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Entra em cena a quinta Live de 2025 do coletivo "Espiritismo COM Kardec - ECK", neste 5 de abril: "Espírita pode falar de política?" Na bancada dos "Embalos de Sábado à Noite", receberemos, pela vez primeira, Ruy Marcelo (AM), com Nelson Santos (SP) nos debates e Marcelo Henrique (SC), na moderação.Assim, de pronto, é imperioso cogitar:• O que é Política? De que Política estamos tratando? O espírita é um ser político?• Kardec tratou de Política em suas 32 obras?• Qual deve ser a conduta dos espíritas em relação à Política no cotidiano?• O Espiritismo pode ser considerado, lato sensu, uma filosofia política?• Como considerar importantes personalidades espíritas que atuaram nos Poderes Públicos (Executivo e Legislativo)?• O que dizer de um "partido político de base espírita"?Eis as preliminares "provocações", lembrando o grande Abujamra, para motivar a sua audiência e participação na forma de perguntas e comentários, em tempo real, contribuindo efetivamente para os debates que estarão nos "Embalos ECKanos".
No episódio de hoje do Nizológico, recebemos Armando Tiraboschi, o incrível dublador conhecido por dar vida à voz marcante de Walter White em Breaking Bad e muitos outros grandes nomes do cinema. Além de revelar curiosidades sobre a série que se tornou fenômeno mundial, Armando compartilha histórias inéditas sobre o início da sua carreira, passando pelo teatro de rua e comerciais famosos, como o inesquecível comercial do Epocler.Durante o papo, ele fala também sobre os desafios da dublagem, técnicas importantes como a interpretação do silêncio, e conta momentos marcantes ao lado de grandes nomes como Antônio Abujamra e Nelson Machado. Uma conversa sensacional cheia de histórias, risadas e muita experiência compartilhada.Assista, curta e compartilhe, afinal aqui a gente cria o bicho solto.Nizo Neto: https://www.instagram.com/netonizo/Armando Tiraboschi:https://www.instagram.com/armando_tiraboschi?igsh=MW9qNjVnOGVpbXNxaQ==Plugado Estúdios: https://www.instagram.com/plugadoestudios/?hl=ptPlugado Podcast: https://www.instagram.com/plugadopodcast/?hl=pt
Anexos al abecé de la música popular de Brasil en forma de compilaciones. Intervienen: Marcus Viana, Orquestra Som Livre, Kid Abelha, Barâo Vermelho, Lulu Santos, Ney Matogrosso, Tiburón Caribe, Planet Hemp, Arnaldo Antunes, Daúde & Toni Garrido, Celso Fonseca & Paulinho Moska, Edgar Scandurra & Taciana y André Abujamra & Lúcia Turnbull.Escuchar audio
Aos 27 anos, a velejadora se tornou a primeira mulher a completar o período de invernagem no Ártico Era julho quando Tamara Klink partiu da costa da França a bordo do Sardinha 2, um veleiro de dez metros de comprimento, rumo à Groenlândia. Há quase um ano, ela navegou por vinte dias entre icebergs para chegar a um dos territórios mais remotos do mundo, onde o sol se esconde durante todo o inverno e o mar se transforma em gelo. Foi ali que aportou sua embarcação para se transformar na primeira mulher a completar o período de invernagem sozinha no Ártico – em outras palavras, passar o inverno isolada no barco preso no gelo. Durante oito meses, a velejadora viveu entre raposas, corvos e ptarmigans em temperaturas que variam entre -20ºC e -40ºC, em contato com a civilização por e-mails curtos e textos publicados por uma amiga em seu Instagram. Aos 27 anos, Tamara descobriu como enxergar através dos pequenos ruídos no meio do silêncio, sentiu falta de um dicionário – e também de algumas palavras para definir os sons, cheiros e gostos que experimentou –, aprendeu a tocar músicas no violão e inventou outras tantas quando as cifras acabaram e viu as pessoas que deixou em terra firme se transformarem em rascunhos abstratos na sua cabeça, tão verdadeiros quanto os personagens dos livros que lia. Filha da fotógrafa e empresária Marina Klink e de Amyr Klink, um dos maiores velejadores do mundo, Tamara escreveu mais um capítulo de uma história que é só sua – e, ao contrário do que muitos esperam, sem contar com conselhos ou orientações do pai. Em sua primeira entrevista depois da invernagem, Tamara Klink bateu um papo exclusivo com Paulo Lima no Trip FM. Ela conta o que aprendeu sobre si e sobre a vida, fala de sexualidade, música, sonhos e os maiores desafios nesse projeto – cair na água congelante ao pisar no gelo fino foi só um deles. Você pode ouvir essa conversa no play nesta página, no Spotify ou ler a seguir. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2024/07/66870771e74c4/tamara-klink-velejadora-groenlandia-congelada-artico-trip-fm-mh.jpg; CREDITS=Divulgação / Arquivo pessoal; LEGEND=Tamara Klink; ALT_TEXT=Tamara Klink] Trip. Imagina que você encontrou uma menininha de 10 anos que quer saber o que você andou fazendo nos últimos meses. Eu queria que você contasse para ela que projeto é esse. Tamara Klink. O meu projeto era ficar no Ártico de um verão até o seguinte, então passei aqui também outono, inverno e primavera. Agora é verão de novo. E viver. Eu queria viver e descobrir o que acontece quando o mar congela, quando os animais vão embora, quando os sons, os cheiros e a luz desaparecem. Durante o inverno, o sol se põe. Eu fiquei sem vê-lo durante 3 meses, e toda a paisagem muda quando some a luz. Durante o verão é o contrário: o sol não se põe mais, está o tempo todo no céu, o tempo todo é dia. Eu queria fazer essa travessia do tempo. Dessa vez não era mais eu que ia atravessar o oceano para ir de um lugar ao outro, eu ia de um lugar ao outro atravessando o tempo. Você está falando com a gente da Groenlândia. Me conta um pouquinho como é esse país? A Groenlândia é uma ilha enorme, a maior do mundo. Dois terços são cobertos por uma calota polar e nas bordas existem vilarejos. As primeiras pessoas chegaram aqui há milhares de anos, mas a ocupação humana mais recente aconteceu ao redor de mil anos atrás com pessoas que vieram andando no mar congelado durante o inverno. O mar congela durante seis meses por ano, mais ao norte por quase 11 meses e às vezes o ano inteiro. Então essas mudanças extremas de temperatura faz parte da vida das pessoas que moram aqui desde sempre. Mas para mim isso era uma novidade. Aprendi muito com os groenlandeses que encontrei no caminho. Eles me ensinaram, por exemplo, como andar e navegar no meio de icebergs e o perigo de se aproximar de um. Os icebergs quebram, às vezes derivam em cima do barco, podem capotar em cima de nós. Várias vezes durante a noite, mesmo ancorada, eu tinha que acordar aqueles que se aproximavam do barco. O que você encontrou no caminho até o Ártico? Eu estava acostumada a navegar com uma precisão cartográfica maior. Aqui eu precisei entrar em uma baía sem saber se ia ter fundo suficiente para ancorar, naveguei em lugares com muita neblina, ser enxergar nada. Usava só o radar, mas eu sabia que ele não ia mostrar os icebergs pequenos, que também são perigosos. Ao longo dessas navegações eu fui trabalhando a musculatura da frustração, aprendendo a lidar com os imprevistos constantes, com o risco. No começo foi extremamente exaustivo, mas depois encontrei o ritmo. Eu ria. Eu batia numa pedra, eu ria. Eu falava: é isso, se o barco não afundou, então nós seguimos, teremos aprendido a posição de mais uma das muitas pedras que a gente ainda vai encontrar. Acho que fui criando uma espécie de olhar irônico ou cômico para a desgraça. E aí eu comecei a ver que a parte mais tranquila da viagem seria o inverno. Eu não via a hora de poder simplesmente ancorar e estar em paz por oito meses. A ideia de ficar sozinho é aterrorizante para muita gente. Como foi pra você pensar que ficaria muitos meses só com os seus pensamentos? Você sempre gostou disso? Não sei se eu sempre gostei, mas eu via a invernagem como uma chance de descobrir a verdade com V maiúsculo. A verdade sobre o que acontece quando chega o inverno e o mundo se transforma, quando um espaço que antes era navegável se torna terra firme, quando os animais vão embora, quando o som vai embora e a gente fica no silêncio. A verdade sobre quem eu sou quando não tem ninguém ao redor, quem eu sou quando ninguém vai dizer o meu nome, quando ninguém vai me salvar, quando ninguém vai me dar carinho, quem eu sou sem meu sobrenome. Eu nunca tinha vivido sem nome próprio, sem idade, sem gênero. Essa busca e essa pesquisa foi o que me motivou a vir e o que alimentou os dias. Eu vi a solidão muito mais como uma chance de descoberta sobre mim como humana, como indivíduo, como ser vivo, do que como uma punição ou uma dificuldade. Como foi enfrentar a solidão? Muitas pessoas vivem a solidão sem desejar, mas eu pude escolher. É muito diferente se expor à solidão por escolha e sabendo que tenho um lugar para voltar, onde vou encontrar pessoas. Eu tive que vir até aqui, tão longe, e ficar presa numa placa de gelo para poder estar só. E para os groenlandeses que conheci, a solidão não é algo bom. Eles tentaram me desencorajar. Falavam: "Fica num vilarejo, leva mais alguém"; "Vai faltar abraço, vai faltar homem"; "Vai com um homem que você não vai dar conta"; "Você vai ser fraca demais, não tem experiência, vai morrer congelada". Você disse querer estar em contato com seus ângulos mais profundos e a sua existência de uma forma diferente. Isso aconteceu? Você se encontrou nesse período da invernagem sozinha? Sim, mas eu não precisava estar aqui para ter encontrado essa iluminação, essa paz. Poderia ter encontrado em qualquer lugar do mundo, porque as coisas que me permitiram sentir mais em paz e mais feliz por estar viva foram coisas que existem em todos os lugares: o céu, a caminhada, o acesso a esse infinito que está na nossa cabeça, esse espaço amplo que ocupa todos os nossos vazios. Um dia, depois de seis ou sete meses ancorada, abri a cadeira de acampamento em cima do gelo e fiquei olhando o céu. Fechei o olho e fiquei só sentindo o calor, a radiação solar na cara, e pensei que a palavra que melhor definia aquele momento era paz. E tudo o que eu tinha vivido de ruim e de difícil, ao longo da preparação, mas também ao longo de toda a vida, e tudo que eu tinha vivido de bom, de feliz, de brilhante, tinha servido para aquela hora. E entendi que era para isso que servia estar viva. Não para fazer coisas grandiosas, mudar a história da humanidade, escrever livros, ganhar prêmio, aparecer em revista, podcast. A vida servia simplesmente para sentir. