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O garimpo caiu pela metade em dois anos e meio de combate ao crime no território Yanomami, mas a prática ilegal tem recebido apoio do crime organizado, no caso, do Comando Vermelho. Quem denúncia e Conversa Bem Viver é Dário Kopenawa, liderança da região, vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami e filho de Davi Kopenawa, autor do livro A Queda do Céu e responsável por internacionalizar a luta dos povos indígena no Brasil, ao lado do Cacique Raoni. Bruno Kelly/Arquivo Hutukara
O Collège de France, uma das instituições de ensino superior e pesquisa científica mais prestigiosas da França, recebeu nesta terça-feira (29) o único imortal indígena da Academia Brasileira de Letras, o escritor Ailton Krenak. O filósofo emocionou a plateia de acadêmicos com uma visão singular sobre a crise climática e a destruição dos recursos naturais do planeta – e criticou a realização da próxima Conferência do Clima da ONU na Amazônia, em novembro (COP30). O escritor alertou que, diante das evidências científicas sobre o impacto das ações humanas sobre o clima, como o uso combustíveis fósseis, a humanidade “está experimentando a imensa perda da qualidade da experiência de estar vivo”. Segundo ele, “não estamos só ameaçados pelo clima, mas pela imobilidade”.Depois do evento, a jornalistas, Krenak foi mais direto sobre os projetos do governo brasileiro de abrir novas frentes de petróleo na foz do rio Amazonas. "É uma espécie de divórcio da realidade o governo brasileiro, ou qualquer outro governo regional, insistir na exploração de fósseis, de petróleo”, afirmou.O filósofo lembrou que, na última Conferência do Clima, no Azerbaijão, o presidente do país anfitrião considerou que o gás e o petróleo são “um presente de Deus”. "Enquanto a gente viver essa ideia simplória e oportunista de recursos naturais que Deus deu, nós vamos entrar pelo cano”, disse Krenak.O escritor lamentou que os acordos relacionados à proteção do meio ambiente "estejam todos derretendo”, e criticou a decisão do Brasil e a ONU de fazer a próxima COP em uma cidade amazônica."Eu acho que a COP30 vai ser um ônus. Ela vai exigir muito investimento, vai gastar muita coisa para promover uma conferência que podia acontecer online. Não precisava ser na Amazônia”, alegou. "Como é que vai você dizer que uma conferência vai ser boa se o legado imediato que ela deixa é a perda da qualidade de vida dos habitantes e da liberdade desses habitantes de se organizarem?”, avaliou, antes de afirmar que, com a ausência dos Estados Unidos na mesa de negociações, a conferência "vai ser um grande evento de empresários". "Corporações e empresários vão ganhar muito com a COP30, e populações locais vão perder tudo”, comentou.Cogitar 'outros mundos'Na sua palestra, Krenak incitou os presentes a "cogitarem outros mundos, além dessa experiência quase terminal que nós passamos a experimentar no século 21". Segundo ele, “estamos provocando o colapso do mundo que nós habitamos, o seu empobrecimento, e não estamos sendo capazes de cogitar outros”.Nestes outros mundos, que o escritor reporta da floresta, o modo de vida e os hábitos de consumo dos centros urbanos não são mais o foco. "Nós somos a presença mais efêmera da Terra, e estamos causando um dano irreparável a outras formas de vida, como se nós tivéssemos a Terra à nossa disposição”, constatou.Para atender à cada vez mais consumo e ocupação de espaços “vazios” do planeta, a humanidade passou a “comer a Terra”, disse Krenak, parafraseando seu colega yanomami Davi Kopenawa."Se nós olharmos para o desaparecimento de rios, de florestas, nós vamos ver que a escala é suficientemente grande para incomodar e nos por diante da pergunta de quanto nós ainda podemos comer da Terra”, insistiu.'Florestania' e 'floricidade'O filósofo brasileiro, nascido em Minas Gerais e eleito imortal em 2023, trouxe ao público seus conceitos de "florestania" (da junção de “floresta” com "cidadania") e "floricidade" ("floresta" e “cidade”). Em plena capital francesa, erguida sobre pedras e concreto e que hoje briga para devolver os espaços verdes aos seus moradores, as palavras de Krenak inspiram."Na maioria das cidades, jazem os rios debaixo das calçadas e estruturas que vão erigindo essa paisagem tão atraente que são as cidades. Como pensar uma floricidade? Como pensar num lugar onde um rio e uma floresta possam conviver com essa nossa disposição para nos socializarmos e reunirmos em espaços tão acolhedores e seguros que são as cidades?”, indagou.
En el episodio final de esta temporada de Cruzar el Río, conversamos con Davi Kopenawa Yanomami, chamán, líder y etnógrafo del pueblo indígena Yanomami de Brasil. Davi nos invita a reflexionar sobre la obsesión materialista de la sociedad moderna, la que él llama como el «pueblo de las mercancías», que también se puede traducir como el pueblo que se concentró en acumular cachivaches. Este pueblo está afanada por explotar y apropiarse de la vida humana y más-que-humana. Desde su conocimiento ancestral, Davi comparte cómo el pueblo Yanomami mantiene un diálogo constante con la naturaleza, el ser que no miente, ofreciendo una visión crítica y transformadora para repensar nuestra relación con el mundo que habitamos.
En el episodio final de esta temporada de Cruzar el Río, conversamos con Davi Kopenawa Yanomami, chamán, líder y etnógrafo del pueblo indígena Yanomami de Brasil. Davi nos invita a reflexionar sobre la obsesión materialista de la sociedad moderna, a la que el «pueblo de las mercancías», que también se puede traducir como el pueblo que se concentró en acumular cachivaches. Esta gente tiene un gran afán por explotar y apropiarse de la vida humana y más-que-humana. Desde su conocimiento ancestral, Davi comparte cómo el pueblo Yanomami mantiene un diálogo constante con la naturaleza, el ser que no miente, ofreciendo una visión crítica y transformadora para repensar nuestra relación con el mundo que habitamos.
Ayahuasca isn't right for everyone, but if you have decided to dive down this psychedelic rabbit hole, hopefully you have already discovered the necessity to support, respect, and listen to the indigenous cultures that have had intergenerational relationships with this powerful plant medicine. That necessity is the catalyst for inviting indigenous rights activist and psychedelic leader, Dr. Glauber Loures de Assis, as a guest on this episode of Open Deeply. Glauber is the founder and president of Céu da Divina Estrela, a legal and tax-exempt Santo Daime ayahuasca church in Brazil, a Ph.D. in sociology, and has led more than 500 ceremonies in Brazil, Europe and the United States. He points out that, “While some investors in the psychedelic sector considered the flooding at Burning Man to be their most dangerous experience in many years, communities in the Amazon are fighting daily for their lives amid both fire and flood, state-sponsored famine and the threat of death from illegal miners.” And yet we shouldn't be so short sighted to believe that this is a one-way relationship. If we listen, then we will discover that they can help us profoundly when we need it most. For instance, Glauber states, ““Indigenous contexts offer awareness beyond the psychotherapeutic, where illness and healing are social processes oriented within a collective experience.” Our culture founded on individualism knows little of that. He speaks beyond, psychedelics to kindelics and somadelics, all concepts that we are unfamiliar with, but shamans and indigenous cultures, like the Brazilian Yanomami know so well. Glauber teaches us about these concepts, expands our horizons, and even speaks on the Psychedelic Parenthood Community. Get ready to have your mind blown as we once again dare to Open Deeply. Glauber's Bio: Dr. Glauber Loures de Assis is a researcher of sacred plants and their traditions and a psychedelic dad. He has a Ph.D in sociology from the Federal University of Minas Gerais (UFMG). He is the author of numerous articles and book chapters, and the co-editor of the book Women and Psychedelics: Uncovering Invisible Voices (Synergetic Press). He has built his Santo Daime practice in dialogue with his local Brazilian ayahuasca community and with the blessings of Indigenous elders and activists in Brazil. He is also the co-founder of Jornadas de Kura, a plant medicine center in Brazil that promotes an alliance between the ceremonial use of sacred plants, public education on plant medicine and psychedelic science. He is father to 3 children and lives with his wife Jacqueline Rodrigues in Santa Luzia, Minas Gerais, Brazil.Glauber is driven by the desire to collectively co-create a plant medicine community in which all families are safe, welcome and integrated into the psychedelic field. A community in which diversity is embraced, children and elders are taken seriously, ancestral Indigenous traditions are honored, and where all kinds of families can coexist in solidarity. How to find Glauber: glauber@psychedelicparenthood.org IG: http://instagram.com/glauberloures How to find Sunny Megatron: Website: http://sunnymegatron.com Facebook http://facebook.com/sunnymegatron Twitter http://twitter.com/sunnymegatron Instagram http://instagram.com/sunnymegatron Tiktok https://www.tiktok.com/@sunnymegatron YouTube https://www.youtube.com/sunnymegatron American Sex Podcast https://open.spotify.com/show/2HroMhWJnyZbMSsOBKwBnk How to find Kate Loree: Website http://kateloree.com Instagram: http://instagram.com/opendeeplywithkateloree Tiktok: https://www.tiktok.com/@opendeeplywithkateloree Facebook: https://www.facebook.com/kateloreelmft Twitter http://twitter.com/kateloreelmft YouTube https://youtube.com/channel/UCSTFAqGYKW3sIUa0tKivbqQ Book referenced: The Falling Sky: Words of a Yanomami Shaman by Davi Kopenawa and Bruce Albert. Open Deeply podcast is not therapy or a replacement for therapy.
Premiado “A Queda do Céu” leva mesmo nome de livro escrito pelo indígena Davi Kopenawa; em entrevista, Eryk Rocha, destaca ameaças à Amazônia e crise atual do clima; Terra Indígena Yanomami é a maior do país, em extensão territorial, com cerca de 30 mil habitantes.
Em entrevista à ONU News, liderança Yanomami, Davi Kopenawa, cobra ações para proteger povos que cuidam da “grande alma da floresta”; ele ressaltou preocupação com invasões em terras já demarcadas no Brasil e afirmou que a preservação da natureza requer unidade entre todas as raças.
No 62º episódio do Cannabis Hoje Pod, eu converso com o sociólogo Glauber Loures, que é um pesquisador teórico e prático dos psicodélicos, ou seja, ele consegue transitar pelo rigor científico que a academia exige e, ao mesmo tempo, ter abertura para viver a psicodelia na prática, nas suas aventuras pelo mundo, mas principalmente dentro de casa. Glauber é pai de três filhos que, segundo ele mesmo nos conta, nasceram praticamente em meio a rituais de ayahuasca, o que faz todo o sentido tendo em vista seu trabalho envolvendo parentalidade e psicodélicos. Ele inclusive acaba de lançar o PPC Psychedelic Parenthood Community, um espaço para pais, mães e cuidadores que são também psiconautas poderem trocar experiência e se apoiar mutuamente. *** Encontre o Glauber no Linkedin https://www.linkedin.com/in/glauber-loures-de-assis-424053202/ Encontre o Glauber no Insta https://www.instagram.com/glauberloures/ Encontre a PPC https://www.instagram.com/psychedelic_parenthood/ https://www.psychedelicparenthood.org/ *** Glauber indica A Queda do Céu - Davi Kopenawa e Bruce Albert (LIVRO) https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788535926200/a-queda-do-ceu?srsltid=AfmBOooMhYp60tHt7T6f4YJctz9eInV_6Q0GbA4vZcgIadPf3TbmHKc6 *** PATROCINADORES DA 3ª TEMPORADA Unyleya: https://inscricao.unyleya.edu.br/anita.krepp USA Hemp: https://www.usahempbrasil.com/ Tristar: https://tristarexpress.com/ aLeda: https://www.instagram.com/aledaoficial/ Blis: https://appblis.com.br/ NetSeeds: https://www.netseeds.shop/ Leds Indoor: https://ledsindoor.com.br/ Gorilla: https://www.instagram.com/gorillasocialclub/ Essas são marcas que reconhecem o valor da comunicação responsável e do jornalismo de qualidade para apontar os caminhos do setor com informação e análise para normalizar o que um dia foi tabu. *** Para seguir por dentro dos avanços da cannabis e dos psicodélicos Assine a news: https://cannabishoje.substack.com/ Acesse: https://cannabishoje.com.br/ Siga o nosso perfil no Instagram: https://www.instagram.com/cannabishoje/
No Podcast ONU News, ele comenta impacto das mudanças climáticas na floresta e doenças levadas pelo garimpo ilegal; Kopenawa ressalta importância dos conhecimentos dos povos originários para a construção de um mundo onde todos possam viver bem.
