POPULARITY
Categories
We Are All About Craft Beer, Fine Spirits, and Hand-Rolled Cigars! Special Guest: Houston TV and Radio Personality Grego Beer Tasting: Mikerphone Brewing Company "Land Of Transfusion" Fruited Sour Ale (Elk Grove, IL) Beer Tasting: 512 Brewing Company "Smash Sabro" Pale Ale (Austin, TX) Beer Tasting: WaFremont Brewing Limited Release "2020 Dark Star" Imperial Oatmeal Stout (Seattle, WA) Spirit Tasting: Cragganmore Distillers Edition Single Malt Scotch
Você já parou pra pensar quem traduz os livros que você lê e como esse trabalho molda a forma como entende o mundo? Neste episódio, Lívia Mendes e Lidia Torres irão nos conduzir em uma viagem no tempo para entendermos como os textos gregos e latinos chegam até nós. Vamos descobrir por que traduzir é sempre também interpretar, criar e disputar sentidos. Conversamos com Andrea Kouklanakis, professora permanente na Hunter College, Nova York, EUA, e Guilherme Gontijo Flores, professor da Universidade Federal do Paraná. Eles compartilharam suas trajetórias no estudo de línguas antigas, seus desafios e descobertas com o mundo da tradução e as questões políticas, históricas e estéticas que a prática e as teorias da tradução abarcam. Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. O roteiro foi escrito por Lívia Mendes e a revisão é de Lidia Torres e Mayra Trinca. A edição é de Daniel Rangel. Se você gosta de literatura, história, tradução ou quer entender novas formas de aproximar o passado do presente, esse episódio é pra você. __________________________________________________________________ ROTEIRO [música, bg] Lívia: Quem traduziu o livro que você está lendo? Lívia: E se você tivesse que aprender todas as línguas dos clássicos que deseja ler? Aqueles livros escritos em russo, alemão ou qualquer outra língua diferente da sua? Lívia: E aqueles livros das literaturas que foram escritas em línguas que chamamos antigas, como o latim e o grego? Lidia: A verdade é que, na maioria das vezes, a gente não pensa muito sobre essas questões. Mas, no Brasil, boa parte dos livros que lemos, tanto literários quanto teóricos, não chegaria até a gente se não fossem os tradutores. Lidia: Essas obras, que fazem parte de todo um legado social, filosófico e cultural da nossa sociedade, só chegaram até nós por causa do trabalho cuidadoso de pesquisadores e tradutores dessas línguas, que estão tão distantes, mas ao mesmo tempo, tão próximas de nós. [música de transição] Lívia: Eu sou a Lívia Mendes. Lidia: E eu sou a Lidia Torres. Lívia: Você já conhece a gente aqui do Oxigênio e no episódio de hoje vamos explorar como traduzimos, interpretamos e recebemos textos da Antiguidade greco-romana. Lidia: E, também vamos pensar por que essas obras ainda hoje mobilizam debates políticos, culturais e estéticos. Lívia: Vem com a gente explorar o mundo da antiguidade greco-romana que segue tão presente na atualidade, especialmente por meio da tradução dos seus textos. [vinheta O2] Andrea [1:05-2:12]: Então, meu nome é Andrea Kouklanakis e, eu sou brasileira, nasci no Brasil e morei lá até 21 anos quando eu emigrei para cá. Lívia: O “cá” da Andrea é nos Estados Unidos, país que ela se mudou ainda em 1980, então faz um tempo que ela mora fora do Brasil. Mas mesmo antes de se mudar, ela já tinha uma experiência com o inglês. Andrea Kouklanakis: Quando eu vim pra cá, eu não tinha terminado faculdade ainda, eu tinha feito um ano e meio, quase dois anos na PUC de São Paulo. Ah, e mas chegou uma hora que não deu mais para arcar com a responsabilidade financeira de matrícula da PUC, de mensalidades, então eu passei um tempo trabalhando só, dei aulas de inglês numa dessas escolas assim de business, inglês pra business people e que foi até legal, porque eu era novinha, acho que eu tinha 18, 19 anos e é interessante que todo mundo era mais velho que eu, né? Os homens de negócios, as mulheres de negócio lá, mas foi uma experiência legal e que também, apesar de eu não poder estar na faculdade daquela época, é uma experiência que condiz muito com o meu trabalho com línguas desde pequena. Lívia: Essa que você ouviu é a nossa primeira entrevistada no episódio de hoje, a professora Andrea Kouklanakis. Como ela falou ali na apresentação, ela se mudou ainda jovem pros Estados Unidos. Lidia: E, como faz muito tempo que ela se comunica somente em inglês, em alguns momentos ela acaba esquecendo as palavras em português e substitui por uma palavra do inglês. Então, a conversa com a Andrea já é um início pra nossa experimentação linguística neste episódio. Andrea Kouklanakis: Eu sou professora associada da Hunter College, que faz parte da cidade universitária de Nova York, City University of New York. E eles têm vários campus e a minha home college é aqui na Hunter College, em Manhattan. Eh, eu sou agora professora permanente aqui. Lívia: A professora Andrea, que conversou com a gente por vídeo chamada lá de Nova Iorque, contou que já era interessada por línguas desde pequena. A mãe dela trabalhava na casa de uma professora de línguas, com quem ela fez as primeiras aulas. E ela aprendeu também algumas palavras da língua materna do seu pai, que é grego e mais tarde, estudou francês e russo na escola. Lidia: Mas, além de todas essas línguas, hoje ela trabalha com Latim e Grego.Como será que essas línguas antigas entraram na vida da Andrea? Andrea Kouklanakis: Então, quando eu comecei aqui na Hunter College, eu comecei a fazer latim porque, bom, quando você tem uma língua natal sua, você é isenta do requerimento de línguas, que todo mundo tem que ter um requerimento de língua estrangeira na faculdade aqui. Então, quando eu comecei aqui, eu fiquei sabendo, que eu não precisava da língua, porque eu tinha o português. Mas, eu falei: “É, mas eu peguei pensando a língua é o que eu quero, né?” Então, foi super assim por acaso, que eu tava olhando no catálogo de cursos oferecidos. Aí eu pensei: “Ah, Latim, OK. Why not?. Por que não, né? Uma língua antiga, OK. Lívia: A professora Andrea, relembrando essa escolha por cursar as disciplinas de Latim, quando chegou na Hunter College, percebeu que ela gostou bastante das aulas por um motivo afetivo e familiar com a maneira com que ela tinha aprendido a língua portuguesa aqui no Brasil, que era diferente da forma como seus colegas estadunidenses tinham aprendido o inglês, sem muita conexão com a gramática. Lidia: Ela gostava de estudar sintaxe, orações subordinadas e todas essas regras gramaticais, que são muito importantes pra quem quer estudar uma língua antiga e mais pra frente a gente vai entender bem o porquê. [som de ícone] Lívia: sintaxe, é a parte da gramática que estuda como as palavras se organizam dentro das frases pra formar sentidos. Ela explica quem é o sujeito, o que é o verbo, quais termos completam ou modificam outros, e assim por diante. [som de ícone]: Lívia: Oração subordinada é uma frase que depende de outra para ter sentido completo. Ela não “anda sozinha”: precisa da oração principal pra formar o significado total. [música de transição] Lidia: E, agora, você deve estar se perguntando, será que todo mundo que resolve estudar língua antiga faz escolhas parecidas com a da professora Andrea? Lidia: É isso que a gente perguntou pro nosso próximo entrevistado. Guilherme Gontijo: Eu sou atualmente professor de latim na UFPR, no Paraná, moro em Curitiba. Mas, eu fiz a minha graduação em letras português na UFES, na Federal do Espírito Santo. E lá quando eu tive que fazer as disciplinas obrigatórias de latim, eu tinha que escolher uma língua complementar, eu lembro que eu peguei italiano porque eu estudava francês fora da universidade e eu tinha que estudar o latim obrigatório. Estudei latim com Raimundo Carvalho. Lívia: Bom, parece que o Guilherme teve uma trajetória parecida com a da Andrea e gostar de estudar línguas é uma das premissas pra se tornar um estudioso de latim e de grego. Lidia: O professor Raimundo de Carvalho, que o Guilherme citou, foi professor de Latim da Federal do Espírito Santo. Desde a década de 80 ele escreve poesias e é um importante estudioso da língua latina. Ele quem traduziu a obra Bucólicas, do Vírgílio, um importante poeta romano, o autor da Eneida, que talvez você já deva ter ouvido falar. O professor Raimundo se aposentou recentemente, mas segue trabalhando na tradução de Metamorfoses, de outro poeta romano, o Ovídio. Lívia: O Guilherme contou o privilégio que foi ter tido a oportunidade de ser orientado de perto pelo professor Raimundo. Guilherme Gontijo: Eu lembro que eu era um aluno bastante correto, assim, eu achava muito interessante aprender latim, mas eu estudei latim pensando que ele teria algum uso linguístico pras pessoas que estudam literatura brasileira. E quando ele levou Catulo pra traduzir, eu lembro de ficar enlouquecido, assim, foi incrível e foi a primeira vez na minha vida que eu percebi que eu poderia traduzir um texto de poema como um poema. E isso foi insistivo pra mim, eu não tinha lido teoria nenhuma sobre tradução. Lívia: Um episódio sobre literatura antiga traz esses nomes diferentes, e a gente vai comentando e explicando. O Catulo, que o Guilherme citou, foi um poeta romano do século I a.C.. Ele é conhecido por escrever odes, que são poemas líricos que expressam admiração, elogio ou reflexão sobre alguém, algo ou uma ideia. A obra do Catulo é marcada pelos poemas que ele dedicou a Lésbia, figura central de muitos dos seus versos. Guilherme Gontijo: Eu fiz as duas disciplinas obrigatórias de latim, que é toda a minha formação oficial de latim, acaba aí. E passei a frequentar a casa do Raimundo Carvalho semanalmente, às vezes duas vezes por semana, passava a tarde inteira tendo aula de latim com ele, lendo poetas romanos ou prosa romana e estudava em casa e ele tirava minhas dúvidas. Então, graças à generosidade do Raimundo, eu me tornei latinista e eu não tinha ideia que eu, ainda por cima, teria ali um mestre, porque ele é poeta, é tradutor de poesia. Lidia: Essa conexão com a língua latina fez o Guilherme nunca mais abandonar a tradução. Ele disse que era uma forma natural de conseguir conciliar o seu interesse intelectual acadêmico e o lado criativo, já que desde o início da graduação ele já era um aspirante a poeta. Lívia: É importante a gente lembrar que o Guilherme tem uma vasta carreira como autor, poeta e tradutor e já vamos aproveitar pra deixar algumas dicas dos livros