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Um pulo em Paris
Estudo: 15% dos franceses já testaram relacionamentos abertos, número em constante progressão

Um pulo em Paris

Play Episode Listen Later May 2, 2025 11:48


Os franceses e francesas estão cada vez mais adeptos aos relacionamentos abertos. A quantidade de casais que adotam esse modo de se relacionar ou dispostos a esse tipo de experiência vem aumentando no país, enquanto as identidades sexuais também evoluem. Daniella Franco, da RFI em ParisSegundo uma pesquisa do Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop) para o aplicativo de encontros extraconjugais Gleeden, as relações “alternativas” vêm atraindo cada vez mais adeptos no país. Embora a monogamia seja majoritária (65%), 8% das pessoas entrevistadas afirmam estar atualmente em um relacionamento aberto.Em 2017, apenas 1% dos franceses afirmava seguir essa tendência, o que mostra um aumento de 7% em relação a 2025. Além disso, 15% das pessoas entrevistadas pelo Ifop afirmam que já estiveram em um relacionamento aberto.O número é ainda maior quando o balanço se concentra nos parisienses. Na capital francesa, 17% dos homens e mulheres acima dos 18 anos afirmam estar em um relacionamento aberto atualmente. Mas 23% das pessoas entrevistadas e que vivem em Paris dizem que já fizeram parte de um casal poligâmico em algum momento da vida.Para o diretor do pólo Gênero, Sexualidades e Saúde Sexual do Ifop, François Kraus, a discrepância entre Paris e o resto da França não é surpreendente. “O casal livre é algo mais valorizado socialmente nos meios progressistas”, analisa o responsável pela pesquisa, François Kraus, em entrevista ao jornal Libération.De fato, a capital francesa, administrada por uma mulher, a prefeita Anne Hidalgo, do Partido Socialista, vota tradicionalmente em partidos progressistas e de esquerda. O posicionamento político, aliás, é uma característica relevante para os adeptos do relacionamento aberto. A maior porcentagem dos parisienses que já estiveram em um casal poligâmico é registrada entre simpatizantes do partido da esquerda radical França Insubmissa (32%).Jovens e gays: perfil dos adeptos aos relacionamentos abertosO estudo do Ifop confirma o que outras pesquisas já vêm mostrando nos últimos tempos sobre a sexualidade da população francesa. Os adeptos dos relacionamentos abertos são principalmente adultos jovens, na faixa dos 25 aos 34 anos (23%).Além disso, quase a metade dos casais não-monogâmicos hoje na França é formado por homens gays e bissexuais (47%), seguidos por lésbicas e mulheres bissexuais (25%). Entre os heterossexuais adeptos aos relacionamentos abertos, 17% são homens e 9% mulheres.Essa escolha de vida também tem um forte marcador de classe social. Os relacionamentos abertos são vividos majoritariamente por pessoas com diploma de estudos superiores (20%) e por cidadãos que exercem profissões consideradas “intelectuais” na França (23%), como médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, jornalistas, artistas, professores de universidade, etc.No que diz respeito à tendência política de quem rejeita a norma monogâmica, 26% vota no partido da esquerda radical França Insubmissa, 15% no Renascimento, partido centrista, do presidente Emmanuel Macron, 14% no partido socialista (esquerda mais tradicional), 12% nos ecologistas. Mas pessoas de posicionamento conservador também são adeptos de relacionamentos abertos: 11% votam no Partido Republicano (direita) e 15% no partido de extrema direita Reunião Nacional, segundo a pesquisa do Ifop.Me Too e casamento para todosO diretor do pólo Gênero, Sexualidades e Saúde Sexual do Ifop, François Kraus, avalia que os relacionamentos abertos são uma tendência que “se instala lentamente como uma alternativa a casais monogâmicos e heterossexuais tradicionais”. Segundo o especialista, o movimento Me Too, que surgiu em 2017 questionando a cultura do estupro, colocou em questão as normas conjugais tradicionais.Junto com o casamento para todos, legalizado em 2013 na França, a mobilização feminista também é apontada como a principal responsável pela evolução das identidades sexuais na França. Um outro estudo, divulgado nesta semana, do Instituto Nacional de Estudo Demográficos da França (Ined), mostra que a rejeição à heterossexualidade vem aumentando no país.A mudança é liderada por jovens, principalmente mulheres. Atualmente quase 20% das francesas entre 18 e 29 anos não se considera heterossexual: 10% são bissexuais, 5% panssexuais, 2% lésbicas e outros 2% são assexuais ou não sabe definir. Em 2015, apenas 3% das mulheres não se considerava heterossexual.Entre os homens, a tendência também é observada, mas em uma escala menor. No total, 8% dos franceses que rejeitam a heteronormatividade, 4% bissexuais, 3% homossexuais, 1% assexual ou não sabe definir. Em 2015, eles eram 2%.Segundo o diretor de pesquisa do Ined, Wilfried Rault, a heterossexualidade está "menos atraente" para uma parte dos jovens da França. Segundo ele, outros debates na sociedade, como a conscientização sobre a desigualdade de gêneros nas tarefas domésticas, também contribui para a evolução das identidades sexuais na França.

Economia
Fim da globalização? Tarifaço de Trump acelera recuo do livre comércio iniciado há 10 anos

Economia

Play Episode Listen Later Apr 9, 2025 5:19


Enquanto o mundo assimila a ampliação generalizada de tarifas de importação dos Estados Unidos, economistas se questionam se a aceleração do protecionismo americano em 2025 será o evento o histórico que marcará o fim da globalização tal como conhecemos desde os anos 1990. Com o recuo dos americanos, protagonistas e propulsores do livre mercado, abre-se um período de incertezas sobre os rumos do comércio internacional e o modelo econômico que poderá emergir. Lúcia Müzell, da RFI em ParisNo dia 2 de abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a adoção de taxas de pelo menos 10% sobre uma longa lista de produtos vindos de praticamente todos os países do globo. A China é o alvo número 1, chegando, após o anúncio de novas tarifas, a 104%, à frente dos 26% aplicados sobre as importações da Índia, 20% à União Europeia ou 10% ao Brasil. Para Vincent Vicard, professor de Economia Internacional na Universidade de Paris 1 Panthéon-Sorbonne e diretor-adjunto do Centro de Estudos Prospectivos e Informações Internacionais (CEPII), a retraída americana no livre comércio representa o "choque mais importante da história da globalização", como jamais visto desde o período entre guerras. “Ainda faltam muitos aspectos a serem esclarecidos sobre qual vai ser a amplitude deste choque, mas ele é muito mais abrangente do que foram as medidas do primeiro mandato de Trump. Lembremos que as importações americanas correspondem a 13% de todo o comércio mundial”, disse.“Estamos diante de um questionamento profundo das regras do comércio internacional, uma vez que Trump introduziu discriminações entre os países – o que contraria totalmente as regras do comércio internacional e da Organização Mundial do Comércio”, afirma Vicard.Entraves à globalização desde o BrexitApesar de ser um business man, Trump não parece se importar com o impacto negativo da sua guerra comercial sobre mercados financeiros e os investimentos, mergulhados na instabilidade desde a sua volta ao poder.Laurence Nardon, diretora do programa Américas do Instituto Francês de Relações Internacionais (Ifri), avalia que o presidente americano moldou à sua maneira o fim da globalização, um processo iniciado já no seu primeiro mandato e continuado por Joe Biden – e do qual o Brexit, no Reino Unido, também foi um marco importante.“A virada que Trump acelera agora de forma brutal e excessiva está em curso desde 2015. As pessoas, os eleitores dos países ocidentais, cansaram da globalização dos anos 1990. Na realidade, isso começou com a grande crise financeira de 2008: ela fez muitas pessoas tomarem consciência de que a globalização não estava funcionando para elas, principalmente na classe média”, explica a pesquisadora.“Essa percepção nos levou ao Brexit e à primeira eleição de Trump. Hoje estamos vivendo a confirmação de um grande movimento de volta atrás da globalização”, constata a autora de "Géopolitique de la puissance américaine" ("Geopolítica da potência americana", em tradução livre).O componente ideológico de Trump acrescenta uma grande incerteza sobre este processo, salienta Vincent Vicard. O presidente defende a retirada dos Estados Unidos da cena internacional para se concentrar exclusivamente no povo americano – o que pode significar, por exemplo, cortar o apoio logístico americano que garante a segurança de grande parte do transporte de mercadorias ao redor do planeta.Futuro do livre comércioQual o futuro da globalização sem o seu maior promotor? O pesquisador do CEPII afirma que a maioria dos países do globo apoia a continuidade do sistema de livre mercado, mesmo que muitos endossem as críticas sobre o peso que a China adquiriu no comércio. “Os outros países vão poder continuar no mesmo sistema, apesar da virada protecionista americana? O risco hoje é de uma escalada comercial no conflito, em relação aos Estados Unidos, mas também ao resto do mundo, porque teremos reorientações do comércio em meio a um choque violento, que vão criar tensões”, adverte Vicard.Outra fonte de incertezas é o impacto da guerra tarifária sobre a própria economia americana. A alta da inflação é inevitável, uma recessão é dada como provável e os efeitos positivos das medidas protecionistas levarão anos a aparecer, numa combinação que pode fazer ruir o apoio interno ao presidente. “Ele tem o apoio, na sua coalizão, dos chamados libertários da tecnologia, como Elon Musk, e republicanos tradicionais que são liberais, no sentido econômico do termo, e que não concordam nem um pouco com o que o presidente está fazendo”, indica Nardon. “Eles querem continuar fazendo negócios, importar, exportar. A maioria está calada neste momento, mas acho que ainda terão o que falar.”

Convidado
"Donald Trump não reconhece UE como potência, favorecendo regimes autocráticos"

Convidado

Play Episode Listen Later Feb 19, 2025 10:59


As delegações norte-americana e russa estiveram esta terça-feira, 18 de Fevereiro, reunidas em Riad, capital da Arábia Saudita, a discutir sobre o destino da Ucrânia, sem presença ucraniana. "A política externa de Donald Trump rompe com o internacionalismo liberal que guiou os Estados Unidos da América (EUA) nos últimos 125 anos", lembra a professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, Maria Ferreira, sublinhando que "Trump não reconhece a União Europeia como potência regional preferindo favorecer regimes autocráticos". RFI: De que forma olha para esta recente postura de Donald Trump em relação à Rússia, para o futuro da geopolítica internacional. Este pode ser um ponto de viragem nas relações entre os Estados Unidos e a Rússia. O que está a acontecer entre a Rússia e os Estados Unidos?Está a acontecer o total romper de expectativas em relação à política externa norte-americana. Nas Relações Internacionais, há uma diferença entre anarquia e anomia. Até aqui, existia anarquia internacional, mas havia algumas expectativas em relação ao comportamento dos Estados. O que Donald Trump está a fazer é pôr fim ao internacionalismo liberal que guiou a política externa norte-americana nos últimos 125 anos, desde Theodore Roosevelt. E está a substituir o internacionalismo liberal pela adopção de um realismo absolutamente ofensivo que se baseia na ideia de que os Estados, mesmo as democracias, têm um direito natural à expansão geográfica. Colocando-se ao lado de Putin, Donald Trump solidifica a sua aliança de autocracias, legitima a sua pretensão à Gronelândia, quebrando com aquelas que foram as premissas da política externa norte-americana desde o início do século, ou seja, com as constantes linhas de força da política externa norte-americana nos últimos 125 anos.O que Trump está a mostrar é que só reconhece grandes potências no plano internacional e a União Europeia não é considerada como uma potência regional na Europa. Até porque, como o vice-presidente dos Estados Unidos afirmou em Munique, a Europa não se encaixa na visão ideológica da administração Trump, que favorece autocracias e não democracias. Trump, no fundo, o que quer é um espaço pós-soviético nas mãos de Vladimir Putin. Faz lembrar a citação de Tucídides: "Os fortes fazem o que querem, e os fracos sofrem o que têm que sofrer".Mas há também aqui a questão da China. A prioridade de Trump será, a seu ver, conter a China, que apoia a Rússia e não a resolução da questão ucraniana?Não me parece. Parece-me que, neste momento, e antes de se tratar da questão chinesa, Donald Trump está muito interessado em criar um conflito na Europa pela hegemonia regional, e os Estados Unidos estão a favorecer a Rússia à custa da União Europeia e da Ucrânia. Aliás, existe aquilo a que Thomas Gomart, director do Instituto Francês de Relações Internacionais, descreve como uma espécie de convergência ideológica entre Washington e Moscovo. E, portanto, há aqui uma espécie de prenda estratégica que foi dada a Vladimir Putin, mesmo sem qualquer concessão por parte de Moscovo em relação ao futuro da Ucrânia. O problema é que a União Europeia se encontra profundamente dividida. Este modus operandi das reuniões que excluem os Estados europeus e incluem outros mostra essa profunda divisão da Europa, que acontece porque poucos Estados europeus querem efectivamente enviar tropas para a Ucrânia, designadamente da Polónia ou Alemanha. Portanto, há aqui uma falta de posição da União Europeia quanto às garantias de segurança que podem ser dadas à Ucrânia. Face a esta acção e esta convergência ideológica entre a Rússia e os Estados Unidos, que, para quem acompanha as relações internacionais há muitas décadas, é absolutamente inusitada.O que ganha a Rússia com esta aproximação, o facto de os Aliados europeus não enviarem tropas, por exemplo, para a Ucrânia?A Rússia quer criar no espaço pós-soviético, e é preciso dizer que, para a Rússia, o espaço pós-soviético inclui, por exemplo, os Estados bálticos, que já são membros da União Europeia e da NATO. Quer criar no espaço pós-soviético uma espécie de zona tampão, que, na retórica de Putin, iria proteger a Rússia de um eventual ataque da NATO, que, desde o fim da Guerra Fria, tem-se naturalmente expandido para leste, porque os Estados veem a NATO como o único mecanismo de segurança colectiva que podem ter face a uma Rússia que nunca se democratizou e que manteve as suas tendências autocráticas.Portanto, o que Putin faz é criar um inimigo no Ocidente e legitimar, através de diversas estratégias discursivas, a ideia de que a NATO continua a ser um perigo para a autonomia territorial russa e legitima, assim, a vontade de criar um espaço de segurança alargado na Ucrânia e que vai atingir outros Estados, os Estados do espaço pós-soviético. Isto é, no fundo, um conflito pela hegemonia regional da Europa, um conflito ideológico entre o modelo democrático, simbolizado pela União Europeia, e o modelo autocrático, simbolizado pela Rússia. E quando, nos Estados Unidos, acontece o impensável, ou seja, temos uma administração mais autocrática ou ideologicamente muito conservadora, muito próxima dos valores da extrema-direita, é claro que essa convergência ideológica, que seria impensável há dez anos entre Washington e Moscovo, agora parece real.Qual seria a estratégia de Trump para garantir um cessar-fogo eficaz entre a Rússia e a Ucrânia? Isto é uma ilusão? Ele está disposto a fazer concessões territoriais para enfraquecer a Europa, como a entrega da Crimeia ou do Donbass à Rússia para garantir uma suposta paz. É realista esperar, nesta altura, que a Rússia se comprometa a não invadir novos territórios e deixar de ser uma ameaça concreta?Não. Eu penso que aquilo que Trump pretende é fortalecer a Rússia. E aqui, a questão da relação com a China não é despiciente, porque, criando uma potência regional no espaço euro-asiático, de certa forma vai criar um rival geopolítico capaz de enfrentar a China. Infelizmente, para a Ucrânia e para a União Europeia, aquilo que Putin vai provavelmente fazer está como está a fazer com Israel em relação à Palestina e à Faixa de Gaza: satisfazer as pretensões territoriais de Vladimir Putin. Quais são elas? Nós não sabemos, neste momento, e nesse sentido, fortalecer a Rússia como pilar da segurança na Europa e como contrapoder no espaço euro-asiático.Donald Trump retoma a estratégia de pivot para a Ásia que tinha sido iniciada por Barack Obama. De que forma é que esta estratégia do pivot para a Ásiapode ter impacto na posição dos Estados Unidos em relação à Europa, e concretamente, porque estamos a falar disso? Da Ucrânia?As estratégias de Barack Obama e Donald Trump divergem ideologicamente. Barack Obama nunca quis criar na Europa Central e de Leste uma potência regional com tendências claramente autocráticas. Barack Obama sempre teve uma excelente relação com os líderes da União Europeia. Portanto, o que nós agora estamos a assistir é a uma mudança de sinal ideológico nos Estados Unidos e ao empoderamento de um novo pivot no espaço europeu e asiático, que é claramente um pivot autocrático. Aquilo que várias administrações norte-americanas tentaram ao longo do período que se seguiu ao fim da Guerra Fria foi tentar contribuir para a democratização da Rússia. E eu penso que Barack Obama ainda teve algumas ilusões em relação às intenções ofensivas de Putin. Donald Trump não tem qualquer ilusão quanto a essas intenções ofensivas, até porque reparemos que ele tem intenções ofensivas em relação a outros territórios na Europa.Portanto, o objetivo não é tentar contribuir para a mudança do regime na Rússia, criando um pivot regional mais democrático do que autocrático. O objetivo é afirmar a ideia neorrealista ofensiva de que mesmo as democracias, tal como as autocracias, têm o mesmo direito à expansão natural do seu território, se isso satisfizer os seus interesses. E, portanto, os Estados mais fracos ficam na mão desta ideia ofensiva de que Estados como a Rússia ou os Estados Unidos têm este direito natural, essa legitimidade natural, à sua expansão geográfica, o que coloca em questão todos os pilares da segurança colectiva, regional e universal que foram definidos após a Segunda Guerra Mundial.Para defender essas questões de segurança, como e quem pode travar as intenções ofensivas, quer dos Estados Unidos, quer da Rússia? Como não existe um superestado nas relações internacionais. Neste momento, a Europa não consegue emergir nem como uma potência militar, nem sequer como uma potência moral que, de alguma forma, pudesse ser um contraponto normativo, quer ao modelo autocrático de Trump, quer ao modelo autocrático de Vladimir Putin. Não estou a ver como é que alguém ou alguma força pode ser um contraponto a esta vontade ofensiva e a esta hegemonia universal e regional, russa e norte-americana.É muito interessante que, nos últimos dias, estamos a assistir à degradação da saúde do Papa Francisco. O Papa Francisco tem sido aquilo que a União Europeia não consegue ser em relação à guerra na Ucrânia e à interação entre Putin e Trump. Ou seja, o Papa Francisco tem sido a voz moral da Europa e do mundo. Se ele desaparecer nos próximos dias, vai-se calar provavelmente a única voz normativa de oposição e de contra-discurso a esta estratégia de poder pelo poder e esta estratégia ofensiva de duas grandes potências.

