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Chegámos ao episódio 100! Celebrámos com um episódio normal, mas com dois convidados em vez de só um. Neste caso, o habitual Joca e o estreante Hélder Reitor. Joca: https://www.instagram.com/jocahumor/Hélder Reitor: https://www.instagram.com/helderreitor/
Apagão? Não há falta de luz que nos pare. Chegámos com um dia de atraso, mas chegámos bem e com muito para discutir. Começamos pelo fim de semana recheado de golos, passámos pelo título do Liverpool, fizemos um h2h entre o Pedri e o Bellingham e ainda fomos a tempo de definir quem é o melhor médio da atualidade. Tudo mais do que motivos para não perderes este episódio.
David Pontes acusa o Ministério Público de intervir na vida política, e de, com isso, se desvalorizar.Carlos Magno alerta para o efeito contaminador dos debates na liderança e gestão política.Teresa Morais apresenta um retrato “muito assustador” da segurança no distrito de Setúbal, com “balas perdidas” e “rixas entre gangues”.A estes temas juntamos uma proposta de Maria Luís Albuquerque para investir em armas as pensões dos europeus. São os comentadores, com Nuno Ramos de Almeida, Pedro Tadeu e Paula Cardoso, hoje ao vivo a partir do Espaço 25, em Coimbra.Já podes ver e ouvir nestas plataformas. Segue-nos!
Chegámos aos três dígitos e quem melhor para me ajudar a celebrar que o ex-apresentador do Curto Circuito, comediante e 1/4 de Cubinho: Ricardo Maria. Às vezes perguntamos quem seríamos se tivéssemos escolhido outra opção na vida. No meu caso é fácil, basta olhar para Ricardo Maria e perceber que, se tivesse ficado em Cubinho, teria vindo a um podcast falar de festivais de sopas. Muito obrigado a todos os que ouviram estes 100 episódios.
O Fórum Económico Mundial de 2025, em Davos, reúne mais de 3000 líderes para discutir questões geopolíticas, económicas e tecnológicas. A ministra do Ambiente e Energia de Portugal, Maria da Graça Carvalho, participa no fórum sob o tema "Colaboração para a Era Inteligente", destacando a urgência de usar inovações tecnológicas de forma ética para enfrentar desafios globais. RFI: O que se pode esperar da edição deste ano do Fórum Económico em Davos?Maria da Graça Carvalho: A nossa participação, a participação portuguesa, tem sido muito útil. Eu, como ministra com a pasta da Energia, levei a mensagem de que Portugal é um país com uma quantidade abundante de energias renováveis a preços acessíveis. Estamos com um plano ambicioso de produção de hidrogénio de origem renovável, o que nos torna um país seguro e estável. Estas políticas de energia têm o apoio dos maiores partidos, tanto do governo quanto da oposição. Como foi demonstrado agora no Parlamento, com a aprovação praticamente generalizada do Plano Nacional de Energia e Clima para 2030. Portanto, Portugal é um país que tem todas as condições para atrair investimento, tanto na produção de energias renováveis quanto nas indústrias que precisam utilizar essa energia, especialmente o hidrogénio. Temos condições mais favoráveis do que vários países da Europa Central e do Norte, que durante muitos anos, na anterior Revolução Industrial, eram muito baseados no carvão e no petróleo, recursos dos quais Portugal não dispõe. Mas, neste momento, somos nós, no sul da Europa, que temos essas condições. Combinamos sol, vento e também energia hídrica. Temos uma grande quantidade de energia hídrica. Aliás, no ano passado, 71% da nossa electricidade foi de origem renovável. A energia renovável com maior percentagem foi exactamente a hídrica, com 28%, seguida da eólica com 27%, solar e biomassa. Portanto, temos condições únicas ao combinar a hídrica, que são as barragens, com o vento, com o sol e com toda a vontade política de atrair o investimento. E para isso, estamos a fazer um grande esforço de simplificação dos procedimentos, sem ser menos rigorosos, porque somos rigorosos do ponto de vista ambiental, mas sendo mais rápidos a decidir e com processos mais simples, de modo a criar um bom ambiente para o investimento tanto nacional quanto estrangeiro.Portugal atingiu 71% de energias renováveis na produção eléctrica em 2024, como dizia a senhora ministra, e tem como meta alcançar 93% em 2030. Pela primeira vez na história do Fórum Económico Mundial, em Davos, as alterações climáticas aparecem no topo das maiores preocupações dos empresários e dos líderes das maiores economias do mundo. Portugal está a fazer a sua parte na transformação energética, mas é um esforço que deve ser global?Maria da Graça Carvalho: Sim, é um esforço que deve ser global, exactamente porque é um fenómeno global. A Europa representa cerca de 7% das emissões globais e, mesmo que se reduzam completamente as emissões na Europa, o efeito será de escala mundial. Portanto, não se consegue alterar o rumo das coisas se não for com o esforço de todos. Mas eu penso que é algo que, principalmente com os eventos dos últimos um ou dois anos, levou a uma consciência muito grande das pessoas, das empresas, das cidades, dos presidentes de câmara. E, portanto, acho que é um percurso irreversível. Todos têm consciência de que o ambiente é fundamental para a qualidade de vida, para a saúde, mas também para a economia. É um factor de competitividade ter um país com ar puro, boa qualidade da água, com um ambiente com espaços verdes que emitem pouco CO2 e com poucas emissões, ou reduzindo ao máximo as emissões que perturbam a qualidade do ar. E isso é um valor que não é só um valor para o ambiente, não é só um valor para a saúde humana, é também um valor económico. Os países mais ricos do mundo são países que têm muita atenção às questões ambientais.Esteve reunida com a sua homóloga espanhola. É importante esta colaboração com a Espanha no mercado energético ibérico para fortalecer ainda mais a independência energética da região e ajudar, claro, na construção de um futuro sustentável e competitivo para os dois países?Maria da Graça Carvalho: É essencial. A nossa colaboração com a Espanha é essencial do ponto de vista da energia, porque temos um mercado de electricidade integrado, não é um mercado ibérico, e, portanto, agora temos novas regras para o mercado de eletricidade, novas regras europeias. Eu tive o privilégio de ser uma das relatores, porque era deputada europeia. Até Abril passado, tive responsabilidades nesse dossiê, mas, portanto, há todo um conjunto de novas regras para o mercado da electricidade a nível europeu. E é importante que os dois países façam também essa adaptação às novas regras, nomeadamente no que respeita às regras para o armazenamento de electricidade, com uma estratégia comum, uma estratégia em paralelo. E é isso que estamos a fazer, estamos a trabalhar em conjunto. Combinámos agora ter um grupo de trabalho dos dois directores-gerais que têm a responsabilidade da energia, exactamente para desenharmos essa estratégia de armazenagem de energia de modo semelhante.Outro ponto que é fundamental é uma boa relação com a Espanha na questão da água. Nós temos mais de 50% da nossa água vinda dos rios que nascem em Espanha. Portanto, temos esta gestão entre os dois países que é essencial. Hoje estamos a ter muita chuva e é essencial coordenarmos os planos das barragens, descargas das barragens, e é isso que estamos a fazer em contacto com os nossos homólogos espanhóis para evitar os efeitos de cheia. Portanto, é muito importante esta boa relação com a Espanha no domínio da água. No fim do ano passado, tivemos um acordo histórico em relação aos rios. Tivemos um acordo. Faltava completar a Convenção de Albufeira, que é uma convenção assinada há 25 anos sobre a gestão dos rios em comum com Portugal e Espanha. Mas havia assuntos que precisavam ser especificados, como o caso do Guadiana, sobre o qual, durante 25 anos, se tentou negociar sem conseguir chegar a um acordo. Finalmente, chegámos a um acordo, o que possibilitou termos uma utilização maior de água do Guadiana para abastecer o Algarve. Como se sabe, o Algarve tem tido e tem problemas de escassez de água. Nos últimos oito anos, tem diminuído a quantidade de água disponível no Algarve e parte do Alentejo. Era necessário, para resolver este problema, termos a autorização de Espanha para utilizar mais água do Guadiana para abastecer o Algarve. Chegámos a um acordo nisso. É possível fazer uma tomada de água de 30 milhões de metros cúbicos na região do Marão, a sul de Mértola, para aumentar a quantidade de água que pode ser utilizada no Algarve. A ministra com quem fiz este acordo no ano passado é agora vice-presidente da comissão, a senhora Teresa Ribera. Temos uma nova ministra e tive a oportunidade de confirmar e rever este acordo com a nova ministra.Aguarda-se o discurso de Donald Trump em videoconferência. O Presidente norte-americano já anunciou que os Estados Unidos vão sair do Acordo de Paris. Quais são as implicações, a seu ver, desta saída dos EUA do Acordo de Paris e as implicações económicas protecionistas que Donald Trump pode ter no âmbito ambiental? Maria da Graça Carvalho: Vamos ver. Como eu disse, a luta contra as alterações climáticas é algo que já está muito enraizado na população, nas cidades, nas empresas. Todas as empresas têm os seus planos. Praticamente todas as cidades têm os seus planos de luta contra as alterações climáticas e a defesa do ambiente. Portanto, acho que é um processo irreversível. Por outro lado, os Estados Unidos são um grande parceiro da Europa e um grande parceiro de Portugal, e assim queremos que continue a ser. O senhor ministro dos Negócios Estrangeiros também esteve presente em Davos, tudo faremos para continuar com essa boa relação e essa relação preferencial com um aliado. Iremos ver com algum optimismo o que vai acontecer.O administrador executivo da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha, participa no Fórum de Davos, onde, pela primeira vez na história do evento, as alterações climáticas aparecem no topo das maiores preocupações dos empresários e líderes das maiores economias do mundo. O que se pode esperar deste reconhecimento? É possível acreditar que vai haver uma mudança?Tiago Pitta e Cunha: Essa sondagem foi feita aqui. Posso até verificar que já estive aqui em Davos em outros anos. Nos últimos cinco anos, a agenda das alterações climáticas esteve mais elevada do que está hoje, uma vez que a agenda da inteligência artificial ocupa hoje a maior parte das discussões. Eu diria que há, de facto, uma grande preocupação com o tema das alterações climáticas, porque as indústrias começam a compreender os impactos concretos que isso tem na sua capacidade de desenvolvimento, na sua produtividade. Preveem-se perdas muito elevadas do PIB, o que já havia sido indicado num famoso relatório que saiu quando o filme de Al Gore foi apresentado no início do século. Saiu um relatório feito por um grande especialista britânico na altura, que já explicava que iriam ocorrer enormes quebras no PIB mundial se as alterações climáticas não fossem combatidas. E, no fundo, perdemos muitos anos porque, entre a saída desse relatório e o filme de Al Gore, que foi em 2002, levou-se até 2015 para ter um plano em Paris, o Acordo de Paris. E depois? Ainda hoje estamos completamente fora dos trilhos dos