autorais e dos autores que ele traduziu. Lívia: Guilherme é autor dos poemas de carvão :: capim (2018), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Arcano 13 em parceria com Marcelo Ariel. Ele também escreveu o romance História de Joia (2019) e os livros de ensaios Algo infiel: corpo performance tradução (2017) em parceria com Rodrigo Gonçalves e A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (2018). Se aventurou pelo infanto-juvenil com os livros A Mancha (2020) e o Coestelário (2021), ambos em parceria com Daniel Kondo. E traduziu autores como Safo, Propércio, Catulo, Horácio, Rabelais e Whitman. Lidia: Os poetas Rabelais e Whitman são autores modernos, viveram nos séculos XVI e XIX, já os outros poetas são da antiguidade romana, aquele período aproximadamente entre o século IV a.C. e o século V d.C. Lívia: Então, o Guilherme traduz tanto textos de línguas modernas quanto de línguas antigas. E, a gente perguntou pra ele se existe alguma diferença no trabalho do tradutor quando vai traduzir um texto de uma língua moderna, que está mais próxima de nós no tempo, e quando vai traduzir do latim ou do grego, que são línguas mais distantes temporalmente. Lívia: O Guilherme falou que quando ele vai traduzir de uma língua moderna pra outra língua moderna existem duas possibilidades: traduzir diacronicamente, que é quando o tradutor escreve o texto na língua produzida como se fosse da época mesmo que ele foi escrito. E a outra possibilidade é traduzir deslocando o autor temporalmente, e fazendo a linguagem do texto conversar com a linguagem contemporânea. Lidia: Pode parecer um pouco confuso de início, mas ouve só o exemplo do Guilherme da experiência de tradução que ele teve com o Rimbaud, que é um autor francês. Guilherme Gontijo: Por exemplo, fui traduzir Rimbaud, o Rimbaud do século XIX. Quando eu vou traduzir, eu posso tentar traduzir pensando diacronicamente e aí eu vou tentar traduzir o Rimbaud pra ele parecer um poeta do século XIX em português. E aí eu vou dar essa sensação de espaço temporal pro leitor contemporâneo agora. É, o Guilherme de Almeida fez um experimento genial assim, traduzindo o poeta francês François Villon para uma espécie de pastiche de galego-português, botando a linha temporal de modo que é isso, Villon é difícil para um francês ler hoje, que a língua francesa já sofreu tanta alteração que muitas vezes eles leem numa espécie de edição bilíngue, francês antigo, francês moderno. A gente também tem um pouco essa dificuldade com o galego-português, que é a língua literária da Península ali pra gente, né? Ah, então essa é uma abordagem. Outra abordagem, eu acho que a gente faz com muito menos frequência, é tentar deslocar a relação da temporalidade, ou seja, traduzir Rimbaud, não para produzir um equivalente do Rimbaud, século XIX no Brasil, mas pra talvez criar o efeito que ele poderia criar nos seus contemporâneos imediatos. Lívia: Ou seja, a ideia aqui seria escrever um texto da maneira como se escreve hoje em dia, meio que transpondo a história no tempo. Lidia: Pra quem não conhece, fica aqui mais uma dica de leitura: o poeta francês Arthur Rimbaud, que o Guilherme citou, viveu entre 1854 e 1891 e escreveu quase toda sua obra ainda adolescente. Ele renovou a poesia moderna com imagens ousadas, experimentação formal e uma vida marcada pela rebeldia. Abandonou a literatura muito jovem e passou o resto da vida viajando e trabalhando na África. Lívia: Mas, e pra traduzir da língua antiga, será que esse dois caminhos também são possíveis? Guilherme Gontijo: Quando eu vou traduzir do latim, por exemplo, eu não tenho esse equivalente. Não existe o português equivalente de Propércio. O português equivalente de Propércio como língua literária é o próprio latim. Lívia: Ou seja, o que o Guilherme quis dizer é que não existe uma possibilidade de traduzir um texto latino como ele soava na antiguidade, porque o latim é a língua que originou as línguas modernas latinas, e a língua portuguesa é uma delas, junto com o espanhol, o francês e o italiano. Lidia: Mas, o que pode acontecer é uma classicização dos textos antigos e o Guilherme enfatizou que acontece muito nas traduções que a gente tem disponível do latim pro português. A classicização, nesses casos, é traduzir os textos da antiguidade com o português do século XVIII ou XIX, transformando esses textos em clássicos também pra nós. Guilherme Gontijo:Curiosamente, a gente, quando estuda os clássicos, a gente sempre fala: “Não, mas isso é moderno demais. Será que ele falaria assim?” Acho curioso, quando, na verdade, a gente vendo que os clássicos tão falando sobre literatura, eles parecem não ter esses pudores. Aliás, eles são bem menos arqueológicos ou museológicos do que nós. Eles derrubavam um templo e botavam outro templo em cima sem pensar duas vezes enquanto nós temos muito mais pudores. Então, a minha abordagem atual de traduzir os clássicos é muito tentar usar as possibilidades do português brasileiro, isso é muito marcado pra mim, uma das variedades do português brasileiro, que é a minha, né? De modo ativo. Lívia: Só pra dar um exemplo do que faz a língua soar clássica, seria o uso do pronome “tu” ao invés de “você”, ou, os pronomes oblíquos como “eu te disse” ou “eu te amo”, porque ninguém fala “eu lhe amo” no dia a dia. Lidia: E esse é justamente o ponto quando a gente fala de tradução do texto antigo. Eles não vão ter um equivalente, e a gente não tem como traduzir por algo da mesma época. Guilherme Gontijo: Então, a gente precisa fazer um exercício especulativo, experimental, pra imaginar os possíveis efeitos daqueles textos no seu mundo de partida, né? A gente nunca vai saber o sabor exato de um texto grego ou romano, porque por mais que a gente tenha dicionário e gramática, a gente não tem o afeto, aquele afeto minucioso da língua que a gente tem na nossa. Lívia: Essas questões de escolhas de tradução, que podem aproximar ou afastar a língua da qual vai se traduzir pra língua que será traduzida se aproximam das questões sociais e políticas que são intrínsecas à linguagem. [música de transição] Lidia: Assim como qualquer outro texto, os escritos em latim ou grego nunca serão neutros. Mesmo fazendo parte de um mundo tão distante da gente, eles reproduzem projetos políticos e identitários tanto da antiguidade quanto dos atuais. Andrea Kouklanakis: Eu acho que esse aspecto político e histórico dos estudos clássicos é interessante porque é uma coisa quando você tá fazendo faculdade, quando eu fiz pelo menos, a gente não tinha muita ideia, né? Você tava completamente sempre perdida no nível microscópico da gramática, né? De tentar a tradução, essas coisas, você tá só, completamente submersa nos seus livros, no seu trabalho de aula em aula, tentando sobreviver ao Cícero. Lívia: Como a Andrea explicou, os estudos que chamamos de filológicos, soam como uma ciência objetiva. Eles tentam achar a gênese de um texto correto, como uma origem e acabam transformando os estudos clássicos em um modelo de programa de império ou de colonização. Andrea Kouklanakis: Então, por exemplo, agora quando eu dou aula sobre o legado dos estudos clássicos na América Latina Agora eu sei disso, então com os meus alunos a gente lê vários textos primários, né, e secundários, que envolvem discurso de construção de nação, de construção de império, de construção do outro, que são tecidos com os discursos clássicos, né, que é essa constante volta a Atenas, a Roma, é, o prestígio dos estudos clássicos, né? Então, a minha pesquisa se desenvolveu nesse sentido de como que esses latino afro brasileiros, esses escritores de várias áreas, como que eles lidaram na evolução intelectual deles, na história intelectual deles, como que eles lidaram com um ramo de conhecimento que é o centro do prestígio. Eles mesmo incorporando a falta de prestígio completa. O próprio corpo deles significa ausência total de prestígio e como que eles então interagem com uma área que é o centro do prestígio, sabe? Lidia: Então, como você percebeu, a Andrea investiga como os escritores afro-latino-americanos negociaram essa tradição clássica, símbolo máximo de prestígio, com suas histórias incorporadas a um lugar sem prestígio, marcadas em seus corpos pelo tom de pele. Lívia: Esse exercício que a professora Andrea tem feito com seus alunos na Hunter College tem sido uma prática cada vez mais presente nos Estudos Clássicos da América Latina e aqui no Brasil. É um exercício de colocar um olhar crítico pro mundo antigo e não apenas como uma forma de simplesmente celebrar uma antiguidade hierarquicamente superior a nós e a nossa história. Lidia: Nesse ponto, é importante a gente pontuar que a professora Andrea fala de um lugar muito particular, porque ela é uma mulher negra, brasileira, atuando em uma universidade nos Estados Unidos e em uma área de estudos historicamente tradicional. Lívia: Ela relatou pra gente um pouco da sua experiência como uma das primeiras mulheres negras a se doutorar em Estudos Clássicos em Harvard. Andrea Kouklanakis: Eu também não queria deixar de dizer que, politicamente, o meu entendimento como classista foi mais ou menos imposto de fora pra mim, sobre mim como uma mulher de cor nos estudos clássicos, porque eu estava exatamente na década de final de 90, meio final de 90, quando eu comecei a fazer os estudos clássicos na Harvard e foi coincidentemente ali quando também saiu, acho que o segundo ou terceiro volume do Black Athena, do Bernal. E, infelizmente, então, coincidiu com eu estar lá, né? Fazendo o meu doutorado nessa época. E na época existiam esses chat rooms, você podia entrar no computador e é uma coisa estranha, as pessoas interagiam ali, né? O nível de antipatia e posso até dizer ódio mesmo que muitas pessoas expressavam pela ideia de que poderia existir uma conexão entre a Grécia e a África, sabe? A mera ideia. Era uma coisa tão forte sabe, eu não tinha a experiência ou a preparação psicológica de receber esse tipo de resposta que era com tantos ânimos, sabe? Lidia: Com esse relato, a professora Andrea revelou pra gente como o preconceito com a população negra é tão explícita nos Estados Unidos e como ela, mesmo tendo passado a infância e a adolescência no Brasil, sentiu mais os impactos disso por lá. Lívia: Mas, fora o preconceito racial, historicamente construído pelas nossas raízes de colonização e escravização da população negra, como estudiosa de