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Pergunta Simples
Como se filma uma boa história? Manuel Pureza

Pergunta Simples

Play Episode Listen Later Nov 26, 2025 56:11


Há criadores que operam dentro das fronteiras técnicas do seu ofício. E há outros que as redesenham. Manuel Pureza pertence à segunda categoria — a dos artistas que não apenas produzem obras, mas insinuam uma forma diferente de olhar para o mundo. Ao longo da última década, Pureza foi aperfeiçoando um dialeto visual singular: um equilíbrio improvável entre humor e melancolia, entre disciplina e improviso, entre ironia e empatia. Cresceu no ritmo acelerado das novelas, onde se aprende a filmar com pressão, velocidade e um olho permanentemente aberto para a fragilidade humana. Dali trouxe algo raro: um olhar que recusa o cinismo fácil e que insiste que até o ridículo tem dignidade. Na televisão e no cinema, a sua assinatura tornou-se evidente. Ele filma personagens como quem observa amigos de infância. Filma o quotidiano com a delicadeza de quem sabe que ali mora metade das grandes histórias. Filma o absurdo com a ternura de quem reconhece, nesse absurdo, o lado mais honesto do país que habita. Um humor que pensa Pureza não usa humor para fugir — usa humor para iluminar. Em “Pôr do Sol”, o fenómeno que se transformou num caso sério de análise cultural, a comédia deixou de ser apenas entretenimento. Tornou-se catarse colectiva. Portugal riu-se de si próprio com uma frontalidade rara, quase terapêutica. Não era paródia para diminuir; era paródia para pertencer. “O ridículo não é destrutivo”, explica Pureza. “É libertador.” Essa frase, que poderia ser um manifesto, resume bem o seu trabalho: ele leva o humor a sério. Independentemente do género — seja melodrama acelerado ou ficção introspectiva — há sempre, no seu olhar, a ideia de que rir pode ser um acto de lucidez. Num país onde o comentário público tantas vezes se esconde atrás da ironia amarga, Pureza faz o contrário: usa a ironia para abrir espaço, não para o fechar. A ética do olhar Filmar alguém é um exercício de confiança. Pureza opera com essa consciência. Não acredita em neutralidade — acredita em honestidade. Assume que cada plano é uma escolha e que cada escolha implica responsabilidade. Entre atores, essa postura cria um ambiente invulgar: segurança suficiente para arriscar, liberdade suficiente para falhar, humanidade suficiente para recomeçar. Num set regido pelo seu método, a escuta é tão importante quanto a técnica. E talvez por isso os seus actores falem de “estar em casa”, mesmo quando as cenas são emocionalmente densas. A câmara de Pureza não vigia: acompanha. É aqui que a sua realização se distingue — não por uma estética rigorosa, mas por uma ética clara. Filmar é expor vulnerabilidades. E expor vulnerabilidades exige cuidado. Portugal, esse laboratório emocional O país que surge nas obras de Pureza não é apenas cenário: é personagem. É o Portugal das contradições — pequeno mas exuberante, desconfiado mas carente de pertença, irónico mas sentimental, apaixonado mas contido. É um país onde a criatividade nasce da falta e onde o improviso se confunde com identidade. Pureza conhece esse país por dentro. Viu-o nos sets frenéticos das novelas, nos estúdios apressados da televisão generalista, nas equipas improváveis de produções independentes. E filma-o com um olhar feito de amor e lucidez: nunca subserviente, nunca destructivo, sempre profundamente humano. Há nele uma capacidade rara de observar sem desistir, de criticar sem amargar, de rir sem ferir. Infância, imaginação e paternidade Numa das passagens mais íntimas desta conversa, Pureza regressa à infância — não como nostalgia decorativa, mas como território de formação. A infância, para ele, é o sítio onde nasce a imaginação, mas também o sítio onde se aprende a cair, a duvidar, a arriscar. Esse lugar continua a acompanhar o seu trabalho como uma espécie de bússola emocional. Falar de infância leva inevitavelmente a falar de paternidade. Pureza rejeita a figura do pai iluminado, perfeito, imune ao erro. Fala antes da paternidade real: aquela onde se erra, se tenta, se repara, se adia, se volta a tentar. A paternidade que implica fragilidade. A paternidade que obriga a abrandar num mundo que exige velocidade. Talvez seja por isso que, quando dirige, recusa o automatismo: a vida, lembra, é sempre mais complexa do que aquilo que conseguimos filmar. Escutar como acto político Se há uma frase que atravessa toda a conversa, é esta: “Nós ouvimos pouco.” No contexto de Pureza, ouvir é um verbo político. Num país saturado de ruído, opiniões rápidas e indignações instantâneas, escutar tornou-se quase um acto contracultural. Ele trabalha nesse espaço de atenção — aquele que permite às pessoas serem pessoas, antes de serem personagens, headlines ou caricaturas. É por isso que o seu trabalho ressoa: porque devolve humanidade ao que, tantas vezes, o discurso público reduz. O que fica No final, a impressão é clara: Manuel Pureza não realiza apenas obras. Realiza ligações. Realiza espelhos que não humilham. Realiza pontes entre o ridículo e o sublime. Realiza histórias que, ao invés de nos afastarem, nos devolvem uns aos outros. Há artistas que acrescentam ao mundo um conjunto de imagens. Pureza acrescenta uma forma de ver. E num tempo em que olhar se tornou um acto cada vez mais acelerado — e cada vez menos profundo — isso não é apenas uma qualidade artística. É um serviço público da imaginação. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje recebemos alguém que não apenas realiza séries e filmes, mas realiza no sentido mais profundo do termo, a forma como olhamos para nós próprios, a maneira como nos espelhamos. 0:28 Manuel pureza é daqueles criadores que trabalham com rigor e com leveza, com inteligência, com humor, com disciplina e com um caos. Ele cresceu nas novelas, aprendeu a filmar sob pressão, descobriu um olhar que combina ternura com ironia e tornou se uma das vozes mais originais da ficção portuguesa. 0:46 E é capaz de pegar no ridículo e transformá lo em verdade, de pegar no quotidiano e transformá lo em drama, de pegar no drama e transformá lo em riso. Tudo sem perder a humanidade, o coração e a ética de quem sabe que filmar é escolher, ter um ponto de vista e que escolher é sempre um ato moral. 1:06 Neste episódio, abrimos as portas ao seu processo criativo, às dúvidas e às certezas, às dores e às gargalhadas, às memórias da infância e às inquietações da idade adultam. Falamos de televisão como um espaço de comunhão. Das novelas como um ginásio, do humor, como o pensamento crítico da arte de ouvir e de ser pai no mundo acelerado, da vulnerabilidade que existe por detrás de uma Câmara e, claro, de Portugal, este país pequeno, cheio de afetos e de feridas, onde tudo é simultaneamente muito absurdo e muito verdadeiro. 1:38 Pureza fala com profundidade e como honestidade às vezes. Desconcertante é uma dessas conversas em que senti que estamos a ver para além do artista, estamos a ver a pessoa, a sensibilidade das dúvidas, a Esperança e a inquietação de alguém que pensa o mundo através das histórias que nos conta. 2:05 Ao longo desta conversa, percebemos como as histórias, para Manuel pureza, não são apenas entretenimento. São uma estrutura emocional de uma forma de organizar o caos, uma linguagem antiga que herdamos mesmo antes de sabermos ler ou escrever. Falamos do poder das narrativas para dar sentido à vida, mas também do seu lado perigoso, porque todas as histórias têm um ponto de vista, todas têm escolhas e omissões, todas moldam a forma como vemos o que é real. 2:33 E ele, pureza. Assume isto sem medo. Assume que filma com olhar assumidamente subjetivo e que essa subjetividade é precisamente a sua assinatura. Não procura parecer neutro, procura ser honesto. Também exploramos a sua relação com o humor. 2:49 O humor que nunca é cínico, nunca é cruel, nunca é gratuito. O ridículo não é uma arma para diminuir os outros. É uma maneira de libertar, de expor o que há de comum entre nós, de desmontar o que é pomposo e de aliviar o peso de viver. 3:04 Diz na própria conversa que tudo pode ser ridículo e isso é uma forma de Redenção. O riso organiza o pensamento, afia o espírito, desarma o mundo e, talvez por isso, o pôr do sol. A série tem sido mais do que um fenómeno cômico, foi um fenómeno emocional quase terapêutico. 3:20 Um espelho carinhoso onde Portugal se reviu e se perdoou, um bocadinho. Falamos da ética, da ética, do olhar, de como se almar alguém. É sempre um ato de intimidade. De como se cria confiança dentro de um set de filmagens, como se dirige atores diferentes, como se acolhe fragilidades? 3:38 Várias. E falamos da amizade e esse tema que atravessa todo o trabalho de pureza, porque para ele, realizar não é apenas uma técnica, é uma escuta, uma presença, um cuidado. Ouvimos muitas vezes ao longo deste episódio, uma afirmação quase simples. Nós ouvimos pouco. 3:55 E quando alguém é capaz de. A olhar tanto e nos diz que ouvimos pouco. Vale a pena parar para escutar. E, claro, falamos de Portugal, um país pequeno, por vezes cínico, com uma profunda tendência para desconfiar do sucesso alheio. Um país que pureza filma com ironia, amor e lucidez. 4:14 E da inveja. Claro que falamos da inveja no país das novelas, do improviso, da criatividade teimosa, das personagens maiores que a vida. O país que ele conhece por dentro e por fora, e que aprende a amar com o humor, mesmo quando o humor é a única forma de suportá lo. Num dos momentos mais belos da conversa, falamos da infância, esse lugar de Liberdade, de curiosidade, de imaginação que pureza tenta manter vivo dentro de si. 4:39 E falamos também do que é ser pai, dos medos que isso acende, da responsabilidade que isso traz. Da paternidade iluminada, mas da paternidade real, onde se falha, se tenta, se repara, se ama e se recomeça. É um episódio cheio de emoções, pontos de vista e algumas surpresas. 5:01 Viva. Manuel pureza, olá, nós encontramo nos e na realidade, temos que dizer às pessoas desde já que há 2 características que nos unem na vida OKA primeira, gostar de pessoas. A segunda, sermos hipocondríacos. Ah, poças? 5:17 Bom, estou em casa sim, sim, sim. Poça altamente hipocondríaco? Sim. Olha, fala me das pessoas, para quem? Para quem não te conhece. Tu és realizador, és um dos mais originais e interessantes realizadores da ficção portuguesa, nomeadamente essa telenovela que subitamente se transformou num objeto de culto, uma coisa chamada pôr do sol. 5:40 Já agora digo te eu, a primeira vez que vi o pôr do sol, o primeiro episódio foi dos enganados. Achavas que era verdade. Pensei assim, é pá, mas o que é isto? Mas o que é que isto está? Mas, mas, mas, mas que coisa tão. EE depois. Lá está à terceira cena. 5:56 É aquela parte do ainda bem que ninguém ouviu o meu pensamento, claro, fala, me fala me desse fenómeno. Então esse fenómeno foi. Uma pulga, uma pulga, uma pulga, várias pulgas. Aliás, eu, eu, enquanto realizador, antes de começar a assinar as minhas séries, fiz 10 anos de telenovelas e fi Los numa lógica de ginásio. 6:22 Eu costumo dizer isto, ou seja, é uma tarefa difícil. É uma tarefa que luta contra. Vários tipos de preconceitos, não só meus, como de quem vê. É uma fábrica? É uma fábrica, sim. Aliás, será a coisa mais próxima de uma indústria audiovisual que nós temos em Portugal. 6:39 É, é, são as novelas. Não é? E isso filma se de que, de, de, de, de que horas? Até que horas? Filma se em horários que AACT se funcionasse não IA não preço, iria sim, iria tudo preço, não em boa verdade, até até podemos falar sobre isso mais à frente que é, eu estive envolvido nalgumas lutas laborais em relação à Malta, que faz novelas em Portugal. 6:58 Porque é pá, chega se a trabalhar trabalhava, se na altura 11 horas mais uma, quer dizer, IA receber colegas meus a receberem me francamente pouco, numa lógica de fazer 40 minutos diários de ficção útil, que é uma enormidade, uma alarvidade e que e que muitas vezes depois tem um efeito nefasto de das pessoas em casa. 7:17 Dizer assim é pá, isto é uma novela, isto não vale nada, mas o esforço das pessoas que estão a fazê la é hercúleo, é desumano. Não tem de ser forçosamente 11. Não tem furiosamente de levar as pessoas a apreciarem esse esforço como sinónimo de qualidade, porque muitas vezes as novelas não têm essa qualidade. 7:35 Portanto, não há tempo no fundo para respirar, para o tédio, para a repetição, para o prazer. Não, nem nem nem. Então por acaso que seja essa a função das novelas, até um certo ponto. As novelas historicamente são feitas para serem ouvidas, não para serem vistas, não é? Ou seja, não em países, não só Portugal, mas outros países machistas, em que as mulheres ficavam a tomar conta da casa e dali da casa, e não tinham trabalho. 7:57 Tinha uma televisão ligada para irem ouvindo. Por isso é que a novela é repetitiva. A novela é. Reiterativa há uma há uma métrica de comunicação. De comunicação, sim. E, portanto, se temos avançado tecnicamente e até qualitativamente nas novelas nos últimos 20 anos, porque temos? 8:13 Ainda estamos nos antípodas do que? Do que uma novela pode ser? A novela pode ser uma arma de educação fantástica. A novela pode ser um retrato. Quase numa perspetiva arqueológica do que é ser português em 2025. E não é disso que estamos a falar. Em quase nenhuma novela falamos disso, não é? 8:30 Talvez tenhamos 2 ou 32 ou 3 casos honestos de portugalidade nas novelas recentes. Ainda estou a falar, por exemplo, de uma novela que eu, eu não, eu não, não sou consumidor de novelas, confesso que não sou. Mas há uma novela que da qual me lembro da premissa que me pareceu interessante, que é uma coisa chamada golpe de sorte. 8:46 Uma mulher numa aldeia que ganhou o euromilhões. Isso pode ser bastante português. Parece me bem. Pode ser bom e tive um sucesso bastante grande e foi uma coisa honesta. Não era de repente alguém que é salvo por uma baleia no ataque de 2 tubarões e sobrevive porque foi atirada? Espera, enfim, ainda vou continuar, porque isso é uma realidade que acontece. Olha, porque é que nós, seres humanos, precisamos tanto de histórias para compreender o mundo? 9:08 Olha, eu acho que as histórias são o que nos estrutura, são aquilo que nos garante a sobrevivência. Até um certo.eu falo disto com os meus alunos. Eu às vezes dou uns workshops para atores e não só é só a palavra workshop dá me logo aqui, carrega me logo aqui umas chinetas um bocado estranhas. 9:24 O workshop downshoising downgraving assim não interessa estamos. Todos AAA praticar o inglês. O inglês neologisticamente falamos. A bom, a bom notícia é que nós, como falamos mal inglês, damos uns pontapés no inglês também terríveis, não é? Sim, sim, sim, mas sim, mas está o inglês. O inglês passou a ser uma espécie de língua Franca, exato, EEA. 9:41 Gente tem palavras bonitas para dizer. EEEEE não, diz. Voltamos às histórias, as histórias. E costumo falar disso com os meus alunos, que é que que passa por nós. Nós não nascemos com direitos humanos, não é? Não nascemos dentro do nosso, do nosso corpo. Não há aqui 11, saca com direitos humanos. 9:56 Houve alguém que inventou essa história e a escreveu numa numa carta universal dos direitos humanos e, portanto, a partir dessa narrativa de que as pessoas têm direito a ser felizes, direito a ter uma casa feliz, direito a ter uma família, direito a ser. A ter um trabalho, et cetera, essa narrativa e estou estou a, estou a, estou AA alargar Oo conceito, evidentemente essa narrativa salva nos todos os dias mais a uns do que a outros, infelizmente. 10:20 Então os dias correm, isso é muito frequente. Há há há zonas do mundo em que essa história não chega, não é? Essas histórias não chegam. A fantasia não chega. A fantasia, sobretudo, é essa coisa mais prática de, de, de, de nos regermos por aquela célebre história do Mello Brooks, não é? A Mello Brooks faz a história mais louca do mundo. 