Jornal da ONU, com Felipe de Carvalho:*Guterres elogia anúncio de cessar-fogo entre Israel e Líbano*ONU pede que negociadores acelerem o passo em tratado sobre poluição plástica*Líder Yanomami, Davi Kopenawa, quer que COP30 priorize povos indígenas e Amazônia*Declaração de Cascais é aprovada para promover paz no mundo
Er nennt sich „Krieger“ und „Schamane“ – Davi Kopenawa, der zum Volk der Yanomami gehört, die im Amazonasgebiet leben. Als unermüdlicher Kämpfer tritt er für den Erhalt des Regenwaldes ein. Als Schamane möchte er mit seinen „Xapiri“ – seinen Geistern – die Natur von den Wunden der Zivilisation heilen. Sein Buch „Der Sturz des Himmels“ bietet Einblick in eine Welt, in der die Natur Teil, ja Partner des Menschen ist. Es ist ein unschätzbarer Beitrag zur Kehrtwende im Umgang mit der Natur. Rezension von Andreas Puff-Trojan
von Lüpke, Geseko www.deutschlandfunk.de, Tag für Tag
Orlowski, Corinne www.deutschlandfunkkultur.de, Lesart
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Lesart - das Literaturmagazin (ganze Sendung) - Deutschlandfunk Kultur
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Davi Kopenawa Yanomami (Yanomami Indigenous People, Brazil) is a shaman, a leader, and a scientist. Davi has crossed multiple rivers many times to question what he calls the “people of the merchandise” and their desire to exploit and possess human and more-than-human life. Davi, in this episode, delves into his ancestral knowledge to present his critique of a society obsessed with material objects, with trinkets. At the same time, Davi shares how the Yanomami people talk with nature, the being that does not lie.
No Plano Geral desta semana, Flavia Guerra e Vitor Búrigo comentam os destaques da primeira semana do Festival de Cannes 2024, como: a homenagem para Meryl Streep; o documentário "Lula", dirigido por Oliver Stone; o brasileiro "A Queda do Céu", de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, e a presença de Davi Kopenawa no festival; "Bird", de Andrea Arnold, e o musical "Emilia Perez", de Jacques Audiard, com Selena Gomez; e "Furiosa: Uma Saga Mad Max", de George Miller, com Anya Taylor-Joy e Chris Hemsworth, que estreia nos cinemas nesta semana. Além disso, uma entrevista com Giulia Benite e Vitor Figueiredo sobre o filme "Morando com o Crush". Estamos no ar!See omnystudio.com/listener for privacy information.
O Roda Viva entrevista o líder indígena Yanomami, Davi Kopenawa. Davi Kopenawa foi recebido, na última quarta-feira (10/4), pelo Papa Francisco, no Vaticano, e pediu que o pontífice ajude o presidente Lula a salvar seu povo. Os Yanomami vivem na maior Terra Indígena do Brasil e sofrem com a invasão dos garimpeiros ilegais, causando desnutrição e mortes. A bancada de entrevistadores será formada por Ariene Susui, jornalista e ativista, Daniela Chiaretti, repórter especial e colunista do Valor Econômico, Leandro Barbosa, jornalista especializado na cobertura socioambiental, Leão Serva, correspondente da TV Cultura em Londres, e Petria Chaves, escritora e âncora da Rádio CBN. A apresentação é da jornalista Vera Magalhães, e as ilustrações do programa são feitas por Luciano Veronezi. #TVCultura #RodaViva #DaviKopenawa #Yanomami #Indigenas #PovosOriginários
A dramaturgia brasileira perdeu um de seus mais importantes nomes. José Celso Martinez Corrêa morreu depois de um incêndio em seu apartamento em São Paulo, onde vivia com o marido, o ator Marcelo Drummond – com quem mantinha um relacionamento de quase 40 anos, cujo último ato foi a cerimônia de casamento um mês atrás. No Teatro Oficina, fundado em 1958, Zé Celso escreveu, adaptou e dirigiu peças que entraram para a história da cultura brasileira e que formaram artistas ao longo de seis décadas. Para dimensionar o tamanho da história e da contribuição do artista ao Brasil, Natuza Nery ouve Pascoal da Conceição, ator, diretor e produtor cultural que começou a carreira no Teatro Oficina e que era amigo íntimo de Zé Celso. Neste episódio: - Pascoal conta quais eram os planos profissionais do dramaturgo: a adaptação do livro "A Queda do Céu", com pensamentos do xamã yanomami Davi Kopenawa, para uma peça que seria exibida em comunhão com a natureza no parque do Teatro Oficina. “Ele anunciou que este seria o trabalho mais importante da vida dele”, relata; - O ator comenta as qualidades de Zé Celso como diretor de teatro: “Ele faz trabalhos coletivos e tem a capacidade de catalisar o trabalho de muita gente”. E recorda como as atuações que fez na TV como Dr. Abobrinha, do Castelo Ra-Tim-Bum, e no teatro com Hamlet tiveram influência de sua direção. “Ele falava que não existe atuação no particular, ela é sempre pública”, lembra; - Ele também detalha a história do Teatro Oficina, alvo de censura e perseguições pela repressão da ditadura militar: atores e atrizes foram agredidos e houve até um incêndio criminoso. E, mais recentemente, a tentativa do dramaturgo em comprar o terreno – que está em disputa judicial com o Grupo Silvio Santos. “Ele foi até o Banco Central e disse: que economia você quer pro Brasil, a dos que fazem teatro ou carnê?”, conta; - Por fim, Pascoal recupera a ideia de Zé Celso que “não somos drama, somos tragédia” para explicar sua morte. E justifica porque ele tinha o apelido de ‘fênix'. “É obrigado a levantar e sair à luta, sair pra vida”, conclui.
277 - Três novas livrarias - Aigo, Candeeiro e Travessia No episódio do podcast do PublishNews desta semana conhecemos mais três histórias de pessoas que saíram do lugar comum e foram atrás do sonho de abrir uma livraria independente. São histórias que vão além do óbvio, além de idealismo, e contam já com muito profissionalismo e busca por conhecimento. Conversamos com Pedro Gama, da Travessia Livraria em Belém do Pará, com Marcelo Soriano da Candeeiro em Campinas SP e com Agatha Kim da Aigo, no Bom Retiro em São Paulo, capital. São três propostas diferentes, mas que têm em comum uma atenção especial ao espaço, a curadoria e escolha dos títulos que estão nas suas prateleiras, e ainda a interação criada com os leitores de cada um dos lugares. Eles falam de suas equipes, dos percalços de ser um novo em um mercado difícil como o livreiro, sobre o contato com as Editoras e sobre o enfrentamento do fantasma do online e sua competição feroz pelos preços. Travessia Livraria - https://www.instagram.com/travessia.livraria - Av. Alcindo Cacela, 1404 - Umarizal, Belém - PA Livraria Candeeiro - https://www.instagram.com/livrariacandeeiro - R. Dr. Vieira Bueno, 170 - Cambuí | Campinas/SP Aigo - https://www.instagram.com/aigolivros/ Rua Ribeiro de Lima, 453 - loja 73 - Bom Retiro - São Paulo, SP Este podcast é um oferecimento da MVB Brasil, empresa que traz soluções em tecnologia para o mercado do livro. Além da Metabooks, reconhecida plataforma de metadados, a MVB oferece para o mercado brasileiro o único serviço de EDI exclusivo para o negócio do livro. Com a Pubnet, o seu processo de pedidos ganha mais eficiência. https://brasil.mvb-online.com/home Já ouviu falar em POD, impressão sob demanda? Nossos parceiros da UmLivro são referência dessa tecnologia no Brasil, que permite vender primeiro e imprimir depois; reduzindo custos com estoque, armazenamento e distribuição. Com o POD da UmLivro, você disponibiliza 100% do seu catálogo sem perder nenhuma venda. http://umlivro.com.br https://www.editeur.org/151/Thema/ suportebrasil@mvb-online.com (11) 3060-9498 e também com o apoio da CBL A Câmara Brasileira do Livro representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor e atua para promover o acesso ao livro e a democratização da leitura no Brasil. É a Agência Brasileira do ISBN e possui uma plataforma digital que oferece serviços como: ISBN, Código de Barras, Ficha Catalográfica, Registro de Direito Autoral e Carta de Exclusividade. https://cbl.org.br Este é o episódio número 277 do Podcast do PublishNews do dia 24 de julho de 2023 gravado no dia 10. Eu sou Fabio Uehara e esse episódio conta com a participação de Talita Fachinni e Guilherme Sobota. E a edição de Fabio Uehara. E não se esqueça de assinar a nossa newsletter, nos seguir nas redes sociais: Instagram, Linkedin, YouTube, Facebook, Tiktok e Twitter. Todos os dias com novos conteúdos para você. E agora Pedro Gama, Marcelo Soriano e com Agatha Kim. Indicações newsletter da Diana Passy: http://dianapassy.com.br Sobre a liberdade - Maggie Nelson - https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9786559211197/sobre-a-liberdade Um aportamento em Urano - Paul B. Preciado - Zahar https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788537818831/um-apartamento-em-urano Balas mágicas - Heena Baek - Companhia das Letrinhas https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9786581776091/balas-magicas A queda do céu - Davi Kopenawa e Bruce Albert - Companhia das Letras - https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788535926200/a-queda-do-ceu PublishNews convoca livrarias para participarem da Lista de Mais Vendidos https://www.publishnews.com.br/materias/2023/07/11/publishnews-convoca-livrarias-para-participarem-da-lista-de-mais-vendidos Gelo - Ana Kavan - Fósforo https://www.fosforoeditora.com.br/catalogo/gelo-ana-kavan/ Memorial do Convento - José Saramago - Companhia das Letras https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788535930412/memorial-do-convento-nova-edicao --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/podcast-do-publishnews/message
Nesta quinta-feira (6), a dramaturgia brasileira perdeu um de seus mais importantes nomes. José Celso Martinez Corrêa morreu depois de um incêndio em seu apartamento em São Paulo, onde vivia com o marido, o ator Marcelo Drummond – com quem mantinha um relacionamento de quase 40 anos, cujo último ato foi a cerimônia de casamento um mês atrás. No Teatro Oficina, fundado em 1958, Zé Celso escreveu, adaptou e dirigiu peças que entraram para a história da cultura brasileira e que formaram artistas ao longo de seis décadas. Para dimensionar o tamanho da história e da contribuição do artista ao Brasil, Natuza Nery ouve Pascoal da Conceição, ator, diretor e produtor cultural que começou a carreira no Teatro Oficina e que era amigo íntimo de Zé Celso. Neste episódio: - Pascoal conta quais eram os planos profissionais do dramaturgo: a adaptação do livro "A Queda do Céu", com pensamentos do xamã yanomami Davi Kopenawa, para uma peça que seria exibida em comunhão com a natureza no parque do Teatro Oficina. “Ele anunciou que este seria o trabalho mais importante da vida dele”, relata; - O ator comenta as qualidades de Zé Celso como diretor de teatro: “Ele faz trabalhos coletivos e tem a capacidade de catalisar o trabalho de muita gente”. E recorda como as atuações que fez na TV como Dr. Abobrinha, do Castelo Ra-Tim-Bum, e no teatro com Hamlet tiveram influência de sua direção. “Ele falava que não existe atuação no particular, ela é sempre pública”, lembra; - Ele também detalha a história do Teatro Oficina, alvo de censura e perseguições pela repressão da ditadura militar: atores e atrizes foram agredidos e houve até um incêndio criminoso. E, mais recentemente, a tentativa do dramaturgo em comprar o terreno – que está em disputa judicial com o Grupo Silvio Santos. “Ele foi até o Banco Central e disse: que economia você quer pro Brasil, a dos que fazem teatro ou carnê?”, conta; - Por fim, Pascoal recupera a ideia de Zé Celso que “não somos drama, somos tragédia” para explicar sua morte. E justifica porque ele tinha o apelido de ‘fênix'. “É obrigado a levantar e sair à luta, sair pra vida”, conclui.
