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Noticentro
Metrobús cerrará estaciones de L1 por mantenimiento

Noticentro

Play Episode Listen Later Nov 27, 2025 1:10 Transcription Available


Diputadas exigen disculpa a Fernández Noroña Detienen a tres sospechosos por mortal incendio en Hong KongEn 2009 se conoció encubrimiento de abusos en la Iglesia irlandesaMás información en nuestro podcast 

Oxigênio
#206 – Traduzir a Antiguidade: memória e política nos textos greco-romanos

Oxigênio

Play Episode Listen Later Nov 27, 2025 41:07


Você já parou pra pensar quem traduz os livros que você lê e como esse trabalho molda a forma como entende o mundo? Neste episódio, Lívia Mendes e Lidia Torres irão nos conduzir em uma viagem no tempo para entendermos como os textos gregos e latinos chegam até nós. Vamos descobrir por que traduzir é sempre também interpretar, criar e disputar sentidos. Conversamos com Andrea Kouklanakis, professora permanente na Hunter College, Nova York, EUA, e Guilherme Gontijo Flores, professor da Universidade Federal do Paraná. Eles compartilharam suas trajetórias no estudo de línguas antigas, seus desafios e descobertas com o mundo da tradução e as questões políticas, históricas e estéticas que a prática e as teorias da tradução abarcam. Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. O roteiro foi escrito por Lívia Mendes e a revisão é de Lidia Torres e Mayra Trinca. A edição é de Daniel Rangel. Se você gosta de literatura, história, tradução ou quer entender novas formas de aproximar o passado do presente, esse episódio é pra você. __________________________________________________________________ ROTEIRO [música, bg] Lívia: Quem traduziu o livro que você está lendo? Lívia: E se você tivesse que aprender todas as línguas dos clássicos que deseja ler? Aqueles livros escritos em russo, alemão ou qualquer outra língua diferente da sua? Lívia: E aqueles livros das literaturas que foram escritas em línguas que chamamos antigas, como o latim e o grego? Lidia: A verdade é que, na maioria das vezes, a gente não pensa muito sobre essas questões. Mas, no Brasil, boa parte dos livros que lemos, tanto literários quanto teóricos, não chegaria até a gente se não fossem os tradutores. Lidia: Essas obras, que fazem parte de todo um legado social, filosófico e cultural da nossa sociedade, só chegaram até nós por causa do trabalho cuidadoso de pesquisadores e tradutores dessas línguas, que estão tão distantes, mas ao mesmo tempo, tão próximas de nós. [música de transição] Lívia: Eu sou a Lívia Mendes. Lidia: E eu sou a Lidia Torres. Lívia: Você já conhece a gente aqui do Oxigênio e no episódio de hoje vamos explorar como traduzimos, interpretamos e recebemos textos da Antiguidade greco-romana. Lidia: E, também vamos pensar por que essas obras ainda hoje mobilizam debates políticos, culturais e estéticos. Lívia: Vem com a gente explorar o mundo da antiguidade greco-romana que segue tão presente na atualidade, especialmente por meio da tradução dos seus textos. [vinheta O2] Andrea [1:05-2:12]: Então, meu nome é Andrea Kouklanakis e, eu sou brasileira, nasci no Brasil e morei lá até 21 anos quando eu emigrei para cá. Lívia: O “cá” da Andrea é nos Estados Unidos, país que ela se mudou ainda em 1980, então faz um tempo que ela mora fora do Brasil. Mas mesmo antes de se mudar, ela já tinha uma experiência com o inglês. Andrea Kouklanakis: Quando eu vim pra cá, eu não tinha terminado faculdade ainda, eu tinha feito um ano e meio, quase dois anos na PUC de São Paulo. Ah, e mas chegou uma hora que não deu mais para arcar com a responsabilidade financeira de matrícula da PUC, de mensalidades, então eu passei um tempo trabalhando só, dei aulas de inglês numa dessas escolas assim de business, inglês pra business people e que foi até legal, porque eu era novinha, acho que eu tinha 18, 19 anos e é interessante que todo mundo era mais velho que eu, né? Os homens de negócios, as mulheres de negócio lá, mas foi uma experiência legal e que também, apesar de eu não poder estar na faculdade daquela época, é uma experiência que condiz muito com o meu trabalho com línguas desde pequena. Lívia: Essa que você ouviu é a nossa primeira entrevistada no episódio de hoje, a professora Andrea Kouklanakis. Como ela falou ali na apresentação, ela se mudou ainda jovem pros Estados Unidos. Lidia: E, como faz muito tempo que ela se comunica somente em inglês, em alguns momentos ela acaba esquecendo as palavras em português e substitui por uma palavra do inglês. Então, a conversa com a Andrea já é um início pra nossa experimentação linguística neste episódio. Andrea Kouklanakis: Eu sou professora associada da Hunter College, que faz parte da cidade universitária de Nova York, City University of New York. E eles têm vários campus e a minha home college é aqui na Hunter College, em Manhattan. Eh, eu sou agora professora permanente aqui. Lívia: A professora Andrea, que conversou com a gente por vídeo chamada lá de Nova Iorque, contou que já era interessada por línguas desde pequena. A mãe dela trabalhava na casa de uma professora de línguas, com quem ela fez as primeiras aulas. E ela aprendeu também algumas palavras da língua materna do seu pai, que é grego e mais tarde, estudou francês e russo na escola. Lidia: Mas, além de todas essas línguas, hoje ela trabalha com Latim e Grego.Como será que essas línguas antigas entraram na vida da Andrea? Andrea Kouklanakis: Então, quando eu comecei aqui na Hunter College, eu comecei a fazer latim porque, bom, quando você tem uma língua natal sua, você é isenta do requerimento de línguas, que todo mundo tem que ter um requerimento de língua estrangeira na faculdade aqui. Então, quando eu comecei aqui, eu fiquei sabendo, que eu não precisava da língua, porque eu tinha o português. Mas, eu falei: “É, mas eu peguei pensando a língua é o que eu quero, né?” Então, foi super assim por acaso, que eu tava olhando no catálogo de cursos oferecidos. Aí eu pensei: “Ah, Latim, OK. Why not?. Por que não, né? Uma língua antiga, OK. Lívia: A professora Andrea, relembrando essa escolha por cursar as disciplinas de Latim, quando chegou na Hunter College, percebeu que ela gostou bastante das aulas por um motivo afetivo e familiar com a maneira com que ela tinha aprendido a língua portuguesa aqui no Brasil, que era diferente da forma como seus colegas estadunidenses tinham aprendido o inglês, sem muita conexão com a gramática. Lidia: Ela gostava de estudar sintaxe, orações subordinadas e todas essas regras gramaticais, que são muito importantes pra quem quer estudar uma língua antiga e mais pra frente a gente vai entender bem o porquê. [som de ícone] Lívia: sintaxe, é a parte da gramática que estuda como as palavras se organizam dentro das frases pra formar sentidos. Ela explica quem é o sujeito, o que é o verbo, quais termos completam ou modificam outros, e assim por diante. [som de ícone]: Lívia: Oração subordinada é uma frase que depende de outra para ter sentido completo. Ela não “anda sozinha”: precisa da oração principal pra formar o significado total. [música de transição] Lidia: E, agora, você deve estar se perguntando, será que todo mundo que resolve estudar língua antiga faz escolhas parecidas com a da professora Andrea? Lidia: É isso que a gente perguntou pro nosso próximo entrevistado. Guilherme Gontijo: Eu sou atualmente professor de latim na UFPR, no Paraná, moro em Curitiba. Mas, eu fiz a minha graduação em letras português na UFES, na Federal do Espírito Santo. E lá quando eu tive que fazer as disciplinas obrigatórias de latim, eu tinha que escolher uma língua complementar, eu lembro que eu peguei italiano porque eu estudava francês fora da universidade e eu tinha que estudar o latim obrigatório. Estudei latim com Raimundo Carvalho. Lívia: Bom, parece que o Guilherme teve uma trajetória parecida com a da Andrea e gostar de estudar línguas é uma das premissas pra se tornar um estudioso de latim e de grego. Lidia: O professor Raimundo de Carvalho, que o Guilherme citou, foi professor de Latim da Federal do Espírito Santo. Desde a década de 80 ele escreve poesias e é um importante estudioso da língua latina. Ele quem traduziu a obra Bucólicas, do Vírgílio, um importante poeta romano, o autor da Eneida, que talvez você já deva ter ouvido falar. O professor Raimundo se aposentou recentemente, mas segue trabalhando na tradução de Metamorfoses, de outro poeta romano, o Ovídio. Lívia: O Guilherme contou o privilégio que foi ter tido a oportunidade de ser orientado de perto pelo professor Raimundo. Guilherme Gontijo: Eu lembro que eu era um aluno bastante correto, assim, eu achava muito interessante aprender latim, mas eu estudei latim pensando que ele teria algum uso linguístico pras pessoas que estudam literatura brasileira. E quando ele levou Catulo pra traduzir, eu lembro de ficar enlouquecido, assim, foi incrível e foi a primeira vez na minha vida que eu percebi que eu poderia traduzir um texto de poema como um poema. E isso foi insistivo pra mim, eu não tinha lido teoria nenhuma sobre tradução. Lívia: Um episódio sobre literatura antiga traz esses nomes diferentes, e a gente vai comentando e explicando. O Catulo, que o Guilherme citou, foi um poeta romano do século I a.C.. Ele é conhecido por escrever odes, que são poemas líricos que expressam admiração, elogio ou reflexão sobre alguém, algo ou uma ideia. A obra do Catulo é marcada pelos poemas que ele dedicou a Lésbia, figura central de muitos dos seus versos. Guilherme Gontijo: Eu fiz as duas disciplinas obrigatórias de latim, que é toda a minha formação oficial de latim, acaba aí. E passei a frequentar a casa do Raimundo Carvalho semanalmente, às vezes duas vezes por semana, passava a tarde inteira tendo aula de latim com ele, lendo poetas romanos ou prosa romana e estudava em casa e ele tirava minhas dúvidas. Então, graças à generosidade do Raimundo, eu me tornei latinista e eu não tinha ideia que eu, ainda por cima, teria ali um mestre, porque ele é poeta, é tradutor de poesia. Lidia: Essa conexão com a língua latina fez o Guilherme nunca mais abandonar a tradução. Ele disse que era uma forma natural de conseguir conciliar o seu interesse intelectual acadêmico e o lado criativo, já que desde o início da graduação ele já era um aspirante a poeta. Lívia: É importante a gente lembrar que o Guilherme tem uma vasta carreira como autor, poeta e tradutor e já vamos aproveitar pra deixar algumas dicas dos livros autorais e dos autores que ele traduziu. Lívia: Guilherme é autor dos poemas de carvão :: capim (2018), Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), Arcano 13 em parceria com Marcelo Ariel. Ele também escreveu o romance História de Joia (2019) e os livros de ensaios Algo infiel: corpo performance tradução (2017) em parceria com Rodrigo Gonçalves e A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (2018). Se aventurou pelo infanto-juvenil com os livros A Mancha (2020) e o Coestelário (2021), ambos em parceria com Daniel Kondo. E traduziu autores como Safo, Propércio, Catulo, Horácio, Rabelais e Whitman. Lidia: Os poetas Rabelais e Whitman são autores modernos, viveram nos séculos XVI e XIX, já os outros poetas são da antiguidade romana, aquele período aproximadamente entre o século IV a.C. e o século V d.C. Lívia: Então, o Guilherme traduz tanto textos de línguas modernas quanto de línguas antigas. E, a gente perguntou pra ele se existe alguma diferença no trabalho do tradutor quando vai traduzir um texto de uma língua moderna, que está mais próxima de nós no tempo, e quando vai traduzir do latim ou do grego, que são línguas mais distantes temporalmente. Lívia: O Guilherme falou que quando ele vai traduzir de uma língua moderna pra outra língua moderna existem duas possibilidades: traduzir diacronicamente, que é quando o tradutor escreve o texto na língua produzida como se fosse da época mesmo que ele foi escrito. E a outra possibilidade é traduzir deslocando o autor temporalmente, e fazendo a linguagem do texto conversar com a linguagem contemporânea. Lidia: Pode parecer um pouco confuso de início, mas ouve só o exemplo do Guilherme da experiência de tradução que ele teve com o Rimbaud, que é um autor francês. Guilherme Gontijo: Por exemplo, fui traduzir Rimbaud, o Rimbaud do século XIX. Quando eu vou traduzir, eu posso tentar traduzir pensando diacronicamente e aí eu vou tentar traduzir o Rimbaud pra ele parecer um poeta do século XIX em português. E aí eu vou dar essa sensação de espaço temporal pro leitor contemporâneo agora. É, o Guilherme de Almeida fez um experimento genial assim, traduzindo o poeta francês François Villon para uma espécie de pastiche de galego-português, botando a linha temporal de modo que é isso, Villon é difícil para um francês ler hoje, que a língua francesa já sofreu tanta alteração que muitas vezes eles leem numa espécie de edição bilíngue, francês antigo, francês moderno. A gente também tem um pouco essa dificuldade com o galego-português, que é a língua literária da Península ali pra gente, né? Ah, então essa é uma abordagem. Outra abordagem, eu acho que a gente faz com muito menos frequência, é tentar deslocar a relação da temporalidade, ou seja, traduzir Rimbaud, não para produzir um equivalente do Rimbaud, século XIX no Brasil, mas pra talvez criar o efeito que ele poderia criar nos seus contemporâneos imediatos. Lívia: Ou seja, a ideia aqui seria escrever um texto da maneira como se escreve hoje em dia, meio que transpondo a história no tempo. Lidia: Pra quem não conhece, fica aqui mais uma dica de leitura: o poeta francês Arthur Rimbaud, que o Guilherme citou, viveu entre 1854 e 1891 e escreveu quase toda sua obra ainda adolescente. Ele renovou a poesia moderna com imagens ousadas, experimentação formal e uma vida marcada pela rebeldia. Abandonou a literatura muito jovem e passou o resto da vida viajando e trabalhando na África. Lívia: Mas, e pra traduzir da língua antiga, será que esse dois caminhos também são possíveis? Guilherme Gontijo: Quando eu vou traduzir do latim, por exemplo, eu não tenho esse equivalente. Não existe o português equivalente de Propércio. O português equivalente de Propércio como língua literária é o próprio latim. Lívia: Ou seja, o que o Guilherme quis dizer é que não existe uma possibilidade de traduzir um texto latino como ele soava na antiguidade, porque o latim é a língua que originou as línguas modernas latinas, e a língua portuguesa é uma delas, junto com o espanhol, o francês e o italiano. Lidia: Mas, o que pode acontecer é uma classicização dos textos antigos e o Guilherme enfatizou que acontece muito nas traduções que a gente tem disponível do latim pro português. A classicização, nesses casos, é traduzir os textos da antiguidade com o português do século XVIII ou XIX, transformando esses textos em clássicos também pra nós. Guilherme Gontijo:Curiosamente, a gente, quando estuda os clássicos, a gente sempre fala: “Não, mas isso é moderno demais. Será que ele falaria assim?” Acho curioso, quando, na verdade, a gente vendo que os clássicos tão falando sobre literatura, eles parecem não ter esses pudores. Aliás, eles são bem menos arqueológicos ou museológicos do que nós. Eles derrubavam um templo e botavam outro templo em cima sem pensar duas vezes enquanto nós temos muito mais pudores. Então, a minha abordagem atual de traduzir os clássicos é muito tentar usar as possibilidades do português brasileiro, isso é muito marcado pra mim, uma das variedades do português brasileiro, que é a minha, né? De modo ativo. Lívia: Só pra dar um exemplo do que faz a língua soar clássica, seria o uso do pronome “tu” ao invés de “você”, ou, os pronomes oblíquos como “eu te disse” ou “eu te amo”, porque ninguém fala “eu lhe amo” no dia a dia. Lidia: E esse é justamente o ponto quando a gente fala de tradução do texto antigo. Eles não vão ter um equivalente, e a gente não tem como traduzir por algo da mesma época. Guilherme Gontijo: Então, a gente precisa fazer um exercício especulativo, experimental, pra imaginar os possíveis efeitos daqueles textos no seu mundo de partida, né? A gente nunca vai saber o sabor exato de um texto grego ou romano, porque por mais que a gente tenha dicionário e gramática, a gente não tem o afeto, aquele afeto minucioso da língua que a gente tem na nossa. Lívia: Essas questões de escolhas de tradução, que podem aproximar ou afastar a língua da qual vai se traduzir pra língua que será traduzida se aproximam das questões sociais e políticas que são intrínsecas à linguagem. [música de transição] Lidia: Assim como qualquer outro texto, os escritos em latim ou grego nunca serão neutros. Mesmo fazendo parte de um mundo tão distante da gente, eles reproduzem projetos políticos e identitários tanto da antiguidade quanto dos atuais. Andrea Kouklanakis: Eu acho que esse aspecto político e histórico dos estudos clássicos é interessante porque é uma coisa quando você tá fazendo faculdade, quando eu fiz pelo menos, a gente não tinha muita ideia, né? Você tava completamente sempre perdida no nível microscópico da gramática, né? De tentar a tradução, essas coisas, você tá só, completamente submersa nos seus livros, no seu trabalho de aula em aula, tentando sobreviver ao Cícero. Lívia: Como a Andrea explicou, os estudos que chamamos de filológicos, soam como uma ciência objetiva. Eles tentam achar a gênese de um texto correto, como uma origem e acabam transformando os estudos clássicos em um modelo de programa de império ou de colonização. Andrea Kouklanakis: Então, por exemplo, agora quando eu dou aula sobre o legado dos estudos clássicos na América Latina Agora eu sei disso, então com os meus alunos a gente lê vários textos primários, né, e secundários, que envolvem discurso de construção de nação, de construção de império, de construção do outro, que são tecidos com os discursos clássicos, né, que é essa constante volta a Atenas, a Roma, é, o prestígio dos estudos clássicos, né? Então, a minha pesquisa se desenvolveu nesse sentido de como que esses latino afro brasileiros, esses escritores de várias áreas, como que eles lidaram na evolução intelectual deles, na história intelectual deles, como que eles lidaram com um ramo de conhecimento que é o centro do prestígio. Eles mesmo incorporando a falta de prestígio completa. O próprio corpo deles significa ausência total de prestígio e como que eles então interagem com uma área que é o centro do prestígio, sabe? Lidia: Então, como você percebeu, a Andrea investiga como os escritores afro-latino-americanos negociaram essa tradição clássica, símbolo máximo de prestígio, com suas histórias incorporadas a um lugar sem prestígio, marcadas em seus corpos pelo tom de pele. Lívia: Esse exercício que a professora Andrea tem feito com seus alunos na Hunter College tem sido uma prática cada vez mais presente nos Estudos Clássicos da América Latina e aqui no Brasil. É um exercício de colocar um olhar crítico pro mundo antigo e não apenas como uma forma de simplesmente celebrar uma antiguidade hierarquicamente