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A China assusta, fascina e desafia. Mas pra entender o país que disputa a hegemonia global, é preciso voltar no tempo. Neste episódio, Felipe Abal conversa com o historiador Fernando Pureza sobre a longa trajetória da China. Falamos de impérios, invasões estrangeiras, guerras do ópio, revoluções e os mitos que sustentam o Partido Comunista Chinês. Uma conversa sobre história, mas que ajuda a decifrar o presente.****Qual o momento perfeito pra quem quer dar aquele upgrade sem estourar o cartão? AGORA! A Insider tá em clima de aniversário, com descontos que somam com nosso cupom VIRACASACAS, chegando a até 30% OFF! Corre lá (ou aqui, no link!)-> Insider #insiderstore
Macau assinalava nesta sexta-feira metade do processo de transição de Portugal para a China, 25 anos, de um total de 50, no âmbito de uma região administrativa especial chinesa, como negociado entre Lisboa e Pequim.E isto na semana em que uma lei foi votada em Macau contemplando o despedimento de funcionários públicos caso sejam tidos como desleais para com o território ou com a China. Para fazer um diagnóstico falámos com Paulo Rêgo, director do semanário Plataforma.Este admite haver pressões no território para que se adopte um registo que não belisque a China, à luz do que Pequim implementou na vizinha Hong Kong, após a repressão dos protestos pró democracia de 2019 e 2020, mas relativiza o peso da nova legislação.Há um juramento e uma declaração de fidelidade à função pública, bem como hà em Portugal, ou como decorre dos próprios contratos de privada. Se um funcionário do Plataforma, do meu jornal, não for fiel ao meu projecto, eu despeço-o. E, portanto, é verdade que há e tem havido, nomeadamente nos anos do COVID e do pós COVID, um recrudescimento claro e visível do discurso securitário e do discurso patriótico.Isso esteve ligado ao que aconteceu em Hong Kong, nomeadamente ?Tudo o que aconteceu em Hong Kong teve uma consequência e efeitos directos do que passou a acontecer em Macau, nomeadamente no discurso securitário e naquilo que aqui hoje se repete em cada esquina que é "Macau, governado pelas suas gentes", desde que sejam patriotas e tenham amor à Pátria.O Gabinete dos Assuntos para Macau e Hong Kong, em Pequim, já diz tudo no seu nome. O grupo de pessoas que toma decisões sobre as Regiões autónomas especiais toma decisões sobre as duas.E, portanto, o que aconteceu em Macau, onde não há sentimento anti-nacionalista, onde não há protestos anti-Pequim, que é uma pequena cidade que vive completamente dependente de Pequim decidir que pode ter dinheiro. Não é porque se Pequim não deixar virem os jogadores para Macau, Macau vai à falência.Portanto estamos no regime de "Um país, dois sistemas". Diz-me que, ao fim ao cabo, não havia problemas em Macau. Eu lembro-me, porém, que no passado chegou a haver protestos para assinalar a repressão em Tiananmen. Estes protestos agora já não existem !Não há protestos de Tiananmen, eles foram proibidos com um parecer jurídico do presidente do Tribunal de última instância, que toma posse como chefe do Executivo. Como aquilo que aconteceu em Hong Kong com os deputados que foram proibidos de se candidatarem, não é?Os chamados dissidentes ou independentistas, aqueles que a China decidiu que não cumpriam os critérios de amor à mãe pátria. Isso também aconteceu em Macau. Também houve deputados nas últimas eleições que foram proibidos de concorrer. Portanto, isso aconteceu. É uma mão dura de Pequim sobre qualquer movimento político dissidente ou contestatário. Mas a minha leitura enquanto jornalista e enquanto cidadão é que para aí. Eu convido qualquer ouvinte vosso a ir à www.Plataforma de Macau, ler os editoriais que eu escrevo sobre a China e sobre Macau, para perceberem que tem o mesmo tom e o mesmo grau de liberdade daqueles que você pode escrever sobre o presidente francês.Não há uma censura óbvia e uma submissão a Pequim ?Há uma pressão, uma pressão óbvia dos poderes nacionais para que toda a gente concorde com eles. Penso que em França também percebemos como é que isso se faz, não é? A questão é quando nós recebemos pressões, o que é que fazemos? Se resistirmos a elas e continuarmos a praticar jornalismo... O meu jornal tem dez anos, ainda cá está e 80% dos seus anunciantes são públicos. Portanto, não posso, eria desonesto da minha parte dizer que não é possível exercer a liberdade de opinião. Há pressões para que a nossa opinião seja concordante como o "mindset" nacional chinês, há !Falou de Sam Hou Fai que tomou posse como novo líder do executivo macaense. Pelo menos a parte lusófona enfatiza o facto de, pela primeira vez, ser um chefe do executivo que até fala português. Ele é um magistrado, como também já referiu. O que acha que poderá vir aí com a Nova Era, a era de Sam Hou Fai ?Eu não lhe chamaria a era de Sam Hou Fai. O Sam Hou Fai não é um político experiente e influente naquilo a que nós poderíamos chamar os "stakeholders" da política de Macau neste momento, não é ? Que são as elites económicas e políticas de Macau e o grau de influência crescente que as elites económicas e políticas chinesas têm na condução da região, por mais autónoma que ela se chame e por mais autónoma que tenha capacidade de ser. A China é, no mínimo, "stakeholder" das decisões. Não é um político influente e experiente. É um magistrado. Sim. Fala português, estudou em Coimbra e, é, portanto, é o primeiro chefe do Executivo bilíngue.Aliás, num governo formado por um chefe do Executivo e cinco secretários, portanto seis altos quadros dirigentes: Um secretário adjunto em Macau seria o equivalente a ministro. Digamos, se encararmos o chefe do Executivo como primeiro ministro, desses, seis, quatro são bilingues.Desses seis, todos são tecnocratas, ou seja, vêm da função pública. E todos eles, e a maioria deles, pelo menos, nem sequer nasceu em Macau.O Sam Hou Fai não é só o primeiro bilingue, também é o primeiro que não nasceu em Macau. Veio para Macau há muitos anos e, portanto, cumpriu os critérios mínimos para que alguém possa ser eleito chefe. Tem que residir em Macau pelo menos há 25 anos, para cumprir aquele preceito de Macau governado pelas suas gentes. Mas foi preparado para isso.Toda esta geração é uma geração com muitas conexões com o Partido Comunista Chinês, com o poder central e que vieram viver para Macau, aprenderam aqui o modo de vida de Macau, a Lei de Macau, o bilinguismo, a segunda língua oficial. Foram para Portugal estudar e voltaram.Portanto, é uma coisa difícil de ler. Repare nas contradições, não é? É o primeiro governo de tecnocratas, ou seja, não tem empresários de sucesso. Não tem as grandes famílias que herdaram as tradições de Macau como tiveram os governos anteriores. Foram todas afastadas pela primeira vez deste Governo.E, portanto, temos um governo mais nacionalista, mais tecnocrático, se quisermos, menos politizado e, contudo, mais bilingue. Qual é a questão curiosa? O bilinguismo, a plataforma com os países de língua portuguesa e Macau, Cidade aberta. No fundo, é um desenho tradicional de Pequim e foi desenhado pela política conservadora de Pequim... Que criou esta lógica para a reunificação, ou seja, para que a reunificação fosse pacífica e aceite pelas populações de Macau, de Hong Kong. E o grande elefante escondido que é Taiwan, não é ?Que é, no fundo, "Um país, dois sistemas": um sistema plural e constitucional em que há um arquétipo nacionalista chinês. Mas depois há graus de abertura elevados para as regiões que aceitem regressar à "mãe pátria", na expressão da política chinesa, portanto, este governo é as duas coisas.É um governo mais tecnocrata, menos politizado, mais nacionalista, mas também mais bilingue, mais plataforma e que se quiser, porque estas instruções são do centro. O plano das grandes famílias em Macau, durante os últimos 26 anos, foi enriquecer brutalmente para não sei quantas gerações, criando um paraíso de jogo e seu submundo que multiplicou por sete, oito, nove vezes as receitas de Las Vegas. Para termos noção, numa aldeia de 33 quilómetros quadrados. Portanto, nós estamos aqui a cumprir um desenho que é conservador, é tradicional, é do poder central.Cada vez mais se fala na necessidade de diversificação económica. Como é que ela é equacionada em Macau? E como ?Quais são as alavancas possíveis?Ela está completamente definida. Ou seja, esta mistura entre a manutenção de um sistema capitalista que há em Macau e uma economia socialista dirigida, centralizada e com planos centrais. Ela está completamente definida por Pequim, imposta ao poder local e vai ser executada. A primeira questão que aconteceu no jogo é porque grande parte das receitas, uma enorme parte das receitas era do chamado mercado VIP, não era ?De pessoas que vinham jogar 10 milhões, 50 milhões, 100 milhões $ de Macau. Não. Eles vinham da China, muitas vezes sonegados ao Estado. Pequim impôs o fim disso, dos dealers, dos agentes dos "junkets" que dominaram a indústria do jogo durante 20 anos. E hoje Macau está completamente concentrado no "Mass Market" [Mercado de Massas]. Que os turistas vêm aos milhões. Estamos a falar de 33 milhões este ano, contas do dia 7 de Setembro. A recuperar todos os números pré COVID, houve 55.000 espectáculos da indústria "mass" este ano e convenções, concertos, teatros, etc.É turismo no sentido mais lacto da palavra, não necessariamente só receitas de jogo.Eu posso dizer "1+4". O jogo passa a ser uma cidade de turismo e lazer em que a oferta diária é multiplicada para "mass market", e não para mercados VIP. E depois há quatro indústrias onde há pacotes legislativos a nascer para a promoção dessas quatro indústrias, definidas como as indústrias que eles entendem, em que Macau será competitivo na sua integração regional.Ou seja, na Grande Baía, que é uma região económica especial que inclui nove cidades no sul da China: Cantão, Shenzhen, Hong Kong, Macau e Hong Kong são integrados nessa grande área...O Delta das Pérolas !O delta do Rio das Pérolas: 85% do PIB da China ! Ou seja, uma região para a qual o mundo inteiro quer vir. E Macau vai por decisão central, vai obrigar-nos a dizer: Quem é que não quer ir para um mercado desses quando está numa aldeia com 33 quilómetros quadrados, não é?Portanto, a diversificação vai ser feita pela integração na Grande Baía, pela multiplicação de contactos com os países de língua portuguesa, mediação entre a China e esses países.E depois tem quatro indústrias, de preferência: mercado MICE (concertos, grandes realizações de desporto e cultura, sobretudo). Portanto, o chamado mercado MICE, mais a alta finança, a biomédica e as novas tecnologias. Estas quatro indústrias estão perfeitamente definidas pelo poder central, aceites pelo poder local. E qualquer empresário hoje em Macau e estrangeiro, que venha a Macau, é para elas que olha. Porque essas vão andar a uma coisa que a gente tem que perceber na China eles não têm que dizer. E quando dizem, fazem. Portanto, estas vão acontecer.Dentro de 25 anos, a priori, Macau deixa de ser uma região administrativa especial para integrar plenamente a China. Passaram já 25 anos. Em que medida é que pode haver ou não alguma apreensão em relação ao respeito desta mini-Constituição, a Lei Básica de Macau, em relação ao respeito das liberdades e garantias ?Eu acho que é avisado todos nós estarmos sempre