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Neste episódio de Um pouco mais de azul, partimos da palavra "escampar". Rita Taborda Duarte regressa ao apagão e aos livros de António Jorge Gonçalves, quer O caminho de volta, em que assina texto e ilustrações, quer aos livros que fez a meias com Ondjaki. Francisco Louçã acende luz sobre o apagão, elogiando o trabalho da Antena 1, e fala de esperança e desesperança. Fernando Alves não perde de vista a nuvem Ventura, que nem chove nem sai de cima.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Um filme português vencedor de dois prémios internacionais, os 20 anos da Casa da Música, os 10 anos do Arquipélago – o Centro de Artes Contemporâneas de São Miguel, a música de Daniel Machado e um novo livro de Ondjaki e António Jorge Gonçalves fazem um Ensaio Geral recheado de propostas. Seja bem-vindo
A Ficção como História - este é o título e a premissa do livro de Dorothée Boulanger agora publicado em português, depois de uma primeira edição em inglês. A académica francesa analisou mais de 20 romances de autores angolanos como Pepetela, Manuel dos Santos Lima, Ondjaki, José Eduardo Agualusa ou Sousa Jamba, todos publicados no período pós-colonial. O objectivo era tentar perceber o papel da literatura na formação da identidade nacional nos primeiros anos da independência. O trabalho é o resultado de uma investigação durante o doutoramento na Universidade de Oxford, onde continua como professora. O que levou a Dorothée a viver e a trabalhar em Angola e como é que esse período influenciou esta investigação? Eu morei em Angola de 2009 a 2011, na cidade de Lobito. Foi, primeiro, uma oportunidade pessoal e familiar, mas, anteriormente, tinha-me formado em relações internacionais e estudos de género, especializando-me no assunto dos conflitos armados em África e em assuntos de pós-conflito, reconstrução, reconciliação. Por isso, o contexto angolano era muito interessante para mim. A guerra civil parou menos de uma década antes da minha chegada em Lobito. Morar mais de dois anos nessa cidade foi uma oportunidade preciosa para o meu trabalho, porque eu quero pensar a literatura como uma intervenção estética e política num contexto específico. A minha leitura das obras fez-se a partir da situação do país. Deu-me a possibilidade de ver a especificidade do discurso literário angolano e os desafios que a população enfrentava acerca da liberdade de expressão e da memória da guerra.O que faz de Angola especial para que a literatura de ficção seja útil como fonte da história do país?O papel de muitos escritores angolanos durante a guerra anticolonial, a sua participação na luta armada e dentro do MPLA, tornou-os atores políticos importantes e também testemunhas privilegiadas deste período. Por isso, as narrativas que eles fizeram têm um valor histórico. Também gozavam de um grande prestígio social. O primeiro presidente, Agostinho Neto, era chamado presidente-poeta. E a União dos Escritores Angolanos foi a primeira associação criada pelo Estado independente. Dentro do primeiro governo Neto, havia muitos escritores com função de ministros na saúde, como o Uanhenga Xitu, na cultura, como o António Jacinto. Então, realmente, os escritores estavam dentro do aparelho do poder.O que é que os romances de ficção angolanos ensinam sobre Angola que não está nos manuais de história? Uma das contribuições da literatura angolana é de oferecer um discurso angolano sobre a história do país. Um discurso angolano que se distancia do discurso oficial do regime, que fala das tensões dentro do MPLA, do oportunismo das elites pós-coloniais, das purgas. É importante ter vozes angolanas para contar esta história, centrando perspectivas autóctonas e referências culturais e linguísticas angolanas. Os escritores nem sempre concordam na sua maneira de contar ou analisar certos eventos históricos. Ver estes desacordos e estes conflitos é importante para deixar a história aberta e evitar mistificações. A literatura de ficção permite também transmitir de maneira clara, muito pedagógica, trajetórias históricas complexas, influências múltiplas que construíram a sociedade angolana desde o período da escravidão até hoje. A literatura torna-se um arquivo precioso do período revolucionário angolano. Estou pensando nas histórias de infância do Ondjaki, em Luanda, nos anos 1980, quando a cidade e o país eram fechados ao mundo. O romance de Pepetela, "O Planalto e a Estepe", por exemplo, fala das redes revolucionárias dos anos 1960 e 1970, de Cuba à Argélia e à União Soviética. Por outro lado, às vezes, é nos seus silêncios que a literatura angolana nos ensina muito sobre o papel dos intelectuais. A dificuldade, por exemplo, de falar da tentativa de golpe de Estado do 27 de maio de 1977 por parte dos escritores mais próximos do poder, mostra a dificuldade dos intelectuais em pensar também na sua cumplicidade com a violência do Estado.O que é que descobriu que não estava à espera? Tive várias surpresas. Eu acho que a primeira surpresa foi durante a minha primeira leitura dos romances, num contexto em que a população angolana não se sentia à vontade para falar da guerra ou do governo. Pelo contrário, os escritores contavam histórias difíceis, complexas, faziam acusações a propósito do papel das elites, também sobre a herança da escravidão, a falta de integridade ideológica e ética de muitos líderes políticos ou religiosos. Havia esta liberdade de tom dentro da literatura. A segunda surpresa foi realizar, mais tarde, após ler muitos romances, a centralidade das perspectivas masculinas e a falta de substância de muitos personagens femininos, sobretudo com os escritores da geração da independência. Os seus romances eram anticoloniais, anti-racistas, que denunciam a dominação portuguesa e a propaganda do Estado Novo. Por isto, não pensava que adotariam com tamanha facilidade estereotipos sexistas. Ademais, o MPLA tinha um discurso de inclusão das mulheres na luta. Mas era só isso, discurso. Os romances angolanos revelam que a emancipação das mulheres e o privilégio masculino são pontos cegos para estes autores, todos homens. Estou pensando em "Sim Camarada!", de Manuel Rui, ou "Mayombe", de Pepetela, que são obras sexistas. Mas o que é muito interessante é que parece que estes autores depois tentaram corrigir um pouco esta propensão. "Lueji: O Nascimento de um Império", de Pepetela, "Rioseco", de Manuel Rui, tentam celebrar o papel das mulheres nas lutas e nas guerras em Angola. Mas até hoje há muito pouco mulheres escritoras no país, o que sublinha, eu acho, a persistência de uma atmosfera masculina acerca da literatura.Há aqui um modelo para analisar a história de outros países da África lusófona da perspetiva da literatura? Sim, a literatura africana sempre teve essa vontade de responder ao discurso colonial, de contar a história na perspectiva dos africanos e das africanas. Um dos aspectos do discurso colonial era negar a história africana, dizendo que a sua história começou com a chegada dos europeus. Muitos escritores africanos - Yvonne Vera, Ngugi wa Thiong'o, Assia Djebar e muitos outros - escreveram para contar a sua própria história e revelar a violência e a regressão histórica que constituiu a ocupação europeia do continente africano. Isto sendo dito, eu acho que o caso angolano tem as suas especificidades. No contexto do Estado Novo, a censura política, a propaganda portuguesa deram à literatura um papel importante para fazer ressoar o discurso anticolonial e nacionalista. Daqui, os escritores angolanos, que por razões sociais, familiares, tinham laços fortes com o MPLA, participaram fortemente na luta anticolonial, como escritores e como militantes, às vezes como guerreiros. Esta proximidade com a luta e depois com o aparelho de Estado dá este valor histórico à literatura angolana e à sua especificidade. Analisou a literatura pós-colonial, de 1960 a 2010. A literatura angolana, ou africana em geral, é hoje menos ativista politica e socialmente? É uma pergunta interessante, mas é uma pergunta difícil, porque, como eu expliquei, a literatura africana, de forma geral, tem esta dimensão política. Não se reduz a este discurso político, mas tem essas preocupações com o poder, as desigualdades, a dominação histórica. Eu acho que hoje esta dimensão combativa da literatura africana pode encarnar-se em outras lutas de género ou ambientais. Mas, no caso da literatura angolana, acho que é verdade que não encontramos o mesmo dinamismo, a mesma criatividade que há 30 anos. Angola teve uma geração excepcional de escritores desde os anos 60. É indisputável. Hoje em dia, não são tantos, e a luta encarna-se em outras formas de arte, como o hip-hop, por exemplo. A expressão crítica e criativa faz-se através das redes sociais. E temos também que dizer que a negligência do Estado angolano com a educação e a cultura não permitiu um forte desenvolvimento da leitura e da literatura dentro das gerações mais jovens.O livro "A Ficção como História - Resistência e Cumplicidades na Literatura Angolana Pós-Colonial" publicado pela editora Mercado de Letras vai estar à venda em Angola a partir de Março e vai ficar disponível mais tarde em versão digital graças a uma parceria com a editora francesa Africae.