10:36 E o Moisés sobe ao sobe ao ao Monte e Deus dá lhe 15 mandamentos. Só que há uma das pedras que se parte. Ele diz, bom, ele deu me só 10. Inventou um bocado. Isto inventou mas 10 por acaso até um número melhor do que 15. Sim, 15 não dava. Jeito o marketing, ele lá da altura, o homem do marketing, disse disse 15. 10:53 Não dá jeito nada de ser mais redondo que não podem ser 17 nem 13. Não, não. Nem convém, não é para a enologia? Acho que não, não, não, não te ajuda nisso, mas eu acho que sim. As as histórias, sobretudo acima de tudo. Eu sou pai de 3 crianças. Uma criança mais velha que tem 14 anos e outra que tem 3 e outra que tem 11 ano e meio. 11:10 Já tens bom treino de conta histórias. Voltei a recuperá lo, não é? Ou seja, eu sempre andei sempre a treiná lo, porque esta é a minha profissão e é isso que me me entusiasma, não é? Ou seja, mais do que ter um ator que diz bem o texto que lá está e que o diz ipsis verbis como lá está, interessa me um ator que perceba o que é que quer ser dito e que o transforma numa história compreensível e emotiva. 11:29 Ou seja, no limite, é o que o Fellini diz, Oo Fellini diz. Oo cinema serve para para emocionar, seja para eu rir ou para chorar, serve para emocionar. EEO emocionar tem a ver com essa coisa das histórias. Quantas vezes é que tu não vês um é pá, o testemunho de alguém, uma carta que tu descobres 11 texto bonito, um poema simples ou soberbo, ou ou ou o que é que? 11:50 O que é que é uma boa história para mim, sim. Uma boa história é aquela que me lança perguntas, que te provoca sim, que me provoca perguntas, eu faço isso aos meus alunos lhe perguntar, qual é a tua história? E regregelas, confundem, qual é a tua história, qual é que é o meu bilhete de identidade? Então começam, Ah, nasci na amadora, depois foi não sei quê, depois não sei quantos, depois não sei quê, EEA mim, não me interessa, não me interessa mesmo saber se eles vieram da amadora ou não interessa me mais saber. 12:14 No outro dia, uma aluna dizia uma coisa fantástica, eu estou, eu estou aqui porque o meu irmão lê mal, é incrível, uau. E eu disse, então porquê? Eu já quero saber tudo sobre. Essa tua aluna? Queres ver o próximo episódio? Como é? A lógica é essa. Ou seja, eu acho que quando os miúdos estão a ler uma história como a Alice, querem saber quando é que ela cai no fundo do poço que nunca mais acaba. 12:31 Porque é que o poço nunca mais acaba? Porque é que no meio do poço se vão descobrindo retratos e coisas. E que poço é este? Que que coelho é este? Que coelho é que apareceu aqui a correr? E em princípio, não faz sentido nós, mas depois nós, nós nós entramos e embarcamos nesta história. E somos nós que a que a que a construímos. 12:47 Não é na nossa cabeça. Sim, sim. Na nossa cabeça, no nosso coração, de alguma maneira. Quer dizer, pensando, por exemplo, a minha experiência, a minha primeira experiência, aliás, a experiência que definiu a minha. Vontade de ir para para cinema e para o conservatório, et cetera. Conta te quando é que tu descobriste? 13:02 Foi haver uma lodon drive do David Lynch, eu tinha 15 anos. Que é um filme. Estranhíssimo, para filme extraordinário. Eu, eu não o entendo, lá está. Mas estás a ver? Portanto, mudou a tua vida e eu estou a sentir me aqui, o tipo mais perdido do mundo. Não, eu nem entendi o que é que eles estavam a falar. Não. A coisa fantástica desse filme é que é um filme absolutamente clássico, mas não está montado de maneira normal. 13:21 Ou seja, não há princípio, meio e fim por essa ordem. Mas ele é absolutamente clássico. É sobre a cidade dos sonhos, não é? É sobre um sonho. Sobre um sonho de uma mulher que desceu ao mais, mais mais horrível dos infernos de de Hollywood. E, portanto, aí eu vi me obrigado a participar nessa história. 13:39 Estás a ver? Tiveste que montar a história conforme estás a ver. Sim, e acho que isso é isso, é o que determina o que o que é uma boa história e o que é mero, no pior sentido de entretenimento. Podemos estabelecer aqui a diferença entre o que é que é uma. Uma história mais funcional, de uma história que nos que nos expande, porque todos nós, todos nós, temos a história. 14:01 Então, mas como é que foi? Olha o meu dia, eu vim para aqui, trabalhei, sentei, me e escrevi ao computador. E eu digo assim, não quero saber nada dessa história, quero mudas de canal, já não quero saber em cada muda de canal, às vezes mudamos até de conversa. Há há 27 páginas da literatura portuguesa que são muito características e toda a gente se lembra que é AAA caracterização da frente de uma casa chamada ramalhete. 14:24 E na altura, quando tínhamos 1415 anos, a dor achámos que era uma dor. Mas se se recuperarmos isso é provavelmente as coisas mais brilhantes, porque mistura precisamente o que tu estás a dizer, ou seja, uma coisa meramente funcional, não é? É. Esta era a casa e são 27 páginas e, ao mesmo tempo, essa casa é metáfora para o que se vai para o que se vai passar nos capítulos à frente é o. 14:47 Cenário. É EE, mais do que o cenário. É um personagem, não é aquela casa, é uma personagem. Porque os objetos podem ser personagens. Podem? Então não podem? Claro que sim. A Sério? Para mim, sim, claro que sim. Sem falar. Sem falar às vezes, eu prefiro atores que não falam do que com. Atores que? Não, eu digo isto muito dos meus atores. 15:03 É, prefiro filmar te a pensar do que a falar, porque. Porque isso é uma regra antiga do do cinema e da televisão, da ficção para televisão que é mostra me não me digas, não é? As as novelas são reiterativas, porque tem de ser tudo dito. A pessoa entra, diz, faz e pensa a mesma coisa. 15:19 E também não há muito dinheiro para para mostrar com com a qualidade e com é, dá. Há, não há é tempo. Talvez isso seja um sinónimo. Não havendo, se se houvesse mais dinheiro, haveria mais tempo e, portanto, eu acho que ainda assim seria absolutamente impossível alguém humano e mesmo desconfio que o site GPT também não é capaz de o fazer de escrever 300 episódios de uma história. 15:38 Eu estou. Eu estou a pensar aqui. Eu. Eu ouvi alguém a dizer, não me recordo agora quem, infelizmente, que era. Quando quando se faz um roteiro, aquilo que está escrito para se filmar uma determinada coisa, que todos os adjetivos que que lá estão escritos têm que ser mostrados, porque não adianta nada dizer. 15:55 Então entrou agora na cena, EEEE salvou a velhinha, certo? Está bem, mas isso não chega, não é? Sim, eu até te digo, eu, eu prefiro. Regra geral, os argumentos até nem são muito adjetivos, os argumentos, ou seja, o script nem é muito adjetivado. É uma coisa mais prática. Eu acho que essa descoberta está. 16:13 Não sei. Imaginem, imaginem a leres Oo estrangeiro do camus, não é? Tem Montes de possibilidades dentro daquele não herói, dentro daquela vivência, daquela existência problemática. Não é porque não se emociona, et cetera e tudo mais. 16:29 Como é que tu imagina que tinhas um argumento ou um script sobre sobre Oo estrangeiro? Eu acho que seria importante discuti lo profundamente com os atores. Tu fazes isso porque queres ouvir a opinião deles? Quero sempre eu acho que os atores que se os atores e as atrizes que são atores e atrizes, não são meros tarefeiros. 16:52 Qual é o fator x deles? O fator x? Deles, sim. O que é? Eu estou. Eu tive aí uma conversa aqui Na Na, neste, exatamente neste estúdio com com a Gabriela Batista, com a com a com a com a Gabriela Barros. E eu não preciso de saber e não sei nada sobre técnica, mas. 17:09 Eu, eu, eu imagino que qualquer munição que se dei àquela mulher, que ela vai transformar aquilo noutra coisa completamente diferente. O Woody Allen dizia uma coisa muito interessante que Era Eu sempre odiei ler e depois percebi que para conhecer mulheres interessantes, precisava de ler 2 ou 3 livros. 17:27 Para ser um pronto atual à certa. O que é que acontece com a Gabriela? A Gabriela é uma pessoa interessante. Os atores e as atrizes que são atores e atrizes são pessoas interessantes porque são inquietas, porque são atentas, porque percebem, porque conseguem. Conseguem ler não só uma cena, mas as pessoas que estão em cena com elas conseguem ler um realizador, conseguem ler uma história e, sobretudo, perceber. 17:50 Imagina se pensares no rei leão? Muitas vezes a pergunta sobre o que é que é O Rei Leão? As pessoas menos, menos levadas para as histórias dizem, Ah, é sobre um leãozinho. Que sofre? Não, não, não é sobre isso, é sobre família, é sobre herança, é sobre poder, é sobre legado, é sobre. No fundo, é sobre todos os conceitos que qualquer drama shakespeariano ou tragédia shakespeariana também é. 18:14 E, portanto, eu acho que quando tu encontras atores e atrizes a Sério, o fator x é serem interessantes porque têm ideias e porque pensam. Não se limitam a fazer pá. Um ator que se limita a fazer e diz o textinho muito, muito, muito certinho. É um canastal enerva me enerva, me dá vontade de lhes bater. 18:30 Não, não gosto disso, não me interessa. E isso não é sinónimo de desrespeito pelo argumento. É sublimar o argumento ou sublimar o scripta, a outra coisa que não é lida. É fermentar aquilo? Sim, eu diria que sim. É regar? Sim. Olha, eles oferecem te obviamente maneiras de fazer e a interpretação do texto, mas. 18:50 E tu tens a tua parte e a tua parte é aquilo que eu posso te chamar a ética do olhar, que é o teu ponto de vista o ponto de vista como eu queria dizer, como é que tu defines o ponto de vista? Como é que tu escolhes? Se queres fazer uma coisa mais fechada, mais aberta, de cima, de lado, o que é esse? E tu pensas nisso para além da técnica. 19:09 Sim, penso eu acho que o meu trabalho, Oo trabalho do realizador, no geral, é essa filtragem da realidade. Para, para encaminhar. Para encaminhar a história e encaminhar quem a vê ou quem, quem está a ver, para uma determinada emoção ou para uma determinada pergunta ou para determinada dúvida. 19:31 Para lançar de mistério. Enfim, eu, eu tenho. Eu sinto que eu tenho 41 anos, tenho já alguns anos de de realização, mas sinto que estou sempre não só a aprimorar, mas a encontrar melhor. Qual é a minha linguagem. 19:47 O pôr do sol não tem qualquer espécie de desafio do ponto de vista da linguagem. Ele é a réplica de uma de uma linguagem televisiva chata de de planos abertos, o plano geral. E agora vem alguém na porta, plano fechado na porta, plano fechado na reação, plano fechado na EE. Isso para mim, enquanto realizador, não foi um desafio maior. 20:05 Talvez tenha sido o desafio do corte, o desafio. Do ritmo da cena, da marcação da cena. Para, por exemplo. Há uma coisa que eu digo sempre e que é verdade no pôr do sol, sempre que as pessoas pensam, vão para o pé das janelas. Porque é uma cena de novela, não é? Eu vou aqui passar ao pé de uma janela e põem, se encostadas às janelas a pensar, não é pronto. 20:21 Isso tem muita. Influência olhando para o Horizonte? Horizonte longico não é essa aquelas coisas. Portanto, isso tem muita influência dos Monty Python, tem muita influência dos dos dos Mel Brooks, da vida, et cetera, porque eu, porque eu sou fã incondicional de tudo o que surge dessas pessoas. Mas, por exemplo, se me perguntares em relação à série que eu fiz sobre o 25 de abril, o sempre já é outra coisa, já não tem, já não há brincadeira nesse sentido. 20:45 E como é que eu conto? Como é que eu conto a história das pessoas comuns do dia mais importante para mim enquanto português, da nossa história recente para mim? E, portanto, essa filtragem, essa escolha, essas decisões têm a ver com. 21:03 Eu, eu. Eu sinto que sou um realizador hoje, em 2025, final de 2025, sinto que sou um realizador que gosta que a Câmara esteja no meio das personagens. No meio, portanto, não como uma testemunha afastada. Exato, não como uma testemunha, mas como uma participante. 21:18 Pode ser um, pode ser um personagem da minha Câmara. Pode, pode. Eu lembro me quando estava a discutir com o meu diretor de fotografia com o Vasco Viana, de quem? De quem sou muito amiga e que é uma pessoa muito importante para mim. Lembro me de estar a discutir com ele. Como é que íamos abordar a Câmara na primeira série que nós assinámos coiote vadio em nome próprio que se chama, até que a vida nos cepare era uma série sobre uma família que organizava casamentos e eram eram 3 visões do amor, os avós dessa desse casal que tinha essa quinta de casamentos, que vivia também nessa quinta, esse casal de avós, para quem o amor era para sempre o casal principal nos seus cinquentas, para quem o amor está a acabar por razão nenhuma aparente. 21:56 Desgaste, talvez. O amor às vezes acaba e é normal, e em baixo os filhos. Para ela, o amor às vezes, e para ele o amor é um lugar estranho, ou seja, repara. São uma série de aforismos sobre o amor que eu vou ter de filtrar com a minha Câmara. 22:11 Portanto, a maneira como eu filmo uso a voz em que o amor é para sempre está dependente de toque da mão que se dá da dança que se surge no Jardim dele, acordar a meio da noite, sobressaltado porque ela está junto à janela, porque está a começar a sofrer. De uma doença neurológica e, portanto, ele está a sarapantado e vai ter com ela e cobra com um cobertor. 22:31 Portanto, todos estes toques diferentes. No caso do casal principal que se estava a separar, eles nunca param muito ao pé um do outro e, portanto, a Câmara tem de correr atrás de um para alcançar o outro e nunca lá chega. Há uma tensão. Sim, há sempre uma tensão. E depois nos no. No caso dos mais novos, ainda era o mais específico. Mas diria que o Vasco sugere me e se falemos os 2 sobre isto. 22:51 E se a Câmara não for entre pé? E for respirada, não é, não é não é Câmara mão agitada, mas é eu sentir que há uma respiração Na Na lente que ela está um ligeiramente abanada. É o suficiente para, se eu estiver a esta distância da personagem e a Câmara estiver mais ou menos a respirar, eu sinto que eu próprio o espetador. 23:10 Estou sentado naquele sofá a olhar para aquela pessoa, a olhar para aquele, para aquela pessoa, para aquela realidade, para aquela família, para para aquelas ideias, não é? E para essa ideia? Que se tenta explanar, em 3 gerações, o que é o amor? A pergunta mais inútil que eu tenho para te fazer é, o que raio faz um diretor de fotografia num? 23:28 Filme, então o diretor de fotografia, para quem não sabe, é é Quem é Quem. No fundo, comigo decide a estética. Da imagem, a luz, a luz acima de tudo. Eu trabalhei já com vários direitos da sociografia, de quem gosto muito. O Vasco Viana é um deles, o Cristiano Santos é outro, porque é uma porque é. 23:44 Que se gosta de um e não se gosta tanto de outro? Não. Às vezes não tem a ver com isso. Eu não me lembro de um. Talvez em novelas que tenham trabalhado com diretos de sociografia, que, enfim, que foram bons, outros nem tanto. Mas eles constroem uma estética, constroem uma luz, um ambiente. Nas séries, sim. Não é no cinema, sim. 24:00 Na televisão. Acho que é muito complicado porque. Porque se obedece a critérios, sobretudo dos canais. Que vêm com uma frase, quando eu comecei a fazer novelas, ainda estávamos a discutir se a coisa havia de serem 16:9 ou 4 por 3. Portanto, parecia que ainda estávamos a quase na Roménia dos anos 60. 24:16 EEE não estávamos e, ao mesmo tempo, estávamos muito próximos disso. EEE. No fundo, o que o diretor da fotografia faz é essa escolha da cor, da luz, do enquadramento, claro que em concordância com aquilo que eu pensei, mas é a primeira pessoa que consegue consubstanciar. 24:35 A minha visão sobre a história é isso. Olha, OOA, escolha de um plano para filmar é uma escolha moral. Também estava te a ouvir, agora a falar do 25 de abril e de e, portanto, 11. A ideia que tu tens sobre as coisas depois interfere também na maneira como tu escolhes um plano. 