preocupados com a defesa das liberdades e das garantias individuais e colectivas em Macau. Não me parece que isso seja uma borla garantida, nunca para ninguém ! Muito menos num sítio onde ela é dada por excepção. Ou seja, é uma coisa que a China toda não tem.Na China há censura. Eu na China não poderia estar a dar esta entrevista. Daquilo que eu vejo hoje em Macau, eu diria que estaremos muito próximos do mesmo daqui a 25 anos daquilo que é o interesse da China.Pode haver mais liberdades. Pode haver mais contactos. Pode haver mais interacção com os países de língua portuguesa. Pode ser um canal ainda mais importante para as relações da China com o resto do mundo. Agora, isso depende de como evoluir a China.O que é que nós vemos hoje? Hoje a China tem bloqueios políticos e económicos, não é? Fala-se da Guerra Fria, Nova Guerra Fria, a guerra tecnológica, a guerra económica e os Estados Unidos pressionam a Europa para não ter relações de privilégio com a China. E portanto, diremos o seguinte "Ah! Então a China está nesse "drive" negativo e, portanto, Macau e Hong Kong estão atrás disso? Não. Quanto mais problemas a China tem na sua economia, quanto mais necessidade tem de se internacionalizar, mais precisa dos canais para o Ocidente.Nós estamos a sentir isso hoje, aqui. As decisões políticas que a China tomar sobre as suas relações com o mundo vão definir as decisões que tomarão sobre estes territórios, sobre estas regiões autónomas, mas no "mindset" político chinês deles, claramente deles ! E eles tomaram as decisões que entenderem daqui a 25 anos. Tudo depende das relações que a China tiver com o resto do mundo.E em termos de população e da demografia, para terminar, eu sei que o COVID foi muito severo aí e que muita gente, após o fim do muito longo confinamento, optou por deixar Macau. Em que medida é que agora há, de facto, se calhar uma população de origem europeia menor? Uma população, se calhar de origem da China popular maior? Houve alguma evolução recente que testemunhou relativamente à demografia do território?Houve claramente alguma retirada de altos quadros estrangeiros e há muita dificuldade na obtenção do chamado "Bilhete de residente". Ou seja, um estrangeiro que queira viver para Macau tem que pedir autorização, como tem em França, como tem em Portugal. E, portanto, essa autorização de trabalho e de vida em Macau hoje é difícil. Porquê? Porque estamos numa cidade muito pequena, com 650.000 habitantes.E qual é o pensamento do poder político local se eles abrem as fronteiras não pode ser só para portugueses, franceses ou brasileiros. Mas se abrem as fronteiras, são engolidos por um monstro, um um mamute de 1.600.000.000 de pessoas. Com enorme competitividade, com enorme capacidade financeira, com enorme know how político. Estudados em Harvard, na Austrália, no Canadá, nos Estados Unidos. E, portanto, Macau é uma bolha muito proteccionista das suas próprias excepções. E, portanto, tem as fronteiras fechadas.É difícil quem não tem esse direito adquirido no passado, adquirir o direito de cá vir, investir, viver, trazer a família. E a grande discussão em Macau, mesmo entre os poderes políticos mais conservadores. é a necessidade de o abrir. Portanto, se me perguntar qual é a minha intenção na próxima década, vai aumentar o número de estrangeiros, nomeadamente lusófonos, porque isso está assumido pelo poder oficial.É preciso promover o bilinguismo, ou seja, a língua portuguesa no ensino básico, no ensino secundário. O Politécnico de Macau, neste momento ajuda 42 universidades na China continental a ministrar aulas de português. Com materiais didáticos, com consultorias e tal. E há uma enorme discussão sobre quais são as excepções a este fecho de fronteiras. Este ambiente protecionista dos direitos das pessoas que já cá vivem.Quais e como se podem criar excepções para aumentar a presença de quadros lusófonos e atrair investimento lusófono? Essa discussão é diária nos bastidores da política de Macau e nas discussões entre os políticos de Macau e os políticos de Pequim.Portanto, eu antevejo nos próximos anos um aumento das comunidades lusófonas, eu não diria de Portugal, mas pelo menos das comunidades lusófonas que queiram vir ou que tragam investimento ou que estejam disponíveis para aprender chinês, não é?Porque o bilinguismo também é uma coisa que é preciso perceber: nós continuamos aqui há 500 anos sem falar chinês. Quer dizer, exigir a um país que imponha o bilinguismo com eles a aprenderem português. É uma conversa que se vai tornando mais difícil e que faz menos sentido.E há muitos chineses que estão a aprender português na China. E, portanto, quando eu digo tem que haver mais bilíngues e há uma concordância estratégica nisso, eu diria que vai haver mais chineses a falar português. Isso vai ser dominante. Vai haver mais desses, do que gente a vir de Portugal ou de Angola para cá. Mas penso que vai haver as duas. Faz parte da estratégia, faz parte da narrativa. Está escrito e eles continuam a dizer que bem, não tem acontecido como queríamos, mas tem que acontecer.
Macau assinalava nesta sexta-feira metade do processo de transição de Portugal para a China, 25 anos, de um total de 50, no âmbito de uma região administrativa especial chinesa, como negociado entre Lisboa e Pequim.E isto na semana em que uma lei foi votada em Macau contemplando o despedimento de funcionários públicos caso sejam tidos como desleais para com o território ou com a China. Para fazer um diagnóstico falámos com Paulo Rêgo, director do semanário Plataforma.Este admite haver pressões no território para que se adopte um registo que não belisque a China, à luz do que Pequim implementou na vizinha Hong Kong, após a repressão dos protestos pró democracia de 2019 e 2020, mas relativiza o peso da nova legislação.Há um juramento e uma declaração de fidelidade à função pública, bem como hà em Portugal, ou como decorre dos próprios contratos de privada. Se um funcionário do Plataforma, do meu jornal, não for fiel ao meu projecto, eu despeço-o. E, portanto, é verdade que há e tem havido, nomeadamente nos anos do COVID e do pós COVID, um recrudescimento claro e visível do discurso securitário e do discurso patriótico.Isso esteve ligado ao que aconteceu em Hong Kong, nomeadamente ?Tudo o que aconteceu em Hong Kong teve uma consequência e efeitos directos do que passou a acontecer em Macau, nomeadamente no discurso securitário e naquilo que aqui hoje se repete em cada esquina que é "Macau, governado pelas suas gentes", desde que sejam patriotas e tenham amor à Pátria.O Gabinete dos Assuntos para Macau e Hong Kong, em Pequim, já diz tudo no seu nome. O grupo de pessoas que toma decisões sobre as Regiões autónomas especiais toma decisões sobre as duas.E, portanto, o que aconteceu em Macau, onde não há sentimento anti-nacionalista, onde não há protestos anti-Pequim, que é uma pequena cidade que vive completamente dependente de Pequim decidir que pode ter dinheiro. Não é porque se Pequim não deixar virem os jogadores para Macau, Macau vai à falência.Portanto estamos no regime de "Um país, dois sistemas". Diz-me que, ao fim ao cabo, não havia problemas em Macau. Eu lembro-me, porém, que no passado chegou a haver protestos para assinalar a repressão em Tiananmen. Estes protestos agora já não existem !Não há protestos de Tiananmen, eles foram proibidos com um parecer jurídico do presidente do Tribunal de última instância, que toma posse como chefe do Executivo. Como aquilo que aconteceu em Hong Kong com os deputados que foram proibidos de se candidatarem, não é?Os chamados dissidentes ou independentistas, aqueles que a China decidiu que não cumpriam os critérios de amor à mãe pátria. Isso também aconteceu em Macau. Também houve deputados nas últimas eleições que foram proibidos de concorrer. Portanto, isso aconteceu. É uma mão dura de Pequim sobre qualquer movimento político dissidente ou contestatário. Mas a minha leitura enquanto jornalista e enquanto cidadão é que para aí. Eu convido qualquer ouvinte vosso a ir à www.Plataforma de Macau, ler os editoriais que eu escrevo sobre a China e sobre Macau, para perceberem que tem o mesmo tom e o mesmo grau de liberdade daqueles que você pode escrever sobre o presidente francês.Não há uma censura óbvia e uma submissão a Pequim ?Há uma pressão, uma pressão óbvia dos poderes nacionais para que toda a gente concorde com eles. Penso que em França também percebemos como é que isso se faz, não é? A questão é quando nós recebemos pressões, o que é que fazemos? Se resistirmos a elas e continuarmos a praticar jornalismo... O meu jornal tem dez anos, ainda cá está e 80% dos seus anunciantes são públicos. Portanto, não posso, eria desonesto da minha parte dizer que não é possível exercer a liberdade de opinião. Há pressões para que a nossa opinião seja concordante como o "mindset" nacional chinês, há !Falou de Sam Hou Fai que tomou posse como novo líder do executivo macaense. Pelo menos a parte lusófona enfatiza o facto de, pela primeira vez, ser um chefe do executivo que até fala português. Ele é um magistrado, como também já referiu. O que acha que poderá vir aí com a Nova Era, a era de Sam Hou Fai ?Eu não lhe chamaria a era de Sam Hou Fai. O Sam Hou Fai não é um político experiente e influente naquilo a que nós poderíamos chamar os "stakeholders" da política de Macau neste momento, não é ? Que são as elites económicas e políticas de Macau e o grau de influência crescente que as elites económicas e políticas chinesas têm na condução da região, por mais autónoma que ela se chame e por mais autónoma que tenha capacidade de ser. A China é, no mínimo, "stakeholder" das decisões. Não é um político influente e experiente. É um magistrado. Sim. Fala português, estudou em Coimbra e, é, portanto, é o primeiro chefe do Executivo bilíngue.Aliás, num governo formado por um chefe do Executivo e cinco secretários, portanto seis altos quadros dirigentes: Um secretário adjunto em Macau seria o equivalente a ministro. Digamos, se encararmos o chefe do Executivo como primeiro ministro, desses, seis, quatro são bilingues.Desses seis, todos são tecnocratas, ou seja, vêm da função pública. E todos eles, e a maioria deles, pelo menos, nem sequer nasceu em Macau.O Sam Hou Fai não é só o primeiro bilingue, também é o primeiro que não nasceu em Macau. Veio para Macau há muitos anos e, portanto, cumpriu os critérios mínimos para que alguém possa ser eleito chefe. Tem que residir em Macau pelo menos há 25 anos, para cumprir aquele preceito de Macau governado pelas suas gentes. Mas foi preparado para isso.Toda esta geração é uma geração com muitas conexões com o Partido Comunista Chinês, com o poder central e que vieram viver para Macau, aprenderam aqui o modo de vida de Macau, a Lei de Macau, o bilinguismo, a segunda língua oficial. Foram para Portugal estudar e voltaram.Portanto, é uma coisa difícil de ler. Repare nas contradições, não é? É o primeiro governo de tecnocratas, ou seja, não tem empresários de sucesso. Não tem as grandes famílias que herdaram as tradições de Macau como tiveram os governos anteriores. Foram todas afastadas pela primeira vez deste Governo.E, portanto, temos um governo mais nacionalista, mais tecnocrático, se quisermos, menos politizado e, contudo, mais bilingue. Qual é a questão curiosa? O bilinguismo, a plataforma com os países de língua portuguesa e Macau, Cidade aberta. No fundo, é um desenho tradicional de Pequim e foi desenhado pela política conservadora de Pequim... Que criou esta lógica para a reunificação, ou seja, para que a reunificação fosse pacífica e aceite pelas populações de Macau, de Hong Kong. E o grande elefante escondido que é Taiwan, não é ?Que é, no fundo, "Um país, dois sistemas": um sistema plural e constitucional em que há um arquétipo nacionalista chinês. Mas depois há graus de abertura elevados para as regiões que aceitem regressar à "mãe pátria", na expressão da política chinesa, portanto, este governo é as duas coisas.