria em Moema, São Paulo. Me encontro com um amigo para um café, e levou meu livro Merdades e Ventiras de presente. Na hora de escrever a dedicatória, nem eu nem ele temos uma caneta. Chamamos a garota que atende as mesas. Bem jovem, quando peço a caneta, ela diz: “não tenho”. E aí chama a outra atendente, que vem até nós e diz: “não tenho. Aqui marcamos tudo pelo aparelhinho”. E me mostrou uma espécie de celular. “Consegue uma caneta pra nós?”. E lá vai a menina, para não mais voltar. Ficam as duas em pé lá no fundo, sem qualquer retorno. Passam-se alguns minutos, chamamos as meninas: “Conseguiram?” “Não. Não tem caneta”. Com o sangue subindo à cabeça, eu digo: “Pô, pede lá no caixa!” E vejo que as meninas ficam reticentes. Então me levanto: “Se vocês não pedem, peço eu!”. E me dirijo ao caixa. -Pode me emprestar uma caneta? - Não tenho. - Mas não é possível! Não tem uma caneta na padaria? A moça da caixa fica me olhando como se eu tivesse pedido um ornitorrinco. Uma pessoa na fila do caixa viu a cena e me emprestou sua caneta BIC. Problema resolvido. Mas... Olha só: se eu sou uma das meninas que atende às mesas, vou fazer de tudo para atender o cliente. Não tenho a caneta? Vou no caixa. Não tem no caixa? Vou na administração. Não tem? Pergunto na fila do caixa. Mas meu cliente jamais ficará sem uma singela caneta. No entanto, essa visão de atender ao cliente, está fora do horizonte daquelas garotas. O problema para elas terminou quando disseram: “Não tenho”. Só faltou um “Foda-se” para completar. O que se passa com a prestação de serviços neste país? É um problema de novas gerações ou de treinamento? Continuo esta reflexão no vídeo. Esta reflexão continua em https://www.youtube.com/watch?v=OVbKBg7Kbno   Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Torne-se um assinante do Café Brasil e nos ajude a continuar produzindo conteúdo gratuito que auxilia milhares de pessoas a refinar seu processo de julgamento e tomada de decisão. Acesse http://canalcafebrasil.com

Cafezinho Café Brasil
Cafezinho 565- A Bic

Cafezinho Café Brasil

Play Episode Listen Later Mar 31, 2023 9:32


Cafezinho 567 – A Bic Baita padaria em Moema, São Paulo. Me encontro com um amigo para um café, e levou meu livro Merdades e Ventiras de presente. Na hora de escrever a dedicatória, nem eu nem ele temos uma caneta. Chamamos a garota que atende as mesas. Bem jovem, quando peço a caneta, ela diz: “não tenho”. E aí chama a outra atendente, que vem até nós e diz: “não tenho. Aqui marcamos tudo pelo aparelhinho”. E me mostrou uma espécie de celular. “Consegue uma caneta pra nós?”. E lá vai a menina, para não mais voltar. Ficam as duas em pé lá no fundo, sem qualquer retorno. Passam-se alguns minutos, chamamos as meninas: “Conseguiram?” “Não. Não tem caneta”. Com o sangue subindo à cabeça, eu digo: “Pô, pede lá no caixa!” E vejo que as meninas ficam reticentes. Então me levanto: “Se vocês não pedem, peço eu!”. E me dirijo ao caixa. -Pode me emprestar uma caneta? - Não tenho. - Mas não é possível! Não tem uma caneta na padaria? A moça da caixa fica me olhando como se eu tivesse pedido um ornitorrinco. Uma pessoa na fila do caixa viu a cena e me emprestou sua caneta BIC. Problema resolvido. Mas... Olha só: se eu sou uma das meninas que atende às mesas, vou fazer de tudo para atender o cliente. Não tenho a caneta? Vou no caixa. Não tem no caixa? Vou na administração. Não tem? Pergunto na fila do caixa. Mas meu cliente jamais ficará sem uma singela caneta. No entanto, essa visão de atender ao cliente, está fora do horizonte daquelas garotas. O problema para elas terminou quando disseram: “Não tenho”. Só faltou um “Foda-se” para completar. O que se passa com a prestação de serviços neste país? É um problema de novas gerações ou de treinamento? Continuo esta reflexão no vídeo. Esta reflexão continua em https://www.youtube.com/watch?v=OVbKBg7Kbno   Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Torne-se um assinante do Café Brasil e nos ajude a continuar produzindo conteúdo gratuito que auxilia milhares de pessoas a refinar seu processo de julgamento e tomada de decisão. Acesse http://canalcafebrasil.comSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Malhete Podcast
NIILISMO MAÇÓNICO