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2024/07/668708127e59c/tamara-klink-velejadora-groenlandia-congelada-artico-trip-fm-mh2.jpg; CREDITS=Divulgação / Arquivo pessoal; LEGEND=Tamara Klink; ALT_TEXT=Tamara Klink] Eu queria que você falasse mais sobre o silêncio. Como é estar num lugar de silêncio absoluto? O que ele te ensinou? Quando o mar congelou, os sons que definiam a paisagem sonora pararam de ocupar o ar. O barulho das ondas, a água batendo nas pedras, gaivotas passando, às vezes uma foca, uma baleia… Só sobraram os sons do meu próprio corpo. E tinha um barulho que me incomodava muito, um ruído que eu acho que vem do sangue, da efervescência, das bolhas, não sei. Por mais que eu tivesse todo o silêncio, aquilo parecia estar sempre gritando no meu ouvido. Meus passos pareciam muito barulhentos, e eu ficava aliviada de ouvir um corvo passando. Durante muito tempo, eu conhecia os meus vizinhos muito mais pelo som: a raposa, o corvo, o ptarmigan. Eu comecei a gostar desse silêncio, que era um silêncio vasto, de quilômetros. E isso mudou a minha relação também com o medo, porque os sons que antes me assustavam – do vento catabático, dos icebergs na borda – eram os que agora faziam me sentir mais confortável. Eu ouvia um barulho e falava: "Ah, deve ser isso ou aquilo, o vento deve estar a 15 nós". Eu via muito mais a paisagem por esses pequenos e sutis ruídos do que pelos signos visuais. E como é difícil colocar o som em palavras. A gente tem um vocabulário muito rico para definir o que vê, mas muito pobre para os sons, os cheiros, os gostos. A descoberta foi da insuficiência das palavras. Existe a crença de que o ser humano é um animal gregário, que precisa estar em grupo. Queria saber como foi a carência de gente. Houve uma curva de gradação do aumento ou diminuição dessa dependência? Você acha que se uma pessoa, por alguma razão, viver isolada, isso vai deixando de ser importante com o tempo? No começo da viagem eu sofri um pouco por estar ainda associada a um modo de vida das pessoas que estavam em terra, em que a vida era garantida – ou aparentemente garantida. Mas no ambiente em que eu estava bastava que o barco pegasse fogo e era certo que eu ia morrer. Ou bastava ter uma apendicite, quebrar uma perna, bater a cabeça, cair na água… Como a minha vida nunca estava garantida, muitas coisas começaram a parecer fúteis. Ao longo do tempo, as pessoas começaram a se tornar cada vez mais abstratas na minha cabeça. Eu não lembrava como era meu namorado, minha mãe, meu pai, minhas irmãs. Eu lembrava muito mais de frases fora de contexto e algo como um rascunho do rosto da pessoa, e menos de como ela era de fato. Era como se as pessoas começassem a virar conceito, um resumo distante. Um dia, meu namorado mandou um e-mail e eu falei: "Desculpa, não quero mais ser sua namorada, porque eu não vejo mais nada, eu nem lembro como você é". Eu sentia que eu não queria mais esses vínculos, essa dependência, nem gerar expectativa. Porque tudo o que importava pra mim fazia parte do presente, fazia parte do lugar onde eu estava: os animais, a neve, as condições meteorológicas, as mudanças dos elementos, a minha própria existência. O resto era tão verdadeiro quanto os personagens dos livros que eu lia. A ficção e a realidade eram muito próximas. Receber um e-mail de alguém da minha família era como ler sobre Diadorim, personagem do "Grande Sertão: Veredas" [livro de Guimarães Rosa]. Enquanto eu lia o livro, aqueles eram os personagens com quem eu convivia nos meus pensamentos, tanto quanto os personagens dos e-mails. Você falou sobre essa mixagem entre a ficção e a realidade, como isso foi acontecendo na sua cabeça, inclusive com relação ao seu relacionamento afetivo. Achei surpreendente essa coisa de você não saber mais quem era a pessoa que estava do outro lado. Eu queria, sem ser invasivo, tratar um pouco também da sexualidade. Como era esse aspecto? O que você pode me contar da sexualidade humana quando o indivíduo é colocado nessa condição que é completamente diversa à que a gente está acostumado? Não posso falar por toda a espécie, mas posso falar por mim. Eu não tinha nenhum desejo sexual, eu não tinha vontade de estar com meu namorado. Eu diria até o contrário. Eu comecei a identificar, e não só do ponto de vista sexual, todas as vezes em que eu abri mão do meu prazer pelo prazer do outro. Quantas vezes eu usei roupas que apertam para ser mais bonita, mais agradável, mais desejada, mais querida ou mais respeitada. Quantas vezes eu fiz coisas desconfortáveis, ou que eu não queria fazer, para agradar outra pessoa. Porque ser mulher passa também por ser aceita, por ser reconhecida por algo que não são simplesmente as nossas capacidades de pensar, nossas ideias, nossas habilidades, mas também por qual é a cara que a gente tem, qual é o corpo que a gente tem, e quantas vezes a gente só consegue acessar certos lugares porque a gente aparenta ser alguma coisa – sendo ou não aquilo. E de repente eu não precisava mais parecer. Eu podia apenas ser. Eu não precisava mais gastar tanta energia quanto numa cidade para aparentar alguma coisa ou para agradar. Quando a gente para de pensar em qual é a cara que a gente tem, se a gente está apresentável, se a gente está vestida do jeito certo ou não, de repente sobra muito tempo para o nosso próprio prazer. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2024/07/6687082044b6c/tamara-klink-velejadora-groenlandia-congelada-artico-trip-fm-mh3.jpg; CREDITS=Divulgação / Arquivo pessoal; LEGEND=Tamara Klink; ALT_TEXT=Tamara Klink] Eu vivia em função do meu corpo como uma ferramenta, tanto para me levar nos lugares quanto para me dar prazer de muitas formas. E o prazer era algo muito mais plural do que o sexo. Era o prazer de ir onde eu queria com as minhas próprias pernas, de escorregar uma montanha e dar risada quando eu chegava no final. Era o prazer de ver um bicho, de comer uma comida. Eram vários outros prazeres que percebi que renunciava na vida na cidade porque a gente não reconhecia isso como prazer válido. Quantas vezes já não abrimos mão de comer uma comida por causa do número de calorias, porque não é saudável, por medo de o dente ficar sujo ou porque a gente aprendeu que não era a coisa certa? Quantas vezes a gente, principalmente as mulheres, usou roupas que restringem a nossa mobilidade? Por que as roupas de esporte femininas são tão apertadas? Por que os nossos bolsos, às vezes, são falsos? Por que a gente usa sapatos que incomodam tanto? De repente eu só me vestia para ter mais mobilidade, para me dar prazer, para estar confortável. E eu percebi que, quando eu ligava a câmera fotográfica, que era para mim o acesso ao mundo exterior, eu pensava: "Meu Deus, minhas sobrancelhas estão juntas de novo, quando eu voltar vão ficar falando que eu sou monocelha"; "Meu cabelo está com caspa, o que eu faço agora?"; "Ih, tem uma meleca no meu nariz". Óbvio que tem, o ar é muito seco, o nariz fica escorrendo o tempo inteiro. E eu só lembrava dessas coisas quando via a câmera fotográfica e começava a imaginar o que a outra pessoa ia pensar sobre mim quando visse aquela foto. Porque a gente aceita ver o explorador polar com duas estalactites escorrendo do nariz, mas eu nunca vi foto de uma mulher com meleca no nariz, com pelo na cara, cabelo oleoso. Ela tem que estar sempre arrumada, não importa onde está. Então a câmera fotográfica era o inimigo, esse olhar externo da sociedade. Mas também era bom poder lembrar como era e deixar de lado, desligar a câmera e ser humana, que é mais era libertador. E acho que a liberdade vem de ir superando esses limites, alguns limites que nos foram impostos pelas pessoas, outros que foram impostos por nós mesmos. Como foi o fim do isolamento, sair desse lugar em que você se encontrou? Eu até me incomodei com os primeiros encontros com pescadores groenlandeses, porque era sinal que o inverno tinha acabado mesmo. Até que eu comecei a desejar voltar para a sociedade, encontrar outras pessoas e rever as que eu tinha deixado. Porque eu entendi que a minha viagem fazia sentido, era bonita, feliz, também porque ela era provisória. A solidão era provisória. E eu não era o único ser vivo que começava a encontrar pessoas. Quando a primavera chegou e o mar começou a derreter, apareceram os primeiros animais e eu notei que eles passaram a estar em grupo. As raposas, antes solitárias, cantavam para se encontrar. Os ptarmigans estavam juntos, as baleias sempre em par, os patos eram milhares reunidos. E eu continuava só. E aí eu comecei a entender que a solidão não era a resposta e a minha vida só fazia sentido dentro do contexto da minha espécie. Eu podia morrer, tinha até perdido esse medo, mas a minha vida só faria sentido depois de ter passado por tudo isso se ela tornasse melhor a vida dos outros indivíduos da minha espécie. Porque é assim, a gente acaba e vira carne e osso e pronto. E o que faz a vida ser além de carne, osso e pele? São as ideias, é a imaginação, são esses sentidos. E a vida serve para isso, não para os objetos que nos rodeiam. Estamos falando em vínculos e a gente lembra de você desde pequenininha, esperando a chegada das expedições de seu pai, Amyr Klink. E é muito interessante o quanto você está construindo a sua própria história. Você falou em entrevista ao Provoca sobre a dificuldade que seu pai teve de entender esse projeto. Como é que você lê isso hoje? Me deu muita liberdade, hoje eu vejo, meu pai dizer desde sempre que não me ajudaria. Ao mesmo tempo foi aquele empurrão do ninho: "Você quer navegar? Então vá. Mas saiba que eu não vou te dar barco, conselho, dinheiro, não vou te dar nada. Simplesmente crie o seu caminho". Então eu fui buscar tudo isso em outros lugares. Eu aprendi outra língua, porque eu vi que tinham muitos livros de navegação escritos em francês, e fui pra França, onde conheci outras pessoas, naveguei em outros barcos e tive a oportunidade de não ser mais a filha do meu pai. No Brasil eu tinha muito medo de errar, porque se eu fosse uma velejadora ruim, putz, eu tava carregando um nome que não era só o meu. Era muito intimidador, porque eu sentia que as pessoas já esperavam que eu soubesse muito mais do que eu sabia. Como a gente aprende, como é que a gente começa quando todos esperam que a gente já saiba? Na França eu errava, fiz um monte de escolha ruim, e isso foi me dando a experiência necessária. Eu acho que é o meu jeito de fazer as coisas, que talvez seja ingênuo, mas eu me coloco em situações em que não sei como eu vou encontrar as respostas, mas eu me coloco. Me jogo na água e falo: "Bom, agora que eu tô aqui, eu sei que eu vou ter que aprender a nadar, não tenho outra opção". Isso foi algo que eu fui fazendo, principalmente no começo. E o que me permitiu comprar a Sardinha 1, um barco velho que custava o preço de uma bicicleta lá na Noruega. E que eu sabia que não teria nem como pagar o combustível ao longo da viagem. Aí eu negociava venda de vídeos na internet, no meu canal do YouTube, fui lendo um livro sobre negociação para aprender a negociar, aí conseguia comprar combustível para poder ir até uma baía específica e comprar a polia que eu precisava para levantar a vela mestra. No começo era tudo muito no limite. E acho que se meu pai soubesse tudo o que eu ia viver por causa e graças àqueles "não", ele se questionaria se foi a melhor coisa. Porque eu realmente me expus a muito mais do que provavelmente ele esperava – e do que eu esperava também. Mas foi o que me trouxe aqui e estou feliz de ter chegado. