POPULARITY
Há criadores que operam dentro das fronteiras técnicas do seu ofício. E há outros que as redesenham. Manuel Pureza pertence à segunda categoria — a dos artistas que não apenas produzem obras, mas insinuam uma forma diferente de olhar para o mundo. Ao longo da última década, Pureza foi aperfeiçoando um dialeto visual singular: um equilíbrio improvável entre humor e melancolia, entre disciplina e improviso, entre ironia e empatia. Cresceu no ritmo acelerado das novelas, onde se aprende a filmar com pressão, velocidade e um olho permanentemente aberto para a fragilidade humana. Dali trouxe algo raro: um olhar que recusa o cinismo fácil e que insiste que até o ridículo tem dignidade. Na televisão e no cinema, a sua assinatura tornou-se evidente. Ele filma personagens como quem observa amigos de infância. Filma o quotidiano com a delicadeza de quem sabe que ali mora metade das grandes histórias. Filma o absurdo com a ternura de quem reconhece, nesse absurdo, o lado mais honesto do país que habita. Um humor que pensa Pureza não usa humor para fugir — usa humor para iluminar. Em “Pôr do Sol”, o fenómeno que se transformou num caso sério de análise cultural, a comédia deixou de ser apenas entretenimento. Tornou-se catarse colectiva. Portugal riu-se de si próprio com uma frontalidade rara, quase terapêutica. Não era paródia para diminuir; era paródia para pertencer. “O ridículo não é destrutivo”, explica Pureza. “É libertador.” Essa frase, que poderia ser um manifesto, resume bem o seu trabalho: ele leva o humor a sério. Independentemente do género — seja melodrama acelerado ou ficção introspectiva — há sempre, no seu olhar, a ideia de que rir pode ser um acto de lucidez. Num país onde o comentário público tantas vezes se esconde atrás da ironia amarga, Pureza faz o contrário: usa a ironia para abrir espaço, não para o fechar. A ética do olhar Filmar alguém é um exercício de confiança. Pureza opera com essa consciência. Não acredita em neutralidade — acredita em honestidade. Assume que cada plano é uma escolha e que cada escolha implica responsabilidade. Entre atores, essa postura cria um ambiente invulgar: segurança suficiente para arriscar, liberdade suficiente para falhar, humanidade suficiente para recomeçar. Num set regido pelo seu método, a escuta é tão importante quanto a técnica. E talvez por isso os seus actores falem de “estar em casa”, mesmo quando as cenas são emocionalmente densas. A câmara de Pureza não vigia: acompanha. É aqui que a sua realização se distingue — não por uma estética rigorosa, mas por uma ética clara. Filmar é expor vulnerabilidades. E expor vulnerabilidades exige cuidado. Portugal, esse laboratório emocional O país que surge nas obras de Pureza não é apenas cenário: é personagem. É o Portugal das contradições — pequeno mas exuberante, desconfiado mas carente de pertença, irónico mas sentimental, apaixonado mas contido. É um país onde a criatividade nasce da falta e onde o improviso se confunde com identidade. Pureza conhece esse país por dentro. Viu-o nos sets frenéticos das novelas, nos estúdios apressados da televisão generalista, nas equipas improváveis de produções independentes. E filma-o com um olhar feito de amor e lucidez: nunca subserviente, nunca destructivo, sempre profundamente humano. Há nele uma capacidade rara de observar sem desistir, de criticar sem amargar, de rir sem ferir. Infância, imaginação e paternidade Numa das passagens mais íntimas desta conversa, Pureza regressa à infância — não como nostalgia decorativa, mas como território de formação. A infância, para ele, é o sítio onde nasce a imaginação, mas também o sítio onde se aprende a cair, a duvidar, a arriscar. Esse lugar continua a acompanhar o seu trabalho como uma espécie de bússola emocional. Falar de infância leva inevitavelmente a falar de paternidade. Pureza rejeita a figura do pai iluminado, perfeito, imune ao erro. Fala antes da paternidade real: aquela onde se erra, se tenta, se repara, se adia, se volta a tentar. A paternidade que implica fragilidade. A paternidade que obriga a abrandar num mundo que exige velocidade. Talvez seja por isso que, quando dirige, recusa o automatismo: a vida, lembra, é sempre mais complexa do que aquilo que conseguimos filmar. Escutar como acto político Se há uma frase que atravessa toda a conversa, é esta: “Nós ouvimos pouco.” No contexto de Pureza, ouvir é um verbo político. Num país saturado de ruído, opiniões rápidas e indignações instantâneas, escutar tornou-se quase um acto contracultural. Ele trabalha nesse espaço de atenção — aquele que permite às pessoas serem pessoas, antes de serem personagens, headlines ou caricaturas. É por isso que o seu trabalho ressoa: porque devolve humanidade ao que, tantas vezes, o discurso público reduz. O que fica No final, a impressão é clara: Manuel Pureza não realiza apenas obras. Realiza ligações. Realiza espelhos que não humilham. Realiza pontes entre o ridículo e o sublime. Realiza histórias que, ao invés de nos afastarem, nos devolvem uns aos outros. Há artistas que acrescentam ao mundo um conjunto de imagens. Pureza acrescenta uma forma de ver. E num tempo em que olhar se tornou um acto cada vez mais acelerado — e cada vez menos profundo — isso não é apenas uma qualidade artística. É um serviço público da imaginação. LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO Esta transcrição foi gerada automaticamente. A sua exatidão pode variar. 0:12 Ora, vivam bem vindos ao pergunta simples, o vosso podcast sobre comunicação? Hoje recebemos alguém que não apenas realiza séries e filmes, mas realiza no sentido mais profundo do termo, a forma como olhamos para nós próprios, a maneira como nos espelhamos. 0:28 Manuel pureza é daqueles criadores que trabalham com rigor e com leveza, com inteligência, com humor, com disciplina e com um caos. Ele cresceu nas novelas, aprendeu a filmar sob pressão, descobriu um olhar que combina ternura com ironia e tornou se uma das vozes mais originais da ficção portuguesa. 0:46 E é capaz de pegar no ridículo e transformá lo em verdade, de pegar no quotidiano e transformá lo em drama, de pegar no drama e transformá lo em riso. Tudo sem perder a humanidade, o coração e a ética de quem sabe que filmar é escolher, ter um ponto de vista e que escolher é sempre um ato moral. 1:06 Neste episódio, abrimos as portas ao seu processo criativo, às dúvidas e às certezas, às dores e às gargalhadas, às memórias da infância e às inquietações da idade adultam. Falamos de televisão como um espaço de comunhão. Das novelas como um ginásio, do humor, como o pensamento crítico da arte de ouvir e de ser pai no mundo acelerado, da vulnerabilidade que existe por detrás de uma Câmara e, claro, de Portugal, este país pequeno, cheio de afetos e de feridas, onde tudo é simultaneamente muito absurdo e muito verdadeiro. 1:38 Pureza fala com profundidade e como honestidade às vezes. Desconcertante é uma dessas conversas em que senti que estamos a ver para além do artista, estamos a ver a pessoa, a sensibilidade das dúvidas, a Esperança e a inquietação de alguém que pensa o mundo através das histórias que nos conta. 2:05 Ao longo desta conversa, percebemos como as histórias, para Manuel pureza, não são apenas entretenimento. São uma estrutura emocional de uma forma de organizar o caos, uma linguagem antiga que herdamos mesmo antes de sabermos ler ou escrever. Falamos do poder das narrativas para dar sentido à vida, mas também do seu lado perigoso, porque todas as histórias têm um ponto de vista, todas têm escolhas e omissões, todas moldam a forma como vemos o que é real. 2:33 E ele, pureza. Assume isto sem medo. Assume que filma com olhar assumidamente subjetivo e que essa subjetividade é precisamente a sua assinatura. Não procura parecer neutro, procura ser honesto. Também exploramos a sua relação com o humor. 2:49 O humor que nunca é cínico, nunca é cruel, nunca é gratuito. O ridículo não é uma arma para diminuir os outros. É uma maneira de libertar, de expor o que há de comum entre nós, de desmontar o que é pomposo e de aliviar o peso de viver. 3:04 Diz na própria conversa que tudo pode ser ridículo e isso é uma forma de Redenção. O riso organiza o pensamento, afia o espírito, desarma o mundo e, talvez por isso, o pôr do sol. A série tem sido mais do que um fenómeno cômico, foi um fenómeno emocional quase terapêutico. 3:20 Um espelho carinhoso onde Portugal se reviu e se perdoou, um bocadinho. Falamos da ética, da ética, do olhar, de como se almar alguém. É sempre um ato de intimidade. De como se cria confiança dentro de um set de filmagens, como se dirige atores diferentes, como se acolhe fragilidades? 3:38 Várias. E falamos da amizade e esse tema que atravessa todo o trabalho de pureza, porque para ele, realizar não é apenas uma técnica, é uma escuta, uma presença, um cuidado. Ouvimos muitas vezes ao longo deste episódio, uma afirmação quase simples. Nós ouvimos pouco. 3:55 E quando alguém é capaz de. A olhar tanto e nos diz que ouvimos pouco. Vale a pena parar para escutar. E, claro, falamos de Portugal, um país pequeno, por vezes cínico, com uma profunda tendência para desconfiar do sucesso alheio. Um país que pureza filma com ironia, amor e lucidez. 4:14 E da inveja. Claro que falamos da inveja no país das novelas, do improviso, da criatividade teimosa, das personagens maiores que a vida. O país que ele conhece por dentro e por fora, e que aprende a amar com o humor, mesmo quando o humor é a única forma de suportá lo. Num dos momentos mais belos da conversa, falamos da infância, esse lugar de Liberdade, de curiosidade, de imaginação que pureza tenta manter vivo dentro de si. 4:39 E falamos também do que é ser pai, dos medos que isso acende, da responsabilidade que isso traz. Da paternidade iluminada, mas da paternidade real, onde se falha, se tenta, se repara, se ama e se recomeça. É um episódio cheio de emoções, pontos de vista e algumas surpresas. 5:01 Viva. Manuel pureza, olá, nós encontramo nos e na realidade, temos que dizer às pessoas desde já que há 2 características que nos unem na vida OKA primeira, gostar de pessoas. A segunda, sermos hipocondríacos. Ah, poças? 5:17 Bom, estou em casa sim, sim, sim. Poça altamente hipocondríaco? Sim. Olha, fala me das pessoas, para quem? Para quem não te conhece. Tu és realizador, és um dos mais originais e interessantes realizadores da ficção portuguesa, nomeadamente essa telenovela que subitamente se transformou num objeto de culto, uma coisa chamada pôr do sol. 5:40 Já agora digo te eu, a primeira vez que vi o pôr do sol, o primeiro episódio foi dos enganados. Achavas que era verdade. Pensei assim, é pá, mas o que é isto? Mas o que é que isto está? Mas, mas, mas, mas que coisa tão. EE depois. Lá está à terceira cena. 5:56 É aquela parte do ainda bem que ninguém ouviu o meu pensamento, claro, fala, me fala me desse fenómeno. Então esse fenómeno foi. Uma pulga, uma pulga, uma pulga, várias pulgas. Aliás, eu, eu, enquanto realizador, antes de começar a assinar as minhas séries, fiz 10 anos de telenovelas e fi Los numa lógica de ginásio. 6:22 Eu costumo dizer isto, ou seja, é uma tarefa difícil. É uma tarefa que luta contra. Vários tipos de preconceitos, não só meus, como de quem vê. É uma fábrica? É uma fábrica, sim. Aliás, será a coisa mais próxima de uma indústria audiovisual que nós temos em Portugal. 6:39 É, é, são as novelas. Não é? E isso filma se de que, de, de, de, de que horas? Até que horas? Filma se em horários que AACT se funcionasse não IA não preço, iria sim, iria tudo preço, não em boa verdade, até até podemos falar sobre isso mais à frente que é, eu estive envolvido nalgumas lutas laborais em relação à Malta, que faz novelas em Portugal. 6:58 Porque é pá, chega se a trabalhar trabalhava, se na altura 11 horas mais uma, quer dizer, IA receber colegas meus a receberem me francamente pouco, numa lógica de fazer 40 minutos diários de ficção útil, que é uma enormidade, uma alarvidade e que e que muitas vezes depois tem um efeito nefasto de das pessoas em casa. 7:17 Dizer assim é pá, isto é uma novela, isto não vale nada, mas o esforço das pessoas que estão a fazê la é hercúleo, é desumano. Não tem de ser forçosamente 11. Não tem furiosamente de levar as pessoas a apreciarem esse esforço como sinónimo de qualidade, porque muitas vezes as novelas não têm essa qualidade. 7:35 Portanto, não há tempo no fundo para respirar, para o tédio, para a repetição, para o prazer. Não, nem nem nem. Então por acaso que seja essa a função das novelas, até um certo ponto. As novelas historicamente são feitas para serem ouvidas, não para serem vistas, não é? Ou seja, não em países, não só Portugal, mas outros países machistas, em que as mulheres ficavam a tomar conta da casa e dali da casa, e não tinham trabalho. 7:57 Tinha uma televisão ligada para irem ouvindo. Por isso é que a novela é repetitiva. A novela é. Reiterativa há uma há uma métrica de comunicação. De comunicação, sim. E, portanto, se temos avançado tecnicamente e até qualitativamente nas novelas nos últimos 20 anos, porque temos? 8:13 Ainda estamos nos antípodas do que? Do que uma novela pode ser? A novela pode ser uma arma de educação fantástica. A novela pode ser um retrato. Quase numa perspetiva arqueológica do que é ser português em 2025. E não é disso que estamos a falar. Em quase nenhuma novela falamos disso, não é? 8:30 Talvez tenhamos 2 ou 32 ou 3 casos honestos de portugalidade nas novelas recentes. Ainda estou a falar, por exemplo, de uma novela que eu, eu não, eu não, não sou consumidor de novelas, confesso que não sou. Mas há uma novela que da qual me lembro da premissa que me pareceu interessante, que é uma coisa chamada golpe de sorte. 