É um governo mais tecnocrata, menos politizado, mais nacionalista, mas também mais bilingue, mais plataforma e que se quiser, porque estas instruções são do centro. O plano das grandes famílias em Macau, durante os últimos 26 anos, foi enriquecer brutalmente para não sei quantas gerações, criando um paraíso de jogo e seu submundo que multiplicou por sete, oito, nove vezes as receitas de Las Vegas. Para termos noção, numa aldeia de 33 quilómetros quadrados. Portanto, nós estamos aqui a cumprir um desenho que é conservador, é tradicional, é do poder central.Cada vez mais se fala na necessidade de diversificação económica. Como é que ela é equacionada em Macau? E como ?Quais são as alavancas possíveis?Ela está completamente definida. Ou seja, esta mistura entre a manutenção de um sistema capitalista que há em Macau e uma economia socialista dirigida, centralizada e com planos centrais. Ela está completamente definida por Pequim, imposta ao poder local e vai ser executada. A primeira questão que aconteceu no jogo é porque grande parte das receitas, uma enorme parte das receitas era do chamado mercado VIP, não era ?De pessoas que vinham jogar 10 milhões, 50 milhões, 100 milhões $ de Macau. Não. Eles vinham da China, muitas vezes sonegados ao Estado. Pequim impôs o fim disso, dos dealers, dos agentes dos "junkets" que dominaram a indústria do jogo durante 20 anos. E hoje Macau está completamente concentrado no "Mass Market" [Mercado de Massas]. Que os turistas vêm aos milhões. Estamos a falar de 33 milhões este ano, contas do dia 7 de Setembro. A recuperar todos os números pré COVID, houve 55.000 espectáculos da indústria "mass" este ano e convenções, concertos, teatros, etc.É turismo no sentido mais lacto da palavra, não necessariamente só receitas de jogo.Eu posso dizer "1+4". O jogo passa a ser uma cidade de turismo e lazer em que a oferta diária é multiplicada para "mass market", e não para mercados VIP. E depois há quatro indústrias onde há pacotes legislativos a nascer para a promoção dessas quatro indústrias, definidas como as indústrias que eles entendem, em que Macau será competitivo na sua integração regional.Ou seja, na Grande Baía, que é uma região económica especial que inclui nove cidades no sul da China: Cantão, Shenzhen, Hong Kong, Macau e Hong Kong são integrados nessa grande área...O Delta das Pérolas !O delta do Rio das Pérolas: 85% do PIB da China ! Ou seja, uma região para a qual o mundo inteiro quer vir. E Macau vai por decisão central, vai obrigar-nos a dizer: Quem é que não quer ir para um mercado desses quando está numa aldeia com 33 quilómetros quadrados, não é?Portanto, a diversificação vai ser feita pela integração na Grande Baía, pela multiplicação de contactos com os países de língua portuguesa, mediação entre a China e esses países.E depois tem quatro indústrias, de preferência: mercado MICE (concertos, grandes realizações de desporto e cultura, sobretudo). Portanto, o chamado mercado MICE, mais a alta finança, a biomédica e as novas tecnologias. Estas quatro indústrias estão perfeitamente definidas pelo poder central, aceites pelo poder local. E qualquer empresário hoje em Macau e estrangeiro, que venha a Macau, é para elas que olha. Porque essas vão andar a uma coisa que a gente tem que perceber na China eles não têm que dizer. E quando dizem, fazem. Portanto, estas vão acontecer.Dentro de 25 anos, a priori, Macau deixa de ser uma região administrativa especial para integrar plenamente a China. Passaram já 25 anos. Em que medida é que pode haver ou não alguma apreensão em relação ao respeito desta mini-Constituição, a Lei Básica de Macau, em relação ao respeito das liberdades e garantias ?Eu acho que é avisado todos nós estarmos sempre preocupados com a defesa das liberdades e das garantias individuais e colectivas em Macau. Não me parece que isso seja uma borla garantida, nunca para ninguém ! Muito menos num sítio onde ela é dada por excepção. Ou seja, é uma coisa que a China toda não tem.Na China há censura. Eu na China não poderia estar a dar esta entrevista. Daquilo que eu vejo hoje em Macau, eu diria que estaremos muito próximos do mesmo daqui a 25 anos daquilo que é o interesse da China.Pode haver mais liberdades. Pode haver mais contactos. Pode haver mais interacção com os países de língua portuguesa. Pode ser um canal ainda mais importante para as relações da China com o resto do mundo. Agora, isso depende de como evoluir a China.O que é que nós vemos hoje? Hoje a China tem bloqueios políticos e económicos, não é? Fala-se da Guerra Fria, Nova Guerra Fria, a guerra tecnológica, a guerra económica e os Estados Unidos pressionam a Europa para não ter relações de privilégio com a China. E portanto, diremos o seguinte "Ah! Então a China está nesse "drive" negativo e, portanto, Macau e Hong Kong estão atrás disso? Não. Quanto mais problemas a China tem na sua economia, quanto mais necessidade tem de se internacionalizar, mais precisa dos canais para o Ocidente.Nós estamos a sentir isso hoje, aqui. As decisões políticas que a China tomar sobre as suas relações com o mundo vão definir as decisões que tomarão sobre estes territórios, sobre estas regiões autónomas, mas no "mindset" político chinês deles, claramente deles ! E eles tomaram as decisões que entenderem daqui a 25 anos. Tudo depende das relações que a China tiver com o resto do mundo.E em termos de população e da demografia, para terminar, eu sei que o COVID foi muito severo aí e que muita gente, após o fim do muito longo confinamento, optou por deixar Macau. Em que medida é que agora há, de facto, se calhar uma população de origem europeia menor? Uma população, se calhar de origem da China popular maior? Houve alguma evolução recente que testemunhou relativamente à demografia do território?Houve claramente alguma retirada de altos quadros estrangeiros e há muita dificuldade na obtenção do chamado "Bilhete de residente". Ou seja, um estrangeiro que queira viver para Macau tem que pedir autorização, como tem em França, como tem em Portugal. E, portanto, essa autorização de trabalho e de vida em Macau hoje é difícil. Porquê? Porque estamos numa cidade muito pequena, com 650.000 habitantes.E qual é o pensamento do poder político local se eles abrem as fronteiras não pode ser só para portugueses, franceses ou brasileiros. Mas se abrem as fronteiras, são engolidos por um monstro, um um mamute de 1.600.000.000 de pessoas. Com enorme competitividade, com enorme capacidade financeira, com enorme know how político. Estudados em Harvard, na Austrália, no Canadá, nos Estados Unidos. E, portanto, Macau é uma bolha muito proteccionista das suas próprias excepções. E, portanto, tem as fronteiras fechadas.É difícil quem não tem esse direito adquirido no passado, adquirir o direito de cá vir, investir, viver, trazer a família. E a grande discussão em Macau, mesmo entre os poderes políticos mais conservadores. é a necessidade de o abrir. Portanto, se me perguntar qual é a minha intenção na próxima década, vai aumentar o número de estrangeiros, nomeadamente lusófonos, porque isso está assumido pelo poder oficial.É preciso promover o bilinguismo, ou seja, a língua portuguesa no ensino básico, no ensino secundário. O Politécnico de Macau, neste momento ajuda 42 universidades na China continental a ministrar aulas de português. Com materiais didáticos, com consultorias e tal. E há uma enorme discussão sobre quais são as excepções a este fecho de fronteiras. Este ambiente protecionista dos direitos das pessoas que já cá vivem.Quais e como se podem criar excepções para aumentar a presença de quadros lusófonos e atrair investimento lusófono? Essa discussão é diária nos bastidores da política de Macau e nas discussões entre os políticos de Macau e os políticos de Pequim.Portanto, eu antevejo nos próximos anos um aumento das comunidades lusófonas, eu não diria de Portugal, mas pelo menos das comunidades lusófonas que queiram vir ou que tragam investimento ou que estejam disponíveis para aprender chinês, não é?Porque o bilinguismo também é uma coisa que é preciso perceber: nós continuamos aqui há 500 anos sem falar chinês. Quer dizer, exigir a um país que imponha o bilinguismo com eles a aprenderem português. É uma conversa que se vai tornando mais difícil e que faz menos sentido.E há muitos chineses que estão a aprender português na China. E, portanto, quando eu digo tem que haver mais bilíngues e há uma concordância estratégica nisso, eu diria que vai haver mais chineses a falar português. Isso vai ser dominante. Vai haver mais desses, do que gente a vir de Portugal ou de Angola para cá. Mas penso que vai haver as duas. Faz parte da estratégia, faz parte da narrativa. Está escrito e eles continuam a dizer que bem, não tem acontecido como queríamos, mas tem que acontecer.
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 1084: Informativo da Rádio Minghui de setembro de 2024. 2.714 praticantes de Falun Gong presos ou perseguidos por causa de sua fé no primeiro semestre de 2024 Notícias tardias: Idoso de 81 anos de Shandong morre enquanto estava em liberdade condicional da prisão Notícias tardias: Moradora de Pequim de 64 anos morre cinco meses depois de ter sido condenada injustamente por praticar o Falun Gong Praticantes de 52 países e regiões desejam ao Mestre Li um feliz Festival do Meio do Outono National Review: Evidências expõem a extração forçada de órgãos na China Áustria: Membros do Conselho Nacional condenam a perseguição do Partido Comunista Chinês ao Falun Gong
A China vem se esforçando nos últimos anos para atingir uma fração daquela força econômica que possuía nas décadas passadas, mas será que as medidas adotados pelo Partido Comunista Chinês de Xi Jinping serão o suficiente para acelerar de novo o motor econômico do país?
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 1042: Experiência de cultivo da categoria Salvaguardar o Falun Dafa, intitulada: "Desmantelar a propaganda do Partido Comunista Chinês", escrita por um praticante do Falun Dafa na província de Hunan, China.
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 986: Compilação de experiências de cultivo da categoria Perspectivas do dia do Dafa, intituladas: [Comemoração do Dia Mundial do Falun Dafa] Eu parei de brigar com os vizinhos agricultores [Comemoração do Dia Mundial do Falun Dafa] A dor no joelho desaparece com a prática diligente do Falun Dafa [Comemoração do Dia Mundial do Falun Dafa] Não acredite no Partido Comunista Chinês (PCC)
Jimmy Lai, importante crítico do Partido Comunista Chinês, é acusado de conspirar com empresas, ativistas, políticos e outras figuras importantes e colocar em risco a segurança nacional. São acusações que incluem o pedido de sanções contra Hong Kong e autoridades chinesas.
