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“Então Jesus disse a eles: — Para as pessoas vocês parecem bons, mas Deus conhece o coração de vocês. Pois aquilo que as pessoas acham que vale muito não vale nada para Deus.”Lucas 16:15 NTLHQuanto tempo você tem dedicado ao que realmente tem valor?Desde pequenos, somos incentivados a competir e conquistar. Crescemos comparando nossas vidas com as dos outros, muitas vezes buscando ter mais, alcançar mais, ser mais.Essa busca não se limita apenas a bens materiais, mas também a status, elogios, reconhecimento e atenção – coisas que, no fim, apenas alimentam o ego, mas não preenchem o coração.Jesus nos ensina a valorizar o que realmente importa, a não nos prender ao que é passageiro e terreno, mas a buscar aquilo que tem valor eterno. Deus não se impressiona com aparências, títulos ou bens, mas olha diretamente para o coração.Uma forma simples de identificar o que tem sido prioridade na sua vida é refletir: quanto tempo você tem investido nisso? Suas prioridades estão alinhadas com o que Deus valoriza?Pensamento do dia:Quanto do seu tempo tem sido dedicado ao que realmente tem valor?Senhor, ajuda-me a enxergar o que realmente importa. Que eu não me deixe levar pelas aparências ou pelo que o mundo considera valioso, mas que eu possa dedicar minha vida ao que tem valor eterno. Molda meu coração para que minhas prioridades estejam alinhadas com a Tua vontade. Em nome de Jesus, amém!Por Ubiratan Paggio#ValoresEternos #PropósitoDeDeus #CoraçãoAlinhado@ubiratanpaggio @ubiratan.paggio
In this episode of the Canary Cast, Florian Hagenbuch, co-founder and partner at Canary, sits down with Christophe Gerlach, co-founder and CEO of Comp, a new kind of HR Tech that is rethinking the way businesses approach their total compensation strategies.From the origins of his entrepreneurial journey alongside Pedro Bobrow—delivering açaí to college students—to pioneering a "Service-as-a-Software" business model that leverages the combination of AI and human expertise, Chris shares details of his story and his vision for Comp's future. During the episode, he also reflects on the importance of thoughtful experimentation, building strategic trust when entering a new market, and the powerful impact of an intentional company culture.In this episode, we dive into: How Comp is helping companies be more strategic about every cent invested in labor costs Pioneering the "Service-as-a-Software" Business Model: How Comp is disrupting traditional compensation consultants and building the company at the intersection of technology and human expertise, where AI supports senior compensation executives to deliver personalized, effective solutions Comp’s approach to working closely with CEOs, CFOs, and CHROs to strategically manage compensation decisions during periods of expansion, restructuring, or business strategy shifts. Lessons learned about building a lean, high-performance team and why hiring A+ talent makes all the difference. Exceptionally, this episode was recorded in English, but we included a translated transcription below in the description of the episode. Whether you're a founder, business leader, HR professional, or just passionate about innovation, this episode is packed with insights at the forefront of compensation strategy and business-building. Tune in now to hear how Comp is not only solving today’s compensation challenges but also defining a new category in the HR landscape for the future. Guest:Christophe Gerlach Christophe Gerlach is the co-founder and CEO of Comp. Christophe graduated in Applied Economics and Management from Cornell University, where he met Pedro Bobrow. Together, they first founded Suna and are now building Comp. The company raised $4 million in a Seed round led by Kaszek, with participation from Canary, Norte, and 1616 funds, as well as 40 angel investors who are also executives from American companies and Brazilian startups such as Nubank, Creditas, and Caju. Follow Chris on LinkedIn Host: Florian Hagenbuch Florian is the co-founder and General Partner at Canary, a leading early-stage investment firm in Brazil and Latin America. Canary has invested in more than 100 companies since its founding in 2017. Previously, Florian founded Loft, a company that digitized and transformed the home buying experience in Brazil, bringing transparency, liquidity, and credit to millions of Brazilians. Before that, Florian also co-founded Printi, the leading online printing marketplace in Latin America. Follow Florian on LinkedIn Highlights: 00:00 - Opening01:50 - Personal Journey and the Beginning of Chris and Pedro's Partnership03:07 - Starting a Food Delivery Business in College07:25 - Transition to HR Tech and General Atlantic Experience08:37 - Labor Cost Challenges and Finding a thesis11:48 - Founding Comp and Initial Product Development13:30 - Comp's Value Proposition in the HR and Compensation Market18:29 - "Service-as-a-Software" Business Model and Strategic Use of AI for Software, Services, and Tools26:20 - Comp's Traction So Far28:44 - Building a team in a AI native company35:12 - Challenges along the way39:26 - Vision for the Future and Global Ambitions46:56 - Customer Success Stories and Impact51:56 - Closing RemarksEpisode Transcription in Portuguese: O mundo que estamos construindo é um em que um executivo pode vir e dizer: “Ei, em 2025, minha empresa vai crescer a receita em 25%. Precisamos alcançar o ponto de equilíbrio. Vamos abrir uma divisão de fintech, então precisaremos de novos tipos de talentos nessa área, e também vamos encerrar nossas operações no país X, Y, Z. Assim, gostaria que vocês me ajudassem a desenhar cada elemento do meu custo total de mão de obra." Quais benefícios eu devo oferecer? Quanto eu devo aumentar nos salários baseado nesse objetivo de ponto de equilíbrio, na minha retenção anterior, no índice de conversão de candidatos que já tivemos? Existe uma enorme quantidade de dados que podem ser usados, digamos, para otimizar essas decisões. E tudo isso pode começar a partir de um input estratégico de alto nível, como esse, composto por uma ou duas frases de um executivo, e, a partir daí, podemos fazer todo o trabalho e voltar com soluções para o cliente. Realmente acredito que é assim que as empresas tomarão decisões no futuro. E, honestamente, colocaria vocês nessa categoria. Não é fácil apontar para uma empresa específica, em outro lugar, fazendo algo verdadeiramente parecido com o que vocês estão fazendo. Vocês estão assumindo riscos reais de inovação e realmente estão na vanguarda do que é possível nessa área de atuação em que vocês trabalham. Chris, agora vamos mudar para o inglês para começar nosso episódio, já que temos um gringo aqui no programa hoje – gringo, como eu, de várias maneiras. Muito obrigado, Chris, por aceitar o convite de compartilhar um pouco sobre sua história e sua trajetória com a Comp. Estamos muito, muito empolgados em tê-lo aqui e ansiosos por essa conversa com você. Então, muito obrigado e seja bem-vindo. Chris: Obrigado pelo convite. Estou super animado para estar aqui e por essa conversa. Florian: Ótimo. Talvez comecemos com o comentário do gringo. Quando comecei minha carreira como empreendedor aqui no Brasil, havia muitos de nós. Era na época da Rocket Internet: tinha muitos alemães, americanos e franceses. E então, durante um tempo, eles meio que desapareceram. Provavelmente tem a ver com os altos e baixos econômicos do Brasil, mas eis que agora você está aqui, um gringo na cidade, construindo algo no Brasil. Algo realmente único e intrigante. Eu adoraria ouvir mais: você pode compartilhar um pouco sobre o seu passado, sua trajetória e o que o trouxe ao Brasil e à decisão de começar a Comp localmente? Chris: Claro! Que honra! Acho que sou o primeiro gringo no podcast, então estou honrado de ser o primeiro. Um pouco sobre mim – sou meio holandês e meio americano. Nasci na Holanda e cresci principalmente nos EUA. Quando jovem, meu sonho era jogar futebol profissional. Além de ser o “gringo” com quem você está conversando agora, meu segundo maior orgulho é que joguei contra o Mbappé na França quando eu tinha cerca de 14 anos. Mas, em certo ponto, percebi que não seria bom o suficiente para fazer disso uma carreira. Eu fui jogar na universidade e estudei na Cornell, em Nova York. Foi lá que conheci meu cofundador brasileiro, chamado Pedro, há mais ou menos uns 7 ou 8 anos. Estávamos em uma aula de comunicação empresarial, onde a tarefa era dar um discurso inspirador sobre algo que queríamos fazer em nossa carreira. Todo mundo na classe dizia que queria trabalhar no Goldman Sachs como banqueiro ou ser consultor na McKinsey. Pedro e eu fomos os únicos a falar sobre empreendedorismo. Achei que Pedro fez um discurso muito carismático e emocional sobre porque queria ser empreendedor. Mas o professor, depois do discurso dele, disse algo como: “Pedro, tenho certeza de que o que você disse foi ótimo, mas não consegui entender por causa do seu sotaque brasileiro. Você precisa melhorar isso se quiser passar nessa matéria." Após a aula, fiz uma brincadeira com ele, e acabamos nos tornando amigos por sermos os únicos da turma com mentalidade empreendedora. Começamos a almoçar juntos, a trocar ideias, etc. Durante nosso segundo ano de faculdade, começamos um negócio de entrega de comida. Entregávamos açaí para estudantes no campus e alguns outros itens de café da manhã. A inovação que criamos, entre aspas, foi que, diferente de plataformas como Uber Eats, iFood ou DoorDash, onde cada entrega é feita separadamente, nós coletávamos vários pedidos de uma vez para reduzir o preço da entrega. Em vez de uma pessoa da entrega pegar um pedido por vez, pegávamos, por exemplo, 8 ou 10 pedidos de uma só vez. Dessa forma, reduzíamos o custo para o consumidor e tornávamos o processo mais eficiente. Como muitos estudantes moravam próximos uns dos outros no campus, fazia sentido. Além disso, ajudávamos restaurantes fora do campus a atender os estudantes e a gerar mais receita durante as manhãs, quando eles tinham capacidade ociosa. Esse foi, basicamente, o nosso modelo de negócio. Chegamos a levantar capital de algumas aceleradoras, crescemos para uma equipe de 30 pessoas, aprendemos muito, mas tivemos o que chamamos de uma saída pequena. Não foi um grande sucesso financeiro, mas aprendemos que amávamos ser empreendedores. Até hoje, não sei explicar de forma 100% racional; foi mais emocional, e ainda é. Amamos construir algo do zero, trabalhar com colegas inteligentes e ambiciosos, enfrentar novos desafios todos os dias. Também aprendemos que adorávamos trabalhar juntos, e nos comprometemos a continuar trabalhando juntos por anos. Então, dessa experiência, não tivemos um grande retorno financeiro, mas conquistamos uma parceria de longo prazo entre mim e o Pedro. Depois de nos formarmos, trabalhei na General Atlantic, uma firma global de private equity focada em estágio de crescimento (Series B, Series C). Lá, me concentrei em empresas de tecnologia B2B e avaliei várias empresas de recrutamento, performance, folha de pagamento, compensação, etc. Foi um lugar fantástico para aprender e, eventualmente, acabei mergulhando fundo na área de tecnologia para RH, que encabeça o que fazemos hoje na Comp. Florian: Impressionante! Há muito o que explorar só nessa parte da sua trajetória, e também muitos aspectos em comum, Chris. Eu também joguei futebol, mas, infelizmente, não contra o Mbappé. Essa é uma ótima história! Você deveria contar isso mais vezes. Chris: Eu até contaria mais vezes, mas perdemos aquele jogo de 5 a 1. Florian: Ele marcou? Chris: Ele marcou três vezes. Florian: Uau. Já dava pra perceber que ele era incrível, né? Chris: Sim, dava pra ver que ele era fantástico. Florian: Então provavelmente você está em um daqueles vídeos caseiros onde o Mbappé destrói todo mundo, e você é um dos meninos tentando detê-lo no vídeo. Chris: Eu adoraria ver esse vídeo, por mais embaraçoso que fosse. Florian: Muito bom. Mas voltando ao que você mencionou, algo que capturou minha atenção foi quando você disse que, até hoje, não sabe muito bem por que quis começar uma empresa, dizendo ser um processo emocional. E, em muitos aspectos, isso se assemelha a ser uma criança querendo ser jogador de futebol, certo? É mais como um sonho, algo que você simplesmente quer fazer. E, como empreendedor, esperamos que você acabe se tornando mais um "Mbappé", do que "Chris". Mas, me conte um pouco mais sobre como vocês construíram a empresa na faculdade, venderam e seguiram em frente. Você sabia que ia começar outra empresa? E trabalhar na General Atlantic foi mais um “deixa eu olhar o mundo real e adquirir habilidades” ou algo mais? Como foi essa decisão? Para você, foi sempre óbvio que aquilo era algo temporário e que você voltaria a ser fundador? Chris: Sim, diria que foi algo assim. No último semestre da faculdade, Pedro e eu fizemos uma promessa um ao outro de que, em até 3 anos, iríamos começar um negócio juntos. Pedro foi trabalhar em um cargo de produto no Vale do Silício, enquanto eu fui para a General Atlantic, mas o plano era claro: trabalhar por alguns anos, ter experiências complementares em nossas trajetórias e aprender como é estar no “mundo real”. Queríamos construir um currículo sólido, mesmo que por apenas 1 ou 2 anos. Mas sabíamos, desde o dia em que paramos de trabalhar no negócio de entrega de açaí, que um dia voltaríamos. Florian: E vocês sabiam que seria vocês dois juntos novamente. Chris: Exatamente. Disso nós tínhamos certeza. Não sabíamos se seria uma empresa B2B, B2C, em qual setor, ou mesmo em qual geografia, mas sabíamos que seria nós dois. Acabamos indo para o mundo do tech para RH porque foi o foco do meu trabalho na General Atlantic, e posso aprofundar mais sobre isso. Florian: Legal, fale mais sobre isso. Acho muito interessante. Chris: Eu diria que existiam alguns temas principais. Na General Atlantic, como a maioria das empresas de investimento, o papel dos analistas juniores é basicamente buscar oportunidades e fazer diligências, no nosso caso, em empresas de tecnologia em estágios mais avançados (Series B em diante). Algo que me surpreendeu inicialmente – e lembro de comentar isso com o Pedro – foi que, ao fazermos diligência em empresas promissoras, percebíamos que a maioria dos CEOs tinha muita clareza sobre sua estratégia de mercado e visão do produto, mas, por outro lado, não tinham tanto domínio sobre a estratégia relacionada às pessoas que fazem todas essas coisas acontecerem. Perguntávamos coisas como: “Por que vocês têm essa divisão específica de salário fixo versus variável?”, ou “Quais são os custos associados à folha de pagamento nessa região ou país, se você contratar CLT ou prestadores de serviço?”. Também perguntávamos coisas como: “Como os gestores conseguem orçamento para novas contratações?” ou “Como vocês alocam o orçamento de aumento salarial anual?”