A artista Mónica de Miranda apresenta o projecto "Como se no mundo não houvesse Oeste" na 16.ª Bienal de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. A obra explora a queda do império português e as ruínas coloniais, inspirada no caderno de campo do antropólogo angolano Augusto Visita. Inclui um filme sobre o deserto do Namibe e um sistema cosmológico centrado na natureza e luz, abordando a planta welwitschia, símbolo de resistência. "Como resistir em espaços de opressão, no passado e no presente?", questiona a artista. RFI: Na sua obra "Como se no mundo não houvesse Oeste", estabelece uma relação entre o passado colonial e o presente cultural?Mónica de Miranda: Sim, o próprio trabalho reflecte como é que seria se nós pensássemos num espaço diferente. Ou seja, como poderíamos repensar o nosso lugar no mundo se não tivéssemos o Ocidente. Como esse tempo colonial ele repete-se ainda porque o tempo é cíclico. A partir das reflexões do próprio antropólogo Augusto Zita, tenta pensar como o passado ainda nos afecta hoje. O tempo não é linear e como esse passado colonial e a relação com as hegemonias ocidentais marcaram as nossas paisagens, o nosso tempo, o nosso corpo e de como Augusto Zita, enquanto antropólogo, estudava outras formas de conhecimento para entender o seu lugar no mundo.. Formas de cosmologia indígena angolana, e ele consultava para compreender a história, utilizando as plantas como arquivos vivos, como a welwitschia.Há um caderno de campo que foi partilhado comigo pelo músico angolano Victor Gama, mas nunca foi publicado. Nesse caderno, Augusto Zita faz uma análise da ocupação colonial no território da costa sudoeste de Angola, executando um projecto de investigação que utiliza métodos científicos não ocidentais. Então, como é que nos podemos orientamos no mundo se não tivessemos o Ocidente e este projecto questiona toda a construção do espaço, do tempo histórico e das hegemonias culturais.Como é que esta descoberta e este estudo deste material influenciam e inspiram a sua criação artística?Eu tento sempre contactar com escritores e outros pensadores de outros tempos, e têm sido grandes referências na minha obra. Desde escritores angolanos como Rui Duarte de Carvalho, que também é uma referência fundamental deste trabalho e toda a relação de reflexão antropológica que teve nas práticas indígenas nesta região também.Tal como Augusto Zita são sempre sempre o pensamento e a reflexão de outros artistas, escritores, pensadores, sociólogos do passado que sempre serviram de reflexão para a criação da minha obra. O Augusto Zita, o que me fascinou foi a sua ligação a conhecimentos ancestrais, cosmológicos e como é que ele consultava as antigas plantas: as welwitschias, as mirabilis, onde elas localmente são consideradas entidades sagradas que ligam o terrestre ao divino, um submundo ao mundo terreste e ao mundo mais celestial, e guardam em si - o próprio Augusto Sita usava a planta de uma forma divinatória, que são originárias também da relação de sistemas angolanos - partir também da relação com esta planta. Na verdade esta planta é como se fosse um arquivo vivo da história angolana. E no caderno do Augusto Zito ele vai conversando com a planta. No filme a história da viagem do Augusto visita ao longo de vários cais no Namibe, no sudoeste de Angola, onde ele vai vendo várias ruínas de ocupações portuguesas na Baía dos Tigres, que foi uma antiga aldeia piscatória fundada por portugueses do Algarve que está completamente abandonada. Começa a ser comida pela areia. Ou seja, toda essa memória colonial que vai desaparecendo e o próprio Augusto visita teve um olhar oposto ao olhar do antropólogo sobre culturas indígenas. Ele estudava a ocupação colonial e a partir também do conhecimento das espécies que o rodeavam, dos seres não humanos, as plantas. A partir desta planta, que são plantas que em si elas são símbolos da resistência, num lugar onde nada se mantém vivo, porque é um lugar de seca extrema, em raízes de 30 metros de profundidade e conseguem ir buscar água e demoram dois milímetros a crescer anualmente. Ou seja, algumas das plantas que nós encontramos tinham 3000 anos. Por isso são são consideradas sagradas.Foi, na verdade a planta a grande protagonista no no livro do Augusto Zita e também no filme que está agora patente na Bienal de Sharjah. De certa forma, olha-se também no filme para esse tempo não linear: Como é que a história se vai repetindo, mas também trazendo uma reflexão do tempo ,da cosmologia angolana Bakongo, ou seja, a noção cíclica, onde o tempo não tem começo nem fim, segue os movimentos do Sol, da Terra e da Luz -Onde a visão do mundo é baseada em ciclos de luz e escuridão entre o amanhecer, a morte e a vida. O próprio Augusto tinha uma teoria que era a teoria do tempo escuro, onde ele considerava a luz como uma nova dimensão. Isto leva-nos a uma reflexão e a viagem no meu filme, é feita a partir de uma personagem que ela faz a reconfiguração do diário do Augusto Zita. Mas ela é uma jovem mulher antropóloga, que vai fazendo a viagem que Augusto Zita fez ao longo do deserto. E vai encontrando minas coloniais e vai tendo várias conversas com o mundo que a rodeia. Ela em si também nos chama a um outro tempo; que é o tempo feminino e estes tempos que são cíclicos do passado com as memórias de vários arquivos que se vão ver nos filmes que ela vai tendo várias conversas para além da planta com o fogo, onde vai atirando ao fogo vários documentos da PIDE, que se transformam em assombrações e que nos revelam esse tempo colonial e as suas feridas. Mas também vai tendo conversas com a terra, onde nos vai revelando um tempo mais profundo.Depois, o próprio filme vai viajando a partir de um tempo presente, no sentido em que se vai questionando como é que estas ruínas coloniais fazem parte da paisagem contemporânea do deserto e como a natureza tem um poder de regeneração e de apagar o que já não é necessário e está em desuso. E vai nos também indicando um tempo futuro dos seus sonhos e da sua imaginação. Acaba por ser uma história que se vai contando a partir de uma fabulação crítica, de se conseguir contar a história a partir de um outro lugar que não um lugar do conhecimento dominante hegemónico ocidental.A relação de Augusto Zita com a welwitschia. O significado que essa planta tem no contexto do colonialismo é o da resistência cultural das populações locais. Como encontra o meio termo para trabalhar a história colonial de forma sensível e ao mesmo tempo crítica?O Augusto Visita faz uma reflexão histórica a partir da welwitschia, como um símbolo de resistência às várias ocupações coloniais no território e propõe um espaço de reflexão a partir de uma reflexão poética feminina de também dos actuais sistemas extrativistas de poder, tanto actuais como passados, como se insere o regime colonial e estabelece como é que a natureza, o corpo e a terra e os corpos humanos foram recursos a ser explorados e propõem uma nova epistemologia baseada em conhecimentos indígenas da região. A própria pesquisa do Augusto Zita também tem um paralelo com a ideias do Amilcar Cabral à volta do solo propõe este solo na sua materialidade, que é uma entidade que está sempre em constante transformação e ajuda-nos a partir do seu diário e da sua teoria, à volta do tempo e da luz e do espaço que compõe o seu universo social e cultural. A ligação entre o corpo humano e o corpo natureza e traz para uma reflexão. O Amilcar Cabral já tinha escrito no seu livro de Defesa da Natureza, a integração da terra, que é um elemento fundamental para os processos de libertação. E aqui também na história do Augusto, visito a terra como um espaço de autodescoberta.Depois, no filme onde a jovem antropóloga vai numa viagem para se encontrar a si própria, há uma construção também das suas próprias ecologias de cuidado. E como é que o solo, a terra e as fronteiras se conectam com a política do corpo. E o corpo, aqui entende se como um ser que está em constante movimento e transição e que se relaciona com todos os elementos da natureza; como a terra, a água e o fogo. Arquivos vivos que nos vão contando a nossa história.A escolha do deserto do Namibe como cenário central para o seu trabalho parece estar ligada ao tema da resistência. O que o deserto representa para si, tanto em termos de estética quanto de simbolismo cultural?Principalmente nesta abordagem, a partir da reflexão de Auguso Zita e da sua relação com a planta, acho que o elemento fundamental de reflexão aqui é como a welwitschia consegue sobreviver num espaço de extrema escassez. E isso, em si é uma metáfora para como é que podemos resistir em espaços de extrema opressão, tanto no passado, a partir da opressão colonial, mas também no presente, a partir da opressão extractivista e capitalista e todas as desigualdades ainda presentes. É um reflexo de todo um legado colonial. E a welwitschia em si é esse símbolo de resistência e é a protagonista da história. E aí o interesse de reflectir esse meio ambiente e de como é possível haver um espaço de auto-determinação e de conexão a vários corpos. Esse corpo que penetra a terra e que entra num tempo mais profundo, num submundo e que nos faz pensar também nessas várias camadas do tempo. Depois esse tempo que é necessário para nos fazermos um corpo resistente como a welwitschia, que demora tanto tempo a crescer, mas que vai permanecendo uma vigilante e uma testemunha da própria história, com muitos tempos e muitas transformações. Ou seja, ela acaba por ser mais antiga do que a própria história porque ela ou questiona quem é que escreve a história ou a história que nós conhecemos nos livros. Ela tem uma outra história que não foi escrita.No seu projecto, "Como se no mundo não houvesse Oeste", há uma profunda conexão entre história, cultura e geografia. Parece um processo complexo e muito reflectido. Quanto tempo demora para se construir um projecto como este? Imagino que seja um processo ideológico de muitos anos...Eu costumo dizer que eu gosto de ouvir histórias e gosto de as contar. Mas antes de as contar, eu costumo tentar ouvir as histórias que os espaços têm para me contar. E então esse tempo não se contabiliza porque tem a ver com referências biográficas e e lugares que ocupo social e culturalmente. Os espaços vão me dando as histórias que vou contando. Depois, o processo de produção e de realização de filmes e de exposições, geralmente são processos de investigação que demoram algum tempo. Todos os meus projectos demoram por volta de um a dois anos porque tenho muitas referências literárias, históricas e trabalho geralmente com uma equipa alargada de pessoas, principalmente na construção do filme. Em específico, este filme na sua execução, o filme em si, com uma equipa de produção de cinema -filmámos em 15 dias, mas todo o processo de elaboração de guião ou várias etapas na escrita. Contei também com a colaboração do Ondjaki.Nos textos vamos encontrando à volta de imagens que eu vou fazendo, dos lugares que vou encontrando e que têm estas histórias e vou indicando essas histórias. Ou seja, houve um processo de estar nos locais, fotografar esse espaço e depois, a partir das imagens desses lugares, vou construindo o próprio argumento. Ou seja, o argumento não começa num espaço imaginário, mas começa num espaço real e o próprio espaço real me vai dando uma história que depois vou imaginando em colaboração com outros artistas, com escritores. Tem bastantes camadas e não é uma coisa instantânea. É uma coisa que é um processo que vou encontrando a própria linguagem do trabalho, a própria história. Ela vai- se construindo em colectivo e de uma forma que eu vou encontrando a história. Mais do que ir escrevendo a história, vou encontrando a história e há vários pontos que me vão situando nessa história. E na verdade, acabo por ser um canal para contar a história.Vivemo num tempo acelerado como o de hoje, é preciso tempo para a reflexão, tanto para quem cria quanto para quem vê?Sim, cada vez mais o tempo encurtou o espaço em que nós vivemos, mas também acabamos por não estar por inteiro num espaço. Temos a percepção que podemos estar em muitos lugares ao mesmo tempo e isso acaba por nos criar uma nova dimensão que nos tira, de certa forma, o silêncio de conseguir escutar. Estes espaços que têm estas múltiplas histórias. E é preciso às vezes parar o tempo, esse tempo acelerado contemporâneo em que vivemos na era digital e começar a entender um tempo mais profundo a partir de um espaço de silêncio. Desta forma, o meu trabalho tenta encontrar esse tempo de silêncio e esse tempo mais de um lugar mais feminino que se contrapõe. Esse tempo mais extractivista, acelerado, dominante, fálico. Temos que encontrar esse tempo mais cíclico do nosso próprio corpo como mulher; que tem um tempo para parar, tem um tempo de dor, tem um tempo de regeneração e tem um ciclo. Um ciclo ligado tambem a ciclos da própria noite e do dia, ciclos anuais, ciclos mensais que o nosso corpo tem e a terra está ligado esse próprio ciclo.