24:51 O que é que vais filmar ou como é que vais? Filmar, eu acho que, sobretudo, tem a ver com o eco que a história tem em ti. Não é uma coisa acética nem agnóstica. É uma coisa implicada, não é uma coisa implicada, isto é, se há uma ideia tua enquanto autor. Sobre a história, que vais esmiuçar em imagens, é mais ou menos a mesma coisa. 25:11 Que tu sabes que a Sophia de Mello breyner aprendeu gramática na escola. Eventualmente português teve aulas de português. Suspeitamos que. Sim, pronto. Aprendeu a escrever, mas ninguém a ensinou a fazer poemas. Vem dela. E essa implicação na escolha das palavras, da métrica do soneto ou do verso, et cetera, ou da ou da Quadra, ou, enfim, seja o que for. 25:30 É uma coisa que lhe vem de uma decisão. Não é de uma decisão, nem que seja do espírito, não é? Eu acho que o realizador tem a mesma função quando quando se permite e, acima de tudo, quando se assume como realizador e não um tarefeiro a mesma coisa que o ator. 25:46 Olha, como é que tu estás a falar de ficção? Obviamente, mas a ficção tem um poder secreto que é alterar a realidade ou a nossa perspetiva sobre a realidade ou não. Quando eu vejo, quando eu vejo que tu filmas uma determinada coisa num determinado prisma, com uma determinada ideia, eu, eu já quase não consigo ver a realidade como a realidade é eu, eu, eu já já tenho mais uma camada de tu vais me pondo umas lentes, não é? 26:15 Quer dizer, olha para aqui, olha para acolá. Sim, mas repara, os livros têm o mesmo poder, não é? Desde que tu te deixes contagiar com uma ideia, a arte. A arte, seja ela. Seja ela sobre a forma de uma Mona lisa ou de uma comédia, não é é essa reconfiguração do real para ser percecionada pelo outro. 26:40 E o outro pode se deixar contagiar ou não se deixar contagiar. Imagina que tu não achavas piada nenhuma ao pôr do sol? Há pessoas que não acharam piadinha nenhuma ao pôr do. Sol desligas te não vais ver? Sequer. Mas não vais ver isso? O teu real continua, ou seja, a minha. A minha pretensão com o pôr do sol não é mudar o mundo. Não é mudar, é divertir, me em primeiro lugar e achar que isto pode pode divertir. 27:02 Pessoas pode fazer umas cócegas à moda? Pode fazer cócegas à moda, aliás, pode pôr o dedo na ferida até rir. Estás a ver. Sim, porque depois tu é assim aqui. A história obviamente é engraçada. EE aquilo dá vontade de rir, mas tu gozas com todo o tipo de preconceitos e mais algum que lá estão em cima da mesa. 27:17 Claro. E esse EE aí também se tem de fazer jus ao ao texto que me chega do Henrique dias. Ou seja. Eu, o Rui e o Henrique discutimos a ideia. Eu e o Rui tínhamos uma lista extensa de tudo o que se passa em novelas, quem é a esta hora, quem é que Há de Ser no meu telemóvel, beber copos, partir, copos, cavalos, bem, famílias ricas, et cetera. 27:36 Mas depois o Henrique tem esse condão de agarrar nessas ideias e de algumas de algumas storylines que nós vamos lançando, é pá. E fazer aqueles diálogos que são absolutamente fabulosos, não é? Quer dizer, lembro, me lembrei, me. Lembro me sempre de vários, mas há uma, há um, há um apidar no na primeira temporada, que é talvez o meu plano favorito, que é um dos membros da banda que vem a correr desde o fundo do plano e que cai em frente à Câmara e diz, não, não, eu estou bem. 27:59 Dê me um panado e um local que eu fico logo bué, pronto. Isto é uma coisa muito nossa, muito proximidade, que tem graça porque tu já ouviste alguém dizer isto e pronto. E quando se tem essa, quando se tem essa junção porreira de de sentidos, de humor. 28:17 A tendência é que isso crie, crie qualquer coisa de reconhecimento. O que nós encontrámos com o pôr do sol foi um reconhecimento, é pá, surpreendeu, me surpreendeu me ao máximo e depois açambarcou nos a todos e foi a Suburbano a sobrevoou me de uma maneira assustadora, foi, imagina, eu tive um acidente de Mota pouco tempo depois da primeira temporada acabar, fui ao chão e fiquei, fiquei magoado e fiz me nada de especial, estava no hospital. 28:46 E o enfermeiro chefe dizia, sistema anel, pureza, agora vou pôr aqui um megaze, não sei quê. Ou sistema anel, pureza, não sei quê, mas assim. 11 trato espetacular. Uma coisa muito, muito solene, muito solene, e é. Pá e nas tantas ele estava a fazer o tratamento e disse assim, é pá e vê lá se tens cuidado e eu, espera aí, houve aqui qualquer coisa, houve aqui um problema na Matrix ou então não sei o que é que aconteceu e o gajo diz, desculpe, desculpa, é que eu sou de massamá e eu sei o que é que é cheirar AIC 19, todos os dias que é uma tirada do pôr do sol posso chamar os meus colegas assim? 29:12 O que é que se passa? Entraram para aí 5 ou 6 enfermeiros. Dizer é pá, obrigado. Pelo pôr do sol, por isso é convidada, portanto, Na Na enfermaria. Todo todo arrebentado. E eles todos quando em dia e eu percebi pronto, isto bateu, bateu a um nível de podemos reconciliar a televisão com uma certa cultura pop que teve alguns exemplos extraordinários na comédia ao longo da nossa história. 29:34 Temos o Raul solnado, temos o Herman José, temos Oo Ricardo Araújo Pereira e o gato fedorento, o Bruno Nogueira. Esses. Esse, atualmente, o Bruno Nogueira e o Ricardo Araújo Pereira continuarão a? Fazer são fundações, no fundo, são coisas que a gente olha e diz assim, uou. Eu acho que experimentei um bocadinho disso. Ele experimentava esta equipa, experimentou um bocadinho disso, quando de repente temos pá, um Coliseu de Lisboa cheio para ver uma banda que está a fazer playback. 29:56 Nós fizemos isso com Jesus Cristo, não é? A banda do pôr do sol foi tocar, não tocou nada, ninguém deles. Nenhum dos tocou, não sabem tocar e. Esgotámos OOO Coliseu para ouvirmos uma cassete em conjunto e as pessoas foram. Para participar num episódio ao vivo que não era episódio, não estava a ser. Filmado sequer tu vendeste, tu vendeste uma fantasia que toda a gente sabe que não existia, mas a ideia de comunhão. 30:16 Foi nessa narrativa e eu acho que isto é uma coisa que nos anda a faltar cada vez mais, não é? Nós nós não temos essas comunhões. Tu vês uma série? Ou melhor, é mais frequente teres um diálogo com um amigo e diz assim, pá, tens de ver aquela série, não sei quê, é espetacular, não sei quê quantos episódios, viste? Vi meio, mas é espetacular. 30:32 E já não é aquela coisa de Bora fazer um? Serão lá em casa, em que juntamos amigos e vemos um filme? Como aconteceu antigamente, antes da televisão se alinear? Antes de antes da da televisão te permitir uma ilusão de poder da escolha, não é? Eu agora escolho o que vejo. E a televisão morreu? Nada, não. 30:49 Nem vai morrer. É como a rádio morreu, não é? Quer dizer, a gente volta e meia a rádio a. Rádio a rádio tem mais vidas que um gato. Não é pronto porque a rádio foi ver o apagão, não é? O apagão foi uma. O apagão foi um delírio. Apagou tudo para. Os da rádio? Claro, claro. Evidentemente, isso era o que havia. E isso é extraordinário, porque isso faz, nos faz nos perceber que a volatilidade das das novas tecnologias etcétera, pá, é porreiro, é óbvio. 31:11 Então agora temos aqui 2 telemóveis, estamos anão é? Estamos aqui a filmar. Temos boa parafernália, mas mas. No limite. Naquele momento em que achávamos todos que a Rússia atacar e não era nada disso, o que queríamos era ouvir alguém a falar. Connosco o fenómeno dos podcasts como este é eu, eu dou por mim assim que é. 31:30 Eu gosto de ouvir pessoas à conversa, porque me acalma e me baixa o ritmo do scroll. Há uma. Música, não é? E é EEEE, aprendes qualquer coisa. E por isso é que eu gosto de pessoas. Estás a ver quando eu, eu houve uma vez 11 coisa que me aconteceu que eu acho que que é pá, que eu nunca mais me esqueci, que foi um amigo meu. 31:48 Que, entretanto, nunca mais falámos, é um facto. As histórias foram para os sítios diferentes, mas um dia entrou me para casa, à dentro. Eram para aí 10 da noite e diz me assim, preciso de conversar. E perguntei, lhe mas o Gonçalo de quê? Não, pá de nada, preciso só de conversar. Tens tempo para conversar e eu fiquei. 32:07 Isso é uma grande declaração, isto é. Extraordinário. Pouco tempo depois, estava em Angola a fazer uma série, uma novela. Perdão, uma. A melhor novela que eu fiz na vida é que foi uma novela para Angola, uma coisa chamada jikounisse. E há um assistente meu, Wilson, que chega 2 horas atrasado ao trabalho, é pá e era um assistente de imagem, fazia me falta. 32:25 Ele chega, Ah, presa, peço desculpa, cheguei atrasado e tal só para o Wilson 2 horas atrasado, o que é que aconteceu? Tive um amigo que precisou de falar e eu juro te que me caiu tudo, eu não lhe. Eu quero ter um amigo assim, eu não. Posso, sim. Eu não me lembro disto acontecer em Portugal. 32:42 Para mim, disse. Para mim mesmo, eu não me lembro. De. De. De dar prioridade a um amigo em detrimento do trabalho. Porque o trabalho me paga as contas e os filhos e não sei quê. E o ritmo e a carreira. E eu reconheci me e de repente há um amigo meu que precisa de conversar. 32:58 Estamos a ouvir pouco. Então, não estamos eu acho que estamos. Estamos mesmo muito. Temos mesmo muito a ouvir, a ouvir muito pouco, acho mesmo, acho mesmo. Isso isso aflige me sobretudo porque há um, há um é pá. Eu estou sempre a dizer referências, porque eu, de repente, nestas conversas, lembro me de coisas. O Zé Eduardo agualusa assina 11 crónica, creio no público há, há uns anos, largos da importância de, de, de, de de fazer mais bebés, porque o mundo está tão perdido que só trazendo gente boa, muita gente boa de uma vez em catadupa. 33:29 É que isto melhora e eu acho, essa visão. Uma chuva de. Bebés uma chuva de bebés, mas de, mas de bebés bons, de bebés, inquietos, de bebés que fazem birras pelas melhores razões de bebés, que brincam sem computadores, sem coisas que que se que chafurdam na, na lama, et cetera, fazem asneiras. 33:45 Sim, sim, eu, eu, eu gosto muito de ser pai, mais até do que ser realizador, gosto muito de ser pai e acho que isso é é precisamente por essas, pelos meus filhos, claro que são os meus, mas se tivesse, se houvesse outras crianças. De que eu tomasse conta? Acho que era isso que é. 34:01 Tu perceberes que até uma certa idade nós não temos de nos armar noutra coisa que não ser só crianças. E acho que eu pessoalmente, acho que tenho 41 anos e às vezes sinto uma criança perdida até dizer chega EE, acho que pronto. 34:18 Enfim, o tempo vai adicionando, adicionando te camadas de responsabilidade. Agora temos temos de saber mexer microfones, inverter a água, et cetera, e meter fones, et cetera. Mas, no fundo, somos um bocado miúdos perdidos a quem? A quem se chama pessoas adultas porque tem de ser, porque há regras, porque há responsabilidades e coisas a cumprir. 34:35 Acho que só o Peter Pan é que se conseguiu livrar dessa ideia de poder. Crescer, coitado. Já viste? Pois é mesmo o Peter Pan sem andar com aquelas botas ridículas também. Exato. EE, qual é? Sabemos. E o capitar, não é? Pensando bem, a história dramática é o que quando estás com neuras a tua vida é um drama refugias te na comédia fechas te de ti próprio. 34:55 Não queres falar com ninguém? Quando estou com. Que é frequente é. Frequenta é? Então, o que é que te bate? O que é que te faz o. Que me bate é nos dias que correm e não só não conseguir tocar à vontade na minha função enquanto artista. 35:15 Isto eu vou te explicar o que é. Os artistas não precisam de ser de um quadrante político ou de outro. Eu eu sou de esquerda, assumidamente de esquerda. EEE, defenderei até à última este esses ideais. Ainda à esquerda, direita. Há, há, há. Eu acho que há, há. É cada vez menos gente com quem se possa falar de um lado e de outro. 35:32 Há uma. Polarização sim, sim, porque porque, enfim, isso são são outras conversas, mas o os artistas, no meu entender, estão a perder a sua perigosidade isso enerva me, ou seja, eu às vezes sinto que não estou anão, não estou a transgredir. 35:49 Não estou a ser perigoso, não estou a questionar, não estou. Estou a ir ao sabor de uma coisa terrível, que é ter de pagar as minhas contas. É o rame. Rame mais do que isso é eu deixar me levar pela corrida que é. Tenho de ter mais dinheiro, tenho de conseguir a casa, tenho de conseguir a escola dos putos tenho, não sei quê. 36:07 Devias ser mais um moscado, aquele que que dava umas picadelas aqui à. Eh pá devia questionar. Devia. Os artistas são se nasceram para isso e eu se me se eu me considero artista e às vezes isso é difícil. Dizer isso de mim, de mim para comigo. Eu imagina o Tiago Pereira, o Tiago Pereira que anda AA fazer um acervo da música portuguesa, a gostar dela própria, pelo pelo país todo, com gente antiga, com gente nova, com com gente toda ela muito interessante. 36:36 A importância de um Tiago Pereira no nosso, no nosso país, é é inacreditável. Quantas pessoas é que conhecem o Tiago Pereira? E, pelo contrário, não estamos focados Na Na última Estrela do ou do TikTok ou do big Brother ou de outra coisa qualquer. 36:51 Até podia ser uma coisa boa, estás a ver? Ou seja. Complementar uma coisa e outra. Sim, ou seja, eu, eu. A coisa que mais me interessa é saber quem é que com 20 anos, neste momento está a filmar em Portugal e há muita gente boa. Tu vês os projetos da RTP play e da RTP lab? E é gente muito interessante. Então, e porque é que? 37:06 Nós não estamos a estornar essa gente? E a e a potencial? Porque, porque a corrida? É mais importante, ou seja, tu queres a. Corrida dos ratos Na Na roda. É e é coisa de chegar primeiro, fazer primeiro, ganhar mais que o outro, não a solidariedade é uma, é uma fraqueza AA generosidade é uma fraqueza aplaudires alguém que é teu par é mais, é mais um penso para a tua inveja do que propriamente uma coisa de quem é que ganhamos? 37:34 Todos vamos lá. OOOO rabo de peixe, por exemplo, é um é um caso lapidar nesse sentido. Que é o rapaz? É extraordinário. É extraordinário neste sentido, eu? Posso? A primeira série é uma pedrada No No charco, que é uma coisa mágica o. 37:50 O Augusto Fraga, que é uma pessoa que eu, de quem eu gosto bastante e conheço o mal, mas gosto bastante, assina uma série que a primeira coisa que foi vista sobre essa série, ainda que estivéssemos a com 35000000 de horas ou 35000000 de horas, sim, vistas por todo o mundo. 38:08 Ah, não sei quantas pessoas, minhas colegas, tuas colegas, enfim, colegas de várias pessoas que estão a ver este mote caso dizem assim, ó, mas eles nem sequer fizeram o sotaque açoriano. Ah, e aquela e aquela ideia de não contrataram só atores açorianos? Pronto, sim, vamos ver uma coisa, porque porque é que vamos sempre para essa zona precisamente por causa da corrida, porque isto é importante. 38:32 A inveja é lixada? Nada. Fraga sim, a inveja é lixada e mais do que isso, esta inveja. É patrocinada pelo sistema, o sistema, o sistema sublima. Quando nós achamos que quem, quem, quem é nosso inimigo é quem faz a mesma coisa do que nós, nós temos menos de 1% para a cultura neste país. 38:50 E quando há dinheiro, quando há dinheiro, nós andamos a tentar queimar o outro para conseguirmos chegar ao dinheiro, ou seja, perante as migalhas. Nós não nos organizamos, a dizer assim. Pá a mão que está a dar as migalhas é que está errada. 39:05 Não. O que acontece é não. Mas eu já discutimos isso. Primeiro eu preciso de de amoedar as migalhas para mim e depois então discutimos, é uma. Corrida mal comparado de esfomeados. É, mas em vários. Mas é. Não estou a ver só na cultura, não é? Não é só na cultura. E. Já dizia o Zé Mário branco, arranja me um emprego. 39:22 O Zé Mário branco dizia tanta coisa tão mais importante, tão tão tão importante nos dias que correm, o Zé Mário branco, enfim. Mas eu até diria que isto, que este país que é pequeno. Que é pequeno em escala. Que é pequeno, que é pequena escala. 39:39 Podia ver nisso uma vantagem. Podíamos ver nisso uma vantagem, porque eu acho que o país somos nós e acho que as pessoas não. Não temos essa noção, não é EE essa e essa noção de que não dedicamos tempo suficiente a estarmos uns com os outros e de ligarmos as peças boas e de tornar isto uma coisa mais interessante, claro. 