. E a maioria dos líderes usava uma boa dose de intuição para responder a essas questões. Isso não é necessariamente errado, mas começamos a chamar isso de “estratégia de custo de mão de obra”. E ficou claro para nós que, mesmo em empresas modernas de tecnologia e serviços, onde 50% a 80% do orçamento operacional vai para folha de pagamento e benefícios, a abordagem usada para essas questões era baseada em “achismos”. O foco nessas decisões críticas parecia ser insuficiente. Outra coisa que eu aprendi na General Atlantic foi a operação do RH, ou seja, o lado operacional do RH, e não tanto o estratégico. Quando digo operacional, quero dizer as atividades diárias geridas, muitas vezes, em planilhas de Excel e PDFs. Observamos que esse era um espaço relativamente saturado globalmente. Em qualquer mercado grande (Latam, EUA, Europa, etc.), havia dezenas de empresas vendendo ferramentas de software que ajudavam as empresas a gerenciar diferentes partes da área de RH: desde folha de pagamento até recrutamento, desempenho, entre outros. Avaliamos que o lado operacional já tinha muitos concorrentes e seria muito difícil entrar nesse mercado com um SaaS tradicional. Além disso, percebemos que, enquanto o lado operacional era bem atendido, o lado estratégico – especificamente em relação a compensação e estratégia de custo de mão de obra – ainda dependia amplamente de consultorias como Mercer, Korn Ferry e Willis Towers Watson. Essas consultorias são extremamente caras e com NPS negativo. Foi um momento de “eureka” perceber que, apesar do custo alto, os resultados obtidos com essas consultorias não atendiam às expectativas. Além disso, muitas decisões relacionadas à compensação nas empresas ainda eram feitas de forma pouco transparente, tanto para recrutadores quanto para os próprios colaboradores. A compensação como um todo parecia ser um “problema cabeludo” tanto do lado da empresa quanto do colaborador. E foi aí que começamos a explorar a ideia de construir uma empresa que ajudasse outras empresas com suas estratégias de compensação total. Florian: Super interessante, Chris. Isso faz muito sentido. Por que você não nos conta um pouco mais sobre a evolução do produto da Comp e como a empresa começou? Também trabalhamos juntos nisso, então vi boa parte da jornada. Quando começaram, e quando investimos em vocês pela primeira vez, a ideia e o produto inicial eram, essencialmente, um banco de dados de compensação, com dados em tempo real. E foi incrível como vocês conseguiram atrair várias techs para participarem da plataforma, compartilhando, de forma anônima, os dados de compensação. Em troca, essas empresas recebiam benchmarks do mercado. Se minha descrição não for precisa, me corrija. Mas esse era o produto inicial. Como o valor evoluiu desde então? O que vocês aprenderam ao longo desses últimos anos e, agora, qual o principal valor que a Comp entrega? Chris: Certo! Há muita coisa para discutir aqui. Mas sim, começamos exatamente como você descreveu. Criamos um banco de dados de compensação, que é o primeiro produto. A proposta de valor para os clientes era: para tomar a maioria das decisões sobre salários, benefícios, bônus, e incentivos de longo prazo, eles precisariam de benchmarks do mercado. Quer dizer, dados específicos sobre o que os concorrentes diretos estão fazendo. E, claro, cada cliente precisa de benchmarks diferentes: por exemplo, uma empresa pode querer comparar seus engenheiros com Nubank e PicPay, mas precisa olhar para Itaú ou Bradesco quando se trata de analistas financeiros. O primeiro produto que criamos foi, basicamente, isso: um banco de dados com rede de dados altamente valiosa. Quanto mais empresas participam da base compartilhando seus dados anonimamente, mais robusto o banco de dados fica para todos. Por isso, disponibilizamos essa ferramenta gratuitamente – além do fato de que não existe orçamento tão significativo destinado apenas para a aquisição de benchmark. Hoje, temos mais de 1.000 empresas usando esse produto na América Latina, com foco no Brasil, além de algumas multinacionais que têm operações locais. Continuamos expandindo: começamos apenas com benchmarks de salário, mas já adicionamos dados sobre modelos de salário variável, benefícios, incentivos de longo prazo e até análises organizacionais como número médio de subordinados por gestor. Agora, ajudamos os clientes em duas frentes principais: estratégia e implementação. Sobre estratégia: hoje empresas nos contratam para desenhar ou revisar a estratégia de compensação. Isso inclui desde construir tabelas salariais até planos de bônus e benefícios. Por outro lado, também fornecemos ferramentas para implementar essas políticas, automatizando promoções, comunicação de benefícios, entre outras atividades. Florian: Super interessante, Chris. Isso faz muito sentido. Por que você não nos conta um pouco mais sobre a evolução do produto da Comp e como a empresa começou? Também trabalhamos juntos nisso, então vi boa parte da jornada. Quando começaram, e quando investimos em vocês pela primeira vez, a ideia e o produto inicial eram, essencialmente, um banco de dados de compensação, com dados em tempo real. E foi incrível como vocês conseguiram atrair várias techs para participarem da plataforma, compartilhando, de forma anônima, os dados de compensação. Em troca, essas empresas recebiam benchmarks do mercado. Se minha descrição não for precisa, me corrija. Mas esse era o produto inicial. Como o valor evoluiu desde então? O que vocês aprenderam ao longo desses últimos anos e, agora, qual o principal valor que a Comp entrega? Chris: Certo! Há muita coisa para discutir aqui. Mas sim, começamos exatamente como você descreveu. Criamos um banco de dados de compensação, que é o primeiro produto. A proposta de valor para os clientes era: para tomar a maioria das decisões sobre salários, benefícios, bônus, e incentivos de longo prazo, eles precisariam de benchmarks do mercado. Quer dizer, dados específicos sobre o que os concorrentes diretos estão fazendo. E, claro, cada cliente precisa de benchmarks diferentes: por exemplo, uma empresa pode querer comparar seus engenheiros com Nubank e PicPay, mas precisa olhar para Itaú ou Bradesco quando se trata de analistas financeiros. O primeiro produto que criamos foi, basicamente, isso: um banco de dados com rede de dados altamente valiosa. Quanto mais empresas participam da base compartilhando seus dados anonimamente, mais robusto o banco de dados fica para todos. Por isso, disponibilizamos essa ferramenta gratuitamente – além do fato de que não existe orçamento tão significativo destinado apenas para a aquisição de benchmark. Hoje, temos mais de 1.000 empresas usando esse produto na América Latina, com foco no Brasil, além de algumas multinacionais que têm operações locais. Continuamos expandindo: começamos apenas com benchmarks de salário, mas já adicionamos dados sobre modelos de salário variável, benefícios, incentivos de longo prazo e até análises organizacionais como número médio de subordinados por gestor. Agora, ajudamos os clientes em duas frentes principais: estratégia e implementação. Sobre estratégia: hoje empresas nos contratam para desenhar ou revisar a estratégia de compensação. Isso inclui desde construir tabelas salariais até planos de bônus e benefícios. Por outro lado, também fornecemos ferramentas para implementar essas políticas, automatizando promoções, comunicação de benefícios, entre outras atividades. Florian: Muito interessante, Chris. Notei que você não mencionou a palavra "IA" ao falar do produto, o que é curioso, porque vejo a Comp como uma empresa nativa de IA. Vamos falar um pouco sobre o que significa ser uma empresa nativa de IA, tanto no produto quanto na cultura. Como vocês estão utilizando IA para liderar essa categoria de "selling work"? Chris: Ótima pergunta. Talvez a primeira coisa a abordar seja por que não mencionamos IA ao falar da Comp. Diferente de outras empresas de "selling work", que tentam eliminar completamente a necessidade de humanos na operação, nós intencionalmente mantemos humanos no processo. Isso porque acreditamos que, em decisões estratégicas como compensação, é crucial ter um especialista humano envolvido. Nosso diferencial é que usamos IA para apoiar esses especialistas. A IA nos ajuda a analisar grandes volumes de dados, identificar padrões e fornecer recomendações baseadas em dados. Mas o toque humano ainda é essencial, especialmente em decisões estratégicas críticas. Florian: Faz sentido. E como vocês têm se saído em termos de tração e marcos importantes? Chris: Hoje, temos mais de 1.000 empresas usando nosso produto de benchmark e mais de 100 clientes pagantes utilizando nossos serviços de estratégia e implementação. Crescemos mais de 8x ano a ano em 2024 com uma equipe enxuta de 16 pessoas. Florian: Impressionante. E como vocês pensam sobre a cultura da empresa, especialmente em um ambiente de crescimento tão rápido? Chris: Temos sido muito intencionais sobre manter a equipe pequena e focada. Acreditamos que uma equipe menor e altamente qualificada é mais eficiente e ágil. Isso nos permite evitar burocracia e tomar decisões rapidamente. Também incentivamos uma cultura de colaboração e propriedade, onde cada membro da equipe é incentivado a assumir responsabilidade e contribuir ativamente. Florian: Muito interessante, Chris. E quais são os maiores desafios que vocês enfrentaram até agora? Chris: Um dos maiores desafios tem sido vender para compradores avessos ao risco, como o RH. É difícil convencê-los a adotar uma nova abordagem sem muita confiança. Investimos muito em construir nossa marca e estabelecer confiança com nossos clientes. Outro desafio é educar o mercado sobre o valor que oferecemos. Muitas vezes, os clientes não percebem que têm um problema até que seja tarde demais. Por isso, começamos com contratos menores e expandimos conforme ganhamos a confiança do cliente. Florian: E quais são os planos futuros para a Comp? Chris: Temos ambições globais. O problema que resolvemos é universal, e acreditamos que podemos levar nossa abordagem para outros mercados. Estamos apenas começando, mas estamos animados com o potencial de crescimento e impacto que podemos ter. Florian: Muito obrigado, Chris, por compartilhar sua história e insights. Foi uma conversa incrível, e estamos ansiosos para ver o que o futuro reserva para a Comp. Chris: Obrigado, Florian, e a toda a equipe da Canary pelo apoio. Estamos apenas começando, e há muito mais por vir. See omnystudio.com/listener for privacy information.
O espetáculo Limbo está em cena até ao dia 8 de Fevereiro, no Teatro de la Colline, em Paris. A peça foi apresentada em Portugal em 2021, onde recebeu os prémios para Melhor Espectáculo de Teatro e Melhor Texto Português Representado pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). O encenador e actor Victor de Oliveira nasceu em Moçambique, cresceu em Portugal e vive em França. "Não sabemos quem somos, e fechamo-nos num limbo. Não somos nem somos portugueses, nem moçambicanos", afirma o encenador. RFI: Em palco, conta a sua história familiar, os conflitos entre gerações, o impacto da herança colonial. Menciona que foi "um acidente" nascer noutro lugar, porquê?Victor de Oliveira: Quando faço essa citação do Achille Mbembe, que diz que é um acidente nascer num dado lugar é apenas para dizer que todos nós nascemos num determinado espaço e depois temos toda a vida para criar algo, para criar uma vida e para ver como é que o facto de termos nascido numa época determinada, num país determinado, como é que essa história faz parte de nós e como é que nós nos construímos com essa história. E, obviamente, eu, tendo nascido numa colónia portuguesa durante o período colonial, sendo neto de colonos brancos portugueses e colonizadas negras moçambicanas, como é que eu cresço e como é que eu me defino e como é que eu avanço na minha vida, fazendo parte dessa história, e dessa história que é uma história extremamente complicada, extremamente difícil, que é a história da colonização portuguesa.Mas hoje já estamos em 2025. O ano passado, Portugal comemorou os 50 anos do 25 de Abril. Este ano, Moçambique vai comemorar os 50 anos da independência. Como é que avançamos, sabendo o que foi a colonização, sabendo o que houve de terrível, e como é que hoje nos definimos? Como é que hoje conseguimos criar algo para além do horror que foi a colonização, sem negar aquilo que aconteceu, mas dizendo: ok, aconteceu. Mas hoje, como é que nós fazemos para ir além dessa história e para construir algo que esteja ligado a essa história comum que é nossa e tentar avançar com tudo isso?Todas essas questões são questões que me acompanham, para as quais não tenho respostas precisas, digamos assim. Mas, as questões em si já são suficientemente interessantes para que elas me acompanhem e para que eu tente, no palco, com o limbo, por exemplo, dar algumas respostas ou, pelo menos, fazer com que as pessoas que estejam na plateia e que ouçam e que vejam o que está a acontecer se possam questionar também. E, eventualmente, que essas histórias possam ecoar na própria história de cada um, de cada uma delas.Em palco, durante 1h15 compartilha episódios traumáticos da infância; como o desejo de se esconder do próprio pai, e reflecte sobre a procura de um sentimento de pertença. Pensar no passado é uma forma de sair deste limbo?Sim, é uma forma de voltar a olhar para esse limbo de que eu falo com um pouco mais de distância. Também tem a ver com a idade que eu tenho hoje e com o facto de, há um tempo, todas essas questões andarem à minha volta. E tem a ver com essa distância e com essa maneira de dizer: "Ok, isto aconteceu assim, assim, assim. E por que é que aconteceu assim? Por que é que houve esta reação? Por que é que isto aconteceu?" Não para tentar encontrar respostas, mas porque eu tenho a impressão de que essas situações, digamos, de que eu falo durante o espetáculo, fazem parte dessa dramaturgia, que essas situações são representativas de toda uma parte da história portuguesa e colonial. No meu caso, com Moçambique, mas podia ser com Angola, com Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe.Mas tem a ver com essa relação com as ex-colónias portuguesas. Sim, é uma maneira de olhar para essas situações, de tentar compreendê-las hoje, com a idade que eu tenho e com o trabalho que tentei fazer de dramaturgia e de compreensão enquanto artista, para dizer: "Ok, isto aconteceu assim, porque isto, isto, isto". E, obviamente, há menos sofrimento, um certo apaziguamento, digamos assim, que vai surgindo pouco a pouco, porque a história mesmo se conta a partir de mim. Ela não é apenas a minha história.Quando eu fiz em Lisboa e fiz em Guimarães, e no dia 28 de Março, vou fazê-la no Teatro Circo de Braga, enquadrado no Dia Mundial do Teatro. E toda essa relação é para que as pessoas que venham ver. Cada um faz o seu caminho, mas as questões que estão lá são partilhadas, e cada um de nós pode encontrar as suas respostas.Você recua até 1977 para falar de uma viagem de carro onde viu brancos a serem queimados num Fiat vermelha. Nunca se esquece o que se vê?Quer dizer, quando são coisas tão traumatizantes, é difícil esquecer. E depois tem a ver com o que se passou depois. Porque havia esse período, depois da independência, havia, como eu digo, uma raiva extremamente forte contra os brancos portugueses, contra os mestiços. É por isso que eu conto que, num autocarro em Maputo, de repente, eu estava com os meus pais e com o meu irmão, e as pessoas começaram a gritar: "Abaixo o mulato! Mulato não tem bandeira! Abaixo o mulato!"Tudo isso, obviamente, são coisas que, quando somos crianças, não percebemos muito bem o que se passa, mas percebemos que há uma agressividade extremamente forte e que as pessoas nos têm como responsáveis de algo. Enquanto criança, não percebia muito bem, mas depois consegui compreender. Tinha tudo a ver com o tipo de colonização portuguesa, com o facto de que os mestiços, obviamente, tinham mais direitos que os negros e menos direitos que os brancos. E essa hierarquia das raças, que foi instaurada pela colonização portuguesa, fez com que, de repente, os mestiços estivessem entre dois lados e fossem insultados. De um lado e do outro.Para uma criança da minha idade, nessa altura, era extremamente traumatizante, porque, de repente, não sabemos quem somos, e aí fechamo-nos num limbo, fechamo-nos em algo. Não temos identidade, não sabemos quem somos, e estamos no entre-dois, entre o paraíso e o inferno, que é uma das definições religiosas do que é o limbo. Mas no entre-dois racial também: não somos nem brancos, nem negros. Estamos no entre-dois. Nem somos portugueses, nem moçambicanos. Não somos nada. E esse "não sermos nada" que nos é imputado, que nos é dado, que nos é mostrado, quer seja pelos brancos, quer seja pelos negros, foi, não apenas para mim, mas também para milhares de outras pessoas, extremamente difícil durante anos e anos e anos, mesmo depois, quando chegamos a Portugal, pelas mesmas razões.Em palco, interpreta também Francisco, o seu pai. Foi importante trazê-lo para a peça?Sim, sim, era extremamente importante, porque o espetáculo começou a ser pensado a partir de uma conversa que tive com ele. Uma das conversas, das discussões que tive durante uma parte da minha adolescência e mesmo durante a minha vida de adulto com o meu pai. Conversas extremamente difíceis, como acontece com muitos pais e filhos. Conflitos de gerações, mas não apenas isso, também sobre o olhar que cada um de nós tinha sobre a colonização e sobre o que se tinha passado em Moçambique.E, de repente, a partir de uma dessas conversas, eu disse: "Não, eu tenho que fazer algo no palco. Eu sou um artista, tenho que tentar encontrar uma maneira de contar tudo isto, porque nunca vi um espetáculo sobre este assunto em palco em Portugal". E a voz, o percurso de todos estes milhares de mestiços, mulatos, como éramos chamados, é importante. E eu penso que há muita gente que se vai identificar, que vai reconhecer e que será tocada pelo facto de estarmos a falar disso. E foi exactamente o que aconteceu em Lisboa, no Porto. Fizemos também no FITEI, no Porto, e em Guimarães. Espero que o mesmo aconteça em Braga, em Março.Essa relação traz toda uma história. E é verdade que, de repente, o pai existe. O meu pai fala assim ainda hoje. É um homem que viveu metade da sua vida em Portugal, mas que continua a ter um sotaque moçambicano, continua a falar com uma musicalidade, com um ritmo próprio que é o dele. Com o seu sotaque moçambicano. Ainda hoje, em Portugal, quando eu o imito, as pessoas percebem logo que ele é moçambicano. E há palavras que só ele diz. E há palavras que os portugueses reconhecem como típicas dos moçambicanos ou angolanos.Houve, no entanto, um trabalho de tradução e de adaptação para que isso pudesse ser ouvido hoje aqui por um público francês. Como é que eu consigo dar um sotaque? Eu não podia, por exemplo, tentar criar um sotaque francófono, quer dizer, um sotaque do Congo ou dos Camarões, ou de outra antiga colónia francesa, porque não é exactamente a mesma coisa. Eu tinha muito receio de cair num clichê. Tive que encontrar uma maneira de dar um ritmo à voz dele, dar um ritmo à sua maneira de falar, para que as pessoas percebessem que tem muito a ver com ele.E, ao mesmo tempo, há pequenas expressões que têm a ver, obviamente, com o facto de ser um africano que fala. Tudo isso, sim, era extremamente importante para que as pessoas pudessem ver que é um homem já de uma certa idade e, sobretudo, um homem que é representativo. Mais