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Ao entrar no elevador para fazer entrevistas sobre o filme “Sonhos de Trem” (Netflix), a primeira coisa que ouvi de um jornalista americano foi: “Qualquer frame do filme dá um quadro maravilhoso”. Ele não sabia que o diretor de fotografia era brasileiro, mas sem perceber, acabou me dando a manchete e resumiu exatamente o que tantos profissionais têm repetido sobre o trabalho de Adolpho Veloso. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles O nome de Veloso circula nas principais publicações de Hollywood, entre os favoritos na corrida ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia. Nesta última semana, ele já apareceu na shortlist do Critics' Choice Awards, premiação da principal associação de críticos de cinema dos Estados Unidos. Veloso, que mora em Portugal e carrega o Brasil na memória e no olhar, veio a Hollywood para participar do lançamento do filme e das campanhas de premiações. E parece ainda se surpreender com essa repercussão. “É muito louco. Você nunca imagina, quando está filmando, que isso vai acontecer. Não é uma coisa que faz muito sentido, ao mesmo tempo, é tão surreal que eu prefiro nem pensar tanto. E é um ano extremamente difícil, com muito filme bom, acho que é um dos melhores anos do cinema nos últimos tempos”, contou à RFI. Ele confessa que, como muitos artistas, vive crises profundas durante o processo. “É incrível ter esse reconhecimento, principalmente pela quantidade de crises que a gente tem filmando, que você acha que nunca mais vai filmar na vida. A primeira vez que assisti esse filme no cinema, pensei: ‘Meu Deus, isso está horrível, nunca mais vou conseguir trabalho'. E ver essa reação agora, que é o completo oposto, dá forças para seguir”. Memórias e naturalismo Em “Sonhos de Trem”, dirigido por Clint Bentley e inspirado na novela de Denis Johnson, acompanhamos Robert Grainier (Joel Edgerton), um lenhador do início do século XX, que vive longos períodos longe da família. A atmosfera é de recordações borradas, sensações e silêncios, algo que nasceu de forma muito consciente entre Clint e Adolpho. “A gente queria muito que, ao assistir ao filme, parecesse que você estivesse vendo as memórias de alguém, quase como se encontrasse uma caixa com fotos antigas e tentasse entender a vida daquela pessoa, às vezes meio fora de ordem, e você tenta entender quem foi aquela pessoa por aquelas fotos”, explica. Um brasileiro nos anos 1920 Filmado inteiramente no estado de Washington em apenas 29 dias, um feito raro para um longa de época, o projeto exigiu uma maratona por florestas intocadas, vales, zonas devastadas e cenários naturais extremos. A natureza no filme é praticamente uma personagem. “Num filme de época, às vezes é difícil para quem o assiste se conectar, porque tudo é tão diferente. Então queríamos trazer mais realidade, mais conexão. Filmamos só com luz natural e uma câmera bem orgânica, como se você estivesse lembrando de algo que viveu”. Veloso, que nasceu em São Paulo e hoje vive em Portugal, encontrou na história de Grainier uma identificação imediata. “Quando o diretor me mandou o roteiro, pensei: essa vida é basicamente a minha. Esse cara que fica meses longe de casa, trabalhando com gente que talvez nunca mais vai ver… é assim para quem faz cinema. Voltar para casa sempre é estranho, leva dias para sentir que você pertence de novo. Tem as questões de perda, de imigração, da gente ser estrangeiro numa terra diferente, e isso tem consequências”. Olhar brasileiro encontra caminho em Hollywood A trajetória até Hollywood foi, como ele mesmo diz, “aos poucos”. Começou filmando no Brasil, trabalhou com Heitor Dhalia, assinou filmes e documentários, entre eles “On Yoga”, que chamou a atenção de Clint Bentley. Quando Bentley preparava “Jockey” (2021), buscava justamente alguém que transitasse entre ficção e documentários. Encontrou Veloso e o contactou por e-mail. Anos depois, “Sonhos de Trem” se tornaria o segundo filme da dupla. Além de estar nas previsões de Melhor Fotografia para o Oscar, a produção, que já está disponível na Netflix, aparece com possíveis indicações de Melhor Filme, Melhor Ator (possivelmente para Joel Edgerton) e Melhor Roteiro Adaptado. O Brasil que sempre volta Quando lhe pergunto se leva algo do Brasil para seus filmes, a resposta vem quase antes da pergunta terminar: “O nosso jeitinho.” Não no sentido estereotipado, mas na criatividade diante do impossível, no drible às burocracias rígidas de sets americanos. “Aqui tudo é muito engessado e a gente não está acostumado com isso. Aqui, você tem uma ideia e já ouve um não: isso custa tanto, precisa disso, daquilo. E às vezes não precisa de tudo isso. Digo, e se a gente só fizer assim? E funciona.” Reconhecimento Conto a ele que vários jornalistas comentaram comigo espontaneamente sobre a fotografia do filme, sem saber que ele era brasileiro. Veloso abre um sorriso tímido, um pouco surpreso, um pouco orgulhoso. É o tipo de reconhecimento que o Brasil inteiro deveria ouvir. E talvez ouça, quem sabe, no palco do Oscar.
Ao entrar no elevador para fazer entrevistas sobre o filme “Sonhos de Trem” (Netflix), a primeira coisa que ouvi de um jornalista americano foi: “Qualquer frame do filme dá um quadro maravilhoso”. Ele não sabia que o diretor de fotografia era brasileiro, mas sem perceber, acabou me dando a manchete e resumiu exatamente o que tantos profissionais têm repetido sobre o trabalho de Adolpho Veloso. Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles O nome de Veloso circula nas principais publicações de Hollywood, entre os favoritos na corrida ao Oscar na categoria de Melhor Fotografia. Nesta última semana, ele já apareceu na shortlist do Critics' Choice Awards, premiação da principal associação de críticos de cinema dos Estados Unidos. Veloso, que mora em Portugal e carrega o Brasil na memória e no olhar, veio a Hollywood para participar do lançamento do filme e das campanhas de premiações. E parece ainda se surpreender com essa repercussão. “É muito louco. Você nunca imagina, quando está filmando, que isso vai acontecer. Não é uma coisa que faz muito sentido, ao mesmo tempo, é tão surreal que eu prefiro nem pensar tanto. E é um ano extremamente difícil, com muito filme bom, acho que é um dos melhores anos do cinema nos últimos tempos”, contou à RFI. Ele confessa que, como muitos artistas, vive crises profundas durante o processo. “É incrível ter esse reconhecimento, principalmente pela quantidade de crises que a gente tem filmando, que você acha que nunca mais vai filmar na vida. A primeira vez que assisti esse filme no cinema, pensei: ‘Meu Deus, isso está horrível, nunca mais vou conseguir trabalho'. E ver essa reação agora, que é o completo oposto, dá forças para seguir”. Memórias e naturalismo Em “Sonhos de Trem”, dirigido por Clint Bentley e inspirado na novela de Denis Johnson, acompanhamos Robert Grainier (Joel Edgerton), um lenhador do início do século XX, que vive longos períodos longe da família. A atmosfera é de recordações borradas, sensações e silêncios, algo que nasceu de forma muito consciente entre Clint e Adolpho. “A gente queria muito que, ao assistir ao filme, parecesse que você estivesse vendo as memórias de alguém, quase como se encontrasse uma caixa com fotos antigas e tentasse entender a vida daquela pessoa, às vezes meio fora de ordem, e você tenta entender quem foi aquela pessoa por aquelas fotos”, explica. Um brasileiro nos anos 1920 Filmado inteiramente no estado de Washington em apenas 29 dias, um feito raro para um longa de época, o projeto exigiu uma maratona por florestas intocadas, vales, zonas devastadas e cenários naturais extremos. A natureza no filme é praticamente uma personagem. “Num filme de época, às vezes é difícil para quem o assiste se conectar, porque tudo é tão diferente. Então queríamos trazer mais realidade, mais conexão. Filmamos só com luz natural e uma câmera bem orgânica, como se você estivesse lembrando de algo que viveu”. Veloso, que nasceu em São Paulo e hoje vive em Portugal, encontrou na história de Grainier uma identificação imediata. “Quando o diretor me mandou o roteiro, pensei: essa vida é basicamente a minha. Esse cara que fica meses longe de casa, trabalhando com gente que talvez nunca mais vai ver… é assim para quem faz cinema. Voltar para casa sempre é estranho, leva dias para sentir que você pertence de novo. Tem as questões de perda, de imigração, da gente ser estrangeiro numa terra diferente, e isso tem consequências”. Olhar brasileiro encontra caminho em Hollywood A trajetória até Hollywood foi, como ele mesmo diz, “aos poucos”. Começou filmando no Brasil, trabalhou com Heitor Dhalia, assinou filmes e documentários, entre eles “On Yoga”, que chamou a atenção de Clint Bentley. Quando Bentley preparava “Jockey” (2021), buscava justamente alguém que transitasse entre ficção e documentários. Encontrou Veloso e o contactou por e-mail. Anos depois, “Sonhos de Trem” se tornaria o segundo filme da dupla. Além de estar nas previsões de Melhor Fotografia para o Oscar, a produção, que já está disponível na Netflix, aparece com possíveis indicações de Melhor Filme, Melhor Ator (possivelmente para Joel Edgerton) e Melhor Roteiro Adaptado. O Brasil que sempre volta Quando lhe pergunto se leva algo do Brasil para seus filmes, a resposta vem quase antes da pergunta terminar: “O nosso jeitinho.” Não no sentido estereotipado, mas na criatividade diante do impossível, no drible às burocracias rígidas de sets americanos. “Aqui tudo é muito engessado e a gente não está acostumado com isso. Aqui, você tem uma ideia e já ouve um não: isso custa tanto, precisa disso, daquilo. E às vezes não precisa de tudo isso. Digo, e se a gente só fizer assim? E funciona.” Reconhecimento Conto a ele que vários jornalistas comentaram comigo espontaneamente sobre a fotografia do filme, sem saber que ele era brasileiro. Veloso abre um sorriso tímido, um pouco surpreso, um pouco orgulhoso. É o tipo de reconhecimento que o Brasil inteiro deveria ouvir. E talvez ouça, quem sabe, no palco do Oscar.
En los últimos diez años, más de 200,000 personas han sido asesinadas en México. La mayoría de las víctimas provenían de las calles de Ciudad Juárez, cerca de la frontera con Estados Unidos, donde los carteles rivales La Linea y Sinaloa luchan por el control del mercado de cocaína en Estados Unidos. Filmado en alto riesgo, este informe llega al corazón del narcotráfico en la frontera mexicano-estadounidense.
En los últimos diez años, más de 200,000 personas han sido asesinadas en México. La mayoría de las víctimas provenían de las calles de Ciudad Juárez, cerca de la frontera con Estados Unidos, donde los carteles rivales La Linea y Sinaloa luchan por el control del mercado de cocaína en Estados Unidos. Filmado en alto riesgo, este informe llega al corazón del narcotráfico en la frontera mexicano-estadounidense.