superior a nós e a nossa história. Lidia: Nesse ponto, é importante a gente pontuar que a professora Andrea fala de um lugar muito particular, porque ela é uma mulher negra, brasileira, atuando em uma universidade nos Estados Unidos e em uma área de estudos historicamente tradicional. Lívia: Ela relatou pra gente um pouco da sua experiência como uma das primeiras mulheres negras a se doutorar em Estudos Clássicos em Harvard. Andrea Kouklanakis: Eu também não queria deixar de dizer que, politicamente, o meu entendimento como classista foi mais ou menos imposto de fora pra mim, sobre mim como uma mulher de cor nos estudos clássicos, porque eu estava exatamente na década de final de 90, meio final de 90, quando eu comecei a fazer os estudos clássicos na Harvard e foi coincidentemente ali quando também saiu, acho que o segundo ou terceiro volume do Black Athena, do Bernal. E, infelizmente, então, coincidiu com eu estar lá, né? Fazendo o meu doutorado nessa época. E na época existiam esses chat rooms, você podia entrar no computador e é uma coisa estranha, as pessoas interagiam ali, né? O nível de antipatia e posso até dizer ódio mesmo que muitas pessoas expressavam pela ideia de que poderia existir uma conexão entre a Grécia e a África, sabe? A mera ideia. Era uma coisa tão forte sabe, eu não tinha a experiência ou a preparação psicológica de receber esse tipo de resposta que era com tantos ânimos, sabe? Lidia: Com esse relato, a professora Andrea revelou pra gente como o preconceito com a população negra é tão explícita nos Estados Unidos e como ela, mesmo tendo passado a infância e a adolescência no Brasil, sentiu mais os impactos disso por lá. Lívia: Mas, fora o preconceito racial, historicamente construído pelas nossas raízes de colonização e escravização da população negra, como estudiosa de Estudos Clássicos, foi nessa época que a Andrea percebeu que existia esse tipo de discussão e que ainda não estava sendo apresentada pra ela na faculdade. Andrea Kouklanakis: Depois que eu me formei, eu entrei em contato com a mulher que era diretora de admissão de alunos e ela confirmou pra mim que é eu acho que eu sou a primeira pessoa de cor a ter um doutorado da Harvard nos Estudos Clássicos. E eu acho que mesmo que eu não seja a primeira pessoa de cor fazendo doutorado lá, provavelmente eu sou a primeira mulher de cor. Lidia: Vamos destacar agora, alguns pontos significativos do relato da professora Andrea. [som de ícone] Lívia: O livro que ela citou é o Black Athena, do estudioso de história política Martin Bernal. A teoria criada pelo autor afirmava que a civilização clássica grega na realidade se originou de culturas da região do Crescente Fértil, Egito, Fenícia e Mesopotâmia, ao invés de ter surgido de forma completamente independente, como tradicionalmente é colocado pelos historiadores germânicos. [som de ícone] Lívia: Ao propor uma hipótese alternativa sobre as origens da Grécia antiga e da civilização clássica, o livro fomentou discussões relevantes nos estudos da área, gerando controvérsias científicas, ideológicas e raciais. [som de ícone] Lidia: Em contrapartida às concepções racistas vinda de pesquisadores, historiadores e classicistas conservadores, a professora Andrea citou também um aluno negro de Harvard, o historiador e classicista Frank Snowden Jr.. [som de ícone] Lívia: Entre seus diversos estudos sobre a relação de brancos e negros na antiguidade, está o livro Before Color Prejudice: The Ancient View of Black, em português, Antes do Preconceito Racial: A Visão Antiga dos Negros. Um aprofundamento de suas investigações sobre as relações entre africanos e as civilizações clássicas de Roma e da Grécia e demonstra que os antigos não discriminavam os negros por causa de sua cor. [som de ícone] Lidia: O livro lança luz pra um debate importantíssimo, que é a diferença de atitudes dos brancos em relação aos negros nas sociedades antigas e modernas, além de observar que muitas das representações artísticas desses povos se assemelham aos afro-americanos da atualidade. Andrea Kouklanakis: Mas, então é isso, então essa coisa política é uma coisa que foi imposta, mas a imposição foi até legal porque aí me levou a conhecer e descobrir e pesquisar essa área inteira, que agora é uma coisa que eu me dedico muito, que é olhar qual que é a implicação dos estudos clássicos na política, na raça, na história e continuando dando as minhas aulas e traduzindo, fazendo tradução, eu adoro tradução, então, esse aspecto do estudo clássico, eu sempre gostei. [música de transição] Lívia: O Guilherme também falou pra gente sobre essa questão política e histórica dos Estudos Clássicos, de que ficar olhando pro passado como objeto desvinculado, nos impede de poder articular essas discussões com a política do presente. Guilherme Gontijo: E acho que o resultado quando a gente faz isso é muitas vezes colocar os clássicos como defensores do status quo, que é o que o um certo império brasileiro fez no período de Dom Pedro, é o que Mussolini fez também. Quer dizer, vira propaganda de estado. Lidia: Mas, ao contrário, quando a gente usa os clássicos pra pensar as angústias do presente, a gente percebe que é uma área de estudos que pode ser super relevante e super viva pra qualquer conversa do presente. Lívia: E, na tradução e na recepção desses textos antigos, como será que essas questões aparecem? O Guilherme deu um exemplo pra gente, de uma tradução que ele fez do poeta romano Horácio. [som de ícone] Lidia: Horácio foi um poeta romano do século I a.C., famoso por escrever poesias nos formatos de Odes, Sátiras e Epístolas, e defendia a ideia do “justo meio” — evitar excessos e buscar a medida certa na vida. Guilherme Gontijo: Tô lembrando aqui de uma ode de Horácio, acho que esse exemplo vai ser bom. Em que ele termina o poema oferecendo um vai matar um cabrito pra uma fonte, vai oferendar um cabrito para uma fonte. E quando eu tava traduzindo, vários comentadores lembravam de como essa imagem chocou violentamente o século XIX na recepção. Os comentadores sempre assim: “Como assim, Horácio, um homem tão refinado vai fazer um ato tão brutal, tão irracional?” Quer dizer, isso diz muito mais sobre a recepção do XIX e do começo do XX, do que sobre Horácio. Porque, assim, é óbvio que Horácio sacrificaria um cabrito para uma fonte. E nisso, ele não está escapando em nada do resto da sua cultura. Agora, é curioso como, por exemplo, o nosso modelo estatal coloca a área de clássicas no centro, por exemplo, dos cursos de Letras, mas acha que práticas do Candomblé, que são análogas, por exemplo, você pode oferecer animais para divindades ou mesmo para águas, seriam práticas não não não racionais ou não razoáveis ou sujas ou qualquer coisa do tipo, como quiserem. Né? Então, eu acho que a gente pode e esse é o nosso lugar, talvez seja nossa missão mesmo. Lívia: Como o Guilherme explicou, nós no Brasil e na América Latina temos influência do Atlântico Negro, das línguas bantas, do candomblé, da umbanda e temos um aporte, tanto teórico quanto afetivo, pra pensar os clássicos, a partir dessas tradições tão próximas, que a própria tradição europeia tem que fazer um esforço gigantesco pra chegar perto, enquanto pra gente é natural. Lidia: E não podemos nos esquecer também da nossa convivência com várias etnias indígenas, que possuem comparações muito fortes entre essas culturas. Guilherme Gontijo: Eu diria, eu entendo muito melhor o sentido de um hino arcaico, grego, ouvindo uma cantiga de terreiro no Brasil, do que só comparando com literatura. Eu acho que é relevante para a área de clássicas, não é uma mera curiosidade, sabe? Então, eu tenho cada vez mais lido gregos e romanos à luz da antropologia moderna, contemporaneíssima, sabe? Eu acho que muitos frutos aparecem de modo mais exemplar ou mais óbvio quando a gente faz essa comparação, porque a gente aí tira de fato os clássicos do lugar de clássicos que lhes é dado. [música de transição] Lívia: Pra além dessas discussões teóricas e políticas, a tradução é também um ato estético e existem algumas formas de repensar a presença da poesia antiga no mundo contemporâneo a partir de uma estética aplicada na linguagem e nos modos de traduzir. Lidia: No caso do Guilherme, ele vem trabalhando há um tempo com a tradução como performance. Guilherme Gontijo: E aí eu pensei: “Não, eu poderia traduzir Horácio para cantar”. Eu vou aprender a cantar esses metros antigos e vou cantar a tradução na mesmíssima melodia. Quer dizer, ao invés de eu pensar em metro no sentido do papel, eu vou pensar em metro no sentido de uma vocalidade. E foi isso que eu fiz. Foi o meu o meu doutorado, isso acabou rendendo a tradução de Safo. Lívia: Além das traduções publicadas em livros e artigos, o Guilherme também coloca essas performances na rua com o grupo Pecora Loca, que desde 2015 se propõe a fazer performances de poemas antigos, medievais e, às vezes, modernos, como um modo de ação poética. Lidia: Inclusive a trilha sonora que você ouviu ali no início deste trecho é uma das performances realizada pelo grupo, nesse caso do poema da Ode 34 de Horácio, com tradução do próprio Guilherme e música de Guilherme Bernardes, que o grupo gentilmente nos passou. Guilherme Gontijo: Isso pra mim foi um aprendizado teórico também muito grande, porque você percebe que um poema vocal, ele demanda pra valorizar a sua ou valorar a sua qualidade, também a performance. Quer dizer, o poema não é só um texto no papel, mas ele depende de quem canta, como canta, qual instrumento canta. Lívia: O Guilherme explicou que no início eles usavam instrumentos antigos como tímpano, címbalo, lira e até uma espécie de aulos. Mas, como, na verdade, não temos informações precisas sobre como era a musicalidade antiga, eles resolveram afirmar o anacronismo e a forma síncrona de poesia e performance, e, atualmente, incorporaram instrumentos modernos ao grupo como a guitarra elétrica, o baixo elétrico, o teclado e a bateria. Guilherme Gontijo: Então, a gente tem feito isso e eu acho que tem um gesto político, porque é muito curioso que a gente vai tocar num bar e às vezes tem alguém desavisado e gosta de Anacreonte. Olha, caramba, adorei Anacreonte. É, é, e ela percebe que Anacreonte, ela ouviu a letra e a letra é basicamente: “Traga um vinho para mim que eu quero encher a cara”. Então ela percebe que poesia antiga não é algo elevado, para poucos eleitos capazes de depreender a profundidade do saber grego. Ó, Anacreonte é poema de farra. Lidia: A partir da performance as pessoas se sentem autorizadas a tomar posse dessa herança cultural e a se relacionar com ela. O que cria uma forma de divulgar e difundir os Estudos Clássicos a partir de uma relação íntima, que é a linguagem musical. Guilherme Gontijo: E a experiência mais forte que eu tive nisso, ela é do passado e foi com o Guilherme Bernardes. Lembro que dei uma aula e mostrei a melodia do Carpe Diem, do Horácio. Da Ode. E tava lá mostrando o poema, sendo bem técnico ali, como é que explica o metro, como é que põe uma melodia, etc, etc. E uns três dias depois ele me mandou uma gravação que ele fez no Garage Band, totalmente sintética. De uma versão só instrumental, quer dizer, o que ele mais curtiu foi a melodia. E a gente às vezes esquece disso, quer dizer, um aspecto da poesia arcaica ou da poesia oral antiga romana é que alguém poderia adorar a melodia e nem prestar tanta atenção na letra. E que continuariam dizendo: “É um grande poeta”. Eu senti uma glória quando eu pensei: “Caraca, um asclepiadeu maior tocou uma pessoa como melodia”. A pessoa nem se preocupou tanto que é o poema do Carpe Diem, mas a melodia do asclepiadeu maior. [som de ícone] Lívia: Só por curiosidade, “asclepiadeu maior” é um tipo de verso poético greco-latino composto por um espondeu, dois coriambos e um iambo. Você não precisa saber como funcionam esses versos na teoria. Essa forma poética foi criada pelo poeta lírico grego Asclepíades de Samos, que viveu no século III a.C., por isso o nome, o mais importante é que foi o verso utilizado por Horácio em muitas de suas odes. [música de transição] Lidia: Agora, já encaminhando para o final do nosso episódio, não podemos ir embora sem falar sobre o trabalho de recepção e tradução realizado pela professora Andrea, lá na Hunter College, nos EUA. Lívia: Além do seu projeto sobre a presença dos clássicos nas obras de escritores afro-latino-americanos, com foco especial no Brasil, de autores como Lima Barreto, Luís Gama, Juliano Moreira e Auta de Sousa. A professora também publicou o livro Reis Imperfeitos: Pretendentes na Odisseia, Poética da Culpa e Sátira Irlandesa, pela Harvard University Press, em 2023, e as suas pesquisas abarcam a poesia homérica, a poética comparada e as teorias da tradução. Lidia: A professora Andrea faz um exercício muito importante de tradução de autores negros brasileiros pro inglês, não somente das obras literárias, mas também de seus pensamentos teóricos, pra que esses pensamentos sejam conhecidos fora do Brasil e alcance um público maior. Lívia: E é muito interessante como a relação com os estudos da tradução pra professora Andrea também tocam em um lugar muito íntimo e pessoal, assim como foi pro Guilherme nas suas traduções em performances. Lidia: E ela contou pra gente um pouco dessa história. Andrea Kouklanakis: Antes de falar da língua, é eu vou falar que, quando eu vejo a biografia deles, especialmente quando eu passei bastante tempo com o Luiz Gama. O que eu achei incrível é o nível de familiaridade de entendimento que eu tive da vida corriqueira deles. Por exemplo, Cruz e Souza, né? A família dele morava no fundo lá da casa, né? Esse tipo de coisa assim. O Luiz Gama também quando ele fala do aluno lá que estava na casa quando ele foi escravizado por um tempo, quando ele era criança, o cara que escravizou ele tinha basicamente uma pensão pra estudantes, que estavam fazendo advocacia, essas coisas, então na casa tinham residentes e um deles ensinou ele a ler, a escrever. O que eu achei interessantíssimo é que eu estou há 100 anos separada desse povo, mas a dinâmica social foi completamente familiar pra mim, né? A minha mãe, como eu te falei, ela sempre foi empregada doméstica, ela já se aposentou há muito tempo, mas a vida dela toda inteira ela trabalhou como empregada doméstica. E pra mim foi muito interessante ver como que as coisas não tinham mudado muito entre a infância de alguém como Cruz e Souza e a minha infância, né? Obviamente ninguém me adotou, nada disso, mas eu passei muito tempo dentro da casa de família. que era gente que tinha muito interesse em ajudar a gente, em dar, como se diz, a scholarship, né? O lugar que a minha mãe trabalhou mais tempo assim, continuamente por 10 anos, foi, aliás, na casa do ex-reitor da USP, na década de 70 e 80, o Dr. Orlando Marques de Paiva. Lívia: Ao contar essa história tão íntima, a Andrea explicou como ela tenta passar essa coincidência de vivências, separada por cem anos ou mais no tempo, mas que, apesar de todo avanço na luta contra desigualdades raciais, ainda hoje refletem na sua memória e ainda são muito estáticas. Lidia: Essa memória reflete na linguagem, porque, como ela explicou, esses autores utilizam muitas palavras que a gente não usa mais, porque são palavras lá do século XVIII e XIX, mas o contexto chega pra ela de uma forma muito íntima e ainda viva, por ela ter vivenciado essas questões. Andrea Kouklanakis: Eu não sou poeta, mas eu tô dando uma de poeta, sabe? E quando eu percebo que tem algum estilo assim, a Auta de vez em quando tem um certo estilo assim, ambrósia, não sei do quê, sabe? Eu sei que ela está querendo dizer perfume, não sei o quê, eu não vou mudar, especialmente palavras, porque eu também estou vindo da minha perspectiva é de quem sabe grego e latim, eu também estou interessada em palavras que são em português, mas são gregas. Então, eu preservo, sabe? Lívia: Então, pra Andrea, no seu trabalho tradutório ela procura mesclar essas duas questões, a sua relação íntima com os textos e também a sua formação como classicista, que pensa a etimologia das palavras e convive com essa multiplicidade de línguas e culturas, caminhando entre o grego, o latim, o inglês e o português. [música de transição] [bg] Lidia: Ao ouvir nossos convidados de hoje, a Andrea Koclanakis e o Guilherme Gontijo Flores, percebemos que traduzir textos clássicos é muito mais do que passar palavras de uma língua pra outra. É atravessar disputas políticas, revisitar o passado com olhos do presente, reconstruir memórias coloniais e imaginar novos modos de convivência com as tradições antigas. Lívia: A tradução é pesquisa, criação, crítica e também pode ser transformação. Agradecemos aos entrevistados e a você que nos acompanhou até aqui! [música de transição] [créditos] Livia: O roteiro desse episódio foi escrito por mim, Lívia Mendes, que também fiz a locução junto com a Lidia Torres. Lidia: A revisão foi feita por mim, Lidia Torres e pela Mayra Trinca. Lidia: Esse episódio faz parte do trabalho de divulgação científica que a Lívia Mendes desenvolve no Centro de Estudos Clássicos e Centro de Teoria da Filologia, vinculados ao Instituto de Estudos da Linguagem e ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, financiado pelo projeto Mídia Ciência da FAPESP, a quem agradecemos pelo financiamento. Lívia: Os trabalhos técnicos são de Daniel Rangel. A trilha sonora é de Kevin MacLeod e também gentilmente cedida pelo grupo Pecora Loca. A vinheta do Oxigênio foi produzida pelo Elias Mendez. Lidia: O Oxigênio conta com apoio da Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp. Você encontra a gente no site oxigenio.comciencia.br, no Instagram e no Facebook, basta procurar por Oxigênio Podcast. Lívia: Pra quem chegou até aqui, tomara que você tenha curtido passear pelo mundo da antiguidade greco-romana e entender um pouco de como os textos antigos chegam até nós pela recepção e tradução. Você pode deixar um comentário, na sua plataforma de áudio favorita, contando o que achou. A gente vai adorar te ver por lá! Até mais e nos encontramos no próximo episódio. [vinheta final]

Épocas Épicas
La guerra civil irlandesa

Épocas Épicas

Play Episode Listen Later Nov 5, 2025 28:36


Viajamos a una Irlanda dividida entre la esperanza y la tragedia. Después de años de lucha contra el Imperio Británico, el Tratado Anglo-Irlandés prometía independencia… pero también sembró discordia entre quienes lo apoyaban y quienes lo veían como una traición al sueño republicano. ✍️ Michael Collins, el estratega carismático que firmó el tratado, y Éamon de Valera, el idealista que lo rechazó, se convirtieron en los rostros de una guerra entre hermanos. La Guerra Civil Irlandesa (1922-1923) dejó ciudades en ruinas, familias rotas y una nación obligada a reconstruirse desde sus propias cenizas. Entre votos divididos, batallas callejeras y discursos encendidos, surgió el Estado Libre Irlandés, el primer paso hacia la Irlanda que hoy conocemos. Acompáñanos en la aventura para descubrir que la HISTORIA DE IRLANDA... ES HISTORIA.