Estudos Clássicos, foi nessa época que a Andrea percebeu que existia esse tipo de discussão e que ainda não estava sendo apresentada pra ela na faculdade. Andrea Kouklanakis: Depois que eu me formei, eu entrei em contato com a mulher que era diretora de admissão de alunos e ela confirmou pra mim que é eu acho que eu sou a primeira pessoa de cor a ter um doutorado da Harvard nos Estudos Clássicos. E eu acho que mesmo que eu não seja a primeira pessoa de cor fazendo doutorado lá, provavelmente eu sou a primeira mulher de cor. Lidia: Vamos destacar agora, alguns pontos significativos do relato da professora Andrea. [som de ícone] Lívia: O livro que ela citou é o Black Athena, do estudioso de história política Martin Bernal. A teoria criada pelo autor afirmava que a civilização clássica grega na realidade se originou de culturas da região do Crescente Fértil, Egito, Fenícia e Mesopotâmia, ao invés de ter surgido de forma completamente independente, como tradicionalmente é colocado pelos historiadores germânicos. [som de ícone] Lívia: Ao propor uma hipótese alternativa sobre as origens da Grécia antiga e da civilização clássica, o livro fomentou discussões relevantes nos estudos da área, gerando controvérsias científicas, ideológicas e raciais. [som de ícone] Lidia: Em contrapartida às concepções racistas vinda de pesquisadores, historiadores e classicistas conservadores, a professora Andrea citou também um aluno negro de Harvard, o historiador e classicista Frank Snowden Jr.. [som de ícone] Lívia: Entre seus diversos estudos sobre a relação de brancos e negros na antiguidade, está o livro Before Color Prejudice: The Ancient View of Black, em português, Antes do Preconceito Racial: A Visão Antiga dos Negros. Um aprofundamento de suas investigações sobre as relações entre africanos e as civilizações clássicas de Roma e da Grécia e demonstra que os antigos não discriminavam os negros por causa de sua cor. [som de ícone] Lidia: O livro lança luz pra um debate importantíssimo, que é a diferença de atitudes dos brancos em relação aos negros nas sociedades antigas e modernas, além de observar que muitas das representações artísticas desses povos se assemelham aos afro-americanos da atualidade. Andrea Kouklanakis: Mas, então é isso, então essa coisa política é uma coisa que foi imposta, mas a imposição foi até legal porque aí me levou a conhecer e descobrir e pesquisar essa área inteira, que agora é uma coisa que eu me dedico muito, que é olhar qual que é a implicação dos estudos clássicos na política, na raça, na história e continuando dando as minhas aulas e traduzindo, fazendo tradução, eu adoro tradução, então, esse aspecto do estudo clássico, eu sempre gostei. [música de transição] Lívia: O Guilherme também falou pra gente sobre essa questão política e histórica dos Estudos Clássicos, de que ficar olhando pro passado como objeto desvinculado, nos impede de poder articular essas discussões com a política do presente. Guilherme Gontijo: E acho que o resultado quando a gente faz isso é muitas vezes colocar os clássicos como defensores do status quo, que é o que o um certo império brasileiro fez no período de Dom Pedro, é o que Mussolini fez também. Quer dizer, vira propaganda de estado. Lidia: Mas, ao contrário, quando a gente usa os clássicos pra pensar as angústias do presente, a gente percebe que é uma área de estudos que pode ser super relevante e super viva pra qualquer conversa do presente. Lívia: E, na tradução e na recepção desses textos antigos, como será que essas questões aparecem? O Guilherme deu um exemplo pra gente, de uma tradução que ele fez do poeta romano Horácio. [som de ícone] Lidia: Horácio foi um poeta romano do século I a.C., famoso por escrever poesias nos formatos de Odes, Sátiras e Epístolas, e defendia a ideia do “justo meio” — evitar excessos e buscar a medida certa na vida. Guilherme Gontijo: Tô lembrando aqui de uma ode de Horácio, acho que esse exemplo vai ser bom. Em que ele termina o poema oferecendo um vai matar um cabrito pra uma fonte, vai oferendar um cabrito para uma fonte. E quando eu tava traduzindo, vários comentadores lembravam de como essa imagem chocou violentamente o século XIX na recepção. Os comentadores sempre assim: “Como assim, Horácio, um homem tão refinado vai fazer um ato tão brutal, tão irracional?” Quer dizer, isso diz muito mais sobre a recepção do XIX e do começo do XX, do que sobre Horácio. Porque, assim, é óbvio que Horácio sacrificaria um cabrito para uma fonte. E nisso, ele não está escapando em nada do resto da sua cultura. Agora, é curioso como, por exemplo, o nosso modelo estatal coloca a área de clássicas no centro, por exemplo, dos cursos de Letras, mas acha que práticas do Candomblé, que são análogas, por exemplo, você pode oferecer animais para divindades ou mesmo para águas, seriam práticas não não não racionais ou não razoáveis ou sujas ou qualquer coisa do tipo, como quiserem. Né? Então, eu acho que a gente pode e esse é o nosso lugar, talvez seja nossa missão mesmo. Lívia: Como o Guilherme explicou, nós no Brasil e na América Latina temos influência do Atlântico Negro, das línguas bantas, do candomblé, da umbanda e temos um aporte, tanto teórico quanto afetivo, pra pensar os clássicos, a partir dessas tradições tão próximas, que a própria tradição europeia tem que fazer um esforço gigantesco pra chegar perto, enquanto pra gente é natural. Lidia: E não podemos nos esquecer também da nossa convivência com várias etnias indígenas, que possuem comparações muito fortes entre essas culturas. Guilherme Gontijo: Eu diria, eu entendo muito melhor o sentido de um hino arcaico, grego, ouvindo uma cantiga de terreiro no Brasil, do que só comparando com literatura. Eu acho que é relevante para a área de clássicas, não é uma mera curiosidade, sabe? Então, eu tenho cada vez mais lido gregos e romanos à luz da antropologia moderna, contemporaneíssima, sabe? Eu acho que muitos frutos aparecem de modo mais exemplar ou mais óbvio quando a gente faz essa comparação, porque a gente aí tira de fato os clássicos do lugar de clássicos que lhes é dado. [música de transição] Lívia: Pra além dessas discussões teóricas e políticas, a tradução é também um ato estético e existem algumas formas de repensar a presença da poesia antiga no mundo contemporâneo a partir de uma estética aplicada na linguagem e nos modos de traduzir. Lidia: No caso do Guilherme, ele vem trabalhando há um tempo com a tradução como performance. Guilherme Gontijo: E aí eu pensei: “Não, eu poderia traduzir Horácio para cantar”. Eu vou aprender a cantar esses metros antigos e vou cantar a tradução na mesmíssima melodia. Quer dizer, ao invés de eu pensar em metro no sentido do papel, eu vou pensar em metro no sentido de uma vocalidade. E foi isso que eu fiz. Foi o meu o meu doutorado, isso acabou rendendo a tradução de Safo. Lívia: Além das traduções publicadas em livros e artigos, o Guilherme também coloca essas performances na rua com o grupo Pecora Loca, que desde 2015 se propõe a fazer performances de poemas antigos, medievais e, às vezes, modernos, como um modo de ação poética. Lidia: Inclusive a trilha sonora que você ouviu ali no início deste trecho é uma das performances realizada pelo grupo, nesse caso do poema da Ode 34 de Horácio, com tradução do próprio Guilherme e música de Guilherme Bernardes, que o grupo gentilmente nos passou. Guilherme Gontijo: Isso pra mim foi um aprendizado teórico também muito grande, porque você percebe que um poema vocal, ele demanda pra valorizar a sua ou valorar a sua qualidade, também a performance. Quer dizer, o poema não é só um texto no papel, mas ele depende de quem canta, como canta, qual instrumento canta. Lívia: O Guilherme explicou que no início eles usavam instrumentos antigos como tímpano, címbalo, lira e até uma espécie de aulos. Mas, como, na verdade, não temos informações precisas sobre como era a musicalidade antiga, eles resolveram afirmar o anacronismo e a forma síncrona de poesia e performance, e, atualmente, incorporaram instrumentos modernos ao grupo como a guitarra elétrica, o baixo elétrico, o teclado e a bateria. Guilherme Gontijo: Então, a gente tem feito isso e eu acho que tem um gesto político, porque é muito curioso que a gente vai tocar num bar e às vezes tem alguém desavisado e gosta de Anacreonte. Olha, caramba, adorei Anacreonte. É, é, e ela percebe que Anacreonte, ela ouviu a letra e a letra é basicamente: “Traga um vinho para mim que eu quero encher a cara”. Então ela percebe que poesia antiga não é algo elevado, para poucos eleitos capazes de depreender a profundidade do saber grego. Ó, Anacreonte é poema de farra. Lidia: A partir da performance as pessoas se sentem autorizadas a tomar posse dessa herança cultural e a se relacionar com ela. O que cria uma forma de divulgar e difundir os Estudos Clássicos a partir de uma relação íntima, que é a linguagem musical. Guilherme Gontijo: E a experiência mais forte que eu tive nisso, ela é do passado e foi com o Guilherme Bernardes. Lembro que dei uma aula e mostrei a melodia do Carpe Diem, do Horácio. Da Ode. E tava lá mostrando o poema, sendo bem técnico ali, como é que explica o metro, como é que põe uma melodia, etc, etc. E uns três dias depois ele me mandou uma gravação que ele fez no Garage Band, totalmente sintética. De uma versão só instrumental, quer dizer, o que ele mais curtiu foi a melodia. E a gente às vezes esquece disso, quer dizer, um aspecto da poesia arcaica ou da poesia oral antiga romana é que alguém poderia adorar a melodia e nem prestar tanta atenção na letra. E que continuariam dizendo: “É um grande poeta”. Eu senti uma glória quando eu pensei: “Caraca, um asclepiadeu maior tocou uma pessoa como melodia”. A pessoa nem se preocupou tanto que é o poema do Carpe Diem, mas a melodia do asclepiadeu maior. [som de ícone] Lívia: Só por curiosidade, “asclepiadeu maior” é um tipo de verso poético greco-latino composto por um espondeu, dois coriambos e um iambo. Você não precisa saber como funcionam esses versos na teoria. Essa forma poética foi criada pelo poeta lírico grego Asclepíades de Samos, que viveu no século III a.C., por isso o nome, o mais importante é que foi o verso utilizado por Horácio em muitas de suas odes. [música de transição] Lidia: Agora, já encaminhando para o final do nosso episódio, não podemos ir embora sem falar sobre o trabalho de recepção e