A atriz e realizadora que levou Portugal para Hollywood não esconde que o papel que prefere interpretar é o de mãe. Na conversa com Jimmy P relata as aventuras com as suas botas da sorte, a admiração por Ondjaki e a responsabilidade com que encara a vida de figura pública.
A Mariana trouxe óptimas leituras, boa energia, histórias maravilhosas com escritores que conhece e, quem tem o nome a começar por Mar... vai adorar uma delas. Mais não posso dizer, terão de ouvir e sentir esta... empatia. Livros que a actriz escolheu: Disse-me um adivinho, Tiziano Terzani; Tudo é Rio, Carla Madeira; Travessuras da menina má, Mário Vargas Llosa; Milagrário pessoal, José Eduardo Agualusa. Outras referências: A Natureza da Mordida e Véspera, Carla Madeira; Novas Cartas Portuguesas, “As 3 Marias”; A Desobediente, Patrícia Reis; A tia Júlia e o Escrevedor e Pantaleão e as visitadoras, Mário Vargas Llosa; O elogio da palavra, Lamberto Maffei; Mar Me Quer, Mia Couto; O Senhor Ibrahim e as Flores do Alcorão e Óscar e a Srª cor-de-rosa, Eric-Emmanuel Schmidtt; O autor Eduardo Galeano (e o seu discurso sobre a utopia). Os que escreveu: Mariana num mundo igual; Mariana no caminho da igualdade; Pensamentos de uma mente inquieta. O que ofereci: Os da minha rua, Ondjaki. Os livros aqui: www.wook.pt
Na segunda parte desta conversa, a poeta e historiadora Ana Paula Tavares começa por responder a uma pergunta colocada pelo amigo e escritor angolano Ondjaki. Se pudesse fazer uma pergunta a um dos seus mortos, que pergunta seria? E a quem faria essa pergunta? E, já agora, tem algum grande arrependimento? Há ainda espaço para ouvir alguns poemas de Paula Tavares, para conhecer as músicas que a acompanham e descobrir o que a idade lhe tem ensinado. Que sonhos Ana Paula Tavares ainda tem por cumprir e a que livros e poemas regressa sempre? Escutem-na com tempo. E poesia. See omnystudio.com/listener for privacy information.
Em cada dia, Luís Caetano propõe um poema na voz de quem o escreveu.
308 - Novas Livrarias independentes - 3x4, Queer livros e Macun Nesta semana no podcast do PublishNews temos mais um episódio da nossa série que já é tradição: trazer novas livrarias independentes. Dessa vez, conversamos com 3 livreiros novatos que inauguram recentemente. Catarina Cavallari, da 3x4 na Granja Vianna; Giba da Queer Livros em São Paulo; e Pedro Nambuco da Macun Livraria & Café, em Porto Alegre. Falamos sobre curadoria, sobre o aprendizado dará se tornar livreiro e sobre os desafios do dia a dia. Os três proprietários mostram a luta diária de fazer a venda de livros se tranformar em uma atividade sustentável, seja com eventos, produtos relacionados à leitura, seja com café ou gastronomia. Eles contaram também que não é apenas um sonho ser livreiro, mas também uma forma de mostrar a importância do Livro como objeto cultural e político. Livraria 3x4 - https://www.instagram.com/livraria3x4/ - R. José Félix de Oliveira, 991 - Granja Viana, Cotia Queer Livros - https://www.instagram.com/queerlivros/ - Rua Joaquim Távora, 731, na Vila Mariana Macun Livraria & Café - https://www.instagram.com/macunlivraria/ Rua Octávio Corrêa, 67, Cidade Baixa, Porto Alegre Este podcast é um oferecimento da MVB Brasil, empresa que traz soluções em tecnologia para o mercado do livro. Além da Metabooks, reconhecida plataforma de metadados, a MVB oferece para o mercado brasileiro o único serviço de EDI exclusivo para o negócio do livro. Com a Pubnet, o seu processo de pedidos ganha mais eficiência. https://brasil.mvb-online.com/home Já ouviu falar em POD, impressão sob demanda? Nossos parceiros da UmLivro são referência dessa tecnologia no Brasil, que permite vender primeiro e imprimir depois; reduzindo custos com estoque, armazenamento e distribuição. Com o POD da UmLivro, você disponibiliza 100% do seu catálogo sem perder nenhuma venda. http://umlivro.com.br e também com o apoio da CBL A Câmara Brasileira do Livro representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor e atua para promover o acesso ao livro e a democratização da leitura no Brasil. É a Agência Brasileira do ISBN e possui uma plataforma digital que oferece serviços como: ISBN, Código de Barras, Ficha Catalográfica, Registro de Direito Autoral e Carta de Exclusividade. https://cbl.org.br E corra: não fique de fora do processo que quer trazer pro mercado editorial brasileiro uma maior conscientização sobre a gestão de pessoas. O Ranking As Melhores Empresas Pra Trabalhar – Mercado Editorial 2024 é uma iniciativa do PublishNews e do Great Place To Work - consultoria global cuja missão é construir uma sociedade melhor transformando cada organização em um ótimo ambiente de trabalho pra todos. Pra participar do processo, é preciso certificar sua empresa o quanto antes. Indicações: Filme: Pobres criaturas (https://www.youtube.com/watch?v=9DEOJkmZLd8) Restaurante: Repita (https://www.instagram.com/restauranterepita/) Livro: Fazer nada e transformar mundos: psicanálise em territórios de exclusão - Raonna Martins - Derives (https://www.queerlivros.com.br/psicologia/impertinencias/fazer-nada-e-transformar-mundos-psicanalise-em-territorios-de-exclusao) Carnaval de Olinda - https://www.olinda.pe.gov.br/categoria/carnaval-de-olinda/ Porto Alegre (https://prefeitura.poa.br/gp/projetos/conheca-porto-alegre) Os supridores - José Salero - Todavia (https://todavialivros.com.br/livros/os-supridores) Ondjaki - https://www.pallaseditora.com.br/autor/Ondjaki/135/ Editora Ubu - https://www.ubueditora.com.br/ Filme Sociedade da Neve - https://www.netflix.com/title/81268316 --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-do-publishnews/message
O seu trabalho já muitos conhecem. Uma actriz que faz peças de teatro baseadas em livros que a inspiraram, claro que tinha de vir a este podcast. Vamos conhecer a Sandra leitora? Os livros que escolheu: Carta de uma desconhecida, de Stefan Zweig; Morreste-me, José Luís Peixoto; Princípio de Karenina, Afonso Cruz; Poesia de (Matsuo) Basho: - O Eremita Viajante - haikus - obra completa; - O caminho solitário do orvalho. Outras referências: O mundo de ontem, Stefan Sweig; As travessuras da menina má, Mário Vargas Llosa; O rio chamado tempo, uma casa chamada terra, Mia Couto; Cada homem é uma raça, Mia Couto; Os transparentes, Ondjaki; Recomendei: A tia Júlia e o escrevedor, Mário Vargas Llosa; O amante, Marguerite Duras; The Penguin book of Haiku. O que ofereci: Já não se escrevem cartas de amor, Mário Zambujal.