uma vez, representativo de pessoas da geração dele, mesmo um pouco mais novas, que continuam a interrogar-se e a olhar de uma certa maneira para aquilo que foi o colonialismo português. E como isso é importante de ser ouvido.Na peça fala também sobre o facto de ter crescido a admirar os brothers americanos e a força do Black Power e dos Black Panthers. De onde vem essa identificação?Tem muito a ver, porque está relacionado com toda a segregação racial. A história da segregação racial americana é uma história que, na Europa, conhecemos relativamente bem. Mas a verdade é que nasci numa colónia portuguesa, numa colónia que enviou bastantes escravos para o Brasil e para os Estados Unidos. Aliás, eu falo disso no espectáculo: digo que a minha avó nasceu em 1910 e que o último barco negreiro clandestino que saiu do porto de Lourenço Marques, na altura, foi em 1920. Quer dizer, a minha avó tinha dez anos. Isso significa que é algo que está presente, que está lá.Essa relação com os americanos é importante. E depois, falo de outra questão: quando nós chegámos a Portugal, nos anos 80, como as séries americanas tratavam esse tema. Falo, por exemplo, de Raízes, que era uma série daquela altura. De repente, víamo-nos nós próprios, víamos os nossos antepassados. E depois há a música americana: Havia uma identificação que era extremamente importante, algo que não existia em Portugal. Não havia, na época, algo semelhante em relação aos negros moçambicanos, porque nessa altura não havia muita produção cultural visível — nem na televisão, nem na rádio, nem na música.Eu falo da música negra americana, que me acompanhou e que acompanhou toda a minha família. Essa identificação era extremamente importante. Como para os americanos, o mestiço é negro — one drop of Black Blood, como eles dizem —, para mim, de repente, veio a conclusão: "Ok, afinal, eu sou negro mesmo". Mesmo que antes já não soubesse muito bem o que era. Toda essa indefinição era extremamente difícil. Mas, quando me conectava à música negra americana, havia algo que trazia orgulho nos meus antepassados, orgulho na minha cor de pele, orgulho na minha história.Os americanos tinham - e ainda têm hoje - uma relação muito forte com esse orgulho. E, ao olhar para a história da colonização moçambicana, eu sentia dificuldade em encontrar essa mesma relação. Era difícil sentir orgulho daquilo que sou e das minhas raízes.Portugal demorou muito a falar abertamente sobre as antigas colónias...Não, não havia. Não havia muita abertura. Não se falava da guerra colonial, nem dos moçambicanos que chegaram a Portugal. Porque, como eu digo no espetáculo, nós obviamente não éramos pessoas escravizadas - isso já tinha acabado há muito tempo. Não éramos retornados, que eram os colonos que tinham voltado para Portugal. E não éramos, como diziam em Portugal, "portugueses de gema". O que significa que não éramos nada disso. Então, o que éramos? Essa indefinição tornava extremamente complicado e difícil encontrar uma identificação própria, ter orgulho naquilo que eu era.A cultura negra americana era uma bóia de salvação, porque havia algo lá, algo muito claro e forte naquilo que eles diziam. Quando eu falo de James Brown e da música I'm Black and I'm Proud, por exemplo, era isso - uma música incrível, Black and Proud. E os meus primos e eu ouvíamos isso e dizíamos: “Sim, sim, sim!” Mesmo naquela época, quando estávamos no Norte, numa aldeia, fosse em São Pedro do Sul ou depois na Serra do Caramulo, ou no Barreiro, ou mais tarde em Sintra. Tudo isso, mesmo que o que estava à nossa volta não fosse aquilo, fazia-nos ver quem éramos, apesar dos insultos que nos rodeavam.Havia os insultos com os quais eu e os meus primos crescemos: "preto" e todas essas coisas terríveis. Crescemos com isso, mas, pouco a pouco, surgiu uma vontade de ir além disso, de nos construirmos enquanto homens, enquanto adultos, e de dizermos: “Ok, tudo bem, nós somos isso tudo. Mas isso tudo é importante, porque tem a ver com a minha história”.Essa história está ligada à história das minhas avós, ao facto de eu ter nascido numa colónia. Mas, ao mesmo tempo, não posso esquecer que há outra parte de mim - a história dos meus avós, que eram brancos, colonos do Norte de Portugal, do centro de Portugal. Isso também faz parte da minha história. É necessário encontrar um equilíbrio, um equilíbrio que me permita caminhar com serenidade e deixar o limbo para trás.Na peça, fala de agressões que sofreu e menciona a morte de Bruno Candé. Apesar de avanços, ainda há muito trabalho pela frente em Portugal?Ainda há muito trabalho, como mencionou António de Almeida Mendes, o historiador, porque, embora em Portugal se tenha feito um grande esforço, especialmente nos últimos 20 anos, para olhar para a colonização e questionar a história comum enquanto sociedade, ainda persistem velhos hábitos. Há ainda uma forma de olhar para as pessoas que vieram das ex-colónias e para os seus descendentes, os afrodescendentes, que vivem e nasceram em Portugal, de uma maneira que perpetua preconceitos. E isso é extremamente difícil de superar.Quando menciono o Bruno Candé, faço-o porque, antes, falei de Alcindo Monteiro, que morreu em 1995, três anos após eu próprio ter sido agredido por skinheads no Porto. Tudo isso serve para reflectir sobre como a sociedade portuguesa lida com estas questões. A morte do Bruno Candé, que ocorreu em 2020, é algo que eu trago à tona porque foi muito recente. 2020 foi ontem. E, ainda hoje, vemos episódios chocantes, como o que aconteceu recentemente em Lisboa, onde pessoas foram encostadas à parede numa rua do centro da cidade. São situações que, para mim, são incompreensíveis e me deixam em estado de choque. Não sou o único - felizmente, muitos ficaram igualmente chocados, porque é algo que não conseguimos aceitar.Não consigo entender como, em pleno 2025, a sociedade portuguesa e o Estado português ainda possam justificar acções que são absolutamente horríveis, absolutamente terríveis. Que algo assim possa acontecer... É como se estivéssemos a recuar no tempo, para períodos de segregação racial. Falávamos antes sobre os Estados Unidos nos anos 40 e 50, mas agora estamos em 2025. Não é admissível que, hoje, em Portugal, ainda haja formas de menosprezar, rotular e rebaixar o outro de maneira tão flagrante. Isso deixa-me completamente desamparado.Sei que houve uma grande manifestação em Lisboa, onde as pessoas saíram às ruas para dizer: "Não nos encostem à parede". Este tipo de resposta é essencial, porque não é possível que, num país como Portugal, que faz parte da União Europeia há tantos anos, ainda hoje estejamos presos a uma mentalidade que menospreza o outro, que rebaixa, e que mantém uma relação racista tão profundamente enraizada. Não é possível. Não é aceitável.Imagino que acompanhe a actualidade moçambicana. Como é que observa os recentes protestos e agitações políticas?Olho com grande preocupação, porque é uma outra história que, embora não tenha directamente a ver com esta peça, de certa maneira tem, já que está ligada ao período da colonização. Quer dizer, Moçambique é um país extremamente jovem. Este ano, Moçambique festeja 50 anos de independência. Desde 1975, o mesmo partido tem gerido todo o país. Até 1992, sob um regime marxista-leninista, e, a partir de 1992, deixou de ser a República Popular de Moçambique para se tornar a República de Moçambique. Portanto, é uma democracia em que há eleições. Durante muitos anos, essas eleições eram fraudulentas. As pessoas sabiam, mais ou menos, que eram fraudulentas. Mas tudo isso era feito com o aval, digamos assim, quer de portugueses, quer de outros países, porque era necessário que o país continuasse num caminho para a democracia.E isso não é apenas a história de Moçambique; está ligado a muitas outras democracias no continente africano pós-independência. Mas a verdade é que, 50 anos depois, estamos num caminho que, infelizmente, vejo como um beco sem saída. Não apenas porque houve outra pessoa que ganhou as eleições - e está provado, não sou só eu que digo isto, está provado que Venâncio Mondlane ganhou as eleições - mas, por outro lado, também porque há uma juventude que já não quer absolutamente continuar da mesma maneira. E o que estamos a assistir é a uma juventude extremamente forte, que diz "Basta, basta! Não podemos continuar assim".Essa forma de os jovens, essencialmente jovens, irem para a rua e serem mortos - com mais de 200 mortos - é absolutamente terrível. Mas há uma vontade extremamente grande de fazer com que isso mude, porque um país com uma riqueza natural tão grande, como é que ainda hoje pode ser um dos países mais pobres do mundo? Obviamente, isso também está relacionado com a forma como a descolonização foi feita e como os países europeus e o Ocidente olharam para a descolonização feita pelos países africanos. Tudo isso está ligado à história.Estou bastante preocupado porque não consigo prever o que poderá acontecer. Sei que houve uma tomada de posse com os deputados do partido Podemos e, ao mesmo tempo, Venâncio, que foi quem realmente ganhou, diz que "Não, isto não é possível". As pessoas voltam novamente para a rua e, novamente, são baleadas. O que é que poderá acontecer para que tudo isso termine e para que haja algo em que as pessoas aceitem que o país tem que mudar? Por enquanto, confesso que não sei muito bem o que poderá acontecer. Estou bastante inquieto.
Gosto de uma série de coisas que hoje em dia podem facilmente ser consideradas como fora de moda: alguns modelos de calça que já não fazem muito sentido, alguns roteiros de viagem que se perderam no tempo, algumas comidas que já nem se encontra mais no supermercado.Mas a coisa mais fora de moda da qual eu realmente gosto é essa tal de gratidão. Não sei se a minha geração foi criada para entender esse conceito. Acho que não. Parece que temos que fazer muito esforço para entender isso, inclusive eu. A noção de gratidão é realmente um lance que ficou meio perdido nas últimas décadas e que faz com que nós fiquemos um pouco desconcertados ao olhar para essa palavra, assim como fica uma criança nascida nos anos 2000 ao olhar para uma vitrola, sem entender bem qual a sua finalidade. Crescemos com a nítida sensação de que somos credores da vida. Assim que nascemos começamos a debitar da conta dos outros uma série de dívidas que julgamos que eles têm para conosco e, assim, vamos tendo cada vez mais certeza de que somos verdadeiramente intocáveis e que o universo tem toda a obrigação de nos proporcionar a felicidade plena, não porque merecemos, mas porque temos direito. Nessa geração o raciocínio é o seguinte: em vez ser grato e devedor, o indivíduo sempre se considera um generoso credor. Não é ele quem é grato aos pais pela criação dedicada, são seus pais que lhe devem muito por ser bom filho. Não é ele quem é grato ao professor pelos ensinamentos que recebeu, é o professor que lhe deve muito pois "é ele" quem paga seu salário. Não é ele quem é grato ao chefe pela oportunidade de trabalho, é o chefe que lhe deve muito por ele cumprir todo dia suas obrigações. As coisas mais básicas num ser humano legal (retribuir o afeto da família, respeitar professores, estudar quando se tem oportunidade, trabalhar bem, cumprir horários, preocupar-se com os amigos, ser gentil com os velhinhos e dar seu melhor todo dia) tornaram-se um verdadeiro passaporte diplomático para o mundo dos semideuses. Fazer o mínimo vem se tornando o suficiente para tornar-se o máximo. E quanto mais longe nos colocamos do conceito de gratidão, mais a nossa vida parece vazia, incompleta. Voltamos mais uma vez à história do copo meio cheio e do copo meio vazio. Quem olha para sua vida e sente-se grato, tem um copo sempre meio cheio. Quem olha para sua vida e sente-se credor das pessoas e do universo, terá sempre um copo meio vazio. É preciso que a gente saiba resgatar essa ideia de gratidão. Olhar para as nossas vidas e pensar que temos muita sorte, pelo simples fato de termos a base: afeto, comida, teto, saúde. Precisamos parar de olhar para os nossos dias pensando no que não temos: o corpo ideal, o salário estratosférico, o namorado mais bonito, a dupla promoção, a viagem dos sonhos. Enquanto pensarmos que todos nos devem muito por tudo o que fazemos por eles, sem nunca nos dar conta de que as pessoas, em geral, fazem tudo o que podem por nós, seguiremos sendo essa famosa geração mimada, cujo objetivo vai ser sempre ganhar o mundo ao invés de ser grata por ter a oportunidade de tornar o mundo um lugar melhor. Ruth Manus
Gosto de uma série de coisas que hoje em dia podem facilmente ser consideradas como fora de moda: alguns modelos de calça que já não fazem muito sentido, alguns roteiros de viagem que se perderam no tempo, algumas comidas que já nem se encontra mais no supermercado.Mas a coisa mais fora de moda da qual eu realmente gosto é essa tal de gratidão. Não sei se a minha geração foi criada para entender esse conceito. Acho que não. Parece que temos que fazer muito esforço para entender isso, inclusive eu. A noção de gratidão é realmente um lance que ficou meio perdido nas últimas décadas e que faz com que nós fiquemos um pouco desconcertados ao olhar para essa palavra, assim como fica uma criança nascida nos anos 2000 ao olhar para uma vitrola, sem entender bem qual a sua finalidade. Crescemos com a nítida sensação de que somos credores da vida. Assim que nascemos começamos a debitar da conta dos outros uma série de dívidas que julgamos que eles têm para conosco e, assim, vamos tendo cada vez mais certeza de que somos verdadeiramente intocáveis e que o universo tem toda a obrigação de nos proporcionar a felicidade plena, não porque merecemos, mas porque temos direito. Nessa geração o raciocínio é o seguinte: em vez ser grato e devedor, o indivíduo sempre se considera um generoso credor. Não é ele quem é grato aos pais pela criação dedicada, são seus pais que lhe devem muito por ser bom filho. Não é ele quem é grato ao professor pelos ensinamentos que recebeu, é o professor que lhe deve muito pois "é ele" quem paga seu salário. Não é ele quem é grato ao chefe pela oportunidade de trabalho, é o chefe que lhe deve muito por ele cumprir todo dia suas obrigações. As coisas mais básicas num ser humano legal (retribuir o afeto da família, respeitar professores, estudar quando se tem oportunidade, trabalhar bem, cumprir horários, preocupar-se com os amigos, ser gentil com os velhinhos e dar seu melhor todo dia) tornaram-se um verdadeiro passaporte diplomático para o mundo dos semideuses. Fazer o mínimo vem se tornando o suficiente para tornar-se o máximo. E quanto mais longe nos colocamos do conceito de gratidão, mais a nossa vida parece vazia, incompleta. Voltamos mais uma vez à história do copo meio cheio e do copo meio vazio. Quem olha para sua vida e sente-se grato, tem um copo sempre meio cheio. Quem olha para sua vida e sente-se credor das pessoas e do universo, terá sempre um copo meio vazio. É preciso que a gente saiba resgatar essa ideia de gratidão. Olhar para as nossas vidas e pensar que temos muita sorte, pelo simples fato de termos a base: afeto, comida, teto, saúde. Precisamos parar de olhar para os nossos dias pensando no que não temos: o corpo ideal, o salário estratosférico, o namorado mais bonito, a dupla promoção, a viagem dos sonhos. Enquanto pensarmos que todos nos devem muito por tudo o que fazemos por eles, sem nunca nos dar conta de que as pessoas, em geral, fazem tudo o que podem por nós, seguiremos sendo essa famosa geração mimada, cujo objetivo vai ser sempre ganhar o mundo ao invés de ser grata por ter a oportunidade de tornar o mundo um lugar melhor. Ruth Manus
Bom dia! Vamos para mais uma #MensagemDoDia A Escritura de hoje está em 1 Pedro 1:7, NVI - Assim acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado. Momento de crescer Todos nós passamos por coisas que não gostamos — um amigo de longa data te faz mal, uma criança birrenta está tirando sua paciência, um sonho está demorando mais do que imaginava para se realizar. É fácil viver frustrado, imaginando por que isso não está mudando. Mas Deus usa dificuldades, atrasos e inconveniências para fazer uma obra em nós. Se a situação não está mudando, talvez Deus a esteja usando para mudar você. Não passe por isso apenas chateado, amargurado ou ofendido; cresça por meio disso. Essa é uma oportunidade de ficar mais forte, de consolidar seu caráter, de fortalecer seus músculos espirituais. Não crescemos tanto nos bons momentos. Crescemos também nos momentos difíceis, nos momentos em que "a genuinidade da nossa fé é testada pelo fogo". Quando alguém lhe faz mal, isso é um teste. Deus está vendo se você vai ficar amargurado e tentar revidar, ou se você vai seguir o caminho mais digno e perdoar. É por isso que você enfrenta desafios. Ele está refinando você, preparando você para algo maior. Se você mantiver a atitude correta, você crescerá através disso. Vamos fazer uma Oração “Pai, obrigado por ser o Deus Altíssimo, e por estar refinando minha vida com fogo para desenvolver meu caráter e me ajudar a ficar mais forte. Obrigado porque cada teste da minha fé está me preparando para ir mais alto e me desenvolver. Eu acredito que estou saindo melhor disso tudo. Em Nome de Jesus, Amém.”