Malhete Podcast

Play Episode Listen Later Mar 31, 2023 4:58


Por Sérgio Quirino A doutrina filosófica niilista é de uma extensa complexidade e possui viés que aparenta contradições. A própria palavra “niilismo” carrega o cerne do conceito “nada”, do latim “niil”, para traduzir a vida como negativa, sem valor, sem propósito, “um nada”. Porém algumas perspectivas visualizam o positivo no niilismo, acreditando que é pela crítica da realidade que as mudanças aconteceram. O interessante é que, baseado em um contexto ou um exemplo não edificante, cria-se uma visão pessimista e cética de tudo o que envolve tais circunstâncias. E tudo está perdido! Tudo não vale mais nada! Tais situações às vezes são cotidianas e veem acompanhando a história da humanidade. Pergunto ao Irmão: qual é sua visão da juventude atual? A resposta do filósofo Sócrates, que viveu entre 470 e 399 antes de Cristo, foi: “Os jovens de hoje gostam do luxo. São mal comportados, desprezam a autoridade. Não têm respeito pelos mais velhos, passam o tempo a falar em vez de trabalhar. Não se levantam quando um adulto chega. Contradizem os pais, apresentam-se em sociedade com enfeites estranhos. Apressam-se a ir para a mesa e comem os acepipes, cruzam as pernas e tiranizam os seus mestres”. Mas muito antes dele, em um artefato datado do ano 2000 A.C., resgatado das ruínas da Babilônia, há uma mensagem reveladora: “Esta juventude está podre no fundo do coração. Os jovens são maus e preguiçosos. Nunca serão como a juventude de outros tempos. Os de hoje não serão capazes de manter a nossa cultura”. Adentrando no tema deste artigo, faço uma segunda pergunta ao leitor: você conhece algum Maçom que vive reclamando dos Irmãos e da Maçonaria, questionando os mais jovens e as modernidades? Esse Irmão é um contumaz crítico de tudo e de todos? Acredita que a Ordem caminha para o fim e cria ficções para justificar o caos que só ele, niiliticamente, vê? A gravata torta do Irmão Hospitaleiro é, para ele, um indicativo de que deve questionar a eficiência do caridoso mal-arrumado? O praticante do niilismo existencial argumenta que a vida é sem sentido, não tem objetivo, não há propósito ou valor intrínseco. Assim é o niilismo Maçónico. O Irmão desconhece o sentido de ser Maçom, não procura servir a um objetivo, não vai às reuniões com um propósito e desvaloriza o valor intrínseco da Maçonaria. O mais interessante é que talvez ele agiu assim quando era Aprendiz, como Companheiro, como Mestre, ao dirigir uma Loja ou até mesmo após décadas de iniciado. A grande questão é: por que, com tantos “dessabores”, com tanta visão crítica, ele continua no meio de nós? Por dois motivos: o primeiro é que, de tão cego que está, ele permanecerá até a consumação do fim da Ordem, que nunca virá, para dizer orgulhosamente a todos: “Eu avisei!”. O segundo ponto, e perdoem-me a forma incisiva, contumaz e pragmática como tenho por hábito me manifestar: ele simplesmente não tem mais o que fazer da vida. MAS NÃO O DESPREZEM! ELE É ESSENCIAL PARA A MAÇONARIA! É EXEMPLO VIVO DO COMPORTAMENTO QUE NÃO PODEMOS TER. É POR ELE E COM ELE QUE MENSURAMOS A TOLERÂNCIA. NO CONVÍVIO, ADMINISTRAMOS NOSSO NÍVEL DE SERMOS INFLUENCIADOS. E O PRINCIPAL: NA MAÇONARIA, NOSSAS FERRAMENTAS SÃO UTILIZADAS PARA A CONSTRUÇÃO, NUNCA PARA A DEMOLIÇÃO. Neste décimo sétimo ano de compartilhamento de instruções Maçónicas e provocações para o enlevo moral e ético dos Irmãos, permanecemos no nosso propósito maior de disponibilizar uma curta reflexão a ser discutida em Loja. O Ritual não pode ser delapidado. A Ritualística deve ser seguida integralmente. O Quarto-de-hora-de-estudo é fundamental em uma sessão Justa e Perfeita. Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente! Fraternalmente, Sérgio Quirino, Grão-Mestre da Grande loja maçónica de minas gerais 2021/2024 --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/malhete-podcast/message