A pandemia e a Guerra da Ucrânia intensificaram a Nova Guerra Fria, o que tem provocado a chamada desglobalização e o distanciamento entre o Ocidente e a China. Isso decorre de fatores geopolíticos, mas também de políticas internas do Partido Comunista Chinês. Como essa tendência se manifesta nas relações entre a China e o estrangeiro?
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O Partido Comunista da China proibiu funcionários do governo de usarem produtos da Apple. Essa é a maior retaliação da China até o momento na Guerra Fria com os Estados Unidos, a qual é trava principalmente no setor de tecnologia.
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 665: Experiência de cultivo da categoria Esclarecimento dos fatos da perseguição intitulada: "Policiais renunciam ao Partido Comunista Chinês após saberem sobre a verdade", escrita por uma praticante do Falun Dafa na China.
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 649: Experiência de cultivo da categoria Bondade é recompensada, intitulada: "Paciente moribundo recebe uma segunda vida depois de deixar o Partido Comunista Chinês", escrita por uma praticante do Falun Dafa na província de Heilongjiang, China.
O presidente chinês, Xi Jinping (foto), orientou as principais autoridades de segurança do país a trabalharem “com os piores e mais extremos cenários” e que o país pode enfrentar “tempestades traiçoeiras” à frente. As falas foram feitas durante reunião da Comissão de Segurança do Partido Comunista Chinês, e reveladas pela agência estatal Xinhua. Link do cupom de desconto na assinatura de o Antagonista+ e Crusoé: https://assine.oantagonista.com/?cupom=QUERO60OFF Precisa de ajuda? 4858-5813, São Paulo 4003-8846, demais localidades O horário de atendimento é das 9h00 às 18h00, de segunda a sexta-feira, exceto feriados. Você pode entrar em contato conosco pelo e-mail: assinante@oantagonista.com Inscreva-se e receba a newsletter: https://bit.ly/2Gl9AdL Confira mais notícias em nosso site: https://oantagonista.uol.com.br/ https://crusoe.uol.com.br/ Acompanhe nossas redes sociais: https://www.fb.com/oantagonista https://www.twitter.com/o_antagonista https://www.instagram.com/o_antagonista https://www.tiktok.com/@oantagonista_oficial No Youtube deixe seu like e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/c/OAntagonista
Nossos sócios Tomás Goulart, Sarah Campos e Gabriel Abelheira debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, foram divulgados dados de atividade americana (ISMs), tanto de serviços, quanto de manufatura, que demonstraram sustentação. Na Zona do Euro, foram divulgados dados de inflação (CPI) - os primeiros referentes a fevereiro - que surpreenderam para cima. Por fim, os dados de atividade na China (PMIs) vieram acima do esperado. No Brasil, após embate político, foi anunciada reoneração parcial dos impostos federais sobre os combustíveis, mas acompanhada de sinalizações econômicas negativas, como um imposto sobre a exportação de petróleo bruto. Ainda no âmbito político, foram dadas as primeiras sinalizações a respeito da nova âncora fiscal, não tão positivas. Por fim, foram divulgados alguns dados, indicando desaceleração do crescimento ao final de 2022 (PIB); dívida menor que o esperado, com indícios de recuo da arrecadação à frente; e desemprego ainda baixo, apesar das perspectivas negativas. Nos EUA, a curva de juros fechou a semana estável, enquanto as bolsas tiveram bom desempenho – S&P500 +1,90% e Nasdaq +2,68%. Ainda no cenário internacional, o índice de bolsas de mercados emergentes subiu 3,22%. Por aqui, a curva de juros seguiu inclinando, com abertura de 12 bps no jan/27, enquanto o Ibovespa apresentou queda de 1,83%. Na próxima semana será importante acompanhar a divulgação de dados de emprego nos EUA (Jolts e Payroll); o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell; o início do Congresso do Partido Comunista Chinês; a divulgação da inflação aqui no Brasil (IPCA), e o possível anúncio do novo diretor do BCB. Não deixe de acompanhar pra ficar por dentro do que rolou na semana e o que esperar da próxima!
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 504: Experiência de cultivo da categoria Poder divino do Falun Dafa, intitulada: "Seres divinos protegem aqueles que renunciam ao Partido Comunista Chinês", escrita por um praticante do Falun Dafa na China.
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 495: Experiência de cultivo da categoria Iniciando o cultivo, intitulada: "Conhecendo e expondo as mentiras do Partido Comunista Chinês", escrita por uma praticante do Falun Gong na China.
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 491: Experiência de cultivo da categoria Autoaprimoramento, intitulada: "Dos 'sintomas'da COVID à influência da cultura do Partido Comunista Chinês", escrita por um praticante do Falun Gong na cidade de Harbin, província de Heilongjiang, China.
No fim da década de 1980, os estudantes universitários de Pequim, na China, foram responsáveis por liderar o maior protesto da história da cidade. Apenas no ano de 1988, mais de 210 protestos estudantis ocorreram por toda a China. Eles reivindicavam maiores investimentos na educação, exigindo o fim da alta inflação e da corrupção, tanto na área pública quanto privada. Os estudantes de Pequim estavam inseridos em um ambiente acadêmico que propiciava o surgimento de manifestações: a maioria das 67 universidades de Pequim estavam próximas umas das outras. Essa proximidade facilitava a difusão de ideias, pautadas nos dormitórios estudantis e espalhadas até as ruas de Pequim. As principais mobilizações ocorriam em uma icônica praça no centro da cidade: a Praça Tiananmen, a Praça da Paz Celestial. A maioria dos estudantes de Pequim dividiam-se entre a ala da esquerda, críticos ao regime de Mao e outros mais à direita, inspirados por pensadores liberais dos EUA. Embora fossem separados por diferentes princípios, os estudantes eram unidos devido às suas ideias não-conformistas, pois ambos estavam insatisfeitos com o rumo do governo na última década, encabeçado por Deng Xiaoping. Após sucessivos protestos iniciados por estudantes liberais em 1985, 1987 e 1988, em 1989 o movimento cresceu e foi apoderado por vários setores da sociedade chinesa. Ao longo dos meses de abril e maio de 1989, mais de 1 milhão de pessoas protestaram na Praça Tiananmen : não apenas estudantes, mas operários, políticos, policiais e até membros do exército chinês. Muitos integrantes do Partido Comunista Chinês, abriram o diálogo com os estudantes, apoiaram o movimento e até o financiaram. Por exemplo, o Ministério da Cultura da China foi responsável por doar 360 yuans aos estudantes; um vice-comandante de divisão do Exército de Libertação Popular da China, doou mil; o presidente do Partido da Democracia Progressiva da China, Lei Jieqiong, doou outros mil yuans. Organizações trabalhistas também entraram no movimento: os Trabalhadores da Companhia Têxtil Geral de Pequim doaram dez mil. Enquanto isso, a Federação Chinesa de Sindicatos e o Comitê de Angariação de Fundos da Loteria de Bem-Estar Social da China doaram 100.000 yuans cada. Em 1989, foi registrado que quase 60% da população chinesa apoiava o direito dos estudantes de protestar, com apenas 10% se opondo e 30% sem opinião concreta sobre o movimento. Em determinado momento, os protestos não estavam mais em Pequim: tinham se espalhado por toda a China: em 19 de maio daquele ano, mais de 400 cidades chinesas estavam envolvidas com os protestos de uma forma ou outra. O Secretário Geral do Partido Comunista, Zhao Ziyang anunciou que os protestos eram legítimos e as demandas dos estudantes deveriam ser levadas em consideração. Entretanto, a ala conservadora do Partido Comunista Chinês pensava diferente. Liderados por Deng Xiaoping, que tinha iniciado suas reformas de liberação econômica, o movimento foi rotulado como burguês e contra revolucionário, encabeçado por alguns estudantes liberais. De fato, o movimento foi iniciado pelos liberais, mas mais tarde, foi adotado e reconduzido por muitos estudantes de esquerda, que iniciaram uma greve de fome na praça. Entretanto, aquelas semanas de demonstração popular terminaria de forma diferente do que muitos estudantes imaginavam. ____________________ Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Picpay: https://picpay.me/geopizza Apoia.se: https://apoia.se/geopizza ou Patreon: https://patreon.com/geopizza Confira a Geostore, nossa loja do Geopizza
A imposição da política de Covid Zero na China, gerou um caos social e sanitário, culminando com a morte de dez pessoas numa fábrica em Xinjiang e protestos contra Xi Jinping. Essa situação levou o líder chinês a determinar o fim de uma longa política em um dos últimos países a ainda sofrer de forma substancial com a pandemia que assolou o mundo em 2020 e 2021. Por Thiago de Aragão, analista político Com o fim da política de Covid Zero, a China vivia um sentimento generalizado de alívio. No entanto, a falta de um elemento essencial está colocando o país em uma situação complicada que, como da última vez, acarreta em inúmeros problemas interligados: pressão nos hospitais, mortes, fechamento de fábricas, danos a cadeia de produção e impacto negativo na economia (que é a principal base de sustentação do Partido Comunista Chinês perante a sociedade). Esse elemento primordial para superar a crise é a vacina. A China foi um dos primeiros países do mundo a desenvolver imunizantes anticovid-19. Tanto a Coronavac como a Sinovac são de fabricação chinesa, apesar de o governo chinês também estar envolvido no financiamento da vacina da AstraZeneca e, via a BioNTech, indiretamente ligado à vacina da Pfizer. Como podemos ver ao longo dos últimos anos, a vacina da Pfizer (e Moderna), com a tecnologia RNA mensageiro, se mostrou mais eficaz na neutralização do vírus, fazendo com que esse imunizante se tornasse o predominante em vários países. A China, por outro lado, por conta da propaganda “necessária” ao partido, resolveu não comprar as vacinas mRNA (e tentar desenvolver a própria). Situação caótica A falta de vacinação eficiente na população fez com que uma situação caótica se estabelecesse no país. No momento, quase um terço da população de Pequim (22 milhões) está com suspeitas de estar com o coronavírus. O caos começa a se disseminar na mesma proporção de contaminação do vírus. Caminhoneiros não conseguem levar cargas e suprimentos de um lugar para outro, alimentos não estão chegando nos supermercados e a população, começando a se desesperar, acumula o máximo de produtos não perecíveis. Além do temor de que o vírus se espalhe ainda mais, o Partido Comunista Chinês também lida com a hipótese de que o alto volume de contaminações e possíveis usos indiscriminados de remédios não relacionados gerem um novo ciclo de mutações no vírus, que poderia resultar em uma variante mais agressiva que a ômicron. Claro que isso é um problema futuro, e é difícil o governo chinês lidar com eventualidades quando problemas atuais estão prejudicando num ritmo acelerado a percepção da população em relação ao partido. Assim, as próximas semanas serão críticas em relação a estratégia adotada para conter esse avanço avassalador da Covid-19. Não podemos excluir a hipótese do retorno da política de Covid Zero com o intuito de ganhar tempo para acelerar o processo de vacinação dos mais idosos e, quem sabe, produzir a própria vacina mRNA.