Um pulo em Paris
França relança debate sobre nacionalidade para filhos de estrangeiros nascidos em seu território

Um pulo em Paris

Play Episode Listen Later Feb 7, 2025 12:49


A França aprovou na quinta-feira (6) um projeto de lei que pode restringir o chamado “direito de solo” na ilha de Mayotte, território francês no sudeste da África, para tentar conter a imigração no local. Nesta sexta-feira (7), o primeiro-ministro François Bayrou e o ministro da Justiça Gérald Darmanin mencionaram a possibilidade de estender o debate sobre a questão para o resto do país. “O debate público deve ser aberto sobre o direito de solo na França”, declarou Darmanin diante da Assembleia Nacional de Deputados. O ministro se disse até mesmo favorável a uma modificação das leis sobre essa questão na Constituição francesa.Já François Bayrou defendeu, em entrevista à rádio francesa RMC, a ideia de “um amplo debate”, que abordaria também outro assunto sensível, sobre “o que é ser francês”. “O que isso traz como direitos? O que isso impõe como deveres? O que isso implica em vantagens? (…) No que acreditamos quando somos franceses?”, questionou.As declarações ocorrem um dia depois que a Assembleia Nacional de deputados adotou, em primeira leitura, um projeto de lei, de autoria do partido de direita Os Republicanos, que pode restringir o “direito de solo” em Mayotte, onde metade da população é estrangeira.Neste território francês, as regras para a obtenção da nacionalidade são diferentes do resto do país. Atualmente, filhos de estrangeiros que nascem na ilha recebem a cidadania se a mãe ou o pai estiverem vivendo no local por ao menos três meses.Caso o projeto seja definitivamente adotado, as regras dificultarão o processo, já que tanto pai e mãe precisarão morar ao menos três anos em Mayotte para que seus filhos obtenham a nacionalidade francesa ao nascer.Na França metropolitana as regras são diferentes: a nacionalidade é atribuída automaticamente à criança que nascer em solo francês e tiver ou a mãe francesa ou pai francês. Um bebê de mãe e pai estrangeiros que vivem na França só obtém a nacionalidade se a família provar que reside na França durante ao menos cinco anos e a partir dos 11 anos da criança. Muitos menores filhos de estrangeiros optam também por esperar até os 18 anos para receber a cidadania, desde que estejam vivendo na França.Discurso anti-imigraçãoA aprovação do projeto de lei ocorre na esteira do aumento do discurso anti-imigração na França. Bayrou não poupa críticas às regras de naturalização no país. Segundo ele, “milhares de pessoas chegam com a ideia de que se colocarem crianças no mundo, elas serão francesas”.Há duas semanas, o primeiro-ministro chocou parte da classe política e da opinião pública ao utilizar o termo “submersão imigratória”, durante uma entrevista a um canal de TV francês. Segundo ele, "contribuições estrangeiras são positivas para um povo, desde que não excedam uma proporção". "A partir do momento que você tem o sentimento de submersão, de não reconhecer mais o seu país, os modos de vida ou a cultura, você tem a rejeição", reiterou.A expressão “submersão imigratória” foi criada nos anos 1980 por Jean-Marie Le Pen, ícone da extrema direita francesa, falecido em janeiro, fundador do partido ultranacionalista Frente Nacional (atualmente Reunião Nacional, dirigido pela filha, Marine Le Pen).Nas últimas décadas, o termo expressão foi utilizado por políticos, militantes e simpatizantes da extrema direita na França, com o objetivo de criar uma sensação alarmista sobre a imigração.A atitude de Bayrou foi alvo de uma enxurrada de críticas pela esquerda francesa. Para a deputada ecologista Cyrielle Chatelain, a utilização da expressão "submersão imigratória" é "vergonhosa", principalmente da parte de um chefe de governo.No canal de TV LCI, Manuel Bompard, coordenador do partido da esquerda radical França Insubmissa, classificou de "extremamente chocante" as afirmações do premiê francês que "não correspondem absolutamente à realidade". "Jamais teria feito essas afirmações e elas me incomodam", declarou a presidente da Assembleia de Deputados da França, Yaël Braun-Pivet, do partido governista Renascimento, em entrevista ao canal BFMTV e à rádio RMC. "Estamos falando de homens e mulheres, de nosso país, a França, que por meio de sua história, sua geografia, sua cultura, sempre acolheu e se construiu por meio desta tradição", reiterou. França está "submersa" por imigrantes?O Ministério do Interior da França divulgou nesta semana o relatório anual sobre a imigração no país. Números do próprio governo mostram que a quantidade de entradas de estrangeiros no país é estável há 15 anos.Em 2024, 337 mil carteiras de residência temporária foram emitidas pela França a estrangeiros, com um leve aumento de 1,8% em relação ao ano anterior. Um terço desses documentos (109 mil) foram destinados a estudantes. Quase 91 mil estrangeiros receberam as chamadas “cartes de séjour”, os vistos que autorizam a estadia, por motivos familiares e 55 mil por razões econômicas e humanitárias.Pouco mais de 31 mil pessoas que viviam em situação ilegal na França foram regularizadas em 2024: número que registrou queda de 10% em relação ao ano anterior. Além disso, o governo francês recebeu pedidos de asilo de quase 156 mil pessoas em 2024, em queda de 5,5% em comparação a 2023.Segundo dados do Instituto Francês de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee), 10,7% da população francesa é imigrante. Entre eles, estão incluídos 3,5% de pessoas originárias de outros países da Europa.Em comparação com as nações vizinhas, a França é um dos países que menos recebe estrangeiros. Na Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Irlanda e Suécia, cerca de 20% da população é imigrante.

Appleton Podcast
Episódio 154 – “Por trás do Sol” – Conversa com Sara Bichão e Luísa Especial

Appleton Podcast

Play Episode Listen Later Dec 26, 2024 49:01


O processo de trabalho de Sara Bichão liga-se a canais emocionais: curar, purgar, perpetuar, brincar. As obras são escultóricas com uma atmosfera cromática própria que, por vezes, são activadas pela artista através de acções performativas. Os materiais utilizados são muitas vezes recolhidos/oferecidos/roubados, ou provenientes de outros recursos reciclados e orgânicos. Mais recentemente, Sara Bichão tem vindo a explorar também a escrita experimental.Sara Bichão está atualmente a desenvolver uma colaboração a longo prazo com La S Grand Atelier - Art Brut et Contemporain, na Bélgica.Foi artista residente na Residency Unlimited (Nova Iorque, EUA) e Finisterrae (Ouessant, FR) em 2022, e participou noutras residências nos últimos anos, incluindo: Porta 33 (2020, Madeira, Portugal); Cité Internationale des Arts (2019, Paris, FR); Artistes en Résidence (2017, Clermont Ferrand, FR). Recebeu bolsas de estudo do Instituto Francês (2019, 2022), da Fundação Calouste Gulbenkian (2014) e da Fundação Luso-Americana (2022).Uma seleção das suas exposições individuais inclui: Lightless, Fundação de Serralves, (2024, Porto); Before I Get Sick na MEEL, Press (2021, Lisboa); What is the thing, What is it na Galeria Filomena Soares (2020, Lisboa); Find me, I kill you na Fundação Calouste Gulbenkian (2018, Lisboa); (2017) Coastal na Barbara Davis Gallery (2017, Houston); My Sun Cries na Fundação Portuguesa das Comunicações (2016, Lisboa); Somebody's Address na Rooster Gallery (2014, Nova Iorque).Participou em exposições colectivas no Museu de Arte Contemporânea de Lyon (2019 e 2024, França); na Galeria Martin Janda (Viena, 2023); no 68 Art Institute (2022, Copenhaga); Passerelle Centro de Arte Contemporânea (2022, França); Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia MAAT (2017 e 2022, Portugal); BoCA - Bienal de Artes Contemporâneas (2021, Portugal); Porta33 (2021, Portugal); Centro de Arte Contemporânea em Troyes (2019, França); Atelier-Museu Júlio Pomar (2018, Portugal); Diagrama (2015, México); Kulturni Centar Beograda (2015, Sérvia); Galeria Rita Urso (2014, Itália) e Galeria Arevalo (2012, EUA). Sara Bichão foi selecionada para o Prémio de Desenho FLAD (2021), Anteciparte'09 (2009), Fidelidade Mundial - Jovens Pintores (2009), BPI - FBAUL (2008).O seu trabalho faz parte de colecções de arte como: Fundación ARCO, Espanha, Coleção Antoine de Galbert, França; MidFirst Bank Collection, Arizona, EUA, CACE (Coleção de Arte Contemporânea do Estado); FLAD (Fundação Luso Americana); Fundação PLMJ; Fundação EDP - MAAT; Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação Carmona e Costa; em Portugal Links: https://sarabichao.com/ https://www.gfilomenasoares.com/artists/sara-bichao/ https://www.youtube.com/watch?v=aN-R_8gJj0k https://gulbenkian.pt/museu/agenda/sara-bichao/ https://www.bocabienal.org/artistas/sara-bichao/ https://contemporanea.pt/edicoes/2024/sara-bichao-quando-nao-ha-luz https://air351.art/residencies/sara-bichao/ https://sarabichao.com/umbigo-20-years/ Episódio gravado a 20.12.2024 Créditos introdução: David Maranha - Flauta e percussão Créditos música final: Things Behind the Sun - Brad Mehldau - Live in Tokyo ℗ 2004 Nonesuch Records Inc. Writer: Nick Drake http://www.appleton.pt Mecenas Appleton:HCI / Colecção Maria e Armando Cabral / A2P / MyStory Hotels Apoio:Câmara Municipal de Lisboa Financiamento:República Portuguesa – Cultura / DGArtes – Direcção Geral das Artes © Appleton, todos os direitos reservados

Buenos Días Madrid OM
Que nada se sabe: Comerse Madrid con Emilia Landaluce

Buenos Días Madrid OM

Play Episode Listen Later Dec 13, 2024 56:05


Como todos los viernes hablamos de cultura en Buenos Días Madrid con Fernando Rodríguez Lafuente y Emilio del Río que nos traen “música para sobrellevar el viernes” y recomendaciones culturales en la Comunidad de Madrid. Música, cine, exposiciones, literatura… todo cada viernes entre las 09.00 y las 10.00 de la mañana en Onda Madrid. Nos acompaña Emilia Landaluce, que acaba de presentar Comerse Madrid, un repaso por la capital, sus tabernas, bares, restaurantes con el humor de la periodista que plasma en sus Crónicas de Paganinni en el diario El Mundo. Nos cuenta sus rincones favoritos de Madrid para tomar el aperitivo, comer o cenar y nos invita a sumergirnos en este viaje por la gastronomía madrileña de la mano de su última obra. Además, saludamos a la chelista Iris Azquinecer, que los días 12 y 13 de diciembre presenta en Madrid su último espectáculo, Quijotes en Nueva York, en el Instituto Francés, en una experiencia inversiva con una reinterpretación contemporánea del mito de Don Quijote en el contexto urbano de Nueva York a cargo de Elephant in the Black Box Company. En su particular firma semanal, Vicente Zabala de la Serna nos habla de los eventos pre navideños en Madrid aprovechando para recorrer algunos lugares emblemáticos como la Gran Peña, en la Gran Vía, el café de Fornos o el Cine Doré, donde se proyecta el documental de Albert Serra "Tardes de Soledad", reciente ganador de la Concha de Oro en el Festival de Cine de San Sebastián y que relata la temporada taurina de Andrés Roca Rey.

Economia
Meca da moda, França vive onda de falências de marcas prêt-à-porter

Economia

Play Episode Listen Later Oct 2, 2024 5:54


A fast fashion no mundo globalizado derruba algumas das marcas mais tradicionais do prêt-à-porter da França, berço de ícones da moda mundial. A crise no setor não vem de agora – desde o início dos anos 2010, as fabricantes francesas de vestuário e calçados sofrem com a concorrência do comércio online, ao qual demoraram a se adaptar. A pandemia e os novos modos de consumo que dela decorreram aceleraram uma tendência de declínio que já estava instalada no país, revela um estudo do Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee). Em 2020, as vendas de roupas no país despencaram 22,6% e as de calçados, 19,8%, ao mesmo tempo em que o varejo em geral só recuou 2,5%. Na sequência, o crescimento das vendas se manteve inferior a 1%.Este contexto, afirma o Insee, explica a queda brusca do número de lojas no país: de -18% das butiques de roupas e -26% das de calçados, entre 2014 e 2021. “Tem uma correção de mercado que se opera desde 2013. Ela continua e, infelizmente, não temos razão para pensar que ela terminou”, constata Gildas Minvielle, diretor do Observatório Econômico do Instituto Francês da Moda.O especialista salienta que a moda francesa demorou a acreditar na força do comércio online – e perdeu tempo ao focar os investimentos em novas lojas físicas, em vez de no desenvolvimento de sites modernos. Depois, os anos de inflação alta e queda do poder aquisitivo levaram os consumidores a serem mais sensíveis ao fator preço.O golpe final veio da China, com a chegada avassaladora das plataformas Shein e Temu no mercado europeu, desafiando os valores praticados pelas marcas de fast fashion bem implantadas no bloco, como a sueca H&M, as espanholas Zara e Mango e a irlandesa Primark.“Quando vemos atores como Shein, que chegam e tomam conta do mercado de uma forma muito agressiva, deveríamos poder controlar melhor o fato de que os consumidores aqui não tenham de pagar direitos de importação. Isso não é normal”, aponta Minvielle. “Mas, para ser totalmente honesto, não tenho certeza de que isso mudaria alguma coisa, até porque a Shein não é única que derrubou os preços.”Num contexto de concorrência cada vez mais feroz, na França o prêt-à-porter de baixo e médio custo é o mais atingido, vítima direta desta nova configuração. Redes como Camaïeu, Kookai, Naf-Naf, Pimkie e GoSport ou faliram, ou foram obrigadas a só operar pela internet. No ramo calçadista, as tradicionais André e San Marina enfrentam o mesmo destino.Roupas de segunda mão já pesam no mercadoA emergência do fenômeno das compras de segunda mão, em lojas físicas como pela internet, também já impacta o desempenho do mercado de roupas e calçados novos. As vendas de usados pesavam, em 2022, entre US$ 100 e US$ 120 bilhões, em nível mundial, de acordo com um estudo da consultoria Boston Consulting Groupe (BCG) realizado a pedido da plataforma francesa Vestiaire Collective, um dos principais nomes da revenda de segunda mão no país. O volume representa três de 3% a 5% do total do setor e triplicou desde 2020. Segundo este relatório, nos próximos anos, as compras de peças usadas poderão atingir 40% do mercado, impulsionadas pelos jovens.Nos países europeus, a faixa etária de até 30 anos já se acostumou a só comprar em brechós ou em plataformas especializadas, em busca de preços mais baixos e peças exclusivas, mas também por preocupação com o impacto ambiental do consumo. Numa tentativa de se adaptar à tendência, a maioria das grandes lojas francesas – entre elas a famosa Galeries Lafayette – instalou um “canto das usadas”. No espaço, as clientes podem comprar e revender as suas peças da marca.  Aposta na qualidade francesaGildas Minvielle avalia, entretanto, que o prêt-à-porter novo ainda tem dias promissores pela frente, à condição de apostar na qualidade e em subcategorias mais especializadas, como moda sustentável, marinha ou o chamado luxo acessível.“Não são volumes como os da Camaïeu, da Zara ou da H&M, claro. Mas temos muitas marcas fortes em todas as gamas de preços. Não acho que tenhamos uma gama que esteja condenada a desaparecer”, aposta o diretor do Observatório Econômico do Instituto Francês da Moda. “Elas precisarão se distinguir, num mercado complexo e com muita concorrência, mas não é impossível.”Outro conselho do especialista é investir mais na comunicação sobre as condições de fabricação dos produtos franceses, incluindo as normas ambientais, e sobre a importância do apoio às marcas nacionais para a economia do país.“Acho que pode ser o futuro da moda e espero que haverá várias empresas que vão se distinguir das produções ‘low cost', como Shein e Temu, e estarão atentas à qualidade. O setor de alimentação viu acontecer essa revolução: hoje os franceses são muito mais sensíveis à origem dos produtos que consomem”, ressalta Minvielle.