Colunistas Eldorado Estadão
Eliane: "Me pergunto se o melhor não seria Lula deitar e descansar"

Colunistas Eldorado Estadão

Play Episode Listen Later Mar 27, 2023 20:02


Em sua coluna desta semana no Estadão, Eliane Cantanhêde escreve: "O presidente Lula tem 77 anos, está com pneumonia e, se um voo de 36 ou 25 horas já é pesado para qualquer um, imagine-se para uma pessoa nessas condições. Logo, foi uma decisão difícil, aflitiva, mas correta, cancelar a viagem à China e esperar uma total recuperação, além de nova brecha na agenda de Xi Jinping, para remarcar a data". "Lula estava dando sinais de que alguma coisa estava errada; ele está tendo uma rotina muito pesada e começou a falar besteiras. Esta pneumonia com influenza é um alerta para o presidente abaixar um pouco o facho, controlar mais a agenda e parar de falar besteira; é um alerta da natureza de que ele precisa se cuidar. Me pergunto se o melhor, neste momento, não é Lula deitar e descansar como fazem as pessoas doentes - principalmente as que têm quase 80 anos de idade", opina Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Eliane Cantanhêde responde
"Me pergunto se o melhor não seria Lula deitar e descansar"

Eliane Cantanhêde responde

Play Episode Listen Later Mar 27, 2023 20:02


Em sua coluna desta semana no Estadão, Eliane Cantanhêde escreve: "O presidente Lula tem 77 anos, está com pneumonia e, se um voo de 36 ou 25 horas já é pesado para qualquer um, imagine-se para uma pessoa nessas condições. Logo, foi uma decisão difícil, aflitiva, mas correta, cancelar a viagem à China e esperar uma total recuperação, além de nova brecha na agenda de Xi Jinping, para remarcar a data". "Lula estava dando sinais de que alguma coisa estava errada; ele está tendo uma rotina muito pesada e começou a falar besteiras. Esta pneumonia com influenza é um alerta para o presidente abaixar um pouco o facho, controlar mais a agenda e parar de falar besteira; é um alerta da natureza de que ele precisa se cuidar. Me pergunto se o melhor, neste momento, não é Lula deitar e descansar como fazem as pessoas doentes - principalmente as que têm quase 80 anos de idade", opina Cantanhêde.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Arauto Repórter UNISC
A diferença entre quem tem fé e quem não tem

Arauto Repórter UNISC

Play Episode Listen Later Mar 14, 2023 3:37


Imagine que você pudesse assinar um contrato com Deus. Basicamente, constaria do acordo o seguinte: - Cláusula primeira: após 10 mil horas de estudo do bacharel, o contratado (Deus) se compromete a conceder ao contratante (você) o cargo almejado. Parágrafo único: fica facultado ao contratado substituir o prêmio por outro que se mostre melhor à história de vida do contratante, segundo os desígnios supremos do primeiro. Pergunto: você assinaria? Pois é... aí, mora a diferença entre os que têm fé e os que não têm. Os primeiros assinam. Os segundos, não. Quando uma pessoa de fé se senta para estudar, ela tem certeza da aprovação. Talvez seja em um cargo diferente, talvez demore mais do que o esperado, talvez seja em um outro estado. Mas ela tem a certeza de que será aprovada no cargo, no momento e no local mais adequados à sua história de vida. E isso lhe dá paz e força para continuar disciplinadamente. Quando uma pessoa sem fé se senta para estudar, ela não sabe se vai passar, se a decisão de destinar anos de sua vida aquele projeto é a melhor, se ela será feliz em outro lugar. E, com o tempo, isso lhe rouba a paz e a disciplina. E, sem paz e disciplina, ela desiste. Quando uma pessoa sem fé se senta para estudar, ela não sabe se vai passar, se a decisão de destinar anos de sua vida àquele projeto é a melhor, se ela será feliz em outro lugar. E, com o tempo, isso lhe rouba a paz e a disciplina. E, sem paz e disciplina, ela desiste. O mesmo raciocínio vale para a vida sentimental e para as demais áreas da vida. O contrato diz: cuide de você mesmo, invista em suas belezas e bondades em todos os sentidos e eu providenciarei uma pessoa maravilhosa para você, na hora e no local certos.... Só quem tem fé vive assim. O descrente, ao não ver a luz, pensa que ela não existe. Mas aquele que crê tem a certeza das coisas que não se veem, confia, descansa e luta. Porque quem não tem fé vê a guerra. Mas quem tem fé vê a vitória, ainda que esteja no meio da guerra. Hoje, existem contratos em cima de sua mesa no mundo espiritual. Você pode decidir assiná-los ou não. Caso decida pelo sim, não se esqueça: cumpra sua parte do acordo e não se preocupe. Deus cumprirá a dele. Basta ter fé. Autor: Samer Agi