Um dos grandes embates nos lares brasileiros, não importa se a gente tem 4 ou 40 anos: na hora de sair, a mãe SEMPRE mandará levar um casaquinho pra não pegar friagem. Crescemos ouvindo que isso causa gripe, resfriado e coisas do tipo, é ou não é? Mas será que as mães têm razão em se preocupar com a friagem? Eu acho que as mães estão SEMPRE certas, não me levem a mal. Mas fui pesquisar o que a gente pode argumentar nesse caso, e conto tudo pra você neste que é o episódio de estreia da nossa TERCEIRA TEMPORADA. Fotos novas, identidade visual nova... Gostaram? A vinheta eu ainda preciso ajustar, EU SEI, embora a narração da minha amiga tenha sido maravilhosa. Mas aí eu que tenho mexer, pois como editor de áudio eu sou um ótimo jornalista hehehehehehe. Não esqueça de seguir o APRENDA aqui na plataforma, tá? Isso ajuda o programa a crescer! ================================== APRENDA EM 5 MINUTOS é o podcast sobre coisas que você nem sabia que queria saber. Os episódios são roteirizados e apresentados por Alvaro Leme. Jornalista, mestre e doutorando em Ciências da Comunicação na ECA-USP e criador de conteúdo há vinte anos, ele traz episódios sobre curiosidades dos mais variados tipos. São episódios curtos, quase sempre com 5 minutos — mas alguns passam disso, porque tem tema que precisa mesmo de mais um tempinho. Use o cupom ALVINO, na evino, ganhe 10% de desconto nas suas compras e ajude o APRENDA EM 5 MINUTOS a se manter no ar Profissionais luxuosos envolvidos no APRENDA Edição dos episódios em vídeo: André Glasner http://instagram.com/andreglasner Direção de arte: Dorien Barretto https://www.instagram.com/dorienbarretto66/ Fotografia: Daniela Toviansky https://www.instagram.com/dtoviansky/ Narração da vinheta: Mônica Marli https://www.instagram.com/monicamarli/ Siga o APRENDA no Instagram: http://instagram.com/aprendavideocast http://instagram.com/alvaroleme Comercial e parcerias: contato@alvaroleme.com.br ====================== Quer saber mais? Confira as fontes que consultei para criar o episódio Gripe, friagem, choque térmico: quando passar frio pode te deixar doente? UOL Viva Bem 'Leva casaco': frio pode provocar gripe e resfriado? Médicos explicam Por Ed Rodrigues, UOL Viva Bem
Crescemos e jamais deixamos de ser crianças. Parece contraditório, mas irei explicar em poucas linhas aqui.A educação que nossos pais nos deram e os bons princípios são coisas que trazemos lá da infância. Ser uma pessoa íntegra, de valor, mesmo quando o Mundo tenta mudar o seu caráter... É o que nos diferencia.Eu não quero vencer e derrubar os outros. Quero somente ser respeitado porque faço isso com todos. E assim seguimos. No episódio desta semana... Áudios extraídos de uma fita cassete gravada em 1990... #arquivopessoal #recordar #eulembro #cotidiano #segueojogo #tamojunto #anos80 #anos90 #paris2024 Castelo Rá-Tim-Bum: O Reencontro https://www.youtube.com/watch?v=Mfd0ATNBOYk&pp=ygUeY2FzdGVsbyByw6EtdGltLWJ1bSByZWVuY29udHJv Doug Funnie - Abertura Oficial https://www.youtube.com/watch?v=mPZuPUHT9cI&pp=ygUNZG91ZyBhYmVydHVyYQ%3D%3D Nossa Turma (Get Along Gang) - Abertura https://www.youtube.com/watch?v=oYCOKce4Za4&pp=ygUaZ2V0IGFsb25nIGRlc2VuaG8gYWJlcnR1cmE%3D Abertura - kissyfur - Sbt - 1987 https://www.youtube.com/watch?v=CdZwdpOWUm4&pp=ygURa2lzc3lmdXIgYWJlcnR1cmE%3D Ursinhos Gummi - Abertura Dublado https://www.youtube.com/watch?v=_8XWBWyZe_s&pp=ygUOdXJzaW5ob3MgZ3VtbWk%3D
devocional coríntios leitura bíblica Mas trazemos este tesouro como que em vasilhas de barro, para que se veja que esse poder extraordinário pertence a Deus e não a mim. Sofremos em tudo dificuldades, mas não ficamos angustiados. Sentimos insegurança, mas não nos deixamos vencer. Perseguem-nos, mas não nos sentimos abandonados. Deitam-nos por terra, mas não nos destroem. Trazemos continuamente no nosso próprio corpo o sofrimento mortal de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nós. Enquanto vivemos, estamos entregues à morte, por causa de Jesus, de modo que também a sua vida se manifeste no nosso corpo mortal. Portanto, aquilo que tem mais força em nós é a morte; em vós é a vida. A Sagrada Escritura diz: Acreditei e por isso falei. Também nós acreditamos e falamos, pois temos o mesmo espírito de fé. Sabemos que Deus, que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há de ressuscitar, para nos reunir convosco e com Jesus na sua presença. Tudo isto acontece para vosso bem, a fim de que, sendo muitos a experimentar a graça de Deus, sejam muitos também a agradecer a sua bondade e a dar-lhe glória. 2 Coríntios 4.7-15 devocional A nossa debilidade é colocada a nu a toda a hora. Raro é o dia em que não percebemos como somos frágeis. Uma corrente de ar pode virar-nos, num instantinho, de pernas para o ar. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não nossa.” É precisamente a percepção da nossa vulnerabilidade física que nos leva a deixar de andar em bicos de pés. O sofrimento leva-nos as manias todas de auto-suficiência. Na dor os tiques de pedantismo ruem em três tempos. Não há aqui ponta de fatalismo, apenas a constatação de que na compreensão da finitude humana se passa a atribuir o mérito de cada pequenina coisa a Deus. Interiorizamos, finalmente, que o poder Lhe pertence por inteiro. Crescemos, pois, com as adversidades: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.” Vamos sendo burilados degrau a degrau, “trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste nos nossos corpos.” Abracemos, de uma vez por todas, uma cultura permanente de renúncia, permitindo que Jesus se evidencie em nós momento a momento. - Jónatas Figueiredo
Na maioria das vezes a gente não compreende que o que estamos vivendo e passando está nos preparando para o futuro. Crescemos na dor e, quando vamos morar fora, a intensidade torna tudo mais pesado. Contudo, depois de algum tempo criamos uma casca que mostra que tudo valeu a pena e serviu de aprendizado! Apresentação: Cláudio Abdo e Amanda Corrêa — Aproveite para nos seguir em nossas redes sociais: Instagram | YouTube | Acesse o nosso site: vagaspelomundo.com.br | Aproveite para dar like, classificar e compartilhar o episódio com mais pessoas!!! Este episódio tem o patrocínio de: America Chip: Você vai viajar para o exterior e quer ficar o tempo todo conectado? Acesse americachip.com e saia do Brasil já com um chip internacional. A America Chip (@americachipoficial) envia o chip para a sua casa antes da sua viagem e você não precisa se preocupar com o Roaming Internacional nem por um segundo. Chip internacional de alta velocidade é com a America Chip!
Hoje temos muito o que comemorar. Foram muitas conquistas até aqui. Ir às urnas, estudar, trabalhar. Dizer o que pensamos. Ocupar cargos públicos, estar à frente de grandes empresas. Tantas possibilidades que um dia foram sonhos, hoje é a realidade de muitas mulheres, que vêm contribuindo significativamente em todos os aspectos da sociedade. Mas temos muito a evoluir. Ainda lutamos por respeito, por direitos, para ocupar espaços prioritariamente masculinos. Crescemos muito com o empoderamento feminino, aprendendo o significado de termos como sororidade e empatia, que nos fizeram compreender e abraçar as dores e batalhas umas das outras. Entendemos, ao longo da história que, juntas, somos mais fortes. Mulheres extraordinárias que moldam o mundo com coragem, sabedoria e compaixão. Que brilham com as suas conquistas, emanando o poder que existe dentro de nós. E não vamos parar, pois sabemos onde podemos e queremos chegar e que não há limites quando se caminha com força, resiliência e determinação. Os desafios nos conduzem a fazer a diferença, pois cada mulher sabe do que é capaz. Não há dúvidas de que as mulheres podem ser tudo o que quiserem! O Banco do Brasil celebra o Dia Internacional da Mulher com todas as mulheres que, com sabedoria e graça, são inspirações e símbolos de coragem e esperança de um futuro mais igualitário e justo para todos.
Resultado confirma que o governo Lula recolocou o Brasil na rota do desenvolvimento. “Vocês lembram que a previsão de alguns era 0,9%? Crescemos bem mais que o previsto e vamos continuar trabalhando para crescer com qualidade e pela melhora de vida de todos”, destacou o presidente Lula nas redes sociais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o PIB de 2,9% e disse que o país precisa de mais investimento para crescer. Sonoras: Luiz Inácio Lula da Silva (Presidente do Brasil) [1'01''] Fernando Haddad (Ministro da Fazenda) [1'03'']
O ano de 2023 foi cheio de aprendizados e trocas importantes com especialistas que participaram do Conversas que Inspiram. Crescemos juntos, e assim continuaremos neste ano que se inicia. Novas inspirações, novos aprendizados, o mesmo intuito: te inspirar e contribuir para um mundo melhor. Acompanhe quinzenalmente o nosso podcast e fique por dentro de conversas inspiradoras sobre como promover a evolução da nossa sociedade. Produção: Wepod
O ano de 2023 foi de muita cultura na programação da RFI Brasil. Nossa equipe vistou as principais exposições de arte não só da França, mas pelo continente europeu. Acompanhamos juntos o lançamento de obras de escritores brasileiros na Europa, comemoramos o reconhecimento de diretores nacionais nos principais festivais de cinema do mundo e nos encantamos com as histórias contadas por meio de fotografias, quadrinhos e encenações teatrais. Porém, foi também um ano em que guerras e conflitos tomaram conta do noticiário, e a cultura, como não podia deixar de ser, respondeu como forma de protesto contra esses movimentos ou para mostrar que a arte e o belo ainda prosperam, mesmo em tempos difíceis.Pinturas, esculturas e artes plásticasNo campo das artes é possível destacar homenagens a grandes nomes da pintura e da escultura, como a mostra que comemorou os 50 anos da morte de Pablo Picasso e a exposição que reúne, no Museu d'Orsay, as obras de Vincent Van Gogh no período passado no pequeno vilarejo de Auvers-sur-Oise, a cerca de 30 km de Paris, onde o artista viveu, morreu e está enterrado.Ainda no d'Orsay, uma outra exposição traçou um paralelo entre as obras de Edouard Manet e Edgard Degas, dois pintores que foram contemporâneos, frequentaram os mesmos círculos artísticos, mas seguiram caminhos diferentes, sempre mantendo uma certa rivalidade artística.Voltando um pouco mais no tempo, até o século 17, fomos até Amsterdam e Delft, na Holanda, para acompanhar duas exposições em homenagem ao mestre holandês Johannes Vermeer, nascido em 1632. Hester Schölvinck, chefe de coleção e apresentação do museu Prinsenhof, falou sobre a exposição “Delft de Vermeer”.“O objetivo da exposição é mostrar a Delft do século 17, período em que Vermeer viveu na cidade. Partimos do começo, com o que conhecemos e tentamos ir além,” contou. Artistas estrangeiros também foram destaque neste último ano aqui em Paris. A Fundação Louis Vuitton apresentou uma retrospectiva do artista americano Mark Rothko, um dos nomes mais importantes da pintura do século 20, ligado ao expressionismo abstrato.Já a exposição Paris et Nulle Part Ailleurs (Paris e nenhum outro lugar), reproduz a efervescência da capital francesa nos anos 1950 e 1960. Destacando os artistas estrangeiros que influenciaram a cidade-luz no pós-guerra, a mostra reuniu obras que narram o exílio, voluntário ou não, e a relação estabelecida com a França, como explica o curador, Jean-Paul Ameline:“Havia cerca de 7 mil a 8 mil artistas estrangeiros presentes em Paris nesses anos do pós-guerra, o que é evidentemente enorme. Nós escolhemos 24 que são característicos de diferentes tipos de expressão neste momento. Não mostramos apenas pinturas e esculturas, mas também colagem de objetos, que são importantes, e instalações, porque Paris era também um lugar onde outros movimentos se desenvolviam”.Meio ambiente como expressão culturalO meio ambiente e a cultura brasileira também foram temas de exposições artísticas. A mostra “Antes da tempestade”, apresentada pela coleção Pinault, no prédio histórico da Bolsa de Comércio de Paris, convidou a uma reflexão sobre as mudanças climáticas. E em Lodève, no sul da França, um misterioso mecenas francês apresentou a Ivonne Papin-Drastik, diretora do museu local, a sua curiosa e vasta coleção de pinturas brasileiras datadas do século 20. As obras foram catalogadas, organizadas e apresentadas na mostra "Brasil, Identidades", como ela mesma conta.“Para dizer a verdade, foi ele quem entrou em contato comigo e sugeriu que eu fosse ver sua coleção. A principio não vi uma maneira de como poderia encontrar uma forma coerente de mostrar esses pintores diferentes no Museu de Lodève. Então decidi pesquisar sobre esses artistas e percebi que havia um aspecto interessante, que é essa questão da identificação com o território e a impregnação desse imaginário que podemos ter”, explicou."Arado Torcido"Na literatura, diversos lançamentos de autores brasileiros marcaram o ano por aqui. O best-seller “Torto Arado” ganhou uma versão em espanhol, intitulada “Arado Torcido”. O autor, Itamar Vieira Júnior, participou de uma série de eventos em Madri sobre realidade rural brasileira relacionados à obra.Foi também a vez de obras focadas em temas sensíveis. O repórter João Alencar contou à RFI a experiência de cobrir um dos conflitos de maior impacto na geopolítica mundial no início do século 21. No livro “Ao Vivo da Ucrânia”, ele revela atrocidades cometidas por russos na guerra que dura quase três anos.Já a advogada e escritora Ruth Manus percorreu as cidades francesas de Paris e Lyon, além de fazer uma visita à Genebra, para o lançamento em francês de seu "Guia Prático do Antimachismo", que busca tratar do tema com pedagogia e, ao mesmo tempo, com ativismo e combatividade, como ela contou em visita aos nossos estúdios.“Eu adoraria que este fosse um livro 'démodé', que fosse um tema que já ficou no passado. Mas não é. Não é no Brasil, nem em Portugal, nem na França e imagino que isso se estenda a outros países. Fico muito feliz pela oportunidade de publicar aqui, mas ao mesmo tempo, fico triste de ver que num país desenvolvido como a França isso também seja necessário” comentou. Histórias do Brasil em QuadrinhosApesar de ser um tipo de literatura muito apreciada pelas crianças, as histórias em quadrinhos também podem abordar temas sociais e históricos bastante complexos. No último mês de setembro, o quadrinista franco-brasileiro Matthias Lehmann lançou o álbum “Chumbo” que, mesmo sendo em francês, conta a saga de uma família durante os anos de ditadura no Brasil. O autor contou para a RFI de onde surgiu a inspiração para o trabalho.“A minha mãe casou com um francês, veio morar na França há 40 anos e ela tinha uma saudade tremenda da familia, do Brasil e ela transmitiu esse sentimento para mim e minhas irmãs. Crescemos com esse apego muito forte pelo Brasil e sempre quisemos reafirmar esse lado brasileiro. Fazer o 'Chumbo' foi uma maneira de explorar a história brasileira, entender melhor o que é o Brasil e qual é o meu relacionamento com este país,” explicou.Vale destacar que as HQs são tema de um importante evento literário, que acontece na França todos os anos no mês de janeiro, o Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos de Angoulême. O quadrinista brasileiro Marcello Quintanilha, que já conquistou dois prêmios no festival, teve uma retrospectiva da sua obra apresentada no icônico Museu de História em Quadrinhos de Bruxelas.