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2024/07/6687082ebbf98/tamara-klink-velejadora-groenlandia-congelada-artico-trip-fm-mh4.jpg; CREDITS=Divulgação / Arquivo pessoal; LEGEND=Tamara Klink; ALT_TEXT=Tamara Klink] Depois desse processo, será que você vai ter mais ou menos paciência para lidar com as pessoas? A sabedoria que você adquiriu vai te dar mais complacência e tolerância ou as pessoas vão te irritar? Essa é uma boa pergunta. Eu acho que a gente precisa refazer esse encontro daqui a uns seis meses para saber a resposta. Eu fiquei dois, três dias na cidade e a minha impressão foi que tinha objetos demais, coisas demais. Eu via as pessoas correndo trabalhando, seguindo horários. Mas por que as pessoas trabalham tanto? Ah, para ganhar dinheiro, todo mundo precisa ganhar dinheiro para viver. Mas será que tanto assim? O que a gente vai fazer com tantas horas de trabalho, com tantos dinheiros, com tantos objetos? Pra que servem tantos objetos que a gente vai carregando? Tem um livro que chama "Walden, ou A vida nos bosques", do Henry David Thoreau, em que ele fala sobre os objetos serem essa armadilha que a gente vai carregando. De repente a raposa fica com o rabo preso na armadilha e precisa escolher se ela fica ali porque o rabo está lá, e morre, ou se corta e deixa o rabo pra trás para viver sem ele. Os objetos são esse lastro, né? As gerações vão passando e a gente vai acumulando e acumulando móveis antigos. E a vida vai ficando mais pesada, a gente vai perdendo a mobilidade ao longo dos anos. Em todos os cantos do planeta a gente tem a mania de acumular, de precisar. Quantas necessidades não são vícios, mais do que necessidades? Não sei se eu vou ter mais paciência ou menos. Não sei se eu vou ser iludida com os confortos, com o banho quente, com a possibilidade ter objetos que aqui eu não tive, ou se vai ser o contrário. Vou ter que voltar pra descobrir. De todos os objetos que você levou com você, quais você guardaria porque são fundamentais pra você? Se eu tivesse que escolher um objeto pra manter nesse momento, seriam as botas, pra poder continuar a caminhar. E se eu tivesse que deixar pra trás tudo e só pudesse levar uma coisa, seria o diário. Como foi o papel da música no seu isolamento? A música e o sonho são mais que um teletransporte, porque quando a gente sonha e quando a gente ouve música vivemos coisas que vão além do lugar onde a gente está, do que a gente sente ou consegue alcançar com a imaginação. Eu ouvia bastante música e aprendi algumas músicas no violão. Quando acabaram as cifras, eu tive que ir inventando e criando as minhas. As músicas que eu ouvia criavam outros espaços dentro dessa vasta banquisa de mar congelado, desse lugar hostil. Elas criavam companhias e personagens. Eu via as coisas de forma diferente, sob outro olhar, me sentia às vezes compreendida, ou provocada, ou querida, ou confortável. A música é essa ferramenta quase mágica que a gente ainda tem. A gente pode tirar todos os objetos e ferramentas do nosso lugar, mas um brasileiro longe do Brasil vai se sentir em casa ouvindo Jorge Ben Jor, Maria Bethância, Alcione. Eu como escritora eu morro de ciúmes, inveja e admiração pelos compositores porque pra ser lida, eu preciso que o leitor queira muito. Mas os compositores eles conseguem ser recitados sem o leitor nem querer, e isso é algo que eu acho muito poderoso da música. Queria te perguntar sobre aquilo que a gente convencionou chamar de espiritualidade, essa ideia de transcendência, de alguma coisa que não é objetiva, que não é palpável. Nesse período você viveu algo nesse sentido? A ideia de transcendência, de forças maiores, ficou mais ou menos presente na sua cabeça? O momento em que eu mais tive essa sensação de transcendência ou de existir algo maior foi quando eu quase morri. Quando eu caí na água, no mar congelado, e sobrevivi por sorte, ou por determinação, ou por vontade de sobreviver. Acho que muito por sorte mesmo, porque às vezes não basta querer muito, ter conhecimento ou fazer de tudo. Às vezes o que te salva, e no caso foi o que me salvou, é ter um pedaço de gelo podre ali por perto, onde eu consegui fazer buracos e me puxar pra cima. Se o gelo não fosse podre o suficiente, se fosse mais firme, eu não teria conseguido fazer buracos e me arrastar. E durante alguns dias eu não sabia se estava viva ou morta. Eu fiquei me perguntando: será que meu corpo ficou lá na água e só minha alma veio aqui sozinha? Será que se eu dormir acaba a magia e eu não acordo mais? Será que eu preciso ficar acordada pra conseguir continuar viva? Será que se eu morrer aqui as raposas ou os corvos vão comer meu corpo? Quanto tempo será que eu vou durar? Alguém vai sentir saudade de mim? Pra que vai ter servido tudo isso? Terá valido a pena ou não? Bom, em algum momento eu percebi que estava viva mesmo, concretamente, porque uma pessoa morta não conseguiria escrever e-mail pra avisar que estava bem. Então vieram todos esses questionamentos sobre o que é a vida, se a vida precisa do corpo ou não. E uma das maiores experiências de transcendência que tive foi a do sonho. Os sonhos me permitiam viver coisas. Às vezes eu sonhava com animais que eu via no dia seguinte, às vezes eu sonhava com coisas que aconteceram. O sonho, ao mesmo tempo que me preparava, me fazia digerir o que eu tinha vivido, e às vezes enxergar de outras maneiras coisas que eu já tinha vivido ou que eu ainda ia viver, permitindo me antecipar também. E o sonho não era apenas uma ferramenta, às vezes o sonho também era fim. Muitas vezes eu fiz coisas pra sonhar com elas. Muitas vezes eu fiz perguntas pro sonho sobre decisões que eu queria tomar e não tava conseguindo. Quando a gente está sonhando, a gente vive, sente, foge, reage, corre e vive. E quando a gente acorda, está com o nosso corpo e volta pro lugar de onde a gente dormiu. Essa é a transcendência e a criação de novos espaços dentro do próprio corpo, do próprio espírito, que acontece todas as noites. Para encerrar em grande estilo, faço uma homenagem para o mestre Antônio Abujamra, que muitas vezes terminava seu programa com uma pergunta instigante: Tamara Klink, o que é a vida? A vida é uma palavra curta. Acho que é uma palavra que nos leva pra muitos lugares, mas ela é uma palavra. E é isso, a primeira letra do alfabeto é a última letra da palavra vida. E acho que essa é a graça, é chegar no final e encontrar com o começo da nossa descoberta do que a vida é.
“O trabalho se expande de modo a preencher o tempo disponível para sua conclusão.” Essa frase é de autoria atribuída ao historiador e escritor britânico Cyril Northcote Parkinson criador da teoria que foi publicada pela primeira vez em 1955 em um artigo da revista The Economist, que ficou conhecida no mundo todo como Lei de Parkinson, extremamente válida até os dias de hoje. Já ouviu falar? Nesse episódio contamos também com a participação especial do saudoso Antônio Abujamra e sua magistral interpretação do poema de Mário Quintana sobre o tempo. Jornadas para a Alma do Instituto Trem da Vida: https://www.sympla.com.br/produtor/tremdavida Livro recomendado: A Lei de Parkinson de autoria de Cyril Northcote Parkinson Escassez de autoria de por Eldar Shafir e Sendhil Mullainathan Filme recomendado: Quanto tempo o tempo tem Participação especial musical de Tukum com a música: Tempo, que está presente em nossa Playlist no Spotify chamada “Trilha Barulhinho Bom” – ouça, siga, delicie-se e compartilhe sem moderação para aquecer mais corações: https://open.spotify.com/playlist/0ECjtl1bjx8mnWiDAKChnt?si=bK2ttO8KQPeZPsBNBT6xJg Que tal esse Barulhinho Bom? Obrigada por permitir tocar seu coração! Se sentir que esse conteúdo pode contribuir para a vida de alguém, por favor, compartilhe sem moderação! Contamos com você nessa missão! Assine ou siga o Podcast Barulhinho Bom em seu agregador de áudio preferido e receba os novos episódios tão logo sejam publicados (Apple Podcasts, Google Podcasts, Spotify, Deezer, SoundCloud, Amazon Music, Audible entre outros). Se ficou com vontade de saber mais e participar de nossas jornadas para a alma no Trem da Vida clique aqui ou entre em contato com a gente: https://tremdavida.com.br ........................................................................................ Ficou com vontade de entrar em contato com a gente? Site e jornadas para a alma do Trem da Vida: www.tremdavida.com.br Jornadas para alma do Trem da Vida: https://www.sympla.com.br/produtor/tremdavida E-mail: podcastbarulhinhobom@gmail.com Todos os contatos e conteúdos: https://linktr.ee/tremdavida Instagram Trem da Vida: https://instagram.com/tremdavidaoficial Podcast Barulhinho Bom: https://soundcloud.com/barulhinhobom WhatsApp / Telegram: +55 (48) 99984.1014 Lista de transmissão VIP via WhatsApp: basta solicitar sua inclusão enviando uma mensagem para o número anterior e adicioná-lo em sua agenda de contatos. Grupo público no Telegram do Barulhinho Bom: https://t.me/barulhinhobom Grupo público no Telegram do Trem da Vida: https://t.me/tremdavida Canal no YouTube com mais conteúdos (@tremdavidaoficial): https://www.youtube.com/channel/UCkB1TvYNjuXwilqUkmFPccg Playlist musical do Podcast no Spotify chamada “Trilha Barulhinho Bom” – segue o link, siga, compartilhe e delicie-se sem moderação com as músicas utilizadas nos episódios: https://open.spotify.com/playlist/0ECjtl1bjx8mnWiDAKChnt?si=bK2ttO8KQPeZPsBNBT6xJg Produção, narração e edição do Podcast: Lidia Picinin (https://instagram.com/lidia.picinin) Criação e edição das inspiradoras capinhas de cada episódio: Pat Malinski (https://instagram.com/pat_malinski) .......................................................................................... Conheça também o trabalho incrível dos artistas de nossa música tema “Barulhinho”: Canal YouTube dos músicos Renato Motha e Patricia Lobato: https://www.youtube.com/user/mcom20 Instagram: https://instagram.com/renatomothaepatriciobato Royalty free music by http://www.epidemicsound.com/ ......................................................................................... Um Podcast criado para deixar um Barulhinho Bom reverberando em seu coração em seus momentos de pausa! .........................................................................................
Marcelo Tas recebe a jornalista mineira Daniela Arbex, autora de grandes livros como ‘Holocausto Brasileiro', ‘Todo Dia a Mesma Noite', ‘Longe do Ninho', ‘Cova 312' e outros. Aclamada pelo meio jornalístico e ganhadora dos Prêmios Vladmir Herzog e Jabuti, a escritora que já esteve no programa #Provocações com o saudoso Antônio Abujamra, fala sobre o processo de escrita de suas obras, as histórias por trás de cada caso e sua família. Na conversa, Tas questiona a jornalista sobre seu livro ‘Todo Dia a Mesma Noite', que investiga a tragédia da Boate Kiss e, posteriormente, é usado como argumentação no caso. ''Foi muito emocionante para mim quando o Ministério Público agrega o livro ao processo'', cita a jornalista. Daniela Arbex fala ainda sobre o Hospital Colônia de Barbacena, retratado na obra ‘Holocausto Brasileiro', e a entrevista que fez com o maquinista que operava a linha de trem que levava os “loucos” para o hospício. Ao falar sobre seu livro ‘Longe do Ninho', em que relata o incêndio no Ninho do Urubu, Centro de Treinamento do Flamengo, Daniela conta: ''Eu falo que é uma investigação premonitória quando um técnico fala ‘esse alojamento é inadequado e no caso de uma emergência noturna haverá grandes dificuldades' e foi exatamente o que aconteceu''.
Lisa welcomes Dr. Lina AbuJamra on the JOE show to offer clarity on a topic many Christians struggle to openly discuss: sexual desire. Dr. AbuJamra lends her expertise as an ER pediatric physician, Christian speaker, and author of Don't Tell Anyone You're Reading This: A Christian Doctor's Thoughts on Sex, Shame, and Other Troublesome Issues. In their conversation, Dr. AbuJamra shares that for some committed Christians, the struggle isn't just about sex, but about desire. She goes on to explain how shame can play a factor in decision-making, how spiritual practices can be used to fight temptation, and how our desires can be transformed from the inside out. Listen in to find hope worth fighting for. Links Leave a Review for the JOE Show Connect with Lisa Website Lisa Whittle - Instagram Lisa Whittle - Facebook Jesus Over Everything - Instagram Connect with Dr. AbuJamra Website Dr. Lina AbuJamra - Instagram Dr. Lina AbuJamra - Facebook Don't Tell Anyone You're Reading This
O Provoca retorna no tempo para relembrar as marcantes entrevistas de Marcelo Tas a Antônio Abujamra, celebrando os cinco anos do programa em 2024. Na terça-feira (19), às 22h, na TV Cultura, mergulhe nas histórias, reflexões e risadas compartilhadas entre esses dois ícones da televisão brasileira. Essa edição especial é uma homenagem carinhosa a 'Abu', trazendo trechos das entrevistas de 2004 e 2010, revelando o início da trajetória de Tas como repórter e explorando temas que vão da política à televisão. Marcelo Tas compartilha sua visão sobre o sucesso das produções infantis da Cultura, ressaltando a autenticidade do público infantil: "é o público mais inteligente e menos mentiroso que existe". E claro, não poderia faltar a menção ao icônico repórter Ernesto Varela da TV Gazeta.