Podcast Internacional - Agência Radioweb
Apoio de escritora irlandesa ao Palestine Action tem repercussão mundial

Podcast Internacional - Agência Radioweb

Play Episode Listen Later Aug 20, 2025 5:17


Decisão do governo britânico é considerada extrema.Esse conteúdo é uma parceria entre RW Cast e RFI.

En Casa de Herrero
Las noticias de Herrero: Madrid celebra Bloomsday, la gran fiesta literaria irlandesa en honor al Ulises de Joyce

En Casa de Herrero

Play Episode Listen Later Jun 17, 2025 24:45


Luis Herrero entrevista a Espido Freire, escritora y experta en la obra de James Joyce.

En Casa de Herrero
Tertulia Cultural: Madrid celebra Bloomsday, la gran fiesta literaria irlandesa en honor al Ulises de Joyce

En Casa de Herrero

Play Episode Listen Later Jun 16, 2025 45:51


Luis Herrero analiza con José Luis Garci, Luis Enríquez y Chema Alonso la obra del escritor irlandés.

Casus Belli Podcast
CBP417 Guerra de Independencia Irlandesa vista por los Ingleses

Casus Belli Podcast

Play Episode Listen Later Nov 27, 2024 100:22


Gran parte del mundo conoce la lucha y consecución de la independencia de Irlanda con simpatía hacia los de Dublín, pero ¿conocemos la visión británica de los hechos? Esaú Rodríguez nos cuenta un enfoque diferente de los hechos, donde la visión de los unionistas puede llegar a valer tanto como la de los independentistas. 🔗 Enlaces para Listas de Episodios Exclusivos para 💥 FANS 👉 CB FANS 💥 https://bit.ly/CBPListCBFans 👉 Histórico 📂 FANS Antes de la 2GM https://bit.ly/CBPListHis1 👉 Histórico 📂 FANS 2ª Guerra Mundial https://bit.ly/CBPListHis2 👉 Histórico 📂 FANS Guerra Fría https://bit.ly/CBPListHis3 👉 Histórico 📂 FANS Después de la G Fría https://bit.ly/CBPListHis4 Casus Belli Podcast pertenece a 🏭 Factoría Casus Belli. Casus Belli Podcast forma parte de 📀 Ivoox Originals. 📚 Zeppelin Books (Digital) y 📚 DCA Editor (Físico) http://zeppelinbooks.com son sellos editoriales de la 🏭 Factoría Casus Belli. Estamos en: 🆕 WhatsApp https://bit.ly/CasusBelliWhatsApp 👉 X/Twitter https://twitter.com/CasusBelliPod 👉 Facebook https://www.facebook.com/CasusBelliPodcast 👉 Instagram estamos https://www.instagram.com/casusbellipodcast 👉 Telegram Canal https://t.me/casusbellipodcast 👉 Telegram Grupo de Chat https://t.me/casusbellipod 📺 YouTube https://bit.ly/casusbelliyoutube 👉 TikTok https://www.tiktok.com/@casusbelli10 👉 https://podcastcasusbelli.com 👨💻Nuestro chat del canal es https://t.me/casusbellipod ⚛️ El logotipo de Casus Belli Podcasdt y el resto de la Factoría Casus Belli están diseñados por Publicidad Fabián publicidadfabian@yahoo.es 🎵 La música incluida en el programa es Ready for the war de Marc Corominas Pujadó bajo licencia CC. https://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/ El resto de música es bajo licencia privada de Epidemic Music, Jamendo Music o SGAE SGAE RRDD/4/1074/1012 de Ivoox. 🎭Las opiniones expresadas en este programa de pódcast, son de exclusiva responsabilidad de quienes las trasmiten. Que cada palo aguante su vela. 📧¿Quieres contarnos algo? También puedes escribirnos a casus.belli.pod@gmail.com ¿Quieres anunciarte en este podcast, patrocinar un episodio o una serie? Hazlo a través de 👉 https://www.advoices.com/casus-belli-podcast-historia Si te ha gustado, y crees que nos lo merecemos, nos sirve mucho que nos des un like, ya que nos da mucha visibilidad. Muchas gracias por escucharnos, y hasta la próxima. ¿Quieres anunciarte en este podcast? Hazlo con advoices.com/podcast/ivoox/391278 Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Projeto Mayhem
Bate-Papo Mayhem 424 - Mitologia Irlandesa e Cultura Celta - Leonni Moura

Projeto Mayhem

Play Episode Listen Later Oct 29, 2024 92:53


Bate-Papo Mayhem 424 - Leonni Moura - Mitologia Irlandesa e Cultura Celta https://projetomayhem.com.br/ O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/DIvS5lOoXyE Bate Papo Mayhem é um projeto extra desbloqueado nas Metas do Projeto Mayhem.  Todas as 3as, 5as e Sabados as 21h os coordenadores do Projeto Mayhem batem papo com algum convidado sobre Temas escolhidos pelos membros, que participam ao vivo da conversa, podendo fazer perguntas e colocações. Os vídeos ficam disponíveis para os membros e são liberados para o público em geral duas vezes por semana, às segundas e quintas feiras e os áudios são editados na forma de podcast e liberados uma vez por semana. Faça parte do projeto Mayhem: https://www.catarse.me/tdc

Meditaaccion
No.173 - Música de Uilleann Pipes(Gaita Irlandesa)

Meditaaccion

Play Episode Listen Later Aug 13, 2024 28:45


La gaita irlandesa o gaita de codo, en gaélico irlandés uilleann pipes y a veces llamadas Irish Bagpipes, es un instrumento musical de la familia de las gaitas o cornamusas. Es la gaita nacional característica de Irlanda[...] ¡Que lo disfrutes! ✅ Si desean sumarse a IVOOX solo tienen que suscribirse o darle el botón del corazoncito ❤️ y comentar : https://www.ivoox.com/podcast-meditaaccion_sq_f1707851_1.html ✅ Si nos sigues en Apple Podcast, ahora nos puedes ayudar a calificar con 5 estrellas ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️. Por favor ayúdanos a llegar a más personas. Tu calificación o Me gusta❤️ no te tomara mas de 10 segundos y ayudará a llegar a más personas. Gracias de antemano!!! Puedes visitarnos en nuestro Sitio Web, para ver el articulo completo: Web: https://meditaaccion.com Síguenos en el canal informativo de Telegram: https://t.me/meditaaccion Síguenos Instagram: https://www.instagram.com/meditaaccion_podcast/ e-Mail: contacto@meditaaccion.com

Meditaaccion
AVANCE - Música de Uilleann Pipes(Gaita Irlandesa)

Meditaaccion

Play Episode Listen Later Aug 10, 2024 1:08


✳️Les comparto una muestra de lo que se subirá el día martes al Podcast, Que lo disfruten!!! ✅¿Qué te ha parecido el nuevo avance del episodio? Ayúdanos con tu bonito corazoncito❤️ Y gracias de antemano. ✅ Si desean sumarse a IVOOX solo tienen que suscribirse o darle el botón del corazoncito ❤️ y comentar : https://www.ivoox.com/podcast-meditaaccion_sq_f1707851_1.html ✅ Si nos sigues en Apple Podcast, ahora nos puedes ayudar a calificar con 5 estrellas ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️. Por favor ayúdanos a llegar a más personas. Tu calificación o Me gusta❤️ no te tomara mas de 10 segundos y ayudará a llegar a más personas. Gracias de antemano!!! Puedes visitarnos en nuestro Sitio Web, para ver el articulo completo: Web: https://meditaaccion.com Síguenos en el canal informativo de Telegram: https://t.me/meditaaccion Síguenos Instagram: https://www.instagram.com/meditaaccion_podcast/ e-Mail: contacto@meditaaccion.com

Totus tuus
Desde la tumba de Pedro

Totus tuus

Play Episode Listen Later Jan 26, 2024 18:39


Homilía en la fiesta de san Timoteo y Tito desde la capilla Irlandesa del Vaticano

Podcast Internacional - Agência Radioweb
Polícia irlandesa faz 34 prisões após tumultos da extrema-direita em Dublin

Podcast Internacional - Agência Radioweb

Play Episode Listen Later Nov 24, 2023 0:52


A polícia irlandesa disse ter prendido 34 pessoas durante os protestos anti-imigração em Dublin nessa quinta-feira(23). A manifestação foi uma reação a um ataque raro que havia ocorrido mais cedo na capital irlandesa, no qual três crianças e dois adultos foram esfaqueados no centro da cidade.

Riesgo Existencial
NT 339d - YouTube enfrenta quejas por bloquear bloqueadores de publicidad

Riesgo Existencial

Play Episode Listen Later Nov 16, 2023 0:44


¿Recuerdas que Google está bloqueando a los bloqueadores de anuncios? Según el experto en privacidad, Alexander Hanff, esto podría ser ilegal y presentó una queja en octubre pasado ante la Comisión Irlandesa de Protección de Datos, ya que esta medida viola la privacidad del usuario. Esta queja fue presentada inicialmente ante la Comisión Europea en 2016 y aunque la comisión estuvo a favor, revirtió el rumbo con una reforma de ley en 2017. Hanff no se rindió y ha declarado que ”los scripts de detección de bloqueadores son software espía, y como tales, no se deben implementar sin consentimiento”Relacionado a esto, se espera una reunión del G7 para revisar los códigos de conductas voluntarios propuestos para la regulación de IAs.Para esta y más noticias, escucha el podcast de Noticias de Tecnología ExpressDisponible en Spotifyhttps://open.spotify.com/show/2BHTUlynDLqEE2UhdIYfMa

Previsões Econômicas
A Natalidade Chinesa Fecha Fábrica Irlandesa - Ep 273

Previsões Econômicas

Play Episode Listen Later Nov 16, 2023 12:37


Uma fábrica na Irlanda fechou e a causa é tão inesperada, que você não vai acreditar. Neste vídeo, vamos analisar as implicações da economia e políticas na China, o envelhecimento populacional, a natalidade e os efeitos disso tudo na economia mundial. Não perca!Ep. 273 - 15 de novembro de 2023Eu sou o Prof. Aécio Flávio Lemos e vou comentar sobre as notícias e acontecimentos para ajudá-lo a orientar seus investimentos.Playlist do canal no Youtube (Assista a todos os vídeos e reveja as aulas):https://www.youtube.com/playlist?list=PLe0NlmnxUb3x4RZHz0bjpXJjK1qEAF01vEnvie dúvidas e sugestões para previsoeseconomicas@gmail.comAssista também nosso canal no Youtube: https://www.youtube.com/c/PrevisoesEconomicasVAGAS DE EMPREGO:=======================================VEJA OPORTUNIDADES DE EMPREGO E ESTÁGIOS EM NOSSO SITEprevisoeseconomicas.com.br

Telescopio
Acapulco, Killers of the Flower Moon y literatura irlandesa con Mariana H

Telescopio

Play Episode Listen Later Oct 29, 2023 58:15


Mariana H y yo somos amigos gracias a su programa de radio “Qué hacer”, en el que cada noche de viernes hablamos de las cosas que más nos interesan: libros, películas y canciones. Este Telescopio es una antología de esas conversaciones en las que han aparecido Joyce, Ulises, festivales de música, Mark Knopfler, canciones malentendidas, los corridos tumbados, Martin Scorsese y la bahía de Acapulco.

Crimenes Reales: Misterios Oscuros que Impactaron
Tenía 15 - La ADOLESCENTE IRLANDESA con un TRAGICO FINAL - El CASO de Amy Fitzpatrick - Caso Abierto

Crimenes Reales: Misterios Oscuros que Impactaron

Play Episode Listen Later Oct 24, 2023 22:04


Tenía 15 - La ADOLESCENTE IRLANDESA con un TRAGICO FINAL - El CASO de Amy Fitzpatrick - Caso Abierto

Hora 25
La icónica banda de rock irlandesa U2 dio su sensacional primer concierto este viernes por la noche en The Sphere de Las Vegas, llamado "U2: UV Achtung Baby Live At Sphere"

Hora 25

Play Episode Listen Later Oct 4, 2023 21:01


Hora 25
La icónica banda de rock irlandesa U2 dio su sensacional primer concierto este viernes por la noche en The Sphere de Las Vegas, llamado "U2: UV Achtung Baby Live At Sphere"

Hora 25

Play Episode Listen Later Oct 4, 2023 21:01


Daily Easy Spanish
Muere Sinéad O'Connor: 5 momentos de la trágica vida y carrera de la cantante irlandesa

Daily Easy Spanish

Play Episode Listen Later Jul 26, 2023 36:27


O'Connor falleció a los 56 años de edad. De sus 10 álbumes, destacó la aclamada versión del tema Nothing Compares 2 U.

La espuma de los días
Murió Sinead O'Connor

La espuma de los días

Play Episode Listen Later Jul 26, 2023 27:31


Murió a los 56 años la cantante irlandesa Sinéad O' Connor. La intérprete de 'Nothing compares 2 U' falleció apenas 18 meses después de la muerte de su hijo adolescente. La icónica cantante irlandesa conocida por su poderosa voz y su valiente actitud hacia la vida y la música. Desde una edad temprana, Sinead experimentó dificultades emocionales, que incluyeron una infancia tumultuosa y el trauma del abuso sexual. A lo largo de su carrera, luchó con problemas psicológicos, desencadenados por la fama, la presión de la industria musical y la dificultad para lidiar con su dolor pasado. Su historia es un recordatorio de que el bienestar emocional es un viaje complicado pero significativo. Todos enfrentamos desafíos en la vida, y cuidar nuestra salud mental es esencial para superarlos y encontrar la felicidad y la paz interior.

Si me queréis, morirse
Episodio 188: El hada irlandesa y el acosador de la profesora

Si me queréis, morirse

Play Episode Listen Later May 14, 2023 65:34


Esta semana los casos vienen de parte de nuestra gente de Patreon. Gracias a ellas, conocemos el caso de Bridget Clairy, lleno de folklore irlandés y Joanne Chambers y el misterio de su acosador. ¿Te animas a conocerlos? 🎙 Casos: Bridget Cleary y Joanne Chambers Dónde encontrarnos 👇 YouTube: https://www.youtube.com/@Simequereismorirse/ Instagram: https://www.instagram.com/simequereispodcast/ TikTok: https://www.tiktok.com/@simequereismorirse Twitter: https://twitter.com/SMQpodcast Facebook: https://www.facebook.com/simequereispodcast/ Si quieres acceder a más contenido, considera apoyarnos en Patreon: https://www.patreon.com/simequereispodcast

El Cine en la SER
El Cine en la SER: Lo mejor de la Berlinale y la joyita irlandesa que se ha colado en los Oscar

El Cine en la SER

Play Episode Listen Later Feb 25, 2023 34:19


En este episodio analizamos lo mejor del Festival de Berlín, con mucho cine español, nuevas voces,  veteranos en forma y algunas películas para apuntar. Entre los estrenos, os recomendamos ‘The Quiet Girl', la película irlandesa que se ha colado en los Oscar, también ‘Till', un duro drama contra el racismo, y la fantasía épica de ‘Irati' con batallas, monstruos y una reivindicación de la mitología pagana. Hacemos lista también de las nuevas series y os ponemos al día de todo en 30 minutos

El Cine en la SER
El Cine en la SER: Lo mejor de la Berlinale y la joyita irlandesa que se ha colado en los Oscar

El Cine en la SER

Play Episode Listen Later Feb 25, 2023 34:19


En este episodio analizamos lo mejor del Festival de Berlín, con mucho cine español, nuevas voces,  veteranos en forma y algunas películas para apuntar. Entre los estrenos, os recomendamos ‘The Quiet Girl', la película irlandesa que se ha colado en los Oscar, también ‘Till', un duro drama contra el racismo, y la fantasía épica de ‘Irati' con batallas, monstruos y una reivindicación de la mitología pagana. Hacemos lista también de las nuevas series y os ponemos al día de todo en 30 minutos

Mercado Abierto
De cañas con abrigo: la solución irlandesa a la crisis energética

Mercado Abierto

Play Episode Listen Later Sep 30, 2022 4:59


Los pubs del país europeo se posicionan a la ofensiva energética de Rusia y tratan de mantener a los clientes con ofertas en sus consumiciones