objectivos de Paris. Portanto, temos realmente uma situação que está a chegar com muito mais força e muito mais rapidez do que todos esperavam, começando pela indústria. E é neste sentido que as campainhas estão a soar e as luzes vermelhas estão a piscar. Em 2024, passámos pela primeira vez a marca dos 1,5°C.Nas últimas edições falou-se muito e continua-se a falar do impacto ambiental gerado pelos jactos particulares, por exemplo, e da imagem elitista associada a este Fórum Económico Mundial de Davos. De que forma é que os líderes presentes podem também alinhar acções pessoais e decisões empresariais com compromissos globais de sustentabilidade? A mudança talvez passe por aí?Tiago Pitta e Cunha: Não, eu diria que não. A questão verdadeiramente não será essa.Mostrando o exemplo...Tiago Pitta e Cunha: Mostrar uma mudança. Mas sabe, acho que estamos a falar de uma escala global, mundial, para conseguir fazer estas alterações. Tudo se discute aqui. As discussões filosóficas. Davos não deixa de ser um pouco um supermercado de ideias também. E aqui, o que é interessante é que você consegue ouvir o contrário e o seu oposto de uma sala para outra. Uma pessoa pode ouvir Javier Milei, da Argentina, com uma determinada posição, e depois ouvir um filósofo a tomar uma posição diametralmente oposta sobre o que é a liberdade, por exemplo. Não há, digamos assim, homogeneidade, como muitas pessoas pensam quando pensam em Davos. Diria que há alguma pluralidade também nas discussões e nas ideias apresentadas. Isso é, digamos, o que melhor permite tirar partido do fórum.O que para mim é realmente importante e que ainda não vejo acontecer é que, mesmo aquilo que diz respeito ao clima, é sempre abordado, como é próprio da Agenda das Nações Unidas, do Clima, da UNESCO, entre clima e indústria. A questão da indústria e do clima é que a natureza fica ainda de fora. E, portanto, o tema da natureza e da biodiversidade, que é o que estamos a ver que está a falhar no mundo. As tais campainhas que estão a tocar, porque há sinais claros de que os sistemas de suporte de vida do planeta não estão a aguentar. É isso que está a criar esta mobilização e que está a levar o sector da economia a pensar, realmente, nos relatórios que existem desde o início do século e que nos diziam que iríamos baixar o PIB, baixar a produtividade, baixar o potencial de crescimento económico. Isso é verdade.A indústria e o clima não são sectores incompatíveis?Tiago Pitta e Cunha: Exactamente. Há uma relação directa entre a indústria e o clima, porque a descarbonização terá de ser feita pela indústria. A transição para uma economia verde, começando pelo sector da energia, mas incluindo todos os outros sectores, também se procura discutir. E talvez não se discuta aqui suficientemente o sector da alimentação e da agricultura, que é um sector altamente agonizante e que também precisa de ter propostas. É preciso haver políticas públicas que apoiem esse sector a fazer uma transição. A ligação entre alterações climáticas e indústria é imediata e é aquela que tem de ser feita. Mas não pode ser a única na equação. A comunidade internacional, a humanidade de maneira geral, está a esquecer da natureza.Vou dar-lhe um exemplo. Para mim, é absolutamente flagrante e uma das principais decisões tomadas pela humanidade neste século XXI, como há pouco disse, também foi o Acordo de Paris. Muitas pessoas dizem que Paris é o único plano que a humanidade tem para a sua sobrevivência no planeta. Ok, mas aquilo que dizem hoje os cientistas é que Paris sozinho não chega, porque entretanto começámos a compreender que a delapidação da natureza, que é o combustível dos nossos sistemas de suporte do planeta – a biosfera, a hidrosfera – precisa dessa natureza. E ela está a desaparecer. E por isso houve outra decisão fundamental tomada pela humanidade há dois ou três anos atrás, que foi o Pacto de Kunming, que visa alcançar 30% de áreas protegidas no planeta até 2030, e que ainda não está sequer em discussão. Não é um tema, por exemplo, em Davos, no Fórum Económico Mundial, e que é igualmente fundamental, tanto quanto Paris, para podermos continuar aqui no século XXII e no século XXIII.De que forma é que observa este cepticismo ambiental do Presidente norte-americano. Donald Trump anunciou que os Estados Unidos voltariam a sair do Acordo de Paris?Tiago Pitta e Cunha: Mais preocupado ainda porque, com tudo o que se conseguiu, apesar de tudo, de progresso com Paris, com de facto, o desenvolvimento acelerado das energias renováveis em África, também na China, não apenas no Ocidente, com políticas industriais muito mais progressistas e incentivadoras desta transição para uma economia verde, como o Green Deal na União Europeia, por exemplo, se mesmo assim não estamos a conseguir cumprir com os objectivos de Paris. Passados dez anos da entrada em vigor do Acordo de Paris, o que será então, com estes retrocessos, que eu consideraria praticamente distopias da realidade? Portanto, a preocupação é enorme.Como também hoje aqui se disse, no Fórum Económico Mundial em Davos, muitos americanos, muitos decisores americanos, principalmente económicos, também têm consciência de que muito foi feito nos últimos anos, o que leva a que o investimento e os activos económicos investidos, por exemplo, no sector de renováveis, sejam de tal forma elevados que não é possível voltar para trás. O que não vai acontecer? Não vamos descontinuar os subsídios aos combustíveis fósseis, que nos estão a matar, no fundo, que estão a agredir o planeta. Obviamente, porque isso foi comunicado pelo Presidente Trump quando tomou posse. Mas vai ser difícil desviar o sector da economia de um comboio que já está em marcha, que é o da transição para uma economia verde.
É difícil saber como se atravessa o nada deste arco, essa linha invisível do ano novo. Não há uma porta, talvez só um buraco, de um lado e do outro: o mesmo. Olhamos em volta, e, nas ruas, por toda a parte, menos do que um fantasma, só uma bruma retardada. Desde há um tempo já não há começos, e, deste modo, apoiamo-nos em rituais desgastados, e em todas as nossas manifestações apenas se exprime um cansaço fundamental. “Há no ar como que um perfume de ‘adeuses'”, notava Steiner. “A cronometria íntima, os contratos com o tempo, que em tão larga escala determinam a nossa consciência, indicam o fim da tarde sob formas ontológicas: que se referem à essência, ao tecido do ser. Chegámos tarde. Ou temos pelo menos a impressão de ter chegado tarde. A mesa foi levantada. ‘Vamos fechar, minhas senhoras e meus senhores, vamos fechar.'” E, no entanto, o castigo maior talvez seja precisamente a forma como tudo persiste, se arrasta. Sobre estes ciclos que não assinalam qualquer ímpeto nem um vago ânimo de revitalização, os nossos ‘cronistas' dirão alguma bacorada num tom vagamente sarcástico, reduzindo-se todo o seu arsenal retórico a essa faca romba, mas descontando esses que se especializaram em produzir discursos que dão tudo como natural, e não assumem perplexidade ou espanto, nem muito menos ainda exprimem qualquer repúdio violento ou furor seja pelo que for, podemos socorrer-nos daqueles exemplos cada vez mais distantes dos seres comprometidos com um verdadeiro quadro de regeneração, revoltando-se diante desses elementos cerimoniais que só funcionam como aspectos de uma auto-ilusão. Tendo chegado ao nosso convívio este ano, por meio de uma generosa e instigante antologia, José Emilio Pacheco mediu bem essa estéril fanfarra no poema “O Novo Ano”: “O novo ano não bate à porta, não cumprimenta ninguém, fita-nos com a arrogância de quem nos tem nas mãos. Troça dos nossos intentos de cativá-lo. Pulverizará as boas intenções. Tem gozo no seu poder, sabe-o efémero, conhece as desgraças que sem equidade distribuirá, como sempre./ Na sua jurisdição de vida e morte, o novo ano arrasará tudo, não deixando sequer uma flor seca para o sentimentalismo da lembrança. Atropela com soberba de vencedor a nossa frágil dignidade, nós que o inventámos e que para ele erguemos um altar.” Estas cerimónias, na verdade, são uma convocação, uma dança da chuva tentando vincar o tempo, num esforço para exorcizar os aspectos dolorosos, e resguardar aqueles elementos que seria decisivo para nós preservar. Nesta devoção aos signos da temporalidade, está presente esse anseio constante de se transformar, e que é particularmente agudo nos momentos em que nos domina a impotência, e as circunstâncias nos fazem sentir descartáveis, imemoráveis. Em períodos em que somos forçados a comer as nossas derrotas, em que se não fosse por elas não teríamos mais nada, quando parece que os dias já nascem sujeitos a um efeito de escassez, dissipação, fez-se-nos imperioso sobreviver a uma época que não nos promete outra coisa senão mais do mesmo. Se nos debruçamos sobre os tímidos reflexos que observamos lançando um olhar sobre o futuro, logo o nosso vocabulário parece gasto, demasiado breve, balbuciando palavras como “ausência”, “esquecimento”, “indiferença”, “distância”. “E nunca mais, nunca mais, nunca, nunca”, acrescenta Pacheco. Parece sempre um tanto ridículo o presente que nos carrega, e nos obriga a rir do nosso aspecto. “Quão jovens, quão infantis parecem todos.” E até a morte parece ter mudado, não produzindo grande efeito no modo como interrogamos e convivemos com os nossos mortos. Há a notícia, depois uns vagos clamores, e depois uma incerteza sobre onde se está, quantos somos… “Agora mata-nos a velhice./ Agora entretém-nos/ a doença/ com um tabuleiro de esperança./ Agora por um instante a loucura/ parece mais serena.// Muito descansados, alimentados, vamos/ caindo um a um.” Toda a cultura reverteu em estratégias para maquilhar as expressões de desânimo, tudo tem apenas uma consistência efémera, actuando como uma distracção, sendo que o vício em paliativos começa muito antes de escutarmos a pulsação desse coração negro que acaba por devorar o outro. Neste primeiro episódio de 2025, gravado umas horas antes, não quisemos perder demasiado tempo com esses souvenirs da nossa dissolução nem com os brinquedos cuja função é estender essa segunda e desgraçada infância. Preferimos vadiar e afinar os instrumentos para espectáculo nenhum, virados para a hipótese de um mundo que de si mesmo nasça, impelido por este “atordoamento múltiplo/ estranheza/ de estar aqui, de ser/ numa hora tão feroz/ que nem sequer tem data”. Continuamos a assumir a nossa fragilidade, a admitir que se perdeu o mundo e não sabemos “quando começa o tempo de começar de novo”. A par de Pacheco, Steiner frisa que “a origem é a excelência maior de todas as coisas, naturais e humanas”. Procurámos atravessar este buraco, sem nos deixarmos absorver por balanços ou saldos que apenas reafirmam a agenda comercial, e, para captar algo da presença muda da luz matutina deste mundo, tivemos uma vez mais connosco Nuno Ramos de Almeida, um homem-feito-de-calos, espinhos, esgares, que conhece demasiado bem esses ecos dos ‘tempos de encerramento dos jardins do Ocidente', mas que nunca abdicou do valor da acção, e de se expor ao risco que envolve propor-se junto dos inadaptados, daqueles que recusam traçar um caminho no sentido da adaptação dócil a normas idiotas.