Manifestações baseadas em conspirações e fantasias acabam se tornando folclóricas quando pacíficas e lamentáveis quando prejudicam o bem-estar da maioria, mas quando embasados na realidade, sensatez e senso de justiça, há vezes que protestos funcionam. Na China, as manifestações contra a política de “Covid Zero” no país acabaram por gerar alguma flexibilidade que, comparado ao que era, melhora muito a vida da maioria da população. Thiago de Aragão, analista político Passados três anos desde seu início, a Covid ainda é um problema grave na China. Milhões de idosos não estão vacinados e, caso peguem o vírus, representariam uma pressão desproporcional no sistema de saúde do país. Em Taiwan, por exemplo, a taxa de mortalidade se mantém na faixa dos 0.2% da população. Se esse mesmo percentual existisse na China continental, o número de mortes ficaria na casa dos milhões. Sun Chunlan, o estrategista-chefe do Partido Comunista Chinês no combate à Covid (uma espécie de Dr. Fauci chinês), foi quem desenhou e convenceu Xi Jinping de que a política de “Covid Zero” era a única alternativa para impedir o colapso do sistema de saúde e impedir milhões de mortes. Assim, à medida que casos eram descobertos em determinadas regiões, o lockdown de um complexo residencial, bairro ou cidade, se tornava a alternativa escolhida pelo governo chinês. Isso levou a milhões de habitantes - mais de 140 milhões em determinados momentos - a estarem sob lockdown por semanas ou meses, dependendo da região. Flexibilização decidida a portas fechadas A flexibilização dessa política foi decidida a portas fechadas, após protestos em diversas cidades do país. O ponto de ebulição foi um incêndio na cidade de Urumqi. Por conta de um lockdown que focava na manutenção do trabalho, trabalhadores estavam trancados em uma fábrica do município e morreram em um incêndio, sem a possibilidade de sair do local e se salvarem. Em seguida, os protestos contra as rígidas medidas restritivas se iniciaram em Urumqi, Shenzhen, Xangai e outras cidades, colocando uma pressão grande em cima do governo. A portas fechadas, Xi Jinping reconheceu que o atual formato do "Covid Zero", não era mais sustentável, dada a exaustão coletiva da sociedade. Como sempre, quando há um protesto na China, a imprensa Ocidental corre para especular o início de uma versão chinesa da "Primavera Árabe", ou tentar identificar algum tipo de rebelião contra o Partido. Não é o caso. Apesar de protestos efusivos e corajosos em Xangai diretamente contra Xi Jinping e pedindo a renúncia do presidente, o foco principal dos protestos se baseia na "Covid Zero" e não na busca por democracia ou pelo fim do Partido Comunista Chinês. Campanha de vacinação Após ser reeleito para um terceiro mandato, Xi sabe que entrará na fase mais complexa de seu governo a partir do ano que vem. Se por um lado o afrouxamento da "Covid Zero" é bem-vindo, por outro, há uma necessidade gritante de uma ampla campanha de vacinação em idosos. Milhões não estão vacinados o suficiente para evitar a ômicron. Olhando além do problema da Covid, Xi Jinping sabe que o crescimento econômico chinês é de suma importância para manter a ordem e a confiança da população no partido. As expectativas otimistas para 2023 giram em torno de uma taxa de 5.5%. No entanto, a flexibilização da "Covid Zero", sem uma campanha pesada de vacinação, poderá diminuir essa expectativa pela metade. Na China, a imagem do país para o mundo e do mundo para a população chinesa é de grande importância para o Partido. Assim, até a transmissão da Copa do Mundo se tornou um problema. Para que o telespectador chinês não percebesse que o mundo já superou (em grande parte) a Covid, a imagem da plateia nos estádios está sendo vetada pela TV chinesa. Enquanto a preocupação maior for em cima da percepção das pessoas ao invés de combater estrategicamente o vírus com vacinas, a China irá demorar muito para voltar a sua normalidade.
Os protestos na China são o assunto mais importante do mundo neste momento. A política de C ovid zero está levando a população ao desespero e começa a testar os limites da repressão e do controle do Partido Comunista Chinês. Quais as consequências para o mundo?
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 409: Informativo da Rádio Minghui de novembro de 2022. Relatado em outubro de 2022: 28 praticantes do Falun Gong condenados por causa de sua fé Notícias tardias: Após um dia de tortura, estilista de 30 morre na prisão por causa de sua fé Uma mulher de Jilin é torturada durante dez meses de prisão por distribuir informações sobre sua fé Após cumprir nove anos de prisão, homem de Liaoning é sentenciado novamente por praticar o Falun Gong Taiwan: 5.000 praticantes formam um Falun gigante para marcar 30 anos desde que o Dafa foi apresentado na China San Francisco, Califórnia: Manifestação em frente ao consulado chinês pede libertação de praticantes do Falun Dafa detidos na China Conferência da cúpula de enfermagem sobre o fim da extração forçada de órgãos pelo Partido Comunista Chinês Shizuoka, Japão: praticantes apresentam o Falun Dafa na Copa do Mundo Daidogei
A China enfrenta uma rara onda de protestos em várias de suas maiores cidades. Em Xangai, os manifestantes chegaram a pedir a renúncia do presidente Xi Jinping e do próprio Partido Comunista Chinês. Uma atitude inesperada, em um país em que esse tipo de protesto é reprimido com violência. As manifestações na China podem crescer? O governo chinês pode iniciar uma repressão mais violenta, como já ocorreu em situações anteriores? O que significa para os demais países o aparente esgotamento da política de Covid zero na China? Celso Freitas e o repórter Fábio Menegatti conversam com o professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Alexandre Uehara.
A vitória de Lula marcará uma grande mudança na política externa brasileira. Durante o governo Bolsonaro, houve uma tentativa de reposicionar o Itamaraty dentro de uma lógica de inserção global pensada a partir dos pensamentos do guru bolsonarista Olavo de Carvalho, morto este ano. O ex-chanceler Ernesto Araújo não conseguiu executar um trabalho relevante e, com o tempo, acabou substituído pelo competente Carlos França. Thiago de Aragão, analista político Durante seus primeiros dois governos, Lula deixou muito claro que a regência da política externa brasileira estava mais a cargo do Partido dos Trabalhadores do que do Executivo. A política externa "bicéfala" de Lula contava com Celso Amorim liderando a partir do Itamaraty e com Marco Aurélio Garcia, de dentro do Palácio, agindo como o "chanceler de fato" do governo Lula. Em 2004, era claro o posicionamento de Lula em ter o PT influenciando com tanta força a política externa nacional. Afinal, o objetivo central era manter o partido ocupado com outro tema e que não tivesse influência direta no Ministério da Fazenda. Isso gerou uma situação um pouco paradoxal, principalmente a partir dos olhos de estrangeiros: se por um lado havia pragmatismo a partir do Ministério da Fazenda, na política externa o posicionamento mais ideológico era mais detectável. A partir de 2023, Lula não promoverá uma política externa nos mesmos moldes anteriores. Certamente o relacionamento com países com governos à esquerda será forte e relevante. Na região, veremos um diálogo mais sólido com Argentina, Venezuela, Chile, Peru entre outros países. Diferente do primeiro governo Lula, o BNDES não deverá ter o papel de linha auxiliar na política externa. Naquela época, o banco de fomento era uma peça instrumental na busca por influência e liderança na região. As controvérsias envolvendo empréstimos à Cuba, Venezuela e Bolívia devem pressionar o governo a manter o banco com um papel mais doméstico. Relações com os EUA e a China O relacionamento com os EUA será melhor no âmbito presidencial, já que Lula e Joe Biden poderão iniciar do zero a relação. Importante ressaltar que o volume das relações Brasil-EUA é grande e contínuo, independentemente da postura entre presidentes. Geralmente, os principais acordos entre os dois países correm de uma forma tranquila nos níveis burocráticos. Com a China, certamente teremos uma relação mais amigável no âmbito público. O relacionamento entre o PT e o Partido Comunista Chinês é antigo, com frequentes intercâmbios. Isso facilitará o diálogo nesse nível e trará uma aura de boa vontade para as relações entre Brasil e China no âmbito presidencial. A China mantém interesse em investir mais no Brasil e, principalmente, oferecer linhas de crédito para o governo federal, focando em projetos de infraestrutura. É de se esperar que, assim como aconteceu nos governos Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro, o Brasil continuará recusando essas linhas de crédito, a fim de não gerar uma dependência financeira a partir da já existente dependência comercial. OCDE e Mercosul Em relação a alguns objetivos macro da política externa brasileira, o governo de Lula não irá mudar 180 graus. O ingresso na OCDE deve seguir em frente, apesar de ter ganhado protagonismo durante o governo Bolsonaro. O acordo entre Mercosul e União Europeia deverá ser ratificado pelos países membros do bloco europeu. A política ambiental, tão importante para a comunidade internacional, será um componente importante da narrativa de Lula, principalmente dentro do objetivo de melhorar as relações com os europeus.
Nossos sócios Luiz Eduardo Portella, Tomás Goulart e Sarah Campos debatem, no episódio de hoje, os principais acontecimentos da semana no Brasil e no mundo. No cenário internacional, ocorreram diversas decisões de bancos centrais: no Canadá, a elevação da taxa de juros foi de 50 bps, menos que o esperado, com comunicação chamando atenção para os primeiros impactos de política monetária; no Japão, a taxa permaneceu inalterada, e foi mantido o guidance mais dovish; na Europa, a elevação foi de 75 bps, mas o comunicado foi também interpretado como tendo um tom mais dovish. Além disso, ainda por lá, foram divulgados dados de atividade (PMIs) e inflação, ambos demonstrando piora. Na China houve o término do Congresso do Partido Comunista Chinês, que consolidou o poder de Xi Jinping e a manutenção da política de Covid zero. Por fim, nos EUA, foram divulgados dados trimestrais de salário, que trouxeram sinais um pouco mais positivos, além de dados de inflação (PCE) e atividade (PIB). No Brasil, foram divulgados: o IPCA-15, que veio acima do esperado, mas com núcleos importantes voltando à trajetória de metas; dados de emprego, ainda bastante positivos, com criação de vagas formais e baixa taxa de desemprego; e dados de confiança do começo do 4º trimestre, um pouco mais fracos que o esperado. Além disso, o Copom se reuniu e manteve a Selic e a comunicação inalteradas. No cenário eleitoral, o noticiário foi movimentado, com casos como o do ex-deputado Roberto Jefferson, da contestação a respeito das inserções nas rádios e das possíveis indicações de Henrique Meirelles. A semana foi, novamente, marcada por bastante volatilidade. Nos EUA, foram divulgados importantes resultados empresariais, e as bolsas fecharam em +3,95% (S&P500) e +2,09% (Nasdaq). O juro de 10 anos fechou 20 bps, enquanto o de 2 anos fechou 6 bps. Por aqui, o Ibovespa caiu 4,49%, o juro (jan/27) abriu 13 bps, e o real desvalorizou 2,50%. Na próxima semana ocorrerá reunião do Fed, serão divulgados dados de emprego nos EUA e, no Brasil, será importante acompanhar a disputa eleitoral. Não deixe de acompanhar pra ficar por dentro do que rolou na semana e o que esperar da próxima!