Boia
Boia 164

Boia

Play Episode Listen Later Sep 6, 2022 119:06


#164 Contando dias, horas e minutos pro Finals de Trestles, o último Boia antes de abrir a janela de espera do evento exercita um animado ‘pero' inócuo jogo de clarividência. Bruno Bocayuva, João Valente e Júlio Adler desviam do ufanismo verde e amarelo como quem desvia da multidão incontrolável num dia comum em Trestles, mas cravam o mesmo resultado no masculino e chutam para as três direções na batalha feminina. A prosa evita o tema único da decisão do título mundial e discorre, ou seria escorre, para outras águas, o retorno do Pipe Masters (só pra convidados), a dinâmica entre o surfe e gastronomia britânica (Irlandesa?) no Almanaque. Imagem falada relembra uma foto digna de arrancar página de revista e colar na parede dum ilustre desconhecido desfrutando sublime momento em Pau Malu, vulgo Sunset Beach., tirada pelo Aaron Chang- não espalhem, enveredou pelo NFT! A trilha fica com Alabaster DePlume, I'm Good at Not Crying e Ibibio Sound Machine com Protection from Evil. E atenção! Teremos mais uma vez a parceria Boia X Moist para fazermos a transmissão do dia da final em Trestles! (Sexta ou sábado, tudo indica...) Aguardem novas informações no Instagram da Moist. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/boia/message

Travel to Grow Podcast
Ep.30 El movimiento es vida / Róisín Allen

Travel to Grow Podcast

Play Episode Listen Later Jul 30, 2022 66:01


Róisin Allen es una chica mitad Española, mitad Irlandesa que decidió hace unos años aventurarse a ser nómada digital. Lo que comenzó como un viaje en velero desde las Islas Canarias para atravesar el Oceano Atlantico, con el objetivo de llegar al Continente Americano, ha resultado en hacer de cualquier lugar, su hogar.  Su tranquilidad interior, sus hábitos que la llenan de alegría y ser libre con su tiempo para explorar y conocer el mundo son los principales ingredientes para hacer que esta traductora e intérprete profesional, distrute un estilo de vida simple, pero extraordinario.  Acompáñame a conocer un poco más sobre su travesía en su camioneta "La Caracolita" y sobre su proyecto social para incentivar la creatividad, la escritura y el aprendizaje de idiomas, con los Talleres de Lectura para niños que imparte en Centroamérica y Sudamérica.   Escríbenos qué fue lo que más disfrutaste de este episodio a su cuenta de instagram @roisinam y a mi cuenta @traveltogrowpodcast

El búnquer
Lola Montez, la ballarina ex

El búnquer

Play Episode Listen Later Jul 5, 2022 55:23


Programa 02x178. Compte que avui no us maregeu de tant anar amunt i avall amb vaixell. sfx vaixell vapor + sfx onades + sfx gavines. (Que sapigueu que aquest efecte de so ha sigut molt discutit al llarg de la construcci

Escuchando Peliculas
Una Canción Irlandesa (2020) #Romance #Drama #peliculas #audesc #podcast

Escuchando Peliculas

Play Episode Listen Later Jul 1, 2022 98:09


País Reino Unido Dirección John Patrick Shanley Guion John Patrick Shanley. Obra: John Patrick Shanley Música Amelia Warner Fotografía Stephen Goldblatt Reparto Emily Blunt, Jamie Dornan, Jon Hamm, Christopher Walken, Dearbhla Molloy, Lydia McGuinness, Danielle Ryan, Abigail Coburn, Jon Tenney, Darragh O'Kane, Don Wycherley, Clare Barrett, Anna Weekes Sinopsis Anthony Reilly y Rosemary Muldoon son dos vecinos irlandeses, ella enamorada de él desde siempre, cuyas familias se ven envueltas en una enemistad por una parcela que separa sus dos granjas... Adaptación del musical "Outside Mullingar"

El sabor de Colombia
La Torta irlandesa ganadora en la 2ª edición de La Ruta del Postre en Cali Carolina Gómez, Co creadora y Directora de PadMa House Café

El sabor de Colombia

Play Episode Listen Later May 21, 2022 13:30


El sabor de Colombia
La Torta irlandesa ganadora en la 2ª edición de La Ruta del Postre en Cali Carolina Gómez, Co creadora y Directora de PadMa House Café

El sabor de Colombia

Play Episode Listen Later May 21, 2022 13:29


La Milana Bonita
Especial literatura irlandesa: analizamos el 'Ulises' de James Joyce y 'Drácula' de Bram Stoker

La Milana Bonita

Play Episode Listen Later May 8, 2022 130:01


Jonathan Swift, Laurence Sterne, Sheridan Le Fanu, Oscar Wilde, Bram Stoker, Samuel Beckett, Seamus Heaney, James Joyce, Edna O'Brien, Flann O'Brien, Kate O'Brien, Sean O'Casey, Bernard Shaw, William Butler Yeats, Liam O'Flaherty, Maggie O'Farrell, Sally Rooney… Esta es una pequeña selección de algunos de los autores irlandeses más notables. Hay más, muchos más, pero no nos podemos pasar todo el programa haciendo un listado de nombres. La república de Irlanda con poco menos de 5 millones de habitantes según datos del 2018 es un paraíso para la literatura. Poseedores de una lengua propia, el gaélico irlandés moderno, y conocedores y dominadores de la lengua franca de los últimos siglos, el inglés, los escritores y las escritoras irlandesas han alcanzado un puesto de honor en el olimpo literario. ¿Qué hay detrás de esta genial herencia? ¿Es el territorio, la educación, la historia, su cultura…? ¿Qué se escribe hoy en día en Irlanda? ¿Hubieran triunfado ciertos autores si hubieran escrito sus obras en gaélico? Son muchas las preguntas que trataremos de responder en este programa, eso sí, sin olvidarnos de quiénes somos nosotros. Aquí, en La Milana Bonita, hablamos de libros y eso es lo que vamos a hacer. Hoy volveremos a analizar el 'Ulises' y 'Drácula'. Escucha el episodio completo en la app de iVoox, o descubre todo el catálogo de iVoox Originals

Interesante historia
La Gran Hambruna Irlandesa | E008 Interesante historia

Interesante historia

Play Episode Listen Later Apr 25, 2022 13:02


Bienvenidos a Interesante historia. En este episodio les contaré como un producto originario del territorio peruano y el altiplano fue parte de lo que se llamó la Gran Hambruna de Irlanda. Sírvanse un café y comiencen la semana con una interesante historia.

El Bestiario del Conde Fabregat
Capítulo 43: Leprechauns -Con Gus Proal-

El Bestiario del Conde Fabregat

Play Episode Listen Later Mar 15, 2022 79:07


Estamos en la semana Irlandesa, la semana que vestimos de verde. Es hora que escuches la historia de este tradicional monstruo de la tierras Gaelicas.00:00 A) Presentación01:25 B) Descripción04:11 C) Encuentro22:15 D) Orígenes49:15 E) En la cultura1:14:10 F) for Finale#condefabregat​ #Bestiario​ #Gusproal See acast.com/privacy for privacy and opt-out information.

Cinemax
"Belfast", play list irlandesa, "A Esritora"

Cinemax

Play Episode Listen Later Feb 23, 2022 45:14


"Belfast", play list irlandesa, "A Esritora" A infância de Kenneth Branagh; "A Escritora" estreia na RTP2

Historia
Testimonios de la Gran Armada contra Inglaterra de 1588 en la costa irlandesa

Historia

Play Episode Listen Later Sep 10, 2021 73:15


Ciclo: Naves, tumbas y tesoros. Nuestro patrimonio sumergido Episodio 2: Testimonios de la Gran Armada contra Inglaterra de 1588 en la costa irlandesa. Actualidad y perspectivas para una necesaria revisión El 27 de noviembre de 2019, el historiador Declan Downey ofreció en la Fundación Ramón Areces la conferencia 'Testimonios de la Gran Armada contra Inglaterra de 1588 en la costa irlandesa. Actualidad y perspectivas para una necesaria revisión'. Su intervención tuvo lugar dentro del ciclo organizado en colaboración con la Real Academia de la Historia sobre 'Naves, tumbas y Tesoros. Nuestro patrimonio sumergido'.

Para Morirse
Infecciones Para Todos

Para Morirse

Play Episode Listen Later Jul 20, 2021 43:05


En este episodio descubrimos que la isla más infestada (y espantosa) del mundo existe en Italia y se llama Poveglia. También cubrimos la historia de Mary Mallon, una mujer Irlandesa mejor conocida como "Mary Tifoidea."

Reflexiones para el Alma
Audio libro: Ángeles en mi cabello de la escritora irlandesa Lorna Byerne

Reflexiones para el Alma

Play Episode Listen Later Dec 3, 2020 760:29


Es una autobiografía de la escritora donde narra cómo desde pequeña veía y hablaba con seres luminosos, que después supo que los llamaban ángeles. Nos cuenta cómo fue su infancia y nos lleva a un mundo espiritual y lleno de esperanza. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/angel-luz/message