En Primera Plana
Venezuela en ebullición ante sus elecciones más inciertas

En Primera Plana

Play Episode Listen Later Jul 19, 2024 27:00


Por primera vez en 25 años en Venezuela se ha abierto la posibilidad de un cambio real. El chavismo, en el poder desde finales de los noventa, llega muy desgastado a las elecciones presidenciales de este 28 de julio y, según los sondeos más fiables, la oposición tiene serias posibilidades de ganar. Llegados a este punto, todo el mundo se pregunta qué ocurriría al día siguiente. La comunidad internacional trata de conseguir que las dos partes se comprometan a respetar el resultado. Hoy con el foco puesto en las elecciones en Venezuela del próximo 28 de julio.Nos acompañan: -Benjamin Delille, jefe adjunto del servicio internacional del diario Libération, ex corresponsal en Venezuela -Guillaume Asskari, periodista independiente especializado en Latinoamérica -Luis Alejandro Ávila, investigador del Instituto Francés de Geopolítica   En Primera Plana también está en las redes socialesCoordinación editorial: Florencia ValdésRealización: Yann Bourdelas, Steven Helsly, Vanessa Loiseau

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Venezuela en ebullición ante sus elecciones más inciertas

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Play Episode Listen Later Jul 19, 2024 27:00


Por primera vez en 25 años en Venezuela se ha abierto la posibilidad de un cambio real. El chavismo, en el poder desde finales de los noventa, llega muy desgastado a las elecciones presidenciales de este 28 de julio y, según los sondeos más fiables, la oposición tiene serias posibilidades de ganar. Llegados a este punto, todo el mundo se pregunta qué ocurriría al día siguiente. La comunidad internacional trata de conseguir que las dos partes se comprometan a respetar el resultado. Hoy con el foco puesto en las elecciones en Venezuela del próximo 28 de julio.Nos acompañan: -Benjamin Delille, jefe adjunto del servicio internacional del diario Libération, ex corresponsal en Venezuela -Guillaume Asskari, periodista independiente especializado en Latinoamérica -Luis Alejandro Ávila, investigador del Instituto Francés de Geopolítica   En Primera Plana también está en las redes socialesCoordinación editorial: Florencia ValdésRealización: Yann Bourdelas, Steven Helsly, Vanessa Loiseau

Um pulo em Paris
Antissemitismo domina campanha das eleições legislativas na França após estupro de menina judia

Um pulo em Paris

Play Episode Listen Later Jun 21, 2024 9:39


A primeira semana da campanha das eleições legislativas antecipadas na França foi monopolizada por um crime que chocou o país: o estupro coletivo de uma menina judia de 12 anos por três outros adolescentes. Manifestações contra o antissemitismo estão sendo realizadas em todo o país para denunciar crimes de discriminação e ódio contra a comunidade judaica. Daniella Franco, da RFIAs agressões horrorizaram a França. A polícia francesa revelou detalhes do que classificou de “um calvário” vivido por uma menina judia de 12 anos no último sábado (14) em Courbevoie, na periferia de Paris.Ela foi levada à força por dois adolescentes de 13 anos e um garoto de 12 anos a um imóvel abandonado, onde foi torturada, agredida fisicamente e estuprada ao confirmar ser de confissão judaica. Os três menores foram identificados e detidos para interrogatório.A notícia do estupro coletivo veio à tona no início dessa semana, quando começou oficialmente a campanha das eleições legislativas antecipadas. A agressão monopolizou o debate político, em um momento em que o partido de extrema direita Reunião Nacional lidera as pesquisas, com mais de 30% das intenções de voto.Trocas de farpas entre os partidosLíderes de todos os partidos se manifestaram nesta semana sobre o estupro coletivo e trocaram farpas sobre o problema do antissemitismo no país. No alvo das acusações está o partido França Insubmissa, da esquerda radical. A legenda integra a coligação da esquerda Nova Frente Popular, junto com o Partido Socialista, o Partido Comunista e o Europa Ecologia Os Verdes, formada especialmente para as eleições legislativas antecipadas.Logo após os ataques de 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra na Faixa de Gaza, alguns membros do França Insubmissa se recusaram a classificar o Hamas como um grupo terrorista. Recentemente, o líder do partido, Jean Luc Mélenchon, também minimizou o problema do antissemitismo na França.Nesta sexta-feira (21) em entrevista à BFMTV, a deputada Mathilde Panot, do França Insubmissa, argumentou que “nenhum dos membros da Nova Frente Popular foi condenado”. A parlamentar também ressaltou que “o antissemitismo precisa ser combatido em todos os lugares” e lembrou que no programa da coligação há um plano contra o ódio racial e religioso.De fato, entre todos os partidos, é apenas a Nova Frente Popular que tem, até o momento, propostas contra esse problema. Eles propõem a criação de um Observatório contra as Discriminações e oferecer mais meios para que a Justiça possa processar e punir autores de crimes racistas, antissemitas e islamofóbicos.O programa do partido centrista Renascimento, do presidente francês, Emmanuel Macron, que foi apresentado em coletiva de imprensa na quinta-feira (20) pelo primeiro-ministro Gabriel Attal. Embora não conte com nenhuma proposta direta direcionada ao antissemitismo, o premiê convocou as autoridades políticas “a erguerem barreiras ao antissemitismo”.Vários membros do governo, entre eles, o próprio Macron, lembram as declarações controversas dos membros do França Insubmissa, e também as origens do partido Reunião Nacional. A legenda da extrema direita é o antigo Frente Nacional, fundado nos anos 1970 por um movimento neofascista, com integrantes de uma ex-milícia nazista.No entanto, os líderes de hoje do Reunião Nacional alegam que se desvencilharam do passado obscuro. Em uma operação de repaginação, a liderança da legenda foi atribuída a Jordan Bardella, de 28 anos, admirado por parte da juventude francesa. Segundo ele, a comunidade judaica da França sabe que o Reunião nacional é “um escudo aos judeus da França”.Manifestações em toda a FrançaO estupro coletivo suscitou uma onda de indignação na França. Durante toda a semana, organizações judaicas convocaram protestos nas principais cidades do país. Na quinta-feira (20), uma mobilização foi realizada na Praça da Bastilha, no leste de Paris, com o apoio de várias associações, entre elas, a SOS Racismo e a Fundação das Mulheres.Nesta sexta-feira, centenas de pessoas se reuniram diante da prefeitura de Courbevoie, palco do crime. Presente no protesto, o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif), afirmou que é “urgente soar o alarme” e “enviar uma mensagem à sociedade francesa” diante do antissemitismo.Em um balanço publicado em maio, o Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop) e a Fundação Pela Inovação Política apontaram que, desde o 7 de outubro de 2023 e a retaliação israelense na Faixa de Gaza, os atos antissemitas tiveram um aumento de 1000% na França. A aversão à comunidade judaica é verificada principalmente entre a camada mais jovem da população: 35% dos entrevistados da faixa etária 18-24 anos acredita que esse sentimento é justificado devido à falsa ideia de que todo judeu apoia o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.A imprensa francesa recolheu depoimentos de judeus e judias nas manifestações contra o antissemitismo nesta semana na França. Membros da comunidade judaica denunciam ser frequentemente alvo de ameaças físicas e verbais. Muitas pessoas afirmam que estão ocultando seus sobrenomes para não terem sua religião identificada.“Há gente que nos persegue”, diz a francesa Rebecca ao jornal Le Figaro. “Tememos por nossas vidas. Tem quem diga que exageramos, mas vivemos um inferno cotidiano desde o 7 de outubro”, reitera.

Um pulo em Paris
Jovens franceses temem ser convocados para lutar na Ucrânia, após declarações controversas de Macron

Um pulo em Paris

Play Episode Listen Later Mar 22, 2024 4:58


A juventude francesa teme que a guerra na Ucrânia se expanda pela Europa. As recentes declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre um eventual envio de tropas para lutar contra a Rússia preocupam adolescentes e jovens, que vêm expressando nas redes sociais o temor de receberem uma convocação para combater. Daniella Franco, da RFINa rede social preferida dos jovens franceses, o Instagram, as buscas por publicações relacionadas à guerra na Ucrânia e à uma possível mobilização da França contra a Rússia aumentaram no último mês. Já no TikTok, as princpais trends desta sexta-feira (22) eram “Putin insulta a França em uma entrevista” e “Macron em guerra contra a Rússia”. No YouTube, canais como o Brut ou o Hugo Décrypte, com forte apelo entre a Geração Z, vídeos sobre o assunto acumulam milhões de visualizações.A imprensa tradicional francesa – jornais impressos, TVs e rádios – também evocam em reportagens e matérias o temor dos jovens diante da possibilidade de uma convocação para ir lutar na Ucrânia. “As pessoas ao meu redor estão falando que talvez tenhamos uma Terceira Guerra Mundial”, diz uma menina de 12 anos ao canal France 2. “Em longos conflitos, as Forças Armadas precisam mobilizar os cidadãos”, afirma um estudante do Ensino Médio na mesma reportagem.Até o momento, os institutos de pesquisa não aferiram o sentimento dos jovens em relação a essa escalada de tensão nas últimas semanas. Um levantamento do Instituto BVA para a rádio RTL mostrou que 80% dos franceses se sentem preocupados com o conflito.Declarações do presidente francêsA reação está longe de ser uma novidade: desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, o medo que a guerra se expanda pela Europa assombra o cotidiano da população francesa. No entanto, as recentes declarações de Emmanuel Macron reforçaram esse sentimento.Em 27 de fevereiro, depois que uma reunião de apoio a Kiev foi realizada em Paris, Macron afirmou que não descartava o envio de tropas para lutar na Ucrânia e declarou que faria “o necessário para garantir que a Rússia não possa vencer esta guerra". Apesar de ter sido criticado pela oposição e não ter sido apoiado pelos aliados ocidentais, o presidente francês voltou a ratificar seu posicionamento em duas ocasiões.Em uma entrevista na TV em 14 de março, Macron evocou a necessidade de mostrar à Rússia que os países ocidentais “estão prontos para responder”. Dois dias depois, o jornal Le Parisien publicou uma entrevista em que o líder francês pediu para a população “se preparar para todos os cenários possíveis”, mencionando novamente a possibilidade do envio de tropas à Ucrânia.As declarações resultaram em uma forte reação da opinião pública, com 70% da população desaprovando o posicionamento do presidente, segundo uma pesquisa recente do instituto Odoxa.A popularidade do presidente francês caiu quatro pontos em apenas um mês. De acordo com o Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop), 72% da população da França está insatisfeita com Macron. O descontentamento ocorre principalmente por conta das afirmações do líder  sobre o envio de tropas francesas para a Ucrânia, na análise do Ifop.Probabilidade de mobilização de tropas francesasO ministro francês das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, declarou neste mês que o envio de tropas francesas de combate à Ucrânia é algo que “não está sendo considerado”. A possibilidade é ainda menor sobre o envio de soldados da Otan, devido à oposição declarada de vários países-membros da aliança militar, como Alemanha, Espanha, Reino Unido, Holanda, os países escandinavos e a Polônia.Especialistas são céticos sobre o envio de militares franceses para lutar a Rússia ao lado de soldados ucranianos – e a possibilidade de envio de civis é descartada por estrategistas de guerra entrevistados pela imprensa francesa. Uma atuação direta da França em solo ucraniano também poderia ser vista como uma declaração de guerra à Rússia, que ameaça reagir com o uso de armas nucleares.Segundo o ministro francês das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, o que pode ocorrer é militares franceses e da Otan serem mandados para operações de formação ou de desminagem na Ucrânia. Para ele, é importante “não ultrapassar o limiar da beligerância”.Diante da oposição dentro do próprio governo e de seus aliados, o posicionamento do Macron evidenciaria, assim, uma retórica estratégica de demonstração de força. O objetivo, segundo estrategistas de guerra, seria tentar uma dissuasão e alimentar o debate sobre alternativas para colocar um fim ao conflito.A última convocação geral da França data de 1939, quando mais de quatro milhões de franceses foram chamados para lutar na Segunda Guerra Mundial. Atualmente, a única força que pode ser mobilizada é a reserva operacional das Forças Armadas, que conta com cerca de 40 mil voluntários.

En Primera Plana
El incierto camino de Venezuela hacia las elecciones

En Primera Plana

Play Episode Listen Later Mar 1, 2024 27:01


Venezuela sigue sin calendario electoral. El chavismo ha presentado varias propuestas de fechas pese a que el organismo encargado de anunciar la convocatoria es el Centro Nacional Electoral y las garantías todavía no están definidas. La inhabilitación de Maria Corina Machado y la nueva ola represiva son el escenario de este camino tan incierto. Esta semana En Primera Plana pone el foco en Venezuela y su horizonte electoral en este 2024 cargado de incertidumbre. Nos acompañan: -Yoletty Bracho, Doctora en ciencias políticas de la Universidad Lumière Lyon 2 -Luis Alejandro Ávila Gómez, investigador del Instituto Francés de Geopolítica -Pedro García Sánchez, sociólogo de la Universidad París Nanterre -Andreína Flores, periodista de la redacción de RFI  En Primera Plana también está en las redes sociales.Coordinación editorial:  Melissa BarraRealización: Hadrien Touraud, Souheil Khedir, Mathieu Le Roy

En Primera Plana
El incierto camino de Venezuela hacia las elecciones

En Primera Plana

Play Episode Listen Later Mar 1, 2024 27:01


Venezuela sigue sin calendario electoral. El chavismo ha presentado varias propuestas de fechas pese a que el organismo encargado de anunciar la convocatoria es el Centro Nacional Electoral y las garantías todavía no están definidas. La inhabilitación de Maria Corina Machado y la nueva ola represiva son el escenario de este camino tan incierto. Esta semana En Primera Plana pone el foco en Venezuela y su horizonte electoral en este 2024 cargado de incertidumbre. Nos acompañan: -Yoletty Bracho, Doctora en ciencias políticas de la Universidad Lumière Lyon 2 -Luis Alejandro Ávila Gómez, investigador del Instituto Francés de Geopolítica -Pedro García Sánchez, sociólogo de la Universidad París Nanterre -Andreína Flores, periodista de la redacción de RFI  En Primera Plana también está en las redes sociales.Coordinación editorial:  Melissa BarraRealización: Hadrien Touraud, Souheil Khedir, Mathieu Le Roy

Vida em França
Paris, capital do pronto a vestir em crise

Vida em França

Play Episode Listen Later Feb 28, 2024 9:47


Arrancou a 28 de Fevereiro, a Fashion Week de Paris. Para os estilistas, é uma oportunidade para lançar as novas colecções e mostrar o seu talento criativo. Mas a Semana da moda mostra apenas uma vertente do sector. Até em França, país muito ligado no imaginário colectivo a alta costura, o consumo de roupa é essencialmente no ramo do pronto a vestir. Caroline Kloibhofer, que trabalha hà 15 anos na aérea da produção em empresas têxteis analisa a situação de crise que conhece a França. No nosso magazine Vida em França, falamos de produção têxtil para o mercado francês e do consumo de roupa neste país com Caroline Kloibhofer que trabalhou na aérea da moda de luxo em casas como Louis Vuitton ou Chanel, como de pronto a vestir como Eden Park e Father's and Sons, duas marcas francesas de roupa masculina.Para abordamos a questão do mercado francês, ela evoca a crise do pronto a vestir que provocou a falência de marcas francesas de pronto a vestir desde 2023. Aponta a mudança de hábitos depois da crise do COVID com mais compras na internet e menos nas lojas físicas.Não é por ser um producto chinês que é de péssima qualidade. Isto é mais complexo. A produção em França é um fenómeno muito limitado jáque existem poucas fábricas e que os consumidores não estão dispostos a pagar preços elevados. Além disso, certas técnicas só são dominadas por países como o Japão, principalmente quando se trata de têxteis técnicos.O mercado da roupa de segunda mão està a desenvolver-se, reduzindo cada vez mais o pedido de roupa nova.Segundo o Instituto Francês da Moda,… nos últimos 10 anos,… as marcas de pronto a vestir de média gama sofreram uma quebra média no valor das vendas de 5% por ano…  O mercado está cada vez mais sob pressão da inflação (há quem renuncie em comprar roupa) e também da maior preocupação com o meio ambiental.