8:46 Uma mulher numa aldeia que ganhou o euromilhões. Isso pode ser bastante português. Parece me bem. Pode ser bom e tive um sucesso bastante grande e foi uma coisa honesta. Não era de repente alguém que é salvo por uma baleia no ataque de 2 tubarões e sobrevive porque foi atirada? Espera, enfim, ainda vou continuar, porque isso é uma realidade que acontece. Olha, porque é que nós, seres humanos, precisamos tanto de histórias para compreender o mundo? 9:08 Olha, eu acho que as histórias são o que nos estrutura, são aquilo que nos garante a sobrevivência. Até um certo.eu falo disto com os meus alunos. Eu às vezes dou uns workshops para atores e não só é só a palavra workshop dá me logo aqui, carrega me logo aqui umas chinetas um bocado estranhas. 9:24 O workshop downshoising downgraving assim não interessa estamos. Todos AAA praticar o inglês. O inglês neologisticamente falamos. A bom, a bom notícia é que nós, como falamos mal inglês, damos uns pontapés no inglês também terríveis, não é? Sim, sim, sim, mas sim, mas está o inglês. O inglês passou a ser uma espécie de língua Franca, exato, EEA. 9:41 Gente tem palavras bonitas para dizer. EEEEE não, diz. Voltamos às histórias, as histórias. E costumo falar disso com os meus alunos, que é que que passa por nós. Nós não nascemos com direitos humanos, não é? Não nascemos dentro do nosso, do nosso corpo. Não há aqui 11, saca com direitos humanos. 9:56 Houve alguém que inventou essa história e a escreveu numa numa carta universal dos direitos humanos e, portanto, a partir dessa narrativa de que as pessoas têm direito a ser felizes, direito a ter uma casa feliz, direito a ter uma família, direito a ser. A ter um trabalho, et cetera, essa narrativa e estou estou a, estou a, estou AA alargar Oo conceito, evidentemente essa narrativa salva nos todos os dias mais a uns do que a outros, infelizmente. 10:20 Então os dias correm, isso é muito frequente. Há há há zonas do mundo em que essa história não chega, não é? Essas histórias não chegam. A fantasia não chega. A fantasia, sobretudo, é essa coisa mais prática de, de, de, de nos regermos por aquela célebre história do Mello Brooks, não é? A Mello Brooks faz a história mais louca do mundo. 10:36 E o Moisés sobe ao sobe ao ao Monte e Deus dá lhe 15 mandamentos. Só que há uma das pedras que se parte. Ele diz, bom, ele deu me só 10. Inventou um bocado. Isto inventou mas 10 por acaso até um número melhor do que 15. Sim, 15 não dava. Jeito o marketing, ele lá da altura, o homem do marketing, disse disse 15. 10:53 Não dá jeito nada de ser mais redondo que não podem ser 17 nem 13. Não, não. Nem convém, não é para a enologia? Acho que não, não, não, não te ajuda nisso, mas eu acho que sim. As as histórias, sobretudo acima de tudo. Eu sou pai de 3 crianças. Uma criança mais velha que tem 14 anos e outra que tem 3 e outra que tem 11 ano e meio. 11:10 Já tens bom treino de conta histórias. Voltei a recuperá lo, não é? Ou seja, eu sempre andei sempre a treiná lo, porque esta é a minha profissão e é isso que me me entusiasma, não é? Ou seja, mais do que ter um ator que diz bem o texto que lá está e que o diz ipsis verbis como lá está, interessa me um ator que perceba o que é que quer ser dito e que o transforma numa história compreensível e emotiva. 11:29 Ou seja, no limite, é o que o Fellini diz, Oo Fellini diz. Oo cinema serve para para emocionar, seja para eu rir ou para chorar, serve para emocionar. EEO emocionar tem a ver com essa coisa das histórias. Quantas vezes é que tu não vês um é pá, o testemunho de alguém, uma carta que tu descobres 11 texto bonito, um poema simples ou soberbo, ou ou ou o que é que? 11:50 O que é que é uma boa história para mim, sim. Uma boa história é aquela que me lança perguntas, que te provoca sim, que me provoca perguntas, eu faço isso aos meus alunos lhe perguntar, qual é a tua história? E regregelas, confundem, qual é a tua história, qual é que é o meu bilhete de identidade? Então começam, Ah, nasci na amadora, depois foi não sei quê, depois não sei quantos, depois não sei quê, EEA mim, não me interessa, não me interessa mesmo saber se eles vieram da amadora ou não interessa me mais saber. 12:14 No outro dia, uma aluna dizia uma coisa fantástica, eu estou, eu estou aqui porque o meu irmão lê mal, é incrível, uau. E eu disse, então porquê? Eu já quero saber tudo sobre. Essa tua aluna? Queres ver o próximo episódio? Como é? A lógica é essa. Ou seja, eu acho que quando os miúdos estão a ler uma história como a Alice, querem saber quando é que ela cai no fundo do poço que nunca mais acaba. 12:31 Porque é que o poço nunca mais acaba? Porque é que no meio do poço se vão descobrindo retratos e coisas. E que poço é este? Que que coelho é este? Que coelho é que apareceu aqui a correr? E em princípio, não faz sentido nós, mas depois nós, nós nós entramos e embarcamos nesta história. E somos nós que a que a que a construímos. 12:47 Não é na nossa cabeça. Sim, sim. Na nossa cabeça, no nosso coração, de alguma maneira. Quer dizer, pensando, por exemplo, a minha experiência, a minha primeira experiência, aliás, a experiência que definiu a minha. Vontade de ir para para cinema e para o conservatório, et cetera. Conta te quando é que tu descobriste? 13:02 Foi haver uma lodon drive do David Lynch, eu tinha 15 anos. Que é um filme. Estranhíssimo, para filme extraordinário. Eu, eu não o entendo, lá está. Mas estás a ver? Portanto, mudou a tua vida e eu estou a sentir me aqui, o tipo mais perdido do mundo. Não, eu nem entendi o que é que eles estavam a falar. Não. A coisa fantástica desse filme é que é um filme absolutamente clássico, mas não está montado de maneira normal. 13:21 Ou seja, não há princípio, meio e fim por essa ordem. Mas ele é absolutamente clássico. É sobre a cidade dos sonhos, não é? É sobre um sonho. Sobre um sonho de uma mulher que desceu ao mais, mais mais horrível dos infernos de de Hollywood. E, portanto, aí eu vi me obrigado a participar nessa história. 13:39 Estás a ver? Tiveste que montar a história conforme estás a ver. Sim, e acho que isso é isso, é o que determina o que o que é uma boa história e o que é mero, no pior sentido de entretenimento. Podemos estabelecer aqui a diferença entre o que é que é uma. Uma história mais funcional, de uma história que nos que nos expande, porque todos nós, todos nós, temos a história. 14:01 Então, mas como é que foi? Olha o meu dia, eu vim para aqui, trabalhei, sentei, me e escrevi ao computador. E eu digo assim, não quero saber nada dessa história, quero mudas de canal, já não quero saber em cada muda de canal, às vezes mudamos até de conversa. Há há 27 páginas da literatura portuguesa que são muito características e toda a gente se lembra que é AAA caracterização da frente de uma casa chamada ramalhete. 14:24 E na altura, quando tínhamos 1415 anos, a dor achámos que era uma dor. Mas se se recuperarmos isso é provavelmente as coisas mais brilhantes, porque mistura precisamente o que tu estás a dizer, ou seja, uma coisa meramente funcional, não é? É. Esta era a casa e são 27 páginas e, ao mesmo tempo, essa casa é metáfora para o que se vai para o que se vai passar nos capítulos à frente é o. 14:47 Cenário. É EE, mais do que o cenário. É um personagem, não é aquela casa, é uma personagem. Porque os objetos podem ser personagens. Podem? Então não podem? Claro que sim. A Sério? Para mim, sim, claro que sim. Sem falar. Sem falar às vezes, eu prefiro atores que não falam do que com. Atores que? Não, eu digo isto muito dos meus atores. 15:03 É, prefiro filmar te a pensar do que a falar, porque. Porque isso é uma regra antiga do do cinema e da televisão, da ficção para televisão que é mostra me não me digas, não é? As as novelas são reiterativas, porque tem de ser tudo dito. A pessoa entra, diz, faz e pensa a mesma coisa. 15:19 E também não há muito dinheiro para para mostrar com com a qualidade e com é, dá. Há, não há é tempo. Talvez isso seja um sinónimo. Não havendo, se se houvesse mais dinheiro, haveria mais tempo e, portanto, eu acho que ainda assim seria absolutamente impossível alguém humano e mesmo desconfio que o site GPT também não é capaz de o fazer de escrever 300 episódios de uma história. 15:38 Eu estou. Eu estou a pensar aqui. Eu. Eu ouvi alguém a dizer, não me recordo agora quem, infelizmente, que era. Quando quando se faz um roteiro, aquilo que está escrito para se filmar uma determinada coisa, que todos os adjetivos que que lá estão escritos têm que ser mostrados, porque não adianta nada dizer. 15:55 Então entrou agora na cena, EEEE salvou a velhinha, certo? Está bem, mas isso não chega, não é? Sim, eu até te digo, eu, eu prefiro. Regra geral, os argumentos até nem são muito adjetivos, os argumentos, ou seja, o script nem é muito adjetivado. É uma coisa mais prática. Eu acho que essa descoberta está. 16:13 Não sei. Imaginem, imaginem a leres Oo estrangeiro do camus, não é? Tem Montes de possibilidades dentro daquele não herói, dentro daquela vivência, daquela existência problemática. Não é porque não se emociona, et cetera e tudo mais. 16:29 Como é que tu imagina que tinhas um argumento ou um script sobre sobre Oo estrangeiro? Eu acho que seria importante discuti lo profundamente com os atores. Tu fazes isso porque queres ouvir a opinião deles? Quero sempre eu acho que os atores que se os atores e as atrizes que são atores e atrizes, não são meros tarefeiros. 16:52 Qual é o fator x deles? O fator x? Deles, sim. O que é? Eu estou. Eu tive aí uma conversa aqui Na Na, neste, exatamente neste estúdio com com a Gabriela Batista, com a com a com a com a Gabriela Barros. E eu não preciso de saber e não sei nada sobre técnica, mas. 17:09 Eu, eu, eu imagino que qualquer munição que se dei àquela mulher, que ela vai transformar aquilo noutra coisa completamente diferente. O Woody Allen dizia uma coisa muito interessante que Era Eu sempre odiei ler e depois percebi que para conhecer mulheres interessantes, precisava de ler 2 ou 3 livros. 17:27 Para ser um pronto atual à certa. O que é que acontece com a Gabriela? A Gabriela é uma pessoa interessante. Os atores e as atrizes que são atores e atrizes são pessoas interessantes porque são inquietas, porque são atentas, porque percebem, porque conseguem. Conseguem ler não só uma cena, mas as pessoas que estão em cena com elas conseguem ler um realizador, conseguem ler uma história e, sobretudo, perceber. 17:50 Imagina se pensares no rei leão? Muitas vezes a pergunta sobre o que é que é O Rei Leão? As pessoas menos, menos levadas para as histórias dizem, Ah, é sobre um leãozinho. Que sofre? Não, não, não é sobre isso, é sobre família, é sobre herança, é sobre poder, é sobre legado, é sobre. No fundo, é sobre todos os conceitos que qualquer drama shakespeariano ou tragédia shakespeariana também é. 18:14 E, portanto, eu acho que quando tu encontras atores e atrizes a Sério, o fator x é serem interessantes porque têm ideias e porque pensam. Não se limitam a fazer pá. Um ator que se limita a fazer e diz o textinho muito, muito, muito certinho. É um canastal enerva me enerva, me dá vontade de lhes bater. 18:30 Não, não gosto disso, não me interessa. E isso não é sinónimo de desrespeito pelo argumento. É sublimar o argumento ou sublimar o scripta, a outra coisa que não é lida. É fermentar aquilo? Sim, eu diria que sim. É regar? Sim. Olha, eles oferecem te obviamente maneiras de fazer e a interpretação do texto, mas. 18:50 E tu tens a tua parte e a tua parte é aquilo que eu posso te chamar a ética do olhar, que é o teu ponto de vista o ponto de vista como eu queria dizer, como é que tu defines o ponto de vista? Como é que tu escolhes? Se queres fazer uma coisa mais fechada, mais aberta, de cima, de lado, o que é esse? E tu pensas nisso para além da técnica. 19:09 Sim, penso eu acho que o meu trabalho, Oo trabalho do realizador, no geral, é essa filtragem da realidade. Para, para encaminhar. Para encaminhar a história e encaminhar quem a vê ou quem, quem está a ver, para uma determinada emoção ou para uma determinada pergunta ou para determinada dúvida. 19:31 Para lançar de mistério. Enfim, eu, eu tenho. Eu sinto que eu tenho 41 anos, tenho já alguns anos de de realização, mas sinto que estou sempre não só a aprimorar, mas a encontrar melhor. Qual é a minha linguagem. 19:47 O pôr do sol não tem qualquer espécie de desafio do ponto de vista da linguagem. Ele é a réplica de uma de uma linguagem televisiva chata de de planos abertos, o plano geral. E agora vem alguém na porta, plano fechado na porta, plano fechado na reação, plano fechado na EE. Isso para mim, enquanto realizador, não foi um desafio maior. 20:05 Talvez tenha sido o desafio do corte, o desafio. Do ritmo da cena, da marcação da cena. Para, por exemplo. Há uma coisa que eu digo sempre e que é verdade no pôr do sol, sempre que as pessoas pensam, vão para o pé das janelas. Porque é uma cena de novela, não é? Eu vou aqui passar ao pé de uma janela e põem, se encostadas às janelas a pensar, não é pronto. 20:21 Isso tem muita. Influência olhando para o Horizonte? Horizonte longico não é essa aquelas coisas. Portanto, isso tem muita influência dos Monty Python, tem muita influência dos dos dos Mel Brooks, da vida, et cetera, porque eu, porque eu sou fã incondicional de tudo o que surge dessas pessoas. Mas, por exemplo, se me perguntares em relação à série que eu fiz sobre o 25 de abril, o sempre já é outra coisa, já não tem, já não há brincadeira nesse sentido. 