tradução realizado pela professora Andrea, lá na Hunter College, nos EUA. Lívia: Além do seu projeto sobre a presença dos clássicos nas obras de escritores afro-latino-americanos, com foco especial no Brasil, de autores como Lima Barreto, Luís Gama, Juliano Moreira e Auta de Sousa. A professora também publicou o livro Reis Imperfeitos: Pretendentes na Odisseia, Poética da Culpa e Sátira Irlandesa, pela Harvard University Press, em 2023, e as suas pesquisas abarcam a poesia homérica, a poética comparada e as teorias da tradução. Lidia: A professora Andrea faz um exercício muito importante de tradução de autores negros brasileiros pro inglês, não somente das obras literárias, mas também de seus pensamentos teóricos, pra que esses pensamentos sejam conhecidos fora do Brasil e alcance um público maior. Lívia: E é muito interessante como a relação com os estudos da tradução pra professora Andrea também tocam em um lugar muito íntimo e pessoal, assim como foi pro Guilherme nas suas traduções em performances. Lidia: E ela contou pra gente um pouco dessa história. Andrea Kouklanakis: Antes de falar da língua, é eu vou falar que, quando eu vejo a biografia deles, especialmente quando eu passei bastante tempo com o Luiz Gama. O que eu achei incrível é o nível de familiaridade de entendimento que eu tive da vida corriqueira deles. Por exemplo, Cruz e Souza, né? A família dele morava no fundo lá da casa, né? Esse tipo de coisa assim. O Luiz Gama também quando ele fala do aluno lá que estava na casa quando ele foi escravizado por um tempo, quando ele era criança, o cara que escravizou ele tinha basicamente uma pensão pra estudantes, que estavam fazendo advocacia, essas coisas, então na casa tinham residentes e um deles ensinou ele a ler, a escrever. O que eu achei interessantíssimo é que eu estou há 100 anos separada desse povo, mas a dinâmica social foi completamente familiar pra mim, né? A minha mãe, como eu te falei, ela sempre foi empregada doméstica, ela já se aposentou há muito tempo, mas a vida dela toda inteira ela trabalhou como empregada doméstica. E pra mim foi muito interessante ver como que as coisas não tinham mudado muito entre a infância de alguém como Cruz e Souza e a minha infância, né? Obviamente ninguém me adotou, nada disso, mas eu passei muito tempo dentro da casa de família. que era gente que tinha muito interesse em ajudar a gente, em dar, como se diz, a scholarship, né? O lugar que a minha mãe trabalhou mais tempo assim, continuamente por 10 anos, foi, aliás, na casa do ex-reitor da USP, na década de 70 e 80, o Dr. Orlando Marques de Paiva. Lívia: Ao contar essa história tão íntima, a Andrea explicou como ela tenta passar essa coincidência de vivências, separada por cem anos ou mais no tempo, mas que, apesar de todo avanço na luta contra desigualdades raciais, ainda hoje refletem na sua memória e ainda são muito estáticas. Lidia: Essa memória reflete na linguagem, porque, como ela explicou, esses autores utilizam muitas palavras que a gente não usa mais, porque são palavras lá do século XVIII e XIX, mas o contexto chega pra ela de uma forma muito íntima e ainda viva, por ela ter vivenciado essas questões. Andrea Kouklanakis: Eu não sou poeta, mas eu tô dando uma de poeta, sabe? E quando eu percebo que tem algum estilo assim, a Auta de vez em quando tem um certo estilo assim, ambrósia, não sei do quê, sabe? Eu sei que ela está querendo dizer perfume, não sei o quê, eu não vou mudar, especialmente palavras, porque eu também estou vindo da minha perspectiva é de quem sabe grego e latim, eu também estou interessada em palavras que são em português, mas são gregas. Então, eu preservo, sabe? Lívia: Então, pra Andrea, no seu trabalho tradutório ela procura mesclar essas duas questões, a sua relação íntima com os textos e também a sua formação como classicista, que pensa a etimologia das palavras e convive com essa multiplicidade de línguas e culturas, caminhando entre o grego, o latim, o inglês e o português. [música de transição] [bg] Lidia: Ao ouvir nossos convidados de hoje, a Andrea Koclanakis e o Guilherme Gontijo Flores, percebemos que traduzir textos clássicos é muito mais do que passar palavras de uma língua pra outra. É atravessar disputas políticas, revisitar o passado com olhos do presente, reconstruir memórias coloniais e imaginar novos modos de convivência com as tradições antigas. Lívia: A tradução é pesquisa, criação, crítica e também pode ser transformação. Agradecemos aos entrevistados e a você que nos acompanhou até aqui! [música de transição] [créditos] Livia: O roteiro desse episódio foi escrito por mim, Lívia Mendes, que também fiz a locução junto com a Lidia Torres. Lidia: A revisão foi feita por mim, Lidia Torres e pela Mayra Trinca. Lidia: Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. Lívia: Os trabalhos técnicos são de Daniel Rangel. A trilha sonora é de Kevin MacLeod e também gentilmente cedida pelo grupo Pecora Loca. A vinheta do Oxigênio foi produzida pelo Elias Mendez. Lidia: O Oxigênio conta com apoio da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. Você encontra a gente no site oxigenio.comciencia.br, no Instagram e no Facebook, basta procurar por Oxigênio Podcast. Lívia: Pra quem chegou até aqui, tomara que você tenha curtido passear pelo mundo da antiguidade greco-romana e entender um pouco de como os textos antigos chegam até nós pela recepção e tradução. Você pode deixar um comentário, na sua plataforma de áudio favorita, contando o que achou. A gente vai adorar te ver por lá! Até mais e nos encontramos no próximo episódio. [vinheta final]
" Everyone is their own spiritual guru in their own particular way. That's what it's all about, finding your way to find the spirit within you that gives you life, that gives you a sparkle in the eye." This week on Universal Man, Grego sits down with Pricey to unpack what it really means to encounter the heart; that deeper place of purpose, spirit and meaning that keeps you grounded when life pulls you into constant doing and thinking. They explore how silence, rhythm and simple rituals can bring you back to your authentic self. Ignore this space and you risk drifting, reacting and feeling disconnected from who you are. But when you take time to slow down, simplify and create still moments, your heart becomes alive again; guiding you with clarity, presence and a renewed sense of flow. http://universalman.org/podcast/encounters-with-the-heart REGISTER FOR OUR NEXT CAMP IN YOUR AREA: universalman.org/camps In this episode we talk about: How to reconnect with your heart to restore purpose and life flow. Daily rhythms and rituals that bring stillness, silence and inner presence. Distinguishing true spirituality from institutional religion and external rules. Practical ways to slow down, simplify and counter modern overstimulation, and Teaching children stillness, connection and heart-centred living through nature and ritual. Stay legendary, Grego and Pricey Connect with Universal Man
The Nuclear Threshold is a three-part Burn Bag mini-series exploring how deterrence, defense, and diplomacy shape nuclear risk in the 21st century. Across three conversations with leading experts, we examine why technological optimism often outpaces reality, how fragile human systems sustain deterrence, and whether diplomacy can still prevent catastrophe in an increasingly unstable world.In this first episode, astrophysicist Dr. Laura Grego, Research Director at the Union of Concerned Scientists, joins A'ndre Gonawela to break down the science — and the myths — behind missile defense. Grego explains why the United States' decades-long effort to build a reliable shield against nuclear attack has repeatedly failed, and how those failures risk deepening global instability. From the early “Star Wars” program to today's multi-billion-dollar “Golden Dome” initiative, she unpacks the physics that make missile interception nearly impossible, the political incentives that keep these programs alive, and the illusion of safety that drives them. The conversation explores how misplaced faith in technology can push the world closer to, not further from, the nuclear threshold.
" You never grow in the middle; you grow at the edge. And two of our pillars of Universal Man - know thyself and grow thyself - will guide you through the crossroads." In our very first Universal Man Podcast episode, we discussed Crossroads in general. This week on Universal Man, Grego and Pricey unpack a specific type of crossroads. Career crossroads. Yes, those defining moments when you realise something needs to change in your professional life. Whether you're sitting on the bench, feeling restless in your role, or facing a major decision, this episode explores how values, courage, and clarity can guide your next move with purpose and confidence. By ignoring these moments, you risk drifting through a career that no longer fits who you are. This episode will teach you how to realign with your strengths, make values-driven choices, and turn uncertainty into an opportunity for growth and renewal. http://universalman.org/podcast/career-crossroads-revisited REGISTER FOR OUR NEXT CAMP IN YOUR AREA: universalman.org/camps In this episode we talk about: Navigating career crossroads with clarity, courage, and alignment to your values. Making career decisions grounded in purpose rather than ego or comfort. Finding your professional "Ikigai" where passion, skill, and opportunity meet. Turning restlessness and uncertainty into growth, learning, and reinvention, and Embracing change as a chance to reset, refocus, and rise stronger. Stay legendary, Grego and Pricey Connect with Universal Man
A Trip To The Underworld https://pca.st/lmh2gefr Roman Ghostbusters https://pca.st/c3hdc2e5 A bela morte e o cadáver ultrajado https://revistas.usp.br/discurso/article/view/37846 Margherita Hack – parte 1 https://pca.st/bt0l8pay 2.7-million-year-old tools reveal humanity's first great innovation https://www.sciencedaily.com/releases/2025/11/251104094133.htm Sulfur cave spiders build an arachnid megacity and possibly the largest-ever spider web https://phys.org/news/2025-11-sulfur-cave-spiders-arachnid-megacity.html Margherita Hack, la “Signora delle stelle”: chi era la più ... Read more The post os caça-fantasmas da Roma antiga, o mundo dos mortos grego, 100.000 aranhas! appeared first on radinho de pilha.