Saúde
A linguagem neutra pode ajudar na luta contra a percepção de gênero? Veja o que diz a Ciência

Saúde

Play Episode Listen Later Nov 21, 2023 6:01


A linguagem inclusiva e o uso de palavras neutras podem influenciar o cérebro e mudar a percepção do gênero na comunicação? Um estudo publicado recentemente pela equipe do pesquisador francês Léo Varnet, do CNRS, o Instituto Francês de Pesquisa Científica, mostra que a linguagem neutra, na verdade, não é tão neutra assim. Taíssa Stivanin, da RFIO debate sobre a linguagem inclusiva divide gramáticos e ativistas de gênero no Brasil e está presente há décadas na França. A Academia Francesa tem recusado novas formas de linguagem que evitem o uso sistemático do chamado masculino genérico. Um exemplo é a palavra “homem”, que pode ser usada para designar pessoas do sexo masculino e feminino.Existem diversas formas diferentes de linguagem inclusiva. Algumas se destacam na língua francesa e incluem o uso de palavras neutras nos textos, como "insubstituível", por exemplo. Esses substantivos considerados masculinos e femininos são chamados de epicenos.Outra “estratégia” do idioma francês é incluir as duas formas na mesma frase. Desta forma, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, por exemplo, ficaria assim: “os homens e as mulheres nascem e são livres e iguais em direitos”. A frase original não inclui a palavra "as mulheres".Outra maneira de equilibrar o discurso de gênero no idioma francês é incluir um ponto central nas palavras para marcar a existência da forma feminina, por escrito. Em vez de escrever o músico e a musicista (le musicien et la musicienne em francês), a palavra será escrita com um ponto.(le musicien.ne.s). Mas, oralmente, a pronúncia será idêntica.Masculino genérico é neutro?Recentemente, o presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu que o masculino na língua francesa é neutro, reavivando a discussão sobre a linguagem inclusiva no país. Mas, muito além da polêmica social e política, o que a Ciência sabe sobre tudo isso?A Psicolinguística é um campo de estudo que analisa como o cérebro decodifica aquilo que lemos, ouvimos ou falamos, explicou à RFI o pesquisador francês Léo Varnet, do CNRS, o Instituto Francês de Pesquisa Científica.Em seu laboratório na Escola Normal Superior de Paris, no quinto distrito da capital, ele detalhou os resultados do seu estudo mais recente. Suas conclusões, publicadas recentemente na revista Frontiers of Psychology, mostram que a linguagem neutra, na verdade, não é tão neutra assim.A pesquisa foi feita na cidade de Grenoble, ao longo deste ano, e contou com a participação de setenta voluntários. “É importante ressaltar que nosso objetivo não era militante. Fizemos uma pesquisa científica para entender como a linguagem inclusiva é captada pelo cérebro e de que maneira ele privilegia a forma masculina na compreensão de uma frase que utiliza o masculino genérico para designar homens e mulheres", diz Léo Varnet.Experiência em duas etapasA pergunta feita pela equipe de Leo Vernet durante o estudo foi se esse modelo de escrita inclusiva poderia remediar essa percepção favorável ao masculino. Uma das primeiras descobertas aconteceu na primeira etapa da experiência: os participantes demoraram cem milésimos de segundo a mais para concluir que um texto com uma palavra masculina no início se referia, na verdade, a uma mulher.Este foi o caso da frase “o refém não comeu há dias. Ela/Ele perdeu muito peso”, usada na pesquisa. Questionados pelos cientistas, os participantes respondiam mais rápido que o refém era um homem quando a frase começava com o pronome masculino "Ele" em vez do "Ela".“Todo o resultado do estudo envolve essa pequena diferença de cem milésimos de segundo entre o tempo de resposta sobre o gênero do sujeito da ação quando propomos uma segunda frase que começa com o pronome “Ele” em comparação ao “Ela”. Isso indica que o cérebro demora mais para tratar uma frase que começa com o pronome feminino”, explica Léo Varnet.Em termos de sinapses de circuitos neuronais, cem milésimos de segundo é uma eternidade. Isso significa que os participantes pensaram de imediato que a palavra refém se referia a um homem.Na segunda parte da experiência, os cientistas usaram o ponto no início da frase, escrevendo “Um.uma refém”, para ver o que acontecia. Essa estratégia igualou o tempo de tratamento de informação pelo cérebro em relação ao gênero, sem beneficiar o masculino. A conclusão é que tanto o uso do ponto na forma escrita como a inclusão da forma feminina ajudam a equilibrar a questão do gênero na língua francesa.A linguagem é sexista por natureza? “A linguagem, por si só, é um pouco sexista. Nossa linguagem usa, essencialmente, o masculino genérico. Nosso cérebro aprendeu de certa forma a funcionar dessa maneira e talvez reproduza isso, mesmo no caso da linguagem neutra. Ele talvez aplique, automaticamente, a regra do uso do masculino. Uma outra explicação que temos para esse desequilíbrio nas formas neutras é que às vezes elas são usadas para designar apenas homens”, conclui Léo Varnet.

Um pulo em Paris
Metade das francesas já foi forçada a práticas sexuais inspiradas no pornô

Um pulo em Paris

Play Episode Listen Later Oct 6, 2023 11:28


Uma pesquisa do Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop) revelou dados preocupantes nessa semana: uma a cada duas francesas diz ter sido submetida, contra sua vontade, a práticas sexuais baseadas em pornografia. O estudo vêm à tona em um momento em que a Assembleia de Deputados do país analisa um projeto de de lei sobre segurança digital que pretende lutar contra o acesso de menores a conteúdos inapropriados.  Daniella Franco, da RFIA exposição de menores à pornografia “é um escândalo de saúde pública”, segundo o ministro francês encarregado das Questões Digitais, Jean-Noël Barrot. A afirmação não é exagerada: a cada mês, dois milhões de crianças são expostas a conteúdos pornôs aqui na França, principalmente meninos. Com 12 anos, a metade dos garotos franceses já tiveram acesso aos chamados “vídeos X”.Não é à toa que o projeto de lei mira em plataformas pornôs, encarregando a Autoridade da Regulação da Comunicação Audiovisual e Digital da França a garantir que conteúdos pornográficos online não possam ser acessíveis a menores. Atualmente, para entrar em plataformas que disponibilizam “vídeos X” basta clicar em um botão afirmando que o usuário tem mais de 18 anos. Uma situação “irresponsável e covarde”, diz Barrot, que lembra que em sites como o Pornhub cerca de 20% dos acessos são feitos por crianças.O principal desafio das autoridades francesas é controlar a idade dos usuários de sites pornôs. No entanto, os consumidores de conteúdos X são anônimos.O relator do projeto de lei, o centrista Paul Midy, preconiza o fim do anonimato na internet, que segundo ele, dá aos internautas “um sentimento de imunidade”. Por isso o deputado defende que para a criação de perfis ou contas na internet seja exigido um comprovante de identidade, uma ideia que, para muitos parlamentares franceses, fere as liberdades individuais.Ainda assim, as gigantes do setor digital terão de ser mais transparentes sobre o seu funcionamento. Os algoritmos de empresas como Google, Amazon e Apple, deverão passar frequentemente por auditorias independentes. Essas companhias precisarão compartilhar os dados coletados e também tornar mais acessível o processo de sinalização de conteúdos considerados “problemáticos”.O texto também apresenta medidas para combater a disseminação de material pedófilo na internet. As empresas do digital vão ter que ser mais reativas ao detectarem pornografia infantil, retirando conteúdo do ar em um prazo de 24 horas, sob o risco do pagamento de uma multa de €250 mil.Consequências da pornografia a menoresEspecialistas advertem que a exposição precoce a conteúdos pornográficos pode ter graves consequências para o desenvolvimento e a saúde mental das crianças e adolescentes: traumas, crises de ansiedade, distúrbios do sono, e, em casos mais graves, até depressão. O neurocientista americano Donald Hilton defende que a pornografia pode modificar até o cérebro de crianças, definindo certos comportamentos e preferências. Segundo ele, o acesso a conteúdos pornôs na infância e adolescência também resultará em uma imagem errônea da sexualidade, banalizando as violências psicológicas, físicas e sexuais.A pesquisa divulgada pelo Ifop também mostra que crianças e adolescentes expostos à pornografia desprezam o não-consentimento. Entre os entrevistados, 34% de consumidores regulares adultos de filmes pornôs admitem que nem sempre solicitaram a permissão de suas parceiras ou parceiros sexuais para certas práticas.O ginecologista e pesquisador francês Israel Nisand, um dos maiores especialistas em sexualidade na França, vai mais longe e classifica a pornografia como “uma educação ao não-consentimento”. Em entrevista ao jornal Le Figaro, ele aponta que meninos ou adolescentes que têm acesso a conteúdos pornôs desenvolvem uma imagem extremamente degradante das mulheres.Já as garotas, segundo Nisand, criam uma imagem completamente deturpada de seus corpos. “Há um aumento de jovens, até meninas de 16 anos, que vêm nos consultar sobre cirurgia de vulva”, diz, ao relatar o desejo de garotas que suas genitálias se assemelhem às das atrizes de filmes pornôs.Vídeos com sinalização de “comportamento ilegal”O texto do projeto de lei também prevê uma imposição às plataformas de conteúdo pornô de um aviso de “comportamento ilegal” em vídeos que simulam crimes ou delitos. Um relatório divulgado no final de setembro pelo Alto Conselho para a Igualdade Entre Mulheres e Homens apontou que 90% dos conteúdos pornográficos se caracterizam pela violência física, sexual ou verbal, o que os torna “penalmente repreensíveis”.Essa instância independente trabalhou durante um ano e meio sobre as violências contra as mulheres que atuam na indústria pornográfica, onde são “estereotipadas, desumanizadas, violentadas e torturadas”. O relatório também denuncia as consequências do acesso de adultos a conteúdos pornôs, como a disseminação da cultura do estupro, das violências contra as mulheres, da apologia ao incesto e da pedofilia.O Alto Conselho para a Igualdade Entre Mulheres e Homens destaca que dezenas de personalidades da indústria pornô francesa estão sendo investigadas por vários crimes, entre eles estupros coletivos, proxenetismo e tortura. O relatório lembra que a plataforma Pornhub, uma das mais acessadas na França, também está na mira da justiça dos Estados Unidos, acusada de tráfico sexual e pedocriminalidade.

Um pulo em Paris
Jovens franceses demonstram crescente perda de interesse pelo sexo

Um pulo em Paris

Play Episode Listen Later Jun 9, 2023 11:52


Duas pesquisas recentes sobre a sexualidade dos franceses revelam comportamentos surpreendentes entre jovens da faixa etária de 18 a 25 anos e pessoas com idades acima de 70 anos. Enquanto a libido diminui para um número considerável de jovens da geração Z, nascidos na era da tecnologia digital, idosos franceses consideram importante preservar uma atividade sexual regular.  Um amplo estudo publicado em fevereiro pelo Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop) revelou que 43% dos jovens franceses com idades de 18 a 25 anos não tiveram relações sexuais no ano passado. A mesma pesquisa feita em 2015 mostrava um percentual de jovens bem menor nesta situação – 25%. As razões desse fenômeno são múltiplas, diferem de uma pessoa para outra, de acordo com as respostas dos entrevistados, mas o Ifop bate o martelo em relação a um aspecto: é uma tendência que vem se confirmando. A abstinência sexual entre os jovens, seja por escolha pessoal ou involuntária, vinha aumentando desde antes da pandemia de Covid-19. Já uma sondagem publicada nessa quinta-feira (8) pela revista semanal Le Point, realizada no final de maio, mostra que 61% dos franceses, em geral, consideram importante ter relações sexuais com frequência. Nessa sondagem, denominada Cluster 17, chama a atenção que 68% das pessoas entrevistadas com mais de 75 anos disseram que era importante manter a atividade sexual, e um quarto delas afirmou que tinha tido relações sexuais na semana anterior à enquete.Desde 1938, o Ifop publica levantamentos sobre o tema. As razões para o desinteresse dos jovens pelo sexo são múltiplas. Podem ir da ansiedade ecológica ao tempo gasto na internet com séries e redes sociais, exposição exagerada à pornografia, fator que pode gerar satisfação imediata, mas também alimentar a preguiça e diminuir o desejo, entre "n" outros motivos. Porém, em entrevista à Le Point, o diretor de pesquisas do Ifop François Kraus, também pesquisador na renomada Fundação Jean-Jaurès, é categórico: estudos evidenciam que excesso de atividade nas redes e na internet, até tarde da noite, provoca diminuição do desejo. Mas não do prazer. As curtidas e likes que se recebe nas redes sociais acabam gerando autossatisfação, diz esse pesquisador. É o contato físico, carnal, que deixou de ser relevante para uma parcela dos jovens, mesmo nessa faixa etária em que se sabe que os hormônios estão a mil por hora. Os Estados Unidos produzem uma quantidade razoável de estudos periódicos na área da sexualidade e costumam ter resultados citados ou comparados ao que se observa na França. Um aspecto que distingue os dois países é que a sociedade francesa não tem mentalidade puritana, como nos EUA, embora a religião ainda exerça uma certa influência sobre os franceses de diferentes orientações religiosas.A França foi o terceiro país que mais consumiu filmes pornôs em 2022, atrás dos EUA e do Reino Unido – o Brasil aparece em 10° lugar, de acordo com levantamento da plataforma Pornhub. Especialistas franceses dizem que o acesso abundante a imagens pornográficas produz efeitos paradoxais, que podem diminuir a libido, em vez de estimular. Para algumas pessoas, é garantia de prazer imediato a qualquer hora, com masturbação, dispensando namorado, ficante ou parceiro de ocasião. Para outras, alimenta uma repugnância ao sexo.Os psiquiatras relevam um outro aspecto: a perda do desejo sexual é um dos principais sintomas da depressão e de outras doenças mentais, o que também está em alta entre os jovens franceses. Segundo a pesquisa do Ifop, a categoria que mais cresce é a dos abstinentes.Regulamentação das plataformas de filme pornôNos próximos dias, o Senado francês receberá o projeto de regulamentação elaborado pelo governo para restringir o acesso de menores às plataformas de filmes pornográficos. O ministro da Transição Digital e das Telecomunicações, Jean-Noel Barrot, disse que os testes feitos com várias empresas para obrigar plataformas como YouPorn, PornHub, TuKif, entre outras, a controlar a idade dos internautas que visualizam esse tipo de conteúdo está em fase final.O controle de menores já é uma exigência legal desde 2020, mas a medida não é respeitada. Na França, crianças e adolescentes começam a ter contato com esse tipo de conteúdo aos 11 anos de idade, em média. O mecanismo testado consiste em um certificado digital ligado a uma senha que precisará ser validada por um internauta adulto, similar ao sistema utilizado pelos bancos franceses. O Conselho Superior para a Igualdade (HCE) se envolveu nesse debate e fez uma série de recomendações aos senadores para proteger as mulheres e meninas da pornografia online.O HCE denuncia a falta de medidas de proteção à violência contra mulheres nos sets de filmagem. Argumenta que mulheres jovens e de todas as idades são humilhadas, estupradas e torturadas em certas produções que se vendem como "eróticas", na maior impunidade. Um relatório do próprio Senado francês revelou, no ano passado, que "90% do conteúdo dos vídeos veiculados por plataformas de filmes pornográficos na França poderia ser enquadrado no Código Penal, por veicular atos de violência física ou sexual".Violência contra mulheres nos sets de filmagemCom as recomendações feitas aos senadores, o HCE pretende "inspirar emendas do governo e do Parlamento" ao projeto de lei que será votado em breve.Uma das principais medidas propostas pelo órgão é a ampliação do mandato do Pharos, um site do Ministério do Interior no qual internautas podem denunciar conteúdo e comportamento online ilegais. A checagem das denúncias é feita por policiais especialmente treinados, mas ainda em número insuficiente – 54 ao todo –, que recebem reclamações de todo o país.Atualmente, o Pharos pode remover ou bloquear conteúdo terrorista e de pornografia infantil. O HCE quer incluir nas atribuições dos policiais da plataforma a remoção e o bloqueio de conteúdos "que retratem atos de tortura e barbárie, tratamento desumano, degradante e estupro" que o organismo considera que são praticados contra atrizes de filmes ditos "eróticos".