“É incrível ter a possibilidade de expor no Centre Belge de la Bande Dessinée aqui em Bruxelas, porque Bruxelas é quase uma segunda pátria para as pessoas que se dedicam aos quadrinhos. Todo esse ambiente no que se refere ao quadrinho belga e franco-belga em maior medida é um ambiente no qual eu estou muito familiarizado”, afirmou.A sétima arte em 2023No cinema, os festivais europeus, mais uma vez, deram espaço para as temáticas brasileiras. O realizador carioca Leonardo Martinelli foi o vencedor do prêmio de melhor curta do Festival de Cinema Latino-Americano de Biarritz, com o filme Fantasma Neon.Já a edição de 2023 do Festival do Curta-Metragem de Clermont-Ferrand premiou as cineastas brasileiras Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles pelo filme “Escasso”. Elas conversaram com a RFI e falaram um pouco sobre esse projeto. Anastácia explica que a obra mistura um melodrama com a estética das favelas do Rio, focando no audiovisual brasileiro.“Escasso é uma entrevista, basicamente é um falso documentário. Um grupo de estudantes, ou de jornalistas, ou de filmmakers – a gente não coloca isso em pauta – vai entrevistar essa mulher para entender qual é a dela nessa casa. A partir disso, ele discute território, ocupação, identidade, fé, culinária, entre muitas outras coisas, dentro de uma estética da comédia e desse humor trágico que o carioca tem”, descreve.Impossível falar em cinema sem falar no Festival de Cannes. Apesar de o Brasil não ter sido premiado, a participação do país na última edição do evento foi considerada um sucesso. Seis filmes foram selecionados em várias mostras e a presença no “Mercado do Filme” foi relevante.O chefe de Promoção Cultural do Instituto Guimarães Rosa do Itamaraty, Adam Jayme Muniz, falou sobre a importância da promoção do audiovisual como mecanismo de diplomacia cultural do Brasil.“O audiovisual é estratégico porque, de todas as linguagens artísticas e culturais, é a que consegue de forma mais eficaz promover a imagem do país no exterior. O audiovisual dialoga com todas as outras linguagens, a literatura, a música, a arte. É nesse contexto que o audiovisual se posiciona de forma estratégica e conta com esse apoio grande de diferentes agências do governo federal”, disse.Fotojornalismo ovacionadoNa fotografia, 2023 teve, como destaque, o mestre Sebastião Salgado apadrinhando um prêmio com tema humanista e ambientalista em Paris; moradores apresentando seus olhares pessoais do 11º distrito da capital francesa e o fotógrafo Emílio de Azevedo fazendo uma releitura das expedições do marechal Rondon, através do resgate dos arquivos militares e de viagens à Amazônia. Teve também o festival de fotojornalismo Visa pour l'Image, que aproximou o público europeu de temas latino-americanos em Perpignan, no sul da França, no mês de setembro. O fotógrafo brasileiro Francisco Proner, que cobriu as eleições presidenciais de 2022 para o jornal francês Le Monde, teve sua obra apresentada e ovacionada pelo público presente.“O Brasil está muito em alta na Europa, tem muitas matérias sobre o Brasil, muito interesse, e acredito que os aplausos que recebi também foram para a vitória do Lula e para a derrota do Bolsonaro, não necessariamente para as fotos”, opinou. Teatro, circo e dançaNo teatro, circo, dança e política se misturaram em "23 fragments de ces derniers jours" (23 fragmentos dos últimos dias), um espetáculo bilíngue apresentado no Teatro Silvia Monfort. Enquanto o Festival de Avignon, no sul da França, destacou o trabalho da diretora Carolina Bianchi, uma das apostas da programação. E o Brasil esteve presente ainda no maior festival de marionetes do mundo, que contou com a participação do diretor Paulo Balardim com o espetáculo Habite-Moi, ou Habite-me, numa tradução livre para português."O espetáculo não apresenta uma história linear, mas três quadros que são intercalados por entreatos, que vão mesclar teatro de bonecos, máscaras e dança", diz. "É um jogo da atriz em cena. Ele vai orbitar no limite entre o inanimado e a vida e, dessa forma, fazer surgir presenças que vão contracenar com ela. Para isso, os bonecos vão adquirir vida e, à medida que vão sendo evocados, criam uma realidade ficcional íntima", completou. Há 60 anos, o Festival de Charleville-Mézières reúne artistas, marionetistas e um público de 170 mil pessoas para assistir às produções de mais de 80 companhias, de 25 países.No campo da cultura, o ano de 2023 foi de grandes eventos e importantes realizações não só para artistas e produtores, mas também para o público interessado, que pôde se divertir, se informar, torcer e se apaixonar com as obras, filmes, coreografias e espetáculos. E se “A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade”, como disse Pablo Picasso, que em 2024 possamos continuar a descobrir o mundo por meio da arte em todas as suas formas de expressão.
CRESCEMOS COM O PASSAR DOS (D)ANOS - DICA TERAPÊUTICA by Eric Pereira
Falar em Essência: um convite a olhar para você por outras lentes. O projeto Falar em Essência conta com a participação de pessoas maravilhosas, no compartilhar ideias sobre vulnerabilidade, coragem, conexão, autenticidade e claro, essência! E falando nisso...trouxe dessa vez alguém que faz parte de quem eu sou. Crescemos juntas, de crianças à meninas e hoje mulheres, que compartilham desse lugar especial. Vejam que riqueza a Paula, uma amiga e mulher incrível! #psicologiapositiva #bemestarbem #bemestarglobal #desenvolvimentohumanointegral #saudemental #saúde #bemestarmental #desenvolvimentohumanoegestãopessoal #desenvolvimentohumano #desenvolvimentohumanoorganizacional #bemestaresaude #bemestarnatural #desenvolvimentohumanoemmovimento #saúdemental #saúdeemocional #bemestar #saude #bemestaremocional #saudeemocional #mulheres #mulheresempoderadas #mulheresempreendedoras #mulherespoderosas #mulherespoderosas #mulheresempreendedoras #mulheresempoderadas --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/francine-escaquete/message
Esta semana estivemos à conversa com a Inês Ribolhos, mãe de 2 crianças, recentemente divorciada. Falámos com a Inês sobre todo este processo complexo do divórcio, como se sentiu, quais as pricipais preocupações e como vê a vida para a frente. Crescemos a ver histórias de amor onde os protagonistas casam e vivem felizes para sempre. Estamos certas de que vai ser assim connosco e quando nos apercebemos que a nossa relação não está a funcionar, que não estamos a construir uma familia feliz, há que ter coragem e agir. É uma decisão difícil mas às vezes tem que ser tomada. Voltar a pensar a um. Nao ter ajuda na gestão das finanças. Ter 2 semanas em cada mês sozinha. Passar a ter 6 meses de convivência diária com os filhos. Não é uma decisão tomada de ânimo leve mas quando a relação não é saudável e há muito mais dias maus do que bons é preciso equacionar e perceber se há maneira de trabalhar positivamente a relação ou se o melhor caminho é seguir cada um para seu lado. No caso da Inês foi esta a decisão que tomaram e, apesar de ser uma escalada difícil, sente que foi a decisão mais acertada para a sua familia. Vai vivendo um dia de cada vez, sempre com as crianças como prioridade, e tem vindo a aprender a estar consigo mesma e a gerir as suas emoções. Esperamos que gostem e que partilhem connosco as vossas experiências em relação a este tema. ISTAGRAM DA INÊS @pedeaopai http://instagram.com/pedeaopai INSTAGRAM @avidaacontece.podcast http://instagram.com/avidaacontece.podcast O vosso feedback é muito importante para nós, comentem e partilhem este episódio com alguém que sintam que está a precisar de ouvir isto. Obrigada por estarem connosco! Queremos agradecer ao Rodrigo e Filipe Pessoa Jorge por criarem a música do nosso podcast. Só se ouve uma pequena parte mas podem ver a jam session completa aqui http://youtu.be/8y57aAud__I
Gosto de uma série de coisas que hoje em dia podem facilmente ser consideradas como fora de moda: alguns modelos de calça que já não fazem muito sentido, alguns roteiros de viagem que se perderam no tempo, algumas comidas que já nem se encontra mais no supermercado. Mas a coisa mais fora de moda da qual eu realmente gosto é essa tal de gratidão. Não sei se a minha geração foi criada para entender esse conceito. Acho que não. Parece que temos que fazer muito esforço para entender isso, inclusive eu. A noção de gratidão é realmente um lance que ficou meio perdido nas últimas décadas e que faz com que nós fiquemos um pouco desconsertados ao olhar para essa palavra, assim como fica uma criança nascida nos anos 2000 ao olhar para uma vitrola, sem entender bem qual a sua finalidade. Crescemos com a nítida sensação de que somos credores da vida. Assim que nascemos começamos a debitar da conta dos outros uma série de dívidas que julgamos que eles têm para conosco e, assim, vamos tendo cada vez mais certeza de que somos verdadeiramente intocáveis e que o universo tem toda a obrigação de nos proporcionar a felicidade plena, não porque merecemos, mas porque temos direito. Nessa geração o raciocínio é o seguinte: em vez ser grato e devedor, o indivíduo sempre se considera um generoso credor. Não é ele quem é grato aos pais pela criação dedicada, são seus pais que lhe devem muito por ser bom filho. Não é ele quem é grato ao professor pelos ensinamentos que recebeu, é o professor que lhe deve muito pois “é ele” quem paga seu salário. Não é ele quem é grato ao chefe pela oportunidade de trabalho, é o chefe que lhe deve muito por ele cumprir todo dia suas obrigações. As coisas mais básicas num ser humano legal (retribuir o afeto da família, respeitar professores, estudar quando se tem oportunidade, trabalhar bem, cumprir horários, preocupar-se com os amigos, ser gentil com os velhinhos e dar seu melhor todo dia) tornaram-se um verdadeiro passaporte diplomático para o mundo dos semideuses. Fazer o mínimo vem se tornando o suficiente para tornar-se o máximo. E quanto mais longe nos colocamos do conceito de gratidão, mais a nossa vida parece vazia, incompleta. Voltamos mais uma vez à história do copo meio cheio e do copo meio vazio. Quem olha para sua vida e sente-se grato, tem um copo sempre meio cheio. Quem olha para sua vida e sente-se credor das pessoas e do universo, terá sempre um copo meio vazio. É preciso que a gente saiba resgatar essa ideia de gratidão. Olhar para as nossas vidas e pensar que temos muita sorte, pelo simples fato de termos a base: afeto, comida, teto, saúde. Precisamos parar de olhar para os nossos dias pensando no que não temos: o corpo ideal, o salário estratosférico, o namorado mais bonito, a dupla promoção, a viagem dos sonhos. Enquanto pensarmos que todos nos devem muito por tudo o que fazemos por eles, sem nunca nos dar conta de que as pessoas, em geral, fazem tudo o que podem por nós, seguiremos sendo essa famosa geração mimada, cujo objetivo vai ser sempre ganhar o mundo ao invés de ser grata por ter a oportunidade de tornar o mundo um lugar melhor. Por Ruth Manus
Gosto de uma série de coisas que hoje em dia podem facilmente ser consideradas como fora de moda: alguns modelos de calça que já não fazem muito sentido, alguns roteiros de viagem que se perderam no tempo, algumas comidas que já nem se encontra mais no supermercado. Mas a coisa mais fora de moda da qual eu realmente gosto é essa tal de gratidão. Não sei se a minha geração foi criada para entender esse conceito. Acho que não. Parece que temos que fazer muito esforço para entender isso, inclusive eu. A noção de gratidão é realmente um lance que ficou meio perdido nas últimas décadas e que faz com que nós fiquemos um pouco desconsertados ao olhar para essa palavra, assim como fica uma criança nascida nos anos 2000 ao olhar para uma vitrola, sem entender bem qual a sua finalidade. Crescemos com a nítida sensação de que somos credores da vida. Assim que nascemos começamos a debitar da conta dos outros uma série de dívidas que julgamos que eles têm para conosco e, assim, vamos tendo cada vez mais certeza de que somos verdadeiramente intocáveis e que o universo tem toda a obrigação de nos proporcionar a felicidade plena, não porque merecemos, mas porque temos direito. Nessa geração o raciocínio é o seguinte: em vez ser grato e devedor, o indivíduo sempre se considera um generoso credor. Não é ele quem é grato aos pais pela criação dedicada, são seus pais que lhe devem muito por ser bom filho. Não é ele quem é grato ao professor pelos ensinamentos que recebeu, é o professor que lhe deve muito pois “é ele” quem paga seu salário. Não é ele quem é grato ao chefe pela oportunidade de trabalho, é o chefe que lhe deve muito por ele cumprir todo dia suas obrigações. As coisas mais básicas num ser humano legal (retribuir o afeto da família, respeitar professores, estudar quando se tem oportunidade, trabalhar bem, cumprir horários, preocupar-se com os amigos, ser gentil com os velhinhos e dar seu melhor todo dia) tornaram-se um verdadeiro passaporte diplomático para o mundo dos semideuses. Fazer o mínimo vem se tornando o suficiente para tornar-se o máximo. E quanto mais longe nos colocamos do conceito de gratidão, mais a nossa vida parece vazia, incompleta. Voltamos mais uma vez à história do copo meio cheio e do copo meio vazio. Quem olha para sua vida e sente-se grato, tem um copo sempre meio cheio. Quem olha para sua vida e sente-se credor das pessoas e do universo, terá sempre um copo meio vazio. É preciso que a gente saiba resgatar essa ideia de gratidão. Olhar para as nossas vidas e pensar que temos muita sorte, pelo simples fato de termos a base: afeto, comida, teto, saúde. Precisamos parar de olhar para os nossos dias pensando no que não temos: o corpo ideal, o salário estratosférico, o namorado mais bonito, a dupla promoção, a viagem dos sonhos. Enquanto pensarmos que todos nos devem muito por tudo o que fazemos por eles, sem nunca nos dar conta de que as pessoas, em geral, fazem tudo o que podem por nós, seguiremos sendo essa famosa geração mimada, cujo objetivo vai ser sempre ganhar o mundo ao invés de ser grata por ter a oportunidade de tornar o mundo um lugar melhor. Por Ruth Manus
Crescemos a admirá-los. Vinham quase todos da seleção da Bulgária, muitos marcaram a geração dos anos 80 e 90. Radi em Chaves, Guetov em Portimão, Iordanov e Balakov em Alvalade, Kostadinov nas Antas. Foram, e são, os búlgaros do nosso contentamento, nomes imperdíveis e inesquecíveis. Este é o programa deles, para eles, carregado de boas memórias e golos para todos os gostos e feitios. Uma hora em modo «ov», a pensar nas páginas das cadernetas dos nossos quartos da infância e adolescência. No 'Domingo Desportivo', a personagem recuperada é Raúl Águas, primo de Rui e sobrinho de José. Fechamos com o 'Música, Maestro' e a melodia pensada por Alex James, dos Blur, para o Mundial 98.
