Podcasts about muge

  • 28PODCASTS
  • 48EPISODES
  • 39mAVG DURATION
  • 1MONTHLY NEW EPISODE
  • Feb 22, 2025LATEST

POPULARITY

20172018201920202021202220232024


Best podcasts about muge

Latest podcast episodes about muge

Fait main
Libre antenne 7 - vous avez la parole !

Fait main

Play Episode Listen Later Feb 22, 2025 31:00


"Il n'y a pas de plus beau talent que celui d'oser." Cette phrase, vous l'entendrez de la bouche de Cécile, une des invitées du jour. Car aujourd'hui, comme de temps en temps sur Fait Main, c'est vous, les auditrices qui avez la parole ! 5 d'entre vous m'ont sollicité au fil des dernières semaines pour faire entendre leur voix. Vous allez donc pouvoir découvrir Pauline, Cécile, Carole, Muge et Aurélie. On démarre avec Pauline Thibaux qui nous fait part de ses réflexions autour du fait de passer, ou non, d'une activité loisirs au statut pro dans sa pratique créative. Cécile alias Dfleursenhiver nous raconte comment elle a osé changer de vie, pour passer de prof à paperflorist. Carole Lozupone nous explique ce que lui a apporté sa formation en art thérapie dans son rôle de maman et de psychologue. Muge des Facteurs Plumes nous parle de sa rencontre avec le crochet et comment elle a développé des peluches de soutien émotionnel. Aurélie nous invite à découvrir sa chaîne YouTube autour du crochet, Crochet et vous. Bonne écoute !Mélanie

Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer
Os livros da semana: desacontecimentos, gatos, capas e desenhos

Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer

Play Episode Listen Later Dec 21, 2024 6:14


Na estante do Governo Sombra, esta semana, temos a estreia em Portugal de uma escritora brasileira a descobrir: Eliane Brum, com o livro “Meus desacontecimentos”; um livro-disco de Amélia Muge, que é uma homenagem poética aos gatos: “um gato é um gato”; um álbum de cartoons de João Fazenda intitulado “Arena”; e um volume sobre o design do livro em Portugal, de José Bártolo e Jorge Silva: “Para ser eterno basta ser um livro”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Convidado
Descobrir "Gente", o opus de Nancy Vieira com "músicas novas para viver"

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 17, 2024 10:16


"Gente" é o nome do novo álbum de Nancy Vieira. O trabalho que marca o regresso da cantora cabo-verdiana às edições discográficas tem Sol Di Nha Vida como single de apresentação. O tema, com letra e música de Mário Lúcio, é uma declaração de amor e o porto de onde se pode zarpar para partir à descoberta dos 14 temas genialmente envolventes que a produção tripartida Nancy Vieira, Amélia Muge e José Martins desenhou. Com os pilares da música tradicional de Cabo Verde mas a respirar contemporaneidade, Gente conta com um conjunto de participações especiais onde o nível máximo de simbiose nos conduz ao prazer de nos deixarmos perder numa noite estrelada com a garantia de que a voz de Nancy Vieira é a estrela polar que nos aponta o norte. O lançamento de Gente está previsto para 15 de Março e o concerto de apresentação vai acontecer uma semana antes, a 8 de Março, no Teatro S. Luiz , em Lisboa. Acácia Maior, Fogo Fogo, Remna, Mário Lúcio, Paulo Flores e Amélia Muge são alguns dos nomes que vão subir ao palco do S. Luíz com Nancy Vieira.

Artes
Fado Camões, o novo trabalho de Lina Rodrigues

Artes

Play Episode Listen Later Jan 24, 2024 16:02


Lina Rodrigues está de volta. Fado Camões é o novo trabalho da fadista, um álbum que, tal como o nome indica, explora a poesia de Luís Vaz de Camões e que conta com a colaboração do produtor e músico britânico Justin Adams. Há três anos, Lina Rodrigues e o produtor e músico Raül Refree apresentaram ao mundo uma nova forma de “sentir” e tocar o fado, na altura um [trabalho] em torno do repertório de Amália.A 13 de Janeiro, o jornal Le Monde nomeava Lina Rodrigues como uma das 12 personalidades a não perder em 2024. Nesse mesmo artigo sublinhava a intensidade arrebatadora do fado da artista portuguesa que "empresta a sua voz ao poeta Luís de Camões", “o príncipe dos poetas”, como lhe chamou o Télérama, que acrescenta que o "seu fado é encantador". Este álbum será apresentado a 30 de Janeiro, no Teatro da Trindade, em Lisboa. Posteriormente, há uma digressão e essa digressão passará por França, por Paris, pelo Studio de l'Ermitage, a 15 de Março. Começo, precisamente, por lhe pedir para me descrever Fado Camões.Este álbum reúne a lírica de Camões com os fados tradicionais. A lírica de Camões, não são propriamente 'Os Lusíadas', mas também os sonetos. Os sonetos são versos que Camões fez, que tem, a meu ver, a estrutura ideal para os fados tradicionais e, por isso, decidi juntá-los não só pela sua estrutura, mas também pela temática que o Camões utilizou nos seus poemas, que estão completamente ligados à ao fado.Os amores e desamores de Camões…Os amores e os desamores e as questões sobre sobre o mundo. O  questionar-se a si próprio, os amores de infância, os amores de criação, todos esses sentimentos que são actuais.Porquê Luís Vaz de Camões? Já havia esse interesse? Como é que surgiu este olhar diferente para a poesia de Camões?Surgiu ainda em concertos com o Raül Refree. Eu termino um trabalho e começo logo a pensar no que é que poderei fazer a seguir. Queria, sempre quis, que os meus álbuns tivessem um conceito que não fosse só gravar músicas avulso, mas que houvesse um fio condutor que fizesse ligação entre as músicas. No fundo, uma obra e não apenas um disco de música. Quando me deparei com a biografia da Amália Rodrigues, li que Amália considerava Camões o maior fadista que existe e que Camões não era para estar fechado numa gaveta, nem numa estante. Essa ideia ficou aí a ser “cozinhada”?Ficou a ser cozinhada. Fui pesquisar um bocadinho mais sobre a lírica de Camões e percebi que, de facto, tem toda a ligação com com o fado tradicional e com a temática do fado tradicional.O que é que foi necessário para esta adaptação das letras de Camões, dos poemas a esta composição? Vi que tinha trabalhado com a Amélia Muge neste processo.Sim, a Amélia Muge foi o meu braço direito, o meu apoio neste trabalho. Fico feliz por ela pertencer ao meu universo e a este universo da música, que me tem apoiado bastante e acima de tudo, que me tem incentivado a não desistir.Houve momentos em que pensei: se calhar, não consigo fazer isto, não consigo fazer isto sozinha. E a verdade é que houve alguns momentos em que eu consegui fazer sozinha. Um trabalho de introspecção e de sentir ao mergulhar na lírica de Camões. Eu emocionei-me ao ler os versos do Camões e se essa emoção existe no presente, porque não trazer a tradição e o passado dos versos do Camões para o futuro?Em relação à forma, como é que foi feito todo o processo, qual é que foi o critério? Foi, no fundo, um trabalho estrutural de juntar versus de quintilhas, sextilhas, quadras, sonetos… folhear um livro da lírica de Camões e - como sou conhecedora dos fados tradicionais - cantá-los, à medida que vou lendo os versos, assim percebia se havia musicalidade ou não. A forma como os versos encaixavam na estrutura do fado tradicional?Exatamente.Uma das novidades deste álbum é a colaboração com o produtor e músico britânico Justin Adams. O que é que o Justin Adams traz a este disco? Ele traz, também, esta sonoridade da música árabe, porque ele viveu a infância com o pai no Egipto. Traz também as influências africanas… A meu ver, era o produtor ideal, uma vez que eu queria gravar a lírica de Camões e, por isso, passar pelos locais onde ele esteve, na Índia, em África, na Galiza. Foi óptimo trabalhar com ele, tive a oportunidade de fazer também parte, de certa forma, da produção deste álbum. É uma pessoa super generosa e de muito fácil trato, muito bem-disposto.O que é que Justin Adams sabia sobre o fado e sobre a Lina?Ele sabia muito pouco, não sabia muito sobre fado. Aliás, tanto o Justin Adams como o John Baggott assustaram-se um pouco, porque o fado tradicional tem dois acordes, três no máximo… e pessoas com tanta musicalidade, onde a música é tão rica de acordes e harmonias, o fado é uma música simples. Então, a questão deles era, como é que nós vamos adornar, como é que vamos fazer para que seja diferente, tenha musicalidade, seja apelativo e sentimental, emocional. Mas perceberam logo no primeiro dia de estúdio que era possível com apenas dois ou três acordes que se sentisse essa emoção. Foi um trabalho emocionalmente enriquecedor. Já no seu trabalho anterior quebra algumas amarras do fado tradicional. Neste álbum vai nessa continuidade. Há uma necessidade de dar uma nova roupagem ao fado? Não tem a ver com dar a nova roupagem, a ver com a liberdade no canto. Aquilo que sinto quando ouço e quando ouço aquilo que fiz até agora, tanto com o Raul Rëfree como agora, neste álbum. Sinto que é uma necessidade minha de sentir os espaços entre a voz, sentir os ambientes mais do que até quais é que são os instrumentos, se é piano, se não é piano, se é guitarra, se não é guitarra. Acho que eu vejo a música como um todo. Essa é minha necessidade de sentir que estou a cantar à capela muitas vezes, é proporcionada por estes momentos de silêncio e de saborear as palavras.No fado, a importância da palavra é enorme. Por isso, tenho esta necessidade de me sentir livre a cantar.“O que temo e o que desejo” é interpretado com Rodrigo cuecas, como é que chegou a esta a esta colaboração?Eu já conhecia o Rodrigo Cuecas, o primeiro trabalho dele foi produzido pelo Raul Rëfree e tive a oportunidade de ver um concerto dele no museu de Oriente, em Lisboa. Conheci-o pessoalmente e depois isto surgiu naturalmente. Pelo facto de Camões ter escrito em galaico-português, remeteu-me à Galiza e à música tradicional. Pensei no Rodrigo Cuevas, uma vez que ele tem este interesse e é mestre na música folclórica e na música tradicional. Ele é asturiano e, portanto, fazia todo o sentido convidar o Rodrigo Cuevas. Felizmente, ele aceitou. Este poema é a junção de dois poemas, um em português e outro em galaico-português, que eu descobri e que fala sobre o desejo e aquilo de que tenho medo. Acho que fazia todo o sentido fazer uma ligação entre a vida e a morte. E foi uma óptima junção. Foi muito bom trabalhar com ele em estúdio, ele é fantástico.A 13 de de Janeiro, o jornal Le Monde dizia que a Lina era uma das 12 personalidades a não perder em 2024, nesse mesmo artigo, sublinhava “a intensidade arrebatadora do fado da artista portuguesa, que empresta a sua voz ao poeta Luís Vaz de Camões”, a quem o Télérama, também em Janeiro, designou de o “príncipe dos poetas” e acrescentou que o fado da Lina é “encantador”. Como é que olha para esta crítica?Eu não lido muito bem com elogios, fico envergonhada. Obviamente que fico extremamente feliz com todos estes elogios e espero, de facto, merecê-los e continuar a merecê-los e, no fundo, fazer aquilo que sinto. Não faço as coisas a pensar nas críticas, boas ou más, eu faço aquilo que faço porque sinto, porque quero ir por ali, porque é esse o caminho que eu acho que devo seguir e são essas as minhas convicções na música. Estes elogios são, para mim, gloriosos. Fico muito feliz.