39:57 Interessa me, interessa me. Muito há uma cultura de mediocridade, não? Isso eu acho que não, o que eu acho é que há. Ou melhor, como é que se compatibiliza esse essa corrida dos ratos na roda, em busca da última migalha com coisas de excelência que subitamente aparecem? 40:13 Eu acho que quando tu sentes que isso é um acidente, rapaz, isso é um acidente, não é? É um acidente. Antes tinha tinha havido o Glória e nós tínhamos achado. Tio Glória era a primeira coisa da Netflix. Parece um bocado aquela coisa de o ator que é pá. 40:29 Eu sou um grande ator. Eu fiz uma formação no Bahrain para aprender a ser a fazer de post. Foi uma formação de meia hora, chega cá e dentro e vai dizer assim, é pá. Este gajo é bom meu. O gajo esteve no barrain. Vende-se bem este. Gajo é bom, não é? E de repente não. Ele esteve no barém a fazer de post e é melhor do que um puto que veio da PTC ou 11 miúda que veio da STCE está a tentar vingar. 40:50 Eu tive agora uma conversa por causa da da dos encontros da GDA para para o qual foi foi gentilmente convidado e foi foi incrível estar à conversa com Malta nova. Não é assim tão nova quanto isso, mas Malta entre os 25 e os 35 anos, atores e atrizes, em 4 mesas redondas em que IA assaltando eu, o António Ferreira, a Soraia chaves e a Anabela Moreira, é pá EEAEA dúvida é a mesma de que se houvesse uma mesas redondas de veterinários, de veterinários ou de médicos, ou de ou de assistentes sociais, que é como é que eu começo isto? 41:20 Como é que eu faço isto? Qual é o percurso, onde é que está? O repente GDA faz uma coisa incrível que é, vamos pôr as pessoas a conversar. É um bom início, pá, é um. Excelente início. E nós não andamos a fazer isso, não andamos a fazer isso, por mais associações que haja, por mais coisas, et cetera. E há gente a fazer este, a tentar fazer este trabalho. 41:38 Não há um sindicato da minha área que funcione. O sindicato dos criativos pode ser então? O sindicato, o Sena, o sindicato Sena. As pessoas queixam se que não é um sindicato, mas não estão nele. Quando eu digo que não há um sindicato, é o sindicato, existe. As pessoas é que não vão para lá e queixam se das pessoas que lá estão. 41:55 Isto não faz sentido nenhum. Ou seja, nós estamos sempre à espera que nos dêem. Mas é aquela coisa velha, essa coisa que foi o Kennedy, que disse não é não, não perguntes. O que é que o teu país pode fazer por ti? Pergunta te, o que é que tu podes fazer pelo teu? Portanto, não temos uma mecânica por um lado de devolução à sociedade daquilo que nós estamos AA receber e, por outro lado, de de agregação, num interesse comum, ou numa imaginação comum, ou em alguma coisa que podemos fazer juntos. 42:17 Eu, eu acho que, sobretudo, tem a ver com celebramos? Não, acho que não. Até porque é tudo uma tristeza, não? É, não, não, não. Eu acho que é assim. Eu acho é que é tudo muito triste porque não nos celebramos. Porque há razões enormes para nos celebrarmos, há razões mesmo boas, para nos celebrarmos. Bom, mas eu não quero deprimir te mas um tipo que chuta 11 coisa redonda de couro e que acerta numa Baliza é mais valorizado do que um poeta que escreveu o poema definitivo sobre o amor ou sobre a vida? 42:43 Mas isso, pão e circo? Isso pão e circo. E isso a bola também é importante. E está tudo bem? Eu sou. Mas tão importante. Não é? Porque eu eu gosto de futebol, gosto. Eu gosto de futebol, sou um, sou um. Sou um fervoroso adepto da académica de Coimbra e do. Falibana do Benfica, da da académica, sou da académica. 43:00 Está péssima, não é? A académica está terrível, mas é isso. Ou seja. Eu acho que tem, Maura continua, tem? Maura, claro. E terá sempre. Eu sou, sou, sou da briosa até morrer, mas. Mas de qualquer das maneiras, sinto que essa coisa que é, há espaço para tudo. Eu acho que eu o que faz falta? E animar a Malta? 43:17 É educar a Malta? É educar a Malta. Faz muita falta. Eu acho que faz muita falta a educação neste país. E isso tem a ver com política, tem a ver com escolhas, tem a ver com coragem. EAAA educação não tem sido muito bem tratada nos últimos tempos. 43:35 Se há gente que se pode queixar são os professores e os. Alunos, porque nós só descobrimos daqui a 10 anos ou 20 que isto não correu bem. Claro, mas já estamos a descobrir agora, não é? Depois, já passaram algum tempo sim. Quais é que são as profissões de algumas das pessoas que estão no hemiciclo que tu reconheces profissões não é? 43:52 De onde é que vêm? Vêm das jotas vêm. São juristas, normalmente economistas, certo? Mas um médico. Há um ou 2? Há um ou 2, há alguém que tu, um professor? Deixa de ser atrativo. A política devia ser essa coisa de eu reconhecer. 44:10 Figuras referenciais. Os melhores entre nós que que escolhidos para liderarmos, sim. Escolhidos por nós. Ou seja, porque é que eu acho isto? Mas eu acho isto desde sempre, sempre, sempre. Eu sei isto. Aliás, eu venho de uma casa que é bastante politizada. A minha casa, a minha família é bastante politizada. O apelido. 44:27 De pureza não engana. Pois não engana. Às vezes acham que ele é meu irmão, mas é meu pai. EE pá é um gajo novo. De facto, é um gajo novo. Mas é isso que é caneco. Quem são estas pessoas? Porque é que eu vou votar nestas pessoas, estas pá. A prova agora de Nova Iorque não é 11 Mayer de 34 anos, chamado zoranmandani, que de repente ganha as eleições sem os mesmos apoios, que teve outro candidato. 44:50 Não houve Bloomberg, não houve Trump, não houve nada. Houve um tipo que veio falar para as pessoas e dizer lhes o que é que vocês precisam, de que é que precisam, o que é que vos aflige, de que é que têm medo, que sonhos é que vocês têm? Isso é tão importante e tão raro. 45:06 Afinal, o método que funciona sempre não é fala com pessoas, conta uma história ou houve cria uma expectativa? Olha, porque é que o humor explica tão bem o mundo? Eu sei, também há o choro, porque é que o humor explica tão bem? Porque tudo pode ser ridículo. E é e é tão ameaçador, não é? 45:22 Claro, claro, claro. Olha o Rio, vai nu. Exatamente tal e qual tem a ver com isso, não é? E mais do que isso, é eu, eu acho. Eu sinto que nós vivemos num país que não tem assim tanto sentido de humor. E explico porquê nós não nos rimos tanto de nós. Rimos mais dos outros quando nos rimos de nós? 45:39 É é tipo, Ah, então, mas mas estão a falar de mim. Rimos de escárnio. Sim, os os melhores, as melhores pessoas, as melhores pessoas portuguesas a terem sentido humor são os alentejanos. Porque são eles que têm as melhores notas sobre eles. Que eles próprios contam? Exatamente quando tu tens um. 45:54 Eu não sou lisboeta, portanto, posso dizer mal à vontade de vocês todos que estão a ouvir. Quando o lisboeta disse assim também. Sou alto minhoto, portanto, já estamos. Estás à vontade, não é pronto quando o lisboeta disse. Tudo que seja abaixo, abaixo, ali do cavado é soul. É soul? Exatamente. Está resolvido, pá. A minha cena é coisa do quando o lisboeta diz, tenho aqui uma nota sobre alentejana dizer, Hum. 46:11 A minha família toda alentejana, pá. Não, não acho que acho que não é bem a coisa eu diria isso, ou seja, porque é que o amor explica tão bem o mundo, explica no sentido em que, de facto, isto esta frase não é minha, é do Henrique dias. E ele acho que acho que ressintetiza isto muitíssimo bem. O argumentista do pôr do sol, que é tudo, pode ser ridículo. 46:28 O gajo da bola de couro, um círculo de de de couro que é chutado para uma Baliza, é tão ridículo como é eventualmente alguma. De algum ponto de vista sobre a religião, sobre a política, sobre a economia, sobre os cultos? 46:46 Não é os cultos pessoalizados em líderes que de repente parece que vêm resolver isto tudo e são ridículos. Quer dizer, são ridículos acima de tudo. O mito do Salvador da pátria. O mito do Salvador da pátria não é? Depois ficou substanciado em 60 fascistas. Isso é para mim. Era expulsos ao ridículo. 47:02 Incomoda os imensos. Mas a gente já viu isto em vários momentos, desde momentos religiosos até momentos políticos que é. E este vem lá ao Messias, vem lá ao Messias. E o cinema português também. O próximo filme vem sempre salvar isto tudo. E é só um filme percebes o que eu estou a dizer? Ou seja, não. 47:18 Este é que é o filme que toda a gente vai ver e vai rebentar com as Caldas. Não, não tem de ser assim, é só um filme. Só me lembro da Branca de Neve, do João César Monteiro, não é que filmou uma coisa para preto, para negro? Sim, mas mais do que isso, estava a falar de termológica comercial que é, os exibidores estão sedentos? 47:35 Que venham um filme que faça muitos números e que salve o cinema, et cetera. A pressão que se coloca, se fosse fácil fazer um filme desses, até eles próprios administradores teriam ideias. Sim, faz mesmo. A campanha viral lembro me sempre é. Faz uma coisa que vai ocupar toda a gente vai falar exatamente e que vai ser uma coisa. 47:51 Extraordinária. Um escândalo, no melhor sentido. Não sei quê, não sei quê e depois não acontece porque não é assim que as coisas não é, as pessoas não vão, não vão. Nessas modas, aliás, as pessoas estão cada vez mais dentro. O paradoxo é que as pessoas estão cada vez mais exigentes. O que é bom? Sim, mas dentro desta lógica que temos falado, que é tiktoks, et cetera, volatilidade é uma coisa superficial e de repente já nem tudo cola. 48:12 O humor repara o humor. O Bruno Nogueira, por exemplo, é um bom exemplo disso que é o Bruno Nogueira faz 111 programa extraordinário vários. Faz os contemporâneos, faz o último a sair, depois faz o princípio meio e fim, que é uma coisa arrojadíssima. Sim, ele faz coisas sempre diferentes. 48:28 Não é ele. Ele. Ele quebra os padrões sempre. Mas se reparares agora, neste, no, no, no ruído, ele já não é a mesma coisa. É um programa de Sketch que tem lá uma história que num tempo distópico em que. Sim, mas aquilo resolve se a um conjunto de de Sketch e as. 48:45 Pessoas aderiram massivamente, portanto, eu acho que isto é assim. A roda vai dando voltas. Depois voltamos um bocado à mesma coisa. O Herman, por exemplo, o Herman que é um dos meus heróis da televisão. O Herman andou por todas essas ondas e agora está numa onda de conversa e tudo mais. 49:04 E continua a ter imensa. Graça mas ele pode fazer tudo o que? Quiser, não é? Pode. Chegou este mundo do mundo para poder fazer tudo. Sim, talvez não chegue a todas as gerações como chegava. Não é dantes. Eu lembro me, por exemplo, No No no célebre Sketch da da última ceia, não é? 49:20 Ele chegou a todas as gerações, houve umas gerações que odiaram isso foi incrível, eu adorei, eu adorei esse momento iá, e ele é também um dos meus heróis por causa desse momento, porque, porque, enfim, porque qual que lá está transgressor, perigoso artista? 49:38 O Herman é tudo isso sim. Pode a qualquer momento fazer dinamitar isto olha fora o humor, tu tens, posso chamar lhe maturidade emocional entre o felps e os infanticidas. O que, o que muda no teu olhar quando quando tu transpassas da comédia para, para, para o drama, o humor e a dor são são irmãos. 49:58 O sim, diria que sim, mas mais do que isso, é há coisas que me que me inquietam, não é? Eu com 41 anos e 3 filhos, EEE uma história já muito porreira. O que? É que te inquieta. Várias coisas. Olha esta coisa da do dos artistas, esta coisa da sociedade portuguesa, esta coisa de o que é que é ser português em 2025, o que é que é ter 41 anos em 2025? 50:21 A amizade, a amizade inquieta me há amigos que desaparecem e não é só porque morrem, há há. Há outros que desaparecem porque. Perdemos lhe o rasto. Ou isso, ou porque nos zangamos EEA coisa vai de vela e é assim. E a vida é dinâmica e. E às vezes questiono, me, não é? 50:37 Questiono me sobre quanto é que vale uma amizade, por exemplo, os enfatisídeos é sobre isso, não é? Ou seja, 22 amigos de 2 amigos de infância que aos 17 anos dizem, se aos 30 anos não estivermos a fazer aquilo que queremos fazer, matamo nos daquelas promessas adolescentes e de repente um deles apaixona se e casa se. 50:57 E ele às vezes não quer morrer e a amizade vai à vida. E aquele que ficou para sempre com 17 anos, que sou um bocado eu, não é? Porque eu acho os problemas aos 17 anos é que são os verdadeiros problemas da existência humana. Os outros são chatices da EDPE da epal estás a ver isso? São outros chatices pagar as contas, pagar contas é só isso, porque tudo o resto é só o que é que eu estou aqui a fazer? 51:17 Porque é que eu me apaixonei, porque é que ninguém gosta de mim, porque é que essas coisas são tão ricas, são tão boas de testemunhar eu tenho. Tenho um exemplo incrível de ter 11 filho extraordinário chamado Francisco, que tem 14 anos e que tem umas inquietações muito. 51:34 Muito boas pá, muito, muito poéticas, muito. É uma idade difícil. E boa. E tão boa. E tenho. Tenho muita sorte. Francisco é um miúdo incrível. Mas mesmo que não fosse, eu diria assim. Para ele e tu e tu estimulas ou acalmas as ânsias dele. Eu eu acho que sou eu e a mãe dele, acho que somos estimuladores da sua, das suas várias consciências, social, política, artística. 52:02 Mas temos uma, o respaldo que encontrámos naquele naquele ser humano, foi maior do que qualquer um incentivo que nós pudéssemos dar. Ou seja, nós lançámos um bocadinho, as paisadas para os pés dele e ele de repente floresceu. E é hoje em dia uma pessoa é um ser humano extraordinário e pronto. 52:19 E eu costumo dizer aos meus amigos que o primeiro filho muda a nossa vida, o segundo acaba com ela, uma terceira. Esta turística, sim, é pá. Eu acho que os 3 deram um cabo da minha vida. É uma dinâmica diferente, não é? 3. É, é ainda por cima estão os passados, não é? Um tem 14, outro tem 3, outro tem 1 ano e meio e para o ano provavelmente quero ter mais um filho, porque acho que é lá está eu estou com água, luz a tatuar aqui, algures, portanto, tu. 52:43 Vais salvar o nosso problema de de de naturalidade e demográfico. Eu espero que sim, eu já sou Oo chamado povoador dos olivais. Portanto, vão para sim, sim, olha o que é que te falta fazer para fecharmos o que é que anda o que é que andas a escrever o que é que anda, o que é que te anda a inquietar o que é que te anda aí a. 53:01 Debaixo do teu olho. Olha, estou concorri a uma bolsa para escrever um livro. Pode saber sobre o quê? Sim, sim, é um filme que eu não, que eu não tenho dinheiro para fazer e, portanto, vou fazer o livro. E depois pode ser que o livro reúna. E os bons livros dão sempre grandes filmes. 53:17 Ao contrário, os maus livros, eu sei que eu sei que vou ser fraquinha e, portanto, os maus livros dão bons filmes, os bons livros. Portanto, a tua expectativa é que o livro seja mau que é um grande filme? Sim, sim, não. Mas pelo menos seja seja livro. Isso é importante. Eu gosto imenso de livros. Gosto imenso de ler. É das coisas que eu mais gosto de fazer, é de ler. Fiz isso candidatei me EE. 53:33 Entretanto, estou a preparar uma série de outro género, completamente diferente, que é uma série de de fantástico de terror, escrita por 5 amigos, de que eu tenho muita estima. Por quem tenho muita estima, o Tiago r Santos Oo Artur, o Artur Ribeiro, o Luís Filipe Borges, o Nuno Duarte e o Filipe homem Fonseca. 53:51 Que é uma série chamada arco da velha, que terá estreia na RTPE, que se passa entre Portugal e a galiza e também vai ter uns toques de Brasil. E estou também a preparar outro projeto lá mais para a frente, que é provavelmente os projetos que eu mais quero fazer na vida até hoje, que estou a desenvolver com a Ana Lázaro, com a Gabriela Barros e com o Rui Melo. 54:13 É impossível falhar, já ganhaste. Completamente impossível falhar porque esta ideia original é da Gabriela e do Rui. Ei, e eles vieram ter comigo. E eu fiquei para já muito conten