Chegámos à conclusão que este ano andamos um bocadinho longe do espírito natalício. Estamos a meio de Dezembro e na verdade estamos perdidas no punk e em descobertas fresquinhas. Ainda assim já se pensa nos desejos das 12 passas e não dá para ignorar aquele bichinho carpinteiro de quem quer muito que este ano termine o mais rapidamente possível. A banda sonora como sempre é certeira e cheia de boas surpresas para quem quiser vir descobrir :)Playlist:"Uncontrollable Urge", DEVO"Un Día Punk", Juana Molina"Jim On The Move", Lizzy Mercier Descloux"My Golden Years", The Lemon Twigs
Chegámos à altura do ano em que os miúdos ficam ainda mais agarrados à televisão! Porquê? Anúncios de brinquedos! A Ana Garcia Martins descobriu uma nova tendência neste sector!
O filme Banzo, passado no início do século XX em São Tomé e Príncipe, de Margarida Cardoso estreia este mês em França. No entanto, temas como migrações forçadas, a impossibilidade do retorno e a impotência de quem não detém o poder nem a autoridade são temas cada vez mais actuais. O médico português Afonso Paiva chega em 1907 a São Tomé e Príncipe e é confrontado com uma misteriosa doença, que faz com que um grupo de contratados vindos de Moçambique deixem de comer e passem os seus dias prostrados, sem capacidade para trabalhar. Chamam-lhe a esta doença nostalgia, ou banzo. Um sentimento cunhado pelos escravos levados nos séculos precedentes de forma forçada de África para o Brasil.É assim que começa a história do filme de Margarida Cardoso, Banzo, que foi mostrado em antestreia no Festival Olá Paris!, que decorreu na capital francesa. O filme tem saída oficial em França no dia 25 de Dezembro e a ideia para esta longa-metragem tem como partida relatórios médicos que Margarida Cardoso encontrou enquanto fazia pesquisa sobre a planta de cacau no arquipélago, como descreveu em entrevista à RFI."A ideia deste filme surgiu pelos tempos que passei em São Tomé e Príncipe para fazer um documentário que até na realidade era uma encomenda sobre a planta de cacau e eu comecei a investigar sobre a planta de cacau que veio da Amazónia e depois acabei por passar muito tempo pensando como é que era a relação que tínhamos mais próxima com essa planta e nos arquivos encontrei muitos relatórios médicos onde fiquei intrigada com uma lista que faziam das pessoas que eram internadas nos hospitais, das roças onde havia pessoas que morriam, do que se chamava nostalgia. E aquilo começou intrigar-me. E eu sabia que a nostalgia é o que se chama depressão no fundo. E tentei então fazer este filme inspirado nessa relação, porque a relação das roças também com os hospitais e com a questão de manterem a mão de obra sempre muito oleada é uma coisa que nos faz pensar sobre estes sistemas coloniais. E foi daí que nasceu essa ideia de criar o Doutor como personagem principal", disse Margarida Cardoso.Mesmo sendo um filme de época, passado no início do século XX, Margarida Cardoso diz que a situação destes contratados forçados a deslocarem-se se assemelha muito aos actuais movimentos de migrações em que quer por razões económicas quer para fugir à guerra, muitas pessoas partem dos seus países em África, Ásia ou América do Sul para tentar uma vida melhor nas potencias ocidentais."Tentei no filme mostrar várias imagens ou algumas analogias com o que se passa hoje. Tanto o barco onde as pessoas estão, como o sistema de 'importação' das pessoas, onde os passadores são pessoas que mudam de nome, mudam de lugar, mas são sempre os mesmos e que, no fundo, todo esse lado mais de escravatura que existe hoje e que é uma escravatura moderna e contemporânea, ela existe exactamente nos mesmos sistemas", declarou.O filme fala também da situação de São Tomé e Príncipe há mais de 100 anos, quando ainda era uma colónia portuguesa e vivia sob o domício das grandes empresas detentoras das roças de cacau,noutra analogia com o que é hoje São Tomé e Príncipe."Eu tenho muita consciência do que se passa em São Tomé. É uma espécie de, pelo menos no meu ponto de vista e pode ser às vezes um pouco injusto, mas é como se fosse um limbo. Está tudo parado e tudo à espera de que alguma coisa se movimente, aconteça e não está a acontecer nada. [...] Eu acho que São Tomé foi quase sempre um entreposto e uma terra que serviu para ser explorada. E hoje, já não havendo essa exploração, acabamos por ficar numa espécie de um limbo, no sítio, em lado nenhum. E eu não vejo muitas perspectivas, mas tenho a certeza que haverá solução para muitas das coisas que acontecem no país", declarou a realizadora.Esta película foi rodada em São Tomé e Príncipe, com a equipa a deslocar-se até lá, levando com ela a logística necessária para filmar. No entanto, a chuva não deu tréguas à rodagem assim como outras peripécias, algo que acabou por unir a equipa e os habitantes locais que participaram no filme."Eu acho que não houve nenhum dia no filme que não houvesse uma grande catástrofe, Mas é mesmo verdade e sempre conseguimos ultrapassar essa catástrofe. E isso foi muito bom. Realmente a nível técnico, fazer chuvas em São Tomé é muito difícil. Chegámos a encher piscinas porque a chuva no cinema não pode esperar, tem de ser contínua. Foi tudo muito difícil, mas a própria natureza às vezes estava contra nós. Mas no fundo, num balanço geral, acho que até esteve a favor", concluiu.O filme tem estreia prevista em São Tomé e Príncipe para o mês de Maio.
"Grand Tour", que obteve o prémio de melhor realização no Festival de Cannes, em Maio passado, chega agora aos cinemas franceses. O filme é a adaptação de uma obra do romancista britânico Sommerset Maugham e relata um périplo pela Ásia de dois noivos, ele a tentar fugir dela e a noiva que vai no encalce daquele com quem se deveria casar. O realizador português, Miguel Gomes, falou com a RFI sobre o impacto do galardão, as peripécias de um filme que tem como palco uma longa viagem pela Ásia e respectivos projectos.O cineasta começa por se referir à sua surpresa com a obtenção desta prestigiosa recompensa, proeza inédita na história do cinema português no Festival de cinema de Cannes.Como é que vive esta estreia francesa após o prémio para o seu filme no Festival de Cannes ?Foi surpreendente. Eu não esperava nada. Se calhar é uma atitude defensiva da minha parte, mas à partida eu acho que estatisticamente é mais provável não haver prémios do que haver. E então segui esse princípio. Desta vez também, portanto, achei que não ia haver prémios nenhuns. Lembro-me que nesse dia fui para para uma ilha que existe a alguns quilómetros de Cannes, assim a uma meia hora de barco. Há uma ilha de monges, de que eu não me recordo o nome e fui com os meus filhos.Estava com a minha mulher, estava com as pessoas da equipa, com os actores, com os produtores e fomos todos para para essa ilha nesse dia. À espera que não acontecesse nada. E às tantas o telefone tocou e disseram nos "Onde é que vocês estão? O que é que vocês estão a fazer? Mas vocês têm que voltar. Têm que ir para a cerimónia ! Vai haver um prémio." E havia muito pouco tempo. Aliás, estávamos meio perdidos nessa ilha. Apesar da ilha ser simples e só haver uma estrada, tínhamos decidido ir a um restaurante, mas tomámos a direcção contrária, então estávamos quase a fazer o perímetro da ilha para chegar ao restaurante e tivemos que nos despachar e apanhar o barco para estar presentes na cerimónia.E acho que isto: esta recompensa, este galardão, este prémio recompensa o quê, exactamente ? A estética do filme? Porque porventura talvez seja a matéria prima que está a mais a dar nas vistas e que evoca, obviamente, projectos já seus no passado, que tinham tido bastante incremento, nomeadamente aqui em França. Eu penso no "Tabu" há 12 anos.Eu não sei, eu não consigo separar assim as coisas desta maneira... E essa história da estética e do fundo. Eu acho que são as duas coisas. Um filme conta-se, mas sobretudo, vive-se e vive-se com a imagem, com o som. Com as coisas que o filme conta também, mas sobretudo com as coisas que o filme mostra. E tudo faz parte do mesmo sistema.E para mim não existe assim uma distinção entre aquilo que é o aspecto do filme e aquilo que é o que o filme conta, por exemplo. Faz tudo parte do mesmo sistema e, portanto, acho que a experiência do filme é um filme que tem as suas peculiaridades, tem a sua personalidade.Eu, felizmente não tenho ninguém a dizer-me que tem que fazer as coisas assim, que tenho que por este actor e que tenho que aos 30 minutos de filme tem que haver esta cena e aos 40 minutos esta outra cena.Ou seja, não tenho uma pressão da produção, não tenho uma pressão industrial que me deixe refém de uma mecânica mainstream industrial e, portanto, posso fazer aquilo que me apetece. O que pode ser algo para algumas pessoas bastante chato porque não corresponde àquilo que normalmente as pessoas associam ao cinema mais recorrente.E você pensa mais nos planos contemplativos, na duração das sequências, quando se refere a possíveis vozes detractoras do cinema que você faz?Há vozes detractoras e há...Há vozes muito elogiosas, com certeza !Há vozes muito elogiosas ! Eu não sei se há muitos planos contemplativos... A contemplação também me aborrece um bocadinho. Ou seja, os planos têm que durar o tempo que duram para mim por uma razão precisa. E não porque estamos embasbacados perante qualquer coisa. Isso não funciona assim.Eu penso muito no lugar do espectador dos meus filmes. Para mim, o cinema é um bocadinho como fazer um edifício. Ou seja, quando se fala: qual é que é a arte que terá uma relação maior com o cinema? Há quem diga que é pintura, há quem diga que é literatura. Enfim, o teatro, a música... A música eu acho que é bastante importante, mas eu diria que é a arquitectura.Ou seja, no sentido em que inventar um filme, fabricar um filme é inventar um espaço que vai ser percorrido por alguém, um espectador. E cada espectador é diferente do outro, porque cada um vai accionar a sua sensibilidade, o seu sentido de humor, enfim, os seus interesses. E vais esperar certas coisas do filme. E, portanto, é um encontro: é um encontro