20:45 E como é que eu conto? Como é que eu conto a história das pessoas comuns do dia mais importante para mim enquanto português, da nossa história recente para mim? E, portanto, essa filtragem, essa escolha, essas decisões têm a ver com. 21:03 Eu, eu. Eu sinto que sou um realizador hoje, em 2025, final de 2025, sinto que sou um realizador que gosta que a Câmara esteja no meio das personagens. No meio, portanto, não como uma testemunha afastada. Exato, não como uma testemunha, mas como uma participante. 21:18 Pode ser um, pode ser um personagem da minha Câmara. Pode, pode. Eu lembro me quando estava a discutir com o meu diretor de fotografia com o Vasco Viana, de quem? De quem sou muito amiga e que é uma pessoa muito importante para mim. Lembro me de estar a discutir com ele. Como é que íamos abordar a Câmara na primeira série que nós assinámos coiote vadio em nome próprio que se chama, até que a vida nos cepare era uma série sobre uma família que organizava casamentos e eram eram 3 visões do amor, os avós dessa desse casal que tinha essa quinta de casamentos, que vivia também nessa quinta, esse casal de avós, para quem o amor era para sempre o casal principal nos seus cinquentas, para quem o amor está a acabar por razão nenhuma aparente. 21:56 Desgaste, talvez. O amor às vezes acaba e é normal, e em baixo os filhos. Para ela, o amor às vezes, e para ele o amor é um lugar estranho, ou seja, repara. São uma série de aforismos sobre o amor que eu vou ter de filtrar com a minha Câmara. 22:11 Portanto, a maneira como eu filmo uso a voz em que o amor é para sempre está dependente de toque da mão que se dá da dança que se surge no Jardim dele, acordar a meio da noite, sobressaltado porque ela está junto à janela, porque está a começar a sofrer. De uma doença neurológica e, portanto, ele está a sarapantado e vai ter com ela e cobra com um cobertor. 22:31 Portanto, todos estes toques diferentes. No caso do casal principal que se estava a separar, eles nunca param muito ao pé um do outro e, portanto, a Câmara tem de correr atrás de um para alcançar o outro e nunca lá chega. Há uma tensão. Sim, há sempre uma tensão. E depois nos no. No caso dos mais novos, ainda era o mais específico. Mas diria que o Vasco sugere me e se falemos os 2 sobre isto. 22:51 E se a Câmara não for entre pé? E for respirada, não é, não é não é Câmara mão agitada, mas é eu sentir que há uma respiração Na Na lente que ela está um ligeiramente abanada. É o suficiente para, se eu estiver a esta distância da personagem e a Câmara estiver mais ou menos a respirar, eu sinto que eu próprio o espetador. 23:10 Estou sentado naquele sofá a olhar para aquela pessoa, a olhar para aquele, para aquela pessoa, para aquela realidade, para aquela família, para para aquelas ideias, não é? E para essa ideia? Que se tenta explanar, em 3 gerações, o que é o amor? A pergunta mais inútil que eu tenho para te fazer é, o que raio faz um diretor de fotografia num? 23:28 Filme, então o diretor de fotografia, para quem não sabe, é é Quem é Quem. No fundo, comigo decide a estética. Da imagem, a luz, a luz acima de tudo. Eu trabalhei já com vários direitos da sociografia, de quem gosto muito. O Vasco Viana é um deles, o Cristiano Santos é outro, porque é uma porque é. 23:44 Que se gosta de um e não se gosta tanto de outro? Não. Às vezes não tem a ver com isso. Eu não me lembro de um. Talvez em novelas que tenham trabalhado com diretos de sociografia, que, enfim, que foram bons, outros nem tanto. Mas eles constroem uma estética, constroem uma luz, um ambiente. Nas séries, sim. Não é no cinema, sim. 24:00 Na televisão. Acho que é muito complicado porque. Porque se obedece a critérios, sobretudo dos canais. Que vêm com uma frase, quando eu comecei a fazer novelas, ainda estávamos a discutir se a coisa havia de serem 16:9 ou 4 por 3. Portanto, parecia que ainda estávamos a quase na Roménia dos anos 60. 24:16 EEE não estávamos e, ao mesmo tempo, estávamos muito próximos disso. EEE. No fundo, o que o diretor da fotografia faz é essa escolha da cor, da luz, do enquadramento, claro que em concordância com aquilo que eu pensei, mas é a primeira pessoa que consegue consubstanciar. 24:35 A minha visão sobre a história é isso. Olha, OOA, escolha de um plano para filmar é uma escolha moral. Também estava te a ouvir, agora a falar do 25 de abril e de e, portanto, 11. A ideia que tu tens sobre as coisas depois interfere também na maneira como tu escolhes um plano. 24:51 O que é que vais filmar ou como é que vais? Filmar, eu acho que, sobretudo, tem a ver com o eco que a história tem em ti. Não é uma coisa acética nem agnóstica. É uma coisa implicada, não é uma coisa implicada, isto é, se há uma ideia tua enquanto autor. Sobre a história, que vais esmiuçar em imagens, é mais ou menos a mesma coisa. 25:11 Que tu sabes que a Sophia de Mello breyner aprendeu gramática na escola. Eventualmente português teve aulas de português. Suspeitamos que. Sim, pronto. Aprendeu a escrever, mas ninguém a ensinou a fazer poemas. Vem dela. E essa implicação na escolha das palavras, da métrica do soneto ou do verso, et cetera, ou da ou da Quadra, ou, enfim, seja o que for. 25:30 É uma coisa que lhe vem de uma decisão. Não é de uma decisão, nem que seja do espírito, não é? Eu acho que o realizador tem a mesma função quando quando se permite e, acima de tudo, quando se assume como realizador e não um tarefeiro a mesma coisa que o ator. 25:46 Olha, como é que tu estás a falar de ficção? Obviamente, mas a ficção tem um poder secreto que é alterar a realidade ou a nossa perspetiva sobre a realidade ou não. Quando eu vejo, quando eu vejo que tu filmas uma determinada coisa num determinado prisma, com uma determinada ideia, eu, eu já quase não consigo ver a realidade como a realidade é eu, eu, eu já já tenho mais uma camada de tu vais me pondo umas lentes, não é? 26:15 Quer dizer, olha para aqui, olha para acolá. Sim, mas repara, os livros têm o mesmo poder, não é? Desde que tu te deixes contagiar com uma ideia, a arte. A arte, seja ela. Seja ela sobre a forma de uma Mona lisa ou de uma comédia, não é é essa reconfiguração do real para ser percecionada pelo outro. 26:40 E o outro pode se deixar contagiar ou não se deixar contagiar. Imagina que tu não achavas piada nenhuma ao pôr do sol? Há pessoas que não acharam piadinha nenhuma ao pôr do. Sol desligas te não vais ver? Sequer. Mas não vais ver isso? O teu real continua, ou seja, a minha. A minha pretensão com o pôr do sol não é mudar o mundo. Não é mudar, é divertir, me em primeiro lugar e achar que isto pode pode divertir. 27:02 Pessoas pode fazer umas cócegas à moda? Pode fazer cócegas à moda, aliás, pode pôr o dedo na ferida até rir. Estás a ver. Sim, porque depois tu é assim aqui. A história obviamente é engraçada. EE aquilo dá vontade de rir, mas tu gozas com todo o tipo de preconceitos e mais algum que lá estão em cima da mesa. 27:17 Claro. E esse EE aí também se tem de fazer jus ao ao texto que me chega do Henrique dias. Ou seja. Eu, o Rui e o Henrique discutimos a ideia. Eu e o Rui tínhamos uma lista extensa de tudo o que se passa em novelas, quem é a esta hora, quem é que Há de Ser no meu telemóvel, beber copos, partir, copos, cavalos, bem, famílias ricas, et cetera. 27:36 Mas depois o Henrique tem esse condão de agarrar nessas ideias e de algumas de algumas storylines que nós vamos lançando, é pá. E fazer aqueles diálogos que são absolutamente fabulosos, não é? Quer dizer, lembro, me lembrei, me. Lembro me sempre de vários, mas há uma, há um, há um apidar no na primeira temporada, que é talvez o meu plano favorito, que é um dos membros da banda que vem a correr desde o fundo do plano e que cai em frente à Câmara e diz, não, não, eu estou bem. 27:59 Dê me um panado e um local que eu fico logo bué, pronto. Isto é uma coisa muito nossa, muito proximidade, que tem graça porque tu já ouviste alguém dizer isto e pronto. E quando se tem essa, quando se tem essa junção porreira de de sentidos, de humor. 28:17 A tendência é que isso crie, crie qualquer coisa de reconhecimento. O que nós encontrámos com o pôr do sol foi um reconhecimento, é pá, surpreendeu, me surpreendeu me ao máximo e depois açambarcou nos a todos e foi a Suburbano a sobrevoou me de uma maneira assustadora, foi, imagina, eu tive um acidente de Mota pouco tempo depois da primeira temporada acabar, fui ao chão e fiquei, fiquei magoado e fiz me nada de especial, estava no hospital. 28:46 E o enfermeiro chefe dizia, sistema anel, pureza, agora vou pôr aqui um megaze, não sei quê. Ou sistema anel, pureza, não sei quê, mas assim. 11 trato espetacular. Uma coisa muito, muito solene, muito solene, e é. Pá e nas tantas ele estava a fazer o tratamento e disse assim, é pá e vê lá se tens cuidado e eu, espera aí, houve aqui qualquer coisa, houve aqui um problema na Matrix ou então não sei o que é que aconteceu e o gajo diz, desculpe, desculpa, é que eu sou de massamá e eu sei o que é que é cheirar AIC 19, todos os dias que é uma tirada do pôr do sol posso chamar os meus colegas assim? 29:12 O que é que se passa? Entraram para aí 5 ou 6 enfermeiros. Dizer é pá, obrigado. Pelo pôr do sol, por isso é convidada, portanto, Na Na enfermaria. Todo todo arrebentado. E eles todos quando em dia e eu percebi pronto, isto bateu, bateu a um nível de podemos reconciliar a televisão com uma certa cultura pop que teve alguns exemplos extraordinários na comédia ao longo da nossa história. 29:34 Temos o Raul solnado, temos o Herman José, temos Oo Ricardo Araújo Pereira e o gato fedorento, o Bruno Nogueira. Esses. Esse, atualmente, o Bruno Nogueira e o Ricardo Araújo Pereira continuarão a? Fazer são fundações, no fundo, são coisas que a gente olha e diz assim, uou. Eu acho que experimentei um bocadinho disso. Ele experimentava esta equipa, experimentou um bocadinho disso, quando de repente temos pá, um Coliseu de Lisboa cheio para ver uma banda que está a fazer playback. 29:56 Nós fizemos isso com Jesus Cristo, não é? A banda do pôr do sol foi tocar, não tocou nada, ninguém deles. Nenhum dos tocou, não sabem tocar e. Esgotámos OOO Coliseu para ouvirmos uma cassete em conjunto e as pessoas foram. Para participar num episódio ao vivo que não era episódio, não estava a ser. Filmado sequer tu vendeste, tu vendeste uma fantasia que toda a gente sabe que não existia, mas a ideia de comunhão. 30:16 Foi nessa narrativa e eu acho que isto é uma coisa que nos anda a faltar cada vez mais, não é? Nós nós não temos essas comunhões. Tu vês uma série? Ou melhor, é mais frequente teres um diálogo com um amigo e diz assim, pá, tens de ver aquela série, não sei quê, é espetacular, não sei quê quantos episódios, viste? Vi meio, mas é espetacular. 30:32 E já não é aquela coisa de Bora fazer um? Serão lá em casa, em que juntamos amigos e vemos um filme? Como aconteceu antigamente, antes da televisão se alinear? Antes de antes da da televisão te permitir uma ilusão de poder da escolha, não é? Eu agora escolho o que vejo. E a televisão morreu? Nada, não. 30:49 Nem vai morrer. É como a rádio morreu, não é? Quer dizer, a gente volta e meia a rádio a. Rádio a rádio tem mais vidas que um gato. Não é pronto porque a rádio foi ver o apagão, não é? O apagão foi uma. O apagão foi um delírio. Apagou tudo para. Os da rádio? Claro, claro. Evidentemente, isso era o que havia. E isso é extraordinário, porque isso faz, nos faz nos perceber que a volatilidade das das novas tecnologias etcétera, pá, é porreiro, é óbvio. 31:11 Então agora temos aqui 2 telemóveis, estamos anão é? Estamos aqui a filmar. Temos boa parafernália, mas mas. No limite. Naquele momento em que achávamos todos que a Rússia atacar e não era nada disso, o que queríamos era ouvir alguém a falar. Connosco o fenómeno dos podcasts como este é eu, eu dou por mim assim que é. 31:30 Eu gosto de ouvir pessoas à conversa, porque me acalma e me baixa o ritmo do scroll. Há uma. Música, não é? E é EEEE, aprendes qualquer coisa. E por isso é que eu gosto de pessoas. Estás a ver quando eu, eu houve uma vez 11 coisa que me aconteceu que eu acho que que é pá, que eu nunca mais me esqueci, que foi um amigo meu. 31:48 Que, entretanto, nunca mais falámos, é um facto. As histórias foram para os sítios diferentes, mas um dia entrou me para casa, à dentro. Eram para aí 10 da noite e diz me assim, preciso de conversar. E perguntei, lhe mas o Gonçalo de quê? Não, pá de nada, preciso só de conversar. Tens tempo para conversar e eu fiquei. 32:07 Isso é uma grande declaração, isto é. Extraordinário. Pouco tempo depois, estava em Angola a fazer uma série, uma novela. Perdão, uma. A melhor novela que eu fiz na vida é que foi uma novela para Angola, uma coisa chamada jikounisse. E há um assistente meu, Wilson, que chega 2 horas atrasado ao trabalho, é pá e era um assistente de imagem, fazia me falta. 32:25 Ele chega, Ah, presa, peço desculpa, cheguei atrasado e tal só para o Wilson 2 horas atrasado, o que é que aconteceu? Tive um amigo que precisou de falar e eu juro te que me caiu tudo, eu não lhe. Eu quero ter um amigo assim, eu não. Posso, sim. Eu não me lembro disto acontecer em Portugal. 32:42 Para mim, disse. Para mim mesmo, eu não me lembro. De. De. De dar prioridade a um amigo em detrimento do trabalho. Porque o trabalho me paga as contas e os filhos e não sei quê. E o ritmo e a carreira. E eu reconheci me e de repente há um amigo meu que precisa de conversar. 32:58 Estamos a ouvir pouco. Então, não estamos eu acho que estamos. Estamos mesmo muito. Temos mesmo muito a ouvir, a ouvir muito pouco, acho mesmo, acho mesmo. Isso isso aflige me sobretudo porque há um, há um é pá. Eu estou sempre a dizer referências, porque eu, de repente, nestas conversas, lembro me de coisas. O Zé Eduardo agualusa assina 11 crónica, creio no público há, há uns anos, largos da importância de, de, de, de de fazer mais bebés, porque o mundo está tão perdido que só trazendo gente boa, muita gente boa de uma vez em catadupa. 