Assunto Nosso
A diferença entre quem tem fé e quem não tem

Assunto Nosso

Play Episode Listen Later Mar 14, 2023 3:37


Imagine que você pudesse assinar um contrato com Deus. Basicamente, constaria do acordo o seguinte: - Cláusula primeira: após 10 mil horas de estudo do bacharel, o contratado (Deus) se compromete a conceder ao contratante (você) o cargo almejado. Parágrafo único: fica facultado ao contratado substituir o prêmio por outro que se mostre melhor à história de vida do contratante, segundo os desígnios supremos do primeiro. Pergunto: você assinaria? Pois é... aí, mora a diferença entre os que têm fé e os que não têm. Os primeiros assinam. Os segundos, não. Quando uma pessoa de fé se senta para estudar, ela tem certeza da aprovação. Talvez seja em um cargo diferente, talvez demore mais do que o esperado, talvez seja em um outro estado. Mas ela tem a certeza de que será aprovada no cargo, no momento e no local mais adequados à sua história de vida. E isso lhe dá paz e força para continuar disciplinadamente. Quando uma pessoa sem fé se senta para estudar, ela não sabe se vai passar, se a decisão de destinar anos de sua vida aquele projeto é a melhor, se ela será feliz em outro lugar. E, com o tempo, isso lhe rouba a paz e a disciplina. E, sem paz e disciplina, ela desiste. Quando uma pessoa sem fé se senta para estudar, ela não sabe se vai passar, se a decisão de destinar anos de sua vida àquele projeto é a melhor, se ela será feliz em outro lugar. E, com o tempo, isso lhe rouba a paz e a disciplina. E, sem paz e disciplina, ela desiste. O mesmo raciocínio vale para a vida sentimental e para as demais áreas da vida. O contrato diz: cuide de você mesmo, invista em suas belezas e bondades em todos os sentidos e eu providenciarei uma pessoa maravilhosa para você, na hora e no local certos.... Só quem tem fé vive assim. O descrente, ao não ver a luz, pensa que ela não existe. Mas aquele que crê tem a certeza das coisas que não se veem, confia, descansa e luta. Porque quem não tem fé vê a guerra. Mas quem tem fé vê a vitória, ainda que esteja no meio da guerra. Hoje, existem contratos em cima de sua mesa no mundo espiritual. Você pode decidir assiná-los ou não. Caso decida pelo sim, não se esqueça: cumpra sua parte do acordo e não se preocupe. Deus cumprirá a dele. Basta ter fé. Autor: Samer Agi