Um dos maiores - se não o maior - detonador de autoestima no Brasil é o racismo. O racismo antiindigena ainda está longe de ser tratado com a gravidade e espaço que o tema merece. O apagamento, a animalização, a hipersexualização, a objetificação são exemplos de opressões históricas contra os povos originários. E para falar sobre isso, convidamos a Deborah Martins, indígena pataxó, chef de cozinha e ativista. Vem ouvir! É Dando Que Se Recebe:Perfil: Deborah Martins, @alecrimbaiano YouTube: Alecrim BaianoPerfil: Geni Nunes, @genipapos Perfil: Danilo Tupinikim, @danilotupinikimPerfil: Majur Traytowu, @majurharachellPerfil: Yakecan Potyguara, @yakecan_potyguaraPerfil: Daiara Tukano, @daiaratukanoPerfil: Day Molina, @molina.elanPerfil: Alice Pataxó, @alice_pataxo Livro: Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton KrenakLivro: A queda do céu, de Davi Kopenawa e Bruce AlbertLivro: Farejador de águas, de Maria José SilveiraSiga a gente: @ppkansada@berthasalles@belareis@taizzeTem alguma dúvida, pergunta, pedido de conselho, causo para contar? Mande para ppkansadas@gmail.com
Chegou a segunda parte do Destrinchando "Hutukara Yanomami - Um Canto Para Davi Kopenawa". Neste episódio, Ygor Martins e Thiago Tartaro analisam e interpretam cada uma das estrofes da obra de Ronaldo Barbosa para o álbum de 2023 do Caprichoso 2023. Além disso, o episódio de hoje recorda as diferentes abordagens, na arena, desta etnia, nos últimos anos, sob a direção do conselho de artes presidido por Ericky Nakanome.
Prometemos e finalmente cumprimos: é o Destrinchando mais longo da história. Ygor e Tártaro se unem para dissecar a obra de Ronaldo Barbosa para o álbum "O Brado do Povo Guerreiro" do Caprichoso em 2023. Mas, a dupla foi além. Neste primeira episódio, trazemos uma visão completa sobre quem é a pessoa Davi Kopenawa e qual a importância de seu grande livro "A Queda do Céu" para compreendermos a cultura Yanomami.
O filme "Mãri hi - A Árvore dos Sonhos" de Morzaniel Ɨramari contou com a participação do líder e xamã Davi Kopenawa. A obra aborda o conhecimento dos Yanomami sobre os sonhos.
Quando começaram a circular as imagens recentes do povo Yanomami em estado grave de desnutrição, com doenças como malária, um outro assunto também circulava na imprensa: a inauguração de uma exposição que celebrava justamente a existência do povo yanomami. Com curadoria de Thyago Nogueira, entrevistado deste episódio do Podcast da Semana, no dia 3 de fevereiro foi inaugurada a mostra "A luta Yanomami" no The Shed, em Nova York. A mostra traz 200 imagens da fotógrafa suiça Claudia Andujar, que vive no Brasil desde os anos 1950, e pinturas e desenhos dos artistas Yanomami André Taniki, Ehuana Yaira, Joseca Mokahesi, Orlando Nakiuxima, Poraco Hiko, Sheroanawe Hakihiiwe e Vital Warasi.O xamã, escritor e líder político, Davi Kopenawa, do povo Yanomami, esteve presente na inauguração e nas diferentes conferências que a exposição resultou, como a que aconteceu na Universidade de Princeton."A luta Yanomami" foi apresentada pela primeira vez no Instituto Moreira Salles, em 2018. Depois, passou por França, Itália, Espanha, Inglaterra e Suíça e ainda vai chegar ao México, Chile e Colômbia.Desde então, com as recentes mudanças políticas, os ataques ao povos indígenas durante o governo de Jair Bolsonaro esse conjunto de obras foi se transformando, ganhando um novo papel de denúncia e agregando artistas indígenas à mostra.Isso tudo como um projeto do curador Thyago Nogueira. Além da curadora, Nogueira dirige o departamento de Fotografia Contemporânea do Instituto Moreira Salles e é editor-chefe da revista ZUM.Ao Podcast da Semana, ele fala sobre as escolhas e transformações da exposição e sobre fotografia contemporânea, sua especialidade. Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic Edição de som: Pedro Pastoriz
O primeiro episódio de Casa Floresta reúne a atriz Maria Ribeiro e o xamã yanomami Davi Kopenawa em pontos emblemáticos da maior metrópole do país. Em um passeio por São Paulo, a "selva de pedra", Maria e Davi falam e se escutam sobre "o povo da mercadoria" e sobre como os povos indígenas, apesar de tanta violência contra seus territórios e direitos, "seguram o céu" sobre nossas cabeças. APRESENTAÇÃO: Aline MatuljaCONVIDADOS: Davi Kopenawa e Maria RibeiroTRADUÇÃO: Ana Maria MachadoPRODUÇÃO LOCAL: Bruno Weis e Lidia Montanha CastroDIREÇÃO GERAL: M.M. IzidoroROTEIRO: Juão Nyn, M.M. Izidoro, Ariel Gajardo, Bruno Weis, Roberto Almeida e Victória Martins.ASSISTENTE DE ROTEIRO: Thaline SilvaEDIÇÃO: JESSICA CORREACAPTAÇÃO NO CAMPO: Bruno Augustin e Pedro HassanPRODUÇÃO EXECUTIVA: Guilherme Pinheiro, M.M. Izidoro, Bruno Weis, Roberto Almeida, Ariel Gajardo e Victoria Martins.PRODUÇÃO: Ampère: Guilherme Pinheiro e Anna MaronRELAÇÕES PÚBLICAS: LEMA+ATIVAÇÃO: Wieden&KennedyPUBLICAÇÃO: Alex PiazREALIZAÇÃO: Instituto Socioambiental (ISA)APOIO: Rainforest Foundation Norway
In this week's episode, host Daniel Raimi talks with Manuela Andreoni, a writer at the climate desk of the New York Times. Andreoni discusses illegal mining operations in the Brazilian Amazon, why so-called wildcat mining has proliferated in recent years, and how these mining activities affect the environment and Indigenous people. Andreoni and Raimi talk about the measures that governments in Brazil and elsewhere could take to stop illegal mining in the Amazon and how the mined materials have been entering the global economy. References and recommendations: “The Illegal Airstrips Bringing Toxic Mining to Brazil's Indigenous Land” by Manuela Andreoni, Blacki Migliozzi, Pablo Robles, and Denise Lu; https://www.nytimes.com/interactive/2022/08/02/world/americas/brazil-airstrips-illegal-mining.html “The Falling Sky: Words of a Yanomami Shaman” by Davi Kopenawa and Bruce Albert; https://www.hup.harvard.edu/features/the-falling-sky/ “Ideas to Postpone the End of the World” by Ailton Krenak; https://houseofanansi.com/products/ideas-to-postpone-the-end-of-the-world “Burden of Dreams” documentary film; https://en.wikipedia.org/wiki/Burden_of_Dreams
O ciclone que passou pela costa das regiões sul e sudeste do Brasil causando estragos em diversas cidades. Vamos também falar sobre o adiamento dos treinamentos da marinha do Brasil que pretendia bombardear a Ilhada da Sapata, no arquipélago de Alcatrazes, no litoral norte do estado de São Paulo. Davi Kopenawa recebe o título de doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Roraima. Essas e outras notícias socioambientais.
Survival International travaille depuis 50 ans de l'Amazonie au Kalahari, des jungles de l'Inde à la forêt tropicale du Congo, en partenariat avec les peuples autochtones pour protéger leur vie et leurs territoires. "Ils sont victimes de racisme, du vol de leurs terres et de violence génocidaire – simplement parce qu'ils vivent différemment. Il faut y mettre fin."Les équipes de Survival International amplifient les voix autochtones et s'assurent qu'elles soient entendues. "Nous n'abandonnerons pas avant que les peuples autochtones soient respectés en tant que sociétés contemporaines, ayant le contrôle de leur vie et de leurs terres, libres de déterminer leur propre avenir."Survival International a reçu le prix Nobel alternatif (Right Livelihood Award) en 1989.Je reçois Marie Ndenga Hagbe de Survival International France. Nous parlons ici des difficultés rencontrées par les peuples autochtones, des victoires emblématiques de Survival International depuis cinquante ans, des pressions sur les gouvernements pour qu'ils reconnaissent les droits territoriaux autochtones, du travail pour documenter et mettre en lumière les atrocités commises contre les autochtones – et agir pour y mettre un terme, de l'aide apportée aux Yanomami pour créer la plus grande zone de forêt tropicale au monde sous contrôle autochtone, de colonialisme vert, de diversité, des controverses autour de la conservation de la nature et du mythe de la wilderness (nature vierge et sauvage), de droits humains, de racisme, du projet de transformer 30% de la planète en Aires protégées d'ici 2030 et Marie nous explique pourquoi Survival International y est opposé.Survival International FranceSurvival International France sur Twitter, Facebook, InstagramLes éléments cités :L'étude sur l'efficacité des Aires protégéesUne étude démontrant que les humains façonnent et gèrent leur environnement depuis au 12 000 ans.Informations et liens de Survival International contre le plan 30X30 (30% d'aires protégées d'ici 2030)Podcast québécois "Laissez-nous raconter : L'histoire crochie", par Marie-Andrée Gill, femme autochtoneLa Chute Du Ciel - Paroles d'un Chaman Yanomami, Davi Kopenawa, Bruce Albert, PocketYanomami, L'Esprit De La Forêt, Bruce Albert, Davi Kopenawa, Actes SudL'invention du colonialisme vert. Pour en finir avec le mythe de l'Éden africain, Guillaume Blanc, Flammarion Voir Acast.com/privacy pour les informations sur la vie privée et l'opt-out.
O xamã e escritor Davi Kopenawa Yanomami, autor de “A queda do céu”, fala sobre a situação atual do garimpo e das políticas públicas predatórias na Amazônia, o surgimento de novas lideranças indígenas e os preparativos para a comemoração dos 30 anos da demarcação da Terra Yanomami. No site, veja 14 livros e dicas literárias LGBTI+: https://bit.ly/14dicasLGBTI. Assine a revista e apoie o podcast 451 MHz: https://bit.ly/Assine451
Hoy exploraremos aquellos mundos “de abajo” que pueblan por igual antropología y literatura. Los inframundos son, ante todo, lugares que pueden ser recorridos, que tienen habitantes y sobre todo, puertas por las cuales se puede (a veces se debe) pasar. Comenzaremos por uno de los inframundos más populares en la imaginación occidental, el Infierno de Dante, para luego aventurarnos en otros sitios: ríos que llevan a las tierras de los muertos, minas andinas o ciudades demoníacas en las cuales algunas personas han decidido habitar y trabajar. Muchos viajeros se han adentrado en los inframundos y aquí recogemos algunas de sus historias. Y como las puertas funcionan en ambas direcciones, muchas entidades suelen visitarnos para participar en los asuntos de los vivos, quizás ser agasajadas o temidas, según el caso. Excavar en busca de los mundos de abajo es también ir hacia atrás, hacia pasados enterrados que puede ser peligroso perturbar. Sin embargo, en estos mundos permeables los habitantes de ambas tierras van y vienen, negociando, disputando o cuidándose mutuamente para sostener el cosmos. Las obras de las que hablamos en este capítulo son: La divina comedia de Dante Alighieri; El paraíso perdido de John Milton; Das Steinerne Licht de Kai Meyer; El telescopio de ámbar de Phillip Pullman; Bajo el agua negra de Mariana Enriquez; Pensando en Supay o desde el Diablo de Pablo Cruz; Los tambores de los muertos de Marcio Goldman; La caída del cielo de Davi Kopenawa; Comemos a las minas y las minas nos comen a nosotros de June Nash
durée : 01:59:17 - Les Matins du samedi - par : Caroline Broué - Des Matins qui sonnent comme une série de vœux pour l'année qui commence, des « Et si nous ?... » qui sont autant d'invitations à penser notre monde qu'à agir.
durée : 01:59:17 - Les Matins du samedi - par : Caroline Broué - Des Matins qui sonnent comme une série de vœux pour l'année qui commence, des « Et si nous ?... » qui sont autant d'invitations à penser notre monde qu'à agir.
durée : 00:15:03 - L'Invité(e) des Matins du samedi - par : Caroline Broué - Le chaman écologiste humaniste porte-parole international de la communauté d'Amérindiens Yanomami; Davi Kopenawa entreprend un tour du monde pour expliquer sa culture et la situation dramatique vécue par les Yanomami.