Há criadores que operam dentro das fronteiras técnicas do seu ofício. E há outros que as redesenham. Manuel Pureza pertence à segunda categoria — a dos artistas que não apenas produzem obras, mas insinuam uma forma diferente de olhar para o mundo. Ao longo da última década, Pureza foi aperfeiçoando um dialeto visual singular: um equilíbrio improvável entre humor e melancolia, entre disciplina e improviso, entre ironia e empatia. Cresceu no ritmo acelerado das novelas, onde se aprende a filmar com pressão, velocidade e um olho permanentemente aberto para a fragilidade humana. Dali trouxe algo raro: um olhar que recusa o cinismo fácil e que insiste que até o ridículo tem dignidade. Na televisão e no cinema, a sua assinatura tornou-se evidente. Ele filma personagens como quem observa amigos de infância. Filma o quotidiano com a delicadeza de quem sabe que ali mora metade das grandes histórias. Filma o absurdo com a ternura de quem reconhece, nesse absurdo, o lado mais honesto do país que habita. Um humor que pensa Pureza não usa humor para fugir — usa humor para iluminar. Em “Pôr do Sol”, o fenómeno que se transformou num caso sério de análise cultural, a comédia deixou de ser apenas entretenimento. Tornou-se catarse colectiva. Portugal riu-se de si próprio com uma frontalidade rara, quase terapêutica. Não era paródia para diminuir; era paródia para pertencer. “O ridículo não é destrutivo”, explica Pureza. “É libertador.” Essa frase, que poderia ser um manifesto, resume bem o seu trabalho: ele leva o humor a sério. Independentemente do género — seja melodrama acelerado ou ficção introspectiva — há sempre, no seu olhar, a ideia de que rir pode ser um acto de lucidez. Num país onde o comentário público tantas vezes se esconde atrás da ironia amarga, Pureza faz o contrário: usa a ironia para abrir espaço, não para o fechar. A ética do olhar Filmar alguém é um exercício de confiança. Pureza opera com essa consciência. Não acredita em neutralidade — acredita em honestidade. Assume que cada plano é uma escolha e que cada escolha implica responsabilidade. Entre atores, essa postura cria um ambiente invulgar: segurança suficiente para arriscar, liberdade suficiente para falhar, humanidade suficiente para recomeçar. Num set regido pelo seu método, a escuta é tão importante quanto a técnica. E talvez por isso os seus actores falem de “estar em casa”, mesmo quando as cenas são emocionalmente densas. A câmara de Pureza não vigia: acompanha. É aqui que a sua realização se distingue — não por uma estética rigorosa, mas por uma ética clara. Filmar é expor vulnerabilidades. E expor vulnerabilidades exige cuidado. Portugal, esse laboratório emocional O país que surge nas obras de Pureza não é apenas cenário: é personagem. É o Portugal das contradições — pequeno mas exuberante, desconfiado mas carente de pertença, irónico mas sentimental, apaixonado mas contido. É um país onde a criatividade nasce da falta e onde o improviso se confunde com identidade. Pureza conhece esse país por dentro. Viu-o nos sets frenéticos das novelas, nos estúdios apressados da televisão generalista, nas equipas improváveis de produções independentes. E filma-o com um olhar feito de amor e lucidez: nunca subserviente, nunca destructivo, sempre profundamente humano. Há nele uma capacidade rara de observar sem desistir, de criticar sem amargar, de rir sem ferir. Infância, imaginação e paternidade Numa das passagens mais íntimas desta conversa, Pureza regressa à infância — não como nostalgia decorativa, mas como território de formação. A infância, para ele, é o sítio onde nasce a imaginação, mas também o sítio onde se aprende a cair, a duvidar, a arriscar. Esse lugar continua a acompanhar o seu trabalho como uma espécie de bússola emocional. Falar de infância leva inevitavelmente a falar de paternidade. Pureza rejeita a figura do pai iluminado, perfeito, imune ao erro. Fala antes da paternidade real: aquela onde se erra, se tenta, se repara, se adia, se volta a tentar. A paternidade que implica fragilidade. A paternidade que obriga a abrandar num mundo que exige velocidade. Talvez seja por isso que, quando dirige, recusa o automatismo: a vida, lembra, é sempre mais complexa do que aquilo que conseguimos filmar. Escutar como acto político Se há uma frase que atravessa toda a conversa, é esta: “Nós ouvimos pouco.” No contexto de Pureza, ouvir é um verbo político. Num país saturado de ruído, opiniões rápidas e indignações instantâneas, escutar tornou-se quase um acto contracultural. Ele trabalha nesse espaço de atenção — aquele que permite às pessoas serem pessoas, antes de serem personagens, headlines ou caricaturas. É por isso que o seu trabalho ressoa: porque devolve humanidade ao que, tantas vezes, o discurso público reduz. O que fica No final, a impressão é clara: Manuel Pureza não realiza apenas obras. Realiza ligações. Realiza espelhos que não humilham. Realiza pontes entre o ridículo e o sublime. Realiza histórias que, ao invés de nos afastarem, nos devolvem uns aos outros. Há artistas que acrescentam ao mundo um conjunto de imagens. Pureza acrescenta uma forma de ver. E num tempo em que olhar se tornou um acto cada vez mais acelerado — e cada vez menos profundo — isso não é apenas uma qualidade artística. É um serviço público da imaginação. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje recebemos alguém que não apenas realiza séries e filmes, mas realiza no sentido mais profundo do termo, a forma como olhamos para nós próprios, a maneira como nos espelhamos. 0:28 Manuel pureza é daqueles criadores que trabalham com rigor e com leveza, com inteligência, com humor, com disciplina e com um caos. Ele cresceu nas novelas, aprendeu a filmar sob pressão, descobriu um olhar que combina ternura com ironia e tornou se uma das vozes mais originais da ficção portuguesa. 0:46 E é capaz de pegar no ridículo e transformá lo em verdade, de pegar no quotidiano e transformá lo em drama, de pegar no drama e transformá lo em riso. Tudo sem perder a humanidade, o coração e a ética de quem sabe que filmar é escolher, ter um ponto de vista e que escolher é sempre um ato moral. 1:06 Neste episódio, abrimos as portas ao seu processo criativo, às dúvidas e às certezas, às dores e às gargalhadas, às memórias da infância e às inquietações da idade adultam. Falamos de televisão como um espaço de comunhão. Das novelas como um ginásio, do humor, como o pensamento crítico da arte de ouvir e de ser pai no mundo acelerado, da vulnerabilidade que existe por detrás de uma Câmara e, claro, de Portugal, este país pequeno, cheio de afetos e de feridas, onde tudo é simultaneamente muito absurdo e muito verdadeiro. 1:38 Pureza fala com profundidade e como honestidade às vezes. Desconcertante é uma dessas conversas em que senti que estamos a ver para além do artista, estamos a ver a pessoa, a sensibilidade das dúvidas, a Esperança e a inquietação de alguém que pensa o mundo através das histórias que nos conta. 2:05 Ao longo desta conversa, percebemos como as histórias, para Manuel pureza, não são apenas entretenimento. São uma estrutura emocional de uma forma de organizar o caos, uma linguagem antiga que herdamos mesmo antes de sabermos ler ou escrever. Falamos do poder das narrativas para dar sentido à vida, mas também do seu lado perigoso, porque todas as histórias têm um ponto de vista, todas têm escolhas e omissões, todas moldam a forma como vemos o que é real. 2:33 E ele, pureza. Assume isto sem medo. Assume que filma com olhar assumidamente subjetivo e que essa subjetividade é precisamente a sua assinatura. Não procura parecer neutro, procura ser honesto. Também exploramos a sua relação com o humor. 2:49 O humor que nunca é cínico, nunca é cruel, nunca é gratuito. O ridículo não é uma arma para diminuir os outros. É uma maneira de libertar, de expor o que há de comum entre nós, de desmontar o que é pomposo e de aliviar o peso de viver. 3:04 Diz na própria conversa que tudo pode ser ridículo e isso é uma forma de Redenção. O riso organiza o pensamento, afia o espírito, desarma o mundo e, talvez por isso, o pôr do sol. A série tem sido mais do que um fenómeno cômico, foi um fenómeno emocional quase terapêutico. 3:20 Um espelho carinhoso onde Portugal se reviu e se perdoou, um bocadinho. Falamos da ética, da ética, do olhar, de como se almar alguém. É sempre um ato de intimidade. De como se cria confiança dentro de um set de filmagens, como se dirige atores diferentes, como se acolhe fragilidades? 3:38 Várias. E falamos da amizade e esse tema que atravessa todo o trabalho de pureza, porque para ele, realizar não é apenas uma técnica, é uma escuta, uma presença, um cuidado. Ouvimos muitas vezes ao longo deste episódio, uma afirmação quase simples. Nós ouvimos pouco. 3:55 E quando alguém é capaz de. A olhar tanto e nos diz que ouvimos pouco. Vale a pena parar para escutar. E, claro, falamos de Portugal, um país pequeno, por vezes cínico, com uma profunda tendência para desconfiar do sucesso alheio. Um país que pureza filma com ironia, amor e lucidez. 4:14 E da inveja. Claro que falamos da inveja no país das novelas, do improviso, da criatividade teimosa, das personagens maiores que a vida. O país que ele conhece por dentro e por fora, e que aprende a amar com o humor, mesmo quando o humor é a única forma de suportá lo. Num dos momentos mais belos da conversa, falamos da infância, esse lugar de Liberdade, de curiosidade, de imaginação que pureza tenta manter vivo dentro de si. 4:39 E falamos também do que é ser pai, dos medos que isso acende, da responsabilidade que isso traz. Da paternidade iluminada, mas da paternidade real, onde se falha, se tenta, se repara, se ama e se recomeça. É um episódio cheio de emoções, pontos de vista e algumas surpresas. 5:01 Viva. Manuel pureza, olá, nós encontramo nos e na realidade, temos que dizer às pessoas desde já que há 2 características que nos unem na vida OKA primeira, gostar de pessoas. A segunda, sermos hipocondríacos. Ah, poças? 5:17 Bom, estou em casa sim, sim, sim. Poça altamente hipocondríaco? Sim. Olha, fala me das pessoas, para quem? Para quem não te conhece. Tu és realizador, és um dos mais originais e interessantes realizadores da ficção portuguesa, nomeadamente essa telenovela que subitamente se transformou num objeto de culto, uma coisa chamada pôr do sol. 5:40 Já agora digo te eu, a primeira vez que vi o pôr do sol, o primeiro episódio foi dos enganados. Achavas que era verdade. Pensei assim, é pá, mas o que é isto? Mas o que é que isto está? Mas, mas, mas, mas que coisa tão. EE depois. Lá está à terceira cena. 5:56 É aquela parte do ainda bem que ninguém ouviu o meu pensamento, claro, fala, me fala me desse fenómeno. Então esse fenómeno foi. Uma pulga, uma pulga, uma pulga, várias pulgas. Aliás, eu, eu, enquanto realizador, antes de começar a assinar as minhas séries, fiz 10 anos de telenovelas e fi Los numa lógica de ginásio. 6:22 Eu costumo dizer isto, ou seja, é uma tarefa difícil. É uma tarefa que luta contra. Vários tipos de preconceitos, não só meus, como de quem vê. É uma fábrica? É uma fábrica, sim. Aliás, será a coisa mais próxima de uma indústria audiovisual que nós temos em Portugal. 6:39 É, é, são as novelas. Não é? E isso filma se de que, de, de, de, de que horas? Até que horas? Filma se em horários que AACT se funcionasse não IA não preço, iria sim, iria tudo preço, não em boa verdade, até até podemos falar sobre isso mais à frente que é, eu estive envolvido nalgumas lutas laborais em relação à Malta, que faz novelas em Portugal. 6:58 Porque é pá, chega se a trabalhar trabalhava, se na altura 11 horas mais uma, quer dizer, IA receber colegas meus a receberem me francamente pouco, numa lógica de fazer 40 minutos diários de ficção útil, que é uma enormidade, uma alarvidade e que e que muitas vezes depois tem um efeito nefasto de das pessoas em casa. 7:17 Dizer assim é pá, isto é uma novela, isto não vale nada, mas o esforço das pessoas que estão a fazê la é hercúleo, é desumano. Não tem de ser forçosamente 11. Não tem furiosamente de levar as pessoas a apreciarem esse esforço como sinónimo de qualidade, porque muitas vezes as novelas não têm essa qualidade. 7:35 Portanto, não há tempo no fundo para respirar, para o tédio, para a repetição, para o prazer. Não, nem nem nem. Então por acaso que seja essa a função das novelas, até um certo ponto. As novelas historicamente são feitas para serem ouvidas, não para serem vistas, não é? Ou seja, não em países, não só Portugal, mas outros países machistas, em que as mulheres ficavam a tomar conta da casa e dali da casa, e não tinham trabalho. 7:57 Tinha uma televisão ligada para irem ouvindo. Por isso é que a novela é repetitiva. A novela é. Reiterativa há uma há uma métrica de comunicação. De comunicação, sim. E, portanto, se temos avançado tecnicamente e até qualitativamente nas novelas nos últimos 20 anos, porque temos? 8:13 Ainda estamos nos antípodas do que? Do que uma novela pode ser? A novela pode ser uma arma de educação fantástica. A novela pode ser um retrato. Quase numa perspetiva arqueológica do que é ser português em 2025. E não é disso que estamos a falar. Em quase nenhuma novela falamos disso, não é? 8:30 Talvez tenhamos 2 ou 32 ou 3 casos honestos de portugalidade nas novelas recentes. Ainda estou a falar, por exemplo, de uma novela que eu, eu não, eu não, não sou consumidor de novelas, confesso que não sou. Mas há uma novela que da qual me lembro da premissa que me pareceu interessante, que é uma coisa chamada golpe de sorte. 8:46 Uma mulher numa aldeia que ganhou o euromilhões. Isso pode ser bastante português. Parece me bem. Pode ser bom e tive um sucesso bastante grande e foi uma coisa honesta. Não era de repente alguém que é salvo por uma baleia no ataque de 2 tubarões e sobrevive porque foi atirada? Espera, enfim, ainda vou continuar, porque isso é uma realidade que acontece. Olha, porque é que nós, seres humanos, precisamos tanto de histórias para compreender o mundo? 9:08 Olha, eu acho que as histórias são o que nos estrutura, são aquilo que nos garante a sobrevivência. Até um certo.eu falo disto com os meus alunos. Eu às vezes dou uns workshops para atores e não só é só a palavra workshop dá me logo aqui, carrega me logo aqui umas chinetas um bocado estranhas. 9:24 O workshop downshoising downgraving assim não interessa estamos. Todos AAA praticar o inglês. O inglês neologisticamente falamos. A bom, a bom notícia é que nós, como falamos mal inglês, damos uns pontapés no inglês também terríveis, não é? Sim, sim, sim, mas sim, mas está o inglês. O inglês passou a ser uma espécie de língua Franca, exato, EEA. 9:41 Gente tem palavras bonitas para dizer. EEEEE não, diz. Voltamos às histórias, as histórias. E costumo falar disso com os meus alunos, que é que que passa por nós. Nós não nascemos com direitos humanos, não é? Não nascemos dentro do nosso, do nosso corpo. Não há aqui 11, saca com direitos humanos. 9:56 Houve alguém que inventou essa história e a escreveu numa numa carta universal dos direitos humanos e, portanto, a partir dessa narrativa de que as pessoas têm direito a ser felizes, direito a ter uma casa feliz, direito a ter uma família, direito a ser. A ter um trabalho, et cetera, essa narrativa e estou estou a, estou a, estou AA alargar Oo conceito, evidentemente essa narrativa salva nos todos os dias mais a uns do que a outros, infelizmente. 10:20 Então os dias correm, isso é muito frequente. Há há há zonas do mundo em que essa história não chega, não é? Essas histórias não chegam. A fantasia não chega. A fantasia, sobretudo, é essa coisa mais prática de, de, de, de nos regermos por aquela célebre história do Mello Brooks, não é? A Mello Brooks faz a história mais louca do mundo. 10:36 E o Moisés sobe ao sobe ao ao Monte e Deus dá lhe 15 mandamentos. Só que há uma das pedras que se parte. Ele diz, bom, ele deu me só 10. Inventou um bocado. Isto inventou mas 10 por acaso até um número melhor do que 15. Sim, 15 não dava. Jeito o marketing, ele lá da altura, o homem do marketing, disse disse 15. 