Writer and musician Kalaf Epalanga moves between Angola, Portugal, and Brazil, sounding out colonial histories and contemporary migrant experiences through kizomba and kuduro music, in Whites Can Dance Too (2023). ‘It took being caught at a border without proper documents for me to realise I'd always been a prisoner of sorts.' Kalaf Epalanga's debut novel follows a young man migrating from Africa to Western Europe, when he is suddenly stopped on his journey and demanded his papers by the immigration police. Finding work in various jobs, he does soon find community - and freedom - in the dance clubs of the cities. Whites Can Dance Too is an invitation to ‘embrace the other' and it's also a form of auto-fiction. Kalaf migrated from Angola to Portugal, the former a colony, known as Portuguese West Africa until 1951, which remained a province and state of the Portuguese Empire until 1975. First publishing in Portuguese, Kalaf details the legacies of this colonisation in contemporary culture, taking from the Latin tradition of writing the stream of consciousness, and challenging Anglophone standards with oral storytelling. Kalaf also talks about his relationship with translation - and why the English language edition is his favourite. Drawing on his background in electronic dance music, Kalaf relocates techno on the African continent, combining elements of the traditional African zouk and contemporary kuduro genres to design kizomba, or dance parties. We talk about sound as a vibration - a migration - which can articulate emotions and memories beyond words, and why curating exhibitions or DJ sets is a form of storytelling too. Traveling across continents, he shares some of his literary inspirations, from Ondjaki to Djaimilia Pereira de Almeida, and how he has connected with Afro-Brazilians since working in South America. We also discuss the relationship between diasporas in the Global South, and the importance of supporting cultural and literary industries. Whites Can Dance Too by Kalaf Epalanga, translated by Daniel Hahn, is published by Faber, and available in all good bookshops and online. You can find Kalaf's book playlist here, and the Kizomba Design Museum playlists here. For more artists practicing between Angola and Portugal, listen to Osei Bonsu, curator of A World in Common: Contemporary African Photography at Tate Modern, on Edson Chagas' Tipo Passe series (2014) on EMPIRE LINES: pod.link/1533637675/episode/386dbf4fcb2704a632270e0471be8410 WITH: Kalaf Epalanga, Angolan musician and writer. Now based in Berlin, Germany, he is a celebrated columnist in Angola, Portugal, and Brazil. He fronted the Lisbon-based electronic dance collective Buraka Som Sistema, and founded the Kizomba Design Museum, which launched at the São Paulo Biennial 2023. He was also co-curator of Africa Writes 2023 at the British Library in London. Whites Can Dance Too is his debut novel. ART: ‘Whites Can Dance Too, Kalaf Epalanga, translated by Daniel Hahn (2023)'. PRODUCER: Jelena Sofronijevic. Follow EMPIRE LINES on Instagram: instagram.com/empirelinespodcast And Twitter: twitter.com/jelsofron/status/1306563558063271936 Support EMPIRE LINES on Patreon: patreon.com/empirelines
Os mais novos colunistas da Quatro Cinco Um, a escritora e pesquisadora paulistana Juliana Borges e o escritor angolano Ondjaki, refletem sobre as diferentes formas que o racismo toma pelo mundo, o futuro das democracias e o que pretendem escrever mensalmente na revista dos livros. Responda à nossa pesquisa de perfil do ouvinte em bit.ly/pesquisa451MHz
O premiado escritor angolano Ondjaki, lança mais novo romance "O Livro do Deslembramento". Saiba mais no episódio.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No sexagésimo terceiro episódio do TEATRA, Mariana Oliveira recebe o escritor Ondjaki
A infância como um lugar colorido, saboroso, cheiroso e, às vezes, melancólico. Os contos que o angolano Ondjaki reúne são as peças que formam a experiência de criança que o autor viveu. Os vizinhos são quase a família, a família é quase ele mesmo. Uma comunidade que se cria em torno da escola, da rua, das brincadeiras, dos eventos políticos, das viagens para visitar os parentes, das telenovelas brasileiras, das descobertas. Histórias que entregam nostalgia, risos altos e o frescor do olhar de quem ainda não se acostumou com o mundo. Os da Minha Rua, livro de contos de Ondjaki, é tema do segundo episódio desta temporada Leia África. Para essa conversa, a jornalista Gabriela Mayer, apresentadora e mediadora do Põe na Estante, recebe a escritora Fabiane Guimarães, autora de Apague a Luz se for Chorar, e o jornalista Renan Sukevicius.Este é um podcast produzido por Rádio Guarda-Chuva.Produção, roteiro, edição e apresentação: Gabriela MayerMixagem de som: João Victor CouraCapa: Arthur MayerTrilha: Getz me to Brazil, Doug Maxwell IG: @poenaestante | Twitter: @poenaestanteE-mail: poenaestante@gmail.com==Apoie o @poenaestante em catarse.me/poenaestante
No Mondolivro de hoje, Afonso Borges fala sobre a obra “O Livro do Deslembramento”. Escrito pelo autor angolano Ondjaki, o romance apresenta, de forma leve, divertida e poética, a própria infância do escritor. Saiba mais no episódio.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Primero de los programas realizados desde la edición nº 19 del FCAT- Festival de Cine Africano de Tarifa. Con Mane Cisneros y Marion Berger, directora y programadora del Festival. Colaboración de Pablo de María. Y con Ondjaki, director de Vou Mudar a Cocinha y Mariano Bartolomeu, de Quién hace correr a Quim? y Un lugar limpio y bien iluminado, ambas de la retrospectiva Desde la tinta a la pantalla. Escuchar audio
2022
A primeira edição da feira do livro africano decorreu em Paris de 24 a 26 de Setembro. Esta primeira edição contou com dois escritores da África Lusófona, Ondjaki de Angola e Agnaldo Bata de Moçambique. Os dois autores estiveram presentes para apresentar as suas obras, fazer descobrir ao países respectivos e participar numa conferência em torno da literatura da África Lusófona. A RFI foi à descoberta de Agnaldo Bata. O escritor moçambicano, nascido em 1991 em Maputo, está a estudar Ciências Sociais na Universidade Paris VIII na capital francesa. Agnaldo Bata já tem várias peças de teatros e romances publicados, destacando o livro autobiográfico “Na terra dos Sonhos”, e o romance “Sonhos Manchados, Sonhos Vividos”. Em entrevista à RFI, o autor moçambicano, que também é sociólogo, recordou como se apaixonou pela literatura, abordou a sua experiência em Paris, mas começou sobretudo por reconhecer que a feira do livro africano foi um sucesso. É o ponto final neste Magazine Vida em França.
This week's podcast, repurposed from the livestream that happened on Thursday, November 18, 2020 featuring Ondjaki and Philipp Khabo Koepsell. The podcast is a production by James Murua Literary in cooperation with Frankfurter Buchmesse with financial support from the German Federal Foreign Office. Enjoy
Quando nas revistas mencionam o facto de ser judia, “é absurdo! Dizem o nome do artista, ponto final e continuam” Daniela Ruah nasceu em Boston, mas aos 6 anos veio para Portugal, o país dos seus pais. Fez o ensino secundário por cá, antes de partir em busca de mais mundo: primeiro, estudou representação em Londres, depois em Nova Iorque, até aterrar numa das séries mais resistentes da televisão norte-americana: “Investigação criminal - Los Angeles, que já vai na temporada 12. Por esta altura, calculamos que já tenha conhecido a versão bad ass de Daniela Ruah no papel de Kensi. O que talvez não saiba é que Daniela Ruah também é realizadora e está em Portugal para filmar um dos telefilmes da RTP1 da saga "Contado por Mulheres". O filme que está a realizar chama-se “Os Vivos, o Morto e o Peixe Frito”, baseado numa história de Ondjaki. Daniela Ruah vem de uma família judia e diz que já sentiu racismo, “não na cara, mas escrito sim”. É uma coisa tão sistémica que “quando se escreve sobre o assunto nem se percebe que está a ser racista”. Para a atriz não faz sentido que quando escrevem sobre ela mencionem a religião ou a cultura, “é absurdo! Dizem o nome do artista, ponto final e continuam”. Daniela diz que a necessidade de destacar a diferença, “não é necessariamente pelo bom sentido, também não dizem mal, mas também não é pelo bom sentido, é para assinalar”.
As autoridades angolas entregaram, esta sexta-feira, 4 de Junho, as certidões de óbito dos dirigentes do MPLA Nito Alves e Saidy Mingas, mortos em 27 de Maio de 1977, data associada a uma alegada tentativa de golpe de Estado que foi violentamente reprimida. Em Angola começou, esta quinta-feira, o processo de recolha de DNA para familiares de vítimas da violência política entre a independência e o Acordo de paz de 2002. Os familiares de altos dirigentes da UNITA, maior partido da oposição, desaparecidos desde 1992, são prioritários neste processo. Ainda semana, As autoridades angolas entregaram as certidões de óbito dos dirigentes do MPLA Nito Alves e Saidy Mingas, mortos em 27 de Maio de 1977, data associada a uma alegada tentativa de golpe de Estado que foi violentamente reprimida. O ministro da Justiça e Direitos Humanos, Francisco Queiroz, descartou a hipótese de indeminizar financeiramente as famílias. O professor de história no Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda, Bruno Kambundo, refere que o mais importante é reconhecer as atrocidades porque ninguém conhece o valor de cada cidadão que desapareceu. Este processo resulta da decisão do Presidente João Lourenço de ter pedido desculpa e perdão aos familiares das vítimas desde a independência ao acordo de paz de 2002. De passagem por Paris, o escritor angolano, Ondjaki reconhece que esta decisão é uma um passo importante que já deveria ter sido dado há muitos anos pelo MPLA. O presidente João Lourenço recebeu esta semana, em Luanda, o Presidente do Conselho Militar de Transição da República do Chade, Mahamat Idriss Déby. No final do encontro, o chefe da diplomacia de Angola, Téte António, garantiu que Angola vai continuar apoiar a estabilidade no Chade. Em Moçambique, continua desaparecido o jornalista e antigo Director da Rádio e Televisão Ruandesa cristã Amazing Grace, Ntamuhanga Cassien, exilado há quanto anos no país. Em entrevista à RFI, o director do Centro para a Democracia e Desenvolvimento de Moçambique, Adriano Novunga, fala em “possíveis cumplicidades entre Kigali e Maputo” no caso do desaparecimento do jornalista ruandês. Em São Tomé e Príncipe terminou, na quinta-feira, o prazo de formalização de candidaturas às presidenciais no Tribunal Constitucional. De acordo com a lei, o Tribunal Constitucional tem sete dias para se pronunciar em função dos requisitos estabelecidos na lei eleitoral. Foram recebidas 18 candidaturas. Na Guiné-Bissau, o aeroporto Osvaldo Vieira vai passar a ser gerido por uma empresa do Koweït que deve garantir melhorias nas infra estruturas e a vinda de companhias internacionais para o país, anunciou o ministro dos Transportes e Comunicação da Guiné-Bissau, Augusto Gomes. Depois do recente golpe no Mali, a França anunciou a suspensão das operações militares. conjuntas com Bamako, numa tentativa de pressionar a junta no poder para a transição política exigida pela comunidade internacional. O governo francês não pôs em causa a continuidade da operação Barkhane contra os grupos jihadistas, na qual estão envolvidas 5.100 tropas francesas.
Teresa Francisco, Formanda do Centro Qualifica da Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo
Uma escuridão bonita, de Ondjaki by Comédias do Minho
Um dos vencedores do Prémio Saramago, com a obras Os Transparentes, leva-nos neste Bom dia Camaradas para a Luanda dos anos 80, vamos viajar no tempo e espaço? Esta leitura está incluída no #herdeirosdesaramago promovido por @literacidades @sofareader
Let's travel to the 80's Luanda, Angola? This book takes you to travel in time and space :) @sofareader
Acaba de nascer o projecto Mapas do Confinamento, uma plataforma online que visa construir uma cartografia literária do confinamento e da pandemia no mundo lusófono. A língua portuguesa é o denominador comum destes escritores e artistas mas o projecto vai mais longe e apresenta-se também em inglês e em francês. Afonso Cruz, Richard Zimler, Agnaldo Bata, Ondjaki, Nara Vidal, Emílio Tavares Lima e Hirondina Joshua, são alguns dos participantes deste colectivo lusófono pluricontinental. Gabriela Ruivo Trindade, escritora portuguesa radicada em Londres, e Nuno Gomes Garcia, escritor portugues residente em Paris, são os dois nomes que estão na origem do Mapas do Confinamento. Confira aqui.