O sonho do Oscar, nesta época do ano, se torna uma corrida contra o tempo e contra o poder e a influência dos grandes nomes da indústria cinematográfica. A maior e mais badalada premiação do cinema mundial é conhecida por louvar a melhor produção, mas ajuda ter mais contatos, fazer o melhor lobby e, basicamente, ter mais recursos para investir nas caras campanhas para levar aos mais de 10 mil membros da Academia, pelo menos, a vontade de assistir os filmes. Por Cleide Klock, correspondente da RFI em Los Angeles A RFI conversou com quatro diretores brasileiros que estão nesta jornada para, em um primeiro passo, estamparem seus nomes na seleta lista dos indicados ao Oscar. Eles já conquistaram o direito de serem elegíveis para a premiação, cumprindo uma série de pré-requisitos. Deserto Particular Aly Muritiba, concorre com Deserto Particular. A produção, que já levou o prêmio de público em Veneza, foi escolhida pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na Categoria de Filme Internacional e está na lista com produções de outros 92 países. "Eu acho super importante que a Academia Brasileira tenha escolhido um filme que fala de amor, tolerância, inclusão, afeto, de carinho, para representar o Brasil em meio a um cenário político não conservador", diz Muritiba. Muritiba esteve nos Estados Unidos por uma semana fazendo campanha. Pedro Fasanaro, que interpreta uma das personagens principais também. Mas, quando foram abertas as votações, no último dia 10 de dezembro, é de praxe parar o corpo a corpo. Aguardam agora a próxima lista, dos 15 pré-selecionados, que será divulgada na próxima semana, na terça-feira 21. "O Brasil entra muito tarde na campanha, a gente anuncia o nosso filme muito tarde. Fomos anunciados em 15 de outubro, Titane (que representa a França), por exemplo, já estava em campanha há dois meses. A Mão de Deus (Itália) já estava em campanha há mais de um mês, fora que a gente tem pouca grana, pouco suporte governamental. Se a gente pensar no filme do Bong Joon Ho (Parasita), que a Coreia do Sul investiu milhões na campanha, estamos fazendo um trabalho de formiguinha", compara Muritiba. A última vez que o Brasil conseguiu ficar entre os cinco indicados foi com Central do Brasil, em 1999. O Ano que meus Pais saíram de Férias foi o último filme brasileiro que entrou na lista dos 15 pré-selecionados, em 2008. "Tem sido um grande aprendizado, mas eu não faço ideia se temos alguma chance. É muito mais poder econômico e influência na indústria do que qualidade. Não basta só ter um filme bom, é preciso ter muita grana, é preciso ter padrinhos, é melhor que se tenha uma grande distribuidora ou um grande canal de streaming. É lobby. No Brasil lobby é mal visto, nos Estados Unidos é jeito de viver, faz parte da cultura", comenta o diretor de Deserto Paricular. Brasileiros (amigos) na corrida pelo Melhor Documentário Na categoria de longas documentais são 138 concorrentes, dentre eles estão os brasileiros Luiz Bolognesi, com A Última Floresta, e Pedro Kos, com Rebel Hearts (Corações Rebeldes). Bolognesi traz uma produção que foi feita em parceria com o líder indígena Davi Kopenawa, levando o espectador a conhecer os costumes de uma aldeia Yanomami, e então revela como o povo está em risco diante do desmonte das políticas indigenistas. "Eu estou descobrindo como é esta campanha aqui. Ela é exatamente um corpo a corpo. São mais ou menos 600 votantes na área de documentário. Como a gente tá chegando de fora da indústria com o audiovisual brasileiro, você tem que conseguir fazer com que as pessoas prestem a atenção no seu filme. Então é um corpo a corpo de fazer várias pequenas sessões para poucas pessoas formadoras de opinião e torcer para que gostem do seu filme e passem no boca a boca. Porque quando eles gostam, quando é algo original, eles se comunicam entre eles, aí a campanha acontece", revela Bolognesi. O cineasta destaca que A Última Floresta teve um orçamento de US$ 150 mil e que concorre com produções que custaram milhões. "É um pouco uma campanha de Davi e Golias. Nós estamos aqui concorrendo com documentários fortíssimos americanos que têm orçamentos muito maiores que o nosso. Agora, é engraçado porque eu não me sinto contra o Golias, não sou inimigo do Golias porque os filmes americanos que estão na corrida do Oscar são maravilhosos, então eu não torço contra", complementa o diretor de A Última Floresta. Tanto não é inimigo, que em uma das sessões de A Grande Floresta em Los Angeles, em que a RFI esteve presente, quem abriu e fechou o evento foi Pedro Kos. Kos está nesta mesma lista, porém com a produção americana Rebel Hearts, um documentário sobre freiras que enfrentaram o patriarcado da Igreja Católica e lutaram pela igualdade de gênero na década de 1960. Kos mora nos Estados Unidos desde a adolescência, mas nos garante que, se levar a estatueta, vai dizer que o Oscar é brasileiro. "Óbvio! Eu sou 100% brasileiro, coração totalmente brasileiro. Nunca vou deixar de ser, mas acho que tem uma longa caminhada pela frente, é tão difícil da gente prever. Tento levar com expectativas bem realistas e o que acontecer vai ser maravilhoso. Se não acontecer, eu pude fazer dois filmes que mudaram a minha vida. Olha que incrivel", revela Kos. O diretor aparece também na lista dos 82 Curtas Documentais qualificados, com Lead Me Home, também todo produzido nos Estados Unidos, sobre a dura realidade dos sem-teto no país. E, apesar dessa ser a primeira campanha do Oscar como diretor, já se envolveu nesta jornada como editor de Lixo Extraordinário (indicado ao Oscar em 2011) e The Square (indicado em 2014), e como roteirista de Privacidade Hackeada, que ficou na lista dos 15 pré-selecionados em 2020. A vantagem de Kos é que tanto Rebel Hearts quanto Lead me Home foram comprados por plataformas de streaming (Discovery + e Netflix) como produções originais, então são elas que encabeçam e pagam as campanhas. "São as plataformas que montam as campanhas de premiações, de lançamentos online, nos cinemas, nos festivais, as conversas com o público. Fizemos muitos eventos em Nova York, San Francisco, aqui em Los Angeles, às vezes em Londres. Fui há pouco para o México, então não parei de viajar nos últimos tempos. Mas o que eu sempre destaco é que o melhor de estar nessas plataformas é a quantidade de gente que tem acesso ao nosso trabalho", diz o cineasta. Bob Cuspe na festa? Cesar Cabral tem Bob Cuspe - Nós Não Gostamos de Gente na lista dos 26 longas de animação que concorrem à estatueta. Diferentemente das categorias de Documentários e Filme Internacional, para longa de animação a primeira seleção sai apenas no dia 8 de fevereiro, direto com a lista dos 5 indicados ao Oscar, o que dá um pouco mais de tempo para a campanha. "A gente está armando uma campanha dentro da nossa realidade, mas a ideia é fazer uma sessão talvez com Q&A (seguida de bate-papo) em Los Angeles e Nova York, em janeiro, porque o importante é levar as pessoas para sala para ver o filme. Você tem que pegar os votantes e mostrar que o filme existe. E brigar dentro de um universo difícil. A gente está tentando uma vaga onde estão a Disney, a Pixar e tantos outros grandes estúdios", destaca Cabral. Ao contrário da maioria das produções animadas que concorrem ao Oscar, a trama do punk underground Bob Cuspe não é infantil. O filme baseado nas histórias do cartunista Angeli foi todo feito em stop-motion e traz um mergulho na mente do artista, o que faz com que ele seja universal e dialogue de maneira peculiar com as mentes criativas, o que pode ajudar na identificação na hora do voto. A equipe conseguiu patrocínio de uma empresa privada para dar início à campanha, colocar o filme em cartaz (acaba de entrar nos cinemas de Los Angeles), mas busca recursos para tentar chegar com mais peso à Hollywood.
Floresta Cidade, com mediação de Iazana Guizzo - arquiteta, coordenadora do projeto e autora do livro Reativar Territórios, recebe Niara do Sol, indígena e filha de indígena, formada em Educação Física e Nutrição, ministra cursos e palestras e procura cuidar dos corpos e espírito como um todo, através de óleos, pedras e ervas. Neste episódio, as duas traçam uma jornada de diálogo acerca de como é nadar contra a corrente e resistir para a aceitação e manutenção de uma fresa de floresta que a convidada criou onde mora, no conjunto habitacional Minha Casa Minha vida, no Centro do Rio de Janeiro. Somando adeptos às suas práticas e expandindo a consciência para a importância de termos as plantas e a floresta ao nosso lado, como aliadas de vida. A conversa perpassa também pelo o que entendemos como saúde e a contribuição da convidada na luta contra a COVID-19, através de seus conhecimentos e questionamentos, e termina com ensinamentos passados por gerações que perduram até os dias de hoje. Ao longo da conversa, faremos a leitura de alguns trechos do capítulo "Na cidade" do livro "A queda do céu", escrito por Davi Kopenawa e Bruce Albert, publicado pela Companhia das Letras.
Floresta Cidade, com mediação de Iazana Guizzo - arquiteta, coordenadora do projeto e autora do livro Reativar Territórios, recebe Niara do Sol, indígena e filha de indígena, formada em Educação Física e Nutrição, ministra cursos e palestras e procura cuidar dos corpos e espírito como um todo, através de óleos, pedras e ervas. Neste episódio, as duas traçam uma jornada de diálogo acerca de como é nadar contra a corrente e resistir para a aceitação e manutenção de uma fresa de floresta que a convidada criou onde mora, no conjunto habitacional Minha Casa Minha vida, no Centro do Rio de Janeiro. Somando adeptos às suas práticas e expandindo a consciência para a importância de termos as plantas e a floresta ao nosso lado, como aliadas de vida. A conversa perpassa também pelo o que entendemos como saúde e a contribuição da convidada na luta contra a COVID-19, através de seus conhecimentos e questionamentos, e termina com ensinamentos passados por gerações que perduram até os dias de hoje. Ao longo da conversa, faremos a leitura de alguns trechos do capítulo "Na cidade" do livro "A queda do céu", escrito por Davi Kopenawa e Bruce Albert, publicado pela Companhia das Letras.
Floresta Cidade, com mediação de Iazana Guizzo - arquiteta, coordenadora do projeto e autora do livro Reativar Territórios, recebe Niara do Sol, indígena e filha de indígena, formada em Educação Física e Nutrição, ministra cursos e palestras e procura cuidar dos corpos e espírito como um todo, através de óleos, pedras e ervas. Neste episódio, as duas traçam uma jornada de diálogo acerca de como é nadar contra a corrente e resistir para a aceitação e manutenção de uma fresa de floresta que a convidada criou onde mora, no conjunto habitacional Minha Casa Minha vida, no Centro do Rio de Janeiro. Somando adeptos às suas práticas e expandindo a consciência para a importância de termos as plantas e a floresta ao nosso lado, como aliadas de vida. A conversa perpassa também pelo o que entendemos como saúde e a contribuição da convidada na luta contra a COVID-19, através de seus conhecimentos e questionamentos, e termina com ensinamentos passados por gerações que perduram até os dias de hoje. Ao longo da conversa, faremos a leitura de alguns trechos do capítulo "Na cidade" do livro "A queda do céu", escrito por Davi Kopenawa e Bruce Albert, publicado pela Companhia das Letras.