Neste episódio, o AQMA recebe Aline Tedeschi e Bruno Gomes Guimarães, ambos da Shumian, para comentar os resultados e simbolismos do Congresso do Partido Comunista Chinês que reconduziu Xi Jinping ao poder. Falamos sobre a liderança do Xi Jinping, as relações da China com os Estados Unidos, a questão da ausência de mulheres nos cargos de liderança do partido, as relações com o Brasil, a China frente às mudanças climáticas e muito mais.
Edição de 27 Outubro 2022
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 344: Informativo da Rádio Minghui de outubro de 2022. >Relatório no primeiro semestre de 2022: 2.707 praticantes do Falun Gong foram presos ou assediados por causa de sua fé >Assédio a praticantes do Falun Gong se intensifica antes do 20º Congresso Nacional do PCC >Mulher de 80 anos que vive sozinha é assediada pela polícia durante a noite >Residente de Liaoning ganha recurso sobre aposentadoria suspensa por causa de sua fé >Canadá: Desfile do Dia de Ação de Graças retorna junto com a música animada da Banda Marcial Tian Guo >Yokohama, Japão: Manifestação e desfile expõem a brutalidade do Partido Comunista Chinês >Praticantes do Falun Dafa na Austrália compartilham suas histórias
Xi Jinping assegura 3º mandato e consolida poder absoluto no Partido Comunista Chinês. E TSE concede 116 direitos de resposta a Lula em campanha de Bolsonaro na TV.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O "inesperado caos" da economia e política britânica ao discurso de abertura do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, passando, claro, pela Ucrânia. Para ouvir esta semana em ‘A Arte da Guerra', um programa conduzido pelo jornalista António Freitas de Sousa e com os comentários do Embaixador Francisco Seixas da Costa.
Já arrancou mais um congresso do Partido Comunista Chinês. O Presidente Xi Jinping vai ser reconduzido a um inédito terceiro mandato e consolidar o poder na reunião magna comunista. Decisão sobre o futuro da política “covid zero” e renovação dos membros dos órgãos de topo do partido podem dar pistas sobre a próxima década. Neste P24 ouvimos o jornalista António Saraiva Lima.
Xi Jinping parte para um inédito terceiro mandato à frente do Partido Comunista Chinês e isso significa que quem manda na China é ele, mas vamos ter de esperar ainda algum tempo para perceber se fica ainda mais poderoso ou se os seus camaradas vão diluir esse poder, regressando a uma governação mais colectiva. Taiwan continua a ser a pedra no sapato de Pequim. Neste episódio, conversamos com Raquel Vaz-Pinto, doutorada em Ciência Política, investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Maioria vê empate no debate entre Bolsonaro e Lula; no congresso do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping amplia poderes; Kiev é novamente bombardeada. Esses são assuntos em destaque na edição de hoje do Jornal do Boris.
A Gente Explica: Na China, o Partido Comunista Chinês, o PCC, faz o próprio congresso, responsável por decidir quem será o líder do Partido e o Presidente da China, a cada cinco anos. Mas o País com maior população mundial tem um modelo considerado democrático? Há uma oposição de ideias? A Gente Explica.
Decorre desde domingo, 16 de outubro, e até ao próximo fim de semana o 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês. Com Pequim sob segurança reforçada, os mais de 2000 delegados preparam-se para reconduzir o Presidente Xi Jinping para um inédito terceiro mandato. Neste episódio a investigadora Raquel Vaz Pinto, do Instituto Português de Relações Internacionais, e os jornalistas Salomé Fernandes e António Caeiro analisam o arranque do Congresso, a intervenção do chefe de Estado chinês e o contexto em que se realiza o conclave. Da guerra na Ucrânia ao desemprego juvenil na China, muitos são os fatores que põem em causa as metas e planos do regime autoritário de Pequim.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Entrevista com Bruno Maçães sobre a China. Um olhar sobre o mundo por Harinder Kholi. Argentina. Polarização e democracia. Edição de Mário Rui Cardoso.
Edição de 15 de Outubro 2022
Apresentação: Laura Pancini. O Flash de hoje destaca o início da temporada de balanços nos EUA; o Congresso do Partido Comunista Chinês, e a agenda dos presidenciáveis. Leia as notícias mais importantes do dia em tempo real
Da escalada de intensidade na Ucrânia ao corte de produção na OPEP+, passando pelo 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês. Tudo para ouvir neste podcast conduzido por António Freitas de Sousa e com os comentários do Embaixador Francisco Seixas da Costa.
A conversa começa pela polémica que rodeia o Presidente da Républica, passa pelo mais recente Orçamento de Estado e segue rumo ao Congresso do Partido Comunista Chinês, abordando a Guerra na Ucrânia.
O diretor da agência de cibersegurança britânica (GCHQ), Jeremy Fleming, acredita que o Partido Comunista Chinês (PCC) está a procurar utilizar tecnologias como moedas digitais e sistemas de satélite para reforçar a influência no estrangeiro.
Imagine uma reunião com duração de alguns dias, em algum país distante, sem o seu conhecimento e que possui mais potencial de mudar a sua vida do que qualquer outro evento de natureza política. Pois bem, começa no dia 16 de outubro o Congresso do Partido Comunista Chinês, que deve renovar o mandato do atual líder Xi Jinping. Thiago de Aragão, analista político Esse congresso acontece a cada 5 anos, desde 1949 (ano em que acabou a guerra civil chinesa com vitória dos comunistas de Mao Tse Tung sob os nacionalistas de Chiang Kai-Shek), é o evento mais importante da China. Além de eleger membros para várias organizações dentro da estrutura do Partido Comunista (Politburo, Conselho Militar, etc), o Congresso também escolhe o novo líder do partido, e da nação, para os próximos 5 anos. Tradicionalmente, desde a morte de Mao Tse-Tung em 1976, nenhum eleito fica à frente do governo por mais do que dois mandatos. Essa foi uma forma encontrada desde a morte de Mao, para equilibrar o poder entre as diversas facções do país. No entanto, o atual líder chinês, Xi Jinping, que já está há dois mandatos à frente do país, deverá ser confirmado para um inédito terceiro mandato e se caracterizando com o líder chinês mais poderoso desde Mao. Impacto para o Brasil A importância desta reunião para o mundo é muito maior do que muitas pessoas imaginam. No Brasil, por exemplo, por conta da dependência brasileira no comércio bilateral com a China, especialmente do agronegócio, as decisões tomadas em Pequim são especialmente importantes e determinantes no Brasil. Não há país no mundo capaz de alterar significativamente os resultados comerciais no Brasil do que a China. Por conta disso, é um espanto que o Brasil não tenha uma atenção, interesse e conhecimento suficiente no seu principal parceiro comercial para melhor se posicionar. Assim, o Congresso do Partido Comunista Chinês é, ao mesmo tempo, o evento político internacional mais importante para o Brasil, inclusive em relação às eleições americanas, e também o mais subestimado. Além da escolha dos integrantes dos diversos escalões partidários, algumas diretrizes para os próximos anos também serão debatidos. Há a expectativa que o Congresso do Partido analise, entre outros temas, a diversificação de vendedores de commodities de toda a natureza. Caso esse tema avance durante o congresso, o impacto potencial no Brasil será de grande relevância.
A notícia mais importante do dia é o falecimento do último líder soviético, Mikhail Gorbachev, aos 91 anos. Com ele, vai-se uma parte da história do nosso tempo, algo a ser lembrado no episódio de hoje. Ainda no episódio de hoje, falamos sobre a Europa se preparando para o inverno, preocupada com o gás natural para os meses mais frios do ano; o Congresso do Partido Comunista Chinês, que deve reeleger Xi Jinping para um terceiro mandato; o impacto das mudanças climáticas nas enormes enchentes no Paquistão; e a inflação recorde na Alemanha; além das pautas da Polônia sem freio e dos oligarcas russos. Quer conhecer nossos cursos e aulas gratuitas? Acesse www.petitcursos.com.br Se você quiser contribuir com o nosso projeto em reais, acesse: https://escute.orelo.audio/petit/apoios Se você vive no exterior: https://www.patreon.com/petitjournal Prefere fazer o Pix? A chave é o e-mail: petitjournal.pj@gmail.com Que tal um PicPay? https://app.picpay.com/user/daniel.henrique.sousa Quer apoiar pelo Youtube? Clique em “Valeu”, logo abaixo do vídeo e deixe seu apoio Para patrocínios e outras parcerias, entre em contato conosco pelo e-mail: contato@petitjournal.com.br Aos nossos apoiadores, nosso muitíssimo obrigado!
A China vive mais uma crise interna com potencial de impactar a economia global. Desde o início das tensões comerciais entre EUA e China, durante o governo de Donald Trump, a China de Xi Jinping vem passando por uma sequência problemática de eventos que estão afetando pesadamente seu desempenho econômico e colocando Xi Jinping e o Partido Comunista Chinês em alerta. Thiago de Aragão, analista político Além das tarifas comerciais, sanções em cima de empresas de tecnologia e membros do partido, pandemia, política de COVID Zero, tensões no Mar do Sul da China, antagonismos geopolíticos, e risco de quebra de grandes empresas de construção, a China se vê com uma das maiores secas dos últimos anos. A seca vem afetando não só o funcionamento de usinas hidrelétricas, mas também prejudica o transporte de bens por vias fluviais, já que muitos afluentes do Rio Amarelo se encontram secos. O não funcionamento das hidrelétricas, está levando várias cidades a sofrerem apagões, forçando um aumento no uso de termelétricas e prejudicando a cadeia doméstica de produção industrial. Política de “Covid zero” A economia, já severamente afetada pela política de “Covid zero”, que levou dezenas de cidades e milhões de chineses a lockdowns que perduram até hoje, sofre um novo baque com apagões em zonas importantes para a produção industrial. No começo do ano a expectativa de crescimento girava em torno de 5,5%. Hoje, muitos analistas estão considerando que o crescimento chinês deverá ficar abaixo dos 3,5%, colocando uma pressão enorme em Xi Jinping. Em novembro, ocorrerá o Congresso do Partido Comunista Chinês, que elegerá os novos membros do Politburo, o comitê executivo da legenda. O evento marcará a recondução de Xi Jinping como líder máximo do país. O trágico desempenho econômico não deverá afetar essa escolha, mas colocará um desafio inédito nas mãos de Xi Jinping e do Partido a partir de 2023.