Na edição nº 18 (T4) da rúbrica FAZ-TE AO LIVRO, o aluno do Ag. de escolas de Infias, da turma 11ºA, Gonçalo Araújo sugere o livro OS DA MINHA RUA de Ondjaki. 3-3-2021
A tradução francesa de “Avódezanove e o segredo do soviético”, do escritor angolano Ondjaki, vai ser lançada esta quinta-feira, em França, pela editora Métailié. Um romance autobiográfico, publicado em 2008, que conta “sensações e afectos” numa Luanda que faz parte do imaginário de Ondjaki. Pode a “língua desportuguesa” de Ondjaki ter uma versão “desfrancesa”? Uma conversa sobre tradução, literatura, resistência, inspiração e olhares. A tradução de “Avódezanove e o segredo do soviético” vai ser lançada, a 21 de Janeiro, em França pela Métailié, a editora que já publicou, em 2015, a tradução de “Os Transparentes” que venceu, no ano seguinte, o “Prix Littérature-Monde Etranger”. Uma oportunidade para falarmos com Ondjaki sobre “sensações e afectos” em “língua desportuguesa” - expressão criada pelo próprio e que serve para nos questionarmos se é possível criar uma língua "desfrancesa" a partir do imaginário angolano. RFI: “Pode recordar-nos a história de “Avódezanove e o segredo do soviético”?” Ondjaki: “É um romance autobiográfico, mas é como se não fosse. Fala de crianças num determinado bairro de Luanda onde há um mausoléu enorme dedicada ao Presidente que, na história já terá falecido, e as crianças têm um plano para salvar o bairro porque se diz que, a qualquer momento, por causa do mausoléu, se pode ou se hão-de derrubar as casas do bairro. O livro, é claro, que é um livro sobre sensações e afectos com esse pano de fundo histórico e cultural, com a presença dos soviéticos e dos cubanos em Luanda nos anos 80.” RFI: “Traduzir um livro em que há expressões oriundas da oralidade e palavras inventadas ou reescritas que não estão no dicionário, não deve ser fácil. Até porque inclui conceitos inexistentes na língua francesa e toda uma urbanidade própria a Luanda. Está satisfeito com o resultado e como acompanhou o processo?” Ondjaki: “Eu acompanhei no sentido em que, nas vezes em que fui solicitado, auxiliei na tradução dentro da medida do possível, mas é uma explicação. Claro que é uma explicação de autor - poderá ser uma explicação mais valiosa – mas as decisões finais cabem ao tradutor e ao editor. Eu acho que sim. Eu não tenho o domínio da língua francesa para poder avaliar a tradução, mas do que ouvi falar parece que sim. Vamos ver agora qual é a reacção do público em geral.” RFI: “Qual é a importância de ter mais um livro traduzido na língua francesa?” Ondjaki: “Para mim, na realidade, qualquer livro de um autor africano que apareça em França ou em língua francesa, é mais uma porta que se abre. Cada livro normalmente leva a que o leitor depois procure livros ou dessa cultura ou dessa língua. É nesse sentido que eu acho que cada tradução actua para si, mas actua também para os outros.” RFI: “Em que é que está a trabalhar neste momento?” Ondjaki: “Neste momento, curiosamente estou a trabalhar num livro que se passa no sul de França, mas é tudo o que lhe posso dizer...” RFI: “No sul de França... Temos uma história da emigração?” Ondjaki: “Quase todas as histórias, nos últimos dois anos, são sobre migrações, as pessoas é que ainda não se deram conta disso.” RFI: “Apesar de agora estar a escrever um livro sobre o sul de França, Luanda continua a ser o ponto fulcral do seu imaginário. Em 'Quantas Madrugadas Tem a Noite' escreve: ‘Estórias de Luanda - minha Luanda do mô coração, môs sangues aqui derramados. Ndokueto só na conversa, as palavras são as que nós quisermos, significado delas tá no nosso coração’. É isso que dita a sua inspiração e aquilo que escreve?” Ondjaki: “Eu creio que também, sim. Ultimamente, o que tem ditado muito a direcção para onde vou quando quero escrever são os olhares: os olhares das crianças, os olhares de quem muitas vezes não tem voz e que por não ter voz usa o olhar como modo de dizer e de falar. Sinceramente, o que tenho estado a fazer ultimamente é estar atento aos olhares, seja um olhar de um transeunte, seja o olhar de um náufrago a chegar à Europa e a saber que tem ou que não tem lugar, seja o olhar de um familiar. É importante olharmos os de longe com tanta atenção quanto olhamos os de perto.” RFI: “Em relação a esse olhar do náufrago a chegar à Europa e em relação ao livro que está agora a escrever, parece haver aqui uma ponte com o sul de França...” Ondjaki: “O mundo é feito de pontes. O mundo é feito de pequenas pontes. Há uma coisa bonita que lhe queria dizer em relação à tradução – e que disse, há uns anos, quando um livro meu ganhou um prémio pela tradução [em França]. Eu dizia justamente isso, que os tradutores são grandes artífices não só da palavra, mas eles são arquitectos e engenheiros de pontes culturais com a tradução. Portanto, quando sai uma tradução é isso que eu celebro. Eu celebro o facto de que uma coisa, alguns conteúdos e sensações, saíram de uma língua e chegaram à outra. Essa é a primeira celebração. A segunda é se a tradução é bem feita. Se a tradução for bem feita então temos algo, digamos assim, perfeito a chegar a outro país.” RFI: “Quando é que o próximo livro vai chegar aos leitores?” Ondjaki: “Os meus livros, entre fazê-los e publicá-los, costumam levar entre quatro a dez anos, portanto, eu vou-lhe dizer que é um mínimo de quatro e um máximo de dez.” RFI: “Falámos na tradução de uma língua para a outra, mas também podemos falar da tradução da oralidade para a escrita. A passagem da oralidade para a escrita é uma marca sua e já falou muitas vezes da língua “desportuguesa” e da necessidade de desconstruir a língua. Por vezes, temos a impressão que se pode perder algo nessa transmissão e tradução do ouvido para o lido. Mas também se pode ganhar. É possível cravar na pedra coisas que ficaram no ar?” Ondjaki: “Sim. Eu acho que é uma espécie de tradução. Trazer do oral para o escrito ou trazer do quotidiano para uma linguagem literária pode ser uma espécie de traduzir algo de um formato para outro, embora sejam formatos parecidos. Eu creio que, como em tudo, às vezes somos felizes e às vezes não somos tão felizes. Nos dois casos nascem coisas novas e isso é bom. Que uma coisa dê lugar a outra coisa é uma das coisas que eu espero, também, da língua.” RFI: “Quer recordar-nos o que é ‘a língua desportuguesa’?” Ondjaki: “Não tenho um conceito para isso. É muito mais uma sensação e uma brincadeira. É uma declaração minha, fui eu que escrevi isso na contracapa de um livro, mas é muito mais uma sensação, é uma atitude para com a língua. A língua desportuguesa é a língua que trabalha sobretudo com liberdades estéticas e que não está presa à Academia ou ao dicionário.” RFI: “O livro ‘Avódezanove e o segredo do soviético’ também foi adaptado em filme pelo realizador moçambicano João Ribeiro. Viu o filme e como considera esta ‘re-autoria’ e também ‘tradução’ da sua obra?” Ondjaki: “Eu vi o filme e, justamente, considero que é uma abordagem – embora o filme fique muito perto da narrativa estrutural do livro – eu penso que é um filme de João Ribeiro, é um filme da equipa do João Ribeiro. Fiquei satisfeito, sobretudo, com esta coisa linda e simbólica que é um autor moçambicano filmar a partir de um livro angolano e o que eu mais quero é que um dia destes um autor angolano ou cabo-verdiano ou outro filme também um livro moçambicano. Isso, para mim, é que ficou como a grande experiência. E gostei de ver as crianças, gostei de ver os actores que inventam coisas que eu só tinha imaginado pela minha escrita.” RFI: “Regressou a Luanda há quatro anos e em 2020, primeiro ano da pandemia, conseguiu inaugurar a editora Kacimbo e a livraria Kiela... Afinal, pandemia não rimou com pandemia na cultura para si...” Ondjaki: “Sim, a cultura também rimou com pandemia, só que também rima com resistência na cultura, com acreditar em novos formatos, em novas maneiras de fazer as coisas. Nós abrimos a livraria e a editora em plena pandemia, em Agosto, portanto, tivemos que reinventar formatos online, encontros, muito cuidado a trazer as pessoas, conseguimos trazer pessoas, conseguimos fazer algumas apresentações. Eu creio que a palavra de 2020 é readaptação e quem foi feliz e conseguiu readaptar-se – seja profissionalmente, seja pessoalmente – deve considerar-se uma pessoa feliz.” RFI: “A sua literatura é como um palimpsesto. Tem vários níveis de interpretação e sente-se sempre a palpitar uma crítica social e política. Tem acompanhado o movimento de contestação social em Angola nos últimos tempos?” Ondjaki: “Sim, tenho acompanhado, tenho estado aqui, tenho sentido – muitas vezes sente-se aqui a onda e a pré-onda de contestação, depois a contestação, as manifestações. Creio que apesar de tudo, por parte do governo tem havido alguma aprendizagem e isso é importante. Tem aprendido porque tem procurado aprender a escutar melhor as novas dinâmicas, os novos comportamentos sociais que se passam em Angola. A constituição da população, a idade, o comportamento alteraram-se muito nos últimos cinco, dez anos e creio que o governo agora apercebeu-se disso finalmente. Por outro lado, do lado de quem se manifesta, creio que tem havido – e não digo só as manifestações públicas que vocês vêem na televisão, há outros tipos de manifestação que se passam por aqui, há ondas de contestação que passam apenas por mensagem ou pelo Whatsapp – e creio que tem havido um papel também de responsabilizar quem busca coisas para buscar coisas mais justas e mais bem explicadas. Isso tem feito uma pressão social que o governo não tem ignorado e nem pode ignorar e quanto mais se aproximam as próximas eleições, menos ainda o governo ignorará.”