No dia 23 de outubro, em celebração aos 35 anos da Companhia das Letras, dois dos maiores pensadores da atualidade conversaram sobre temas urgentes, como a destruição do meio ambiente e os sucessivos ataques aos direitos dos povos originários. * O evento contou ainda com a participação da jornalista e escritora Eliane Brum, da médica e ativista Jurema Werneck, e do escritor Milton Hatoum, que enviaram perguntas. A apresentação foi da também jornalista e escritora Bianca Santana * Conheça Ailton Krenak e Davi Kopenawa: * AILTON KRENAK nasceu em 1953. Ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, organizou a Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia. É comendador da Ordem de Mérito Cultural da Presidência da República e doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais. É autor de “Ideias para adiar o fim do mundo” e “A vida não é útil”. * DAVI KOPENAWA nasceu por volta de 1956, em Marakana, casa comunal situada no extremo norte do Amazonas. É presidente fundador da associação Hutukara, que representa a maioria dos Yanomami no Brasil. Foi condecorado com a Ordem do Mérito do Ministério da Cultura. * Edição do bate-papo por Laura Liuzzi
Cette semaine dans La Potion, une voix très importante. Celle de Davi Kopenawa, chamane Yanomami et grand défenseur des droits des peuples d'Amazonie brésilienne. Au programme : chants sacrés, esprits de la forêt, poudre hallucinogène et lutte contre Jair Bolsonaro. Quand Davi Kopenawa voit le jour en 1956, cela fait une dizaine d'années seulement que ses parents ont vu apparaître des Blancs sur leurs terres, au Nord de l'Amazonie. Et ces premières incursions ont bouleversé de manière indélébile la civilisation Yanomami. D'abord des épidémies de grippes, de rougeoles ou de tuberculoses qui déciment une partie de la population. L'évangélisation de l'Eglise catholique ensuite, qui menace les structures traditionnelles des peuples de la forêt. Puis les garimpeiros, 40000 orpailleurs illégaux qui envahissent le territoire avec la bénédiction de la dictature militaire. En sept ans, 20% de la population Yanomami est décimée. Après avoir perdu une grande partie sa famille, Davi Kopenawa a d'abord eu envie de devenir un Blanc, complètement fasciné par cette figure de l'étranger. Il apprend le portugais brésilien et commence à travailler comme interprète au sein de la Funai, l'agence gouvernementale des populations indigènes : là, il prend conscience de la grande richesse culturelle du peuple Yanomami, et de la menace que représentent les blancs pour leur survie et celle de l'Amazonie brésilienne. Il décide alors de suivre une vieille intuition qui l'habite en rêves depuis l'enfance : devenir chamane. Après avoir été initié dans les règles de l'art par son beau-père, sa grande sagesse spirituelle viendra renforcer son expérience du « monde blanc » et depuis, Davi Kopenawa parcourt la planète pour récolter des soutiens pour son combat. Celui de la photographe Claudia Andujar notamment, avec laquelle il obtient, en 1992, la démarcation officielle d'un territoire de 96 650 kilomètres carrés, qui allait devenir la Terra Indigena Yanomami, un des plus grands territoires sous contrôle autochtone au monde. Une lutte de tous les instants pour laquelle le chamane recevait en septembre dernier, le prix Nobel Alternatif en compagnie de Greta Thunberg. En 2010, Davi Kopenawa et l'anthropologue Bruce Albert publiaient La Chute du Ciel, un témoignage dense et tout à fait exceptionnel sur la culture du peuple yanomami, sa spiritualité aussi et sur la crise écologique mondiale vue depuis le cœur de l'Amazonie. La Chute du Ciel, soit le récit d'une catastrophe : la disparition du poumon du monde et de ses habitants, humains et non humains, ce moment où la forêt sera écrasée par le ciel parce que le dieu Omama et les esprits xapiri ne le soutiendront plus, épuisés d'avoir dû tant lutter contre la violence destructrice du monde blanc. Aujourd'hui la terre des Yanomami est toujours menacée, encore plus depuis l'élection de Jair Bolsonaro : la déforestation a presque doublé en un an, les assassinats d'activistes indiens augmentent et Jair Bolsonaro multiplie les attaques contre les peuples de la forêt. Mais le roi Kopenawa n'a pas dit son dernier mot, "kopenahua" d'ailleurs c'est la guêpe en Yanomami, “qui se défend lorsqu'on attaque sa maison”. Voir Acast.com/privacy pour les informations sur la vie privée et l'opt-out.
Neste novo episódio, a redação conversa com o escritor André Sant'Anna, que lança, com uma visão pessimista e absurda do Brasil, o livro Discurso sobre a Metástase. Na seção Papo Cabeça, o cineasta Luiz Bolognesi comenta a experiência de filmar com Davi Kopenawa e o povo Yanomami no longa A Última Floresta. Entre as dicas da semana, vamos de Paulo Freire a Arrigo Barnabé, da Netflix a Tchekhov, e muito mais.
Nesta edição especial do Vozes do Planeta, Paulina Chamorro lê trechos do livro A Queda do Céu, de Davi Kopenawa, xamã e lider yanomami. Além dos versos do livro, essa edição apresenta trechos da entrevista de Davi concedida à National Geographic Brasil sobre as fotografias contidas no livro: Quais eram e como foram esses momentos registrados e presentes na Queda do Céu.
A Hora da Literatura: nas ondas das Histórias do Brasil e do Rio de Janeiro
Neste episódio, Davi Kopenawa nos conta como Omama criou a terra e a floresta e como seu filho tornou-se o primeiro xamã, para proteger a humanidade das doenças e da morte. Imagem: capa do livro A Queda do Céu: palavras de um xamã yanomami.
A Hora da Literatura: nas ondas das Histórias do Brasil e do Rio de Janeiro
No primeiro episódio da segunda temporada da Rádio Literária: nas ondas das histórias do Brasil e do Rio de Janeiro, Davi Kopenawa se apresenta e apresenta seu propósito ao escrever o livro A Queda do Céu: palavras de um xamã yanomami. Imagem: capa do livro.
A diversidade dos saberes indígenas e suas encantarias nos guiam numa filosofia que precisa ser conhecida e apropriada por todos nós! Pensando assim, convidamos o Coelho Tapuya Takariju para falar sobre as epistemologias dos povos indígenas, os encantados, as encantarias, ancestralidade, cosmovisão e temas que são atravessados pelas experiências dos indígenas nordestinos, os povos autodeclarados, desaldeados, linguagem, apagamento histórico, ambientalismo. Também falamos sobre intelectuais que tem ajudado a difundir o conhecimento e a visão indígena como Krenak, Cacique Raoni, Davi Kopenawa, lembramos de falar sobre as polêmicas dos famosos que se envolvem em ativismo ambiental e algumas aleatoriedades como o apito da música da Xuxa e outras coisinhas mais! Patronato: apoia.se/perdidosnafilosofia Chave Pix: perdidosnaparalaxe@gmail.com Indicações no programa: Documentário: As caravelas passam https://www.youtube.com/watch?v=HnjVsBTE1AI. Falas da Terra (Globoplay). Canal no Youtube: TV Tamuya Filme: O abraço da serpente(2015). Um história de amor e fúria(2013) Livros: A vida não é útil. O amanhã não está à venda - Krenak. Filosofia, Mulheres e Vivências(2021 - Lançamento!) Podcast: Podcast Anpof https://open.spotify.com/show/168DeG4ghszhSXBNIFLMqb?si=ELJrGoorTx-yo1qiQbWvNg Expediente: Produção geral: Debora Fofano e Freddy Costa Pesquisa e curadoria: Raquel Rocha Gravação: Debora Fofano Edição: Freddy Costa Imagens: Freddy Costa Contatos: perdidosnaparalaxe@gmail.com twitter.com/ppparalaxe instagram.com/perdidosnaparalaxe
Começamos com nossos pitacos sobre a nova série brasileira da Netflix, CIDADE INVISÍVEL (3:29). Na sequência, o mexicano Fernando Frias de la Parra fala sobre seu filme YA NO ESTOY AQUI, pré-finalista ao Oscar de filme estrangeiro, já também na Netflix (10:45).O Festival de Berlim rolou online de 1 a 5 de março - nós vimos (e comentamos) alguns dos melhores filmes que vão chegar este ano (19:06). Mariette Riesenbeck, diretora executiva da Berlinale, comenta esta edição online (26:05). Luiz Bolognesi, nosso representante brasileiro no festival com o doc A ÚLTIMA FLORESTA, comenta o descaso do governo Bolsonaro com o garimpo em terras ianomâmis e as ameaças de morte ao líder Davi Kopenawa (27:23).O júri foi ousado no Urso de Ouro para a comédia maluca BAD LUCK BANGING OR LOONEY PORN, da Romênia, sobre sexo, fake news e um videotape vazado (35:25). Entre os destaques, TINA, o documentário sobre Tina Turner, dia 27 na HBO (58:00); e THE MAURITANIAN, que deu o Globo de Ouro a Jodie Foster (1:03:30).
O aumento da pressão na maior Terra indígena do Brasil, a reserva Yanomami, em Roraima, é visível, com a chegada cada vez mais expressiva de garimpeiros ilegais em busca de ouro e outros minerais. Na avaliação do principal líder da etnia, o xamã Davi Kopenawa, a Polícia Federal precisa agir para evitar uma guerra entre forasteiros e indígenas, que também sofrem com a ameaça do novo coronavírus, da malária e com a falta de suporte do governo federal. É nesse contexto que Kopenawa assina o roteiro de "A Última Floresta", filme dirigido por Luiz Bolognesi e selecionado para exibição no Festival Internacional de Cinema de Berlim, que acontece na próxima semana. O filme foi rodado ao longo de cinco semanas na aldeia Watoriki, mas não trata apenas da luta dos Yanomami contra as adversidades. Serve como exemplo da potência do universo da etnia que tenta preservar sua cultura e o conhecimento tradicional. No Ao Ponto desta sexta-feira, o jornalista William Helal Filho conta como foi sua conversa com Davi Kopenawa e apresenta um pouco da história de um dos povos indígenas mais tradicionais do Brasil.
Neste episódio, Paulina Chamorro conversa com Dario Kopenawa, filho de Davi Kopenawa, sobre o avanço da Covid-19 e do garimpo na terra indígena Yanomami, sobre a omissão do estado brasileiro e sobre o relatório lançado esta semana elaborado pela ONG Rede Pró-Yanomami e Ye'kwana e pelo Fórum de Lideranças da Terra Indígena Yanomami. O número de casos de Covid-19 aumentou em 250% em três meses. Dario também fala do filme "A Mensagem do Xamã", lançado para dar o alerta. O filme, que tem narração de Dario, condensa o pensamento xamânico expresso em 'A Queda do Céu: Palavras de um xamã yanomami', livro essencial. Na entrevista Dario também comenta sobre a cosmovisão indígena expressa no livro. No espaço do site ((o)) eco no Vozes do Planeta, Paulina Chamorro fala sobre uma matéria publicada esta semana, da jornalista Carolina Lisboa, em que apresenta um estudo que indica as áreas prioritárias para a preservação marinha no Brasil. Tem também a participação da jornalista Ana Carolina Amaral, que tem o blog Ambiência (Folha de S. Paulo), com noticias sobre a Convenção de Biodiversidade da ONU e o entrave imposto pelo governo brasileiro. Ouça e compartilhe!
Hoje nós tivemos o prazer de trocar uma ideia com a Antropóloga Íris Araújo sobre como a população indígena lidou durante todos os anos desde que os portugueses invadiram o novo mundo! Brasil colônia, império, ditadura e até o período da redemocratização!!! No segundo bloco conversamos com o Elivar Karitiana sobre como está a atual situação da saúde indígena dos Karitiana e dos povos indígenas da região! Proteger a memória indígena, é proteger a memória da América Latina! Leituras indicadas: A vida não é útil- Ailton Krenak Pacificando o branco - Bruce Albert & Alcida Rita Ramos (orgs.) História dos índios no brasil - Manuela Carneiro da Cunha (org.) Terra de índio - Marta Amoroso Queda do céu - Davi Kopenawa & Bruce Albert Paletó e eu - Aparecida Vilaça Contribua para ajudar os Karitiana: https://povosindigenasro.myportfolio.com/outras-campanhas Segue a gente lá nas redes sociais: Instagram: https://www.instagram.com/sapiens_cast/ Twitter: https://twitter.com/CastSapiens Facebook: https://www.facebook.com/Sapienscast
Davi Kopenawa ist Schamane, geistiger Führer der Yanomami-Indigenen Brasiliens und Träger des Alternativen Nobelpreises. In der SWR2 Aula erzählt er von der Magie seiner Heimat, den brasilianischen Wäldern und von seinem Kampf für die Indigenen, der ihn um die ganze Welt führt.
In this fourth episode of “Amazônia in Five Minutes,” a podcast with weekly highlights from Amazônia Latitude and specialized publications about the region, listen to an excerpt from an exclusive interview given by the Yanomami shaman, Davi Kopenawa, during the “Amazônia: Growing Violence and Worrying Trends," Colloquium held earlier this year in Oxford, England. Davi warned, in January, about the dangers of the pandemic for the indigenous peoples of the region. Learn more about the historical and culturally diverse Santarém, one of the oldest cities in the Amazon located in western Pará which has just turned 359 years old. The municipality is dealing with alarming numbers of dead and infected due to the new coronavirus. To sooth yourself during these difficult times, we invite you to listen to some of the artistic production from the region with a musical tip of the week, coming from the birthday city, Santarém.