FEMINA
Amélia Muge

FEMINA

Play Episode Listen Later Mar 29, 2023 56:03


Amélia Muge é cantora, compositora, instrumentista. Usa a palavra como geradora de pensamento. Escreve letras para canções, faz ilustração e compõe espetáculos para crianças. O seu primeiro álbum foi editado em 1992. Em 2022 lançou Amélias, um disco que celebra…

Leaders With Babies
Catherine Muge and Dr Tom Bashford - How to Navigate Shared Parental Leave as a Dual Career Couple

Leaders With Babies

Play Episode Listen Later Feb 15, 2023 56:46


Apply today: Cross-Sector Fellowship applications close on 7th March 2023"Our family is a mutual enterprise, it's a project we manage together, and it has to be given time and resource. We have to really clearly communicate that between us: is everyone happy with the time and resource that is going into that mutual project? "Joining Verena on the podcast this week are Catherine Muge and Dr Tom Bashford. Catherine is Director of Partnership Intelligence at UNICEF UK and Tom is Assistant Professor in Healthcare Systems, University of Cambridge and Consultant Neuroanaesthetist, Addenbrooke's Hospital. Together, they are also raising two young boys.Tom and Catherine share their two experiences of Shared Parental Leave, as well as their views on the importance of role modelling equality for their sons.They discuss:how having children changed their perspective on the way they work, forcing them to be more strategic with their time and considerate of the family unit as a wholethe societal bias that still leads to assumptions of Catherine as the default caregiverthe importance of regular "moments of rebalancing" the caregiving burden.We hope you enjoy the conversation.Are you progressing a big career whilst raising small children? Each month we send out a helpful round-up email featuring useful info and brave new ideas for ambitious mums and dads. Sign up now.Applications are now open for our NHS FellowshipOur FMLM accredited NHS Fellowship is a career development programme for working parents in the NHS who want to lead positive change. Apply by 11/07. Find out more.

Unfiltered Career Search
Unfiltered Season 3 FINALE: Spring Recruiting Prep + Opportunities for Freshmen to Seniors

Unfiltered Career Search

Play Episode Listen Later Dec 13, 2022 19:29


Time has flown by! How was your fall semester and recruiting? As we finish off finals week strong, JP sits down with Kelley Undergraduate Career Services staff Muge and Eunice thinking ahead to spring recruiting, opportunities, and making the most of your well-earned winter break! In this episode, we cover career topics and options for all our Kelley undergrads--from freshmen to seniors! Too busy right now? No worries--tune in over winter break! From all of us here at Kelley UCS to you and yours, HAPPY HOLIDAYS! See you back in 2023!

The Famous Sloping Pitch with Nick Hancock and Chris England

Nick Hancock and Chris England discuss quite a lot of TV news, Cristiano Ronaldo's interview with Piers Morgan, the bizarre business of World cup predictions, and course plenty of Oldham shit.  Nick and Chris are also joined by former, professional assistant referee, and Luton fan, Gavin Muge. They chat about some inside industry techniques, the importance of keeping up with rule changes, and his thoughts on VAR. They also discuss his new book, My Life On The Line, and his new podcast, Flag It Up. Gavin's new book will be available on 1st Dec here - https://www.amazon.co.uk/MY-LIFE-LINE-Everything-assistant-ebook/dp/B0BLXS4TVX Get in touch and follow us on Twitter @slopingpitch If you have any thoughts, feelings or queries, please feel free to contact us on slopingpitch@gmail.com  Learn more about your ad choices. Visit megaphone.fm/adchoices

DEBAT FOOT MARSEILLE
OM : Défaite à TOTTENHAM, désespérante ou encourageante? TUDOR, SANCHEZ ET PAYET de retour face au LOSC?

DEBAT FOOT MARSEILLE

Play Episode Listen Later Sep 9, 2022 78:24


Retrouvez le Podcast de l'émission Débat Foot Marseille diffusé en live ce jeudi 8 septembre 2022. Benjamin Courmes était accompagné par Rayane Benmokrane et nos invités Muge et Hervé Bercane ! Au programme :  Le décrassage de la Défaite à TOTTENHAM Le gros débat Une défaite désespérante ou encourageante? Les paris avec notre partenaire Betclic : On vous offre 10 freebet de 10 euros ! (laissez simplement votre pseudo Betclic en commentaire de la video, pour vous inscrire sur Betclic rendez-vous ici ) Les choix de TUDOR SANCHEZ ET PAYET de retour vs LOSC ? La FAQ : on réponds à vos questions

J'irai digger chez vous
J'irai digger à Radio Muge (Sète)

J'irai digger chez vous

Play Episode Listen Later Aug 10, 2022 91:59


D'après la légende Florian Sanchez alias Sdazz Mc Skibons et Paul Brisco furent sauvés par un banc de muges non loin de la la plage du Kursaal et quarante ans plus tard naquit Radio Muge. Pour en avoir le coeur net, je me suis rendu au q.g de cette nouvelle web radio sétoise qui a tout d'une future institution de la culture locale et qui détonne par sa liberté et ses disques par milliers rappelant des antennes pirates des années 70-80.

VMware Partnership Perspectives
Providing Highly Secure and Optimized Environments for Distributed Workloads – Guest: Muge Tanik, General Manager of Global Accounts at Intel

VMware Partnership Perspectives

Play Episode Listen Later Jun 22, 2022 41:23


VMware and Intel have shared many commonalities over the years, including CEO Pat Gelsinger, who returned “home” to Intel in 2021 after 8 years of leading VMware. The partnership between the two companies is now stronger and more focused than ever, providing next-gen datacenter to cloud capabilities with the broadest portfolio of trusted solutions in the industry. In this episode, host Kathleen Tandy chats with Muge Tanik, General Manager of Global Accounts at Intel to discuss the history of VMware and Intel's partnership and how their roadmaps are aligned to bring the most consistent, secure, and optimized edge to cloud and multi-cloud solutions to customers across the globe. From VMware Workspace One on Intel vPro, to the Virtual Cloud Network built on Intel architecture, learn how VMware and Intel are setting the bar for enterprise-level IT. Listen all the way to the end for a teaser on the next innovative solutions this partnership is about to unveil!   About the Guest: Muge Tanik is General Manager of Global Accounts at Intel. You can find her on LinkedIn at: https://www.linkedin.com/in/mugetanik/. About the Host: Kathleen Tandy is Vice President of Global Partner and Alliances Marketing at VMware. You can find Kathleen on LinkedIn at: https://www.linkedin.com/in/ktandy85/, or on Twitter at @kaktandy.   To learn more about VMware's partner programs, please visit: https://www.vmware.com/partners/partner-executive-edge.html. Subscribe, follow, and review VMware Partnership Perspectives podcast.      

