Todas as semanas, a Rádio Comercial dá-lhe o roteiro perfeito para a sua viagem.
REFÚGIOS EM PORTUGAL (E DICAS PARA O CONFINAMENTO) COM VERA FERNANDES Chegou, viu e venceu. Depois deste episódio do Ai Destino, Vera Fernandes vai escrever um livro de auto-ajuda (dos bons), do género “Como vencer os seus medos e melhorar a auto-estima”. É que é dose ter entrado para uma equipa de cinco génios: Markl, Vasco, Pedro, César e Ricardo, nas super Manhãs da Comercial. Falamos disso e de outras viagens pelo país desta apaixonada pelo Alentejo que adora praia e calor, e que agora pode também ver num programa de domingo à tarde na tevê. A outrora Verinha Mágica, e sempre luminosa, Vera Fernandes no Ai Destino. NUM MUNDO IDEAL, ONDE PASSAVAS UM CONFINAMENTO? Na Tailândia, sempre com a praia à mão, pouca roupa e calor. UM “SEGREDO” EM PORTUGAL "O Passarinho”, um restaurante maravilhoso no Cercal, do Alentejo. Quero ser embaixadora do Alentejo, aliás. UMA ESTRADA PARA CONHECER EM PORTUGAL A que vai de Tróia para a Comporta. Era o caminho que fazia a caminho da praia do… (ler resposta abaixo…) UMA PRAIA A praia do Carvalhal, onde passava metade das minhas férias – na altura, só tinha bares de pescadores, não era a finesse de hoje em dia. A outra metade era passada em Monção, sempre com um pezinho em Espanha. UMA IGREJA A Basílica da Estrela, em Lisboa, e a Capela dos Jerónimos, no Restelo, onde a Francisca foi batizada - é pequenina, especial e tem uma vista incrível. UM MONUMENTO O Palácio da Ajuda. UMA PAISAGEM O Tejo. Adoro entrar em Lisboa pela 25 de Abril. UMA EXPERIÊNCIA Andar de barco! Seja no Tejo ou onde LIVROS PARA LER NUMA QUARENTENA “O Caminho do Artista”, da Julia Cameron – um livro com exercícios para estimular a criatividade. MÚSICA PARA ANIMAR A ALMA O silêncio. MARATONA DE SÉRIES E FILMES “Succession”, “Gambito de Dama”, “The Crown”. CONFORT FOOD Gosto muito de sushi, mas quando está frio não como tanto. Chinês, indiano, italiano e agora à noite como uns crepes de chocolate que se aquecem no micro-ondas. PRIMEIRA VIAGEM QUE QUERES FAZER DEPOIS "DISTO" Gostaria de voltar à Ásia, mas com os pequeninos é capaz de ser uma viagem muito longa, por isso ou vamos parar ao Alentejo ou à Madeira, que ainda não conhecemos.
Atenção: esta edição do Ai Destino tem muita parvoíce e profundidade em medidas idênticas, nomeadamente os truques de higiene mental para manter o malabarismo entre tantas profissões bem sucedidas. Ele é criativo, ele é um animal de palco, ele é quase um coach motivacional da equipa da Rádio Comercial, ele é apresentador de concursos em horário nobre, ele é pai, marido e amigo. Vasco Palmeirim é tudo isto e tem tanta coisa boa para lhe contar neste AI DESTINO. Ouça. Feliz Natal
Desde que apareceu a pandemia leu mais de 25 livros, portanto está mais do que habilitada para recomendar viagens – internas, no sofá; mas também por Portugal, sendo ela uma viajante inveterada. Rita Rugeroni faz-lhe companhia de segunda a sábado na Rádio Comercial, entre as 11h e as 14h, e traz-lhe agora muitas dicas para se atirar para fora de pé e partir à descoberta do desconhecido dentro de Portugal – e, em última análise, de si mesmo! SÍTIO IDEAL PARA PASSAR UMA QUARENTENA? A minha casa! UMA ESTRADA PARA CONHECER EM PORTUGAL A estrada que liga Alcácer do Sal à Comporta… a oportunidade de ver um bocadinho da Reserva Natural do Estuário do Sado, os bancos de areia branca, os pinhais, os ninhos das cegonhas. UMA IGREJA Capela de São Sebastião no Parque Marechal de Carmona: uma capela do século VXI, foi onde os meus pais casaram e quando passo lá acredito sempre mais no Amor. UM MONUMENTO Mosteiro dos Jerónimos: Local de partida para um novo mundo... foi de lá que Vasco da Gama partiu para as suas viagens de descobrimentos e que deu origem a muito do que somos feitos hoje. Os portugueses e a nossa cultura. UMA PAISAGEM Estradas e caminhos pelo interior da ilha de São Miguel... Tudo à tudo volta respira vida e saúde. UMA EXPERIÊNCIA Andar de caiaque na Lagoa das Sete Cidades, nos Açores UM SEGREDO EM PORTUGAL A vila de Monsaraz envolta pelas suas muralhas medievais, com vista para o Alqueva, onde as casas são feitas de xisto e cal e as ruas contam histórias de Reis e cavaleiros UMA PRAIA Praia do Guincho. Praia de infância. Melhores bolas de berlim do mundo. LIVROS PARA LER NUMA QUARENTENA "O Ensaio sobre a Cegueira" – José Saramago "Pátria" – Fernando Aramburo "Rouxinol" - Kristin Hannah "Apneia" - Tânia Ganho "Silêncio na Era do Ruído" - Erling Kagge "Macbeth" - Shakespeare DISCOS PARA OUVIR NUMA QUARENTENA Pedro Abrunhosa - Viagens Coldplay - Everyday Life MARATONA DE SÉRIES E FILMES “Pátria” e “Undoing” na HBO “Handmaid’s tale” CONFORT FOOD Ovos escalfados com ervilhas PRIMEIRA GRANDE VIAGEM QUE QUER FAZER DEPOIS DISTO Levar a minha filha à EuroDisney
REFÚGIOS EM PORTUGAL COM ANA ISABEL ARROJA Ana Isabel Arroja é o mais próximo de estrela de rock que temos aqui na rádio. Está sempre cheia de power, adora música e é também DJ. Desde setembro, contribui para o aumento da taxa de natalidade com o seu Slow Down, das 21h às 00h, só com música do amooorrrr para terminar o dia. Mas, para equilibrar o seu lado rockeiro, tem também o podcast Rock Star. Já percorreu o país de lés a lés e por isso está em condições de eleger alguns dos melhores refúgios e dicas em Portugal. NUM MUNDO IDEAL, ONDE PASSAVAS UMA QUARENTENA? Ilha do Porto Santo. Andar de moto quatro, andar a cavalo, comer lapas e bolo do caco, passear pela ilha, ir à praia, descansar. LIVROS PARA LER NUMA QUARENTENA O meu livro Pérolas Mini-Arrojadas, Finalmente o Mano! MÚSICA PARA ANIMAR A ALMA Ando numa onda old school: Nevermind dos Nirvana, White Pony dos Deftones, álbum preto dos Metallica, as malhas novas dos Bring Me The Horizon, mas ando apaixonada pelo YUNGBLUD, um artista britânico novo. MARATONA DE SÉRIES E FILMES Todos os filmes românticos da Fox Life, a série Emily em Paris da Netflix e rever a Fuller House. CONFORT FOOD Nesta altura a bebida será sempre chá ou então uma cola fresquinha com limão. Receita vai para a confort food: bacalhau com natas ou uma bela tarte de leite condensado. Ou os Bimbos de chocolate com recheio de creme branco! UMA ESTRADA A2 Sul para o Algarve! UM MUSEU Não é museu mas gosto sempre de levar os miúdos ao Zoo e ao Oceanário. UMA IGREJA A Mãe D’Agua, em Lisboa, que acaba por ser igreja e museu ao mesmo tempo. No Aqueduto das Águas Livres nas Amoreiras. UM MONUMENTO Mosteiro dos Jerónimos e o Palácio da Pena em Sintra. UMA PAISAGEM Carvoeiro no Algarve. UMA EXPERIÊNCIA Montar a cavalo é sempre uma experiência incrível. UM SEGREDO EM PORTUGAL Monte Santo Resort, no Carvoeiro. É para onde vou quando preciso de recarregar baterias e pôr as ideias em ordem. Faço retiros espirituais lá. Segredo.... UMA PRAIA Porto Santo! PRIMEIRA VIAGEM QUE QUERES FAZER DEPOIS "DISTO" Adorava poder regressar a Nova Iorque, mas o mais provável é ir a Londres. Amsterdão também é uma das próximas viagens com a minha filha.
Diogo Beja é o homem-rádio da casa: percebe de tudo o que é botão e tem aquela voz quente e acolhedora que tão bem conhecemos. No ar de segunda a sexta entre as 17h e as 20h com a Joana Azevedo no Já se Faz Tarde, e também no podcast Cada um Sabe de Si, é um geek das tecnologias e da fotografia, mas também um bon vivant de garfo e faca. Anda sempre na passeata, seguindo uma tradição familiar que o levava a desbravar o país em pequeno. Venha daí conhecer os refúgios em Portugal do nosso Diogo Beja. Nota: esta entrevista pode conter alguns disparates, uma vez que os dois locutores já se conhecem há quase 20 anos. :D SÍTIO IDEAL PARA PASSAR UMA QUARENTENA? A casa dos meus pais! UMA ESTRADA PARA CONHECER EM PORTUGAL Eu adoro conduzir e adoro fotografar. E adoro conduzir para fotografar! Já fiz imensas vezes a N4, N10 e N3 só para fotografar. A N222, no Douro, é lindíssima! Especialmente, as cores nesta altura do ano. Mas falta-me refazer a N226, que fiz uma vez quando passei férias em Armamar. Logo a seguir a Moimenta da Beira, encontrei a Albufeira da Barragem do Vilar e mal tive tempo para parar. É uma estrada que tenho mesmo de voltar a fazer. UM MUSEU Há umas semanas fiquei hospedado muito perto do Museu Amadeo de Souza Cardoso, mas não consegui visitar e ficou-me atravessado. Terei de lá ir em breve. E, por norma, sempre que mudam exposições, vou espreitar as novidades no CCB e MAAT. E quando vou ao Porto, Serralves é certinho. UMA IGREJA A igreja da Torre dos Clérigos ou a do Mosteiro de Alcobaça. UM MONUMENTO Paço dos Duques de Bragança, Guimarães. UMA PAISAGEM É tão difícil escolher uma entre a vista da esplanada do Museu de Foz Côa, a Arrábida ou as planícies alentejanas.. por isso, por uma questão mais pessoal, a vista para o presépio na Vila Alta em Alenquer. UMA EXPERIÊNCIA Canyoning na Serra da Lousã. UM SEGREDO EM PORTUGAL Portugal não é, todo ele, um segredo? Não sei. Há tantos restaurantes ou vinhos ou locais escondidos, que é difícil escolher um segredo. Ou querer revelá-lo. :-P UMA PRAIA Praia Maria Luísa, em Albufeira. Pelo menos, como era há 25 anos. LIVROS PARA LER NUMA QUARENTENA Qualquer um do Stephen King. E é óptimo, porque podemos escolher entre mais de mil ou assim. DISCOS PARA OUVIR NUMA QUARENTENA Podcasts. :) Sugiro os da Rádio Comercial, ou então um dos meus preferidos do momento: "Smartless". MARATONA DE SÉRIES E FILMES Tenho visto tanta coisa que mal sei o que acabei de ver. Mas como está a ser um ano difícil, duas comédias: "VEEP" na HBO e "Brooklyn 99" na Netflix. CONFORT FOOD Vinho. Sempre vinho. PRIMEIRA GRANDE VIAGEM QUE QUER FAZER DEPOIS DISTO Qualquer uma?! :-D
REFÚGIOS EM PORTUGAL COM RUI SIMÕES O nosso benjamim é um boy da margem sul sempre pronto a lançar charme. Imagine a quantidade de chamadas indiscretas que já recebeu madrugada dentro!... De segunda a sexta-feira, Rui Simões consigo entre as 00h e as 05h na Rádio Comercial. NUM MUNDO IDEAL, ONDE PASSAVAS UMA QUARENTENA Douro/Gerês UM “SEGREDO” EM PORTUGAL Pego das Pias, em Odemira UMA ESTRADA PARA CONHECER EM PORTUGAL A estrada do Parque Nacional do Gerês UM MUSEU Museu do Sporting, pela nostalgia, e a Casa da Amália UMA IGREJA Não sou muito disso, mas há uns anos tinha um ritual engraçado com uma igreja UM MONUMENTO O Cristo Rei UM PALÁCIO Palácio de Monserrate, em Sintra. UMA PAISAGEM Douro/Açores UMA EXPERIÊNCIA Viver com um gato bebé, ahaha. Ok, pode ser uma prova de vinhos no Douro que fiz este ano. UMA PRAIA Praia da Amália LIVROS PARA LER NUMA QUARENTENA "Tu és Genial Mas Ainda Não Sabes - 57 Formas de Libertar a Criatividade em Ti" - Rod Judkins MÚSICA PARA ANIMAR A ALMA James - "Sit Down" MARATONA DE SÉRIES E FILMES “Sons of Anarchy”, “Peaky Blinders”, “Breaking Bad”. CONFORT FOOD Cabrito PRIMEIRA VIAGEM QUE QUERES FAZER DEPOIS "DISTO" Los Angeles para o festival Coachella. Já tenho os bilhetes!