entre uma pessoa, com a sua própria personalidade, e um filme que existe no ecrã e nas colunas de som da sala de cinema. E é assim que pode ser um encontro ou um desencontro.Mas o meu trabalho como realizador é inventar um espaço que vai ser percorrido por esse espectador, que não deve ser nem uma prisão. Ou seja, no sentido em que o filme não o deve coagir, de uma maneira completamente autoritária, e dizer "Agora vais para a esquerda, agora vais para a direita. Agora há que sentir isto. Agora tens que pensar isto, porque isto é como tu deves pensar". E, por outro lado, também não deve ser um espaço completamente aleatório onde o espectador fica completamente perdido. Portanto, esse equilíbrio entre inventar uma estrutura que possa acolher alguém que será livre o suficiente para poder percorrer aquele espaço, sem estar completamente coagido, e ao mesmo tempo que não esteja ali perdido... É o nosso trabalho e que é quase um trabalho de arquitecto.Então entremos precisamente mais na obra e no seu filme. Como é que da obra do romancista britânico Sommerset Maugham se chega a este produto final? O "Grand Tour" era um ritual nalguma alta sociedade, precisamente, de fazer um grande périplo antes de assentar arraiais, de contrair matrimónio e de constituir família. E vai ser o pretexto para "um périplo e peras", pela Ásia. Como é que foi, então chegar-se aqui?Essa questão é interessante: do que o que é que era o lado quase pedagógico do Grand Tour que estava estabelecido ? O Grand Tour asiático... Havia um Grand tour europeu também. Mas havia o Grand Tour asiático. Ou seja, muita gente do Ocidente ia fazer um itinerário, no princípio do século XX, do Oeste para este.Normalmente de um ponto da Índia ou da Birmânia, que eram os pontos mais a oeste do Império Britânico, para este. Terminando normalmente no Japão e na China. E havia de facto essa ideia de que era necessário confrontar os elementos, os filhos dessa alta sociedade europeia ou americana com o outro. Ou seja, com uma cultura bastante diferente, nos antípodas. Para que, de facto, pudessem regressar mais iluminados.Neste filme esse Grand Tour é feito, mas quase com a ideia contrária. Ou seja, os personagens não fazem esse Grand Tour porque querem encontrar um caminho e um rumo. Enfim, é como diz, chegar mais bem preparados, voltar mais bem preparados para a vida. Eles estão completamente perdidos !Há um quer fugir da noiva. O noivo, o Edward, quer fugir da noiva porque está com dúvidas sobre o casamento. Tem uma espécie de um ataque de pânico, uma crise, e decide fugir dela.E ela vai atrás dele para tentar-se casar com ele de uma forma igualmente desesperada e meio perdida. E portanto, o filme esta. Eles acabam por fazer esse caminho não como como uma fuga e não como um momento para fazer um encontro, para conhecer coisas. Eles estão basicamente em movimento para escapar ao seu destino ou para tentar concretizar aquilo que eles acreditam ser o seu destino.Mas como é que você tropeçou neste enredo e decidiu pegar nele e levá lo?Esta história dos noivos deste casal, o noivo e a noiva: um a fugir, ela a perseguir. Veio deste livro do Sommerset Maugham, que é um livro de viagens. Existe uma tradução em português chamada "Um Gentleman na Ásia". E eu estava a ler esse livro. Eu gosto muito de ler livros de viagens: de ver como é que os escritores contam a experiência de viajar e o que é que eles viram. Enfim, essa essa questão do olhar de alguém sobre um relativamente a um território que lhe é estrangeiro, que lhe é desconhecido, que que é uma coisa distante, interessa-me muito.E portanto, eu gosto de ler livros de viagens. E li este por acaso e deparei-me com esta história que o Sommerset conta. Às às tantas, em duas páginas desta história, ele diz que conheceu um senhor que trabalhava para a administração na Birmânia, inglesa, e que contou a história de como fugiu à sua noiva. Porque entrou em pânico, porque teve dúvidas sobre o casamento e sobre a responsabilidade desse casamento. E decidiu partir e deixar-lhe uma nota a explicar-se, a escusar-se com trabalho. E partiu para Singapura. Mas quando chegou a Singapura já tinha uma nota, um telegrama da sua noiva a dizer "Meu querido, eu estou a chegar. Percebo perfeitamente. Mas estou a chegar e já já nos vamos casar." E ele lá partiu de novo. E esse, digamos, movimento que é uma espécie de um "Jogo do gato e do rato", durou vários meses e acabou por ser feito ao longo deste deste "Grand Tour", ou seja, deste itinerário todo que de muitos milhares de quilómetros.Foi um "Jogo do gato e do rato" também para si e para a sua equipa. Porque obviamente, o confinamento e o COVID veio perturbar as rodagens e a preparação do filme. Portanto, houve aqui sequências, pelo que eu entendi, nomeadamente a rodagem na China, que tiveram que ser recebidas a posteriori. Houve uma interrupção óbvia por causa do COVID Portanto, foi necessário congelar o projecto durante X tempo ?!Sim, ou seja, nós decidimos, antes de escrever o argumento, fazer nós próprios a viagem e filmá-la. Filmar a viagem que seria feita pelas personagens, mas que seria feita a posteriori, em estúdio, rodada em estúdio. E decidi-mo-la fazer no mundo de hoje, nós próprios, pelos países. E estavam previstas sete semanas de viagem em Janeiro e Fevereiro de 2020.E nós fizemos as primeiras cinco. Chegámos ao Japão e faltava o último país onde havia uma parte considerável dessa viagem, porque mesmo dentro da China, de Xangai e até quase próximo do Tibete, iríamos fazer 3000 quilómetros, acompanhando mais ou menos o curso do rio Yangtse.E quando chegámos ao Japão percebemos que o ferry boat que ia cobrir a distância entre Osaka, acho eu, e Xangai, tinha sido anulado uma semana antes devido ao COVID, à pandemia.E então, o que nós nós pensamos nessa altura? Bom, "Vamos esperar um mês, dois meses e vamos retomar a viagem quando for reposta a normalidade". Porque nessa altura éramos tão ingénuos, como toda a gente, e achávamos que que era uma coisa meramente circunstancial e que não ia ocupar tanto tempo na nossa vida e ter tantas consequências como teve.E depois percebemos que estávamos enganados. O tempo foi passando, passou um ano, passaram dois anos e passado dois anos nós pensamos: "É impossível. Nós não conseguimos entrar na China para concluir a viagem. Portanto, vamos concluir a viagem em Lisboa, filmando com uma equipa que serão os nossos olhos. Com o material, eles vão filmar esta parte da viagem na China. E nós vamos estar em Lisboa". Alugámos uma casa em Airbnb no bairro do Areeiro e estávamos lá durante a noite. Éramos poucos, dois ou três, e havia uma uma equipa na China que fez os tais 3000 quilómetros, enquanto nós estávamos sempre nessa casa no Areeiro E, enfim, fizemos o filme, assim. Concluímos essa parte da rodagem na China, assim, à distância.É fundamental falar do encadeamento entre planos a preto e branco e a cores. A cores são, de alguma forma, momentos algo etnográficos relacionados com o périplo. O preto e branco é a versão hodierna, actual. O porquê de sua opção por estes planos, ora a preto e branco, ora a cores ?O filme é quase o tempo todo a preto e branco. Eu diria, 90% é a preto e branco. Existem planos a cores por uma questão técnica. Porque nós filmámos em película e na película preto e branco existe apenas uma sensibilidade para 200 ASA para a luz. Portanto, 200 ASA é bom para fotografar, para filmar sequências durante o dia. Mas sequências à noite ou em interiores escuros é necessário outro tipo de sensibilidade: 500 T... que isso só existe em cores. E, portanto, nós decidimos filmar a maioria do filme a preto e branco em 200 D.E depois ter película a cores para em 10% do tempo, para situações de noite ou em interiores muito escuros. E a ideia era montar o filme completamente a preto e branco. Mas houve uma altura em que nós estávamos um bocadinho, estávamos a montar o filme, já tinham passado várias semanas, estávamos um bocado fartos do preto e branco e lembrámo-nos de que havia as cores ali. E portanto decidimos voltar a pôr. "Vamos voltar a pôr o plano tal como ele foi filmado a cores !" E, portanto, não existe nenhuma lógica a não ser por uma questão meramente técnica.Não existe uma lógica racional, não existe um significado dos planos a cores quererem dizer qualquer coisa em especial. É só porque por uma questão técnica. Mas decidimos colocar mesmo que as pessoas se perguntassem "Porquê que estes planos são a cores... e o resto do filme é preto e branco ?"Não havendo razão nenhuma racional, é só pelo prazer de que é uma coisa que me que é importante para mim a lógica do prazer. OK, num filme a preto e branco... o que é que faz falta? Olha, de repente aparecem uns planos a cores e a cor é incrível !Fala em prazer. Já há muito tempo que, imagino, tenha prazer em rodar com Crista Alfaiate. Agora há também a opção pelo Gonçalo Waddington. O porquê deste elenco ?Para nós foram escolhas óbvias: a escolha dos actores que fazem os dois protagonistas. O Gonçalo tem esta capacidade... Ele pode ter um ar assim, perplexo. E eu acho que ele é um actor com grande potencial cómico, mas com a capacidade de transformar esse lado de comédia numa coisa com um outro peso. E, portanto, ele pode fazer a transição entre comédia e drama muito com uma grande facilidade.E a Crista? Eu acho que ela, já disse noutras ocasiões... Eu acho que ela é a melhor actriz daquela geração à volta dos 40 anos. E, portanto, nem sequer pusemos nenhuma outra opção. Para nós, a Molly sempre foi a Crista Alfaite e ficámos muito contentes, depois com depois de ter filmado, com aquilo que... Percebemos, que não estávamos muito enganados relativamente a essas escolhas.E a questão da opção pelo português não foi complicada ? Não é complicada para Gonçalo Waddington, para Crista Alfaiate, mas você põe pessoas do Vietname, do Japão, nomeadamente, a terem diálogos bastante profundos em português. Como é que foi isso? Foi um desafio, imagino, também pô-los a contracenar em português fluente ?!Sim, o facto dos personagens serem britânicos e falar em português para mim