Mundofonías
Mundofonías 2022 #45: Transglobal World Music Chart | Junio 2022 / June 2022

Mundofonías

Play Episode Listen Later Jun 10, 2022 57:15


Repaso libre a la Transglobal World Music Chart del mes, confeccionada a través de la votación de un panel de divulgadores de las músicas del mundo de todos los continentes, del que los hacedores de Mundofonías somos cocreadores y coimpulsores. Este mes de junio del 2022 exploramos músicas que aires persas, brasileños, calipsonianos, flamencos, portugueses y del mar Rojo. Terminamos con el número uno, que es el nuevo disco de la cantora maliense Oumou Sangaré. ¡Enhorabuena! A loose review of the Transglobal World Music Chart for this month, determined by a panel of world music specialists from all the continents, of which the Mundofonías‘ presenters are co-creators and co-promoters. This month of June 2022 we explore musics with Persian, Brazilian, calypsonian, flamenco, Portuguese and Red Sea airs. We end with the number one, which is the new album of the Malian singer Oumou Sangaré, congratulations! Shadi Fathi & Bijan Chemirani – Pish-Darâmad e Tchahât-gâh – Âwât Maga Bo – Recanto II [+ Isaar] – Amor (é revolução) Kobo Town – Time – Carnival of the ghosts Perrate – Bulerías de la base – Tres golpes Amélia Muge – Versão condensada do nascimento dos desertos – Amélias Noori & His Dorpa Band – Qwal – Beja power!: Electric soul & brass from Sudan’s Red Sea coast El Khat – La sama – Albat alawi op.99 De Kaboul à Bamako – Layli jan – Sowal diabi Oumou Sangaré – Wassulu don – Timbuktu (De Kaboul à Bamako – Zolf porayshan – Sowal diabi) Imagen: / Image: Oumou Sangaré (📸 Holly Whittake)

Mundofonías
Mundofonías 2022 #37: Navegando de Trinidad a Persia / Sailing from Trinidad to Persia

Mundofonías

Play Episode Listen Later May 11, 2022 57:26


Navegamos musicalmente desde sonidos tropicales que nos llegan de Gambia (con conexión italiana), Trinidad (con conexión canadiense) y Brasil, para recalar en tierras de navegantes: Portugal. Continuamos nuestra singladura hacia el Mediterráneo oriental, pasando por Grecia, Estambul, Anatolia y Chipre, llegando hasta Persia. Todo ello a base de maravillosas novedades musicales. We navigate musically from tropical sounds coming from Gambia (with an Italian connection), Trinidad (with a Canadian connection) and Brazil, to arrive in a land of navigators: Portugal. We continue our sailing towards the Eastern Mediterranean, passing through Greece, Istanbul, Anatolia and Cyprus, also arriving to Persia. All this accompanied by marvellous musical new releases. Jabel Kanuteh & Marco Zanotti – We want to dance – Are you strong? Kobo Town – Carnival of the ghosts – Carnival of the ghosts Dona Celia Coquista – O Bar – Brasil novo [V.A.] José Barros Navegante – Fado do tu cá tu lá – 25 anos Amélia Muge – Chove muito, chove tanto – Amélias Mariza – Povo que lavas no rio – Mariza canta Amália Sophie Fetokaki – Irthe o kairos na figoume – Abundance Shadi Fathi & Bijan Chemirani – Zéndegui – Âwât Tülay German & Francois Rabbath – Bugün ben bir söz işittim – Homage to Nazım Hikmet Mircan Kaya – Anlatamam derdimi – Mınor [2022] (Shadi Fathi & Bijan Chemirani – Alideh – Âwât) Imagen: / Image: Shadi Fathi & Bijan Chemirani (📸 Muriel Despiau)

Os Cantos da Casa
Amélia Muge n' Os Cantos da Casa

Os Cantos da Casa

Play Episode Listen Later Apr 16, 2022


Amélia Muge ― Amélias, 2022. Helena Sarmento ― Liberdade, liberdade, 2022. Eugénia Melo e Castro ― III, 1986. Carlos Bica ― I am the escaped one, 2019. Stereossauro ― Desghosts & Arrayolos, 2021. Edição nº 368, de 16 de abril de 2022

Renascença - Ensaio Geral
A história da Censura, os Dias da Dança e o novo livro de Manuel Jorge Marmelo

Renascença - Ensaio Geral

Play Episode Listen Later Apr 8, 2022 25:26


Portugal viveu 48 anos dentro de uma estufa diz José Pacheco Pereira, o historiador dá agora a conhecer uma parte do Arquivo Ephemera que revela a atuação da Censura em Portugal, na exposição que hoje visitamos intitulada “Proibido por inconveniente”. Mais à frente, porque abril é o mês da Dança, trazemos o cartaz do Festival Dias da Dança e o ciclo de dança para crianças que o Teatro LU.CA está a organizar. Abrimos o novo livro do escritor Manuel Jorge Marmelo, escutamos as sugestões de Guilherme d'Oliveira Martins e dançamos ao som do novo disco da cantora Amélia Muge.

O Lado Bom da Vida
Dá-me reggaeton, dou-te uma dupla folk

O Lado Bom da Vida

Play Episode Listen Later Mar 21, 2022 13:26


Novas canções de Rosalía, Amélia Muge, Arcade Fire, The Smile e Golden Slumbers: são estes os destaques para conhecer esta semana. See omnystudio.com/listener for privacy information.

Oil and Gas Digital Doers Podcast
Yet another data problem — sustaining sustainability with Muge Wood and Kyle Kelin, ep 40

Oil and Gas Digital Doers Podcast

Play Episode Listen Later Jan 31, 2022 53:57


Welcome to the Oil and Gas Digital Doers podcast — brought to you on the Oil and Gas Global Network by HPE. This week our host Michael O'Sullivan brings back his Avenade friend Kyle Kelin — who brings along his Microsoft friend Muge Wood. Many thanks to HPE for sponsoring this show. Edge computing? Make sure you have a look at HPE Greenlake. More Oil and Gas Global Network Podcasts OGGN.com OGGN Street Team LinkedIn Group OGGN on Social LinkedIn Group | LinkedIn Company Page | Facebook | modalpoint | OGGN OGGN Events Get notified each month Michael O'Sullivan LinkedIn      

Public Health Perspectives
Meet the New Dean: Dr. Muge Akpinar-Elci

Public Health Perspectives

Play Episode Play 41 sec Highlight Listen Later Jan 28, 2022 47:40 Transcription Available


During this episode, we get to meet the new Dean of the School of Public Health, Dr. Muge Akpinar-Elci. Dr. Akpinar-Elci has an impressive career in the health sciences, working at various Universities, the World Health Organization, the CDC, and many other equally impressive agencies. I couldn't be more pleased to welcome her to Public Health Perspectives to learn more about this impressive woman leading our public health ship in little ol' Reno, NV. Important Links:Dean Muge Akpinar-Elci BiographySchool of Public Health at UNRApply to Graduate School at the School of Public Health

O Avesso da Canção com Luísa Sobral
Episódio 33: Amélia Muge

O Avesso da Canção com Luísa Sobral

Play Episode Listen Later Jan 13, 2022 154:26


A Amélia Muge é uma das mulheres mais importantes na música tradicional portuguesa dos últimos 50 anos. Tem uma obra vastíssima, composta por temas que escreveu para ela mesma cantar e outros que foram escritos para grandes nomes do fado como o Camané, a Mafalda Arnauth e a Ana Moura. Conheçam melhor esta grande senhora da música portuguesa n'O Avesso da Canção' desta semana.   155 minutos

Mundofonías
Mundofonías 2021 #59: Novedades, esenciales, homenajes y festivales / New releases, essentials, tributes and festivals

Mundofonías

Play Episode Listen Later Jul 29, 2021 58:02


Escuchamos novedades discográficas con raíces en la Kabilia argelina, la Italia medieval y el norte de la India. Y recordamos también algunos maravillosos esenciales de años atrás, como las conexiones franco-norteafricanas de Dezoriental y las greco-portuguesas de Amélia Muge con Michales Loukovikas. Recordamos a dos grandes artistas recientemente desaparecidos, como fueron Angélique Ionatos y Jivan Gasparian (Yiván Gasparyán) y hablamos también, en nuestras #Mundofonews, de la próxima edición de KlezKanada. We listen to some new releases with roots in Algerian Kabylia, medieval Italy and northern India. And we also remember some wonderful essentials from years ago, such as the French-North African connections of Dezoriental and the Greek-Portuguese ones of Amélia Muge with Michales Loukovikas. We commemorate two great artists who have recently passed away, such as Angélique Ionatos and Jivan Gasparian and we also talk, on our #Mundofonews, about the next edition of KlezKanada. · Abdelli - Assouyi - Songs of exile · Dezoriental - Terra incognita - Terra incognita · Amélia Muge & Michales Loukovikas - Pesado como ferro - Periplus · Angélique Ionatos - Mygdalia (L'amandier) - O erotas · Jivan Gasparian - Machkal es - Sound of duduk · Hartmann Ensemble - Zi monaciello - Trotula · Marilyn Lerner - Fun tashlikh / Throw your sins to the wind - The Rough Guide to klezmer revolution (V.A.) · Veretski Pass - Segelsteins geveyn - Veretski Pass · Ronu Majumdar - Dhun mishra shivaranjini - The Indian bansuri · (Amélia Muge & Michales Loukovikas - A folha da rosa - Periplus) Imagen : / Image: Ronu Majumdar

Inner City Press SDNY & UN Podcast
June 15: PPP fraudster Muge Ma of China pleads guilty-sort of; pedo Pivnick gets 12 yr, UN sex crime

Inner City Press SDNY & UN Podcast

Play Episode Listen Later Jun 15, 2021 3:07


June 15: PPP fraudster Muge Ma of China pleads guilty - sort of; pedo Pivnick gets 12 year sentence, UN sex crimes covered up by SG @AntonioGuterres censoring Press

Buffeten
Buffeten på P3: Du kan muge ud i min lade, hvis du vil have et job her!