O líder indígena e ambientalista critica a ansiedade das pessoas de voltarem aos shoppings e retomarem o consumo Ailton Krenak é uma das vozes mais importantes no mundo em defesa do meio ambiente. Dedicado à luta desde os anos 80, sua atuação foi determinante para as conquistas dos povos indígenas na Constituição em 1988. Autor dos livros Ideias para adiar o fim do mundo e O amanhã não está à venda, o líder indígena tem mantido um diálogo constante sobre as consequências das nossas ações sobre o planeta. Da região do médio Rio Doce, em Minas Gerais, onde vive no território do povo Krenak, ele conversou com a Trip sobre vida urbana, consumo e o futuro da humanidade. O papo também está disponível no play abaixo ou no Spotify do Trip FM. [AUDIO=https://p.audio.uol.com.br/trip/2020/6/TRIPFM_AiltonKrenak.mp3; IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2020/06/5ef3bdf1c192c/1860x665x960x540x463x30/ailton-krenak-ambientalista-quarentena-covid-coronavirus-tripfm-he.jpg] Trip. Uma grande empresa do setor financeiro anunciou que vai fechar seus escritórios na avenida Faria Lima, em São Paulo, e abrir sedes em cidades do interior. A ideia é que as cidades estão doentes. Outros dizem que ideia de cidade é o melhor jeito de as pessoas viverem. Cidade é um negócio que deu certo ou não? Ailton Krenak. Respeito muito aquelas pessoas que estudam a história, observando o desenvolvimento urbano do mundo, e concluem que a cidade é um lugar que acrescenta qualidade de vida. Mas a minha observação sobre as cidades é que elas funcionam como um verdadeiro sumidouro de energia. Tudo o que você consome na cidade, você não produz na cidade. Foi ali que nasceu aquela ideia da criança de que o leite vem de uma caixinha, porque ele não vê a vaca. E que a água vem da torneira, ou da garrafa, porque ele não vê a fonte. A gente poderia aumentar essa lista de abstrações, onde a vida deixa de ser implicada com o ecossistema, com a natureza, com a ecologia do lugar, e passa a ser uma plataforma, que poderia acontecer em qualquer lugar, até em Marte. O sujeito que acha cidade muito interessante poderia morar em Marte, por exemplo, porque se ele quiser viver aqui na Terra ele deveria ver que a água que ele bebe da torneira vem da nascente, do rio. E esses rios estão sendo destruídos para dar a condição de alguém viver na cidade. Há alguns anos, quando estavam justificando a destruição de uma região da Floresta Amazônica para construir Belo Monte, tinha uma campanha institucional que dizia que o Sudeste ia ficar sem energia sem Belo Monte. É uma chantagem das cidades contra a paisagem. Quando você pergunta para um cara com 30 anos: "Quando você tinha 10, 20 anos você conheceu algum rio?". Ele diz que conheceu um rio em São José do Rio Preto ou em Piracicaba. Eu pergunto: "Você tem coragem de mergulhar nesse rio?". Ele diz que não tem mais. Esse rio está morto socialmente. A ideia de construir barragem no rio Madeira, no Rio Xingu, é para manter a tal da qualidade de vida de quem vive nas cidades. E tem muita gente que adora viver encaixotado na cidade. Agora o mais interessante das características da cidade é a coisa vertical. Um prédio enorme, um monte de gente, um em cima do outro. Sem contato, sem relações, as pessoas moram nesses caixotes. Aliás, dão descarga um em cima do outro. É muito divertido viver num lugar desses com as pessoas cagando na sua cabeça e dando descarga, deve ser uma qualidade de vida muito interessante. Eu prefiro viver num lugar onde eu abro a janela e sinto o cheiro das árvores que tiverem vida ao meu redor. Alecrim, eucalipto. Então o que é qualidade de vida? É qualidade de vida estar num lugar onde você pode ser assaltado, atropelado, infectado? Tem muita gente que vive a síndrome da doença urbana e acha que se sair da cidade vai morrer. Boa sorte para quem quer ficar na cidade, eu tô fora. LEIA TAMBÉM: Para Ailton Krenak, vivemos o "fim de um mundo desastrado" E na cultura indígena, existe um limite da quantidade de pessoas que podem existir em um lugar sem que aquele ambiente seja prejudicado? Nas nossas aldeias a gente não estimula a concentração e os estudiosos dizem: "Eles não têm muita ambição de expandir o horizonte das suas aldeias". Não tem nada a ver com falta de ambição. É um senso de viver bem. E viver bem não é ter coisas, viver bem pode ser não ter nada. Ter saúde. A vida é preciosa demais para você perder tempo com outras coisas. [IMAGE=https://revistatrip.uol.com.br/upload/2020/06/5ef3be17ab088/ailton-krenak-ambientalista-quarentena-covid-coronavirus-tripfm-mq3.jpg; CREDITS=Adriana Moura / Divulgação; LEGEND=Ailton Krenak] Você fez uma analogia assim do mundo como uma mãe e, nós, os filhos. Essa mãe em algum momento perde a paciência com esses filhos e dá uma bronca neles. É isso que está acontecendo agora? Estamos levando uma bronca da Mãe Terra? A referência a esse organismo da Terra como mãe é muito forte na cultura andina. Virou comum chamar a Terra de Pachamama, mas eles sempre viram a terra como um organismo vasto, complexo e fantástico para além da nossa compreensão, mas com o qual podemos experimentar o sentimento de filiação. E tem os cientistas que, com a questão das mudanças climáticas, trouxeram uma contribuição importante que foi chamada por um tempo de Hipótese de Gaia. Esses cientistas estão observando e atualizando os dados sobre mudança climática, e eles vinham dizendo que a Terra não é uma matéria inerte da qual a gente extrai, corta, dobra. Ela é um organismo que tem temperatura, humor e reage. E quando os cientistas começaram a afirmar isso no final da década de 80, muitas pessoas acharam que esses cientistas estavam viajando. Mas o que acontece é que passou a década de 90, virou o século e esses cientistas foram sendo reconhecidos cada vez mais na afirmação deles de que a Terra, Gaia, era um organismo vivo. A Terra tem uma complexa biosfera, que alguns sujeitos acham inclusive que podem replicar no espaço, numa plataforma em Marte, botar uma biosfera da Terra lá. Esse organismo tem uma complexidade fantástica porque ele se auto regenera. Então não precisa de nós, os humanos. Nós somos uma parte desse organismo fantástico, que dispensa a gente. Assim como os dinossauros desapareceram – e ninguém está sentindo falta de dinossauros –, a gente pode desaparecer e os outros organismos não vão sentir falta da gente. Temos que recuar um pouco desse lugar antropocêntrico, de achar que os humanos são os reis da farofa e entender que nós somos só uma parte da vida na Terra. E esse organismo maravilhoso da Terra, que é nossa mãe, quando a gente exagera ela puxa a orelha mesmo. Essa parada que nós estamos vivendo no planeta inteiro eu entendi como a Mãe Terra falando com os filhos: "Silêncio". Por enquanto ela só está falando "silêncio", mas ela tem potência para nos dar um tapa na cara. Se ela der um tapa na cara, meu filho, nós vamos fazer companhia aos dinossauros. [QUOTE=1107] A gente tem essa ilusão de que comprando e guardando coisas encontraremos uma satisfação que vai diminuir a nossa angústia. Agora a onda é o aspirador de pó automático, que anda sozinho pela casa. A gente vai se transformar num reservatório de aspiradores de pó? Eu não sabia disso, mas eu achei muito trágico porque é aspirador de pó, entendeu? A maior tragédia que os humanos estão vivendo é a incapacidade de respirar. Tem que enfiar um tubo na pessoa para ela sobreviver, com uma respiração artificial. Deve ter alguma analogia apavorante entre as pessoas quererem um aparelho que fica sozinho aspirando perto deles, como se fosse um apêndice. É triste, é trágico demais. É uma tristeza imaginar que tem tanta gente aderindo a esse tipo de renúncia da vida. Se você se alienar da vida desse jeito, não tem mais sentido, a vida não vale nada. Quando foi transferido o sentido da vida para ter coisas a gente já começou a se afastar da Mãe Terra. Essa mãe maravilhosa que chama a atenção da gente, inclusive para falar: "Ei, vocês estão vivos". Quando uma mãe dá uma bronca dentro de casa, ela não está só dando uma bronca para a gente não estragar a casa, ela está dando uma bronca para dizer: "Vocês estão vivos". Pra gente não se alienar do sentido de estar vivo. Isso que é maravilhoso. Se a Terra estiver fazendo isso com a gente, e sobrar alguns de nós, e tiver sentido a gente ficar vivo, valeu. O problema é se acontecer tudo isso e a gente virar um monte de zumbis que adoram aspiradores de pó andando pela casa. LEIA TAMBÉM: Líder Yanomami, Davi Kopenawa fala da vida, da natureza e da falta de esperança no futuro Precisávamos de um tranco desse, de uma pandemia, para acordar? Se a gente estiver vivendo uma vida egoísta, sim. O que é uma vida egoísta? É uma vida onde o sujeito tem uma identidade competitiva, que desde criança ele é estimulado a competir. Infelizmente a nossa educação durante muito tempo estimulou esse tipo de mentalidade: o aluno que tem melhor desempenho, que é mais sabidão, mais espertão, vai se sair bem. E moralmente era uma coisa justificável, porque não tinha nada a ver com distorcer o caráter da criança, só tinha a ver com a ideia de estimular nele a competição. Só que isso foi exacerbado de uma maneira que virou um modelo. Toda família quer ter um filho bem-sucedido, se possível todos os filhos. Legal se sair bem na escola. Só que ele sai bem numa base que era de se sair bem sozinho, não com os outros. E vem a ideia da meritocracia. Aí vem um cara que sacaneia todo mundo, detona os oceanos e detona o planeta porque é um mérito dele. Ele tem uma corporação, ele devora os mares e as montanhas e faz grana. Esse cara está na lista dos caras que têm bilhões, então as pessoas tratam ele como o cara que merece. Como merece? Esse cara comeu o mundo para se sobressair, ele merece ter alguma coisa? Ele destrói o mundo que deveria ser dele e dos outros. Esse entendimento do sucesso virou uma praga e se espalhou pelo mundo inteiro. Quando éramos rapazes, tinha um elogio daqueles que chamávamos de yuppies, uns carinhas de vinte e poucos anos que já tinham um milhão de dólares. Então se você já tinha 30 anos e não tinha um milhão você era um idiota. O cara era solteiro, morava sozinho, tinha um apartamento de 600 metros quadrados: esse sujeito virou o príncipe dos anos 90. É aquela ideia que, se você tiver grana e poder, você pode fazer qualquer merda que você sairá vitorioso. Isso desqualifica o ser humano. Esse bem precioso e maravilhoso que é a vida deixa de ter importância porque o que passa a ter importância são as coisas. Você publicou há uns dois anos o livro Ideias para adiar o fim do mundo. Muito do que estamos vivendo agora você já anunciava nesse livro. Como foi essa visão? Esse livro pode ser considerado uma observação. Eu estava fazendo 65 anos e já tinha observado muita coisa, já tinha circulado e estava olhando que as coisas estavam indo de mal a pior. Aí eu fiz a observação que é o seguinte: será que a humanidade, essa humanidade que a gente pensa que nós somos, ela é de fato? Ela tem uma existência real ou isso é só uma ideia? Se nós fôssemos uma humanidade, como é que a gente podia ser tão desigual assim? Eu aprofundei a minha observação sobre isso e comecei a questionar as estruturas que sustentam a ideia de que nós somos uma humanidade. A ONU, a Organização Mundial da Saúde, a FAO, o Banco Mundial. Essa superestruturas ficam mantendo uma fachada de humanidade quando na verdade 70% da população do planeta vive em condições sub-humanas. Fome, desgraça e miséria. E cheguei à conclusão de que a humanidade era só um clube que faz muita propaganda de si mesmo e convence todo mundo de que aquele negócio existe. Um clube bem-sucedido. E o resto pode morrer. Eu vi uma injustiça muito grande em continuarmos propagando a ideia de uma humanidade que só é para um clube, não é todo mundo que é humano. E despertei para uma crítica que tem a ver com o pensamento dos povos não-europeus, que são os povos nativos, inclusive de outros continentes, que têm uma perspectiva de humanidade que não exclui as baleias, os elefantes, a vida selvagem. O que a gente chama de vida selvagem é gente. Tem um sentido de pertencer à humanidade, no sentido de cuidado. O cuidado com a vida na Terra supõe o cuidado com o elefante, com a onça, com o macaco, com a formiga, com a abelha. Basta estar vivo para saber que a abelha também precisa estar viva, senão não nós estaríamos. Tem listas de espécies em extinção. Daqui a pouco quem vai entrar na lista de espécies em extinção vai ser o Homo Sapiens. Eu não tenho nenhuma dúvida de que nós vamos entrar na lista de extinção