33:29 É que isto melhora e eu acho, essa visão. Uma chuva de. Bebés uma chuva de bebés, mas de, mas de bebés bons, de bebés, inquietos, de bebés que fazem birras pelas melhores razões de bebés, que brincam sem computadores, sem coisas que que se que chafurdam na, na lama, et cetera, fazem asneiras. 33:45 Sim, sim, eu, eu, eu gosto muito de ser pai, mais até do que ser realizador, gosto muito de ser pai e acho que isso é é precisamente por essas, pelos meus filhos, claro que são os meus, mas se tivesse, se houvesse outras crianças. De que eu tomasse conta? Acho que era isso que é. 34:01 Tu perceberes que até uma certa idade nós não temos de nos armar noutra coisa que não ser só crianças. E acho que eu pessoalmente, acho que tenho 41 anos e às vezes sinto uma criança perdida até dizer chega EE, acho que pronto. 34:18 Enfim, o tempo vai adicionando, adicionando te camadas de responsabilidade. Agora temos temos de saber mexer microfones, inverter a água, et cetera, e meter fones, et cetera. Mas, no fundo, somos um bocado miúdos perdidos a quem? A quem se chama pessoas adultas porque tem de ser, porque há regras, porque há responsabilidades e coisas a cumprir. 34:35 Acho que só o Peter Pan é que se conseguiu livrar dessa ideia de poder. Crescer, coitado. Já viste? Pois é mesmo o Peter Pan sem andar com aquelas botas ridículas também. Exato. EE, qual é? Sabemos. E o capitar, não é? Pensando bem, a história dramática é o que quando estás com neuras a tua vida é um drama refugias te na comédia fechas te de ti próprio. 34:55 Não queres falar com ninguém? Quando estou com. Que é frequente é. Frequenta é? Então, o que é que te bate? O que é que te faz o. Que me bate é nos dias que correm e não só não conseguir tocar à vontade na minha função enquanto artista. 35:15 Isto eu vou te explicar o que é. Os artistas não precisam de ser de um quadrante político ou de outro. Eu eu sou de esquerda, assumidamente de esquerda. EEE, defenderei até à última este esses ideais. Ainda à esquerda, direita. Há, há, há. Eu acho que há, há. É cada vez menos gente com quem se possa falar de um lado e de outro. 35:32 Há uma. Polarização sim, sim, porque porque, enfim, isso são são outras conversas, mas o os artistas, no meu entender, estão a perder a sua perigosidade isso enerva me, ou seja, eu às vezes sinto que não estou anão, não estou a transgredir. 35:49 Não estou a ser perigoso, não estou a questionar, não estou. Estou a ir ao sabor de uma coisa terrível, que é ter de pagar as minhas contas. É o rame. Rame mais do que isso é eu deixar me levar pela corrida que é. Tenho de ter mais dinheiro, tenho de conseguir a casa, tenho de conseguir a escola dos putos tenho, não sei quê. 36:07 Devias ser mais um moscado, aquele que que dava umas picadelas aqui à. Eh pá devia questionar. Devia. Os artistas são se nasceram para isso e eu se me se eu me considero artista e às vezes isso é difícil. Dizer isso de mim, de mim para comigo. Eu imagina o Tiago Pereira, o Tiago Pereira que anda AA fazer um acervo da música portuguesa, a gostar dela própria, pelo pelo país todo, com gente antiga, com gente nova, com com gente toda ela muito interessante. 36:36 A importância de um Tiago Pereira no nosso, no nosso país, é é inacreditável. Quantas pessoas é que conhecem o Tiago Pereira? E, pelo contrário, não estamos focados Na Na última Estrela do ou do TikTok ou do big Brother ou de outra coisa qualquer. 36:51 Até podia ser uma coisa boa, estás a ver? Ou seja. Complementar uma coisa e outra. Sim, ou seja, eu, eu. A coisa que mais me interessa é saber quem é que com 20 anos, neste momento está a filmar em Portugal e há muita gente boa. Tu vês os projetos da RTP play e da RTP lab? E é gente muito interessante. Então, e porque é que? 37:06 Nós não estamos a estornar essa gente? E a e a potencial? Porque, porque a corrida? É mais importante, ou seja, tu queres a. Corrida dos ratos Na Na roda. É e é coisa de chegar primeiro, fazer primeiro, ganhar mais que o outro, não a solidariedade é uma, é uma fraqueza AA generosidade é uma fraqueza aplaudires alguém que é teu par é mais, é mais um penso para a tua inveja do que propriamente uma coisa de quem é que ganhamos? 37:34 Todos vamos lá. OOOO rabo de peixe, por exemplo, é um é um caso lapidar nesse sentido. Que é o rapaz? É extraordinário. É extraordinário neste sentido, eu? Posso? A primeira série é uma pedrada No No charco, que é uma coisa mágica o. 37:50 O Augusto Fraga, que é uma pessoa que eu, de quem eu gosto bastante e conheço o mal, mas gosto bastante, assina uma série que a primeira coisa que foi vista sobre essa série, ainda que estivéssemos a com 35000000 de horas ou 35000000 de horas, sim, vistas por todo o mundo. 38:08 Ah, não sei quantas pessoas, minhas colegas, tuas colegas, enfim, colegas de várias pessoas que estão a ver este mote caso dizem assim, ó, mas eles nem sequer fizeram o sotaque açoriano. Ah, e aquela e aquela ideia de não contrataram só atores açorianos? Pronto, sim, vamos ver uma coisa, porque porque é que vamos sempre para essa zona precisamente por causa da corrida, porque isto é importante. 38:32 A inveja é lixada? Nada. Fraga sim, a inveja é lixada e mais do que isso, esta inveja. É patrocinada pelo sistema, o sistema, o sistema sublima. Quando nós achamos que quem, quem, quem é nosso inimigo é quem faz a mesma coisa do que nós, nós temos menos de 1% para a cultura neste país. 38:50 E quando há dinheiro, quando há dinheiro, nós andamos a tentar queimar o outro para conseguirmos chegar ao dinheiro, ou seja, perante as migalhas. Nós não nos organizamos, a dizer assim. Pá a mão que está a dar as migalhas é que está errada. 39:05 Não. O que acontece é não. Mas eu já discutimos isso. Primeiro eu preciso de de amoedar as migalhas para mim e depois então discutimos, é uma. Corrida mal comparado de esfomeados. É, mas em vários. Mas é. Não estou a ver só na cultura, não é? Não é só na cultura. E. Já dizia o Zé Mário branco, arranja me um emprego. 39:22 O Zé Mário branco dizia tanta coisa tão mais importante, tão tão tão importante nos dias que correm, o Zé Mário branco, enfim. Mas eu até diria que isto, que este país que é pequeno. Que é pequeno em escala. Que é pequeno, que é pequena escala. 39:39 Podia ver nisso uma vantagem. Podíamos ver nisso uma vantagem, porque eu acho que o país somos nós e acho que as pessoas não. Não temos essa noção, não é EE essa e essa noção de que não dedicamos tempo suficiente a estarmos uns com os outros e de ligarmos as peças boas e de tornar isto uma coisa mais interessante, claro. 39:57 Interessa me, interessa me. Muito há uma cultura de mediocridade, não? Isso eu acho que não, o que eu acho é que há. Ou melhor, como é que se compatibiliza esse essa corrida dos ratos na roda, em busca da última migalha com coisas de excelência que subitamente aparecem? 40:13 Eu acho que quando tu sentes que isso é um acidente, rapaz, isso é um acidente, não é? É um acidente. Antes tinha tinha havido o Glória e nós tínhamos achado. Tio Glória era a primeira coisa da Netflix. Parece um bocado aquela coisa de o ator que é pá. 40:29 Eu sou um grande ator. Eu fiz uma formação no Bahrain para aprender a ser a fazer de post. Foi uma formação de meia hora, chega cá e dentro e vai dizer assim, é pá. Este gajo é bom meu. O gajo esteve no barrain. Vende-se bem este. Gajo é bom, não é? E de repente não. Ele esteve no barém a fazer de post e é melhor do que um puto que veio da PTC ou 11 miúda que veio da STCE está a tentar vingar. 40:50 Eu tive agora uma conversa por causa da da dos encontros da GDA para para o qual foi foi gentilmente convidado e foi foi incrível estar à conversa com Malta nova. Não é assim tão nova quanto isso, mas Malta entre os 25 e os 35 anos, atores e atrizes, em 4 mesas redondas em que IA assaltando eu, o António Ferreira, a Soraia chaves e a Anabela Moreira, é pá EEAEA dúvida é a mesma de que se houvesse uma mesas redondas de veterinários, de veterinários ou de médicos, ou de ou de assistentes sociais, que é como é que eu começo isto? 41:20 Como é que eu faço isto? Qual é o percurso, onde é que está? O repente GDA faz uma coisa incrível que é, vamos pôr as pessoas a conversar. É um bom início, pá, é um. Excelente início. E nós não andamos a fazer isso, não andamos a fazer isso, por mais associações que haja, por mais coisas, et cetera. E há gente a fazer este, a tentar fazer este trabalho. 41:38 Não há um sindicato da minha área que funcione. O sindicato dos criativos pode ser então? O sindicato, o Sena, o sindicato Sena. As pessoas queixam se que não é um sindicato, mas não estão nele. Quando eu digo que não há um sindicato, é o sindicato, existe. As pessoas é que não vão para lá e queixam se das pessoas que lá estão. 41:55 Isto não faz sentido nenhum. Ou seja, nós estamos sempre à espera que nos dêem. Mas é aquela coisa velha, essa coisa que foi o Kennedy, que disse não é não, não perguntes. O que é que o teu país pode fazer por ti? Pergunta te, o que é que tu podes fazer pelo teu? Portanto, não temos uma mecânica por um lado de devolução à sociedade daquilo que nós estamos AA receber e, por outro lado, de de agregação, num interesse comum, ou numa imaginação comum, ou em alguma coisa que podemos fazer juntos. 42:17 Eu, eu acho que, sobretudo, tem a ver com celebramos? Não, acho que não. Até porque é tudo uma tristeza, não? É, não, não, não. Eu acho que é assim. Eu acho é que é tudo muito triste porque não nos celebramos. Porque há razões enormes para nos celebrarmos, há razões mesmo boas, para nos celebrarmos. Bom, mas eu não quero deprimir te mas um tipo que chuta 11 coisa redonda de couro e que acerta numa Baliza é mais valorizado do que um poeta que escreveu o poema definitivo sobre o amor ou sobre a vida? 42:43 Mas isso, pão e circo? Isso pão e circo. E isso a bola também é importante. E está tudo bem? Eu sou. Mas tão importante. Não é? Porque eu eu gosto de futebol, gosto. Eu gosto de futebol, sou um, sou um. Sou um fervoroso adepto da académica de Coimbra e do. Falibana do Benfica, da da académica, sou da académica. 43:00 Está péssima, não é? A académica está terrível, mas é isso. Ou seja. Eu acho que tem, Maura continua, tem? Maura, claro. E terá sempre. Eu sou, sou, sou da briosa até morrer, mas. Mas de qualquer das maneiras, sinto que essa coisa que é, há espaço para tudo. Eu acho que eu o que faz falta? E animar a Malta? 43:17 É educar a Malta? É educar a Malta. Faz muita falta. Eu acho que faz muita falta a educação neste país. E isso tem a ver com política, tem a ver com escolhas, tem a ver com coragem. EAAA educação não tem sido muito bem tratada nos últimos tempos. 43:35 Se há gente que se pode queixar são os professores e os. Alunos, porque nós só descobrimos daqui a 10 anos ou 20 que isto não correu bem. Claro, mas já estamos a descobrir agora, não é? Depois, já passaram algum tempo sim. Quais é que são as profissões de algumas das pessoas que estão no hemiciclo que tu reconheces profissões não é? 43:52 De onde é que vêm? Vêm das jotas vêm. São juristas, normalmente economistas, certo? Mas um médico. Há um ou 2? Há um ou 2, há alguém que tu, um professor? Deixa de ser atrativo. A política devia ser essa coisa de eu reconhecer. 44:10 Figuras referenciais. Os melhores entre nós que que escolhidos para liderarmos, sim. Escolhidos por nós. Ou seja, porque é que eu acho isto? Mas eu acho isto desde sempre, sempre, sempre. Eu sei isto. Aliás, eu venho de uma casa que é bastante politizada. A minha casa, a minha família é bastante politizada. O apelido. 44:27 De pureza não engana. Pois não engana. Às vezes acham que ele é meu irmão, mas é meu pai. EE pá é um gajo novo. De facto, é um gajo novo. Mas é isso que é caneco. Quem são estas pessoas? Porque é que eu vou votar nestas pessoas, estas pá. A prova agora de Nova Iorque não é 11 Mayer de 34 anos, chamado zoranmandani, que de repente ganha as eleições sem os mesmos apoios, que teve outro candidato. 44:50 Não houve Bloomberg, não houve Trump, não houve nada. Houve um tipo que veio falar para as pessoas e dizer lhes o que é que vocês precisam, de que é que precisam, o que é que vos aflige, de que é que têm medo, que sonhos é que vocês têm? Isso é tão importante e tão raro. 45:06 Afinal, o método que funciona sempre não é fala com pessoas, conta uma história ou houve cria uma expectativa? Olha, porque é que o humor explica tão bem o mundo? Eu sei, também há o choro, porque é que o humor explica tão bem? Porque tudo pode ser ridículo. E é e é tão ameaçador, não é? 45:22 Claro, claro, claro. Olha o Rio, vai nu. Exatamente tal e qual tem a ver com isso, não é? E mais do que isso, é eu, eu acho. Eu sinto que nós vivemos num país que não tem assim tanto sentido de humor. E explico porquê nós não nos rimos tanto de nós. Rimos mais dos outros quando nos rimos de nós? 45:39 É é tipo, Ah, então, mas mas estão a falar de mim. Rimos de escárnio. Sim, os os melhores, as melhores pessoas, as melhores pessoas portuguesas a terem sentido humor são os alentejanos. Porque são eles que têm as melhores notas sobre eles. Que eles próprios contam? Exatamente quando tu tens um. 45:54 Eu não sou lisboeta, portanto, posso dizer mal à vontade de vocês todos que estão a ouvir. Quando o lisboeta disse assim também. Sou alto minhoto, portanto, já estamos. Estás à vontade, não é pronto quando o lisboeta disse. Tudo que seja abaixo, abaixo, ali do cavado é soul. É soul? Exatamente. Está resolvido, pá. A minha cena é coisa do quando o lisboeta diz, tenho aqui uma nota sobre alentejana dizer, Hum. 46:11 A minha família toda alentejana, pá. Não, não acho que acho que não é bem a coisa eu diria isso, ou seja, porque é que o amor explica tão bem o mundo, explica no sentido em que, de facto, isto esta frase não é minha, é do Henrique dias. E ele acho que acho que ressintetiza isto muitíssimo bem. O argumentista do pôr do sol, que é tudo, pode ser ridículo. 