10:53 Não dá jeito nada de ser mais redondo que não podem ser 17 nem 13. Não, não. Nem convém, não é para a enologia? Acho que não, não, não, não te ajuda nisso, mas eu acho que sim. As as histórias, sobretudo acima de tudo. Eu sou pai de 3 crianças. Uma criança mais velha que tem 14 anos e outra que tem 3 e outra que tem 11 ano e meio. 11:10 Já tens bom treino de conta histórias. Voltei a recuperá lo, não é? Ou seja, eu sempre andei sempre a treiná lo, porque esta é a minha profissão e é isso que me me entusiasma, não é? Ou seja, mais do que ter um ator que diz bem o texto que lá está e que o diz ipsis verbis como lá está, interessa me um ator que perceba o que é que quer ser dito e que o transforma numa história compreensível e emotiva. 11:29 Ou seja, no limite, é o que o Fellini diz, Oo Fellini diz. Oo cinema serve para para emocionar, seja para eu rir ou para chorar, serve para emocionar. EEO emocionar tem a ver com essa coisa das histórias. Quantas vezes é que tu não vês um é pá, o testemunho de alguém, uma carta que tu descobres 11 texto bonito, um poema simples ou soberbo, ou ou ou o que é que? 11:50 O que é que é uma boa história para mim, sim. Uma boa história é aquela que me lança perguntas, que te provoca sim, que me provoca perguntas, eu faço isso aos meus alunos lhe perguntar, qual é a tua história? E regregelas, confundem, qual é a tua história, qual é que é o meu bilhete de identidade? Então começam, Ah, nasci na amadora, depois foi não sei quê, depois não sei quantos, depois não sei quê, EEA mim, não me interessa, não me interessa mesmo saber se eles vieram da amadora ou não interessa me mais saber. 12:14 No outro dia, uma aluna dizia uma coisa fantástica, eu estou, eu estou aqui porque o meu irmão lê mal, é incrível, uau. E eu disse, então porquê? Eu já quero saber tudo sobre. Essa tua aluna? Queres ver o próximo episódio? Como é? A lógica é essa. Ou seja, eu acho que quando os miúdos estão a ler uma história como a Alice, querem saber quando é que ela cai no fundo do poço que nunca mais acaba. 12:31 Porque é que o poço nunca mais acaba? Porque é que no meio do poço se vão descobrindo retratos e coisas. E que poço é este? Que que coelho é este? Que coelho é que apareceu aqui a correr? E em princípio, não faz sentido nós, mas depois nós, nós nós entramos e embarcamos nesta história. E somos nós que a que a que a construímos. 12:47 Não é na nossa cabeça. Sim, sim. Na nossa cabeça, no nosso coração, de alguma maneira. Quer dizer, pensando, por exemplo, a minha experiência, a minha primeira experiência, aliás, a experiência que definiu a minha. Vontade de ir para para cinema e para o conservatório, et cetera. Conta te quando é que tu descobriste? 13:02 Foi haver uma lodon drive do David Lynch, eu tinha 15 anos. Que é um filme. Estranhíssimo, para filme extraordinário. Eu, eu não o entendo, lá está. Mas estás a ver? Portanto, mudou a tua vida e eu estou a sentir me aqui, o tipo mais perdido do mundo. Não, eu nem entendi o que é que eles estavam a falar. Não. A coisa fantástica desse filme é que é um filme absolutamente clássico, mas não está montado de maneira normal. 13:21 Ou seja, não há princípio, meio e fim por essa ordem. Mas ele é absolutamente clássico. É sobre a cidade dos sonhos, não é? É sobre um sonho. Sobre um sonho de uma mulher que desceu ao mais, mais mais horrível dos infernos de de Hollywood. E, portanto, aí eu vi me obrigado a participar nessa história. 13:39 Estás a ver? Tiveste que montar a história conforme estás a ver. Sim, e acho que isso é isso, é o que determina o que o que é uma boa história e o que é mero, no pior sentido de entretenimento. Podemos estabelecer aqui a diferença entre o que é que é uma. Uma história mais funcional, de uma história que nos que nos expande, porque todos nós, todos nós, temos a história. 14:01 Então, mas como é que foi? Olha o meu dia, eu vim para aqui, trabalhei, sentei, me e escrevi ao computador. E eu digo assim, não quero saber nada dessa história, quero mudas de canal, já não quero saber em cada muda de canal, às vezes mudamos até de conversa. Há há 27 páginas da literatura portuguesa que são muito características e toda a gente se lembra que é AAA caracterização da frente de uma casa chamada ramalhete. 14:24 E na altura, quando tínhamos 1415 anos, a dor achámos que era uma dor. Mas se se recuperarmos isso é provavelmente as coisas mais brilhantes, porque mistura precisamente o que tu estás a dizer, ou seja, uma coisa meramente funcional, não é? É. Esta era a casa e são 27 páginas e, ao mesmo tempo, essa casa é metáfora para o que se vai para o que se vai passar nos capítulos à frente é o. 14:47 Cenário. É EE, mais do que o cenário. É um personagem, não é aquela casa, é uma personagem. Porque os objetos podem ser personagens. Podem? Então não podem? Claro que sim. A Sério? Para mim, sim, claro que sim. Sem falar. Sem falar às vezes, eu prefiro atores que não falam do que com. Atores que? Não, eu digo isto muito dos meus atores. 15:03 É, prefiro filmar te a pensar do que a falar, porque. Porque isso é uma regra antiga do do cinema e da televisão, da ficção para televisão que é mostra me não me digas, não é? As as novelas são reiterativas, porque tem de ser tudo dito. A pessoa entra, diz, faz e pensa a mesma coisa. 15:19 E também não há muito dinheiro para para mostrar com com a qualidade e com é, dá. Há, não há é tempo. Talvez isso seja um sinónimo. Não havendo, se se houvesse mais dinheiro, haveria mais tempo e, portanto, eu acho que ainda assim seria absolutamente impossível alguém humano e mesmo desconfio que o site GPT também não é capaz de o fazer de escrever 300 episódios de uma história. 15:38 Eu estou. Eu estou a pensar aqui. Eu. Eu ouvi alguém a dizer, não me recordo agora quem, infelizmente, que era. Quando quando se faz um roteiro, aquilo que está escrito para se filmar uma determinada coisa, que todos os adjetivos que que lá estão escritos têm que ser mostrados, porque não adianta nada dizer. 15:55 Então entrou agora na cena, EEEE salvou a velhinha, certo? Está bem, mas isso não chega, não é? Sim, eu até te digo, eu, eu prefiro. Regra geral, os argumentos até nem são muito adjetivos, os argumentos, ou seja, o script nem é muito adjetivado. É uma coisa mais prática. Eu acho que essa descoberta está. 16:13 Não sei. Imaginem, imaginem a leres Oo estrangeiro do camus, não é? Tem Montes de possibilidades dentro daquele não herói, dentro daquela vivência, daquela existência problemática. Não é porque não se emociona, et cetera e tudo mais. 16:29 Como é que tu imagina que tinhas um argumento ou um script sobre sobre Oo estrangeiro? Eu acho que seria importante discuti lo profundamente com os atores. Tu fazes isso porque queres ouvir a opinião deles? Quero sempre eu acho que os atores que se os atores e as atrizes que são atores e atrizes, não são meros tarefeiros. 16:52 Qual é o fator x deles? O fator x? Deles, sim. O que é? Eu estou. Eu tive aí uma conversa aqui Na Na, neste, exatamente neste estúdio com com a Gabriela Batista, com a com a com a com a Gabriela Barros. E eu não preciso de saber e não sei nada sobre técnica, mas. 17:09 Eu, eu, eu imagino que qualquer munição que se dei àquela mulher, que ela vai transformar aquilo noutra coisa completamente diferente. O Woody Allen dizia uma coisa muito interessante que Era Eu sempre odiei ler e depois percebi que para conhecer mulheres interessantes, precisava de ler 2 ou 3 livros. 17:27 Para ser um pronto atual à certa. O que é que acontece com a Gabriela? A Gabriela é uma pessoa interessante. Os atores e as atrizes que são atores e atrizes são pessoas interessantes porque são inquietas, porque são atentas, porque percebem, porque conseguem. Conseguem ler não só uma cena, mas as pessoas que estão em cena com elas conseguem ler um realizador, conseguem ler uma história e, sobretudo, perceber. 17:50 Imagina se pensares no rei leão? Muitas vezes a pergunta sobre o que é que é O Rei Leão? As pessoas menos, menos levadas para as histórias dizem, Ah, é sobre um leãozinho. Que sofre? Não, não, não é sobre isso, é sobre família, é sobre herança, é sobre poder, é sobre legado, é sobre. No fundo, é sobre todos os conceitos que qualquer drama shakespeariano ou tragédia shakespeariana também é. 18:14 E, portanto, eu acho que quando tu encontras atores e atrizes a Sério, o fator x é serem interessantes porque têm ideias e porque pensam. Não se limitam a fazer pá. Um ator que se limita a fazer e diz o textinho muito, muito, muito certinho. É um canastal enerva me enerva, me dá vontade de lhes bater. 18:30 Não, não gosto disso, não me interessa. E isso não é sinónimo de desrespeito pelo argumento. É sublimar o argumento ou sublimar o scripta, a outra coisa que não é lida. É fermentar aquilo? Sim, eu diria que sim. É regar? Sim. Olha, eles oferecem te obviamente maneiras de fazer e a interpretação do texto, mas. 18:50 E tu tens a tua parte e a tua parte é aquilo que eu posso te chamar a ética do olhar, que é o teu ponto de vista o ponto de vista como eu queria dizer, como é que tu defines o ponto de vista? Como é que tu escolhes? Se queres fazer uma coisa mais fechada, mais aberta, de cima, de lado, o que é esse? E tu pensas nisso para além da técnica. 19:09 Sim, penso eu acho que o meu trabalho, Oo trabalho do realizador, no geral, é essa filtragem da realidade. Para, para encaminhar. Para encaminhar a história e encaminhar quem a vê ou quem, quem está a ver, para uma determinada emoção ou para uma determinada pergunta ou para determinada dúvida. 19:31 Para lançar de mistério. Enfim, eu, eu tenho. Eu sinto que eu tenho 41 anos, tenho já alguns anos de de realização, mas sinto que estou sempre não só a aprimorar, mas a encontrar melhor. Qual é a minha linguagem. 19:47 O pôr do sol não tem qualquer espécie de desafio do ponto de vista da linguagem. Ele é a réplica de uma de uma linguagem televisiva chata de de planos abertos, o plano geral. E agora vem alguém na porta, plano fechado na porta, plano fechado na reação, plano fechado na EE. Isso para mim, enquanto realizador, não foi um desafio maior. 20:05 Talvez tenha sido o desafio do corte, o desafio. Do ritmo da cena, da marcação da cena. Para, por exemplo. Há uma coisa que eu digo sempre e que é verdade no pôr do sol, sempre que as pessoas pensam, vão para o pé das janelas. Porque é uma cena de novela, não é? Eu vou aqui passar ao pé de uma janela e põem, se encostadas às janelas a pensar, não é pronto. 20:21 Isso tem muita. Influência olhando para o Horizonte? Horizonte longico não é essa aquelas coisas. Portanto, isso tem muita influência dos Monty Python, tem muita influência dos dos dos Mel Brooks, da vida, et cetera, porque eu, porque eu sou fã incondicional de tudo o que surge dessas pessoas. Mas, por exemplo, se me perguntares em relação à série que eu fiz sobre o 25 de abril, o sempre já é outra coisa, já não tem, já não há brincadeira nesse sentido. 20:45 E como é que eu conto? Como é que eu conto a história das pessoas comuns do dia mais importante para mim enquanto português, da nossa história recente para mim? E, portanto, essa filtragem, essa escolha, essas decisões têm a ver com. 21:03 Eu, eu. Eu sinto que sou um realizador hoje, em 2025, final de 2025, sinto que sou um realizador que gosta que a Câmara esteja no meio das personagens. No meio, portanto, não como uma testemunha afastada. Exato, não como uma testemunha, mas como uma participante. 21:18 Pode ser um, pode ser um personagem da minha Câmara. Pode, pode. Eu lembro me quando estava a discutir com o meu diretor de fotografia com o Vasco Viana, de quem? De quem sou muito amiga e que é uma pessoa muito importante para mim. Lembro me de estar a discutir com ele. Como é que íamos abordar a Câmara na primeira série que nós assinámos coiote vadio em nome próprio que se chama, até que a vida nos cepare era uma série sobre uma família que organizava casamentos e eram eram 3 visões do amor, os avós dessa desse casal que tinha essa quinta de casamentos, que vivia também nessa quinta, esse casal de avós, para quem o amor era para sempre o casal principal nos seus cinquentas, para quem o amor está a acabar por razão nenhuma aparente. 21:56 Desgaste, talvez. O amor às vezes acaba e é normal, e em baixo os filhos. Para ela, o amor às vezes, e para ele o amor é um lugar estranho, ou seja, repara. São uma série de aforismos sobre o amor que eu vou ter de filtrar com a minha Câmara. 22:11 Portanto, a maneira como eu filmo uso a voz em que o amor é para sempre está dependente de toque da mão que se dá da dança que se surge no Jardim dele, acordar a meio da noite, sobressaltado porque ela está junto à janela, porque está a começar a sofrer. De uma doença neurológica e, portanto, ele está a sarapantado e vai ter com ela e cobra com um cobertor. 22:31 Portanto, todos estes toques diferentes. No caso do casal principal que se estava a separar, eles nunca param muito ao pé um do outro e, portanto, a Câmara tem de correr atrás de um para alcançar o outro e nunca lá chega. Há uma tensão. Sim, há sempre uma tensão. E depois nos no. No caso dos mais novos, ainda era o mais específico. Mas diria que o Vasco sugere me e se falemos os 2 sobre isto. 22:51 E se a Câmara não for entre pé? E for respirada, não é, não é não é Câmara mão agitada, mas é eu sentir que há uma respiração Na Na lente que ela está um ligeiramente abanada. É o suficiente para, se eu estiver a esta distância da personagem e a Câmara estiver mais ou menos a respirar, eu sinto que eu próprio o espetador. 23:10 Estou sentado naquele sofá a olhar para aquela pessoa, a olhar para aquele, para aquela pessoa, para aquela realidade, para aquela família, para para aquelas ideias, não é? E para essa ideia? Que se tenta explanar, em 3 gerações, o que é o amor? A pergunta mais inútil que eu tenho para te fazer é, o que raio faz um diretor de fotografia num? 23:28 Filme, então o diretor de fotografia, para quem não sabe, é é Quem é Quem. No fundo, comigo decide a estética. Da imagem, a luz, a luz acima de tudo. Eu trabalhei já com vários direitos da sociografia, de quem gosto muito. O Vasco Viana é um deles, o Cristiano Santos é outro, porque é uma porque é. 23:44 Que se gosta de um e não se gosta tanto de outro? Não. Às vezes não tem a ver com isso. Eu não me lembro de um. Talvez em novelas que tenham trabalhado com diretos de sociografia, que, enfim, que foram bons, outros nem tanto. Mas eles constroem uma estética, constroem uma luz, um ambiente. Nas séries, sim. Não é no cinema, sim. 24:00 Na televisão. Acho que é muito complicado porque. Porque se obedece a critérios, sobretudo dos canais. Que vêm com uma frase, quando eu comecei a fazer novelas, ainda estávamos a discutir se a coisa havia de serem 16:9 ou 4 por 3. Portanto, parecia que ainda estávamos a quase na Roménia dos anos 60. 24:16 EEE não estávamos e, ao mesmo tempo, estávamos muito próximos disso. EEE. No fundo, o que o diretor da fotografia faz é essa escolha da cor, da luz, do enquadramento, claro que em concordância com aquilo que eu pensei, mas é a primeira pessoa que consegue consubstanciar. 24:35 A minha visão sobre a história é isso. Olha, OOA, escolha de um plano para filmar é uma escolha moral. Também estava te a ouvir, agora a falar do 25 de abril e de e, portanto, 11. A ideia que tu tens sobre as coisas depois interfere também na maneira como tu escolhes um plano. 24:51 O que é que vais filmar ou como é que vais? Filmar, eu acho que, sobretudo, tem a ver com o eco que a história tem em ti. Não é uma coisa acética nem agnóstica. É uma coisa implicada, não é uma coisa implicada, isto é, se há uma ideia tua enquanto autor. Sobre a história, que vais esmiuçar em imagens, é mais ou menos a mesma coisa. 