“When your inner compass points toward your values, joy, and authenticity, then you win. Because beauty begins the moment you decide to be yourself.” This week on Universal Man, Grego and Pricey unpack the idea of your Success Avatar - that inner image or hero you measure yourself against. They explore what real success looks like when it's aligned with your values, how to avoid false idols and one-dimensional measures, and how to build a life that's authentically yours. http://universalman.org/podcast/your-success-avatar REGISTER FOR OUR NEXT CAMP IN YOUR AREA: universalman.org/camps In this episode we talk about: Redefining success through your own values, not borrowed ideals Spotting the danger of one-dimensional or superficial success Letting go of false heroes and building your authentic avatar Staying grounded and gentle with yourself when goals shift, and Evolving your definition of success across life's changing chapters. Stay legendary, Grego and Pricey Connect with Universal Man
A vitivinicultura da Antiguidade ainda guarda segredos que moldaram o vinho como o conhecemos hoje. Neste vídeo, “Descubra os segredos perdidos da vitivinicultura antiga: Provinnage, dolia e feno-grego revelados”, mergulhamos nas práticas milenares do Império Romano e da Gália — desde o cultivo das videiras rasteiras até as técnicas de fermentação em dólia e os curiosos métodos de envelhecimento com feno-grego.
“The man who keeps showing up, grounded in his values, becomes someone others can depend on, and someone he can be proud of.” This week on Universal Man, Grego and Pricey discuss one of the most underrated superpowers of high-performing men: Consistency. It's not about perfection or intensity, it's about showing up day after day, whether it's at work, in your relationships, or for your own health and mindset. They talk about the small, steady choices that compound over years, build deep trust, and reveal the kind of man you truly are. http://universalman.org/podcast/consistency REGISTER FOR OUR NEXT CAMP IN YOUR AREA: universalman.org/camps In this episode we talk about: Why consistency - not intensity or perfection - is the real key to lasting success. How showing up daily builds trust, reliability, and inner strength. The compounding power of long-term commitment to your craft or purpose. How steady habits reveal your true character and values over time. Stay legendary, Grego and Pricey Connect with Universal Man
“ The two words that are the opposite of freedom: could and should.” This week on Universal Man, Grego and Pricey dive into the heart of freedom - that rare space where you march to your own drum, live with purpose, and drop the weight of “should” and “could.” Through personal stories, tough choices, and lessons from extraordinary mentors, they reveal how clarity of values, authenticity, and trust in yourself can unlock the sparkle-in-the-eye energy of a truly free life. http://universalman.org/podcast/freedom REGISTER FOR OUR NEXT CAMP IN YOUR AREA: universalman.org/camps In this episode we talk about: What true freedom feels like and how to recognise it in your own life Pricey's tough choice to step away from an opportunity and claim authenticity Why clarity of values and a strong “why” are essential foundations for freedom The power of living without attachment and caring less about others' opinions, and How trust, authenticity, and purposeful choices create lasting freedom. Stay legendary, Grego and Pricey Connect with Universal Man
The Journey Mental Health Awareness Hoodieshttps://thejourneypodcast.shop/Pulsetto 10% OFF! https://pulsetto.sjv.io/thejourneypodcastEXCLUSIVE AD FREE EPISODEShttps://www.patreon.com/c/TheJourneyPodWelcome back to The Journey Podcast in the episode we sit down with Greg O'Gallagher (Kinobody) to break down what most men are doing wrong in dating, how to truly attract women, and why men don't actually reach their peak until age 38. Greg shares powerful insights on building confidence, masculinity, and strength—not just in the gym, but in life, relationships, and mindset. From approaching women with confidence to understanding what women really want in a man, this conversation is a blueprint for men who want to level up in every area of life. He also opens up about grief, losing his father at a young age, and how those experiences shaped his perspective on success, relationships, and purpose. Whether you're looking for dating advice for men, tips on becoming more attractive, or motivation to build the body and mindset of your dreams, this episode delivers.APPLE https://podcasts.apple.com/us/podcast/the-journey-podcast/id1525956495INSTAGRAMhttps://www.instagram.com/zacharycummings_https://www.instagram.com/thejourneypodcasthttps://www.instagram.com/johnscafiddijrhttps://www.instagram.com/gregogallagherTik Tok https://www.tiktok.com/thejourneypodcast__
'If I have to crawl to the finish line, then I will'Dave chats to Greg about the 'Icy Plunge for Asthma' challenge happening on September the 18th.
“When we find ourselves in a dark place, a little light can help shine the way and that light is some curiosity to help us open up and find a new pathway.” This week on Universal Man, Grego and Pricey dive into the power of curiosity. They explore how curiosity fuels growth, strengthens relationships, and unlocks new opportunities in life and leadership. From silence that creates breakthroughs, to the way elite performers and great mentors stay endlessly curious, this episode shows why curiosity is the secret weapon for every Universal Man. http://universalman.org/podcast/curiosity REGISTER FOR OUR NEXT CAMP IN YOUR AREA: universalman.org/camps In this episode we talk about: Why curiosity as the driver of growth and learning Creating space for deeper conversations through silence The role of curiosity in leadership and mentoring, and Transforming relationships and networking with genuine curiosity. Stay legendary, Grego and Pricey Connect with Universal Man
“ Edwards Deming, the founder of all process excellence, said that if you can't describe what you're doing as a process, you don't know what you're doing.” In this episode of the Universal Man Podcast, hosts Grego and Pricey discuss the importance and application of frameworks in various aspects of life, including personal development, professional settings, and relationships. They explore how frameworks can provide clarity, focus, and a structured approach to tackling challenges, making decisions, and improving overall performance. Through examples and personal anecdotes, they emphasize the need to customise frameworks to suit individual needs, ensuring they are practical and effective. Listeners are encouraged to integrate frameworks into their lives to manage complexities and achieve their best selves. http://universalman.org/podcast/frameworks REGISTER FOR OUR NEXT CAMP IN YOUR AREA: universalman.org/camps In this episode we talk about: Introduction to frameworks The importance of using frameworks in professional life Applying frameworks to personal development Customising frameworks for individual needs Stay legendary, Grego and Pricey Connect with Universal Man
// GUEST //Website: https://kinobody.com/Instagram: https://www.instagram.com/gregogallagher/?hl=enYouTube: https://www.youtube.com/channel/UCtBw4N4-EiaAqK9TvZGlGDw // SPONSORS //iCoin: https://icointechnology.com/breedloveCowbolt: https://cowbolt.com/Heart and Soil Supplements (use discount code BREEDLOVE): https://heartandsoil.co/Blockware Solutions: https://mining.blockwaresolutions.com/breedloveIn Wolf's Clothing: https://wolfnyc.com/Onramp: https://onrampbitcoin.com/?grsf=breedloveMindlab Pro: https://www.mindlabpro.com/breedloveCoinbits: https://coinbits.app/breedloveThe Farm at Okefenokee: https://okefarm.com/Orange Pill App: https://www.orangepillapp.com/ // PRODUCTS I ENDORSE //Protect your mobile phone from SIM swap attacks: https://www.efani.com/breedloveLineage Provisions (use discount code BREEDLOVE): https://lineageprovisions.com/?ref=breedlove_22Colorado Craft Beef (use discount code BREEDLOVE): https://coloradocraftbeef.com/Salt of the Earth Electrolytes: http://drinksote.com/breedloveJawzrsize (code RobertBreedlove for 20% off): https://jawzrsize.com // SUBSCRIBE TO THE CLIPS CHANNEL //https://www.youtube.com/@robertbreedloveclips2996/videos // TIMESTAMPS //0:00 – WiM Episode Trailer1:14 – Kinobody's Story5:37 – How Greg Built the Kino Brand9:14 – Bodybuilding vs Aesthetics16:33 – iCoin Bitcoin Wallet18:03 – Cowbolt: Settle in Bitcoin19:18 – Fat Loss, Fasting, and Macros23:52 – Why Cheat Days Don't Work26:53 – Bulking vs Cutting30:07 – The Truth About Calories In vs Calories Out32:30 – Maintenance, Genetics, and Diminishing Returns37:41 – Heart and Soil Supplements38:41 – Mine Bitcoin with Blockware Solutions40:07 – How to Get and Stay Lean44:10 – Peptides, TRT, and HGH45:52 – Are Movie Stars Natural? (Brad Pitt, Chris Hemsworth, Zac Efron)53:48 – Obesity Accelerates Aging, Staying Lean for Longevity58:19 – Cardio, Sprinting, and Daily Movement1:04:16 – Helping Lightning Startups with In Wolf's Clothing1:05:08 – Onramp Bitcoin Custody1:07:05 – How Physical Training Rewires Your Mind1:16:17 – Building Your Body and Mindset1:20:14 – Women Are Born with Value, Men Must Build Theirs1:27:42 – Mid-game and Maintaining Frame as a Man1:35:45 – Mind Lab Pro Supplements1:36:55 – Buy Bitcoin with Coinbits1:38:06 – Lead by Directing, Not Dictating1:43:28 – Marriage, Divorce, and Prenups2:00:18 – The Farm at Okefenokee2:01:27 – Orange Pill App2:02:55 – The Pain of Losing Your Father2:07:50 – Buy Bitcoin and Be Healthy2:28:00 – How to Find Kinobody // PODCAST //Podcast Website: https://whatismoneypodcast.com/Apple Podcast: https://podcasts.apple.com/us/podcast/the-what-is-money-show/id1541404400Spotify: https://open.spotify.com/show/25LPvm8EewBGyfQQ1abIsERSS Feed: https://feeds.simplecast.com/MLdpYXYI // SUPPORT THIS CHANNEL //Bitcoin: 3D1gfxKZKMtfWaD1bkwiR6JsDzu6e9bZQ7Sats via Strike: https://strike.me/breedlove22Dollars via Paypal: https://www.paypal.com/paypalme/RBreedloveDollars via Venmo: https://account.venmo.com/u/Robert-Breedlove-2 // SOCIAL //Breedlove X: https://x.com/Breedlove22WiM? X: https://x.com/WhatisMoneyShowLinkedin: https://www.linkedin.com/in/breedlove22/Instagram: https://www.instagram.com/breedlove_22/TikTok: https://www.tiktok.com/@breedlove22Substack: https://breedlove22.substack.com/All My Current Work: https://linktr.ee/robertbreedlove
The government is hoping to have petrol tax fully scrapped by 2027, with all motorists moving towards paying road user charges per kilometre. But if the idea is that this is cost neutral, what's the point? Also, Fisheries Minister Shane Jones has announced a raft of changes to the Fisheries Act, but as a former chair of Sealord and someone who has received donations from the industry, is he the right person to be making these decisions? To answer those questions, Labour's Ohariu MP Greg O'Connor and National's Bay of Plenty MP Tom Rutherford joined Nick Mills for Politics Thursday. LISTEN ABOVESee omnystudio.com/listener for privacy information.