The History of the Christian Church

El título de este episodio es – "Expansión"Vamos a pasar un poco de tiempo ahora rastreando la expansión de la Fe hacia diferentes áreas durante los principios de la Edad Media.Terminamos la última vez con la historia de la conversión del rey Franco Clodoveo en el año 496. Cuando fue bautizado el día de Navidad por el Obispo Remigius de Rheims, 3.000 de sus guerreros se unieron a él. Fue el primero de varios bautismos masivos que tomaron lugar durante la Edad Media en Europa. Y plantea la cuestión de la paganización del Cristianismo.La tarea de las Misiones suele pasar de 1 de 2 maneras.La primera y la más común es la ruta de la conversión individual. Aunque en el NT encontramos que los conversos fueron llamados al bautismo inmediatamente, no pasó mucho tiempo antes de que la conversión fuera seguida de un período de instrucción antes del bautismo. Ese tiempo para la instrucción en los fundamentos de la Fe podría ser corto o largo, dependiendo de las normas del obispo o de la comunidad de creyentes. Esta forma de misiones, la de la conversión individual y el bautismo fue el método utilizado por la Iglesia por los primeros 3 siglos, y por la mayoría de las misiones protestantes desde el siglo 19 hasta la actualidad. Esto se debe al énfasis en un cambio individual o personal del corazón por el evangélico. Si bien esto ciertamente encuentra apoyo en las Escrituras, puede perderse una dinámica importante cuando las personas se convierten a Cristo de una cultura pagana. Su cambio hacia la fe muchas veces significa ser desarraigado de esa cultura; a veces llevandolos a la necesidad de trasladarse físicamente a un área donde su fe no pondrá en peligro su vida o la de su familia.Por esa razón, a veces se ha utilizado otro método en las Misiones; la de la conversión masiva, donde todo un grupo de personas toma la decisión comunal de abandonar su antigua religión en favor del Cristianismo.Ahora, sospecho que algunos de los que escuchan responderán a esta idea de conversión masiva con desacuerdo. El evangélico ha puesto tal énfasis en la salvación personal que la idea de la conversión de toda una comunidad a la vez es altamente sospechosa. A menudo hablamos de recibir a Cristo como el Salvador PERSONAL. Así que la idea de que un pueblo entero o tribu se volvería a la fe en Cristo a la vez nos parece ingenuo.Pero considere esto: La idea de la libertad personal e individual es en muchos sentidos un concepto claramente moderno, occidental y democrático. Incluso en nuestro tiempo, gran parte del mundo tiene poco concepto de libertad personal o individual. Se entienden a sí mismos como parte de una familia, aldea o tribu; como miembro de una comunidad de personas donde la individualidad autónoma es considerada como peligrosa y una amenaza para la supervivencia del grupo. Durante gran parte de la historia y en una buena parte del mundo, la idea de que cambiarías tu religión por tu cuenta mientras todos los demás creían en otros dioses era simplemente impensable. La conversión enojaría a los viejos dioses y así pondrías en peligro a tu familia y vecinos. Esto fue algo que varios Emperadores Romanos usaron como razón para oponerse al Cristianismo.Algunos misioneros Cristianos se dieron cuenta de que la clave para la conversión de estos pueblos paganos comunales era ganarse al líder. Porque su elección casi siempre era adoptada por toda la tribu. Sin duda, esos misioneros entendían que la salvación era una cuestión individual. Pero sabían que la clave para poder trabajar por salvaciones individuales era ganarse al líder, que a su vez guiaría a su pueblo en una conversión masiva. Entonces podrían ser libres de trabajar la fe en la vida de las personas de una manera más íntima y personal.La desventaja de la conversión masiva es obvia. Muchos de los que se convertían formalmente al ser bautizados, nunca llegaron a una fe real en Cristo. Tomaron la etiqueta de Cristiano sin ser genuinamente convertidos. Lo que hizo esto especialmente problemático fue cuando era el gobernante quien fingía la conversión. Algunos lo hicieron con fines puramente pragmáticos. Someterse al bautismo a menudo les trajo ganancias políticas y económicas. Las conversiones masivas podrían facilitar que los conversos genuinos practiquen una nueva visión del mundo, pero también pusieron en peligro la Fe porque los no convertidos trajeron consigo viejas supersticiones, mezclándolas en el cristianismo en una amalgama religiosa sincretista.Este fue el caso del rey Franco Clodoveo. Pasó por los pasos de conversión, pero Jesús permaneció para él poco más que un líder caudillo divino.Gregorio de Tours, que vivió un siglo después de Clodoveo, fue su biógrafo principal. Gregorio dice que incluso después de su conversión, Clodoveo usó engaño, astucia y traición para expandir su reino. Envió sobornos a nobles y a los responsables de proteger a un rey rival para que lo traicionaran. Le dijo al hijo de otro rey que, si mataba a su padre, Clodoveo apoyaría el ascenso del hijo al trono y haría una alianza con él. El hijo hizo lo que Clodoveo esperaba y mató a su padre. Clodoveo rápidamente anunció que el hijo era culpable de crímenes atroces de parricidio y regicidio y se apoderó de su reino.Como a Dan Carlin le gusta señalar en un episodio de su podcast- Hardcore History, Thor's Angels, cuando pienses en los Godos o los Francos de ese tiempo, piensa en una banda de motociclistas criminales modernos. No estaría muy lejos de la marca de como eran esos bárbaros Germánicos; tanto en su manera de pensar y actuar, al igual que en su apariencia. Cuando Clodoveo se sometió al bautismo, todo lo que hizo fue cambiar su chaleco de cuero negro por uno azul marino.Entre los Francos y otras tribus Germánicas apenas convertidas, los santos que habían muerto hace mucho tiempo tomaron el lugar de sus numerosas deidades para reemplazarlos. Cada santo adoptó un papel que los viejos dioses habían desempeñado. San Antonio se encargaba de los cerdos, San Galo cuidaba de las gallinas, Apolonia curaba dolor de muelas, Genoveva curaba la fiebre, y el Santo Blaise calmaba el dolor de garganta. Por cada necesidad humana, los alemanes tomaron un santo para cuidarlo.Circulaban muchas historias sobre los poderes milagrosos de estos santos. Uno hablaba de 2 mendigos, 1 cojo, y el otro ciego. Quedaron atrapados en una procesión de los devotos que llevaban las reliquias de San Martín. Pero estos 2 mendigos se ganaban la vida con las limosnas de los piadosos y no querían ser sanados. Temerosos de que se curaran por su proximidad a las reliquias, rápidamente llegaron a un acuerdo. El que podían ver pero no caminar se montaría en los hombros del que podía caminar pero no ver y así trataron de salir de la procesión. No fueron capaces de escapar lo suficientemente rápido; ambos fueron curados. è esas historias eran abundantes.Al igual que Constantino el Grande a principios del 4º siglo, no podemos estar seguros si la conversión de Clodoveo fue real o fingida. Ciertamente, gran parte de su comportamiento después de su bautismo es dudoso. Pero los beneficios políticos de la conversión ciertamente eran muy obvios. Clodoveo era un hombre de enorme ambición. Quería ser más que un cacique de los Francos. Quería ser rey, un jefe de jefes. Sabía que necesitaba distinguirse entre los muchos centros de poder competidores en Europa occidental. Al unirse a la Iglesia Romana se apartó de los otros reyes Germánicos los cuales eran todos Arrianos. Este movimiento aseguró el apoyo de la nobleza Gaélico-Romana en toda Galia. Clodoveo fue el primer líder de los Francos en unir a las tribus bajo un solo gobernante, cambiando el liderazgo de un grupo de caciques por un gobierno por los reyes, asegurando que la línea real estaba en manos de sus herederos, conocidos como los Merovingios.Poco después de su bautismo y de la rápida conversión de 3000 de sus guerreros, Clodoveo presionó a otros nobles Francos para que se convirtieran y se unieran a la Iglesia Romana. Entendía que la unidad religiosa del reino era crucial para evitar contiendas, y para seguir haciendo campañas para ampliar sus fronteras. Las guerras de conquista se convirtieron en un medio para "liberar a otras personas del error del arrianismo". Y la iglesia de Roma no era en absoluto adversa de tener una fuerza armada de su lado.Clodoveo no tuvo tan éxito en expandir sus fronteras al sur y al este en la región de los Borgoñeses, pero fue capaz de sacar a los Visigodos de Galia, confinándolos en España. En la Batalla de Vouille, el Rey Visigodo Alaric II fue asesinado. En agradecimiento por su servicio en la derrota de los Visigodos, el Emperador Oriental Anastasio I declaró Clodoveo Cónsul, un título provocativo ya que recordaba a los antiguos líderes Romanos.Clodoveo hizo a París la nueva capital del reino Franco y construyó una iglesia dedicada a Pedro y Pablo.Poco antes de morir, Clodoveo llamó el Primer Concilio de Orleans, un sínodo de 33 obispos Galos. El objetivo era reformar a la Iglesia y forjar un vínculo perdurable entre la Corona y la Iglesia. El Consejo aprobó más de 30 decretos que trajeron la igualdad entre los conquistadores Francos y sus súbditos Galos.Clodoveo murió en el otoño del año 511, dejando el reino a sus 4 hijos. A diferencia de Alejandro Magno que no hizo ninguna provisión para dividir su imperio entre sus 4 generales, Clodoveo esculpió la Galia en 4 regiones, una para cada hijo; Rheims, Orleans, Paris & Soissons. Clodoveo ingenuamente pensó que esto los mantendría contentos y resultaría en paz. En verdad, inicio de un período de desunión que duró hasta el final de la dinastía Merovingia a mediados del 8º siglo.En el episodio 37 miramos al misionero Irlandés Patricio del 5º siglo. Los Irlandeses nunca habían sido parte del Imperio Romano. Aunque tenían contacto frecuente con la Gran Bretaña Romana, los Celtas Irlandeses eran cultural, económica y políticamente diferentes. Cuando el ejército Romano abandonó Gran Bretaña como demasiado costosa y difícil de defender, la Iglesia llenó el vacío. El acercamiento espiritual a Irlanda fue principalmente obra de Patricio, quien aunque era Británico, plantó una iglesia en Irlanda que permaneció independiente de la Iglesia Católica Romana.Patricio entendía la dinámica evangelista de la fe Cristiana y discernió que sólo ofrecía lo que los druidas nativos no podían: Paz a una tierra atribulada por la guerra constante entre las tribus. La estrategia de Patrick era ganar a los líderes tribales a Cristo. Muchos lideres locales se convirtieron en Cristianos. Debido a la forma en que estaba organizada la sociedad Celta, cuando los gobernantes se convertían, también lo hacían el pueblo que gobernaban.Irlanda estaba lista para el mensaje y la oferta del Evangelio. La religión practicada por los druidas era un terrorismo brutal, demoníaco y religioso que mucha de la gente común estaba ansiosa por desechar. El Evangelio era un mensaje de lo mas OPUESTO a lo que ofrecían los Druidas como uno se puede imaginar. Se estima que hubo hasta 100,000 conversos genuinos al ministerio de Patricio.Sobre el fundamento de la fe y la vida de la iglesia que Patricio fundo, Finnian de Clonard construyó un patrón para el Monasticismo Irlandés a principios del siglo 6º. Los monasterios fueron fundados en toda Irlanda. A medida que aumentaban en número y prestigio, la organización eclesiástica que Patricio estableció empezó a marchitarse. A finales del siglo 6º, la iglesia Irlandesa se había convertido en una iglesia de monjes. Los Abades reemplazaron a los Obispos como líderes de la Iglesia. Desde el principio, los monjes irlandeses valoraban la enseñanza y una difusión enérgica del Evangelio.Curiosamente, hay evidencia de que el fervor misionero que sobresale como uno de los rasgos principales del Cristianismo Celta puede haber sido debido a su sistema de penitencia. En un episodio anterior vimos cómo la iglesia primitiva desarrolló una visión del arrepentimiento que incluía penitencia. La idea era que el arrepentimiento debía demostrarse mediante algún acto que mostrara un corazón contrito. La teología detrás de esta idea era: El arrepentimiento es un tema del corazón que sólo Dios puede ver. Juan el Bautista había decía: "Traigan frutos dignos de arrepentimiento." Entonces, cuando la gente se arrepentía, su cuenta ante Dios es absuelta. Pero... ¿cómo son restaurados a la comunidad de fe– la comunión en la Iglesia? Mientras que el hombre no puede ver el corazón, puede ver las acciones que fluyen desde ese corazón. La penitencia se convirtió en un sistema de obras que las personas podían realizar que marcarían el arrepentimiento. No pasó mucho tiempo antes de que se hicieran listas de que penitencia se debía hacer por los pecados. Una de las formas de penitencia que practicaban los cristianos Celtas era el exilio, el destierro de sus hogares. Parte de la intensa actividad misionera de los Cristianos Celtas fue motivada por esta forma de penitencia.Los eruditos-monjes irlandeses se extendieron por toda Europa durante la 6º y 7º siglo. Esta agresiva actividad misionera de la Iglesia Celta finalmente causó problemas, ya que permanecían independientes de Roma. Las iglesias iniciadas por misioneros irlandeses se encontraban a menudo en regiones que más tarde estaban bajo el control de Roma.En el año 636, Irlanda del Sur decidió unir su comunidad eclesiástica a la Iglesia Romana. Luego, en el año 697, la iglesia de Irlanda del Norte decidió siguió su ejemplo. Aunque la mayor parte del Cristianismo Celta fue finalmente unido al Catolicismo Romano, comunidades aisladas esparcidas por Escocia, Gales y las Islas Británicas continuaron su independencia durante muchos años.Uno de los misioneros Celta-Ingles que tuvo un gran impacto en el Norte de Europa fue Bonifacio.Nacido Wilfrido en el reino Anglosajón de Wessex a principios de la década del año 670, su familia fue próspera y lo envió a la escuela en un monasterio en Exeter. La vida de los monjes apeló a Wilfrido y en contra de los deseos de su padre, decidió seguir una carrera religiosa. Mostró un dominio de las Escrituras y una gran habilidad en la enseñanza y la organización, rasgos buscados en la vida monástica. Para seguir entrenando se trasladó a un monasterio Benedictino en Hampshire. Este monasterio era dirigido por un Abad brillante que lo había convertido en un centro de enseñanza. Wilfrido pronto se convirtió en un profesor en la escuela del monasterio y a la edad de 30 años fue ordenado sacerdote. Cuando el abad murió en el año 716, la opción lógica para reemplazarlo fue Wilfrido. En un movimiento sorprendente, se negó, y se fue a la región de Frisia, lo que hoy conocemos como los Países Bajos.Wilfrido tenía la pasión de llevar el Evangelio de Cristo a lugares donde aun no se había plantado. Había oído hablar de un misionero con un pensamiento similar llamado Willibrord que trabajaba en Frisia y necesitaba ayuda. Pasaron un año juntos, pero cuando estalló la guerra, ambos regresaron a casa.Un año más tarde, Wilfrido fue a Roma en busca de una audiencia con el Papa Gregorio II. Compartió su visión de ver a las tribus Germánicas liberadas de su herejía arriana a la fe católica. Gregorio respondió: "Tú brillas con el fuego que trae la salvación que nuestro Señor vino a enviar sobre la tierra."El Papa lo renombró 'Bonifacio' después del mártir del 4º siglo, Bonifacio de Tarso, y lo nombró obispo misionero para Germania. Esto significaba que Bonifacio era un obispo sin diócesis. El reino de su ministerio no tenía iglesias. Dependía de él llevar la luz de Cristo a las tribus Germánicas supersticiosas. Bonifacio nunca regresó a Inglaterra.Centró su trabajo en las regiones de Hesse & Turingia, llevando a miles a Cristo. Plantó decenas de iglesias.Mientras que los alemanes eran nominalmente arrianos, regiones enteras seguían siendo paganas, adorando a los antiguos dioses Alemanes y practicando ritos supersticiosos. Bonifacio encontró algunos misioneros supuestamente Cristianos mientras se dirigía a través de Alemania, pero ellos defendían herejías. No es de extrañar que hubieran tenido poco impacto. Cuando se enfrentó a ellos, se resistieron. Así que Bonifacio hizo que los arrestaran y confinaran. Pronto se ganó una reputación por ser severo y determinado.Una historia de la carrera de Bonifacio es legendaria. Se desconoce si es factual o no. Ciertamente no es difícil creer que un hombre que iría a Roma y pediría permiso para llevar el Evangelio solo a herejes y paganos podría hacer algo como lo que estamos a punto de escuchar.La historia dice que Bonifacio fue a Geismar en Hesse, donde estaba el Donar o el Roble de Thor. Como era común para los Alemanes, consideraban que los árboles y los bosques tenían un gran poder espiritual. Thor, dios del trueno, era la deidad principal en su panteón. El Roble Donar estaba dedicado a su poder y gloria. Bonifacio sabía que no había Thor y que no habría reacción si cortaba un árbol. Algunos Alemanes podrían protestar y tratar de defender el honor de Thor. Así que Bonifacio los llamó a reunirse, y luego les puso este desafío: que Thor, ese poderoso dios del trueno, defendiera su árbol él mismo. Ciertamente un dios tan grande como el dios del trueno podría lidiar con un pequeño sacerdote cristiano. A menos que, à no hubiera Thor y la fe cristiana fuera verdadera. Bonifacio levantó su hacha y comenzó a atacar. No se vio ningún relámpago. Ningún trueno sacudió el suelo. Pero según su primer biógrafo Willibald, después de que Bonifacio hubiera tomado una docena de golpes con su hacha al roble, un fuerte viento se socito y lo derribó. Cayó y se rompió en 4 pedazos, revelando que de hecho estaba podrido. El mensaje era claro; las viejas costumbres eran como ese roble podrido. La gente estaba aturdida y como si fueran liberados de una prisión en la que habían estado recluidos durante mucho tiempo, renunciaron a su creencia en los viejos dioses y en masa se convirtieron al cristianismo. Bonifacio usó la madera del Roble de Donar para construir una iglesia.Su habilidad en la administración trajo un notable nivel de organización a la iglesia Alemana que estaba creciendo rápidamente. En el año 732 fue nombrado arzobispo sobre Alemania. Se enfoco en trabajar para establecer un clero educado, disciplinado y puro; algo que sabía que en otras partes de la Europa no era el caso. No toleraba ni pereza ni incompetencia entre los clérigos y purgaba los persistentes ritos del paganismo Alemán de los rituales de la iglesia. El sincretismo que había sido adoptado en muchos otros lugares, por el cual los ritos paganos eran absorbidos en las tradiciones eclesiásticas, no era algo que Bonifacio permitía. Usando voluntarios misioneros de Inglaterra, muchos de los cuales eran mujeres, avanzó la organización y la estructura en la iglesia alemana y la llenó de celo por la obediencia, el servicio y la obra misionera.Junto con su labor administrativa y misionera, Bonifacio construyó monasterios en toda Alemania. El más influyente fue en Fulda, el centro geográfico de Alemania.No se había celebrado ningún consejo eclesiástico en el reino Franco durante décadas antes de su llegada. Bonifacio convocó a 5 de ellos entre los años 742 y 747. A petición de estos Consejos, estos Consejos adoptaron reglamentos estrictos para el clero y condenaron a los herejes locales.Bonifacio era un monje Benedictino. Los Benedictinos enfatizaban la pobreza, la pureza moral y la obediencia a Cristo. La Regla de Benedicto era la norma para los monasterios de toda Europa en ese momento. Eran lugares de adoración, devoción, oración y enseñanza, oasis de cultura y civilización en medio del desierto de un mundo lejos de Dios. Los monjes copiaban las Escrituras y libros cristianos antiguos. Los monasterios eran los únicos centros educativos durante el período medieval. Si no hubiera sido por ellos, no hubiera surgido ningún Renacimiento. Los monasterios fueron donde se mantuvo todo el aprendizaje que formó la base intelectual de la que vino el Renacimiento. Tristemente, a lo largo de los siglos, muchos monasterios abandonaron sus raíces espirituales y se convirtieron en lugares de inmoralidad y corrupción. Los que Bonifacio fundo en su mayor parte permanecieron siendo lugares de educación, hospitalidad y alcance misionero.Bonifacio entendía que todo su trabajo podía convertirse en nada si llegaba la guerra. Así que trabajó para fomentar las relaciones pacíficas entre los Francos, las tribus Germánicas y la Iglesia. Fue crucial en la negociación de un tratado entre el Papa y el rey Franco Pepín que eventualmente se convertiría en una poderosa alianza de la iglesia y el estado más tarde en la Edad Media.Después de años de ministerio en Alemania Central, Bonifacio volvió a sentir a Frisia en el Norte llamándolo. Este era el lugar donde había probado por primera vez su mano en la obra misional. Ahora, casi a la edad de 80 años, renunció a su puesto como Arzobispo de Maguncia para dirigirse al norte una vez más. El y sus seguidores vagaban por el campo destruyendo santuarios paganos, construyendo iglesias y bautizando a miles.Se suponía que un grupo de nuevos conversos se juntaría con Bonifacio y sus 52 compañeros en Dorkum. Mientras Bonifacio los esperaba, llegó una banda de forajidos. En sus viajes anteriores, Bonifacio siempre había ido con un guardia armado comisionado por el gobernante Franco. Ahora estaba en un reino más allá del control de los Francos. En el primer consejo que había llamado años antes, había presionado para impedir que el clero llevara armas. Todo lo que tenían para defenderse era el gran libro cubierto de madera que estaba leyendo. Lo uso como escudo. Mientras bateó las navajas de los forajidos que intentaban apuñalarlo, me pregunto si se arrepintió de su posición anterior. Un libro hace un escudo muy pobre, incluso si su cubierta es de un cuarto de pulgada de espesor. Bonifacio y todo su grupo fueron masacrados allí en la orilla de un río. Cuando los conversos llegaron para reunirse con él, encontraron su cuerpo, y junto a él estaba una copia del libro   de Ambrosio à La ventaja de la muerte, con cortes profundos en él. El libro está en exhibición en Fulda.