Dr. Lina Abujamra says it's a matter of the heart and sometimes idolatry that keeps us slaves to our sins. Dr. Abujamra tells us about her new book Don't Tell Anyone You're Reading This: A Christian Doctor's Thoughts on Sex, Shame, and Other Troublesome Issues. Lina Abujamra is a pediatric ER doctor, now practicing telemedicine and founder of Living With Power Ministries. Her vision is to bring hope to the world by connecting biblical answers to everyday life. A popular Bible teacher, podcaster, and conference speaker, she is the author of several books including Thrive, Stripped, Resolved, and Fractured Faith. Lina ministers to singles through her Moody Radio show, Today's Single Christian, and is engaged in providing medical care and humanitarian help to Syrian refugees and others in disaster areas in the Middle East. Her ministry also provides spiritual retreats for women at The Hope Ranch.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Today's Teaching: Luke 5:1-11 At Fox River, our ♥️ is people and our
Antenados #167 - Danilo Gobatto conversa com Clarisse Abujamra, Leonardo Cortez e Pedro Granato, contando tudo sobre “Veraneio”, espetáculo de sucesso que reestreia em São Paulo, agora no Teatro Faap! Tem também um bate papo com a cantora e compositora Gab Ferreira, dividindo as novidades da carreira! Apresentação e produção: Danilo Gobatto. Sonorização: Cayami Martins
Marcelo Tas conversa com o cantor e compositor Chico César, no #Provocast desta semana. Na entrevista, o artista fala sobre amor, a influência de Juliette em sua vida e muito mais. Na edição, Tas brinca e diz que Chico César parece estar disponível para o amor. “Eu sempre estou disponível para o amor (..) Porque se você estiver indisponível para o amor, você estará disponível para que? (...) Estamos aqui para amar e ser amado, e não necessariamente é um amor entre duas pessoas, é um amor universal”, afirma o cantor. Em outro momento do programa, o compositor fala que a música “À Primeira Vista” surgiu de um ‘cano' que tomou de André Abujamra. Numa dessas voltas da casa do Abujamra, no ônibus, o músico conta para Marcelo que decidiu abrir a agenda e escrever algo. “Quando não tinha nada eu quis, e depois sai escrevendo várias bobagens”, conta.
André Abujamra é músico, cantor, compositor, multi-instrumentista e ator. Possui uma carreira incrível em tudo que já fez, desde a abertura do Castelo-Ra-Tim-Bum, Os Mulheres Negras até seu mais novo trabalho Omindá/Emidoinã, projeto que demorou 11 anos para ser feito, Omindá levou André a percorrer mais de 13 países, entre eles Estados Unidos, Japão, Rússia, Índia, Bulgária e Jordânia, gravando e filmando a participação de convidados especiais. Abujamra é referência em trilhas de cinema e muitas outras coisas que faz em sua carreira. Mediação: Gabriel Tuma e Nicolas Kieling
Roberta Martinelli conversa com André Abujamra sobre ser artista, Brasil, criação e outras coisas mais neste episódio do 'Som a Pino Entrevista'.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Programa PRAZER EM CONHECE-LO - Lucas Corazza / Clarisse Abujamra - 21/01/2023
Afinal, o que é a vida? Inspirado no programa Provocações, de Antônio Abujamra e posteriormente apresentado pelo Marcelo Tas, trazemos hoje um episódio especial refletindo sobre os motivos que tornam essa pergunta incômoda e sem uma resposta oficial. Junto com varias respostas que recebi, refleti sobre os pensamentos e as dúvidas que esta questão deixa […] O post O Mister Play #28 – O Que é a Vida? apareceu primeiro em Turno Livre.
Com apresentação de Ana Zimerman e Nicholas Torres, toda terça e quinta tem PoliCast: um bate-papo sobre o que está rolando na novela Poliana Moça, curiosidades dos bastidores e segredos da vida pessoal do elenco!
Christians who oppose more restrictive gun control policies say we have a God-given constitutional right to self-defense. But is there any evidence to back this claim? With Christian and Kaitlyn both in Europe, Phil and Skye invite Mike Erre from the Voxology podcast to fill the empty co-host chair. Mike looks at the biblical texts cited by gun advocates and says that even if self-defense can be justified, for the Christian it is not a “right.” Then, Skye talks to Lina AbuJamra about her book, “Fractured Faith: Finding Your Way Back to Faith in an Age of Deconstruction.” Like so many, AbuJamra entered a season of significant doubt not because of anti-Christian messages from the culture, but after experiencing a toxic leadership culture at her church. She shares what restored her faith, the danger of false expectations, and why honesty about our disillusionment is the first step. Also this week—California declares that bees are fish, and scientists accidentally create murder hamsters. What could possibly go wrong? Holy Post 10th Anniversary Merch: https://www.holypost.com/shop News Segment: 0:00 - Intro 4:18 - Bees are fish https://gizmodo.com/bees-fish-california-conservation-endangered-specie-1849009597 9:11 - Murder hamsters https://boingboing.net/2022/05/29/scientists-accidentally-made-a-vicious-mutant-attack-hamster.html 14:55 - Re: French Friday episode on gun control French Friday: Debating Gun Control - https://www.holypost.com/post/french-friday-debating-gun-control 19:39 - Constitutional right to self-defense? The Federalist Papers: No 46 - https://avalon.law.yale.edu/18th_century/fed46.asp 27:05 - Biblical right to self-defense? 46:53 - Thoughts and prayers Sponsor 51:28 - Faithful Counseling faithfulcounseling.com/holypost Interview with Lina AbuJamra: “Fractured Faith: Finding Your Way Back to God in an Age of Deconstruction” - https://amzn.to/3xqCiEa Living with Power - https://www.livingwithpower.org 52:38 - Lina AbuJamra intro 54:44 - Journey that led to deconstruction 1:02:20 - False expectations 1:08:10 - American evangelical leadership crisis 1:15:23 - Honesty in disillusionment 1:24:56 - Credits Other resources mentioned: Voxology podcast - https://voxologypodcast.com The Holy Post is supported by our listeners. We may earn affiliate commissions through links listed here. As an Amazon Associate, we earn from qualifying purchases.
No nono episódio do Poder da Criação, o convidado da vez é o cantor, compositor, ator e multinstrumentista André Abujamra, membro de grupos históricos da música popular brasileira como Karnak e Os Mulheres Negras. Abu, como é conhecido, fala sobre sua descoberta na música, sua relação com o pai, o diretor teatral Antônio Abujamra, com os filhos e, principalmente, com o som, que esteve presente em sua vida desde o nascimento.
Cantor, compositor e ator, o Correria do EP 37 é André Abujamra! Na conversa intrigante com Cazé, ele fala sobre sua infância, carreira, além de mostrar que o céu é o limite quando o assunto é criatividade. Solta o play!
Antônio Abujamra, foi um consagrado ator e diretor de teatro brasileiro que faleceu em 28 de abril de 2015. Um dos pioneiros em introduzir os métodos cênicos do teatro marxista de Bertolt Brecht nos palcos brasileiros. Ele criou e comandou o programa Provocações, da TV Cultura, que ficou famoso também pela pergunta "O que é vida?", que sempre fazia no final de cada entrevista. Quem sabe mais, luta melhor!
Essa é a trecentésima sexagésima terceira edição do Outra Frequência, que foi ao ar pela primeira vez no dia 10/04/2022!1. Passada (Vanessa Longoni – comp. Arthur de Faria e Alessandra Leão) / Tudo Tinha Ruído2. Novidade Sem Profundidade (Mussa) / single3. … Continue lendo →
O antropólogo que dedicou a maior parte de sua vida a entender o que é o Brasil fala sobre o fim da vida, fama e o momento político do país Roberto DaMatta sempre preferiu andar na contramão. No fim dos anos 60, quando muitos de seus companheiros protestavam contra a influência americana no país, o antropólogo de Niterói (RJ) rumou aos Estados Unidos para fazer mestrado e doutorado em Harvard. Por outro lado, enquanto outros tentavam entender o Brasil a partir de teses marxistas ou de estruturalistas franceses, ele resgatava o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre, passava ao largo do conceito de classe social e tentava construir uma antropologia à brasileira, baseada na observação e compreensão de fenômenos locais como o Carnaval, o futebol, o jogo do bicho. De 1987 a 2004, o antropólogo foi professor da Universidade de Notre Dame, em Indiana – e se tornou a voz mais ouvida pelos americanos para tentar entender o Brasil. Mas nunca tirou os dois pés de seu país natal. Voltava três vezes por ano e se abastecia de novas ideias. Até que cansou dos EUA e decidiu retornar de vez para morar em Niterói. DaMatta voltou em 2004, entre outros motivos, para ficar perto dos filhos e netos. Mas teve de lidar com várias perdas na família desde então: o irmão mais novo morreu de câncer; o filho mais velho, comandante da Varig, sofreu um infarto fatal; a mulher chegou a um estágio avançado do Alzheimer. Em um papo com o Trip FM, o antropólogo fala sobre a morte, fama e discute o momento político do país. Ouça o programa no Spotify, no play nesta reportagem ou leia um trecho da entrevista a seguir. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/12/61aa4054357dc/roberto-da-matta-antropologo-tripfm-mh.jpg; CREDITS=Marcelo Gomes / Acervo TRIP; LEGEND=Roberto Da Matta; ALT_TEXT=Roberto Da Matta de braços cruzados dentro de um carro em um ferro velho] Trip. Para imitar uma pergunta que o Antônio Abujamra fazia às vezes no programa dele: Roberto, o que é a morte? Roberto DaMatta. A morte é aquilo que faz, para algumas pessoas, a vida ser onipotente. As doenças totalitárias, sejam de direita ou de esquerda, assim como as crenças absolutas, as religiões e o racismo, fazem parte de uma tentativa de evitar a morte. Elas atraem as pessoas exatamente porque trazem a ideia de que se você morrer o grupo continua e você com continua com ele. A morte é, para alguns de nós, que tivemos uma educação mais aprimorada sobre seus sentimentos, o fim de uma trajetória bem-sucedida de uma vida que tem um início, um meio do qual você não se arrepende, com momentos mais positivos do que negativos, e no fim você vai para a terra do esquecimento, como disse Albert Camus, em "O Mito de Sísifo". Há quem diga que a experiência da morte é tão maravilhosa que Deus teria escondido isso porque se não todo mundo sairia se suicidando por aí. O que você acha? Legal. Não tenho como discutir sobre isso. O que eu sei é que a morte não é uma experiência social, você não é capaz de dividir isso com os outros. Ela é impossível de compreender. Se é que Deus existe, ele foi muito misericordioso conosco: você sabe que todos vamos morrer, mas não sabe o dia. Se soubéssemos, a absurdidade seria maior ainda. Uns comeriam muito, outros vão fazer muito sexo. Eu tenho uma ideia firme de como é, porque já fui anestesiado. Quando o cara colocou a máscara no meu nariz, eu fui sugado e a minha consciência sumiu. Por uma fração de segundo eu pensei: a morte é boa. Aos 85 anos, tendo passado boa parte da vida estudando a humanidade, o que está acontecendo agora com essa exacerbação do digital, em que as pessoas não conseguem acordar sem olhar no celular? É uma nova página que viramos. Só vai aumentar. É possível que daqui a vinte anos não falemos mais em intoxicação, mas hoje essa patologia é real, vejo isso com os meus netos. Por outro lado, o que está acontecendo? Nós estamos nos falando, estamos compartilhando experiências de uma forma muito concreta. O problema não é desintoxicar digitalmente, é o mundo que está doente no sentido de que estamos chegando a conclusão de que ele não é inesgotável. Tudo passa, todo filme tem seu fim, o que não pode passar é o cinema, o edifício. Se o meio acabar, a mensagem acaba. Se acabar a mensagem é o fim do homem. A humanidade se acaba no dia em que a gente não pode mais se comunicar, saber um do outro. O pior que pode acontece com uma comunidade é a falta de comunicação, mas o excesso dela, por outro lado, é o fuxico, é aquilo que ninguém aguenta. É o que acontece com o Brasil com essa pessoa que nos dirige.