46:28 O gajo da bola de couro, um círculo de de de couro que é chutado para uma Baliza, é tão ridículo como é eventualmente alguma. De algum ponto de vista sobre a religião, sobre a política, sobre a economia, sobre os cultos? 46:46 Não é os cultos pessoalizados em líderes que de repente parece que vêm resolver isto tudo e são ridículos. Quer dizer, são ridículos acima de tudo. O mito do Salvador da pátria. O mito do Salvador da pátria não é? Depois ficou substanciado em 60 fascistas. Isso é para mim. Era expulsos ao ridículo. 47:02 Incomoda os imensos. Mas a gente já viu isto em vários momentos, desde momentos religiosos até momentos políticos que é. E este vem lá ao Messias, vem lá ao Messias. E o cinema português também. O próximo filme vem sempre salvar isto tudo. E é só um filme percebes o que eu estou a dizer? Ou seja, não. 47:18 Este é que é o filme que toda a gente vai ver e vai rebentar com as Caldas. Não, não tem de ser assim, é só um filme. Só me lembro da Branca de Neve, do João César Monteiro, não é que filmou uma coisa para preto, para negro? Sim, mas mais do que isso, estava a falar de termológica comercial que é, os exibidores estão sedentos? 47:35 Que venham um filme que faça muitos números e que salve o cinema, et cetera. A pressão que se coloca, se fosse fácil fazer um filme desses, até eles próprios administradores teriam ideias. Sim, faz mesmo. A campanha viral lembro me sempre é. Faz uma coisa que vai ocupar toda a gente vai falar exatamente e que vai ser uma coisa. 47:51 Extraordinária. Um escândalo, no melhor sentido. Não sei quê, não sei quê e depois não acontece porque não é assim que as coisas não é, as pessoas não vão, não vão. Nessas modas, aliás, as pessoas estão cada vez mais dentro. O paradoxo é que as pessoas estão cada vez mais exigentes. O que é bom? Sim, mas dentro desta lógica que temos falado, que é tiktoks, et cetera, volatilidade é uma coisa superficial e de repente já nem tudo cola. 48:12 O humor repara o humor. O Bruno Nogueira, por exemplo, é um bom exemplo disso que é o Bruno Nogueira faz 111 programa extraordinário vários. Faz os contemporâneos, faz o último a sair, depois faz o princípio meio e fim, que é uma coisa arrojadíssima. Sim, ele faz coisas sempre diferentes. 48:28 Não é ele. Ele. Ele quebra os padrões sempre. Mas se reparares agora, neste, no, no, no ruído, ele já não é a mesma coisa. É um programa de Sketch que tem lá uma história que num tempo distópico em que. Sim, mas aquilo resolve se a um conjunto de de Sketch e as. 48:45 Pessoas aderiram massivamente, portanto, eu acho que isto é assim. A roda vai dando voltas. Depois voltamos um bocado à mesma coisa. O Herman, por exemplo, o Herman que é um dos meus heróis da televisão. O Herman andou por todas essas ondas e agora está numa onda de conversa e tudo mais. 49:04 E continua a ter imensa. Graça mas ele pode fazer tudo o que? Quiser, não é? Pode. Chegou este mundo do mundo para poder fazer tudo. Sim, talvez não chegue a todas as gerações como chegava. Não é dantes. Eu lembro me, por exemplo, No No no célebre Sketch da da última ceia, não é? 49:20 Ele chegou a todas as gerações, houve umas gerações que odiaram isso foi incrível, eu adorei, eu adorei esse momento iá, e ele é também um dos meus heróis por causa desse momento, porque, porque, enfim, porque qual que lá está transgressor, perigoso artista? 49:38 O Herman é tudo isso sim. Pode a qualquer momento fazer dinamitar isto olha fora o humor, tu tens, posso chamar lhe maturidade emocional entre o felps e os infanticidas. O que, o que muda no teu olhar quando quando tu transpassas da comédia para, para, para o drama, o humor e a dor são são irmãos. 49:58 O sim, diria que sim, mas mais do que isso, é há coisas que me que me inquietam, não é? Eu com 41 anos e 3 filhos, EEE uma história já muito porreira. O que? É que te inquieta. Várias coisas. Olha esta coisa da do dos artistas, esta coisa da sociedade portuguesa, esta coisa de o que é que é ser português em 2025, o que é que é ter 41 anos em 2025? 50:21 A amizade, a amizade inquieta me há amigos que desaparecem e não é só porque morrem, há há. Há outros que desaparecem porque. Perdemos lhe o rasto. Ou isso, ou porque nos zangamos EEA coisa vai de vela e é assim. E a vida é dinâmica e. E às vezes questiono, me, não é? 50:37 Questiono me sobre quanto é que vale uma amizade, por exemplo, os enfatisídeos é sobre isso, não é? Ou seja, 22 amigos de 2 amigos de infância que aos 17 anos dizem, se aos 30 anos não estivermos a fazer aquilo que queremos fazer, matamo nos daquelas promessas adolescentes e de repente um deles apaixona se e casa se. 50:57 E ele às vezes não quer morrer e a amizade vai à vida. E aquele que ficou para sempre com 17 anos, que sou um bocado eu, não é? Porque eu acho os problemas aos 17 anos é que são os verdadeiros problemas da existência humana. Os outros são chatices da EDPE da epal estás a ver isso? São outros chatices pagar as contas, pagar contas é só isso, porque tudo o resto é só o que é que eu estou aqui a fazer? 51:17 Porque é que eu me apaixonei, porque é que ninguém gosta de mim, porque é que essas coisas são tão ricas, são tão boas de testemunhar eu tenho. Tenho um exemplo incrível de ter 11 filho extraordinário chamado Francisco, que tem 14 anos e que tem umas inquietações muito. 51:34 Muito boas pá, muito, muito poéticas, muito. É uma idade difícil. E boa. E tão boa. E tenho. Tenho muita sorte. Francisco é um miúdo incrível. Mas mesmo que não fosse, eu diria assim. Para ele e tu e tu estimulas ou acalmas as ânsias dele. Eu eu acho que sou eu e a mãe dele, acho que somos estimuladores da sua, das suas várias consciências, social, política, artística. 52:02 Mas temos uma, o respaldo que encontrámos naquele naquele ser humano, foi maior do que qualquer um incentivo que nós pudéssemos dar. Ou seja, nós lançámos um bocadinho, as paisadas para os pés dele e ele de repente floresceu. E é hoje em dia uma pessoa é um ser humano extraordinário e pronto. 52:19 E eu costumo dizer aos meus amigos que o primeiro filho muda a nossa vida, o segundo acaba com ela, uma terceira. Esta turística, sim, é pá. Eu acho que os 3 deram um cabo da minha vida. É uma dinâmica diferente, não é? 3. É, é ainda por cima estão os passados, não é? Um tem 14, outro tem 3, outro tem 1 ano e meio e para o ano provavelmente quero ter mais um filho, porque acho que é lá está eu estou com água, luz a tatuar aqui, algures, portanto, tu. 52:43 Vais salvar o nosso problema de de de naturalidade e demográfico. Eu espero que sim, eu já sou Oo chamado povoador dos olivais. Portanto, vão para sim, sim, olha o que é que te falta fazer para fecharmos o que é que anda o que é que andas a escrever o que é que anda, o que é que te anda a inquietar o que é que te anda aí a. 53:01 Debaixo do teu olho. Olha, estou concorri a uma bolsa para escrever um livro. Pode saber sobre o quê? Sim, sim, é um filme que eu não, que eu não tenho dinheiro para fazer e, portanto, vou fazer o livro. E depois pode ser que o livro reúna. E os bons livros dão sempre grandes filmes. 53:17 Ao contrário, os maus livros, eu sei que eu sei que vou ser fraquinha e, portanto, os maus livros dão bons filmes, os bons livros. Portanto, a tua expectativa é que o livro seja mau que é um grande filme? Sim, sim, não. Mas pelo menos seja seja livro. Isso é importante. Eu gosto imenso de livros. Gosto imenso de ler. É das coisas que eu mais gosto de fazer, é de ler. Fiz isso candidatei me EE. 53:33 Entretanto, estou a preparar uma série de outro género, completamente diferente, que é uma série de de fantástico de terror, escrita por 5 amigos, de que eu tenho muita estima. Por quem tenho muita estima, o Tiago r Santos Oo Artur, o Artur Ribeiro, o Luís Filipe Borges, o Nuno Duarte e o Filipe homem Fonseca. 53:51 Que é uma série chamada arco da velha, que terá estreia na RTPE, que se passa entre Portugal e a galiza e também vai ter uns toques de Brasil. E estou também a preparar outro projeto lá mais para a frente, que é provavelmente os projetos que eu mais quero fazer na vida até hoje, que estou a desenvolver com a Ana Lázaro, com a Gabriela Barros e com o Rui Melo. 54:13 É impossível falhar, já ganhaste. Completamente impossível falhar porque esta ideia original é da Gabriela e do Rui. Ei, e eles vieram ter comigo. E eu fiquei para já muito conten
Neste especial ao vivo no Tribeca Festival, os atores Carolina Amaral, Filipe Vargas e Soraia Chaves falam dos seus lados B, as facetas menos conhecidas, que os inspiram para o trabalho e para a vida; revelam qual o filme conhecido que gostariam de ter protagonizado e dão conta das boas notícias que lhes têm dado esperança e ânimo, apesar das escuridões que os inquietam no país e no mundo. Ouçam-nos nesta conversa em podcast com Bernardo Mendonça.See omnystudio.com/listener for privacy information.
In this special anniversary episode of 'Seeing Them Live,' producer and co-host Doug takes the helm to celebrate the podcast's third year. With Charles on a break, Doug guides listeners through a curated selection of some of the most compelling and memorable moments from their library of 44 episodes. The journey begins by acknowledging the podcast's inception, inspired by Charles's book 'Ticket Stub Stories,' and how the team aimed to capture and chronicle concert experiences from various perspectives, ranging from professional musicians to average concertgoers.Doug introduces listeners to a diverse array of guests, from Tom Fitzer, who recounts his wild antics at concerts, to Roger Merlot, a 70-year-old live music superfan who holds records for attending consecutive gigs. The episode takes an emotional turn with Dawn Fontaine's powerful story about how music, specifically from the band Soraia, helped her navigate the darkest period of her life following a personal loss.Adding another layer of excitement, Doug reveals download statistics, showcasing the global reach of the podcast, with fans in over 30 countries. Additional clips feature tales like Rudy Childs' chaotic encounter with Sharon Osborne during an Ozzy Osborne concert, and Emma, an 8-year-old concert photographer capturing big acts like Joan Jett and Duran Duran. This anniversary special encapsulates the essence of 'Seeing Them Live,' celebrating the joy, chaos, and transformative power of live music experiences. PATREON:https://www.patreon.com/SeeingThemLivePlease help us defer the cost of producing this podcast by making a donation on Patreon.WEBSITE:https://seeingthemlive.com/Visit the Seeing Them Live website for bonus materials including the show blog, resource links for concert buffs, photos, materials related to our episodes, and our Ticket Stub Museum.INSTAGRAM:https://www.instagram.com/seeingthemlive/FACEBOOK:https://www.facebook.com/profile.php?id=61550090670708
It's another jam-packed episode of Talkin' Rock with Meltdown. First up, it's David Ellefson. This guy has so many projects in the works, but I thought we'd talk to discuss his documentary about the late Nick Menza. We got to that, but first, we talked about seeing Alice In Chains for the first time, and why he has so many projects. He said he just says Yes! Tom Hunting from Exodus is next. I've never met or spoken to Tom. I found him very chill and thoughtful with his answers. We talked about his recent 60th birthday. We also discussed his health and pray for the best for him. The band is in the middle of writing and recording their 12th album. He told me he's grateful to have done something that he likes for so long. Zouzou Mansour of Soraia wraps up this episode. The East Coast band has a new song out (So Holy) with an EP to drop later this year. We spoke to the latest music, working on the album in Sweden, and horror movies. Zou's a big scary movie chick. Enjoy!
Rick welcome Tom & Jennifer Rizzuto back to the show to discuss Renfield but Tom wants to vent about Nosferatu first. Then, SURPRISE, Tom enjoyed Renfield! We get into what the first couple of Spooky Doings enjoyed about the film, the corruption of the New Orleans Police Department, the cinematography, codependent relationships, Nicholas Cage, Awkwafina, Nicholas Hoult & more! We also discuss eating bugs, DVD extras, Innocent Blood, give shout outs to our friends in Soraia, Jazz Fest, the potential for sequels & if Dracula is the best monster? Please subscribe, review & give us that 5 star boop!
As viagens, a necessidade de parar, a busca pela espiritualidade, as questões dos 40 anos, a nudez e a sexualidade no "O Crime do Padre Amaro", as expectativas, as dúvidas sobre a maternidade e a liberdade feminina.
The gang's all here! Rick welcomes ZouZou Mansour, Travis Smith & Brianna Sig from Soraia to the show to discuss Robert Eggers' Nosferatu. We learn if the band saw the original or Werner Herzog's version before this new film, if anyone got the popcorn bucket, ZouZou's obsession with the film, Travis' improv skills, Brianna's hijinks & Count Orlock hanging dong! We also discuss the feminist angles of the movie, German expressionism, a majestic mustache, the plagiarism aspects, getting ZouZou to watch Jason Takes Manhattan, & how much was the films rat budget. Please subscribe, review & give us that 5 star boop!