foi uma opção, mais ou menos fácil... Porque eu sou português, não sou britânico. E, portanto, eu não queria... Eu acho que a verdade do filme também passa por isso. Ou seja haver um filtro teatral em que, como no teatro... Quando se faz em Portugal, ou que em França se faz Tolstoi ou se faz Tennessee Williams, faz-se em França e faz-se em Portugal. Em França faz-se em francês, em Portugal faz-se em português.E nessas peças de teatro as personagens têm os nomes que tiveram nas peças do Tolstoi: os nomes russos ou nomes americanos, no caso do Tennessee Williams. E é uma convenção, ou seja, as personagens falam na língua do país onde está a ser visto o espectáculo com os actores desse país.E no cinema há mais dúvidas relativamente a isso. Ou seja, parece uma questão completamente resolvida no teatro e no cinema menos. Porque no cinema existe mais a ideia de que o cinema está mais próximo da realidade da vida. Que eu acho que é uma falsa ideia.Há um realizador francês que já morreu, mas que foi muito importante para mim, que também fazia isto. E fez isto com uma grande lata e muito bem, que era o Alain Resnais !Por exemplo, eu lembro-me de um filme dos anos 90 que era um díptico que se chamava de "Smoking" e "No smoking", que era uma adaptação de uma peça inglesa feita com dois actores que entravam muito nos filmes deles dele. Esse filme é muito, muito importante para mim. E portanto, se o Alain Resnais pode fazer em francês, eu acho, também posso fazer em português.E obviamente que existe este lado de sermos todos mais ou menos dominados, colonizados por uma língua que é uma espécie de língua que é comum a todos os países.Foi a língua que ganhou a batalha das línguas, que é o inglês. E não é problemático ver, sei lá, ao longo da história do cinema, ver imperadores romanos a falar inglês de Brooklyn ! Ou ver, enfim... todas essas coisas passaram a ser normais. E porque não ter em português a mesma coisa? Porque não ter personagens britânicos a falarem português? Eu acho que é mais e mais verdadeiro fazer assim, porque...Também já foi língua franca no mundo [o português]... E finalmente, obviamente, Cannes você já vinha há muito tempo. Mas esta edição de 2024 fica na história por este prémio. Perguntar-lhe-ia: E agora, depois de Cannes e do seu prémio, como é que você se projecta para a sequência da sua carreira?Agora eu, antes de fazer o "Grand Tour", eu estava a tentar fazer um outro filme, um filme no Brasil, que é uma adaptação de um livro do Euclides da Cunha chamado "Os Sertões" e o filme chama-se "Selvajaria". E estive muitos anos a tentar fazer esse filme. E foi muito difícil, por várias razões. É um projecto exigente em termos financeiros e na altura em que eu estive a tentar fazer esse filme, havia um governo no Brasil que paralisou completamente os apoios públicos ao cinema. O governo do Bolsonaro e também apanhámos a altura do COVID. Portanto, foi tudo muito difícil e houve um momento em que eu pensei que tinha que renunciar a esse projecto.E foi muito complicado para mim, porque apesar de tudo, trabalhei anos nesse filme e estou convencido que é o projecto mais... com o qual eu acho que, provavelmente, existe um um potencial mais incrível do que tudo aquilo que eu fiz até hoje ! Ou seja, estou muito envolvido com esse filme e acho que existe a possibilidade de haver ali um filme que possa nascer, que seja muito, muito forte ! E é, portanto, quase que desistir do filme.Mas depois do "Grand Tour" e de repente passei para o "Grand Tour" e depois do "Grand Tour", o que tem acontecido foi que nós decidimos voltar a esse projecto. E tem havido notícias muito animadoras ! Ou seja, de repente, pela primeira vez, há financiamento do Brasil para esse filme. Tudo parece estar a andar muito rápido e assim uma perspetiva de haver a possibilidade de fazer, de filmar esse filme no final do próximo ano.Portanto, acho que isso também é uma consequência do prémio de Cannes e daquilo que aconteceu com o "Grand Tour em Cannes" e que existe um entusiasmo renovado em torno deste projecto. E vou aproveitar a conjuntura porque sabemos que isto vai mudando e nos momentos em que estamos em alta, é preciso aproveitar esse momento para poder concretizar coisas que estavam mais difíceis de concretizar.
O Presidente guineense decidiu adiar a data das eleições legislativas antecipadas, alegando "não haver condições". Umaro Sissoco Embaló visitou este domingo os oficiais do ministério do Interior, em Bissau, onde prestou declarações aos jornalistas a prometer que vai "permanecer no poder até 2030 e tal". O jurista e professor na Faculdade de Direito e activista de direitos humanos, Fodé Mané, acredita que o adiamento das eleições "vai traduzir-se no aumento de violações de direitos humanos". RFI: Em Setembro, o Presidente guineense começou por dizer que não se iria candidatar às presidenciais, mas poucos dias depois disse estar disponível para se manter no cargo, caso fosse realmente a vontade dos eleitores. Agora, afirma que se vai "manter no poder até 2030 e tal". Como é que interpreta esta afirmação do Presidente?Fodé Mané: Nós temos um país em que há um único chefe, não há parlamento, não há um Supremo Tribunal, não há um governo legítimo, que saiu de eleições e nem há um programa com um orçamento aprovado. Temos um país a funcionar ad hoc. Apesar de estar na ilegalidade, uma das saídas era a realização de eleições gerais justas e transparentes. Convocaram-se eleições sem respeitar todas as condições, mas foi convocado. Nesta condição é claro que não haverá eleições justas, livres e transparentes. Chegámos neste momento em que se vai adiar de uma forma muito amadora. Porque se for marcado um acto eleitoral através de um decreto presidencial no qual, além do cumprimento de determinadas formalidades e determinada solenidade para que seja marcada quando vai ser adiada, deve seguir o mesmo procedimento. Não foi o que aconteceu, os partidos ou os cidadãos estavam convencidos que até o dia dois, se não fossem anunciadas nova datas mantinha-se a data de 24 de Novembro. Para isso, os partidos marcaram o início da campanha e o que veio a acontecer e é importante realçar os modos como o Umaro Sissoco Embaló envia mensagem para o país e para a classe politica.Sempre que vai ao quartel, aparece fardado junto aos militares, depois ataca o adversário e depois anuncia alguma coisa. Na quinta-feira, esteve com o chefe de Estado maior, com alguns membros do governo, no sábado, a Guarda Nacional e no domingo a polícia de Ordem pública. Tudo aparece fardado, mostrando, até alegando que é um chefe militar, que em si é uma violação da Constituição. Vendo a forma, o lugar, a circunstância em que foi feito. Mostra que reuniu aquelas condições para continuar a navegar fora da legalidade. Isso quer dizer que é possível, num ambiente em que nos encontramos, sem Supremo Tribunal, há uma pessoa que faça do presidente que utiliza aqueles expedientes apenas para legitimar. Temos uma parte da comunidade internacional, principalmente a CEDEAO, o seu representante que está a ser muito contraditório na sua isenção. Lembro-me em 2019, José Mário devia terminar o mandato em Março. Não marcou eleições na data anterior e a CEDEAO disse que como está para além do seu mandato, já não é nosso interlocutor e o governo que saiu foi indigitado pelo partido que ganhou as eleições e passou a ter o Aristides Gomes como seu interlocutor. E o que é que nós vimos? É o mesmo sentado à frente de um representante de CEDEAO a dizer que a Constituição é uma emanação ocidental, não corresponde à nossa realidade. A nossa realidade é que deve haver um único chefe a mandar aquilo que pretende e todo o mundo deve obedecer.Aquando da visita aos oficiais do ministério do Interior em Bissau, o Presidente guineense afirmou que existem "mais oficiais nas forças de defesa e segurança do que soldados". Apontou que existe um problema estrutural nas Forças Armadas. Quais é que podem vir a ser as consequências desta desproporção para a segurança nacional e para a estabilidade política da Guiné-Bissau?Quem ouviu a recente entrevista do Chefe de Estado Maior é uma situação que foi assumida como uma situação normal, que não vai dar em nada, a não ser um peso para o orçamento geral do Estado. Qual é a causa desta inversão da pirâmide? Primeiro, porque as pessoas são promovidas de acordo com as suas fidelidades ao regime. As pessoas sabem que eu basta cumprir uma determinada ordem, principalmente uma ordem ilegal. Como compensação, vou ser promovido e toda a gente sabe que a única forma de conseguir patentes, isso é que leva com que tenhamos mais oficiais porque aqueles que não cumprirem estão fora da cadeia. E os que são soldados são esses foram recrutados de uma forma informal. Considerou que vai resolver as necessidades que isso proporciona. Uma parte da sua conversa é dizer que isso cria problemas. Pelo que entendo, oficiais devem ter determinadas regalia, determinado salário mensal e isso acarreta uma determinada obrigação por parte do Estado.Para resolver essa questão ele garantiu que o governo não teria de definir uma estratégia militar, um conceito estratégico do qual vai se delimitar o número de oficiais e o número soldado de determinadas categorias. Não passa por isso. Passa por resolver apenas a preocupação. E enquanto as pessoas continuarem a cumprir ordens ilegais, vão continuar a ser promovidas. Quem está a questionar a legalidade vai ficar de fora.Nós vimos quantas pessoas é que o Umaro Sissoco Embaló promoveu, quantas pessoas já estavam na reserva e já tinham abandonado os quartéis e vimos que já estavam fazendo política activa. Isso sem contar a possibilidade de os próprios ministros e os próprios chefes terem a possibilidade de promover. Não é o governo; dentro do seu plano estratégico, quem orienta toda esta promoção, tendo em conta aquilo que é a sua política de defesa. Foi criar nesta situação, certamente que todo o orçamento vai para os serviços de segurança. Neste momento temos o orçamento de forças de segurança quase quatro vezes superior ao orçamento para a saúde