O podcast do Encontro de Leituras, o novo clube de leitura conjunto do PÚBLICO e do jornal brasileiro Folha de S. Paulo, que junta leitores de língua portuguesa e acontece todas as segundas terças-feiras de cada mês na plataforma Zoom, discute romances, ensaios, memórias e obras de jornalismo literário, na presença de um escritor, editor ou especialista convidado. O clube de leitura dos dois jornais é moderado pelas jornalistas Isabel Coutinho, responsável pelo site do PÚBLICO dedicado aos livros, o Leituras, e por Úrsula Passos, editora-assistente de Cultura do jornal paulista. Subscreva o podcast do Encontro de Leituras na Apple Podcasts, Spotify, SoundCloud ou outras aplicações para podcasts. Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts. Produção: Aline Flor e Maria Fernandes (PÚBLICO) / Música: Bottega Baltazar - Lusso Calma e Volutta (Artlist.io)
"Avó dezanove e o segredo do soviético" é uma adaptação do romance do mesmo nome do escritor angolano Ondjaki e é a segunda longa metragem do produtor e realizador moçambicano João Ribeiro. Depois da estreia em fevereiro no Pan African Film Festival em Los Angeles, o filme não pode ainda ser comercialmente explorado devido à pandemia da Covid-19, mas obteve quatro grandes prémios em festivais internacionais no final de 2020, entre os quais o de Melhor Realizador de África nos Kisima Music & Film Awards, no Quénia e mais recentemente o de Melhor Filme no Black International Cinema em Berlim. Depois de "O último voo do Flamingo" em 2010 adaptado do romance do mesmo nome do escritor moçambicano Mia Couto, "Avó dezanove e o segredo do soviético" adaptado do romance homónimo do escritor angolano Ondjaki, é a segunda longa metragem de João Ribeiro, cuja estreia ocorreu em fevereiro de 2020 no Pan African Film Festival, Los Angeles, Estados Unidos e que no final de 2020 obteve quatro prémios: - Melhor Longa de Ficção na 7ª Edição do Plateau - Festival Internacional de Cinema da Cidade da Praia, Cabo Verde - Melhor Realizador de África nos Kisima Music & Film Awards, Quénia - Melhor Actriz Secundária - Ana Magaia - nos Kisima Music & Film Awards (Quénia) - Melhor Filme / Produção Narrativa no Black International Cinema Berlin (Alemanha) O filme está ainda seleccionado entre 22 e 28 de janeiro para o Festival des Cinémas d’Afrique du Pays d’Apt, em França e para o New York African Film Festival, previsto para fevereiro 2021, mas cujas datas definitivas não estão ainda definidas devido à pandemia da Covid-19, mas poderá em breve ser visto na plataforma digital de cinema moçambicano NetKanema. "Avó dezanove e o segredo do soviético" é um filme de aventuras e de amor, uma sátira político-social, que mistura realidade e magia, interpretado por actores profissionais como Ana Magaia" a "Avó Catarina" ou o actor de origem russa Billiardov (Botardov) residente em Portugal, três crianças que nunca estiveram frente a uma câmara Jaki, Pi e Charlita, uma apresentadora de televisão Anabela Adrianoupulos "Avó Agnette ou "Avó Dezanove" porque perdeu um dedo do pé ou ainda o académico Filimone Meigos. O enredo passa-se algures num bairro africano, na origem o Bairro do Bispo em Luanda retratado por Ondjaki, que foi transposto por João Ribeiro para as cidades de Matola, Catembe e Maputo. É aí que vive Jaki, um menino de 10 anos, numa casa de família alargada, regida pela avó Agnette e assombrada pela figura misteriosa da avó Catarina. A vida do bairro e dos seus moradores - que têm nomes como Espuma do Mar - o maluco do bairro que tanto encanta, quanto assusta - gira à volta da construção de um mausoléu para um Presidente falecido, mas esse monumento ameaça a vida tranquila dos moradores, quando as autoridades anunciam que as casas do bairro têm de ser dinamitadas, para a obra ser terminada e os seus habitantes desalojados. Ao mesmo tempo a avó Agnette sofre uma infecção num pé e tem de ser operada, perdendo um dedo e ganhando a alcunha: "Avó Dezanove". A sua operação inspira Jaki e tal como foi preciso remover o dedo para salvar a perna, ele e o seu melhor amigo Pi - Pinduca ou 3,14 decidem remover o mausoléu para salvar o bairro, utilizando a dinamite da obra, para “desplodir” o monumento, mas é um plano condenado ao fracasso, sem a intervenção de um soviético (engenheiro ou capataz da obra) um homem cheio de segredos.
Na edição nº 11 (T4) da rúbrica FAZ-TE AO LIVRO, o professor bibliotecário da ESEC de Vizela, Aníbal Ruão, sugere o livro OS DA MINHA RUA de Ondjaki. 23-12-2020
This episode we’re talking about the Best Books We Read in 2020! (Not necessarily things that came out in 2020, but there are some of those too!) We discuss reading in the pandemic era, “good enough” reads, academic publishing, and more! Plus: Are noodles media? You can download the podcast directly, find it on Libsyn, or get it through Apple Podcasts, Stitcher, Google Podcasts, Spotify, or your favourite podcast delivery system. In this episode Anna Ferri | Meghan Whyte | Matthew Murray | RJ Edwards Favourite Fiction For the podcast Matthew The Haunting of Tram Car 015 by P. Djèlí Clark (From Episode 106 - Alternative/Alternate History) Serre Watch Matthew and Meghan play this visual novel! (From Episode 108 - Visual Novels) Anna Dead Astronauts by Jeff Vandermeer (From Episode 115 - New Weird) Last Days of New Paris by China Miéville (From Episode 106 - Alternative/Alternate History) Meghan The Etched City by KJ Bishop (From Episode 115 - New Weird) RJ Pet by Akwaeke Emezi (From Episode 107 - Pet by Akwaeke Emezi) Not for the podcast Anna Binding Shadows by Jasmine Silvera Meghan The Light Brigade by Kameron Hurley RJ Saturday by Oge Mora Dayspring by Anthony Oliveira Read online for free Delicious In Dungeon, vol. 1 by Ryoko Kui Matthew A Dead Djinn in Cairo by P. Djèlí Clark Read online for free The Space Traders by Derrick Bell (Wikipedia) Collected in Dark Matter: A Century of Speculative Fiction from the African Diaspora edited by Sheree Thomas 68:Hazard:Cold by Janelle C. Shane Read online for free Listen to the podcast version Houses by Mark Pantoja Read online for free The Murderbot Diaries Series by Martha Wells Favourite Non-Fiction For the podcast Meghan Born to Be Posthumous: The Eccentric Life and Mysterious Genius of Edward Gorey by Mark Dery (From Episode 092 - Arts (Non-Fiction)) RJ The Debunking Handbook by John Cook and Stephan Lewandowsky (From Episode 100 - Library and Information Studies) Medallion Status: True Stories from Secret Rooms by John Hodgman (From Episode 104 - Entertainment Non-Fiction) Matthew Comics and Critical Librarianship: Reframing the Narrative in Academic Libraries edited by Olivia Piepmeier and Stephanie Grimm (From Episode 100 - Library and Information Studies) A Kim Jong-Il Production: The Extraordinary True Story of a Kidnapped Filmmaker, His Star Actress, and a Young Dictator's Rise to Power by Paul Fischer (From Episode 104 - Entertainment Non-Fiction) Anna Feminist Pedagogy for Library Instruction by Maria T. Accardi (From Episode 100 - Library and Information Studies) Black Space: Imagining Race in Science Fiction Film by Adilifu Nama (From Episode 104 - Entertainment Non-Fiction) Not for the podcast RJ Dinosaur Feathers by Dennis Nolan Matthew Turned On: Science, Sex and Robots by Kate Devlin Anna On Immunity: An Inoculation by Eula Biss Meghan The Undying by Anne Boyer Other Favourites Things of 2020 Anna The Secrets of the Saqqara Tomb (trailer on YouTube) RJ Dan-Dan Noodles?? Noodles are media, right??? Dandan noodles (Wikipedia) RJ’s recipe Leather Archives & Museum Instagram account Game Changer episode 1 - The Game Show Where Nobody Knows the Rules (YouTube) Matthew Reply All, episode 158, The Case of the Missing Hit Anarchism & Police Abolition|Feat. Domri Rade Mis(h)adra by Iasmin Omar Ata Meghan Nature (no hyperlink, see: outside) (No, there’s a hyperlink - Matthew) Runner-Ups RJ Fiction Lost in a Good Book by Jasper Fforde On Earth We’re Briefly Gorgeous by Ocean Vuong RJ Other Steven Universe Future (Wikipedia) Sohla El-Waylly / Stump Sohla Meghan Fiction Gideon the Ninth by Tamsyn Muir The Subtweet by Vivek Shraya Self Care by Leigh Stein Dread Nation by Justina Ireland After the People Lights Have Gone Off by Stephen Graham Jones The Memory Police by Yōko Ogawa Drive Your Plow Over the Bones of the Dead by Olga Tokarczuk Check, Please! Book 1: #Hockey by Ngozi Ukazu Mexican Gothic by Silvia Moreno-Garcia Immigrant City by David Bezmozgis Meghan Non-fiction Walkable City: How Downtown Can Save America, One Step at a Time by Jeff Speck The Lady from the Black Lagoon: Hollywood Monsters and the Lost Legacy of Milicent Patrick by Mallory O'Meara In the Dream House by Carmen Maria Machado Turning by Jessica J. Lee Why We Swim by Bonnie Tsui Good Talk: A Memoir in Conversations by Mira Jacob Uncanny Valley by Anna Wiener Dreaming in Hindi: Coming Awake in Another Language by Katherine Russell Rich Meghan French Language Tom Thomson, esquisses du printemps by Sandrine Revel Les petites victoires by Yvon Roy Waves by Ingrid Chabbert Un soleil entre des planètes mortes by Anneli Furmak Matthew Comics Emanon, vol. 1 by Shinji Kajio and Kenji Tsuruta On a Sunbeam by Tillie Walden Read online Super Fun Sexy Times by Meredith McClaren When I Arrived at the Castle by Emily Carroll Monstress, vol. 3: Haven by Marjorie M. Liu and Sana Takeda (yes, I’m two volumes behind, the next volume is literally sitting on my shelf waiting to be read) Sleepy Princess in the Demon Castle, vol. 1 by Kagiji Kumanomata Steeple by John Allison (webcomic) Blade Runner 2019, vol. 1 by Michael Green, Mike Johnson, Andres Guinaldo (Illustrator) Le facteur de l'espace by Guillaume Perreault (in French! It’s not just Meghan who reads French language things now) Available in English as The Postman from Space Rock Mary Rock, vol. 1 by Nicky Soh Webcomic version Gardens of Glass by Lando Other Media We Mentioned You Look Like a Thing and I Love You: How Artificial Intelligence Works and Why It's Making the World a Weirder Place by Janelle Shane Robots: The Recent A.I. edited by Rich Horton and Sean Wallace Pulgasari (Wikipedia) - North Korean giant monster movie I Blame the Patriarchy by Twisty Faster Links, Articles, and Things #LibFaves20 (library worker’s favourite books published in 2020) National Magazine Awards Winners 2020 AI Weirdness Overlay journal Our Twitch channel! 