Mensagens do Meeting Point
o Seu amor dura para sempre 13

Mensagens do Meeting Point

Play Episode Listen Later Mar 10, 2023 4:43


O exílio dos 70 anos Leitura bíblica Jeremias 25.1-38, 2 Reis 17.13-14, 1 Pedro 4.17-19. Durante vinte e três anos, Jeremias apelou ao seu povo para que prestasse atenção. Pergunto-me se ele se sentiu impotente ao ver os seus vizinhos em Judá construírem os seus postes de Asherah e curvarem-se às estrelas e Baal. Talvez tenha sentido um nó no estômago sempre que via os ídolos cintilantes, ou acordado de noite a chorar pelas crianças sacrificadas a falsos deuses sedentos de sangue (Jeremias 7.31; 2 Reis 17.7-17). É a mesma impotência que sentimos quando um ente querido faz uma escolha destrutiva atrás da outra, ou quando vemos a igreja que amamos apanhada de vergonha e escândalo. Um desamparo demasiado humano, sabendo que não importa o quanto suplicamos, choramos, advertimos, ou nos enfurecemos, não podemos forçar ninguém a mudar. Agora pegue nesse sentimento, nesse desejo, e coloque-o junto ao poço profundo da tristeza e da raiva, nas palavras de Jeremias. Veja-o apenas como um pálido reflexo das profundezas do coração partido de Deus. Esta dura passagem obriga-nos a lutar com questões de sofrimento, julgamento e raiva. Deus está cansado de ver esta nação escolhida desperdiçar a sua herança e amor em ídolos vazios. Em vez de seguir o caminho humilde - vendo a sua terra como um presente e honrando o Doador com as suas vidas - eles começam a imitar os seus vizinhos poderosos. Com um rei e alguma terra e um pouco de poder, parecem esquecer a sua total dependência do Criador, e quando os profetas aparecem para os avisar do perigo, eles ignoram e continuam a viver confortavelmente. Jeremias lamenta: "Não obedecestes, nem sequer prestastes atenção. Ele anunciou: "Persistentemente o Senhor vos tem enviado os seus profetas e, no entanto, têm-se recusado a dar-lhes ouvidos. A sua mensagem foi sempre: “Deixem esse caminho de maldade por onde vão e essas ações más que andam a fazer! Porque só assim poderão continuar a viver aqui nesta terra que o Senhor deu a vocês e aos vossos pais para sempre." (Jeremias 25.4-5). No final, trouxeram o desastre sobre si próprios (v.7). Que fazemos com a tensão entre esta mensagem explosiva e a implacável misericórdia de Deus? Porque por todas estas palavras sobre ira e julgamento, sabemos que este caminho quebrado levará um dia a Jesus, Deus em forma humana. Sabemos ainda mais no futuro, o amigo de Jesus, Pedro escreverá mais uma vez sobre o sofrimento, lembrando a uma nova geração que o julgamento e a purificação por vezes têm de "começar pela casa de Deus" (1 Pedro 4.17). E sabemos que ainda hoje é assim, quando o pecado secreto é exposto, quando os líderes são reduzidos, quando nos vemos confrontados com o legado violento das gerações que nos esperam. É sombrio, mas este sofrimento não é para trazer vergonha. Nesta época da Quaresma, talvez seja útil recordar que o arrependimento começa da forma mais pequena, talvez com estas duas simples palavras: prestar atenção. Preste atenção à sua vida, às suas pequenas escolhas. Será que o empurram para a vida ou para a morte? Será que o mantêm humildemente mais parecido com Jesus, ou ajudam-no a subir mais alto nos sistemas do mundo? Arrependimento significa, literalmente, dar a volta quando nos vemos no caminho da destruição. Que todos nos juntemos ao profeta chorão para nos chamarmos uns aos outros para um caminho melhor, e "continuem a fazer o que é justo, entregando-vos ao Deus criador, digno da nossa confiança." (1 Pedro 4.19).

Reinaldo Azevedo
14/02/2023 - Pós-entrevista de Campos Neto, pergunto por que temos os juros mais altos da Terra