netflix tiktok donald trump hollywood brothers european union portugal desde matrix os estamos brasil rio antes era hist quando qual uma quer ent bloomberg espero tudo rom ia esse ant sim nas sol ele depois agora vem aa tamb deus isso ao pelo aaa quais mois parece david lynch ainda foi malta fazer sem muito herman sabemos reden seja fala monte peter pan falamos primeiro gpt espera claro anal pereira perd tens monty python nem temos pronto muitas pois ei mayer sketch ee bora assume no no ferreira angola chegou esperan num conta bahrain lisboa essas falar bom liberdade tiago contar talvez pensando gra podem mel brooks vasco quase quero estou tenho esses imagina pouco fonseca faz mello posso inf vende deixa realiza obrigado voltamos isto henrique quantas sou influ dali gon benfica corrida messias olha neve portanto hum filipe dizer jesus cristo vontade enfim excelente crescer monteiro mota obviamente estrela acho nenhum gosto coimbra horizonte jardim jeito completamente pergunta fellini houve extraordin oo pureza branca perdemos regra franca rui nova iorque tive alunos tornou eram caldas gda evidentemente rtp beb fiz naquele ptc queres fraga na na ouvimos oooo rame viu escutar deles aic polariza atores voltei rir exatamente cresceu aprendeu nessas oka eee devia filma lembro quadra eventualmente complementar independentemente conseguem eea pensei o rei le coliseu soraia eeo imaginem filmar ricardo ara eeee entraram filmado connosco bruno nogueira gajo eeeee tiago pereira exato herman jos rimos cristiano santos aact ooa gabriela barros
Calvicie and Hobbies
264 | Um gajo muita fixe