21 Books in Translation by BIPOC (Black, Indigenous and People of Color) Authors Every month Book Club for Masochists: A Readers’ Advisory Podcasts chooses a genre at random and we read and discuss books from that genre. We also put together book lists for each episode/genre that feature works by BIPOC (Black, Indigenous, & People of Colour) authors. All of the lists can be found here. Mama Hissa's Mice by Saud Alsanousi, translated by Sawad Hussain (Arabic) Mirror of the Darkest Night by Mahasweta Devi, translated by Shamya Dasgupta (Bengali) Invisible Planets: An Anthology of Contemporary Chinese SF in Translation, edited and translated by Ken Liu (Chinese) Beijing Comrades by Bei Tong, translated by Scott E. Myers (Chinese) The Enlightenment of the Greengage Tree by Shokoofeh Azar, translated by Anonymous (Farsi) Ru by Kim Thúy, translated by Sheila Fischman (French) Tram 83 by Fiston Mwanza Mujila, translated by Roland Glasser (French) Three Strong Women by Marie NDiaye, translated by John Fletcher (French) Last Night in Nuuk by Niviaq Korneliussen, translated by Anna Halager (Greenlandic/Danish) Beauty Is a Wound by Eka Kurniawan, translated by Annie Tucker (Indonesian) Beyond Babylon by Igiaba Scego, translated by Aaron Robertson (Italian) Kim Jiyoung, Born 1982 by Cho Nam-Joo, translated by Jamie Chang (Korean) Your Republic is Calling You by Young-Ha Kim, translated by Chi-Young Kim (Korean) The Lonesome Bodybuilder by Yukiko Motoya, translated by Asa Yoneda (Japanese) Ghachar Ghochar by Vivek Shanbhag, translated by Srinath Perur (Kannada) The Sun on My Head by Geovani Martins, translated by Julia Sanches (Portugese) Good Morning Comrades by Ondjaki, translated by Stephen Henighan (Portugese) Time Commences in Xibalbá by Luis de Lión, translated by Nathan C. Henne (Spanish) La Bastarda by Trifonia Melibea Obono, translated by Lawrence Schimel (Spanish) Poonachi: Or the Story of a Black Goat by Perumal Murugan, translated by N. Kalyan Raman (Tamil) Doomi Golo: The Hidden Notebooks by Boubacar Boris Diop, translated by Vera Wülfing-Leckie and El Hadji Moustapha Diop (Wolof/French) Give us feedback! Fill out the form to ask for a recommendation or suggest a genre or title for us to read! Check out our Tumblr, follow us on Twitter or Instagram, join our Facebook Group, or send us an email! Join us again on Tuesday, January 5th we’ll be discussing the genre of Sociology! Then on Tuesday, January 19th we’ll be talking about our Reading Resolutions for 2021!
Terça-feira, pontes invisíveis vão erguer-se virtualmente para unir todos os que querem participar no Encontro de Leituras, uma iniciativa do jornal Público e da Folha de São Paulo. Nesta crónica, Magda Cruz fala-te da reunião do clube de leitura, que vai ter Ondjaki como convidado e o livro “Bom dia Camaradas” como páginas em discussão. Quem tiver coragem pode perguntar: “Como é que entraste nas maluquices da escrita, Ondjaki? Magda revela-te também quem é o próximo episódio do podcast. Link para a reunião Zoom do encontro. Pormenores neste artigo do Público Música: Kai Engel – Great Expectations Ponto Final, Parágrafo nas redes sociais: Instagram e Facebook
A história de hoje foi retirada do livro "O convidador de pirilampos".Foi escrita pelo escritor Ondjaki, mas é recontada na voz de Valdimiro, seu conterrâneo angolano. A história faz uma maravilhosa mistura entre a ficção, realidade, infância e ciência.Venha ouvir parte 2 da história e aprenda mais sobre os pirilampos, os seus diferentes tipos, cores e como se comunicam com a gente através das histórias.Autor: OndjakiIlustrador: António José GonçalvesEditora Pallas
A história de hoje foi retirada do livro "O convidador de pirilampos". Foi escrita pelo escritor Ondjaki, mas é recontada na voz de Valdimiro, seu conterrâneo angolano. A história faz uma maravilhosa mistura entre a ficção, realidade, infância e ciência. Venha aprender mais sobre os pirilampos, os seus diferentes tipos, cores e como "se comunicam" com a gente através das histórias.Autor: OndjakiIlustrador: António José GonçalvesEditora Pallas
A misteriosa Teresa Veiga regressa ao romance com “Cidade Infecta”, história passada numa pequena cidade do interior, e Ondjaki com “O Livro do Deslembramento”, passado em Luanda. See omnystudio.com/policies/listener for privacy information.
O mito sobre a origem das chuvas contado pelos mais velhos e recontado pelo escritor angolano Ondjaki, nos ensina a aceitar nossas emoções e a aprender com a própria mãe natureza toda a sua sabedoria. Quer conhecer Ombela ? Corre pra ouvir a história e não esquece de levar o guarda-chuva!Contadora: Ana Rita Barbosa
In this week's episode, we speak to Rémy Ngamije, the Rwandan-born Namibian author of 'The Eternal Audience of One', about his meteoric rise from being an unpublished writer to a star on the African literary scene in less than a year, and we hear book recommendations from Book Lounge staff. Unathi recommends ‘The Hate U Give' by Angie Thomas and Luami enjoyed ‘Toe Ons Oneindig Was' by Zelda Bezuidenhout. Mervyn talks about ‘Brutal School Ties' by Sam Cowen. Rémy's list of authors is: Kalaf Epalanga, Ondjaki, Maaza Mengiste, Zukiswa Wanner, Mohale Mashigo, Nozizwe Cynthia Jele, Masande Ntshanga, Bisi Adjapon, Leye Adenle and Mubanga Kalimamukwento. Get in touch by emailing booklounge@gmail.com or send us a voice message on Whatsapp to +27 (0) 63 961-6154. Hosted by Vasti Calitz and produced by Andri Burnett.
História de hoje: Soluços. Contada a partir de duas poesias do poeta angolano Ondjaki. "Estória para Wandy" e "Estória para Lueji". Do livro Há prendisajens com o xão (o segredo húmido da lesma e outras descoisas). Editora Pallas. A história de hoje é dedicada à Rayssa, que me deu esse livro de presente, com direito a autógrafo e dedicatória do Ondjaki e dela ❤. Beijo, Yssa. Quer sugerir uma história, enviar a sua, um desenho, comentário, crítica ou sugestão? Escreve para historiasdaanalu@gmail.com que eu vou ler com muito carinho! Narração: Ana Lu Rocha *Caso você seja ou conheça o/a detentor/a dos direitos autorais das obras e queira que o material seja retirado do ar, favor entrar em contato pelo email historiasdaanalu@gmail.com e os áudios serão excluídos. **Para quem vai mostrar a história para crianças, pode ser interessante ouvir sozinho/a antes, para saber se você concorda que o conteúdo seja adequado à idade. À princípio, todas as histórias que eu vou contar ou poesias que lerei aqui eu considero de classificação livre (a não ser que eu faça algum aviso na descrição e no início do áudio), mas como não sou especialista na área, fica o aviso, para que cada um possa avaliar conforme suas preferências.
O novo coronavírus cruza ruas e avenidas, no maior dos silêncios. Prevenção comanda, as portas fecham-se, enquanto e o silêncio se instala. Os tambores resguardam-se ao mesmo tempo que as guitarras, os que nos cantavam e vendiam quadros em cafés e restaurantes, não vêm hoje a sombra dos turistas de ontem. Os que de pluma na mão escrevem o mundo pacientam que a edição volte a abrir janelas. Em terra africana, como no resto do mundo, a arte debate-se com o silêncio, e a precariedade de hoje obriga a soluções. Uma viagem comandada por artistas reconhecidos do continente: o escritor moçambicano Mia Couto, o também escritor Edson Incopté, da Guiné-Bissau, o artista plástico são-tomense João Carlos Nezó, o escritor angolano Ondjaki e o artista plástico Tchalé Figueira. Evocam-se as dificuldades de acesso à cultura possível hoje, através da internet, das problemáticas políticas e suas consequências e da poesia em tempos de cólera, como uma forma de evasão, onde o imaginário se incarna como uma escapatória a um outro mundo, que será sempre possível.
Esta semana estreia-se mais um conteúdo mensal no "Coffee Break". São as conversas informais com o mesmo nome que começaram a acontecer dia 28 de abril na plataforma Zoom. Depois de acontecerem serão difundidas no podcast. A primeira teve como tópico "Tudo é silêncio: Quando isolamento físico é sinónimo de isolamento social", e teve como convidados Vitor Belanciano, Rui Horta e Madalena Wallenstein. Neste episódio também poderás ouvir a rubrica "Sotaques", esta semana da autoria do poeta angolano Ondjaki.
Os artistas e produtores culturais angolanos já alertaram que têm "dificuldades em sobreviver" neste período de confinamento social e de actividades culturais canceladas, devido à pandemia da covid-19. A desigualdade social reflecte-se em qualquer crise aponta o escritor angolano Ondjaki, e mais ainda quando já existem desigualdades de acessos entre distritos. "Este é o momento de redefinir os modelos culturais e de exposição cultural", defende Ondjaki. Em Cabo Verde, os operadores turísticos e os agentes culturais já estão a manifestar sinais de retracção e de redução do rendimento dos trabalhadores, dados assumidos no programa de mitigação divulgado pelo governo. Na Cidade da Praia, Tchalé Figueira, artista plástico cabo-verdiano, inventa para combater a ansiedade. Em Moçambique é proibida a realização de eventos religiosos, culturais, recreativos, desportivos, políticos, associativos, turísticos. Durante o estado de Emergência em vigor até 30 de Maio. Quanto à escrita, o trabalho é mais solidário, também as edições têm sido afectadas, descreve escritor moçambicano Mia Couto.