25:11 Que tu sabes que a Sophia de Mello breyner aprendeu gramática na escola. Eventualmente português teve aulas de português. Suspeitamos que. Sim, pronto. Aprendeu a escrever, mas ninguém a ensinou a fazer poemas. Vem dela. E essa implicação na escolha das palavras, da métrica do soneto ou do verso, et cetera, ou da ou da Quadra, ou, enfim, seja o que for. 25:30 É uma coisa que lhe vem de uma decisão. Não é de uma decisão, nem que seja do espírito, não é? Eu acho que o realizador tem a mesma função quando quando se permite e, acima de tudo, quando se assume como realizador e não um tarefeiro a mesma coisa que o ator. 25:46 Olha, como é que tu estás a falar de ficção? Obviamente, mas a ficção tem um poder secreto que é alterar a realidade ou a nossa perspetiva sobre a realidade ou não. Quando eu vejo, quando eu vejo que tu filmas uma determinada coisa num determinado prisma, com uma determinada ideia, eu, eu já quase não consigo ver a realidade como a realidade é eu, eu, eu já já tenho mais uma camada de tu vais me pondo umas lentes, não é? 26:15 Quer dizer, olha para aqui, olha para acolá. Sim, mas repara, os livros têm o mesmo poder, não é? Desde que tu te deixes contagiar com uma ideia, a arte. A arte, seja ela. Seja ela sobre a forma de uma Mona lisa ou de uma comédia, não é é essa reconfiguração do real para ser percecionada pelo outro. 26:40 E o outro pode se deixar contagiar ou não se deixar contagiar. Imagina que tu não achavas piada nenhuma ao pôr do sol? Há pessoas que não acharam piadinha nenhuma ao pôr do. Sol desligas te não vais ver? Sequer. Mas não vais ver isso? O teu real continua, ou seja, a minha. A minha pretensão com o pôr do sol não é mudar o mundo. Não é mudar, é divertir, me em primeiro lugar e achar que isto pode pode divertir. 27:02 Pessoas pode fazer umas cócegas à moda? Pode fazer cócegas à moda, aliás, pode pôr o dedo na ferida até rir. Estás a ver. Sim, porque depois tu é assim aqui. A história obviamente é engraçada. EE aquilo dá vontade de rir, mas tu gozas com todo o tipo de preconceitos e mais algum que lá estão em cima da mesa. 27:17 Claro. E esse EE aí também se tem de fazer jus ao ao texto que me chega do Henrique dias. Ou seja. Eu, o Rui e o Henrique discutimos a ideia. Eu e o Rui tínhamos uma lista extensa de tudo o que se passa em novelas, quem é a esta hora, quem é que Há de Ser no meu telemóvel, beber copos, partir, copos, cavalos, bem, famílias ricas, et cetera. 27:36 Mas depois o Henrique tem esse condão de agarrar nessas ideias e de algumas de algumas storylines que nós vamos lançando, é pá. E fazer aqueles diálogos que são absolutamente fabulosos, não é? Quer dizer, lembro, me lembrei, me. Lembro me sempre de vários, mas há uma, há um, há um apidar no na primeira temporada, que é talvez o meu plano favorito, que é um dos membros da banda que vem a correr desde o fundo do plano e que cai em frente à Câmara e diz, não, não, eu estou bem. 27:59 Dê me um panado e um local que eu fico logo bué, pronto. Isto é uma coisa muito nossa, muito proximidade, que tem graça porque tu já ouviste alguém dizer isto e pronto. E quando se tem essa, quando se tem essa junção porreira de de sentidos, de humor. 28:17 A tendência é que isso crie, crie qualquer coisa de reconhecimento. O que nós encontrámos com o pôr do sol foi um reconhecimento, é pá, surpreendeu, me surpreendeu me ao máximo e depois açambarcou nos a todos e foi a Suburbano a sobrevoou me de uma maneira assustadora, foi, imagina, eu tive um acidente de Mota pouco tempo depois da primeira temporada acabar, fui ao chão e fiquei, fiquei magoado e fiz me nada de especial, estava no hospital. 28:46 E o enfermeiro chefe dizia, sistema anel, pureza, agora vou pôr aqui um megaze, não sei quê. Ou sistema anel, pureza, não sei quê, mas assim. 11 trato espetacular. Uma coisa muito, muito solene, muito solene, e é. Pá e nas tantas ele estava a fazer o tratamento e disse assim, é pá e vê lá se tens cuidado e eu, espera aí, houve aqui qualquer coisa, houve aqui um problema na Matrix ou então não sei o que é que aconteceu e o gajo diz, desculpe, desculpa, é que eu sou de massamá e eu sei o que é que é cheirar AIC 19, todos os dias que é uma tirada do pôr do sol posso chamar os meus colegas assim? 29:12 O que é que se passa? Entraram para aí 5 ou 6 enfermeiros. Dizer é pá, obrigado. Pelo pôr do sol, por isso é convidada, portanto, Na Na enfermaria. Todo todo arrebentado. E eles todos quando em dia e eu percebi pronto, isto bateu, bateu a um nível de podemos reconciliar a televisão com uma certa cultura pop que teve alguns exemplos extraordinários na comédia ao longo da nossa história. 29:34 Temos o Raul solnado, temos o Herman José, temos Oo Ricardo Araújo Pereira e o gato fedorento, o Bruno Nogueira. Esses. Esse, atualmente, o Bruno Nogueira e o Ricardo Araújo Pereira continuarão a? Fazer são fundações, no fundo, são coisas que a gente olha e diz assim, uou. Eu acho que experimentei um bocadinho disso. Ele experimentava esta equipa, experimentou um bocadinho disso, quando de repente temos pá, um Coliseu de Lisboa cheio para ver uma banda que está a fazer playback. 29:56 Nós fizemos isso com Jesus Cristo, não é? A banda do pôr do sol foi tocar, não tocou nada, ninguém deles. Nenhum dos tocou, não sabem tocar e. Esgotámos OOO Coliseu para ouvirmos uma cassete em conjunto e as pessoas foram. Para participar num episódio ao vivo que não era episódio, não estava a ser. Filmado sequer tu vendeste, tu vendeste uma fantasia que toda a gente sabe que não existia, mas a ideia de comunhão. 30:16 Foi nessa narrativa e eu acho que isto é uma coisa que nos anda a faltar cada vez mais, não é? Nós nós não temos essas comunhões. Tu vês uma série? Ou melhor, é mais frequente teres um diálogo com um amigo e diz assim, pá, tens de ver aquela série, não sei quê, é espetacular, não sei quê quantos episódios, viste? Vi meio, mas é espetacular. 30:32 E já não é aquela coisa de Bora fazer um? Serão lá em casa, em que juntamos amigos e vemos um filme? Como aconteceu antigamente, antes da televisão se alinear? Antes de antes da da televisão te permitir uma ilusão de poder da escolha, não é? Eu agora escolho o que vejo. E a televisão morreu? Nada, não. 30:49 Nem vai morrer. É como a rádio morreu, não é? Quer dizer, a gente volta e meia a rádio a. Rádio a rádio tem mais vidas que um gato. Não é pronto porque a rádio foi ver o apagão, não é? O apagão foi uma. O apagão foi um delírio. Apagou tudo para. Os da rádio? Claro, claro. Evidentemente, isso era o que havia. E isso é extraordinário, porque isso faz, nos faz nos perceber que a volatilidade das das novas tecnologias etcétera, pá, é porreiro, é óbvio. 31:11 Então agora temos aqui 2 telemóveis, estamos anão é? Estamos aqui a filmar. Temos boa parafernália, mas mas. No limite. Naquele momento em que achávamos todos que a Rússia atacar e não era nada disso, o que queríamos era ouvir alguém a falar. Connosco o fenómeno dos podcasts como este é eu, eu dou por mim assim que é. 31:30 Eu gosto de ouvir pessoas à conversa, porque me acalma e me baixa o ritmo do scroll. Há uma. Música, não é? E é EEEE, aprendes qualquer coisa. E por isso é que eu gosto de pessoas. Estás a ver quando eu, eu houve uma vez 11 coisa que me aconteceu que eu acho que que é pá, que eu nunca mais me esqueci, que foi um amigo meu. 31:48 Que, entretanto, nunca mais falámos, é um facto. As histórias foram para os sítios diferentes, mas um dia entrou me para casa, à dentro. Eram para aí 10 da noite e diz me assim, preciso de conversar. E perguntei, lhe mas o Gonçalo de quê? Não, pá de nada, preciso só de conversar. Tens tempo para conversar e eu fiquei. 32:07 Isso é uma grande declaração, isto é. Extraordinário. Pouco tempo depois, estava em Angola a fazer uma série, uma novela. Perdão, uma. A melhor novela que eu fiz na vida é que foi uma novela para Angola, uma coisa chamada jikounisse. E há um assistente meu, Wilson, que chega 2 horas atrasado ao trabalho, é pá e era um assistente de imagem, fazia me falta. 32:25 Ele chega, Ah, presa, peço desculpa, cheguei atrasado e tal só para o Wilson 2 horas atrasado, o que é que aconteceu? Tive um amigo que precisou de falar e eu juro te que me caiu tudo, eu não lhe. Eu quero ter um amigo assim, eu não. Posso, sim. Eu não me lembro disto acontecer em Portugal. 32:42 Para mim, disse. Para mim mesmo, eu não me lembro. De. De. De dar prioridade a um amigo em detrimento do trabalho. Porque o trabalho me paga as contas e os filhos e não sei quê. E o ritmo e a carreira. E eu reconheci me e de repente há um amigo meu que precisa de conversar. 32:58 Estamos a ouvir pouco. Então, não estamos eu acho que estamos. Estamos mesmo muito. Temos mesmo muito a ouvir, a ouvir muito pouco, acho mesmo, acho mesmo. Isso isso aflige me sobretudo porque há um, há um é pá. Eu estou sempre a dizer referências, porque eu, de repente, nestas conversas, lembro me de coisas. O Zé Eduardo agualusa assina 11 crónica, creio no público há, há uns anos, largos da importância de, de, de, de de fazer mais bebés, porque o mundo está tão perdido que só trazendo gente boa, muita gente boa de uma vez em catadupa. 33:29 É que isto melhora e eu acho, essa visão. Uma chuva de. Bebés uma chuva de bebés, mas de, mas de bebés bons, de bebés, inquietos, de bebés que fazem birras pelas melhores razões de bebés, que brincam sem computadores, sem coisas que que se que chafurdam na, na lama, et cetera, fazem asneiras. 33:45 Sim, sim, eu, eu, eu gosto muito de ser pai, mais até do que ser realizador, gosto muito de ser pai e acho que isso é é precisamente por essas, pelos meus filhos, claro que são os meus, mas se tivesse, se houvesse outras crianças. De que eu tomasse conta? Acho que era isso que é. 34:01 Tu perceberes que até uma certa idade nós não temos de nos armar noutra coisa que não ser só crianças. E acho que eu pessoalmente, acho que tenho 41 anos e às vezes sinto uma criança perdida até dizer chega EE, acho que pronto. 34:18 Enfim, o tempo vai adicionando, adicionando te camadas de responsabilidade. Agora temos temos de saber mexer microfones, inverter a água, et cetera, e meter fones, et cetera. Mas, no fundo, somos um bocado miúdos perdidos a quem? A quem se chama pessoas adultas porque tem de ser, porque há regras, porque há responsabilidades e coisas a cumprir. 34:35 Acho que só o Peter Pan é que se conseguiu livrar dessa ideia de poder. Crescer, coitado. Já viste? Pois é mesmo o Peter Pan sem andar com aquelas botas ridículas também. Exato. EE, qual é? Sabemos. E o capitar, não é? Pensando bem, a história dramática é o que quando estás com neuras a tua vida é um drama refugias te na comédia fechas te de ti próprio. 34:55 Não queres falar com ninguém? Quando estou com. Que é frequente é. Frequenta é? Então, o que é que te bate? O que é que te faz o. Que me bate é nos dias que correm e não só não conseguir tocar à vontade na minha função enquanto artista. 35:15 Isto eu vou te explicar o que é. Os artistas não precisam de ser de um quadrante político ou de outro. Eu eu sou de esquerda, assumidamente de esquerda. EEE, defenderei até à última este esses ideais. Ainda à esquerda, direita. Há, há, há. Eu acho que há, há. É cada vez menos gente com quem se possa falar de um lado e de outro. 35:32 Há uma. Polarização sim, sim, porque porque, enfim, isso são são outras conversas, mas o os artistas, no meu entender, estão a perder a sua perigosidade isso enerva me, ou seja, eu às vezes sinto que não estou anão, não estou a transgredir. 35:49 Não estou a ser perigoso, não estou a questionar, não estou. Estou a ir ao sabor de uma coisa terrível, que é ter de pagar as minhas contas. É o rame. Rame mais do que isso é eu deixar me levar pela corrida que é. Tenho de ter mais dinheiro, tenho de conseguir a casa, tenho de conseguir a escola dos putos tenho, não sei quê. 36:07 Devias ser mais um moscado, aquele que que dava umas picadelas aqui à. Eh pá devia questionar. Devia. Os artistas são se nasceram para isso e eu se me se eu me considero artista e às vezes isso é difícil. Dizer isso de mim, de mim para comigo. Eu imagina o Tiago Pereira, o Tiago Pereira que anda AA fazer um acervo da música portuguesa, a gostar dela própria, pelo pelo país todo, com gente antiga, com gente nova, com com gente toda ela muito interessante. 36:36 A importância de um Tiago Pereira no nosso, no nosso país, é é inacreditável. Quantas pessoas é que conhecem o Tiago Pereira? E, pelo contrário, não estamos focados Na Na última Estrela do ou do TikTok ou do big Brother ou de outra coisa qualquer. 36:51 Até podia ser uma coisa boa, estás a ver? Ou seja. Complementar uma coisa e outra. Sim, ou seja, eu, eu. A coisa que mais me interessa é saber quem é que com 20 anos, neste momento está a filmar em Portugal e há muita gente boa. Tu vês os projetos da RTP play e da RTP lab? E é gente muito interessante. Então, e porque é que? 37:06 Nós não estamos a estornar essa gente? E a e a potencial? Porque, porque a corrida? É mais importante, ou seja, tu queres a. Corrida dos ratos Na Na roda. É e é coisa de chegar primeiro, fazer primeiro, ganhar mais que o outro, não a solidariedade é uma, é uma fraqueza AA generosidade é uma fraqueza aplaudires alguém que é teu par é mais, é mais um penso para a tua inveja do que propriamente uma coisa de quem é que ganhamos? 37:34 Todos vamos lá. OOOO rabo de peixe, por exemplo, é um é um caso lapidar nesse sentido. Que é o rapaz? É extraordinário. É extraordinário neste sentido, eu? Posso? A primeira série é uma pedrada No No charco, que é uma coisa mágica o. 37:50 O Augusto Fraga, que é uma pessoa que eu, de quem eu gosto bastante e conheço o mal, mas gosto bastante, assina uma série que a primeira coisa que foi vista sobre essa série, ainda que estivéssemos a com 35000000 de horas ou 35000000 de horas, sim, vistas por todo o mundo. 38:08 Ah, não sei quantas pessoas, minhas colegas, tuas colegas, enfim, colegas de várias pessoas que estão a ver este mote caso dizem assim, ó, mas eles nem sequer fizeram o sotaque açoriano. Ah, e aquela e aquela ideia de não contrataram só atores açorianos? Pronto, sim, vamos ver uma coisa, porque porque é que vamos sempre para essa zona precisamente por causa da corrida, porque isto é importante. 38:32 A inveja é lixada? Nada. Fraga sim, a inveja é lixada e mais do que isso, esta inveja. É patrocinada pelo sistema, o sistema, o sistema sublima. Quando nós achamos que quem, quem, quem é nosso inimigo é quem faz a mesma coisa do que nós, nós temos menos de 1% para a cultura neste país. 38:50 E quando há dinheiro, quando há dinheiro, nós andamos a tentar queimar o outro para conseguirmos chegar ao dinheiro, ou seja, perante as migalhas. Nós não nos organizamos, a dizer assim. Pá a mão que está a dar as migalhas é que está errada. 39:05 Não. O que acontece é não. Mas eu já discutimos isso. Primeiro eu preciso de de amoedar as migalhas para mim e depois então discutimos, é uma. Corrida mal comparado de esfomeados. É, mas em vários. Mas é. Não estou a ver só na cultura, não é? Não é só na cultura. E. Já dizia o Zé Mário branco, arranja me um emprego. 39:22 O Zé Mário branco dizia tanta coisa tão mais importante, tão tão tão importante nos dias que correm, o Zé Mário branco, enfim. Mas eu até diria que isto, que este país que é pequeno. Que é pequeno em escala. Que é pequeno, que é pequena escala. 39:39 Podia ver nisso uma vantagem. Podíamos ver nisso uma vantagem, porque eu acho que o país somos nós e acho que as pessoas não. Não temos essa noção, não é EE essa e essa noção de que não dedicamos tempo suficiente a estarmos uns com os outros e de ligarmos as peças boas e de tornar isto uma coisa mais interessante, claro. 39:57 Interessa me, interessa me. Muito há uma cultura de mediocridade, não? Isso eu acho que não, o que eu acho é que há. Ou melhor, como é que se compatibiliza esse essa corrida dos ratos na roda, em busca da última migalha com coisas de excelência que subitamente aparecem? 