Marcelo Tas conversa no #Provoca com o compositor, cantor, multi-instrumentista, ator e diretor André Abujamra. Filho do provocador Antônio Abujamra, que comandou o Provocações por 15 anos, André conta sobre a relação com o pai, diz que aprendeu a tocar antes de falar e comenta sobre não ter medo de errar, a morte de Marília Mendonça e a indicação ao Grammy Latino. O compositor comenta que teve sorte de ser filho do inspirador Abu. "As frases que eu mais ouvi do meu pai desde pequenininho, com 3 anos, era: a vida é sua, estrague-a como quiser, se enforque na corda da liberdade (...) uma coisa que meu pai me ensinou e eu aprendi direitinho, assim como meu irmão mesmo ele não sendo artista, era não ter medo de errar (...) e eu gosto de inventar a loucura, tinha uma banda de dois integrantes, vamos dar um tempo, a próxima banda vai ter 35", conta.
Pads & Regatas Podcast - O Front Office da Resenha NBA e NFL
Até onde o torcedor de Chicago pode sonhar com o Bulls 2021? Depois do melhor começo nos últimos 25 anos, tudo se tornou possível e até o momento da publicação deste, a franquia hexacampeã figura no TOP3 do leste. E claro que nossa dupla de quinta não ia perder esse fato histórico, né? Octavio e Flavio recebem ele, representando o @SeeRed_br e também nossas redes que você adora, Mikezito! Na presença desse grande apaixonado pelo Bulls os meninos questionam: Zach LaVine será capaz de levar esse time do Bulls numa corrida à pós-temporada? E o Vooch, contratado a preço de ouro mas com performances ordinárias, dará a volta por cima e se tornará o Robin pro Batman do Lavine? Ou será este o próprio DeMar DeRozan? Dê o play e descubra: (1) Porque Carushow não é só um meme e muito mais que um animal spirit, (2) o futuro promissor de Ayo, a jóia local que promete deixar a cidade inteira orgulhoso e (3) porque a tranquilidade é trágica, como diria Antônio Abujamra.
Podcast CineTvNews Virtual Andre Abujamra musico compositor arranjador produtor musical Mulheres Negras Gork Karnac Trilha sonora entrevista exclusiva Parte 02
Podcast CineTvNews Virtual Andre Abujamra musico compositor arranjador produtor musical Mulheres Negras Gork Karnac Trilha sonora entrevista exclusiva
André Abujamra (@andre_abujamra) é ator e músico compositor com mil projetos e ideias na cachola. Tive a sorte de fazer recentemente um filme com ele e nos demos muito bem. Nosso papo seguiu e virou esse episódio onde conhecemos mais sobre a sua trajetória inusitada e reflexões sobre a influência da sua família. Curte aí que tá bem legal.
Um homem que buscou de todas as maneiras promover a paz, a justiça e a vida digna para todos os habitantes da cidade com o nome do Apóstolo dos Gentios e conseguiu!Escuta aí Uma Conversa recheada de testemunhos pessoais para comemorar o centenário do nascimento de Dom Paulo Evaristo Cardeal Arns, que foi arcebispo de São Paulo, escritor, franciscano, corintiano e mais um monte de coisas. Quer saber mais? Dá o Play!| Referência: Antônio Abujamra entrevista o Cardeal Arns| Despatrocinadoras: Meninas Cantoras de Petrópolis - Oração de São Francisco| Site: https://umaconversa.com.br/| Apadrinhe: https://apoia.se/patraodoumaconversa| Redes Sociais: @1Conversa| E-Mail: conversaconosco@gmail.com
Hoje, na edição 25 do podcast, você vai ouvir um bate-papo com o cantor, compositor, guitarrista, percussionista, pianista, produtor musical, ator, diretor de teatro e cinema, André Abujamra. Ele está revelando, aos poucos, as faixas de "Duzoutruz, Volume 1", álbum de intérprete, com músicas que fazem parte da playlist de sua vida. Multiartista e um dos principais nomes da música alternativa brasileira há 40 anos, André recriou "Saiba", de Arnaldo Antunes e, agora, se volta para a obra de Gilberto Gil, Chico César e Itamar Assumpção em um EP com parte do repertório do disco. A ideia de gravar músicas de outros compositores surgiu após a finalização de seu último disco solo. Andre gravou uma versão simples de "Saiba" para o Instagram. As pessoas gostaram muito e aí deu um click: por que não gravar outros compositores que admira? Ele foi, então, lembrando das músicas que sempre gostou e o critério de escolha foi as que tocaram o seu coração. Agora ele apresenta mais 3 canções: a clássica "Refazenda", do álbum de mesmo nome lançado em 1975 por Gilberto Gil; "Béradêro", lançado por Chico César em 1995 e que é recriada com um clipe; "Mulher Segundo Meu Pai", de Itamar Assumpção, lançada em 2011 na voz de sua filha Anelis. O lançamento, que chega com um clipe animado de "Béradêro", é do selo A Música Vive. Para saber mais, acesse www.divercidade.org ou no instagram @divercidadesite. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/divercidade/message Support this podcast: https://anchor.fm/divercidade/support
Essa é a trecentésima trigésima primeira edição do Outra Frequência, que foi ao ar pela primeira vez no dia 25/07/2021! 1. Flow Petrópolis (DurangoKid – comp. DurangoKid e Guimo Mota) / DKMERON – Delírios Distópicos 2. Patriota Comunista (Gabriel O Pensador) / single … Continue lendo →
Fernando Pessoa por Abujambra
Convidamos a você se jogar e se permitir caminhar através desse podcast pelos vastos universos que passeamos mesa mesa de bar virtual com André Abujamra. Arte e Cerveja cabem no mesmo copo, basta olhar com outros ouvidos e ouvir com outros olhos! Abraço forte ao nosso irmão, Thiago Vianna, nosso host por um dia! Gosta do nosso podcast?
Rubem Fonseca por Abujamra
Trecho do poema de Carlos Drummond de Andrade, declamado por António Abujamra.
Abujamra declama Oscar Wilde
André Abujamra, músico e produtor, já fez um pouco de tudo no cenário musical e seu trabalho sempre foi sinônimo de qualidade e criatividade. Desde sua estréia, em 1985, com a 3a. menor big band do mundo, a dupla Os Mulheres Negras até a década do Karnak, essa sim, uma verdadeira big band com 13 músicos, que atravessou os Anos 90 nos oferecendo uma música extremamente original, ele tem se mantido na linha de frente da invenção musical. Curso Música para Cinema com André Abujamra Quer um cupom de 50% de desconto? Ouça esse episódio! --- Send in a voice message: https://anchor.fm/renato-braga/message
Um dos artistas mais versáteis da música brasileira, ele fala sobre sua vida nômade, a profissão de maestro e a falta de incentivo à cultura "A música é a mais racional das artes", diz o maestro Júlio Medaglia. “Na pintura existe mais subjetividade. O cara tira ou põe um pouco de amarelo, apaga ali, e pode ficar bonito e dar prazer. Mas na música, não. Se você colocar um oitavo de segundo depois já desarma com o esquema”. Fundador da Amazonas Filarmônica, o maestro regeu as orquestras mais importantes do Brasil e da Alemanha e foi aluno de Pierre Boulez, Karlheinz Stockhausen, John Barbirolli e Hans-Joachim Koellreutter Surfando com versatilidade na música, além do seu lado erudito, colaborou para uma das obras-primas da música popular brasileira, assinando os arranjos de Tropicália, canção de Caetano Veloso que marcou o início do movimento tropicalista. Eram tempos, lembra o maestro, em que as rádios reproduziam músicas que não pertenciam ao circuito comercial e a televisão abria espaço para a música erudita. Fora do universo musical, o maestro Júlio Medaglia escreveu mais de 500 artigos e 5 livros, o que o levou a ocupar a cadeira número três na Academia Paulista de Letras, que já pertenceu a Mário de Andrade. “Eu me encantei muito com o poder semântico da palavra. A palavra é feiticeira, é uma bomba”, conta. Aos 82 anos, ele é responsável pelo programa Prelúdio, concurso musical para instrumentalistas da TV Cultura que recebeu o prêmio de melhor projeto cultural da TV brasileira. O maestro bateu um papo com a Trip sobre música erudita e popular, a solidão dos artistas e a falta de incentivo à cultura no Brasil. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/02/602fe67515e55/maestro-julio-medaglia-cultura.jpg; CREDITS=Creative Commons; LEGEND=] Trip. A gente admira muito as pessoas que surfam, que conseguem obter prazer e ao mesmo tempo influenciar as mais diferentes praias. Você se mudou para Salvador muito jovem, depois foi para a Alemanha, para a Amazônia, para Brasília, navegando em mundos musicais muito distintos. Um dia você está fazendo trilha de cinema, preparando um especial da Globo, no outro está escrevendo um livro ou regendo uma orquestra para milhares de pessoas no meio da rua. Essa mobilidade intelectual é fascinante. De onde vem essa inquietude? Maestro Júlio Medaglia. A minha aliança com a música foi acidental. Na minha família ninguém é músico. Meu pai vendia peças de automóvel importadas, minha mãe era costureira da alta sociedade de São Paulo e minha irmã trabalhava numa empresa química. Mas um dia apareceu uma empregada lá em casa, que morava no interior de Minas, e na mochila ela trouxe um pequeno violino, para criança. Eu passei a brincar com aquele instrumento e, certo dia, numa corda só, eu consegui tocar Noite Feliz e comecei a me encantar com aquela sonoridade. A minha mãe se deu conta que tinha uma prima de segundo grau que tocara violino e ela começou a me dar aulas. E comecei a tocar com orquestras amadoras, até que me encontrei com professor alemão Koellreutter, que morava em São Paulo. Ele iluminava nossa mente com ideias, filosofias, exposições, provocações culturais, e eu comecei a me encantar não só com a música, mas com todo aquele arcabouço cultural gigantesco. Na realidade a música é fruto de um monte de coisas sociais, políticas, étnicas e éticas e, com isso, eu fui me interessando por outros campos dentro do universo sonoro e cultural. Consegui uma boa bolsa de estudos do governo alemão e me formei na Universidade de Friburgo como regente sinfônico, mas o Brasil me chamava. Naquela segunda metade da década de 60 tinha a bossa nova, os festivais na TV Record, que eram verdadeiras loucuras em termos de geração de uma nova turma para a música brasileira de primeira qualidade. Nessa época comecei a estudar e a escrever também as trilhas sonoras para peças de teatro. E aí quando eu fiz uma para Cacilda Becker e Walmor Chagas, uma peça de teatro chamada “Isso devia ser proibido”, tinha lá um baiano que tinha chegado de Salvador e me pediu para fazer um arranjo da música dele, que “talvez vá se chamar Tropicália”. Aí nascia a minha relação com o Caetano [Veloso]. O arranjo acabou propondo uma série de novas soluções, de falas no meio, ruídos de pássaros e assim foi. Eu fui ampliando o meu universo de relacionamentos e de atividades também. Comecei a escrever no jornal O Estado de S. Paulo, escrevi uma história da bossa nova e a história da música do século XX. Eu me encantei muito com o poder semântico da palavra. A palavra é feiticeira, é uma bomba. Abrindo meu leque de opções culturais e fui parar nos Estados Unidos a convite do Conservatório de Boston, criei uma orquestra no teatro maravilhoso que existe em Manaus, fui convidado para dirigir o Theatro Municipal em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Teatro Nacional, em Brasília. Fui me deslocando de uma cidade para outra, de um universo para outro, mas sempre mantendo esse espírito de não só fazer música, mas ser o animador cultural, porque no Brasil precisa ter essa função educativa. Eu espero ter cumprido alguma coisa nesse sentido. Essa vida nômade que você acaba de relatar, riquíssima do ponto de vista profissional e cultural, muitas vezes gera certas disfunções na vida pessoal. Ela foi atrapalhada por essa riqueza profissional? No fundo o artista é um grande solitário. Você está regendo um grande concerto, na grande sala, com uma grande orquestra e, quando acaba, você vai para o hotel e fica sozinho, quietinho lá assistindo televisão. Aí o táxi te leva, você está outra vez sozinho, em outro hotel do mundo. Existe esse conflito entre a solidão e a coletividade, mas isso faz parte da coisa. Minha mulher é alemã, eu casei na Alemanha e ela veio para o Brasil. Eu tive a sorte de ter uma pessoa que compreendesse essa vida nômade e isso nunca atrapalhou, felizmente, nosso relacionamento. Eu estou o tempo todo viajando, mas isso faz parte da vida do artista. O artista que tem que estar onde o povo está, como diz o velho Milton Nascimento. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/02/602fe683a65d6/trip-fm-podcast-radio-maestro-julio-medaglia.jpg; CREDITS=Creative Commons; LEGEND=] Quem é leigo tem uma noção, vê a figura do maestro cuidando da harmonia ali, daquele grupo de música. Mas como é que uma pessoa resolve ser maestro? O que é ser maestro? O maestro, com os dedos e sua energia pessoal, transfere a técnica e a emoção que ele tem na mente. A dificuldade maior é passar suas ideias, a sua emoção e sua concepção artística para 80 pessoas. Exige um bom tempo de estudo, de trabalho e amadurecimento para você se relacionar com essa comunidade, essa grande empresa chamada orquestra. Você está à frente de um time de primeira, se você vacilar está perdido. A regência é aquela que exige o maior número de matérias, harmonia, contraponto, fuga. E conhecer muito bem todos os instrumentos, senão você não pode chegar para um flautista e dizer: “Faça isso”. Depois do domínio deste gigantesco arcabouço técnico, aí começa um relacionamento com a parte artística, cultural da música. Depois o seu relacionamento como o líder de uma comunidade, porque você tem que passar através de um gesto de mão, às vezes muito simples, toda a concepção de uma grande sinfonia. Então de fato é uma profissão complicada, exige muito esforço, conhecimento e talento. O que a gente mais ouve são queixas da falta de reconhecimento, da falta de estrutura, da falta de condição para trabalhar nessa área. Nesse momento então, nem se fala. Maestro ganha dinheiro ou são só dois ou três e o resto fica na pindaíba? A seleção é mesmo muito rigorosa, mesmos nos países do mundo que têm muita atividade orquestral. Existem maestros que são muito bons, mas falta um pouco de talento para determinadas coisas e não chegam a ocupar cargos importantes. Mas aí ele presta serviço de outra maneira: cria orquestras jovens, prepara novas gerações ou então vai dar aula de regência. Na Alemanha tem 80 casas de ópera e cada uma delas troca a ópera toda noite, como o projecionista do cinema troca a bobina do filme. No Brasil existem muito poucas orquestras, as excelentes são só três ou quatro. Então de fato é muito complicado profissionalmente sobreviver com essa profissão. Tive a sorte de encontrar um caminho e poder dirigir algumas boas orquestras do país. Não posso me queixar. Tem uma entrevista sua ao saudoso Abujamra em que você fala que a música é uma ciência exata. Tem até uma frase que é: “A música é alma da geometria”, alguém disse isso. E você descreve uma partitura como sendo equações, aquelas que tem milhões de sinais, números e algarismos. Me explica um pouco esse aspecto da sua visão sobre a música. A música é a mais matemática das artes. Quando você imagina uma orquestra tocando, eu faço ‘pá’ e nesse acorde, que durou um oitavo de segundo, vinte músicos fizeram juntos. Como é que eles fizeram juntos? Eles têm uma sensibilidade para aquela geometria musical montada que faz com que, quando o maestro faz um sinal, eles saibam onde entrar. Mas no ‘pá’ teve um trompete que tocava um 'Lá', este 'Lá' tinha 444 vibrações, porque se tiver 400 vibrações já desafina. A própria formação da orquestra, como os músicos se entrelaçam, cada um jogando com seu código matemático na frente, quer dizer, ela é a mais racional das artes. Se você ver as obras de Bach, tem todo um relacionamento acústico, melódico, harmônico e rítmico, que é um projeto de uma arquitetura, uma arquitetura sonora complicadíssima. Na pintura existe mais subjetividade. O cara tira ou põe um pouco mais de amarelo ali, um vermelhinho ali, apaga aquilo ali e pode ficar bonito e dar prazer. Mas na música, não. Se você colocar um oitavo de segundo depois já desarma com o esquema. Então toda a orquestra funcionando é um grande computador que provoca emoções. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2021/02/602fe691a8454/julio-medaglia-maestro.jpg; CREDITS=Creative Commons; LEGEND=] Você trabalhou com Caetano Veloso, Jards Macalé e outros artistas populares de alta qualidade. Existem pessoas como você, que têm o privilégio, o talento e a condição de estudar com os melhores do mundo, mas tem também gente que de repente sai tocando ali e tem um outro tipo de talento, faz coisas que também mudam o mundo. Onde é que está a linha que separa o artista popular que não estudou, mas que é capaz de produzir emoção, e o pessoal que produz porcaria enlatada e que hoje tem facilidade para espalhar isso pelo planeta? Na realidade o talento musical é uma coisa espontânea e vem das profundezas da alma. O Cartola não estudou em nenhuma universidade, ele limpava automóvel, morava numa favela, mas desenvolveu essa musicalidade, espontaneamente, sem estudar teoricamente a música. Então existe a música extremamente elaborada, aquela que você faz com orquestra sinfônica, em sinfonias, concertos, óperas, e existe a música espontânea, que tem poucos elementos, mas pode ser extremamente rica. O Jobim não fez uma música com uma nota só? Se repete 50 vezes a mesma coisa e, quando ouve, o mundo inteiro cai de joelhos. "Águas de Março", repete duas notas 50 vezes e o Leonard Feather, que é o maior crítico de jazz dos EUA, diz que é uma das 15 maiores melodias do século. Existe essa sensibilidade, esse talento feiticeiro que alguns tem – o Jobim tem, que Mozart tem, que o Cartola tem. Ser popular não quer dizer ser inferior à música erudita. Agora, evidentemente, tanto na área da música sinfônica, super elaborada, como na da música espontânea, tem muita porcaria. Tem muita gente que tem conhecimento técnico que faz porcaria. Tem gente que não tem conhecimento técnico nenhum e faz jóias como essas. Eu já vi você falando que a televisão não põe mais música e que a rádio está a serviço dessa indústria que você qualifica como "essas porcarias enlatadas". Por outro lado, você vê a distribuição da música facilitada hoje por plataformas digitais. Quer dizer, o artista que tem alguma coisa para mostrar não precisa bater na porta de uma gravadora ou da rádio. Por que é que a televisão se divorciou da música? A gente está melhor ou pior na nossa capacidade de dar acesso ao talento? Infelizmente a boa música saiu da televisão. Nos áureos tempos, a música era mais da metade da programação. Grandes nomes da música brasileira que nós temos até hoje em nossos corações vieram do rádio e da televisão. Dos anos 70 ou 80 em diante o artista ia bater na porta das gravadoras e, depois de algum tempo, as gravadoras começaram a pagar para pôr no ar a música. E as televisões aceitavam isso, davam nota fiscal, assim como põe uma garrafa de Coca-Cola no ar numa novela. Pode ser uma música maravilhosa, pode ser uma porcaria, você paga vai para o ar. Então a boa música desapareceu do rádio e da televisão, e perdeu esse aspecto de revelação da musicalidade espontânea do povo brasileiro, que é riquíssima. Nós fizemos a melhor música popular do mundo durante muito tempo. Essa música ainda existe. O próprio Macalé, que você citou, mas você não vê esse pessoal no rádio. O próprio Caetano, o Gil, que são os mais famosos compositores da atualidade, eu não vejo esse pessoal na TV Globo, na Record. A indústria da comunicação transformou a música popular num objeto mercadológico muito rápido, muito ágil e muito veloz – para vender logo e o cara comprar, gostar, depois jogar fora e comprar outro. Nesse sentido, a música popular brasileira está submersa num mar de mediocridade, infelizmente. A Osesp, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, tem a Sala São Paulo como uma espécie de templo, e os assinantes, uma espécie de sócios, pagam para ter acesso àqueles concertos semanais. E também há iniciativas como a Orquestra de Heliópolis, numa comunidade de periferia. Essa música, da qual o senhor é um dos grandes pilares aqui do Brasil, está a serviço da democratização? Ela vive ainda desses feudos de marajás que se reúnem em salas exclusivas? Qual é a da música erudita? O que tem acontecido de muito bom no Brasil ultimamente é que várias empresas estão se dando conta que elas têm que ter um relacionamento com a sociedade. Há inclusive leis que facilitam isso no Brasil, além da Lei Rouanet. Agora o governo está querendo acabar com ela, e é uma sacanagem. A Lei Rouanet recebe 0,4% dos bilhões que o governo dá para companhias de automóveis, para empresas que fazem outros produtos, e estão querendo acabar com esse mínimo, como se artista fosse bandido ou não soubesse como usar o dinheiro. Nos Estados Unidos não precisa de incentivo fiscal, porque o norte-americano se deu conta que investir em projetos culturais valoriza a sua marca ou empresa. Então a coisa virou ao contrário: hoje, o cara que não se relaciona com a comunidade em projetos dessa natureza está por fora e é discriminado na sociedade. Esse caso você citou de Heliópolis é maravilhoso. Começou com o padre Bacacheri ensinando crianças, a Votorantim colocou dinheiro, a Petrobrás também, e criou-se uma orquestra sinfônica maravilhosa, feita pelos filhos dos meninos da favela, que foram para a Alemanha tocar na cidade onde nasceu o Beethoven e povo aplaudiu de pé. Ou seja, a música salvou a criançada da droga que existia na região. Então existe esse poderio feiticeiro, positivo da música, pelo qual algumas empresas agora estão interessadas em financiar projetos desse tipo, que usam a música como elemento de inserção social para jovens de periferia. Isso a música consegue fazer e as empresas que investiram nesses projetos não se arrependerão.