Reinaldo Azevedo

Play Episode Listen Later Feb 14, 2023 5:09


Academia Bíblica Valdeci Fidelis
Missionária Maria Socorro

Academia Bíblica Valdeci Fidelis

Play Episode Listen Later Jan 31, 2023 10:04


Estou aqui para melhorar o mundo? Não! Estou aqui para melhorar a humanidade? Não! Melhorar a mim mesmo! O primeiro é desnecessário. Nenhum homem pode fazer o mundo melhor do que Deus fez. Quando Deus criou o mundo, está escrito em Genesis, “viu Deus que tudo era bom”. O segundo é impossível. Pois nenhum homem pode converter outro homem. Jesus, durante a sua vida terrestre, não converteu ninguém nem mesmo conseguiu impedir que um dos seus discípulos se pervertesse. Será que somos mais poderoso que Deus, para melhorar o mundo em que vivemos? Pergunto será que eu sou melhor que Jesus Cristo, para melhorara os homens? Uma coisa, porém, possa fazer que nem Deus nem o Cristo podem fazer por mim ou em meu lugar: posso fazer-me bom. Ninguém, exceto eu, me pode fazer bom. Ninguém pode ser bom em meu lugar. Deus em sua infinidade bondade, só me criou com a potencialidade de ser bom, mas eu me posso fazer atualmente bom, eu me posso fazer melhor do que Deus me fez --- e também me posso fazer pior do que Deus me fez. Estou aqui na terra para fazer de mim o que ninguém pode fazer por mim --- estou aqui para me fazer bom. Para agradar a Deus, mas o que quero dizer ser bom e agradar a Deus? A criaturidade que Deus me deu, deve manifestar-se em criaturidade positiva para o bem. Ser bom é tornar-se explicitamente o que Deus me fez implicitamente como todas as criaturas dele. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/pr-valdeci-fidelis7/message

Café com Edu
#299 Café com Edu: Escuta por pedidos e necessidades

Café com Edu

Play Episode Listen Later Jan 18, 2023 3:17


VOCÊ ESTÁ EXERCITANDO A ESCUTA? Pergunto isto porque, desde os recentes atos de vandalismo em Brasília, tenho procurado ESCUTAR PARA ENTENDER os diferentes pontos de vista das pessoas, independentemente do posicionamento delas. E assim, CONSTRUIR PONTES e acabar com o “nós contra eles”. Estas pontes, além de fundamentais para MANTER A DEMOCRACIA, são um EXCELENTE CAMINHO PARA começarmos a DISCUTIR, com profundidade, PROBLEMAS SERÍSSIMOS DO PAÍS, como a desigualdade social, a fome, a melhoria da máquina pública, o aprimoramento do sistema judiciário, a corrupção e a impunidade, entre outros. Vem comigo, neste PRIMEIRO CAFÉ COM EDU DE 2023?! Ubuntu. Eu sou porque você é. Você é porque nós somos. *********** A série Café com Edu é a minha live semanal, transmitida todas às terças-feiras, às 8am, pelo meu Instagram (@eduseidenthal) onde compartilho as reflexões e insights da minha jornada EUpreendedora. Por aqui, compartilho o áudio da versão compacta da edição ao vivo. E se você quiser refletir sobre Liderança, Team Building, Autoconhecimento, Eupreendedorismo, acesse o meu site (www.eduseidenthal.com.br) e confira os artigos sobre os desafios e tendências das relações de trabalho, individuais e coletivos!

Café Brasil Podcast
Cafezinho 553 – Calibre suas expectativas

Café Brasil Podcast

Play Episode Listen Later Jan 6, 2023 10:06


“Todas as vezes que encontrei ilhas de excelência no Brasil, seja lá onde for, sempre, SEMPRE achei em suas raízes a figura de um líder forte. O visionário que conduziu a equipe para o sucesso. Pergunto-me quantas das suas decisões foram tomadas por consenso... É claro que os líderes mais modernos têm mecanismos para que suas equipes participem do processo de transformação de dados em informação e de sua análise. Mas, com certeza, eles também têm um limite para discussão e, no momento de decidir, dão a palavra final. Cabe a eles a ordem, o risco. E o povo segue (...) Então, aqui vai meu pedido: Consenso, presidente? SIM! Mas só quando tiver tempo. Discuta, sim. Pergunte, sim. Mas não espere, lidere. Mande. Assuma a responsabilidade. (...) O Brasil não precisa de processos nem de planos elegantes. Muito menos de blablablá. O Brasil precisa de líderes, de pulso firme, de coragem e de decisão. E a história colocou essa oportunidade em suas mãos. Agarre-a com todos os dedos. “Ah, mas falta um!” — alguém há de dizer. Não faz mal, presidente. O senhor tem no mínimo mais 540 milhões de dedos para ajudar...” Esses são trechos de um texto, cheio de uma esperança ingênua, que escrevi em 2003, logo após a posse de Lula em seu primeiro mandato. Está em meu livro Brasileiros Pocotó, lançado em 2004. Naquele ano eu esperava muito... De lá para cá o Brasil mudou enormemente. A democracia se consolidou como instrumento para populistas e totalitários, o bem estar da população é acessório, a política do Tudo Bem, Se Me Convém, que era praticada de forma escondida, institucionalizou-se. Aquele parágrafo único da Constituição: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição." virou conversa pra boi dormir. Quem exerce o poder é uma elite que se auto-elege e protege. O povo não pode nada além de torcer. Bem, eu não vou torcer contra o governo que aí está, minhas energias estarão em me proteger dele. E acordar toda manhã rezando para eu estar errado. E começo calibrando minhas expectativas, com a frase do Barão de Itararé. “De onde menos se espera, é daí que não sai nada mesmo”. Boa sorte pra nós, bem-vindo a 2023. Continuo a reflexão neste vídeo.   https://www.youtube.com/watch?v=R05lac1WzgM&feature=youtu.be Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Torne-se um assinante do Café Brasil e nos ajude a continuar produzindo conteúdo gratuito que auxilia milhares de pessoas a refinar seu processo de julgamento e tomada de decisão. Acesse http://mundocafebrasil.com