Em directo da redacção
Paris e Florença querem aliança de teatros europeus e africanos

Em directo da redacção

Play Episode Listen Later May 23, 2023 10:56


O Théâtre de la Ville, em Paris, e o Teatro della Pergola, em Florença, querem dinamizar as trocas entre os teatros europeus e africanos. O projecto tem juntado profissionais de vários países, incluindo de Angola, que vai refazer “consultas poéticas” em Setembro e deverá ter um festival com participantes europeus e africanos em 2024. Cerca de um ano depois de o Théâtre de la Ville, em Paris, e o Teatro della Pergola, em Florença, terem lançado o projecto “Nova Aliança de Teatros Europeus”, a iniciativa começou a integrar companhias africanas. Em Janeiro de 2023, a experiência foi reforçada com um programa de formação de actores. O mês de Maio foi palco de encontros, em Florença e em Paris, entre profissionais dos dois continentes para criar projectos comuns e quebrar fronteiras e estereótipos. Em Paris, as mesas-redondas e encontros aconteceram no âmbito do festival Chantiers d'Europe, promovido pelo Théâtre de la Ville. Emmanuel Demarcy-Mota, director deste espaço, explica que se tenta “reinventar uma cooperação” com o teatro africano e com uma “nova geração” de artistas, nomeadamente em torno da questão de “o que é ser um actor neste século XXI”. Ainda assim, o encenador lembra que o projecto se inspira “nas relações que foram criadas a partir dos anos 70”, nomeadamente com o trabalho do britânico Peter Brook no continente africano, em que participou, também, o português João Mota.Paralelamente, em 2020, o Théâtre de la Ville lançou a chamada "Trupe do Imaginário" para se fazerem “consultas poéticas, musicais e dançadas”. O projecto começou durante a pandemia como uma forma de ajudar e remunerar profissionais de um sector altamente afectado pela crise sanitária e conta, hoje, com uma centena de artistas a fazerem essas “consultas poéticas” em 25 línguas e em vários países. Além de várias estruturas na Europa, a trupe tem companhias de uma dezena de países africanos, nomeadamente Angola. Ngau Tchiama Diakusekele, directora da companhia angolana de artes “Ngau Moyo Arte e Cultura”, conta que em Setembro, Luanda vai ter novamente “consultas poéticas”, depois de uma primeira edição em Dezembro. Por outro lado, está a ser preparado, para 2024, um festival de teatro com participantes europeus e africanos.Ver o mundo de um ponto de vista africano e descentralizar os discursos e as práticas da criação artística é um dos desafios de uma eventual aliança entre teatros europeus e africanos. A trabalhar nesse sentido está a bissau-guineense Elizabeth Gomis que, no final de 2024, sob a alçada do governo francês, espera ter pronta a "Maison des Mondes Africains" [« Casa dos Mundos Africanos »] em Paris. A ideia surgiu da constatação que “a França é o país europeu que tem a maior diáspora africana”, mas “não há nenhum local para unir, para celebrar e para lembrar”.“Vai haver uma programação pluridisciplinar, com destaque para as artes, porque sabemos que há uma arte contemporânea africana muito forte e que não está nos programas escolares. O angolano Binelde Hyrcan contou-me que estudou aqui [França] e quando quis tratar de temas africanos, os professores não quiseram e ele disse que tem um ponto de vista africano e angolano, não vai estudar um artista contemporâneo clássico europeu. Ou seja, temos de tratar do ensino, da memória e ter uma programação pluridisciplinar, que contemple também o cinema. Temos a Cinemateca África que são mais de 1700 filmes africanos guardados no Instituto Francês, mas estes filmes devem ser mostrados porque são o património de todo o continente e queremos colaborar com esses países”, explicou Elizabeth Gomis. (Reportagem áudio com excertos da música “Bloodflow” de Grandbrothers)

Centro Sefarad-Israel
De Montaigne a Proust, una perspectiva del judaísmo francés

Centro Sefarad-Israel

Play Episode Listen Later Apr 3, 2023 38:54


Con motivo de la exposición “En busca del tiempo judío de Proust”, Centro Sefarad-Israel, en colaboración con el Instituto Francés de Madrid y la Fundación Hispanojudía, organiza esta conferencia para profundizar en el judaísmo francés partiendo de las figuras de Montaigne y Marcel Proust Abraham Bengio, presidente de la Comisión Cultural de LICRA (Ligue internationale contre le racisme et l'antisémitisme) , será el encargado de ofrecer esta aproximación a la obra de ambos autores y a sus influencias culturales. De esto modo esta actividad ampliará nuestra perspectiva histórica del judaísmo francés, algo fundamental para entender Europa.

Onda Aragonesa
Las Mañanas de Onda Aragonesa, Con Marine Caron

Onda Aragonesa

Play Episode Listen Later Mar 20, 2023 18:04


En el Día Internacional de la Lengua Francesa y el Día Internacional de la Francofonía hablamos con Marine Caron, directora del Instituto Francés de Zaragoza.

Por las rutas de la curiosidad
T4 E42: Más allá de la Gran Rebelión

Por las rutas de la curiosidad

Play Episode Listen Later Feb 13, 2023 62:50


Cuando hablamos de rebeliones ocurridas en el Perú, una de las más sonadas es la de Túpac Amaru II, la cual causó zozobra en la zona sur del virreinato. Sin embargo, más allá de reseñar cronológicamente el acontecer de la llamada Gran Rebelión, hoy conversamos sobre algunos aspectos aparte de la organización y el devenir bélico de la misma: ¿cuál fue el contexto en que se originó?; ¿cuáles fueron sus motivos y reivindicaciones más allá de la romantizada "lucha por la libertad"?; ¿qué consecuencias tuvo a mediano y largo plazo? ¡Gracias a nuestros Patreons que hacen posible llegar semana a semana con los episodios de Por las Rutas! Para ser parte de nuestro Patreon, visita: https://www.patreon.com/porlasrutasdelacuriosidad; también puedes apoyarnos mediante Yape o Plin: https://bit.ly/2WVpqGc. Gracias por la portada a JB Design – Diseño, Diagramación y Publicidad REFERENCIAS: La rebelión de Túpac Amaru, Charles Walker; Instituto de Estudios Peruanos (IEP), edición reimpresa, 2021 Un siglo de rebeliones anticoloniales. Perú y Bolivia 1700-1783, Scarlett O'Phelan; Instituto Francés de Estudios Andinos (IFEA) / Instituto de Estudios Peruanos (IEP), edición digital, 2015; disponible en: https://books.openedition.org/ifea/6367?lang=es Repartos y rebeliones. Túpac Amaru y las contradicciones de la economía colonial, Jürgen Golte (traducido por Carlos Iván Degregori); Instituto de Estudios Peruanos (IEP), edición impresa, 1980 Tradición y modernidad en el proyecto de Túpac Amaru, Scarlett O'Phelan (en Tres levantamientos populares: Pugachóv, Túpac Amaru, Hidalgo); Centro de Estudios Mexicanos y Centroamericanos, edición digital, 2013; disponible en: https://books.openedition.org/cemca/118?lang=es https://revistas.pucp.edu.pe/index.php/revistaira/article/view/23744/22662 https://digital.csic.es/bitstream/10261/29411/1/Tupac-Gutierrez%20Escudero.pdf https://estudiosamericanos.revistas.csic.es/index.php/estudiosamericanos/article/download/827/823/824 https://www.youtube.com/watch?v=oQKFCu4ZT_I MÚSICA UTILIZADA EN ESTE PROGRAMA (TODOS LOS DERECHOS PERTENECEN A LOS AUTORES, COMPOSITORES Y/O INTÉRPRETES) Danza de tijeras, Wayanay / Autor: Danza folklórica de los departamentos de Apurímac, Ayacucho y Huancavelica Deep forest, Sight of Wonders / Autor: Magnus Ringblom Andean valley, Madison York / Autor: Madison York Enchanting adventures, Jay Man / Autor: Jay Man

Um pulo em Paris
França ameaça fechar sites pornôs que não proibirem acesso a menores

Um pulo em Paris

Play Episode Listen Later Feb 10, 2023 13:27


O governo francês fecha o cerco a plataformas e sites pornográficos que permitirem o acesso de crianças e adolescentes. O objetivo é lutar contra a exposição precoce de conteúdos inapropriados que começa, em média, em torno dos 11 anos na França. O ministro francês encarregado das Questões Digitais, Jean-Noel Barrot, garante que 2023 é o ano em que o acesso a sites pornográficos vai ser definitivamente proibido para os menores na França. Nessa semana, a Comissão Nacional de Informática e Liberdades (Cnil) e a Autoridade de Regulação da Comunicação Audiovisual e Digital (Arcom) anunciaram um dispositivo que vai obrigar o controle da idade dos internautas em plataformas como YouPorn, PornHub, TuKif, entre outros.O mecanismo, que ainda está sendo desenvolvido, consiste em um certificado digital ligado a uma senha que precisa ser validada pelo internauta, similar ao sistema utilizada por bancos na França atualmente. O governo francês promete que o país será o primeiro no mundo a oferecer esse dispositivo.A previsão é que o sistema entre em vigor a partir de setembro deste ano. Segundo os primeiros detalhes divulgados nessa semana, as operadoras de telefonia e internet, que contam com dados pessoais dos clientes, também podem ser implicadas nesse projeto. A problemática maior do certificado digital é a proteção dos dados pessoais, já que os desenvolvedores têm o desafio de preservar a identidade do usuário maior de idade de sites e plataformas pornôs.Jean-Noel Barrot promete que os serviços que não se submeterem a esse mecanismo terão seu funcionamento bloqueado no território francês. O arsenal legislativo já está armado para isso: na França, a Arcom tem o direito de pedir à justiça o bloqueio de sites e plataformas que não atendem às normas funcionamento.Facilidade de acesso a menores Pesquisas mostram que o acesso a conteúdos pornográficos na França começa, em média, aos 11 anos de idade e pela internet. Atualmente, 99% dos adolescentes utilizam smartphones e quase 60% têm seu próprio celular antes dos 12 anos.Um levantamento recente do Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop) mostrou que o primeiro contato de menores com pornografia acontece na maioria das vezes de forma involuntária. Já a busca voluntária por esse tipo de conteúdo começa por volta dos 12 anos.A facilidade do acesso incita as crianças e adolescentes ao consumo deste conteúdo inapropriado. Atualmente, para acessar sites e plataformas pornográficas na França, basta indicar uma data de nascimento ou clicar em um botão para confirmar que o internauta é maior de 18 anos.Nas redes sociais francesas, a presença de conteúdos inapropriados para crianças e adolescentes é grande: 36 milhões de páginas no Facebook contém atualmente um aviso de “nudez adulta e atividade sexual”. No YouTube, os vídeos pornográficos representam 25% do tráfego da plataforma.Estratégias adaptadas à era digitalEm um relatório publicado no final do mês de janeiro, a Academia Francesa de Medicina recomenda que novas estratégias sejam colocadas em prática nas escolas do país contra a exposição de crianças e adolescentes à pornografia. Embora o Ministério francês da Educação tenha um programa inteiro dedicado a essa questão, com a determinação de três aulas de educação sexual por ano, especialistas acreditam que a abordagem da banalização da pornografia precisa ser adaptada à era digital.Por isso, algumas escolas francesas vêm implementando por conta própria aulas de educação sexual focadas nas demandas do universo da internet e das redes sociais. É o caso do colégio Emmanuel-Maffre-Baugé, em Paulhan, no sudoeste da França, que criou um programa de prevenção aos efeitos da exposição a conteúdos pornográficos na internet a alunos de 12 a 16 anos.Através do projeto, os professores se deram conta da facilidade do acesso dos adolescentes à pornografia, da dificuldade deles em discernir a encenação da realidade nos conteúdos pornográficos, da confusão mental que causa a exposição precoce à pornografia, além do desconhecimento geral sobre princípios básicos em relação a consentimento e à noção de abuso e de agressão sexual.“Vou além das minhas competências e da minha disciplina. Quebro essas regras com os meus alunos, mas com o sentimento de cumprir meu papel de educador”, diz o professor de História e Geografia Guilhem Cugnasse, em entrevista ao jornal Le Monde. “Se não ensinarmos educação sexual a nossos estudantes, quem o fará?”, questiona o professor de matemática Francis Gas.

exame
Quem é Jean Paul Prates, o novo presidente da Petrobras

exame

Play Episode Listen Later Jan 26, 2023 3:21


O Conselho de Administração da Petrobras aprovou por unanimidade nesta quinta-feira, 26, a indicação de Jean Paul Prates para a presidência da companhia. Advogado formado pela pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Prates é mestre em Economia e Gestão de Petróleo, Gás e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo e em Política Energética e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia. Apresentação: Mariana Martucci. 

Um pulo em Paris
Debate sobre direito ao suicídio assistido na França pode ser influenciado pela morte de Godard?