TEMPORADA "REFÚGIOS EM PORTUGAL" - FEAT. WILSON HONRADO Aviso: moss, esta edição tem sotaque olhanense e muito viiinhooo. Wilson Honrado faz-lhe companhia de segunda a sexta-feira entre as 14h e as 17h na Rádio Comercial, mas com 12 ou 13 anos já ia à ameijoa na Ria Formosa. A ligação à natureza sempre o acompanhou e, hoje em dia, até tem a sua própria horta. Não pensava que um DJ podia ser, ao mesmo tempo, agricultor? É uma nova moda e é super cool. Descubra um bocadinho mais sobre o nosso Wilson! NUM MUNDO IDEAL, ONDE PASSAVAS UMA QUARENTENA? Em Olhão! Ou então num destino tropical com muito sol… e vinho. UM “SEGREDO” EM PORTUGAL Os nossos vinhos! Há bons vinhos do Algarve ao Minho – até nas ilhas. E a nossa gastronomia. UMA ESTRADA PARA CONHECER EM PORTUGAL A nacional 222 que liga a Régua ao Pinhão – tem imensas quintas de vinhos e a estrada é sempre à beira rio. UM MUSEU O Museu da Rádio! UMA IGREJA O Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em Viana do Castelo. UM MONUMENTO O Cristo Rei (adorava por música lá!) e o Castelo de São Jorge. As melhores vistas de Lisboa! UM PALÁCIO Palácio da Pena, em Sintra. UMA PAISAGEM As ilhas da Ria Formosa. UMA EXPERIÊNCIA Tomar banho nas piscinas vulcânicas do Parque Terra Nostra, ilha de São Miguel, nos Açores… num dia de chuva. E a seguir ir comer um cozido das furnas. UMA PRAIA A costa da ilha do Farol, da Armona ou dos Hângares. LIVROS PARA LER NUMA QUARENTENA “Pornopopeia”, de Reinaldo Moraes MÚSICA PARA ANIMAR A ALMA “Something about you” de Wilson Honrado, Francisco Cunha feat. Eden Lewis!!! MARATONA DE SÉRIES E FILMES Pulp Fiction, Cidade de Deus e Transpotting. CONFORT FOOD Cataplana. Ou uma boa caldeirada, que é quase o mesmo. PRIMEIRA VIAGEM QUE QUERES FAZER DEPOIS "DISTO" A que ficou pendurada: a Córsega!
TEMPORADA "REFÚGIOS EM PORTUGAL" - FEAT. ANA DO CARMO Ana Margarida do Carmo, Anne Daisy para os mais novos, é uma escorpiona que gostaria de ter nascido em Ibiza e que ainda planeia lá passar a reforma. A que horas nos alegra a voz desta menina na Rádio Comercial? Entre as 05h e as 07h. Da manhã. Mas é o melhor warm up que podia ter para a trupe das Manhãs. E é não bebendo café. Agora pense. Nesta edição do Ai Destino, continuamos a explorar refúgios em Portugal e dicas para um eventual isolamento profilático ou quarentena - é ver a coisa pelo lado positivo. NUM MUNDO IDEAL, ONDE PASSAVAS UMA QUARENTENA? Travancinha, perto de Seia. UMA ESTRADA PARA CONHECER EM PORTUGAL Eu sou mais de autoestradas, não gosto de conduzir em estradas nacionais. Mas este ano ouvi falar tanto da Nacional 2 que fiquei com curiosidade, de Faro a Chaves. UM MUSEU Museu Calouste Gulbenkian, coleção do Fundador, com quadros de Rembrandt e de Monet. UMA IGREJA Capela do Ossos, em Évora. Creeeepy! UM MONUMENTO Padrão dos Descobrimentos, para relaxar à beira-rio. UMA PAISAGEM Qualquer uma que tenha mar! UMA EXPERIÊNCIA Uma massagem a dois no EPIC SANA Lisboa. UMA PRAIA Praia dos Tomates, em Vilamoura. LIVROS PARA LER NUMA QUARENTENA “Vem Voar Comigo”, Margarida Rebelo Pinto, “Amor em tempos de Cólera”, do Gabriel Garcia Marquez MÚSICA PARA ANIMAR A ALMA Ou ponho a tocar Dave Matthews Band – “Before These Crowded Streets”, ou ponho a tocar David Guetta ou Calvin Harris. MARATONA DE SÉRIES E FILMES “Peaky Blinders”, “The Undoing” (Hugh Grant e Nicole Kidman), “The Transplant” (medico Sírio Bashir Hamed que tenta vingar como médico em Nova Iorque), “A Very English Scandal” (Hugh Grant a fazer de Jeremy Thorpe, e Ben Whishaw a fazer de Norman Scott), “Emily in Paris”, para poder ver com as minhas filhas, “The Crown”. CONFORT FOOD Comida de forno (Frango assado no forno, Empadão) ou de tacho (massa guisada com carne, ervilhas com ovos, bacalhau à brás, à gomes de sá, com natas)… Nham! UMA BEBIDA PARA ESQUECER O primo Basílico do Chef Avillez!!!! Mojito. Ou pronto, sumo de melancia que eu adoroooooo ou um chá de erva príncipe. PRIMEIRA VIAGEM QUE QUERES FAZER DEPOIS "DISTO" Ibiza baby!
TEMPORADA "REFÚGIOS EM PORTUGAL" - FEAT. ELSA TEIXEIRA De segunda a sexta, há uma gargalhada de desenho-animado que nos convida a acordar. Damos voltas na cama, mas há um docinho moreno nas Manhãs da Comercial a quem apetece dar uma trinca ao pequeno-almoço. E agora que invocámos alguma luxúria, podemos convidá-lo/a a ouvir a nova temporada do Ai Destino, Ai Destino – edição “Refúgios em Portugal”. Já que não sabemos o desenrolar da pandemia, continuamos o "vá para fora cá dentro" com algumas dicas para levar a melhor a um eventual confinamento ou quarentena. Boa sorte. E, como sempre, estamos juntos. Agora vamos lá conhecer melhor a nossa ELSA TEIXEIRA: NUM MUNDO IDEAL, ONDE PASSAVAS UMA QUARENTENA? Em qualquer ilha dos Açores, ou na Madeira. A ideia era passar a quarentena a percorrer os trilhos, fazer as levadas, lavar a vista e a alma. UMA ESTRADA PARA CONHECER EM PORTUGAL A EN 2 de autocaravana – plano para a vida! UM MUSEU Um museu onde se pode mexer e experimentar: o Pavilhão do Conhecimento. UMA IGREJA Há uma que me encanta particularmente: a capela do Senhor da Pedra, em Vila Nova de Gaia. Parece um quadro. Está ali, na praia, e ganha um misticismo especial quando a maré enche. UM MONUMENTO A Quinta da Regaleira, em Sintra, com os seus trilhos e grutas. UMA PAISAGEM Os Passadiços do Paiva. UMA EXPERIÊNCIA Um mergulho, na Praia Fluvial do Vau, mesmo a meio do percurso dos Passadiços do Paiva. UM SEGREDO EM PORTUGAL Drave, em Arouca. Chamam-lhe a Aldeia Mágica. É uma aldeia de pedra, fica entre duas serras com o rio por perto. UMA PRAIA Armação de Pêra, em Silves. Adoro que quase nunca tenha ondas. E também a Praia Grande de Pêra, ou a Praia dos Salgados. LIVROS PARA LER NUMA QUARENTENA Eu gosto de histórias policiais. MÚSICA PARA ANIMAR A ALMA Eu sou fã de listas de músicas. Uma mistura de estilos, de artistas, e de vibes. Tanto entra “Shake It Out” dos Florence and The Machine, como “Jura” do Rui Veloso, “Never Knew I Needed” do Ne-Yo, “Vagalumes” dos Pollo, “That’s Not My Name” das Ting Tings, “Na Estrada” da Marisa Monte…e podíamos ficar aqui muito tempo. MARATONA DE SÉRIES OU FILMES No Outono dá-me para ver séries e filmes assustadores: “The Nun”, “A Maldição de Hill House”, “A Maldição de Bly Manor”. Mas porque não rever os filmes do Harry Potter, “Emily in Paris”, “Derry Girls”, “Unsolved Misteries”, “Stranger Things”, “Aj and the Queen”, “Zoey’s Extraordinary Playlist”… chega? COMFORT FOOD Uns scones com chá. É terapia e sabe a fim-de-semana. PRIMEIRA VIAGEM QUE QUER FAZER DEPOIS "DISTO" Eu tinha uma viagem marcada para Punta Cana, antes da pandemia. Talvez comece por aí. Talvez.
Se anda à procura de sossego este Verão - ou este Inverno, para quem, como o nosso convidado, gostar de frio - faça esta viagem poética interior com o grande fadista Ricardo Ribeiro. “Eu não quero ser feliz, eu quero ser sereno”. Esta edição do Ai Destino quase revela o sentido da vida - o “porquê” de existir, e não o “como”. Ouça. Mas para já fique com… 7 motivos para visitar Trás-Os-Montes: 1. Ouvir a voz do silêncio em Paradinha de Besteiros, perto de Macedo de Cavaleiros. A Paradinha não tem nada, só uma paz e um conforto de existir. Na aldeia do outro lado da encosta, o Lombo, neva no Inverno. Na Paradinha não. 2. Não há praticamente carros - com sorte, há a carrinha do pão e pode encomendar o pão para o dia seguinte. E pode aproveitar o sossego para contemplar a combinação das cores e das proporções de Trás-os-Montes. 3. Ficar hospedado no Convento de Balsamão, no cimo de um penhasco, que também funciona como hotel, onde será recebido por sacerdotes. A propriedade do convento tem as Termas da Abelheira e uma ribeira que pode funcionar como praia fluvial. Há rochas tão grandes que se formaram no fundo do antigo oceano Rheic. A zona pertence à rota geológica Geopark Terras de Cavaleiros, com um património geológico reconhecido internacionalmente. 4. A Tia Maria faz um arroz de couves que é uma maravilha, mas não tendo família na zona pode sempre ir comer a um restaurante maravilhoso à saída de Macedo de Cavaleiros, provar umas alheiras de Mirandela em Mirandela, ou espreitar um restaurante incrível na aldeia de Romeu. 5. Visitar a deslumbrante Casa de Mateus - um palácio que é um centro de Cultura em Vila Real - e fingir que tem sangue azul. Também vale a visita pelos famosos vinhos. 6. Nada como ler Teixeira de Pascoaes imerso nesta paisagem, particularmente uma antologia poética reunida pelo Mário Cesariny, palavra de Ricardo Ribeiro. Claro que também há recomendações de músicas a ouvir. 7. Em quatro horas, vindo de Lisboa, está na Paradinha de Besteiros. E pode sempre ir atestar a Espanha, que é ali ao lado. Garantimos que vai querer voltar. Ou então só ficar.
Uma banda que nasce das viagens - como não convidá-los para o Ai Destino? Os SENZA são Catarina Duarte e Nuno Caldeira, vivem em Aveiro mas levam boa parte do ano a levar a sua música, em português, a todo o mundo: já passaram por mais de 80 palcos em vários continentes e transportam o público para os locais remotos onde já estiveram, como a Índia, a China, o Zimbábue, o Vietname, Quénia, Mongólia ou Timor. Hoje, a viagem é pela terra natal do Nuno Caldeira, Oleiros. Com a promessa de que uma próxima canção será sobre o cenário avassalador dos Meandros do Zêzere. 9 Motivos para visitar Oleiros e os Meandros do Zêzere: 1. “Água e verde” são as duas palavras que descrevem este postal: muitas cascatas de água (mas água gelada, bolas) e uma das maiores manchas contíguas de pinheiro bravo da Europa. 2. Há pouco tempo ouviu falar de Oleiros pelos piores motivos: um incêndio que deflagrou na zona e que se alastrou pelos incríveis Meandros do Zêzere. Mas o cenário continua a merecer o seu carinho: muitos percursos pedestres, capelas e igrejas, a Praia Fluvial do Açude Pinto ou Praia Fluvial de Álvaro, integrada numa aldeia do xisto. Também pode só chegar-se às margens da ribeira que já fica mais fresquinho. 3. Ótimo local para ir à pesca pela primeira vez. Há quem lhe chame a “pequena Amazónia ibérica”, por causa da forte ligação da população ao rio. 4. Os Meandros do Zêzere são aqueles famosos serpenteares do rio, considerados Geossítio pela UNESCO. Há estradas muito cénicas e miradouros incríveis. 5. Então e comida? Os maranhos, com arroz, cabrito e hortelã; também o bucho recheado; e o ex-libris, o cabrito estonado, uma espécie de leitão à moda do Pinhel. Com o cabrito, costumam acompanhar umas migas de broa e legumes, e também arroz de fressura, feito com os miúdos do cabrito. 6. Há um vinho branco muito raro e característico da zona, o vinho de Callum, uma casta única e especial que é capaz de resistir à geada, e que tem mesmo mesmo de provar. 7. A tigelada e o pudim de ovos. Porquê, meu Deus, porquê? 8. Se quiser experimentar um restaurante, os Senza recomendam a Adega dos Apalaches. 9. E, se tudo correr bem, em 2021 já poderá ir a Oleiros durante a famosa feira da Festa de Santa Margarida, cheia de emigrantes, locais, artistas e a pirotecnia mais famosa de Portugal: a Oleirense.