Crescemos ouvindo que conselho não se vende. Se dá. Mas será que os valorizamos? Será que eles são valiosos? Falamos sobre isso neste episódio.
O marketing digital é uma ciência nova, faltam protocolos, profissionais e ferramentas de gestão. Somente a gestão profissional do marketing digital vai aumentar a produtividade da sua equipe e melhorar a performance das campanhas. A gestão correta de recursos é o que separa os profissionais dos amadores. **Links citados durante o Webinar:** • Martech Org - https://martech.org/ • Guia de Gestão de Marketing Digital - https://www.ekyte.com/guide/pt-br/ • O que é Maturidade no Marketing Digital - http://bit.ly/40ntomy • Fluxo de Trabalho no marketing digital (workflow) - https://bit.ly/42s2tYu • Diferença entre performance e produtividade no marketing digital - https://bit.ly/3LpMCkv • Como montar uma equipe de Marketing Digital profissional - http://bit.ly/3LBAT57 . . O eKyte é uma Plataforma de Gestão de Marketing Digital para Alta Performance, que guia e acelera equipes de marketing em todas as fases: ✅ Estratégia ✅ Produção ✅ Performance ✅ Conhecimento . Acelere sua equipe. Decole suas campanhas. . Para departamentos de marketing e agências digitais. . Crescemos rápido com o sucesso de nossos clientes. Agora estamos ainda mais fortes, com investidores líderes de mercado: Hotmart e Bossanova Investimentos. . #eKyte #marketingdigital #digitalmarketing #marketing --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/sincerocast/message
Este programa foi realizado no Templo Espiritual Maria Santíssima, dia 16 de abril de 2023 Apresentador: Julio Jesus
Crescemos ouvindo sobre a lei áurea da vida, “tudo o que queremos que seja feito conosco, devemos fazer com os outros”. Esses dizeres e suas variantes aparecem extensamente na tradição judaica contemporânea a Jesus e posterior também. O contexto que Jesus coloca isso é extremamente importante para compreendermos de maneira mais profunda essa lei. O contexto é o juízo e a bondade. Na explanação de Jesus, fazer aos outros o que gostaríamos que fosse feito conosco não se trata de reproduzir nosso desejo e até impô-lo sobre o outro. Trata-se de julgar o próximo de maneira positiva e ser bondoso para com ele em tudo. Essa dinâmica retira o foco de nós mesmos e coloca no outro e em suas necessidades. Texto base: Mateus 7:1-12
"Eu não devo nada a ninguém" Esse Povo A semana começa com a energia minguante da lua em Sagitário, uma energia que nos está a pedir para deixarmos conceitos, filosofias e crenças antigas para trás. Crescemos tanto e será durante esta semana com tanta tensão entre Neptuno, Sol e Mercúrio nos últimos graus de Peixes, que perceberemos no meio de tanta desconfiança e paranóia quais as máscaras que precisam de cair e entender o nosso medo no momento do desapego final. No fim de semana serão tomadas atitudes que privilegiarão o nosso reencontrado Eu. Domingo Mercúrio entra em Carneiro, Segunda é a vez do Sol e a chegada da Primavera e terça, é noite de Lua Nova. Virar a página. É desta Agora sim, over n'out --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/margarida-rodrigues2/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/margarida-rodrigues2/support
Nas aulas de História aprendemos sobre várias figuras importantes: desbravadores, cientistas e conquistadores lutando pela liberdade e progresso... Agora pare e pense: quantas figuras masculinas você lembra de ter estudado? E quantas femininas? Crescemos com a triste ilusão de que mulheres não fazem História… mas não se iluda, meu amooor! As mulheres SEMPRE estiveram presentes nas artes, na política, na educação, na ciência, na economia e nas causas sociais. Você já ouviu falar em Irena Sendler? E de Leolinda Daltro? Margareth Hamilton? Não? Então aperte o play e prepare-se para conhecer algumas dessas mulheres poderosas que tiveram seus feitos apagados e esquecidos. Bora pegar nossas pás e escavar essas histórias enterradas pelo patriarcado! ARTE DA VITRINE: Gabi Vasconcelos Versão Wallpaper da Vitrine REDES SOCIAIS Angélica Kalil - @kalilangelica Iana Villela - @ianavillela Andreia Pazos - @deiaduboc Agatha Ottoni - @agathaottoni CITADOS NO PROGRAMA Amigas Que Se Encontraram Na História: Volume 1 Amigas Que Se Encontraram Na História: Volume 2 Bertha Lutz e a Carta da ONU E a mulher criou Hollywood Vírgula do Episódio Harriet - O Caminho para a Liberdade (Netflix) Aracy (Globoplay) Estrelas Além do Tempo (Disney+) Big Eyes (Pluto TV) Mercury 13 o espaço delas (Netflix) E-MAILS Mande suas histórias, críticas, elogios e sugestões para: canecademamicas@jovemnerd.com.br EDIÇÃO COMPLETA POR RADIOFOBIA PODCAST E MULTIMÍDIA http://radiofobia.com.br
Nas aulas de História aprendemos sobre várias figuras importantes: desbravadores, cientistas e conquistadores lutando pela liberdade e progresso... Agora pare e pense: quantas figuras masculinas você lembra de ter estudado? E quantas femininas? Crescemos com a triste ilusão de que mulheres não fazem História… mas não se iluda, meu amooor! As mulheres SEMPRE estiveram presentes nas artes, na política, na educação, na ciência, na economia e nas causas sociais. Você já ouviu falar em Irena Sendler? E de Leolinda Daltro? Margareth Hamilton? Não? Então aperte o play e prepare-se para conhecer algumas dessas mulheres poderosas que tiveram seus feitos apagados e esquecidos. Bora pegar nossas pás e escavar essas histórias enterradas pelo patriarcado! ARTE DA VITRINE: Gabi Vasconcelos Versão Wallpaper da Vitrine REDES SOCIAIS Angélica Kalil - @kalilangelica Iana Villela - @ianavillela Andreia Pazos - @deiaduboc Agatha Ottoni - @agathaottoni CITADOS NO PROGRAMA Amigas Que Se Encontraram Na História: Volume 1 Amigas Que Se Encontraram Na História: Volume 2 Bertha Lutz e a Carta da ONU E a mulher criou Hollywood Vírgula do Episódio Harriet - O Caminho para a Liberdade (Netflix) Aracy (Globoplay) Estrelas Além do Tempo (Disney+) Big Eyes (Pluto TV) Mercury 13 o espaço delas (Netflix) E-MAILS Mande suas histórias, críticas, elogios e sugestões para: canecademamicas@jovemnerd.com.br EDIÇÃO COMPLETA POR RADIOFOBIA PODCAST E MULTIMÍDIA http://radiofobia.com.br
Nas aulas de História aprendemos sobre várias figuras importantes: desbravadores, cientistas e conquistadores lutando pela liberdade e progresso... Agora pare e pense: quantas figuras masculinas você lembra de ter estudado? E quantas femininas? Crescemos com a triste ilusão de que mulheres não fazem História… mas não se iluda, meu amooor! As mulheres SEMPRE estiveram presentes nas artes, na política, na educação, na ciência, na economia e nas causas sociais. Você já ouviu falar em Irena Sendler? E de Leolinda Daltro? Margareth Hamilton? Não? Então aperte o play e prepare-se para conhecer algumas dessas mulheres poderosas que tiveram seus feitos apagados e esquecidos. Bora pegar nossas pás e escavar essas histórias enterradas pelo patriarcado! ARTE DA VITRINE: Gabi Vasconcelos Versão Wallpaper da Vitrine REDES SOCIAIS Angélica Kalil - @kalilangelica Iana Villela - @ianavillela Andreia Pazos - @deiaduboc Agatha Ottoni - @agathaottoni CITADOS NO PROGRAMA Amigas Que Se Encontraram Na História: Volume 1 Amigas Que Se Encontraram Na História: Volume 2 Bertha Lutz e a Carta da ONU E a mulher criou Hollywood Vírgula do Episódio Harriet - O Caminho para a Liberdade (Netflix) Aracy (Globoplay) Estrelas Além do Tempo (Disney+) Big Eyes (Pluto TV) Mercury 13 o espaço delas (Netflix) E-MAILS Mande suas histórias, críticas, elogios e sugestões para: canecademamicas@jovemnerd.com.br EDIÇÃO COMPLETA POR RADIOFOBIA PODCAST E MULTIMÍDIA http://radiofobia.com.br
Filho da promessa, Isaque enfrentou resistências em sua peregrinação mas em tudo Deus o prosperou. Neste episódio refletimos sobre os poços de Isaque cavou e aprendemos com ele que se fizermos a nossa parte, Deus certamente fará a dele. Todas as manhãs, meditamos juntos nas Escrituras Sagradas e oramos por sua vida. Sua fé será aumentada e juntos conheceremos mais de Deus a cada dia. Inscreva-se no Podcast Família & Fé! E para mais informações, pedidos de oração ou contribuir conosco, acesse: https://www.duzzi.net
O ano de 2022 foi espetacular para o nosso canal! Crescemos muito, trouxemos muito conteúdo, convidados internacionais, e muitas outras novidades! E tudo isso motivado por vocês, que não só acompanham ativamente o canal, como também mandam seus feedbacks! Vamos falar sobre alguns números de 2022, e conversar sobre 5 dicas essenciais para o sucesso em 2023! Vamos juntos nesse novo ano? Eu conto com vocês! E qual conteúdo você quer ver em 2023? Vote ou escreva aqui na enquete do Spotify! Esse Podcast tem o apoio de Teams Ideas by Prosperi (https://www.teamsideas.com/). Tem curtido o nosso conteúdo? Que tal tornar-se membro do Capital Projects Podcast, apoiando o canal? Assim, podemos continuar crescendo e ajudando tantos profissionais da Gestão de Projetos! Acesse o link e confira os planos: https://lnkd.in/d8QQ6twk Acompanhe também as minhas redes: @andre_choma e https://linktr.ee/andrechoma Produção: Voz e Conteúdo – www.vozeconteudo.com.br - @vozeconteudo #capitalprojectspodcast #capitalprojects #projectmanagementinstitute #PMI #projetosdecapital #projectmanagement #gestaodeobras #planejamento #construção #engenharia #podcast #gestao #projetos #gestaodeprojetos #andrechoma #gerenciamentodeprojetos #gestãodeprojetoseobras #projectmanagementpractices #2022 #2023 #happynewyear #dicas
Temporada 4 do ResumoCast Assista a entrevista completa com a autora no nosso estúdio em São Paulo. https://youtu.be/xulKwdwAn3E Quer comprar esse livro? Faça uma busca na loja do ResumoCast na Amazon https://www.resumocast.com.br/amazon Para se tornar um Triber apoiador do ResumoCast, visite https://www.resumocast.com.br/apoiase ______________ Temporada 4 do ResumoCast Assista a entrevista completa com a autora no nosso estúdio em São Paulo. Quer comprar esse livro? Faça uma busca na loja do ResumoCast na Amazon https://www.resumocast.com.br/amazon Para se tornar um Triber apoiador do ResumoCast, visite https://www.resumocast.com.br/apoiase ______________ TRABALHAR NÃO É UM MAL NECESSÁRIO PORQUE O MUNDO PRECISA DO QUE VOCÊ FAZ: O SEU TRABALHO É UM BEM NECESSÁRIO E PODE IR MUITO ALÉM DAS SUAS TAREFAS DIÁRIAS. ELE ESTÁ PRESTES A SE TORNAR A SUA MISSÃO. Crescemos ouvindo que o trabalho é a única forma de viver uma vida plena e abundante. Essa narrativa nos conduz a uma rotina de funções exaustivas e, aos poucos, nos sentimos aprisionados a um emprego sem desenvolver propósito algum. Passamos a maior parte do dia trabalhando no piloto automático, focados apenas em produzir, mas no fim do mês voltamos a sentir um vazio que anseia a ser preenchido. E se fosse possível ocupar esse vazio sem precisar mudar de emprego e largar tudo? Neste livro, João Branco ensina o segredo para equilibrar trabalho e propósito de vida. O primeiro passo é entender que, independentemente da sua área de atuação, as pessoas precisam dos seus talentos. A partir disso, você descobrirá que o seu trabalho pode ser muito mais do que uma obrigação, tornando-se uma forma de servir com amor e deixar sua marca no mundo. Mude a forma como você encara seu trabalho e aprenda a: Sair do modo automático; Intencionar e focar a vida que você deseja; Dar valor para suas habilidades e talentos; Exercer seu trabalho com excelência; Viver uma vida com significado – nas horas pagas e nas horas vagas!Entre para o Clube do Livro: https://www.resumocast.com.br/apoiase
Crescemos com um conceito ocidental majoritariamente norte-americano quando falamos sobre divas da música. Mas uma italiana nadou contra essa correnteza e conseguiu ser a voz que representou um país inteiro no exterior, principalmente na segunda metade dos anos 90. Neste episódio, Brunno Lopez conta histórias e curiosidades da carreira da maravilhosa Laura Pausini. Ouça, compartilhe e divirta-se. -------- Acompanhem o Silêncio no Estúdio por aí: Nosso Site: http://silencionoestudio.com.br No Instagram: https://www.instagram.com/silenciopodcast No Twitter: https://twitter.com/silenciopodcast
Hoje trago-te a primeira conversa do nosso podcast GP3S, Divórcio Consciente. Mais de um ano e meio após o lançamento do Podcast, resolvi reeditar a conversa com a Sofia e voltar a partilha-la. A Sofia é filha de pais separados, conheço-a desde que nasceu. Crescemos juntas e conversar com ela é sempre um prazer imenso. A sua coragem e generosidade, levaram-na a aceitar este desafio e acompanhar-me nos primeiros passos deste Podcast. Já ouvi enumeras vezes este episódio, em todas elas me deslumbrei e aprendi mais um pouco; “poucos” somados e multiplicados, que me levam a reforçar a convicção de que ouvir estes filhos, agora adultos, é de uma relevância ímpar. Nesta conversa falámos sobre limites, protecção e verdade; como estes mudam ao longo do desenvolvimento das crianças e adolescentes, convocando os pais para a mudança e para o seu próprio desenvolvimento pessoal. Na primeira pessoa, a Sofia partilhou comigo a sua história pessoas e experiência de ser filha de pais separados. Espontânea e autêntica, esta minha amiga de sempre vulnerabiliza-se para dar voz aos filhos e contribuir para uma compreensão mais profunda das suas necessidades. Conteúdos abordados: § Como recebeu a notícia da separação dos pais; § As expectativas das visitas ao fim-de-semana; § A mãe enquanto “guardiã” da imagem idealizada do pai; § A relação com o pai ao longo do tempo; § A dor da idealização “desmantelada”; § A diferença entre irmãos: § A reconciliação dos pais; § A infância e adolescência; § As aprendizagens que ficaram da sua própria história; § Os limites nas relações. Ouve, partilha e contribui para uma cultura de relações saudáveis, responsáveis e autênticas.