Buffeten

Play Episode Listen Later Feb 25, 2021 63:36


Mathias og Sofie tager bladet fra munden og siger alt det, du har svært ved at få sagt. Det er i det nye indslag 'Buffeten siger det for dig!' Der bliver stadig sendt spørgsmål til Buffetens ikke-eksisterende brevkasse, så det bliver der naturligvis taget hånd om. Og så giver vi sammen med lytterne en hjælpende hånd i Kammeradio, og til sidst prøver Sofie at suge de sidste vise ord ud af Mathias på hendes sidste dag som vikarvært.

Buffeten på P3
Buffeten på P3: Du kan muge ud i min lade, hvis du vil have et job her!

Buffeten på P3

Play Episode Listen Later Feb 25, 2021 63:36


Mathias og Sofie tager bladet fra munden og siger alt det, du har svært ved at få sagt. Det er i det nye indslag 'Buffeten siger det for dig!' Der bliver stadig sendt spørgsmål til Buffetens ikke-eksisterende brevkasse, så det bliver der naturligvis taget hånd om. Og så giver vi sammen med lytterne en hjælpende hånd i Kammeradio, og til sidst prøver Sofie at suge de sidste vise ord ud af Mathias på hendes sidste dag som vikarvært.

hvis lade muge buffeten
Mundofonías
Mundofonías 2020 #50 | Los esenciales – I The essentials – I

Mundofonías

Play Episode Listen Later Jun 28, 2020 58:01


Estrenamos una nueva sección a la que, en su primera entrega, dedicamos todo el programa: "Los esenciales de Mundofonías". Repasamos discos que han marcado nuestras vidas y que son auténticas joyas merecedoras de ser siempre recordadas y disfrutadas. Además de escucharlos en el programa, iremos publicando una breve reseña de los mismos en nuestra web y redes sociales. Los "Esenciales" de hoy son L'Attirail, Babia, Amélia Muge, Graciana Silva (La Negra Graciana), Boiled in Lead, Alim Qasimov y Ashkhabad. We premiere a new section to which, in its first delivery, we dedicate the whole program: "The Mundofonías' essentials". We review records that have marked our lives and that are true jewels that deserve to be always remembered and enjoyed. In addition to playing them on the show, we will be publishing brief reviews of each one on our website and social profiles. Today’s "Essentials" are L'Attirail, Babia, Amélia Muge, Graciana Silva (La Negra Graciana), Boiled in Lead, Alim Qasimov and Ashkhabad. · L'Attirail - Running to the embassy - La bolchevita · Babia - Torero - Oriente-Occidente · Amélia Muge - O cego pedinte - Todos os dias · La Negra Graciana - La guacamaya - Sones jarochos con el Trío Silva · Boiled in Lead - Čunovo oro - Orb · Alim Qasimov - Fuzuli ghazel - Love's deep ocean · Ashkhabad - Sketches of the desert - 10 Imagen / Image: Alim Qasimov & Fergana Qasimova


Kurdish Zaza Gospel Song(Dersim Dialect).mp4

ANCAP.SU
Vende-se doméstica com bom comportamento

ANCAP.SU

Play Episode Listen Later Jan 7, 2020 8:16


Veja nosso site: https://visaolibertaria.com #Escravidão #Domesticas #TrabalhoEscravo Ajude o canal: https://apoio.ancap.su https://apoia.se/ancapsu https://padrim.com.br/ancapsu 16vmNcrA4Mvf7CaRLirAmpnjz1ZH3bWNkQ (Bitcoin) LSCnrubCVcpuLrGTTLMqpwRTXvYz7vMbbA (Litecoin) 0x28aec946919c70e5e25d7c6785ede7622278b463 (Ethereum) nano_1s6i6xwujzqnmie8nc3x8rfumdnebpsd6h4cp9wgkcpk4eb1xn5u7n48ok5b (Nano) De acordo com o portal de notícias BBC News Brasil, em matéria de caráter investigativo, existe um mercado de bens o qual empregados domésticos podem ser comprados e vendidos como qualquer outra mercadoria em países da áfrica e do oriente médio. Escravidão não é novidade por aquelas bandas, mas, lógico é sempre chocante imaginar que, no nosso mundo atual, ainda exista isso. A investigação privada, conduzida por jornalistas da BBC News Arabic, revelou ao espectador páginas que continham anúncios com fotos dos empregados, precificados por valores médios de quinze mil reais. Esses anúncios podem ser encontrados num aplicativo chamado 4sale e também no Instagram. É irônico como eles tentaram jogar a culpa para o Google, Facebook e Apple durante a matéria, por supostamente permitirem que esse comércio exista em seus aplicativos, levando a entender que a culpa foi das empresas privadas. Muuuuuu. Muge o jornalista progressista. Afinal, se alguém explora o proletariado, tem que ser um grande industrial capitalista malvadão, na cabeça dos esquerdistas. Esse povo é incapaz de superar o século XIX, até hoje estão presos nas ideias daquele século.

SpedupChat
Season 2: Mark Ryan sits down with Muge Okur from RIS International School.

SpedupChat

Play Episode Listen Later Sep 30, 2019 19:55


Mark and Muge discuss parenting, the future, goals and much more!

Ao Vivo
Pedro Moutinho

Ao Vivo

Play Episode Listen Later May 20, 2019 16:25


Depois da bênção fadista de O Fado em Nós (2016), gravado como numa casa de fados, Pedro Moutinho deixou-se tentar por outras experiências sem deixar de lado a matriz fadista. O seu novo disco "Um Fado ao Contrário" tem produção e direcção musical do pianista e compositor Filipe Raposo e tem coisas que ele nunca fez.Com o encanto de uma voz que já incorporou a maturidade do tempo, o fadista (irmão mais novo de Camané e Helder Moutinho) apresenta, ao lado de versões de fados tradicionais de Manuel de Almeida ("Foi um bem conhecer-te") ou Fernando Farinha ("Maldição") e de uma canção de Vitorino ("Tragédia da Rua das Gáveas") vários originais com assinaturas de Amélia Muge, Manuela de Freitas, Maria do Rosário Pedreira, Márcia (autora, letra e música, de Força do mar) ou Pedro de Castro.Pedro Moutinho apresentou-se no auditório do PÚBLICO a 9 de Abril.

Podcast Mural Sonoro
Episódio 13 - Eugénia Melo e Castro (intérprete, autora)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Nov 8, 2018 40:28


«Eu por exemplo, o meu discurso poético, está bastante alterado desde há um ano, ainda nem havia Bolsonaro no panorama (...) neste momento o que me vem, aquilo que eu estou a escrever agora, e aquilo que eu vou trabalhar daqui para a frente são coisas como eu nunca fiz na vida. É pé na terra. Olhos bem abertos. E abri uma porta dentro de mim para falar de coisas que eu nunca falei na minha vida (...)». «(...)Há quem não esteja a reagir, há pessoas que estão paralisadas, há pessoas que estão no medo. Eu acho que o medo não pode existi. A gente tem que parar para pensar e reagir (...)». Filha dos escritores E. M. de Melo e Castro e Maria Alberta Menéres, cedo conviveu com poesia. A ligação do pai ao Brasil reflectiu-se também nos discos que trazia, e é aí, na infância, que toma contacto com o trabalho de inúmeros músicos brasileiros, alguns dos quais com que mais tarde acaba por trabalhar. Precursora, perseverante, a partir da década de 1980 começa (logo) a intensificar as suas parcerias com alguns dos mais consolidados músicos e autores brasileiros: Tom Jobim, Chico Buarque, Simone, Caetano Veloso, Milton Nascimento são alguns exemplos. Rasga e aproxima fronteiras musicais e culturais. Afirma-se no panorama musical brasileiro, mas mantém a sua residência base em Portugal, onde mais de duas dezenas de discos seus são gravados. Acumulou experiências no teatro, com o grupo Ânima (que fundou e onde desenvolveu trabalhos de poesia experimental encenada) e com o grupo de Teatro A Barraca, e participou em filmes de Joaquim Leitão e Djalma Limonge Batista. Em televisão foi autora e produtora musical, compositora e apresentadora. No ano de 2007 Eugénia Melo e Castro foi distinguida com o prémio Qualidade Brasil pelo conjunto da sua obra musical, integralmente lançada no Brasil. Em 2008 o seu programa de televisão Atlântico foi considerado um dos 50 melhores programas de televisão em Portugal. A literatura e o intercâmbio cultural estabelecido com o Brasil, desde o início da década de oitenta, são um traço forte na sua trajectória. É sobre os papéis e resistências que foi assumindo ao longo de já mais de três décadas nesse contexto e a conjuntura política do Brasil em 2018 que estou à conversa com Eugénia Melo e Castro neste episódio. Boas audições. [Convidada: Eugénia Melo e Castro, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Canção usada: «Paz», disco Paz de Eugénia Melo e Castro, 2002]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 12 - Maria João (intérprete, autora)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Nov 2, 2018 48:17