e educação. Qual é o país que se pode desenvolver se investe mais nas forças de defesa e segurança no que nas áreas dos recursos humanos, promotores de desenvolvimento.De que forma é que o adiamento da data das eleições e o facto de o Presidente querer ficar no poder vai afectar a dinâmica política no país e a percepção do governo entre a população?Este elemento não foi aceite nessas condições e talvez houve no passado em que se procurou um determinado consenso, inclusive com a mediação da comunidade internacional. Isso não acontece e se não acontece é porque vai continuar a haver manifestações de discordância. E como reacção vai haver um aumento de violação dos direitos humanos, aumento de repressão. O adiamento vai traduzir se no aumento de violações dos direitos humanos, no aumento da repressão. Até nós vimos o último Conselho de Ministros presidido por ele, uma das decisões mais importantes que foi tomada é contra os órgãos de comunicação social, instruiu o ministro das Finanças para reverem taxas, reverem leis de acesso às carteiras profissionais. Mostra claramente que há um sector da comunicação social muito visado. Sem contar que o Sindicato dos Técnicos da Comunicação Social, presidido pela senhora Indira Correia Balde recebeu uma notificação do ministério Público a justificar a sua legitimidade, a legalidade do seu mandato, que não pode ser uma associação de direito privado. Só os seus membros é que podem questionar dentro das estruturas. Essa não é tarefa do Ministério Público.O que se pode esperar é o aumento da ilegalidade do qual as pessoas vão reagir. E isso foi mesmo anunciado de que há pessoas que não podem vir para o país. Se vierem, vão ter as consequências. Ele promete e faz. É uma mensagem, um repto contra os activistas que lá fora denunciam, principalmente os subscritores daquela carta aberta para as Nações Unidas, CEDEAO, União Africana.O Presidente guineense referiu-se precisamente a diáspora como "a mais perdida"e à crítica que ela exerce sobre as autoridades guineenses. Qual é o impacto da diáspora, hoje, na política interna na Guiné-Bissau?A diáspora é a única capaz de dar visibilidade àquilo que está a acontecer, devido às redes sociais e a outros canais de comunicação. Isso incomoda porque há coisas que são feitas abertamente, mas que para um representante de uma instituição não acredita ser possível acontecer. Só a diáspora é capaz de fazer pensar. Pode imaginar um comissário da União Europeia (UE) que trata de dossiers UE-África a acreditar que há uma pessoa que pode mandar encerrar o Parlamento, designar o seu Presidente do Parlamento e fazer tudo. Isto é surrealista, não acontece e só a diáspora é que faz com que a visão do mundo seja outra.O peso da diáspora, as suas intervenções, os seus activismos, a forma como organiza a organiza manifestações quando determinados dirigentes do país estão no exterior. Isso cria alguma perturbação porque tirar sono aos dirigentes. A única salvaguarda da Guiné-Bissau neste momento é a sua diáspora, que é muito importante, que não é perdida, para ele é perdida porque a diáspora não se está a alinhar. Uma parte, pelo menos muito importante, da diáspora, mesmo aqueles que tinham apoiado a sua ascensão ao poder já não estão de acordo com os seus actos, com aquilo que eu estava a fazer. Para ele, todos os que não estão na sua linha são pessoas perdidas. Principalmente as pessoas que são da mesma religião, do mesmo grupo étnico, anda a fazer críticas, anda mesmo a atacar. Fez isso, recentemente, com uma chamada de atenção que fez Braima Câmara, que por ser muçulmano, não devia estar na mesma associação com Nuno Gomes Nabiam, com Fernando Dias e Domingos Simões Pereira porque eles são de Leste.O Presidente disse estar aberto a que seja criado "um governo de unidade nacional". Acredita que seja possível restaurar a confiança dos cidadãos desta forma?Primeiro; o que é diálogo? Para ele, o diálogo é chamar as pessoas e dizer isso tem que aceitar. Isso é que é diálogo para ele. Não há possibilidade de ouvir também uma opinião. Segundo, essa ideia de constituir um governo mais alargado é uma ideia ventilada por uma parte da sociedade civil, como uma forma de preparar umas eleições mais transparentes para uma entidade mais ou menos independente ou envolvente e inclusiva. Ele não aproveitou essa ideia para afastar a sua responsabilidade sobre a não realização da eleição. Esse grupo de incompetentes que eu tenho escolhido para formar o governo é que não foram capazes de realizar, por isso vão ser afastados e ele escolhe outras pessoas, quando sabemos que não é assim. É um governo que não é de iniciativa presidencial, que significa criar um governo e deixar que trabalhe.Nós vimos até decretos presidenciais a nomear o pessoal de limpeza na instituição, não é exagero, mas para quem está fora acha que por vezes é exagero, mas existe e é responsabilidade apenas dele. A formação de governo está a ser utilizada como forma de chantagear o actual governo e também abriu possibilidades de atrair algumas pessoas que vão ajudar. Quando se fala de formação de governo, todas as pessoas começam a ganhar corredores para encontrarem tachos. Uma das formas de ter acesso aos recursos está nos lugares públicos. Este anúncio faz com que vários sectores começam a abandonar as suas reivindicações, a tentar encontrar uma forma de serem incluídos, inclusive não só dessas famílias que tem alas inconformados declarados, mas dentro do próprio PAIGC começam a surgir pessoas a fazerem corredores e mesmo nas organizações da sociedade civil. As inscrições devem ser entregues aos ministérios como deve ser entre a sociedade civil ou a administração, ou do interior, como forma de garantir a transparência do acto.O líder do PAIGC da coligação PAI-Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, denunciou cargas policiais contra militantes e simpatizantes do partido, apelou à resistência, afirma que não vai aceitar qualquer tipo de adiamento e que o PAIGC está pronto para começar a campanha. Existem condições para o fazer?Não existem condições. Uma das consequências desse adiamento é que vai continuar a haver resistência, vai haver contestação. Como resposta vai haver repressão, violência e vamos ter para ter que formularmos esta opinião e com base na actuação nas declarações de alguns líderes políticos, de alguns sectores da sociedade civil e da própria forma de actuação do actual regime. Vamos ter sempre impedimento de restrição dos adversários, ameaças e retaliações, mesmo na função pública das pessoas que vão ser ignoradas, que vão ser impedidas de viajar. Vamos ser acusados e sabemos que toda a administração pública foi montada para perseguir os adversários, seja na retirada de emprego como na retirada de passaportes. Alguns perderam passaporte de serviço, passaporte diplomático. Toda a administração foi montada para acelerar esta perseguição aos adversários.
Chegámos a um momento de tomar decisões na área da mobilidade ou da habitação. O consultor de turismo Luís Araújo lamenta que muitas opções não sejam sustentadas em dados, mas sim em impressões.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Não sobrevivemos ao segundo grande teste. Chegámos a equilibrar mas faltou baliza. Boa lição para os próximos jogos grandes: controlo pelo controlo é estupidamente inútil! Aprendamos.
Chegou, discursou e desapareceu. Puigdemont já estava na cidade há uns dias, mas a forma como desapareceu foi muito mais espetacular e envolveu muita criatividade, uma espécie de fuga de Alcatraz.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Chegámos à Silly Season 2024! Os buracos financeiros que os jantares de Macron têm provocado ao erário público francês. O com Carlos III teve lagosta azul e custou 450.000 euros. Dizem as más línguas que a abertura dos Jogos Olímpicos foi muito má. Tirando a Celine Dion, claro. A Lady Gaga esteve presente em modo IA? Segundo o PCP, a vitória de Maduro demonstra a maturidade da democracia na Venezuela. Sim?
Chegámos ao episódio 400. É muito episódio. Para comemorar este número redondo, decidimos fazer algo inédito. Pela primeira vez, conversámos com um músico estrangeiro e em inglês. O convidado é Rune Eriksen, também conhecido por Blasphemer. É um músico norueguês, a viver em Portugal (Almada) e com muitas e boas bandas no seu currículo: Mayhem, Aura Noir, Earth Electric, Ruïm, Vltimas, entre muitas outras. Falámos dessas bandas e projectos, de bacalhau, de Portugal, da Noruega, de riffs e de muitas outras coisas. Episódio com o apoio da Hellsmith: https://hellsmith.eu/ Disponível nas plataformas de podcasts. Patreon - https://www.patreon.com/laughbanging iTunes - http://itunes.apple.com/podcast/laughbanging/id1082156917 Spotify - https://open.spotify.com/show/1acJRKPw6ppb02ur51bOVk Facebook - https://facebook.com/laughbanging #laughbangingpodcast #podcast #portugal #heavymetal #hellsmithmetalmerch #entrevista #conversa #runeeriksen
Chegámos com opiniões e alguns spoilers (atenção!). O resultado do Clube do Livra-te deste mês foi 50-50: metade bom, metade nem tem como ser descrito. Mas ao menos deu para dar umas belas gargalhadas, e não é isso que se leva desta vida? Sobre os livros de Maio: - Dear Life (Amada Vida), Alice Munro (5:26) - The Perfect Find (O Achado Perfeito), Tia Williams (12:27) ✨ Livros de Junho do Clube do Livra-te: ✨ - Girl in Pieces (Rapariga em Pedaços), Kathleen Glasgow (27:20) - The Rachel Incident (Um Incidente Chamado Rachel), Caroline O'Donoghue (3:57 & 30:51) - Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez (33:05) // Leitura exclusiva do Discord ________________ Enviem as vossas questões ou sugestões para livratepodcast@gmail.com. Encontrem-nos nas redes sociais: www.instagram.com/julesdsilva www.instagram.com/ritadanova twitter.com/julesxdasilva twitter.com/ritadanova Identidade visual do podcast: da autoria da talentosa Mariana Cardoso, que podem encontrar em marianarfpcardoso@hotmail.com. Genérico do podcast: criado pelo incrível Vitor Carraca Teixeira, que podem encontrar em www.instagram.com/oputovitor.