The Travel Tool é um conceito minimalista de viajar e, até, de viver. Gonçalo Cruz garante que consegue viajar por todo o mundo com uma mochila de 1 litros, 4 tshirts, 4 cuecas e 4 pares de meias. E ele sabe do que fala, uma vez que já deu uma volta ao mundo em 365 dias. O Gonçalo é hoje guia turístico e vive na Alemanha, mas desde o início da pandemia dedicou-se a reexplorar o nosso país: 8 fins-de-semana, 8 passeios por Portugal. O último desses foi à volta do Alqueva, o maior lago artificial da Europa, que tem muito por onde, errrmmm, engordar (e o vinho? Ai, senhores). Mas esta conversa tem também passeios por outros pontos do país, como Vila Praia de Âncora, Lousã ou Mértola – e, ainda, naturalmente, a aventura que o levou mundo fora, com cortes de cabelo em troca de arroz de marisco por ele cozinhado em Los Angeles, ou aulas de inglês dadas a crianças no Cambodja. 5 experiências imperdíveis no Alqueva: Começamos a visita pela zona do Alqueva em Moura a comer farinheira com ovos mexidos, beringela frita com maionese, alho e coentros - ainda só vamos nas entradas! -, carne do alguidar, bacalhau com espinafres, regados daquele vinho alentejano que não gostamos nada no restaurante “O Túnel”, em Moura. Depois vão “desmoer” com uma caminhada até ao Castelo de Moura. Passar pelo castelo de Mourão e ir a Reguengos de Monsaraz, essa terra lindíssima que faz lembrar uma Óbidos alentejana. Dar um mergulho na praia fluvial da Amieira, em plena Albufeira do Alqueva. Ir a São Pedro do Corval, zona típica de olaria, onde também pode visitar o museu, e comer na “Adega do Aboim” uma cataplana de porco preto – ou umas migas de espargos, para os vegetarianos, que neste caso não são feitas com banha de porco mas sim com azeite! Ir ao Observatório Astronómico Dark Sky Alqueva, uma zona com muito pouca poluição luminosa e que é um dos primeiros destinos “starlight” do mundo. É mágico! Há telescópios lá fora e “passeios” astronómicos – mas convém marcar antes! Espreitar os passadiços da Aldeia da Luz, a tal que foi “replantada” aquando da construção da barragem do Alqueva. E só não recomendamos os desportos náuticos no Alqueva porque, à data de gravação deste podcast, ainda não estão autorizados pela DGS ;)
Tem como padrinhos musicais António Zambujo e Rui Veloso, o que é um ótimo cartão de visita para Buba Espinho. “Roubei-te um Beijo” foi o seu primeiro single e tem a participação, precisamente, do conterrâneo Zambujo. Aos 25 anos, Buba Espinho já esteve em todos os continentes do mundo. Mas, sendo ele natural de Beja, é natural que fale sobre a sua terra neste Ai Destino. Até porque estas dicas de restaurantes vão deixá-lo a salivar! 7 RAZÕES PARA DESCOBRIR BEJA (E ARREDORES): Logo no caminho para Beja, passagem obrigatória por Santa Margarida do Sado para comprar os torresmos fantásticos do pequeno cafezito da zona. Passar em Beringel, que tem a tradição fantástica da talha de barro com o Senhor Mestre (aquelas vasilhas grandes de barro onde se guarda vinho ou azeite) e comer um petisco no restaurante do Hortinha Já em Beja, levar os amigos a almoçar à Pipa, uma taberna-restaurante que fica mesmo no centro da cidade, com decoração tipicamente alentejana cheia de instrumentos musicais e instrumentos de trabalho. Prove as migas de espargos com carninha do alguidar (não sabe o que é? Ouça!) e as sopinhas de cação com pãozinho frito. Também pode ir ao restaurante Dom Dinis que fica bem perto do Castelo e que tem uma carne de porco fantástica. Visita obrigatória ao Castelo de Beja para subir à maior torre de menagem da Península Ibérica e ver toda a planície e algumas cidades à volta, como Serpa e Moura. Uma paisagem inspiradora! O Museu Rainha Dona Leonor também merece uma visita. Quando era miúdo, Buba Espinho ia com os amigos tomar banho para as barragens da zona - levavam violas e ficavam lá a acampar uns dias. Se estiver numa de turismo selvagem, porque não? Ali nas redondezas, visitar Cuba, que tem uma forte tradição de cante alentejano; Serpa e o seu castelo; mais a sul, Castro Verde; e a beleza inesquecível de Reguengos de Monsaraz. Num pulinho vai à Praia fluvial da Amieira, no Alqueva. Olhar para o horizonte e só ver campo e animais. Respirar fundo. E apreciar a planície maravilhosa do Alentejo.
Quando era miúdo jogava aos países, começou a trabalhar na área de turismo depois de ter organizado a sua própria viagem de finalistas e lançou, no ano passado, o livro “Around the World - A Viagem dos 50 Anos”. Para alguém que já deu a volta ao mundo e que já visitou 144 países diferentes (só ao Brasil foi 106 vezes!), ficar parado é uma hipótese de valorizar o nosso maravilhoso país. Diamantino Martins é relações públicas e empresário na área do turismo e acha que, este ano, a tendência para as férias será procurar uma casa de campo que, pelo menos, tenha água: se não for piscina, até pode ser tanque. A condição é ter pouca gente. Por isso mesmo, recomenda o local onde cresceu: Arronches, muito perto da fronteira com Espanha, no sopé da Serra de São Mamede, a duas horas e meia de Lisboa. ALERTA: este podcast tem as melhores recomendações gastronómicas da zona, e vai também levá-lo a uma reconstituição da volta ao mundo (incluindo quando aterrou em Tóquio e estavam 6 graus negativos - ele, de t-shirt, levou uma coberta da executiva do avião para se tapar). 7 delícias a não perder em Arronches (e Alto Alentejo): 1.O restaurante A Estalagem, em Arronches, tem a melhor sopa de cação do mundo. É curioso que um prato típico do Alentejo seja feito com peixe do mar. 2. Ali na zona, pescam-se carpas e achigãs na Barragem do Caia. Se quiser aprender a pescar, é agora. 3. Na Terrugem, o melhor cozido de grão é servido num tarro de cortiça. Já a perdiz de escabeche, tem de ligar a perguntar se há. Ali perto, prove as empadas de perdiz em Estremoz. O Diamantino diz-lhe o melhor restaurante para tudo isso. 4. Atravesse a ponte internacional mais pequena do mundo em Marco / El Marco, uma aldeia que é metade portuguesa, metade espanhola, separada pelo Rio Abrilongo. A divisão é feita por uma ponte de madeira pequenina. 5. Também ali na zona: Portalegre, Marvão, Castelo de Vide, Campo Maior, tudo tranquilo, bonito e perto. Mas também Albuquerque ou Badajoz, já do lado de lá da fronteira. 6. O Diamantino também tem um turismo de habitação em Arronches, chamado Herdade dos Moreiros. 7. Antigamente íamos aos caramelos a Espanha, agora é mais colocar combustível para regressar a casa de barriga cheia.
Rui Maria Pêgo acha que há uma “joie de vivre” na Madeira, porque está sempre bom tempo e porque é tropical - aliás, mesmo tendo viajado em novembro, ele foi a banhos. O ator e apresentador do programa “Era o Que Faltava” da Rádio Comercial, que também está a terminar um curso de história, ficou fascinado com a forma com que um arquipélago descoberto em 1419, no meio do nada, foi sendo povoado. Além disso, parece que brota uma bananeira em qualquer lado, tal é a riqueza vulcânica daquela ilha. Ficou por conhecer Porto Santo e as Desertas, mas aqui ficam algumas recomendações para uma escapadela à ilha da Madeira: 7 Experiências imperdíveis na ilha da Madeira: 1. Apanhar o teleférico até Fajã dos Padres. Começa logo do alto, para ter uma perspectiva da magnitude da ilha, entre o mar e as escarpas íngremes no sopé do Cabo Girão. 2. Caminhar nas levadas, antigos canais de irrigação com trilhos pedestres pelas montanhas. Pelo caminho, lagoas e cascatas estão garantidas. 3. Qual a probabilidade de encontrar um cinema montado num bananal, na Ponta do Sol? A história é deliciosa: um senhor no século XIX (ou início do século XX, não sabemos precisar) mandou vir um projetor de cinema de Paris, que não cabia em lado nenhum, portanto foi montado em pleno bananal. 4. As casas típicas da Madeira parecem casas para hobbits. 5. Se é para ir para o paraíso, porque não dormir no paraíso também? O Rui ficou num hotel que parece saído de um filme do James Bond, o Belmond Reid's Palace. 6. Só andar de carro pela Madeira já vale a pena. A vista é linda onde quer que vá. 7. Coma lapas e mexilhões. O peixe espada preto com banana diz que é coisa para turistas
Desde criança que Vítor Fonseca vai, pelo menos uma vez por ano, à Serra da Estrela. Quis o destino que lhe calhasse como cunhado o Mancha, seleccionador nacional de snowboard - que além de dar aulas de ski e snowboard, também lidera passeios pedestres pela Serra da Estrela durante todo o ano. Em tempos de pandemia, o turismo nacional nunca teve tanta importância. Quando isto passar, vá para fora cá dentro, para estimular a economia e para descobrir todos aqueles sítios que preteriu a favor da República Dominicana. Uma praia fluvial pode ter água fria, mas enrijece os ossos. Dicas para desbravar a mágica Serra da Estrela: 1. Na dúvida, Cifrão garante: a casca do queijo típico da Serra da Estrela é para se comer. 2. Há trilhos pedestres das Penhas da Saúde até à Torre - dá para ir e vir no mesmo dia e são paisagens inacreditáveis com cascatas e lagoas. Se calhar não quando estiver a nevar. 3. Como o Cifrão já foi a todos os restaurantes da zona, aqui ficam algumas recomendações: a Casa do Clube nas Penhas da Saúde, A Varanda da Estrela, o restaurante medieval no hotel Luna Serra da Estrela, O Lindeza (o pãozinho com o queijo), O Jorge (ai, sopa da pedra)... se calhar ficamos por aqui que já ganhámos uns quilinhos esta quarentena. 4. No Inverno, é muito importante vestir várias camadas de roupa (polares por dentro, impermeáveis por fora) e usar óculos protectores (os olhos ficam muito vermelhos por causa do reflexo do sol na neve). 5. A caminho da Torre, tem de parar para ver a Santa esculpida na pedra: a Nossa Senhora da Boa Estrela, guia e protectora dos pastores. 6. Se tiver medo de descer a montanha em ski ou snowboard, o truque é fazer slalom (google it!), porque assim vai quase sempre de lado e consegue ir olhando para trás para ver se ninguém vai dar um empurrão.
O que é que leva um economista a atravessar, sozinho, o Atlântico Sul... num barco a remos? Amyr Klink foi o primeiro a fazê-lo, entre a Namíbia e Salvador da Bahia, em 1984, e desde então tornou-se conhecido pelas suas expedições marítimas: mais de 40 expedições à Antártida, uma circum-navegação da Terra a bordo do veleiro Paratii (viagem que começou, precisamente, da ilha da Geórgia do Sul) e muitas outras viagens registadas em livros como “Cem Dias Entre Céu e Mar”, “Mar Sem Fim”, “Linha D’Água”, também editados em Portugal. Amyr Klink é também palestrante sobre planeamento, motivação, trabalho em equipa, liderança e empreendedorismo. Aproveitamos a quarentena para fazer a entrevista via net, diretamente até São Paulo, no Brasil. E já que estamos em quarentena e não podemos sair de casa, também não ficará muito chateado connosco se dissermos que já não é permitido visitar a Geórgia do Sul, o destino que mais marcou Amyr Klink. Aproveite para beber ensinamentos sobre sobreviver com pouco, lidar com a solidão, sustentabilidade e dar valor ao que realmente importa. 3 CURIOSIDADES SOBRE A GEÓRGIA DO SUL 1. Lamentamos, mas já não é possível visitar a Geórgia do Sul, de modo a preservar este santuário da vida marinha. A multa, se quiser ser rebelde, fica perto dos 30 mil euros. 2. A Geórgia do Sul é um arquipélago britânico onde começaram as primeiras estações baleeiras há mais de 100 anos, com uma tecnologia muito avançada. 3. É uma região sub-antártica e tem um trânsito de grandes gelos (vulgo, icebergues). Fica a 850 milhas a leste das ilhas Malvinas.