«No colégio inglês sim, no colégio inglês eu senti isso. Eu tinha 10 anos quando fui para lá, saí quando tinha 13 (...) e a minha colega detrás disse para a outra ''ai, a nova é tão feia''. Portanto foi logo assim para começar, estás a ver?. E nos primeiros tempos, imagina o que é que isto faz a uma miúda, para eu me lembrar até agora, é claro que eu sofri bullying, é claro. Mas, eu nunca fui vítima, sabes? Porque eu arranjei uma maneira de dar a volta aquilo (...)». «Quando eu comecei (no jazz) não havia quem se dedicasse a 100% e foi uma boa altura, porque era uma altura em que se permitia (às pessoas) mais tempo. Eu tive tempo para me instalar, para crescer um bocadinho, foi-me permitido esse crescimento. Eu acho que agora é mais rápido, é tudo muito mais rápido, tem de se apresentar o produto logo. As pessoas já têm que estar ali acabadas. A arte não está nunca acabada. Nós como músicos não estamos nunca acabados, estamos sempre a percorrer este caminho (...)». Iniciou a sua trajectória na música por um acaso, depois do convite de um amigo para ingressar no seu grupo de rock, foi esse amigo que no início da década de oitenta, quando abrem as inscrições na Escola de Jazz do Hot Club, a desafia para a audição. Em 1984 foi anfitriã de um programa de televisão e é também nesse ano que é distinguida com o prémio revelação. O ano de 1986 marca a sua internacionalização, dá mais de duas dezenas de concertos em 5 semanas (pela Alemanha), o seu terceiro disco é inclusive lançado nesse ano pela editora alemã Nabel. Precursora no universo do jazz em Portugal, com mais de duas dezenas de discos gravados, tem um estilo interpretativo singular e difícil de igualar, apesar dele ser uma referência para muitas intérpretes de jazz em Portugal. É sobre algumas particularidades do seu caminho na música e modos como observa as indústrias musicais e os papéis das mulheres desde que se iniciou no jazz que estou à conversa com Maria João neste episódio. Boas audições. [Convidada: Maria João, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Canção usada «Fiona», disco Plástico, Maria João & Ogre, 2015]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 11- Mitó (A Naifa, Señoritas)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Oct 25, 2018 41:57


«Toca-me mais uma obra feita em cima de um episódio de sofrimento, ou depois de um episódio de sofrimento (...), As mulheres são sujeitas a muito mais pressão, porque são julgadas até pelos seus pares (...), «Ainda estamos numa época muito sexista e com avanços perigosíssimos no mundo inteiro de teorias e de ideologias que as põem em prática(...)», «(hoje) música de intervenção para mim é a música que dá voz a coisas que as pessoas calam (...) a coisas que as pessoas tentam silenciar (...)». No secundário tocava cavaquinho e cantava fados tradicionais, fez teatro e integrou o grupo A Naifa como intérprete vocal. Há cerca de três anos criou com Sandra Baptista (ouvir Episódio 2) o grupo Señoritas, onde compõe, canta, toca guitarra, adufes e outras percussões. Não acredita que a música que faz, especialmente quando não (se) vive das indústrias musicais, se desligue das conjunturas sociais em que é realizada. Essa liberdade na criação das letras, nos arranjos, na edição e masterização está bastante presente em Señoritas e nas duas edições discográficas do grupo. Vive há mais de uma década das terapêuticas não convencionais, depois de ter feito um curso de medicina tradicional chinesa. E explica de que modo a sua profissão se conjuga e até alimenta o universo artístico. É sobre o seu envolvimento no universo musical mas também no modo como vê a representação das mulheres na música em Portugal que estou à conversa com Mitó neste episódio. Boas audições. [Convidada: Mitó, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Canção usada «NOVA», disco Acho Que É Meu Dever Não Gostar, Señoritas, 2016]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 10 - Xana (Rádio Macau, autora, intérprete e investigadora)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Oct 18, 2018 39:09


«Quando me enviou o e-mail a dizer que ia falar desse disco (referindo-se ao 'As Meninas Boas vão para o Céu As Más para Toda a Parte', 1994) fiquei a reflectir sobre isso (...). Naquilo que nos é possível reconstruir daquilo que sentia na altura, estamos a falar de 1994, o que me parece, ou a impressão com que fiquei, foi a de que eu estava profundamente desiludida com o futuro, porque o que ali está, aquela expressão tão revoltosa, tão acutilante, não tinha muito sentido na época, de facto vivia-se um período de relativo bem-estar, de relativa estabilidade económica e social, muitas das liberdades que vinham a ser reclamadas desde o 25 de Abril estavam em franco processo/evolução, e aliás eu tive algumas críticas de amigos a não perceber porquê que eu estava a ser tão acutilante naquele momento. Mas, o que me pareceu é que naquela época é quando se está a esboçar um dos braços daquilo que é o capitalismo (...)». A Xana de Rádio Macau, grupo com o qual grava de 1984 a 2008, a Xana intérprete, autora, compositora na década de noventa. Com dois discos a solo, o primeiro editado em 1994 pela BMG (As Meninas Boas Vão para o Céu, as Más para Toda a Parte), o segundo editado em 1998 pela Norte Sul (Manual de Sobrevivência). Figura feminina indissociável da Música Popular gravada em Portugal, do 'rock'n'roll' da década de oitenta. 1994 é também o ano em que decide ingressar no ensino superior, tinha então vinte e oito anos. Fez filosofia e interessou-se pelo filósofo Henri Bergson nesse período. Pensador que se opôs ao psicologismo e às teorias do pensamento lógico e que privilegiava a componente intuitiva. O pós 25 de Abril de 1974 trouxe outros desafios à sua geração, uma busca maior de realização pessoal, de alteração no que diz respeito aos costumes e às liberdades individuais. Em 2015 defendeu uma tese de doutoramento na área de especialização em Filosofia, mais especificamente em Estética e Filosofia da Arte com o título «Henry Maldiney. Vertigem da Existência e Arte Existencial». Maldiney chamou à atenção sobre formas de ver e sentir as obras, questionando as teorias e noções de arte que iniciam com uma tentativa de interpretação e explicação das mesmas. As letras de Xana falam especialmente da sua existência e da existência dos outros. É sobre o modo como olha para o seu passado no universo musical português e para alguma complementaridade que possa existir entre o seu caminho como investigadora e o seu percurso enquanto autora e intérprete que estamos à conversa neste episódio. Episódio que marca o regresso deste podcast após duas semanas em suspenso devido à recuperação de uma amigdalite, que me obrigou a repousar a voz. [Convidada: Xana, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Canção usada «Alibi», disco As Meninas Boas Vão Para o Céu As Más Para toda a Parte, BMG, 1994]

Os Cantos da Casa
Amélia Muge e Michales Loukovicas n' Os Cantos da Casa

Os Cantos da Casa

Play Episode Listen Later Oct 11, 2018


Amélia Muge ― ARCHiPELAGOS ― Passagens, 2017. Azeitonas ― Banda sonora, 2018. Pedro Caldeira Cabral ― Encontros, 1982. João Paulo Rosado ― Sinopse, 2016. Patinho Feio ― A verdade que convém, 2018. Edição nº 289, de 11 de outubro de 2018

Podcast Mural Sonoro
Episódio 9 - Amélia Muge (intérprete, compositora)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Sep 27, 2018 44:02


Nasceu em Moçambique. É autora, compositora e intérprete. Colaborou ao longo do seu percurso com diversos autores nacionais e internacionais. Musicou vários poemas da sua autoria e poemas de poetas como Fernando Pessoa ou Grabato Dias. Teve as suas primeiras experiências musicais ainda em Moçambique. O grupo Irmãs Muge, com a sua irmã Teresa, as influências moçambicanas das amas que tomavam conta de si e dos seus irmãos, ou as referências culturais trazidas pelo pai do norte de Portugal seriam determinantes. Já em Portugal começou por gravar com músicos como José Mário Branco, Júlio Pereira, Gaiteiros de Lisboa ou João Afonso. Ou mesmo com autores internacionais como Amancio Prada, Camerata Meiga, Lucilla Galiazzi, no colectivo Terras do Canto, Carlo Rizzo e Ricardo Tesi, entre outros. Mas, foi a solo, em 1991, com Múgica, que se destacou na introdução de uma ''gramática'' diferente no universo musical português. Os discos, os quais menciono neste introito, que editou demonstraram a diversidade das temáticas das canções que musicou, bem como um leque de desafios permanentes aos estilos interpretativos, no campo dos arranjos e no cruzamento de instrumentos musicais com características distintas de disco para disco. Estreou-se na dramaturgia com O Dono do Nada, uma peça pensada e escrita para crianças e adultos, que procurou instigar a capacidade de concentração das crianças, ao mesmo tempo que as alertava para a importância do som, do uso da palavra, dos poetas e do que está presente em ideias como «identidade» e «espaço sonoro». Escreveu canções para fadistas como Ana Moura, Mafalda Arnauth, Mísia, Cristina Branco ou Pedro Moutinho e participou activamente em temas musicais de Gaiteiros de Lisboa e Rui Júnior, mentor do projecto TocARufar, escrevendo letras para ambos. É tendo alguns destes trabalhos discográficos, e os espectáculos que coordenou ou dirigiu musicalmente com mulheres e/ou sobre mulheres (Afinidades no âmbito da Expo 98, no qual tocou com as Vozes Búlgaras do Pirin Folk Ensemble, ou o tributo a Joni Mitchell, que actuou em 2013 no auditório do Centro Cultural de Belém) como ponto de partida, que Amélia Muge conversa comigo neste episódio. Boas audições. [Convidada: Amélia Muge, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Canções usadas «Taco a Taco», «Um início»]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 8 - Marta e Miranda (OqueStrada, autora e intérprete)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Sep 21, 2018 33:17