Fado Bicha é um projecto musical e activista criado por Lila Fadista, na voz e letras, e João Caçador, nos instrumentos e arranjos. A dupla ocupou um género musical tradicionalmente rígido para desenvolver um Fado iconoclasta que rebenta com códigos e importa temas que não tinham ainda expressão no Fado, nomeadamente lutas que fazem parte das vidas das pessoas LGBTI em Portugal. A dupla vai tocar este sábado na Noite dos Fados, no Centquatre, em Paris, e passou pela RFI. Fado Bicha é um projecto subversivo que tira do armário um género considerado, por muitos, como sagrado : o fado. O disco de estreia sai nas plataformas digitais a 3 de Junho e chama-se “Ocupação” porque Fado Bicha ocupou um lugar que não existia com um repertório de intervenção urgente que dá voz a causas e corpos invisibilizados. “É obviamente um disco político e que procura também politizar quem o ouvir, despertar desconforto e despertar reflexão”, conta João Caçador. É também um álbum que “tem muito de dor e de luto”, acrescenta Lila Tiago, com lutas que ganham nova voz depois de tantos anos no silêncio. O disco conjuga o lado dramático do fado tradicional com novos ambientes sonoros e líricos. Há piano, guitarra eléctrica, baterias electrónicas, instrumentos de sopro, mas nenhum tema tem guitarra portuguesa até porque “era muito difícil - e continua a ser - encontrar alguém que queira tocar guitarra portuguesa” com Fado Bicha. Porquê? Porque “a guitarra portuguesa simboliza muito esse lado conservador do fado”. E Fado Bicha rompeu com as normas e devolveu ao fado a materialidade de uma “arte viva”. “Quisemos tornar esse património imaterial em património vivo e orgânico”, explicam. Uma releitura do fado em que criticam a masculinidade tóxica, cantam as dores das identidades “queer” num mundo de rejeição, denunciam o racismo e o patriarcado e criam hinos de empoderamento e liberdade. Um disco que dizem ser pensado como “um manual de sobrevivência LGBTI em Portugal em 2022, em forma de música e discurso". Fado Bicha é um dos projectos convidados para actuar na "Nuit 104 des Fados" no Centquatre em Paris, este sábado, 28 de Maio, no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França, ao lado de Mariza, Lina & Raül Refree, António Zambujo, Riot e Émile Omar. RFI: Porque é que descrevem o disco como “um manual de sobrevivência LGBTI em Portugal em 2022”? Lila Tiago: O álbum foi feito durante muito tempo porque começámos a gravar em 2019 com o nosso produtor Luís Clara Gomes (Moullinex) e foi sendo atrasado por várias razões, principalmente pela pandemia, mas acabou por abarcar um largo período do nosso trabalho e da nossa vida. Além disso, já começámos o projecto em 2017, portanto, já foi há cinco anos e este é o nosso primeiro álbum. Então ele reflecte este caminho que nós fizemos até agora e o álbum tem muito de dor e de luto, tem algumas músicas que referenciam, por exemplo, pessoas da nossa ancestralidade, da nossa família queer portuguesa da qual temos tão poucas referências e registos. E também tem muito de sugestões, de alegria e de luta. Queremos que tenha um pouco de passado e de futuro, representa-nos a nós, às nossas lutas e às nossas vidas pessoais, também aquilo que nos inquieta. Por isso, sentimos que é um pouco um manual de sobrevivência, por um lado de referência e de representatividade e, por outro, de luta e de futuro. Vocês também dizem que “o disco é o resultado uma jornada pessoal, artística e política”. Este é um disco manifesto, activista, “artivista”? João Caçador: É isso mesmo. O Fado Bicha começou por ser um exercício muito pessoal, interno, de nós as duas e, obviamente, enquanto corpos políticos que ocupam o espaço e que não querem fazer mais cedências tanto na vida pessoal como na vida artística, é obviamente um disco político e que procura também politizar quem o ouvir, despertar desconforto e despertar reflexão e, por isso, tentámos fazer um disco que trouxesse muitas propostas políticas, activistas, juntando a parte da arte com os nossos corpos, o que é inevitável. Por isso é que o disco se chama “OCUPAÇÃO”? Qual a simbologia deste título? Lila Tiago: Nós encontrámos, a certa altura numa entrevista, uma metáfora que nos serve muito bem e que é: nós puxámos uma cadeira que não estava lá para nos sentarmos à mesa. Esta mesa obviamente tem muitas acepções, não é só a mesa do fado em particular, mas é uma mesa de visibilidade e de existência plena. As pessoas LGBTI no mundo inteiro, mas falando especificamente de Portugal, estiveram à margem dessa vida plena e continuam a estar à margem dessa vida plena de muitas maneiras. Este disco obviamente não vai resolver isso, mas é um exercício simbólico artístico de ocupação nesse sentido, de recusar uma existência menos do que uma existência plena para nós. É também um disco, de certa forma, subversivo, que trouxe um sopro de liberdade ao fado, mas espanta que uma tal libertação só aconteça agora – se é que acontece - quando tivemos, por exemplo, um António Variações que tentou fazer isso há tantos anos… O que se passou? Portugal não estava preparado? Agora está? João Caçador: Este ano faz 40 anos da descriminalização da homossexualidade em Portugal, onde até 1982 a homossexualidade era crime e até aos anos 90 era uma doença. Nós sentimos que falta muito um debate e uma reflexão pública e conjunta e falta muita visibilidade LGBT em Portugal. As pessoas continuam a ter que viver as suas vidas dentro do armário, eu diria. Se calhar saímos do armário, mas depois entrámos todos juntos noutro armário com as famílias, com os amigos. Nós queremos dar um pontapé nessa porta que está há muito tempo fechada e com este disco ocupar esse património que também é nosso e as vidas que são as nossas e da nossa comunidade. Vamos então a esse “pontapé”. Já vamos ao lado musical, que é muito contemporâneo, mas primeiro as letras. De que falam as músicas no disco? Lila Tiago: O nosso disco é muito diverso e tem músicas que apontam para muitos sentidos, tanto musicalmente quanto liricamente também. Isso trouxe-nos alguma preocupação no sentido de pensarmos “Será que o disco fica coeso? Será que fica muito disperso?” mas acabámos por sentir - e estamos muito orgulhosas dele – acabámos por sentir que ele tem uma coesão lírica e conceptual muito forte, apesar de musicalmente apontar para muito sítios diversos. Por exemplo, falam no “povo pequenino, tão humilde, tão escarninho”, homenageiam “Lila fadista, bicha activista”, cantam “o meu nome é Alice e sou uma mulher trans”… Lila Tiago: Sim, é um pouco aquilo que eu disse no início. O disco tem muitas referências. Por exemplo, ao Valentim de Barros, logo na primeira música, que foi um bailarino português que possivelmente é a vítima mais visível, e ainda assim muito pouco visível, da homofobia de Estado e da homofobia da ciência médica. Ele foi internado na ala psiquiátrica do Miguel Bombarda, foi submetido a uma leucotomia à revelia do seu médico psiquiatra e acabou por viver a vida inteira num hospital psiquiátrico tendo um único diagnóstico a vida toda que foi pederastia passiva, ou seja, homossexualidade. Depois, temos músicas que referenciam não só pessoas da nossa ancestralidade, como a Gisberta Salce no “Medusa-me”, e também pessoas vivas, que estão à nossa volta, que compõem a nossa comunidade como a Alice Azevedo no “Fado Alice”, uma actriz e activista trans e nossa amiga muito próxima. Depois, tem músicas que reflectem a nossa visão de Portugal e as nossas preocupações num Portugal actual com uma força neofascista como terceiro partido político, por exemplo, e a nossa relação com o 25 de Abril. Nós somos filhas do 25 de Abril, nascemos já mais de uma década depois do 25 de Abril e, de alguma forma, olhamos para esse património e pensamos “que liberdade é esta que nós cantamos tão fortemente como fazendo parte do ADN de todas as pessoas que crescem neste país”? Mas, de facto, que liberdade é esta? A quem é que serve essa liberdade? Como é que essa liberdade é construída? Como é que ela é pensada, quando nós temos tanta dificuldade em aceitar que pessoas racializadas em Portugal nos escancarem o racismo que sofrem e seja tão difícil para tanta gente – e não digo só pessoas comuns, é só abrir os jornais e perceber nos comentadores brancos a dificuldade que têm em aceitar as narrativas de pessoas racializadas das suas próprias experiências. Que ideia é esta de liberdade? São vocês que escrevem as letras? Lila Tiago e João Caçador: Sim, a grande maioria, sim. Sentiram então essa urgência de serem porta-vozes de mensagens de certa forma chutadas para canto e silenciadas? Lila Tiago: Claro, claro. Nós adoramos fado, adoramos fado tradicional desde a adolescência. Nós cantamos fado porque é uma expressão absolutamente natural para nós e é exactamente aquilo que nós queremos cantar. Mas não nos interessava reproduzir as mesmas narrativas de há cem anos, dos amores e desamores. Interessava-nos sim, mas do nosso ponto de vista e dos nossos corpos, das nossas experiências. Em termos musicais, “OCUPAÇÃO” tanto evoca o lado confessional e dramático do fado tradicional, como o reinventa com outros ambientes sonoros e líricos. Há piano, há guitarra eléctrica, há baterias electrónicas, há instrumentos de sopro (clarinete e trompete), mas nenhum tema tem guitarra portuguesa. Porquê? João Caçador: Inicialmente era muito difícil - e continua a ser - encontrar alguém que queira tocar guitarra portuguesa connosco porque a guitarra portuguesa também simboliza muito esse lado conservador do fado, muito simbólico e o peso do fado. Temos uma guitarrista que costuma tocar connosco às vezes, que é a Fernanda Maciel, que é uma guitarrista portuguesa brasileira, uma mulher brasileira na guitarra portuguesa. O que é pouco comum, desde logo, uma mulher na guitarra portuguesa… João Caçador: O que é muito pouco comum. E a instrumentação que nós usamos é muito diferente porque nós vemos o fado como uma matéria viva, como uma arte viva, e quisemos trazê-lo para o nosso tempo, enquanto músicas que vivem o seu próprio tempo e, dessa forma, tornar esse património imaterial em património vivo e orgânico em que nós podemos trazê-lo para as nossas vidas. No fundo, é voltar às origens do fado que contava a vida do dia-a-dia de uma forma muito autêntica e nós contamos as nossas próprias histórias. Lila Tiago: E de acordo com as nossas possibilidades. Se não temos ninguém que toque guitarra portuguesa connosco, então não vai haver guitarra portuguesa. Mas, de certa forma, isso também traz um lado mais pop ao fado e até um lado mais vanguardista, ou não? Esse facto de não terem guitarra portuguesa mas terem outros instrumentos e uma batida mais electrónica? Lila Tiago: Eu não penso muito nessa questão da vanguarda e modernidade até porque eu acho que ela, às vezes, é usada contra nós no sentido de colocar as nossas identidades como invenções modernas, quando as pessoas queer e as pessoas dissidentes e as pessoas subversivas existem desde sempre - no fundo é a tradição que não as serve porque as elimina ou historicamente as eliminou. Eu penso mais em fazer com aquilo que temos à nossa volta, com as pessoas que se querem juntar a nós, que têm as suas forças para trazer ao nosso projecto. Fizemos este projecto com o Moullinex, ele é que nos conheceu primeiro, ouviu-nos num concerto muito por acaso e acabou por querer muito trabalhar connosco. Então, foi um processo muito bonito porque nós trazíamos as nossas composições e as letras e trazíamos as nossas influências e ele trazia as propostas dele. Era cada uma a puxar para o seu lado e a tentar encontrar um caminho comum e a entender o fado no meio disto. É como o João disse: há muito a ideia do fado autêntico como sendo com a guitarra portuguesa e a viola de fado e que o fado é assim desde há 250 anos. E isso não é verdade. O fado já passou por múltiplas mutações, qualquer objecto artístico, qualquer campo artístico se vai sempre mutando e reinventando à luz das gerações que seguem umas atrás das outras. E é isso que nós estamos a fazer. Vocês juntaram-se em 2017 e tomaram o Fado como ferramenta de trabalho e inspiração. Juntaram-lhe o adjectivo Bicha. Porquê? João Caçador: Foi até a Lila que quando começou o Fado Bicha usou essa palavra. Porque nós entendemos como uma palavra - que já existe, essa forma de visibilidade no Brasil que nós não inventámos nada - mas a ideia é de apropriarmos um insulto que foi dirigido contra nós durante muito tempo a agora usá-lo como arma de visibilidade e de identidade também para nós. A Lila fala muitas vezes que a palavra Bicha tem um simbolismo muito próprio porque - além de significar uma pessoa efeminada ou com aquilo que poderemos ver ou definir como uma coisa mais feminina da parte de um homem – tem uma carga de, para além da homossexualidade, de aproximar alguém masculino que abdica da sua masculinidade e se aproxima do lugar da mulher. Então, aquilo que subjaz à palavra bicha e homofobia é muito a misoginia de que um ser que se aproxima de um lugar feminino tem de ser punido socialmente por isso. É muito interessante para nós ter essas várias camadas nessa palavra e juntar o profano com o sagrado do fado, e uma identidade nacional com uma identidade que é vista como suja e que vem sujar e manchar o fado. Para nós, esse desafio artístico e pessoal também é muito interessante. Precisamente, vocês tocaram num campo algo sagrado, o fado. Como é que tem sido a recepção em Portugal e lá fora? Lila Tiago: A recepção tem sido incrível desde o início. Desde o início do projecto, a recepção tem sido maravilhosa. Eu acho que muitas pessoas se sentem excitadas pelo exercício que nós levamos a cabo, se revêem no que nós fazemos, nas nossas pautas, naquilo que trazemos a nível do discurso, adoram todas as experimentações que fazemos a nível musical. Crescemos muito, como é óbvio. Quando começámos foi num bar mínimo onde cabiam 20 pessoas e eu nunca imaginei que algum dia pudéssemos estar, por exemplo, a dar uma entrevista numa rádio em França. E eu acho que há uma energia de busca e de procura das pessoas para algo que elas sentem como sendo também arrancado da sua própria identidade e do seu património pessoal e cultural e traduzido à luz das suas preocupações actuais. Eu acho que muita gente se liga com esse exercício. Muito obrigada a ambas pela entrevista e também por nos trazerem um tema do vosso disco aqui aos estúdios da RFI. Trata-se de “Crónica do Maxo Discreto”, uma nova versão de um outro fado bem conhecido. Imagino que não tenha sido fácil reinventar este fado… João Caçador: O fado é o “Nem às paredes confesso”. Nós tocámos durante muitos anos essa música ao vivo, só que quando fomos gravar o disco os herdeiros dos direitos de autor recusaram – como muitos outros fados que nós tocávamos ao vivo – a possibilidade de nós podermos tocar esses fados. Então tivemos que recriar, mais uma vez, todos os fados que tocávamos e obrigou-nos a compor de raiz esses novos fados do álbum e a “Crónica do Maxo Discreto” é esse exemplo. Obviamente que tem influências desse fado “Nem às paredes confesso”, mas é uma música totalmente nova, foi a Lila que fez a letra, e foi muito interessante porque nos possibilitou trazer ou invocar essa figura do maxo discreto que é uma mistura de ódio e de desejo que muitas pessoas LGBT sentem e que traz a ideia das possibilidades do armário, dos lugares onde nos podem empurrar, tanto de liberdade quanto da falta dela. Então, é uma mistura que vive muito dentro de nós diariamente, esta ideia de viver dentro da norma e fora da norma. É uma versão bem empática e, ao mesmo tempo, provocadora dessa realidade.