antes de bilhões de outros seres que vivem aqui na Terra. Porque nós ignoramos que existe uma humanidade para além de nós mesmos, do nosso umbigo. Nós estamos mesmo pesando a mão aqui no planeta e não preciso ser ecologista para falar isso. Eu fico imaginando que a gente tem que ser corpos vivos numa Terra viva. Se a Terra adoecer, nós adoecemos junto. Não tem jeito de sermos pessoas saudáveis com o planeta todo quebrado. LEIA TAMBÉM: Amyr Kink fala sobre as semelhanças e diferenças entre o isolamento que viveu no mar e o ocasionado pelo coronavírus E quando começou essa pandemia as pessoas começaram a perguntar o que elas iam fazer depois dessa pandemia. Eu disse: "O amanhã não está à venda". Você não sabe se você vai estar vivo. Com tanta gente morrendo, o cara se preocupar em ir para uma fila de shopping, com o que é que ele vai comprar amanhã, é muita pobreza. Essa pessoa não tem afeto nenhum. Não está vendo os outros humanos em volta dele? De que humanidade somos? Um dos grandes dilemas agora é como equilibrar as necessidades do capitalismo com as necessidades do planeta e do ser humano, que parece ser uma equação que não é negociável. Na sua visão, as empresas são veneno ou são solução? Essa equação entre o que o planeta Terra pode conceder e o que o capitalismo quer extrair é de certa maneira a base de todas as outras contradições. Quando a gente pensa em empresa tem uma imprecisão muito grande: as corporações não são empresas. Vamos considerar empresa todo aquele que consegue caber no escopo da nossa compreensão de uma pessoa jurídica que pode ser identificada. São empresas. As corporações, não. As corporações são entidades supranacionais que operam no mundo inteiro. A Vale do Rio Doce, por exemplo, se associou com a BHP, que é australiana, e criaram uma outra operadora chamada Samarco. As três: BHP, Samarco e Vale do Rio Doce foram responsabilizadas pelo derrame da lama da barragem de Mariana sobre a bacia do Rio Doce, e depois a de Brumadinho sobre o Rio Paraopeba. Mas não tem como enquadrar elas porque são corporações. Elas operam no mercado financeiro, têm uma capacidade de mobilidade fantástica, e você não consegue capturar os caras. Você pode prender um executivo da corporação, mas a corporação não. E eles trocam de executivo igual a gente troca de boné. Um executivo enfático falando em nome de uma Coca-Cola na semana que vem foi mandado embora e todos os compromissos que ele fez com você estão perdidos. [QUOTE=1106] As empresas, no sentido mais geral, estão passando por uma emergência global: ou elas perdem a confiança dos seus clientes e do público – e passam a ser percebidas como perigo, como risco – ou elas mudam o relacionamento com os lugares onde elas estão instaladas. O problema é que as corporações não estão instaladas em lugar nenhum. Quando tentaram pegar a Vale do Rio Doce em Minas Gerais, descobriram que o escritório era no Canadá e a legislação do Canadá não deixa a gente ir lá resolver com a Vale do Rio Doce o crime ambiental que ela praticou aqui no Brasil. Você é uma das figuras que representam a população indígena brasileira. Como está hoje a situação do índio do Brasil de uma maneira geral? Tem uma situação que é um paradoxo. O Censo contou a população indígena na última década em franco crescimento. Na década de 80, quando a gente fez a Constituinte, o povo indígena estava na lista do desaparecimento, naquela lista da extinção. E, de fato, as políticas do estado brasileiro até o final da década de 70 e 80 eram políticas de fazer desaparecer essa população, só que de uma forma lenta e gradual, como dizia o Geisel [presidente do Brasil durante a ditadura militar]. E, para surpresa de muita gente que queria ver gente morta, na última década o IBGE viu que a população indígena tinha crescido. Muita gente que não tinha coragem passou a se declarar indígena. Mais de 40% dessa população vive em áreas urbanas, em Manaus, em Belém, Cuiabá, Rio de Janeiro, São Paulo. São Paulo tem declarados 20 mil indígenas. Ora, na década de 80 o governo brasileiro dizia que a população indígena era estimada em 120, 130 mil pessoas. Hoje tem estado que tem mais de 100 mil pessoas indígenas. O IBGE contou a população indígena na casa do milhão, 930 mil. Todos capazes de se vincular a uma etnia. Assim como eu sou Krenak, tem Guarani, Xavante, Cayapó, Yanomami, Pataxó, a pessoa é capaz de se reportar à sua etnia de origem. É uma coisa fantástica que depois de toda a violência do estado brasileiro para exterminar essa gente, esse povo continuou sabendo quem são. Não é só um índio genérico dizendo "eu sou índio". A pessoa sabe de que povo ele é, tem memória de quem ele é. Isso é maravilhoso e por isso que eu falei que é um paradoxo. Aí chega um governo e fala: "Eu odeio esses caras, eu vou acabar com esses caras". Parece uma revanche contra a gente pelo fato de estarmos vivo. Só que nesse caso esse governo não tá ferrando só os índios. Quando eles falam de "passar a boiada", é para passar a boiada em cima da Mata Atlântica, da Floresta Amazônica, do ecossistema do Cerrado, da nossa diversidade biológica, das nossas riquezas. Quer dizer, eles estão tacando fogo na nossa herança comum. É um bando de gafanhoto. Eles não estão intencionalmente falando "vamos ferrar os índios", eles estão falando "vamos ferrar o Brasil". LEIA TAMBÉM: Ainda dá tempo de garantir a sobrevivência da nossa espécie? A humanidade tem salvação? Tem jeito de sustentar tantos bilhões de pessoas em cima de um planeta? Um dia fizeram essa pergunta para Mahatma Gandhi. Um jornalista inglês perguntou pro Gandhi porque ele tinha essa ideia de que a comida, a vida, era para fluir como um bem comum, para todo mundo. E é óbvio que aquele inglês estava vendo que a Índia era uma região muito pobre do planeta. E botando Gandhi num xeque-mate, perguntou: "O senhor acha que a Terra tem o suficiente para todo mundo?". Gandhi respondeu: "Suficiente ela tem, o que ela não tem é um Rolls-Royce, uma casa na praia e um apartamento na cidade para cada um. Aí não dá". E nós chegamos no planeta a esse lugar de consumo onde cada um quer ter hoje um Rolls Royce, uma casa na cidade e uma casa na praia. Agora também um aspirador. O painel do clima está dizendo que, quando chega no final de maio ou junho de cada ano, a gente bate no vermelho. Seria como se tudo o que você teria para comer durante um ano você já comeu até o final de maio ou junho. Eles dizem que a gente já está devendo um planeta no ano que vem. Na economia, é possível criar uma dívida que você paga depois. No caso do planeta, não tem dívida externa. Toda a dívida vai cair sobre nós. Se a gente não aprender a pisar suavemente na Terra, o céu cai sobre a nossa cabeça.
Neste quarto episódio do “Amazônia em Cinco Minutos”, podcast com os destaques semanais da Amazônia Latitude e publicações especializadas sobre o tema, ouça um trecho da entrevista exclusiva concedida pelo xamã Yanomami, Davi Kopenawa, durante o Colóquio “Amazônia: Violência Crescente e Tendências Preocupantes”, realizado no início do ano em Oxford, Inglaterra. Categórico, Davi alertou, ainda em janeiro, para os perigos da pandemia entre os povos indígenas da região. Você confere outra reflexão do líder aqui. Saiba mais sobre a histórica e culturalmente diversa Santarém, uma das cidades mais antigas da Amazônia localizada no oeste paraense e que acaba de completar 359 anos. O município lida com números alarmantes de mortos e infectados pelo novo coronavírus. Para amenizar a dor da existência em tempos especialmente difíceis, convidamos você a ouvir a produção artística da região e se influenciar positivamente com a dica da vez, vinda da aniversariante Santarém. O podcast é mais uma frente da missão da Amazônia Latitude no debate crítico sobre a floresta e divulgar sua diversidade cultural, riqueza natural e dilemas.
N'Autre Histoire, le podcast qui parle de l'histoire autrement. Nous voulons quitter le récit dominant de l'histoire pour rechercher le point de vue des Subalternes, c'est-a-dire ceux/celles qui souffrent des inégalités et les combattent. Dans cet épisode, l'éditrice Paula Anacaona et la dessinatrice Claudia Amaral expliquent comment et pourquoi elles ont créé le livre 1492 Anacaona, l'insurgée des Caraïbes. Ce récit du début de la colonisation Européenne des Amériques montre que ce n'était pas une « Découverte » mais une conquête et des génocides des autochtones. Elles nous ont aussi parlé de leurs autres activités, de l'impact du Brésil sur leurs visions du monde et notamment de l'histoire, leurs projets et leurs recommandations de lecture. Si vous souhaitez participer a N'Autre Histoire, écrivez-nous à contact.nautrehistoire@gmail.com , sur notre page Facebook ou notre compte InstagramRéférences :Livre : Paula Anacaona et Claudia Amaral, 1492, Anacaona, l'insurgée des Caraïbes, Anacaona Editions, 2019Film : Iciar Bollaín, También la lluvia (2010).Musique : Melissa Laveaux, Lè Ma Monte Chwal Mwen, et Jocelyne Béroard, Ké Sa LévéLes recommendations de Paula Anacaona:Karima Lazani, Le trauma colonial. Une enquête sur les effets psychiques et politiques contemporains de l'oppression coloniale en Algérie, La Découverte, 2018.Ngugi wa Thiong'o, Décoloniser l'esprit, La fabrique éditions, 2011.Jesmyn Ward, Bois sauvage, Belfond, 2012.Viet Thanh Nguyen, Le Sympathisant, Belfond, 2017.Les recommendations de Claudia Amaral:Darcy Ribeiro, O povo brasileiro. A formação e o sentido do Brasil, Companhia das Letras, 1995.Bruce Abert, Davi Kopenawa, La chute du ciel : paroles d'un chamane Yanomami, Terre Humaine, Plon, 2010.Afonso Arinos de Melo Franco, O Índio brasileiro e a Revolução francesa: as origens brasileiras da teoria da bondade natural, Livraria J. Olympio Editora, 1976. Voir Acast.com/privacy pour les informations sur la vie privée et l'opt-out.
Neste quarto episódio, último da primeira temporada, falaremos sobre fins. Com o mote de compreender o que é a "virada ontológica" dentro da antropologia, alcançando uma discussão sobre o fim do mundo e os fins da própria disciplina. Não imaginávamos lançar o programa no meio de uma pandemia, o que é bastante apropriado, pois o momento que vivemos é um exemplo concreto do que falamos ao longo da entrevista com o professor Stelio Marras. CÉDITOS E AGRADECIMENTOSRoteiro: Lucas Lippi e Tainá ScarteziniEdição e revisão de texto: Beatriz Braga, Lucas Lippi, MAteus Bravin e Tainá ScarteziniLocução: Beatriz Braga, Lucas Lippi, Tainá Scartezini e Mateus Bravin.Edição de som: Frederico Sabanay e Mateus Bravin.Apoio técnico: Leonardo Fuzer e Ricardo Dionísio. Para este episódio, entrevistamos Stelio Marras, professor do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP), e coordenador do LAPOD (Laboratório Pós-Disciplinar de Estudos - IEB/LaBieb/USP). Este programa conta com o apoio da Pró-reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo, do Lisa (Laboratório de Imagem e Som em Antropologia) e do Departamento de Antropologia da USP. Fizemos citações ao livro "A Queda do Céu: palavras de um xamã yanomami", de Davi Kopenawa e Bruce Albert. Foram ainda mencionadas e mencionados: Bruno Latour, Isabelle Stengers e Anna Tsing.
Como lidar com a criatividade em meio à realidade da pandemia? Neste episódio, André, Jéssica, Juliana e Maria Williane pensaram a indústria do livro e o fazer criativo em tempos pandêmicos, pela perspectiva de duas convidadas: Julia Dantas, jornalista e escritora, criadora do blog Diário da Pandemia (que registra a realidade de porto-alegrenses no isolamento) e Nanni Rios, dona da Livraria Baleia, uma livraria de bairro que teve de se adequar a esta nova realidade. Ao abordar saúde mental, autoria e os muitos desafios deste momento, Julia e Nanni, convidam à reflexão do criar em meio a estes tempos turbulentos. Vem ouvir! Projetos mencionados: Diário da Pandemia: https://diariodapandemia.blogspot.com/ Os dias e as noites: https://osdiaseasnoites.com.br/ Banca online da Livraria Baleia: https://www.livrariabaleia.com.br/banca Clube de assinaturas da Livraria Baleia: https://www.livrariabaleia.com.br/clube Livros indicados: Ideias para adiar o fim do mundo - Ailton Krenak (Companhia das Letras): https://bit.ly/3dISRhH A queda do céu: palavras de um xamã yanomami - Davi Kopenawa e Bruce Albert (Companhia das Letras): https://bit.ly/3fOyNMV Cinco voltas na Bahia e um beijo para Caetano Veloso - Alexandra Lucas Coelho (Bazar do tempo): https://bit.ly/2WTXsHk
no respiro de hoje, lívia aguiar (@eusouatoa) olha um trecho do capítulo desenhos de escrita, da pele de imagens "A Queda do Céu", de Davi Kopenawa.