«Esta economia que expulsa quem vive na cidade» «A minha grande batalha, e só descobri isso muito mais tarde, foi ser aceite pelos músicos era eu não ter estudado música e ser mulher. Não era o facto de eu não ter estudado música, porque muitos deles não tinham estudado música, era o eu ser mulher e não ter estudado música(...) demorei muitos anos a perceber isso» Nasceu em Lisboa no ano 1972. Devido à actividade profissional da mãe, professora, e aos vários locais onde esta foi destacada para trabalhar, gosta de dizer que viveu como migrante no seu país. Gosta também que lhe chamem «Marta e Miranda». Como refere algumas vezes, a Marta trabalha para a Miranda poder cantar. No grupo OqueStrada, o qual ajudou a fundar há mais de uma década, multiplicou funções: foi intérprete, autora, envolveu-se na montagem, na produção, no agenciamento, e até na distribuição dos pagamentos aos restantes músicos. Caeli Gobbato, uma pesquisadora brasileira, fez em 2009 uma investigação tendo como ponto de partida o repertório de OqueStrada. O artigo de Gobbato, que cito no decorrer desta entrevista («há uma forte tendência a classificar a cultura como nacional e estrangeira, presente em território nacional, como se houvesse forma possível de encerrar a cultura, imobilizá-la e impedir que contatos frequentes produzam qualquer interferência»), foi publicado em 2014 no meu portal (Mural Sonoro) com o título OqueStrada: uma Lisboa cantada sobre e para todas as pessoas que vivem nesta cidade. Podem lê-lo lá integralmente, está em acesso livre. As ideias de vivência na periferia ou no subúrbio, do território, ou a recuperação de sons e de vozes que se tornaram invisíveis na sociedade portuguesa, têm um lugar no repertório literário e musical do grupo OqueStrada. Numa altura em que pensar o urbanismo, o logro imobiliário, a cidade onde vivemos, estão na agenda é importante relembrar que há 14 anos este agrupamento musical da margem sul criava dramaturgias acústicas consoante a rua onde tocava, resgatava imagens sonoras e do teatro popular, recolhia histórias sobre colectividades votadas ao abandono, questionava o direito à cidade e à habitação e levou esses temas para a música e para o seu primeiro disco editado em 2009 (Tasca Beat, Sony Music Portugal). É com Marta Mateus ou «Marta e Miranda» que estou à conversa neste episódio. [Convidada: Marta e Miranda, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Canção: «Se esta Rua Fosse», Tasca Beat, OqueStrada]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 7 - Suse Ribeiro (técnica de som, compositora)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Sep 13, 2018 26:41


«Eu durante muitos anos (...) era um bocado estranho verem-me nesta área. Era mais fácil verem-me como produtora ou como agente. No palco, por exemplo ao vivo, o que achavam é que eu estava a fazer outra coisa. Percebiam que eu estava a fazer som e era sempre com alguma renitência. No estúdio eu não senti tanto isso, mas ao vivo sim. É um mundo maioritariamente de homens (...)» Nasceu há trinta e cinco anos em Leiria. Trabalha num mundo maioritariamente masculino. Tirar médios graves, graves, médios, médidos altos e agudos fazem parte da sua rotina. De ouvido atento, é uma das poucas mulheres com formação na área musical e do áudio em Portugal que encontramos atrás de uma mesa grande com dezenas de botões e entre esparguetes de cabos. No âmbito da engenharia ou técnica de som diz-se, muitas vezes, que é fundamental uma boa comunicação com o músico, que ela é tão relevante como as circunstâncias técnicas na gravação de uma performance. Não obstante as notas musicais poderem ser afinadas, as frequências manipuladas, e as dinâmicas modificadas. Fez o som de músicos consolidados cá e internacionalmente, sonoplastia para cinema e teatro e cooperou com a RTP, nos concertos e gravações com Orquestras Sinfónicas, no domínio do broadcast. Estudou percussão, passou pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo onde fez Produção e Tecnologias da Música e é Mestre, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em Multimédia, na vertente Música Interactiva e Design de Som. Fazem parte do seu caminho a colaboração com diversas instituições, como a Casa da Música, os Coliseus do Porto e dos Recreios, mas também o CCB, o Centre Pompidou, a Companhia Olga Roriz, O Bando, ou o Sintra Estúdio de Ópera, entre outros. Num dos ofícios da música gravada em Portugal em que mais conhecimentos técnicos se exigem, onde existe um desenvolvimento maior das sensibilidades do domínio sonoro, há também um campo de relações interpessoais, entre técnico e performer, moldado por emoções e muitas escutas. É com Suse Ribeiro, a mulher que manipula o som seguindo standards profissionais de áudio que estou à conversa neste episódio. [Convidada: Suse Ribeiro, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Gravação usada na entrevista de um registo de obra de Suse Ribeiro tocada por uma orquestra]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 6 - Mísia (intérprete de fado, autora)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Sep 6, 2018 30:04


«(...) Havia uma grande falência no meu país e um enorme êxito no estrangeiro, onde a minha imagem era uma mais valia, aqui foi sempre um entrave (...)» «(...) Sem mentor, sem nenhum mentor masculino, porque há sempre ou é um apresentador de televisão que protege, ou o namorado que é guitarrista, ou não sei quem que é dono de uma casa de fados, há sempre uma figura masculina e são raras as excepções (...)» Foi em Espanha, país da mãe e da avó, que iniciou a sua trajectória no mundo artístico. Há cerca de três décadas. Primeiro como bailarina e depois como cantora. A mãe era bailarina catalã, e a avó, que a educou, ''artista de burlesque'', num período de pós-guerra civil. Diz que a sua relação com o Fado é lhe tão familiar e impactante quanto as relações mantidas com a sua mãe e a sua avó, fundamentais no seu crescimento pessoal mas igualmente artístico. Teve em Amália, Maria Teresa de Noronha, Beatriz da Conceição ou António dos Santos, apreciado pela avó, as suas primeiras referências no universo interpretativo do fado. E em poetas como David Mourão-Ferreira, Pedro Homem de Melo, entre outros, as primeiras referências de poesia musicada neste universo. Considera que «há também uma autoria» na escolha que faz do repertório poético ou literário e, à época em que iniciou, foram incomuns as selecções de poetas e escritores que escolheu cantar. Uma boa parte da sua discografia foi pensada e, em boa medida, produzida por si, desafiando papéis habitualmente atribuídos no Fado às mulheres. Nem sempre os seus trabalhos tiveram uma boa aceitação no universo fadista. O seu caminho musical foi rompendo convenções e pré-juízos. O álbum Drama Box, de 2005, apresentado no Teatro Nacional D Maria II, que a levou a ser distinguida com a Comenda da Ordem de Mérito do governo português, foi disso exemplo juntando-se a outras distinções estatais em outros países. Hoje são cerca de treze discos editados, duas participações em peças de teatro (O Matadouro Invisível de 2013 levado à cena no Teatro da Malaposta e Giosephine levada à cena no Teatro Regio em Buenos Aires) e um conjunto de memórias a eles ligados por partilhar. É com Mísia que estou à conversa neste episódio, o qual marca também o regresso, depois de umas férias, deste podcast. [Convidada: Mísia, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Tema: «O Manto da Rainha», Mísia, Senhora da Noite, 2011]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 5 - Curiosidades sobre a representação de mulheres na música em Portugal

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Aug 8, 2018 13:18


Curiosidades sobre a representação de mulheres na música em Portugal Este Podast vai de férias em Agosto e regressa na primeira semana de Setembro, às quintas como habitualmente, com mais quatro entrevistadas, no entanto deixo-vos algumas curiosidades que fazem parte da minha pesquisa para um artigo no prelo, assim como pistas sobre a entrevista que abrirá o mês de Setembro. Após consulta à documentação e registo de obras musicais na Sociedade Portuguesa de Autores, constato que o primeiro registo de uma composição musical feito por uma mulher em Portugal nesta instituição aconteceu em Junho de 1928. Adelaide Saguer, violoncelista, foi a primeira mulher compositora a fixar nesta entidade uma obra da sua autoria com o título «Valsa Lenta». Não obstante, as suas criações musicais serem anteriores a essa data, como se pode verificar no número 360 da revista Arte Musical, dirigida pelo musicólogo Michel’Angelo Lambertini publicado a 15 de Dezembro de 1913. Já agora, a respeito do repertório para violoncelo em Portugal, sugiro uma leitura, a dissertação de mestrado defendida por Ana Cláudia Serrão em 2016 na Universidade Lusíada de Lisboa, também ela violoncelista, na área de especialização em Ensino da Música com o título Repertório para violoncelo em Portugal nos séculos XX e XXI: uma abordagem preliminar. Já Fernanda de Castro, escritora, poetisa e tradutora seria a primeira mulher a registar na Sociedade Portuguesa de Autores uma obra literária. No ano 1925 (...) (continua, picar para ouvir) Desde 1928 até ao presente a Sociedade Portuguesa de Autores tem 1008 mulheres registadas como compositoras ou compositoras e autoras (com categoria de C ou CA) e 8241 homens registados como compositores ou compositores e autores(com a categoria de C ou CA). Estes e outros dados são desenvolvidos no artigo em questão. Até lá. Boas férias e Saudações Sonoras. [Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Temas usados: «Aqui dentro de Casa» de José Mário Branco (Margem de Certa Maneira, 1972), «O Manto da Rainha», Mísia (Senhora da Noite, 2011)]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 4 - Celeste Rodrigues (fadista)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Aug 1, 2018 39:01