Foi dar a volta ao mundo, mas teve de regressar cedo demais depois do alerta de pandemia da Organização Mundial de Saúde. Rui Peres é mal.parado no instagram - é lá que partilha as histórias das suas viagens, assim como no site www.mal-parado.com - e foi quando regressava da Antártida, via Chile, que interrompeu o sonho porque, como tão poeticamente descreve, as fronteiras começavam a fechar e “os países deixaram de se beijar”. Natural de Picote, em Miranda do Douro, este engenheiro de telecomunicações já visitou mais de 100 países ao longo dos seus 37 anos, mas nenhum local o fascinou tanto, até agora, como a Antártida. E o Rui Peres ainda teve a sorte de conhecer o escritor, palestrante e medalha de mérito no Brasil, Amyr Klint. Porque deve ir à Antártida (pelo menos uma vez na vida): 1. Tudo é majestoso. Não há um lugar para onde olhe que não lhe prenda a atenção: seja a paisagem, as formas dos glaciares, a luz ou a fauna. 2. Imagine a comoção de atravessar o Estreito de Magalhães. 3. Há vários tipos de expedição que pode escolher. A que o Rui escolheu tinha duas saídas de barco por dia. 4. Prepare-se para ver pinguins, mas também os seus predadores: orcas e focas-leopardo. Vários tipos de baleias, focas, estrelas do mar, albatrozes e outras aves. Aviso: os pinguins cheiram a esgoto. 5. O mar e o gelo parecem “suspiros gigantes”. 6. Na Antártida, neva quando está sol. Quer melhor? 7. O cruzeiro de 10 dias que o Rui fez custa 6 mil dólares. Portanto, se calhar, basta mesmo ir só uma vez. :)
Céline Machado é enfermeira no Hospital Curry Cabral e também no serviço SNS – Saúde 24. À data de gravação deste podcast (10 de Março 2020), estava praticamente sem voz de tantas chamadas atender com dúvidas sobre o Covid-19. É esse, de resto, o procedimento se tiver sintomas de infeção respiratória aguda como febre, tosse e dificuldade respiratória: ligar de imediato para o 808 24 24 24 (custo de chamada local) para poder ser reencaminhado para um hospital público adequado. Sendo este um podcast de viagens, a dúvida que mais é colocada é: posso continuar a viajar? Repetimos: à data deste podcast, a Organização Mundial de Saúde garante que sim, desde que não viaje para as áreas do globo com maior incidência do vírus. Mas terá sempre de ter as mesmas precauções de saúde que têm vindo a ser recomendadas em todo o mundo. Se quiser acompanhar os conselhos para viajantes da enfermeira Celine, é seguir o blog Travelling Nurse, ou facebook e instagram Saúde em Viagem. Para qualquer dúvida, deve sempre visitar o site da Direção Geral de Saúde ou consultar o seu profissional de saúde. A informação que se segue é, aliás, da DGS: Devo viajar? O que fazer durante a estadia? E após o regresso? A Organização Mundial da Saúde não recomenda restrições de viagens, comércio ou produtos, de momento e com base no conhecimento atual. No entanto, existem áreas do globo com transmissão Comunitária ativa em que o risco de contágio é elevado. A DGS reforça as recomendações das seguintes medidas de higiene e de etiqueta respiratória para VIAJANTES: • Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos; • Reforçar a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos, antes das refeições, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos estejam sujas; • Usar, em alternativa, para higiene das mãos, uma solução à base de álcool; • Usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar; • Deitar os lenços usados num caixote do lixo e lavar as mãos de seguida; • Tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos; • Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias; As pessoas regressadas de uma área afetada devem estar atentas ao surgimento de febre, tosse e eventual dificuldade respiratória. Se surgirem estes sintomas, não se devem deslocar aos serviços de saúde, mas ligar para o SNS24 - 808 24 24 24, e seguir as orientações que lhes forem dadas. Por regra não se recomenda qualquer tipo de isolamento de pessoas sem sintomas. Há também uma linha da DECO "Dúvidas sobre viagens Covid-19", disponível no número telefónico 213 710 282, que oferece aconselhamento jurídico sobre as viagens, cancelamentos e alterações, mas não sobre saúde.
Sim, ela subia e descia escadinhas para treinar kung fu, tal como o Panda no filme de animação - e fê-lo durante um ano, a tempo inteiro, numa academia de artes marciais que ficava numa vila perto de Yantai, na China. Patrícia Morais é tradutora, lançou o livro “Crónicas de Shaolin” para relatar a experiência de vida na China e deixa aqui algumas dicas para quem visitar a China pela primeira vez. Sim, mesmo nesta altura de Coronavírus. Cá está um ângulo que ainda não tinha sido explorado: vamos lá conhecer o país natal do Covid-19. 9 Dicas para visitar a China pela primeira vez: 1. Prepare-se para se sentir perdido. Pouca gente fala inglês e está tudo escrito em mandarim (ou cantonês, dependendo da zona da China). 2. Atenção às diferentes saídas no metro. Os mapas na rua são todos em mandarim e é possível que ande em círculos à procura do seu hotel. Como pouca gente fala inglês, é um simpático labirinto. 3. Prepare-se para os hábitos higiénicos diferentes: os chineses cospem para o chão e fazem chichi na rua. Durante os Jogos Olímpicos, distribuíram panfletos a desaconselhar essas práticas, uma vez que o país ia receber uma quantidade maior de visitantes internacionais. Mas alguns pijamas de bebés têm até buracos no rabiosque para facilitar. Agora pense. 4. Prepare-se, também, para comer arroz a toda a hora. O acompanhamento é que pode ser um mistério, ou vir mal cozinhado. O melhor é não pensar muito nisso. 5. Primeiro, a aprendiz de shaolin Patrícia Morais esteve dez dias em Pequim, uma cidade muito grande e deslumbrante, onde visitou a Cidade Proibida, o Zoo de Pequim (para ver pandas), o Templo do Céu, a Grande Muralha da China. Tudo inesquecível. 6. Depois, lá foi ela de avião até à província de Shandong, a meio caminho entre Pequim e Shangai. A cidade mais próxima da academia de artes marciais onde estudou chama-se Yantai e é uma península costeira. Tem o título de “cidade mais encantadora da China” e tem 7 milhões de habitantes. 7. Na academia de kung fu, a Patrícia tinha power training (cardio), stance training (ficar em cada posição vários minutos para treinar a flexibilidade e concentração), mountain rain (subir e descer escadas). Cinco horas por dia, cinco dias por semana. 8. Já que estava lá perto, a Patrícia aproveitou também para visitar a Nova Iorque do Oriente, Shangai. 9. A Patrícia já não conseguiu, mas recomenda também – claro! - que visite o famoso Templo de Shaolin, um mosteiro budista na província de Henan, onde foi criado o estilo chan do budismo e o estilo shaolin de kung fu. Há-yaaa! Boa viagem.
Francisco Agostinho (Projecto100Rota) era funcionário público, mas deixou o trabalho para ser líder de viagens. Agora trabalha, sim, mas ao ar livre e sempre em registo de aventura. Já foi à Jordânia umas sete ou oito vezes só nos últimos 2 anos e explica porque é que a Jordânia é um país incrível. Que outras oportunidades terá para fingir que está num filme do Indiana Jones enquanto visita Petra? Ou imitar o Lawrence das Arábias no deserto de Wadi Rum. 7 Maravilhas da Jordânia: 1. Ok, já sabemos que Petra é magnífico, que é Património da Humanidade, que é uma das novas Maravilhas do Mundo, e que a Fachada do Tesouro supera as expectativas, mas a Jordânia tem muito mais além disso. 2. Para começar, os muçulmanos são muito hospitaleiros e as ligações que se criam são muito fáceis, respeitando sempre o espaço do outro. 3. O país está no meio de Israel, Palestina, Irão, Iraque, Síria… vizinhos um pouco turbulentos, o que faz com que a Jordânia receba influências de todos os lados. 4. Mais de 50% da população da capital Amã são palestinianos, aos quais se juntaram agora sírios e iraquianos – tudo malta a fugir de conflitos. Por isso é que Francisco Agostinho acha que a Jordânia devia ganhar um Nobel da Paz. 5. Ir ao fundo do Mar Morto. É uma espécie de piada - há uns tempos, tudo ficaria a flutuar, mas a verdade é que o Mar Morto está com cada vez menos água. Estão a pensar ir buscar água ao Mar Vermelho para o Mar Morto não secar. 6. Descobrir o Mapa de Madaba, o mapa da Terra Santa. Este mosaico cobre parte do chão da igreja de São Jorge, em Madaba. 6. Dormir num acampamento beduíno nas areias vermelhas do deserto do Wadi Rum
Rui Gaiola é fotógrafo. Durante boa parte do ano, fotografa casamentos e é pai de duas crianças. Mas, sempre que pode, foge para o mundo. Apaixonado por natureza e montanha, não fosse ele filho da Serra da Estrela, tem os Estados Unidos como o seu país preferido e traça-nos aqui um roteiro de 10 a 12 dias pelos parques nacionais da costa oeste. Quando vir estas fotografias e ouvir este podcast, vai compreender porque é que o livro de fotografia do Rui Gaiola se chama “I Wish I Could Drive These Roads Forever”. Roteiro pelos Parques Nacionais da costa oeste dos EUA: Voe para São Francisco, uma cidade incrível onde nos sentimos em casa, talvez à conta dos filmes. Daí, faça uma viagem de 3 ou 4 horas de carro (que para os americanos não é nada) até Yosemite National Park. Um local onde Rui Gaiola diz que tudo é perfeito. Seguir para o Sequoia National Park, basicamente um parque nacional cheio de sequoias gigantes. Se quiser fazer o check no Death Valley, é só mesmo para a fotografia: é um calor de morte e quilómetros de estrada infindáveis para lá chegar. Pelo caminho, paisagens desérticas, montanhas coloridas e lagos salgados. Impossível ir ao Grand Canyon e não fazer a viagem de helicóptero. São 200 euros por uma viagem de meia hora, mas a perspetiva é incrível e vale a pena cada cêntimo! Tem mesmo de visitar o Monument Valley – aquele cenário incrível onde Forrest Gump aparece a correr. E a seguir, juntar-se a um grupo para desbravar as fendas nas rochas de Antelope Canyon. Sozinho é capaz de ser arriscado. Lembre-se do James Franco no filme “127 horas”. Passar pelo Joshua Tree National Park, um deserto com catos em forma de árvore. Mais um sítio para fazer “check”. Terminar em Los Angeles, onde o Rui recomenda visitar Venice Beach, Santa Monica, Santa Barbara e Griffith Park, o observatório no topo de L.A. que tem a melhor vista sobre a cidade. Aviso: cuidado com as multas de estacionamento. É impossível visitar de transportes e, mal passa o tempo do ticket de estacionamento, está a receber brinde. E agora temos mesmo de voltar para casa? Bolas.
Tem 54 anos e é o português mais viajado do mundo. É, aliás, uma das 24 pessoas que já visitou todos os países do mundo (204 no total, apesar de a contagem oficial da ONU só mencionar 193). O fotógrafo português, que também já teve um programa de viagens na RTP2 e seis livros de fotografia de viagem publicados, esteve 17 meses a viver em Omã, onde dava aulas de fotografia por duzentos euros por hora. Sim, leu bem. Mas Nuno Lobito também já viveu em Madagáscar, ou numa cabana de madeira na Amazónia, onde criou um centro de terapias alternativas e de onde trouxe um filho índio. Budista há mais de 30 anos, esta conversa é também uma viagem ao interior de nós próprios. Episódio imperdível de Ai Destino com um mapa mundi de emoções nas histórias de Nuno Lobito. Ah, e também falámos sobre Omã, claro. 6 CURIOSIDADES SOBRE OMÃ: Passar um sinal vermelho são 6 anos de prisão e vão buscá-lo a casa. Se o seu carro for branco e estiver sujo, apreendem-lhe o carro. O mesmo se fumar dentro do carro. Agora a parte boa: Omã tem deserto, tem excelentes praias e tem neve - em Janeiro, chegam a estar 4 graus negativos. Para casar com uma mulher em Omã, tem de pedir autorização ao governo e pagar um dote à família. O dote mais barato começa nos 80 mil euros. A mulher não pode escolher o marido nem recusar o casamento que lhe for proposto, sendo que há a possibilidade de ter de partilhar a responsabilidade marital com mais algumas mulheres. Imagine só ser esposa à segunda e à terça-feira. As classes sociais são muito claras: o Omani só assina cheques, não se vê a trabalhar. Depois há os europeus, os cérebros de lá. Os indianos, que fazem os trabalhos acima da média. E, finalmente, as pessoas do Bangladesh, Afeganistão e Paquistão, que fazem os “trabalhos menores”, como limpar ruas. Mas é uma sociedade equilibrada, no sentido em que os salários são bons e só se entra no país com um “sponsor”, que tem a responsabilidade de dar casa e comida a um trabalhador que vá para Omã. Por isso mesmo, não há sem-abrigo em Omã. Os primeiros a chegar a Omã foram os portugueses. Em Matara, o Rossio la do sítio, por exemplo, há um castelo português. E há mais fortes lusitanos espalhados por todo o país. Mascate, a capital de Omã, foi a maior base da armada portuguesa no Médio Oriente.