Pour le dernier épisode de ces trois podcasts, nous recevons le chef chaman Davi Kopenawa, porte-parole international des indiens Yanomami. Né en 1956, il rencontre Claudia Andujar lorsqu'il est encore jeune. Il sera un témoin de premier plan des conséquences désastreuse de l'ouverture de la forêt Amazonienne aux intérêts mercantiles des occidentaux, qui à partir du milieu des années 1970 font irruption sur le territoire Yanomami. Avec l'aval du gouvernement, il déforestent, pillent et massacrent au sein d'une région qui vivait alors encore en autarcie, et en équilibre avec la faune et la flore. Depuis, Davi Kopenawa parcourt le monde afin de faire résonner la voix de son peuple. Il nous raconte. See acast.com/privacy for privacy and opt-out information.
On the occasion of the exhibition « Claudia Andujar. The Yanomami Struggle » at Fondation Cartier in Paris, Les Inrocks met with three key protagonists of the show and asked them to speak about their involvment in the struggle. Chief chaman and international spokesperson of the Yanomami people Davi Kopenawa is our last guest for this episode part of a series of three podcasts. Born in 1956, met Claudia Andujar as he was still young. He would become a prime witness of the disastrous consequences brought about by the opening of the Amazonian forest starting in the mid-1970s, which became prey to thetrade interests of non-Indigenous people lured by the immense riches of the Yanomami land. Protected by the government, they went on to deforest, plunder and slaughter on a land that till then was enjoying a self-sufficient life in harmony with fauna and flora. Since then, Davi Kopenawa has been traveling throughout the planet to help raise awareness to his people's fate, as he accepted to do with us as well. See acast.com/privacy for privacy and opt-out information.
durée : 00:03:23 - A propos d'ailleurs - par : Mattéo Caranta - "Claudia Andujar, la lutte Yanomami", est une exposition qui retrace son combat et celui notamment de Davi Kopenawa, porte-parole des Yanomami. Retour sur une figure emblématique.
Último episódio inédito do ano! Paulina Chamorro conversa com Ricardo Cardim sobre o lançamento do seu livro Remanescentes da Mata Atlântica. Também temos um trecho do debate com Davi Kopenawa, Xamã e líder Yanomami, captado na Feira Rosenbaum. Obrigada ISA, Feira Rosenbaum e Fruto! E Claudio Angelo, no Minuto do Clima, traz as informações da última semana da Cop 24, direto da Polônia!
SMJ #87 – Pensamento Ameríndio É muito comum se escutar a frase “ubi societa ibi ius” [se há sociedade, há direito] nas faculdades. Mas será que ela faz realmente sentido? Essa tentativa de transformar o fenômeno jurídico em um evento universal pode se transformar em uma armadilha de imposição de padrões e formatos ocidentais em outras sociedades. Os estudos de etnologia ameríndia desenvolvidos na América do Sul, e especialmente no Brasil, foram responsáveis por uma revolução epistemológica que abriu inovadoras possibilidades de interpretação das sociedades ameríndias por elas mesmas, e assim, muitos conceitos e interpretações tiveram de ser revistos. No programa de retorno das férias o SMJ teve o prazer de entrevistar Orlando Calheiros*, antropólogo com longa convivência com povos indígenas brasileiros para desvendar o funcionamento da filosofia ameríndia. Não perca! Foto da vitrine de Orlando Calheiros. ========= Indicado no programa: A sociedade contra o Estado – Pierre Clastres A inconstância da alma selvagem – Eduardo Viveiros de Castro A queda do céu – Davi Kopenawa e Bruce Albert Ideias para adiar o fim do mundo – Ailton Krenak ========== Comentários, sugestões, críticas: contatosalvomelhorjuizo@gmail.com Twitter: @SMJPodcast Facebook: https://www.facebook.com/salvomelhorjuizo/ Instagram: @salvomelhorjuizo Assine o Feed: feeds.feedburner.com/salvomelhorjuizo Compartilhe, divulgue, ajude-nos nesse projeto! Agora o SMJ faz parte da rede de podcasts AntiCast! Acesse: www.anticast.com.br Acesse o PADRIM do SMJ e contribua: www.padrim.com.br/salvomelhorjuizo ======== *Orlando Calheiros é antropólogo, fotógrafo e podcaster. Mestre e doutor em Antropologia no Museu Nacional/UFRJ, realizou trabalho de campo com várias populações indígenas, com destaque para seus estudos com os Aikewara. É host do podcast Benzina. Atuou na Comissão Nacional da Verdade, investigando os eventos da Guerrilha do Araguaia.
O Tudo Sobre Coisa Nenhuma estreia uma nova série "Feminismo em Ação" que começa com uma entrevista poderosa e inspiradora que a ativista Lua Leça concedeu à nossa co-host Larissa Rinaldi. Vem ouvir e deixa um recado pra gente nas redes sociais. @tudosobrecoisanenhuma e @lualeca ou no nosso email: tudosobrecoisanenhuma@gmail.com Tem na Netflix? Tem! Documentário: Democracia em Vertigem de Petra Costa, Documentário: Absorvendo o Tabu de Rayka Zehtabchi Não tem! Livro: Um Defeito de Cor de Ana Maria Gonçalves, Livro: A Queda do Céu de Davi Kopenawa e Bruce Albert & Videoclipe: Mundo Líquido de Maria Gadú https://www.youtube.com/watch?v=H5UC9a1sjiY Exaltando as manas! #MariellePresente - Mulheres na Escrita, Mulheres da Resistência no Exterior, Mulheres da roda #2dedosdeprosa - Preta Ferreira, Liniker, Juliana Leça, Neusa Francisca, Maria Gadú, Sonia Guajajara , Célia Xakriabá, Monica Benicio, Juliana Baggio, Thásya Barbosa, Vaneza Oliveira, Driade Aguiar, Monique Evelle, Carmen Silva, Luíse Reis, Val Benvindo, Patricia Pina, Juliana Borges, Dani Siqueira, Dani Salles, Rebeca Brack , Duda Porto de Souza , Giordanna Forte, Luana Lobo, Luciana Pimentel, Robeyoncé Lima, Gi Carvalho, Bia Ferreira, Marianna Guinle, Juliana Strassacapa, Carolina Machado, Gabriela Moreyra , Milly Lacombe, Manas da Revista Brejeiras, Manas da Puta Peita, Mulheres do Sertão, Mães pela Diversidade, Ocupação 9 de Julho - #NossaSomaMultiplica
SMJ #56 – Terra e Povos Tradicionais Os direitos territoriais de povos tradicionais está em pauta no Supremo Tribunal Federal. Terras Indígenas e os Territórios Quilombolas são conceitos presentes na Constituição Federal que possuem uma semântica aberta que exige a densificação por parte do Poder Judiciário e, especialmente, por parte dos atores envolvidos. Compreender a tensão originada no diálogo entre povos tradicionais e direito é tarefa difícil que exige uma interdisciplinaridade e uma sensibilidade específicas. Desde o século XVI se encontra passagens de jesuítas afirmando que os “gentios” teriam direito natural a suas terras e que os portugueses ali estariam como hóspedes. Esse discurso é reafirmado em vários momentos da história brasileira, até que em 1934 surge a constitucionalização do direito indígena as suas terras. Ainda assim, a aplicabilidade desses direitos é muito complexa, envolvendo todo um processo de demarcação, e não raro as resistências por parte de setores da sociedade impedem sua concretização e eficácia. Para entender o debate e o que está em jogo no Supremo Tribunal Federal acerca dos direitos territoriais indígenas e quilombolas, o Salvo Melhor Juízo chamou para sua bancada dois especialistas no tema: Samuel Rodrigues Barbosa* e Thiago Hoshino**. Ouça já! ========= Indicado no programa: Registros Públicos e recuperação de terras públicas – José Rodrigo Rodriguez - http://bit.ly/2kS5Kzz Do corpo ao pó: crônicas da territorialidade Kaiowá e Guarani nas adjacências da morte - Bruno Morais - http://bit.ly/2hJg889 O Atlântico Negro – Paul Gilroy Constituição Haitiana de 1805 - http://bit.ly/2yN1V4U O Terreiro e a Cidade – Muniz Sodré A queda do céu – Davi Kopenawa e Bruce Albert Aukê e briga de papel – Marcele Guerra- http://bit.ly/2gJ407p Parecer sobre Marco Temporal – José Afonso da Silva - http://bit.ly/2xJwjwU Constituições Nacionais e Povos Indígenas – Alcida Rita Ramos Sites: https://www.socioambiental.org/ http://guarani.map.as/ http://www.videonasaldeias.org.br http://terradedireitos.org.br/ Filme: Terra Vermelha Filmes de Vincent Carelli ========= Comentários, sugestões, críticas: contatosalvomelhorjuizo@gmail.com Twitter: @SMJPodcast Facebook: https://www.facebook.com/salvomelhorjuizo/ Instagram: @salvomelhorjuizo Assine o Feed: feeds.feedburner.com/salvomelhorjuizo Compartilhe, divulgue, ajude-nos nesse projeto! Agora o SMJ faz parte da rede de podcasts AntiCast! Acesse: www.anticast.com.br *Samuel Rodrigues Barbosa é professor de História do Direito e Teoria do Direito na Universidade de São Paulo – USP. Coordena na USP o Saju Tuíra, grupo de Assessoria Jurídica Universitária para Povos Indígenas. Faz parte de um grupo de antropólogos e juristas que monitora as ações judiciais no STF sobre questões indígenas. **Thiago Hoshino é professor de Antropologia Jurídica na Universidade Positivo – UP. É doutorando em Direito na Universidade Federal do Paraná e pesquisa conflitos socioambientais envolvendo territórios quilombolas e terreiros.
Swans (a tribute to Peleshyan) by Patti Smith With Patti Smith and Patrick Wolf, and the presence of Artavazd Pelechian. Patti Smith lit : "La chute du ciel, Paroles d'un chaman Yanomami", de Bruce ALBERT et Davi KOPENAWA. Plon, Coll. Terre Humaine, 2010. Trad. anglaise : "The Falling Sky, Words of a Yanomami Shaman", by Davi Kopenawa and Bruce Albert. Translated by Nicholas Elliott and Alison Dundy. Harvard University Press, 2013. In 1970, Armenian filmmaker Artavazd Peleshyan directed Inhabitants, an ode to wildlife. Fascinated by this poetic work, Patti Smith composed a tribute to the filmmaker. In presence of Artavazd Peleshyan.
Swans (a tribute to Peleshyan) by Patti Smith With Patti Smith and Patrick Wolf, and the presence of Artavazd Pelechian. Patti Smith lit : "La chute du ciel, Paroles d'un chaman Yanomami", de Bruce ALBERT et Davi KOPENAWA. Plon, Coll. Terre Humaine, 2010. Trad. anglaise : "The Falling Sky, Words of a Yanomami Shaman", by Davi Kopenawa and Bruce Albert. Translated by Nicholas Elliott and Alison Dundy. Harvard University Press, 2013. In 1970, Armenian filmmaker Artavazd Peleshyan directed Inhabitants, an ode to wildlife. Fascinated by this poetic work, Patti Smith composed a tribute to the filmmaker. In presence of Artavazd Peleshyan.
Swans (a tribute to Peleshyan) by Patti Smith With Patti Smith and Patrick Wolf, and the presence of Artavazd Pelechian. Patti Smith lit : "La chute du ciel, Paroles d'un chaman Yanomami", de Bruce ALBERT et Davi KOPENAWA. Plon, Coll. Terre Humaine, 2010. Trad. anglaise : "The Falling Sky, Words of a Yanomami Shaman", by Davi Kopenawa and Bruce Albert. Translated by Nicholas Elliott and Alison Dundy. Harvard University Press, 2013. In 1970, Armenian filmmaker Artavazd Peleshyan directed Inhabitants, an ode to wildlife. Fascinated by this poetic work, Patti Smith composed a tribute to the filmmaker. In presence of Artavazd Peleshyan.