The History of the Christian Church

El título de este episodio es – "Expansión"Vamos a pasar un poco de tiempo ahora rastreando la expansión de la Fe hacia diferentes áreas durante los principios de la Edad Media.Terminamos la última vez con la historia de la conversión del rey Franco Clodoveo en el año 496. Cuando fue bautizado el día de Navidad por el Obispo Remigius de Rheims, 3.000 de sus guerreros se unieron a él. Fue el primero de varios bautismos masivos que tomaron lugar durante la Edad Media en Europa. Y plantea la cuestión de la paganización del Cristianismo.La tarea de las Misiones suele pasar de 1 de 2 maneras.La primera y la más común es la ruta de la conversión individual. Aunque en el NT encontramos que los conversos fueron llamados al bautismo inmediatamente, no pasó mucho tiempo antes de que la conversión fuera seguida de un período de instrucción antes del bautismo. Ese tiempo para la instrucción en los fundamentos de la Fe podría ser corto o largo, dependiendo de las normas del obispo o de la comunidad de creyentes. Esta forma de misiones, la de la conversión individual y el bautismo fue el método utilizado por la Iglesia por los primeros 3 siglos, y por la mayoría de las misiones protestantes desde el siglo 19 hasta la actualidad. Esto se debe al énfasis en un cambio individual o personal del corazón por el evangélico. Si bien esto ciertamente encuentra apoyo en las Escrituras, puede perderse una dinámica importante cuando las personas se convierten a Cristo de una cultura pagana. Su cambio hacia la fe muchas veces significa ser desarraigado de esa cultura; a veces llevandolos a la necesidad de trasladarse físicamente a un área donde su fe no pondrá en peligro su vida o la de su familia.Por esa razón, a veces se ha utilizado otro método en las Misiones; la de la conversión masiva, donde todo un grupo de personas toma la decisión comunal de abandonar su antigua religión en favor del Cristianismo.Ahora, sospecho que algunos de los que escuchan responderán a esta idea de conversión masiva con desacuerdo. El evangélico ha puesto tal énfasis en la salvación personal que la idea de la conversión de toda una comunidad a la vez es altamente sospechosa. A menudo hablamos de recibir a Cristo como el Salvador PERSONAL. Así que la idea de que un pueblo entero o tribu se volvería a la fe en Cristo a la vez nos parece ingenuo.Pero considere esto: La idea de la libertad personal e individual es en muchos sentidos un concepto claramente moderno, occidental y democrático. Incluso en nuestro tiempo, gran parte del mundo tiene poco concepto de libertad personal o individual. Se entienden a sí mismos como parte de una familia, aldea o tribu; como miembro de una comunidad de personas donde la individualidad autónoma es considerada como peligrosa y una amenaza para la supervivencia del grupo. Durante gran parte de la historia y en una buena parte del mundo, la idea de que cambiarías tu religión por tu cuenta mientras todos los demás creían en otros dioses era simplemente impensable. La conversión enojaría a los viejos dioses y así pondrías en peligro a tu familia y vecinos. Esto fue algo que varios Emperadores Romanos usaron como razón para oponerse al Cristianismo.Algunos misioneros Cristianos se dieron cuenta de que la clave para la conversión de estos pueblos paganos comunales era ganarse al líder. Porque su elección casi siempre era adoptada por toda la tribu. Sin duda, esos misioneros entendían que la salvación era una cuestión individual. Pero sabían que la clave para poder trabajar por salvaciones individuales era ganarse al líder, que a su vez guiaría a su pueblo en una conversión masiva. Entonces podrían ser libres de trabajar la fe en la vida de las personas de una manera más íntima y personal.La desventaja de la conversión masiva es obvia. Muchos de los que se convertían formalmente al ser bautizados, nunca llegaron a una fe real en Cristo. Tomaron la etiqueta de Cristiano sin ser genuinamente convertidos. Lo que hizo esto especialmente problemático fue cuando era el gobernante quien fingía la conversión. Algunos lo hicieron con fines puramente pragmáticos. Someterse al bautismo a menudo les trajo ganancias políticas y económicas. Las conversiones masivas podrían facilitar que los conversos genuinos practiquen una nueva visión del mundo, pero también pusieron en peligro la Fe porque los no convertidos trajeron consigo viejas supersticiones, mezclándolas en el cristianismo en una amalgama religiosa sincretista.Este fue el caso del rey Franco Clodoveo. Pasó por los pasos de conversión, pero Jesús permaneció para él poco más que un líder caudillo divino.Gregorio de Tours, que vivió un siglo después de Clodoveo, fue su biógrafo principal. Gregorio dice que incluso después de su conversión, Clodoveo usó engaño, astucia y traición para expandir su reino. Envió sobornos a nobles y a los responsables de proteger a un rey rival para que lo traicionaran. Le dijo al hijo de otro rey que, si mataba a su padre, Clodoveo apoyaría el ascenso del hijo al trono y haría una alianza con él. El hijo hizo lo que Clodoveo esperaba y mató a su padre. Clodoveo rápidamente anunció que el hijo era culpable de crímenes atroces de parricidio y regicidio y se apoderó de su reino.Como a Dan Carlin le gusta señalar en un episodio de su podcast- Hardcore History, Thor's Angels, cuando pienses en los Godos o los Francos de ese tiempo, piensa en una banda de motociclistas criminales modernos. No estaría muy lejos de la marca de como eran esos bárbaros Germánicos; tanto en su manera de pensar y actuar, al igual que en su apariencia. Cuando Clodoveo se sometió al bautismo, todo lo que hizo fue cambiar su chaleco de cuero negro por uno azul marino.Entre los Francos y otras tribus Germánicas apenas convertidas, los santos que habían muerto hace mucho tiempo tomaron el lugar de sus numerosas deidades para reemplazarlos. Cada santo adoptó un papel que los viejos dioses habían desempeñado. San Antonio se encargaba de los cerdos, San Galo cuidaba de las gallinas, Apolonia curaba dolor de muelas, Genoveva curaba la fiebre, y el Santo Blaise calmaba el dolor de garganta. Por cada necesidad humana, los alemanes tomaron un santo para cuidarlo.Circulaban muchas historias sobre los poderes milagrosos de estos santos. Uno hablaba de 2 mendigos, 1 cojo, y el otro ciego. Quedaron atrapados en una procesión de los devotos que llevaban las reliquias de San Martín. Pero estos 2 mendigos se ganaban la vida con las limosnas de los piadosos y no querían ser sanados. Temerosos de que se curaran por su proximidad a las reliquias, rápidamente llegaron a un acuerdo. El que podían ver pero no caminar se montaría en los hombros del que podía caminar pero no ver y así trataron de salir de la procesión. No fueron capaces de escapar lo suficientemente rápido; ambos fueron curados. è esas historias eran abundantes.Al igual que Constantino el Grande a principios del 4º siglo, no podemos estar seguros si la conversión de Clodoveo fue real o fingida. Ciertamente, gran parte de su comportamiento después de su bautismo es dudoso. Pero los beneficios políticos de la conversión ciertamente eran muy obvios. Clodoveo era un hombre de enorme ambición. Quería ser más que un cacique de los Francos. Quería ser rey, un jefe de jefes. Sabía que necesitaba distinguirse entre los muchos centros de poder competidores en Europa occidental. Al unirse a la Iglesia Romana se apartó de los otros reyes Germánicos los cuales eran todos Arrianos. Este movimiento aseguró el apoyo de la nobleza Gaélico-Romana en toda Galia. Clodoveo fue el primer líder de los Francos en unir a las tribus bajo un solo gobernante, cambiando el liderazgo de un grupo de caciques por un gobierno por los reyes, asegurando que la línea real estaba en manos de sus herederos, conocidos como los Merovingios.Poco después de su bautismo y de la rápida conversión de 3000 de sus guerreros, Clodoveo presionó a otros nobles Francos para que se convirtieran y se unieran a la Iglesia Romana. Entendía que la unidad religiosa del reino era crucial para evitar contiendas, y para seguir haciendo campañas para ampliar sus fronteras. Las guerras de conquista se convirtieron en un medio para "liberar a otras personas del error del arrianismo". Y la iglesia de Roma no era en absoluto adversa de tener una fuerza armada de su lado.Clodoveo no tuvo tan éxito en expandir sus fronteras al sur y al este en la región de los Borgoñeses, pero fue capaz de sacar a los Visigodos de Galia, confinándolos en España. En la Batalla de Vouille, el Rey Visigodo Alaric II fue asesinado. En agradecimiento por su servicio en la derrota de los Visigodos, el Emperador Oriental Anastasio I declaró Clodoveo Cónsul, un título provocativo ya que recordaba a los antiguos líderes Romanos.Clodoveo hizo a París la nueva capital del reino Franco y construyó una iglesia dedicada a Pedro y Pablo.Poco antes de morir, Clodoveo llamó el Primer Concilio de Orleans, un sínodo de 33 obispos Galos. El objetivo era reformar a la Iglesia y forjar un vínculo perdurable entre la Corona y la Iglesia. El Consejo aprobó más de 30 decretos que trajeron la igualdad entre los conquistadores Francos y sus súbditos Galos.Clodoveo murió en el otoño del año 511, dejando el reino a sus 4 hijos. A diferencia de Alejandro Magno que no hizo ninguna provisión para dividir su imperio entre sus 4 generales, Clodoveo esculpió la Galia en 4 regiones, una para cada hijo; Rheims, Orleans, Paris & Soissons. Clodoveo ingenuamente pensó que esto los mantendría contentos y resultaría en paz. En verdad, inicio de un período de desunión que duró hasta el final de la dinastía Merovingia a mediados del 8º siglo.En el episodio 37 miramos al misionero Irlandés Patricio del 5º siglo. Los Irlandeses nunca habían sido parte del Imperio Romano. Aunque tenían contacto frecuente con la Gran Bretaña Romana, los Celtas Irlandeses eran cultural, económica y políticamente diferentes. Cuando el ejército Romano abandonó Gran Bretaña como demasiado costosa y difícil de defender, la Iglesia llenó el vacío. El acercamiento espiritual a Irlanda fue principalmente obra de Patricio, quien aunque era Británico, plantó una iglesia en Irlanda que permaneció independiente de la Iglesia Católica Romana.Patricio entendía la dinámica evangelista de la fe Cristiana y discernió que sólo ofrecía lo que los druidas nativos no podían: Paz a una tierra atribulada por la guerra constante entre las tribus. La estrategia de Patrick era ganar a los líderes tribales a Cristo. Muchos lideres locales se convirtieron en Cristianos. Debido a la forma en que estaba organizada la sociedad Celta, cuando los gobernantes se convertían, también lo hacían el pueblo que gobernaban.Irlanda estaba lista para el mensaje y la oferta del Evangelio. La religión practicada por los druidas era un terrorismo brutal, demoníaco y religioso que mucha de la gente común estaba ansiosa por desechar. El Evangelio era un mensaje de lo mas OPUESTO a lo que ofrecían los Druidas como uno se puede imaginar. Se estima que hubo hasta 100,000 conversos genuinos al ministerio de Patricio.Sobre el fundamento de la fe y la vida de la iglesia que Patricio fundo, Finnian de Clonard construyó un patrón para el Monasticismo Irlandés a principios del siglo 6º. Los monasterios fueron fundados en toda Irlanda. A medida que aumentaban en número y prestigio, la organización eclesiástica que Patricio estableció empezó a marchitarse. A finales del siglo 6º, la iglesia Irlandesa se había convertido en una iglesia de monjes. Los Abades reemplazaron a los Obispos como líderes de la Iglesia. Desde el principio, los monjes irlandeses valoraban la enseñanza y una difusión enérgica del Evangelio.Curiosamente, hay evidencia de que el fervor misionero que sobresale como uno de los rasgos principales del Cristianismo Celta puede haber sido debido a su sistema de penitencia. En un episodio anterior vimos cómo la iglesia primitiva desarrolló una visión del arrepentimiento que incluía penitencia. La idea era que el arrepentimiento debía demostrarse mediante algún acto que mostrara un corazón contrito. La teología detrás de esta idea era: El arrepentimiento es un tema del corazón que sólo Dios puede ver. Juan el Bautista había decía: "Traigan frutos dignos de arrepentimiento." Entonces, cuando la gente se arrepentía, su cuenta ante Dios es absuelta. Pero... ¿cómo son restaurados a la comunidad de fe– la comunión en la Iglesia? Mientras que el hombre no puede ver el corazón, puede ver las acciones que fluyen desde ese corazón. La penitencia se convirtió en un sistema de obras que las personas podían realizar que marcarían el arrepentimiento. No pasó mucho tiempo antes de que se hicieran listas de que penitencia se debía hacer por los pecados. Una de las formas de penitencia que practicaban los cristianos Celtas era el exilio, el destierro de sus hogares. Parte de la intensa actividad misionera de los Cristianos Celtas fue motivada por esta forma de penitencia.Los eruditos-monjes irlandeses se extendieron por toda Europa durante la 6º y 7º siglo. Esta agresiva actividad misionera de la Iglesia Celta finalmente causó problemas, ya que permanecían independientes de Roma. Las iglesias iniciadas por misioneros irlandeses se encontraban a menudo en regiones que más tarde estaban bajo el control de Roma.En el año 636, Irlanda del Sur decidió unir su comunidad eclesiástica a la Iglesia Romana. Luego, en el año 697, la iglesia de Irlanda del Norte decidió siguió su ejemplo. Aunque la mayor parte del Cristianismo Celta fue finalmente unido al Catolicismo Romano, comunidades aisladas esparcidas por Escocia, Gales y las Islas Británicas continuaron su independencia durante muchos años.Uno de los misioneros Celta-Ingles que tuvo un gran impacto en el Norte de Europa fue Bonifacio.Nacido Wilfrido en el reino Anglosajón de Wessex a principios de la década del año 670, su familia fue próspera y lo envió a la escuela en un monasterio en Exeter. La vida de los monjes apeló a Wilfrido y en contra de los deseos de su padre, decidió seguir una carrera religiosa. Mostró un dominio de las Escrituras y una gran habilidad en la enseñanza y la organización, rasgos buscados en la vida monástica. Para seguir entrenando se trasladó a un monasterio Benedictino en Hampshire. Este monasterio era dirigido por un Abad brillante que lo había convertido en un centro de enseñanza. Wilfrido pronto se convirtió en un profesor en la escuela del monasterio y a la edad de 30 años fue ordenado sacerdote. Cuando el abad murió en el año 716, la opción lógica para reemplazarlo fue Wilfrido. En un movimiento sorprendente, se negó, y se fue a la región de Frisia, lo que hoy conocemos como los Países Bajos.Wilfrido tenía la pasión de llevar el Evangelio de Cristo a lugares donde aun no se había plantado. Había oído hablar de un misionero con un pensamiento similar llamado Willibrord que trabajaba en Frisia y necesitaba ayuda. Pasaron un año juntos, pero cuando estalló la guerra, ambos regresaron a casa.Un año más tarde, Wilfrido fue a Roma en busca de una audiencia con el Papa Gregorio II. Compartió su visión de ver a las tribus Germánicas liberadas de su herejía arriana a la fe católica. Gregorio respondió: "Tú brillas con el fuego que trae la salvación que nuestro Señor vino a enviar sobre la tierra."El Papa lo renombró 'Bonifacio' después del mártir del 4º siglo, Bonifacio de Tarso, y lo nombró obispo misionero para Germania. Esto significaba que Bonifacio era un obispo sin diócesis. El reino de su ministerio no tenía iglesias. Dependía de él llevar la luz de Cristo a las tribus Germánicas supersticiosas. Bonifacio nunca regresó a Inglaterra.Centró su trabajo en las regiones de Hesse & Turingia, llevando a miles a Cristo. Plantó decenas de iglesias.Mientras que los alemanes eran nominalmente arrianos, regiones enteras seguían siendo paganas, adorando a los antiguos dioses Alemanes y practicando ritos supersticiosos. Bonifacio encontró algunos misioneros supuestamente Cristianos mientras se dirigía a través de Alemania, pero ellos defendían herejías. No es de extrañar que hubieran tenido poco impacto. Cuando se enfrentó a ellos, se resistieron. Así que Bonifacio hizo que los arrestaran y confinaran. Pronto se ganó una reputación por ser severo y determinado.Una historia de la carrera de Bonifacio es legendaria. Se desconoce si es factual o no. Ciertamente no es difícil creer que un hombre que iría a Roma y pediría permiso para llevar el Evangelio solo a herejes y paganos podría hacer algo como lo que estamos a punto de escuchar.La historia dice que Bonifacio fue a Geismar en Hesse, donde estaba el Donar o el Roble de Thor. Como era común para los Alemanes, consideraban que los árboles y los bosques tenían un gran poder espiritual. Thor, dios del trueno, era la deidad principal en su panteón. El Roble Donar estaba dedicado a su poder y gloria. Bonifacio sabía que no había Thor y que no habría reacción si cortaba un árbol. Algunos Alemanes podrían protestar y tratar de defender el honor de Thor. Así que Bonifacio los llamó a reunirse, y luego les puso este desafío: que Thor, ese poderoso dios del trueno, defendiera su árbol él mismo. Ciertamente un dios tan grande como el dios del trueno podría lidiar con un pequeño sacerdote cristiano. A menos que, à no hubiera Thor y la fe cristiana fuera verdadera. Bonifacio levantó su hacha y comenzó a atacar. No se vio ningún relámpago. Ningún trueno sacudió el suelo. Pero según su primer biógrafo Willibald, después de que Bonifacio hubiera tomado una docena de golpes con su hacha al roble, un fuerte viento se socito y lo derribó. Cayó y se rompió en 4 pedazos, revelando que de hecho estaba podrido. El mensaje era claro; las viejas costumbres eran como ese roble podrido. La gente estaba aturdida y como si fueran liberados de una prisión en la que habían estado recluidos durante mucho tiempo, renunciaron a su creencia en los viejos dioses y en masa se convirtieron al cristianismo. Bonifacio usó la madera del Roble de Donar para construir una iglesia.Su habilidad en la administración trajo un notable nivel de organización a la iglesia Alemana que estaba creciendo rápidamente. En el año 732 fue nombrado arzobispo sobre Alemania. Se enfoco en trabajar para establecer un clero educado, disciplinado y puro; algo que sabía que en otras partes de la Europa no era el caso. No toleraba ni pereza ni incompetencia entre los clérigos y purgaba los persistentes ritos del paganismo Alemán de los rituales de la iglesia. El sincretismo que había sido adoptado en muchos otros lugares, por el cual los ritos paganos eran absorbidos en las tradiciones eclesiásticas, no era algo que Bonifacio permitía. Usando voluntarios misioneros de Inglaterra, muchos de los cuales eran mujeres, avanzó la organización y la estructura en la iglesia alemana y la llenó de celo por la obediencia, el servicio y la obra misionera.Junto con su labor administrativa y misionera, Bonifacio construyó monasterios en toda Alemania. El más influyente fue en Fulda, el centro geográfico de Alemania.No se había celebrado ningún consejo eclesiástico en el reino Franco durante décadas antes de su llegada. Bonifacio convocó a 5 de ellos entre los años 742 y 747. A petición de estos Consejos, estos Consejos adoptaron reglamentos estrictos para el clero y condenaron a los herejes locales.Bonifacio era un monje Benedictino. Los Benedictinos enfatizaban la pobreza, la pureza moral y la obediencia a Cristo. La Regla de Benedicto era la norma para los monasterios de toda Europa en ese momento. Eran lugares de adoración, devoción, oración y enseñanza, oasis de cultura y civilización en medio del desierto de un mundo lejos de Dios. Los monjes copiaban las Escrituras y libros cristianos antiguos. Los monasterios eran los únicos centros educativos durante el período medieval. Si no hubiera sido por ellos, no hubiera surgido ningún Renacimiento. Los monasterios fueron donde se mantuvo todo el aprendizaje que formó la base intelectual de la que vino el Renacimiento. Tristemente, a lo largo de los siglos, muchos monasterios abandonaron sus raíces espirituales y se convirtieron en lugares de inmoralidad y corrupción. Los que Bonifacio fundo en su mayor parte permanecieron siendo lugares de educación, hospitalidad y alcance misionero.Bonifacio entendía que todo su trabajo podía convertirse en nada si llegaba la guerra. Así que trabajó para fomentar las relaciones pacíficas entre los Francos, las tribus Germánicas y la Iglesia. Fue crucial en la negociación de un tratado entre el Papa y el rey Franco Pepín que eventualmente se convertiría en una poderosa alianza de la iglesia y el estado más tarde en la Edad Media.Después de años de ministerio en Alemania Central, Bonifacio volvió a sentir a Frisia en el Norte llamándolo. Este era el lugar donde había probado por primera vez su mano en la obra misional. Ahora, casi a la edad de 80 años, renunció a su puesto como Arzobispo de Maguncia para dirigirse al norte una vez más. El y sus seguidores vagaban por el campo destruyendo santuarios paganos, construyendo iglesias y bautizando a miles.Se suponía que un grupo de nuevos conversos se juntaría con Bonifacio y sus 52 compañeros en Dorkum. Mientras Bonifacio los esperaba, llegó una banda de forajidos. En sus viajes anteriores, Bonifacio siempre había ido con un guardia armado comisionado por el gobernante Franco. Ahora estaba en un reino más allá del control de los Francos. En el primer consejo que había llamado años antes, había presionado para impedir que el clero llevara armas. Todo lo que tenían para defenderse era el gran libro cubierto de madera que estaba leyendo. Lo uso como escudo. Mientras bateó las navajas de los forajidos que intentaban apuñalarlo, me pregunto si se arrepintió de su posición anterior. Un libro hace un escudo muy pobre, incluso si su cubierta es de un cuarto de pulgada de espesor. Bonifacio y todo su grupo fueron masacrados allí en la orilla de un río. Cuando los conversos llegaron para reunirse con él, encontraron su cuerpo, y junto a él estaba una copia del libro   de Ambrosio à La ventaja de la muerte, con cortes profundos en él. El libro está en exhibición en Fulda.