Na voz do maravilhoso Abujamra, falecido recentemente, a apresentação do índio mexicano que numa clareza irretocável, apresenta seu acerto de contas com os europeus, por volta da data festiva dos 500 anos do descobrimento da America. Dentro desta ótica, nós aqui no Brasil a partir de 1500 ou seja, desde a Colônia, até os dias atuais, nos garimpos de hoje, nosso ouro foi e, é espoliado! Não bastando esta dura realidade de termos sido o lugar de sempre de extrativismo e espoliação feito pelos maiores países que se mantiveram sempre de olho na nossa rica terra, Mais recentemente 2008 a questão a ser ameacada e colocada na berlinda, foi a Amazônia, em instantes apresento a resposta que o Senador Cristovam Buarque deu nos EUA, sobre a internacionalização da Amazônia, em referência ao comentário feito na ocasião por Obama, de que “o Brasil precisava se preparar para a ideia de que a Amazônia não pode ser só nossa, tem que ser do mundo inteiro”
Quintana por Abujamra
Neste episódio histórico do podcast, o jornalista e escritor, Fernando Guifer, recebe o fenômeno Marcos Piangers, comunicador multiplataforma que conta hoje com mais de 5 milhões de seguidores nas redes sociais, tem meio bilhão de visualizações em seus vídeos e é autor do best-seller 'O Papai é Pop' - que vai virar filme em 2021 com protagonismo de Lázaro Ramos e Paolla Oliveira. O paizão da Anita (de 15 anos) e da Aurora (de 8) bateu um longo e inspirador papo que passeou por temas necessários que vão além do relacionamento pais e filhos, como as relações humanas e a própria vida em si. [ PIX PARA INCENTIVAR O PODCAST COM QUALQUER VALOR: contato@fernandoguifer.com.br
Olá pessoas lindas e maravilhosas do Me Julguem Podcast, tudo bem com vocês? Hoje eu, Cristiane Navarro, junto com a minha companheira de bancada, Lica Moon convidamos cantor, compositor, multi-instrumentista, escritor e ator, André Abujamra para um bate-papo sobre sua vida e carreira. Contatos do nosso convidado:Ator: (11) 99179-6923 Shows:(11) 99135-5506 Agora temos padrim: https://www.padrim.com.br/mejulguempodcast e picpay: @MEJULGUEMPODCASTNossas redes sociais: Facebook - @mejulguempodcast Instagram - @mejulguem_podcastTwitter - @JulguemMe Enviem e-mails e comentários para: mejulguempodcast@gmail.comNosso site: https://www.mejulguempodcast.com/
Dando sequência e concluindo o papo com o multiartista, falando de música e de visões de mundo, como a arte se manifesta no cotidiano entre carreira e família. confere aqui a playlist com os sons e referências que pintaram durante o papo: https://open.spotify.com/playlist/6SarFpm68Hx1CSQzxmrmWH?si=aIxfdiyBT3meqFCRGqPsXQ e siga o Sabe Som no instagram: https://www.instagram.com/sabesompodcast/
Episódio com o multiartista André Abujamra que faz trilha pra cinema, atua, fala russo inventado, escreve livro infantil além de todas as bandas que faz parte, do mitológico duo Os Mulheres Negras à big band Karnak e seus trabalhos solos inspirados nos quatro elementos. Papo sobre inspiração, vida, filhos, processos de criação durante a pandemia, e claro, música! Esse episódio contou também com o pitaco do jornalista Alexandre Matias. se liga na playlist com os sons que pintaram no papo: https://open.spotify.com/playlist/6vbcTtQ6zxrBTLJZy1u8WE?si=G76ByzyTTZKMyGn4cdQlnw siga o podcast no instagram https://www.instagram.com/sabesompodcast/
LADO B: ensaio-poema sobre “Passo os meses na biblioteca do ccbb lendo livros de história natural”, do Bruno Domingues Machado. Registro de voo de mosca. Citação no texto de Cacaso, “História natural”. Citação no texto de Marília Garcia, “História natural”, com voz de Heitor W. Eyben. Citação de Augusto dos Anjos, “Psicologia de um vencido”, na voz de Antônio Abujamra. Citação de trecho do documentário “A origem dos homens”, da Discovery Channel. Citação da conferência de Jorge Luis Borges, “Las mil y una noches”. Voz: Piero Eyben. Sonoplastia, mixagem e trilha-sonora: Camille Ruiz.
Tempo que foge! Ricardo Gondim Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio. Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral. Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: – Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos. Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego. Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.
A gente se acostuma... - Antônio Abujamra
No Episódio 17 a conversa é com o músico André Abujamra e seu projeto Omindá - A União das Almas do Mundo Pelas Águas. Instagram: @fortuna_oficial contato: produção@fortunamusica.net
Cláudio B. Carlos conversa com o escritor, professor e crítico literário Cassionei Niches Petry – que acaba de lançar o romance “Relatos póstumos de um suicida” (Editora Bestiário, 2020). O programa está divertido - rolou até uma "homenagem" ao Antônio Abujamra. Participação especial: Dona Joanita - vizinha do apresentador (ao piano). Apoie o Balaio de Letras no Catarse, se puder – seja assinante (https://www.catarse.me/balaiodeletraspodcast).
Há 20 anos Antônio Abujamra veio para a TV Cultura para tirar o telespectador da zona de conforto. Em 06 de agosto de 2000 estreou PROVOCAÇÕES, que hoje está sob o comando de Marcelo Tas. Este episódio também conta a história de XUXA MENEGHEL, o primeiro programa da Rainha dos Baixinhos na RecordTV, após quase 30 anos na Globo.
Nesse episódio biográfico de uma hora, nossos niilistas membros, Sebs e Ulisses, compartilham histórias, frases e falam das principais entrevistas de Antônio Abujamra e seu fabuloso programa Provocações! Ao final, Sebs e Eliomar leem e comentam as interações dos ouvintes conosco aqui pelo site! O governo nunca valorizou a inteligência no nosso país. O estado do Brasil é resultado da estupidez dos governantes, […] O post Avatares Brasileiros #01 – Antonio Abujamra e Suas Provocações apareceu primeiro em Turno Livre.
Hoje falaremos sobre a formação do Estado durante o Neolítico. No áudio passado falamos sobre o surgimento das cidades e da escrita cuneiforme – criada pelos sumérios e deixamos uma pergunta – qual a importância político-econômica da escrita para os sumérios e povos subsequentes? Pois bem, hoje responderemos e basearemos nossa aula no livro As primeiras civilizações, escrito pelo historiador e professor da USP Jaime Pinsk. Mas como temos feito aqui em nosso canal, abordarei as partes mais importantes do conteúdo, a frisar os pontos que podem ser cobrados pelo Enem e sempre a tentar criar links com outras matérias Bora costurar...!! Link: Bertolt Brecht: Se os tubarões fossem homens - na voz do Saudoso Antônio Abujamra: https://www.youtube.com/watch?v=fziZE352V20&feature=emb_title
Manoel de Barros por Abujamra
Fernando Pessoa por Abujamra
O músico André Abujamra encontra a editora-chefe do Arte1 Gisele Kato e diz que fez terapia para levar para a vida a liberdade que esbanja no palco, relembra o longo processo até conseguir uma resposta positiva do diretor Hector Babenco para a trilha do filme “Carandiru”, e reflete sobre a intensidade que foi crescer com o bruxo Antonio Abujamra como pai.
Marcelo Tas recebe o filósofo Roberto Mangabeira Unger. O professor titular de Direito da Universidade de Harvard discute os desafios e as maneiras de aprofundar a democracia. Entre tantos questionamentos, Mangabeira responde “como ter esperança em um país com tanto desalento”, pergunta feita por ele mesmo, em 2016, ao saudoso Antônio Abujamra. Além de assessorar figuras da política brasileira como Leonel Brizola, Ciro Gomes e Daniel Dantas, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma também esteve na posição de conselheiro do deputado Ulysses Guimarães, estandarte da oposição ao regime militar nos anos 70.
Uma singela homenagem a Antônio Abujamra, e seu programa "Provocações", respondendo a pérfida e terrível pergunta... O que é a vida???---------------------------------------Link para entrar no "Grupo Secreto de Whatsapp do Bizucast" = >>>> LINK
Neste sábado, dia 26 de outubro, Salomão Ésper completa 90 anos de idade. A partir de homenagem que preparamos para o jornalista e que foi apresentada no quadro “Interferência”, conduzido por mim no “Você é Curioso?”, da Rádio Bandeirantes, reúno nesta edição especial do nosso podcast algumas peças raras que envolvem a trajetória do comentarista, a partir da entrada para a equipe do “Jornal Gente” em 1978. Nesta edição contamos com o apoio de Sidney Corrêa, do Memorial Hélio Ribeiro. Você vai ouvir as seguintes peças raras: - Salomão Ésper no Domingo Esportivo – 75 anos de Bandeirantes, em que fala sobre a cobertura de férias de Vicente Leporace como um dos momentos mais importantes da carreira, quando passa de locutor a comentarista das notícias. Entrevista a Milton Neves, no Domingo Esportivo de 6 de maio de 2012; - Abertura da última edição de “O Trabuco”, em 15 de abril de 1978, um dia antes da morte de Vicente Leporace; - Abertura da primeira edição do “Jornal Gente”, em 16 de abril de 1978, conduzida por Salomão Ésper e com vinheta de Hélio Ribeiro; - Em 12 de junho de 2009, durante A HORA DO CAFÉ do Jornal Gente de sábado, Salomão interpretou, de improviso, Em Tempos Idos e Vividos, de Casimiro de Abreu; - Também em 2009, o agora nonagenário participou do programa “Provocações”, da TV Cultura, e deixou sua declaração de amor e apelo para que tratem bem o rádio, durante a conversa com o saudoso Abujamra. - Na apresentação de “Nosso Correspondente” sobre invasão de militares à Universidade de Brasília. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/pecasraras/message
Guten Morgen, Brasilien! Chile, Equador com protestos violentos, mancha de óleo no litoral do Nordeste, ecoterrorismo, mortos, Humberto Costa e Guilherme Boulos dizendo que o Brasil precisa aprender com o exemplo. Como entender isso? Com Nicolás Maduro comemorando o que combinaram... no Foro de São Paulo. O Foro de São Paulo é tratado ora como uma teoria da conspiração criada pela extrema-direita e por Olavo de Carvalho para vender livro para uma seita que usa chapéu de alumínio, ora como uma mera reunião de velhinhos que não apitam nada, que apenas se juntam para jogar conversa fora. Assim, uma espécie de milícia de velhinhos... Mas enquanto tratam o Foro de São Paulo como o Foro de Schrödiger, inexistente ou inócuo, as reuniões do Foro de São Paulo continuam ocorrendo, José Dirceu descreve seus objetivos para Antônio Abujamra e, claro, Nicolás Maduro comemora que os objetivos do Foro estão sendo implantados com êxito no continente, exatamente quando protestos pela implantação do comunismo se espalham. Tudo, repetindo, é apenas uma teoria da conspiração do Olavo de Carvalho e sua seita de fanáticos radicais alt-right. Repita e repita até acreditar. Toda a dinâmica é a mesmíssima dos protestos de junho de 2013 no Brasil: começa-se falando em algo genérico, como aumento da passagem em 20 centavos ou o preço do bilhete de metrô, e logo há mortos, prédios públicos são sitiados, cidades inteiras ardem em chamas e o caos se instaura para aparecer um novo líder. Não mais trabalhadores em greve, e sim estudantes, que não serão imediatamente punidos se ficarem nas ruas. Tudo isso num momento em que a CPMI das Fake News quer derrubar Bolsonaro, e que o presidente, sempre acusado de "autoritário" mesmo sendo o presidente com menos autoridade da história brasileira, ficará acuado, e será acusado de ter dado um novo AI-5 tão logo reaja a protestos. E olha que os protestos "contra políticas neoliberais" (você sabe o que é isso? pois vai descobrir nesse episódio) vieram depois de aprovada a Reforma da Previdência no Brasil... Todos os grandes analistas políticos da América Latina apontam que os protestos apenas começaram no Chile: num mundo globalizado, tudo está interligado, e logo irão para Paraguai e Argentina, para culminar no Brasil, que virá por último. E adivinhe quem está mancomunado com a esquerda brasileira? O crime organizado, bem diferentemente de junho de 2013... A situação é tensa e precisamos fazer de tudo para evitar o morticínio. Além de determinarem o fim da liberdade de expressão, da inviolabilidade de correspondência e da possibilidade de criticar políticos no Brasil. O curioso é ver como logo isentões e liberais estão dando todo o apoio para o poder estatal absoluto criar uma nova Venezuela no Brasil, enquanto o Foro de São Paulo continua aliado inclusive da Rússia para expandir o poder que perdeu, sobretudo com Bolsonaro. Descubra tudo no seu podcast preferido! A produção é de Filipe Trielli e David Mazzuca Neto no estúdio Panela Produtora, com produção visual de Gustavo Finger da Agência Pier. Guten Morgen, Brasilien!
Recitado por Antônio Abujamra no Provocações. Conteúdo de propriedade da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura).