Calvicie and Hobbies

Play Episode Listen Later Nov 17, 2025 38:22


Manuel João Vieira candidato à Presidência de República; Selecção Nacional sem CR7; adultos que não sabem dizer os Ls; um sonho com Tozé Brito; Venham Mais Cinco.

Rádio Comercial - Momentos da Manhã
O vegetariano não é um gajo couve.

Rádio Comercial - Momentos da Manhã

Play Episode Listen Later Oct 9, 2025 4:18


Birras de sono, K-Pop Alentejano e comida vegetariana.

El Gazebo
[En Bajita con Adan] EP 215 - Morderte el gajo

El Gazebo

Play Episode Listen Later Jun 17, 2025 11:22


TEXTEANOSSupport the show

O pé que João Pinto tinha mais à mão
Episódio 361 - Traça o gajo!

O pé que João Pinto tinha mais à mão

Play Episode Listen Later Feb 25, 2025 73:15


Ainda estranhamos o processo, que continua a testar a nossa paciência. Mas parece que a equipa também está com dificuldade em lidar com o famigerado... Melhorias ténues (visíveis?) abafadas por imaturidade e falta de clarividência. Siga a pré-época!

Renascença - Extremamente Desagradável
O gajo da Pipoca e o gajo da CMTV

Renascença - Extremamente Desagradável

Play Episode Listen Later Nov 22, 2024 16:49


Joana Marques fala nos do Gajo Gate, que opõe Leo Caeiro a Pipoca Mais Doce.

Jalisco Radio
Ibérica - O Gajo - 22 de Julio 2024

Jalisco Radio

Play Episode Listen Later Jul 22, 2024 51:35


Begoña Lomelí habla sobre el músico portugués O Gajo. Producción y conducción: Begoña Lomelí. Sistema Jalisciense de Radio y Televisión. Visita: www.jaliscoradio.com

ELLE Slovenija podkast
35. Gaja Filač: "Ni potrebe, da je glavna junakinja vedno popolna, vitka in prekrasna ženska."

ELLE Slovenija podkast

Play Episode Listen Later Jul 17, 2024 71:04


V novi epizodi ELLE podkasta voditeljica Petra Windschnurer gosti Gajo Filač, mlado gledališko in filmsko igralko, ki je širši javnosti postala znana z  vlogo v mladinskem filmu Košarkar naj bo. Gajo smo lahko letos poleg različnih vlog, ki jih je odigrala na gledaliških deskah po Sloveniji, zavzeto spremljali tudi v seriji Skrito v raju. Ta hip se pripravlja na novo gledališko sezono, med drugim tudi na igro Morska deklica avtorice Nine Kuclar Stiković, ki bo svojo izvedbo doživela 27. septembra 2024 v Mini teatru. Voditeljica ji je na začetku zastavila ista vprašanja, kot jih je v prejšnem podkastu Tjaši Železnik, ter mladi igralki namignila, da jo že sedaj zanima, kakšne odgovore bo podala nanje čez sedemnajst let.  Spregovorili sta tudi o Gajini družini, tisti tapravi in o njenih filmskih družinah, obenem pa tudi o tem, kako jo je definiral študij na AGRFT-ju in ali je v poklicu, ki ga opravlja, moč najti prave prijatelje. Celotnemu pogovoru lahko prisluhnete na platformi Metroplay. Najdete nas tudi na: ⁠⁠⁠⁠⁠⁠SPLETNA STRAN⁠⁠⁠⁠⁠⁠ ⁠⁠⁠⁠⁠⁠INSTAGRAM⁠⁠⁠⁠⁠⁠ ⁠⁠⁠⁠⁠⁠FACEBOOK⁠⁠⁠⁠⁠⁠ ⁠⁠⁠⁠⁠⁠TWITTER⁠⁠⁠⁠⁠⁠ ⁠⁠⁠⁠⁠⁠Instagram voditeljice⁠⁠⁠⁠⁠⁠ Petre Windschnurer.

… em 40 minutos
Pedro Laginha: "Sempre fui o gajo da História"

… em 40 minutos

Play Episode Listen Later May 26, 2024 40:27


Apaixonado confesso por história, sempre que pode escapa por uma recriação. Isto, enquanto não é ator ou músico... ou não está a narrar o novo podcast da Rádio Observador. Pedro Laginha Em 40 Minutos.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Bola Branca - Renascença V+ - Videocast
Vasco Faísca. "Conheci o Rúben Amorim no Belenenses há quase 20 anos, já era um gajo com coragem e inteligente"

Bola Branca - Renascença V+ - Videocast

Play Episode Listen Later Apr 25, 2024 1:35


Vasco Faísca. "Conheci o Rúben Amorim no Belenenses há quase 20 anos, já era um gajo com coragem e inteligente"

Se Rascó Así: El Manicomio Inhabitable
Episodio 201: Las Aventuras de Raja El Gul: A Puro Gajo y el Mojón con Hepatitis

Se Rascó Así: El Manicomio Inhabitable

Play Episode Listen Later Mar 26, 2024 121:18


Mejor que “Primer Impacto”. Superior a “Ocurrió Así”. “Lo Sé Todo” has nothing on us! Porque cuando se análisis de los eventos más trascendentales se trata, nadie los hace como los fu$&@%# Güanimes del Manicomio Inhabitable. Mío regresa al podcast y se trae un nuevo pana, “El Guimo Atómico”. Los “Pega Cuernos” están de fiesta en New York cuando legalizan el “adulterio” en la Ciudad de Los Rascacielos. Mientras la Isla protesta por su visita, quemando banderas americanas y exigiendo el cese al fuego en Gaza y además te venir a recoger dinero para su campaña electoral, ¿pa'qué demonios “la bella” Kamala Harris va a Puerto Rico? El Anticristo de Guavate tiene una fanática en el pueblito de Beeville, TX y a él se le está parando algo más que la oreja. Debbie aprovecha su break con 10 minutos solamente y la Maldad regresa al desierto. El bonche habla sobre los sucesos concernientes a la maestra quien salió embarazada del estudiante y la actitud de la familia por parte del estudiante. Dos partidos políticos se quedan afuera de las próximas elecciones en Puerto Rico y los federales prognostican que el servicio eléctrico podría aumentar su costo en un 80% en un futuro no muy lejano. Y para completar el “kapicú”, los muchachos reciben fotos más recientes de su infalible nemesis…¡EL MANDRIL RETURNS! ¡CÓMO LA ODIO! Con las participaciones de El Guimo Atómico, Alberto “Sir Super Servo” Reyes, Prof. Giancarlo “The Barbarian” Martinez, Carlos “Voodo Ranger” Solá, Deborah “Radioactive Girl” Mateo, Joey “The Other White Meat” Malavé, Gustavito “El Anricristo de Guavate” Cáez y Mío: ¡El Huevo Feliz! ADVERTENCIA: El material discutido en este programa no es apto para menores de 18 años y no representa la opinión de Spotify. Sugerimos discreción). ©2024 Se Rascó Así Productions. Derechos Reservados. --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/se-rasc-as/support

Ao Vivo
O GAJO: "Não há geografia que identifique o disco"

Ao Vivo

Play Episode Listen Later Jan 12, 2024 16:45


João Morais traz o projeto O GAJO a este episódio com a passagem do rock para a guitarra campaniça. Apresenta o novo disco “Terra Livre”, feito em colaboração com Ricardo Vignini.See omnystudio.com/listener for privacy information.

nuance2
Discussões de Casal (com PATRONI) | nuance #141

nuance2

Play Episode Listen Later Oct 8, 2023 114:46


Penúltima presença do Gajo de Cedofeita do vosso programinha, com a especial participação de algumas das pessoas que mais de perto o acompanham (e que a ele consignam parte do seu rendimento, adquirindo privilégios deste tipo).(0:00) - Preliminares: o que nos traz aqui e o que aí vem(9:57) - Projetos Paralelos: criatividade, disciplina e gestão de tempo(52:45) - O que distingue o Amor Romântico(1:06:55) - Beleza da Mentira(1:23:12) - Discussões de CasalQueres ser PATRONI?https://www.patreon.com/nuancepodcastJunta-te ao nosso DISCORD: https://discord.gg/jhsHPww5FJPASTAMOS NOS SEGUINTES PRADOSInstagram:http://www.instagram.com/nuancepodcasthttp://www.instagram.com/by.castrohttp://www.instagram.com/holdennevermorehttp://www.instagram.com/luisamadobessahttps://www.tiktok.com/@nuancepodcastTwitter:http://www.twitter.com/nuance_podcasthttp://www.twitter.com/goodboycastrohttp://www.twitter.com/holdennevermore

Ni meje za dobre ideje
Digitalno = zabavno

Ni meje za dobre ideje

Play Episode Listen Later Sep 21, 2023 8:09


Na Fakulteti za elektrotehniko UL smo obiskali Poletni tabor inovativnih tehnologij. Učenci so ustvarili izdelke, ki koristijo doma, v šoli ali ob zabavi s prijatelji. Poleg poučnih in zabavnih delavnic se odpravijo tudi na nekaj ekskurzij v visokotehnološka podjetja in ustanove. Pogovarjali smo se z Gajo Žumer, ki je vodja Laboratorija za digitalne tehnologije.

Brussels Jazz Alert (NL)

Kin Gajo blends groove-based jazz and instrumental hip-hop, experimenting in an unusual formation. Consisting of saxophone, accordion and drums, this trio is characterized by their infectious rhythms and catchy melodies. Their music transcends boundaries of genre and culture, using improvisation as an element for a more free approach. Kin, meaning a group or clan. Gajo, Romani word for a person living in or very nearby a society or culture without being part of it. In this episode Lefto Early Bird speaks with Stan Maris about the band and the musical influences.

Espelho de Narciso
"Este gajo em vez de fazer uma vinha criou uma seita." - É tudo à Lagardère

Espelho de Narciso

Play Episode Listen Later Aug 26, 2023 46:19


SBSR Podcast
Episode 1934: RádioSBSR | 5ª Viriato – com O Gajo

SBSR Podcast

Play Episode Listen Later Aug 23, 2023 53:53


Todas as 5as feiras, juntamo-nos na rua Viriato para um showcase em direto nos estúdios SBSR.FM.

1 Cover, 1 Copo
#7 IVO DIAS | Feliz pra Cachorro (5 a Seco) | "Há muita malta que divide o músico do gajo que toca e canta"

1 Cover, 1 Copo

Play Episode Listen Later Aug 3, 2023 52:40


Tendo a guitarra como sua fiel companheira desde os 13 anos, o Ivo tem trazido (com muita paixão) a sua música ao mundo, com uma veia musical complexa e muito influenciada pela música brasileira e alguns anos de estudo de Jazz. Para este cover, escolheu uma música dos 5 a Seco! Segue-nos: https://linktr.ee/1cover1copo Segue o Ivo Dias: https://linktr.ee/IvoMD CRÉDITOS MÚSICOS - Ivo Dias (Voz e Guitarra) - João Osório (Bateria e Backing Vocals) - Miguel Castro (Guitarra) - Julião Mendes (Baixo) Hosts do podcast: ⁠⁠⁠https://www.instagram.com/joaoosorio98/⁠⁠⁠ ⁠⁠⁠https://www.instagram.com/miguelyoncastro/⁠⁠⁠ ⁠⁠⁠https://www.instagram.com/juliao.cm/⁠⁠⁠ Estúdio: ⁠⁠⁠https://www.instagram.com/redstudio.pt/⁠⁠⁠ Áudio: ⁠⁠⁠https://www.instagram.com/diogo_nabais/⁠⁠⁠ Vídeo: ⁠⁠⁠https://www.instagram.com/tomasoestrondo/⁠

Coqueirocast
Coqueirocast #101 - Gajo da Serra? Bagulho doido.

Coqueirocast

Play Episode Listen Later Jul 11, 2023 71:57


Hoje nosso cast esta imperdivel, falamos sobre o menino da motoserra, e pedindo coisas pretuberantes. Com a presença ilustre de Marinaldo Filho, Edgar o 'EDitor', Victor do NerdVerso. Então vem e ouça esse cast que tem muito raios laser e memes datados. TWITCH DO COQUEIROCAST: twitch.tv/coqueirocast Nos ouça nas principais plataformas de streaming: Spotify: https://open.spotify.com/show/3yzIP4wmlj9TMTvW9iU0DH?si=EVrRztpVSxaMPrhhpXgyTQ Deezer: https://www.deezer.com/show/339392?utm_source=deezer&utm_content=show-339392&utm_term=1584305266_1553824021&utm_medium=web Amazon Music: https://music.amazon.com.br/podcasts/a1aebb53-4ed4-488c-91d6-139465c266aa/Coqueirocast Torne-se nosso apoiador em: https://anchor.fm/coqueirocast Interaja conosco em: email: coqueirocast@gmail.com Facebook: https://www.facebook.com/coqueirocast/ Instagram: @coqueirocast Twitter: @coqueirocast Beijos :) --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/coqueirocast/support

Coqueirocast
Coqueirocast #102 - É uma casa portuguesa, cheia de gajo.