Na primeira vez que visitou a Índia, foi à festa de aniversário do Marajá de Jaipur. Desde então, passaram-se 17 anos. Jorge Vassallo estava a meio de uma volta ao mundo e já se tinha demitido do emprego numa agência publicitária para ir dar uma volta – daí o nome do seu blog “Fui Dar uma Volta”. Depois do sucesso do livro “De Vespa na Índia”, lança agora a segunda parte da trilogia “Tudo é Possível!”. O resultado chama-se "O Marajá faz anos". Como já foi à Índia umas dez vezes, Jorge Vassallo é a pessoa indicada para aceitar o desafio e recomendar-nos o roteiro perfeito para cada tipo diferente de viajante. Há milhares de experiências que lhe vão passar ao lado, porque os “must sees” são mais que muitos num país tão grande, mas aqui ficam algumas experiências imperdíveis na Índia: Comecemos pelo roteiro clássico: ir ao Taj Mahal e ao Rajastão. Mas também pode ir para o lado da praia ou do património português, explorando Goa ou Cochim. Se gosta de yoga, há um roteiro que o Jorge recomenda: ir a Rishikesh fazer um retiro de yoga, visitar Bodhgaya, onde Buda atingiu a iluminação, e depois ir mais ao sul da Índia fazer algo relacionado com ayurveda. Agora vamos ali aos Himalaias fazer trekking. E aquela vez em que o Jorge rapou o cabelo num tempo hindu? É ouvir. Finalmente, uma Índia para quem adora confusão, cores e exotismo? Bombaim, Deli, Varanasi. Mas a dica é ir na altura do Holi, o festival das cores. O Jorge explica o simbolismo. É nesse dia que pais, filhos e avós bebem um Bang Lassi, uma espécie de space cake em batido, que nesse dia é legal em todo o lado.
8 países à boleia? E sem pagar um tostão pelo alojamento (couch surfing, já ouviu falar?). É o espírito livre e aventureiro no seu melhor. Pedro On the Road estudou Psicologia, mas rapidamente percebeu que o que queria era viajar. Metade do ano escreve livros e vai vendê-los para as praias do Algarve, outra metade viaja pelo mundo. Pelo caminho, também tem um programa de viagens, a Metamorfose Ambulante, alojado no canal de Youtube do Rui Unas. Depois de ter feito Portugal-Singapura-Portugal por terra, Portugal - África do Sul de bicicleta, e de ter escrito um livro sobre cada uma dessas aventuras, lança agora o seu próximo livro, o "Vago - Do Panamá ao México à Boleia". Se o vir numa praia do Algarve, já sabe. PERIPÉCIAS DE QUEM ANDA À BOLEIA NA AMÉRICA DO SUL 1. Fez cerca de 40 mil km à boleia e a pior coisa que lhe aconteceu foi alguém na Turquia lhe pedir 10 euros. 2. Dos oito países que percorreu, gostou mais da Guatemala. Vulcões e casas pequenas às cores. 3. O Panamá é feito de estradas velhas e praias virgens. 4. A Costa Rica é um postal com uma floresta húmida. 25% do país são áreas protegidas. 5. Há uma zona muito bonita das Honduras que é o Lago Yohoa. De resto, o Pedro On the Road estava com algum medo da fama do país, por isso neste postal ele colocaria a cara de um presidiário com tatuagens na cara, por causa dos gangues. 6. El Salvador seria um postal com uma praia de areal gigante e alguém a vender 7. No postal ilustrado do Belize, o Pedro escolheria um gueto, porque foi parar a um bairro 8. No México, um postal de 180 cores. E parece que falta a Nicarágua ou assim, mas esta viagem é uma loucura mesmo.
Em Janeiro de 2019, Miguel Baptista foi até à Amazónia do Equador em busca das tribos não contactáveis – tinha lido sobre elas num artigo da CNN. São tribos perigosas, porque defendem muito o seu território, mas o Miguel tinha o contacto de um desses chefes que representa as tribos da Amazónia do Peru e do Equador e que já esteve na ONU e noutras organizações mundiais. Foi à boleia dele que, a bordo de uma canoa, teve acesso a uma convenção de tribos da Amazónia. Ainda hoje está a tentar acreditar se é verdade. Foram 7 dias que pareceram meses. 5 razões para conhecer a Amazónia profunda: Se acha que ir a Manaus é exótico, bem-vindo à Amazónia não-turística. O Miguel e a Soraia faziam uma média de 7 a 10 horas por dia de canoa pelo rio Amazonas. Se atirar uma linha ao rio, com ovos de tartatuga a fazer de isco, apanha uns belos peixinhos no Rio Amazonas. Só não meta a mão dentro de água: há piranhas e crocodilos. Com as tempestades, as árvores caem para dentro do rio. A questão é: como distinguir um tronco de árvore de uma anaconda? Ver de perto a devastação de madeireiros e das petroleiras, a mentira que se vive na Amazónia – e contá-la ao mundo. Conhecer anciões de tribos com 135 anos. Como?
Gostava de fazer um safari mas acha que a experiência não é tão envolvente nem verdadeira como gostaria? E que tal fazer uma viagem de conservação selvagem? Foi o que fez a Ana Carreira, nossa colega da M80 - foi para uma área protegida (mas sem vedações) em Tuli Block, no Botswana, onde animais como elefantes, leões, hienas e girafas migram livremente. O trabalho de voluntariado incluía a caça de armadilhas, a monitorização e observação de animais e os cursos…de pegadas! Escuteiros 2.0. Mais informações no site da African Conservation Experiences. 8 maravilhas sobre as viagens de conservação selvagem no Botswana: Susto número 1: passar a fronteira entre a África do Sul e o Botswana num teleférico por cima de um rio pejado de crocodilos. Susto número 2: encostar-se a uma árvore onde “mora” um escorpião. Susto número 3: encontrar elefantes no meio de uma montanha. E dizemos “encontrar” porque supostamente eles são mais silenciosos do que coelhos. Susto número 4: acordar às 5h30 para ir caminhar – só até às 11h por causa do calor. O Botswana é um país sem vedações e os animais migram livremente por todo o lado. Natureza em estado selvagem. Goste-se ou não, há a possibilidade de caçar o elefante mais velho escolhido pelo governo – esse dinheiro seria aplicado no fundo de conservação das chitas. O hospital mais próximo ficava a 400 km, mas o líder deste projeto de conservação animal tinha antídotos para picadas de cobras e de escorpiões. O supermercado mais próximo também ficava a uns 200 km. A comida era partilhada e um bocado racionada. Talvez daí venha a expressão “fome de leão”.
Há quinze anos que Bruno Neto é gestor especializado em projetos de desenvolvimento ou em cenários de catástrofes humanitárias. Já trabalhou em 35 países diferentes e foi condecorado com a Ordem da Liberdade pelo Presidente da República. A Mongólia marca a primeira vez que Bruno Neto viveu num sítio sem qualquer ligação cultural ou linguística – por isso mesmo, foi onde mais se questionou. Um dos projetos que ajudou a desenvolveu era para a instalação de estufas especiais resistentes a temperaturas muito baixas, para combater as deficiências nutricionais da população por carência de alimentos frescos. Bruno Neto viveu na Mongólia praticamente um ano, o suficiente para se apaixonar por uma cadela e trazê-la para Portugal (precisando de certificados do Ministério da Agricultura de ambos os países, e alegando ser um caso de vida ou morte, uma vez que os cães são perseguidos na Mongólia – continue a ler que já vai perceber). Nota: Este podcast tem bónus – apresentamos, em primeira-mão, o primeiro single da artista Lika, mulher de Bruno Neto. Ele veio da Mongóia apaixonado pela cultura do país vizinho, o Cazaquistão, e quando chegou a Portugal conheceu a Lika, uma cantora oriunda precisamente do Cazaquistão, que acaba de masterizar o seu álbum de estreia em Los Angeles. What are the odds? 6 curiosidades sobre a Mongólia: 1. A Mongólia tem uma amplitude térmica que vai dos -60 negativos aos 30 e tal graus. Se não fosse a interação entre comunidades (metade da população é nómada), era morte certa. 2. “Eu sou secretário e sou xamã” é uma frase que pode ouvir a qualquer altura. A maior parte da população é budista e xamanista – acreditam muito nos elementos naturais e têm um pezinho “no outro mundo”. Um dos maiores encontros de xamãs do mundo é na Mongólia. Vá ao Deserto de Gobi e visite templos budistas! 3. Passear de cavalo nas estepes mongóis é incrível, mas não o faça sem um guia. É muito difícil viajar sem falar mongol ou russo. Vá ao Deserto de Gobi! 4. Comem todo o tipo de animais e aproveitam todas as partes. Não comem cão, mas usam o pelo para fazer sapatos, casacos ou chapéus – normalmente é para as pessoas mais pobres. Os cães são perseguidos e esfolados, daí o Bruno Neto ter resgatado a cadela Muxima para Portugal. 5. Há muito álcool a circular, por isso tenha cuidado para não andar sempre embriagado! Sempre que for ao yurt de alguém, oferecem-lhe uma tacinha de álcool. Deve ser para aquecer. 6. E já que está na Mongólia, apanhe o mítico comboio Transiberiano até à Rússia! De Moscovo a Lisboa é um tirinho de avião!
Quis o destino que o programa INOV Contacto de estágios internacionais levasse o engenheiro Daniel Fernandes a viver um ano no Djibouti. Fica no “Corno de África”, junto à Eritreia, Somália e Etiópia, e é um país muito pequenino, com 800 mil habitantes. É uma porta de entrada para mercadorias, uma zona militar muito concorrida com bases americanas e francesas, tendo em conta que a região em redor é bastante instável. Mesmo não fazendo parte do circuito turístico internacional, o Daniel acha que é um país a ser visitado pelo menos uma vez na vida. 8 Surpresas sobre o Djibouti: 1. O Djibouti só tem uma cidade com o mesmo nome: Djibouti. Mas para já chegar foram 32 horas de viagem para o Daniel: Lisboa – Roma – Dubai – Adis Abeba – Djibouti 2. Olhando pela janela do avião só se vê areia, pó e pedras: o mais parecido com uma paisagem lunar. 3. Calor inimaginável – o mais fresquinho que pode sentir são 22 graus à noite. 4. Pessoas vestidas de forma colorida 5. Há um problema social com uma droga que toda a gente consome: é uma espécie de arbusto/anfetamina que vão mastigando durante o dia, e que faz as pessoas ficarem acordadas até às 4 da manhã. Há famílias que preferem gastar dinheiro nessa droga do que colocar os filhos na escola. 6. O Lago Assal é um dos pontos mais baixos do planeta e um dos lagos mais salgados do mundo. Junto ao lago há algumas furnas, um ambiente tipo Guerra das Estrelas. 7. Debaixo de água, nunca vai encontrar uma fauna marinha tão rica como naquela zona. É normal nada com raias ou tubarões-baleia. 8. Há migrações de dromedários que vão ser vendidos na Arábia Saudita, pelo que é provável alguém estar a passar na rua e ter de esperar meia hora até os dromedários atravessarem a rua.