In the first-ever year-end concert review show for the 'Seeing Them Live' podcast, host Charles and his panel of previous guests, including Eric Green, Jessica Catena, Doug Florzak, Steve Pothel, Summer, and Scott Patrick Wiener, review their concert experiences from 2024. The panel members take turns speaking about their most memorable shows, spanning a wide range of venues, cities, and genres, providing vivid anecdotes along the way.Eric discusses his rich year, including covering bands like Bim Skala Bim, the Dandy Warhols, and Foo Fighters. Summer shares her experiences of attending Lollapalooza and seeing Green Day at Wrigley Field among others. Jessica details her rain-soaked yet impactful experience at the Global Citizen Festival in Central Park and makes plans for 2025. Doug recounts his concert experience joining Charles and previous guest Art Gregg seeing a Led Zeppelin cover band, Led Zeppelin II, at the House of Blues in Chicago. Doug also describes a Soraia concert where Doug and Charles recorded podcast content. Steve recounts emotional concert memories, such as traveling to see Joan Jett and the Psychedelic Furs and plans for upcoming shows.The episode also highlights special 'podcast moments', where Charles meets listeners and potential guests at concerts he attended.BANDS: Afghan Whigs, Alanis Morissette, Benson Boone, Bim Skala Bim, Bridget Calls Me Baby, Cat Power, Doja Cat, Dua Lipa, Eye for an Eye, Foo Fighters, Foster the People, Friko, Green Day, Harry Styles, Infinity Song, Jack White, Jane's Addiction, Jelly Roll, Jesus and Mary Chain, Joan Jett, Kim Deal, Led Zeppelin, Life on the V, Love and Rockets, Matthew Sweet, Metallica, Nothing But Thieves, Pantera, Pearl Jam, Post Malone, Psychedelic Furs, Quicksand, Raul Alejandro, Ringo Starr, Rival Schools, Sleater Kinney, Smashing Pumpkins, St. Vincent, Stevie Nicks, The Breeders, The Cannons, The Church, The Cure, The Dandy Warhols, The Deftones, The Killers, The Pixies, The Smiths, The White Stripes, Thursday, WussyVENUES: Central Park, City Winery, Club Passim, Fenway Park, Gillette Stadium, Grant Park, House of Blues, Leader Bank Pavilion, Liars Club, Lollapalooza, Madison Square Garden, Northerly Island, Paradise Club, Park West, Rock and Roll Hall of Fame, Royale, Salt Shed, Soldier Field, South by Southwest, Staples Center, Summit Music Hall, The Tender Trap, Wilbur Theater PATREON:https://www.patreon.com/SeeingThemLivePlease help us defer the cost of producing this podcast by making a donation on Patreon.WEBSITE:https://seeingthemlive.com/Visit the Seeing Them Live website for bonus materials including the show blog, resource links for concert buffs, photos, materials related to our episodes, and our Ticket Stub Museum.INSTAGRAM:https://www.instagram.com/seeingthemlive/FACEBOOK:https://www.facebook.com/profile.php?id=61550090670708
Voxcast é um canal de bate-papo descontraído onde os convidados falam de empreendedorismo, sucesso profissional, pessoal e muito mais. REDES DO VOXCAST: Instagram: @voxcastoficial Facebook: voxcastoficial Tik Tok: @voxcastoficial YouTube: Voxmais Instagram: @soraiaplachi
Recorded in Lisbon and the countryside of Barcelona, the album exudes an organic quality. Alain's commitment to preserving the authentic vibe shines through, ensuring that each track resonates with the same energy as Tarah's initial creative sparks. From the pulsating rhythms reminiscent of Tarah's drumming roots to the electrifying guitar-play, The Last Chase strikes a balance between grit and vulnerability. Notable tracks like “Safe Zone” and “Never Say Never” showcase Tarah's self-assured vocals, drenched in dangerous, femme fatale tones. This musical masterpiece invites listeners into a world where authenticity and passion collide. Tarah Who? plans to release a self-titled documentary that depicts Tarah's experience as a woman in the rock scene. Directed by Brian Downie, fans can expect to see the film in early 2025. In support of the new album, Tarah Who is currently touring Canada and the US. The band will perform a record release show in Chicago, IL, tonight at Liar's Club with SORAIA and D.O.A. Other special guests on tour include The Exploited and Total Chaos. For ticket information and more, visit: https://tarahwho.com/ From their humble beginnings playing DIY shows and warehouses to repping their sound at prestigious European festivals, Tarah Who? has been turning heads with their brand of high-octane grunge-punk. Equally as visceral as it is cathartic, their sound collides bold lyricism and relentless instrumentation, mirroring the spirit and attitude of punk rock.Become a supporter of this podcast: https://www.spreaker.com/podcast/arroe-collins-unplugged-totally-uncut--994165/support.
In this episode dubbed 'Seeing Them Live After Show Report,' Doug and Charles take listeners to The Liars Club in Chicago, where they record brief conversations with fans and performers at a live music event. The focus is on the band Soraia, first introduced in S02E01 by guest Dawn Fontaine, who shared how their music had a life-saving impact on her. After Dawn's episode, Charles and Doug interviewed ZoZou Mansour from the band in S02E07. The hosts finally meet the band in person at the Liar's Club and conduct an interview with lead singer Zuzu Mansour, who talks about the influence of music on her life and the songwriting process.The podcast captures the dynamic energy of the concert and provides a vivid account of the live event, including attendee experiences, band interviews, and their impressions of the venue. Fans express their admiration for the bands performing that night, and discuss the club's excellent sound quality and inviting atmosphere.BANDS: Ricky Liontones, Soraia, Tara Who?VENUES: The Liar's Club PATREON:https://www.patreon.com/SeeingThemLivePlease help us defer the cost of producing this podcast by making a donation on Patreon.WEBSITE:https://seeingthemlive.com/Visit the Seeing Them Live website for bonus materials including the show blog, resource links for concert buffs, photos, materials related to our episodes, and our Ticket Stub Museum.INSTAGRAM:https://www.instagram.com/seeingthemlive/FACEBOOK:https://www.facebook.com/profile.php?id=61550090670708
Reluctant shark correspondents return to watch & discuss a giallo for the first time. Tom & Jennifer Rizzuto join Rick to chat about Suspiria! We get into the lighting, music by Goblin, the dream like nature of the film, how many times Rick saw this before realizing it was about witches & more! We also talk about the maestro, Dario Argento, the Italian style of recording film dialogue after filming, if Tom & Jennifer will watch other giallos & return to talk about it before sharing some kind words & love for Necromantic Brew Co & the artwork of Brianna Sig of Soraia! Please subscribe, review & give us that 5 star boop!
In this episode of Seeing Them Live, Charles and Doug welcome Stephen Pitalo, a music video historian and creator of the Music Video Time Machine. The discussion explores the golden age of music videos from the 80s and 90s, touching on Stephen's website, magazine, and blog that highlight iconic music videos and upcoming events. They reminisce about Stephen's first concert experience with Ratt and Bon Jovi in 1985, his fascinating encounters with musicians, and the influential music video directors he has interviewed for his upcoming book. The conversation also delves into memorable concerts attended by Stephen, from an unforgettable Joey Ramone show to a spectacular Prince performance, while also addressing the surprising disappointment of Billy Bob Thornton's Boxmasters. The episode offers a compelling look into the historical and cultural significance of music videos and live music experiences.BANDS: Alice In Chains, Bad Manners, Big Country, Billy Bob Thornton, Blondie, Bon Jovi, Cheap Trick, Crazy Town, Criss Cross, Dixie Chicks, Duran Duran, EMF, Fontaines D.C., Foo Fighters, Garbage, Guns and Roses, Guns N Roses, Henry Rollins, INXS, Joan Jett and the Blackhearts, Joey Ramone, L7, Lap Daddy, Madness, Marshmello, Morris Day and the Time, Motley Crue, Primus, Queen, Ratt, REM, Rick Springfield, Rod Stewart, Ronnie Spector, Soraia, Spin Doctors, Taylor Swift, Tears for Fears, The Boxmasters, The Dictators, The Independence, The Knuckle Sandwiches, The Meters, The Pristines, The Ramones, The Runaways, Twisted Sister, U2, Whitesnake, Whitney Houston, ZZ Top.VENUES: Bowery Ballroom, Brownies, Continental Club, CBGB, Coast Coliseum, Coney Island High, Continental Club, Continental Club, Gulf Coast Coliseum, Hank's, Mississippi Gulf Coast Coliseum, Pussycat Lounge, Starplex Amphitheater, Starplex Amphitheater, Tramps, Westbeth Theater, Westbeth Theater. PATREON:https://www.patreon.com/SeeingThemLivePlease help us defer the cost of producing this podcast by making a donation on Patreon.WEBSITE:https://seeingthemlive.com/Visit the Seeing Them Live website for bonus materials including the show blog, resource links for concert buffs, photos, materials related to our episodes, and our Ticket Stub Museum.INSTAGRAM:https://www.instagram.com/seeingthemlive/FACEBOOK:https://www.facebook.com/profile.php?id=61550090670708
"Pourquoi c'est tout le temps le français, les maths et l'allemand les matières les plus importantes?", se demandent Loic, Valentino et Gabriela qui aimeraient bien pouvoir choisir leurs cours en fonction de leurs intérêts personnels. Réponses avec l'historienne de l'éducation et professeure à la HEP Sylviane Tinembart, dans ce dernier épisode réalisé en collaboration avec les élèves de la 11VG4 du collège de Grand-Champ à Gland. Journalistes: Julie Kummer et Juliane Roncoroni Réalisation: Antoine Weissenbach Les élèves de la classe 11VG4 d'Isabelle Dolivo: Luna, Appoline, Alexandre, Patricio, Bernardo, Esma, Soraia, Ola, Era, Selhiom, Loic, Valentino, Camille, Gabriela, Viola, Nayara. Nous écrire: pointj@rts.ch ou +41 79 134 34 70 (WhatsApp)
"Le bleu me donne une sensation de liberté, de paix. Je n'imagine pas ne pas avoir de couleurs dans ma vie !", racontent Esma, Soraia, Ola et Era, qui se demandent si l'on voit toutes et tous les mêmes couleurs. Réponse avec Deborah Epicoco, chercheuse en psychologie des couleurs à l'Université de Lausanne qui s'intéresse au lien entre couleurs et émotions, dans ce quatrième épisode réalisé en collaboration avec les élèves de la 11VG4 du collège de Grand-Champ à Gland. Journalistes: Julie Kummer et Juliane Roncoroni Réalisation: Antoine Weissenbach Les élèves de la classe 11VG4 d'Isabelle Dolivo: Luna, Appoline, Alexandre, Patricio, Bernardo, Esma, Soraia, Ola, Era, Selhiom, Loic, Valentino, Camille, Gabriela, Viola, Nayara. Nous écrire: pointj@rts.ch ou +41 79 134 34 70 (WhatsApp)
“La meilleure amie de ma sœur est infirmière et je l'ai déjà entendue parler de ses horaires compliqués et de son bas salaire”, raconte Luna. Appoline, elle, se dit “très intéressée” par cette profession. De quoi se demander pourquoi les conditions de travail des infirmiers·ères sont si mauvaises. Réponse avec Sophie Ley, présidente de l'Association professionnelle des infirmiers et des infirmières (ASI) en Suisse, dans ce troisième épisode réalisé en collaboration avec les élèves de la 11VG4 du collège de Grand-Champ à Gland. Journalistes: Julie Kummer et Juliane Roncoroni Réalisation: Yannis Bordas Les élèves de la classe 11VG4 d'Isabelle Dolivo: Luna, Appoline, Alexandre, Patricio, Bernardo, Esma, Soraia, Ola, Era, Selhiom, Loic, Valentino, Camille, Gabriela, Viola, Nayara. Nous écrire: pointj@rts.ch ou +41 79 134 34 70 (WhatsApp)
"J'ai une petite sœur, elle a douze ans et à chaque fois que je la vois, elle me paraît bien plus petite que moi à son âge", s'exclame Viola. Avec sa camarade de classe Nayara, elles se sont intéressées à l'évolution de notre taille. Décryptage avec Idris Guessous, médecin chef du service de médecine de premier recours aux HUG et docteur en épidémiologie, dans ce deuxième épisode réalisé en collaboration avec les élèves de la 11VG4 du collège de Grand-Champ à Gland. Journalistes: Julie Kummer et Juliane Roncoroni Réalisation: Antoine Weissenbach Les élèves de la classe 11VG4 d'Isabelle Dolivo: Luna, Appoline, Alexandre, Patricio, Bernardo, Esma, Soraia, Ola, Era, Selhiom, Loic, Valentino, Camille, Gabriela, Viola, Nayara. Nous écrire: pointj@rts.ch ou +41 79 134 34 70 (WhatsApp)
"Dans la rue, je vois souvent des gens avec les tous nouveaux téléphones... Cela me rend un peu jaloux !", raconte Patricio qui s'est demandé, avec son camarade de classe Alexandre, d'où venait cette envie de toujours avoir le dernier gadget technologique. Réponse avec Niels Weber, psychologue et psychothérapeute, spécialisé en hyper connectivité, dans ce premier épisode réalisé en collaboration avec les élèves de la 11VG4 du collège de Grand-Champ à Gland. Journalistes: Julie Kummer et Juliane Roncoroni Réalisation: Antoine Weissenbach Les élèves de la classe 11VG4 d'Isabelle Dolivo: Luna, Appoline, Alexandre, Patricio, Bernardo, Esma, Soraia, Ola, Era, Selhiom, Loic, Valentino, Camille, Gabriela, Viola, Nayara. Nous écrire: pointj@rts.ch ou +41 79 134 34 70 (WhatsApp)
Opening: Lara Ewen "20 Years Ago" - Ghosts & Gasoline Lara Ewen "Lucky As Sin" - Lucky As Sin www.unstrungmusic.com Jessi Robertson "Immolate" - I Came From The War www.jessirobertsonmusic.com Sarah Shook & Disarmers "lesson" - Years www.disarmers.com The Dollyrots "Wrapped In Sunshine" www.dollyrots.com Soraia "The Hammer And The Anvil" Bloom www.soraia.com ************************* Justin Roth "Trembling Like A Train" - Now You Know www.justinroth.com Shanna In A Dress "Robot" - Robot www.shannainadress.com Caroline Cotter "The Call" - Gently As I Go www.carolinecotter.com Noah Zacharin "Tom Morrow - Points Of Light www.noahsong.com Amy Speace "Why I Wake Early - Tuscon www.amyspeace.com Casey Penn "Journey To Providence" - One Step Away www.caseypennmusic.com Helene Cronin "You Do" - Landmarks www.helenecronin.com Scott Sean White "Not The Year" - Even Better On The Bad Days www.scottseanwhite.com *************** ALBUM FOCUS Putumayo World Music presents "African Celebration" with 10 songwriters from and with ties to the African continent. www.putumayo.com Lura (Cabo Verde/Portugal) "Dancar" Vincent Ahehehinnou (Benin) "Vevede" Black AD with Dr. Keb (Mali) "Dounia Kow" *********************** Frenchy & The Punk "Like In A Dream" - www.frenchyandthepunk.com Sirsy "She's Coming Apart" - Coming Into Frame www.sirsy.com Suzanne's Band "Hielo y Fuego" www.suzannesband.com Brainstory "Hanging On" - Sounds Good www.brainstorymusic.com Fem du Lit "Dead Mama" - www.femdulit.com Tuk Smith & The Restless Hearts "Glorybound" www.tuksmithandtherestlesshearts.com Kovak "Giving Up Love" - www.facebook.com/officialkovak The Lookout "I Know The Future" - www.facebook.com/thelookoutmtl --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/radiocblue/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/radiocblue/support
Pourquoi on veut toujours le dernier smartphone? Pourquoi on ne peut pas choisir ses cours à l'école? Le Point J vous propose une série d'épisodes réalisée en collaboration avec les élèves de la 11VG4 du collège de Grand-Champ à Gland, une quinzaine de jeunes entre 14 et 16 ans, en dernière année d'école obligatoire. Ce sont leurs voix que vous entendrez et c'est à leurs questions que nous répondrons avec des expert·e·s tout au long de la semaine. Journalistes: Julie Kummer et Juliane Roncoroni Réalisation: Antoine Weissenbach Les élèves de la classe 11VG4 d'Isabelle Dolivo: Luna, Appoline, ?Alexandre, Patricio, Bernardo, ?Esma, Soraia, Ola, Era, Selhiom, ?Loic, Valentino, Camille, Gabriela, Viola, Nayara. Nous écrire: pointj@rts.ch ou +41 79 134 34 70 (WhatsApp)