This episode is brought to you by Kaizen The Fall Guys are back on the main feed! (for the final time). The episode is brought to you by Kaizen - Brett gives us the latest on his Kaizen prediction now that he's got a couple of solid weeks under his belt - spoiler alert things are shaping up very nicely for Sydney. It's a monster show this week as we welcome 17 year old prodigy Dan Williams to the show - Dan joins us to talk about his training, his future college plans, and signing an NIL deal with On. After that, we get into London Diamond League results, Ruth's horror week, and eventually some training weeks before closing out with Grego's coveted Athlete of the Week. HEAD TO KAIZEN AND USE CODE 4THEKUDOS
This episode is brought to you by Kaizen Welcome to The Fall Guys on FTK. Join Brett, Grego, and Riley as The guys recap all the action on and off the roads of the Gold Coast, before getting into race results around the world. We also hear the key training sessions in race week for Brett and Grego, before the longest list of honourable mentions we've ever seen for Athlete of the Week. HEAD TO KAIZEN AND USE CODE 4THEKUDOS
Autoridades da ONU pedem moderação a todas as partes pedindo para evitar ações que possam piorar as tensões na região; agência da ONU quer prioridade para segurança e bem-estar de funcionários marítimos.
» Produced by Hack You Media: pioneering a new category of content at the intersection of health performance, entrepreneurship & cognitive optimisation.Instagram: https://www.instagram.com/hackyoumedia/Website: https://hackyou.media/Looking and feeling your best doesn't require living in the gym, and Greg O'Gallagher (AKA Kinobody) is here to prove that. He's walking us through how training less, eating smarter, and managing stress can actually lead to better results, physically and hormonally. We talk about what it really takes to boost testosterone naturally, why walking is more powerful than most people realise, and how chasing size can backfire when your nervous system isn't on board.Greg doesn't just share what works – he breaks down why it works, and how he's built a lifestyle and physique that's dialled in, without being obsessive. This one challenges a lot of fitness stigma and offers a refreshingly simple, effective way to train, eat, and live with intention.00:00 Introduction02:23 Why Greg chose Miami over Canada for business and life04:01 Fitness obsession and childhood inspirations06:27 Outgrowing sports and finding a love for training07:11 Creating the Keno Body approach to fitness and aesthetics09:57 Debunking myths about needing to train every day11:13 How alcohol derailed recovery and performance after 3012:30 Strategies for tracking calories without losing your mind16:41 Building an empire around YouTube videos and bold marketing19:14 Lessons from early success and natural marketing instincts21:46 Helping his brothers transform and the reality of slow gains23:44 Staying natural and resisting pressure to chase size25:18 The worrying trend of young guys hopping on gear too early29:40 The real keys to boosting testosterone naturally41:02 Why overtraining wrecks fitness gains and how to fix it45:05 Scaling from fitness programs into building supplements49:24 Bloodwork revelations and optimising health in your 30s58:07 The underrated power of deep sleep for fat loss and testosterone1:14:30 Breakups, fat loss motivation, and emotional transformations1:20:05 Keeping relationships private and future family plans» Escape the 9-5 & build your dream life: https://www.digitalplaybook.net/» Transform your physique: https://www.thrstapp.com/» My clothing brand, THRST: https://thrstofficial.com» Custom Bioniq supplements: https://www.bioniq.com/mikethurston• 40% off your first month of Bioniq GO• 20% off your first month of Bioniq PRO» Join our newsletter for actionable insights from every episode: https://thrst-letter.beehiiv.com/» Join Whoop and get your first month for free: join.whoop.com/FirstThingsThrst» Follow Greg«YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCtBw4N4-EiaAqK9TvZGlGDwInstagram: https://www.instagram.com/gregogallagher/?hl=enKinobody: https://kinobody.com/
In this 1709th episode of Toronto Mike'd, Mike catches up with Al Grego while Al kicks out the jams. Toronto Mike'd is proudly brought to you by Great Lakes Brewery, Palma Pasta, Ridley Funeral Home, Toronto Maple Leafs Baseball, Yes We Are Open, Nick Ainis and RecycleMyElectronics.ca. If you would like to support the show, we do have partner opportunities available. Please email Toronto Mike at mike@torontomike.com
This episode is brought to you by the McGrath Launceston Running Festival Brett, Joel and Riley welcome the guests to their special live show from the race hotel in Launceston. Expect in depth race reviews from Brett, Grego, Isaac Heyne and for the very first time on FTK - Stewy McSweyn. The episode closes out with listener questions from the crowd. SIGN UP TO OUR PATREON TODAY: www.patreon.com/forthekudos Instagram: https://www.instagram.com/forthekudos Facebook: https://www.facebook.com/forthekudos TikTok: https://www.tiktok.com/@forthekudos
The Good Friday Agreements of 1998 marked a turning point in Irish history, bringing an end to three decades known as The Troubles and laying a course for a better future for the people of Ireland. In this historian Mark Doyle and Friends of Sinn Féin Executive Director Greg O'Loughlin join us for a conversation about Irish history, the status of Irish unification, and how peace is possible even in the hardest of times. Dr. Mark Doyle is Professor of History at Middle Tennessee State University where he specializes in the history of Ireland and Great Britain. He previously joined us to discuss his books on The Kinks (Episode 169) and John Cale's Paris 1919 (episode 333). Greg O'Loughlin is Executive Director of The Friends of Sinn Féin and is currently spearheading a listening tour across the United States to learn about Irish-Americans' views on Irish independence. Dates and more information are available at friendsofsinnfein.com. This episode was edited by Ben Sawyer.
Editorial: Um presente de grego para o próximo presidente
It's a special episode of Time Signatures this week as your host, Jim Ervin welcomes a fellow Michigan native turned Texas and now Florida transplant, Grego Anderson to the show. Grego is a highly skilled acoustic Blues, Folk, and Country musician, but he is perhaps better known for his work as an artist. Perhaps you have seen some of his work out there on the Internet? His website, Mojohand.com, is billed as a ‘One Man Blues Boutique', and you can find all manner of posters, Blues Folk Art, Canvas, and personalized gifts-all for sale at reasonable prices. He also dabbles in graphic design, and more. Only a few episodes remain of season four, so join us!Website: https://mojohand.com/Facebook: https://www.facebook.com/everythingblues _________________________Facebook: Time SignaturesYouTube: Time SignaturesFacebook: Capital Area Blues SocietyWebsite: Capital Area Blues SocietyFriends of Time Signatures _______Website: University of Mississippi Libraries Blues ArchiveWebsite: Killer Blues Headstone ProjectWebsite: Blues Society Radio NetworkWebsite: Keeping the Blues Alive Foundation
We want to hear from you! Send us a text.Journalist and author Greg O'Brien, diagnosed with early-onset Alzheimer's over a decade ago, shares with BrainStorm host Meryl his determination to be heard at the Washington D.C. rally at the Lincoln Memorial to protest proposed cuts to NIH biomedical research funding that would critically affect Alzheimer's disease research. Greg also candidly shares what it takes for him to navigate at this late stage in the disease.This episode also features a TopLine commentary by George Vradenburg, founder and chair of UsAgainstAlzheimer's, on the mobilization of patient advocacy organizations across diseases fighting to maintain the integrity of America's biomedical and scientific research.This episode is sponsored by Genentech.Support the show
In this episode, Greg Gallagher shares his powerful journey through the fitness industry, diving deep into the mindset, discipline, and self-belief required to succeed. The conversation explores the myths of fitness training, the science behind muscle building and fat loss, and the importance of setting clear goals. Greg reflects on the impact of mentorship—especially from masculine figures—and how fitness can serve as a gateway to personal transformation. The discussion also touches on deeper societal issues, including body image, testosterone health, and the global fertility crisis, while offering insights into building a successful fitness brand and conducting a life audit for meaningful growth.I've spoken to 200+ guests, and they all have a playbook for success. Subscribe now to learn their winning strategies! https://www.frankielee.com/join Follow Me: https://www.instagram.com/frankielee/ Greg: https://www.instagram.com/gregogallagher/Visit Our Sponsors:If you are looking to remove images, videos, search results or fake accounts, visit our sponsors - https://ContentRemoval.com Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
We Are All About Craft Beer, Fine Spirits, and Hand Rolled Cigars!!! Special Guest: Albert Cisneros from Smoking Swan, Allen Denny, & Grego! Beer Tasting: Manhattan Project Beer Company "PEACEKEEPER" Blonde Ale (Dallas, TX) Beer Tasting: Other Half Brewing Company "All Nectaron Everything" DDH IPA (Brooklyn, NY) Beer Tasting: New Image Brewing Company "Mizunara" Barleywine Ale (Wheat Ridge, CO) Spirit Tasting: Smith & Cross Traditional Jamaica Rum
One whale's waste is an ocean organism's treasureThe nutrients in the ocean are not evenly distributed. Resources tend to be rich around coastlines and near the poles, and are often poorer in the open ocean and the tropics. A new study has explored how urine from migrating baleen whales is a significant way that nitrogen and other nutrients are circulated in the oceans. Joe Roman is a conservation biologist at the University of Vermont. He led the research, published in the journal Nature Communications. The underground economy: Fungi and plants trade have a network under our feetScientists have used a custom robot to track the growth of a complex underground supply-chain network that forms between more than 80 per cent of the plant species on Earth and symbiotic fungus. This allowed them to trace the flow of carbon and nutrients across this network, that draws about 13 billion tons of carbon dioxide into the soil each year. Toby Kiers, from Vrije University in Amsterdam and the Society for the Protection of Underground Networks led the work, published in the journal Nature. Researchers capture wild sharks to get sperm samples for captive breedingIn a world-first, a team of marine biologists and veterinarians collected semen from endangered wildsharks in an effort to maintain a population of genetically healthy sharks. Christine Dudgeon, from the University of Queensland and the Sunshine Coast and the Biopixel Oceans Foundation, used some of that sperm to artificially inseminate captive females. Watching planets form in a baby solar system370 light years away, around a newborn star only five million years old, two planets are forming from the disk of gas and dust still orbiting around the star. Canadian researchers are using instruments on the James Webb Space Telescope to observe this process, and understand how the nascent planets are competing with the star for material as they grow. Dori Blakely, a PhD candidate at the University of Victoria, was the lead researcher on this article published in The Astronomical Journal. Butterfly populations are declining. Meet the people moving a forest to save them.A new study is bringing hard data to help us understand how butterfly numbers have declined steeply in recent years, due to the combination of habitat loss, climate change, and pesticide exposure. The research, co-led by Elise Zipkin, found that overall, across the United States, butterfly numbers are down 22 per cent over the past 20 years. The research was published in the journal Science.A different group of scientists is hoping to fix at least one of these problems for one species, by moving an entire forest in Mexico. The sacred fir trees, where monarch butterflies spend their winters, are struggling under climate change. Recently a team of researchers planted a thousand sacred fir trees at a new location at higher elevations to kickstart a new, future-proof forest for the butterflies to overwinter. After a few years, the researchers report the trees are doing well, in a recent paper published in Frontiers in Forests and Global Change.Quirks producer Amanda Buckiewicz spoke to Cuauhtémoc Saénz Romero, a forest geneticist at the University of Michoacán in Mexico, and Greg O'Neill, a climate change adaptation scientist with the BC Provincial Government in the Ministry of Forests.