Leitura do conto « As muitas visitas da avó Catarina », de Ondjaki, publicado no livro « Momentos de aqui », Editora Caminho, 2001. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/linguamae/message
Neste episódio, recebemos a Prof. Carmen Tindó, professora titular de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da UFRJ, para conversar sobre a produção literária dos países lusófonos africanos. A professora falou de aproximações e oposições entre esses países e o Brasil, no âmbito da cultura e da literatura; destacou a necessidade de se pensar a pluralidade linguística e cultural do continente africano e fez algumas reflexões sobre a presença das literaturas africanas nas escolas e universidades brasileiras. >>> SUMÁRIO 00:00:00 a 00:12:04Recados iniciais; leitura do poema Grito Negro; apresentação da convidadaBloco 1 >>> 00:12:05 a 00:35:19Lusofonia: aproximações e diferenciações culturais e literárias entre os países de língua oficial portuguesa; ligações entre Brasil e ÁfricaBloco 2 >>> 00:35:20 a 01:11:46As várias Áfricas e literaturas africanas; o papel da literatura como ferramenta de resistência políticaBloco 3 >>> 01:11:47 a 01:35:15Educação e ensino de cultura e literaturas africanas e afro-brasileiras – impactos da Lei 10.639/03; o lugar das literaturas africanas nos níveis de ensino básico e superiorRecomendações e encerramento >>> 01:35:16 a 01:56:40Leitura de conto por alunos do CP2/SC3 >>> 01:56:41 a 02:07:22Leitura do conto angolano A Menina Vitória, de Arnaldo Santos >>> NOSSOS CONTATOS APOIE O LÍNGUA LIVRE > PARTICIPARAM DO EPISÓDIO REFERÊNCIAS DO EP RECOMENDAÇÕES CRÉDITOS PLAYLIST COMO CITAR ESTE EPISÓDIO
A 2018 Festival panel on storytelling brought together four talented writers—Dionne Brand (Theory), Isa Kamari (Tweet), Pierre J. Mejlak (Having Said Goodnight) and Ondjaki (Transparent City)—to discuss their unique styles and non-traditional formats. Philosopher and longtime Festival friend, Wendy O’Brien, moderates the conversation. This episode is produced and hosted by Ardo Omer. Introduction by Director Geoffrey E. Taylor.
Join me and Laura Frey (Reading in Bed) as we discuss Transparent City by Ondjaki (translated by Stephen Henighan) Podcast Transcript Mentioned in this episode; Man Booker International Prize A Horse Walked into a Bar by David Grossman (translated by Jessica Cohen) Scribd Open Letter & Other Stories Fitzcarraldo Editions BTBA Prize Love in the New Millenniumby Can Xue (translated by Annelise Finegan Wasmoen) Mouthful of Birdsby Samanta Schweblin (translated by Megan McDowell) Drive Your Plow Over the Bones of the Deadby Olga Tokarczuk (translated by Antonia Lloyd-Jones) Fever Dreamsby Samanta Schweblin (translated by Megan McDowell) Savage Theories by Pola Oloixarac (translated by Roy Kesey) Things We Lost in the Fireby Mariana Enríquez (translated by Megan McDowell) Three Percent Podcast Riff Raff Bookstore Translations Database Michael Ondaatje George Orwell Granma Nineteen and the Soviet’s Secret by Ondjaki (translated by Stephen Snyder) The Gods Must be Crazy (1980) César Aira The Cat’s Table by Michael Ondaatje Warlight by Michael Ondaatje The English Patient by Michael Ondaatje Wuthering Heights by Emily Bronte Villette by Charlotte Bronte Ghosts by César Aira (translated by Chris Andrews) Mikhail Bulgakov The Master and Margarita by Mikhail Bulgakov (translated by Hugh Alpin) A Young Doctors Notebook by Mikhail Bulgakov (translated by Hugh Alpin) A Young Doctors Notebook (2013) Find Laura online Blog: Reading in Bed Booktube: LauraFrey Support the show via Patreon Social Media links Email: losttranslationspod@gmail.com Twitter: @translationspod Instagram: translationspod Litsy: @translationspod Facebook: https://www.facebook.com/translationspod/ Produced by Mccauliflower.
Join me and Steph (Time to Read!) as we discuss Out by Natsuo Kirino (translated by Stephen Snyder) Podcast Transcript Mentioned in this episode; Elena Ferrante Haruki Murakami Daunt Books Leo Tolstoy Convenience Store Woman by Sayaka Murata (translated by Ginny Tapley Takemori) Powell's Indie Bookstore Day Open Letter Coffee House Press Fitzcarraldo Editions The Lovely Bones by Alice Sebold The Faculty of Dreamsby Sara Stridsberg (translated by Deborah Bragan-Turner) The Dinnerby Herman Koch (translated by Sam Garrett) Outlander by Diana Gabaldon Paprika by Yasutaka Tsutsui (translated by Andrew Driver) Paprika (2006) Slow Boat by Hideo Furukawa (translated by David Boyd) Record of a Night Too Brief by Hiromi Kawakami (translated by Lucy North) In the Miso Soup by Ryū Murakami (translated by Ralph McCarthy) Auditions by Ryū Murakami (translated by Ralph McCarthy) Auditions (1999) Hard-Boiled Wonderland and the End of the World by Haruki Murakami (translated by Alfred Birnbaum) Stephen King James Patterson Anne Rice Neapolitan Novels Days of Abandonment by Elena Ferrante (translated by Ann Goldstein) The Lost Daughter by Elena Ferrante (translated by Ann Goldstein) Troubling Love by Elena Ferrante (translated by Ann Goldstein) Karl Ove Knausgård My Struggle 1 by Karl Ove Knausgård (translated by Don Bartlett) New York Review of Books Podcast New York Review of Books The New Sorrows of Young W by Ulrich Plenzdorf (translated by Romy Fursland) The Sorrows of Young Werther by Johann Wolfgang von Goethe (translated by David Constantine) Man Booker International Prize BTBA Prize Transparent City by Ondjaki (translated by Stephen Henighan) The Little Girl in the Ice Floeby Adelaïde Bon (translated by Tina A. Kover) The Seven Madmen by Roberto Arlt (translated by Nick Caistor) The Linden Tree by César Aira (translated by Chris Andrews) Wordstock Three Percent Podcast Haymarket Books Recovering the Sacred: The Power of Naming and Claiming by Winona LaDuke The Man Who Spoke Snakish by Andrus Kivirähk (translated by Christopher Moseley) Find Steph online Booktube: Time to Read! Twitter: timetoread___ Goodreads: Stephanie Support the show via Patreon Social Media links Email: losttranslationspod@gmail.com Twitter: @translationspod Instagram: translationspod Litsy: @translationspod Facebook: https://www.facebook.com/translationspod/ Produced by Mccauliflower.
Em nossa primeira visita à literatura africana, conversamos sobre a deliciosa obra AvóDezanove e o Segredo do Soviético, de Ondjaki. Um livro de imensa delicadeza narrado por um menino de Luanda, em Angola. Siga a Caractere Books nas redes sociais e entre em contato conosco pelo e-mail contato@caracterebooks.com.br --- Send in a voice message: https://anchor.fm/radio-caractere/message Support this podcast: https://anchor.fm/radio-caractere/support
Edição de 19 de Abril 2017 - A Bicicleta que tinha Bigodes, é uma história de Ondjaki
Sejam bem-vindos, leitores e leitoras ao 30:MIN, o seu podcast de literatura. Nesta edição, Vilto Reis, Cecilia Marcon, Jefferson Figueiredo e Carina Carvalho atravessam o Atlântico para discutir a literatura produzida por escritores do continente africano. Neste Podcast: Eu quero fazer um faroeste com vampiro que se passe no Irã; dizer que há uma literatura africana é o mesmo dizer que a África é um país; literatura desse país maravilhoso que é o meu; além de uma fotinha e texto também tenho uma voz; que elas cortem as bolas dele e usem de brincos; e muito mais. O 30:MIN se mantém no ar pelo apoio dos Ouvintes Grupo Lista Negra do Paul Rabbit Compre os livros indicados: Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie (Cecilia) A Rainha Ginga, de José Eduardo Agualusa (Vilto) Niketche, de Paulina Chiziane (Carina) Ualalapi, de Ungulani Ba Ka Khosa (Jefferson) Os transparentes, de Ondjaki (Carina) Citado no podcast: Cecilia na night – participando no Cafés Filosóficos ‘Os transparentes’, de Ondjaki (texto da Carina Carvalho) Paulina Chiziane: uma voz feminina em África (texto da Carina Carvalho) 5 Escritores africanos que você precisa conhecer Como definir a literatura africana? | LiteratusTV #15
Under de senaste åren har en ny generation författare från länder i södra Afrika blivit översatta till svenska. Biblioteket pratar med angolanske Ondjaki som rör sig fritt mellan genrerna. Han senaste bok på svenska God morgon kamrater är en optimistisk uppväxtskildring från inbördeskrigets Angola. Petina Gappah från Zimbawe har gjort succé över hela världen med sin samhällskritiska och delvis dystra novellsamling Sorgesång för Easterly Men hon ändå optimist eftersom människorna i Zimbawe trots dåliga ledare är fulla av energi. Och så åker vi till Sydafrika och träffar Lauren Beukes som gjorde succé med sin dystopiska framtidsskildring Moxyland. Även om Sydafrikas historia syns i hennes böcker så är det på ett annat sätt än hos den äldre generationen. Fullt ös och gott om kontakt med populärkulturen. Vi besöker också Namibia som till skillnad från sina grannländer Sydafrika och Angola har väldigt få skönlitterära författare . Vi tar reda på varför och möter vi Ellen Namhila som nyligen gav ut boken Tears of Courage" en skildring av några kvinnor som kämpade för att landet skulle bli självständigt. Programledare: Louise Epstein
University Trust Fund Events of the School of Advanced Study
Institute of Germanic & Romance Studies, Ondjaki
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