Nesta "Semana em África", falamos sobre o “momento histórico” na África do Sul, onde o partido ANC perdeu a maioria absoluta no Parlamento pela primeira vez em 30 anos. Sobre a Guiné-Bissau, abordamos os adiamentos do julgamento da alegada tentativa de golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2022 e as diferentes acusações da oposição ao Presidente da República. Em Moçambique, voltamos à detenção de uma activista que filmava em directo um protesto em Maputo. Na África do Sul, esta quinta-feira, o Presidente Cyril Ramaphosa afirmou que o seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), vai tentar formar um governo de unidade nacional, com vários partidos, depois de ter perdido a maioria absoluta no Parlamento. No poder há três décadas, o ANC conquistou 159 assentos de um total de 400, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta no Parlamento. Wilker Dias, coordenador da plataforma Decide, que observou o desenrolar das eleições, falou à RFI em “momento histórico”.Na Guiné-Bissau, o Tribunal Militar suspendeu, esta semana, duas vezes, o julgamento de 25 pessoas acusadas pelo Governo de tentativa de golpe de Estado em 1 de Fevereiro de 2022. Entre os detidos que devem ser julgados, está o ex-chefe da Armada guineense, vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto.Entretanto, o director do Hospital Militar Principal de Bissau, Ramalho Cunda, disse, na quarta-feira, que o capitão-de-fragata Papa Fanhé morreu devido a doença e negou que a morte tenha sido “por outras causas”. Papa Fanhé, de 37 anos, era um dos detidos desde Fevereiro de 2022, acusados de tentativa de golpe de Estado, e morreu na madrugada de 31 de Maio.O julgamento vai retomar na segunda-feira, de acordo com o advogado Victor Embana, que explicou aos jornalistas que o adiamento se ficou a dever a “questões prévias ainda por esclarecer”, nomeadamente a presença da imprensa e do público na sala do julgamento, à luz do Código de Processo Penal guineense. Alegando “ordens superiores”, os militares da Base Aérea de Bissalanca têm impedido o acesso de jornalistas à sala de julgamento. A defesa vai também exigir o cumprimento de despacho de um Juiz de Instrução Criminal que emitiu ordem de libertação para 17 dos acusados que ainda continuam presos.Ainda na Guiné-Bissau, o antigo primeiro-ministro Martinho Ndafa Cabi exortou o Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, a ordenar a reabertura do Parlamento, que dissolveu em Dezembro. O militante e antigo vice-presidente do PAIGC apresentou-se em conferência de imprensa em nome de uma organização que lidera “Patriotas para a Salvação da Constituição” e disse que voltou ao “combate político”, que tinha abandonado em 2012. Martinho Ndafa Cabi informou, ainda, ter movido uma queixa-crime no Ministério Público contra Umaro Sissoco Embaló por “atentado contra a Constituição da República, coerção contra os órgãos constitucionais e abuso de poder no exercício das suas funções”.Entretanto, o presidente do Parlamento guineense, Domingos Simões Pereira, manifestou há uma semana, em entrevista à agência Lusa, a sua disponibilidade para concorrer às próximas eleições presidenciais e exigiu que se respeitem os prazos constitucionais para a sua realização. O também líder do PAIGC lembrou que o mandato do actual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, termina em Fevereiro de 2025, pelo que sobram apenas oito meses para organizar a próxima eleição presidencial.Esta semana também ficou marcada por acontecimentos em torno do Partido da Renovação Social, PRS. Na segunda-feira, a polícia lançou granadas de gás lacrimogéneo nas imediações da residência do líder do PRS, Fernando Dias, para dispersar militantes que aí se encontravam concentrados, depois deste ter convocado uma reunião da Comissão Política. Na quarta-feira, o grupo dos chamados Inconformados retirou a confiança política a Fernando Dias.Em Moçambique, organizações da sociedade civil refutaram qualquer financiamento ao terrorismo na província de Cabo Delgado. Em causa, as notícias que anteciparam a publicação do relatório do Governo moçambicano sobre as Organizações Sem Fins Lucrativos. De acordo com a agência Lusa, o documento aponta “vulnerabilidades” entre estas e o financiamento ao terrorismo, mas conclui que não há “ligações”, nem evidências de práticas de fraude, corrupção ou crimes como o branqueamento de capitais”. As conclusões são do Relatório da Avaliação Nacional do Risco de Financiamento do Terrorismo de 2024, uma avaliação feita no âmbito do compromisso do Governo moçambicano enquanto membro da rede global do Grupo de Acção Financeira, que em Outubro de 2022 colocou Moçambique na "lista cinzenta" dos países “sob maior monitoria”.Esta quinta-feira, a Embaixada dos Estados Unidos em Moçambique defendeu uma investigação à detenção de uma activista e ao furto de uma câmara do canal privado STV na cobertura de um protesto em Maputo. Em comunicado, a Embaixada manifestou “profunda preocupação”. Em causa está um protesto iniciado em 28 de Maio, com centenas de antigos oficiais das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique a acamparem à porta das Nações Unidas para reclamar supostas compensações resultantes do Acordo Geral de Paz, que pôs fim à guerra civil no país. Na terça-feira, uma intervenção da polícia levou à fuga dos manifestantes e, durante a operação, uma activista do Centro para Democracia e Direitos Humanos foi detida quando transmitia em directo os acontecimentos.Ainda sobre Moçambique, mais de 2,5 toneladas de cocaína, heroína e canábis foram apreendidas no ano passado, crescendo face a 2022. Os dados são do relatório anual do Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga. Entretanto, o Serviço Nacional de Investigação Criminal anunciou que várias províncias moçambicanas estão a ser usadas como rota de tráfico de droga e confirmou detenção de 961 pessoas.Em Angola, a autoridade de inspecção económica angolana alertou, esta semana, que o mercado informal de metais e pedras preciosas em Angola apresenta “vulnerabilidades” ao branqueamento de capitais. As declarações foram feitas por Soraia de Sousa, inspectora da Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar.Esta sexta e sábado, a ilha do Sal, em Cabo Verde, é palco da Conferência da Década do Oceano, promovida pelo Presidente cabo-verdiano. Em debate estão estratégias de sustentabilidade e desenvolvimento económico dos oceanos. O evento junta participantes de todo o mundo e é apoiado pelas Nações Unidas, culminando com uma grande campanha de limpeza na zona piscatória de Palmeira, este sábado, Dia Mundial dos Oceanos.
In this engaging episode of Seeing Them Live, hosts Charles and Doug welcome ZouZou Mansour. Along with drummer Brianna Sig and bassist Travis Smith (both musical and visual artists in their own right), ZouZou is the dynamic lead singer and lyricist of Philadelphia's rock band Soraia. Among other artists, ZouZou has co-written songs with Steven Van Zandt and Jon Bon Jovi.Join Charles and Doug as we explore these and other topics with ZouZou:- What was ZouZou's first concert?- What artist influenced ZouZou to change the course of her career?- What happened when she and her band met Alice Cooper backstage at a Bruce Springsteen concert?- What is it like to work with Steven Van Zandt?- What is Soraia's methodology for naming their albums?- What influenced the naming of their “Bloom” album?- Why is ZouZou attracted to the horror genre?- Why does Soraia like to record cover songs?- What is the Soraia “Vault”?- Why does ZouZou love hot dogs?The discussion charts ZouZou's musical journey, beginning with her early concert experiences seeing Hall and Oates to a transformative Iggy Pop performance that reshaped her artistic approach. We delve into Soraia's unique blend of 90s influences and 60s garage rock, their evolution over three impactful albums produced under Little Steven Van Zandt's Wicked Cool Records, and the band's dedicated fan base. ZouZou shares insights into her songwriting process, the raw, uninhibited spirit of rock and roll, and her penchant for horror-themed music videos. Fans can also look forward to Soraia's re-release of 'Shed the Skin' on vinyl and upcoming shows. The light-hearted conversation wraps up with a fun note on ZouZou's love of hot dogs, and where fans can find Soraia's music and merchandise online.BANDS MENTIONED: Alice Cooper, Bee Gees, Billy Falcon, Brianna Sig, Bruce Springsteen, Clarence Clemons, Concrete Blonde, Daryl Hall, E Street Band, Elvis Presley, Hall and Oates, Iggy Pop, Joan Jett, Jon Bon Jovi, Nirvana, P. J. Harvey, The Pretenders, Prince, Soraia, Steven Van Zandt, Stooges, The Kills, Travis Smith, Tropical Fuckstorm, ZouZou Mansoor.VENUES MENTIONED: CBGB (New York), Le Poisson Rouge (New York), Liar's Club (Chicago), Spectrum (Philadelphia) PATREON:https://www.patreon.com/SeeingThemLivePlease help us defer the cost of producing this podcast by making a donation on Patreon.WEBSITE:https://seeingthemlive.com/Visit the Seeing Them Live website for bonus materials including the show blog, resource links for concert buffs, photos, materials related to our episodes, and our Ticket Stub Museum.INSTAGRAM:https://www.instagram.com/seeingthemlive/FACEBOOK:https://www.facebook.com/profile.php?id=61550090670708
Opening music: Fred Gillen Jr. "Land Of Hope" Match Against A New Moon www.fredgillenjr.com Matt Turk "Without Her" - Washington Arms www.turktunes.com Red Molly "Beaumont Rest Stop" - Love And Other Tragedies www.redmolly.com Frank Migliorelli & The Dirt Nappers "If There's Nothing Left" - City Eastern Serenade www.frankmigliorelli.com Davey O "Some Days" - Some Days www.daveyo.com **************** Rachael Sage "Flowers For Free" - Another Side www.rachaelsage.com Grace Morrison "Get Along" - Maybe Modern www.gracemorrison.com Kellie Loder "Can't Go Back" - Transitions www.kellieloder.com Jess Novak & Ben Wayne "Sink" - Sonrise www.jessrocknovak.com iskwe "Waiting For The Laughter" - nina iskwe.com Dave Curl "Lockdown" (featuring Madliv) - www.davecurl.com Jonathan Byrd & The Pickup Cowboys "When The Well Runs Dry" - s/t www.jonathanbyrd.com Elliott Murphy "Old-Timer" - www.elliottmurphy.com ************************ Ivytide "Doc Martens" - Portable Darkrooms www.ivytide.com Soraia "Union City Blue" www.soraia.com Mest "Barely Hanging On" - Youth mestmusic.com Thomas Nicholas Band "Just Leave It" - We're Gonna Be OK www.facebook.com/TINband Bad Mary "The Floor Is Lava" - Trash & Glamour www.badmaryband.com For Closure "Hazy Mourning" - Hazy Mourning https://www.facebook.com/ForClosureLA/ Royal Castles "Stage Fright" - Stage Fright www.royalcastlesband.com The Trews "Permission" - Wanderer www.thetrewsmusic.com --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/radiocblue/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/radiocblue/support
Dawn Fontaine shares her journey of finding healing and happiness through live music. She recounts attending her first concert at 16, seeing The Offspring, which left a lasting impact on her. Dawn explains how she started attending live shows every weekend, meeting new people, and maintaining a spreadsheet to track the bands and venues she visited. She also recounts meeting legendary musician Stephen Van Zandt at a concert and her collection of drumsticks from the bands she's seen.However, it was Soraia's performance in 2022 that truly changed Dawn's life. Following a dark period after the loss of her partner, Dawn reluctantly attended the concert, only to find solace and renewal in the music. Soraia's electrifying performance provided a sense of healing and hope, inspiring Dawn to reconnect with her passion for live music and embark on a journey of self-discovery and healing. Her story emphasizes the therapeutic and life-changing power of live music.PLEASE NOTE: This episode includes a frank discussion about depression and suicide. Listener discretion is advised. If you or someone you know is struggling or in crisis, help is available. Call or text 988 to reach the Suicide & Crisis Lifeline or chat 988lifeline.org.BANDS MENTIONED:Billy Idol, Bon Jovi, Cry Havoc, Dave Strong (referenced as a punk rocker from Portland, Maine), Green Day, Guns N' Roses, Hall and Oates, Jared Knapik, Joan Jett and the Blackhearts, Killer Queen (a Queen cover band), Kiss, Kurt Baker Band, Mitch Kramer, Nirvana, Peasant, Quiet Riot, Ryan Hamilton, Sheryl Crow, Soraia, Stephen Van Zandt, The Kurt Baker Band, The Last Survivors, The Offspring, The Pretenders, The Resistors, The Rolling Stones, The Sex Pistols, The Who, The WorstVENUES MENTIONED:Berlin Under A - A venue in New York City, where Soraia performed in November, attended by the speaker, where she also met Stephen Van Zandt.Cafe Nine - Located in New Haven, Connecticut, where Craig Sala's band, The Worst, performed along with a band called The Resistors and another called Mitch Kramer.Darryl's House - located in Pauling, New York, where Soraia performed in 2022.Dingbats - A small bar/venue in Clifton, New Jersey, where Soraia performed one of their shows.Liars Club - A venue in Chicago, Illinois.Mohegan Sun Arena - where Dawn saw Joan Jett open for The Who in Uncasville, Connecticut, in 2015.Orpheum Theater - where Dawn saw Billy Idol in Boston in 2015.Palace Theater - where Dawn saw Soraia perform in Albany, New York, after the pandemic in 2022.The Paramount Theater - Located on Long Island, New York, where Soraia performed, opening for a Queen cover band called Killer Queen.Worcester Auditorium - Dawn's first concert, where she saw The Offspring in 1995.Worcester Centrum Center (now called the DCU Center) - where Dawn saw Kiss in 1996. PATREON:https://www.patreon.com/SeeingThemLivePlease help us defer the cost of producing this podcast by making a donation on Patreon.WEBSITE:https://seeingthemlive.com/Visit the Seeing Them Live website for bonus materials including the show blog, resource links for concert buffs, photos, materials related to our episodes, and our Ticket Stub Museum.INSTAGRAM:https://www.instagram.com/seeingthemlive/FACEBOOK:https://www.facebook.com/profile.php?id=61550090670708
Sora, la nueva herramienta de inteligencia artificial de OpenAI, promete revolucionar la creación de contenido al generar videos a partir de texto. Aunque ofrece eficiencia y creatividad, también plantea desafíos para la autenticidad y la industria del video. Su impacto es doble: beneficia a los creadores al democratizar la producción, pero amenaza la originalidad y la integridad del contenido. La sociedad debe equilibrar las ventajas de Sora con las implicaciones éticas y profesionales que conlleva.APOYA a mi podcast: https://www.spreaker.com/podcast/geeks-y-gadgets-con-luisgyg--909634/support.
Our dear friend, Brianna Sig, returns to the podcast to talk about a film that Rick feels could heal America. That film is Cocaine Bear! We discuss our initial reaction to hearing about the movie, the comedy, the gore & the performances. Rick shares a story about being on a set with Ray Liotta. Brianna talks about seeing it with her Soraia bandmates & wanting to take blow sniffing bear cubs home. We also get into the importance of bringing whacky shit to the people in our lives, Rick's impression of Tom Waits, Brianna's artwork & the fictional monster band that she's created, The Death Byrds & more! Please subscribe & give us that 5 star boop!