«Assim que se ouve o som das guitarras apetece logo cantar», «Antigamente cantava-se nuns tons muito altos, depois baixámos os tons», «Quando eu canto mal eu digo que canto mal, às vezes a gente quer e não consegue, isto não é uma máquina», «A gente canta como sente, como é que isso se pode aprender? Eu não sei para ensinar». Noventa e cinco anos e setenta e três de percurso, a mulher em Portugal com mais tempo de actividade quase ininterrupta. Ironia dos destinos (ou dos Fados), como o demonstra o texto que acompanha o arranque deste podcast a 12 de Julho, este episódio estava destinado para sair numa quinta-feira, 2 de Agosto de 2018, a fechar o mês de estreia do mesmo composto, como os restantes meses, por quatro entrevistas a mulheres que escolhi, por motivos distintos, para este, também, dossier temático. Celeste Rodrigues partiu ontem, a 1 de Agosto de 2018. No Fado, o desígnio «criador/a» é atribuído aquele/a que grava, interpreta pela primeira vez e celebriza um tema. Celeste Rodrigues foi a criadora de Fados que fazem parte da memória colectiva de amantes do Fado e da História deste universo musical. Foram disso exemplo «Saudade Vai-te Embora» (de Júlio de Sousa), «Lenda das Algas» (de Laierte Neves – Jaime Mendes), «O meu xaile» (de Varela Silva), o tema «Gaivota Perdida» ou o fado de Manuel Casimiro «Olha a mala», que se tornou o seu maior sucesso de vendas, entre os cerca de sessenta discos que gravou. Convém registar que as primeiras letras de Fado, transmitidas por via da oralidade, eram anónimas. Uma situação que só se começou a modificar a partir de meados dos anos 20. Para isso contribuiu primeiramente um conjunto de poetas populares como João da Mata, Frederico de Brito, Carlos Conde , Gabriel de Oliveira ou João Linhares Barbosa. Mas, é a partir dos anos cinquenta do século XX que o Fado se começou a relacionar com a poesia erudita. Diisso foram exemplo os papéis representados neste universo pelo compositor Alain Oulman e os textos de poetas como Pedro Homem de Mello, David Mourão-Ferreira, José Régio, Luiz de Macedo e, mais tarde, Alexandre O’Neill ou Vasco de Lima Couto, entre tantos outros. Celeste Rodrigues faz parte de um leque de precursores do Fado que efectivamente se internacionalizaram. Cantou em algumas das maiores cidades do mundo e em palcos mundiais, como falámos no decorrer desta entrevista gravada. Até há umas semanas continuava a cantar com regularidade no Café Luso, no Bairro Alto, e na Mesa de Frades, em Alfama. Para quem a ouvia, e continuará a ouvir, e via, ao vivo ou em vídeo, percebe que era comum fazê-lo de olhos fechados e, isso, talvez tenha uma explicação, como procurou aqui responder. Há nove anos, um entrevistado, num outro contexto e pesquisa, expressava a importância, tão descurada, de nos ouvirmos: «Os estudos que têm a música como ponto de partida e/ou de chegada, na pauta, no disco, na sociedade de um dado período, só têm importância a partir do momento em que há um ouvido humano para as escutar: às músicas e aos/às que lhe dão vida e corpo». Neste meu ofício, o de ser investigadora no campo das músicas populares, é nisso em que, ao fim destes anos, continuo a acreditar. Obrigada Celeste. [Convidada: Celeste Rodrigues, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Tema: «Fado Celeste», Tiago Torres da Silva e Pedro Pinhal]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 3 - Miriam Cardoso (flautista, investigadora)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Jul 26, 2018 30:43


«(...) Todas as bandas militares são agrupamentos profissionais, o nível de exigência para esses agrupamentos profissionais tem que ser elevado, porque vão pertencer a uma instituição militar, e têm de estar preparados para essa realidade, depois a parte musical é um concurso específico e é lhes exigido o mesmo que para uma orquestra profissional, porque ela o é (...)» As bandas de música estão disseminadas em Portugal desde o século XIX e, desde então, a sua actividade tem sido uma das principais práticas musicais no país, pese embora os obstáculos de natureza diversa, sobretudo entre as décadas de 1950 e 1970. Depois do 25 de Abril de 1974 a actividade das bandas refloresceu e beneficiou de múltiplas mutações, quer ao nível da disponibilidade de recursos humanos, quer do ponto de vista da solidez financeira, da aposta na formação musical dos músicos, nas novas tipologias de reportório ou nos novos espaços performativos (...). Miriam Cardoso deu os primeiros passos na música no ano de 1996, na banda da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças. Tinha apenas 11 anos. Primeiro com as aulas de Solfejo com o Ti Augusto Claro, como era carinhosamente tratado pelos alunos, e posteriormente de flauta transversal com o ainda maestro Carlos Gomes. Foi a primeira, e até hoje uma das poucas, mulher na Banda Sinfónica da GNR (criada em 1838). É sobre o percurso que tem feito na música que estamos à conversa neste episódio. [Convidada: Miriam Cardoso, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Tema: Entre Madeiras Trio - Divertimento em Trio - Sérgio Azevedo - I Andamento]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 2 - Sandra Baptista (Sitiados, A Naifa, Señoritas)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Jul 19, 2018 37:13


«(...) Tinhas uma série de clichés na altura, não era bem visto (...) hoje em dia vês uma mulher a tocar bateria, o que não é muito usual, não é muito visto uma mulher a tocar bateria, e ainda reparas 'olha, aquela banda tem uma mulher a tocar bateria'» Destacou-se no grupo Sitiados na década de 1990 ao substituir Manuel Machado no acordeão, mas tocou também concertina e baixo eléctrico, quer em Megafone como no grupo A Naifa (no qual se assumiu como baixista, papel ocupado anteriormente por João Aguardela). Há cerca de dois anos formou, com Mitó, o grupo Señoritas. Quer a recriação dos estilos interpretativos dos repertórios tradicionais como a introdução de instrumentos musicais, confinados em décadas anteriores à de 1990 a outros domínios da música, incitaram músicos de outros universos a uma (re) descoberta dos padrões quer sociais como culturais associados a essas práticas ainda vigentes fora da capital, mas também a novas práticas decorrentes destas, que as aproximaram de outros espaços onde tanto umas como outras, ora por si mesmas ora dialogando, se estenderam a um maior e mais diversificado conjunto de grupos sociais e culturais. É com Sandra Baptista que estou à conversa neste episódio. [Convidada: Sandra Baptista, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Tema de Señoritas: «Solta-me»]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 1 - Luísa Amaro (intérprete de guitarra de Coimbra, compositora)

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later Jul 12, 2018 31:15


«(...) Eu senti isso na pele, aquilo que para mim poderia parecer uma coisa natural (...) mas por um lado foi bom, porque obrigou-me a puxar por mim, quase do fundo do poço, e perceber que se eu não fizesse trabalho a sério não teria o respeito das pessoas, porque eu estava ali apenas porque era por causa do Carlos Paredes (...)» Foi a primeira mulher a gravar este instrumento musical. Profissionalizou-se na música ao lado de Carlos Paredes. Na altura em que estava ainda no Conservatório e simultaneamente tirava Direito na Católica. Um dia pediu a um dos colegas mais velhos, Acácio, que acompanhava Carlos Paredes, se seria possível conhecê-lo. Tal acabou por acontecer, durante um ensaio. Fez uns acordes e Carlos Paredes lançou-lhe o repto: que o acompanhasse. Diz que tem a felicidade de não conseguir tocar com a genialidade de Carlos Paredes, porque isso poderia contribuir para que o imitasse. Luísa Amaro desafiou técnicas e reportório que se adaptam às suas mãos e criou narrativas novas num instrumento anteriormente confinado ao masculino. Criou o seu caminho. É com ela que estou à conversa nos próximos minutos. [Convidada: Luísa Amaro, Autoria,Texto e Edição: Soraia Simões de Andrade, Ilustração: João Pratas, Design de Som: António José Martins, Indicativo: Amélia Muge, Tema de Luísa Amaro: «Jardim da Sereia»]