40:13 Eu acho que quando tu sentes que isso é um acidente, rapaz, isso é um acidente, não é? É um acidente. Antes tinha tinha havido o Glória e nós tínhamos achado. Tio Glória era a primeira coisa da Netflix. Parece um bocado aquela coisa de o ator que é pá. 40:29 Eu sou um grande ator. Eu fiz uma formação no Bahrain para aprender a ser a fazer de post. Foi uma formação de meia hora, chega cá e dentro e vai dizer assim, é pá. Este gajo é bom meu. O gajo esteve no barrain. Vende-se bem este. Gajo é bom, não é? E de repente não. Ele esteve no barém a fazer de post e é melhor do que um puto que veio da PTC ou 11 miúda que veio da STCE está a tentar vingar. 40:50 Eu tive agora uma conversa por causa da da dos encontros da GDA para para o qual foi foi gentilmente convidado e foi foi incrível estar à conversa com Malta nova. Não é assim tão nova quanto isso, mas Malta entre os 25 e os 35 anos, atores e atrizes, em 4 mesas redondas em que IA assaltando eu, o António Ferreira, a Soraia chaves e a Anabela Moreira, é pá EEAEA dúvida é a mesma de que se houvesse uma mesas redondas de veterinários, de veterinários ou de médicos, ou de ou de assistentes sociais, que é como é que eu começo isto? 41:20 Como é que eu faço isto? Qual é o percurso, onde é que está? O repente GDA faz uma coisa incrível que é, vamos pôr as pessoas a conversar. É um bom início, pá, é um. Excelente início. E nós não andamos a fazer isso, não andamos a fazer isso, por mais associações que haja, por mais coisas, et cetera. E há gente a fazer este, a tentar fazer este trabalho. 41:38 Não há um sindicato da minha área que funcione. O sindicato dos criativos pode ser então? O sindicato, o Sena, o sindicato Sena. As pessoas queixam se que não é um sindicato, mas não estão nele. Quando eu digo que não há um sindicato, é o sindicato, existe. As pessoas é que não vão para lá e queixam se das pessoas que lá estão. 41:55 Isto não faz sentido nenhum. Ou seja, nós estamos sempre à espera que nos dêem. Mas é aquela coisa velha, essa coisa que foi o Kennedy, que disse não é não, não perguntes. O que é que o teu país pode fazer por ti? Pergunta te, o que é que tu podes fazer pelo teu? Portanto, não temos uma mecânica por um lado de devolução à sociedade daquilo que nós estamos AA receber e, por outro lado, de de agregação, num interesse comum, ou numa imaginação comum, ou em alguma coisa que podemos fazer juntos. 42:17 Eu, eu acho que, sobretudo, tem a ver com celebramos? Não, acho que não. Até porque é tudo uma tristeza, não? É, não, não, não. Eu acho que é assim. Eu acho é que é tudo muito triste porque não nos celebramos. Porque há razões enormes para nos celebrarmos, há razões mesmo boas, para nos celebrarmos. Bom, mas eu não quero deprimir te mas um tipo que chuta 11 coisa redonda de couro e que acerta numa Baliza é mais valorizado do que um poeta que escreveu o poema definitivo sobre o amor ou sobre a vida? 42:43 Mas isso, pão e circo? Isso pão e circo. E isso a bola também é importante. E está tudo bem? Eu sou. Mas tão importante. Não é? Porque eu eu gosto de futebol, gosto. Eu gosto de futebol, sou um, sou um. Sou um fervoroso adepto da académica de Coimbra e do. Falibana do Benfica, da da académica, sou da académica. 43:00 Está péssima, não é? A académica está terrível, mas é isso. Ou seja. Eu acho que tem, Maura continua, tem? Maura, claro. E terá sempre. Eu sou, sou, sou da briosa até morrer, mas. Mas de qualquer das maneiras, sinto que essa coisa que é, há espaço para tudo. Eu acho que eu o que faz falta? E animar a Malta? 43:17 É educar a Malta? É educar a Malta. Faz muita falta. Eu acho que faz muita falta a educação neste país. E isso tem a ver com política, tem a ver com escolhas, tem a ver com coragem. EAAA educação não tem sido muito bem tratada nos últimos tempos. 43:35 Se há gente que se pode queixar são os professores e os. Alunos, porque nós só descobrimos daqui a 10 anos ou 20 que isto não correu bem. Claro, mas já estamos a descobrir agora, não é? Depois, já passaram algum tempo sim. Quais é que são as profissões de algumas das pessoas que estão no hemiciclo que tu reconheces profissões não é? 43:52 De onde é que vêm? Vêm das jotas vêm. São juristas, normalmente economistas, certo? Mas um médico. Há um ou 2? Há um ou 2, há alguém que tu, um professor? Deixa de ser atrativo. A política devia ser essa coisa de eu reconhecer. 44:10 Figuras referenciais. Os melhores entre nós que que escolhidos para liderarmos, sim. Escolhidos por nós. Ou seja, porque é que eu acho isto? Mas eu acho isto desde sempre, sempre, sempre. Eu sei isto. Aliás, eu venho de uma casa que é bastante politizada. A minha casa, a minha família é bastante politizada. O apelido. 44:27 De pureza não engana. Pois não engana. Às vezes acham que ele é meu irmão, mas é meu pai. EE pá é um gajo novo. De facto, é um gajo novo. Mas é isso que é caneco. Quem são estas pessoas? Porque é que eu vou votar nestas pessoas, estas pá. A prova agora de Nova Iorque não é 11 Mayer de 34 anos, chamado zoranmandani, que de repente ganha as eleições sem os mesmos apoios, que teve outro candidato. 44:50 Não houve Bloomberg, não houve Trump, não houve nada. Houve um tipo que veio falar para as pessoas e dizer lhes o que é que vocês precisam, de que é que precisam, o que é que vos aflige, de que é que têm medo, que sonhos é que vocês têm? Isso é tão importante e tão raro. 45:06 Afinal, o método que funciona sempre não é fala com pessoas, conta uma história ou houve cria uma expectativa? Olha, porque é que o humor explica tão bem o mundo? Eu sei, também há o choro, porque é que o humor explica tão bem? Porque tudo pode ser ridículo. E é e é tão ameaçador, não é? 45:22 Claro, claro, claro. Olha o Rio, vai nu. Exatamente tal e qual tem a ver com isso, não é? E mais do que isso, é eu, eu acho. Eu sinto que nós vivemos num país que não tem assim tanto sentido de humor. E explico porquê nós não nos rimos tanto de nós. Rimos mais dos outros quando nos rimos de nós? 45:39 É é tipo, Ah, então, mas mas estão a falar de mim. Rimos de escárnio. Sim, os os melhores, as melhores pessoas, as melhores pessoas portuguesas a terem sentido humor são os alentejanos. Porque são eles que têm as melhores notas sobre eles. Que eles próprios contam? Exatamente quando tu tens um. 45:54 Eu não sou lisboeta, portanto, posso dizer mal à vontade de vocês todos que estão a ouvir. Quando o lisboeta disse assim também. Sou alto minhoto, portanto, já estamos. Estás à vontade, não é pronto quando o lisboeta disse. Tudo que seja abaixo, abaixo, ali do cavado é soul. É soul? Exatamente. Está resolvido, pá. A minha cena é coisa do quando o lisboeta diz, tenho aqui uma nota sobre alentejana dizer, Hum. 46:11 A minha família toda alentejana, pá. Não, não acho que acho que não é bem a coisa eu diria isso, ou seja, porque é que o amor explica tão bem o mundo, explica no sentido em que, de facto, isto esta frase não é minha, é do Henrique dias. E ele acho que acho que ressintetiza isto muitíssimo bem. O argumentista do pôr do sol, que é tudo, pode ser ridículo. 46:28 O gajo da bola de couro, um círculo de de de couro que é chutado para uma Baliza, é tão ridículo como é eventualmente alguma. De algum ponto de vista sobre a religião, sobre a política, sobre a economia, sobre os cultos? 46:46 Não é os cultos pessoalizados em líderes que de repente parece que vêm resolver isto tudo e são ridículos. Quer dizer, são ridículos acima de tudo. O mito do Salvador da pátria. O mito do Salvador da pátria não é? Depois ficou substanciado em 60 fascistas. Isso é para mim. Era expulsos ao ridículo. 47:02 Incomoda os imensos. Mas a gente já viu isto em vários momentos, desde momentos religiosos até momentos políticos que é. E este vem lá ao Messias, vem lá ao Messias. E o cinema português também. O próximo filme vem sempre salvar isto tudo. E é só um filme percebes o que eu estou a dizer? Ou seja, não. 47:18 Este é que é o filme que toda a gente vai ver e vai rebentar com as Caldas. Não, não tem de ser assim, é só um filme. Só me lembro da Branca de Neve, do João César Monteiro, não é que filmou uma coisa para preto, para negro? Sim, mas mais do que isso, estava a falar de termológica comercial que é, os exibidores estão sedentos? 47:35 Que venham um filme que faça muitos números e que salve o cinema, et cetera. A pressão que se coloca, se fosse fácil fazer um filme desses, até eles próprios administradores teriam ideias. Sim, faz mesmo. A campanha viral lembro me sempre é. Faz uma coisa que vai ocupar toda a gente vai falar exatamente e que vai ser uma coisa. 47:51 Extraordinária. Um escândalo, no melhor sentido. Não sei quê, não sei quê e depois não acontece porque não é assim que as coisas não é, as pessoas não vão, não vão. Nessas modas, aliás, as pessoas estão cada vez mais dentro. O paradoxo é que as pessoas estão cada vez mais exigentes. O que é bom? Sim, mas dentro desta lógica que temos falado, que é tiktoks, et cetera, volatilidade é uma coisa superficial e de repente já nem tudo cola. 48:12 O humor repara o humor. O Bruno Nogueira, por exemplo, é um bom exemplo disso que é o Bruno Nogueira faz 111 programa extraordinário vários. Faz os contemporâneos, faz o último a sair, depois faz o princípio meio e fim, que é uma coisa arrojadíssima. Sim, ele faz coisas sempre diferentes. 48:28 Não é ele. Ele. Ele quebra os padrões sempre. Mas se reparares agora, neste, no, no, no ruído, ele já não é a mesma coisa. É um programa de Sketch que tem lá uma história que num tempo distópico em que. Sim, mas aquilo resolve se a um conjunto de de Sketch e as. 48:45 Pessoas aderiram massivamente, portanto, eu acho que isto é assim. A roda vai dando voltas. Depois voltamos um bocado à mesma coisa. O Herman, por exemplo, o Herman que é um dos meus heróis da televisão. O Herman andou por todas essas ondas e agora está numa onda de conversa e tudo mais. 49:04 E continua a ter imensa. Graça mas ele pode fazer tudo o que? Quiser, não é? Pode. Chegou este mundo do mundo para poder fazer tudo. Sim, talvez não chegue a todas as gerações como chegava. Não é dantes. Eu lembro me, por exemplo, No No no célebre Sketch da da última ceia, não é? 49:20 Ele chegou a todas as gerações, houve umas gerações que odiaram isso foi incrível, eu adorei, eu adorei esse momento iá, e ele é também um dos meus heróis por causa desse momento, porque, porque, enfim, porque qual que lá está transgressor, perigoso artista? 49:38 O Herman é tudo isso sim. Pode a qualquer momento fazer dinamitar isto olha fora o humor, tu tens, posso chamar lhe maturidade emocional entre o felps e os infanticidas. O que, o que muda no teu olhar quando quando tu transpassas da comédia para, para, para o drama, o humor e a dor são são irmãos. 49:58 O sim, diria que sim, mas mais do que isso, é há coisas que me que me inquietam, não é? Eu com 41 anos e 3 filhos, EEE uma história já muito porreira. O que? É que te inquieta. Várias coisas. Olha esta coisa da do dos artistas, esta coisa da sociedade portuguesa, esta coisa de o que é que é ser português em 2025, o que é que é ter 41 anos em 2025? 50:21 A amizade, a amizade inquieta me há amigos que desaparecem e não é só porque morrem, há há. Há outros que desaparecem porque. Perdemos lhe o rasto. Ou isso, ou porque nos zangamos EEA coisa vai de vela e é assim. E a vida é dinâmica e. E às vezes questiono, me, não é? 50:37 Questiono me sobre quanto é que vale uma amizade, por exemplo, os enfatisídeos é sobre isso, não é? Ou seja, 22 amigos de 2 amigos de infância que aos 17 anos dizem, se aos 30 anos não estivermos a fazer aquilo que queremos fazer, matamo nos daquelas promessas adolescentes e de repente um deles apaixona se e casa se. 50:57 E ele às vezes não quer morrer e a amizade vai à vida. E aquele que ficou para sempre com 17 anos, que sou um bocado eu, não é? Porque eu acho os problemas aos 17 anos é que são os verdadeiros problemas da existência humana. Os outros são chatices da EDPE da epal estás a ver isso? São outros chatices pagar as contas, pagar contas é só isso, porque tudo o resto é só o que é que eu estou aqui a fazer? 51:17 Porque é que eu me apaixonei, porque é que ninguém gosta de mim, porque é que essas coisas são tão ricas, são tão boas de testemunhar eu tenho. Tenho um exemplo incrível de ter 11 filho extraordinário chamado Francisco, que tem 14 anos e que tem umas inquietações muito. 51:34 Muito boas pá, muito, muito poéticas, muito. É uma idade difícil. E boa. E tão boa. E tenho. Tenho muita sorte. Francisco é um miúdo incrível. Mas mesmo que não fosse, eu diria assim. Para ele e tu e tu estimulas ou acalmas as ânsias dele. Eu eu acho que sou eu e a mãe dele, acho que somos estimuladores da sua, das suas várias consciências, social, política, artística. 52:02 Mas temos uma, o respaldo que encontrámos naquele naquele ser humano, foi maior do que qualquer um incentivo que nós pudéssemos dar. Ou seja, nós lançámos um bocadinho, as paisadas para os pés dele e ele de repente floresceu. E é hoje em dia uma pessoa é um ser humano extraordinário e pronto. 52:19 E eu costumo dizer aos meus amigos que o primeiro filho muda a nossa vida, o segundo acaba com ela, uma terceira. Esta turística, sim, é pá. Eu acho que os 3 deram um cabo da minha vida. É uma dinâmica diferente, não é? 3. É, é ainda por cima estão os passados, não é? Um tem 14, outro tem 3, outro tem 1 ano e meio e para o ano provavelmente quero ter mais um filho, porque acho que é lá está eu estou com água, luz a tatuar aqui, algures, portanto, tu. 52:43 Vais salvar o nosso problema de de de naturalidade e demográfico. Eu espero que sim, eu já sou Oo chamado povoador dos olivais. Portanto, vão para sim, sim, olha o que é que te falta fazer para fecharmos o que é que anda o que é que andas a escrever o que é que anda, o que é que te anda a inquietar o que é que te anda aí a. 53:01 Debaixo do teu olho. Olha, estou concorri a uma bolsa para escrever um livro. Pode saber sobre o quê? Sim, sim, é um filme que eu não, que eu não tenho dinheiro para fazer e, portanto, vou fazer o livro. E depois pode ser que o livro reúna. E os bons livros dão sempre grandes filmes. 53:17 Ao contrário, os maus livros, eu sei que eu sei que vou ser fraquinha e, portanto, os maus livros dão bons filmes, os bons livros. Portanto, a tua expectativa é que o livro seja mau que é um grande filme? Sim, sim, não. Mas pelo menos seja seja livro. Isso é importante. Eu gosto imenso de livros. Gosto imenso de ler. É das coisas que eu mais gosto de fazer, é de ler. Fiz isso candidatei me EE. 53:33 Entretanto, estou a preparar uma série de outro género, completamente diferente, que é uma série de de fantástico de terror, escrita por 5 amigos, de que eu tenho muita estima. Por quem tenho muita estima, o Tiago r Santos Oo Artur, o Artur Ribeiro, o Luís Filipe Borges, o Nuno Duarte e o Filipe homem Fonseca. 53:51 Que é uma série chamada arco da velha, que terá estreia na RTPE, que se passa entre Portugal e a galiza e também vai ter uns toques de Brasil. E estou também a preparar outro projeto lá mais para a frente, que é provavelmente os projetos que eu mais quero fazer na vida até hoje, que estou a desenvolver com a Ana Lázaro, com a Gabriela Barros e com o Rui Melo. 54:13 É impossível falhar, já ganhaste. Completamente impossível falhar porque esta ideia original é da Gabriela e do Rui. Ei, e eles vieram ter comigo. E eu fiquei para já muito conten
Em 25 de janeiro de 2019, Liz Barraza, de 29 anos, foi baleada na entrada de sua garagem, enquanto organizava um bazar. Liz morreu no hospital apenas um dia depois. Apesar de inúmeras imagens de câmeras de segurança, até hoje o assassino permanece desconhecido. Quem matou Liz Barraza? Vote no Premio MPB em www.premiompb.com.br ❤ Torne-se um apoiador pelo Apoia.se ou pela Orelo❤ Segue a gente no Instagram Pesquisa e roteiro: Marcela Souza Edição: Alexandre LimaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Aula ministrada 24/07/2025 para os alunos da Yeshivá.