Neste episódio, os professores Renato e Cristiane Cardoso compartilharam o trecho recente de uma das palestras da Terapia do Amor em que eles abordaram que a maioria dos casais passa a maior parte do tempo mudar o parceiro. Contudo, isso é irracional, pois ninguém muda ninguém. Na oportunidade, eles falaram amplamente em que hipótese isso pode acontecer. (Confira na íntegra pelo Univer Vídeo). Quer recomeçar Ademais, Soraia, de 44 anos de idade, disse que está casada há 19 anos e tem três filhos. A aluna comentou que o casal nunca teve o melhor dos relacionamentos, pois ele bebia e no início saia todas as noites. Inclusive, se envolvia com prostitutas. Soraia compartilhou que o perdoou pensando em manter a família, mas não deu certo. A aluna disse que ele continuou errando e a traia virtualmente. Ela não aguenta mais essa situação e perguntou aos professores como recomeçar a vida. Fora isso, ela compartilhou que se sente a mulher mais feia. Bem-vindos à Escola do Amor Responde, confrontando os mitos e a desinformação nos relacionamentos. Onde casais e solteiros aprendem o Amor Inteligente. Renato e Cristiane Cardoso, apresentadores da Escola do Amor, na Record TV, e autores de Casamento Blindado e Namoro Blindado, tiram dúvidas e respondem perguntas dos alunos. Participe pelo site EscoladoAmorResponde.com Ouça todos os podcasts no iTunes: rna.to/EdARiTunes --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/edar/message
We've brought another episode out of our Spooky Doings archieves! Chelsea & Rick chat with the singer of Soraia in Spooky Doings studios. ZouZou enlightens us on her rock journey & how our biggest obstacle can be ourselves. We discuss the creative process, Steve Van Zandt, Joan Jett, Iggy Pop, Dead Reckoning Club, performing, vinly & try to tempt ZouZou to come back for a tutorial episode. This could've gone on for 2 more hours, it was so fucking fun!
Em 2009 a Soraia Barão foi para a Bélgica, com o objectivo de desenvolver o inglês, e não "mais voltou". Movida pela ciência, em 2016 mudou-se para os EUA . Portugal sempre fez e continua a fazer parte da equação.
Em 2009 a Soraia Barão foi para a Bélgica, com o objectivo de desenvolver o inglês, e não "mais voltou". Movida pela ciência, em 2016 mudou-se para os EUA . Portugal sempre fez e continua a fazer parte da equação.
Hi everyone, welcome to Drum Channel. I'm Billy Amendola, and joining me at the DC east-coast studio is Brianna Sig of the Philadelphia-based rock band Soraia. Brianna and the band were in town for a promo tour to support their new single “Bloom,” and Brianna graciously stopped in before soundcheck to chat about being a band member, her early years, and more.
Joy Buzzer "Judy Judy Judy" www.joybuzzerband.com Panic Pocket "Mad Half Hour" https://www.facebook.com/panicpocket/ Adam's Parade "Politeness" - https://www.facebook.com/adamsparadeofficial/ Frenchy & The Punk "Gear Geist" - Zen Ghost www.frenchyandthepunk.com Max Forleo "The Black Curtain" - Dreams & Decadence www.maxforleo.com Soraia "Strutter" - Bloom www.soraia.com Plastic Rhino "Empath" - Terminus www.plasticrhinoband.com Jughead's Revenge "Bridges" https://www.facebook.com/profile.php?id=100063518625078 *********************** ALBUM FOCUS: A reoccurring series focusing on new and outstanding concept, compilation and tribute albums. Putumayo Presents African Yoga: A Peaceful Soundtrack For Yoga and Relaxation http://www.putumayo.com In tandem with the beginning of Putumayo's 30th anniversary year, the world music label presents this collection, which draws from the rich musical tapestry of the vast and diverse African continent. Henri Dikongué “C'est Le Vie" Idan Raichel w/ Vieux Farka Touré "Mon Amour" Suntou Susso "Ekanasong" ***************** Rifters "The Greatest Mystery" - The Enchanted World www.rifters.net Keith Greeninger "Human Citizen" - Human Citizen www.keithgreeninger.com Chairmaine Wohlmann "How Long Can This Go On For" - https://www.facebook.com/cwohlmann Abigail Rose Clark "Just A Story From America" (Elliott Murphy cover) www.abigailroseclark.com Abigail Dowd "One Moment At A Time" - Beautiful Day www.abigaildowd.com Katie Knipp "Another Round" - Live From The Green Room Social Club www.katieknipp.com ******************** Mean Mary "Cranberry Gown" - Portrait Of A Woman Pt. 1 www.meanmary.com Joy Zimmerman "Mosaic" - The Canvas Before Us www.joyzimmermanmusic.com Alex Roberts & Graeme Ross "The Susse Wield" - Meridians & Superpowers www.alexrobertsmusic.com Claudia Schmidt "Blessing" - Reimagining www.claudiaschmidt.com Marian Mastrorilli "Cardinal In The Snow" www.marianmastrorilli.com Closing music: MFSB "My Mood" - Universal Love Running time: 3 hours, 50 minutes --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/radiocblue/message Support this podcast: https://podcasters.spotify.com/pod/show/radiocblue/support
En este episodio de Rockstars del Dinero hablamos con Soraia Kutby, quien además de ser una gran amiga es conferencista, advisor y una coach experta en Liderazgo Consciente que se ha destacado por conseguir el puesto de Senior Executive en diversas empresas además de ser experta en la Neurociencia y el Neuromarketing. Hablamos sobre cómo es que apesar de que alguien pueda tener un status de exitosa en la vida y en el trabajo, siempre puede existir este sentimiento de que algo nos esta bien debido al estrés de nuestra vida y como es que nuestro cuerpo nos empieza a dar señales de alerta. Finalmente hablamos de la teoría de la Jornada del Héroe de Joseph Campbell que puede ser analizada dentro de la vida de cualquier ser humano y como puede inspirar a un gran cambio. Además hablamos de qué es la meditación, en que nos puede ayudar en la vida diaria y ¿Cómo podemos empezar a hacer a la meditación como algo rutinario dentro de nuestro día a día. No pierdas tu tiempo, inviértelo en esta gran conversación con Soraia Kutby, . Suscríbete al newsletter:https://javiermtzmorodo.substack.com/ Sigue @sonoropodcast en todas las redes sociales. Descubre los beneficios de Jeeves aquí:https://www.tryjeeves.com/?ref=ROCKSTARS#Signup
Join us for an episode of spectacular rock as we bring you music and an interview with Jalena from Bright-Eyed & Blind! Jalena's vocals are akin to Pat Benetar and Joan Jett! Our dude of all things awesome Madcat has the new single “Goodbye For Now” from our Reverbnation selectee A Little Overboard, Bo Sommer is talking organic growth through gigs, Donna Gallucci has the brand new single “Not Like You” from one of our favorite past guest's Nikol, and we are talking the new meaning of Loofas in this week's thatch tag #soapitup All this and more from Soraia and Once Around! #catchingrisingstars #thebalconyshowrocks Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
ZouZou Mansour returns to the podcast because she wanted to talk about Smile. Rick & Chelsea weren't gonna say "no" because it's always a pleasure chatting with the singer of Soraia. SPOILER ALERT!!! We talk about everything in the film! We discuss Sosie Bacon, Kyle Garner, recognizing Robin Weigert as Calamity Jane from Deadwood, jump scares, predicting the fate of a cat & more! We also discuss anxiety, theater audiences that won't shut their fucking mouths, generational trauma, ZouZou seeing the movie while on tour with the band, their new album Bloom, recording in Sweden, their upcoming tour & finding those dates at https://www.soraia.com/ Please subscribe, review & give us that 5 star boop!!
Der zweite Teil von Musikradio360s Jahres-Bestenliste: Die Top 7 Songs, die nicht von den besten Alben 2022 stammen. Auch hier wurden wieder Schweiß, Blut und Tränen vergossen, bis es zu diesem Endergebnis kam ...
The Mighty Manfred's guest this week is Travis Smith of Soraia! "Secret Medicine" is the Coolest Song in the World this week. Join the Mighty Manfred and Travis Smith for this week's Coolest Conversation, presented by Hard Rock.
It's a burst of Bent News this week! Dig in and get word on...-The Rolling Stones album!-James Hetfield's Halloween #ST4 Eddie Munson tribute!-Dolly Parton's Rock album invites include Page & Plant!-Type O Negative's new CBD products!-A Fripp & Toyah update!-RIPs, Fall releases & more1We have fantastic sponsors of our podcast, please visit their web sites, and support those who make the show go:Boldfoot Socks https://boldfoot.comCrooked Eye Brewery https://crookedeyebrewery.com/Don't forget that you can find all of our episodes, on-demand, for free right here on our web site: https://imbalancedhistory.com/
Philadelphia Rockers SORAIA lead singer ZouZou joins STRIKE A CHORD to celebrate their new album Bloom (2022) in both digital streaming and collector's vinyl edition. Bloom was released on Friday October 28th, 2022 and featured LIVE on our show. The last album SORAIA produced was in 2019. This new release explodes from the pressure building up from the last 3 years of not screaming on stage! Lead singer ZouZou recalls the hurdles of getting this record to the studio—but it was worth it. This LP is powerful and passionate—"It's the beginning of another great cycle of our career. We're very excited. We've waited a long time for this one in particular.” AND Steven Van Zandt under Wicked Cool Records is IN on this band! What's the success of your magic? The band's latest single “Tight Lipped” is blowing up the charts! “I think you just persevere in anything you do… if you really want it… you don't stop.” “I Seek Fire” OR should we all take the slow road to love? This track makes you think twice about dating apps. Falling in love is all about chemistry. Taking a shared risk in love is not easy. It should happen organically—BUT can we fight our biology? The pheromones are strong with this album! Support and listen: https://www.soraia.com
In this episode of The Balcony Show, we feature music and an interview with rock royalty Joel Hoekstra and his latest album “Running Games”! Our dude of all things awesome Madcat has the single “One Day Late, One Dollar Shy from Crow Jayne, Donna Gallucci has the new single “Hypnotize Yourself” from The Dead Daisies and Bo Sommer is talking cool happenings in Ireland on this week's Indie Radar. All this and more! Other music from Soraia and Roi and the Secret People #catchingrisingstars #thebalconyshowrocks #joelhoekstra #wellbelisteningwillyou Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
Lots to get to on this episode of Talkin' Rock. Chuck Billy of Testament is up first, as they kick off another leg of their Bay Area Strikes Back tour with Death Angel and Exodus. We talk about the pandemic, the return of Dave Lombardo, Metal Allegiance, Peloton, his house flipping and LOTS more. Then, it's ZouZou Mansour from Soraia. Their new album drops in October, and they've been sprinkling songs here and there, with the latest called "I Seek Fire". We talk about the album, the songs on it, and the help Steven Van Zandt gave them. We discuss horror movies, touring and much, much more. Enjoy! -Meltdown- https://www.testamentlegions.com/site/ https://www.soraia.com/ https://wrif.com/podcasts/talkin-rock-with-meltdown/
On this week's episode of Rogue One Radio, they were joined by author Stephen Kent to talk about the politics of Rogue One. They also talked about Steve's recent trip to Chicago for AEW All Out, Stephen's book How the Force Can Fix the World, and played tunes from The Young Hasselhoff's Omni of Halos, and Soraia. Show Links: How the Force Can Fix the World by Stephen Kent This is the Way Substack Newsletter Omni of Halos Soraia This Week's Recommendations: Go Thrifting The Patient TV show The Myth Busters TV show Chicago River Boat Architecture Tours Rogue One Radio is part of the Red 5 Network of podcasts. Check out more podcasts at https://bio.link/red5 Send us feedback, comments and questions at rogueoneradiopod@gmail.com or leave us a voicemail at 405-595-0108! Check out all of our social media links at https://bio.link/rogueoneradio Support the show at Patreon --- Support this podcast: https://anchor.fm/rogueoneradio/support
In this episode Soraia S joins me to share her addiction and recovery journey. She's now embracing a life that centers around self-awareness, self-care, and sharing her gifts with the world to inspire more women and mothers to heal. Get in touch with her on facebook or instagram to learn more about empowered feminine leadership, share in her journey, or to send her a note of thanks for sharing her experience strength and hope with all of us. If you are looking for that awesome entrepreneur community where I keep meeting these amazing women in recovery who are boldly going after their dreams here is a link to the group.
Matt and Jay discuss the idea of the "MSheU" and the diversity of the MCU. We then talk about the first episode of She-Hullk: Attorney At Law. We round out the episode talking about movies we've watched, including the Gray Man, Day Shift, and Licorice Pizza. The music was from Soraia; we used their track "I Seek Fire". You can find them at: Website | Facebook | Instagram | Twitter Check us out at our website and on social media.
Meet ZouZou, front woman of the powerhouse that is Soraia- gritty, raw, passionate and heartfelt. We sat down to talk about the band's new single "I Seek Fire" (out today!), their upcoming album Bloom and much much more! Show Notes and Images: https://shewillrockyou.com/2022/08/19/meet-the-artist-zouzou-mansour-soraia/ Visit Our Website: https://www.shewillrockyou.com Follow us on TikTok: https://www.tiktok.com/@shewillrockyoupodcast Follow us on Instagram: https://www.instagram.com/shewillrockyoupodcast Shop Our Merchandise: https://she-will-rock-you.creator-spring.com/ About the Show: The goal of She Will Rock You has always been to educate our listeners. Whether that is about a classic rock artist or a new and emerging artist. We want to help promote new rock artists, especially those who are women or minorities. Rock and roll is not dead, and we aim to do everything that we can to spread the love. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/she-will-rock-you/message Support this podcast: https://anchor.fm/she-will-rock-you/support
The Mighty Manfred's guest this week is ZouZou Mansour, lead singer of Soraia. "The Hammer and the Anvil" is our Coolest Song in the World this week. Join the Mighty Manfred and ZouZou for this week's Coolest Conversation, presented by Hard Rock
#Soraia singer #ZouZouMansour talks about the band's new single #Firebrand, their new album coming in October, her love for the legendary #JoanJett and more. SHOW CREDITS: #ZouZouMansour. Dave Kinchen (host). Brother Shane McEachern (co-host, segment producer). #Soraia audio permissions granted by Wicked Cool Records. Intro made in part w/ Drum Pad Machine (DPM). Instagram: @RockNationsDK Twitter: @RockNationsDK. Facebook: @RockofNationsDK. www.rockofnationswithdavekinchen.com