A relação entre a China e a Covid parece estar longe de acabar. Precipitadamente, o governo chinês proclamou vitória contra a doença em meados de 2021, enquanto outros países ainda travavam suas trágicas batalhas. Hoje, o mundo parece mais próximo da normalidade, com restrições sendo retiradas e a vida como conhecemos até 2019, voltando aos poucos. Thiago de Aragão, de Washington Na China, por outro lado, a situação anda complexa. Após dois meses de lockdown, Xangai finalmente teve medidas de restrições sanitárias retiradas e a vida começa a voltar ao normal na maior cidade chinesa. Isso não trouxe tranquilidade. A possibilidade de um lockdown em Pequim ainda segue viva, com focos de contaminação em dois importantes bairros da capital chinesa. Se Xangai está sendo tratada como uma vitória do Partido Comunista Chinês (PCC) contra o vírus, os impactos do lockdown representam o mais duro golpe tomado pela China no ano de 2022. As vendas de varejo caíram 11% em relação ao ano anterior e a atividade industrial sofreu um baque. O lockdown de Xangai desencadeou uma série de acusações e constrangimentos dentro do PCC, fazendo com que Xi Jinping exerça ainda mais sua autoridade em relação aos representantes locais do partido. Seu número 2, Li Keqiang, que deverá se aposentar ao fim do ano, vem se colocando cada vez mais como um antagonista de Xi dentro do partido. Naturalmente, isso não é bradado aos quatro cantos, mas as críticas de Li Keqiang contra a política de 'Covid zero', incomodam Xi Jinping na medida que o Congresso do Partido se aproxima. Se por um lado a abertura de Xangai é um alívio, a possibilidade de fechamento de Pequim causa tremores. O impacto psicológico de 2 meses de confinamento total em Xangai afetou fortemente moradores de outras grandes cidades, que passaram a temer destinos semelhantes. As desavenças internas do PCC, acentuadas a partir do lockdown de Xangai, seriam ainda maiores com uma medida similar aplicada em Pequim. Preocupação com a economia A política de 'Covid zero', sempre foi uma das bandeiras nacionais e internacionais de Xi Jinping. Essa política vem sendo aplicada há dois anos e 4 meses e os resultados são mistos. Se por um lado, Xi afirma que sem essa política, a Covid teria se alastrado pelo país de uma forma similar ao que foi vista na Europa, EUA e Brasil, por outro lado há críticas crescentes em relação à eficácia de medidas de confinamento total a partir de poucos casos. Se a Covid é um problema de curto prazo, o que preocupa a médio e longo prazos é a economia. O crescimento esperado pelo governo chins para esse ano gira em torno de 5,2% (maior que os 2,3% de 2020, mas menor que 2019, 2018 e 2017 em diante), apesar de analistas independentes registrarem um crescimento por volta de 4%, na melhor das hipóteses. A expansão da economia chinesa em 2022 será de apenas 2%, colocando a superpotência asiática atrás dos EUA pela primeira vez desde 1976, quando Deng Xiaoping estava liderando o país. Xi Jinping deverá ser reconduzido a um terceiro mandato no final deste ano. Não há nomes fortes o suficiente para disputar contra ele. Mesmo assim, o presidente terá em 2023 desafios complexos. A economia, que sempre foi o motor e a engrenagem da estabilidade social, estará patinando e precisará de medidas de abertura econômica para trazer de volta o crescimento. Resta ver se Xi estará disposto a descentralizar as decisões para agilizar a retomada.
Enquanto a China está sendo assolada por uma onda de Covid, independentemente de todos os esforços do plano governamental “Covid-Zero”, os EUA voltam a observar a China como o grande adversário geopolítico global. Apesar do foco dos últimos meses estar direcionado à Rússia, Pequim segue sendo o grande adversário americano em disputas por influência pelo globo. Em 2019, o pequenino país do Pacifico, Ilhas Salomão, abandonou sua postura de reconhecer Taiwan como a “verdadeira” China, e passou a ter a China continental como o farol das suas relações internacionais na região do Pacífico. De 2019 até hoje, a China vem fazendo investimentos pesados nas Ilhas Salomão, o que atrai grande preocupação dos EUA e de seus aliados regionais Austrália e Nova Zelândia. Num amplo acordo sendo preparado entre China e Ilhas Salomão, Pequim poderá enviar soldados para as ilhas e, possivelmente, construir uma base militar no país, que aproximaria muito as capacidades navais chinesas tanto da Austrália e Nova Zelândia, como também do Havaí. Na América Latina, a China também obteve importantes ganhos ao longo dos últimos 8 anos. Conseguiu reverter a posição pró-Taiwan de Panamá, República Dominicana e Nicarágua. Existe uma grande preocupação em Washington e em Taipei de que o Paraguai possa vir a ser o próximo país a reconhecer apenas a China continental e abandonar Taiwan como um estado independente. Expandir área de influência À medida que Pequim vem conseguindo reverter o esforço diplomático que Taiwan vem executando desde 1949, cresce o temor americano de que a China conquiste mais áreas de influência em posições-chave no mundo, acrescentando ao Partido Comunista Chinês mais credibilidade e legitimidade perante a comunidade internacional. Por mais que as Ilhas Salomão não pareçam de grande importância para o público em geral, o governo americano enxerga as ilhas como extremamente estratégicas dentro do cenário de possível conflito com a China na região do Pacífico. Essa semana, dois oficiais de alto escalão do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, visitam o Primeiro-Ministro Manasseh Sogavare em Honiara, capital do país. Num último esforço diplomático antes da assinatura de um acordo com a China, os americanos, em parceria com os australianos, certamente oferecerão um pacote de benefícios e “bondades” aos salomônicos, para que eles não ofereçam – de bandeja – uma posição estratégica para a Marinha chinesa. Kurt Campbell, principal assessor da região Ásia da Casa Branca, estará em Honiara ao longo dessa semana. O governo chinês já prepara uma visita à capital imediatamente após a ida de Campbell, para jogar seu jogo e tentar selar um acordo o mais rápido possível. Australianos estão mais impacientes e enxergam na movimentação chinesa uma provocação e um claro sinal de tentativa de expansão em uma área onde a Austrália sempre exerceu influência. Mesmo com a guerra na Ucrânia a todo o vapor, as peças seguem sendo jogadas na Ásia e no Pacífico, alimentando as tensões entre China e Estados Unidos e aliados.
Hoje você escuta sobre como a China tá fechando o cerco do bilionário chinês fundador da construtora - quebrada - Evergrande, sobre como a maior corretora de criptomoedas do mundo, a Coinbase, tá bloqueando o acesso de alguns russos a criptomoedas e sobre como o banco UBS tá fazendo para substituir os ativos do país nas carteiras dos clientes.
A tenista chinesa Peng Shuai reapareceu em público neste domingo (21) em um torneio de tênis juvenil em Pequim. Fotos da atleta foram publicadas na conta oficial do China Open, na rede social Weibo, equivalente ao Twitter na China.Esta é a primeira aparição pública de Peng Shuai desde que ela acusou de estupro um político do Partido Comunista Chinês (PCC) no início do mês e ficou desaparecida durante vários dias. A tenista disse estar "segura e bem" e pediu para ter a privacidade respeitada.
O evento de política doméstica mais relevante nos últimos tempos na China foi a reunião do 19º Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCC), ocorrida entre 8 e 11 de novembro. No evento, realizado a portas fechadas, foi aprovada uma “resolução histórica”, elevando Xi Jinping ao patamar ocupado apenas por Mao Zedong, o líder da revolução que fundou a República Popular da China, e Deng Xiaoping, o artífice da modernização econômica do país. Não deixe acompanhar o Blog do Paulo Filho, em http://www.paulofilho.net.br e de nos seguir nas redes sociais: Twitter - https://twitter.com/PauloFilho_90 Linkedin - https://www.linkedin.com/in/paulo-filho-a5122218/ Instagram - @blogdopaulofilho Youtube - https://www.youtube.com/paulofil Conheça os livros que indico na minha lista de desejos da Amazon - https://www.amazon.com.br/hz/wishlist/ls/3LYKSFOTMKITS?ref_=wl_share Se você acha nosso trabalho relevante e reconhece as horas dedicadas à pesquisa e formulação de todo o conteúdo, você pode se tornar apoiador do blog. Veja como em https://paulofilho.net.br/apoieoblog/
GPA e Assaí avançam na logística do varejo alimentar, Vale anuncia dividendo extraordinário Fique por dentro de tudo que acontece no mercado através do nosso canal do Telegram: https://lvnt.app/twbqhb GPA (PCAR3) e Assaí (ASAI3): Avançando na logística no Varejo alimentar O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) anunciou nesta sexta-feira (17) o lançamento de uma plataforma de serviços de logística para os lojistas do seu marketplace. O novo serviço disponibilizado possui uma opção com malha logística própria do GPA e outra via Correios. VALE (VALE3): À ESPERA DOS DIVIDENDOS… E VIERAM! A Vale (VALE3), uma das maiores mineradoras do mundo, anunciou na noite desta quinta-feira (16), dividendos extraordinários de saltar os olhos. O valor anunciado é de 8,10 reais por ação ordinária em circulação, o que equivale a mais de 40 bilhões de reais no total. Didi Global (DIDI): Didi perde 30 por cento dos usuários após intervenção estatal As notícias de intervenções estatais em diferentes setores na China não param, e a bola da vez é o maior aplicativo de transporte do país, a Didi Global. Desde que abriu seu capital em Nova York, a companhia sofreu uma dura repressão do Partido Comunista Chinês. As agências reguladoras chinesas proibiram a companhia de registrar novos clientes enquanto conduzem uma investigação sob a premissa de segurança de dados da população.
No episódio 19, o AQMA recebe Aline Tedeschi e Júlia Rosa da plataforma Shūmiàn para falar de China. Aproveitando o lançamento do Guia de Introdução aos Estudos de China, Aline e Júlia conversaram sobre o centenário do Partido Comunista Chinês, a liderança do Xi Jinping, movimentos sociais e feminismo na China, os desafios para se estudar China no Brasil e muito mais.
Bem-vindo à Rádio Minghui. As transmissões incluem assuntos relativos à perseguição ao Falun Gong na China, entendimentos e experiências dos praticantes adquiridas no curso de seus cultivos, interesses e música composta e executada pelos praticantes do Dafa. Programa 95: Artigo da categoria Por que o Falun Dafa é perseguido? intitulado: “O início da difamação e perseguição ao Falun Gong pelo Partido Comunista Chinês", escrito por Long Yan.
Em Julho de 2021 o Partido Comunista Chinês comemorou o seu centenário. Durante os últimos setenta anos, o PCC comandou os destinos da China, se constituindo em um elemento estruturante central da impactante trajetória econômica chinesa. O papel do PCC no sucesso econômico da China é o tema desse Conversas Sobre o Mundo Contemporâneo. Luiz Carlos Prado, Eduardo Costa Pinto e Numa Mazat debatem. Ronaldo Bicalho ancora.
No mês em que o Partido Comunista Chinês fez 100 anos e em que passam 24 desde a devolução de Hong Kong pelo Reino Unido, análise a um regime em afirmação crescente dentro e fora de portas
Um passeio dos acontecidos nesses 100 anos de história do PCC.
Essa semana os hosts JP Miguel (@JP_miguel), Gustavo Rebello (@Gu_rebel), e Isabela Fontanella (@bellafontanella) receberam a maravilhosa Maria (@mariya_png) para contar um pouco da história desses 100 anos do Partido Comunista Chinês e o que esperar no futuro. Na personalidade o ainda presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Na economia a reforma tributária de taubaté, enquanto que no obituário temos um dos maiores criminosos de guerra do século. No destaque bizarro, um exorcismo pra lá de outro mundo. Além é claro, da mensagem do ouvintes disso, da agenda da semana e da dica cultural. Lembrando sempre que mandem sugestões, críticas, etc para contato@opodnext.com, ou ainda pelo site: opodnext.com E BORA PRO PROGRAMA!