Coqueirocast

Play Episode Listen Later Jul 11, 2023 67:07


Hoje nosso cast esta imperdivel, com a conversa mudando totalmente de experiencias para memes e palavras desconcertantes! Com a presença ilustre de Marinaldo Filho, Edgar o 'EDitor', Victor do NerdVerso e nosso GAJO Robson Pê. Ora pois, estas a esperar o quê? TWITCH DO COQUEIROCAST: twitch.tv/coqueirocast Nos ouça nas principais plataformas de streaming: Spotify: https://open.spotify.com/show/3yzIP4wmlj9TMTvW9iU0DH?si=EVrRztpVSxaMPrhhpXgyTQ Deezer: https://www.deezer.com/show/339392?utm_source=deezer&utm_content=show-339392&utm_term=1584305266_1553824021&utm_medium=web Amazon Music: https://music.amazon.com.br/podcasts/a1aebb53-4ed4-488c-91d6-139465c266aa/Coqueirocast Torne-se nosso apoiador em: https://anchor.fm/coqueirocast Interaja conosco em: email: coqueirocast@gmail.com Facebook: https://www.facebook.com/coqueirocast/ Instagram: @coqueirocast Twitter: @coqueirocast Beijos :) --- Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/coqueirocast/support

A Milhas
A Milhas #48 - JÁ TENHO AIRFRYER!, Queimei-me na mão com picanha e Gajo da Era da Caparica de novo

A Milhas

Play Episode Listen Later Jun 20, 2023 40:20


Estava a assar picanha com o lume a arder queimei a mãozinha sem ninguém saber

Amok das 5
Amok das 5 | 60 - Guilherme Fonseca - “EU ACHO QUE ESTE GAJO SE ESTÁ A MIJAR”

Amok das 5

Play Episode Listen Later Jun 8, 2023 85:18


Estamos de volta! Aqui vai mais um episódio do Amok das 5, desta vez com um convidado repetente, Guilherme Fonseca. Uma experiência audiovisual transcendente sobre tudo, sobre nada e, por vezes, a tua prima. . . Convidado - ⁠https://www.instagram.com/guilhermefon/ . . . Façam perguntas, mandem vídeos, falem connosco que nós gostamos disso! . . Instagram - https://www.instagram.com/amok_das_5__podcast/ Twitter - https://www.twitter.com/amok_das_5 :::::::::::: :::::::::::: Querem só ouvir as nossas vozes extremamente incríveis? Já estamos em qualquer agregador de podcasts e também aqui: . . Spotify - https://open.spotify.com/show/2wcXG7w93C4Yo5OTEypVYq iTunes - https://itunes.apple.com/pt/podcast/amok-das-5/id1452109327 Anchor - https://anchor.fm/amokdas5 :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: :::::::::::: #podcast #amokdas5 #meme #internet #popculture #youtube #comedia #funny #react #conversa #humor #music #cinema #series #tv #memes #youtubers #h3h3 #netflix #video #engracado #humoristas #curtas #reddit --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/amokdas5/message

SBSR Podcast
Episode 1837: RádioSBSR | Ponto de Fuga | O Gajo

SBSR Podcast

Play Episode Listen Later Jun 7, 2023 63:10


Na linha do horizonte, uma música. E, a partir dela, um convidado, músico ou melómano, é desafiado a escolher uma selecção de temas musicais, de vários géneros, e a falar sobre eles e sobre a sua actividade recente.

Boca de Trapos
Conversa com João Morais, aka O Gajo, músico

Boca de Trapos

Play Episode Listen Later Mar 20, 2023 38:39


Bem-vindos ao podcast Boca de Trapos! Neste episódio, conversa com o músico João Morais, mais conhecido como O Gajo. No dia 24 de Março lança um novo trabalho intitulado "Não Lugar". Vamos saber tudo sobre este disco onde a viola campaniça é uma vez mais a protagonista. A não perder! Com: Mónica Moreira. Novos episódios à segunda-feira. Sigam o Boca de Trapos: Facebook + Instagram Contacto: bocadetrapos@gmail.com Logo, Intro e Outro: Alright Creative Studio. Música "Can't Stop Me", Andrey Sitkov (Humble Big Music Bundle), voz Pedro Barão Dias.

A Milhas
A Milhas #31 - Carnaval, Gajo que dorme com a equipa e Notícias falsas são verdade

A Milhas

Play Episode Listen Later Feb 21, 2023 36:39


Personal Brand Story I Share your Story
Isolde Gajo I Es ist mir so wichtig, Menschen zu befähigen, ihr Leben selbst in die Hand zu nehmen.

Personal Brand Story I Share your Story

Play Episode Listen Later Nov 24, 2022 49:50


In meinem Interview mit Isolde Gajo sprechen wir über Lebensfreude, Energiearbeit und darüber, wie wir trotz Ängste handlungsfähig bleiben können.Isolde erzählt uns, dass zwei Dinge schon immer Teil von ihr waren: das Zuhören und die Neugierde auf Neues. Nach ihrer Ausbildung zur Physiotherapeutin begegnet sie tollen Lehrern, die sie auf ihrem Weg zur ganzheitlichen Therapeutin begleiten. Sie beschreibt uns ihre Ausbildungen als Schatztruhe, aus der sie genau das herausnehmen kann, was ihr Gegenüber benötigt. Isolde erzählt uns, warum sie nie eine Kassenzulassung beantragt hat und beschreibt uns ihr prägendstes Erlebnis: Sie wurde gerufen, um mit einen Suizidgefährten zu sprechen. Es ist ihr wichtig, Meschen zu helfen, ihr Leben selbst in die Hand zu nehmen, egal in welcher Situation sie sich befinden. Sie sagt: „Egal was passiert, es gibt immer eine Möglichkeit.“Außerdem sprechen wir über das Loslassen als Mutter, und darüber, wie wir trotz großer Ängste handlungsfähig bleiben und wie wichtig es ist, unsere Gefühle, Ängste und Freude zu kommunizieren. Ein ganz spannendes Thema ist ihre Energiearbeit. Wir erfahren, was Energiearbeit bedeutet, wie Gedanken wirken und wie wir Gedanken und Energie an andere senden können.Webseite von Isolde GajoVernetze dich mit Isolde auf LinkedIn oder folge ihr auf InstagramMöchtest du deine Personal Brand durch Storytelling aufbauen? Hier findest du alle Informationen dazu Personal Brand Story ExklusivWerde Teil der Storyteller-Community Story ClubVerpasse keine meiner Podcast Folgen und abonniere meinen Podcast auf Spotify oder itunes Ich freue mich sehr, wenn du meinen Podcast bewertest BewertungVernetze dich mit mir auf LinkedIn und folge mir auf Instagram und YouTubeHier geht's zu den ShownotesJede Personal Brand braucht eine StoryDein Personal Branding braucht Deine persönliche Story. Mit Hilfe deiner Personal Brand Story lässt Du Deine Zuhörer ganz nah an Dich heran. Du baust eine emotionale Verbindung zu ihnen auf und schaffst damit ein vertrauensvolles und solides Fundament für Eure Zusammenarbeit. Deine Personal Brand Story ist einzigartig und unverwechselbar. Niemand erzählt die gleiche Story wie du. Lass uns über deine Personal Brand Story sprechen. Vereinbare jetzt ein kostenfreies Vorgespräch mit mir Terminvereinbarung.www.anjakuhn.comSupport the show

Folgialbum
Folgialbum. O Gajo festivalil Womex 2021

Folgialbum

Play Episode Listen Later Oct 9, 2022 40:46


Portugali koosluse O Gajo kutsus ellu João Morais, kes mängib kitarrisarnast portugali traditsioonilist pilli Viola Campaniça. Temaga liituvad Carlos Barreto kontrabassil ja José Salgueiro löökpillidel.

Potenzialgestalter-Dialoge
Isolde Gajo, Gesundheitsmanagement

Potenzialgestalter-Dialoge

Play Episode Listen Later Sep 7, 2022 17:30


Jürgen Ruff im Gespräch mit Isolde Gajo, Gesundheitsmanagement: • Vom Thema Gesundheitsmanagement infiziert und sehr umfassend und ganzheitlich ausgebildet • Als Kind bereits eine besondere Gabe, Menschen zu spüren • Der Körper zeigt oft, wo mental als Coach anzusetzen ist • Modulares Konzept der Ausbildung an der Magic-Life-Academy • Neues Modul des Energiemanagements Webseite: • The Magic Life Academy Isole Gajo - https://isoldegajo.com Hat Dir dieser Podcast gefallen? Dann abonniere ihn gerne. So verpasst Du keine Folge. Teile ihn mit Menschen, die etwas für sich tun möchten. Bei iTunes freue ich mich über Deine positive Bewertung und Deine Rezension. So sorgst Du dafür, dass dieser Podcast auch anderen Menschen angezeigt wird. Du hast Fragen zum Podcast, an meinen Gast oder Wünsche oder Anregungen. Ich freue mich auf Deine Nachricht. Schreibe an: info@juergenruff.com Mache Dir einen wunderschönen Tag - frei nach dem Zitat von Bob Marley: "Love the life you live Live the life you love." Dein Jürgen https://juergenruff.com

Ocene
Gajin svet 2

Ocene

Play Episode Listen Later Sep 2, 2022 3:04


Da bi bil prehod med počitnicami, ki so za marsikaterega učenca prehitro minile, in sedenjem v šolskih klopeh vsaj nekoliko blažji, te dni skrbi najnovejši slovenski mladinski igrani film Gajin svet 2. Kakor pove že ime, gre za nadaljevanje izredno priljubljene istoimenske uspešnice režiserja in soscenarista Petra Bratuše, ki je navduševala predvsem nekoliko mlajše občinstvo pred skoraj točno štirimi leti, vendar je zgodba zasnovana tako, da ogled prvega dela za razumevanje ozadja nikakor ni obvezen. Gaja – zdaj jo igra Uma Štader, kar je bila pogumna in dobra odločitev ustvarjalcev, saj so se tako izognili prevelikemu starostnemu razkoraku med igralko prvega dela, ki je v vmesnem času že skoraj odrasla, in njenim še vedno osnovnošolskim likom – se med poletnimi počitnicami namreč zaplete v pravo detektivsko pustolovščino v maniri legendarnih filmov Poletje v školjki. Zlohotni kriminalec, ki ga je z veliko mero slasti upodobil Jurij Zrnec, nemočni lastnik obmorskega barčka, sveže zaljubljena starejša sestra, drugje živeča mama, zmedena oče in njegova nova partnerica ter še mulo kuhajoč najboljši prijatelj, vse to se zgrne na Gajo, ko končno prispe na dolgo pričakovani morski oddih, a slovenska Pika Nogavička se ne vda melanholiji in v junaškem slogu razreši prav vse. Pri boljših učinkih njenih neustrašnih in tudi spektakularnih podvigov ji pomagajo predvsem izvrstni posnetki direktorja fotografije Dominika Isteniča, zanimiv in napet scenarij, ki s svojim taborniškim ozračjem lahko nekoliko starejše gledalce spominja na pustolovsko knjižno serijo Zvesti prijatelji, pa dopolnjujejo ravno prav stilizirani in karikirani stranski liki, na čelu z očetovim prijateljem Gregorjem, ki ga z vso toplino igra Primož Pirnat.

Duhovna misel
Lam Karma Wangmo: Pot vam lahko le pokažem, prehoditi pa jo morate sami

Duhovna misel

Play Episode Listen Later Jun 3, 2022 6:58


Ta anekdota prikazuje vlogo duhovne vadbe na budistični poti. Pripoveduje o možu, ki je v večletnem obdobju pogosto poslušal Budove nauke v Benaresu. Nekega dne je prišel k Budi in dejal: »Nekaj bi vas rad vprašal.« »Seveda,« je odgovoril Buda, »kaj pa želite izvedeti?« »Že dolgo poslušam vaše nauke in zelo mi je všeč to, kar govorite. Opažam, da vas posluša veliko ljudi, a le pri enem ali dveh izmed njih lahko res opazim spremembo in vidim, da sta dosegla visoko stopnjo spoznanja. Večina ljudi pa ostaja nespremenjenih. Le zakaj je tako?« »Od kod prihajate?« ga je vprašal Buda. »Slišim, da niste iz Benaresa. Vaš naglas je drugačen.« »Iz Gaje,« je odgovoril mož. »Torej,« je dejal Buda, »zagotovo pogosto potujete v Gajo.« »Moja družina živi tam, zato res pogosto grem v Gajo.« »Potem gotovo dobro poznate pot od Benaresa do Gaje.« »Seveda. Pot do Gaje poznam tako dobro, kot da bi bila narisana na moji dlani!« »Sklepam, da veliko ljudi ve, da poznate pot do Gaje,« je predvideval Buda in mož mu je potrdil: »Tako je! Vsi moji znanci vedo, da jo poznam.« »Ali vas torej veliko ljudi sprašuje po napotkih, kako do Gaje?« ga je vprašal Buda. Mož mu je to potrdil in povedal, da jim razloži vse podrobnosti, saj niso nobena skrivnost. »Ali potem vsakdo, ki vas povpraša o poti do Gaje, tja tudi prispe?« mu je spet zastavil vprašanje Buda. »Ne. Samo tisti, ki potovanje res opravijo, pridejo do Gaje, drugi pa ne.« »V mojem primeru je prav tako,« je dejal Buda. »Dosegel sem razsvetljenje in poznam pot do tja. Ljudje vedo, da sem to dosegel, in vedo, da poznam pot, zato me sprašujejo za napotke. Povem jim vse, kar vem, le zakaj jim ne bi. To ni skrivnost. Vendar pridejo do cilja le tisti, ki potovanje tudi opravijo, drugi pa ne.« Budovi nauki ali darma predstavljajo pot. Darma je izkustvo Bude ali kogar koli, ki je našel pot do razsvetljenja. Ne obstaja samo ena pot, poti je veliko. Kar koli, kar nam pomaga pridobiti globlje razumevanje in odkriti svojo resnično naravo, je prava pot. Darma je kot zemljevid, ki nam podaja napotke, vendar je to, ali bomo prispeli do cilja, odvisno od tega, ali jo uresničimo, ali to pot sami prehodimo. Zato je Buda vedno poudarjal: »Pot vam lahko le pokažem, prehoditi pa jo morate sami!«