Ouça os destaques desta sexta-feira (05/07/19) no Divirta-seSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Conversa com Diego Machado, físico e doutorando em Ciências de Materiais na UNESP de Bauru. Diego conta um pouco sobre o que é a física, os desafios da profissão e sua experiência de intercâmbio na Alemanha. Eu sou a Sat e esse é o Dobras, um podcast sobre complicações. Fala inicial: O ator Antônio Abujamra declamando a poesia de Álvaro de Campos: https://youtu.be/wdy4ThfP8_k
Conversa com Rodrigo Moon, designer e mestrando em Mídia e Tecnologia na UNESP de Bauru. Moon reflete sobre os desafios de ser criador de projetos em uma sociedade cada vez mais pautada no imediatismo e descartável. Eu sou a Sat e esse é o Dobras, um podcast sobre complicações. Fala inicial: O ator Antônio Abujamra declamando a poesia de Alfredo Cuervo Barrero: https://youtu.be/eR4SFFXHPwg
Conversa com o multi-instrumentista, diretor e ator sobre música, liberdade e o processo de "Omindá" - um álbum visual com participação de artistas de 13 países de forma multimídia em um show ao vivo!
Stetnet Telecom apresenta Vitrine CastConteúdos direto do Estúdio Vitrine no Euromarket!ACOMPANHE AS TRANSMISSÕES AO VIVO, SE INSCREVA!- https://www.youtube.com/c/estudiovitrineeuromarket#EuroVitrine #literatura #haicais#VitrineCast #entrevistaO Rubens é pesquisador, pedagogo e escritor prudentino que iniciou sua carreira na década de 1980, e já teve seus textos publicados inclusive na Itália e França. Junto com esse episódio está sendo lançado o Vitrine Literária, podcast com narração de textos, estreando com Haicais de Rubens Shirassu Jr. Ouça também aqui no feed do Vitrine Cast!A gravação foi ainda realizada em um espaço provisório dentro do centro comercial Euromarket. Para saber mais sobre o projeto Estúdio Vitrine e o que vem por aí, ouça o primeiro episódio e acompanhe nossas redes sociais.Ouça as transmissões AO VIVO na RÁDIO SUPERPOP:- https://www.supermusic.com.br/Acompanhe nossas REDES SOCIAIS:- https://pt-br.facebook.com/estudiovitrineradio/ (Facebook)- https://www.instagram.com/estudiovitrineradio/ (Instagram)- https://twitter.com/estudiovitrine (Twitter)LINKS do episódio:> O Reino do Interno, de Rubens Shirassu Jr., declamado por Antônio Abujamra - https://youtu.be/9mNMA_j2QBg> Blog do Rubens - http://rubensshirassujr.blogspot.com/Lançamento do Vitrine Literária!> http://mfn.bz/vpnJPARTICIPE pelo WhatsApp do Estúdio Vitrine!Mande seu RECADO POR VOZ:- (18) 98824-7453LOJA do Estúdio Vitrine!COMPRE SUA CAMISETA:- https://www.montink.com.br/loja/estudiovitrine=================================PATROCINADORES MASTER DO CANAL:=================================- EuroMarket - https://www.facebook.com/euromarketprudente- Stetnet Telecom - https://www.facebook.com/Stetnet/- Martoreli Engenharia - https://www.facebook.com/martoreli/Contato, Críticas e Sugestões:Site: http://estudiovitrine.com.brE-Mail Comercial: ricardo@73ideias.com.brWhatsApp: http://whts.co/73ideiasOuça os episódios através do iTunes (iOS) ou Google Podcasts e Megafono (Android).Editado por 73 Ideias Comunicação e Tecnologia> www.73ideias.com.br/ricardoveiga
Clarisse Abujamra - Excesso by Gaby Haviaras
Neste programa, Ivan Mizanzuk entrevista Daniela Arbex, jornalista investigativa e autora dos livros “Holocausto Brasileiro”, “Cova 312” e “Todo Dia a Mesma Noite”, o seu mais novo trabalho lançado recentemente pela editora Intrínseca, tratando sobre a tragédia que ocorreu na Boate Kiss em 2013. Conversamos sobre seu método de trabalho, seu faro para encontrar histórias poderosas, causos de bastidores, consequências positivas e negativas de se fazer trabalhos investigativos de profundidade e muita inspiração pra quem quer fazer grandes narrativas. >> 0h08min21seg Pauta principalLinks Formulário curso Storytelling do Ivan (Abril 2018) https://goo.gl/forms/tnTYMv890ndTtIyc2Precisa de Consultoria em Storytelling? https://goo.gl/forms/6uQFKhQwtXCW9rJG3Entrevista de Daniela Arbex no Provocações 630, de Antônio Abujamra https://www.youtube.com/watch?v=-e0-bIv3HFY
Neste programa, Ivan Mizanzuk entrevista Daniela Arbex, jornalista investigativa e autora dos livros “Holocausto Brasileiro”, “Cova 312” e “Todo Dia a Mesma Noite”, o seu mais novo trabalho lançado recentemente pela editora Intrínseca, tratando sobre a tragédia que ocorreu na Boate Kiss em 2013. Conversamos sobre seu método de trabalho, seu faro para encontrar histórias poderosas, causos de bastidores, consequências positivas e negativas de se fazer trabalhos investigativos de profundidade e muita inspiração pra quem quer fazer grandes narrativas. >> 0h08min21seg Pauta principalLinks Formulário curso Storytelling do Ivan (Abril 2018) https://goo.gl/forms/tnTYMv890ndTtIyc2Precisa de Consultoria em Storytelling? https://goo.gl/forms/6uQFKhQwtXCW9rJG3Entrevista de Daniela Arbex no Provocações 630, de Antônio Abujamra https://www.youtube.com/watch?v=-e0-bIv3HFY
Neste episódio os textos e ideias eretas de Sam Sheepard, Cyro Ridal, Patricia Carvalho-Oliveira, Anibal marques, Antonio Thadeu Wojciechowski, Luiz Felipe Leprevost, Otavio Linhares, Arnaldo Cezar Machado, Eduardo Galeano, Heitor Dantas, Carlos Alberto Pessoa, Elza Soares, Carlos Careqa, Mauricio Pereira, Arseny Avraamov, Liliana Felipe, Luiz Claudio Soares De Oliveira, Abujamra, Luiz Antonio Solda, Greg Mariano, Gabriele Gomes, James Joyce entre outros não menos resilientes The post Radiocaos Fletido (Ep. #505) first appeared on Radiocaos.
Neste episódio os textos e ideias eretas de Sam Sheepard, Cyro Ridal, Patricia Carvalho-Oliveira, Anibal marques, Antonio Thadeu Wojciechowski, Luiz Felipe Leprevost, Otavio Linhares, Arnaldo Cezar Machado, Eduardo Galeano, Heitor Dantas, Carlos Alberto Pessoa, Elza Soares, Carlos Careqa, Mauricio Pereira, Arseny Avraamov, Liliana Felipe, Luiz Claudio Soares De Oliveira, Abujamra, Luiz Antonio Solda, Greg Mariano, Gabriele Gomes, James Joyce entre outros não menos resilientes
Neste episódio os textos e ideias admiráveis de Drummond, Elisa Lucinda, Rafinha Bastos, Paulo Autran, Tavinho Paes, Mauricio Appel, Mario Quintana, Bóbi Pai e Bóbi Filho, Ericson Pires,André Junqueira Caetano, José Ulhoa, Regis Bonvicino, John Cage, Rui Galantenick, Karla Sabah, Glem Soares, Arrigo Barna Barnabé, Jaime Lerner, Domingos Pellegrini, Antonio Saraiva,Estrela Ruiz Leminski, Celso Borges, Irineu Almeidassauro Almeidassauro, Augusto de Campos, Lenora de Barros, José Paulo Paes,Ricardo Chacal, Patrick Matzenbacher, Flavio Jacobsen, Alvaro Posselt, Trin London, Baudelaire, Abujamra, Ricardo Schmitt Carvalho, Entre outros não menos extraordinários. Radiocaos são Samuel Lago e Rodrigo Barros Del Rei The post Radiocaos Prodigioso (Ep. #484) first appeared on Radiocaos.
Neste episódio os textos e ideias admiráveis de Drummond, Elisa Lucinda, Rafinha Bastos, Paulo Autran, Tavinho Paes, Mauricio Appel, Mario Quintana, Bóbi Pai e Bóbi Filho, Ericson Pires,André Junqueira Caetano, José Ulhoa, Regis Bonvicino, John Cage, Rui Galantenick, Karla Sabah, Glem Soares, Arrigo Barna Barnabé, Jaime Lerner, Domingos Pellegrini, Antonio Saraiva,Estrela Ruiz Leminski, Celso Borges, Irineu Almeidassauro Almeidassauro, Augusto de Campos, Lenora de Barros, José Paulo Paes,Ricardo Chacal, Patrick Matzenbacher, Flavio Jacobsen, Alvaro Posselt, Trin London, Baudelaire, Abujamra, Ricardo Schmitt Carvalho, Entre outros não menos extraordinários. Radiocaos são Samuel Lago e Rodrigo Barros Del Rei
Nesse biográfico episódio, Sebs e Ulisses, compartilham histórias e frases e falam das principais entrevistas de Antônio Abujamra e seu fabuloso programa Provocações! Ao final, Sebs e Eliomar leem e comentam as interações dos ouvintes conosco aqui pelo site!
Existe um lugarzinho gostoso chamado zona de conforto. Se você quer ficar nela, não ouça esse episódio. Você vai receber provocações do Abujamra e pode não resistir! Músicas Você encontra o playlist das músicas do nosso podcast no spotify. Baixe o aplicativo e procure a playlist Líder HD Podcast ou visite nosso site www.iblbrasil.com lá você encontra o link também! PARTICIPE! INDIQUE! COMPARTILHE! Deixe seu comentário aqui, curta, compartilhe e venha conosco nessa jornada de aprendizado e crescimento com liderança! Mande sua mensagem de voz pelo WhatsApp (21)99520-1894, tá esperando o que?
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Hum... Aaaah.. Isso, isso!!!! Assim....Vai, que que tá muito bom esse Conversa Fiada número 69!!!! Teve papo sobre drogas, futebol, novela, homenagem a Antônio Abujamra e, claro, aquele passeio bom pela programação da TV e também aquelas perguntas cabeludas que só o FAQ faz por você! Então, em homenagem a esse número super interessante, desliga o Sexy Time e vem ouvir a gente! Quer participar do nosso programa? É muito fácil: mande seu e-mail para conversafiada@bestradiobrasil.com. Ou, se preferir, pode deixar um recadinho na nossa fanpage!
A segunda edição do programa mais esporádico da Rádio Online não fica pra trás. Traz como convidado entrevistado André Abujamra. Confira! Set listChico Science & Nação Zumbi – Rios, pontes e overdrivesKarnak – O MundoNação Zumbi – No olimpo Confira a entrevista Seu segundo cd solo que você acabou de …
A atriz fala dos papéis pesados no cinema, como em Nina, e dos papéis leves na TV, como em A Grande Família Ela começou no teatro aos 13 anos, em Curitiba, onde participou de peças consagradas pelo público e crítica. Um desses trabalhos foi o espetáculo "O Vampiro e a Polaquinha", com direção de Ademar Guerra, um dos maiores sucessos da história do teatro paranaense e que rendeu à nossa convidada o prêmio de revelação do Governo do Estado do Paraná. Depois de conquistar o público do Sul, ao melhor estilo "uma mão na frente e outra atrás", se mudou para o Rio de Janeiro e ingressou na companhia de teatro Os Privilegiados, dirigida por Antônio Abujamra. Neste período protagonizou diversas peças e foi indicada duas vezes ao prêmio Shell de Teatro como melhor atriz, pela sua atuação em "O Casamento", de 97, e "Tudo no Timing", de 99. Em 2000 (confirmar), quando trabalhava na peça "Mais Perto", Mauro Mendonça Filho a convidou para participar do programa A Grande Família, da Rede Globo. Na pele de sua personagem Bebel, ela conquistou o público brasileiro e ganhou projeção nacional. Em 2004 estreou como protagonista no cinema, onde já tinha feito pequenas participações, com a personagem-título do filme Nina, de Heitor Dhalia. Atualmente, além do trabalho na Grande Família, ela está em cartaz em São Paulo com a peça "Rita Formiga". Como já deu para perceber, estamos falando de Maria Augusta Stresser, mais conhecida como Guta Stresser ou ainda como Bebel, que está nos dando a honra de perfumar nossos modestos estúdios.