Um pulo em Paris

Play Episode Listen Later Sep 16, 2022 13:00


A morte do cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard ocorreu poucas horas depois de o governo francês relançar o debate sobre o direito ao fim voluntário e medicalizado à vida. Apesar de as duas notícias não terem relação, a opinião pública pode ser influenciada pela escolha de um grande ídolo, ícone do cinema contemporâneo? Já estava previsto na agenda do presidente francês, Emmanuel Macron, relançar o debate sobre o direito ao fim voluntário e medicalizado da vida, como a eutanásia e o suicídio assistido, proibidos na França. A discussão sobre esse polêmico assunto era promessa de campanha do chefe de Estado, que acredita que, depois de décadas de polêmica, é preciso avançar. O anúncio do presidente foi feito depois que o Comitê Consultativo Nacional de Ética (CCNE) - principal organismo administrativo e independente a cargo de analisar questões éticas na França - ter emitido um parecer favorável à evolução da legislação sobre práticas em prol do fim voluntário e medicalizado da vida. Algumas horas depois, foi divulgada a notícia do falecimento do cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, aos 91 anos, pai do movimento Nouvelle Vague, um dos maiores nomes do cinema contemporâneo. Segundo o comunicado emitido pelo assistente da família Godard, o diretor recorreu ao suicídio assistido por sofrer de várias patologias invalidantes. O procedimento ocorreu na Suíça, onde existem diversas formas de assistência ao fim da vida, da eutanásia passiva à assistência ao suicídio. Nem todas essas práticas são enquadradas pela lei suíça, mas são autorizadas sob condições específicas. Não há dúvidas de que a comoção com a morte de Godard foi muito maior do que qualquer polêmica relacionada à sua decisão de colocar um fim à vida. Mas no contexto em que o governo francês têm a iniciativa de relançar o debate sobre a questão, o falecimento do cineasta franco-suíço por suicídio assistido contribui para dinamizar as discussões.  Godard nunca escondeu que era favorável à eutanásia. Em 2014, durante o Festival de Cannes, no sul da França, ele já havia reconhecido a possibilidade de recorrer a um suicídio assistido em caso de uma doença grave. O jornal Libération afirma que a morte do diretor foi "um ato de militantismo", para que essa escolha se tornasse pública. Em editorial, o diário afirma que para Godard, escolher o momento da morte "era algo indiscutível, uma questão de dignidade". Lei francesa autoriza sedação, mas não eutanásia A legislação da França proíbe a eutanásia ativa, ou seja, a administração deliberada de substâncias letais com a intenção de provocar a morte. Isso vale mesmo em caso do pedido do doente, impossibilitado de ter um papel fisicamente ativo no procedimento. Também proíbe a eutanásia no caso em que o paciente está inconsciente e a família ou o corpo médico se pronunciam a favor da morte.  A lei francesa trata a eutanásia ativa como um assassinato, um crime punível com penas que vão de 30 anos de detenção à prisão perpétua. O código penal também prevê aos profissionais da saúde que decidirem realizar esse procedimento a proibição de continuar exercendo suas profissões.  O suicídio assistido - quando um profissional da saúde ajuda um doente consciente a colocar voluntariamente um fim à vida - também é ilegal e punido por lei na França. A diferença desta prática em relação à eutanásia é o papel ativo do paciente, auxiliado a provocar sua morte por um profissional da saúde. A lei Claeys-Leonetti, adotada em 2016 depois de uma primeira versão em 2005, enquadra o direito ao fim voluntário da vida de pessoas que sofrem de doenças incuráveis na França. Ela permite uma "sedação profunda e contínua até a morte" de doentes em fase terminal e em grande sofrimento, cujo prognóstico vital está comprometido a curto prazo.  Neste procedimento legal, o paciente é sedado, recebe medicamento contra a dor e sua alimentação e hidratação são interrompidas. A prática pode ser realizada tanto no hospital como na casa do doente, sob a vontade dele, se estiver consciente. Caso esteja inconsciente, a família ou o corpo médico podem autorizar essa prática.  Brechas na lei desagradam profissionais de saúde No entanto, existem brechas na lei que complicam o recurso ao fim da vida. Atualmente, a prática da sedação contínua até a morte determina que o procedimento só é autorizado para quem tem uma expectativa de vida de "curto prazo", um termo estabelecido pela Alta Autoridade de Saúde da França como um período que vai "de algumas horas a alguns dias".  Os profissionais de saúde que trabalham com tratamentos paliativos reclamam que a lei deixa fora os pacientes em fase terminal de uma doença incurável que têm uma expectativa de vida de médio prazo, por exemplo. Ou seja, não são contemplados aqueles doentes que estão em sofrimento devido a uma patologia gravíssima, sem cura e que têm chances de sobreviver apenas algumas semanas ou meses.  Foi pensando nesses casos que o Comitê Consulativo Nacional da Ética da França se pronunciou nesta semana. O presidente do órgão, Jean-François Delfraissy, reconheceu que a legislação atual não responde a um certo número de situações e acaba prolongando o sofrimento de doentes para os quais não há nenhuma solução. Por isso, o grupo recomenda abrir o caminho para uma assistência ativa ao fim da vida a pessoas com o prognóstico vital comprometido "a médio prazo" e que sofram de doenças físicas ou mentais "insuportáveis e incuráveis". Para que esse processo seja colocado em prática, condições estritas foram estabelecidas pelo comitê. A primeira delas é que o pedido do doente para uma assistência ao fim de sua vida seja "ativa, livre, clara e reiterada". A requisição deste paciente também deve ser analisada pelo corpo médico responsável pelo doente. Além disso, todos profissionais envolvidos neste processo podem se beneficiar da chamada "cláusula de consciência", ou seja, o direito de se opor a uma decisão ou de não cumprir o ato.  Finalmente, para os especialistas do Comitê Consultativo Nacional de Ética da França, os debates sobre o direito ao fim voluntário da vida não devem se resumir à determinação legalização da eutanásia ou ao suicídio assistido. Eles sugerem que antes da realização de um referendo sobre a questão, um grande debate nacional seja realizado.  Uma questão delicada para Macron O presidente Macron se viu no centro de uma polêmica em março, em plena campanha eleitoral, quando era candidato à reeleição. Em uma viagem que à cidade de Fouras, no oeste da França, conversou com dois eleitores que pediram a legalização da eutanásia. Na época, Macron declarou ser "pessoalmente" a favor do modelo belga, que permite que doentes que lutam contra doenças graves e incuráveis, inclusive menores de idade, possam recorrer à eutanásia dependendo de várias condições. Por isso, o presidente é acusado pela oposição de tomar a decisão de reabrir o debate sobre o fim voluntário da vida baseado em uma convicção pessoal.  Ao anunciar nesta semana sua decisão de criar um grupo de trabalho para tratar sobre a questão, Macron esclareceu que sua opinião pessoal não tem relevância, mas que, como chefe de Estado, ele se vê na obrigação de fazer a lei evoluir. Segundo ele, a legislação atual sobre a questão do fim voluntário da vida é "incompleta".  Assim, o líder centrista anunciou o lançamento de uma "convenção cidadã" a partir do mês de outubro. Esse grupo será integrado por profissionais da saúde de diversas áreas, associações que militam pelo direito ao fim voluntário da vida, pacientes e parlamentares de todas as tendências políticas. Eles passarão seis meses trabalhando sobre o tema, consultando profissionais, pacientes, e representantes de todos os setores da sociedade que tenham relação com a questão do fim voluntário da vida. Paralelamente, uma comissão parlamentar será encarregada de avaliar a lei existente para compreender porque ela é falha hoje.  Em março de 2023 a convenção anunciará o resultado dos trabalhos realizados e será decidido se a lei Claeys-Leonetti poderá ser modificada ou não. Macron se diz a favor à mudança do texto e não descarta a possibilidade de realizar um referendo nacional sobre a questão.  A mais recente pesquisa sobre o direito ao fim voluntário e medicalizado da vida foi realizada em fevereiro pelo Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop). A sondagem apontou que 94% dos franceses aprovam o recurso à eutanásia em caso de sofrimento extremo e doenças incuráveis. Já o recurso ao suicídio assistido é aprovado por 89% das pessoas ouvidas. 

Onda Aragonesa
Las Mañanas en Onda Aragonesa: Con Marine Caron

Onda Aragonesa

Play Episode Listen Later Sep 13, 2022 15:02


Marine Caron, directora del Instituto Francés de Zaragoza.. Hablamos de las II Jornadas de Cultura Francesa 'Voilà!' que tienen lugar del 13 al 25 de septiembre, dos semanas en las que la cultura francesa será la protagonista en la capital aragonesa.

O Mundo Agora
Sentimento crônico de medo na Europa é chave de eleições polarizadas

O Mundo Agora

Play Episode Listen Later May 2, 2022 5:51


Cansaço e medo: estes são dois sentimentos em destaque no cenário europeu de hoje. Há o cansaço e o medo dos mais de dois anos de pandemia. Ela afetou não apenas o cotidiano de norte a sul, de leste a oeste do continente; também foi vítima dela a autoestima coletiva nele. Flávio Aguiar, analista político A pandemia começou na China, mas ao contrário da famigerada gripe espanhola, do começo do século XX, que viajava de barco e trem, a da Covid-19 viajou de avião. Também, ao contrário daquela gripe, cujo noticiário “viajava” nas páginas de jornais, a Covid se espalhou meteoricamente pela internet, pela televisão, pelo rádio, pelas redes sociais. Pela sua situação geográfica, entre a América, a África e a Ásia, englobando até a distante Oceania, a Europa tornou-se o “hub” da pandemia, o ponto de convergência e conexão central de onde, pelas linhas aéreas, ela se disseminou pelo mundo. A somar-se a este cansaço e medo endêmicos diante da doença, vieram agora o cansaço e o medo diante da Guerra na Ucrânia, que de momento parece não ter horizonte nem fim à vista. A situação econômica já entrara complicada em 2022, e desde o começo do conflito só fez piorar. A inflação galopa solta pelo continente, atingindo, recentemente, uma estimativa média de 7,5% anuais, uma catástrofe para um continente que até há pouco se orgulhava de ter um índice próximo do zero. A cifra, no entanto, é ao mesmo tempo reveladora e enganadora, porque o índice inflacionário se distribui desigualmente, conforme os produtos que engloba. Na espiral inflacionária despontam os preços dos alimentos e da energia, com seus reflexos nos transportes e outras áreas do cotidiano, como remédios. Com isso, agigantaram-se os variados medos que já estavam instalados nos corações e mentes: medo de perder o status social, medo de não fechar as contas no fim do mês, medo de perder o emprego, medo de comprometer o futuro dos filhos, medo de perder a moradia e de ter que “ir morar mais longe”, seja lá do que for. Numa palavra, acentuou-se a sensação de desamparo, sobretudo para quem já se sentia desamparado, fora do sistema de proteção social no sentido amplo da palavra, cada vez mais reduzido. Medo e a eleição francesa Segundo institutos de pesquisa, entre eles o conceituado Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop), fundado em 1938, este sentimento crônico de medo foi um dos elementos determinantes do comportamento do eleitorado francês na última presidencial. O desempenho do presidente reeleito Emmanuel Macron foi positivamente decisivo junto ao eleitorado mais velho, de 65 anos ou mais, e o mais jovem, entre 18 e 24 anos. Qual a característica comum destes dois segmentos tão distantes na idade? Estão fora do mercado de trabalho, seja porque nele não entraram, seja porque nele já passaram. Já na faixa etária entre os dois grupos, majoritariamente de pessoas imersas no mercado de trabalho, o desempenho de Macron foi bem mais próximo do de sua rival da extrema direita, Marine Le Pen. Nos setores menos favorecidos, aqueles que ganham menos de 900 euros por mês, a vitória foi de Le Pen, bem como entre os eleitores que não têm sequer um diploma de ensino médio. Macron venceu nas grandes cidades afluentes, como Paris, Marselha, Toulouse, Nantes, Estrasburgo; já Le Pen venceu nas pequenas cidades distantes dos grandes centros, nas zonas rurais, e em regiões e bairros antes industriais e hoje em crise de abandono e desemprego. Votos anti-Macron e anti-le Pen As pesquisas também detectaram uma migração significativa de votos dados no primeiro turno ao candidato de esquerda, Jean-Luc Mélenchon, para Marine Le Pen, no segundo. Ou seja: isto significa que, assim como houve um voto útil anti-Le Pen, que favoreceu Macron, também houve um voto útil anti-Macron, que favoreceu o crescimento da candidata da extrema direita. No segundo turno uma parte do eleitorado identificou Macron como o candidato dos mais ricos e dos abonados. Segundo Jérôme Fourquet, diretor do Ifop francês, em artigo publicado no jornal inglês The Guardian em 28 de abril, este comportamento dos “desamparados” foi análogo ao observado no plebiscito sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, em 2016, quando eles preferiram o “protecionismo” identificado com a direita, que defendia a ruptura, ou mesmo ao da eleição presidencial norte-americana no mesmo ano, que levou o arquiconservador Donald Trump à Casa Branca, em Washington. Esta tendência mereceria ser também pesquisada em outros colégios eleitorais onde a extrema direita vem fazendo ou fez progressos, como na Espanha, em Portugal, ou mesmo na Itália e na mais próspera Alemanha.

Meio Ambiente
Energia nuclear passa de vilã a mocinha do clima, em nome de metas ambientais

Meio Ambiente

Play Episode Listen Later Jan 28, 2022 6:55


Uma antiga vilã dos ecologistas agora interpreta o papel de mocinha: a energia nuclear volta com força nos projetos dos países desenvolvidos, desde que a crise energética encareceu os preços da eletricidade mundo afora. As usinas nucleares aparecem como a única alternativa capaz de produzir eletricidade em massa e não comprometer os compromissos de redução de emissões de efeito estufa e descarbonização da economia, até meados do século. O argumento é tentador: elas emitem 15 vezes menos CO2 que as centrais a carvão, as mais poluentes, colocando-se ao lado de fontes renováveis como as eólicas e fotovoltaicas. Além disso, resultam em preços mais baixos da energia elétrica para os consumidores – na França, onde 70% da matriz é nuclear, a luz é uma das mais baratas da Europa. Num contexto de explosão da demanda mundial pela retomada econômica da pandemia, os países desenvolvidos e grandes emergentes, como a China e a Índia, aceleram os projetos de ampliação do parque energético, com um lugar de destaque para as usinas nucleares. O objetivo número 1, fixado na última Conferência do Clima da ONU, em Glasgow, é sair definitivamente do carvão. "A União Europeia discute atualmente que investimentos em energias diversas devem ser financiados até 2045. Acho que o debate não deveria se concentrar em ser investimento verde ou não, mas sim se é de baixo carbono ou não”, explica Cécile Maisonneuve, especialista em energias do Instituto Francês de Relações Internacionais (Ifri) e pesquisadora sênior do Instituto Montaigne, de Paris. "Um relatório científico da Comissão Europeia mostrou claramente que a energia nuclear não só é benéfica do ponto de vista de CO2, como em outros aspectos ambientais. Ela é comparável inclusive com as renováveis." Limites das renováveis Por mais louváveis que sejam do ponto de vista ambiental, as energias renováveis se mostram insuficientes para suprir a demanda e ainda dependem de condições meteorológicas favoráveis, um desafio de peso nos países do Norte. "Percebemos que a política energética na Europa está fracassando. O abastecimento está problemático, porque não há gás suficiente, não houve ventos o bastante para alimentar as usinas eólicas, e os preços dispararam”, contextualiza a especialista do Ifri. "Precisaremos utilizar todas as produções de baixo carbono, incluindo as renováveis, claro. Mas quando não tem nem vento, nem sol, é essencial contar com outras centrais – só que elas não podem mais ser a carvão, como fazem a maioria dos países, porque elas são muito emissoras de CO2." A especialista é categórica: o ideal de 100% renováveis, almejado pela maior parte dos ecologistas, só seria possível num cenário de queda drástica do consumo e da industrialização – o que implicaria em outros problemas, como dependência externa. "Ao mesmo tempo, a verdade é que estamos aumentando o uso de eletricidade. Trocar veículos a combustível por elétricos implica em aumentar muito o nosso consumo de luz”, comenta Maisonneuve. Riscos da energia nuclear Para os ecologistas, o grande problema é que persistem as mesmas preocupações que surgiram com as usinas nucleares, há mais de 60 anos: o que fazer com o lixo radioativo que elas rejeitam? Como eliminar o risco de acidente nuclear, capaz de tirar do mapa uma cidade inteira? Esses dois eixos sedimentaram a base dos partidos ecologistas e as organizações ambientais, como o Greenpeace. "Todos os partidos ecologistas na Europa e nos Estados Unidos se construíram no movimento antinuclear. Está no DNA deles”, relembra Maisonneuve. “Esse tempo todo havia uma oposição intrínseca entre ecologia e nuclear. Hoje, não é mais o caso por causa do desafio de queda de emissões que nós nos colocamos até 2050. A emergência do combate às mudanças climáticas forjou a reconciliação entre nuclear a ecologia.” Depois do acidente na central de Fukushima, em 2011, no Japão, ocorrido 25 anos após o de Chernobyl, a pressão cresceu para o desmantelamento dessas usinas mundo afora. As mais antigas foram subitamente condenadas a fechar, e a Alemanha acelerou o fim progressivo das centrais no país, previsto para ser concluído neste ano. Berlim, no entanto, se mostra uma exceção no bloco. A tendência de construção de “miniusinas" visa diminuir o risco de catástrofes e será a alternativa para modernizar países altamente dependentes do carvão, como Polônia e Romênia. A solução técnica para dejetos já existe, ressalta Maisonneuve – mas o enterro em fossas profundas do material radioativo é politicamente delicado para os governantes. Os críticos argumentam que o risco zero não existe: mesmo a 500 metros sob a superfície, o material poderia submergir em caso de graves inundações, incêndios ou ataques externos, como numa guerra. Enquanto isso, as pesquisas científicas continuam para limitar ainda mais os riscos, com os reatores de quarta geração, que emitem pouco lixo radioativo e podem ser alimentadas com os dejetos nucleares das usinas mais antigas.