Cafezinho Café Brasil
Cafezinho 553 – Calibre suas expectativas

Cafezinho Café Brasil

Play Episode Listen Later Jan 6, 2023 10:06


“Todas as vezes que encontrei ilhas de excelência no Brasil, seja lá onde for, sempre, SEMPRE achei em suas raízes a figura de um líder forte. O visionário que conduziu a equipe para o sucesso. Pergunto-me quantas das suas decisões foram tomadas por consenso... É claro que os líderes mais modernos têm mecanismos para que suas equipes participem do processo de transformação de dados em informação e de sua análise. Mas, com certeza, eles também têm um limite para discussão e, no momento de decidir, dão a palavra final. Cabe a eles a ordem, o risco. E o povo segue (...) Então, aqui vai meu pedido: Consenso, presidente? SIM! Mas só quando tiver tempo. Discuta, sim. Pergunte, sim. Mas não espere, lidere. Mande. Assuma a responsabilidade. (...) O Brasil não precisa de processos nem de planos elegantes. Muito menos de blablablá. O Brasil precisa de líderes, de pulso firme, de coragem e de decisão. E a história colocou essa oportunidade em suas mãos. Agarre-a com todos os dedos. “Ah, mas falta um!” — alguém há de dizer. Não faz mal, presidente. O senhor tem no mínimo mais 540 milhões de dedos para ajudar...” Esses são trechos de um texto, cheio de uma esperança ingênua, que escrevi em 2003, logo após a posse de Lula em seu primeiro mandato. Está em meu livro Brasileiros Pocotó, lançado em 2004. Naquele ano eu esperava muito... De lá para cá o Brasil mudou enormemente. A democracia se consolidou como instrumento para populistas e totalitários, o bem estar da população é acessório, a política do Tudo Bem, Se Me Convém, que era praticada de forma escondida, institucionalizou-se. Aquele parágrafo único da Constituição: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição." virou conversa pra boi dormir. Quem exerce o poder é uma elite que se auto-elege e protege. O povo não pode nada além de torcer. Bem, eu não vou torcer contra o governo que aí está, minhas energias estarão em me proteger dele. E acordar toda manhã rezando para eu estar errado. E começo calibrando minhas expectativas, com a frase do Barão de Itararé. “De onde menos se espera, é daí que não sai nada mesmo”. Boa sorte pra nós, bem-vindo a 2023. Continuo a reflexão neste vídeo.   https://www.youtube.com/watch?v=R05lac1WzgM&feature=youtu.be Gostou? De onde veio este, tem muito, mas muito mais. Torne-se um assinante do Café Brasil e nos ajude a continuar produzindo conteúdo gratuito que auxilia milhares de pessoas a refinar seu processo de julgamento e tomada de decisão. Acesse http://mundocafebrasil.com