A Raquel e o Tiago conheceram-se em Luanda e deixaram as profissões de radiologista e engenheiro civil para partirem pelo mundo. A ideia era viajarem 365 dias, mas o dinheiro só deu para 5 meses. E percebe-se porquê: só nas Galápagos estoiraram grande parte do orçamento. Talvez por isso não se encontrem lá muitos portugueses, mas sim muitos nórdicos e australianos. Mas vale a pena, pelo menos uma vez na vida, visitar o arquipélago vulcânico a 1000 km do Equador mais procurado para observação de animais – onde, de resto, Charles Darwin se inspirou para escrever a sua teoria da evolução. Mais no blog 365diasnomundo.com 6 Dicas para aproveitar as Galápagos: Nem pense em não fazer snorkelling. Logo nos transfers, consegue ver as mantas a saírem da água. Há tours para nadar com raias de 2 ou 3 metros. Mas a experiência mais incrível é nadar com leões marinhos, que são animais selvagens, mas na prática são cachorros da água; O principal aeroporto da ilha de Baltra é 100% ecológico e é logo aí que se começa a ver os animais. Mas não é uma ecotrip 100% sustentável: as ilhas estão um pouco poluídas, nomeadamente pelos transferes de barcos e pelos muitos cruzeiros. Há berçários de tartarugas terrestres, daquelas gigantes e enrugadas que parecem dinossauros. Em relação ao alojamento, tem três hipóteses: ou dorme nos vários cruzeiros que atravessam a zona; ou em alojamento de luxo; ou no alojamento local muito básico que não deixa de custar 50 dólares por noite. Para o turista, o preço é sempre 6 ou 7 vezes mais. Um residente no Equador paga 6 dólares para entrar nas Galápagos, um turista paga 100 só de taxa de reserva, mais 20 dólares à saída. O que comer? Patacones e banana-pão frita em chips, ou tipo patanisca. Visitar a Fundação Charles Darwin e evoluir evoluir evoluir.
É possível fazer dinheiro com um travel blog. Quer saber como? É ouvir a entrevista à Catarina, do blog Wandering Life. Desde que deixou a profissão de avaliadora de risco, a Catarina já fez 22 viagens com o marido e a filha de 4 anos. A última foi à África do Sul, uma terra de sonho, com baleias e elefantes. 22 dias para conhecer a África do Sul: 1. Não é de todo recomendado sair da zona turística, ou seja, das cidades principais junto à costa. Há muita criminalidade na África do Sul, mas estes 22 dias não foram nada perigosos. 2. A Catarina e a família aterraram na Cidade do Cabo, alugaram carro e foram directos para Hermanus, na costa, para verem as baleias que vêm do Pólo Sul ter os bebés em águas mais quentinhas. 3. Perto de Port Elizabeth, há uma reserva natural que é um parque de elefantes – e também com todos os outros animais típicos da África do Sul. "Parecia o filme do Rei Leão", dizia a filha de Catarina. 4. Se for à África do Sul, tem mesmo de fazer a Garden Route: 200 km de montanha, muito verde e muitas lagoas. 5. Andar nas ruas da Cidade do Cabo não é propriamente espetacular: tem uma parte que parece a baixa de Nova Iorque, outra parte mais antiga com produtos locais e os moradores a circularem, e depois uma outra parte com os bairros mais degradados. Mas a localização da cidade na pontinha de África é incrível, sobretudo pelas duas montanhas que abraçam a Cidade do Cabo. 6. Tem de ir a Cabo Agulhas, o ponto mais a sul de África (e não o Cabo das Tormentas, ao contrário do que se pensa), onde se juntam o Oceano Índico e Atlântico. É só água? É. Mas é um marco geográfico e quem o baptizou de Cabo Agulhas foram os navegadores portugueses. 7. Na África do Sul comem muito peixe – mas sobretudo frito – e muita carne - prepare-se para provar antílope, crocodilo, avestruz, e todos os bichos amorosos que possa imaginar.
“Há mais mundo para além do mundo”, foi a máxima que Ruben Rua aprendeu com a tia quando era criança. Já correu o mundo nos trabalhos como modelo, mas o bichinho das viagens começou quando ia para campos de férias internacionais em miúdo. Nunca quis ir à Índia, até que uma amiga italiana lhe falou de estar sozinha nas montanhas sem rede telemóvel. Marcou a viagem passado três dias e passou três semanas a atravessar (uma parte d)a Índia até chegar à capital do Nepal. A melhor história? A de quando ficou doente em Agra – os típicos desarranjos gastro-intestinais da Índia – mas, ainda assim, se arrastou até ao Taj Mahal para a irmã poder tirar uma foto e mandar à mãe, para ela não desconfiar que o filho estava combalido. 10 lições que a Índia nos vai dar: No mesmo local podem coexistir todos os cheiros do mundo: especiarias, flores, caril, fezes e lixo. Depois de um templo bonito há sempre, a contrastar, uma lixeira com crianças a brincarem. É possível uma cidade como Deli ser super-moderna com bares, restaurantes e vida noturna - e ao mesmo tempo continuar tradicional, com estradas de terra batida onde as vacas andam. “Ah, o Taj Mahal é mais pequeno do que eu imaginava”. Mas é um monumento icónico, tem uma história muito bonita – e o Ruben recomenda visitá-lo ao nascer do sol ou ao pôr-do-sol. Varanasi é a cidade sagrada dos hindus e é também um crematório a céu aberto. O rio Ganges é sagrado e lá tomam banho, lavam roupa e ainda recebem os restos mortais de cerca de 700 corpos cremados. A dicotomia vida-morte e sagrado-profano convivem de mãos dadas. Faz ver o fim da vida com outros olhos. Não precisa de ir à Índia para receber a iluminação, mas pode sempre ir à cidade budista de Bodhgaya ver a árvore onde Buda atingiu o nirvana. Calcutá é uma cidade enorme, onde a presença colonial inglesa é muito marcante, mas talvez um bocadinho de nada mais caótica do que Londres. Darjeeling é outra Índia: a montanha, o verde, os campos de chá, não há confusão e sente-se que estamos a entrar noutra realidade. Até porque está frio. Se quiser aventura e desconforto, são dois dias de autocarro até chegar a Katmandu, capital do Nepal. A viagem é muito bonita mas demora muuuuito. A viagem de Ruben Rua foi de três semanas, mas que pareceram vários meses. Espere pela transformação.
Balolas Carvalho é jornalista, escritora e conseguiu entrar na Palestina para filmar um documentário com a realizadora Diana Antunes. Parece coisa pouca, mas é raro quem consegue sair da Palestina com imagens que não sejam censuradas pelas forças de Israel. Independentemente do contexto histórico e político, quando viajou para uma Palestina pós-guerra, Balolas Carvalho encontrou também a essência humana mais ativa: a generosidade, o amor, o carinho com que tratam as pessoas, sobretudo no campo de refugiados de Jenin. O documentário “Bukra” está em fase de pós-produção, mas pode acompanhar a evolução do filme na página de instagram. A Palestina está sob ocupação há 70 anos, desde que Israel se formou como estado, mas Balolas garante que vale a pena visitar os dois países – até porque “tomorrow is tomorrow”, dizia-lhe um amigo palestiniano. Mas já que este podcast é sobre viagens, vamos a dicas mais mundanas: Aterra em Israel. E agora? Chega a Telavive e é uma cidade ocidental. É quase uma Los Angeles em miniatura, com surfistas, bares e comida de todo o mundo. Jerusalém é um mundo de história, com a origem das três religiões monoteístas: de um lado tem mesquitas, do outro o Muro das Lamentações, do outro a Igreja do Sepulcro. Primeira paragem: ir comer ao Hotel Jerusalem. Vamos atravessar o muro para o outro lado? Vamos lá. Para ir à Palestina é só apanhar um autocarro. Primeiro, vá até Ramallah, a capital da Palestina, onde há mais vida. Depois Bethlehem, a cidade onde nasceu Jesus - e, claro, ir à Igreja da Natividade. Se tiver pouco tempo, vá a Hebron: é uma gaiola, com um mercado coberto de arame farpado e militares a apontarem armas, onde quem quiser ir a uma mesquita tem de passar um checkpoint. Faça o que fizer, vá a Jenin, na Palestina. Em 2002, foi palco de um massacre no campo de refugiados. Mas é também a capital da resistência à ocupação militar não-violenta. Vivem lá 16 mil pessoas num quilómetro quadrado. Artistas, ativistas, um oásis de esperança na Palestina.
AI DESTINO: VIAGEM ÀS TEMPESTADES MAIS SEVERAS DO PLANETA É um turismo que está muito em moda nos Estados Unidos, onde se encontram as tempestades mais violentas. Esta edição do Ai Destino não lhe vai dar propriamente dicas de viagem pelos Estados Unidos, mas será com certeza uma aventura por super-células que atravessam o interior do continente norte-americano. Bruno Gonçalves, da ExtremAtmosfera, já correu cerca de 9 estados – Illinois, Wyoming, Missouri, Nebraska, Novo México, Colorado, Kansas, Texas, Oklahoma – à caça de tempestades. ATMÓS - a 4K Timelapse Video from ExtremAtmosfera on Vimeo. 4 bons motivos para caçar tempestades: Só em 2018 foram cerca de 15 mil km na estrada. Em 2019 foram 12 mil km sempre em viagem, com a mesma rotina diária: acordar em direção à zona-alvo onde as tempestades serão mais propícias, registar as imagens e à noite dormir nos motéis de beira de estrada, onde vão ver as previsões meteorológicas do dia seguinte. Em viagem pelo interior dos Estados Unidos, tanto vêm à memória os filmes western com as planícies, como os campos agrícolas com poços de petróleo. O dia-a-dia de um caçador de tempestades é andar de carro, equipados com computador que tem acesso ao radar meteorológico norte-americano, parar o carro no melhor local possível e ser rápido a tirar o tripé e a máquina para fora. Adrenalina ao máximo! Há dezenas de caçadores que se cruzam de ano para ano. No final do dia, juntam-se todos em convívio. A agradecerem por ainda estarem vivos, dizemos nós. J
Teresa Tavares viveu em Los Angeles durante três meses enquanto estudava representação e aproveitou todos os fins-de-semana para fazer mini-road-trips pela Califórnia. Andou pelas praias, pelas escarpas da Big Sur, por São Francisco, por Palm Springs e e até chegou a ir a Las Vegas, já no estado do Nevada. O melhor da Califórnia: ir descobrindo. Nota: este podcast profetiza que, em 2035, Teresa Tavares vai ter uma estrela no passeio da fama em Los Angeles. Em 2019, pode vê-la em “Amar Depois de Amar”, na TVI. J 7 experiências incríveis numa road trip pela Califórnia: Para a Teresa, o mais fascinante na Califórnia não são as praias, que estão sempre muito, muito cheias. O mais giro, mesmo, é reconhecer tudo o que vemos nos filmes: a praia de Santa Monica, Mulholland Drive do filme do David Lynch, a praia de Venice Beach (onde ficou a viver estes três meses), o hotel Roosevelt… O passeio das estrelas e o centro da cidade de Los Angeles têm muito menos glamour do que imagina. Aliás, entrevistada e entrevistadora chegaram, juntas, à conclusão que West Hollywood é uma rua de Albufeira. :D Fazendo de Los Angeles o quartel-general da sua viagem, pode rapidamente ir até São Francisco, uma cidade muito europeia, também com imensas referências do cinema, com um lado cultural e musical muito interessante – e também com a nossa ponte-irmã! Ficar num motel em Palm Springs - aqueles finais de tarde cor-de-rosa e aquele calor de deserto desconcertante. Dar um pulinho até Las Vegas, já no estado do Nevada, e render-se às slot machines – até as tem à entrada do quarto de hotel! Foi durante a estadia na Califórnia que a Teresa experimentou não comer carne durante um mês e meio e encontrou alternativas vegetarianas absolutamente deliciosas. E há também ótimos restaurantes mexicanos. Ah... e as ostras ao final da tarde, ao pôr-do-sol, com vista para uma praia paradisíaca!