Brasil-Mundo
Irmãos franco-brasileiros desenvolvem projeto inédito de walkie-talkie submarino

Brasil-Mundo

Play Episode Listen Later Nov 27, 2021 6:02


Os irmãos Jonas e Gabriel Beraldo Ramos Guerche, franco-brasileiros que vivem entre Paris e a região da Bretanha, no oeste da França, trabalham em um projeto inédito de um walkie-talkie submarino, ou um "dive-talkie", como preferem chamar o aparelho que tem o objetivo de possibilitar a comunicação debaixo d'água, entre praticantes de mergulho. Jonas e Gabriel começaram a praticar mergulho há cerca de cinco anos. Foi voltando de um curso que a ideia de criar um walkie-talike submarino surgiu, a partir da própria necessidade que os irmãos sentiam, como mergulhadores, de trocar informações debaixo d'água. Para o mergulho de lazer, geralmente a comunicação é feita através de gestos com as mãos. "Até hoje não há um produto para conversarmos durante a prática de mergulho e que seja acessível a todos. Por isso, muitos acidentes acabam ocorrendo", explicou Jonas à RFI. Segundo ele, os aparelhos que existem atualmente no mercado são voltados exclusivamente para profissionais e têm um custo alto. "Ter uma forma de comunicação com voz durante o mergulho ajuda muito durante os cursos. É um mecanismo que oferece mais segurança para as pessoas que estão aprendendo a mergulhar. Além disso, é importante para que o próprio instrutor possa passar informações sobre o ambiente onde a atividade está sendo praticada", ressalta. O aparelho que os irmãos estão elaborando ainda não tem um nome oficial. O funcionamento é basicamente como o de um walkie-talkie, mas para ser usado debaixo d'água. A formação que ambos têm em Física ajudou na concepção do produto. "Não queremos modificar os equipamentos tradicionais que já existem. O objetivo é equipar o regulador - aquela parte do equipamento para a respiração que colocamos na boca - com mecanismos eletrônicos de captação e reprodução de som. Ou seja, vamos poder falar e enviar esse som dentro da água. O som será restituído dentro da boca e, por condução dos ossos, vai voltar para a orelha", detalha Jonas. Finalização do produto em 18 meses Fundadores da start-up 52 Hertz, eles venceram recentemente um concurso organizado pelo Instituto Francês de Pesquisa para a Exploração do Mar (Ifremer, na sigla em francês). Os dois irmãos têm o prazo de um ano e meio para a finalização do produto. Gabriel contou à RFI qual é o maior desafio no desenvolvimento do "dive-talkie". "Esse é um projeto pluridisciplinar. A nossa formação em Física ajudou na elaboração do produto. Mas, além disso, também tem todo o desenvolvimento da nossa empresa, por exemplo, que exige outros conhecimentos. Por isso, temos que dominar tudo o que envolve o projeto, conhecê-lo de A à Z, nos abrir a outras disciplinas, o que pede bastante tempo e implica em dificuldades", diz. Jonas e Gabriel são filhos de uma mãe brasileira e um pai francês. Eles nasceram e vivem na França, mas têm uma relação forte com o Brasil. Por isso, querem que uma parte do projeto seja brasileiro. "Gostaríamos que, depois de finalizado, pudéssemos construir parte do produto no Brasil, como as peças eletrônicas, por exemplo. É importante para a gente, como franco-brasileiros, que a nossa criação tenha um pouco da nossa origem", conclui Gabriel.

Café Con Nata
Panel Feminista con la dibujante Sol Díaz

Café Con Nata

Play Episode Listen Later Sep 8, 2021 82:10


Mitad de semana en Café Con Nata y hoy, junto a nuestra editora Sol Abarca, te actualizamos de las últimas novedades en relación a las vacunas para niñxs y la circulación de variantes en América Latina. Por ejemplo, ¿sabías que la variante Mu, que fue detectada por primera vez en Colombia, ya supera a Lambda y a Delta, y que ya es la segunda de mayor circulación en Chile? En política nacional, te contamos que ingresaron formalmente el proyecto de reforma constitucional para permitir renuncias de convencionales y parlamentarios. Y desde México, noticias esperanzadoras parala lucha feminista porque la Suprema Corte despenalizó la interrupción voluntaria del embarazo en un fallo histórico para el país. En un nuevo Panel Feminista presentado por Corporación Humanas, recibimos a la dibujante Sol Díaz para hablar de “La Constitución entre líneas”, un proyecto del Instituto Francés de Chile que invita a reflexionar sobre el proceso histórico actual a través de la ilustración.

Manhãzitos da 3
Dia da Bastilha - Joana Valente (Instituto Francês de Portugal)

Manhãzitos da 3

Play Episode Listen Later Jul 14, 2021 5:19


As atividades da sua mediateca são uma das melhores maneiras de aprender francês. Além do Blá Blá Café às terças para treinar a língua, o IFP tem a gigante biblioteca virtual Culturethèque. Joana Valente conta-nos mais.

Toxicosmos
Un verano invencible.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Jun 28, 2021 119:32


Un verano invencible. Así hemos titulado el último programa de la temporada, tomando prestado el nombre del reciente disco de Unidad y Armonía que hacen aparición en nuestro tiempo de radio para despedir la temporada con nosotros. Pero no son los únicos invitados, porque también escuchamos mensajes y deseos estivales de Flores, El Buen Hijo y La Habitación Roja, todos además estrenando canciones nuevas. La actualidad musical la completamos con Viva Suecia, Izal, La La Love You, Santero y los Muchachos, J'Aime, Muyaio, Laborde, Nueve Desconocidos y Quin Delibat! en el ámbito nacional, y James, Parcels, Kings of Convenience, Still Dreams, Lewis Ofman, Leon Bridges, Polo & Pan y Soccer Mommy en el internacional. Con el cierre del Instituto Francés esta semana se despiden de Toxicosmos descubriéndonos lo nuevo de Pepite, y Colin Peters nos propone un clásico estival con la firma de The Lovin' Spoonful. Además recuperamos temas estivales de Family (hoy no podía faltar "El bello verano") y Flow, además de conmemorar el 35º aniversario del disco "The Queen is Dead" de The Smiths con la canción más votada por nuestros seguidores en las redes sociales de Toxicosmos. Completamos el programa con dos recomendaciones literarias. Por una parte la reciente biografía que tiene a Jim Morrison como protagonista y por otra el primer poemario de Abraham Boba. Lo ilustramos escuchando a The Doors y León Benavente. Feliz verano. Volvemos en octubre.

Toxicosmos
Miss Caffeina y su gira estival.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Jun 14, 2021 118:40


Abrimos el programa esta semana con actualidad internacional, escuchando lo nuevo de Manic Street Preachers, Chvrches, Drug Store Romeos, Pom Pom Squad, Ricci Nostra, Jack Botts, Francis Lung, Mr Giscard como recomendación del Instituto Francés y Becky and the Birds versioneando a Bon Iver para celebrar los 40 años de su discográfica 4AD. Completamos el repaso a la actualidad foránea recordando los debuts de Belle and Sebastian y The Avalanches, que cumplen ahora 25 y 20 años respectivamente. Además recuperamos uno de nuestros discos favoritos de Camera Obscura que también celebra aniversario y suena un tema inédito de The Beach Boys que había permanecido oculto durante más de 5 décadas. Las novedades nacionales las protagonizan La Habitación Roja, Los Pilotos, Sonograma, Doble Pletina, Eduardo Luka, Angel Pop, Inc, El Hijo, Norwen, Lashormigas y La La Love You remezclados por Buffetlibre. Además suena lo nuevo de Miss Caffeina, que estrenan single y videoclip para anunciar una gira veraniega de la que te damos todos los detalles. Y para poner el broche al programa tenemos recomendación literaria: Los Young, la historia de los hermanos que formaron AC/DC. Te hablamos del libro y recuperamos alguno de sus vinilos.

Toxicosmos
Carolina Durante, famosos en 3 calles.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Jun 7, 2021 120:55


Dedicamos la primera parte del programa de esta semana a la actualidad internacional, escuchando lo nuevo de Kings of Convenience, James, Sons of Raphael, Lonelady, The Wombats, Chai, Bubble Tea and Cigarrettes, Moodoïd, Javiera Mena, Japanese Breakfast, Rick Treffers, Lou Barlow, Sharon Van Etten & Angel Olsen, Matt Maltese y The Wandering Hearts. En nuestro repaso a las novedades nacionales los protagonistas son Carolina Durante, Medalla, La Plata, Axolotes Mexicanos, Cabiria, Turpin, Xavi Martí, Caballero Reynaldo, Maronda y Viva Suecia. Además el Instituto Francés nos recomienda a Myd, Angel Pop firma nuestra versión de la semana con un tema original de Carlos Berlanga y nos lanzamos a la pista de baile con el remix de Keane que acaba de marcarse el DJ murciano Suzukid.

Toxicosmos
Lana Del Rey y su debut literario.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later May 24, 2021 119:25


"Violet hace el puente sobre la hierba" es el debut literario de Lana Del Rey, que ve la luz entre su reciente disco y el que acaba de anunciar para publicar también en este 2021. Te adelantamos algún tema de ese inminente trabajo mientras te hablamos de este nuevo libro de poemas y fotografías. Además la actualidad internacional nos trae a The Vaccines, Paul Weller, Last Days of April, Los Lobos y Mustang, éstos últimos como recomendación del Instituto Francés. En nuestro repaso a la actualidad nacional escuchamos a Mujeres, Rebe, Rigoberta Bandini, Roulotte, Jimena Amarillo, Soleá Morente, Triángulo de Amor Bizarro, Sprays, Anabel Lee, Bonitx, Las Wonder, Tulsa, El Buen Hijo, Siete 70, Indigo Drone, Pablo Lesuit, Lezón & Limusin, Amanda Alvaro, Rocio Saiz, Grasias y Fônal, que hacen aparición en el programa para presentarnos su nuevo trabajo. Además Conmutadores firma nuestra versión de la semana con un clásico de Mecano que ahora cumple 40 años. El broche lo ponemos con el recientemente desaparecido Franco Battiato, al que homenajeamos y recordamos con su centro de gravedad permanente.

Toxicosmos
En verano tendremos disco nuevo de James.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later May 17, 2021 119:36


Tim Booth y compañía están de vuelta: en verano tendremos disco nuevo de James, del que ya hemos adelantado dos canciones y esta semana te descubrimos una tercera. Además la actualidad internacional tiene otros nombres protagonistas: Years & Years, Geoffrey O'Connor, Self Steem, Polo & Pan, Roosevelt, Metronomy, Late Runner, Tame Impala, Skegss, Jim Basnight, Tangled Shoelaces y Katel como recomendación del Instituto Francés. Completamos el repaso a las novedades foráneas con un viaje por Latinoamérica para escuchar a Palmera Beach, Zoé, Las Ligas Menores, Club de Haters, (Me llamo) Sebastián y Flavia Marsano. En nuestro apartado nacional suena lo nuevo de Carmen 113, Landikhan feat. Dat García, Gilbertástico, Monkey Jane, Lori Meyers y Lentillas de Colores, que firman nuestra versión de la semana con un clásico de Golpes Bajos. El broche lo ponen L.A. y Chloé Bird, que hacen aparición en el programa para presentarnos sus nuevos trabajos.

Toxicosmos
El debut de la joven noruega Girl in Red.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later May 10, 2021 119:42


Llevamos tiempo hablándote de Girl in Red pero hoy, que ya podemos encontrar su LP de debut en las tiendas, firma nuestro disco de la semana. Además la actualidad internacional nos lleva a escuchar lo nuevo de The Chemical Brothers, Paul McCartney & Dominic Fike, Dry Cleaning, MarthaGunn, Jack Botts, Julien Baker, Rush Week y St Vincent. Completamos las novedades foráneas con Since Charles como propuesta del Instituto Francés y la versión que Nakkia Gold acaba de marcarse del "Get up stand up" de Bob Marley con la que conmemoramos el 40 aniversario de su muerte. Y no, la canción no cumple 75 años como te contamos en el programa: cosas del directo por fiarnos de notas de prensa con erratas. En nuestro repaso a la actualidad nacional suenan Zahara, Apartamentos Acapulco, Laborde, Novio Caballo, Jimmy Starname, Fatal Tiger, Joan Colomo, Perapertú, Gener, Rebe, Coque Tornado, Marjei, Wild Honey y Ramirez Exposure. Además Firmado Carlota aparece en el programa para presentarnos su nuevo disco, y recordamos a Daft Punk con los respectivos homenajes que le han hecho DJ Moderno y Cycle en sus nuevos singles. El broche al programa lo ponemos con un clásico de Nick Kamen para homenajearlo y recordar su figura, después de que nos dejara hace unos días con tan solo 59 años de edad.

Toxicosmos
Lisasinson y su vinilo ultra transparente cargado de punk pop.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Apr 26, 2021 121:45


En el capítulo de esta semana dedicamos la mayor parte de nuestro tiempo a repasar la actualidad nacional, escuchando y hablándote de lo nuevo de Lisasinson mientras hacemos girar su reciente vinilo transparente, además de Los Planetas, No Sé A Quien Matar, Triángulo de Amor Bizarro y Soleá Morente, Lisasinson, Pablo Wilson, Maria Rodés y La Estrella de David, Carmelita, Wild Honey, Marco Maril, From, El Triangulista, Bacon Radars, Anora Kito, Junior Mackenzie, Samuel Reina, Karavana, Noné Gómez, Mariagrep, Flores, Diamante Negro y L.A. Además aparecen por aquí Delaporte y Dora para estrenarnos la nueva entrega de su proyecto "Titanas" y Anaju para hablarnos de su nuevo single. En el apartado internacional los protagonistas son Dinosaur JR, Sons of Raphael, The Shins y The Fratellis. Además Mxmtoon firman nuestra versión de la semana con un clásico de Radiohead, el Instituto Francés nos descubre a Sarah Maison y Colin Peters recupera un clásico de Bloc Party.

Toxicosmos
Libros, novedades musicales y algún que otro clásico.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Apr 19, 2021 119:17


Dedicamos nuestro repaso a la actualidad semanal escuchando las novedades que firman Mick Jagger, Paul Weller, Real State, Ziggy Alberts, Drug Store Romeos, Balthazar, Rick Treffers, Nathaniel Rateliff, Ravages, Sorry, Sophia Kennedy, Lori Meyers, Carmen 113, Is.las y The Crab Apples. Coincidiendo con el Día del Libro te recomendamos 3 novedades literarias. Recuperamos a Leonard Cohen y Bob Dylan para hablarte del libro "Aleluya. Religiones y mística en el rock", suenan The Eagles y Love mientras te hablamos de "Hotel California. Cantautores y vaqueros cocainómanos en Laurel Canyon" y nos visita David Pascual con el que comentamos su nueva novela "Gordo de Porcelana" y escuchamos a su grupo Mr Perfumme. Colin Peters nos presenta el clásico de la semana con April March, el Instituto Francés nos descubre lo nuevo de Magenta y Tu Peleas Como Una Vaca firman nuestra versión de la semana con un tema de Camilo Sesto.

Radio Portales
Portaleando La Mañana - Entrevista a dúo Marineros - Miércoles 14 de abril

Radio Portales

Play Episode Listen Later Apr 14, 2021 26:33


Hoy entrevistamos en Portaleando La Mañana, al dúo Marineros, quieres se presentarán en una nueva temporada de conciertos musicales organizados por el Instituto Francés de Chile junto al Centro Cultural Matucana 100, Parque Cultural de Valparaíso, Teatro Regional del Maule y Teatro Biobío.

Toxicosmos
The Fratellis y su luminoso nuevo disco.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Apr 12, 2021 120:12


Esta semana abrimos el programa con actualidad nacional, escuchando lo nuevo de Cabiria, Cuchillas, Ramirez Exposure, Malamute, Xenia, Isaac Fernández, Tronco, Chaqueta de Chandal, Twice, Miotonia y Lisasinson, que firman nuestra versión de la semana con un clásico de Aerolineas Federales. Además hacen aparición Delaporte y Rigoberta Bandini para presentarnos su nuevo tema conjunto dentro del proyecto Titanas. En la segunda parte del programa las novedades foráneas con las protagonistas: Garbage, LoneLady, Paul McCartney feat. Beck, WiztheMc, Mdou Moctar, Chai, Barbarossa, Renée Reed, Mustafa, Evripidis and his Tragedies, Lewis OfMan, Beabadoobee y Still Dreams. Además destacamos el nuevo trabajo de The Fratellis, recién publicado y que firma nuestro disco de la semana. En nuestras conexiones con nuestros colaboradores escuchamos a Eddy de Pretto como descubrimiento del Instituto Francés, The Nude Party como recomendación de Rock Nights y Olé Olé como el clásico que recupera Colin Peters.