O ministro das Finanças acusou o antigo Governo de deixar um défice de quase 600 milhões de euros, que resulta até de medidas tomadas depois das eleições legislativas de 10 de Março, no montante avaliado pelo governante em 950 milhões de euros. "As contas públicas estão bastante pior" do que o anunciado pelo anterior executivo, disse Joaquim Miranda Sarmento. O Governo está a tentar moderar as expectativas dos portugueses ou o cenário que o PS deixou criou de novo um "país de tanga"?See omnystudio.com/listener for privacy information.
‘Meus senhores: Como todos sabem, existem três tipos de estados: os estados sociais, os estados corporativos e o estado a que isto chegou. E, nesta noite solene, nós vamos acabar com o estado a que isto chegou.'Assim falou Salgueiro Maia, o capitão que comandou as tropas que cercaram o Terreiro do Paço, a 25 de abril de 1974.Um golpe de estado marcou o início da revolução que, nas palavras de João Pereira Coutinho, trouxe a Portugal aquilo que uma revolução deve trazer: a rutura, o fim da ditadura, e o entusiasmo com o que pode vir a seguir. Mas, como se conquistou, historicamente, um Estado como este a que chegámos nestes 50 anos de democracia? O que é ser democrata? Há quem o seja inteiramente?Nesta viagem de 48 minutos, o politólogo e o humorista Manuel Cardoso vão desbravar o caminho árduo que a democracia fez até se proclamar enquanto regime. Nesse caminho, vão falar das diferenças entre democracia direta, democracia liberal e democracia representativa, das virtudes e falhas do sistema democrático, e da tensão que existe entre as as palavras 'democracia' e 'liberalismo' a trabalharem em conjunto.A dupla vai debater também a importância das instituições, o conflito sempre latente entre as elites e os cidadãos, e fazer referência a todos aqueles que inspiraram a nossa e tantas outras democracias. E até vão explicar como a falta de participação democrática não é necessariamente uma falta de vitalidade do regime democrático.REFERÊNCIAS ÚTEISEATWELL, Roger, e Matthew Goodwin, «Populismo – A Revolta contra a Democracia Liberal» (Desassossego, 2019) LÉONARD, Yves, «Breve História do 25 de Abril» (Ed. 70, 2024) MOUNK, Yascha, «Povo vs. Democracia» (Lua de Papel, 2019) ROBERTS, Andrew, «Churchill – Caminhando com o Destino» (Dom Quixote, 2019)STASAVAGE, David, «The Decline and Rise of Democracy – A Global History from Antiquity to Today» (Princeton, 2020)TOCQUEVILLE, Alexis de, «Da Democracia na América» (Principia, 2023) TUCÍDIDES, «História da Guerra do Peloponeso» (Gulbenkian, 2010) CAPRA, FrankFORD, John, «Peço a Palavra» (1939) WHITMAN, Walt, «Canto de Mim Mesmo» (Cultura, 2021) BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica «Pão Para Malucos», que esteve no ar diariamente na Antena 3 de 2018 a 2021JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» (2014) e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência» (2017), publicados em Portugal e no Brasil.
Chegámos à última semana de campanha eleitoral com vasos a cair, tinta verde e lapsos linguae diversos, ou seja, tudo dentro do normal. Vamos aproveitar, pois dia 10 tudo muda. Resta é saber para quem…See omnystudio.com/listener for privacy information.
Chegámos ao Episódio 100! O número é, na verdade, simbólico e foi o pretexto perfeito para gravarmos um episódio muito especial: deitámo-nos no divã e deixámo-nos entrevistar uma pela outra. O resultado não podia ser outra coisa que não uma conversa aberta e honesta entre duas pessoas que se conhecem há muitos anos e que partilham, entre tantas outras coisas, esta relação sem nome com a música. Por entre algumas das canções que têm servido de banda sonora às nossas muitas vidas, vamos revelando um pouco mais sobre nós, contamos histórias inéditas, sempre com a música como pano de fundo, e recordamos alguns dos melhores momentos do podcast que começou num pequeno T1 da Reboleira, há quase 6 anos. Já não conseguimos imaginar a nossa vida sem esta dose semanal de amendoins salgados, por isso ponham-se confortáveis e venham daí connosco - a viagem ainda agora começou.Playlist:“C'est Comme Ça”, Paramore feat. Wet Leg“Shiver”, Coldplay“Tonight, Tonight”, Smashing Pumpkins“Rooster”, Alice in Chains“Toda Menina Baiana”, Gilberto Gil“Sabotage”, Beastie Boys“Quis Mudar”, Tim Bernardes“Rock & Roll”, The Velvet Underground
126º capítulo de "Maquiavel para Principiantes", o podcast semanal do JE da autoria do especialista em comunicação e cronista do "Jornal Económico", Rui Calafate.
126º capítulo de "Maquiavel para Principiantes", o podcast semanal do JE da autoria do especialista em comunicação e cronista do "Jornal Económico", Rui Calafate.
Depois de Nuno Lobo, André Vilas Boas anunciou esta semana a candidatura à presidência do FC Porto. O incontestado presidente do clube, Pinto da Costa, vê pela primeira vez a liderança ameaçada. Porquê?See omnystudio.com/listener for privacy information.
Chegámos ao episódio 300! Uma ocasião que merece ser celebrada num dos locais onde mais fomos felizes: o videoclube. Fizemo-nos à estrada e fomos conhecer um dos poucos sobreviventes: o DL Videoclube de Montemor-o-Novo e o seu espólio de milhares de videocassetes, DVDs, videojogos retro e a zona escondida do cinema para adultos.De regresso à base com José Santiago e JB Martins, recordamos Clerks. O indie de 94 que pôs no mapa Kevin Smith e que também ele tinha uma secção de aluguer de vídeo.
Chapter 152 - Get Back In Your Rembrandt Painting. It's around 9.30am on 25th October 2023 and the daily stone clears continue. The Stone Stasi are back in force, but who started this war and is it a case of right and wrong or more nuanced that that? NO, the stone clearers are good and the stone Stasi are evil. Plus a look at the strangely altered cairn in the middle of the field, a celebrity visitation and some excellent rule breaking. Sadly the recording ended unexpectedly about five minutes from the end of the clear and you miss some absolute gold. Cheg on.
Emergências na Saúde e Educação. Costa não percebe: isto já não vai lá só com dinheiro, são precisas mudanças estruturais. Há muita coisa nos serviços públicos que não funciona mas “vai funcionando".See omnystudio.com/listener for privacy information.
Numa votação renhida até ao fecho das urnas, o desfecho inesperado: todos concordaram em fazer o Guia da Noite da Má Língua, porque Portugal não é só Oeiras. Existem muitos restaurantes onde se pode comer um bom bacalhau, inclusive na Madeira onde, ao que parece, o que está a dar é galo (para o PS).See omnystudio.com/listener for privacy information.
Alô pessoal! Chegámos ao 10° episódio e pensámos que a melhor forma de celebrar seria convosco
Chegámos ao episódio final da segunda temporada de Livra-te e não podíamos deixar de vos falar das leituras de Julho do Clube do Livra-te (COM SPOILERS, já sabem!). Vão ouvir-nos novamente em Setembro, mas fiquem também com as leituras de Agosto — e podem sempre ir ter connosco ao Discord, que vai continuar bem activo. Boas férias! ✨ Livros mencionados neste episódio: - Once More With Feeling, Elissa Sussman (1:50) - All the Lovers in the Night, Mieko Kawakami (3:25) - Hello Beautiful, Ann Napolitano (4:56) Sobre os livros de Julho: - Ask Again, Yes (Direi Sempre que Sim), Mary Beth Keane (6:55) - The Candy House (Uma Casa Feita de Doces), Jennifer Egan (22:47) ✨ Livros de Agosto do Clube do Livra-te: ✨ - Um Muro e Uma Cerca, Elisabete Martins de Oliveira (34:54) - The Summer of Broken Rules (O Verão em que Quebrámos Todas as Regras), K. L. Walther (36:53) ________________ Enviem as vossas questões ou sugestões para livratepodcast@gmail.com. Encontrem-nos nas redes sociais: www.instagram.com/julesdsilva www.instagram.com/ritadanova/ twitter.com/julesxdasilva twitter.com/RitaDaNova [a imagem do podcast é da autoria da maravilhosa, incrível e talentosa Mariana Cardoso, que podem encontrar em marianarfpcardoso@hotmail.com]
Chegámos ao fim de mais uma temporada! Neste season finale temos as notas finais do nosso curso de língua gestual Portuguesa. Temos a Rita a ser atacada por um animal. E temos uma divergência sobre trair (ou não trair) nas férias de verão. Ah, e temos o anúncio de uma data ao vivo no Algarve. Em Agosto. Sim, já este Agosto. Não ouçam, não. Bom, antes de irmos de férias de verão falámos sobre encontrar namorados de amigas no Tinder, de estar apaixonada pelo melhor amigo, de namorados à solta sozinhos no Algarve e de maridos que deixam tudo a meio. Quer dizer, quase tudo, vá. Obrigado à Lassie, à Júlia Roberts, à ZéZé (Camarinha) e à Parris McBride pelos emails. Façam como elas e desabafem problemas, questões e dúvidas para terapiadecasalpodcast@gmail.com que respondemos no final do verão. E é isto. Voltamos em Setembro!(Prometemos.) E bronzeados!(Isso não prometemos.) ________________ Terapia de Casal é o podcast que pode acabar com o casamento do Guilherme Fonseca e da Rita da Nova. Enviem as vossas questões/inquietações/dúvidas amorosas para terapiadecasalpodcast@gmail.com que nós respondemos. Sigam-nos nas redes: @guilhermefon @ritadanova Música de Vitor Carraca Teixeira. Imagem de Carolina Costa. Fotografia de Inês Costa Monteiro. Obrigado por ouvirem.