The History of the Christian Church

El episodio de hoy se titula "Patricio"El episodio de la vez pasada fue una breve reseña de la llegada del cristianismo a Gran Bretaña. Vimos cómo los anglosajones entraron desde la costa este, donde habían sido confinados por lo que quedaba del ejército Romano. Pero cuando los Romanos se retiraron en el año 410, los Sajones se mudaron rápidamente para tomar su lugar, confinando a los Cristianos Romano-Británicos a la región occidental de la isla. Fue a partir de ese encogimiento de la fe que una chispa de fe surgió y salto al Mar de Irlanda para aterrizar en la yerba seca de la Irlanda Celta. El nombre de esa chispa era Patricio.Si bien hay mucha leyenda en torno a la vida de Patricio, hay poca evidencia histórica de los detalles de su historia. Tenemos poca idea de cuándo o dónde nació, dónde vivió y trabajo, cuándo y dónde murió, y otros detalles importantes. Lo que si tenemos son pistas de incidentes y sus propios relatos, aunque aun ellos no son específicos.El registro del Cristianismo en Irlanda antes de Patricio es escaso. Un obispo llamado Palladius fue nombrado por el Papa Celestino para la isla, pero no se quedó mucho tiempo. Se fue el mismo año que Patricio llegó.Patricio nació en un hogar afluente y religioso. Su padre era un diácono; su abuelo un sacerdote. La familia era probablemente de la nobleza Romano-Británica y poseía tierras menores a lo largo de las costas del oeste de Gran Bretaña. Varios lugares afirman ser el hogar ancestral de Patricio. A la edad de 16 años, fue capturado por esclavistas Irlandeses que asaltaban regularmente la costa de Gran Bretaña. Fue llevado de vuelta a Irlanda y vendido en cautiverio.Patricio relata poco de sus 6 años como esclavo, excepto para decir que era un pastor o cuidador de un rebaño de cerdos que pasaba largos períodos cuidando sus cargos. Siendo un esclavo, soportó largos períodos de hambre, sed y aislamiento. Esta prueba lo movió a buscar a Dios en serio. La fe de sus padres se convirtió en la suya.Años más tarde, al escribir lo que se conoce como su Confesio, Patricio dijo que creía que su esclavitud era disciplina por su apatía espiritual. No sólo atribuyó su propia esclavitud como la disciplina del Señor, sino que miles de compañeros Británicos también sufrieron por la misma razón. Vino a ver la disciplina como la gracia de Dios, porque lo llevó a Dios. Escribe -Cada vez más, el amor de Dios y el temor de El crecieron en mí, y mi fe se incrementó y mi espíritu avivó. Tanto que oré hasta cien veces en el día, y casi tan a menudo por la noche. Incluso me quedé en el bosque y en la montaña para orar. Y —viniera granizo, lluvia o nieve— me levanté antes del amanecer para orar, y no sentí ninguna pereza malvada ni espiritual en mi interior.A los 22 años, Patricio dijo que oyó una voz sobrenatural llamándolo ayunar en preparación para regresar a casa. No mucho después, la voz volvió a hablar: "¡He aquí! Su nave está preparada. El problema era que Patricio estaba a 200 millas del mar. Confiado en que seguía  la dirección de Dios, se encamino hacia la costa. Cuando llegó e informó al capitán que debía abordar, el capitán lo reconoció como un esclavo fugitivo y se negó. Patricio se dio cuenta ahora de que su situación era precaria y buscó un lugar donde esconderse. Al ver una cabaña cercana comenzó a acercarse a ella, cuando uno de los tripulantes le gritó que se apresurara y abordara. Parece que a la tripulación le faltaban marineros y pensaron en usar a Patricio como un marinero novato extra, pagando su tarifa con el duro trabajo como un humilde ayudante en la cubierta.El barco zarpó y 3 días después llego a su destino. Dónde es una parte del misterio porque Patricio no nos da detalles en este punto. La mejor suposición es que fue en el Norte de Galia. Dice que una vez que llegaron a tierra la tripulación vagó en una área desértica durante casi un mes. Sabemos que entre los años 407 y 410, los Godos y Vándalos estaban arrasando por esta región. Las cosas se desesperaron y el capitán comenzó a reprender a Patricio, burlándose de su confianza en un Dios todopoderoso y amoroso. ¿Dónde estaba todo ese poder y amor ahora que estaban en peligro de morir de hambre? Patricio no se sintió intimidado por el desafío. Como veremos, este tipo de oportunidad llamó de Patricio una fe aún más decidida. Le dijo al capitán: "Nada es imposible para Dios. Busquemoslo a El y nos enviará comida para nuestro viaje". En la desesperación la tripulación obedeció. Y mientras oraban, una manada de cerdos apareció de repente. Los marineros festejaron y agradecieron a Patricio, pero se resistieron a abrazar su fe en Dios.Hay una interrupción en la historia de Patricio en este momento, así que no estamos seguros de lo que pasó después. Pasan un par de años y está de vuelta en casa en Gran Bretaña con su familia. Le suplicaron que se quedara, pero había aprendido lo suficiente de la voluntad de Dios como para saber que no debemos hacer tales promesas. Poco tiempo después escuchó el llamada a Irlanda. Dice que tuvo un sueño visionario en el que un irlandés lo invitó de vuelta a la tierra de su esclavitud. Patricio escribe en su Confeso -Su nombre era Victoricus, y llevaba innumerables cartas, una de las cuales me entregó. Leí en voz alta donde comenzó: 'La voz de los Irlandeses'. Y cuando comencé a leer estas palabras, me pareció oír la voz de los mismos hombres que vivían junto al bosque de Foclut, que se encuentra cerca del mar Occidental donde se pone el sol. Parecían gritarme en voz alta como con una misma voz: 'Santo muchacho, te suplicamos, vuelve y camina una vez más entre nosotros'. Estaba completamente perforado hasta el centro de mi corazón y no pude leer más.Al darse cuenta de que Dios lo estaba llamando de vuelta a la Isla Verde, Patricio comenzó a prepararse. Entendió el llamado a evangelizar a los irlandeses, pero no se creía debidamente equipado para hacerlo. Buscó formación en forma de estudio teológico y ordenación oficial. Ya que tanto su padre como su abuelo habían seguido este curso, también le parecía apropiado. Hay cierta confusión en este punto en el lugar en el que Patricio fue a recibir su educación. Un biógrafo lo envía a Roma, mientras que otros dicen que fue al norte de la Galia a estudiar con el Obispo Germanus.Se desconoce cuánto tiempo pasó Patricio en el entrenamiento, pero finalmente fue ordenado diácono. Un acontecimiento notable de esta época que más tarde sería importante para su vida fue su confesión de un pecado juvenil a un amigo cercano. Era algo que Patricio había hecho alrededor de un año antes de que los asaltantes irlandeses lo capturaran. Siempre le preocupo y lo movió a confesárselo a un amigo allí en Galia. El amigo le dijo que no era tan importante y que no se preocupara y que no le prohibiría ser utilizado por Dios. El amigo incluso le aseguró a Patricio que algún día sería nombrado Obispo. Aunque el pecado no se nos ha dejado especificado, más tarde volvería a perseguirlo.Cómo Patricio evangelizó Irlanda es un caso importante de estudio porque nos abre la mente de los misioneros cristianos durante este período. También puede ayudarnos a entender el inquietante sincretismo religioso que infectó a la iglesia medieval.La religión Celta nativa de Irlanda cuando Patricio regresó estaba dominada por un sacerdocio pagano llamado los Druidas. Lo que sabemos de esta religión Celta es poco en el mejor de los de los casos. Julio César es uno de nuestras principales fuentes de sus encuentros con ellos en sus conquistas de Galia y Gran Bretaña. Los Romanos los odiaban y a veces temían a los Druidas. Esto se debió a su casi total control sobre su pueblo, un control impuesto por el completo terror. Ese terror bien puede haber sido puesto en su lugar por ser empoderados por espíritus demoníacos. El sacrificio humano era una característica regular del sistema Druídico y se les atribuyó el poder de trabajar lo milagroso, a menudo de manera cruel.Como mencioné, había cierta presencia Cristiana limitada en Irlanda antes de la llegada de Patricio, pero la iglesia había hecho pocos avances contra la dominación de los Druidas. La incursión de Patricio de 6 años como esclavo lo preparó para saber lo que enfrentó en el camino de la oposición religiosa cuando regresó. Su plan era enfrentarse a los druidas en su propio territorio. Entendía que la única manera de avanzar entre la gente era liberándolos de su miedo a los druidas. Para hacer eso, tendría que mirar al poder de Dios para vencer cualquier demostración de poder demoníaco que los druidas conjuraran.Aquí es donde las historias de la vida de Patricio se vuelven difíciles de discernir de la verdad. Sus biógrafos medievales toman este núcleo de verdad y hacen girar hilos elaborados sobre sus enfrentamientos con los druidas. La mayoría de esas historias son probablemente ficticias, mientras que algunas pueden estar basadas en eventos reales. La lección más grande para nosotros es el método de evangelismo de Patricio.La idea había crecido entre los teólogos de que las religiones paganas no eran tanto anticristianas como precristianas. Basándose en lo que dijo el apóstol Pablo en Romanos 1:20, creían que "desde la creación del mundo se veían claramente los atributos invisibles de Dios, siendo comprendidos por las cosas que se hacen." El propio Pablo aplicó esto en Atenas cuando habló con los filósofos en la colina de Marte. Pablo se molestó por los muchos ídolos que encontró en Atenas, pero los utilizó para evangelizar a los Atenienses. El les dijo: 'Veo lo ultra-religioso que son en todos los sentidos. Incluso encontré un altar con la inscripción, 'A un dios desconocido'. Lo que adoras como desconocido, estoy aquí para darles a conocer." En Eclesiastés, Salomón dijo que Dios ha escrito la eternidad en el corazón de las personas. Patricio y los que siguieron después buscaron cómo llevar la Verdad de Cristo a los perdidos usando cualquier elemento de su fe natal que pudieran, convirtiéndola en la Verdad de Cristo.Patricio y sus contemporáneos de ninguna manera aprobaron al paganismo ni lo consideraron una variante aceptable del Evangelio. Creían que había seres sobrenaturales detrás de los ídolos e ideales del paganismo; demonios que mantenían a la gente en cautiverio espiritual. Creían que los milagros y la magia si ocurría. Después de todo, los magos de Faraón usaron el poder sobrenatural. Pero à y aquí está la clave de la metodología de Patricio à el Dios de Moisés era más poderoso, y usó Su poder para traer el bien mientras que el poder demoníaco sirvió sólo para promover la ruina.Así que cuando Patricio llegó a Irlanda y proclamó el Evangelio, los druidas salieron en oposición. Su control sobre los Irlandeses estaba en peligro. Se movieron rápidamente para matarlo. Eran la ley y podían hacer lo que quisieran. Pero: Lo encontraron más difícil de lo que pensaban. Ninguno de sus planes o complots funcionaron. Era como si un muro sobrenatural protegiera a Patricio. Escribió de esto una vez: "Diariamente espero asesinato, fraude o cautiverio. Pero no temo ninguna de estas cosas debido a las promesas del cielo. Me he puesto en manos de Dios Todopoderoso que gobierna en todas partes".Mientras que confiaba en la protección de Dios, también tomó medidas prácticas para ganar aliados entre los Irlandeses mediante la construcción de relaciones amables con ellos. Estos aliados lo mantuvieron informado de los diversos complots en su contra.Aunque Patricio no registra ningún enfrentamiento específico con los druidas, ese es el tema de muchos de sus biografías. Un punto de inflexión en la misión de Patricio llegó cuando un Líder Irlandés llamado 'Laoghaire' llegó a la fe. Este líder tenía un grupo de poderosos druidas que le aconsejaron pero que no pudieron derrotar a Patricio en manifestaciones de poder sobrenatural. Cuando un par de esos druidas cayeron enfermos, Laoghaire estaba convencido de la superioridad del Dios de Patricio y del mensaje y profesó fe en Cristo. Como era común a esa cultura, con su conversión, el pueblo de su clan también llegó a la fe. Su alianza con otros clanes abrió la puerta para que Patricio les trajera el Evangelio también y pronto toda la región se había convertido.Este fue el método de evangelismo de Patricio mientras atravesaba en Irlanda. Se enfrentó a los druidas de frente, mostrando la superioridad del poder de Dios, rompiendo su monopolio en las mentes de los irlandeses primero, luego yendo tras sus corazones con la gracia de Dios en el Evangelio de Cristo.Otro punto de transformación fue la conversión de algunos de los mismos Druidas.Patricio fue impulsado a traer el Evangelio a Irlanda porque Hibernia, como se llamaba a Irlanda, era considerado el fin del mundo y Jesús había dicho que el Evangelio sería predicado hasta los confines del mundo, entonces el fin llegaría. Patricio pensó que estaba acelerando el regreso de Cristo. En sus escritos, menciona repetidamente que estaban en 'los últimos días', y citó Mateo 24:14. Escribió: "Se ha cumplido. ¡Contemplar! Somos testigos del hecho de que el Evangelio ha sido predicado hasta el más allá de donde viven personas'.Patricio no estaba solo en esta creencia. Los cristianos nunca renunciaron a la idea de que Cristo regresaría cuando todas las naciones se enteraran de él; y acaban descubriendo más naciones. Casi exactamente mil años después de Patricio, Cristóbal Colón fue a America no sólo en búsqueda de fama y riquezas, sino para acelerar la segunda venida. Su Libro de Profecías muestra cómo el pensaba que su descubrimiento encajaba en las predicciones bíblicas de los tiempos finales.También recordamos la leyenda del que Patricio uso una “shamrock” o trébol verde de tres hojas para explicar la Trinidad y es interesante, pero no hay evidencia histórica de ello. No habría sido necesario porque en la religión Celta, el concepto de una trinidad divina ya era algo conocido. Tampoco hay pruebas que respalden la historia que Patricio expulso todas las serpientes de Irlanda.Hemos citado el primero de los dos documentos que Patricio nos dejó, su Confessio. El otro es una carta que escribió a un Líder Británico llamado Coroticus. Coroticus afirmó ser cristiano, pero envió a sus soldados en incursiones a Irlanda. Habían tomado a muchos de los conversos de Patricio como esclavos. En un caso, justo un día después de bautizarse, decenas de conversos de Patricio fueron brutalmente atacados por los asaltantes de Coroticus. Aunque todavía estaban vestidos con sus ropas bautismales, muchos fueron asesinados, el resto llevados como esclavos. Patricio se indignó y escribió una carta abierta a Coroticus que circuló a muchos otros. Excomulgado tanto a Coroticus como a sus soldados, quitando a ellos de la comunión Cristiana y la Comunión hasta que hicieran penitencia y restauraran lo que habían robado.Poco después de que Patricio fuera nombrado obispo de la iglesia Irlandesa, ese amigo al que confesó su pecado juvenil, lo traicionó. Aunque el hombre había dicho anteriormente que lo que Patricio había hecho no era un gran error, decidió marcarlo así haciéndolo público y avergonzando a Patricio. Aunque nunca descubrimos la naturaleza del error, fue un escándalo para los funcionarios de la iglesia. Algunos pidieron el despido inmediato de Patricio como Obispo. La desgracia es un imán de malas noticias y pronto otros se estaban sumando a las acusaciones en su contra. Un hombre afirmó que Patricio había ido a Irlanda simplemente para hacerse rico, una acusación extraña cuando consideramos la pobreza que marcó su vida y la perspectiva improbable antes de que fuera del éxito de esa ambición.Los cargos eran lo suficientemente graves como para requerir un sínodo de la iglesia. Encargaron una investigación. Un grupo fue a Irlanda para interrogar a Patricio. Aunque nunca testificó en el sínodo en Gran Bretaña, el amigo que lo había traicionado pensó mejor en su traición y terminó defendiéndolo. La Confessio fue la respuesta de Patricio a los cargos en su contra.Aunque se desconoce el resultado oficial del sínodo, pero Patricio nunca fue censurado o depuesto como obispo, y esto sugiere que los cargos fueron refutados.Patricio estaba menos preocupado por plantar iglesias como lo estaba haciendo conversos y fue incansable en sus viajes de ida y vuelta a través de la isla. Siguiendo el modelo de la época, consideró la vida ascética del monasterio como la forma más pura de la Fe y animó a sus conversos a ser monjes y monjas. Esto condujo a la construcción de docenas de monasterios y conventos en Irlanda. La naturaleza rural de la isla también fomentaba esa forma en la Iglesia. Sin tener principales centros urbanos, las grandes iglesias supervisadas por los obispos eran raras. Así que el cristianismo irlandés se centró en la vida monástica comunal.Patricio murió por causas naturales el 17 de marzo del año 493. Hoy en día, es una de las figuras más famosas de la 5º siglo. Como tantos otros del pasado que lograron grandes cosas, probablemente ni siquiera sabríamos de él si no fuera por el alcance dinámico misionero que vino de Irlanda. Patricio, el santo patrón de Irlanda era Británico. Y la fe que se trasplantó a través del Mar de Irlanda finalmente regresó a Gran Bretaña.Muchos han observado cómo los irlandeses tienen el hábito de salir de Irlanda. Los monjes misioneros no eran una excepción. Había iglesias en Gran Bretaña antes del día de Patricio. Su padre y su abuelo eran líderes de la iglesia. Pero los Anglosajones habían confinado a la Gran Bretaña cristiana a una pequeña porción del oeste. Un siglo después de Patricio, un monje irlandés llamado Columba fundó un monasterio en la isla de Iona, frente a la costa de Escocia. A pesar de ser una pequeña base, Iona fue sin embargo responsable de una poderosa ola de alcance misionero a Escocia y Gran BretañaCon esta vibrante base en Irlanda y Gran Bretaña, los monjes Celtas ahora fueron al continente. Establecieron bases de alcance en Alemania, Suiza e Italia. Estos a su vez se convirtieron en centros de evangelización y aprendizaje. Estos monasterios Celtas mantuvieron una feroz independencia de Roma, aunque tenían la misma fe. Los papas Romanos trataron de tener autoridad sobre ellos, pero en su mayor parte el Cristianismo Celta resistió a tal control.Fue en estos monasterios que gran parte guardaron la antigua sabiduría de los Griegos y Romanos al almacenarla, copiosamente copiarla, y asiduamente estudiarla, esperando el día en que resurgirían en lo que se conoce hoy como el Renacimiento.En su libro Como los Irlandeses Salvaron la Civilización, Thomas Cahill dice esto de Patricio -Los irlandeses le dieron a Patricio más que un hogar, le dieron un rol, un significado para su vida. Porque sólo este ex esclavo tenía los instintos adecuados para impartir a los irlandeses una Nueva Historia, una que tenía un nuevo sentido de todas sus viejas historias y les trajo una paz que nunca habían conocido antes.