Andámos a flutuar com Júpiter em Peixes, a hibernar e a sonhar- a sentir o pulso do mundo desvinculados de nós mesmo. Quase como a célebre imagem do filme 8 1/2 de Fellini em que suspensos nos dissolvemos no que nos rodeava. Foi necessário para nos reformularmos. Neste momento a energia que já se vem a sentir desde 10 de Maio é algo de muito diferente com Júpiter em Carneiro. Mais intensa e mediada por 2 planetas retrógrados e um eclipse lunar igualmente intenso em escorpião. Crescemos internamente e da nossa escuridão fizemos luz e matéria. Agora, chegou a hora de cortar o cordão e agir de forma próactiva e independente em direcção ao futuro. Que é agora. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/margarida-rodrigues2/message
Esta semana, o podcast Health Innovation aborda a variabilidade individual do tratamento médico com base em histórico familiar, subgrupos de classificação e outros fatores de acordo com o paciente. Crescemos vivenciando uma medicina que leva em consideração as doenças e pouquíssimo a individualidade do sujeito, focando nos sintomas e não em peculiaridades de cada um. Entretanto, com o avanço da tecnologia e a criação de novos procedimentos de saúde, isso pode estar mudando. A combinação do moderno com o tradicional pode trazer inúmeros benefícios aos profissionais e aos pacientes. No episódio desta semana, Laura Murta, Camila Pepe e Jonas Sertório discutem a medicina de precisão, que alia elementos de diagnósticos já conhecidos ao perfil genético da pessoa. Esse podcast é um oferecimento da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.
Crescemos e fomos treinadas a procurar fora de nós e até em outros que nos salvassem. Demoramos anos ou até mesmo a vida inteira para acreditar que o amor e o compromisso que merecemos ter com nós mesmas é único. Hoje, esse podcast é um convite para você saber que você é a mulher da sua vida. FAÇA PARTE DO MEU CANAL NO TELEGRAM: t.me/IsaRibeiroNNV COMPRE MEU E-BOOK - guia para uma vida mais leve: go.hotmart.com/H16766396K?dp=1 SIGA- ME POR AI: Instagram: instagram.com/ribeiro_isadora Blog: nanossavida.com/ Youtube: www.youtube.com/isaribeirocanal Facebook: www.facebook.com/nanossavidablog
“Na vida espiritual, quanto mais crescemos mais dependentes nos tornamos de Deus” (Padre Overland) 26/02/22 --- Send in a voice message: https://anchor.fm/jlio4/message
Na homilia deste sábado, 26 de fevereiro de 2022, Padre Overland explica como ocorre nosso progresso na vida espiritual: “Se na vida natural, quanto mais nós crescemos mais independentes nos tornamos dos nossos pais; na vida espiritual, quanto mais nós --- Send in a voice message: https://anchor.fm/jlio4/message
Pregador: Pastor Mathias Quintela de Souza l Culto de Celebração - Todos os domingos, às 10h30 l 1ª Igreja Presbiteriana Independente de Curitiba.
A mensagem final fala sobre caminhar pela nossa fé e não com a nossa visão material.
Diante do mal no mundo e até mesmo na nossa família, nós nos perguntamos se o poder das trevas é sem limites. A resposta da Bíblia é clara: todas as coisas, até mesmo as ruins, acontecem sob a vontade de Deus. Deus não produz o mal. No entanto, ao dar ao homem plena liberdade, permite que o homem cometa crueldades. No entanto, essa liberdade humana tem limites, que Deus coloca. Ficamos perplexos porque gostaríamos que algumas coisas fossem diferentes, que Deus agisse de maneira diferente. Os papéis não podem ser trocados. Deus é amorosamente soberano. O livro de Apocalipse mostra claramente isso. Tudo o que acontece é do conhecimento de Deus. A maldade é filha da liberdade, mas a liberdade está sob o controle de Deus. O Apocalipse nos mostra Deus em ação para colocar as coisas no eixo. Não precisamos nos desesperar: Deus está no comando. Há pessoas que se arrependem e há pessoas que não se arrependem. Quem considera sua vida e não reconhece os pecados que cometeu, continuará cometendo os mesmos pecados, com prejuízo para todos. Podemos aprender, como na história que se segue, que nossos erros ferem as pessoas, mas que podemos ter a atitude correta quando isso ocorre. O treino dos jogadores de futebol profissional se encaminhava para o seu final. Foi então que um atleta, perto da grande área, deu um “carrinho” num colega. (Na gíria do esporte, dar um “carrinho”é tentar tirar a bola do adversário por meio de um recurso violento em que o jogador se atira contra o adversário, deslizando na grama, com os pés levantados. Quase sempre, o golpe é dado com o outro atleta de costas.) O jogador atingido foi diretamente do campo para o hospital, tão forte foi a pancada. Os exames logo permitiram o diagnóstico: fratura do tornozelo, o que exigia uma cirurgia e um afastamento de vários meses dos campos. O jogador violento ficou arrasado. Logo depois do incidente disse, ainda na beira do campo, que, se pudesse voltar no tempo, trocaria de lugar com o seu colega machucado. No hospital, chorou com o companheiro, que o perdoou. O gesto demonstra que todos somos capazes de errar. Crescemos quando, tendo errado, tomamos a atitude digna: a de pedir perdão, não para atender a uma expectativa dos outros, mas como um desejo profundo do nosso coração, de um coração arrasado pelo que fizemos, seja uma imprudência, um excesso, um deslize ou uma crueldade. Somos capazes de errar com o desejo de nunca mais errar do mesmo modo. Sejamos também capazes de pedir perdão e, se for possível, reparar o que fizemos ou minimizar as suas consequências, sem esperar retribuição. AZEVEDO, Bíblia Sagrada Bom Dia
Toda criança já sonhou ser alguém que admirava, fosse ficção ou não. Super-herói, princesa, astronauta, jogador de futebol... E quando a criança se unia a seus amiguinhos, muitas vezes uma equipe completa de Power Rangers, X-Men, Liga da Justiça ou qualquer outro grupo de personagens era formada e garantia a brincadeira regada à imaginação. Crescemos, viramos adultos, responsabilidades se acumularam, mas com certeza, lá no fundo do coração, aquele nostálgico personagem ainda existe, e é difícil de não imaginar "como seria se eu fosse ele(a)?". Hoje, o D12Q voltará à infância e lembrará com carinho quais personagens cada um de nós gostaria de ter sido quando criança. Trilha sonora: Big Blues by Audionautix http://audionautix.com Royalty Free Music from Bensound
O Trilho da sabedoria Leitura bíblica 1 Quem teima em rejeitar as críticas, depressa será irremediavelmente destruído. 2 Quando os justos governam, o povo vive feliz; quando um homem mau domina, o povo sofre. 3 Quem ama a sabedoria dá alegria a seu pai; o que anda com prostitutas esbanja a fortuna. 4 Um rei que pratica a justiça assegura a prosperidade do país; mas, quando só pensa nos impostos, arruína-o. 5 Quem está sempre a elogiar o seu semelhante quer, de certeza, preparar-lhe uma armadilha. 6 Os maus caem na armadilha dos próprios crimes; o homem honrado vive alegre e feliz. 7 O justo reconhece os direitos dos pobres, mas o homem mau não compreende isso. 8 Os rebeldes provocam desordens na cidade, mas os sábios acalmam os ânimos. 9 Se um sábio entra em litígio com um insensato, irrita-se e cai em ridículo mas nada consegue. 10 Os assassinos odeiam aquele que é íntegro; os homens retos procuram o seu bem. 11 O insensato dá livre curso à sua ira; o sábio domina-se e reprime-a.12 Ao governante que presta atenção às mentiras, todos os seus servidores lhe parecerão criminosos. 13 O pobre e o opressor têm algo em comum: a ambos o Senhor deu olhos para ver. 14 O rei que julga os fracos com verdade consolida o seu poder para sempre. 15 Castigos e reprimendas dão sabedoria, mas um rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe. 16 Quando dominam os malfeitores, aumentam os crimes, mas um dia os justos verão a ruína dos maus. 17 Corrige o teu filho e assim viverás tranquilo, pois ele te encherá de satisfação. 18 Quando não há visão profética, o povo corrompe-se; quem cumpre a lei de Deus é feliz. 19 Não se corrige um escravo só com palavras: porque entende, mas não faz caso. 20 Há mais a esperar dum insensato do que de um homem que fala precipitadamente. 21 Quem poupa o seu criado desde a mocidade, acabará mais tarde por o lamentar. 22 O homem colérico levanta contendas; o irascível multiplica os crimes. 23 O orgulho do homem há de humilhá-lo; o humilde obterá honras. 24 O cúmplice de um ladrão prejudica-se a si mesmo; sabe que recai sobre si a maldição e não o denuncia. 25 Ter medo dos homens é uma armadilha; quem confia no Senhor está em segurança. 26 Muita gente procura a aprovação do governante, no entanto, o Senhor é que julga cada um. 27 Os homens justos detestam os desonestos; e os maus detestam os homens retos.Provérbios 29 in Bíblia para Todos Devocional Insistir no erro é uma palermice pegada, pelo que não dar o braço a torcer é revelador de uma teimosia séria que importa corrigir. Mal de nós se nos tornamos insináveis ao invés de ensináveis. É um curtíssimo passo que nos pode levar a cair ou não num precipício. Demos graças pelas críticas construtivas; desconfiemos, mas é, de elogios contínuos e da incapacidade de nos confrontarem com os nossos despistes. Mais vale um tabefe na alma do que palmadinhas nas costas. Crescemos sendo corrigidos e amparados por amigos que nos admoestam e não quando damos azo à nossa lamentável insubordinação. Travões nunca fizeram mal a ninguém. Façamos, pois, uso deles para parar ímpetos caídos. Tolerância zero para com a licenciosidade. Corrijamo-nos mutuamente em amor e com firmeza. Nenhum de nós quando está agarrado a algo podre se liberta disso com uma perna às costas, pelo que é necessário um plano intencional e concertado para a cabal restauração. Acatemos o auxílio externo quando manifestamente já não damos conta do recado. Abramo-nos a Deus e também aos recursos humanos, técnicos e espirituais, colocados à nossa disposição. Interrompamos a queda nas armadilhas de sempre. Deixemo-nos de guerras com pessoas insensatas, para não se dar o caso de nos tornarmos iguaizinhos. Rechacemos a ira e acolhamos a mansidão. Substituamos o orgulho pela humildade. Inclinemo-nos para a verdade e fiquemos hirtos peran
Crescemos tendo o significado de mordomia como “descanso”, mas será que no contexto cristão essa palavra tem o mesmo significado? Vem ouvir nosso bate papo de hoje pra descobrir
Chega! Cansei Cá chegamos Caramba, como conseguimos? Cada coisa... Corações costurados, Conexões cortadas, Consciência? Coitada Ceifada como capim! Começamos como coelhos Café cama chamego Café cama chamego Café cama chamego Caminhamos... Crescemos... Criamos crianças cachorros calos Compramos carro casa cobertores Casamos Como cúmplices compartilhamos Canções calor choro cachaça Cambaleando Caímos Como continuar? Cantando Chico César Como costumávamos
Me ajude a espalhar a palavra de Deus. Vamos compartilhar coisas boas, porque de ruim o mundo já está cheio. Acompanhe comigo, curta, comente e compartilhe este episódio.
Quanto vale o poder? A proporção da disputa por ele e o quanto somos capazes de correr riscos para conquistá-lo ou mantê-lo. O presidente Jair Bolsonaro está disposto a pagar o preço. O Auxílio Brasil é uma demonstração disso. Em substituição ao Bolsa Família, o atual presidente quer deixar sua marca. Demonstrar que sua presença no governo está voltada a redução da desigualdade e combate a miséria. Ameaças que rondam seu governo diante de uma inflação crescente que tem arranhado sua imagem e colocado em xeque a sua popularidade. Mas qual o preço a se pagar? O presidente está disposto a qualquer preço e está irritado. Na mesma proporção está o seu ministro da economia. Paulo Guedes que já demonstrações de desgaste não concorda com o valor desejado pelo presidente para o auxílio, R$ 400,00. Guedes quer R$ 300,00, e mesmo assim de “nariz torcido”. O valor desejado pelo presidente rompe em R$ 100,00 o teto de gastos. O impasse, segundo fontes do Planalto, pode levar a demissão de muitos assessores do ministro da economia. Eles não estariam dispostos ao pagar o preço da medida. Hoje, o ministério já arrasta problemas de excesso orçamentário e cortes de gastos questionáveis em setores considerados vitais. O mercado, que sempre demonstra o preço de uma medida de forma mais imediata já dá seus sinais. O Dólar chegou a R$ 5,59 e a Ibovespa fechou com alta de 3,28%. Números que impactam em investimentos e encarecem o setor produtivo. Principalmente para quem tem na importação de insumos uma necessidade. Nossa retomada da economia é pífia pela incerteza que estamos vivendo. Crescemos pouco para setores que tiveram imensas perdas e esperam uma recuperação rápida. Onde vamos parar? Ou melhor, será que vamos para algum lugar? Mas, as eleições estão chegando e é preciso abastecer a mente da população mais carente com ações de impacto, momentâneas. Aquelas que viram argumento definitivo na hora da escolha. A anestesia aos velhos problemas que são realmente as nossas mazelas. Auxiliar a população mais vulnerável a se manter é medida necessária. Contudo, manter esta população em situação de risco é cruel. O que não percebemos que falta uma reforma estrutural no país. Uma mudança na gestão dos gastos públicos e na prioridade da nação. Investir no que é duradouro e não ficar remediando com medidas efêmeras. Há uma diferença imensa entre manter o poder e superar os problemas que a sociedade vive tradicionalmente. A permanência da miséria, em muito subsidiada, é a garantia de que sempre teremos “falsos profetas” no poder que se garantem das migalhas distribuídas e geram um miserável submisso disposto a ceder. Este é o preço do poder.
Crescemos numa sociedade que não nos ensinou a nomear e identificar nossas emoções e sentimentos, e muito menos a acolhê-los. Vivemos num mundo em que o sucesso e o alto desempenho são a meta principal, em que todo fundo de poço tem que ter mola. Um mundo em que se fala muito de superação, de metas, de vencer, mas não se fala de sombras, de dores e perdas. Mesmo antes do fatídico 2020, o Brasil já era o país mais ansioso das Américas, segundo um relatório publicado pela OMS em 2017: 9,3% da nossa população tem algum tipo de transtorno de ansiedade e 5,8% é acometida por algum transtorno depressivo. Isso totaliza mais de 17 milhões de pessoas. Com a pandemia, somada ao catastrófico cenário econômico e político do país, e mais o estado generalizado de medo e raiva e frustração constante em que nos encontramos desde março de 2020, as pesquisas mais recentes dizem que 53% da população considera que sentiu uma piora em seu bem-estar mental (segundo o Instituto Ipsos) Pois é. A conversa de hoje é sobre um dos temas mais pedidos pela nossa audiência: tem muita gente querendo e precisando falar de saúde mental, e de falar a real, sem romantização e sem fantasia. E pra tratar disso tudo, contamos com a participação especial da psiquiatra Helen Raquel Soares Tadini. Indicações Livros: A insustentável leveza do ser - Milan Kundera Os continentes de dentro - Maria Elena Moran Talvez você deva conversar com alguém - Lori Gottlieb Filme: O lado bom da vida Ficha técnica do amor: Pesquisa, pauta e apresentação: Flor Reis e Thai Paschoal Produção de áudio: Paulo Pereira @odara.lab Design de capa: Julia Reis @createwithjulia Contato: convitepraseradulto@gmail.com