In this episode of the Vitamin B Show, we're excited to welcome Greg O'Gallagher, also known as Kinobody, a renowned Canadian fitness expert and entrepreneur. If you've ever dreamed of achieving the perfect Hollywood body, this episode is a must-listen!From a young age, Greg was passionate about fitness and body transformation. After launching his YouTube channel in 2006 and posting his first video three years later, he has become a leading voice in the fitness industry. Today, Greg is the founder of Kino Octane and has developed his own line of supplements, all thanks to his unwavering dedication and innovative approach.In This Episode, We Discuss:Finding Your Role Model: The importance of identifying someone you admire in the fitness space and learning from their journey.Building Your Online Business: Greg shares insider tips on creating high-quality content for Instagram and other social media platforms to attract followers and grow your brand.The Success of Kino Octane: At just 19, Greg launched the Kinobody website, and his vision has turned into a seven-figure business, showcasing the power of hard work and strategic planning.Fitness Quiz: Discover your ideal fitness path with Greg's quiz at https://kinooctane.com/igquiz.Greg's insights on fitness and entrepreneurship will inspire you to take action, whether you're looking to transform your body or successfully run an online business.Connect with Us:Brittany Michalchuk: https://instagram.com/brittanymichalchukGreg O'Gallagher: https://instagram.com/gregogallagherIf you enjoy this episode, please RATE, REVIEW & SUBSCRIBE! Your support helps us bring you more incredible guests and content.
In this episode of the Adversity Kings Podcast, hosts Tristan Dlabik and Tony Provenzano sit down with fitness entrepreneur and expert Greg O'Gallagher. Greg opens up about his journey from humble beginnings to becoming a leading voice in the fitness industry. Together, they dive into topics like dieting, fasting, and fitness strategies that have helped Greg achieve success. Get the inside scoop on his rise to fame, how he navigated adversity, and the principles that guide his approach to health and wellness. Whether you're looking to optimize your fitness routine or learn how to overcome challenges in your own journey, this conversation is packed with valuable insights. Don't forget to like, subscribe, and hit the notification bell so you never miss an episode of the Adversity Kings Podcast!
Bate-Papo Mayhem 454 - David Pessoa - Corpus Hermeticum na tradução do grego https://projetomayhem.com.br/ O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/Bf7gseFTQ18 Bate Papo Mayhem é um projeto extra desbloqueado nas Metas do Projeto Mayhem. Todas as 3as, 5as e Sabados as 21h os coordenadores do Projeto Mayhem batem papo com algum convidado sobre Temas escolhidos pelos membros, que participam ao vivo da conversa, podendo fazer perguntas e colocações. Os vídeos ficam disponíveis para os membros e são liberados para o público em geral duas vezes por semana, às segundas e quintas feiras e os áudios são editados na forma de podcast e liberados uma vez por semana. Faça parte do projeto Mayhem: https://www.catarse.me/tdc
Se llama Gregorio Rosello y es cómico. Y es presentador y productor y tiene un grupo de música y tiene, también, un millón doscientos mil seguidores en redes. Y, sin embargo, no les quiero hablar de Gregorio, de Grego, sino de Marga.Marga es la señora que se ocupa de la casa de Grego.Marga vio unas bermudas para lavar y dijo: esto está demasiado sucio. Y durante dos horas, estuvo frotando. Las bermudas no estaban manchadas: eran estampadas.Y a Marga le pareció lo que le pareció: que Grego se había revolcado en brea, en chocolate, que se había tirado un café por lo alto o lo que quiera Vd pensar. Y le quitó todas las manchas. O mejor dicho, le quitó todo el estampado.Total, que viendo la mano que tiene Marga para las manchas, a Grego le han escrito de una marca de jabones.La marca de jabones va a patrocinar el lavadero de Marga y todo el dinero irá para Marga a través de Grego.Bendita toda esa gente que cuida las casas de otro como si fuera ...
¡Bienvenidos a nuestro canal! Hoy les traemos una entrevista imperdible con Mauricio Donelli, un destacado fotógrafo cuyo trabajo ha dejado huella en el mundo de la fotografía social y el retrato.Sobre Mauricio DonelliFormado en las prestigiosas escuelas de fotografía de Caracas, Nueva York y París, Mauricio ha trabajado con grandes nombres como Sony, Coca-Cola y Venevisión. Su talento lo ha llevado a recibir el **Premio Nacional Luis Felipe Toro en 1994 por su serie *Retratos para la intimidad de músicos latinoamericanos*. Publicaciones DestacadasSus impresionantes imágenes han sido presentadas en reconocidas publicaciones como Vogue Weddings, AmericanPhoto y Paris Match, consolidándose como un referente en la fotografía contemporánea. Nuevo ProyectoRecientemente, Mauricio ha lanzado el libro Grego, en colaboración con el actor Sócrates Serrano y el diseño de Gisela Viloria. Este proyecto, que narra la historia de José Gregorio Hernández a través de imágenes y palabras, ha generado gran expectativa y ha sido aclamado por la crítica. No te pierdas esta entrevista donde Mauricio comparte su visión sobre la fotografía, sus experiencias y el impacto de su trabajo en el arte contemporáneo. ¡Dale like, suscríbete y acompáñanos en este viaje artístico!#MauricioDonelli #Fotografía #Arte #Entrevista #UnMinutoConLasArtes
Neste podcast: Clóvis de Barros aborda os processos de abstração que possibilitaram a transição da mitologia para a filosofia.
Sneak peak of the Patreon only series "The Summer Show" Thank you to all our current Patreon members. If you enjoyed this episode and aren't already a Patreon member sign up to our Patreon and support us in putting out as much running content as possible! www.patreon.com/forthekudos Episode Two of The Summer Show starts with a bang, as Brett drops some big news to get everyone pumped up. The guys unpack all the racing action from On: Track Nights, where Cam Myers is given Grego's 'athlete of the week. (We forgot to do the segment but rest assured Cam won and we will talk about AOTW each episode from now on). There's good discussion about how much personality athletes should show on track, giving away your trophy, and who we might see heading to the steeple this summer.. Finally, Grego has hard launched into the marathon block with a juicy Friday.
How do you talk money without losing trust—or your audience? From quarterly earnings calls to investor pitches, the world of financial communication is a tightrope walk of clarity, persuasion, and credibility. What makes numbers sound good? When does transparent/positive become too transparent/positive? And why does jargon sometimes feel like the best financial armour? Tune in for a lively dive into the art (?) of financial storytelling—with three experts sharing plenty of insights, red flags, laughs, and a nudge to rethink your next fiscal update and/or investment, especially when your are being pandered to with pathos and patriotism. Long notes: In this episode we discuss financial communication and start with readability. A few selected studies are: Bonsall, S. B., & Miller, B. P. (2017). The impact of narrative disclosure readability on bond ratings and the cost of debt. Review of Accounting Studies, 22, 608-643. Huong Dau, N., Van Nguyen, D., & Thi Thanh Diem, H. (2024). Annual report readability and firms' investment decisions. Cogent Economics and Finance, 12(1). https://doi.org/10.1080/23322039.2023.2296230 Li, F. (2008). Annual report readability, current earnings, and earnings persistence. Journal of Accounting and Economics, 45 (2-3), 221-247. Both Bernard and Erika mention PhD work on financial communication. Bernard's student Nils Smeuninx completed his thesis in 2018; the title is “Dear Stakeholder. Exploring the language of sustainability reporting: A closer look at readability, sentiment and perception”. Erika refers to a PhD study on how small investors respond to plain English as opposed to more complex or less readable text: Rennekamp, K. (2012). The complexity of qualitative accounting disclosures: Managers' choices and investors. Cornell Theses and Dissertations. https://hdl.handle.net/1813/31452 For her part, Veronika co-supervised a student - Xiaoxi Wu, now at Bocconi University in Milan (Italy) - with the Accounting department at Lancaster University (UK), resulting in this article: Koller, V., & Wu, X. (2023). Analysts' identity negotiations and politeness behaviour in earnings calls of U.S. firms with extreme earnings changes. Corporate Communications, 28(5), 769-787. DOI: 10.1108/CCIJ-08-2022-0098 Erika mentions the Juno app, which is designed to explain technical financial language to lay investors. Bernard then refers to Veronika's first foray into financial communication and narrative accounting: Merkl-Davies, D. M., & Koller, V. (2012). “Metaphoring” people out of this world: A critical discourse analysis of a chairman's statement of a UK defence firm. Accounting Forum, 36(3), 178-193. An agentless passive, the sentence ‘mistakes were made' helps to avoid blaming anyone for making mistakes. It has become a catchphrase, often used humorously to hint at disaster, including in gifs and memes Back to financial communication: Referring to the gendered metaphors that it often features, Erika mentions this book chapter: Boggio, C., Fornero, E., Prast, H., & Sanders, J. (2017). Seven ways to knit your portfolio: Is investor communication neutral? In Garzone, G., Catenaccio, P., Grego, K., & Doerr, R. (eds) Specialised and Professional Discourse Across Media and Genres (pp. 137-160). Ledizioni. A cross-cultural study into accounting language is Doupnik, T. S. and Richter, M. (2004), The impact of culture on the interpretation of in-context verbal probability expressions. Journal of International Accounting Research, 3(1), 1-20. In the first part of the episode, we also discuss tone as an important concept in financial communication. Intriguingly, media studies have shown that coverage in itself is good enough for the so-called “markets” (investors, analysts, fund managers) to have a positive attitude towards a company: Engelberg, J. E., & Parsons, C. A. (2011). The causal impact of media in financial markets. Journal of Finance, 66(1), 67-97. Finally, the 2019 annual report by Lockheed Martin, which includes the CEO statement that we analyse at the end of the episode. For more details make sure you visit our blog! We will be back in 2025, with some changes to the podcast - stay tuned
You might have seen people doing 'Hyrox' on your Instagram feed!Greg O'Shea joined Dave to chat about Coca-Cola's 20th anniversary of the Designated Driver campaign.