Jaume Segalés y su equipo hablan de "Javier de Juan. En el corazón de la ciudad""Los empeños de una casa" Teatros del Canal pone el broche final a su temporada teatral, a la programación de Canal Hispanidad y a su ciclo dedicado al Siglo de Oro con un gran estreno en España: "Los empeños de una casa" de Sor Juana Inés de la Cruz. La Compañía Nacional de Teatro de México trae a Madrid la primera comedia de enredos amorosos escrita por la autora aurisecular de este país, nacida en el siglo XVII, Juana Inés de Asbaje Ramírez de Santillana, más conocida como Sor Juana Inés de la Cruz. Toda una fiesta barroca literaria que fue escrita para celebrar el nacimiento del primogénito de la Virreina de Nueva España, María Luisa Manrique de Lara y Gonzaga, con quien (según asegura la historiografía) la monja literata tenía una relación amorosa. De hecho, gracias a la virreina conocemos las obras de Sor Juana, ya que fue ella quien impulsó su publicación. Este fin de semana, podemos ver "Los empeños de una casa" (con un amplio elenco y música y coros en vivo), en la Sala Roja de los Teatros del Canal, hoy viernes y mañana sábado a las 20:00; y el domingo a las 18:30. Entrevistamos a la directora de la obra y de la compañía, Aurora Cano, también responsable de la adaptación del texto. "Javier de Juan. En el corazón de la ciudad" Entrevistamos al propio Javier de Juan para conocer los detalles de esta exposición que acoge el Museo Nacional de Artes Decorativas (c/ Montalbán, 12) hasta el 19 de octubre. Una muestra única que explora la obra de ese referente del arte y el diseño en España. y que forma parte del programa de Madrid Design Festival 2025. Javier de Juan, arquitecto de formación, ha dedicado su carrera a integrar el arte en la sociedad civil, utilizando medios de comunicación masiva y técnicas de ilustración y diseño gráfico. Su obra es reconocida tanto en grandes murales, como los realizados para los aeropuertos de Barajas y La Palma, como en su colaboración con medios destacados como El País, El Mundo y ABC. En los años 80, fundó la editorial Port Said para promover a artistas españoles a nivel internacional y fue un impulsor clave de la revista cultural Madriz, uno de los emblemas de la Movida madrileña.Sección de cine clásico "Es sesión continua" Antolín de la Torre hoy nos habla sobre "Cara de ángel" (Angel Face). Película de cine negro estadounidense de 1953 dirigida por Otto Preminger. Filmado en Beverly Hills, este drama está protagonizado por Robert Mitchum y Jean Simmons.
Nesse episódio vamos celebrar os 40 anos de lançamento de um dos maiores ícones da Cultura Pop dos anos 80, DEMONS, a produção de Dario Argento, dirigida por Lamberto Bava, DEMONS, de 1985. Filmado em Berlim, acabou fazendo parte de um subgênero interessante do terror, o dos filmes ambientados em um Cinema. Dentro do horror oitentista ele se destaca ao lado de clássicos cult, como A Volta dos Mortos Vivos e A Hora do Espanto entre outros.https://www.youtube.com/@GustavoSnyder1975https://www.instagram.com/mondogiallopodcasthttps://www.instagram.com/gustavosnyder_/
Canta Angola é um documentário que Ariel de Bigault realizou há 25 anos. A realidade é que a idade só fez bem a este testemunho único sobre o património musical angolano e por isso a sua importância é cada vez mais reconhecida. Filmado em Luanda em Janeiro de 2000, num país em guerra, Canta Angola reflecte a alegria e a energia criativa de um povo que, em condições extremamente difíceis, resiste à violência.Juntando nomes incontornáveis do universo musical angolano, que são os mensageiros do caleidoscópio de tradições que se encontram no país, Canta Angola permite-nos o acesso a testemunhos e apresentações que, assim, passaram a fazer parte da história documentada de Angola.O documentário Canta Angola foi recentemente exibido na capital portuguesa, na Fàbrica de Braço de Prata. A RFI aproveitou a presença da realizadora francesa em Lisboa para uma entrevista onde, entre outros temas, fala-nos do passado, presente e futuro da música angolana e da série documental que vai filmar sobre a expressão dos artistas oriundos da emigração africana em Portugal. Canta Angola, um documentário de Ariel de Bigault com:Carlitos Vieira Dias, Paulo Flores, Lourdes Van Dunem, Carlos Burity, Moisés Kafala, José Kafala, Banda Maravilha, Moreira Filho, Marito Furtado, Simmons Massini, Galiano Neto, e os grupos Novatos da Ilha, Ndengues do Kota Duro, bem como Botto Trindade, Betinho Feijo, Kinito Trindade, Joãozinho Morgado, Chico Santos, Carlos Venâncio, João Sabalo, Zé Fininho, Sanguito, Kituxi, Ino, Antoninho, Raul Tolingas com a participação de Luisa Fançony, Jacques A. dos Santos e Iolanda Burity, Vissolela Conceição, Ana MachadãoSite da realizadora Ariel de Bigault: https://www.arieldebigault.com/canta-angolaExcerto do documentário Canta Angola: https://www.youtube.com/watch?v=pUMWu-8Ze-0Excerto do documentário Canta Angola: https://www.youtube.com/watch?v=6wx46GAbrMkExcerto do documentário Canta Angola: https://www.youtube.com/watch?v=3hcZe-7Ea3gExcerto do documentário Canta Angola: https://www.youtube.com/watch?v=MI7POCG8T4UExcerto do documentário Canta Angola: https://www.youtube.com/watch?v=0Z1dugFHOps
Como parte dos eventos da Temporada França Brasil 2025, o artista plástico Jonathas de Andrade, natural de Maceió e baseado em Recife, expõe oito obras na Comanderia de Peyrassol, vinhedo incrustrado na Provence, no sul da França. Inspirado pela obra de Clarice Lispector, a mostra foi batizada de "A arte de não ser voraz" e abre para o público nesta terça-feira (1°). Patrícia Moribe, enviada especial da RFI, à Comanderia de PeyrassolA Comanderia de Peyrassol foi fundada pela Ordem dos Templários no século 13 e hoje é um importante vinhedo e museu ao ar livre. Obras da espetacular coleção de Phillipe Astruy se espalham pela propriedade de 850 hectares, fincada na região da Provence, a cerca de 100 km de Marselha. O artista francês Daniel Buren, por exemplo, implantou uma coluna de flâmulas coloridas ao longo de vinhas. As obras se impõem, se integram ou se camuflam pelas edificações reformadas e vegetação. Um passeio pelo bosque ou pela galeria fechada revela trabalhos de Joana Vasconcelos, César, Arman, Tinguely, Niki de Saint Phalle, Antoni Tàpies, Robert Mapplethorpe, Pol Burty e muitos outros.Jonathas de Andrade foi convidado para conceber uma exposição com algumas de suas obras emblemáticas, além de criações especiais para a ocasião. O fio condutor vem de uma obra de Clarice Lispector, “A arte de não ser voraz”. O projeto faz parte da Temporada França Brasil 2025. “A voracidade não é só uma coisa concreta, que fala da fome, mas também uma voracidade que é um impulso humano que nos leva a tantas contradições, como civilização”, explica o artista. “A voracidade é a voracidade de possuir, de dominar, de usar a natureza e os meios da natureza como se não houvesse amanhã. E hoje a gente vive um pico dessas contradições, com consequências muito fortes para a gente. ”Além de dois vídeos – “O Peixe” e “A Língua” -, Jonathas de Andrade traz um grande mapa realizado em colaboração com mulheres kayapó da aldeia Tukano, registros de uma ocupação do Movimento Sem Terra, que questiona a problemática de grandes áreas improdutivas nas mãos de poucos.Trabalhando com vários suportes, o artista também apresenta “Maré”, uma tábua de mares invadindo as ruínas de um clube abandonado, explorando o confronto entre mar e arquitetura, e o fato de o local também ter sido propício para encontros clandestinos. A escultura vem no formato de uma enorme língua nadando em sangue, que fez parte do pavilhão brasileiro da Bienal de Veneza de 2022. “Foi um projeto que eu fiz com expressões populares relacionadas ao corpo e que, nessa exposição e nessa discussão de voracidade, é uma língua que não só é uma língua da comida, do devorar, mas é uma língua também de uma censura que às vezes é um fantasma que está à espreita”, explica.O vídeo “O Peixe” (2016) foi exibido na Bienal de São Paulo. Filmado em 16mm, o filme é uma alegoria para temas caros para o artista, como o homem e as tradições nordestinas, a relação com o meio ambiente, e o antagonismo e embate entre opulência e necessidade. Nele, pescadores abraçam o peixe recém-pescado, como um ato amoroso, tenso. “A câmera passeia pela cena, ela parece devorá-la também, e o pescador que abraça o peixe agonizando também é uma cena de devoração entre as espécies.O artista conta que o trabalho do etnógrafo francês Jean Rouch teve um forte impacto em sua obra. “Jean Rouch deixa o olhar da etnografia clássica, distante, científico, e passa a propor situações em que a câmera parece estar jogando junto e criando com os protagonistas dos filmes".Jonathas de Andrade aproveita a passagem pela França para uma pesquisa sobre Jean Rouch, para outro trabalho que vai expor em junho, no Jeu de Paume, em Tours, também no contexto da Temporada França Brasil 2025.“A arte de não ser voraz” fica em cartaz na Comanderia de Peyrassol, no sul da França, até 2 de novembro de 2025.
Filmado em 35 milímetros, "Desconhecidos" é um suspense que trata de um surto de violência de um serial killer nos Estados Unidos. Com várias reviravolta, o filme é organizado de uma forma diferente, tanto na edição quanto na narrativa. Dividido em 6 partes e um epilogo, o diretor JT Mollner conta a história de forma não cronológica, abrindo com a parte 5, depois a 3, depois a 1, e assim por diante. Confira a análise sem spoiler do filme.
Nesta edição do podcast cinematório café, nós analisamos os três filmes que faltavam na nossa cobertura do Oscar 2025: "O Reformatório Nickel", de RaMell Ross, "O Brutalista", de Brady Corbet, e "Um Completo Desconhecido", de James Mangold. - Visite a página do podcast no site e confira material extra sobre o tema do episódio - Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema "O Reformatório Nickel" (Nickel Boys) é baseado no livro de Colson Whitehead, vencedor do Pulitzer, e narra a poderosa história de amizade entre dois jovens negros que passam juntos pelas angustiantes provações de um reformatório juvenil na Flórida, nos anos 1960. Indicado ao Oscar de Melhor Filme e de Melhor Roteiro Adaptado, o longa-metragem chama a atenção por sua história impactante e pela direção habilidosa, com planos feitos em ponto de vista de primeira pessoa. "O Brutalista" se tornou o segundo filme com mais prêmios no Oscar 2025, perdendo apenas para "Anora". Venceu as estatuetas de Melhor Ator, para Adrien Brody, Melhor Fotografia (assinada por Lol Crawley) e Melhor Trilha Sonora Original (para o compositor Daniel Blumberg). Filmado em 70mm, com VistaVision, o longa acompanha a jornada do arquiteto húngaro László Toth, que sai da Europa no pós-guerra para reconstruir sua vida nos Estados Unidos, onde encontra uma série de dificuldades pessoais e profissionais. O elenco também conta com Guy Pearce e Felicity Jones, ambos indicados ao Oscar como coadjuvantes. Encerramos com "Um Completo Desconhecido", cinebiografia do músico Bob Dylan, com recorte nos primeiros anos de sua carreira. Timothée Chalamet interpreta Dylan na influente cena musical de Nova York do início dos anos 1960, quando iniciou o relacionamento com Sylvie Russo (Elle Fanning) e conviveu com artistas como Pete Seeger (Edward Norton), Joan Baez (Monica Barbaro), Woody Guthrie (Scoot McNairy) e Johnny Cash (Boyd Holbrook). O filme concorreu a oito estatuetas no Oscar 2025: Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado, Ator (Chalamet), Ator Coadjuvante (Norton), Atriz Coadjuvante (Barbaro), Som e Figurino. Sentam-se à mesa conosco neste podcast para discutir "Emilia Pérez" e "Wicked": - Ana Lúcia Andrade, professora de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG, autora dos livros "O Filme Dentro do Filme: a Metalinguagem no Cinema" e "Entretenimento Inteligente: O Cinema de Billy Wilder"; - Larissa Vasconcelos, jornalista, crítica e redatora do cinematório. O cinematório café é produzido e apresentado por Renato Silveira e Kel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de filmes recém-lançados e temas relacionados ao cinema, sempre em um clima de descontração e buscando refletir sobre imagens presentes no nosso dia a dia. Quer mandar um e-mail? Escreva seu recado e envie para contato@cinematorio.com.br.