Catarina Munhá esteve duas semanas na ilha de São Tomé (não chegou a ir à ilha de Príncipe), mas pareceu-lhe para sempre. O verde, a humidade, o bafo tropical e o modo “leve-leve” de levar a vida inspiraram a cantora portuguesa a compor “Animal de Domesticação”, o álbum de estreia que é um bálsamo para sobreviver ao Inverno desejando estar no Verão. Já o nosso Vasco Palmeirim tinha confirmado, numa edição anterior do Ai Destino, que a ilha de Príncipe é o paraíso na Terra. É visitar e amar. 7 razões para nunca mais querer sair de São Tomé: Têm um lema que é o “leve-leve”, a maneira de um São Tomense levar a vida: acordar à hora que der, comer umas frutas tropicais, ir de pé descalço até à praia, ir passear, ir ao mercado, ir ver uma cascata. O dia-a-dia de um são tomense implica falar com as plantas para saber como passaram a noite. Têm instituída a poligamia e as crianças acabam por ser da aldeia. Há um forte espírito comunitário. Para quem se sente só ou está desiludido com o individualismo, é mudar-se para São Tomé! A forma como lidam com a morte é muito pacífica: às vezes nem dão aos nomes aos filhos logo no início para ver se sobrevivem. Se não sobreviverem, é porque vão voltar à Terra, às plantas, à Natureza. O ciclo da vida. Isto num ambiente de água azul turquesa e verde por todo o lado. Ouvir Os Untué, uma banda de São Tomé que nos transporta imediatamente para uma cama de rede entre duas palmeiras. Já que está na cama de rede, tem de provar a deliciosa banana-pão, que eles fritam e comem às rodelas. Também tem de comer as famosas santolas picantes de Neves, em locais com galinhas e porcos a passarem entre as pernas, acompanhado pela cerveja Rosema - “a surpresa em cada garrafa, devia ser o slogan, porque o sabor da cerveja é diferente de garrafa para garrafa”, diz Catarina Munhá J
Rafael Polónia é líder de viagens e apaixonado por países maioritariamente muçulmanos - gosta de tentar perceber aquilo que a televisão não nos mostra. Este país em particular, mesclado com a cultura soviética, encheu-lhe as medidas. Até porque é o único país com o feriado nacional do melão!!! 10 Motivos para Conhecer o Uzbequistão: Países que acabam em “ão” metem medo às pessoas. Ou seja, têm pinta. No Uzbequistão falam uzbeque, falam uma mistura de farsi e tajique e falam russo. Comunicar é uma aventura! A Ásia Central e o Médio Oriente são tão hospitaleiros que acaba por nem montar a tenda: convidam-no para dormir nas mesas-camas que ficam à porta das casas (um estrado onde durante o dia se come, e durante a noite se dorme ao relento). Mas também oferecem um sofá ou uma cama. A capital e as principais cidades estão muito bem servidas de comboios e táxis. É um país fácil de se viajar, a não ser que vá para regiões recônditas. É tudo muito bem organizado e não há um papel no chão – foi o país mais limpo onde o Rafael esteve até hoje. O melhor é voar até Tashkent, a capital, e depois descer até Samarcanda, a cidade mais importante da Rota da Seda. A cidade de Riva é uma das mais bonitas do mundo, apesar de lá passar a rota dos Escravos. A maior parte deles conquistados nas guerras. O mar de Aral já foi o 4º maior mar do mundo e neste momento é um dos lagos mais pequenos do mundo. O desaparecimento do Mar de Aral é uma das maiores catástrofes provocadas pelo homem do mundo. Para estimular o cultivo de algodão, políticas de irrigação agressivas implementadas pelos soviéticos transformaram 90% do que costumava ser o quarto maior lago do mundo num deserto. São seis horas de carro para visitar um cemitério de barcos chocante. São o único pais do mundo onde há o feriado nacional do melão (têm grande cultura de melão e melancia). O gás natural é gratuito lá. Em 2011, o Rafael chegou a desligar um bico de gás porque eles deixavam o gás ligado o dia todo no mínimo. Foi repreendido porque os fósforos custam dinheiro…e o gás não.
Ivo Lucas tinha uma namorada alemã, cujo pai era de Merano, e com quem o músico e ator português foi passar uma semana na altura do Natal. É uma pequena localidade no norte de Itália, no meio de um vale verdejante, com um rio por perto, uma estância de esqui na montanha e neve por todo o lado. Basicamente, é um postal de Natal. 7 Experiências incríveis em Merano, no norte de Itália: Comer, comer, comer… e beber vinho quente. E comer o quê? Knödel. É uma bola de massa feita à base de pão, farinha e especiarias. É comida de aconchego, o que dá jeito no frio. E também Currywurst, um prato de fast-food alemão, que consiste basicamente em salsicha de porco cortada e temperada com ketchup e caril A estância de esqui Merano 2000 tem uma pista preta, uma das mais difíceis da Europa. Tem de marcar uma viagem de uma semana para tentar fazer snowboard lá para o último dia, porque é muito difícil… Há uma zona de SPA óptima mesmo em frente à zona de vinho quente, para relaxar à séria! Se visitar esta vila medieval na altura de natal vai encontrar barraquinhas na rua e teatrinhos de Natal. Um autentico postal! As residências e chalés típicos têm sempre uma lareira quente e o som da madeira a ranger A viagem até Merano também é inesquecível: o Ivo voou até Munique, foi de comboio até Bolzano e depois foi de carro até Merano. Mas Milão também fica relativamente perto de Merano.
Cantou com os Waygunn, Rodrigo Leão e muitos outros e, recentemente, largou a engenharia para se dedicar à carreira a solo. Nascida e criada até aos 6 anos em Moçambique, Selma Uamusse foi a grande impulsionadora do concerto de solidariedade “Mão Dada a Moçambique”, que juntou quase 100 artistas nacionais no Capitólio em Abril de 2019. Esta edição do podcast Ai Destino faz o rescaldo desse movimento de apoio ao país após os ciclones, mas enumera também excelentes motivos para visitar o país incrível que é Moçambique – onde, de resto, a Selma Uamusse está neste momento a acompanhar os esforços de distribuição de ajuda humanitária. 8 bons motivos para amar Moçambique: A riqueza natural: o Parque de Gorongosa, Inhambane (terra das avós da Selma, onde fica Vilankulo, e as ilhas de Bazaruto em frente), as ilhas Quirimba, a ilha de Moçambique que é património mundial… mas há mais! Na Praia do Tofo, pode ver a saída das baleias da costa. A ilha do Ibo é toda uma ilha em cima de um coral. É um país que tem uma fusão de espiritualidades muito grande, muito influenciado pelo lado islâmico mas também pelo cristianismo e pelas religiões locais, e tudo isto é manifesto em música e em rituais muito especiais. O azul do céu e o azul do mar fundem-se num só. Comer matapa: folhas de mandioca com leite de coco, amendoim e caranguejo. Em Zavala, pode ouvir música tradicional e uma orquestra de timbilas (uma mistura de xilofone com marimba), um instrumento tradicional moçambicano. Tem um efeito hipnotizante. Os cheiros, o calor, as águas quentes, a terra vermelha, a alegria.
Chegou a Nova Iorque e pensou “acho que conseguia fazer aqui a minha vida”. Maze, dos Dealema, é um dos rappers mais conceituados em Portugal, com mais de duas décadas de carreira, e é a pessoa certa para levá-lo numa visita pela Nova Iorque musical e artística. Um roteiro direcionado para o rap e hip-hop, mas também para os bares de jazz, para a arquitectura e para a arte. 8 experiências a não perder em Nova Iorque: Respirar a cultura do rap e hip-hop nas ruas: “Ao andar em Nova Iorque, vais passando pelos murais de graffitis que nasceram nos anos 70 transformados em edifícios de street art, pessoal a breaker no metro, MC’s a fazerem improviso nos parques, big boys a fazerem espetáculos nos parques…” Bares de jazz imperdíveis: o Smalls, o incontornável Blue Note e o Fat Cat, um salão de jogos onde as pessoas estão a jogar bilhar ou ping-pong e de repente tens uma banda underground de jazz a tocar entre o ruído do jogo. Brooklyn e Williamsburg são ótimos para fazer compras mais alternativas; Bushwick é uma zona artística emergente. A arquitetura é um dos maiores atrativos. Uma das zonas que Maze mais gostou é o Highline, uma antiga linha que foi reabilitada e que desemboca numa zona onde há um edifício incrível que se chama The Vessel, um misto de edifício e instalação, e que basicamente é um miradouro onde se sobe em espiral. As subidas aos arranha-céus são obrigatórias: Empire State Building e o One World Trade Center. O lusco-fusco é uma boa altura para ver Nova Iorque de cima. O diner Tick Tock é central e genuíno, com aqueles sofás de napa que vemos nos filmes e comida boa. Museus a não perder: o Guggenheim, o MET, o Whitney, o Brooklyn Museum e o MOMA. Ver um jogo de NBA no Madison Square Garden, comprar pipocas, cachorros e coca-colas gigantes.
Quando a filha mais velha tinha 5 anos, Filipe Morato Gomes e a família deram uma volta ao mundo durante 11 meses. Se isto não for suficiente para chamar a sua atenção, não sei o que vai consegui-lo. Talvez dizendo que Alma de Viajante é o blog de viagens mais antigo de Portugal e que o Filipe garante viagens inesquecíveis em locais muito pouco explorados. O que acha de estar sozinho num antigo anfiteatro romano? Cenários inacreditáveis e muito poucos turistas, é o que pode esperar na Argélia. Para um roteiro completo, é espreitar o blog Alma de Viajante. 8 surpresas sobre a Argélia: Para além de ser um povo incrivelmente hospitaleiro, tem um património histórico inacreditável sem praticamente turistas à vista A Argélia é um país geograficamente gigante e é um destino financeiramente muito acessível Quando perguntam ao Filipe Morato Gomes se um país é seguro, ele responde sempre que só foi assaltado uma vez e foi em Portugal A capital, Argel, tem um casbah extraordinário, onde se sente um bocadinho a decadência de Havana misturado com o caos de um mercado árabe e os resquícios da arquitetura colonial Constantin, a cidade mais emblemática e vistosa, está instalada num local inacreditável, e está cheia de pontes lindíssimas Há também o lado do deserto, com comunidades que vivem de um modo muito tradicional, como em Timimoun, o oásis vermelho do deserto do Sahara É fundamental evitar a Argélia no Verão, sobretudo se o roteiro incluir a zona sul, mais desértica. Só é permitido visitar o centro história de Ghardaia, um tesouro milenar no vale do M'Zab, com um guia local. Os homens não podem olhar as mulheres casadas nos olhos. As mulheres são obrigadas a usar um véu só com um olho.