100 anos do Partido Comunista Chinês. Edição de Mário Rui Cardoso
Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza e Bruna Frascolla comentam a interminável CPI da Covid, os 100 anos do Partido Comunista Chinês e a Argentina que sofre com a pandemia. --------------------------------------------------------------------------- Tenha acesso a conteúdos exclusivos! Assine: bit.ly/2t5mxEe Escolha seu app favorito e receba uma seleção com as principais notícias do dia ou da semana no seu celular: leia.gp/2MTnyrS Acompanhe a editoria Ideias nas redes sociais: Facebook: www.facebook.com/ideiasgazetadopovo/ Twitter: twitter.com/ideias_gp Canal no Telegram: t.me/ideiasgazetadopovo
O Partido Comunista da China completou cem anos desde a sua fundação no dia primeiro de julho de 1921. A data foi marcada por comemorações grandiosas na Praça da Paz Celestial com direito a um discurso de cerca de uma hora pelo presidente Xi Jinping. Nesse período, o grande avanço da China ocorreu nos últimos 50 anos, depois da retomada das relações diplomáticas com os EUA, após visita de Richard Nixon em 1972, e da abertura do país com Deng Xiaoping ao fim da década de 1970. Hoje, porém, a situação é mais delicada na geopolítica mundial. A Nova Guerra Fria está a todo o vapor.
No dia 1º de julho de de 1921, é feriado na China. Dia da criação do Partido Comunista Chinês. Em 2021 o partido faz 100 anos de idade, mas demorou mais de 25 anos para que o partido tomasse o poder na China. O que mais deu força para o PCC foi a posição antagonista ao Kuomintang (partido nacionalista da China). Com a vitória do PCC em 1949, liderado por Mao Tse Tung, os nacionalistas foram para a pequena ilha de Taiwan e estão lá até hoje. A China foi liderada por Mao e o PCC desde então. Com a morte de Mao em 76, o partido começou a sofrer mudanças de planejamentos e até ideológicas. Com Xiaoping substituindo Mao, reformas na agricultura, na indústria e principalmente na economia fizeram com que o país surpreendesse todo o mundo. Nos anos 90 a China tinha índices comparáveis a países africanos, mas nos últimos 30 anos promoveu a maior ascensão social da história. Mais de 700 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza na China e em 2030 o país pode se tornar a maior economia do mundo, passando os EUA. See omnystudio.com/listener for privacy information.
No dia 1º de julho de de 1921, é feriado na China. Dia da criação do Partido Comunista Chinês. Em 2021 o partido faz 100 anos de idade, mas demorou mais de 25 anos para que o partido tomasse o poder na China. O que mais deu força para o PCC foi a posição antagonista ao Kuomintang (partido nacionalista da China). Com a vitória do PCC em 1949, liderado por Mao Tse Tung, os nacionalistas foram para a pequena ilha de Taiwan e estão lá até hoje. A China foi liderada por Mao e o PCC desde então. Com a morte de Mao em 76, o partido começou a sofrer mudanças de planejamentos e até ideológicas. Com Xiaoping substituindo Mao, reformas na agricultura, na indústria e principalmente na economia fizeram com que o país surpreendesse todo o mundo. Nos anos 90 a China tinha índices comparáveis a países africanos, mas nos últimos 30 anos promoveu a maior ascensão social da história. Mais de 700 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza na China e em 2030 o país pode se tornar a maior economia do mundo, passando os EUA.
Jornalistas são agredidos por agentes da Polícia Municipal em Nampula, Moçambique. Doentes angolanos expulsos da Junta Médica em Portugal endereçam uma Carta Aberta ao Presidente de Angola. E o centésimo aniversário do Partido Comunista Chinês é celebrado com muita pompa, apesar das críticas.
Atualmente, a China possui um regime político estável, uma economia forte e o domínio das cadeias de fornecimento industrial e da tecnologia. Contudo, pressões externas e a competição com países democráticos são alguns dos desafios a serem enfrentados pelo Partido Comunista da China, que completa 100 anos nesta semana. Baixe o app do TC no seu celular e nos siga nas redes sociais: - Instagram - Youtube - Twitter - Site
Poder de fato na China, o PC é uma máquina gigantesca diante de um cenário de crescimento econômico que pode levar o país a se tonar a maior economia do planeta antes do fim da década e de desafios na política internacional como democracia, direitos humanos guerra comercial e pandemia. Ouça o boletim Vasto Mundo do dia 30.6.2021 para a Rádio Super 91,7 FM e jornal O TEMPO (www.otempo.com.br)
O envelhecimento já é um problema na China. O país, que durante muito tempo não permitiu que as famílias tivessem mais do que 2 filhos, agora quer um crescimento populacional maior. Para alcançar esse objetivo, os casais chineses poderão ter até 3 filhos. O país tem mais de um bilhão e quatrocentos milhões de habitantes. Desde os anos 80, o Partido Comunista Chinês tem controlado o número de filhos das famílias em uma tentativa de conter o rápido crescimento de sua densidade populacional. Até que ponto pode crescer a população chinesa, a maior do mundo? Historicamente, o controle de natalidade surtiu efeito?
Esse podcast traz diariamente o que de mais importante acontece no mundo das telecomunicações e da conectividade na curadoria e análise da TELETIME, a publicação que acompanha o mercado de telecomunicações há 23 anos.Se você ainda não se inscreveu, o podcast está disponível nas principais plataformas: Spotify, Apple e Google Podcasts.Se você ainda não acompanha a newsletter TELETIME, inscreva-se aqui gratuitamente e fique ligado no dia a dia do mercado de telecom. É simples e é gratuito.Você ainda pode acompanhar TELETIME pelo Twitter, Linkedin, Instagram, Facebook, Google News, ou em nosso canal no Telegram._______________________________________NOVA OIOi Móvel emitirá R$ 2 bilhões em debênturessegunda-feira, 21 de junho de 2021 , 22h25Possibilidade já estava prevista no aditamento ao plano da RJ. Intutio é de financiar atividades operacionais e despesas gerais e administrativas até a liquidação financeira da venda para Claro, TIM e VivoINTERNETEletronet inaugura PTTs em Teresina, Macéio, Goiânia e Florianópolissegunda-feira, 21 de junho de 2021 , 21h59Companhia ainda pretende contar com outros três pontos de troca de tráfego novos neste anoMERCADOOperadoras de telecom investiram R$ 7,6 bilhões no primeiro trimestresegunda-feira, 21 de junho de 2021 , 21h55Valor é recorde em termos nominais, mas ainda fica abaixo do montante apurado em 2014; setor defende redução de carga tributária5GFornecedores da rede privativa não poderão ter ligações com partidos políticos, diz ministrosegunda-feira, 21 de junho de 2021 , 21h46Trata-se de um recado à Huawei, cujo CEO, Ren Zhengfei, tem filiação com o Partido Comunista Chinês. Ministério ainda vai regulamentar o temaEVENTOFeninfra discute 5G, investimentos, infraestrutura e empregos em evento dia 25segunda-feira, 21 de junho de 2021 , 21h32Evento gratuito terá a participação de parlamentares, lideranças sindicais, empresas de telecomunicações e da AnatelPRIVACIDADEMP-SP reitera pedido de suspensão da nova política de privacidade do WhatsAppsegunda-feira, 21 de junho de 2021 , 19h17A medida é apenas uma das decisões presentes no Agravo de Instrumento concedido em favor do Instituto Brasileiro de Defesa da Proteção de Dados Pessoais, Compliance e Segurança da Informação SIGILOOPEN RANNokia fornece core de rede 5G em nuvem pública da Amazon nos EUAsegunda-feira, 21 de junho de 2021 , 18h28Operadora Dish, do grupo Echostar, está implantando o projeto de infraestrutura baseado em Open RAN por meio do serviço AWSJUSTIÇACidade de São Paulo tenta manter multas de lei das antenas derrubada pelo STFsegunda-feira, 21 de junho de 2021 , 17h44Recurso contra decisão que declarou lei de 2004 inconstitucional busca modulação para impedir que autuações sejam revistasTRIBUTAÇÃOSTF suspende julgamento de alíquota de ICMS para telecom e energiasegunda-feira, 21 de junho de 2021 , 15h37Pedido de vistas de Gilmar Mendes adiou julgamento, que já tinha quatro votos admitindo redução de alíquota de 25% em telecomTV DIGITALMCom abre edital para prefeituras do CE, PI e RN digitalizarem TV abertasegunda-feira, 21 de junho de 2021 , 14h15As prefeituras contempladas vão receber os equipamentos de transmissão destinados à digitalização das estações analógicas em operação e, adicionalmente, a instalação de mais dois canais, um para a transmissão de conteúdos da Empresa Brasil de Comunicação e outro para o conteúdo da Câmara dos Deputados e Assembleias LegislativasPODCASTTELETIME em destaque – Exclusão digital nas favelasdomingo, 20 de junho de 2021 , 11h11Este episódio semanal do Podcast TELETIME traz sempre um tema especial e aprofundado do universo das telecomunicações. Esta semana, uma entrevista com Renato Meirelles, diretor do Instituto Locomotiva See acast.com/privacy for privacy and opt-out information.
Depois de revelar ao mundo a menor taxa de crescimento populacional em décadas, o Partido Comunista Chinês anunciou uma nova política que permitirá até três filhos por casal para combater o envelhecimento populacional. Segundo o censo demográfico realizado em dezembro de 2020, os números acenderam a luz amarela para o governo da China. Conforme havia comentado no vídeo anterior, havia rumores de que o censo pudesse registrar até uma queda na população. Mas as autoridades chinesas revisaram o número. Ainda assim, o resultado suscitou medidas inéditas do governo. Curiosamente, a ideia de crescimento populacional desordenado era a grande ameaça dos anos 1960 e 1970, muito popularizada pelo livro sensacionalista "Population Bomb" de Paul Ehrlich. Apesar de suas profecias não terem realizado, as ideias de Ehrlich agora fazem parte da agenda ambientalista alarmista com pequenas alterações.
QUEM SE LEVANTARÁ CONTRA O PARTIDO COMUNISTA CHINÊS? by tercalivre
O BRASIL ESTÁ REFÉM DO PARTIDO COMUNISTA CHINÊS by tercalivre
O 5G está chegando, mas com ele temos muito mistério e dúvidas. As novas tecnologias sempre trouxeram grandes vantagens para os países que as produzem, não será diferente desta vez. Das cinco fabricantes de equipamentos de 5G, duas são chinesas. A China tem um grande interesse em desenvolver esta indústria para liderar o mercado de telecomunicações nas próximas décadas, mas será que o 5G será uma oportunidade para o Partido Comunista Chinês espionar o ocidente? Estamos prestes a ver uma guerra pela internet? Quais as consequências geopolíticas disto?
Precisamos separar a política e a economia nas relações internacionais. O governo chinês estabeleceu uma economia de capitalismo de Estado, onde as empresas são estatais, portanto a economia e a política andam juntas. Contudo, na nossa sociedade de livre mercado e democracia, não podemos agir dessa maneira. Se assim o fizermos, estaremos nos submetendo às vontades do Partido Comunista Chinês.
Somos do site www.paraaluz.com, neste episódio falamos de como a Europa deve se preocupar com o colapso economico no Oriente Médio, falamos sobre a industria da p3dofilia e sobre o mal que o Partido Comunista Chinês tem causado ao mundo, ouça e compartilhe.
Confira as principais notícias internacionais desta quarta-feira (28/08/19) no EstadãoSee omnystudio.com/listener for privacy information.