Tabula Rasa/Guíame a mi hogar - Parte 2 «Guíame a mi hogar» Comentario de la película por David HoffmeisterInglés con traducción al español.Guíame a mi hogar es un documental que sigue a un grupo de desconocidos que entran en un monasterio en Utah para una estancia de un mes. Inesperadamente se abren los unos a los otros, descubriendo un tesoro inesperado.Filmado en la Escuela de Misterio Tabula Rasa, el documental se guía por dos principios sencillos pero profundos: «No de pensamientos privados» y “No de complacer a las personas. A través de este viaje hacia la autenticidad, la confianza y la conexión, los participantes van quitando capas de su autoconcepto para descubrir una verdad más profunda en sí mismos y en los demás.Disfruta del profundo contexto y comentario de David y, si te interesa, puedes ver la película online aquí: https://spiri.ai/es/course/guiame-a-mi-hogar-en-descargaPara participar en línea en las sesiones de película, únete a nuestra comunidad en línea: https://programas.elcristoenti.com/products/communities/tribu-de-cristoSi quieres saber más sobre David Hoffmeister y los eventos de Living Miracles, aquí tienes más información: https://www.elcristoenti.com/eventosGrabado en línea, el 8 de febrero de 2025, en Casa Quantico, Chapala, México.
Com seis meses de vida, Jerry Lewis enterra-se em créditos com a esperança que os seguros o safem. Filmado parcialmente em Lisboa, é uma bela imagem de Portugal nos EUA dos anos 60.
O Documentário “Expedição Cerrado: Passaporte para o Futuro” será lançado nesta quarta-feira (4) no auditório Freitas Nobre, da Câmara dos Deputados. Filmado durante expedição promovida pelo Observatório do Código Florestal, o filme apresenta panorama de comunidades tradicionais e agricultores familiares no bioma conhecido como berço das águas. Ingrid Silveira, secretária-executiva da Rede Cerrado, e Marcelo Spinelli Elvira, secretário-executivo do Observatório do Código Florestal, destacam o filme e a importância do Cerrado e convidam o público a participar do lançamento e das ações pela preservação do bioma.
Tercer Milenio 360 Internacional - 18/11/24 A su paso por Centro América, la tormenta tropical Sara causó un muerto, graves daños y miles de damnificados en Honduras, así como afectaciones en Nicaragua y Belice, en ruta hacia México. El tifón Man Ji, con vientos de hasta 240 Km/h, destruyó casas, provocó enorme marejadas y obligó a evacuar a casi 700 mil personas mientras atravesaba Filipinas, es la sexta gran tormenta que azota a ese país en menos de un mes. Aumentan en 20% los casos de sarampión por campañas de vacunación deficientes, alerta la Organización Mundial de la Salud. En Murcia, España, el 28 de octubre de este año, una familia registró un objeto en el cielo ubicado a poca altura que se desplazaba lentamente y en todo momento emite un haz de luz. En Playa Miramar, en Tampico, Tamaulipas, México, la noche del 5 de octubre un objeto que emitía una fuerte luz blanca desciende poco a poco hasta sumergirse y cambiar su tonalidad a verde intenso, se trata de un OSNI. Los pobladores aseguran que ahí existe una base de origen extraterrestre.
App 10 Minutos com Jesus. Disponível em: App Store - https://tinyurl.com/10mcj-ios Google Play - https://tinyurl.com/10mcj-android ️ Segue-nos no teu serviço habitual de podcast: Spotify: https://spoti.fi/3bb5Edp Google Podcast: https://bit.ly/2Ny0S1r Apple Podcast: https://apple.co/3aqxYt6 iVoox: https://bit.ly/2ZmpA7t Recebe uma mensagem com a Meditação via: WhatsApp: http://dozz.es/10mjp Telegram: https://t.me/dezmincomjesus +Info: http://10minutoscomjesus.org
Una persona fue detenida en un country ubicado en las afueras de la ciudad de Santa Fe después de que su vecino presentara una denuncia por robo y proporcionara pruebas grabadas en cámaras de seguridad.
Filmado ao longo de mais de uma década e narrado pela dinamarquesa Sissel Morell Dargis em um português perfeito, Balomania estreia no Sydney Film Festival. O filme conta a história dos montadores de balões de ar quente gigantes nas favelas brasileiras, os “baloeiros”, que arriscam tudo para criar, voar e seguir suas obras-primas, algumas das quais têm mais de 70 metros de altura e exigem mais de 100 homens para serem lançadas no ar.
TRAGO LIVROS - Uma pitada litarária na sua vida. Descubra o universo dos livros em conversas semanais no novo programa do canal Ler é verbo! Temas fascinantes e livros para enriquecer cada conversa! No quarto episódio, mergulhamos no tema ‘ESPIRITUALIDADE' com a participação de Felipe Gracindo. https://www.instagram.com/felipegracindo Conduzido pelos irmãos Frederico Braga (https://www.instagram.com/fb.fredericobraga) e Vinicius Braga (https://www.instagram.com/v_c_braga) e convidados, a cada quinzena novos livros! Filmado nos estúdios da Alquimia Filmes em Brasília (https://www.instagram.com/alquimia.filmes), para garantir uma experiência audiovisual de qualidade. Não perca nossas conversas! Disponível também em formato ÁUDIO em todos os tocadores de podcast. Procure por LER É VERBO. #Leitura, #DicasDeLivros, #Cultura, #Literatura, #Podcasting, #Discussão, #Educação, #Inspiração, #Autores, #Narrativas, #PensamentoCritico, #PodcastBrasil, #LivrosRecomendados, #História, #Arte
TRAGO LIVROS - Uma pitada litarária na sua vida. Descubra o universo dos livros em conversas semanais no novo programa do canal Ler é verbo! Temas fascinantes e livros para enriquecer cada conversa! No terceiro episódio, mergulhamos no tema ‘REALIDADE' - um elemento intrínseco à experiência humana e à essência da vida. Conduzido pelos irmãos Frederico Braga (https://www.instagram.com/fb.fredericobraga) e Vinicius Braga (https://www.instagram.com/v_c_braga) e convidados, a cada quinzena novos livros! Neste episódio, participação especial de Rodolfo Cordón (https://www.instagram.com/rodolfog7) Filmado nos estúdios da Alquimia Filmes em Brasília (https://www.instagram.com/alquimia.filmes), para garantir uma experiência audiovisual de qualidade. Não perca nossas conversas! Disponível também em formato ÁUDIO em todos os tocadores de podcast. Procure por LER É VERBO. #Leitura, #DicasDeLivros, #Cultura, #Literatura, #Podcasting, #Discussão, #Educação, #Inspiração, #Autores, #Narrativas, #PensamentoCrítico, #PodcastBrasil, #LivrosRecomendados, #História, #Arte
TRAGO LIVROS - Uma pitada litarária na sua vida. Descubra o universo dos livros em conversas semanais no novo programa do canal Ler é verbo! Temas fascinantes e livros para enriquecer cada conversa! No segundo episódio, mergulhamos no tema ‘EXISTENCIALISMO' Conduzido pelos irmãos Frederico Braga (https://www.instagram.com/fb.fredericobraga) e Vinicius Braga (https://www.instagram.com/v_c_braga) e convidados, a cada quinzena novos livros! Filmado nos estúdios da Alquimia Filmes em Brasília (https://www.instagram.com/alquimia.filmes), para garantir uma experiência audiovisual de qualidade.
TRAGO LIVROS - Descubra o universo dos livros em conversas semanais no novo programa do canal Ler é verbo! Temas fascinantes e livros para enriquecer cada conversa! No nosso primeiro episódio, mergulhamos no tema ‘LUTA' - um elemento intrínseco à experiência humana e à essência da vida. Conduzido pelos irmãos Frederico Braga (https://www.instagram.com/fb.fredericobraga) e Vinicius Braga (https://www.instagram.com/v_c_braga) e convidados, a cada quinzena novos livros! Filmado nos estúdios da Alquimia Filmes em Brasília (https://www.instagram.com/alquimia.filmes), para garantir uma experiência audiovisual de qualidade. Não perca nossas conversas! Disponível também em formato ÁUDIO em todos os tocadores de podcast. Procure por LER É VERBO. #Leitura, #DicasDeLivros, #Cultura, #Literatura, #Podcasting, #Discussão, #Educação, #Inspiração, #Autores, #Narrativas, #PensamentoCrítico, #PodcastBrasil, #LivrosRecomendados, #História, #Arte
Reportagem partilhada mostra prédio a desabar na Faixa de Gaza, depois de alegadamente ser atingido por um ataque israelita. Será mais um exemplo do escalar de tensões entre Israel e o grupo Hamas?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Durante semanas circularon por redes sociales las imágenes del increíble show de U2 en “La Esfera” de Las Vegas. Pero mucho antes, hace 35 años, otro impresionante concierto de la banda fue registrado en el documental “Rattle and Hum”. Filmado por Phil Joanou, la película se estrenó en más de 1.400 salas y recaudó 3,8 millones de dólares en sus primeras semanas. Sin embargo, la carrera de Joanou nunca terminó de despegar.
Phenomena de Dario Argento é uma mistura de Giallo com Slasher e elementos de Fantasia e Horror. Filmado na Suiça, mais uma vez Argento trabalha com o universo da fábula infantil com muitos close ups de insetos e uma chimpanzé como uma das protagonistas. Instagram: https://www.instagram.com/cinemaferox/ Canal de Youtube: https://www.youtube.com/CinemaFerox Contato: mcarrard@hotmail.com
Da TI ao campo de ação: A trajetória da BodyCam com Leandro Kuhn.Nosso convidado Leandro Kuhn CEO da L8 Group veio para falar e explorar um dos tópicos mais relevantes do momento: as BodyCams, câmeras corporais utilizadas por profissionais da área da segurança + experiências com essa tecnologia na vida dele.Então, sem mais delongas, dê o play e vamos mergulhar nessa conversa divertida!ParticipantesLeandro Kuhn: CEO da L8 GroupDyogo Junqueira: VP da ACSoftwareGuilherme Gomes: Diretor de New Salles da ACSoftwareAnderson Fonseca: Diretor de Costumer Experience da ACSoftwareLinks:Linkedin: https://www.linkedin.com/in/leandrokuhnInstagram: https://instagram.com/leandrokuhn21?igshid=MzRlODBiNWFlZA==https://instagram.com/l8group?igshid=MzRlODBiNWFlZA==Site: https://www.l8group.net/PodCafé da TI é um podcast da ACSoftware seu parceiro ManageEngine no Brasil.https://www.acsoftware.com.br/manageengineWeb: https://podcafe.com.br/Instagram: https://www.instagram.com/acsoftwarebr/Linkedin: https://www.linkedin.com/company/acsoftwareTwitter: https://twitter.com/acsoftwarebrYouTube: https://www.youtube.com/c/PODCAFEdaTI
Alejandro González es un consultor de #SEO con más de 15 años de experiencia en el mercado. Ha llevado sitios web desde cero hasta más de 2 millones de visitas orgánicas por mes, empleando un enfoque ágil y orientado a resultados. Alejandro ha trabajado con reconocidas empresas como #Platzi, #Glassdoor, #MailChimp y #Bancolombia, potenciando su presencia en buscadores. Además, ha sido profesor de SEO durante más de 7 años, compartiendo sus conocimientos tanto en entornos virtuales como en universidades prestigiosas de Colombia, guiando a otros en el desarrollo de habilidades en marketing digital. Alejandro también es mentor de #Startups y jurado en los SEO LATAM AWARDS, contribuyendo al reconocimiento de la excelencia en la industria. Su enfoque se basa en lograr brindar a las personas lo que están buscando para potenciar los objetivos del negocio a través de los buscadores. Comprometido con el crecimiento personal y empresarial, encuentra pasión en el #GrowthMarketing y el Producto Digital.
Cuidado com a necessidade de parecer bonito, com a necessidade de que as pessoas vejam o quanto você é admirado e bem sucedido. Corrija certas ações enquanto é tempo! Isso pode ser a causa de sua ruína.
500 Global es un Venture Capital con más de $2,700 millones en activos bajo administración que invierte en fundadores que construyen empresas tecnológicas de rápido crecimiento. Se enfocan en mercados donde la tecnología, la innovación y el capital pueden generar valor a largo plazo e impulsar el crecimiento económico. Regina Zurutuza es Partner en 500 Global donde es responsable de liderar el equipo de inversiones. Desde el 2019 Regina ha trabajado no solo en encontrar, analizar y seleccionar nuevas inversiones, si no también de apoyar a emprendedores del portafolio en su estrategia, producto, operaciones, manejo de equipos y levantamiento de capital como parte del equipo de Portfolio Management. Con su formación como Ingeniera Química de la Universidad McGill, 3 años como líder del equipo de operaciones en Bright, una startup de energía solar, y un año en una empresa transnacional de energías renovables, Regina tiene experiencia construyendo equipos desde cero, desarrollando y optimizando procesos y escalando operaciones a nivel regional.