Bichos de radio
Raúl Porchetto, radio, música, historia y memoria

Bichos de radio

Play Episode Listen Later Mar 27, 2021 57:38


El emblemático compositor e intérprete recordó, desde su punto de vista, el Golpe Militar de 1976; cómo vivía esos años, la prohibición de sus canciones y la liberación tras la llegada de la Democracia. "Tuve 4 programas de Radio, hable de extraterrestres, de dadaísmo, de poesía, de música, me encanta la radio te da posibilidades infinitas". En la segunda parte del programa recordamos a Hugo Montero, fundador de la revista Sudestada, quien falleció sorpresivamente hace pocos días a los 44 años. Y antes del final conversamos con Rémi Guittet, Agregado Audiovisual Regional del Instituto Francés de Argentina, para conocer detalles del proyecto "Collages, puentes entre Argentina y Francia” una serie de podcasts producidos conjuntamente por Radio Nacional y el Instituto Francés de Argentina.      

Por las rutas de la curiosidad
T3 E12: La "República" de Iquicha

Por las rutas de la curiosidad

Play Episode Listen Later Mar 23, 2021 85:34


A inicios de 1825, poco después de la decisiva victoria de Ayacucho, en las provincias de Huanta y Anco (actual La Mar) se gestó una rebelión que demuestra la compleja situación que vivía el Perú durante el contexto de la independencia: un grupo de campesinos indígenas liderados por Antonio Huachaca, quienes apoyaban abiertamente al rey Fernando VII de España, tomó la ciudad de Huanta y prácticamente le declaró la guerra al naciente estado peruano. Los rebeldes eran conocidos como "iquichanos", gentilicio que ellos mismos reivindicaron con orgullo, y al día de hoy son un claro ejemplo del relevante papel que también tuvieron los indígenas durante la guerra por la independencia del Perú. ¿Qué los motivó a tomar partido por la institucionalidad monárquica?; ¿hasta dónde llegó la rebelión de los iquichanos?; y... ¿dónde queda el misterioso territorio de Iquicha? De ello conversaremos en esta edición de Por las Rutas. ¡Gracias a nuestros Patreons que hacen posible llegar semana a semana con los episodios de Por las Rutas! Para ser parte de nuestro Patreon, visita: https://www.patreon.com/porlasrutasdelacuriosidad REFERENCIAS: De la guerra a la rebelión (Huanta, siglo XIX), Patrick Husson; Instituto Francés de Estudios Andinos (IFEA), edición digital, 2014 https://repositorio.unal.edu.co/bitstream/handle/unal/30275/16455-51387-1-PB.pdf http://repositorio.iep.org.pe/bitstream/handle/IEP/888/documentodetrabajo115.pdf http://www.perupolitico.com/?p=139 https://www.youtube.com/watch?v=XgEnQgbgs4E https://en.wikipedia.org/wiki/Kuraka MÚSICA UTILIZADA EN ESTE PROGRAMA (TODOS LOS DERECHOS PERTENECEN A LOS AUTORES, COMPOSITORES Y/O INTÉRPRETES) Qarawi de Chungui, Roberta Pérez y Maxi Contreras / Autor: Anónimo Danza de tijeras, Wayanay / Autor: Danza folklórica de los departamentos de Apurímac, Ayacucho y Huancavelica

Toxicosmos
Las nuevas aventuras de Elefant Records.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Mar 22, 2021 119:41


New Adventures In Pop es una colección de pequeños vinilos coloreados desde que la compañía Elefant Records da a conocer nuevos proyectos musicales. Un doble vinilo recoge ahora algunos de sus temas y artistas más significativos, disco que escuchamos junto a su ideólogo Luis Calvo, que nos visita en el programa y con el que charlamos de la colección mientras suenan Cariño, Tronco y Edine avec Lisle Mitnik et son Orchestre. La actualidad musical nos trae otros estrenos, como los que firman en el apartado nacional Marco Maril, Maika Makovski, Nuria Graham, Jorge Nieto, Viaje a Sidney, The Yellow Melodies, Lentillas de Colores, Garcia Picasso, Yorch, Teleclub, Betamax, Noné Gomez, The Low Flying Panic Attack, Tulip, Coque Tornado, Bonitx, Ramon Aragall y Dolorosa, que firman nuestra versión de la semana con un clásico de Massiel. Además también aparecen por aquí Unidad y Armonía para presentarnos su nuevo single. Dedicamos los últimos minutos a estrenar novedades foráneas con la firma de The Fratellis, Lewis Ofman, Françoise and the Atlas Mountains, Joesef y Renarde, que llegan como recomendación del Instituto Francés.

Toxicosmos
El adiós de Daft Punk.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Mar 1, 2021 119:35


Abrimos el programa de esta semana con la noticia del adiós de Daft Punk, una de las bandas más influyentes en la electrónica actual. Recuperamos uno de los hits del duo francés para hablarte de su despedida y dar paso a la actualidad musical con las novedades de Dinosaur Jr, Crowded House, Fickle Friends, Major Murphy, Chad VanGaalen, The Inspector Cluzo, Mush, Gordi & Alex Lahey, Peach Tree Rascals, Degiheugi, Sun Jane, Kinlaw, Hip Hip, Alodia, Claud y Raphaël como recomendación del Instituto Francés. Además te hablamos de las reediciones con nuevos contenidos de los últimos discos de The Killers y Haim (con anécdota personal incluida que tiene a las hermanas californianas como protagonistas). Si esos son los grupos que protagonizan la actualidad internacional, en nuestro repaso a las novedades nacionales escuchamos a Espanto, Lentillas de Colores, No Se a Quien Matar, Papa Topo, Supermon, Vega Almohalla y Grasias. Además esta semana regresa Rock Nights Radio a Toxicosmos con nuevo colaborador. Te presentamos a Jordi Cardona que, desde Ibiza, nos recomendará cada semana un temazo que nos traslade a las míticas fiestas Rock Nights. Estrena sección y lo hace con la música de Arctic Monkeys.

Toxicosmos
Brindamos con Chlöe's Clue.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Feb 22, 2021 120:48


En el programa de hoy abrimos con actualidad nacional, escuchando lo nuevo de Los Planetas, The New Raemon, Neno, Las Dianas, Tortel, Presumido, The Prussians, Ed Bloom, Viaje a Sidney, Cosmen, Malahora, Innmir, Cerro Moreno, Blue Gonzu, Ramon Cugat, Lia Pamina e Os Peregrinos, Los Inocentes, Marco Maril y Las Hormigas. Además Chlöes Clue aparece en nuestro tiempo de radio para brindar con nosotros y presentarnos su nuevo single. La actualidad internacional la protagonizan The Fratellis, Django Django, Françoise and the Atlas Mountains, Sophia Kennedy, Lauren Auder, Anna B. Savage, Roosevelt y Lisbone, a los que descubirmos como recomendación del Instituto Francés. Para poner el broche recuperamos a Stereototal y recordamos a Françoise Cactus, que tristemente nos dejaba hace unos días.

Toxicosmos
Música y tintes autobiográficos en la nueva novela de Rafa Cervera.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Feb 8, 2021 120:02


Esta semana tenemos invitados. Nos visita el periodista y escritor Rafa Cervera para hablarnos de su nueva novela "Porque ya no queda tiempo" en la que repasa una vida dedicada a su pasión: la música. Además ilustramos la charla con sus propuestas musicales: Lou Reed y Donna Summer. Pero no es el único invitado: el fotógrafo Alex Amoros nos habla de su nuevo libro "40 Music Venues" en el que fotografía salas de conciertos inglesas, vacías en pleno confinamiento. Nos cuenta todos los detalles mientras suenan The Liquorice Experiment, banda de la que también forma parte El resto del programa lo dedicamos a repasar la actualidad musical, escuchando lo nuevo de King Gizzard, Arlo Parks, Julia Stone, The Killers, Pale Waves, Conny Frischauf, Billie Marten, Verzache, Diamante Negro, Margarita Quebrada, Anabel Lee, Olivia, Luw, Vermú, Xavi Moyano, Maronda, Hermanos Harker, León de Pelea, Choley y Firmado Carlota. Además S Carey firma nuestra versión de la semana con un clásico de Tom Waits y el Instituto Francés nos descubre lo nuevo de Mansfield.TYA. Y completamos el programa recuperando "Pop", el segundo disco de Los Planetas cuando se cumplen 25 años de su lanzamiento. Lo hacemos escuchando la canción más votada entre nuestros seguidores en Instagram y Facebook.

Toxicosmos
Maika Makovski nos adelanta su nuevo disco.

Toxicosmos

Play Episode Listen Later Feb 1, 2021 121:01


Abrimos el programa de esta semana con actualidad nacional, escuchando a The Grooves, Alexanderplatz, Algora, Biela, Pinocho Detective, Normal, Vialdela, Ferla Megia, Tu Peleas como una Vaca, Eterna Joventut, Steven Munar, Tu Ves Ovnis y Maika Makovski, a la que recibimos para presentarnos su nuevo single. En el apartado internacional los protagonistas son Pale Waves, Django Django, Saint Raymond, Muzz, Mint Julep, The Flavians, Ziggy Alberts, Sam Eagle y Years & Years. Además el Instituto Francés nos descubre lo nuevo de The Pirouettes. Completamos el programa entrevistando al dibujante Agustín Ferrer para que nos cuente los detalles de su último cómic, en el que el arquitecto Mies Van Der Rohe es el protagonista. Ilustramos la entrevista con la música de Future Islands, que nos elige el propio autor.

Cacique Tupayachi
[EPS 03] Francisca Pizarro Yupanqui, una ilustre mestiza

Cacique Tupayachi

Play Episode Listen Later Oct 8, 2020 30:31


En este tercer episodio hablaremos sobre Francisca Pizarro Yupanqui (Jauja 1534 – Madrid 1598), considerada la «primera mujer mestiza» del Perú. =---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------= #FranciscaPizarroYupanqui #MujeresAndinas #BiografíasAndinas #CaciqueTupayachi =-------------------------------------------------= Fuentes consultadas: =-------------------------------------------------------------------------------------------= MARTÍN RUBIO, María del Carmen. (2014). Francisco Pizarro: el hombre desconocido. Asturias: Ediciones Nobel. ROSTWOROWSKI DE DIEZ CANSECO, María. (1994). Doña Francisca Pizarro: una ilustre mestiza 1534-1598. 2da. edición. Lima: Instituto de Estudios Peruanos. VARÓN GABAI, Rafael. (1996). La ilusión del poder: apogeo y decadencia de los Pizarro en la conquista del Perú. Lima: Instituto de Estudios Peruanos, Instituto Francés de Estudios Andinos. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/cacique-tupayachi/message

Cacique Tupayachi
[EPS 02] Francisco de Ávila, extirpador de idolatrías

Cacique Tupayachi

Play Episode Listen Later Oct 1, 2020 34:51


En este segundo episodio hablaremos sobre Francisco de Ávila, un sacerdote extirpador de idolatrías en el Virreinato peruano. #FranciscodeAvila #extirpacióndeidolatrías #BiografíasAndinas #CaciqueTupayachi Fuentes consultadas: ACOSTA, Antonio. (1987). “Francisco de Ávila. Cuzco 1573(?) – Lima 1647”. En Gerald Taylor: Ritos y tradiciones de Huarochirí del siglo XVII. Versión paleográfica, interpretación fonológica y traducción al castellano. Estudio biográfico sobre Francisco de Ávila de Antonio Acosta (pp. 551-616). Lima: Instituto de Estudios Peruanos, Instituto Francés de Estudios Andinos. AVILA, Francisco de. (1966). Dioses y hombres de Huarochirí. Narración quechua recogida por Francisco de Avila [¿1598?]. Edición bilingüe. Traducción de José María Arguedas. Estudio biobibliográfico de Pierre Duviols. Lima: Instituto de Estudios Peruanos. DUVIOLS, Pierre. (1966). “Estudio biobibliográfico: Francisco de Avila, extirpador de la idolatría”. En Francisco de Avila: Dioses y hombres de Huarochirí. Narración quechua recogida por Francisco de Avila [¿1598?] (pp. 218-229). Traducción de José María Arguedas. Estudio biobibliográfico de Pierre Duviols. Lima: Instituto de Estudios Peruanos. DUVIOLS, Pierre. (2003). Procesos y visitas de idolatrías. Cajatambo. S. XVII. Con un nuevo estudio preliminar. Lima: Pontificia Universidad Católica del Perú, Instituto Francés de Estudios Andinos. GARCÍA, Juan Carlos. (2011). “El juicio contra Francisco de Ávila y el inicio de la extirpación de la idolatría en el Perú”. En Ana de Zaballa Beascoechea (coord.): Los indios, el Derecho Canónico y la justicia eclesiástica en la América virreinal (pp. 153-176). Madrid: Iberoamericana, Vervuert. GRIFFITHS, Nicolas. (1998). La Cruz y la Serpiente. La represión y el resurgimiento religioso en el Perú colonial. Lima: Pontificia Universidad Católica del Perú. HAMPE MARTÍNEZ, Teodoro. (1996). Cultura barroca y extirpación de idolatrías. La biblioteca de Francisco de Avila (1648). Cusco: Centro de Estudios Regionales Andinos “Bartolomé de Las Casas. HAMPE MARTÍNEZ, Teodoro. (1999). «El trasfondo personal de la “extirpación”: la carrera y la formación intelectual de Francisco de Avila y Fernando de Avendaño». Colonial Latin American Review, 8(1): 91-111. LEÓN FERNÁNDEZ, Dino. (2007). “Participación del cura doctrinero Francisco de Ávila en la economía de la doctrina de San Damián, Huarochirí. Siglo XVII”. Uku Pacha. Lima, 6(11): 51-62. MILLS, Kenneth. (1997). Idolatry and its Enemies. Colonial Andean Religion and Extirpation. 1640-1750. Princeton: Princeton University Press. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/cacique-tupayachi/message

Cacique Tupayachi
[EPS 01] Felipe Guaman Poma de Ayala, intérprete y cronista andino

Cacique Tupayachi

Play Episode Listen Later Sep 24, 2020 24:46


En este primer episodio te hablaremos sobre Felipe Guaman Poma de Ayala (¿1534-1616?), un cronista indígena que pasó a la eternidad con su obra «Nueva Coronica y buen gobierno». #FelipeGuamanPomadeAyala #BiografíasAndinas #CaciqueTupayachi Fuentes consultadas: ADORNO, Rolena. (1989). Cronista y príncipe. La obra de don Felipe Guaman Poma de Ayala. Segunda edición. Lima: Pontificia Universidad Católica del Perú. ALBERDI VALLEJO, Alfredo. (2007). “Don Felipe Lázaro Guaman, indio, a don Felipe Guaman Poma de Ayala”. Runa Yachachiy. HUAMAN POMA DE AYALA, Felipe. (2015). Nueva crónica y buen gobierno. Edición y notas de Carlos Araníbar. Tomos I, II y III. Lima: Ministerio de Relaciones Exteriores, Biblioteca Nacional del Perú. OSSIO, Juan M. (2002). “Algunas reflexiones en torno a la historicidad del cronista indio Felipe Guamán Poma de Ayala: su ubicación en el tiempo”. In Varón, Rafael (ed.); Flores Espinoza, Javier (ed.). El hombre y los Andes. Tomo I: Homenaje a Franklin Pease G. Y. (pp. 325-344). Lima: Instituto Francés de Estudios Andinos. DOI: https://doi.org/10.400/books.ifea.4191. PORRAS BARRENECHEA, Raúl. (1986). “El cronista indio Felipe Huaman Poma de Ayala (¿1534-1615?)”. Los Cronistas del Perú (1528-1650) y Otros Ensayos (pp. 615-671). Edición, prólogo y notas de Franklin Pease G.Y. Bibliografía de Félix Álvarez Brun y Graciela Sánchez Cerro, revisada, aumentada y actualizada por Oswaldo Holguín Callo. Lima: Banco de Crédito del Perú, Ministerio de Educación. PUENTE LUNA, José Carlos de la. (2008). “Cuando el ‘punto de vista nativo' no es el punto de vista de los nativos: Felipe Guaman Poma y el problema de la apropiación de tierras en el Perú colonial”. Lima, Boletín del Instituto Francés de Estudios Andinos 37(1): 123-149. VARALLANOS, José (1979). Guaman Poma de Ayala: cronista precursor y libertario. Lima: G. Herrera. --- Send in a voice message: https://anchor.fm/cacique-tupayachi/message