Chegámos à reta final de mais uma temporada e já falta pouco para finalizarmos mais uma etapa. Neste 10º episódio contamos com a presença de André Martins, Enófilo e também conhecido por "Enophante". Curiosos? Venham daí. Meia Rolha Cast, o teu podcast vínico. Uma conversa descontraída, regada com bom vinho, bons conselhos e, acima de tudo, boas amizades. Saúde! Siga-nos em https://www.instagram.com/meiarolhacast Com o apoio de VirguWines - Tenha 10% de desconto com o código MEIAROLHACAST10 em https://virguwines.com
Chegámos ao fim de mais uma temporada, desta vez sobre Cardiologia. No último episódio, não podíamos deixar de falar sobre a Insuficiência Cardíaca, não é? Num episódio mais familiar e curtinho, trazemo-vos os highlights de 2022 naquilo que à Insuficiência Cardíaca diz respeito! Baseamo-nos num apanhado dos artigos científicos mais impactantes e que mais deram que falar em 2022, da Sociedade Europeia de Cardiologia, publicado em janeiro de 2023. Podem ler o artigo completo através do link - https://doi.org/10.1093/eurheartj/ehac781 . Gostávamos muito de ter feedback de quem nos ouve e, para isso, incentivamo-vos a enviar-nos dúvidas e/ou sugestões que tenham. Se ainda não tiveram oportunidade, oiçam os episódios anteriores, já disponíveis no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e CastBox! Podem seguir-nos na nossa página de Instagram - @medaholic.podcast - e entrar em contacto connosco pelo nosso email - medicamente.academy@gmail.com
Episódio 653 de Dias Úteis, um podcast que lhe oferece um poema pela manhã, de segunda a sexta-feira. Por vezes também à tarde, nem sempre apenas poesia. Chegámos hoje ao último episódio antes das férias. Sem desvendar o que vem a seguir, podemos apenas dizer que o episódio de hoje faz a ponte com os próximos. Será por nos chegar do Brasil ou ser em prosa? Como numa boa biblioteca, queremos que este podcast tenha sempre uma leitura surpreendente e inesperada, ao percorrer as prateleiras... Por agora, do nosso amigo Alex Andrade, este "eLA". Pode receber todos os episódios subscrevendo de forma gratuita em todas as plataformas de podcast (Apple, Google, Spotify e muitas outras) e pode contar com conteúdo adicional seguindo as nossas páginas no Facebook, Instagram e YouTube. Se gosta dos nossos conteúdos, por favor avalie nestas plataformas e partilhe com os seus amigos. Apesar de gratuito, se nos quiser apoiar a melhorar este projecto pode fazê-lo em https://www.patreon.com/diasuteispodcast . Este podcast é uma produção da Associação de Ideias, tem música original de Marco Figueiredo e voz de introdução de José Carlos Tinoco. A concepção e edição são de Filipe Lopes.
Chegámos ao episódio número 200 e a melhor forma de o comemorar é com os ouvintes. Para assinalar este momento especial, neste episódio do podcast MoneyBar, respondo às perguntas que muitos dos “podcash lovers” enviaram. Comprar "MoneyLab - O Jogo": https://bit.ly/MONEYLAB-O-JOGO Consultório MoneyLab (Questões): https://bit.ly/Consultorio_MoneyLab Lista de Espera "Do Z€ro à Liberdade Financeira 2.0": https://bit.ly/Lista-de-Espera-Curso-MoneyLab Subscreva a Newsletter: Newsletter MoneyLab: https://bit.ly/NewsletterMoneyLab Junte-se ao grupo de Telegram: https://bit.ly/moneylab-telegram Redes Sociais Instagram: www.instagram.com/barbarabarroso Facebook: www.facebook.com/barbarabarrosoblog/ Subscreva os canais de Youtube: - www.youtube.com/barbarabarroso - www.youtube.com/moneylabpt Para falar sobre eventos, programas e formação: http://www.moneylab.pt/ Disclaimer: Todo o conteúdo presente neste podcast tem apenas fins informativos e educacionais e não constitui uma recomendação ou qualquer tipo de aconselhamento financeiro.
O que era para ser um mini episódio tornou-se num grande debate sobre a recuperação pós-parto. Chegámos á conclusão que não dá para recuperar, esperemos que depois deste episódio continuem a querer ter filhos. PATREON (Conteúdo Exclusivo) → https://www.patreon.com/parttimemilfs Madalena Mateus → https://www.instagram.com/mariamadalenamateus/ Belém Silva → https://www.instagram.com/belembsilva/ PART-TIME MILFS → https://www.instagram.com/parttimemilfs/ Contactos: → belembastossilva@gmail.com → mariamadalenamateus@gmail.com
Chegámos ao final da nossa Sesson 3.A verdade é que este podcast que começou como uma brincadeira, tem vindo a crescer além de nós e está a tornar-se algo que não esperámos. E é isto que nos dá a energia para todas as semanas dedicarmos tempo a vocês que nos seguem, nos apoiam e nos dão feedback.Entretanto, sigam-nos nas redes sociais, LinkedIn, Tiktok e Twitter para serem osprimeiros a verem as novidades que vamos lançar e a acederem a novo conteúdo que estamos já a preparar.Obrigado a todos pelo apoio e voltaremos em breveSupport the show
Chegámos ao fim da temporada e para nos despedirmos do The Last of Us em condições chamámos a Ana Martins para esmiuçarmos todos estes 9 episódios uma última vez. Não nos podemos esquecer da ausência (sentida) do Canelo, talvez envenenado pelo Fanelo, quem sabe. Falamos um bocadinho da Part II, timestamps em baixo caso queiram evitar os spoilers. 01:21:00 início dos spoilers para o The Last of Us Part II 01:49:25 fim dos spoilers Série criada por Neil Druckmann e Craig Mazin. Apresentado por David Fialho, Rui Mendes e João Canelo.
No jogo, uma história adicional. Na série, parte integrante do The Last of Us HBO. Chegámos a Left Behind, onde conhecemos finalmente a bonita e trágica história da Ellie e Riley. Anda jogar Mortal Kombat II connosco! Série criada por Neil Druckmann e Craig Mazin. Apresentado por David Fialho, Rui Mendes e João Canelo.
Chegámos ao terceiro episódio do The Last of Us, os sentimentos são reais e vamos falar de todos eles. Juntem-se a nós neste luto colectivo. Série criada por Neil Druckmann e Craig Mazin. Apresentado por David Fialho, Rui Mendes e João Canelo.
Neste décimo quinto e último episódio do Big Brother Tripla Ameaça, um podcast limitado do Espalha-Factos onde se comentam e analisam os temas mais importantes e mais impactantes provenientes da casa mais vigiada do país, comenta-se o que aconteceu na última semana e na Gala da semana passada. Esta semana atribuímos os prémios de maior planta, personagem principal e protagonista sem tempo de antena aos concorrentes desta edição, comentamos ainda os lugares da final. O Big Brother Tripla Ameaça foi o podcast de terça-feira do Espalha-Factos. Este episódio é conduzido por Pedro Cardoso e com Joana Balsa e Sérgio Saavedra como comentadores. Segue o Espalha-Factos. Site: https://espalhafactos.com/ | Facebook: https://www.facebook.com/EspalhaFactos | Instagram: https://instagram.com/espalhafactos | Twitter: https://www.twitter.com/espalhafactos
Chegámos ao último dia deste ano
Chegámos ao último episódio de 2022. A ida de Zelensky aos EUA é um escalar da situação? Até onde esta irá? O mundo ainda acredita nas ameaças nucleares de Putin? Zelensky projeta uma força maior do que a sua imagem física? O bloqueio de canais de TV russos na UE é um bloqueio à liberdade de expressão? O ocidente não devia armar a Ucrânia? A Bielorrússia entra em 2023? Nova lei pró-LGBT na Ucrânia.
“Olá e sejam bem-vindos ao podcast Acho Que Vais Gostar Disto”. Foi assim que anunciámos ao mundo, em maio de 2021, o nosso primeiro episódio em formato áudio. E hoje, quase sem dar por ela, é o dia em que festejamos o episódio n.º 100. Sim, parece mentira, custa a acreditar, mas é verdade. Chegámos ao mítico cem e entrámos na casa das centenas. Para celebrar, falámos de três séries: “The Bear”, "The Peripheral" e "The Playlist”. Créditos Finais “Previsão do Amor e do Tempo” (Netflix) “Bem-vindos ao Wrexham" (Disney+) "American Gangster" SIGAM-NOS NAS REDES SOCIAIS Instagram, Twitter e TikTok em @vaisgostardisto Ainda não subscreves a nossa newsletter? Podes subscrevê-la aqui: https://mailchi.mp/ffebaf0d5744/avgdpod CONTACTO + PARCERIAS em vaisgostardisto@madremedia.pt
Temas deste episódio: Chegámos ao fim da 1.ª temporada e soube bem recordar os temas dos 11 episódios anteriores (até 32'), Luís Castro, um músico e editor áudio português a singrar em Los Angeles, que irá lançar o podcast "Woke Wars" (32').
Chegámos ao episódio 20 e trouxemos de volta o nosso erudito em música The Codfather João Costa para dissecarmos o albúm Blizzard of Ozz. Há também as habituais noticias leves e frescas.
Neste episódio falámos de coisas que não gostamos. Chegámos à conclusão que se calhar “não gostamos” de demasiadas coisas. Esperamos que gostem!
Centenas de manifestantes ocuparam a câmara principal do Conselho Legislativo de Hong Kong, no dia em que se comemoram 22 anos da transição do território para a China. Teme-se onda de repressão nos próximos tempos. Neste episódio ouvimos o jornalista Alexandre Martins. Subscreva o P24 e, antes de tudo, tenha o PÚBLICO nos seus ouvidos logo de manhã. O P24 está disponível no iTunes, SoundCloud, Spotify e nas aplicações para podcasts. Descubra outros programas em publico.pt/podcasts.