“A Madeira parece pintada à mão, com os tons todos saturados e puxados como se fosse uma foto no Instagram”. Paulo Sousa é cantor, ator e youtuber com mais de 250 mil seguidores, e veio falar sobre a Madeira ao "Ai Destino". Foi essa a sua primeira grande viagem quando estava na secundária, e é também essa a terra da Carly Santos, com quem canta o dueto “Sou Pra Ti” - o vídeo teve quase 400 mil visualizações em 10 dias, depois do primeiro álbum de Paulo Sousa ter entrado directamente para o #1 lugar do Top Nacional de Vendas. Falámos da Madeira, mas também falámos de redes sociais - "eu dava tudo no Hi5!" - e da alergia do Paulo Sousa a bananas, laranjas e melão. 5 experiências a não perder na Madeira: A Câmara de Lobos com os seus barquinhos pitorescos, os Xavelhas A “faléeeesia do amoooor” que é o Cabo Girão O Jardim Tropical do Monte Palace: 70.000 m2 de plantas exóticas A estátua do Ronaldo logo no aeroporto! E para acompanhar a viagem, Paulo Sousa recomenda qualquer obra do John Green
África é para quem sente. E o sentir tem um espectro largo de emoções: tanto pode ficar fascinado com a paisagem, como ligeiramente amedrontado com a imprevisibiidade da vida animal. Jorge Pelicano acompanhou duas viagens humanitárias de avioneta pelo continente mais mágico do mundo, ainda dos tempos em que era repórter de imagem na Sic, e recorda alguns dos melhores momentos dessa viagem que o levou em incursões por terras de Moçambique, Angola, Botswana, Namíbia, África do Sul e Malawi (também sobrevoou o Zimbabwe). Antes da viagem propriamente dita, não resistimos em falar com o Jorge Pelicano sobre o seu novo documentário “Até que o Porno nos Separe”, sobre uma mãe católica e conservadora que descobre, através da Internet, que o seu filho, emigrante na Alemanha, é o primeiro actor porno gay português premiado internacionalmente. Uma viagem ainda mais profunda, já nos cinemas. 7 descobertas pela África profunda: Não há vedações à volta dos lodges no meio da savana. E os leões ali tão perto. #vivernolimite Uma vez, na Namíbia, a vista do pequeno-almoço era para um rio com elefantes a tomarem banho Uma típica conversa de quem viaja por África é: “Aqui há cobras mamba? Há. Mas também há o antídoto para o veneno? Não, não há”. Em Moçambique, há que visitar Maputo, Ilha de Moçambique, a cidade da Beira (reconstrução e amor, é o que se quer) e o Parque Natural da Gorongosa. O parque mais conhecido é o Kruger Park, na fronteira com o sul de Moçambique, mas a Gorongosa é mais selvagem e menos turístico No Botswana, os safaris são mais organizados e, a nível paisagistico, é um país muito bonito. É uma África profunda, das grandes planícies, das searas amarelas sem fim, daquelas imagens que vemos no National Geographic Na Namíbia, um país onde se sente muito a herança colonial alemã, é tudo muito limpinho e organizado Cape Town é uma cidade à parte na África do Sul: paisagens incríveis, vinho maravilhoso e a incrível Table Mountain
Toda a gente lhe dizia, antes de partir: “Levas colete à prova de balas?” Mas o que o nosso programador musical e coordenador descobriu no Líbano foi um país seguro (tirando nas zonas de conflito, ok?), com montanha com neve mas também praia, boa comida e paisagens incriveis. Convosco, o nosso “pai de todos” João Pedro Sousa numa viagem inesquecível pelo Líbano. 12 curiosidades sobre o Líbano: Para pedir o visto é uma trabalheira: atualmente, os cidadãos portugueses têm de contactar a Embaixada do Líbano na Cidade do Vaticano (é a mais próxima, imagine!) Não pode entrar no Líbano se tiver um carimbo de Israel no passaporte. Adivinhe porquê... Não há transportes públicos, mas pode apanhar Ubers na cidade e até escolher se quer falar em francês ou em inglês Mas também pode contratar um motorista de taxi e visitar o país numa semana, indo sempre dormir a Beirute. Uma espécie “tour de Líbano”. Tem de visitar os Cedros do Líbano, a norte do país. Os U2 até fizeram uma música chamada “Cedars of Lebanon” O Líbano esteve 70 anos sob regime francês, depois tornou-se independente, e depois isso deu em guerra civil Em Beirute, tem prédios com marcas de mísseis e balas ao lado de arquitectura moderna A downtown de Beirute não só tem um stand da Rolls Royce, como uma lavagem de carros só para Rolls Royce Em Portugal, no multibanco a primeira quantia são 20 euros. No Líbano, são 20 mil libras libanesas. A vida é cara, porque a cerveja custa 4,5 euros em dinheiro português Em qualquer restaurante é convidado a fumar Narguilé (os cachimbos de água mais conhecidos como shisha) Byblos é o porto fenício mais antigo do mundo, era dali que os fenícios partiam para navegar. Ainda lá está o forte que protege o porto A norte encontra campos de cultivo de legumes, vinhos... mas também os campos de refugiados dos sírios
O Irão é uma República Islâmica com 30 províncias e é muito mais do que aquilo que imaginamos. Miguel Judas é jornalista freelancer na Visão e Diário de Notícias e tem dois países preferidos: o Irão e os Estados Unidos (o que politicamente lhe pode dar problemas na alfândega). É quase a sua própria revolução de costumes, inspirada naquilo que se começa a fazer sentir na sociedade iraniana, onde as mulheres da capital tentam fugir ao chaddor e reclamam por mais liberdade. O Irão é um país deslumbrante e há 11 surpresas agradáveis que Miguel Judas destaca no podcast de viagens da Rádio Comercial: São um povo muito hospitaleiro com os estrangeiros, tipo uma avó a querer dar comida a toda a hora Uma das grandes surpresas é que há liberdade de culto para cristãos, judeus e muçulmanos. Por exemplo, na cidade de Isfahan, há uma catedral arménia onde continuam a celebrar missas. E o Irão é um dos grandes oponentes do Estado Islâmico. As mulheres têm de usar o cabelo coberto, mas na capital Teerão fazem um rabo de cavalo e a cabeça está quase descoberta. Cumprem a lei islâmica, mas em modo rock n’roll. Só se pode usar calções na rua se estiver a fazer desporto A casta de vinho Syrah vem da cidade iraniana Shiraz. Ainda hoje se faz lá vinho, apesar da proibição de álcool do regime (há muitas proibições no Irão, mas eles arranjam sempre maneira de dar a volta). O Irão tem uma história de milhares de anos: o império persa e todo o seu legado. Tem mesmo de visitar Persépolis, a capital do império persa, fundada por Dário I no século VI A.C Por causa da guerra Iraque-Irão, 60% da população tem menos de 30 anos A experiência mais incrível é passar alguns dias no deserto e dormir em Garmeh, uma aldeia remota no meio do nada que tem uma montanha com oásis – onde se pode andar de calções à vontade porque não há vivalma. A moeda desvalorizou muito: consegue comer bem por 2 euros. Há cafés liberais onde se ouve rock psicadélico e se discute arte e cinema, mas sem álcool: só café e chá. Vê-se a cara do Carlos Queirós, ex-seleccionador do Irão, em publicidades em todo o lado.
Gonçalo Câmara apresenta o programa da manhã na estação irmã Smooth FM e é também um viajante inveterado – daquelas viagens fora do roteiro turístico, no fim do mundo. Na Ásia Central profunda, desbravou o Quirguistão, Uzbequistão e Turquemenistão, países que fizeram parte da rota da Seda de Marco Polo. Trekkings, caminhadas, lagoas, mercados de rua, yurts e ditaduras: uma viagem incrível em 40 minutos de conversa. Gosta de aventura? 10 Motivos para explorar a Rota da Seda: 1. Para começar, os quatro amigos foram logo detidos assim que chegaram ao Quirguistão. Uma espécie de comité de boas-vindas. Não queriam histórias para contar? J 2. Para se deslocarem dentro dos países, às vezes saía mais barato partilhar o táxi com os amigos, sobretudo quando a viagem de autocarro demorava muito tempo; 3. Outro meio de transporte foi um passeio a cavalo de 2 dias. Ninguém falava inglês, mas os cavalos sabiam o caminho de cor; 4. Os voos ficaram a 400 euros: - Voo de Ida: Lisboa-Amsterdão-Istambul-Bisqueque (capital do Quirguistão) - Voo de regresso: Asgabate (capitão do Turquemenistão) - Moscovo – Lisboa 5. Dormiram em yurts, no chão, e em hostels que na verdade são casas de pessoas; 6. O Quirguistão está mais perto da Mongólia e da China e a própria fisionomia do povo é muito parecida com a dos mongóis e dos chineses. O Quirguistão vive da montanha, da paisagem. São pastores e são nómadas; 7. O Uzbequistão é muito mais um país das cidades antigas da Rota da Seda, com muito comércio: tapetes persas, jarras, perus, motas, comida, fruta, seda, e tudo no meio da rua; 8. O Turquemenistão é o país mais fechado do mundo – tão ou mais fechado que a Coreia do Norte. Não gostam nada de receber turistas. Tem de andar sempre com um guia, que é um tipo disfarçado dos sistemas de informação lá do sítio. É um país fantasma e está tudo concentrado na capital, que está coberta de mármore e ouro; 9. No Turquemenistão não pode olhar nos olhos de uma mulher mais do que 10 segundos. Fica o desafio; 10. Três semanas deram para isto tudo. E muito mais. É ouvir o podcast.
Nem toda a gente pode ter a sorte de poder dizer isto, mas no caso do Carlos Bernardo.... OMeuEscritórioÉLaFora.pt. Um blog de crónicas de viagens, onde relatou como passou um mês na região de Querala, no sul da Índia - e que que vai ajudar a convencê-lo a visitar a Índia. Como convencê-lo a visitar (o sul d)a Índia em 10 passos: Vasco da Gama foi o primeiro que “da ocidental praia Lusitana, por mares nunca de antes navegados”... chegou a Cochim, uma das cidades de Querala A zona histórica de Cochim tem muitos nomes portugueses. Há muitos indianos chamados Antónios. E tem muita street food (esqueça a ASAE). A capital de Querala chama-se Thiruvananthapuram – Trivandrum para os amigos. E nós adoramos nomes estranhos. Assistir a uma celebração num templo hindu: imagine uma festa de Verão em Portugal, mas sem música, sem comida e sem bebida. E com elefantes cheios de ouro. Tem mar e praias muito bonitas, mas não se vê ninguém a tomar banho na praia. É aproveitar. Prepare-se para comer tudo com a mão, até a sopa (é fazer uma conchinha com a mão) Descubra os canais de Querala, os Backwaters, com muitos vilarejos onde as pessoas se movimentam em canoas. Até há canoas com vacas. Na mesma foto conseguimos apanhar uma igreja, uma mesquita e um templo hindu cheio de figuras coloridas. Não se casam uns com os outros, mas dão-se lindamente. Faça uma viagem de comboio nocturna. Os clichés confirmam-se: 6 camas com 30 pessoas, muitas delas com galinhas, e todos a falarem dialectos diferentes. Ainda hoje o Carlos troca emails com um casal que estava no comboio e boa parte da viagem foi com ele a mostrar vídeos no youtube de receitas de bacalhau. O melhor na Índia é que de estarmos tão expostos, acabamos por nos ver a nós.
Anabela Moreira é uma das irmãs do melhor futebolista do mundo no filme “Diamantino”. Para mantermos a tematica "melhores do mundo", a atriz fala sobre o melhor restaurante do mundo ao “Ai Destino”... e também 8 excelentes motivos para ir a Estocolmo! Uma cidade absolutamente vibrante, muito bem preservada Um povo muito evoluído, muito gentil e muito acolhedor Quase não há carros na rua porque os transportes públicos funcionam muito bem e também consegue chegar a todo o lado a pé Os povos nórdicos são muito organizados e a cidadadina é ensinada na escola desde muito pequeninos Come-se muito bem em quase todos os restaurantes Tem um Museu de Fotografia imperdível, o Fotografiska Tem o Museu dos ABBA A uma hora de avião de Estocolmo, pode ter a experiência gastronómica da sua vida: apanhe o avião até Jarpen e vá jantar ao restaurante Faviken, de um dos melhores chefs do mundo, Magnus Nixon. O cenário é incrível: um edifício do século XIX no meio de lagos e montanhas. O menu de degustação demora umas 3 horas e inclui alojamento. Mas tem de marcar com meses de antecedência!
Mas há a possibilidade de não se aproveitar um cenário idílico como o das Maldivas? Dificilmente. Ainda assim, a Rádio Comercial pediu ao Casal Mistério algumas dicas para aproveitar ao máximo o destino de eleição das luas-de-mel. E antes de irmos às Maldivas, vamos num pulinho até Londres para descobrir o restaurante “Mãos”, do chef português Nuno Mendes, onde o Casal Mistério comeu... formigas. 8 Dicas para aproveitar ao máximo as Maldivas: Escolher os quartos dentro de água. O Casal Mistério escolheu os do hotel Velassaru, um dos cinco estrelas mais em conta das Maldivas. O hotel fica numa ilha privada e tem uns cinco restaurantes Comprar uma viagem baratinha: há voos directos de Londres para a capital Malé. O Casal Mistério voou pela Monarch Fugir do peixe-balão. Se lhe tocar, o peixe fica cheio de espinhos e vai atrás de si com uns dentes enormes. Dica: o peixe-balão costuma esconder o focinho na areia. Nadar com os tubarões-bebés, que os dentinhos de leite ainda não magoam Explorar os corais, lindos de morrer Ir à pesca nos barquinhos com os locais Fazer aulas de yoga numa plataforma de vidro em cima do mar, ler um livro, tomar banhos azul turquesa e relaxar Aceitar as mezinhas naturais que os médicos de camisa branca costumam dar para as intoxicações alimentares. Funcionam mesmo. Pelo menos com “Ela” funcionaram!
Se Felipa Garnel diz que não há continente mais bonito do que África, temos de acreditar: ela já percorreu o mundo com o programa de viagens “Mundo VIP”. Numa altura em que acaba de publicar o livro “Confidências: As Minhas Histórias como Motorista da Uber”, Felipa Garnel conta que foi, precisamente, numa dessas viagens de Uber que recebeu óptimos conselhos para uma road trip inesquecível pela Namíbia – um país que é muito seguro, não é caro e é maravihoso ao nível de diversidade de paisagens. Nove dias a andar muito de carro, mas a valer cada quilómetro! (Atenção que se guia ao contrário, como em Inglaterra!) 10 Razões para ir à Namíbia: Chamam-lhe “a Suíça da África”, por ser um país tão seguro É um país muito organizado, herança da colonização alemã (goste-se ou não) Ir ao Parque Nacional de Etocha para ver todos os animais possíveis (e apanhar sustos com hipopótamos). Como a zona é muito desértica, os animais agrupam-se onde há água, e além disso, tem menos gente do que os parques da África do Sul ou do Quénia Whindoek parece uma capital eurpeia: a paisagem é africana, mas o modo de estar e de viver a cidade é europeia Quando se aluga um carro na Namíbia, dão-nos uma lancheira, porque as distância são tão grandes que os stands querem garantir a sobrevivência dos condutores. No caso da Felipa Garnel, fizeram 500 ou 600 km por dia, com pouquíssimas bombas de gasolina. Portanto, sempre que vir uma bomba, pare! Mesmo que tenha ¾ do depósito. Vale a pena descer a Costa dos Esqueletos até Swakopmund, uma cidade costeira onde o mar chega ao deserto. Visitar a Duna número 7, a duna mais famosa do mundo, e ficar alojado no The Strand Hotel, à beira-mar – parece lindo, mas a água é mais fria do que a do Guincho! Ir para o deserto, em direcção a Sossuvlei, ver as maiores dunas do mundo com areia encarniçada, a Big Mamma e a Bid Daddy. A estrada até aí é maravilhosa, porque a paisagem muda de 50 em 50 km. Tirar uma foto no Trópico de Capricórnio, a linha imaginária que marca os 23º27´S. Há uma placa a assinalar. Ver estrelas em Sossusvlei, um dos melhores sítios do mundo para amantes de astronomia