Malhete Podcast
AO CHEGAR O NATAL

Malhete Podcast

Play Episode Listen Later Nov 21, 2022 7:13


Autor: Carl Sagan Ao chegar o Natal é costume falar-se muito dos pobrezinhos e assistirmos a campanhas de angariação de géneros para lhes dar. Mostra-se na televisão a Sopa dos Pobres e uma ementa generosa para a ceia natalícia. Infelizmente, passado o dia 25 de Dezembro, já apenas se ouve falar nas festas mais ou menos grandiosas que estão a ser preparadas para a passagem de ano. Estou mesmo convencido de que se gasta muito mais nos fogos de artifício e nessas festas de celebração de uma simples mudança de calendário do que tudo quanto foi angariado para dar aos mais necessitados. Claro que essas campanhas a favor dos mais carenciados e quem as organiza, merecem em geral o nosso respeito. No entanto, é frequente haver também um sentimento de desconfiança em relação às pessoas que nelas se empenham, o que cria mal-estar em quem, muitas vezes, o faz com sacrifício da sua vida pessoal. Ao mesmo tempo, essa suspeita cria um dilema para quem pretende ajudar. Por um lado quer genuinamente minorar o sofrimento alheio, mas por outro receia que aquilo que oferece vá parar às mãos de alguém que se interpõe entre o dador e o legítimo beneficiário da dádiva. A solução para este dilema só poderá ser obtida através da clarificação de quais são as organizações que têm esses objetivos tão nobres e que sejam tornadas públicas não só as suas contas como a forma como foi concretizada a sua atividade. Estas minhas divagações causadas pela fase natalícia levam-me a pensar de uma forma mais global no espírito da sociedade de que fazemos parte e na falta de idealismo que nela é cada vez mais evidente. De fato, nos dias que correm, temos a sensação de que os grandes ideais (em especial os surgidos durante o século XX) se foram mostrando como meras utopias e, por consequência irrealizáveis na prática, ou deram mesmo origem a sociedades de pesadelo. Estou a pensar em concreto em estados onde, com base em ideais aparentemente muito belos, se forjaram ferozes ditaduras, mas também em grupos formados em torno de alguns gurus que os levaram a cometer crimes e mesmo a suicídios coletivos. Daí até às pessoas comuns se sentirem desiludidas, terá sido um passo muito pequeno. Por outro lado, especialmente nas cidades, devido ao frenesim das nossas vidas, ao trabalho e às obrigações que nos aprisionam, ao cumprimento de prazos e de horários, e à tentativa de realização de objetivos pessoais, deixámos de ter tempo para pensar nas ideias e em valores que não sejam os imediatos. Para a maioria dos nossos concidadãos, parece reinar o egoísmo, o “chega para lá”, ou mesmo o “salve-se quem puder”. A palavra “stress” parece ter-se instalado no nosso léxico de forma irreversível. Mas será que no fundo de cada um de nós terão de fato desaparecido em definitivo os desejos de algum idealismo? Penso, ou desejo pensar, que não. É certo que a nossa sociedade tem problemas importantes para resolver: na justiça, na educação, na saúde, no equilíbrio das contas públicas, e em outros aspectos que os noticiários não deixam esquecer. Mas estou certo de que acabará por chegar o momento em que as pessoas deixarão de pensar apenas nas coisas mais “terra a terra” e começarão de novo a tentar encontrar ideais coletivos. Pergunto a mim mesmo se o futuro nos trará novos ideais, ou se serão alguns dos antigos a readquirir o seu justo valor. Estou a pensar concretamente nos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Quanto a estes, seria bom recordar que são extremamente belos. No entanto, talvez seja necessário que adquiram um sentido mais profundo do que atualmente lhes atribuímos. Por exemplo, seria muito positivo que ao pensarmos na ideia de “liberdade”, não nos limitássemos apenas a querer as nossas liberdades individuais, o nosso direito de opinião ou de iniciativa, mas também a que os seres humanos de todo o mundo tivessem essas mesmas liberdades. Já que tanto se fala em que vivemos na era da “globalização”, penso que seria excelente que a liberdade responsável fosse, também ela, --- Send in a voice message: https://anchor.fm/malhete-podcast/message

Esclarecimentos Oportunos
Esclarecimentos Oportunos 261 - O medo das "almas do outro mundo"

Esclarecimentos Oportunos

Play Episode Listen Later Jul 2, 2019 24:06


"Somente os espíritos maus podem se tornar visíveis às pessoas? Existe algum método ou prática espírita para impedir isso? Pergunto isso porque, sinceramente, tenho muito medo das chamadas "almas do outro mundo". Material para estudo: Cap. VI de "O Livro dos Médiuns" e Cap.XIV de "A Gênese"