Olha só, descobrimos por que o governo Lula tinha tanto medo de uma CPMI de 8 de janeiro? Provavelmente não, já que isso aqui é só o começo. O Ministro do GSI foi filmado dentro do palácio oferecendo água para invasores, abrindo portas, cumprimentando e sendo cordial. Isso somado aos agentes deixando seus postos e fazendo pouco ou nada para conter os invadores é suficiente para cravar negligência deliberada. A questão é se a ordem veio de Lula, ou se ele ficou sabendo depois e deixou passar. De qualquer forma, é crime de responsabilidade, seja por ação ou por omissão. Quer fugir do Brasil? Nos contate: https://www.settee.io/ https://youtube.com/c/Setteeio Quer comprar Bitcoin no melhor preço do mercado? Bitpreço! https://bit.ly/BityRadical Apoie o Ideias Radicais: https://www.catarse.me/projects/152640/
Conheça o processo de realização do filme vencedor da Mostra Aurora na entrevista que fizemos com o diretor João Dumans e a atriz Viviane de Cássia Ferreira. Neste episódio da nossa série especial de podcasts da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, conversamos com o diretor João Dumans e a atriz Viviane de Cássia Ferreira sobre o filme vencedor da Mostra Aurora, "As Linhas da Minha Mão". Na entrevista realizada por Renato Silveira e Kel Gomes, você sabe mais sobre o processo de realização do filme "As Linhas da Minha Mão", documentário experimental que acompanha a atriz e performer belo-horizontina Viviane de Cássia Ferreira. Filmado durante a pandemia, o longa é um filme de conversas, no qual Viviane fala sobre seu processo criativo e sua experiência pessoal com a bipolaridade, além de contar histórias íntimas, como uma viagem à Itália durante a qual viveu um romance rápido, mas intenso. A direção é de João Dumans, que antes codirigiu com Affonso Uchôa o premiado “Arábia”. Confira aqui a nossa cobertura da 26ª Mostra de Tiradentes. Visite o site oficial da 26ª Mostra de Tiradentes. Quer nos mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br. Junte-se ao Cineclube Cinematório e tenha acesso a conteúdo exclusivo de cinema.
Abrindo a terceira temporada, Mariele traz os caminhos de estradas. De vidas de personagens, que falam de encontros e silêncios. Encontros de idiomas e de histórias. Filmado aos pés da Cordilheira dos Andes, o filme "A oeste do fim do mundo" encanta pela fotografia, por olhares cúmplices e narrativas que vão sendo apresentadas despacito. Mariele reúne países hermanos e sujeitos. Vem escutar e nos acompanhar! Bem-vinde à terceira temporada! Roteiro, apresentação e direção: Mariele Peruzzi Felix Diego Pires: Edição, mixagem e trilha sonora Danielle Azevedo: Edição de arte Apoio (Re) Começar Espaço Interdisciplinar Infância em cena Espaço Terapêutico Parceria SULFLIX REFERÊNCIAS Filme A oeste do fim do mundo. Direção e roteiro: Paulo Nascimento. 2013. Disponível em SULFLIX. Silêncio. Música. Jorge Drexler. Álbum Salvavidas de Hielo. 2017 Balada de uma retina Sul-Americana. Livro. Carlos Machado. 2 edição revisitada. Rio de Janeiro. 2021 --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/mariele-peruzzi/message
Nesta segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 54 bolsonaristas radicais pelos crimes praticados contra as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
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Ya el album de Ozuna, #OZUTOCHI , esta en la calle. Con colaboraciones con Pedro Capó, Omega, Cherry Scom, Feid, Danny Ocean. Tini, Nesi, Louchie Lou & Michie One, Chencho Corleone, Arcángel, J Balvin & Randy. Que duro que este dándole un gran espacio a las feminas en este album! ESTOY DEMASIADO AGRADECIDA CON OZUNA POR LA OPORTUNIDAD Y CONFIANZA DE INVITARME A SU ESTUDIO PARA HABLAR UN POCO DE SU NUEVO PROYECTO. Verdaderamente, un sueño cumplido. SIGUENOS EN TODAS LAS REDES SOCIALES OZUNA https://www.instagram.com/ozuna/ https://www.youtube.com/c/Ozuna/videos KUZI https://linktr.ee/Kuzi RED EYE ENTERTAINMENT #elojorojo https://www.instagram.com/elojorojoent/ Filmado por: BUENO ENTERTAINMENT: https://www.instagram.com/buenolix/ DINTORNO FILMS: https://www.instagram.com/dintornofilms/ --- This episode is sponsored by · Anchor: The easiest way to make a podcast. https://anchor.fm/app Support this podcast: https://anchor.fm/kuzi/support
Em sua live nas suas redes sociais (foto) nesta quarta-feira (5), Jair Bolsonaro acusou a esquerda de fazer “estardalhaço” sobre sua visita a uma loja maçônica. Filmado em 2017, o vídeo do presidente falando em um templo com símbolos da maçonaria foi amplamente compartilhado nas redes sociais nos últimos dias por seus opositores, numa tentativa de afetar sua votação entre eleitores evangélicos e católicos. “Pessoal me criticando porque fui em loja maçom em 2017. Fui sim, fui em loja maçom, acho que única vez”, afirmou Bolsonaro durante a live. “Fui de novo? Não fui. Agora, sou presidente de todos. Isso agora a esquerda faz estardalhaço. O que tenho contra maçom? Tenho nada”, acrescentou o presidente. Bolsonaro declarou ter sido convidado para o evento por um “colega” e afirmou que quer o apoio de “todos” no Brasil. Disse ainda ter sido “muito bem recebido” na loja maçônica. “Se tiver alguma coisa errada, a gente vê como proceder.” Inscreva-se e receba a newsletter: https://bit.ly/2Gl9AdL Confira mais notícias em nosso site: https://www.oantagonista.com Acompanhe nossas redes sociais: https://www.fb.com/oantagonista https://www.twitter.com/o_antagonista https://www.instagram.com/o_antagonista No Youtube deixe seu like e se inscreva no canal: https://www.youtube.com/c/OAntagonista
LA ESTRELLA EMERGENTE MEXICANA, VALERIA SCOLARI, SIGUE DEJANDO SU MARCA CON NUEVO SENCILLO“CAMBIO NUESTRO DESTINO”Luego de debutar con su impresionante sencillo “Mira Loco” y causar sensación este verano con su encantador sencillo “Cicatrices”, la estrella en ascenso mexicana Valeria Scolari continúa brillando como uno de los talentos más sensacionales de la música latina. Hoy, la artista regresa para deleitar a sus fanáticos con su más reciente sencillo “Cambió Nuestro Destino”.Con este nuevo lanzamiento, Scolari cambia un poco de dirección, optando por una melodía más relajada que las de sus dos primeros sencillos y manteniendo el sonido pop con toques de R&B y hip-hop con el que se ha ganado miles de fanáticos en todo el mundo. “Cambió Nuestro Destino” es una historia poderosa en la que la cantante, compositora y guitarrista autodidacta muestra su mayor vulnerabilidad al explorar sentimientos de desamor y anhelar el amor que alguna vez tuvimos. Con su voz etérea y su talento innato para escribir canciones sorprendentemente crudas, Scolari nos abre su corazón para revelar un pozo de emociones profundas en el que los oyentes se perderán, toda vez que proporciona una sensación de calma a aquellos que atraviesan una situación similar.El video oficial, disponible desde hoy para que los fanáticos lo disfruten en YouTube, es una hermosa representación de la historia que Scolari narra en la canción. Filmado en Guadalajara, el video contó con la organización de Joe Acevedo de Mastered Trax, luego de que la artista fuera invitada a la quinta edición del famoso Urbano Fest de la leyenda del hip-hop C-Kan.Nacida en San Diego y criada entre esta ciudad y Tijuana, Valeria Scolari cuenta con pocos sencillos en su haber, sin embargo, ya ha dejado una huella imborrable en la música latina actual, al cobrarse los elogios de Telemundo 49 El Paso que la consideró “Una Promesa Musical”. Asimismo, ha llamado la atención de los principales medios, como Latin Plug, que catalogó su primer sencillo como “extraordinario”, y Latinos Unidos. Actualmente, trabaja con el sello de C-Kan, Mastered Trax, que distribuye música de la mano de EMPIRE.Para conocer más sobre Valeria visita:https://www.instagram.com/valeriascolari/Support this podcast at — https://redcircle.com/jayaustriaphoto/donations
País España Dirección Almudena Carracedo, Robert Bahar Guion Almudena Carracedo, Robert Bahar Música Leonardo Heiblum, Jacobo Lieberman Fotografía Almudena Carracedo Sinopsis 'El silencio de otros' revela la lucha silenciada de las víctimas del largo régimen del General Franco, que continúan buscando justicia hasta nuestros días. Filmado a lo largo de seis años, la película sigue a las víctimas y los supervivientes del régimen franquista a medida que organizan la denominada “querella argentina” y confrontan un “pacto del olvido” sobre los crímenes que padecieron.
Comenzó con el descubrimiento de un ataúd gigante mientras se excavaba una cámara funeraria cerca de la famosa pirámide escalonada de Egipto. Pero excavando más se abrió un laberinto subterráneo, una megatumba con más de 100 ataúdes llenando cada centímetro de espacio. Enterrar a todas estas personas debe haber requerido una operación masiva... entonces, ¿quién estaba detrás? Filmado con un acceso sin precedentes, nos unimos a los arqueólogos mientras hacen cada hallazgo innovador y los seguimos en su misión de resolver un misterio de 2500 años de antigüedad que podría cambiar lo que sabemos sobre la historia de Egipto.
neste episódio abordei temas como ser filmado a mijar por um segurança, necessidade de dar overthink, mentiras em criança
GUERRA: BIDEN FICOU PUTIN? - Nosso presidente pusilânime evitou a 3a GM? Veja uma análise dos recentes desdobramentos da maior treta geopolítica dos últimos tempos; - Nosso criterioso e eclético escrete avalia as principais indicações ao Oscar; - O valor artístico e social do Show de Intervalo do Super Bowl. E muito mais... -----------------------------------------------------------------------------------------------------------
P13 Ascanio Cavallo 29/03/2019
P13 Martínez y Cavallo 15/03/2019
Mapa de acceso a la Nueva Era, por José Luis Parise, que tuvo lugar durante el VIII Congreso Ciencia y Espíritu, en Septiembre de 2011. José Luis Parise Investigador, Escritor y Psicoanalista Argentino premiado Internacionalmente por los Resultados obtenidos en los más de 100 Viajes y 30 años de Experimentación e Investigación en las Culturas Iniciáticas del Planeta, gracias a los cuales logró Metodizar los 11 Pasos que por igual Recorrieron esas Culturas para la Propia Iniciación en la Magia. José Luis Parise nació en Buenos Aires, Argentina. Es Psicoanalista, Investigador, Conferencista Internacional y Escritor. Realizó numerosos Viajes de Investigación a Sitios donde perduran Vestigios del Saber Oculto Original tales como Machu Picchu en siete Oportunidades, Camino del Inca, Lago Titicaca, Pirámide de Egipto, Pirámide de Chichen-Itzá, Sacsyahuamán, Ollatanytambó, etcétera. En Dos Oportunidades Recorrió El Camino Del Inca, Accediendo (Guiado por Chamanes y Guías de Gran Prestigio) a "El Otro Camino": Circuito Esotérico no Turístico y Secreto, reservado para Lo Más Sagrado de Esa Cultura. Es el primer Investigador Argentino que logró conectarse con los Indios Q'eros, últimos Exponentes Legítimos de la Raza Inca. Junto a ellos, aprendió Técnicas Exclusivas de Energía y fue Iniciado en La Realeza Inca. Único participante de todo el Continente Americano de la Experiencia "Cuerdas De La Consciencia", llevada a cabo en la Selva Amazónica, con estados expandidos de conciencia guiados por Chamanes Indígenas. Realizó Experiencias de Investigación y Ejercitación en diversos Templos y Sitios Espirituales de Egipto, incluidas las Pirámides del Valle de Gízah. En un hecho sumamente diferencial, se le permitió registrar Fílmica y Fotográficamente Todas las Experiencias y Rituales de los que formó parte. La "E.D.I.P.O. Escuela De Integración Psicoanálisis-Ocultismo" Fundada y Dirigida por José Luis Parise, fue Premiada En El Cincuentenario De Las Naciones Unidas, por La New York State Federation. Actualmente, dicta Cursos Plenarios y Seminarios tanto en América como en Europa. Libros y DVDs Publicados: - Libro "El Viaje (Iniciático) de E.D.I.P.O.". Fue Premiado En El cincuentenario De Las Naciones Unidas, por La New York State Federation. Publicado por Editorial "Vinciguerra". - Libro "El Otro Camino". Fue Premiado por la Asociación Iberoamericana de Prensa. Libro publicado por Editorial "Corregidor". - Libro "Casualizar, Los Once Pasos De La Magia". Publicado por la Editorial "De los cuatro vientos". Incluye la historia de La Película "Árbol De Fuego", la cual se realizó siguiendo estos Once Pasos. Obra editada en Español e Italiano. - Autor de la Novela "Lluvia Seca". Publicada por la Editorial " De los cuatro vientos". - Autor del Ensayo Novelado (aún inédito) "Arbol De Fuego", base del Guión de La Película internacional del mismo nombre (actualmente en preproducción). Esta Obra ha tenido el Honor de ser aceptado por "The Gersh Agency", Agencia Literaria de Los Angeles, EE.UU. - "La Historia Oculta de Cristo". 15 Horas en 4 DVDs del Curso realizado por Parise en Barcelona en marzo del 2010 en Barcelona. Filmado por un equipo profesional y Distribuido en América y Europa por "Editorial Continente". ------------------------------EVENTO ORGANIZADO POR------------------------------ Miguel Celades http://www.cienciayespiritu.com ------------------------------------INFORMACION SOBRE MINDALIA------------------------------ Mindalia.com y Mindalia Televisión son una ONG SIN ANIMO DE LUCRO Si te ha gustado este video, APOYANOS CON UNA DONACION: https://www.paypal.com/cgi-bin/webscr?cmd=_s-xclick&hosted_button_id=G58CS4AVKC6BU SUSCRIBETE AL CANAL DE YOUTUBE para no perderte ningún video: http://www.youtube.com/subscription_center?add_user=mindaliacom AYUDA A MINDALIA, SIN PAGAR NI UN SÓLO CÉNTIMO MÁS, CON TUS COMPRAS Y RESERVAS ONLINE: http://helpfree.ly/j20544 MILES DE VIDEOS de conferencias y entrevistas de interés en http://www.mindaliatelevision.com Participa en las CONFERENCIAS EN DIRECTO: http://television.mindalia.com/category/conferencias-en-directo/ -Puedes escuchar este y otros audios en Ivoox: http://mindaliacomradio.ivoox.com PIDE O ENVIA AYUDA http://www.mindalia.com - La Red Social de Ayuda a través del Pensamiento SIGUENOS EN REDES SOCIALES: -Youtube: http://www.youtube.com/mindaliacom -Facebook: https://www.facebook.com/mindalia.ayuda/ -Twitter: http://twitter.com/mindaliacom -Pinterest: https://es.pinterest.com/mindaliacom/ DESCARGATE LAS APLICACIONES MOVILES GRATUITAS: Mindalia Multimedia https://play.google.com/store/apps/details?id=es.app.mindalia_television Mindalia Red de Ayuda https://play.google.com/store/apps/details?id=es.app.mindalia_ayuda&hl=es CONTACTA CON NOSOTROS: http://television.mindalia.com/contacto/ -Skype: mindalia.com ¿Tienes un video que te gustaría que publicáramos? Envíanoslo!!