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El episodio de hoy se titula "Patricio"El episodio de la vez pasada fue una breve reseña de la llegada del cristianismo a Gran Bretaña. Vimos cómo los anglosajones entraron desde la costa este, donde habían sido confinados por lo que quedaba del ejército Romano. Pero cuando los Romanos se retiraron en el año 410, los Sajones se mudaron rápidamente para tomar su lugar, confinando a los Cristianos Romano-Británicos a la región occidental de la isla. Fue a partir de ese encogimiento de la fe que una chispa de fe surgió y salto al Mar de Irlanda para aterrizar en la yerba seca de la Irlanda Celta. El nombre de esa chispa era Patricio.Si bien hay mucha leyenda en torno a la vida de Patricio, hay poca evidencia histórica de los detalles de su historia. Tenemos poca idea de cuándo o dónde nació, dónde vivió y trabajo, cuándo y dónde murió, y otros detalles importantes. Lo que si tenemos son pistas de incidentes y sus propios relatos, aunque aun ellos no son específicos.El registro del Cristianismo en Irlanda antes de Patricio es escaso. Un obispo llamado Palladius fue nombrado por el Papa Celestino para la isla, pero no se quedó mucho tiempo. Se fue el mismo año que Patricio llegó.Patricio nació en un hogar afluente y religioso. Su padre era un diácono; su abuelo un sacerdote. La familia era probablemente de la nobleza Romano-Británica y poseía tierras menores a lo largo de las costas del oeste de Gran Bretaña. Varios lugares afirman ser el hogar ancestral de Patricio. A la edad de 16 años, fue capturado por esclavistas Irlandeses que asaltaban regularmente la costa de Gran Bretaña. Fue llevado de vuelta a Irlanda y vendido en cautiverio.Patricio relata poco de sus 6 años como esclavo, excepto para decir que era un pastor o cuidador de un rebaño de cerdos que pasaba largos períodos cuidando sus cargos. Siendo un esclavo, soportó largos períodos de hambre, sed y aislamiento. Esta prueba lo movió a buscar a Dios en serio. La fe de sus padres se convirtió en la suya.Años más tarde, al escribir lo que se conoce como su Confesio, Patricio dijo que creía que su esclavitud era disciplina por su apatía espiritual. No sólo atribuyó su propia esclavitud como la disciplina del Señor, sino que miles de compañeros Británicos también sufrieron por la misma razón. Vino a ver la disciplina como la gracia de Dios, porque lo llevó a Dios. Escribe -Cada vez más, el amor de Dios y el temor de El crecieron en mí, y mi fe se incrementó y mi espíritu avivó. Tanto que oré hasta cien veces en el día, y casi tan a menudo por la noche. Incluso me quedé en el bosque y en la montaña para orar. Y —viniera granizo, lluvia o nieve— me levanté antes del amanecer para orar, y no sentí ninguna pereza malvada ni espiritual en mi interior.A los 22 años, Patricio dijo que oyó una voz sobrenatural llamándolo ayunar en preparación para regresar a casa. No mucho después, la voz volvió a hablar: "¡He aquí! Su nave está preparada. El problema era que Patricio estaba a 200 millas del mar. Confiado en que seguía  la dirección de Dios, se encamino hacia la costa. Cuando llegó e informó al capitán que debía abordar, el capitán lo reconoció como un esclavo fugitivo y se negó. Patricio se dio cuenta ahora de que su situación era precaria y buscó un lugar donde esconderse. Al ver una cabaña cercana comenzó a acercarse a ella, cuando uno de los tripulantes le gritó que se apresurara y abordara. Parece que a la tripulación le faltaban marineros y pensaron en usar a Patricio como un marinero novato extra, pagando su tarifa con el duro trabajo como un humilde ayudante en la cubierta.El barco zarpó y 3 días después llego a su destino. Dónde es una parte del misterio porque Patricio no nos da detalles en este punto. La mejor suposición es que fue en el Norte de Galia. Dice que una vez que llegaron a tierra la tripulación vagó en una área desértica durante casi un mes. Sabemos que entre los años 407 y 410, los Godos y Vándalos estaban arrasando por esta región. Las cosas se desesperaron y el capitán comenzó a reprender a Patricio, burlándose de su confianza en un Dios todopoderoso y amoroso. ¿Dónde estaba todo ese poder y amor ahora que estaban en peligro de morir de hambre? Patricio no se sintió intimidado por el desafío. Como veremos, este tipo de oportunidad llamó de Patricio una fe aún más decidida. Le dijo al capitán: "Nada es imposible para Dios. Busquemoslo a El y nos enviará comida para nuestro viaje". En la desesperación la tripulación obedeció. Y mientras oraban, una manada de cerdos apareció de repente. Los marineros festejaron y agradecieron a Patricio, pero se resistieron a abrazar su fe en Dios.Hay una interrupción en la historia de Patricio en este momento, así que no estamos seguros de lo que pasó después. Pasan un par de años y está de vuelta en casa en Gran Bretaña con su familia. Le suplicaron que se quedara, pero había aprendido lo suficiente de la voluntad de Dios como para saber que no debemos hacer tales promesas. Poco tiempo después escuchó el llamada a Irlanda. Dice que tuvo un sueño visionario en el que un irlandés lo invitó de vuelta a la tierra de su esclavitud. Patricio escribe en su Confeso -Su nombre era Victoricus, y llevaba innumerables cartas, una de las cuales me entregó. Leí en voz alta donde comenzó: 'La voz de los Irlandeses'. Y cuando comencé a leer estas palabras, me pareció oír la voz de los mismos hombres que vivían junto al bosque de Foclut, que se encuentra cerca del mar Occidental donde se pone el sol. Parecían gritarme en voz alta como con una misma voz: 'Santo muchacho, te suplicamos, vuelve y camina una vez más entre nosotros'. Estaba completamente perforado hasta el centro de mi corazón y no pude leer más.Al darse cuenta de que Dios lo estaba llamando de vuelta a la Isla Verde, Patricio comenzó a prepararse. Entendió el llamado a evangelizar a los irlandeses, pero no se creía debidamente equipado para hacerlo. Buscó formación en forma de estudio teológico y ordenación oficial. Ya que tanto su padre como su abuelo habían seguido este curso, también le parecía apropiado. Hay cierta confusión en este punto en el lugar en el que Patricio fue a recibir su educación. Un biógrafo lo envía a Roma, mientras que otros dicen que fue al norte de la Galia a estudiar con el Obispo Germanus.Se desconoce cuánto tiempo pasó Patricio en el entrenamiento, pero finalmente fue ordenado diácono. Un acontecimiento notable de esta época que más tarde sería importante para su vida fue su confesión de un pecado juvenil a un amigo cercano. Era algo que Patricio había hecho alrededor de un año antes de que los asaltantes irlandeses lo capturaran. Siempre le preocupo y lo movió a confesárselo a un amigo allí en Galia. El amigo le dijo que no era tan importante y que no se preocupara y que no le prohibiría ser utilizado por Dios. El amigo incluso le aseguró a Patricio que algún día sería nombrado Obispo. Aunque el pecado no se nos ha dejado especificado, más tarde volvería a perseguirlo.Cómo Patricio evangelizó Irlanda es un caso importante de estudio porque nos abre la mente de los misioneros cristianos durante este período. También puede ayudarnos a entender el inquietante sincretismo religioso que infectó a la iglesia medieval.La religión Celta nativa de Irlanda cuando Patricio regresó estaba dominada por un sacerdocio pagano llamado los Druidas. Lo que sabemos de esta religión Celta es poco en el mejor de los de los casos. Julio César es uno de nuestras principales fuentes de sus encuentros con ellos en sus conquistas de Galia y Gran Bretaña. Los Romanos los odiaban y a veces temían a los Druidas. Esto se debió a su casi total control sobre su pueblo, un control impuesto por el completo terror. Ese terror bien puede haber sido puesto en su lugar por ser empoderados por espíritus demoníacos. El sacrificio humano era una característica regular del sistema Druídico y se les atribuyó el poder de trabajar lo milagroso, a menudo de manera cruel.Como mencioné, había cierta presencia Cristiana limitada en Irlanda antes de la llegada de Patricio, pero la iglesia había hecho pocos avances contra la dominación de los Druidas. La incursión de Patricio de 6 años como esclavo lo preparó para saber lo que enfrentó en el camino de la oposición religiosa cuando regresó. Su plan era enfrentarse a los druidas en su propio territorio. Entendía que la única manera de avanzar entre la gente era liberándolos de su miedo a los druidas. Para hacer eso, tendría que mirar al poder de Dios para vencer cualquier demostración de poder demoníaco que los druidas conjuraran.Aquí es donde las historias de la vida de Patricio se vuelven difíciles de discernir de la verdad. Sus biógrafos medievales toman este núcleo de verdad y hacen girar hilos elaborados sobre sus enfrentamientos con los druidas. La mayoría de esas historias son probablemente ficticias, mientras que algunas pueden estar basadas en eventos reales. La lección más grande para nosotros es el método de evangelismo de Patricio.La idea había crecido entre los teólogos de que las religiones paganas no eran tanto anticristianas como precristianas. Basándose en lo que dijo el apóstol Pablo en Romanos 1:20, creían que "desde la creación del mundo se veían claramente los atributos invisibles de Dios, siendo comprendidos por las cosas que se hacen." El propio Pablo aplicó esto en Atenas cuando habló con los filósofos en la colina de Marte. Pablo se molestó por los muchos ídolos que encontró en Atenas, pero los utilizó para evangelizar a los Atenienses. El les dijo: 'Veo lo ultra-religioso que son en todos los sentidos. Incluso encontré un altar con la inscripción, 'A un dios desconocido'. Lo que adoras como desconocido, estoy aquí para darles a conocer." En Eclesiastés, Salomón dijo que Dios ha escrito la eternidad en el corazón de las personas. Patricio y los que siguieron después buscaron cómo llevar la Verdad de Cristo a los perdidos usando cualquier elemento de su fe natal que pudieran, convirtiéndola en la Verdad de Cristo.Patricio y sus contemporáneos de ninguna manera aprobaron al paganismo ni lo consideraron una variante aceptable del Evangelio. Creían que había seres sobrenaturales detrás de los ídolos e ideales del paganismo; demonios que mantenían a la gente en cautiverio espiritual. Creían que los milagros y la magia si ocurría. Después de todo, los magos de Faraón usaron el poder sobrenatural. Pero à y aquí está la clave de la metodología de Patricio à el Dios de Moisés era más poderoso, y usó Su poder para traer el bien mientras que el poder demoníaco sirvió sólo para promover la ruina.Así que cuando Patricio llegó a Irlanda y proclamó el Evangelio, los druidas salieron en oposición. Su control sobre los Irlandeses estaba en peligro. Se movieron rápidamente para matarlo. Eran la ley y podían hacer lo que quisieran. Pero: Lo encontraron más difícil de lo que pensaban. Ninguno de sus planes o complots funcionaron. Era como si un muro sobrenatural protegiera a Patricio. Escribió de esto una vez: "Diariamente espero asesinato, fraude o cautiverio. Pero no temo ninguna de estas cosas debido a las promesas del cielo. Me he puesto en manos de Dios Todopoderoso que gobierna en todas partes".Mientras que confiaba en la protección de Dios, también tomó medidas prácticas para ganar aliados entre los Irlandeses mediante la construcción de relaciones amables con ellos. Estos aliados lo mantuvieron informado de los diversos complots en su contra.Aunque Patricio no registra ningún enfrentamiento específico con los druidas, ese es el tema de muchos de sus biografías. Un punto de inflexión en la misión de Patricio llegó cuando un Líder Irlandés llamado 'Laoghaire' llegó a la fe. Este líder tenía un grupo de poderosos druidas que le aconsejaron pero que no pudieron derrotar a Patricio en manifestaciones de poder sobrenatural. Cuando un par de esos druidas cayeron enfermos, Laoghaire estaba convencido de la superioridad del Dios de Patricio y del mensaje y profesó fe en Cristo. Como era común a esa cultura, con su conversión, el pueblo de su clan también llegó a la fe. Su alianza con otros clanes abrió la puerta para que Patricio les trajera el Evangelio también y pronto toda la región se había convertido.Este fue el método de evangelismo de Patricio mientras atravesaba en Irlanda. Se enfrentó a los druidas de frente, mostrando la superioridad del poder de Dios, rompiendo su monopolio en las mentes de los irlandeses primero, luego yendo tras sus corazones con la gracia de Dios en el Evangelio de Cristo.Otro punto de transformación fue la conversión de algunos de los mismos Druidas.Patricio fue impulsado a traer el Evangelio a Irlanda porque Hibernia, como se llamaba a Irlanda, era considerado el fin del mundo y Jesús había dicho que el Evangelio sería predicado hasta los confines del mundo, entonces el fin llegaría. Patricio pensó que estaba acelerando el regreso de Cristo. En sus escritos, menciona repetidamente que estaban en 'los últimos días', y citó Mateo 24:14. Escribió: "Se ha cumplido. ¡Contemplar! Somos testigos del hecho de que el Evangelio ha sido predicado hasta el más allá de donde viven personas'.Patricio no estaba solo en esta creencia. Los cristianos nunca renunciaron a la idea de que Cristo regresaría cuando todas las naciones se enteraran de él; y acaban descubriendo más naciones. Casi exactamente mil años después de Patricio, Cristóbal Colón fue a America no sólo en búsqueda de fama y riquezas, sino para acelerar la segunda venida. Su Libro de Profecías muestra cómo el pensaba que su descubrimiento encajaba en las predicciones bíblicas de los tiempos finales.También recordamos la leyenda del que Patricio uso una “shamrock” o trébol verde de tres hojas para explicar la Trinidad y es interesante, pero no hay evidencia histórica de ello. No habría sido necesario porque en la religión Celta, el concepto de una trinidad divina ya era algo conocido. Tampoco hay pruebas que respalden la historia que Patricio expulso todas las serpientes de Irlanda.Hemos citado el primero de los dos documentos que Patricio nos dejó, su Confessio. El otro es una carta que escribió a un Líder Británico llamado Coroticus. Coroticus afirmó ser cristiano, pero envió a sus soldados en incursiones a Irlanda. Habían tomado a muchos de los conversos de Patricio como esclavos. En un caso, justo un día después de bautizarse, decenas de conversos de Patricio fueron brutalmente atacados por los asaltantes de Coroticus. Aunque todavía estaban vestidos con sus ropas bautismales, muchos fueron asesinados, el resto llevados como esclavos. Patricio se indignó y escribió una carta abierta a Coroticus que circuló a muchos otros. Excomulgado tanto a Coroticus como a sus soldados, quitando a ellos de la comunión Cristiana y la Comunión hasta que hicieran penitencia y restauraran lo que habían robado.Poco después de que Patricio fuera nombrado obispo de la iglesia Irlandesa, ese amigo al que confesó su pecado juvenil, lo traicionó. Aunque el hombre había dicho anteriormente que lo que Patricio había hecho no era un gran error, decidió marcarlo así haciéndolo público y avergonzando a Patricio. Aunque nunca descubrimos la naturaleza del error, fue un escándalo para los funcionarios de la iglesia. Algunos pidieron el despido inmediato de Patricio como Obispo. La desgracia es un imán de malas noticias y pronto otros se estaban sumando a las acusaciones en su contra. Un hombre afirmó que Patricio había ido a Irlanda simplemente para hacerse rico, una acusación extraña cuando consideramos la pobreza que marcó su vida y la perspectiva improbable antes de que fuera del éxito de esa ambición.Los cargos eran lo suficientemente graves como para requerir un sínodo de la iglesia. Encargaron una investigación. Un grupo fue a Irlanda para interrogar a Patricio. Aunque nunca testificó en el sínodo en Gran Bretaña, el amigo que lo había traicionado pensó mejor en su traición y terminó defendiéndolo. La Confessio fue la respuesta de Patricio a los cargos en su contra.Aunque se desconoce el resultado oficial del sínodo, pero Patricio nunca fue censurado o depuesto como obispo, y esto sugiere que los cargos fueron refutados.Patricio estaba menos preocupado por plantar iglesias como lo estaba haciendo conversos y fue incansable en sus viajes de ida y vuelta a través de la isla. Siguiendo el modelo de la época, consideró la vida ascética del monasterio como la forma más pura de la Fe y animó a sus conversos a ser monjes y monjas. Esto condujo a la construcción de docenas de monasterios y conventos en Irlanda. La naturaleza rural de la isla también fomentaba esa forma en la Iglesia. Sin tener principales centros urbanos, las grandes iglesias supervisadas por los obispos eran raras. Así que el cristianismo irlandés se centró en la vida monástica comunal.Patricio murió por causas naturales el 17 de marzo del año 493. Hoy en día, es una de las figuras más famosas de la 5º siglo. Como tantos otros del pasado que lograron grandes cosas, probablemente ni siquiera sabríamos de él si no fuera por el alcance dinámico misionero que vino de Irlanda. Patricio, el santo patrón de Irlanda era Británico. Y la fe que se trasplantó a través del Mar de Irlanda finalmente regresó a Gran Bretaña.Muchos han observado cómo los irlandeses tienen el hábito de salir de Irlanda. Los monjes misioneros no eran una excepción. Había iglesias en Gran Bretaña antes del día de Patricio. Su padre y su abuelo eran líderes de la iglesia. Pero los Anglosajones habían confinado a la Gran Bretaña cristiana a una pequeña porción del oeste. Un siglo después de Patricio, un monje irlandés llamado Columba fundó un monasterio en la isla de Iona, frente a la costa de Escocia. A pesar de ser una pequeña base, Iona fue sin embargo responsable de una poderosa ola de alcance misionero a Escocia y Gran BretañaCon esta vibrante base en Irlanda y Gran Bretaña, los monjes Celtas ahora fueron al continente. Establecieron bases de alcance en Alemania, Suiza e Italia. Estos a su vez se convirtieron en centros de evangelización y aprendizaje. Estos monasterios Celtas mantuvieron una feroz independencia de Roma, aunque tenían la misma fe. Los papas Romanos trataron de tener autoridad sobre ellos, pero en su mayor parte el Cristianismo Celta resistió a tal control.Fue en estos monasterios que gran parte guardaron la antigua sabiduría de los Griegos y Romanos al almacenarla, copiosamente copiarla, y asiduamente estudiarla, esperando el día en que resurgirían en lo que se conoce hoy como el Renacimiento.En su libro Como los Irlandeses Salvaron la Civilización, Thomas Cahill dice esto de Patricio -Los irlandeses le dieron a Patricio más que un hogar, le dieron un rol, un significado para su vida. Porque sólo este ex esclavo tenía los instintos adecuados para impartir a los irlandeses una Nueva Historia, una que tenía un nuevo sentido de todas sus viejas historias y les trajo una paz que nunca habían conocido antes.

PortugueseTime
#7 Ah, Ser ou Estar, eis a questão

PortugueseTime

Play Episode Listen Later Sep 21, 2020 19:19


No episódio 7, você vai ouvir a mini-história da Mia. Uma mulher Irlandesa que está morando no Brasil, mais especificamente, na cidade de Americana. Você vai aprender quando usar os verbos "ser" e "estar". Já adianto que o verbo "ser" é mais para coisas permanentes, e o verbo "estar" é para as coisas temporárias! Ouça os exemplos e a exceção à regra no episódio =) --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/portuguesetime/message

Adela Micha
Ayala, la cantante irlandesa que apuesta por el regional mexicano

Adela Micha

Play Episode Listen Later Feb 7, 2020 11:58


Ayala es una cantante irlandesa que creció en Inglaterra, que funciona diversos estilos musicales, haciendo una combinación no sólo de géneros, sino también de nacionalidades y culturas. Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.

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La diáspora irlandesa y sus implicaciones en América

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Play Episode Listen Later Jul 11, 2017 48:57