In this 1591st episode of Toronto Mike'd, Mike kicks out the jams with Al Grego. Toronto Mike'd is proudly brought to you by Great Lakes Brewery, Palma Pasta, Ridley Funeral Home, The Yes We Are Open podcast from Moneris and RecycleMyElectronics.ca. If you would like to support the show, we do have partner opportunities available. Please email Toronto Mike at mike@torontomike.com
Episódio debate a possível revenda da SAF do Vasco, após Evangelos Marinakis dizer que negocia a compra da empresa. Quem é o grego? Qual é o seu perfil de gestão? Negociação deve ser rápida? Programa também analisa a atuação vascaína no empate com o Atlético-GO. Dá o play!
On se rassemble pour fêter les 10 ans de Comics Outcast Ben, Grego, Matt, LuxBox, Mat, Raigen, Lulu, Nivrae, EK, Julien, Zephiriel et Adrien Z2E. Envie de nous soutenir ? Vous pouvez, si vous le souhaitez, grâce au Patreon de notre collectif, le Vaisseau Hyper Sensas ! patreon.com/vaisseauhypersensas Découvrez également notre site vaisseauhypersensas.fr Rejoignez nous sur Discord! https://discord.gg/uGxNp6n Suivez-nous ! Bluesky @ComicsoutcastTwitter @Comicsoutcast Instagram Comics Outcast Facebook Bouyah Comics Club comicsoutcast.com Vaisseau Hyper Sensas © 2024
Growing Your Firm | Strategies for Accountants, CPA's, Bookkeepers , and Tax Professionals
In this episode of Growing Your Firm, host David Cristello welcomes back Greg O'Brien, Co-CEO of Anomaly CPA, for an insightful discussion about the evolution of his firm since their last conversation three years ago. They reflect on the growth of Anomaly CPA, including the firm's current headcount and revenue, as well as the strategic decisions made to invest in alternative positions beyond client-facing roles, such as marketing, IT, and operations. Greg shares valuable lessons learned on scaling a successful accounting firm and offers advice for listeners looking to achieve similar growth. Tune in to discover the latest updates from Greg and the innovative practices that have shaped his firm's journey.
Send us a textTune in today for Episode 7 of BURYING THE SHADOW by Jim Byrnes. Bo goes to his first AA meeting. He decides he doesn't want to be in Witness Protection anymore. Grego has Borka join AA in order to meet Bo. To check out more of my work, go to my website at cathicolas.com, or find me on Audible. If you're an author looking to turn your book into an audiobook, email me at cathicolas@gmail.com, let's talk. And if you like the podcast, please leave a review or share it on Social Media. Thanks for listening.
Send us a textTune in today for Episode 6 of BURYING THE SHADOW by Jim Byrnes. Tatyana and Slovak come to a frightening realization. Borka and Grego have a confidential report from the CIA on David and Carly.To check out more of my work, go to my website at cathicolas.com, or find me on Audible. If you're an author looking to turn your book into an audiobook, email me at cathicolas@gmail.com, let's talk. And if you like the podcast, please leave a review or share it on Social Media. Thanks for listening.
Special host Professor Kent Germany interviews Dr. Caroline Grego, author of Hurricane Jim Crow. They explore how the catastrophic hurricane that struck South Carolina during the Jim Crow era became more than just a natural disaster. Tune in to uncover the untold story of how the storm and its aftermath were used to reinforce racial oppression in the South.
We're thrilled to welcome Greg O'Brien, the CEO of Anomaly CPA. Greg takes us on a journey through his impressive career, starting with his early days in public accounting. He shares how these experiences laid the foundation for his transition into private real estate and set the stage for his entrepreneurial journey. We dive into the story behind founding Anomaly CPA, including the initial challenges he faced and how he navigated them.Greg's journey is a masterclass in diversification and strategic focus. He talks about how Anomaly CPA has evolved, especially during the pandemic, where remote work became a pivotal factor in their growth. We explore Greg's client acquisition and marketing strategies, highlighting how they continue to attract and retain clients in a competitive market.Investing in growth is a core theme in our conversation, as Greg discusses the importance of coaching and continuous learning. He also shares insights into creating and selling educational courses, a venture that has broadened Anomaly CPA's offerings. As we wrap up, we delve into the challenges of scaling a business and maintaining operational efficiency. Join us!What you'll hear in this episode:[1:00] Meet Greg O'Brien the CEO of Anomaly CPA[1:50] Greg's early career and public accounting experience.[3:25] Transition to private real estate and entrepreneurial journey.[5:05] Founding Anomaly CPA and initial challenges.[6:10] Diversification and strategic focus.[8:30] Remote work and growth during the pandemic.[11:00] Client acquisition and marketing strategies.[13:35] Investing in growth and coaching.[21:10] Creating and selling educational courses.[25:50] Scaling the business and operational challenges.[30:10] Conclusion and contact information.Connect with Greg https://www.linkedin.com/in/greg-o-brien-cpa-88a3472b/Connect with Kelly https://www.linkedin.com/in/kellyrohrs/Connect with Bilal https://www.linkedin.com/in/bmehanna/
Greg Sobo (@sobogreg) stands out as a living example of how quiet marketing can speak loudly in a crowded market. The managing attorney at Sobo & Sobo (@sobosobolp) is the mastermind who turned a small family practice into a three-state legal powerhouse with over 60 attorneys. Greg explains why avoiding the numbers game might be your best bet, how lean in-house marketing teams can help you achieve your goals, and strategies for futureproofing your firm. Hear Chris Dreyer live at PIMCON, the first-ever PIM Conference September 15 - 17 | The Phoenician | Scottsdale, AZ Website and tickets: Pimcon.org Links Want to hear more from elite personal injury lawyers and industry-leading marketers? Follow us on social media for more. Rankings.io Instagram Chris Dreyer Instagram Rankings.io Twitter Rankings.io Website Greg Sobo LinkedIn Sobo & Sobo Website Sobo & Sobo Instagram Greg Sobo Instagram What's in This Episode: Who is Greg Sobo? What are the benefits of having an in-house marketing team versus outsourcing? What strategies does the firm use to grow and expand into new markets? What challenges did Greg face in rebranding the firm from real estate to personal injury? Past Guests Past guests on Personal Injury Mastermind: Brent Sibley, Sam Glover, Larry Nussbaum, Michael Mogill, Brian Chase, Jay Kelley, Alvaro Arauz, Eric Chaffin, Brian Panish, John Gomez, Sol Weiss, Matthew Dolman, Gabriel Levin, Seth Godin, David Craig, Pete Strom, John Ruhlin, Andrew Finkelstein, Harry Morton, Shay Rowbottom, Maria Monroy, Dave Thomas, Marc Anidjar, Bob Simon, Seth Price, John Gomez, Megan Hargroder, Brandon Yosha, Mike Mandell, Brett Sachs, Paul Faust, Jennifer Gore-Cuthbert Additional Episodes You Might Enjoy 80. Mike Papantonio, Levin, Papantonio, & Rafferty — Doing Well by Doing Good 84. Glen Lerner, Lerner and Rowe – A Steady Hand in a Shifting Industry 101. Pratik Shah, EsquireTek — Discovering the Power of Automation 134. Darryl Isaacs, Isaacs & Isaacs — The Hammer: Insights from a Marketing Legend 104. Taly Goody, Goody Law Group — Finding PI Clients on TikTok 63. Joe Fried, Fried Goldberg LLC — How To Become An Expert And Revolutionize Your PI Niche 96. Brian Dean, Backlinko — Becoming a Linkable Source 83. Seth Godin — Differentiation: How to Make Your Law Firm a Purple Cow 73. Neil Patel, Neil Patel — Digital A New Approach to Content and Emerging Marketing Channels
Dennis connects via Zoom with musician Greg O'Conner to talk about his debut album The Place I've Never Been and what it's been like to venture out as a solo artist after decades of writing songs and scores for TV and movies. Greg talks about what inspired him to take such a big swing in his mid-50's, the artists that inspired him like Toto, The Beach Boys, Steely Dan and Bleu, finding collaborators on Facebook and Instagram and posing on a hillside with a piano and live bull for the album's striking cover art. Greg also talks about the real-life experiences that inspired the album and videos, like being ghosted by someone he'd been dating for a while and subsequently falling in love with his fiancé, photographer Kevin Sikorski after meeting on Hinge. He also talks about his extensive work in TV and film, writing music for recent films My Home Unknown and Baby Boomer Yearbook (directed by Grease's Randal Kleiser) and TV shows like The Ben Stiller Show, The Big Gay Sketch Show and MadTV, for which he won an Emmy. Other topics include: falling in love with music at four, writing the viral song "Laura Dern" for the Independent Spirit Awards a few years back, shooting two music videos in one day in Capetown, South Africa and being closeted at USC and waiting in line outside of the Mother Lode bar in West Hollywood and being terrified someone would drive by and see him. www.GregOConnor.com