Podcast Mural Sonoro
Episódio 0 - Promo

Podcast Mural Sonoro

Play Episode Listen Later May 28, 2018 0:31


Um Podcast sobre mulheres na música, papéis, reportórios de lutas e resistências... Primeira entrevista, do primeiro mês/bloco de conversas (com Luísa Amaro), dia 12 de Julho e última dia 2 de Agosto (com Celeste Rodrigues). Interessei-me, começando a publicar acerca do tema no ano 2017[2] e numa perspectiva comparada (entre o período histórico no qual incide a minha pesquisa e a actualidade), durante a investigação que realizei sobre o início do RAP em Portugal pelo modo como as mulheres foram apresentadas, representadas, se apresentaram e se representaram no universo musical e cultural português pautado por uma masculinização dos sectores de produção e recepção, nos quais os homens continuam a ser maioritários. Tinha uma grande vontade de estender esse debate acerca dos papéis e reportórios de luta, lugares de fala e de resistência das mulheres a vários universos da música (popular e clássica) e com vários sujeitos. Este podcast, que pode ser subscrito por via do ITunes e/ou do soundcloud, tem estreia marcada para o dia 12 Julho de 2018. São entrevistas ao correr de ideias sobre música com sociedade, história contemporânea e das ideias políticas dentro. Passam por estas conversas cerca de 50 intervenientes: directoras musicais, intérpretes, compositoras, investigadoras, museólogas, entre outras, cujos percursos e desempenhos se têm destacado neste campo diverso e com características próprias e outras que são transversais. São cerca de 50 conversas que nos permitem perceber como se liga o sistema das relações de género às atribuições sociais de papéis, de poder e de prestígio, o qual tem sido ao longo dos anos sustentado por uma ampla rede de metáforas associadas ao masculino ou ao feminino. O poder exercido pela música e as elaborações em termos de metáforas de género na mesma mudam em função dos contextos históricos e universos musicais? Revela-se ou não a dimensão das relações de género no cenário português em estruturas institucionais e culturais, e no que concerne à relação entre as emoções e a composição, performance e discurso sobre cada campo da música? Falar-se-á de percursos, histórias de vida com música, traçar-se-ão reflexões, partilhar-se-ão memórias e, especialmente, trajectórias de vida de mulheres no cenário musical. Há uma carência de pesquisas no campo da música produzida em Portugal que problematizem pontos como: a faixa etária das mulheres que actuam em universos musicais como o pop-rock, em agrupamentos de cariz tradicional e na música erudita ou, do mesmo modo, na execução de instrumentos musicais e no tipo de instrumentos mais procurados, do mesmo modo há uma necessidade de questionamento no campo das autorias: as produções individuais e as colectivas; ou ainda dados que nos revelem as formas de organização dos grupos nas práticas musicais, a visão dos meios de comunicação sobre as mulheres na música, as visões das próprias mulheres na música. Ao incidir nas trajectórias de vida de mulheres na música ou na pesquisa e questionamento das musicalidades em Portugal revistas sob essa perspectiva, e privilegiando o discurso oral, poderá revelar como o “feminino” e o “masculino” se projectam e se constroem através do discurso musical, tanto ao nível das estruturas composicionais, dos arranjos instrumentais e vocais, bem como no plano das letras das canções ou das suas performances. Autoria: Soraia Simões de Andrade Música: Amélia Muge [1] Ilustração: João Pratas Montagem: José Martins [1] «Uma Ilha, Utopia», «An Island, Utopia» in Archipelagos (Amélia Muge e Michales Loukovikas).

Os Cantos da Casa
Amélia Muge e Michales Loukovikas n' Os Cantos da Casa

Os Cantos da Casa

Play Episode Listen Later Mar 9, 2018


Amélia Muge ― ARCHiPELAGOS ― Passagens, 2018. Ana Tomás & Ricardo Fonseca ― Canções de labor e lazer, 2017. Sérgio Godinho ― Canto da boca, 1981 Joly Braga Santos ― Divertimento No. 1, 2004. Hélder Pizzicato ― Gayatri, 2017.Edição nº 274, de 8 de março de 2018

Mundofonías
Mundofonías 2018 #13 | Favoritos/-es Feb| Mediterráneos/Mediterraneans-Mongol(e)s-Indios/Indians & Saharauis/Sahrawis

Mundofonías

Play Episode Listen Later Feb 16, 2018 59:52


Favoritos de febrero | Mediterráneos, mongoles, indios y saharauis February favorites | Mediterraneans, Mongols, Indians and Sahrawis Comenzamos el programa con los tres discos favoritos del mes, a cargo de El Naán, desde el corazón de Castilla; las grabaciones históricas recogidas en la recopilación Nostalgique Arménie, y el nuevo encuentro musical de la portuguesa Amélia Muge y el griego Michales Loukovikas. Continuamos navegando por el Mediterráneo, viajando hasta Mongolia o la India y recuperando joyas grabadas en los campamentos de refugiados saharauis. We start the show with the three monthly favorite albums, by El Naán, from the heart of Castile; the historic recordings compiled in "Nostalgique Arménie", and the new musical encounter of Portuguese Amélia Muge and Greek Michales Loukovikas. We continue sailing the Mediterranean, traveling to Mongolia and India and rediscovering some musical jewels recorded in the Sahrawi refugee camps. Favoritos de febrero / February favorites El Naán - La llamada de Afroiberia - La danza de las semillas Sonia Karakach - Tamzara bar - Nostalgique Arménie: Chants d'amour, d'espoir, d'exil & improvisations, 1942-1952 [VA] Amélia Muge & Michales Loukovikas - Ondas do mar de Vigo - Archipelagos: Passagens Mediterráneos, mongoles, indios y saharauis / Mediterraneans, Mongols, Indians and Sahrawis Monsieur Doumani - Kolokouthkia - Angathin Domo Emigrantes - Addhrai - Aquai Albaluna - Almagra - Nau dos corvos Anda Union - Jiitaliin gurgu - Homeland Aziza Brahim - ¡Dios mío! - Saharauis: A pesar de las heridas [VA] Mariem Hassan - El Sáhara es un tesoro - Saharauis: A pesar de las heridas [VA] Nordic Raga - Polska från Eda - Nordic Raga Layatharanga - Anandam - Anandam

The Truth About...
Life and Death: Bereavement Without a Body

The Truth About...

Play Episode Listen Later Oct 1, 2014 26:51


For a loved one to die is devastating enough. But to lose those closest to us in war or conflict, and not to know where they are or how they died, compounds the grief and hugely complicates the grieving process. Families can not mourn fully, because they are unable to lay their loved ones to rest. Claudia Hammond reports from Bosnia Herzegovina, where thousands of people have missing relatives, and from Cyprus, where hundreds of Greek and Turkish Cypriot families have been waiting 40 and 50 years, for the bodies of their missing to be found. In Cyprus, there is a renewed push by Greek and Turkish Cypriots to find the hundreds still missing after inter-communal fighting in 1963 and 1964, and Turkish forces’ intervention on the island in 1974 following a military coup. The UN-backed Committee on Missing Persons (CMP) in Cyprus is trying to increase its funding to speed up the process of identifying burial sites, exhuming bodies and identifying the missing before the lives of the waiting relatives themselves come to an end. The CMP has turned for help to the International Commission on Missing Persons (ICMP) in Bosnia Herzegovina, the world’s largest specialist DNA laboratory. Exhumed remains are sent to Sarajevo for DNA profiling and the results matched with genetic information collected from the families of the missing. Following the war in the former Yugoslavia, the ICMP has helped to identify almost three quarters of the 40,000 people missing after that conflict, and they now share this expertise around the world. The CMP in Cyprus has its own investigators, searching for potential gravesites, as well as scores of forensic anthropologists, painstakingly exhuming remains from mass graves, but the investigative journalist, Sevgul Uludag, is recognised across both communities as key to the process. For 12 years, Sevgul has worked on a completely voluntary basis, to find the missing. She carries two mobile phones, for Turkish and Greek Cypriots to contact her, in confidence, and she tells Claudia about the death threats she has received to try to stop her work. Claudia also hears from 69-year-old Maria Georgiadis, who lost her whole family - her mother, her father, her sister and her brother in 1974. None of their bodies have ever been recovered. And from Veli Beidoghlou and his sisters, Sifa and Muge, who were finally able to lay their father to rest after waiting 44 years for his body to be found and returned to them for burial. Producer: Fiona Hill Picture Credit: Committee on Missing Persons, Cyprus

Mundofonías
Mundofonías 30/12/2012 (II): Favoritos de Mundofonías "Favis" 2012 (II)

Mundofonías

Play Episode Listen Later Jan 1, 2013 53:28


Intensas emociones musicales también en esta segunda parte de nuestro repaso a los discos favoritos del 2012, los Favis 2012. Una selección independiente, no comercial y basada únicamente en criterios de calidad. Escuchamos las deambulaciones luso-griegas de Amélia Muge y Michales Loukovikas, el griego Dimitris Mistakidis, Kerdoncuff, Le Floc'h y Berthou desde Bretaña, el Trio Joglar desde Occitania, el español Jorge Pardo, los italianos sureños del Canzoniere Grecanico Salentino y, también de aquellas tierras, Slivovitz, los finlandeses Alamaailman Vasarat, el inglés Sam Lee, los daneses Over Sundet y los franco-belgas Tref.

Koku
Koku 5 Temmuz 2011

Koku

Play Episode Listen Later Jul 6, 2011 27:42


KOKU'da bu hafta: Mulkiye'yi bitirip hariciye'ye girmek mi, modaci olmak mi?: Christian Dior; Savas kosullari giysilerdeki moda akimlarini nasil etkiler?; "Fransiz parfum dunyasinin Mozart'i": Edmond Roudnitska; Montecatini'deki zayiflama kurunun ardindan cenaze toreni! O da ne? Mevta mugelerle bezenmis!; Roudnitska, Dior'un cenazesi basinda neden agladi?; Muge nedir? 19. yy'da kimlere "muge" denirdi? Aman, karizmayi cizmeyelim!; Muge'nin yagi/ozutu cikar mi? Yok, daha neler...; Meryem Ana'nin gozyaslari kokar mi?; Diorissimo'nun koku profili; "Hydroxycitronellal gitti, Diorissimo bitti" mi?