ALL HOPE IS LOST*
O GAJO DOS VIDEOS

ALL HOPE IS LOST*

Play Episode Listen Later May 29, 2022 28:43


ALL HOPE IS LOST* fala sobre experiências, tópicos, dilemas e filosofias que me assombram à noite e acho que é por isso que tenho insomnia. Sleep tight and don't let the bed bugs bite :)

Silicon Valley Tech And AI With Gary Fowler
Gajo Vanka: Developing Reliable In-Depth Analytics To Support Decision-Making Process

Silicon Valley Tech And AI With Gary Fowler

Play Episode Listen Later May 20, 2022 31:05


In this Silicon Valley Tech & AI episode presented by GSD Venture Studios Gary interviews Gajo Vanka. About GSD Venture Studios: We travel the world investing in resilient teams bold enough to #GoGlobal. For too long self-motivated entrepreneurs have navigated the minefield of challenges to launching a global company with very little support. The last thing you should bet on in this situation is an unproven team that you don't trust. GSD Venture Studios travels to every corner of the globe inviting resilient teams to establish partnerships that ensure organizations grow the right way, without games or gimmicks. Unlike traditional investors, we take senior operational (often co-founder) roles in these companies, capitalizing on our trusted reputation, experiences, and network to drive explosive growth. More information can be found at: https://www.gsdvs.com/post/interview-with-derek-everything-you-need-to-know-about-gsd About Gary Fowler: Gary has 30 years of operational, marketing, sales, and executive leadership experience including a $1.35 billion dollar exit and a successful Nasdaq IPO. He has founded 15 companies: DY Investments, Yva.ai, GVA LaunchGurus Venture Fund, GSD Venture Studios, Broadiant, etc. Under his leadership, Yva.ai was named one of the Top 10 AI HR Tech companies globally. Gary was recently named one of the top 10 Most Influential AI Executives to Watch in 2020. He is a writer at Forbes Magazine and published over 60 articles on AI and Technology over the last year. More information can be found at: https://www.gsdvs.com/post/meet-gary-fowler

Espelho de Narciso
"É normal que um gajo não esteja preparado para festas surpresa!" - É tudo à Lagardère

Espelho de Narciso

Play Episode Listen Later May 6, 2022 28:23


Segue-nos nas redes sociais Dois ou três temas e uma conversa ao sabor do vento: Americano processa empresa por festa de aniversário surpresa. Recebeu 416 mil euros; Ler Artigo Campanha que promete ajudar animais de rua oferece leitão como prêmio; Ler Artigo Criança leva garrafa de tequila para a escola e embebeda colegas; Ler Artigo

Fora da Lei
Ep. 81 - o primeiro gajo, festejar ser pontual, religião e casamentos, guerras com adultos

Fora da Lei

Play Episode Listen Later May 2, 2022 39:46


https://blueticket.meo.pt/Event/6498/PORTA-16-COMEDY-CLUB---TIAGO-ALMEIDA-E-CONVIDADOS

Aguenta
VOU PUNIR O GAJO #35

Aguenta

Play Episode Listen Later Apr 25, 2022 36:14


Neste episódio falo sobre o assédio sexual, de dormir na casa dos outros, do meu medo de abrir cartas e de duplos de cinema.

Espelho de Narciso
"O gajo teve que se desfazer do seu Volkswagen Polo cinzento" - É tudo à Lagardère

Espelho de Narciso

Play Episode Listen Later Apr 22, 2022 29:32


Segue-nos nas redes sociais Dois ou três temas e uma conversa ao sabor do vento: Rússia acusa Ucrânia de "xenofobia e nazismo" por causa de receita de sopa; Ler Artigo Oscar, o cão abandonado por ser gay, encontrou um novo lar: uma “família amorosa gay”; Ler Artigo Dois juízes da Relação do Porto consideram que falta de sexo pode levar a agressões a mulher; Ler Artigo

Espelho de Narciso
"O gajo tem um bastão artesanal!" - É tudo à Lagardère

Espelho de Narciso

Play Episode Listen Later Mar 25, 2022 29:23


Segue-nos nas redes sociais Dois ou três temas e uma conversa ao sabor do vento: Bêbedo envolvido em zaragata de trânsito em Coimbra ataca com bastão; Ler Artigo Há 220 anos, uma mulher salvou o vinho português; Ler Artigo Ativista francês ocupa mansão de filha de Putin em Biarritz, muda fechaduras e diz que local “está preparado” para receber refugiados ucranianos; Ler Artigo e muito mais!

ManUtd BR
SHOW DO GAJO - AGORA É CHAMPIONS - RESENHA RED DEVIL #4

ManUtd BR

Play Episode Listen Later Mar 15, 2022 60:44


Resenha Red Devil desta semana fala sobre a vitória diante do Tottenham e projeção do jogo diante do Atlético de Madrid, pela Champions League. Com Rodrigo Oliveira, Danilo Moreira e Rodrigo Neves

Túnel de vento
Ep 561 - Ilíada e o homem de cabeça frágil, privilegiado das fezes

Túnel de vento

Play Episode Listen Later Jan 20, 2022 20:59


Apeadeiros da conversa: .Gajo mergulhado nos livros. .Não passar cartão ao progresso. .Ilíada e o homem de cabeça frágil. .Dinastia da Onomatopeia. .
Morrer em palco. .
A minha única qualidade. .Privilegiado das fezes. ---- O menino está aqui: Twitter: twitter.com/RobertoGamito Instagram: www.instagram.com/robertogamito Facebook: www.facebook.com/robertogamito Youtube: bit.ly/2LxkfF8

Rádio Botafogo
BNA 03/01 - OFICIAL: SAF CRIADA | GAJO SERÁ DIRETOR NA SAF | VINÍCIUS LOPES E ERISON PODEM PINTAR

Rádio Botafogo

Play Episode Listen Later Jan 4, 2022 126:00


O Botafogo anunciou oficialmente a criação da SAF. Este é mais um passo em direção à profissionalização e etapa importante no negócio com o investidor americano, John Textor. David nunes, o Gajo, o nosso Gajão foi escolhido para ser um dos diretores da SAF. Um dos fundadores da Rádio Botafogo, Gajo fará parte diretamente desse momento histórico para o Botafogo. Reforços À vista! Vinícius Lopes está por exames médicos para ser anunciado como reforço; Erison, centroavante que disputou a Série B pelo Brasil-RS foi sondado e poderá reforçar o alvinegro! Botafogo vence o Aparecidense na estreia pela Copinha por 3x0.

Rádio Botafogo
BNA 06/12 - ENDERSON X JORGE BRAGA - QUEM TEM RAZÃO?

Rádio Botafogo

Play Episode Listen Later Dec 7, 2021 130:46


Hoje tem Botafogo no Ar, A melhor resenha esportiva só falando de Botafogo está mais que especial com a presença de Rodrigo Falcão, David Nunes, o Gajo e Tarsilo Delphim. Vamos reagir a entrevista do treinador Enderson Moreira e muito mais: - Quem tem razão Enderson x Jorge Braga ; - A percepção de alguns profissionais mudou com a série "Acesso Total Botafogo " ; - Botafogo da mais um passo para S.A ; Já viu que o programa vai estar quente, quentíssimo!

Rádio Botafogo
Espaço Glorioso 30/11 - REAGINDO A ENTREVISTA DE JORGE BRAGA

Rádio Botafogo

Play Episode Listen Later Dec 1, 2021 111:02


Rodrigo Falcão comanda o Espaço Glorioso, HOJE, está mais que especial com a presença de David Nunes, o Gajo. Vamos reagir a entrevista do CEO Jorge Braga ao Jornalista Rodrigo Capello. - Promessa de virar SAF ainda em dezembro

Domínio Público (Rubrica)
15h: O Gajo. Dino Brandão, Damon Albarn

Domínio Público (Rubrica)

Play Episode Listen Later Nov 12, 2021 4:28


O Gajo com Luís Simões (Saturnia) ao vivo em mais uma CLAV Session; outras sugestões de espetáciulos; Dino Brandão edita hoje o seu EP de estreia; Damon Albarn lança o seu segundo álbum a solo.

À Partida, Desculpa
#112 | TikTok no Natal, Hambúrguer preto, Gajo de anéis, Séries que me esqueci

À Partida, Desculpa

Play Episode Listen Later Nov 8, 2021 22:39


Saudações! Já nem tento fazer uma boa descrição. | instagram.com/marcosnaoseique | & | marcos-costa@outlook.pt |

Rádio Botafogo
Ela é Fogo 04/11 - OBRA PRIMA DE GOL // PLANO DE CREDORES ENTREGUE ✅

Rádio Botafogo

Play Episode Listen Later Nov 5, 2021 111:43


Fala Irmandade da RB. Hoje o Ela é Fogo será com o Gajo, Guilherme do @taticaalvinegra e Gui do @MuseuBFR. Na pauta de hoje teremos: - Mais análises tática e técnica sobre Botafogo 1X0 Confiança - Expectativa para o Clássico contra o Vasco - A Emoção do Torcedor Alvinegro - Botafogo entregou seu Plano de Credores - Clube Empresa sendo estruturado. Esse será nosso próximo Golaço. - E tudo que a Irmandade do chat quiser, vamos falar.

Rádio Botafogo
Alô Comunidade 27/10 - Like ou Deslike? Você Decide │Chay Fora?

Rádio Botafogo

Play Episode Listen Later Oct 28, 2021 157:16


André Botafogo continua no "chinelinho". Gajo e Marquinho Professor assumem a titularidade para melhorar o ALÔ COMUNIDADE! Hoje na pauta falaremos sobre vários personagens do jogo de ontem contra o Goiás e vamos perguntar a sua opinião sobre esses. Você decide: - Goiás - Torcedor do Botafogo não pôde ir - Enderson - Como está o trabalho dele? - Diego Loureiro - Culpa dele o Gol? - Warley - Ele ou Marco Antônio? - Diego Gonçalves - Ele ou Marco Antônio? - Marco Antônio - Titular ou Reserva? - Anderson Daronco - Como foi a arbitragem dele? - Botafogo - Alguma dúvida que vamos subir?

Klepet ob Kavi
EPIZODA 80: Pozitivna časovna linija - kako bo svet izgledal v prihodnosti? Marko Pogačnik

Klepet ob Kavi

Play Episode Listen Later Oct 18, 2021 19:41


Na trenutno stanje v svetu lahko gledamo z dveh plati. Obstaja negativna pot, pot panike in strahu, ki napoveduje vedno večje katastrofe, propad ekolopkih sistemov in navsezadnje propad človeštva … Obstaja pa pozitivna pot, ki ni fantazija, ampak mogoča realnost, ki zahteva, da končno začnemo sodelovati in se povezovati z Gajo – za kar pa moramo usposobiti svoj večdimenzionalni srčni sistem za vzdrževanje notranjega miru, izkazovanje ljubečega odnosa do drugih bitij ter spodbujanje upoanja v človeški psihi. Naj se med procesom preobrazbe Zemlje pojavijo še tako dramatični trenutki, ne smemo biti nikoli panični, saj se proces in vse njegove sekvence odvijajo v ljubečem objemu božanske matere. Kje začeti in kaj storiti za lažji prehod skozi to turbulentno obdobje? Kako nam lahko pri tem pomagajo paralelni svetovi in elementarna bitja Gaje? Kako tudi s posameznimi gibi spodbuditi pozitivno ustvarjalno silo velike preobrazbe? https://klepetobkavi.si/glej-oddajo.html

Rádio Botafogo
Alô Comunidade! 13/10 - FUNDO ÁRABE QUER CLUBE BRASILEIRO│ IMAGINE ESSA SÉRIE B 2022

Rádio Botafogo

Play Episode Listen Later Oct 14, 2021 90:13


André Botafogo está no "chinelinho". Gajo e Fábio assumem a titularidade para melhorar a criatividade do ALÔ COMUNIDADE! Hoje na pauta, Fundo Árabe procurando clube no Brasil, os pontos positivos e negativos dessa notícia, e a importância de subir para Série A diante do cenário dos possíveis rebaixamentos. Se continuar com essa tendência, a Série B de 2022 não será para Amadores! Ou será?

Building Out Loud with Josh Cadorette
#20: Sujude Dalieh on Making Career Paths More Accessible

Building Out Loud with Josh Cadorette

Play Episode Play 16 sec Highlight Listen Later Oct 7, 2021 55:17


Sujude Dalieh is a co-founder of Gajo, an application that allows young people to create the life they want to live by redesigning career exploration and engagement. She also hosts/produces Don't Stay in Your Lane, a podcast about the unconventional and unchartered career paths that people have taken (available on Spotify).She is also an associate at Lux Capital and is pursuing an MS in Engineering, Design Impact at Stanford University.In our conversation, Sujude and I discuss the future of career exploration and balancing her time between VC, a master's degree, and a startup.Sujude's LinksGajoTwitterPersonal SiteDon't Stay in Your Lane

El Enjambre
Episodio 33: Partimos el gajo.

El Enjambre

Play Episode Listen Later Jun 28, 2020 110:19


En este episodio conversamos acerca de las nuevas ofertas de datos móviles de ETECSA, las inversiones en el sector del turismo en Cuba, la muerte del joven cubano Hansel Ernesto Hernández Galiano, y entrevistamos a la psicóloga Roxana Toledo Vidal acerca del cyberbulling.